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EDITORIal

Caro leitor,

DIRETORES Sônia Inakake Almir C. Almeida EDITORA Luiza Oliva PÚBLICO LEITOR DIRIGIDO diretores e compradores PERIODICIDADE MENSAL exceto Junho / Julho Dezembro / Janeiro cuja periodicidade é bimestral TIRAGEM 20.000 exemplares JORNALISTA RESPONSÁVEL Luiza Oliva MTB 16.935 jornalista@condominio.inf.br JORNALISTA Rosali Figueiredo CIRCULAÇÃO Estado de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Minas Gerais DIREÇÃO DE ARTE Jonas Coronado ASSISTENTE DE ARTE Nathália Tadiello ASSISTENTE DE VENDAS Emilly Tabuço

A saúde entrou na ordem do dia das escolas. Sejam públicas, particulares, grandes ou pequenas instituições, todas têm uma só preocupação: garantir que seus alunos não corram riscos com a gripe suína, a gripe A (H1N1). Depois do recesso forçado, que fez a imensa maioria das escolas adiar a volta às aulas para o dia 17 de agosto, prevenção é a regra. Salas arejadas, limpeza cuidadosa e orientação aos alunos devem fazer parte do dia a dia escolar nesse momento de pandemia. A Secretaria de Estado da Educação de São Paulo, por exemplo, apostou na distribuição do DVD Aula de Saúde para todas as 5500 escolas da rede. O vídeo traz recomendações dadas por especialistas do Instituto de Infectologia Emílio Ribas e da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, reunidos em uma série de entrevistas comandadas por David Uip, diretor do Emílio Ribas. Além de dicas aos professores, o vídeo reforça para gestores e diretores os procedimentos que devem ser adotados em caso de haver professores e alunos gripados, ou funcionárias grávidas. Aproveite ao máximo esta edição e não deixe de participar da pesquisa de Direcional Escolas, publicada na página 4. Participe, envie suas respostas e concorra a ótimos prêmios para sua escola. A equipe da revista espera encontrá-los no XIII Congresso e Feira de Educação Saber, de 17 a 19 de setembro em São Paulo. Até lá! Um abraço e ótima leitura a todos, Luiza Oliva Editora

CONTATOS PUBLICITÁRIOS Denise Ferreira Patricia Freitas Silvana Tesser

SumáRIO

ATENDIMENTO AO CLIENTE João Marconi Juliana Jordão IMPRESSÃO Prol Gráfica

Conheça também a Direcional Condomínios www.direcionalcondominios.com.br

Filiada à

Tiragem auditada por

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DICa

GESTÃO

Móveis Sala de Aula

Recursos Humanos

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ESPECIal fIquE DE OlHO Gripe A & Ano Letivo

Informática

Não é permitida a reprodução total ou parcial das matérias, sujeitando os infratores às penalidades legais. As matérias assinadas são de inteira responsabilidade de seus autores e não expressam, necessariamente, a opinião da revista Direcional Escolas. A revista Direcional Escolas não se responsabiliza por serviços, produtos e imagens publicados pelos anunciantes. Rua Vergueiro, 2.556 - 7ª andar cj. 73 CEP 04102-000 - São Paulo-SP Tel.: (11) 5573-8110 - Fax: (11) 5084-3807 faleconosco@direcionalescolas.com.br www.direcionalescolas.com.br

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DICa Pisos

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Controle de Pragas

Direcional Escolas, Setembro 09

Tiragem de 20.000 exemplares auditada pela Fundação Vanzolini, cujo atestado de tiragem está à disposição dos interessados.

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ÍNDICE

Direcional Escolas, Setembro 09

índice

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Acessórios – 18, 19 Agenda – 22 Alambrados – 32 Alarmes – 32 Areia Colorida - 9 Artigos Esportivos - 20 Assessoria Contábil – 18, 3ª capa, 4ª capa Bebedouros – 07, 18 Bolas - 20 Brinquedos Educativos – 21 Circuito Fechado de TV – 32 Coberturas – 34 Coleta Seletiva de Lixo – 18, 19 Controle de Acesso – 32 Construtora – 23 Cortina - 6 Cursos – 23, 31 Elétrica – 23 Estudo do Meio – 19, 25 Filtro – 07, 18 Gel Antisséptico - 31 Gerador – 23 Gestão Escolar – 21, 33, 3ª capa Gráfica – 22 Grama Sintética – 28, 29 Informática – 22 Laboratório – 23, 24 Lavadoras de Alta Pressão – 18, 19

Lousa – 25 Manutenção Predial – 23 Mapas – 25 Material Didático - 17 Material de Limpeza – 18, 19 Microscópios – 17, 23, 24 Microcomputador – 22 Modelos Anatômicos – 17, 23, 24 Móveis – 1ª capa, 2ª capa, 26, 27 Passeio – 19, 25 Persianas - 06 Pintura – 23, 28 Pisos – 9, 14, 15, 18, 28, 29, 30 Playgrounds – 9, 30, 31 Primeiros Socorros – 31, 33 Produtos Antissépticos - 31 Produtos e Equipamentos para Limpeza – 18, 19 Projetores - 25 Quadras – 32 Quadros – 25 Redes de Proteção – 32 Serralheria – 33 Site de busca – 32 Sistema de Ensino - 5 Sistema de Gestão – 21, 33, 3ª capa Sistemas de Segurança – 32 Tapetes – 18, 19 Toldos – 33


