Ed.396 - ABR/MAI/JUN/2015 - Jornal Fecomércio Informativo

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fecomércio

tiragem

150.000 exemplares

informativo

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comprovada pela Soltz, Mattoso & Mendes Auditores Independentes

belo Horizonte – Abril – junho De 2015– edição 396

www.fecomerciomg.org.br

Publicação bimestral do comércio de Bens, serviços e turismo de minas gerais - fecomércio mG, sesc, senac e sindicatos

TURISMO

JURÍDICO

ECONOMIA

NEGÓCIOS

REGULAMENTAÇÃO

CENÁRIO ECONÔMICO

Belotur quer posicionar BH como “Capital da Inovação” até 2020 Páginas 15

Empresas serão fiscalizadas pelo Ministério do Trabalho a partir de maio Página 23

Entenda o comportamento do comércio no primeiro quadrimestre de 2015 Página 17

Contribuição Confederativa 2015 Banco de Imagens

Termina no dia 31 de maio o prazo para pagamento da Contribuição Confederativa. Prevista na Constituição Federal, ela garante ao empresariado a representatividade e a defesa de seus interesses. As contribuições patronais são os principais instrumentos utilizados pela Fecomércio MG para a manutenção e o desenvolvimento das ações de fortalecimento do setor do comércio de bens, serviços e turismo. Mantenha-se em dia e tenha acesso a uma série de benefícios disponibilizados pela Federação para auxiliar na gestão do seu estabelecimento. Confira.

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GOVERNO INVESTE NA RETOMADA DO CRESCIMENTO

ESQUENTE AS VENDAS NO INVERNO 2015

Ações em prol do desenvolvimento do setor terciário de Minas Gerais e medidas para alavancar a economia estão na pauta de investimentos da atual gestão do governo do Estado. Em entrevista ao Fecomércio Informativo, o secretário de Desenvolvimento Econômico, Altamir Rôso, revela as linhas de atuação da administração pública para fomentar essa área em Minas.

Segmentos do comércio como o de roupas e calçados tendem a lucrar com as mudanças de estação. Uma das oportunidades é o inverno, que se aproxima. Porém, os empreendedores precisam de um olhar mais apurado de gestão, uma vez que os clientes estão mais cautelosos com as compras. Veja o que especialistas e empresários recomendam para conquistar os consumidores.

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FECOMÉRCIO MINISTRO DO TRABALHO DEBATE TEMAS DO SETOR TERCIÁRIO NA FECOMÉRCIO MG PÁg. 16

SENAC ALUNOS E MEC ATESTAM QUALIDADE DE CURSOS DA FACULDADE SENAC PÁg. 5

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SESC REDE SESC: ENCONTROS E OPORTUNIDADES TECEM TRAMAS PARA UMA NOVA VIDA Pág. 6 e 7


Sebrae Minas

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palavra do presidente expediente Presidente Lázaro Luiz Gonzaga Vice-presidentes Sebastião da Silva Andrade, Glenn Andrade, José Donaldo Bittencourt Júnior, Osvaldo Fernandes Pereira Júnior, Lúcio Emílio de Faria Júnior, Osvaldo Ramiro Gomes, Marcus do Nascimento Cury, Rony Anderson de Andrade Rezende Secretários Caio Márcio Goulart, Afonso Mauro Pinho Ribeiro, Vera Lúcia Freitas Luzia, André Coelho Borges de Medeiros, José Porfiro do Carmo, Evando Avelar Duarte Tesoureiros Marcelo Carneiro Árabe, Wainer Pastorini Haddad, Maria Luiza Maia Oliveira, Bento José Oliveira, Alfeu Freitas Abreu, Lizziane Martins Facundes Conselho Fiscal Efetivo José Geraldo de Oliveira Motta, Roberto Márcio do Bom Conselho, Gilbert Lacerda Silva Fecomércio Informativo Publicação bimestral do Sistema Fecomércio MG, Sesc, Senac e Sindicatos Contatos: (31) 3270-3348 ou (31) 3270-3404 comunicacao@fecomerciomg.org.br Produção – Fecomércio MG Fernanda Almada – Coord. Comunicação Izabela Ventura – Revisão Débora Franca Mariana Medina Produção – Sesc Letícia Marinho – Ger. Geral de Comunicação Camila Lôbo – Coord. Jornalismo Letícia Orlandi – Supervisora de Jornalismo Márcia Romano - Revisão Produção - Senac Ronan Aguiar – Gerente de Comunicação Márcia Misson – Coord. Comunicação Josie Menezes Renata Giordani Produção Editorial: Cynara Bastos – Fecomércio MG; Helder Guimarães – Sesc; Lilian Orneles - Senac Projeto Gráfico: Prefácio Comunicação Impressão: Sempre Editora Tiragem: 150.000 exemplares Comprovada por: Soltz, Mattoso & Mendes Auditores Independentes Fecomércio MG: Rua Curitiba, 561, Centro, Belo Horizonte, CEP: 30 170 – 120 Sesc: Rua Tupinambás, 956, Centro, Belo Horizonte, CEP: 30 120 – 070 Senac: Rua Tupinambás, 1086, Centro, Belo Horizonte, CEP: 30 120 – 070

Mantra: Planejar bem para evitar o desperdício de tempo e de outros recursos, fazendo cada vez melhor e mais, com menos.

Cooperação para solucionar problemas conjunturais Aos governantes e parlamentares. É sabido que muitos entraves brasileiros têm suas raízes históricas de longa data. Geralmente países que obtiveram suas independências negociadas pacificamente herdam amarras que podem prejudicar seu desenvolvimento por tempos indefinidos. No caso do Brasil, a situação foi ainda mais parcial, pois se tratou de um arrojo familiar. Já com os países que conseguiram suas independências pela força das armas, normalmente se desenvolvem mais rapidamente, desde que suas lideranças cultivem o patriotismo e priorizem os pilares da sustentação social, como a educação, saúde e segurança, e estabeleçam relações internacionais frutíferas. Quanto à educação, ocorreram fatores pouco comentados: durante 300 anos, foi proibida, pela Igreja e pelos colonizadores, a entrada de livros no Brasil para a população. A primeira universidade brasileira, a atual Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), só foi criada em 1920, para que fosse possível condecorar o rei Alberto I, da Bélgica, que visitou o país na época, com o título de Doutor Honoris Causa. Conclui-se, portanto, que a não priorização da educação, pilar principal de sustentação ao desenvolvimento e causa da maioria de nossos problemas, foi fruto de planejamento para a dominação. Além dos crônicos problemas de infraestrutura operacional e reestruturação jurídica, outro fator perturbador é o mosaico de partidos políticos composto por mais de três dezenas de agremiações partidárias, que abrigam grande número de lideranças,

e, pela imagem pública, nos parecem estar mais empenhados com os interesses pessoais e partidários do que comprometidos em cumprir as promessas que lhes garantiram os mandatos. Eleições a cada dois anos mantêm o país em permanente clima eleitoral, alimentando a importante matriz das incertezas econômicas, desestimulando os investimentos na produção. O que nos estimula é que, apesar de tantos problemas conjunturais históricos, a determinação, o comprometimento e a bravura pacífica de investidores e trabalhadores elevaram a nossa economia à condição de sétima do mundo, com grande evolução social, apesar do muito que ainda falta a ser conquistado. Fazemos um apelo a todos os governantes e parlamentares: cultivem a boa vontade e cooperação para solucionar os problemas conjunturais internos, pois não vai faltar por parte da sociedade apoio para encontrar as melhores alternativas possíveis para os problemas externos. É imperiosa e urgente a necessidade da retomada do desenvolvimento da economia, motor do desenvolvimento social, para não perdermos as suadas conquistas. Até breve. Positividade divina sempre!

Lázaro Luiz Gonzaga presidente do Sistema Fecomércio MG, Sesc, Senac e Sindicatos Comunique-se conosco E-mail: presidente@fecomerciomg.org.br Telefone: (31) 3270-3308 – Fax: (31) 3201-4961


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representatividade

Contribuição Confederativa 2015 Empresários em dia com a contribuição têm acesso a beneficíos da fecomércio mg Banco de Imagens

instrumentos utilizados pela Fecomércio MG para a manutenção e o desenvolvimento das ações de fortalecimento do setor do comércio de bens, serviços e turismo. Prevista em lei (artigo 8º da Constituição Federal e 513 letra “e” da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT), ela tem valores e datas de cobranças definidos em assembleia geral extraordinária de cada sindicato. O investimento varia de acordo com o número de empregados declarado no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e é devido também para empresas sem funcionários. A data de vencimento para as empresas vinculadas à Fecomércio MG e à maioria dos sindicatos é 31 de maio, mas pode variar para alguns sindicatos (para tirar dúvidas, veja as informações de contato no box).

Izabela Ventura Termina no dia 31 de maio o prazo para pagamento da Contribuição Confederativa. Prevista na Constituição Federal, ela garante ao empresariado a representatividade e a defesa de seus interesses. O empresário em dia com as contribuições patronais tem acesso a uma série de benefícios disponibilizados pela Fecomércio MG que auxiliam na gestão do estabelecimento. Essas contribuições são a principal fonte de custeio das entidades sindicais e garantem que elas atuem como legítimas representantes da categoria. Nesse sentido, cumprindo

sua missão, a Fecomércio MG trabalha em prol do desenvolvimento e sustentabilidade das empresas do setor terciário, a partir da coordenação, proteção e defesa das atividades e categorias econômicas do comércio de Minas Gerais. Segundo o coordenador de Arrecadação da Fecomércio MG, Hildebrando Vasconcelos, destaca-se como uma de suas principais ações a celebração das Convenções Coletivas de Trabalho (CCTs), que buscam negociações justas entre empregadores e empregados, e a manutenção de produtos e serviços que facilitam e auxiliam a gestão das empresas. A Contribuição Confederativa é um dos

Fique em dia com as contribuições patronais e tenha acesso a benefícios oferecidos pela Fecomércio MG • Assessoria Econômica; • Assessoria Jurídica; • Assessoria em Negócios Internacionais; • Certificado de Origem para exportadores; • Linhas de financiamento (BDMG); • Descontos Unimed e Qualicorp.

SAIBA MAIS Para obter mais informações sobre a Contribuição e os benefícios para as empresas representadas, acesse o site www.fecomerciomg.org.br/contribuicoes/beneficios/ ou entre em contato pelos telefones: (31) 3270-3363 – Arrecadação (31) 3270-3464 – Comercial (31) 3270-3330 – Jurídico

BENEFÍCIOS Com as contribuições em dia, o empresário tem acesso aos benefícios oferecidos pela Federação (veja no quadro). Um deles é a Assessoria Econômica, que difunde o conhecimento das tendências do mercado por meio de pesquisas de opinião pública e avaliação do potencial de consumo, com a finalidade de garantir mais segurança na tomada de decisões estratégicas. A Assessoria Jurídica especializada assiste o empresariado mineiro em áreas como a tributária, fiscal e trabalhista. Outro destaque é a Assessoria em Negócios Internacionais, para orientações no âmbito de exportação, importação, preferências outorgadas pelos acordos internacionais que o Brasil participa, certificado e normas de origem, declaração de livre venda e demais vertentes ligadas ao comércio exterior. O empresário César Chaves de Araújo, dono da clínica veterinária Vet Master, no bairro Ouro Preto, em Belo Horizonte, utiliza o serviço de consulta de cheques. “A Fecomércio MG me dá todo o suporte em relação à condição de receber os cheques e outros serviços que nos dão segurança para administrar. Hoje eu me sinto mais seguro sabendo que posso contar com a Fecomércio para me assessorar, por isso, eu tenho certeza de que meus lucros serão sempre maiores, para que possamos dar continuidade ao nosso setor empresarial”, afirma.


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negócios

Esquente as vendas no inverno 2015 Estação mais fria do ano é oportunidade de negócios para empresários que souberem lidar com a cautela do consumidor

ESTRATÉGIAS Para sobressair no concorrido mercado e conseguir a atenção desse cauteloso consumidor, o especialista em comércio, gestão e turismo do Senac, André Carvalho, compartilha algumas estratégias. A primeira é investir em proporcionar uma excelente experiência de compra ao cliente. “Com as facilidades da inter-

Para os consumidores, temperaturas mais baixas são a chance de renovar o guarda-roupas com peças elegantes net, o consumidor quer ter, na loja, um ambiente mais agradável do que na própria casa. Se isso acontecer, ele vai compartilhar com os amigos em vários meios disponíveis, reforçando o boca a boca.” Outra dica é cercar-se de funcionários que entendam muito bem de cada produto e investir em tecnologia nos processos operacionais, como a coleta de dados dos clientes. É importante co-

nhecer a fundo o perfil do público, para enviar, por exemplo, malas diretas e e-mails marketing adequados às preferências de cada um. “Uma tendência que não muda, independentemente da estação do ano, é manter a antecipação. Fique de olho nas novidades do mercado, nos novos produtos e no que deve virar ‘febre’ entre os consumidores. Crie expectativas no cliente e, assim, fidelize-o.”

Estampas de animais são a tendência da estação O animal print – estampa que lembra peles de animais – é a tendência absoluta do inverno 2015, sendo essa a aposta dos empresários para agradar aos clientes mais antenados. Segundo a coordenadora do eixo de Moda e Beleza do Senac em Belo Horizonte, Suméia Mattar, a estação mais fria do ano está mais alegre do que nunca: estampas de flores, borboletas e cores fortes vêm com tudo nas vitrines. Verde-esmeralda, cobalto, roxo, fúcsia, castanho e até neon são os tons da vez. Amarrações na cintura com cintos e lenços eviden-

ciam a forma feminina, que não deve ficar totalmente escondida, apesar das temperaturas mais baixas. Para os calçados, as tradicionais botas de cano curto, médio e alto ganham detalhes com animal print e salto plataforma. “Já quem tem negócios direcionados ao público masculino pode apostar no jeans e xadrez em camisas e blazers, arriscando em estampas de pele animal em meias e gravatas para quebrar o visual monótono”, orienta a especialista em moda e beleza. Banco de imagens

Conhecido como a estação mais elegante do ano, o inverno é a oportunidade para desfilar com casacos e botas de cano alto. Para os empresários de segmentos como os de roupas e calçados, a mudança no clima é a chance de vender mais. No entanto, neste ano desafiador para a economia, os consumidores estão mais cautelosos com as compras, exigindo um olhar mais apurado de gestão dos empreendedores. Para este inverno, a empresária Glória Inês Costa, dona da loja Miss Brasil Modas, localizada no bairro Funcionários, em Belo Horizonte, fez pedidos menores de roupas porque percebeu que os clientes estão mais comedidos para comprar. “Para atraí-los, além de manter uma vitrine chamativa, negocio bastante com os fornecedores, garantindo preços mais baixos ao consumidor final”, conta. O proprietário da Calçados Sheila, no centro da capital mineira, Miguel de Sousa, já está com as vitrines repletas de botas e sapatos fechados, mas também tem sentido os efeitos da recessão: “Os clientes têm pechinchado muito, pensado bem antes de comprar.” Com o intuito de manter as vendas, ele pretende fazer liquidações antes de o inverno acabar e ser mais flexível nos descontos. Segundo a supervisora de Estudos Econômicos da Fecomércio MG, Luana Oliveira, a percepção dos empresários é reflexo de um ano de incertezas e ajustes econômicos e políticos, que já pesam no bolso do consumidor. “O poder de compra está menor, ou seja, o dinheiro está rendendo menos do que nos anos anteriores na hora de consumir e um dos motivos é o fato de a inflação continuar acima da meta estipulada. Esse cenário faz com que o consumidor pense mais antes de contrair uma dívida e priorize as contas essenciais como água, luz, supermercado e telefone”, analisa.

