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ano 10 | Edição nº 101 | Setembro 2014 www.direcionalescolas.com.br

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Caro Diretor O ambiente virtual, sedutor em suas cores e facilidades, nos possibilita uma infinidade de ações e recursos que ultrapassam qualquer espaço físico. Em menos de duas décadas, as redes informáticas cresceram com uma velocidade gigantesca, através de um processo de democratização. Essas redes ocuparam todos os espaços, percorrendo desde o âmbito familiar até as salas de aula. Professores e alunos brasileiros utilizam cada vez mais computador e internet em suas atividades em sala de aula. Essa é uma das conclusões da pesquisa TIC (Tecnologias de Informação e Comunicação) Educação 2013, realizada pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) por meio do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (CETIC.br) do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br). A pesquisa, realizada entre os meses de setembro e dezembro de 2013 e divulgada pela Agência Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), demonstra que nas escolas públicas, 46% dos professores disseram utilizar computador e internet em atividades com os alunos na sala de aula – um au-

mento de 10 pontos percentuais em relação ao ano de 2012. A pesquisa aponta ainda que a internet está presente na maioria das escolas que possuem computador na rede pública (95%) e na rede privada (99%). Com um avanço tecnológico notório e o aparecimento de diversos dispositivos móveis, o acesso à internet é parte integrante de nossa atual sociedade digital. E, em alguns momentos, não conseguimos imaginar nosso cotidiano sem qualquer tipo de conexão. Mesmo com as facilidades que o ambiente virtual nos proporciona, não podemos esquecer dos riscos e crimes que aumentam a cada dia na internet. Nessa edição de setembro da Revista Direcional Escolas, trazemos um panorama na Conversa com o Gestor sobre a utilização responsável da internet no âmbito escolar. Essa preocupação com a segurança de crianças e jovens deve ser incluída não só no cotidiano do aluno, mas também em sua relação social e familiar. A internet é uma ferramenta riquíssima em conteúdo e a utilização de recursos tecnológicos na evolução educacional garante um retorno positivo - se utilizado de forma correta.

Alex Santos & Paula De Pierro

Diretores


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Nesta Edição:

EDITORIAL Diretores Alex Santos & Paula De Pierro Público Diretores e Compradores Periodicidade: Mensal exceto Junho / Julho e Dezembro / Janeiro Tiragem 20.000 exemplares Jornalista Responsável Rafael Pinheiro | MTB 0076782/SP

06.Fique de Olho Prevenção contra Incêndio

08.Coluna - Christian Coelho Estratégias de rematrículas

10.Coluna - Gustavo Borges

Educação nos Negócios

12.Coluna - Mara Gabrilli

O Universo do Autismo

14.Coluna - Reinaldo Domingos A mesada é importante para a educação financeira das crianças

16.Conversa com o Gestor Uso adequado das ferramentas tecnológicas no ambiente escolar

20.Dica — Toldos e Coberturas

Circulação São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Minas Gerais Design Gráfico, Direção de Arte e Produção Gráfica Studio5 Impressão Prol Gráfica Para anunciar, ligue: (11) 3881-3260 / 3881-3375

22.Dica — Projetores 24.Dica — Laboratórios

Tiragem de 20.000 exemplares auditada pela Fundação Vanzolini, cujo atestado de tiragem está à disposição dos interessados. Disribuição gratuita - Venda Proibida Não é permitida a reprodução total ou parcial das matérias, sujeitando os infratores às penalidades legais. As matérias assinadas são de inteira responsabilidade de seus autores e não expressam, necessariamente, a opinião da revista Direcional Escolas. A revista Direcional Escolas não se responsabiliza por serviços, produtos e imagens publicados pelos anunciantes.

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Rua Vergueiro, 2.556 - 3º andar - cj.31 CEP 04102-000 - São Paulo-SP Tels.: (11) 3881-3260 / 3881-3375 faleconosco@direcionalescolas.com.br www.direcionalescolas.com.br


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fIQUE DE OLHO Prevenção contra incêndio

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o âmbito escolar, a segurança é um dos pilares primordiais, tanto para os pais como para a própria instituição. Para garantir essa proteção, existem alguns requisitos básicos que a escola deve seguir para permanecer segura, propondo, assim, um ambiente saudável. A Impacto Saúde, fundada em 2013, carrega em seu objetivo institucional transformar as ameaças em oportunidade de crescimento. Analisando as vulnerabilidades das quais as instituições estão expostas, a empresa busca auxiliar no fortalecimento da marca com diferenciais aos quais

os pais buscam junto à educação, como segurança e saúde para seus filhos. Eric Amorim, fundador da Impacto Saúde, destaca que “eliminar os riscos de acidentes na escola capacitando os colaboradores, identificando os riscos ambientais e conhecendo melhor o quadro de saúde de todos os alunos”, são as principais metas da empresa, que possibilita diversos serviços, como: Treinamento em Primeiros Socorros, direcionado as instituições de ensino; Treinamento em Brigada de Incêndio com os colaboradores e simulação com os alunos; Fornecimento de mão de obra qualificada em saúde; Palestras em Saúde e Segurança para alunos/

Ilustração: Studio5

No ambiente escolar segurança é um dos pilares, para garantir esta proteção, existem requisitos básicos a serem atendidos, criando assim um ambiente saudável

colaboradores e pais; e o principal é o PROGRAMA DE ACOMPANHAMENTO SAUDÁVEL ESCOLAR, onde engloba ações com os alunos, com a escola e com os pais durante o ano todo, ou seja, são aproximadamente 15 ações em saúde e segurança para a escola.

fale com: IMPACTO SAÚDE 11 2937 8794 contato@impactosaude.com.br

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COLUNA / CHRISTIAN COELHO

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ESTRATÉGIAS DE REMATRÍCULAS

Rabbit utiliza há alguns anos quatro estratégias de rematrículas. Elas diferem de acordo com o seu nível de risco e agressividade. Quanto mais incisiva e inovadora é a estratégia utilizada, maior será a probabilidade de resultados significativos, e quanto mais tradicional, menor será a probabilidade de resultados diferenciados. Por consequência, as estratégias inovadoras correm maiores riscos de rejeição. Os índices de reclamações das estratégias inovadoras giram em torno de 2% do total do público participante e podem gerar mais inadimplência. Este índice é conhecido como índice de refração.