Por Rosali Figueiredo

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Colégio Dante Alighieri vem trocando mesas e carteiras das salas de aula, de forma a proporcionar um desempenho mais ergonômico na postura de seus alunos. “Os móveis anteriores não se adequavam mais ao padrão do Colégio”, observa Marcio Usmari, gerente de compras e manutenção geral do Dante. Plataformas menos planas, estruturas metálicas revestidas de fórmica, cantos arredondados e bordas revestidas com material sintético caracterizam o novo mobiliário e proporcionam mais conforto e segurança, diz. A fisioterapeuta e pedagoga Vanina Figueiredo Ventura explica que as plataformas de mesas e cadeiras escolares devem ter as bordas arredondadas como forma de evitar a compressão vascular. “As bases totalmente planas exercem muito mais pressão sobre a parte posterior da coxa, dificultando o retorno da circulação. Já a forma mais arredondada distribui melhor a pressão e faz com que não se comprimam os vasos sanguíneos.” Vanina observa que o corpo humano “não nasceu para ficar sentado”, por isso recomenda aos professores estimularem sempre as crianças e adolescentes a mudarem de posição, para evitar tensão muscular. Segundo ela, “ficar em uma única postura durante muito tempo reflete em tensão muscular e, em longo prazo, em desalinhamento articular, como escoliose”. Palestrante e consultora em educação corporal, Vanina recomenda ainda que não se utilize cadeiras presas às mesas, tipo de mobiliário que “obriga o estudante a fazer uma inclinação muito grande para poder escrever”. Outra dica é a escolha do tamanho apropriado para cada idade, especialmente para as crianças pequenas. “Cadeira alta e pés balançando prejudicam a circulação”, observa. Por fim, a fisioterapeuta sugere a utilização de móveis com cantos sextavados, “como medida de segurança”. O objetivo é assegurar conforto e cuidados com a saúde, “mas

ainda observo muitas escolas desatentas a esta questão”, ressalva Vanina. No Colégio Dante, “a qualidade ergonômica foi o principal critério utilizado na troca do mobiliário”, afirma Marcio Usmari. Entretanto, a inovação tecnológica e a introdução de novas dinâmicas de aula estão colocando novas demandas para as salas, com atividades desenvolvidas em grupo e enriquecidas com o auxílio de notebooks, desktops, lousas digitais e demais recursos interativos. No Dante, por exemplo, as mudanças atingem as salas do Ensino Médio também na troca das mesas dos professores, agora dotadas de uma plataforma técnica com instalações prontas para receber o notebook. Já as classes do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental estão equipadas com lousa digital e o projeto é instalar o equipamento nas demais salas (do 6º ao 9º ano) até o final do ano, revela Marcio Usmari. Na verdade, o especialista e consultor Cassiano Zeferino de Carvalho Neto, que desenvolveu o conceito de “sala inteligente”, aponta que a tendência é que neste espaço sejam agregados a biblioteca, a informática, o laboratório de ciências e a sala de vídeo e multimeios, numa verdadeira “ciberarquitetura”. “Com a inclusão de quadro digital e outros recursos de acesso e gestão da informação, como a biblioteca on line, ficam potencialmente atendidas as demandas de trabalho em equipe, educação pela pesquisa, cooperação local e remota”, entre outros. Neste caso, os cuidados com o mobiliário deverão incluir o uso de cadeiras sem rodízios para estudantes entre 6 e 11 anos (“é contraproducente o excesso de mobilidade nessa faixa etária”), a fixação das estações inteligentes (dos equipamentos) e o controle da luminosidade através de dimers. Este conceito vem sendo aplicado hoje pelo Instituto Unibanco Itaú no Projeto Jovem Cientista, em parceria com a WorldFund, e no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA).

Na próxima edição: Móveis de Escritório

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Critério ergonômico dá o tom na escolha do mobiliário

foto e ilustração: Jonas Coronado

dica: móveis de sala de aula

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GESTÃO: RECURSOS HUMANOS

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ma nova convenção coletiva dos professores será estabelecida em São Paulo para o biênio 2010-2011, contendo, entre outros, o índice de reajuste dos vencimentos e provavelmente “cláusulas já consagradas” como pagamento da cesta básica, bolsa de estudo a familiares, abono de faltas justificadas, piso salarial, entre outras. “As escolas devem ficar atentas entre o que diz a CLT e a convenção, evitando assim a possibilidade de reclamações trabalhistas”, observa Wanderley Santos, consultor em gestão de sistemas educacionais, pós-graduado na área e ex-professor, coordenador e diretor. “Fazer o cotejamento entre a legislação trabalhista e a convenção é fundamental”, prossegue o consultor, destacando, no entanto, que “em tempos de mudanças, a administração de uma escola deve ser tratada como gestão, aproximando-a assim, embora com claras diferenças, dos processos produtivos da empresa comercial”. Ou seja, Wanderley defende que “os parâmetros de produtividade e metas já testados em sistemas empresariais de sucesso venham a nortear a organização educacional, sem que se perca de vista seus tradicionais valores”. Em outras palavras, um plano de gestão poderia abarcar novos “critérios de escolha e capacitação dos profissionais”, além de “mecanismos de avaliação de desempenho, objetivando estimular os trabalhadores por meio de um programa de participação nos resultados, como, por exemplo, o recebimento de bonificação no final do ano letivo”. No Colégio Dom Macário Schmitt, localizado em Franco da Rocha, na Grande São Paulo, foi implantado um plano de carreira e um programa de participação nos resultados (PPR), que adota critérios como assiduidade, tempo de casa e avaliação de desempenho. O programa envolve a equipe docente e funcionários administrativos. “Independente se a escola dá lucro ou não, ao final do ano o profissional pode receber quase um 14º salário”, afirma o diretor Paulo Rogério Souza Mendes. A idéia é proporcionar uma remuneração compatível com a qualificação do professor, observa Paulo Rogério, como um estímulo para mantê-lo na equipe. Em termos de assiduidade, o professor que não faltar, exceto pela cota das