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Izabela Ventura


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desenvolvimento

Políticas públicas para a retomada do crescimento O setor do comércio de bens, serviços e turismo tem inegável importância para a economia de Minas Gerais e do Brasil. E tal reconhecimento não poderia ficar fora da pauta de investimentos do governo estadual, que prevê projetos para a área, conforme revelou o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Altamir Rôso, em entrevista ao Fecomércio Informativo. As políticas objetivam induzir o fomento às cadeias produtivas e promover mercados considerando a realidade de cada região de Minas, com o objetivo de gerar negócios, emprego e renda. Confira as considerações de Rôso sobre o setor terciário de Minas Gerais e as ações do governo para a retomada do crescimento econômico. Como o governo avalia a importância do setor do comércio de bens, serviços e turismo para Minas Gerais? Essa é uma das prioridades da administração estadual para este ano? O setor de comércio e serviços, importante gerador de emprego e renda, está passando por um momento de ajustes frente a um novo ambiente econômico global. As oscilações do dólar e a adoção de medidas necessárias para a contenção da inflação impactam o poder de compra do consumidor e, por consequência, o desempenho das atividades do setor terciário. Diante desse cenário, o governo terá como linha de atuação trabalhar em políticas que possam induzir o fomento às cadeias produtivas desde a commodity, até o escoamento da produção que envolve, diretamente, ações voltadas à área. Outras iniciativas deverão pautar-se na promoção de mercados, por meio de políticas de incentivo ao fortalecimento das rotas de turismo de negócios existentes e a indução de novas. Por isso, o conhecimento das vocações e os talentos das economias locais e regionais será um bom balizador. As políticas vão considerar a realidade de cada região mineira para reduzir desigualdades e promover a geração de negócios, emprego e renda. Após análise da situação da economia de Minas Gerais, a partir de qual diagnóstico

o governo pretende pautar ações para a retomada do crescimento? O trabalho para a promoção do desenvolvimento econômico será uma ação constante e prioritária neste governo. Sendo assim, é preciso estar atento ao cenário atual e suas transformações para pautarmos políticas que possam promover a retomada do crescimento. Dentro desse contexto, diversas medidas serão conduzidas para que os mercados interno e externo possam reconhecer Minas Gerais como um Estado competitivo e promissor para receber investimentos. Outro ponto fundamental consiste na diversificação da pauta econômica e produtiva do Estado, aproveitando sua reconhecida vocação empreendedora, manifestada pelas mais de 1,5 milhões de empresas, segundo dados do Empresômetro. Por fim, a simplificação e melhoria do ambiente de negócios serão também alvo de nossas ações para uma economia mais pujante e propícia à promoção do desenvolvimento de nossa sociedade. O ano começou com uma série de ajustes fiscais por parte do governo federal. Esse será um espelho para o âmbito estadual? Não podemos nos abater com as crises, pois assim como elas vêm, elas vão. Os ajustes anunciados pelo governo federal são necessários para chegarmos a um novo ciclo de desenvolvimento econômico e social de um país que avançou muito na última década,

período em que conseguimos tirar 37 milhões de brasileiros da pobreza. Estamos fazendo um grande esforço dentro da nossa casa, com a redução de todos os gastos possíveis, inclusive com o corte de 20% nas despesas com pessoal. E muito otimistas para fazer a nossa economia avançar, mesmo com a expectativa de pouco crescimento em 2015. Para esta gestão, o governo prevê a realização de projetos que contemplem o setor terciário? Quais? A realização de ações, programas e políticas que possam favorecer este importante setor de nossa economia sempre estará na pauta governamental. O nosso diferencial é que iremos avançar nos indicadores, contando com a massiva participação das entidades que representam e apoiam a atividade econômica para a construção de uma pauta efetiva, de diálogo e com foco em resultados de curto, médio e longo prazos.

“Estamos muito otimistas para fazer a nossa economia avançar.” Osvaldo Afonso

Izabela Ventura

O secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Altamir Rôso, fala sobre as ações do governo diante do contexto econômico atual


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Contribuição Confederativa 2015

A fecomércio mg trabalha para fortalecer o comércio de bens, serviços e turismo. Além de defender os interesses dos empresários, a Fecomércio MG oferece

A sua participação na Contribuição Confederativa é muito importante para um comércio cada vez mais forte.

muitos benefícios. Conheça alguns deles:

• Assessoria econômica • Assessoria jurídica • Assessoria em negócios internacionais

FIQUE EM DIA ATÉ 31 DE MAIO

• Certificado de Origem • Certificados Digitais • Criação de sites e soluções web • Linhas de financiamento • Planos de saúde

www.fecomerciomg.org.br/ contribuicaoconfederativa


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SINDICATOS

Evolução da gestão sindical Fernanda Almada

çar a excelência”, explica a multiplicadora do Segs na Fecomércio MG, Nayara Alves. As lideranças também terão a oportunidade de participar de capacitações a distância. “Por meio dos treinamentos on-line seremos capazes de alinhar as práticas de gestão sindical entre todos os integrantes do Segs de forma rápida e eficaz”, ressalta Leonardo Fonseca. Indicadores prioritários a serem monitorados pelas federações e sindicatos: • Associativismo; • Autossustentação; • Adimplência da Contribuição Sindical; • Imagem institucional da entidade ; • Ações de representação. Alisson Jacome/Fecomércio MG

O Sistema de Excelência em Gestão Sindical (Segs), programa criado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), trouxe uma série de inovações para o ciclo 2015. As novidades, que privilegiam os resultados das entidades sindicais, foram apresentadas, em abril, às lideranças sindicais da Fecomércio MG pelo consultor da CNC, Leonardo Fonseca. Desenvolvido para incentivar a excelência na gestão de federações e sindicatos, o Segs capacita líderes e executivos sindicais para que tenham uma atuação mais eficaz em prol dos interesses das empresas que representam. “O programa é fundamental para profissionalizar os sindicatos e forta-

lecer cada vez mais sua representatividade”, diz o presidente do Sistema Fecomércio MG, Sesc, Senac e Sindicatos, Lázaro Luiz Gonzaga. As principais inovações deste ano têm o objetivo de apoiar as lideranças das entidades no alcance de melhores resultados. Para isso, foi desenvolvido um novo método de avaliação, baseado no modelo da Fundação Nacional de Qualidade (FNQ). No novo modelo “Construindo a excelência”, foi alterado um dos critérios que mensura o nível de gestão, priorizando o foco em resultados. “Entre as novidades estão as autoavaliações e as avaliações de consenso, feitas por meio de um sistema informatizado, mais simples e objetivo, permitindo que os gestores foquem os indicadores essenciais para alcan-

O consultor da CNC, Leonardo Fonseca, apresentou as novidades do Segs para as lideranças sindicais da Fecomércio MG

A importância do sistema sindical do comércio Mariana Medina Composta por entidades sindicais de diferentes níveis de abrangência, a estrutura do Sistema Confederativo de Representação Sindical do Comércio se assemelha a uma pirâmide e está prevista na Constituição Federal de 1988 (CF/88). “A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) ocupa o topo da figura como maior órgão de representatividade dos setores no Brasil, seguido das federações e sindicatos das diferentes categorias econômicas”, explica a advogada da Fecomércio MG Fernanda Vieira. De acordo com o respectivo nível de

abrangência, cada entidade exerce funções previstas no artigo 8º da CF/88, estatutos e demais legislações específicas. A função negocial confere poder aos sindicatos para celebrar Convenções Coletivas de Trabalho, nas quais são fixadas regras a serem aplicáveis nos contratos individuais de trabalho dos empregados. Já a assistencial é a finalidade conferida pela lei e respectivos estatutos às entidades sindicais para prestação de serviços aos seus representados, contribuindo para o desenvolvimento integral da comunidade. A função de arrecadação é prerrogativa conferida em lei (CF/88 e Consolidação das

Leis do Trabalho) por meio da qual as entidades sindicais fixam as contribuições que deverão ser recolhidas pela respectiva categoria representada. E a de substituição trata-se da atribuição legal dada aos sindicatos para representar e defender os interesses da categoria perante as autoridades administrativas, bem como junto ao Poder Judiciário. “Ao prever essas funções para o sindicalismo, a Constituição protege o empresário por colocar à sua disposição uma estrutura não só com legitimidade suficiente para defender seus interesses, mas também com a obrigação de prestar-lhe serviços que fortaleçam o negócio”, afirma a advogada.


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Ronaldo Guimarães

empreendedorismo

O sonho de empreender Afonso Maria Rocha Diretor-superintendente do Sebrae Minas

“Abrir uma empresa deixou de ser uma aventura rumo ao desconhecido, para tornarse uma ação planejada.”

(com menos de três anos e meio de atividade) e a outra metade, aos donos de negócios já estabelecidos há mais tempo. Tivemos muitas mudanças nos últimos anos. A Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas, promulgada em 2006, favoreceu o ambiente legal e a inovação, além de facilitar a participação das MPEs em licitações. Foi criada a figura jurídica do Empreendedor Individual, o que facilitou a formalização de negócios. O Supersimples passou por evoluções que permitiram reduzir a carga tributária de muitas empresas e ampliou a lista de atividades que podem se enquadrar nesse sistema. O nível educacional é outro fator importante no novo cenário. Já podemos perceber, na faixa dos mais escolarizados, uma maior proporção de novos empresários movidos pela oportunidade. Abrir uma empresa deixou de ser uma aventura rumo ao desconhecido, para tornar-se uma ação planejada, com riscos calculados e bem avaliados. O Sebrae Minas está empenhado em oferecer, a quem pretende abrir um negócio ou aos que já são empresários, todo o suporte

necessário para que tenham chances reais de sucesso no mercado. Muitos empreendedores já se convenceram de que a educação e o conhecimento são fundamentais nessa jornada. Por isso, tornamos nossas capacitações cada vez mais adaptadas às necessidades dos micro e pequenos empresários. Com base em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), traçamos um perfil dos donos de negócios no Brasil e lançamos um conjunto de soluções – Começar bem –, com atendimento presencial, oficinas e cursos para orientar e capacitar potenciais empreendedores no planejamento do seu negócio. O micro e pequeno empresário tem agora à sua disposição, um portfólio de capacitações adequado às suas necessidades e estágios de evolução. O Sebrae continua de portas abertas para apresentar seus produtos e serviços aos empreendedores, com o objetivo de promover a competitividade e o desenvolvimento sustentável dos pequenos negócios.

Banco de imagens

Durante muito tempo, trabalhar em uma empresa com carteira assinada era a única alternativa considerada segura pelos brasileiros que iniciavam a vida profissional. Sinal dos tempos, a realidade hoje é bem diferente. A última edição da pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM/2014) mostrou que ter o próprio negócio continua sendo o terceiro maior sonho do brasileiro – o primeiro é comprar a casa própria (42%) e, o segundo, viajar pelo país (32%). Mas, pela primeira vez, o número de pessoas que almejam se tornar seu próprio chefe (31%) é praticamente o dobro das que desejam fazer carreira numa empresa (16%). A pesquisa GEM – realizada em 69 países, com 10 mil entrevistas no Brasil – mostrou ainda que a taxa total de empreendedorismo no país atingiu, no ano passado, o seu maior índice. Três em cada dez brasileiros adultos, entre 18 e 64 anos, possuem uma empresa ou estão envolvidos com a criação de um negócio próprio. Em dez anos, essa taxa saltou de 23% (2004), para 34,5% (2014), metade correspondente aos empreendedores novos


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entrevista

Eficiência na gestão Presidente executivo da Fundação Dom Cabral mostra que adaptabilidade e inovação podem fazer a diferença em cenários de crise

“O mercado dita para onde devemos ir.” A fala do presidente executivo da Fundação Dom Cabral, Wagner Furtado Veloso, traz um alerta para os empresários. Em entrevista ao Fecomércio Informativo, o líder da escola de negócios, classificada entre as 50 melhores do mundo pelo ranking de educação executiva do Financial Times em 2014, ressalta: “Os desafios estão dados, a realidade está posta. Portanto, precisamos focar a eficiência na gestão.” O executivo, que possui MBA pela Columbia University (Estados Unidos), também fala sobre custos, agilidade e competitividade das empresas. Confira. Em um cenário econômico como o que estamos vivenciando, quais são os principais desafios a serem superados pelas empresas? As empresas precisam fazer uma autoavaliação, olhar para seu interior e analisar se a sua estrutura está compatível com o cenário externo. É preciso, por exemplo, identificar se os custos estão adequados. É importante também que as organizações se preparem para ser dinâmicas, porque o mundo atual exige adaptabilidade e agilidade por parte delas. Isso é ser competitivo. O que os empresários devem priorizar para alavancar seu negócio? Os desafios estão dados, a realidade está posta. Portanto, precisamos focar a eficiência na gestão, buscando aumentar o valor competitivo da organização. Cada empresa precisa ter clara a sua estratégia de competitividade. De que forma os empresários podem implementar uma cultura de inovação, tão importante para o sucesso de seus empreendimentos? Inovação é uma das aliadas das empresas que buscam competitividade. Para isso, é preciso fundamentalmente trabalhar o capital intelectual da organização, motivando seus

colaboradores para trilharem caminhos criativos e ideias inovadoras. Também é importante ler e ouvir o mercado para que se possa fazer diferente ou melhor do que já está sendo feito, como diz o especialista Peter Drucker. O que as lideranças podem fazer para motivar seus colaboradores a contribuir de forma eficaz com os resultados da organização? Primeiramente é necessário trazer o colaborador de todas as áreas e níveis hierárquicos para participar na elaboração das estratégias da organização. As pessoas se sentem engajadas e mobilizadas para algo que elas ajudaram a construir. E isso faz muita diferença em cenários desafiantes e de crise. É fundamental também que haja transparência da alta direção com relação à situação da organização e do mercado. A confiança é um elo importante na organização e sem transparência é inviável construir relações confiáveis.

“Os empresários precisam ser altamente responsivos.”

Que dicas o senhor daria para os empresários do comércio de bens, serviços e turismo para que possam aproveitar as oportunidades e eliminar as barreiras ao crescimento? Eles devem estar atentos à evolução do cenário e aptos a tomarem medidas com agilidade. Os empresários precisam ser altamente responsivos, especialmente, nos dias de hoje. O mercado é que dita para onde devemos ir. E é por isso que a gestão precisa ser priorizada, para a empresa ganhar eficiência e ser competitiva. Paulo Marcio

Fernanda Almada

“A gestão precisa ser priorizada”, diz o presidente executivo da Fundação Dom Cabral, Wagner Veloso


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negócios 0 80 0 570 0800 | SEBRAE

O P R Ê M I O M P E B R A S I L É U M A G R A N D E O P O R T U N I D A D E PA R A V O C Ê E PA R A S E U N EG Ó C I O. A P Ó S R E S P O N D E R A O Q U E S T I O N Á R I O D E A U TO AVA L I A Ç Ã O, O S PA R T I C I PA N T E S R EC E B E M C O M O R E TO R N O U M A A N Á L I S E D E G E S TÃ O, G R AT U I TA , Q U E A P O N TA A S O P O R T U N I D A D E S D E M E L H O R I A E S U G E R E C A M I N H O S PA R A TO R N A R S U A E M P R E S A M A I S C O M P E T I T I VA . A C E S S E P R E M I O M P E . S E B R A E . C O M . B R E PA R T I C I P E .

INSCRIÇÕES DE

Apoio institucional

1/04

A

2015

3 1 / 0 7/ 1 5

Apoio técnico

Realização


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Alberto Wu

marketing

Tendências de marketing para sua empresa Luiz H.B. Silva Especialista em Marketing

Os consumidores estão mudando, cada vez mais, a forma com que buscam as informações sobre produtos e serviços, a maneira como tomam as decisões de compra e o jeito com que compartilham as experiências no pós-venda. Um estudo do Google, denominado Momento Zero da Verdade, aponta a internet como fator determinante nas atualizações desses processos de consumo. Dessa forma, os canais digitais despontam-se como meios de extrema relevância no planejamento de marketing das empresas de pequeno, médio e grande porte, dos mais variados segmentos de atuação. Nesse novo cenário mercadológico com forte apelo digital, saber quais são as oportunidades de marketing para os próximos anos é um diferencial competitivo para obter melhores resultados frente aos concorrentes. Além disso, em tempos de recessão econômica, investir corretamente a verba nas melhores estratégias se torna vital para o bom funcionamento de qualquer empresa. Entre as tendências para os próximos anos, podemos citar o Content Marketing, ou Marketing de Conteúdo, como uma das estratégias mais importantes. Ela tem como meta entregar conteúdo de alta qualidade para o público-alvo, com o intuito de melhorar e aumentar o consumo, o engajamento on-line, a geração de leads (contatos qualificados), as vendas, a fidelização dos consumidores, a reputação e a imagem empresarial. Como orientação, o conteúdo deve ser bem escrito, ter relevância e estar de acordo com os objetivos estabelecidos, suprir uma dúvida ou um problema do cliente e não deve ter caráter promocional. Já as estratégias de Mobile Marketing não são apenas tendências, mas realidade em muitos segmentos em que esses dispositivos, principalmente os smartphones e tablets, são responsáveis por mais acessos, interações e conversões, se compararmos com outros equipamentos como os notebooks e desktops. De acordo com a revista Forbes, em 2017, 87% das vendas de dispositivos com conexão à internet serão de smartphones e tablets. Por isso não basta

ter aplicativos móveis e um site responsivo (que se ajuste ao tamanho de diversas telas); também é preciso levar em conta a otimização do conteúdo, de acordo com os novos padrões de consumo por meio desses equipamentos. Além disso, as vendas no comércio eletrônico brasileiro cresceram consideravelmente nos últimos anos, e a previsão futura não é diferente. Segundo o relatório Webshoppers da Ebit, a expectativa é que o e-commerce gere 122,9 milhões de pedidos on-line em 2015, com movimentação de R$43 bilhões em bens de consumo, o que representaria cerca de 20% de crescimento em relação a 2014. O amadurecimento desse mercado traz mais confiança ao consumidor brasileiro, que tem incorporado as compras pela internet ao seu dia a dia. Por isso, é muito importante que os empresários se preparem para atender melhor e aumentar os seus lucros nos meios digitais.