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1 - Kit rematrícula tradicional - O envio pelo correio de um kit com todas as informações e documentos para que os pais efetuem a renovação da matrícula é a melhor maneira da escola demonstrar sua preocupação com a comodidade de seus clientes. Em um envelope timbrado, o estabelecimento de ensino deverá enviar todos os documentos, enfatizar o trabalho pedagógico e promocional, e agregar valor com o material de empresas parceiras. 2 - Kit de rematrícula social ou verde - Por meio do foco nos interesses da sociedade ou por preocupação com a preservação do meio ambiente, a rematrícula social ou verde agrega valor, propicia a associação positiva e auxilia o marketing pedagógico no posicionamento estratégico da marca e na valorização da imagem da escola. Este conceito nasceu da necessidade de todas as pessoas, sendo elas alunos, familiares, colaboradores e a sociedade em torno da escola, adotarem atitudes, comportamentos e práticas que visam à busca de uma sociedade com mais

igualdade social, preocupada com o meio ambiente, com a qualidade de vida e com os direitos humanos. As estratégias de rematrícula social e verde apenas reafirmam alguns dos princípios pelos quais a instituição foi concebida. As campanhas podem ser operacionais, de reflexão e de causa. As operacionais são campanhas práticas, específicas e de mobilização. Exemplo: os pais que efetivarem a rematrícula na data X e doarem um agasalho ou brinquedo para determinada entidade ganham 20% de desconto na primeira parcela da anuidade. As ações de reflexão têm como princípio fazer as pessoas refletirem sobre temas importantes, como tabagismo, alcoolismo, trabalho infantil, discriminação, direitos humanos, efeito estufa e destruição da Amazônia. O aluno que efetivar a rematrícula até o dia X ganha uma camiseta ecológica que poderá ser usada como uniforme. A rematrícula social de causa converte o esforço e dinheiro da instituição e de seu público em prol de problemas comunitários, reversão ou captação de recursos para ONGs preservacionistas e ambientalistas ou entidades sociais. 3 - Renovação automática - As famílias deverão ser avisadas, por meio de uma circular e um adendo no contrato anual que, para comodidade dos pais, o valor da matrícula do ano seguinte será incorporado aos valores dos boletos das mensalidades do segundo semestre, com um desconto significativo. Caso não queiram renovar a matrícula, deverão comunicar à escola por meio do “não aceite” da circular até dia X, para que seja enviado um novo boleto sem o valor da primeira parcela. O contrato poderá ser enviado posteriormente, assinado nas reuniões de pais ou em qualquer evento na escola que os res-

ponsáveis participarem. A estratégia da rematrícula automática tem angariado adeptos nos últimos anos pelo fato de alcançar ótimos resultados de alunos matriculados, sem grandes esforços logísticos e com menos trabalho para a equipe de atendimento. Algumas escolas que não aderiram a esta estratégia alegam insegurança pelo fato do índice de refração ser superior às práticas convencionais. Para reduzir o índice de refração, a escola deve priorizar a transparência por meio de um plano de divulgação integrado e eficiente, que contenha uma circular protocolada, envio de web, banner na fachada e cartazes. 4 - Rematrícula virtual - Esta estratégia acompanha a tendência do público em geral que, cada vez mais, se utiliza da internet para substituir o mundo real com as vendas on-line e sites de relacionamento. Com seu login e senha, o pai entra em uma página segura e individual, que contém todas as informações da rematrícula do seu filho, confirma os valores, a forma de pagamento, atualiza os dados cadastrais, lê o contrato e confirma todas as informações através de um “aceite”. O boleto será emitido assim que o cliente aceitar a rematrícula virtual e terá validade somente após o seu pagamento. A Rabbit dispõe de dois parceiros de tecnologia que possuem o programa de rematrículas: o Notas Online (http://www.notasonline. com) e a Solution (http://qiquality.com. br).

O Colunista Christian Rocha Coelho é especialista em andragogia e diretor de planejamento da maior empresa de gestão, pesquisa e comunicação pedagógica do Brasil, a Rabbit Partnership.


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COLUNA / GUSTAVO BORGES

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Educação nos negócios

m dos grandes desafios de um líder educador na atualidade é conseguir alinhar as ações do trabalho do dia a dia que ele gosta e se sente à vontade de fazer com as atividades que ele precisa executar.

Seja em uma escola ou uma academia, a liderança educadora tem uma responsabilidade muito grande tanto na gestão como no todo do negócio.