abonadas, terá um acréscimo de 4% ao mês, a ser computado no bônus extra do final do ano. Também terá acréscimos neste prêmio o profissional que estiver há pelo menos cinco anos na escola. Para cada cinco anos de casa, novos percentuais são aplicados. Finalmente, o valor é complementado conforme os resultados da avaliação de desempenho, feita pelo próprio colaborador e seu coordenador. Segundo o administrador e consultor educacional Maurício Costa Berbel, “uma escola somente é competitiva se tiver bons profissionais, e para contratá-los e treiná-los, é preciso estratégia”. Isso representa, entre outros, buscar um “alinhamento” entre o colaborador, o projeto pedagógico e os objetivos da instituição, delegar tarefas “mas não responsabilidades” e trabalhar com planejamento. “Quem não sabe delegar centraliza demais, tem muita tarefa para cumprir e fica sem tempo de enxergar o futuro”, comenta Maurício. “Dirigir estrategicamente não significa centralizar”, acrescenta. A sugestão do consultor é que a direção observe “o tempo todo a equipe”, mantendo diálogos francos sobre o desempenho de cada um e buscando um “alinhamento”. “É preciso trazer os colaboradores para junto de si, pois cumprir a legislação é o mínimo que a escola tem a fazer. O que a diferencia em termos de gestão do trabalho é tornar-se a preferida pelos melhores profissionais do mercado”, avalia. Para o consultor Wanderley Santos, as instituições de ensino apresentam particulares que tornam esse aspecto ainda mais importante, se comparadas com o restante do “universo empresarial”. “Há necessidade de convergência entre seus objetivos e as necessidades de sua clientela, pois no trato com crianças e adolescentes é essencial que seus educadores tenham a necessária habilidade de conduzir um processo de formação”, explica. Wanderley fala ainda em “proximidade ideológica”, ou seja, defende o “alinhamento das ideias e sentimentos dos profissionais com o projeto pedagógico da escola, que em última análise, implica em um vínculo afetivo diferenciado”.



ilustração: Jonas Coronado

ESPECIal

SEMESTRE ATÍPICO TIRA ESCOLAS DA ROTINA Conheça soluções que as escolas estão adotando para cumprir os dias letivos do semestre e as principais recomendações para evitar a propagação da gripe entre os alunos. Por Rosali Figueiredo

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Diferentes medidas vêm sendo adotadas pelas escolas

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para completar a carga horária programada para o ano letivo de 2009, face ao prolongamento das férias de julho, ocorrido como medida preventiva à disseminação do vírus da gripe Influenza “A” (H1N1). Por meio da Indicação 91/2009, publicada em 19 de agosto pelo Conselho Estadual da Educação (CEE) no Diário Oficial do Estado, as instituições devem assegurar o cumprimento dos 200 dias letivos ou 800 horas de efetivo trabalho escolar. Pode-se computar para isso, no entanto, atividades programadas no período da suspensão ou aquelas que vierem a ser organizadas pelos estabelecimentos. Pelo entendimento do Sindicato dos Professores (Sinpro), houve uma flexibilização em relação aos 200 dias letivos, tendo sido mantidas, entretanto, as 800 horas de atividades obrigatórias, as quais poderão ser exercidas com “tarefas de computador”. Conforme a Indicação do CEE, as tarefas “podem ir desde orientações impressas com textos, orientações de estudo dirigido e avaliações enviadas aos alunos, até o uso das Tecnologias de Informação e Comunicação, inclusive com recursos de educação a distância para alunos do ensino fundamental e do ensino médio e educação profissional de nível técnico”.

A orientação do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado de São Paulo (SIEEESP) é que as escolas sigam estritamente a Indicação do Conselho, mantendo, “quando possível, os 200 dias letivos”. A reorganização do calendário escolar deveria ter sido encaminhada por cada instituição à Diretoria de Ensino, até o dia 31 de agosto. Mas assim que o CEE publicou a Indicação, muitas delas já tinham reorganizado o semestre letivo. Boa parte das escolas adiou o reinício das aulas para 17 de agosto. Outras retomaram uma semana antes, dia 10. As mexidas na rotina variam conforme o período do prolongamento, a carga horária da escola e atividades extras anteriormente programadas. Conforme o CEE, recomenda-se “rever o calendário escolar no que se refere à suspensão de aulas previstas para provas, exames, reuniões docentes, datas comemorativas e outras”. Vale ainda cancelar viagens e substituí-las por aulas, agendá-las aos sábados ou também estender a carga horária diária. Na Escola Internacional de Alphaville, em Barueri, o segundo semestre letivo teve início no dia 10 de agosto. Com jornada integral, algumas atividades serão “redistribuídas ao longo do período, caso necessário”, afirma a professora Marilda Bardal, coordenadora do High School. “Os pais e