Fonte: Webshoppers/ Ebit 2015

“Saber quais são as oportunidades de marketing para os próximos anos é um diferencial competitivo para obter melhores resultados frente aos concorrentes. ”


12 • FECOMércio informativo • edição 396

CRCMG

CRCMG em campanha contra o exercício ilegal da contabilidade Quais as implicações de se contratar um profissional da contabilidade ou um escritório que esteja em débito com o Conselho Regional de Contabilidade de Minas Gerais (CRCMG)? Aparentemente, o assunto não diz respeito ao empresariado. Mas o que poucos sabem é que o contador inadimplente está exercendo irregularmente a profissão, tanto que fica impossibilitado de emitir a Declaração Comprobatória de Percepção de Rendimentos (Decore), documento contábil destinado a provar as informações sobre percepção de rendimentos em favor de pessoas físicas. De acordo com o Decreto Lei n.º 9.295/1946, artigo 12, somente poderão exercer a profissão os profissionais devida-

mente habilitados, registrados no Conselho Regional de Contabilidade. Preocupado em orientar a sociedade e garantir o cumprimento da legislação, o CRCMG criou a campanha Fique em Dia na Vida e na Profissão, que será veiculada até o final de junho em todo o Estado de Minas Gerais. Com foco nos profissionais da contabilidade, estudantes de ciências contábeis e empresários, a campanha sugere uma pausa na rotina atribulada para refletir sobre a importância de se manter em dia com atividades cotidianas importantes, como a vida em família, os planos pessoais e a vida profissional. O empresariado também é chamado à reflexão. Ao exigir que o contador ou escri-

tório de contabilidade que atende a sua empresa esteja regularizado com o Conselho da categoria, o empresário está se preocupando com a saúde fiscal do próprio negócio, garantindo a segurança dos procedimentos. O profissional em situação regular também é um contador mais capacitado, apto a participar dos programas de educação continuada, mantendo-se sempre atualizado com as mudanças e novidades na legislação tributária, que afetam diretamente os negócios. Por isso, o CRCMG orienta os empresários a se informarem sobre as condições do contador que atende a empresa, no portal do Conselho: www.crcmg.org.br. Havendo irregularidades, exija que seu contador fique em dia com a profissão.

fecon/mg

Classe Contábil reforça papel de proteção à sociedade sigla em inglês), ocorrida nos últimos anos, também abriu novos campos de trabalho e fortaleceu o papel do profissional nas organizações. Há até pouco tempo, o Brasil não tinha um padrão de contabilidade pública, o que começou a mudar com a implantação, em 2010, de normas aplicadas a esse setor. Segundo a Federação dos Contabilistas do Estado de Minas Gerais (Fecon/MG), mais do que proteção às posses e aos bens, a contabilidade precisa ser encarada como uma

profissão que tem como objetivo proteger a sociedade. E o número de profissionais na área tende a aumentar. Segundo o Ministério da Educação (MEC) e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), o curso de ciências contábeis ficou entre os mais procurados pelos estudantes de graduação em 2014, ocupando a quarta colocação no ranking, com 328.031 futuros profissionais, evidenciando o quão promissora é a carreira contábil no país. Banco de imagens

O dia do Profissional da Contabilidade é comemorado em 25 de abril. A categoria, formada por mais de 500 mil profissionais, tem muito o que comemorar. Mudanças importantes ocorreram no mercado contábil nos últimos anos, a começar pelo papel dos trabalhadores da área, que lutam para dar mais transparência aos balanços contábeis e apoiam o combate à corrupção. No Brasil, segundo o Conselho Federal de Contabilidade (CFC), os contadores e técnicos deixaram de ser coadjuvantes e tornaram-se fundamentais, não só para as empresas que atuam, mas também para a sociedade. Prova recente foi a entrada da categoria no trâmite eleitoral brasileiro. Toda a prestação de contas de candidatos, comitês financeiros e partidos políticos passou a ter a assinatura de um profissional da área. A convergência da contabilidade brasileira aos padrões internacionais (IFRS, na


FEcomércio informativo • Edição 396• 13

Alberto Wu

gestão

Marketing estratégico para o setor de serviços Cristiano Moreira Coordenador corporativo da área Comercial da Fecomércio MG

O setor de serviços já responde pela maior parte do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, representando 68,5% do total produzido e gerando US$ 38,1 bilhões. No mundo, o Brasil ocupa a 29ª posição no ranking dos principais exportadores, com 0,9% do total das transações mundiais de serviços, segundo o Brasil Export. Assim como a definição do mix de marketing (os “4Ps”: produto, preço, praça e promoção) é essencial para o posicionamento de mercado do comércio de bens tangíveis, a gestão de empresas fornecedoras de serviços exige ferramentas diferenciadas para mensurar as atividades, o controle dos processos de forma eficiente, a criação de valor para o cliente e a consequente permanência no mercado. Produtos como roupas, automóveis, fast-food, joias e alimentos possuem tangibilidade dominante. Já os serviços de consultoria empresarial, transportes e contabilidade são essencialmente intangíveis. Para o setor de serviços, os “4Ps” ganham uma nova dimensão com características intrínsecas às atividades, a considerar: inseparabilidade, intangibilidade, variabilidade e perecibilidade. Vamos analisar adiante cada uma delas. Um serviço que segue a premissa de inseparabilidade requer a presença do fornecedor junto ao cliente, e refere-se a todos os agentes humanos que desempenham um papel no processo de execução. De modo geral, são produzidos e consumidos ao mesmo tempo. Para aperfeiçoar o serviço e gerar escala, o prestador pode atender a grupos maiores simultaneamente, trabalhar mais rápido para diminuir o tempo

médio por cliente e criar soluções para o atendimento responsivo. Podemos citar como exemplos o autoatendimento nos bancos, o agendamento on-line em sites, compras pela internet, entre outros. Ao contrário dos bens, os serviços não podem ser vistos ou analisados por nenhum sentido antes de serem adquiridos, ou seja, seguem essencialmente o conceito de intangibilidade. Para diminuir essa ausência de percepção, podem ser evidenciadas características que gerem provas físicas e apresentações da empresa e do que o serviço propõe. Demonstrações como instalações, pessoas bem treinadas, equipamentos, materiais de divulgação (flyers, anúncios), símbolos e preços geram comunicação com o consumidor e tangibilizam qualquer serviço. Exemplos como o site de uma empresa de consultoria, apólices de seguro e instalações de faculdades retratam essa característica. Mais um quesito que deve ser observado é a variabilidade. Na gestão de empresas de serviços, “processos” é palavra-chave. Padronizar a execução, assim como diminuir os riscos e as incertezas de variação de atendimento entre clientes, é primordial. Para isso, crie e compartilhe procedimentos, mecanismos e o roteiro efetivo das atividades por meio das quais o serviço é executado. Invista, portanto, em manuais, treinamentos e políticas internas. Outro conceito do setor de serviços é a perecibilidade, que também deve ser considerada com atenção pelos empresários. Todo serviço é perdido para sempre se não for prestado no momento da procura, uma vez que não pode

ser “estocado”. São estratégias para controlar a oscilação de demandas: levantamento de estimativas, sistemas de reservas, realização de promoções, manutenção de rotinas de eficiência para horários de pico, contratação de trabalhadores em meio horário e outras atitudes. Segmentos como hotéis, companhias aéreas e restaurantes são atividades que exigem o monitoramento constante dessa característica. Em suma, a gestão de serviços exige uma abordagem diferente do marketing destinado a produtos. Pense nos principais serviços da sua empresa ou aqueles vinculados à comercialização de alguns produtos, se são de baixo ou alto contato com os clientes. Potencialize as qualidades valorizadas, como confiabilidade, conveniência, credibilidade e empatia. Reduza os riscos funcionais, financeiros, sensoriais e temporais, inerentes às atividades. As características aqui citadas são desafiadoras para qualquer gestor, e a evolução delas retrata o desenvolvimento de mercados por consumidores mais exigentes e bem informados, além de empresas que buscam diferenciação e vantagens competitivas.

“empresas de serviços exigeM ferramentas diferenciadaS”.

A FECOMÉRCIO MG DISPONIBILIZA LINHAS DE CRÉDITO COM AS MELHORES TAXAS DO MERCADO PARA AS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS. ENTRE EM CONTATO E SAIBA MAIS: (31) 3270-3464 | comercial@fecomerciomg.org.br

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14 • FECOMércio informativo • edição 396

5


FEcomércio informativo • Edição 396• 15

TURISMO

Belotur aposta em turismo de eventos para alavancar o setor na capital até 2020 Para o presidente da entidade, BH tem vocação natural para a inovação

Em 2014, Belo Horizonte não só ganhou os títulos de “Capital do Futebol Brasileiro” e “Capital Brasileira da Hora do Planeta”, como também foi a cidade que registrou a maior evolução no quesito “Atrativos Turísticos” no Índice de Competitividade do Turismo Nacional. O estudo, elaborado pelo Ministério do Turismo em parceria com o Sebrae e a Fundação Getúlio Vargas, é uma importante referência que comprova os avanços do setor no município, que já definiu planos de trabalho na área para os próximos cinco anos. Até 2020, a capital mineira deverá concentrar esforços no desenvolvimento do turismo de eventos para se posicionar como “Capital da Inovação”. “O turismo de negócios e eventos é um dos programas em destaque no nosso Plano de Marketing. Seu objetivo principal é organizar a cadeia produtiva desse segmento, visando aumentar o número de eventos captados e realizados na cidade”, afirma o presidente da Empresa Municipal de Turismo (Belotur), Mauro Werkema. “O turismo de eventos é o ´filé mignon´ da sazonalidade, representando 27% da movimentação de receitas oriundas do turismo no Brasil. O público de negócios gasta cinco vezes mais do que outros turistas e nós estamos melhorando a mobilidade e a oferta de serviços na cidade para recebê-lo”, diz. No intuito de fortalecer a infraestrutura de captação de eventos para BH, a Belotur já adotou algumas medidas, como se filiar à Organização Mundial do Turismo e à Associação Internacional de Congressos e Convenções (ICCA, na sigla em inglês). “Ainda neste primeiro semestre, estamos promovendo Belo Horizonte nos mercados dos Estados Unidos e da Argentina, e criando um grupo executivo especificamente dedicado à captação de eventos”, informa. CAPITAL DA INOVAÇÃO A chamada “economia criativa” cumpriu papel importante na redefinição de posi-

cionamento de BH para os próximos cinco anos, período em que a Belotur espera que a cidade seja reconhecida nacional e internacionalmente como “Capital da Inovação”. “A capital tem vocação natural para a inovação, concentrando importantes polos de economia criativa nas áreas de moda, gastronomia, medicina e tecnologia da informação. Daí a escolha desse slogan que sintetiza as características que nos diferenciam e traçam a nossa identidade para todos os segmentos e mercados”, explica. Apesar de reconhecer que o momento econômico não favorece a expansão do tu-

rismo, o presidente acredita em boas perspectivas para o setor nos próximos cinco anos. “A crise também é a hora da oportunidade. É o momento de repensar ações e demandas, reorganizar, requalificar e planejar projetos para o futuro. Sou otimista em relação a Belo Horizonte. Não temos o mar, mas possuímos posição geográfica privilegiada, economia criativa e vocação clara para o turismo de eventos e negócios. Aqui é muito mais barato fazer eventos do que em São Paulo e no Rio de Janeiro. E a cidade está melhorando na locomoção e oferta de serviços.” Isabel Baldoni/Acervo PBH

Mariana Medina

A praça da Liberdade é um dos cartões-postais de Belo Horizonte

Conheça ações da Fecomércio MG em prol do setor de turismo no Estado: 1. Orientação técnica e participativa nos projetos e ações de turismo do Sistema Fecomércio MG (tais como realização de pesquisas, palestras e workshops, pareceres técnicos, entre outros); 2. Atuação conjunta com os parceiros Sesc e Senac enquanto legítima representante do comércio de bens, serviços e turismo; 3. Apoio aos sindicatos em ações

voltadas para o desenvolvimento do turismo local; 4. Representação da Fecomércio em eventos, colegiados e trades turísticos.

SAIBA MAIS Veja outras iniciativas em: www.fecomerciomg.org.br


16 • FECOMércio informativo • edição 396

jurídico

Ministro do Trabalho e Emprego visita a Fecomércio MG

Izabela Ventura O ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, reuniu-se, em abril, com diretores e o presidente do Sistema Fecomércio MG, Sesc, Senac e Sindicatos, Lázaro Luiz Gonzaga. Foram debatidos temas pertinentes à economia e ao setor terciário de Minas Gerais no contexto nacional. Na ocasião, foi assinado um convênio de cooperação técnica firmado entre o Sesc, representado pelo diretor regional, Rodrigo Penido Duarte, e o Ministério do Trabalho e Emprego de Minas Gerais. Segundo o presidente do Sistema, Lázaro Luiz Gonzaga, o encontro foi de extrema importância, pois o alinhamento entre as esferas públicas de poder e as entidades representativas do empresariado é fundamental para o desenvolvimento da economia de Minas e do Brasil. O ministro reforçou tal premissa, ressaltando que a geração e o aperfeiçoamento da qualidade do emprego no Brasil é um desafio. “Precisamos estabelecer parcerias para ter competitividade mundial, por meio da

qualidade. O Brasil não será uma potência se não preparar as novas gerações para competirem num mercado dominado pela inovação e tecnologia”, afirmou Dias. O ministro destacou ainda os avanços nos diálogos nas mesas de negociação conquistados pelo Ministério, o que tem agilizado as demandas e promovido uma mudança de cultura entre empregadores e empregados. “A soma entre capital e trabalho é o que produz a riqueza de um país”, salientou. Além dessa conquista, a assessora jurídica da Presidência da Fecomércio MG, Tacianny Machado, parabenizou o ministério pelos Grupos de Trabalho Tripartite, fato que propicia o diálogo entre empregadores, empregados e governo. Ela informou que a Fecomércio MG está acompanhando com grande atenção a implantação do eSocial, pois o sistema implicará a reformulação de processos internos das empresas, como alteração do sistema de gestão, treinamento de pessoal e contratação de recursos humanos, o que gera custo operacional dos empreendimentos.

Fecomércio MG

Manoel Dias debateu temas importantes para a economia nacional e o setor terciário de Minas Gerais

Em visita à Fecomércio MG, o ministro Manoel Dias assinou convênio de cooperação técnica

Recuperação judicial é destaque em Congresso Internacional Mariana Medina Importante medida para evitar a falência de empresas, a recuperação judicial foi o tema de maior destaque nos debates do primeiro Congresso Jurídico Internacional de Direito Empresarial Moderno, realizado em Belo Horizonte nos dias 12 e 13 de março, por iniciativa do escritório José Anchieta da Silva Advocacia (Jasa). “Os grandes centros do Brasil, como Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília, já têm o hábito de discutir as rápidas transformações que ocorrem na legislação empresarial internacional. Por isso quisemos trazer essa experiência para Minas

Gerais e proporcionar à comunidade local direta e indiretamente interessada, a oportunidade de se atualizar nessas questões”, explicou o sócio do Jasa, José Anchieta da Silva. Para o advogado, a recuperação judicial é uma das questões que norteiam o atual cenário da economia brasileira, e é um dos desafios apresentados pela legislação específica da área, que tem apenas dez anos no Brasil. “A Lei Brasileira de Falências e de Recuperação de Empresas é muito nova e a ação de recuperação judicial é onerosa e invasiva. Em um cenário de crise, a relevância desses assuntos é ainda maior para os empresários.”

O Sistema Fecomércio MG, Sesc e Senac foi um dos patrocinadores do evento, e o presidente, Lázaro Luiz Gonzaga, comandou um dos painéis de discussões. A palestra inicial abordou o tema “Os contratos empresariais no curso da recuperação judicial”, sob a visão do professor da Universidade de Lisboa, Antonio Menezes Cordeiro. A realização do congresso também teve o apoio especial do Instituto dos Advogados de Minas Gerais (Iamg), da Academia Mineira de Letras Jurídicas e de outras instituições jurídicas e empresariais, como o Instituto Brasileiro de Estudos de Recuperação de Empresas.


FEcomércio informativo • Edição 396• 17

economia

Alberto Wu

Comportamento do comércio no primeiro quadrimestre de 2015 Luana Oliveira Supervisora de Estudos Econômicos da Fecomércio MG O cenário econômico de 2015 é uma con-

comércio, uma vez que o volume de vendas

pedidos para seus fornecedores, já que as ven-

sequência do processo de crescimento, estimu-

varejistas no país em fevereiro para as séries

das estão aquém dos anos anteriores. Porém,

lado quase exclusivamente via consumo. Os

sem ajustes reduziu 3,1%, sobre igual mês

mesmo com o volume de pedidos dentro da

baixos resultados começaram a aparecer ainda

de 2014, acumulando -1,2% no ano e -0,9%

atual realidade econômica, os empresários de

em 2013, quando o volume de vendas do co-

nos últimos 12 meses. Para Minas Gerais, o

BH estão perdendo volume de vendas.

mércio varejista restrito em âmbito nacional foi

volume de vendas sem ajuste variou -5,2%

de 4,3%, e se agravaram neste ano. Para tentar

em relação ao mesmo período do ano ante-

reverter esse quadro, logo no início de 2015

rior, acumulando -2,6% no ano e 1,1% nos

houve uma reorientação da política fiscal e mo-

últimos 12 meses.