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É sabido que quanto mais tempo o profissional gasta com sua equipe e seus clientes, melhor será a sua gestão. Claro que essas tarefas consomem em demzasia o tempo e esforço do empresário de qualquer ramo, e é exatamente por isso que conseguir ter uma boa gestão do tempo é fundamental para que o líder saiba onde e com que gastar suas horas de trabalho. Pela minha experiência e contato com outros profissionais do ramo, vejo que um educador que está na operação, dia após dia, com certeza iria se sentir bem melhor cuidando e acompanhando de perto os aspectos pedagógicos do negócio e toda a parte de educação do que trabalhar com a área financeira, por exemplo. Provavelmente, ele até sentirá falta de estar totalmente ligado ao seu segmento de atuação. Porém, se ele for o gestor responsável pelo local ou unidade no qual trabalha, não tem jeito. Ele terá que dividir seu tempo e dar atenção a outras áreas que para ele não são tão empolgantes. Aqui, acredito que ter uma ou

algumas pessoas de confiança e boas de serviço para estar ao seu lado é fundamental. Essa questão de ser capaz de vencer o desafio de conseguir organizar o nosso tempo com todas as atividades que temos que realizar é comum a todos nós, não importa em qual área trabalhemos. Por isso, é importante conseguir ter uma forma de gerir o seu tempo de forma inteligente e eficaz. Seja seguindo manuais ou criando a sua própria maneira. A minha sugestão é tentar organizar as horas e as tarefas em algumas categorias: 1 - aquilo que fazemos e apenas nós mesmos podemos fazer; 2 - o que acabamos não fazendo, mas deveríamos fazer; 3 - aquilo que estamos fazendo e outra pessoa poderia fazer no meu lugar; 4 - o que fazemos e ninguém deveria fazer. Na primeira categoria sugerida, estão as atividades do dia a dia de qualquer líder educador e gestor. Já o segundo item é fundamental para o crescimento do negócio. Não podemos deixar de lado certas coisas apenas porque elas não nos agradam tanto quanto outras. Podem ter certeza de que isso fará muita diferença no resultado final. A terceira categoria nos poupa tempo e

traz eficiência para o dia a dia do local de trabalho. Não adianta querer fazer tudo e deixar todas as tarefas na sua mão. Isso não é sinônimo de sucesso. Você tem que confiar nas pessoas que estão próximas a você. O quarto e último item também é muito importante porque são as atividades que estamos fazendo desnecessariamente. Ou seja, desperdiçando tempo e esforço. Não podemos também deixar de olhar para o futuro e ver todo o caminho que temos pela frente e analisar o que precisamos em termos de estratégia do negócio. Ver o que de verdade é fundamental para a gestão do local de trabalho. Minha dica final é: se dedique muito a tudo o que realmente exige sua atenção. Não gaste tempo com coisas que não agregam em nada, como e-mails desnecessários, reuniões sem foco e sentido. Cerque-se de pessoas boas, competentes e sérias para poder dar mais velocidade e eficiência na sua gestão, além de crescer estrategicamente. Tenha foco e persistência que, com certeza, o percurso dos bons resultados ficará muito mais claro e menos tortuoso.

O Colunista A Metodologia Gustavo Borges conta com uma equipe de profissionais especializados em natação. Liderada pelo ex alteta olímpico Gustavo Borges, desenvolve uma proposta de ensino incluindo soluções para operação aquática de escolas,clubes e academias. www.gustavoborges.com.br


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COLUNA / Mara Gabrilli

O universo do autismo

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ocê acabou de desembarcar em um lugar totalmente desconhecido, sem mapa ou guia para orientá-lo. Sem domínio da língua, sem intimidade ou saber, mesmo que superficial, da cultura. A sua volta, rostos, cheiros e sons fundem-se sem que você possa associá-los. Você não consegue sequer produzir algum gesto ou expressão facial para se comunicar. Não é capaz de demonstrar por meio de qualquer expressão o que precisa, sente ou machuca. Tudo lhe escapa do repertório.

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Imagine que expressões como “vai chover canivetes”, “chorei um rio de lágrimas” ou “chute uma resposta” ganham sentido literal em seu cérebro. Você não entende figuras de linguagem e nenhum tipo de simbolismo. Nada é abstrato, tudo é concreto. Ambíguo. Essa confusão sinestésica é típica de manifestações do universo de uma pessoa com autismo, um distúrbio do desenvolvimento que atinge uma a cada 50 crianças nascidas, estando presente desde a mais tenra infância até a velhice, causando um impacto gigantesco na interação social, comunicação, aprendizado e capacidade de adaptação. Estamos falando de um público totalmente excluído em nosso país e que só há dezoito anos teve sua

primeira associação para fomentar o conhecimento na área. Falamos de pessoas cujas faces, muitas vezes ocultas, escondem uma beleza ignorada, um potencial inexplorado. Uma criança com autismo não é vista como uma pessoa com deficiência intelectual, pois não há uma linearidade na sua aquisição cognitiva. Sua estética harmoniosa não revela o padrão irregular de seu desenvolvimento, ora caracterizado por altas habilidades, ora por grandes dificuldades. Estímulos excessivos que muitas vezes se colidem e não conseguem ser filtrados. Tive a honra de conhecer esse universo ao ser designada relatora na Câmara de um projeto de lei que institui uma política nacional para pessoas com transtorno do espectro autista e que no final do ano passado tornou-se a Lei federal 12.764/12. Resultado de um esforço abissal de mães e pais cansados de viver à margem de serviços, a Lei, conhecida como Berenice Piana, em homenagem à mãe de um autista e ativista dessa luta, já traz em seu primeiro artigo o principal avanço, considerando a pessoa com transtorno do espectro autista, para todos os efeitos legais, pessoa com deficiência. Este dispositivo põe fim a qualquer discussão ou dúvida, permitindo que essa população tenha o acesso aos direitos garantidos pela Legislação.

Tive a honra de escrever o texto final do projeto de lei substitutivo, processo que me permitiu conhecer e ouvir muitas mães e pais de autistas de todo o Brasil. Essas pessoas me inspiraram não só a desenvolver a relatoria do PL, como a entender e enxergar o universo dessas pessoas, que embora tortuoso, é repleto de amor e singularidades.Durante muito tempo, familiares de pessoas com autismo de todo Brasil se depararem com as portas da educação trancadas e na maioria das vezes, quando abertas, inócuas para a realidade de seus filhos. Uma vida de nãos, à margem de qualquer tipo de atendimento. De vidas incumbidas a um limbo social. Hoje este projeto é Lei em todo o Brasil, que enfim, passará a ter uma política pública para a pessoa com autismo e permitirá que todo esse universo, tão peculiar, rico e belo, ao qual eu tive o prazer de conhecer, faça parte de nossas vidas.