alunos serão sempre consultados e informados no caso de remanejamento de tarefas”, acrescenta. Também o Colégio Santa Maria, localizado na zona sul de São Paulo, adiou por apenas uma semana o reinício do semestre e nesse período disponibilizou exercícios no portal da escola, “para que todos pudessem acessar e manter o contato com o conhecimento, exercitando os diferentes conteúdos abordados”. Segundo Denise Col, orientadora do 7º ano do Ensino Fundamental, os professores cumpriram sua jornada na escola, propuseram exercícios e atenderam os alunos através do telefone ou e-mail. “A quantidade de tarefas foi estabelecida numa relação direta com o número de aulas. Em Português, por exemplo, com carga regular de cinco aulas na semana, foram indicadas cinco atividades.” Desta forma, a escola avalia que não há necessidade de fazer alterações no calendário anteriormente previsto. Na Escola Vera Cruz, na zona oeste da capital paulista, porém, houve mudanças, mesmo que tarefas tenham sido enviadas aos alunos. O recesso de 13 de outubro foi cancelado e a reposição acontecerá aos sábados para todas as etapas, segundo informa a direção, por meio de sua assessoria de imprensa. O Ensino Médio terá ainda a extensão do horário de sexta-feira, como forma de compensar as férias esticadas até o dia 14 de agosto. Também os colégios Guilherme Dumont Villares e o Miguel de Cervantes, ambos situados no bairro paulistano do Morumbi, agendaram reposição aos sábados, apesar das atividades extras propostas durante o recesso. “Todas as alterações necessárias do calendário escolar já foram realizadas e os pais foram informados, para que as famílias possam se organizar”, informa o Villares. Já o Cervantes cancelou ainda o recesso da semana de 13 a 16 de outubro, anteriormente previsto em função das comemorações da Hispanidad, e agendou aulas para “períodos vespertinos, em escala e de acordo com a necessidade de cada segmento ou ciclo”. Mesmo com todo esse arranjo e tendo promovido atividades durante o recesso, muitas escolas não escaparão de prorrogar o ano letivo até vésperas das festas de final de ano. O Colégio Oswald de Andrade, com unidades na zona oeste paulistana, estenderá as aulas “até no mínimo o dia 18 de dezembro”, afirma Roberta Ferrari Rodovalho, coordenadora assistente da Educação Infantil e dos 1os anos. “Vamos cumprir com os 200 dias letivos previstos pelo calendário da escola”, ressalta. “Nosso compromisso é com os pais e alunos, temos um programa a cumprir e isso será feito independente de qualquer coisa”, acrescenta. O Colégio Global, no bairro de Perdizes, estendeu o término do ano letivo de 11 para 18 de dezembro. Segundo o coordenador pedagógico do Ensino

ANO LETIVO

Fundamental II e Ensino Médio, César Betioli, “outros dias perdidos serão repostos com atividades aos sábados e/ou provas aplicadas em período oposto”. Finalmente, o Colégio Marista Arquidiocesano, na Vila Mariana, prevê “o prolongamento das atividades letivas até o limite de dezembro”. Segundo o diretor educacional Ascânio João Sedrez, a escola esteve em recesso até 14 de agosto, “com exceção da 3ª série do Ensino Médio e integral”, que não foram dispensados. “Trabalhamos com atividades pela internet da Educação Infantil 5 até o Ensino Médio, e as adaptações do calendário foram feitas levando em conta alguns critérios, como sábados ainda disponíveis, transferência de um recesso previsto para outubro”, além de esticar as aulas em dezembro. O reinício do semestre letivo, anteriormente previsto para 3 de agosto em boa parte da rede privada e nas escolas públicas do Estado, foi adiado por determinação da Secretaria de Educação do Estado, após recomendação feita, nesse sentido, pela pasta da Saúde. De acordo com a médica Clélia Maria Sarmento de Souza Aranda, coordenadora do setor de Controle de Doenças da Secretaria da Saúde, a prorrogação das férias não teve o objetivo de bloquear a transmissão do vírus Influenza “A”, mas o de minimizar o processo. No total, o CEE estima que 11,8 milhões de alunos ficaram em casa por mais uma ou duas semanas em todo País. Em encontro organizado pelo SIEEESP junto às mantenedoras, no dia 12 de agosto, com a participação do médico Marun David Cury, responsável pelo Departamento de Saúde Escolar do sindicato, Clélia Maria explicou que o vírus apresenta uma carga genética muito nova, “por isso está se espalhando com facilidade”. “O vírus se propaga na comunidade em que quase não haja pessoas protegidas.” Nesse sentido, o recesso escolar teve um caráter preventivo, explicou. Com o prosseguimento das aulas, a coordenadora recomenda que as instituições mantenham todo um modus operandi capaz de evitar essa propagação. Como, por exemplo, ficar atentas a casos que venham a surgir no ambiente escolar, afastando a pessoa dos demais, acionando a família e o serviço médico; aconselhar as pessoas a utilizar a “etiqueta respiratória”, ou seja, proteger com lenços tosses e espirros; orientar para que as mãos sejam lavadas ou higienizadas após o toque em superfícies, maçanetas, bebedouros, etc.; disponibilizar copos descartáveis nos bebedouros; deixar os ambientes bem ventilados; escalonar os horários de recreios e refeições; reforçar a limpeza diária de banheiros, refeitórios, salas de aula e cozinha; e, finalmente, limpar bem as superfícies de uso comum, como os teclados dos computadores.