A política via consumo trouxe bons re-

perda média de 24,8% no volume de vendas.

sultados para o comércio, a exemplo do ano

Mesmo realizando promoções, investindo

de 2010, quando o varejo cresceu 10,9%,

em vitrines atraentes e oferecendo descontos

estimulado pela redução de alguns impostos

para atrair os consumidores, o empresariado

“Estima-se um reaquecimento da economia, mesmo que em ritmo mais lento, apenas em 2016.”

e isenção de outros, somado ao aumento do

da capital mineira amargou sucessivas que-

consumo das famílias. Porém, essa política

das em seu faturamento nos primeiros quatro

Um fator que influencia diretamente os

não se sustentou, principalmente porque não

meses do ano. Contudo, os empresários estão

foi acompanhada de investimentos. Assim, o

se mostrando atentos a essa realidade.

netária em busca da solidez de pilares econô-

A área de Estudos Econômicos da Feco-

micos responsáveis por criar um ambiente que

mércio MG realiza mensalmente uma análise

reduzisse os riscos de investimentos e, assim,

do comércio de Belo Horizonte, e os dados do

promovesse melhores resultados em 2016.

primeiro quadrimestre de 2015 mostram uma

empresário do comércio de bens, serviços e

Entre eles, 58,6% estão conseguindo man-

turismo começou a vender menos do que em

ter o nível dos estoques no volume ideal: 1,2

períodos anteriores.

ponto percentual acima do primeiro quadri-

Dados divulgados pelo Instituto Brasi-

mestre de 2014.

leiro de Geografia e Estatística (IBGE) em

Isso se deve principalmente ao fato de es-

abril retratam essa tendência de queda no

ses empresários terem reduzido o número de

negócios do comércio é o poder de compra do consumidor, que vem caindo com os aumentos dos impostos e das contas de água e energia, além da inflação alta. Isso faz com que a confiança da população na economia diminua, tornando-a mais cautelosa na hora de comprar. A renda das famílias também passa a ficar mais comprometida, pois são priorizados os gastos essenciais e produtos de menor valor. Esse cenário de ajustes e incertezas na economia afeta toda a cadeia do empresariado do setor terciário. Por isso, é importante que as empresas estejam atentas para minimizar o impacto entre o volume esperado das vendas e o realizado, pois estima-se um reaquecimento da economia, mesmo que em ritmo mais lento, apenas em 2016.

SAIBA MAIS Acesse as pesquisas da área de Estudos Econômicos da Fecomércio MG em: www.fecomerciomg.org.br.


18 • FECOMércio informativo • edição 396

ÍNDICES ECONÔMICOS

Notas Empresariais

Como atualizar sua dívida pelo INPC: FEVEREIRO/2014

A CNA, rede de escolas de idiomas, já conta com 50 unidades em Minas Gerais e ainda prevê muitas oportunidades na capital e no interior, fazendo com que o Estado seja um de seus principais mercados. Neste ano, a empresa já inaugurou sete unidades e tem expectativa de que outras duas sejam abertas, no segundo semestre, em Caratinga e Uberaba. O Walmart vai investir R$ 150 milhões na expansão da plataforma logística de e-commerce em Minas Gerais. O investimento contempla a construção de um novo Centro de Distribuição em Betim, além das inversões em tecnologia e mercadorias nos CDs em operação na mesma cidade e em Vespasiano. A expectativa é que o empreendimento de 65 mil metros quadrados inicie suas operações em 2016 e utilize plena capacidade em 2017. O Centro Oftalmológico de Minas Gerais, empresa com sede em Belo Horizonte, está perto de concluir um ciclo de investimento iniciado em 2011 e estimado em R$ 22 milhões. O montante foi direcionado para a construção de sua segunda unidade, instalada no bairro Santo Agostinho, e uma reforma geral da matriz, prevista para ser concluída no final deste ano. A Ação Contact Center, empresa mineira especializada em recuperação de crédito, pretende expandir suas operações com a abertura da terceira unidade em Belo Horizonte. O empreendimento vai gerar 700 empregos diretos em um primeiro momento, podendo chegar aos quatro mil a médio prazo. O aporte acontece no cenário de forte expansão da demanda por telecobrança, uma vez que há um aumento da inadimplência no país.

Mês/Ano

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

JANEIRO

1,55377079

1,45919390

1,40153765

1,31642793

1,24097780

1,16855337

1,10697602

1,04207291

FEVEREIRO

1,54312324

1,44991445

1,38931171

1,30416875

1,23468092

1,15790069

1,10004573

1,02687516

MARÇO

1,53575163

1,44543360

1,37965413

1,29716406

1,22988437

1,15191075

1,09305021

1,01510000

ABRIL

1,52795904

1,44254851

1,36992764

1,28865891

1,22767456

1,14504051

1,08416010

1,00000000

MAIO

1,51824229

1,43465789

1,35999965

1,27944689

1,21986741

1,13832439

1,07576910

_

JUNHO

1,50380576

1,42610128

1,35417669

1,27219538

1,21319484

1,13435415

1,06935298

_

JULHO

1,49024453

1,42013671

1,35566792

1,26940269

1,21004871

1,13118683

1,06657987

_

AGOSTO

1,48165096

1,41687789

1,35661755

1,26940269

1,20486778

1,13265929

1,06519512

_

SETEMBRO

1,47854601

1,41574529

1,35756785

1,26409350

1,19947016

1,13084993

1,06328121

_

OUTUBRO

1,47633151

1,41348372

1,35027636

1,25843056

1,19196081

1,12780485

1,05809654

_

NOVEMBRO

1,46898658

1,41009948

1,33796706

1,25441643

1,18355755

1,12096696

1,05409099

_

DEZEMBRO

1,46342556

1,40490134

1,32432650

1,24730678

1,17720067

1,11494625

1,04853376

_

Fonte: IBGE - Elaboração: Fecomércio MG | Estudos Econômicos Como atualizar: 1) Por exemplo, uma dívida de R$ 200,00 foi contratada em Janeiro de 2005. 2) Na tabela o fator de atualização referente a Janeiro/05 é 1,7646343. 3) R$ 200,00 vezes 1,7646343 = R$ 352,93 que é o valor em 01/04/2015.

POUPANÇA / TR / SALÁRIO / SELIC 2014

2015

JUL

AGO

SET

OUT

NOV

DEZ

JAN

FEV

MAR

ABR

MAI

POUPANÇA (*)

0,5467

0,6059

0,5605

0,5877

0,6043

0,5485

0,6058

0,5882

0,5169

0,6302

0,6079

TR

0,1054

0,0602

0,0873

0,1038

0,0483

0,1053

0,0878

0,0168

0,1296

0,1074

-

SALÁRIO MÍNIMO (R$)

724,00

724,00

724,00

724,00

724,00

724,00

788,00

788,00

788,00

788,00

788,00

SELIC (%)

0,9487

0,8660

0,9073

0,9505

0,8425

0,9613

0,9351

0,8224

1,0400

-

-

* Nova Poupança (MP 567/2012) Elaboração: Sistema Fecomércio MG | Estudos Econômicos

ÍNDICES DE preço % 2014 ÍNDICES%

2015

Acumulado 12 meses (1)

MAI

JUN

JUL

AGO

SET

OUT

NOV

DEZ

JAN

FEV

MAR

ABR

IGP-DI (FGV)

-0,45

-0,63

-0,55

0,06

0,02

0,59

1,14

0,38

0,67

0,53

1,21

-

3,46

INCC-DI (FGV)

2,05

0,66

0,75

0,08

0,15

0,17

0,44

0,08

0,92

0,31

0,62

-

7,34

IGP-M (FGV)

-0,13

-0,74

-0,61

-0,27

0,20

0,28

0,98

0,62

0,76

0,27

0,98

1,17

3,55

INPC (IBGE)

0,60

0,26

0,13

0,18

0,49

0,38

0,53

0,62

1,48

1,16

1,51

-

8,42

IPCA (IBGE)

0,46

0,40

0,01

0,25

0,57

0,42

0,51

0,78

1,24

1,22

1,32

-

8,13

IPCA (IPEAD)

0,64

0,20

0,01

0,18

0,46

0,41

0,77

0,59

2,23

0,57

1,25

-

8,53

Fonte: FGV, IBGE, IPEAD Elaboração: Sistema Fecomércio MG | Estudos Econômicos

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FEcomércio informativo • Edição 396• 19

jurídico

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20 • FECOMércio informativo • edição 396

VOCÊ SABIA?

Instituições de destaque para o comércio internacional

General Agreement on Tariffs and Trade (GATT): O GATT foi criado em 1947, como a organização responsável pelas negociações e deliberações do sistema de comércio multilateral internacional. A instituição foi substituída pela OMC após as rodadas de negociações do Uruguai e atualmente o papel do GATT concentra-se na responsabilidade do Conselho Comercial

(Goods Council), que é constituído por países membros da OMC. O Conselho possui dez comitês, cada um relativo a um assunto comercial específico, como agricultura, acesso a mercados, medidas anti-dumping e outros. World Trade Organization (WTO) - Organização Mundial do Comércio (OMC): A Organização Mundial do Comércio (OMC) – World Trade Organization (WTO), na sigla em inglês – é fruto das negociações da rodada do Uruguai, tratadas de 1986 a 1994, e do GATT. Nessa ocasião o objetivo era discutir as barreiras técnicas do comércio entre os países. A OMC é a única instituição global que lida com as regras de comércio entre as nações. No coração da entidade estão os acordos da OMC, negociados e assinados pelos signatários da Organização, e ratificados nos parlamentos de cada país. O objetivo da instituição é

ajudar produtores de bens, serviços, exportadores e importadores a conduzir seus negócios. International Monetary Fund (IMF) Fundo Monetário Internacional (FMI): O FMI é uma organização criada em 1945, composta por 188 países. Ela trabalha globalmente para promover a cooperação monetária, estabilidade da segurança financeira, facilitar o comércio internacional, buscar o crescimento econômico sustentável e reduzir a pobreza no mundo. Banco de imagens

No ambiente internacional existem instituições que possuem papéis de intermediar, fiscalizar, regulamentar e promover a cooperação entre os países. Em relação ao comércio internacional, destacam-se três instituições específicas: General Agreement on Tariffs and Trade (GATT), Organização Mundial do Comércio (OMC) e Fundo Monetário Internacional (FMI). Conheça:

FIQUE POR DENTRO

saldo negativo na Balança comercial

Banco de imagens

Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), a balança comercial brasileira no acumulado

analisado em abril registrou saldo negativo de US$ 50 milhões. O valor auferido é resultado da diferença entre as transações

de exportações, que atingiram a quantia de US$ 11,884 bilhões, e das importações, que somam o valor de US$ 11,934 bilhões. Esse resultado é fruto da queda de exportações de alguns produtos básicos da pauta brasileira, como minério de ferro, soja em grão, farelo de soja, carne suína, entre outros. Houve decréscimo ainda das vendas ao exterior de produtos semimanufaturados, como açúcar bruto, ouro em forma semimanufaturada, óleo de soja e ferro-ligas. Com relação aos manufaturados, a queda se apresentou na redução de exportação de açúcar refinado, automóveis, motores e geradores, e outros. Referente ao desempenho anual do comércio exterior brasileiro, até a quarta semana do mês de abril, os valores atingidos pelas exportações foram de US$ 54,659 bilhões, e as importações de US$ 60,266 bilhões, o que reflete o saldo deficitário de US$ 5,607 bilhões. A corrente do comércio anual é de US$ 114,925 bilhões.


FEcomércio informativo • Edição 396• 21

Fecomércio MG

comércio exterior

O câmbio e o comércio internacional Naiara Serpa Analista de Negócios Internacionais da Fecomércio MG

É certeza que as variações cambiais sofridas pelos países afetam políticas e a estrutura comercial dos mesmos. Os efeitos das alterações cambiais são diversos, trazem impactos domésticos sobre a inflação, podem comprometer o crescimento e a renda dos Estados e, consequentemente, afetam o desempenho do comércio internacional. Como reação a esses impactos, muitos países adotam medidas com o intuito de garantir o fortalecimento, a proteção de seus parques nacionais e a defesa de seus interesses. O desalinhamento cambial é fator responsável por fazer com que os governos tomem medidas que muitas vezes podem comprometer a eficácia do comércio internacional. Por exemplo, a desvalorização de uma moeda, caso vivido pelo real atualmente, se traduz em políticas que incentivam as atividades de exportações, e restringem importações. Ou seja, sempre que houver efeitos relativos às mudanças cambiais os países reagirão para amenizar os impactos das mesmas, a fim de não comprometer suas respectivas políticas de comércio. Toda essa discussão nos leva a questionar a

real eficácia de alguns princípios estabelecidos pela Organização Mundial do Comércio (OMC) e o General Agreement on Tariffs and Trade (GATT), órgãos responsáveis pelas deliberações do comércio entre as nações. Os efeitos oriundos do desalinhamento cambial podem comprometer os princípios básicos das regras de comércio estabelecidas por esses órgãos e já aceitas junto aos países. Existem riscos à execução das normas, uma vez que o controle das atividades relativas ao câmbio pode comprometer toda a discussão, as ferramentas e medidas que já existem para regular o mercado. Esse risco é ainda maior, posto que não é papel do GATT e da OMC a responsabilidade de controle do câmbio. Essa tarefa cabe ao Fundo Monetário Internacional (FMI), instituição que não é dotada de poderes regulatórios, como no caso dos outros dois órgãos citados, que possuem mecanismos de fiscalização, julgamento e punição aos acusados de transgressão às políticas comerciais internacionais. Em uma análise feita pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), constata-se, por exemplo, que as tarifas (um dos instrumen-

tos utilizados na proteção comercial) têm seus efeitos anulados devido às alterações do câmbio. Isso compromete todo o esforço de negociações durante anos, relativo às concessões, abertura comercial, mecanismos de defesa e outros recursos dos países signatários da OMC. O alto grau de influência que as alterações cambiais podem causar não se restringe apenas aos efeitos que impactam o cenário econômico dos países. Todavia, as mesmas se apresentam como um risco oferecido a todo o arranjo comercial global existente. Esse assunto já vem sendo analisado em grupos como o G-20 e pela própria OMC, mas ainda não há consenso acerca do tema. É fato que o câmbio é uma das variáveis que mais impacta e compromete as relações comerciais entre os países. Esse tema não pode ser negligenciado, e deve ser discutido, a fim de se encontrar mecanismos eficazes para atuarem como ferramentas que amenizem seus efeitos. Isso é necessário para que se evite o comprometimento das regras comerciais internacionais, e, sobretudo, que haja retrocesso na história do comércio internacional.

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22 • FECOMércio informativo • edição 396

Alberto Wu

jurídico

Fique atento às mudanças com o novo eSocial Marcelo Morais Advogado da Fecomércio MG O governo federal, por meio da Receita Federal do Brasil (RFB), busca implementar um sistema informatizado em todos os planos da estrutura de Minas Gerais. Para isso, desenvolve o eSocial, que visa tratar da Escrituração Fiscal Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas. Assim, a RFB, o Ministério do Trabalho e Emprego, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e a Caixa Econômica Federal irão compartilhar e cruzar todas as informações enviadas pelos contribuintes. Com o eSocial, o envio de um arquivo eletrônico reunirá as informações atualmente enviadas por intermédio da Relação Anual de Informações Sociais (Rais); da Guia de Recolhimento do FGTS e de Informações à Previdência Social (GFIP); do Livro de Registro de Empregados; do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), da Declaração de Imposto de Renda Retido na Fonte na Fonte (Dirf); do Comunicado de Acidente de Trabalho (CAT); do Perfil Profissiográfico, entre outros. Por meio da Resolução nº 01, de 20 de fevereiro de 2015, o Comitê Gestor do eSocial modificou alguns pontos do Manual 1.1 e aprovou o Manual de Orientação 2.0. Denota-se que foram realizadas modificações importantes, desde a disponibilização de um material mais compreensível – nas versões anteriores estava em linguagem própria para profissionais que trabalham com informática –, a alterações de prazos para cumprimento das obrigações. As modificações provenientes desse manual proporcionaram alguns avanços, por exemplo, na contratação dos empregados, ocasião em que deverá ser enviado apenas um registro prelimi-

nar de admissão do trabalhador até o final do dia imediatamente anterior ao início da prestação do serviço. Se o empregador optar, poderá enviar as informações completas de admissão do trabalhador até o final do dia imediatamente anterior ao do início da prestação do serviço, ficando, nesse caso, dispensado do envio das informações do registro preliminar do trabalhador. No antigo manual 1.1, todas as informações deveriam ser enviadas obrigatoriamente antes do início do trabalho. As informações do afastamento temporário ocasionado por acidente do trabalho, agravo de saúde ou doença decorrentes da função com duração de até 30 dias devem ser enviadas até o dia sete do mês subsequente. Os dados dos eventos não periódicos (como a condição de trabalho diferenciada, reintegração, entre outros) que não

“Os empresários devem ficar atentos ao eSocial, uma vez que esse programa afetará diretamente sua atividade.”

tenham prazo específico devem ser enviados até o dia sete do mês subsequente ao da ocorrência, ou antes do envio dos eventos mensais de remuneração a que se relacionem. É preciso, no entanto, certificar-se de se antecipar ao vencimento dos prazos de envio para o dia útil imediatamente anterior, quando não houver expediente bancário nas datas indicadas. Na ausência de ocorrência de eventos definidos como periódicos (como a folha de pagamento), o empregador deve enviar um evento específico informando que não possui movimentações na primeira competência em que essa situação ocorrer, devendo tal informação ser ratificada na competência de janeiro de cada ano, enquanto permanecer tal situação. Entretanto, um ponto que não foi devidamente tratado no Manual 2.0 refere-se à data em que o eSocial começará a funcionar, presumindo-se que, segundo a Circular 657/2014, o marco inicial seria a publicação do novo documento. Assim, após seis meses da publicação do Manual 2.0, estará disponível um ambiente de testes. Transcorrido esse prazo, o eSocial seria obrigatório após mais seis meses, para as empresas que tenham faturamento superior a R$3,6 milhões. Os empresários devem ficar atentos às modificações que estão sendo realizadas no eSocial, uma vez que esse programa afetará diretamente sua atividade, pois deverá adaptar ou até modificar as operações realizadas para conseguir atender aos preceitos necessários.