A Colunista Mara Gabrilli, 46 anos, é publicitária, psicóloga, foi secretária da Pessoa com Deficiência da Prefeitura de São Paulo, vereadora na Câmara Municipal de São Paulo e atualmente é Deputada Federal. Empreendedora social, fundou em 1997 o Instituto Mara Gabrilli, ONG que apoia atletas com deficiência, promove o Desenho Universal e fomenta pesquisas científicas e projetos sociais.


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Mesada é importante para A educação financeira das crianças

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ocê é educado financeiramente? Se a resposta for sim, já deve saber então a importância da mesada na vida das crianças; se for não, aconselho informar-se sobre o assunto e entender, o quanto antes, o poder dessa ferramenta na aprendizagem dos pequenos em relação ao uso e à administração do dinheiro. Como a maior parte da população não teve a oportunidade de receber orientação sobre o tema, o primeiro passo então é buscar conhecimento por conta própria em livros, palestras e cursos – existem até online e gratuitos, é só procurar.

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Somente assim será possível ajudar os filhos a crescerem mais conscientes e sustentáveis financeiramente. Por volta dos três anos, a criança já mostra interesse em produtos, como brinquedos e doces, e, por isso, já se faz necessário iniciá-la à educação financeira. Livros sobre o tema voltados especialmente para essa faixa etária auxiliam muito nesse processo. O segundo passo é começar a aplicar os ensinamentos na prática, envolvendo toda a família. Quando o pequeno tiver entre sete e oito anos,

já se pode considerar oferecer uma mesada. Saiba quanto você dá de dinheiro a ele no mês e chame-o para uma conversa franca, explicando que, a partir de agora, ele vai receber e controlar o próprio dinheiro. Sobre a quantia, faça um levantamento da média que a criança gasta por mês, para isso é necessário que se anote todo dinheiro que é dado a criança e qual finalidade. Com esse número definido, dê metade do total que você gasta no mês com ela e com o restante do valor incentive-a a planejar e poupar para a realização de três sonhos: de curto (até três meses), médio (de três a seis meses) e longo prazos (de seis meses a um ano). Por esse motivo, para quem tem mais de um filho, os valores serão diferentes. Além disso, diga a eles que o mesmo valor dado de mesada você também investirá nesses sonhos, colocando na poupança. Essa atitude serve de exemplo para eles, mostrando a importância de se poupar para realizar desejos. Muitos pais me perguntam também sobre quando e como aumentar

a quantia dada ao filho. Isso deve ser gradativo, sempre acompanhado de conversas, para que o papel da mesada não seja perdido e ele compreenda que, com o aumento do valor, também aumenta a responsabilidade em administrá-lo. Para finalizar, reforço a ideia de que, por estar totalmente relacionada a um processo comportamental, a educação financeira deve ser prioridade não só nos lares, mas, principalmente, nas escolas públicas e privadas de todo o país.

O Colunista Reinaldo Domingos, educador financeiro, presidente da DSOP de Educação Financeira e da Editora DSOP, autor dos livros Terapia Financeira, Eu Mereço Ter Dinheiro, Ter Dinheiro não tem Segredo, Livre-se das Dívidas, da primeira Coleção Didática de Educação Financeira no Ensino Básico, e das séries infantis O Menino e o Dinheiro e O Menino do Dinheiro, todos pela Editora DSOP.

Crédito da Foto: Anthony Caronia

COLUNA / REINALDO DOMINGOS


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CrĂŠdito da Foto: Anthony Caronia

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CONVERSA COM O GESTOR Segurança na Web: Uso adequado das ferramentas tecnológicas no ambiente escolar Por Rafael Pinheiro | Fotos: Cedidas pelos entrevistados

“ O Colégio Albert Sabin integra a tecnologia ao dia a dia do aluno.

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sociedade de informação nos propõe diariamente uma seleção enorme de entretenimento, consumo, conhecimento, ensino e outras facilidades que cercam o cotidiano. Desfrutar das oportunidades trazidas pela rápida evolução das tecnologias é imprescindível, principalmente pela rapidez que crianças e adolescentes aderem (e incluem) em seu dia a dia, dedicando, à internet, várias horas de navegação – em casa, ou na escola.

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O avanço da tecnologia, aliada ao uso crescente de mídias e redes digitais, mostram alternativas pedagógicas para estabelecer uma aproximação desses alunos que, diferentemente do ensino tradicional, priorizam uma relação intensa com a internet e suas diversidades. O uso da internet em sala de aula atravessa a questão tec-

A utilização das diversas ferramentas e recursos que o universo digital propicia, garantem diversas oportunidades de entretenimento, diversão e facilidades, além de riscos e acesso a conteúdos impróprios e violentos que aumentam a cada dia.

nológica e envolve outros aspectos da vida escolar e, consequentemente, a vida pessoal do aluno e sua relação com a sociedade. Compreendendo a internet como uma ferramenta que possui diversos recursos, verificamos a necessidade em discutir e aprimorar não só a inclusão tecnológica nas escolas, mas a influência que esse novo meio de comunicação implica no desenvolvimento estudantil. A internet, assim como disponibiliza uma série de encantamentos e diversões, possui, infelizmente, diversos riscos à segurança. A SaferNet Brasil, entidade referência nacional no enfrentamento aos crimes e violações aos Direitos Humanos na Internet, tem se fortalecido institucionalmente no plano nacional e internacional pela capacidade de mobilização e articulação, produção de conteúdos e