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ilustração: Jonas Coronado

fique de olho

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acilitar a gestão da vida escolar, além de incrementar a infraestrutura administrativa, os laboratórios e demais serviços oferecidos aos alunos representa a principal bandeira das empresas que comercializam produtos de informática, incluindo máquinas, redes, equipamentos de segurança, suprimentos e sistemas integrados. “O complexo trâmite da infância para a vida adulta passa necessariamente pela educação. Fazer parte desta majestosa dinâmica que envolve tantas pessoas, projetos e instituições é uma grande responsabilidade e honra. O software para administração escolar é mais que um programa, é a aposta de que pela educação faremos a diferença e jamais desistiremos do futuro”, defende Fabiana Maria Cavalcanti Taurino, gestora e consultora administrativa da Fanny’s Informática. Estabelecida há 15 anos no mercado, a Fanny’s desenvolveu o software Acadesc, que “teve sua primeira versão no famoso ambiente MS-DOS”. Dividido entre os módulos secretaria e tesouraria, ele “possibilita o controle do colégio de forma integrada e completa”. Segundo Fabiana, o limite de usuários varia de acordo com a estrutura da rede e seus controles de acessos são configurados pelo próprio colaborador. “O módulo de secretaria detém uma das mais completas fichas de cadastro de alunos, emite boletins escolares e históricos, imprime atas e vários relatórios de controles de estatística e de notas. Já o módulo de tesouraria disponibiliza diversos controles financeiros como a emissão de boletos bancários e sua devida baixa no plano de pagamento, cadastro de fornecedores, contas a pagar, cartas de cobrança, listagens de inadimplentes e adimplentes, entre outros.” Fabiana destaca que o sistema apresenta facilidade de manuseio, além de um custo acessível, porque pode ser adaptado de escolas pequenas a grandes. A empresa oferece ainda o LibWin, software de bibliotecas, com gerenciamento de cadastros, de empréstimos, controle de acesso, listagem por assuntos, etc. A Fanny’s realiza o acompanhamento de cada sistema, observa Fabiana, por meio dos “serviços de suporte ao produto”. O diferencial da empresa, acrescenta, reside justamente em sua equipe qualificada na área tecnológica, educacional e de gestão de pessoas. Também configurado para diferentes aplicações, o SisAlu representa outra boa opção de sistema integrado. “Ele é composto por vários módulos, entre eles, acadêmico, financeiro, contas a pagar, vendas, biometria, estoque, tutorweb e biblioteca, integrados num único aplicativo”, observa Marcos Leandro Pereda, diretor da SisAlu, que desenvolveu os aplicativos. Há dez anos no mercado, a empresa trabalha exclusivamente com escolas, que podem escolher os serviços que mais atendem às suas necessidades. “Este know

how é repassado para a nossa ferramenta, oferecendo um sistema sempre atualizado e flexível nos relatórios”. Por exemplo, cita Pereda, “na configuração do esquema de notas, podem ser utilizadas quantas forem necessárias, assim como as fórmulas que serão empregadas para o cálculo das médias”. Pereda destaca que o módulo tutorweb permite às instituições criar em suas páginas de internet uma área restrita para facilitar a comunicação com os alunos. Mas as grandes novidades do SisAlu neste ano são o módulo de biometria, que faz o controle de acesso através da leitura da digital dos alunos, e de vendas, que inclui o gerenciamento de cantina da escola e estoque. A empresa está ainda incrementando o tutorweb, de forma a que os alunos possam acompanhar sua situação financeira. Pereda ressalta que a empresa oferece contratos com suporte ilimitado, configuração dos relatórios conforme a demanda da escola e “a inclusão de novas funcionalidades ao sistema”. Outra possibilidade oferecida pelo mercado é a utilização de sistemas online, como o MAA, desenvolvido pela MA&A Dataware. Criada há dez anos por Adriana Aparecida Gonçalves de Lima, a empresa desenvolveu um pacote integrando as demandas pedagógicas, administrativas e financeiras e permitindo o seu monitoramento pela internet. “O banco de dados fica hospedado em nosso servidor e o cliente consegue acessá-lo de qualquer lugar”, explica Samara Spina, gerente comercial e administrativa. A empresa possui duas unidades data center, uma no Rio de Janeiro e outra em São Paulo, “com alta estrutura de segurança, tecnologia de ponta e ambiente controlado”. Entre os serviços oferecidos, encontram-se “controle administrativo e financeiro com senhas de acesso, notas fiscais online e baixas automáticas, sala de professores (lançamento de notas, boletim, relatórios de aproveitamento, planejamento escolar, etc.), controle de biblioteca e desenvolvimento de site e hospedagem sem custo adicional”. O sistema permite ainda a impressão da 2ª via de boletos e a expedição de comunicados, boletim e demais informações sobre o desempenho do aluno, “que os pais conseguem verificar pelo site da escola”. O casamento entre o sistema de gestão e recursos de tecnologia da informação foi o grande nicho que a Advice System encontrou para atuar junto às escolas. Há cinco anos a empresa começou a desenvolver o Advice POS, ferramenta integrada que apresenta recursos para gerenciar atividades estratégicas (planejamento e políticas), táticas (controle e sinalização de resultados) e operacional. Paralelamente, a empresa atua com redes, sua segurança e toda a infraestrutura