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FEcomércio informativo • Edição 396• 23

jurídico

Empresas serão fiscalizadas pelo MTE a partir de maio fernanda almada O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) fiscalizará, a partir de maio, hipermercados, supermercados, minimercados, açougues, padarias, peixarias e o comércio varejista de hortifrutigranjeiros em todo o Estado de Minas Gerais. A fiscalização de empresas pertencentes a esses segmentos já ocorre de forma rotineira, desde 2013, em razão da existência de um projeto do MTE direcionado a esses segmentos econômicos. “Além de verificar o cumprimento de instalações sanitárias, disponibilização de água potável, entre outros itens da Notificação Coletiva feita em 2013, retornaremos às empresas que tiveram suas máquinas e equipamentos de açougue e panifica-

ção interditadas e não requisitaram a suspensão das interdições”, explica a Auditora-Fiscal do Trabalho, Julie Teixeira. Seguindo seu papel de orientar os empresários do comércio mineiro de bens, serviços e turismo, a Fecomércio MG elaborou, em conjunto com o MTE, uma cartilha com os destaques das Normas Regulamentadoras (NRs). “Temos um papel educativo com os nossos representados e, por isso, é essencial conscientizá-los sobre as normas vigentes e a fiscalização que será feita pelo órgão”, explica a advogada da Federação Juliana Mattos. Uma das medidas prioritárias para as empresas do segmento de padarias, açougues e supermercados é verificar se o maquinário está adequado à NR-12, ou seja, protegido. “Se iden-

tificarmos máquinas em desconformidade com a legislação, temos o dever de interditá-las até que a situação seja regularizada para evitar acidentes de trabalho”, ressalta a Auditora-Fiscal do Trabalho. Questões como o uso adequado de Equipamentos de Proteção Individual e proteções contra quedas nos andares acima do solo também devem ser observadas.

ACESSE:

Para mais informações, consulte a cartilha em: www.fecomerciomg.org.br

Central de Ações de Consignação em Pagamento Izabela Ventura Reduzir o volume de processos judiciais e melhorar as relações entre empregadores e funcionários. Esse é o objetivo da Central de Ações de Consignação em Pagamento no Foro Trabalhista de Belo Horizonte que, desde outubro de 2014, quando foi criada, conseguiu diminuir em 7% o volume de ações judiciais, desafogando a Justiça da capital. A consignação em pagamento é uma ação que tem por finalidade pagar ou entregar determinado bem ao credor que por algum motivo se recusou a receber. Ela também pode evitar

a multa prevista na CLT pelo atraso no pagamento das verbas rescisórias. Antes da Central, somente na diretoria do Foro de BH, havia mais de sete mil ações do tipo tramitando, o que representa o movimento processual de três varas do trabalho. Hoje, há 500 processos a menos, número que tende a cair ainda mais nos próximos meses, de acordo com o juiz-diretor do Foro de Belo Horizonte, Danilo Siqueira de Castro Faria. Segundo ele, a judicialização das ações de homologação dos termos de rescisão de trabalho (para funcionários com mais de um ano de prestação de serviços) ocorre quando o sindica-

to laboral correspondente ou o empregador (por não acionar o sindicato) não faz sua parte e, então, recorre à Justiça para o procedimento, sobrecarregando-a. “Nossa atuação tem parceria com o Ministério Público do Trabalho (MPT). Fazemos diagnósticos dos sindicatos que se recusam a homologar as rescisões e encaminhamos a questão ao MPT, que age junto aos responsáveis pela judicialização desnecessária”, afirma Siqueira. “Nosso objetivo é reduzir essas ações e, consequentemente, os custos para o poder judiciário, a um patamar aceitável, a ponto de poder, finalmente, extinguir a Central de Ações de Consignação em Pagamento”, conclui.

Workshop de Negociação Coletiva Mariana medina A Fecomércio MG participou do I Workshop de Negociação Coletiva da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), no dia 13 de março, em São Paulo. O evento integra a agenda de atividades da Câmara de Negociação Coletiva do Comércio (CNCC). “A CNCC objetiva a convergência de posições

patronais nas negociações coletivas de trabalho do comércio em todo o Brasil”, explica a assessora jurídica da Presidência da Fecomércio MG, Tacianny Machado. Na ocasião, foi lançado o Sistema de Negociação Coletiva que auxiliará no cumprimento dos objetivos da CNCC. “Trata-se de um banco de dados que reúne as Convenções Coletivas de Trabalho do país inteiro, auxiliando-nos a obter informações sobre cláusulas negociais como o

índice médio de reajuste salarial que está sendo praticado no Brasil”, afirma a advogada. A experiência da Federação mineira em negociações coletivas também foi apresentada no workshop. “Compartilhamos os resultados positivos que conseguimos com o trabalho de capacitação de lideranças sindicais. A presença delas nas mesas nas negociações coletivas garante mais êxito aos processos, que fluem com rapidez”, ressalta.


24 • FECOMércio informativo • edição 396

jurídico

OBRIGAÇÕES SOCIAIS E FISCAIS | maio 2015

OBRIGAÇÕES SOCIAIS E FISCAIS | junho 2015

ÂMBITO FEDERAL

ÂMBITO FEDERAL

PIS – DCT

No mês de admissão

PIS – DCT

No mês de admissão

SALÁRIOS

Até o 5º dia útil

SALÁRIOS

Até o 5º dia útil

FGTS / GEFIP / CAGED

Até o dia 7

FGTS / GEFIP / CAGED

Até o dia 7

SPED/Contribuições

Até o 10° dia útil do mês, referente ao mês de março de 2015

SPED / Contribuições

Até o 10° dia útil do mês, referente ao mês de abril de 2015

DCTF – Mensal

Até o 15° dia útil do mês, referente ao mês de março de 2015

DCTF – Mensal

Até o 15° dia útil do mês, referente ao mês de abril de 2015

Retenção PIS/COFINS CSLL artigo 30 – Lei 10.833/03

Até o último dia útil da quinzena seguinte ao da retenção

Retenção PIS/COFINS CSLL artigo 30 – Lei 10.833/03

Até o último dia útil da quinzena seguinte ao da retenção

IR Fonte – Salários, Autônomos, Aluguéis

Até o último dia do 2º decêndio

IR Fonte – Salários, Autônomos, AluguÉis

Até o último dia do 2º decêndio

INSS – Salário

Até o dia 20

INSS – Salário

Até o dia 20

Simples Nacional – Recolhimento

Até o dia 20

Simples Nacional – Recolhimento

Até o dia 20

CONFINS/PIS/Faturamento

Até o dia 25

Cofins / PIS / Faturamento

Até o dia 25

CARNÊ LEÃO / IRPJ ESTIMATIVA / TRIMESTRAL

Até o último dia útil do mês

CARNÊ LEÃO / IRPJ ESTIMATIVA / TRIMESTRAL

Até o último dia útil do mês

Contribuição Social Estimativa/Trimestral

Até o último dia útil do mês

Contribuição Social Estimativa / Trimestral

Até o último dia útil do mês

Contribuição Sindical Patronal

No vencimento da guia

CONTRIBUIÇÃO SINDICAL PATRONAL

No vencimento da guia

ÂMBITO estaduAL

ÂMBITO estaduAL

DAPI

DAPI

Indústrias e atacadista de bebidas, comb. e lubrif, cigarros e fumos

Até o dia 04

Indústrias e atacadista de bebidas, comb. e lubrif, cigarros e fumos

Até o dia 04

Comércio varejista, supermercadista, lojas de departamentos, demais atacadistas e transportes

Até o dia 09

Comércio varejista, supermercadista, lojas de departamentos, demais atacadistas e transportes

Até o dia 09

Guia Nac. Informação Apuração ICMS Sub. Trib. – Gia – ST

Até o dia 10

Guia Nac. Informação Apuração ICMS Sub. Trib. – Gia – ST

Até o dia 10

Indústrias sem prazo específico

Até o dia 15

Indústrias sem prazo específico

Até o dia 15

EFD Fiscal

Até o dia 25

Demais contribuições

Ver Calendário Fiscal

EFD Fiscal

Até o dia 25

Demais contribuições

Ver Calendário Fiscal

ÂMBITO municipAL

ÂMBITO municipAL ISS

IPTU

Imposto sobre Serviços Belo Horizonte Outros Municípios

Até o dia 05 Ver legislação local

Belo Horizonte

Até o dia 15

Outros Municípios

Ver legislação local

IPTU

Imposto sobre Serviços Belo Horizonte Outros Municípios

Até o dia 05 Ver legislação local

Belo Horizonte

Até o dia 15

Outros Municípios

Ver legislação local

Declaração Eletrônica de Serviços – Mensal Belo Horizonte

Até o dia 20

Taxas Municipais

Taxas Municipais Des

ISS

Declaração Eletrônica de Serviços – Mensal Belo Horizonte Taxas Municipais Belo Horizonte Outros Municípios

Até o dia 20 Fixado pelo município Ver legislação local

Des

Taxas Municipais Belo Horizonte Outros Municípios

Fixado pelo município Ver legislação local


sesc

FEcomércio informativo

www.sescmg.com.br

Marcos Michelin /Sesc Minas

Publicação do comércio de Bens, serviços e turismo de minas gerais – sistema fecomércio mG, sesc, senac e sindicatos

REDE SESC

Encontros e oportunidades tecem tramas para uma nova vida

Adriano Hamaguchi / Sesc

Págs. 6 e 7 Patos de Minas recebe nova agência Sesc Serviços

eventos itinerantes emocionam o público

Sesc reforça laços com instituição portuguesa

pág. 3

pág. 4

pág. 5


2 • FEcomércio informativo • Edição 396

Dila Puccini/Sesc Minas

artigo

Excelência, gratuidade e oportunidade Rodrigo Penido Duarte Diretor Regional do Sesc “Todas as placas que vejo na rua já consigo ler. Estou muito feliz, volto para casa e já fico na expectativa de chegar o dia seguinte, para ir ao Sesc. A professora é maravilhosa.” O depoimento é de Maria Madalena de Jesus, de 71 anos, aluna do Sesc Alfabetização na unidade Santa Luzia, e exemplifica todo um universo de atividades oferecidas pelo Sesc ao público de menor renda. O Programa de Comprometimento e Gratuidade (PCG) é voltado preferencialmente a trabalhadores do comércio de bens, serviços e turismo e seus dependentes, cujo rendimento bruto familiar não ultrapasse o valor de três salários mínimos. O objetivo é ampliar o acesso dessa população aos serviços prestados pelo Sesc em áreas como educação, saúde, cultura, esporte, lazer e assistência. O programa reforça nosso compromisso em contribuir para a melhoria da qualidade de vida da sociedade, é claro, mas também, acima de tudo, oferece uma oportunidade de recomeço e desenvolvimento humano para pessoas como a senhora Maria Madalena. Mais de 3,7 milhões de cidadãos agarraram essa oportunidade de transformação em 2014, sendo 1,8 milhões em ações educativas; 432 mil em serviços de saúde; mais de 830 mil em ações culturais; 342 mil na recreação e 354 mil nas atividades de assistência. Em relação a 2013, esses índices representam um crescimento de 36,5% no número de pessoas que tiveram acesso aos nossos produtos e serviços de excelência por meio do PCG. Uma vitória para

o Sesc, uma conquista imensurável para o senhor Gildécio Silva Brito, 68 anos, de Almenara. Quando chegou à unidade, ele precisou fazer o cadastro com a digital. Hoje, já assina o próprio nome e conhece as letras do alfabeto. “Não passo mais vergonha”, disse ele à nossa instrutora Kátia Carvalho, que, mesmo trabalhando com essa realidade todos os dias, não deixa de se emocionar.

“O Programa de Comprometimento e Gratuidade mostra a importância do trabalho do Sesc em todo o país e em Minas Gerais.” Colaboradores como Kátia sabem que escrever o nome pela primeira vez é, muitas vezes, o início

de uma jornada em busca da cidadania plena, guiada pelo Sesc. Jornada essa que pode começar tanto aos 15 anos – idade mínima para entrar no Sesc Alfabetização – ou aos 93 anos, idade de nossa aluna mais velha, a senhora Maria Rosa de Jesus. Para ela, o projeto significa poder ler a Bíblia sozinha, e isso basta. Mas a alfabetização pode também levar às aulas de informática, que levam aos cursos livres, que levam aos encontros da Rede Sesc e à participação nos diversos grupos que oferecemos. Os filhos dos participantes passam a frequentar o Projeto Habilidades de Estudo (PHE) e os Colégios Sesc, por exemplo. Em apenas dois anos, os Colégios atingiram uma importante marca para contribuir com esse caminho: 97% dos estudantes são atendidos com bolsas integrais. Desse total, 70% são dependentes de trabalhadores do comércio de bens, serviços e turismo. A autoestima e a autonomia, alcançadas naturalmente ao longo do caminho, são a plataforma para uma vida repleta de bem-estar. É o que nos conta a aluna Benvinda Maria de Jesus Brito, 73 anos, também de Almenara: “meu sonho sempre foi sair lendo de tudo e ter um computador. Agora eu já posso ter, pois consigo ler, mesmo com dificuldade. Já vejo as palavras no papel e nas paredes e sei o que está escrito”. O Programa de Comprometimento e Gratuidade mostra a importância do trabalho do Sesc em todo o país e em Minas Gerais, oferecendo serviços de qualidade com pouco ou nenhum custo, para quem precisa apenas de uma oportunidade para ser feliz.