Ações de conscientização e orientação garantem um ambiente digital mais seguro ao Colégio Albert Sabin

tecnologias de enfrentamento aos crimes cibernéticos e pelos acordos de cooperação com instituições governamentais, como o Ministério Público Federal. Proteger crianças e jovens em um ambiente virtual inclui todos os campos de sua vida social, principalmente a escola. O Colégio Albert Sabin, com 20 anos de experiência pedagógica, centrado em valores humanistas, para desenvolver a autonomia, espírito crítico e respeito, acredita na preocupação latente em relação ao que o aluno pode ou pretende acessar no período escolar. “Sempre que existe o pedido de um professor para o uso dos dispositivos móveis em sua aula com os equipamentos da escola ele tem a possibilidade de solicitar a liberação ou não do uso da internet e ainda de liberar apenas os sites especificados por ele”, diz o professor Paulo Fontes de Queiroz, do Colégio Albert Sabin. Uma das alternativas para readequar o uso da internet é a blindagem de certos sites. O professor Paulo Fontes conta que o colégio trabalha em duas frentes em relação à segurança, bloqueio e orientação. “Realizamos o bloqueio de todos os sites relacionados a temas impróprios, mas também fazemos a orientação dos alunos com o intuito de criar uma cultura do uso consciente da internet”. E durante as aulas práticas, geralmente em laboratórios de informática, o colégio mantem constante controle através de filtros de acesso, controle de logins e a uti-


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O Colégio Helios acredita na importância da orientação aos pais sobre a responsabilidade no mundo virtual. “Tratamos deste assunto nas reuniões de pais, já fizemos uma palestra aos responsáveis tratando do uso adequado da internet, principalmente redes sociais. Além disso, contamos com as orientações dos professores em sala de aula, pois este assunto está sempre em pauta com os estudantes”, destaca a vice-diretora Thaís Rípoli. Quando os pais visitam a estrutura escolar, surge uma preocupação quanto ao acesso a internet dos alunos em aulas práticas, como no laboratório de informática. Segundo a vice-diretora, os pais questionam, quando conhecem o laboratório, se haverá um acompanhamento dos professores e se o acesso é restrito ou “tudo liberado”. A segurança no mundo virtual torna-se cada vez mais presente (e necessário) em palestras, debates, orientações, cartilhas e discussões. O tema, tão em voga em nossa atualidade, mostra que existem desafios na relação entre usuário e internet, assim como os meios digitais impactam, de maneira significativa, as relações interpessoais e sociais. E será que é possível criar uma barreira de proteção para a internet, caracterizada por um espaço ilimitado? BLINDAGEM VIRTUAL Promover a segurança no acesso à internet é crucial em nossa realidade

virtual. Estabelecer um diálogo entre alunos, pais e coordenadores educacionais é uma das formas para erradicar ao máximo crimes nas redes sociais, como racismo e pornografia infantil, por exemplo, que se multiplicam de maneira assustadora. Além da orientação, alguns mecanismos estratégicos começam a aparecer como forma de segurança eficiente e destinada a diversos segmentos específicos. Atualmente, há recursos de tecnologia que, quando bem empregados, permitem às escolas definir critérios para permitir ou negar acesso a ferramentas disponíveis na internet, seja a partir de dispositivos da escola em laboratórios de informática e bibliotecas, ou até mesmo via rede wi-fi do colégio, por meio dos smartphones, tablets ou notebooks dos alunos e colaboradores. Leandro Lima, Diretor Executivo de uma empresa que propicia soluções completas para o uso legal da internet no ambiente escolar, indica ser imprescindível identificar de forma única cada um dos usuários na rede. “Estes usuários podem ser alunos, professores, administradores, visitantes, etc. para que seja possível determinar o grupo de acesso adequado por faixa etária, função ou outros critérios relevantes para a escola, e também manter registros históricos sobre os quais recursos foram acessados na internet, por quem, quando e onde. Esta identificação é conhecida como Credenciais de Acesso, Usuário/ Senha, entre outros termos”. Segundo Leandro, com estes recursos é possível planejar em conjunto com a Diretoria/ Coordenação Pedagógica da escola como será a dinâmica de uso da internet. Assim, são definidos grupos de acesso, como por exemplo: Ensino Fundamental I, Ensino Fundamental II, Ensino Médio. Para cada um destes grupos, determinam-se quais “Categorias” de conteúdo podem ser visualizados, quais os horários permitidos, a partir de quais equipamentos, e uma série de variações e fatores que podem ser configuradas para atender a necessidade de cada escola. Há seis anos, o Colégio Helios optou pela implantação do monitoramento à internet, controlando todos os usu-

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lização de um software para o monitoramento dos laboratórios. Além do monitoramento, os professores da instituição “receberam capacitação de uma palestrante especialista em direito digital onde foram abordados os principais temas relacionados aos possíveis problemas que podem acontecer em relação ao uso indevido da internet”, destaca o professor. O uso consciente da internet abrange não só o âmbito escolar, mas também a participação dos pais em verificar e alertar sobre o nível de vulnerabilidade que os seus filhos estão expostos. Para que isso ocorra de forma participativa, algumas escolas começam a aconselhar os pais sobre a utilização da internet com responsabilidade, propagando uma rede segura virtutal.