informática necessária (cabeamentos, parte elétrica, etc.), plataformas (como o Windows e o Linux), banco de dados, segurança física do ambiente escolar, como o controle de acesso biométrico, telefonia, entre outros. Segundo o diretor Nilton Teixeira, a conjugação desses recursos possibilita às escolas desenvolver a “simulação de cenários estratégicos para tomada de decisão, a flexibilidade e abrangência na área acadêmica e administrativa e a centralização das informações com auditoria dos dados”. Teixeira destaca que o principal diferencial da Advice está na “orientação a processos, abrangendo níveis estratégico, tático e operacional, e implantação garantida através de metodologia exclusiva”. A empresa incorporou neste segmento a experiência da Meira Fernandes, uma das pioneiras em consultoria e assessoria à gestão dos estabelecimentos de ensino privados. Mantendo seu foco estritamente em produtos e instalações, a Clatech iniciou suas atividades há sete anos. Segundo o empresário Cláudio Camilo, são prestados serviços em tecnologia e manutenção predial em geral. “Em tecnologia, fornecemos apoio multimídia, instalações e manutenção de informática e de equipamentos eletrônicos e implantamos os mais modernos recursos para dinamização de aulas.” Claudio Camilo diz que a empresa surgiu de sua experiência profissional anterior. “Trabalhei por 15 anos em uma escola em São Paulo e lidava com as contratações dos serviços e com todas as dificuldades inerentes a estes. Assim resolvi, com o próprio apoio desta escola,

montar minha equipe.” A ideia era solucionar uma série de problemas cotidianos e apostar na tecnologia como item “indispensável para os dias atuais no setor pedagógico”. Além de manter e treinar “uma equipe altamente experiente e qualificada”, Cláudio ressalta como diferencial da empresa o “atendimento personalizado para cada cliente, de acordo com suas necessidades e as diversidades presentes no mercado”. Neste ano, a Clatech implantou um sistema para facilitar o acesso do professor à internet durante as atividades em sala de aula, tornando “o uso destes recursos o mais simples possível”. Na Multisupri Informática, empresa com 15 anos de mercado, o carro-chefe é a venda de computadores, projetores, telas e monitores, nobreaks, estações de trabalho e agora, novidade em 2009, câmeras de CFTV. Outra inovação foi dada pela comercialização de um software que realiza backup automático das informações armazenadas nos computadores das escolas. A empresária Helena Aparecida Cerqueira Ângela destaca que a Multisupri atua com venda, instalação e manutenção. É o caso, por exemplo, das salas de informática, em que faz desde o preparo da sua infraestrutura, como o cabeamento, até instalação dos softwares e treinamento dos profissionais que irão operar os equipamentos e aplicativos. Helena acrescenta que outra vantagem da empresa é a flexibilidade no pagamento, que pode ser feito em até 48 vezes pelo cartão do BNDES ou em dez vezes por outra bandeira. A Multisupri atende a todo País e oferece instalações gratuitas na cidade de São Paulo.

Materiais Didáticos e Sistemas de Ensino Além dos produtos e da infraestrutura que garantem o pleno funcionamento da vida escolar, as instituições devem cuidar do suporte de ensino oferecido aos estudantes. Pensando nisso, o IESDE (Inteligência Educacional e Sistemas de Ensino) surgiu há dez anos em Curitiba, expandiu-se para todo País e hoje tem no SAE (Sistema de Apoio ao Ensino) um de seus carros-chefe. “É um sistema de ensino completo, voltado ao Ensino Fundamental e Médio”, afirma Fernando Andrukiu, supervisor de marketing da empresa. Mas Fernando destaca também o “Arrase no Enem”, um curso preparatório “desenvolvido e adaptado para a nova formatação do Exame Nacional do Ensino Médio”, além da “videolivraria, um portal de venda de conteúdos educacionais, a primeira e única do mundo neste formato”.

O sistema do IESDE é baseado no tripé livros, videoaulas e ambiente virtual de aprendizagem. Esse é o grande diferencial da empresa, ressalta Fernando, lembrando que “as videoaulas ilustram e fazem as conexões com os conteúdos que, associados aos trabalhos propostos pela escola, podem propiciar momentos agradáveis de aprendizagem, além de possibilitar diferentes formas de abordagem”. O SAE conta ainda com um portal de apoio para as escolas, educadores, pais e alunos. O material é desenvolvido por uma equipe própria de cerca de 300 profissionais, entre pedagogos, professores, atores, diretores de cena, diagramadores, cenógrafos, etc. No total, o IESDE conta com 700 colaboradores e uma infraestrutura composta por gráfica, editora, 12 ilhas de edição, quatro estúdios de gravação e dois estúdios de áudio.

SERVIÇO

Clatech 11 – 3907-2811 www.clatech.com.br clatech@clatech.com.br Fanny’s Informática 11 – 5012-0422 www.fannys.com.br fannys@fannys.com.br

Iesde – Inteligência Educacional e Sistemas de Ensino 11- 2178-1244 www.iesde.com.br marketing@iesde.com.br MA&A Dataware 11 - 2098-4044 0800 704 8668 www.maa.com.br atendimento@maa.com.br

Multisupri 11 – 5679-7496 www.multisupriinformatica.com.br multisupri@multisupriinformatica.com.br Sisalu 11 – 5072-9737 www.sisalu.com.br info@sisalu.com.br

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Advice System 11 – 2172-5933 www.advicesystem.com.br marketing@advicesystem.com.br

