ANO 0 - NÚMERO 2 - DEZEMBRO DE 2010 A FEVEREIRO DE 2011
INFORMATIVO TRIMESTRAL SOBRE CRÉDITO PARA MICROEMPRESAS E EMPRESAS DE PEQUENO PORTE DE MINAS GERAIS
A força das MPEs ao crédito e à capitalização dos pequenos negócios; as ações dos agentes de apoio; além das políticas e mecanismos adotados pelas instituições financeiras públicas e privadas para atendimento às MPEs.
Wilson Venâncio
As micro e pequenas empresas – MPEs – são importantes pilares de sustentação da economia brasileira, uma vez que representam quase a totalidade dos empreendimentos formais no país (99,1%), empregam mais de 50% da mão de obra e são responsáveis por cerca de 40% dos salários pagos. Considerando a relevância desse segmento, a ampliação do acesso aos recursos financeiros disponíveis no mercado é um dos desafios que precisam ser enfrentados para aumentar a competitividade e garantir o desenvolvimento dessas empresas. Algumas iniciativas já foram realizadas com esse propósito, como a instituição da Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas (Lei Complementar nº 123, de 14/12/2006), que dispõe sobre o estímulo
Porém ainda há muito a se fazer para que o segmento consiga superar as dificuldades em adquirir recursos em quantidade
e condições adequadas à sua realidade. No sentido de promover a divulgação de informações sobre o acesso dos pequenos empreendimentos ao mercado de crédito, o Sebrae-MG, em parceria com Banco do Brasil, Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais, Banco do Nordeste do Brasil e Caixa Econômica Federal, divulga a segunda edição do BOLETIM CRÉDITO EM FOCO. Nessa edição você vai encontrar informações sobre os Arranjos Produtivos Locais – APLs e os produtos direcionados às empresas organizadas em arranjo, as principais linhas de crédito voltadas para as MPEs, estatísticas de crédito dessas empresas em Minas Gerais, notas sobre meios eletrônicos de pagamento, além de dicas e orientações. Boa leitura!
Arranjos Produtivos Locais Caracterizar um Arranjo Produtivo Local – APL – não é uma tarefa trivial. Há várias correntes entre instituições e pesquisadores, que buscam conceituar e identificar APLs. Independente da nomenclatura utilizada, esses arranjos têm sido considerados como uma importante forma de promover o desenvolvimento socioeconômico de uma região, sendo dessa forma um referencial para a criação de políticas públicas. Para o Sebrae-MG, os APL são aglomerações de empresas, localizadas em um mesmo território, que apresentam especialização produtiva e mantém algum vínculo de articulação, interação, cooperação e aprendizagem entre si e com outros atores locais (governo, órgãos públicos, associações, fornecedores, instituições financeiras, entidades de ensino e de pesquisa) os chamados stakeholders. As empresas que participam de um APL têm, a princípio, melhores condições para tornarem-se competitivas, isso porque elas podem contribuir e usufruir de benefícios gerados por uma gama de fatores facilitadores que permitem a eficiência coletiva dos negócios e da região. Dentre eles podemos citar: Ronaldo Guimarães
Benefícios para a empresa participante:
• Possuindo relações de proximidades, essas empresas podem formar grupo articulado e adquirir maior 1