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FEcomércio informativo • Edição 396 • 3

Institucional

Patos de Minas recebe nova agência Sesc Serviços Com a abertura das novas agências, a instituição fortalece o seu compromisso com a interiorização O Sesc está ampliando a sua atuação em Minas Gerais por meio das agências Sesc Serviços e, em 2015, passa a oferecer seus produtos em mais cidades. Em Patos de Minas, no Alto Paranaíba, a inauguração foi realizada no dia 6 de maio. A infraestrutura inclui Central de Atendimento, CineSesc e Projeto Habilidades de Estudo (PHE), tudo seguindo o novo conceito, moderno e dinâmico. Para o diretor regional do Sesc em Minas Gerais, Rodrigo Penido, com a abertura das novas agências Sesc Serviços, a instituição fortalece o seu compromisso com a interiorização das ações, levando iniciativas de bem-estar social para mais pessoas. “Faz parte dos nossos objetivos que os serviços e produtos cheguem a todos os trabalhadores do comércio, seus dependentes e a sociedade. Já caminhamos muito nesse sentido, levando ações para vários municípios, com os eventos itinerantes, unidades móveis, cursos na área da saúde, Rua de Lazer, Circuito Sesc de Corridas, entre outros. Agora, ampliamos nossa presença, sempre com a chancela da qualidade”, destaca. E a chegada do Sesc a Patos de Minas era aguardada com grande expectativa. De acordo com o presidente do Sindcomércio local, Sebastião da Silva Andrade, “os moradores ouviam falar de Sesc, mas não conheciam de perto o trabalho. Então, essa agência vai ser um sucesso absoluto. Estamos muito bem servidos”. A agência Sesc Serviços Patos de Minas tem 360m² e, na Central de Atendimento, os trabalhadores do comércio de bens, serviços e turismo e a população em geral conhecem mais sobre tudo que é oferecido pelo Sesc nas áreas de educação, saúde, turismo, esporte, lazer, cultura e assistência. Os interessados podem fazer a matrícula e, também, adquirir pacotes para roteiros nacionais e internacionais, além de reservas nas unidades de hospedagem. Já o CineSesc possui uma estrutura com 30 poltronas e oferece uma nova alternativa de lazer e divertimento para toda a família. Serão exibidos diversos filmes nacionais e internacionais que se destacaram nos circuitos comercial e alternativo. Sempre com entrada gratuita. A educação no município também ganhou reforço, com o Projeto Habilidades de Estudo (PHE). Ele oferece acompanhamento pedagógico e atividades extracurriculares a estudantes do Ensino Fundamental, do 1º ao 5º ano. São 80 vagas, divididas nos períodos da manhã e da tarde. Para participar, o aluno precisa ter entre seis e 11 anos, estar matriculado em escolas públicas e possuir renda familiar bruta de até três salários mínimos, sendo, preferencialmente, filho de trabalhadores do comércio de bens,

Fotos: Tarcísio de Paula e Adriano Hamaguchi / Sesc

Christiano Senna

A infraestrutura inclui Central de Atendimento, CineSesc e Projeto Habilidades de Estudo (PHE)

serviços e turismo. Os estudantes são atendidos no contraturno escolar, durante quatro horas diárias, de segunda a sexta-feira, ampliando assim o tempo dedicado aos estudos. Também está previsto que a cidade receba, ainda em 2015, uma edição do Sesc no Parque, que

reunirá as principais atividades e serviços da instituição em um só lugar; e uma edição do Ciclo Sesc, passeio ciclístico que promove um estilo de vida saudável, ao mesmo tempo em que possibilita aos participantes conhecer e preservar o patrimônio histórico e cultural das cidades por onde passa.

Expansão contínua

Sesc Serviços Patos de Minas Sesc Serviços Palladium (BH) Sesc Serviços Santos Dumont Sesc Serviços Pouso Alegre Unidades já existentes

E o Sesc vai crescer ainda mais nos próximos meses. Além de Patos de Minas, estão previstas as inaugurações das agências Sesc Serviços Palladium, em Belo Horizonte; Santos Dumont, na Zona da Mata; e Pouso Alegre, no Sul de Minas, totalizando 45 unidades fixas.

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4 • FEcomércio informativo • Edição 396

cultura

Eventos do Sesc emocionam público com edições especiais Minas ao Luar e Sesc Chorinho e Samba na Praça realizam apresentações comemorativas históricas em Diamantina e BH

Tarcísio de Paula/Sesc

O Minas ao Luar Especial Diamantina, realizado no dia 24 de abril, foi um grande encontro de amantes da música brasileira. Essa é uma das melhores formas de descrever essa edição, realizada na terra que viu o evento itinerante nascer, em 1994.

O Minas ao Luar voltou à cidade que viu o projeto nascer

Aproximadamente quatro mil pessoas acompanharam a inesquecível participação de um ícone da música nacional, o cantor e compositor Toquinho. Ele convidou a cantora paulistana Anna Setton, que o acompanha em turnês no Brasil e no exterior; e a abertura foi realizada pelo coral Colônia Diamantina e por Sanducka e Banda. Toquinho falou da importância do Sesc e também do Minas ao Luar para valorização da música nacional. “Essa é uma iniciativa incrível, que apresenta shows de qualidade, de graça, nas praças das nossas cidades. Isso é maravilhoso e precisa continuar. É uma honra fazer parte dessa história. O Sesc é uma das poucas coisas que funcionam no Brasil”, afirmou.

Sesc Chorinho e Samba na Praça e Minas ao Luar lotaram as praças de BH e Diamantina com suas edições especiais

Emoção também em BH Outra edição histórica dos projetos itinerantes musicais da instituição foi o Sesc Chorinho e Samba na Praça Especial Dia Nacional do Choro, realizado na Praça de Santa Tereza, em Belo Horizonte, no dia 25 de abril. Um público de cinco mil pessoas dançou e cantou ao som do Conjunto Época de Ouro, Quatro a Zero, Flor de Abacate e da dupla francesa Aurélie & Verioca, com participações especiais de Hamilton de Holanda e Toninho Ferragutti. O analista de relacionamentos empresariais Guilherme Dias de Castro assistiu ao evento pela segunda vez – a primeira havia sido em sua

cidade natal, Piranga, na Zona da Mata. “O projeto é imperdível. Aproxima a família com boa música. Por já ter assistido e gostado muito, fiz questão de trazer todo mundo”, contou. O assessor de Cultura do Sesc, Célio Balona, observa que tanto o Minas ao Luar quanto o Sesc Chorinho e Samba na Praça têm objetivos comuns e cumprem seu papel ao promoverem grandes shows, gratuitos, para toda a população. “Com essas ações, promovemos a cultura de forma irrestrita, levando atrações de qualidade a todas as regiões do Estado. A resposta do público é a maior recompensa para todos que trabalham no Sesc”, conclui.

Marcos Michelin / Sesc

Saulo Penaforte e Ana Cláudia Gonçalves

receita mesa brasil

Estamos no outono e o frio está se aproximando. A nutricionista do programa Mesa Brasil Sesc, Maíra Dias Bittencourt, preparou uma dica saudável, barata e nutritiva. Segundo a profissional, a receita original leva apenas a carne e o purê de batata ou mandioca. Para enriquecê-la com minerais e vitaminas, foram adicionados cenoura, chuchu e abóbora. “Com a adição dos legumes, a receita ganha vitamina A, fibras, vitaminas do complexo B, potássio, cálcio, fósforo e ferro, nutrientes essenciais à manutenção de um organismo saudável”, explica. A manipulação adequada e o aproveitamento de alimentos é pauta constante no Mesa Brasil, que oferece oficinas sobre o tema durante todo o ano. A receita de escondidinho de frango com legumes é uma criação da instituição social parceira Creche do Menino Deus, publicada na edição especial Melhores Receitas, cartilha do concurso Mesa Brasil: Nutrição, Sabor e Arte.

Erwin Oliveira/Sesc

Escondidinho de frango com legumes Receita Ingredientes: Recheio: 500 g de frango 200 g de cenoura 200 g de chuchu 100 g de queijo 4 dentes de alho 1 cebola Tempero a gosto Purê: 300 g de batata 300 g de moranga 5 colheres de leite em pó 1 colher de manteiga 1 cebola ralada

MODO DE PREPARO Tempere e cozinhe o frango, depois desfie. Rale a cenoura, o chuchu e a cebola. Refogue e junte ao frango. Cozinhe a batata e a moranga com sal. Prepare o purê com leite e manteiga. Coloque em uma vasilha o frango com o chuchu e a cenoura. Cubra com o purê, salpique queijo e orégano e leve ao forno por dez minutos.


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acontece

Gestores do Sesc e da Fundação Inatel (Portugal) participaram de uma agenda de encontros e visitas técnicas entre 23 e 26 de abril, em Belo Horizonte, para reforçar o protocolo de cooperação e comemorar a ampliação das ações conjuntas. Desde a assinatura da parceria com a instituição portuguesa, em 2012, o Turismo Social do Sesc se internacionalizou: foram sete excursões para roteiros em Portugal e na Espanha, sendo que para 2015 já há mais dois grupos confirmados e outros dois previstos. Em abril, chegou ao Brasil o primeiro grupo de passageiros portugueses. A recepção e o roteiro pelas regiões Sul e Sudeste do país foram intermediados pela Gerência de Turismo do Sesc. Outros três grupos de visitantes estão previstos para este ano. O diretor regional do Sesc, Rodrigo Penido Duarte, destacou a satisfação em ter a Fundação Inatel como parceira e lembrou a evolução empreendida nos últimos anos. “Essa é uma parceria vitoriosa, que nos permitiu ampliar

ainda mais o que é oferecido ao trabalhador do comércio de bens, serviços e turismo, seus dependentes e a sociedade em geral, dentro da diretriz da internacionalização do Sistema Fecomércio MG, Sesc, Senac e Sindicatos e da tão necessária globalização. A parceria ainda nos permite uma constante troca de experiências e a capacitação recíproca no que tange às melhorias das áreas-fins e à excelência na prestação de serviços das Instituições envolvidas”, avalia. O vice-presidente da Fundação Inatel, José Manuel da Costa Soares, explica que essa cooperação se torna concreta em torno de dois eixos muito importantes: o social, que permite a troca de experiências e o aperfeiçoamento mútuo; e o econômico, que permite às duas organizações gerar valor e ampliar ações. “O Inatel tem grande experiência nas áreas do turismo, esporte e cultura, mas queremos reforçar nossas ações educativas. Podemos aprender muito com o Sesc”, definiu Soares.

Marcos Michelin / Sesc

Sesc reforça parceria vitoriosa com instituição portuguesa

O vice-presidente da Fundação Inatel, José Manuel da Costa Soares (esq.), e o diretor regional do Sesc, Rodrigo Penido Duarte, celebraram a parceria vitoriosa

Correndo pelas ruas de Minas Gerais

Tarcísio de Paula/Sesc

Para 2015, estão previstas etapas em várias regiões mineiras. Em maio, o Circuito passa por Uberlândia e Montes Claros. Belo Horizonte receberá a competição junto com o Sesc no Parque, em julho. Depois, as provas desembarcam em Uberaba, em setembro, e Sete Lagoas, em novembro. Saiba mais em www.circuitosesc.com.br. Com o objetivo de incentivar a prática de atividade física por meio da corrida de rua, promovendo qualidade de vida e hábitos saudáveis, o Sesc realiza diversas provas em Minas Gerais desde 2012. Só em 2014, foram mais de 4.600 atletas profissionais e amadores em seis etapas realizadas nas cidades de Poços de Caldas, Montes Claros, Belo Horizonte – duas provas -, Uberaba e Sete Lagoas. A iniciativa faz parte da campanha MOVE Brasil, que busca aumentar o

Poços de Caldas recebeu a 1ª etapa de 2015

número de praticantes de atividades físicas até 2016, além de expandir e facilitar a oferta de esporte em todo o país. Tarcísio de Paula/Sesc

As belezas de Poços de Caldas serviram de cenário para a primeira etapa do Circuito Sesc de Corridas em 2015. A prova foi realizada no dia 19 de abril e contou com mais de 580 inscritos de diversas cidades de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro, nos trajetos de 5 e 10K, além da caminhada de 2,5K.

Várias regiões mineiras receberão etapas neste ano

Segurança Alimentar é pauta na Saúde sinaram sobre os cuidados com as refeições, desde a preparação até a ingestão dos alimentos. Marcos Michelin /Sesc

O Dia Mundial da Saúde (7/4) foi lembrado no Sesc com uma campanha em 21 unidades em Minas, além do Sesc Mineiro Grussaí (RJ). Definido pela Organização Mundial de Saúde (OMS), o tema em 2015 foi Segurança Alimentar. Segundo a OMS, 2 milhões de pessoas morrem, por ano, vítimas de doenças provocadas por alimentação não segura no mundo. Para contribuir com a prevenção, a programação foi elaborada para levar as informações de forma educativa e lúdica a públicos de realidades distintas – de estudantes da rede pública a profissionais de diversas empresas. Teatro, dinâmicas, exibição de filmes, palestras e blitze educativas en-

O carregador Bruno Cordeiro: aprendizado

O carregador Bruno Edgard Cordeiro trabalha há 12 anos na CeasaMinas, onde o Sesc realizou ações. Durante o esquete teatral, ele aprendeu a relação entre os bons hábitos de higiene e a alimentação adequada. “Aqui é muita correria e temos que ficar sempre atentos, para não esquecer essas regras. Vou fazer um esforço ainda maior para aplicar essas orientações”, disse. Para a coordenadora de projetos de Saúde do Sesc, Ednamar Fernandes, o objetivo da campanha foi alcançado. “Conseguimos levar informação sobre o tema para públicos variados, promovendo bem-estar e qualidade de vida”, concluiu.


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Assistência

Sesc oferece novas oportunidades para população e instituições Rede Sesc Ação Comunitária é projeto-chave para desenvolvimento e capacitações

Cibele Neves/Sesc

Pincel, tinta e um pequeno vaso em cerâmica. Peças simples? Sim. Mas instrumentos que foram fundamentais para mudar uma vida. “O Sesc foi o ponto de partida para que eu me reerguesse. No começo foi somente aprender a pintar, mas depois percebi minha capacidade e o meu valor como pessoa. Posso construir o que quiser e hoje tenho novos sonhos: quero ser restauradora”. Em 2012, a técnica em contabilidade Joana D’arc Silveira Rezende, 47,

moradora de Belo Horizonte, passava por um sério processo de depressão: perdeu o emprego, a saúde ficou comprometida, emagreceu muito, se viu sem rumo. Ela buscou tratamento médico e especialistas indicaram alguma atividade que exercitasse a criatividade. Uma amiga indicou o curso de pintura em cerâmica oferecido pela Rede Sesc Ação Comunitária por meio da oficina Sesc Criativo. Foram 20 horas, seis dias – menos de uma semana, portanto - de aprendizado. Bastou para ser o começo da mudança. A cada aula, o gosto pela pintura e pela arte ia tomando forma e as angústias e crises ficando pra trás, preenchidas pela percepção de valor próprio e autoconfiança. No mesmo ritmo, ela se empolgou e fez outras oficinas do Sesc. “É como se durante cada encontro eu fosse me desligando dos problemas, passando a amar a pintura, e me vendo transformando objetos e também a minha vida. Nos momentos difíceis sempre me lembro disso”, contou Joana. A partir daí ela não parou. Está aplicando as técnicas aprendidas e se aperfeiçoando na restauração de pintura de móveis e outros objetos, que é o que pretende estudar. “Descobri na arte uma maneira de me expressar, e com o Sesc a certeza de que posso me superar”, declarou. A história dela se assemelha à de muitas outras pessoas: ao receber uma chance, que pode parecer pequena, mudam o rumo da trajetória. E o Sesc tem buscado oferecer essas oportunidades para um número cada vez maior de pessoas, ampliando os contatos de sua rede. No caso de Joana, por exemplo, o vínculo com o Sesc se deu por meio de uma instituição social, que solicitou o curso do Sesc Criativo. Essa instituição faz parte da Rede Sesc Ação Comunitária, porta de entrada para as ações e projetos da área de assistência.

Rede de contatos, valorização e desenvolvimento A Rede é um espaço aberto à participação de diversos atores sociais, que busca oferecer um momento de compartilhamento de experiências entre o Sesc e os parceiros envolvidos. A proposta é reunir, mensalmente, representantes de ONGs, associações de bairros, instituições públicas e privadas, Centros de Referência de Assistência (CRAs), Centros de Apoio Comunitário – CACs, instituições apoiadas pelo Programa Mesa Brasil e outras organizações de atendimento a pessoas em situação de vulnerabilidade social. “O objetivo maior é fomentar o desenvolvimento local de comunidades por meio de parcerias”, explica a coordenadora de Trabalho Social do Sesc, Andreia Duarte Oliveira Costa. Dila Puccini/Sesc

Marcos Michelin/Sesc

Cibele Neves

Por meio da Rede, são promovidos encontros, microcapacitações, acesso a serviços do Sesc Ação Comunitária, a exemplo das oficinas; e, também, a atividades dos parceiros envolvidos. As reuniões da Rede foram iniciadas no começo de 2014, em Belo Horizonte e Lavras, Sul de Minas. No segundo semestre do mesmo ano foram expandidas para mais 12 municípios (Almenara, Teófilo Otoni, Governador Valadares, Muriaé, Juiz de Fora, Januária, Paracatu, Araxá, Uberaba, Uberlândia, Poços de Caldas e Bom Despacho). Atualmente, a Rede está presente em mais de 60 cidades, envolvidas e em articulação, além de mais de 500 comunidades populares, instituições públicas, privadas e do terceiro setor. Cada parceiro multiplica os conhecimentos para grandes grupos, em suas comunidades de origem.


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Assistência E foi em uma das reuniões da Rede que Geovane Donizette Lucinda, 29, percebeu como a Associação de Catadores de Materiais Recicláveis (Acamar), em Lavras, da qual é presidente, podia crescer e contar com outras pessoas. Ele participa dos encontros desde o começo. “Com a Rede, surgiram novos parceiros e estamos mais fortalecidos, pois as orientações e microcapacitações que recebemos são para o dia a dia”, disse. Segundo Geovane, o trabalho da associação foi ampliado e ele já foi convidado para repassar informações sobre a coleta seletiva para outros municípios. “Eu achava que mesmo estando na cidade há 16 anos, as pessoas e instituições nos conheciam, mas não. Aqui nos encontros da Rede Sesc é que estão nos reconhecendo”, explica.