18 ários, as categorias de conteúdo que podem ser vistos e inclusive, em quais horários, com acesso a relatórios de uso da internet e consultas específicas. “Quando atualizamos nosso laboratório de informática colocando acesso à internet exclusivo, porém utilizávamos a política de proibir o que conhecíamos como inadequado, mas sempre tinha alguém mostrando que conseguia acessar o que não podia e os alunos não tinham identificação específica”, diz Thaís Rípoli. A resposta ao serviço de monitoramento foi positiva. Segundo Thaís, os adolescentes vibraram com a possibilidade de ter acesso ao wi-fi e internet na escola, solicitaram o cadastro de suas senhas e usam diariamente. A procura por serviços de segurança cresceram nos últimos anos seguindo uma tendência internacional. No Brasil, as empresas se profissionalizam e buscam a correspondência adequada para sua infra estrutura de TI (Tecnologia da Informação), inclusive pela segurança da informação. “Evidentemente isto se aplica às instituições de ensino, que estão passando por um momento muito importante de amadurecimento e evolução do uso da Internet e TI de um modo geral, vejamos por exemplo as exigências trazidas pelo próprio Marco Civil da Internet que passou a vigorar em junho/2014, ou até mesmo pelos alunos e seus responsáveis que buscam cada vez mais inovação e qualidade de ensino”, finaliza Leandro.

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DIREITO DIGITAL Patricia Peck, advogada especializada em Direito Digital, destaca algumas leis específicas para os riscos e crimes virtuais. “No Brasil, temos a Lei de Crimes Informáticos (Lei Federal 12.737/2012), além de uma legislação específica estabelecendo os princípios basilares da internet no país, o Marco Civil da Internet (Lei Federal 12.965/2014). Mas é importante lembrar que além dessa legislação específica para o meio digital, as demais leis existentes também se aplicam e não dependem de regulamentação especial, como é o caso do Código Penal e do próprio Estatuto da Criança e do Adolescente”. Segundo Peck, nos últimos anos houve uma pro-

cura maior por segurança na internet. O aumento de usuários atraiu maior ação por parte do crime organizado e de pessoas mal intencionadas. Em caso de incidente digital, existem maneiras adequadas de agir, como preservar a prova e em seguida notificar quem de direito possa ajudar a conter o incidente. “Tem que agir rápido, em especial quando envolve vazamento de informações ou exposição de conteúdo indevido na web. As medidas a serem tomadas visam principalmente evitar a perda/contaminação de provas digitais e evitar a continuidade do prejuízo, e vão desde o devido salvamento de arquivos digitais (e-mails, html, telas) e registro para fins judiciais em atas notariais, a adoção de medidas extrajudiciais como o envio de Notificações Extrajudiciais para os envolvidos, inclusive provedores de aplicações e conexão e até medidas judiciais, cíveis e criminais, para a obtenção de ordem judicial ou policial para a remoção de conteúdo, preservação de dados, identificação de autoria e indenização por danos causados”, diz Patricia Peck. A navegação segura de crianças e jovens na internet é um processo que atravessa a educação de forma preventiva. “Aliado à educação é fundamental estabelecer regras éticas e de conduta para o uso das tecnologias pelas crianças e pelos jovens nas escolas, de forma didática e pedagógica, aplicando as medidas sócio-educativas e disciplinares quando necessário. Uma criança compartilhar uma foto de nu com outra, já envolve pornografia infantil, então isso não é uma simples brincadeira, é algo muito sério e tem que ser tratado com o nível de gravidade e impacto que gera”, finaliza.

SAIBA MAIS COLÉGIO HÉLIOS Thaís Rípoli thais@colegiohelios.com.br Paulo Fontes a.vaccari@albertsabin.com.br Patricia Peck patricia.peck@pppadvogados.com.br Leandro Lima leandro@tdsis.com.br


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Ilustração: Studio5

DICA: TOLDOS E COBERTURAS

Conforto, estética e durabilidade nas coberturas escolares

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a estrutura escolar, tanto interna como externa, é essencial garantir o conforto dos alunos, professores e funcionários da instituição.

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Os tradicionais toldos e coberturas, especificamente, garantem uma proteção especial contra os fatores climáticos, são ideais para corredores de acesso, entradas, cobertura para quadra poliesportiva, além de proporcionar uma estética diferenciada para o colégio. Essas ferramentas também são muito úteis na decoração, podendo serem utilizadas para aumentar o espaço útil do local proporcionando espaços a mais de cobertura. Os itens tiveram início no Oriente Médio e serviam para dar proteção aos alimentos e bebidas do calor e sol intenso. Depois de um tempo, começaram a ser usados dentro de casa, em estabelecimentos, em escolas e etc. A arquiteta e mantenedora Rosimeire de Oliveira afirma que a instalação de toldos em ambientes escolares, não seja, so-

mente, por sua funcionalidade, “pois mais do que abrigos para intempéries, eles poderão e deverão compor esteticamente e, harmoniosamente o ambiente, como peça decorativa, evidentemente sem se fazer destacar”. Para isso, a escolha de um mesmo modelo de cor para todos os toldos ou coberturas do lugar tem como objetivo deixar o visual mais harmônico e leve. Alguns aspectos devem ser considerados para a melhor implantação e utilização no espaço, como os materiais escolhidos para sua confecção que devem atender às expectativas de durabilidade, as necessidades de cada ambiente e a harmonização com o estilo arquitetônico ao qual será implantado. “Para tal se faz necessário que haja cuidado com adequação de formas, modelos e modulações, a opção por cores claras que proporcionam maior conforto térmico além de potencializar o aproveitamento da luz natural e, ainda a análise de materiais e suas propriedades para


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Ilustração: Studio5

Dentre os principais materiais encontrados, o policarbonato é recomendado para onde a presença da luz ambiental seja indispensável, podendo receber tratamento autolimpante. A cobertura apresenta três padrões: O alveolar apresenta claridade mas sem ser totalmente transparente. O compacto é parecido com o vidro, mas ele tem o benefício de ser mais maleável e de mais fácil intalação.

cer um projeto e verificar com um profissional especializado, pois a cobertura do espaço deve ser regulamentada junto à prefeitura. “O ideal é que se contrate um arquiteto, para que este faça as devidas regulamentações junto à prefeitura, do espaço que será coberto (que, na maioria das vezes, passará a ser computado como área construída) e, viabilize a escolha do toldo mais adequado, dentro das aspirações estabelecidas”, destaca Rosimeire. A colocação de qualquer cobertura fixa deve seguir algumas cautelas, como a condição do local onde se pretende cada instalação em particular.