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ilustração: Jonas Coronado

DICa: PISOS INTERNO E EXTERNO

A solução apropriada para cada ambiente Por Rosali Figueiredo

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Conciliar qualidade acústica,

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conforto, durabilidade e facilidade de manutenção tem sido o critério principal do mercado para desenvolver soluções de pisos e superfícies às escolas. Mais recentemente, foi introduzido o componente ecológico aos novos produtos, como o revestimento à base de linóleo (feito do óleo da semente de linhaça) e juta, o qual vem sendo testado, por exemplo, pelo Colégio Pentágono, de São Paulo. “Queremos ser pioneiros na busca de novos materiais, que tragam benefícios aos alunos”, afirma a arquiteta Elisabeth Reis Santos, que atende a escola há cinco anos. Com unidades distribuídas no Morumbi, em Perdizes e Alphaville (Barueri), algumas instalações da escola têm cerca de 30 anos e passam por reformas e adaptação. A recomendação básica, segundo Elisabeth, é adotar a solução apropriada para cada ambiente. O piso de linóleo está sendo testado para as salas da Educação Infantil, mas antes de ampliar a experiência, o Colégio quer certificar-se que a base feita de juta resista ao clima úmido brasileiro. O material é empregado largamente na Europa, diz Elisabeth, onde a juta apresentou bom desempenho. “É um piso em manta,

sem juntas, fundido na hora, e possui bactericida natural.” Atualmente, predominam nas salas de aula os revestimentos vinílicos. “São de fácil limpeza, manutenção e reposição. Têm durabilidade e são higiênicos”, observa. A arquiteta acrescenta que o Pentágono utiliza vinílicos com componentes antibactericidas, característica “importante especialmente para as salas de Educação Infantil”. A ausência de juntas impede o acúmulo de sujeira, ressalta a arquiteta. Já para os laboratórios de física, química e informática, são empregadas outras variantes do vinílico. “A superfície da informática tem que ser própria por questões como condutibilidade e eletricidade estática. Nos demais laboratórios, o piso não pode apresentar componentes que sejam reagentes com aqueles utilizados durante as atividades dos alunos.” Outra característica do vinílico é o seu desempenho acústico, destaca, por sua vez, o arquiteto José Ovídio Peres Ramos, pesquisador do Laboratório de Conforto Ambiental e Eficiência Energética da Universidade de São Paulo (USP) e professor das Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU). “Algumas escolas dão prioridade à limpeza em lugar da quali-


dade, utilizam piso cerâmico, o que cria uma situação reverberante, ou seja, muito ruído, tanto para a própria sala quanto para os pavimentos inferiores, quando é o caso.” Além disso, prossegue Ovídio, cores brilhantes também interferem no andamento da aula. “O ofuscamento causado pelo brilho do piso e demais superfícies atrapalha o aluno, a reflexão cansa muito”, acrescenta. Mas nos ambientes em que a acústica não interfere tanto sobre o andamento das atividades, como pátios internos e externos, devem ser empregadas superfícies que valorizem a durabilidade, a segurança, a higienização e manutenção, afirma. Nesse sentido, a arquiteta Elisabeth Reis recomenda que quadras expostas ao sol e à chuva, por exemplo, sejam feitas com concreto usinado e tratado com uma desempenadeira elétrica, de forma a suportar os efeitos da retração e dilatação, ou recebam cerâmicas de alta resistência. Estas últimas foram aplicadas nos Centros Educacionais Unificados (CEU’s), construídos pela Prefeitura de São Paulo. Nas quadras internas, pode ser aplicado o poliuretano, o qual propicia “planicidade” e flexibilidade, além de ser ofertado em cores vibrantes. Também conhecido como “tinta de borracha”, essa superfície apresenta bom desempenho na absorção do impacto e na aderência do solado do tênis do atleta. Nas quadras poliesportivas descobertas há ainda a opção do sistema Laykold, fornecido pela Petrobrás, o qual pode ser aplicado tanto sobre base asfáltica quanto de concreto. De forma geral, demais locais com grande fluxo de pessoas podem ser revestidos com o concreto ou granito, destaca o pesquisador Ovídio Ramos. Um dos usos mais

comuns para áreas externas, especialmente as cobertas, é o granilite, observa por sua vez o arquiteto Celso Armando Farkuh. “Há muitas vantagens, como a facilidade de manutenção e limpeza, além do aspecto estético. As juntas podem receber um acabamento decorativo, trabalhando-se várias tonalidades”, diz. O arquiteto, que costuma trabalhar o material nas escolas em que atua, lembra ainda que o granilite é 90% impermeável, evitando a absorção de produtos consumidos durante os recreios, como refrigerantes. Constituído por cimento e agregados minerais (granilhas), o revestimento é estruturado no próprio local, sobre o contrapiso, em geral um substrato de cimento e areia ou concreto. Celso recomenda às escolas a contratar mão-de-obra especializada caso optem pelo material, “pois este tipo de piso envolve o uso de máquinas caras na lapidação”. O granilite é um piso rígido e durável, acrescenta. Pode ser aplicado em locais descobertos, mas em longo prazo ele se torna um pouco áspero, pelo desgaste provocado pela ação da chuva. Em ambientes cobertos, Celso aconselha o uso de ceras antiderrapantes, com base acrílica. A limpeza deve ser realizada com água e sabão neutro. Finalmente, o concreto deve ser aplicado sobre bases impermeabilizadas, recomenda. “A manta impermeável apresenta movimentação, o que pode gerar trincas se o revestimento for em granilite”, explica. De qualquer maneira, se a escola optar pelo material mesmo nessa situação, Celso sugere a contratação de profissionais que possam estruturá-lo de forma a garantir sua durabilidade. Caso contrário, o melhor é empregar o concreto, com acabamento mecânico, “para dar uma lapidação superficial”.