Atuação ampla e diversificada Além das reuniões mensais, as oficinas do Sesc Criativo contribuem para o desenvolvimento comunitário, com base nos eixos de trabalho. São eles: Sustentabilidade, Humano-social, Econômico, Gênero e Ação Comunitária. Em cada um dos eixos, o Sesc realiza iniciativas diversas, entre elas: as microcapacitações, o Sesc Criativo (cursos e oficinas de trabalhos manuais), o Sesc Costurando Vidas (curso de formação exclusivo para mulheres), o Sesc Dialogar (rodas de conversa sobre temas cotidianos) e o Sesc Ação Social (iniciativas voluntárias em prol da integração e acesso à cultura). Tudo isso a fim de oferecer ações de geração de renda, empoderamento feminino e estímulo ao protagonismo.

A dona de casa Joana Aparecida de Oliveira Silva, 38, de Governador Valadares, participou do Sesc Costurando Vidas e descobriu que confeccionando bonecas de pano ela poderia aprender sobre diversos temas, discuti-los, conhecer pessoas e se sentir mais valorizada como mulher. “Cuido da minha mãe, então minha rotina está muito restrita ao ambiente doméstico. Quando fiz o curso, percebi que a cada aula, com os diversos temas abordados, ia me descobrindo”, conta. E acrescenta: “Durante as atividades, tirei um tempo pra mim e para minha autoestima, algo que nunca tinha feito antes, pela falta de tempo e por achar que não merecia. Sou grata ao Sesc porque, sem dúvida, não sou mais a mesma”, finaliza.

Marcos Michelin/Sesc

Voluntariado em ação A atuação da Rede Sesc tem dado oportunidade também para que pessoas comuns levem seus conhecimentos e habilidades para públicos cada vez mais diversos . É o caso do Sesc + Grupos: Voluntários, do Sesc Floresta, em Belo Horizonte, cujos participantes ensinam a técnica do bordado livre. As alunas fizeram parte de exposição temática sobre a escritora Cora Coralina, no Centro Cultural Salgado Filho, em BH, entidade inscrita na Rede Sesc e que participa dos encontros mensais.

Maria José de Souza Cruz, 69: superação

O trabalho dos voluntários reflete em resultados positivos para quem recebe e também para quem faz. A aposentada Maria José de Souza Cruz, 69, acreditava que não poderia bordar, em razão de uma artrite, inflamação degenerativa na articulação. No entanto, ela aprendeu a técnica nas atividades do grupo, e não só continuou bordando como foi uma das instrutoras da exposição sobre Cora Coralina. “Superei minhas dificuldades, graças a esse apoio. Tive um incentivo enorme no Sesc e tenho bordado mais, a cada dia que passa. Foi muito gratificante poder ensinar outras pessoas”, conclui.

Marcos Michelin/Sesc

Marcos Michelin/Sesc

Marcos Michelin/Sesc

O Grupo de Voluntários do Sesc Floresta ensina o bordado em diferentes lugares, o que proporciona um resgate da cultura dessa arte junto a associações de bairro, centros culturais, comunidades quilombolas, Centros de Referências de Assistência (CRAs), hospitais, instituições de longa permanência para idosos e sistema de medidas socioeducativas para menores em privação de liberdade. Assim, as atividades voluntárias não se resumem aos cursos de bordado e trocas de experiências entre o grupo, mas se desdobram em intervenções de visitas solidárias e diversas exposições, como “Minha vida é um bordado com Guimarães Rosa” e “Minha vida é um bordado...Bordando Minas”.

E as ações do Sesc + Grupos: Voluntários não param. A partir de maio, as unidades Venda Nova e Desportivo, na capital, também desenvolverão a atividade, com capacitação dos participantes por meio de reuniões, cursos, palestras e visitas institucionais solidárias. Após a preparação, os voluntários iniciarão as atividades nas comunidades e instituições.


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cultura

Coleção Sesc Mestres de Minas homenageia artesãos O artesanato tem significativa importância no contexto econômico e cultural de Minas Gerais. Ao longo do tempo, diversos mestres artesãos mineiros ganharam notoriedade no Brasil e também no exterior graças ao talento, criatividade e versatilidade na produção de peças primorosas. O Sesc reuniu, nos últimos anos, um dos mais importantes acervos do segmento, fruto do trabalho de profissionais que fizeram verdadeiras escolas de arte por meio de suas criações. Toda essa riqueza cultural pôde ser vista pelo público na exposição Coleção Sesc Mestres de Minas – Dia do Artesão, entre 27 de março e 10 de maio, no Centro de Arte Popular – Cemig, na capital. Ao todo, 77 obras de artistas de diversas regiões do Estado ficaram expostas. Entre eles, Geraldo Teles de Oliveira (GTO), Ulisses Pereira, Dona Izabel, Dona Zefa, Ana do Baú, Noemisa Batista, Jacinta Francisca, Elia e Amaury. A ceramista Marlúcia Temponi fez questão de conhecer a exposição. “Essa coleção realmente emociona. É a representação máxima do cotidiano de pessoas simples de Minas Gerais que esculpem verdadeiras poesias a partir do

Tarcísio de Paula / Sesc

Saulo Penaforte

O Sesc reuniu, nos últimos anos, um dos mais importantes acervos do artesanato mineiro

próprio universo, muitas vezes sofrido. É uma fonte de inspiração inesgotável”, avalia. Para o secretário de Estado de Cultura de Minas Gerais, Ângelo Oswaldo, a exposição reafirma a qualidade do acervo permanente do Sesc. “Essa mostra permite que as pessoas tenham acesso à riqueza e à diversidade da arte mineira, em uma de suas mais belas manifestações. O artesanato e a arte popular são vertentes significativas e abundantes da cultura do Estado”,

observa. “A significativa coleção é uma amostra de como o ato criador é possível para todos. Esses artesãos encontraram na arte uma nova forma de existir e de ser. O Sesc acredita no potencial dessa arte feita por autodidatas, que já foi fonte inspiradora de grandes artistas brasileiros, tais como Tarsila do Amaral, Guignard, Guimarães Rosa, Villa-Lobos, Carlos Drummond de Andrade, entre outros”, conclui Jorge Cabrera, assessor técnico de Cultura do Sesc.

Bárbara Setragni / Sesc RMBH

Incentivar o mercado literário é uma das formas de garantir a produção de qualidade para crianças, jovens e adultos. É por isso que, mais uma vez, o Sistema Fecomércio MG participou da Feira Nacional do Livro de Poços de Caldas (Flipoços), que neste ano foi realizada de 25 de abril a 3 de maio, no Espaço Cultural da Urca, no Centro de Poços de Caldas, no Sul de Minas. O Sesc comandou o espaço Flipocinhos, direcionado ao público infanto-juvenil; e o Senac levou duas carretas-escola, que realizaram 36 oficinas nas áreas de gastronomia e de informática e gestão. Além disso, o Sesc Santa Luzia, na Região Metropolitana de BH, sediou a segunda edição do Festival Literário – Flit do município, entre 27 e 30 de abril. Durante os dois eventos, foram realizadas palestras, oficinas, intervenções teatrais e po-

Em 2015, além das atividades para crianças e jovens, o Flit ofereceu uma programação para o público adulto

Allan Bertozi e Allan Reginaldo / Sesc Poços de Caldas

SISTEMA incentiva produção literária e formação de público em MG

Em Poços de Caldas, teatro lotado e muita interação com autores consagrados, como Ziraldo

éticas, contação de histórias e exibição de filmes. Autores de renome encontraram-se com o público, a exemplo de Ziraldo, Ignácio Loyola Brandão, Luis Erlanger, João Carrascoza e Nelson Cruz. Milhares de pessoas participaram das atividades nas duas cidades, sendo 359 pessoas só nas oficinas do Senac em Poços de Caldas. E o objetivo de levar a magia da leitura foi alcançado. A confirmação vem do pequeno Luis Felipe Costa Silva, de apenas 11 anos. Ele não escondeu o encantamento. “É tudo muito legal e diferente do jeito que aprendemos na escola. O artista cria as histórias na hora com música e fantasia. É lindo”, garantiu o estudante do Sul de Minas. A auxiliar de limpeza Valéria Fabiana Pereira também acompanhou a programação. “No mundo digital, as pessoas perdem o contato com os livros e com deter-

minadas histórias. Nem sempre o computador traz as informações mais importantes. Essa é uma forma realmente atrativa de apresentar o universo da leitura”, avaliou. O autor, ilustrador e artista plástico Nelson Cruz, um dos destaques em Santa Luzia, se declarou emocionado com o que viu em sua cidade natal. “Temos que defender a literatura com ações espontâneas e iniciativas criativas como essa. É muito importante para a formação dos cidadãos, da infância à fase adulta”, afirmou. Durante o Flit, foram oferecidas atividades vinculadas à Semana de Formação Artística e ao CineSesc. A partir do dia 25 de junho, será a vez do 1º Festival Literário Internacional de Belo Horizonte (FLI-BH), com a presença do Sesc na programação prevista para o Parque Municipal e o Teatro Francisco Nunes.


senac

fecomércio informativo belo Horizonte – abril–Junho de 2015 – edição 396

Divulgação Senac

P ublicaç ã o do comércio de Bens , serviços e turismo de minas gerais – sistema fecomércio mG , sesc , senac e sin dicatos

Aprendizado na prática Ambientes pedagógicos são os grandes diferenciais da Faculdade Senac Pág. 5 Serviço orienta para contratação de pessoas com deficiência pág. 3

Programe-se para as ações educacionais na Zona da Mata pág. 6

Estilista Ronaldo Fraga remodela cursos do Senac pág. 7


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ARTIGO

Fernando Machado

Educação é diferencial em tempos de crise luciano fagundes diretor regional do senac

Pesquisa divulgada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) revelou que o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) teve queda de 19,5% em março deste ano, comparado com o mesmo período de 2014. A tendência ao pessimismo mostrada pelo estudo é compreensível neste momento de incertezas na economia. Precisamos ficar mais atentos, mas isso não quer dizer que devemos nos acomodar e aceitar esse cenário passivamente. É justamente nos momentos de crise que surgem as grandes oportunidades. Porém, só os empresários mais bem preparados conseguem enxergá-las e colocá-las em prática. Há muitos exemplos de empresas que conseguiram crescer, criando empregos e gerando renda, enquanto a maioria passava por dificuldades.

*o desconto é válido para empresários e funcionários de empresas contribuintes do senac pelo código GFIP - 515/ simples 1. a empresa deve estar com as contribuições em dia. Funcionário: apresentar carteira de trabalho, cópia da Guia GFIP quitada do mês corrente e relação dos trabalhadores com campo outras entidades indicando código 115; empresário: apresentar cópia da última Guia GFIP 515/simples 1 quitada e cópia do contrato social.

“É justamente nos momentos de crise que surgem as grandes oportunidades.”

Mas, como estar bem preparado para suportar os abalos da economia? A resposta está na educação. É o investimento em qualificação que irá ajudar o empresário na ampliação do olhar crítico, na percepção de cenários e tendências e na inspiração para encontrar soluções criativas e inovadoras, que se tornarão os seus diferenciais competitivos. Vamos dar como exemplo o segmento de cosméticos. Numa crise, empresários menos preparados irão demitir funcionários e diminuir preços para reduzir custos e tentar manter seus clientes. Não digo que estejam errados, mas, se os concorrentes tiverem a mesma estratégia, todos entrarão numa situação em que a sobrevivência do negócio ficará insustentável. É justamente nesse momento que a crise ataca com mais força. Porém, se em vez disso uma dessas empresas matricular seus vendedores num curso de estética para que eles possam ensinar os clientes a melhor forma de aplicar os produtos? Essa loja, com certeza, irá sobressair. Muitas

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pessoas estão dispostas, inclusive, a pagar mais caro para ter esse tipo de serviço. A tecnologia digital é outro importante recurso que pode ajudar a manter sua empresa saudável em períodos de crise. Inovar, geralmente, é sinônimo de simplificar. Você irá aprender muito simplesmente ouvindo a pessoa mais importante para o seu negócio: o cliente. Crie canais de diálogo com ele, seja nas redes sociais, seja no contato direto na sua loja ou no escritório. Só assim você saberá incluir valor naquilo que vende. Por fim, esteja atento aos novos tempos. Ofereça aos clientes produtos e serviços que poluam menos, demandem menos energia e estejam atrelados a causas sociais. Lembre-se: crises não avisam quando chegam. Por isso, a qualificação deve ser constante. Assim, sua empresa sentirá bem menos os imprevistos da economia e se manterá à frente da concorrência. Conheça o portfólio de cursos do Senac pelo site www.mg.senac.br

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FEcomércio informativo • Edição 396 • 3

acontece

Larissa Teixeira

Jéssica Paiva

Semanas especiais trazem reflexões para a sociedade

O idoso e a mulher foram o foco das ações realizadas pelo Senac em mais de 40 unidades

Josie Menezes

Dois eventos anuais do Senac promovem reflexões importantes com as comunidades espalhadas pelos municípios de Minas Gerais. São eles: a Semana da Saúde e a Semana da Mulher. As edições deste ano reuniram milhares de pessoas numa programação pra lá de especial, realizada em mais de 40 unidades do Senac no Estado. No período de 6 a 11 de abril, a Semana da Saúde disponibilizou uma programação gratuita, que incluiu palestras, workshops, oficinas, teatros e atendimentos à população. O tema “A pessoa idosa como protagonista das transformações sociais e pessoais” repercutiu positivamente e correspondeu às expectativas do público ao desmitificar e desvendar os segredos do envelhecimento saudável. As atividades focaram os assuntos que dizem respeito à qualidade de vida do idoso, como alimentação correta; atividade física e reabilitação; sexualidade; uso da tecnologia; doenças comuns na terceira idade; finanças pessoais, previdência privada e mercado de trabalho. Houve, ainda, um serviço especial: atendimentos gratuitos de aferição de pressão arterial e dicas de alimentação, realizados por alunos do Senac, sob orientação dos instrutores. Quem participou teve a chance de atentar-se sobre a importância de se preparar melhor

para as mudanças sociais e culturais decorridas do envelhecimento da população. No Brasil, o número de idosos saltou de 15,5 milhões para 23,5 milhões de 2001 a 2011, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A especialista em Saúde do Senac e coordenadora do evento, Danielle de Moura Mota, explica que ações eficazes devem ser adotadas para que essa faixa etária não cresça somente em termos quantitativos, mas também em qualidade de vida. “Para que isso se torne realidade é preciso que a sociedade se conscientize das necessárias mudanças de mentalidade na questão do envelhecimento humano”, ressalta. O evento cumpriu esse objetivo, pois sensibilizou boa parcela da população mineira, atingindo diretamente um público de 5.500 pessoas, que multiplicarão os conceitos apresentados durante a Semana.

EMPREENDEDORISMO FEMININO A edição 2015 da Semana da Mulher ofereceu programação gratuita e simultânea nas unidades do Senac, entre os dias 9 e 13 de março. O evento possibilitou a percepção da valorização do público feminino no âmbito profissional e pessoal com a ação “Casa,

família e trabalho: uma missão possível”. Com o tema Empreendedorismo Feminino, foram abordados os diferentes espaços que ela tem ocupado na sociedade: o mercado de trabalho, os desafios e a busca por qualificação e reconhecimento, aliados às funções de mãe e esposa. “Foi possível perceber como a mulher está se preparando cada vez melhor e com muita criatividade para competir no mercado de trabalho. As palestras nos mostraram como elas contribuem para o crescimento de uma sociedade justa e igualitária”, analisa a orientadora de cursos do Senac em Curvelo, Cinthia Paula Pereira. Nas unidades do interior de Minas, mais de quatro mil pessoas estiveram presentes às atividades propostas. Já na capital, a Semana da Mulher contabilizou aproximadamente dois mil participantes. Além de palestras sobre marketing, gestão, negócios e saúde, a programação contou, ainda, com oficinas de cuidados com a pele, de amarração de lenços e atendimentos diversos de consultoria de imagem, spa das mãos, quick massagem, análise capilar e automaquiagem. Houve, também, a exibição do filme Zuzu Angel (Dir. Sérgio Rezende, 2006, Brasil), no PlugMinas, em Belo Horizonte.


4 • FEcomércio informativo • Edição 396

em foco

Inclusão no mercado de trabalho: oportunidade para empresários e funcionários

QUALIFICAÇÃO PARA OS CONTRATADOS O Senac também oferta capacitação para pessoas com deficiência que já estejam inseridas profissionalmente. Empresas interessadas em qualificar seu quadro de funcionários podem contar com o portfólio de cursos e orientadores disponíveis pela instituição. O Senac leva a formação para o ambiente da organização, adaptando o conteúdo programático para o número de alunos, de turmas e tempo disponível. A Unimed-BH, por exemplo, realiza a capacitação de duas turmas por ano no curso de Auxiliar Administrativo. Outro trabalho de qualificação desenvolvido pelo Senac é o Programa de Aprendizagem Comercial para pessoas com sofrimento mental. A ação é uma parceria entre a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de Minas Gerais, a Secretaria Municipal de Saúde e o Supermercado Verdemar. O Senac oferece formação profissional para esse

O instrutor e os aprendizes do Verdemar, que foram capacitados pelo Senac

público, oportunizando atividades práticas e teóricas que favoreçam a inserção e permanência do jovem no mercado. O Verdemar é a primeira empresa em Minas Gerais a participar do projeto. Treze aprendizes trabalham

no estabelecimento e recebem qualificação da Aprendizagem Comercial em Serviços de Supermercado do Senac. Saiba mais: www.rededecarreiras.com.br ou 0800 724 4440.