Já o reflexivo que também oferece total claridade mas não deixa raios ultra violetas passarem além de ser resistente a impactos e não propagar chamas em caso de incêndio.

Não se pode, por exemplo, cobrir uma área (gramado, jardim etc.) que faça parte da área mínima permeável exigida pela legislação. Ou seja, a verificação prévia das condições de isolamento é de suma importância.

O policarbonato também possui outras vantagens como ser 200 vezes mais resistente e 70% mais leve do que o vidro. Pode ser encontrado nas cores cristal, branco leitoso, bronze, verde, fumê, azul e refletivo.

Muitos lugares necessitam precisam de uma proteção maior como maior permeabilidade, proteção contra insolação e contra ventilação em excesso. É importante também verificar o ângulo que vai ser instalado o equipamento.

Já as lonas, que aparecem nas formas vinílicas ou acrílicas, as quais possuem diversidade de cores, são bem resistentes à chuva, ao sol e ao desbotamento.

Uma instalação de toldo vertical aumenta o calor do lugar e diminui a ventilação, sendo assim, caso opte por essa instalação, não vedar totalmente o ambiente.

A lona acrílica parece com um tecido, porém é de mais fácil manutenção e limpeza, além de ser impermeável. A lona vinílica é de um custo acessível, possui material resistente e reforçado sendo antimofo e antichamas, e é durável. Ao comprar a cobertura ou o toldo certos cuidado devem ser tomados para se evitar problemas. Decisões como escolher um bom fabricante e revendedor que possuam uma grande variedade de opção ao consumidor devem ser tomadas cautelosamente, por isso uma pesquisa prévia de qualidade é necessária. Também deve se pensar antes se a cobertura vai ser fixa ou retrátil. Além da compra e da escolha dos materiais, é importante estabele-

O material também deve ser escolhido seguindo esses padrões, sem isso, o tempo de durabilidade e proteção ficam comprometidos. A utilização de toldos, então, é recomendada para cobrir acessos diversos e, não existe um toldo específico ou apropriado para escolas. Segundo Rosimeire de Oliveira, a dica principal é que essa cobertura seja projetada de forma personalizada e que respeite, além da disponibilidade orçamentária, as especificidades de cada ambiente escolar.

SAIBA MAIS Rosimeire de Oliveira rosiceta@hotmail.com

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compor o projeto e garantir maior aproveitamento”, conta Rosimeire. Atualmente, é possível encontrar no mercado diversas opções para coberturas e fechamentos dos espaços escolares e, assim, diversos materiais.


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DICA: PROJETORES

Tecnologia Educacional: Uso de recursos audiovisuais na sala de aula

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a sociedade do conhecimento, o ritmo da informação mostrase cada vez mais acelerado. A era tecnológica atual indica movimentos e mudanças para uma geração conectada a todo instante, que consome informação em tempo real, ávidos por um novo panorama – principalmente educacional. O professor de Cinema, Audiovisual e Motion Graphics Design na Universidade Anhembi Morumbi, Ed Andrade, acredita que as novas gerações cresceram sendo estimuladas e o velho esquema de aulas tradicionais não consegue atrair a atenção desses alunos por muito tempo. “Não é o ‘recurso audiovisual’ que é importante, ele é apenas uma ferramenta, o que é realmente interessante é explorar a Linguagem Audiovisual na concepção e preparação de uma aula, palestra, apresentação, pitching etc. A Linguagem Audiovisual (desde a história do cinema até hoje) desenvolveu estratégias de comunicação e expressão muito eficientes para a produção de narrativas ricas e que estimulam vários de nossos sentidos. Isso me parece estar mais em sintonia com a sensibilidade das novas gerações”, afirma. Destaque para a lousa digital, que substitui o quadro negro; o laboratório virtual; projetor de massa, que permite, por meio de uma câmera digital, projetar imagens de peças tridimensionais. Esses mecanismos que surgem no mercado voltados à educação, apresentam uma infinidade de opções para desfrutar, em sala de aula, elementos atrativos, que possam encantar os alunos para a apren-

dizagem. Ou até mesmo transportar o teórico da matéria para visualizações e interações multimídia, favorecendo tanto o ensino para os professores, como o aprendizado para os alunos O professor Ed Andrade acredita que o primeiro passo é a capacitação dos educadores em linguagem audiovisual. “Vejo muitos professores utilizarem o recurso do projetor (PowerPoint), por exemplo, apenas para reproduzir textos, como um substituto de uma lousa tradicional. Isso torna o uso do recurso tão ou mais enfadonho do que técnicas tradicionais (livro de texto, lousa, etc)”, afirma. Importante destacar que os recursos tecnológicos devem servir de apoio à aprendizagem que acontece nas aulas presenciais, e não apenas para transmitir as mesmas informações que antes se colocava no quadro negro. Com tanta tecnologia voltada à educação, propondo novas metodologias pedagógicas, surge a reflexão se, o ensino tradicional será substituído por padrões tecnológicos. “O ensino está atrelado ao seu período histórico e tecnológico, então o ensino contemporâneo não tem como não incorporar a tecnologia. A grande questão não é se o recurso tecnológico vai ou não ganhar espaço em detrimento do ensino tradicional, a questão é como utilizá-lo da maneira mais eficiente, maximizando seu potencial e minimizando seus efeitos ‘colaterais’”, finaliza.