Na próxima edição: Pintura

Direcional Escolas, Setembro 09

dica: PISOS INTERNO E EXTERNO

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DICa: CONTROlE DE PRaGaS

ilustração: Jonas Coronado

Dias quentes pedem cuidados redobrados

A

chegada da primavera, seguida do verão, estação que alterna dias quentes com os chuvosos, deve colocar as escolas mais alertas para o controle de pragas, especialmente pombos, baratas, ratos, pulgas, cupins e aranhas, as espécies mais encontradas nas edificações em São Paulo, afirma a bióloga Eliana Fernandes Pavani Werneck. De acordo com o Centro de Controle de Zoonoses da Prefeitura paulistana, muitos desses animais são classificados como sinantrópicos, que incluem ainda mosquitos, carrapatos, escorpiões, formigas, lacraias (ou centopéia), morcegos, moscas, taturanas e vespas. Adaptados ao convívio humano, a maior parte transmite doenças causadas por vírus, fungos e bactérias. A melhor forma de lidar com o problema é a prevenção, recomenda o Centro, mas serviços constantes de erradicação tornam-se inevitáveis, observa a bióloga Eliana. Segundo ela, no calor muitos deles se tornam mais numerosos, como os cupins, em época de reprodução. Na chuva, com o excesso de água nas galerias, acabam invadindo a superfície, caso das ratazanas. Durante os meses do inverno, a bióloga diz ter encontrado muitos pombos em vistorias realizadas em escolas. “Como são protegidos por lei, a saída é afugentá-los, através de gel repelente não tóxico, de telas de fechamento de janelas e vãos, além de espículas, fios de aço pontiagudos que impedem seu pouso nos beirais”, relata. No entanto, a limpeza constante dos pátios é o que vai assegurar que os pombos e demais animais sejam afastados ou não se reproduzam. “É preciso limpar o máximo possível as migalhas e restos de lanches consumidos na hora do recreio”, diz. As Escolas Positivo adotam como procedimento, por exemplo, medidas preventivas como “a separação e a correta disposição do lixo, a higienização dos ambientes e o cuidado com objetos que podem gerar acúmulo de água”, afirma o professor Carlos Dorlass, diretor geral da instituição. Dedetizações e desratizações são aplicadas a cada se-

mestre, no período das férias escolares. No Colégio Itatiaia, que possui unidades na região do Paraíso e da Aclimação, em São Paulo, refeitórios, cozinhas e pátios são limpos várias vezes ao dia, segundo a diretora Maria Carolina Lavieri. “Nossos cuidados são contínuos com uma limpeza profunda e monitoramos os locais submetidos às medidas preventivas”, prossegue. O colégio também utiliza serviços de dedetização a cada seis meses, “com uma empresa terceirizada e regularmente registrada”, que aplica “produtos que não fiquem ao alcance das crianças e que também não as agridam”. Para a bióloga Eliana Werneck, a escolha do prestador de serviços requer “muito cuidado”, para que adote os procedimentos corretos e evite riscos aos alunos, especialmente com as iscas utilizadas no combate aos ratos. A erradicação de baratas e formigas pode ser feita com produtos não tóxicos, explica a bióloga. Já a utilização de pulverizadores requer o afastamento das pessoas do ambiente dedetizado por um período mínimo de 12 horas. Há animais, entretanto, que requerem principalmente medidas preventivas de combate, como Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue. Neste caso, o Colégio Itatiaia evita “água acumulada em vasos e recipientes, mantém a caixa d’ água tampada e promove sua limpeza a cada seis meses”. “Não mantemos objetos que possam acumular água”, observa a diretora Maria Carolina. Os animais sinantrópicos são transmissores ainda de doenças como a leptospirose (ratos), a dermatite, meningite e histoplasmose (pombos), além de diarréias provocadas pela salmonela, bactéria que tem entre seus vetores baratas e formigas, além de outras formas de contaminação, como o consumo de alimentos deteriorados. No caso do pombo, a inalação da poeira produzida pelas suas fezes secas pode contaminar os indivíduos por fungos ou bactéria. Já o prejuízo maior causado pelos cupins é o financeiro, observa a bióloga Eliana, porque atacam as madeiras e o solo.

Na próxima edição: Inadimplência

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Por Rosali Figueiredo

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ACESSÓRIOS, ASSESSORIA CONTÁBIL

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ACESSÓRIOS, ESTUDO DO MEIO

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BRINQUEDOS EDUCATIVOS, GESTテグ ESCOLAR

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DOMINIUS 1 MOD

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GRÁFICA, INFORMÁTICA

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CURSOS, GERADOR, LABORATÓRIO, MANUTENÇÃO PREDIAL

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LOUSAS, MAPAS, PASSEIOS

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PINTURAS ESPECIAIS, PISOS

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PLAYGROUND

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PLAYGROUND, PRIMEIROS SOCORROS, PRODUTOS ANTIsSÉPTICOS

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QUADRAS, SISTEMA DE SEGURANÇA

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PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO, SISTEMA DE GESTÃO, SERRALHERIA

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TOLDOS

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