CLIENTE EM DESTAQUE “A qualificação de todos os nossos aprendizes é compartilhada com o Senac; a introdução da pessoa com deficiência, portadora de sofrimento mental, acontece com o aparato de uma capacitação exclusiva para esse fim. A seriedade e competência da instituição, já conhecidas em Minas Gerais, nos dão a confiança necessária para acreditarmos nessa parceria, que se fortalece a cada dia.”

Divulgação Verdemar

A inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho é, ao mesmo tempo, uma grande oportunidade, um desafio e uma necessidade tanto para quem contrata quanto para aqueles que estão à procura de emprego. Além de valorizar os profissionais, essas contratações são uma exigência para empresas que tenham cem ou mais funcionários, de acordo com a Lei de Cotas nº 8.213, de 24 de julho de 1991. Por meio do Rede de Carreiras - portal do Sistema Fecomércio MG, Sesc e Senac -, os empresários do comércio de bens, serviços e turismo são orientados, gratuitamente, quanto ao recrutamento, às questões legais e à preparação do ambiente de trabalho. Segundo a coordenadora do Rede de Carreiras, Ana Roberta da Cruz, a plataforma permite o cadastro de vagas e currículos. Para ela, as empresas têm dificuldade em cumprir a lei de cotas, pois não conseguem selecionar profissionais com o perfil adequado às vagas em aberto. Por outro lado, os candidatos não encontram com tanta facilidade as oportunidades de trabalho. “Facilitamos esse encontro”, explica.

Simplesmente Retrato

Aline Barbosa, da Rede Comunicação

Leandro Pinho, Superintendente de Recursos Humanos do Verdemar


FEcomércio informativo • Edição 396 • 5

capa

Formação de talentos na prática

Adriana Linhares

Quem decide ingressar no Ensino Superior precisa ir além da escolha do curso. Ao eleger a instituição, é fundamental levar em conta critérios que refletem a qualidade. Bem conceituados pela Comissão Avaliadora do Ministério da Educação, os cursos da Faculdade Senac têm investido em diferenciais estratégicos e competitivos. Entre eles, destacam-se as vivências práticas oferecidas aos alunos. Nas unidades da instituição, sediadas em Belo Horizonte, Contagem e Barbacena, o calendário acadêmico dá ênfase a atividades que desenvolvem habilidades profissionais. Um exemplo é o Núcleo de Consultoria Contábil da Faculdade Senac Unidade Contagem. No local, alunos de Ciências Contábeis esclarecem gratuitamente dúvidas fiscais, financeiras, contábeis, gerenciais e de processos a empresários do comércio, com orientação e acompanhamento dos professores. “Houve uma mudança no contrato social da minha empresa e gostei da solução que me deram no Senac. Eles atenderam às minhas expectativas”, avalia o proprietário da loja Multilar, em Belo Horizonte, Antônio Cardoso. Ainda em Contagem, alunos da graduação tecnológica em Gestão da Qualidade desenvolvem, durante o curso, treinamentos e ferramentas de qualidade em empresas interessadas. O curso de Administração, que figura com quatro estrelas no Guia do Estudante (Editora Abril), proporciona a aplicabilidade de conhecimentos por meio da empresa simulada, metodologia do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). No Núcleo de Empresa Júnior, estudantes do curso também atendem empresários por meio de pesquisas, diagnósticos e orientações. Entre os clientes, destaca-se o BIG Shopping em Contagem.

QUALIFICAÇÃO PARA OS CONTRATADOS Localizado em Barbacena, o Hotel Senac Grogotó funciona como um laboratório para

Divulgação Senac

Faculdade Senac oferece aos alunos vivências para desenvolvimento de suas habilidades profissionais

No Hotel Senac Grogotó, em Barbacena, estudantes de Hotelaria têm a oportunidade de conhecer a realidade do mercado

alunos da graduação tecnológica em Hotelaria. Primeiro hotel-escola da América Latina, o local sedia aulas práticas e é referência em educação profissional. “Estava, de início, mais focada em ingressar na área financeira, mas, após as práticas optei pela recepção, pois achei interessante o contato com as pessoas”, conta a ex-aluna do curso Juana Queiroz, que hoje trabalha no Hotel Mercure, no Estado do Rio de Janeiro. Já quem cursa a graduação tecnológica em Gastronomia, na capital, experimenta a rotina de uma cozinha comercial no Restaurante-Escola do Senac, com acompanhamento de professores e do chef executivo do espaço. Os acadêmicos ainda atuam em vários eventos no Estado, reforçando ações extensivas. A aluna Isabella Machado auxiliou o preparo de um festim no Festival de Cultura e Gastronomia de Tiradentes, em 2014. “Foi importante essa aproximação com a prática, pois eu ainda não tinha tido essa experiência. Aprendi a ter jogo de cintura e a lidar com imprevistos”, disse.

ATESTADO PELO MEC Em escala de 1 a 5, a Comissão Avaliadora do Ministério da Educação (MEC) concedeu aos cursos da Faculdade Senac as seguintes pontuações*: NOTA 4 : Bacharelado em Ciências Contábeis, graduações tecnológicas em Gastronomia, Hotelaria e Gestão da Qualidade.

NOTA 3: Bacharelado em Administração *A nota leva em conta aspectos como a titulação e a experiência profissional do corpo docente, a infraestrutura e a orientação didático-pedagógica.

ACESSE: www.mg.senac.br/faculdade e obtenha mais informações sobre os cursos de graduação.


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giro

Montes Claros em dia com a segurança alimentar lação de alimentos. A ação reforça exigências da legislação e integra o Projeto de Desenvolvimento de Bares e Restaurantes de Montes Claros, do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), em parceria com o Senac e a Vigilância Sanitária do município. Proprietário dos bares e restaurantes Mapa de Minas na cidade, Tancredo Macedo avalia a consultoria. “Trabalho há 18 anos no ramo e nunca

Thonneli Mendes da Silva

Controle da qualidade da água, além da conservação e do manuseio correto dos alimentos. Essas foram algumas das orientações que funcionários de bares e restaurantes de Montes Claros receberam do Programa Senac de Segurança Alimentar. Entre setembro de 2014 e abril deste ano, a consultora da instituição Maria das Graças Pôncio percorreu 15 estabelecimentos para fornecer informações sobre boas práticas de higiene e manipu-

tive um treinamento parecido. Não sabia que não sabia de tanta coisa. Foi espetacular e muito enriquecedor”, disse. A consultora Maria das Graças Pôncio informa que os estabelecimentos que atingirem 80% de aprovação nas práticas avaliadas irão receber uma declaração de conformidade, válida por um ano. Além disso, a proposta é instituir um selo de qualidade e segurança dos serviços prestados, em parceria com as demais instituições.

SOBRE O PROGRAMA O Programa Senac de Segurança Alimentar abrange ações para melhoria do desempenho de empresas do setor de comércio de bens, serviços e turismo no segmento de alimentação. Para tanto, profissionais da área promovem consultorias conscientizando quem manipula alimentos direta e indiretamente. Acesse www.mg.senac.br para conhecer o Programa de Segurança Alimentar do Senac. Consultora Maria das Graças orienta a funcionária Hélia Mendes, do Restaurante Tom, um dos mais bem avaliados na cidade

Educação Profissional e Tecnologia na Zona da Mata Empresários da Zona da Mata de Minas Gerais devem estar atentos à programação do Senac nos próximos meses. Na região, haverá dois eventos de profissionalização que podem contribuir para a qualificação de suas equipes. Em São João del-Rei, será realizada a 1ª Semana da Educação Profissional, no mês de junho. Na cidade de Barbacena, em maio, o evento será voltado para o setor de tecnologia, o Conexão em Redes. Na Semana da Educação Profissional, a programação contará com palestras e oficinas com foco na gestão e no empreendedorismo.

“Serão abordadas diferentes possibilidades para a qualificação e inserção de profissionais no mercado de trabalho”, explica o diretor da unidade, Heider Rocha. Para isso, de 15 a 19 de junho, haverá palestras e oficinas nos turnos da tarde e noite, com temas diversos como empreendedorismo, plano de negócios, controle de finanças etc.

Conexão em Redes Em Barbacena, a oportunidade será voltada para quem atua no segmento de

tecnologia ou se interessa pela cultura tecnológica e suas novas ferramentas, aplicações e seus desafios. O Conexão em Redes será um evento gratuito e aberto ao público. As atividades irão ocorrer nos dias 27 e 28 de maio, na unidade do Senac, no Centro, e na praça dos Andradas, onde ficará a Unidade Móvel de Informática e Gestão. Acesse www.mg.senac.br e confira a programação completa dos eventos na seção Unidades Educacionais - Barbacena e São João del-Rei .


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entrevista

Ronaldo Fraga redesenha Cursos de moda do Senac Ex-aluno da instituição, o estilista mineiro destaca a importância do repertório cultural, literário e artístico na formação do futuro profissional

Flavia Canavarro

incomode, você pode falar sobre isso por meio do seu trabalho...Entender o trabalho como a escrita pessoal do seu tempo. O que é esse olhar difuso? É ter um olhar do mundo, trazer o mundo para o seu trabalho. Daí você pode falar de sustentabilidade, de apropriação cultural, dessa questão tão falada e tão pouco entendida que é a economia criativa.

Formado pelo curso de Figurinista do Senac, hoje, Ronaldo traz sua expertise para a sala de aula

Renata giordani

O Núcleo de Criação e Design do Senac, instalado no Plug Minas, é um grande incentivo aos futuros profissionais de Minas? As escolas livres e os projetos inovadores, como o do Plug Minas, me interessam muito. A educação profissional é uma grande aposta. Quando entrei no PlugMinas, fiquei fascinado com o lugar. É um espaço que dá o direito de escolha para o jovem, que pode optar por cursos de capacitação em teatro, dança, moda e novas tecnologias. Nossa intenção é estimular o olhar, trazer [para o Núcleo] oficinas e profissionais do mercado, que venham acrescentar conteúdo à grade curricular. O que o mercado espera do profissional de moda? Que ele tenha um olhar difuso da área. Não basta ser um ótimo criador, é preciso saber o que está acontecendo com o país, entender um pouco de economia, da importância de um produto original, das questões comerciais que o Brasil estabelece com outros países, como a China. Outra coisa importantíssima é a técnica, é buscar um repertório. Esse repertório está na leitura, na cultura, no cinema, nas exposições, na arte, na própria história do país. Um livro que você lê, uma coisa que te emocione e até te

Qual a relação entre o seu trabalho e a cultura brasileira? No segundo grau (hoje Ensino Médio), tive um professor de OSPB [Organização Social e Política do Brasil], que falava muito da apropriação cultural brasileira. Essa disciplina foi tão importante para minha formação! Na UFMG, no curso de estilismo, os professores tinham uma bagagem cultural gigantesca. Foi uma geração que trabalhou pelo fim da ditatura, pelas ‘Diretas Já’. Daí comecei a perceber a importância da moda, não só como segmento econômico, mas como um vetor cultural poderosíssimo. Como o Senac e outras instituições de moda podem contribuir para colocar no mercado um profissional diferenciado? O Senac deve repensar o novo profissional, com mais personalidade, mais difuso, que entenda a importância do ofício e de suas possibilidades. Porque você pode se especializar em modelagem, em corte, em criação, mas, quando você entende a potencialidade disso, nunca fica desempregado, nunca vai ter crise para o seu trabalho. Quais as dicas para aqueles que querem se destacar no segmento? Existe um desfoque de achar que todo mundo tem que desfilar num grande evento, tem que estar no São Paulo Fashion Week, ser famoso, que a peça mais importante é o criador. Mas quem é o criador, ainda que desenhe muitíssimo bem, se não tem bons modelistas, pilotistas,

boas costureiras? Nos Estados Unidos, no Japão, na Europa, o estudante passa por todo o processo de aprendizagem, de pesquisar, criar, desenhar, modelar sua própria roupa, escolher seus tecidos, costurar sua peça e apresentar. Isso é muito importante para entender a dimensão e as possibilidades desse mercado. Para onde caminha a moda brasileira no cenário atual? O Brasil passa por um momento de desindustrialização, que é muito sério. Mas sou otimista. Isso vai ser revisto, refeito, a moda é o segundo setor que mais emprega. Hoje, os países europeus estão reforçando a assinatura, a sua identidade, mesmo que esse produto seja produzido em países asiáticos. O mundo encolheu e você tem que pensar num desenho, num produto que possa ser bem desenvolvido e aceito em qualquer parte do mundo. Nosso país não pode abrir mão da sua indústria, pelo seu tamanho, pelo contingente de pessoas que precisam ser empregadas. A indústria da moda nunca vai acabar no Brasil. Existem várias formas de trabalho, tem muita gente hoje que ganha dinheiro com a volta da roupa sob medida. Então, esse é um caminho. Mas antes de qualquer coisa, em tudo, você tem que imprimir personalidade.

“Entender o trabalho como a escrita pessoal do seu tempo.” ACESSE: Acesse www.mg.senac.br e conheça os cursos de moda oferecidos pelo Senac.


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Dica do Descubraminas.com

profissão

O que faz um produtor de moda?

As diversidades do Norte de Minas Guimarães Rosa já dizia que “Minas são muitas”. Um Estado único, que alia cultura a um rico patrimônio histórico e a uma variedade de atrativos naturais, como os encontrados no semiárido mineiro, no Norte de Minas. O local se destaca por ter a pecuária extensiva e a agricultura familiar como base de sua economia, mesmo com a pouca disponibilidade de recursos hídricos. Composta por cidades importantes e desenvolvidas, como Bocaiúva, Janaúba, Januária, Montes Claros, Pirapora e Salinas, a região possui áreas que constituem um patrimônio geológico e arqueológico inestimável. Entre os atrativos, estão 12 parques estaduais e nacionais de preservação ambiental, com destaque para o Vale do Peruaçu, que abriga mais de 140 cavernas, 80 sítios arqueológicos e pinturas rupestres, além da tribo indígena dos Xakriabás. A reserva está localizada a 45 km do município de Januária,

Divulgação Senac

Karina Otoni

cidade às margens do rio São Francisco, com belas praias pluviais e cachoeiras lindíssimas.

TRADIÇÃO QUE VEM DA COZINHA A culinária diversificada é outro ponto forte do Norte de Minas. Cidade-polo da região e a sexta maior em população do Estado, Montes Claros é um município próspero e que se mantém fiel às suas tradições. Carne de sol, arroz com pequi e frango caipira com pirão são especialidades da gastronomia montes-clarense. Eventos populares, como folia de reis e festas juninas, acontecem todos os anos. A região também é conhecida como um dos principais centros produtores da bebida que faz parte da história e da cultura brasileira, a cachaça. O município de Salinas produz, anualmente, cerca de 5 milhões de litros, comercializados sob mais de 50 marcas em todo o país e no exterior.

Saiba mais:

Divanildo Marques

descubraminas.com

O navio a vapor Benjamim Guimarães, na cidade de Pirapora, é um dos principais atrativos do Norte de Minas

Pense em um desfile onde os modelos caminham impecáveis e harmoniosamente pela passarela. Ou imagine uma campanha publicitária, um show e até mesmo uma peça de teatro, nos quais os personagens geralmente aparecem vestidos com muito bom gosto. Você sabe quem é o profissional que trabalha nos bastidores para que tudo seja feito no tempo certo e sem erros? É o produtor de moda, a pessoa responsável por fazer com que tudo funcione da melhor maneira possível em uma produção que leva em conta desde o som, a iluminação, a forma como os modelos irão desfilar, até a contratação de cabeleireiro, de maquiador e a disposição dos convidados. “O produtor de moda, dentro de campanhas, editoriais de revistas, desfiles e eventos, é o braço direito do estilista ou de quem está promovendo a ação. É uma área que exige muito do profissional, mas, em contrapartida, oferece um leque diversificado de oportunidades de trabalho”, revela a diretora do Núcleo de Criação e Design do Senac, Juliana Ribas. Para ser um produtor de moda, é preciso estar antenado e de olho nas tendências do mercado, além de estudar e pesquisar muito. E para quem quer seguir carreira na área, o Senac em Minas oferece o curso Técnico em Produção de Moda. Com 800 horas/aula e duração média de dez meses, o conteúdo, dividido em dois módulos, abrange desde a história da arte da moda, processos criativos e marketing, até empreendedorismo e comunicação aplicados a negócios do setor. Realizado no Núcleo de Criação de Design, no Plug Minas, é o primeiro curso técnico da instituição no Estado, na área de moda.


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