SAIBA MAIS

Ed Andrade

ed_andrade@mac.com


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DICA: LABORATóRIOS

AULA PRÁTICA: USO DO LABORATóRIO DE QUÍMICA COMO fERRAMENTA PEDAGóGICA

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tualmente, o processo metodológico utilizado na educação de base (e, futuramente, no ensino médio) baseia-se principalmente em aulas teóricas nas salas de aula. Dentro da relação ensino-aprendizagem, existem certos atributos relevantes para o conhecimento que ultrapassa o quadro negro, as carteiras e as teorias: a experimentação.

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Os alunos costumam atribuir à experimentação um caráter motivador, lúdico, essencialmente vinculado aos sentidos, como também aprofundamento do conhecimento pela prática. Sendo assim, a compreensão da matéria aumenta e isso pode gerar melhores resultados no aprendizado. Por outro lado, não é incomum ouvir de professores que a experimentação aumenta a capacidade de aprendizado, pois funciona como meio de envolver o aluno nos temas de pauta. A Química, por exemplo, é uma área da ciência vista como uma disciplina que apresenta bastante dificuldade

de aprendizagem do ponto de vista dos alunos. É, portanto, uma disciplina que não desperta o interesse das pessoas pela falta de compreensão devido à complexidade dos assuntos. Desse modo, torna-se necessário uma alternativa que contribua com a situação atual na educação. A utilização de laboratórios químicos especializados, que ofereça materiais, equipamentos e segurança, consegue contribuir de maneira qualitativa para o desenvolvimento do conhecimento através de aulas práticas. Paulo Guilherme Campos, professor de Química do Colégio Vital Brazil, localizado na região oeste da capital, acredita que “as atividades promovidas no laboratório de Química são fundamentais para alcançar os três pilares propostos: ver para crer, curiosidade e trabalho em grupo. O adolescente do século XXI necessita ser mais estimulado a ver, tocar, ou seja, trabalhar em laboratório transporta o aluno da realidade virtual em que vive para a realidade palpável, daí a necessidade desta


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26 forma de trabalho”.A curiosidade, citada pelo professor, pode ser despertada a partir de propostas pedagógicas bem elaboradas e claras para que o aluno, efetiva e espontaneamente, se envolva com a proposta. Muitas vezes o estudante se sente desmotivado. Os meios tradicionais de ensino, como por exemplo somente as aulas teóricas sem nenhuma prática não criam no aluno a expectativa do aprendizado. Então, a importância do trabalho do professor na proposta de atividades, que embora estejam conectadas com a realidade não são virtuais, mas sim palpáveis, consegue captar e difundir elementos instigantes. Para que isso ocorra, o professor também tem que se empenhar e se comprometer em ensinar com novas metodologias. Além disso, apesar das aulas teórico práticas serem mais estimulantes, elas podem ser um pouco mais trabalhosas na hora de criar conteúdo e uma aula adequada. As aulas de laboratório servem como meio para o conhecimento chegar de forma concreta e visível no aluno.

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O desenvolvimento da capacidade de observar, fazer perguntas, explorar, resolver problemas e cooperar aumenta; tornando o estudante mais aberto ao conhecimento. “Atualmente é comum, em qualquer ambiente, pessoas utilizando celulares e computadores para acessar as redes sociais. Essa atitude faz com que as pessoas deixem de se relacionar diretamente, portanto aparecem os individualismos. Cabe ao professor no laboratório de Química estimular o trabalho em grupos de tal forma que ele, o trabalho, também se configure como vivência”, afirma Campos. A experiência obtida através das aulas práticas garante um retorno positivo. O ensino de química deve colaborar para uma visão mais abrangente do conhecimento, demonstran-

do, na sala de aula, ensinamentos que sejam relevantes e possam interagir no cotidiano do aluno. Ao terem contato com esse conteúdo, os estudantes começam a compreender os fenômenos da ciência e como desenvolver isso no cotidiano. Com isso, o estimulo, a curiosidade e expectativa pela ciência se fixam. Os alunos, compreendendo isso desde cedo, descobrem que estudar essa disciplina pode ser fácil e divertido, principalmente quando esse ensino é feito de forma prática e atraente. A Química é uma ciência experimental e, suas aulas práticas em laboratório são de suma importância, principalmente pela aproximação dos alunos com a disciplina. “O dia no laboratório não começa no próprio laboratório, mas sim na preparação dos alunos em sala de aula para atividade que irão realizar. Chegando ao laboratório os alunos se mostram interessados e curiosos em tornar concreta a teoria apreendida. Afinal, a ciência somente poderá se desenvolver através da curiosidade”, diz Campos. A abordagem metodológica acontece de duas formas no colégio: alguns experimentos são realizados sem que os alunos conheçam os conceitos teóricos; outros, após o estudo da teoria. “Então, ora a teoria antecipa a prática, ora a prática apresenta a teoria”, ressalta o professor de Química do Colégio Vital Brazil. Criar um laboratório específico para as aulas de Química nas escolas compreende um desenvolvimento educacional absoluto, uma interação constante com o cotidiano dos alunos, uma alternativa para aliar a relação teoria-prática e um enorme diferencial na qualidade da preparação dos alunos para os vestibulares e para a vida.

SAIBA MAIS Paulo Guilherme Campos a.vaccari@albertsabin.com.br


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acEssÓrios (LimpEZa), BEBEdouros, BrinquEdos pEdaGÓGicos


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Equipamentos, Grรกfica, Informรกtica, Quadros e Lousas


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mテ天Eis, pinturas EspEciais, pisos


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32 pisos, pLayGrounds


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Playgrounds

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pL ayGrounds, proJEÇÕEs EducatiVas Em 3d, uniformEs


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