Comércio em Revista - edição 192

Ano XVIII • Edição 192 • Out/Nov 2015

EMPREGOS temporários estão em desaceleração

FECOIMP reúne empresas do comércio e indústria

William Câmara fala sobre sua trajetória de vida

Empréstimos e financiamentos Empresários procuram alternativas para atravessar momento econômico difícil

ASCOM | CCM - Fecomércio MA

Certificação

DIGITAL Mais agilidade no seu dia

2T@ @RRHM@STQ@ MNR LDHNR DKDSQNMHBNR BNL RDFTQ@MB@

& 1 M3(#

e-CPF

e-CNPJ

NF-e

NFC-e

(98) 3131 7168 (98) 99603 5575 www.fecomercio-ma.com.br

CT-e

Novo projeto gráfico

EDITORIAL

A Comércio em Revista deste mês traz algumas mudanças no projeto gráfico, pensadas para facilitar a leitura, viabilizar melhorias visuais nas artes e, principalmente, favorecer os textos, que continuam com a mesma qualidade editorial. Um dos objetivos dessa transformação é promover a integração e a sinergia entre os temas relacionados à Federação do Comércio, aos sindicatos filiados, assim como ao Sesc e ao Senac.

Com isso, o Sistema Fecomércio demonstra a coesão da sua atuação em variados segmentos sociais, expondo as suas ações e projetos nas áreas de educação, saúde, cultura, esporte, lazer, assistência social, capacitação profissional, apoio ao empreendedorismo, pesquisas econômicas, análises conjunturais e muitas outras.

Com mais de 60 anos promovendo um ambiente favorável aos empresários e trabalhadores maranhenses, o Sistema Fecomércio/Sesc/Senac destaca-se no cenário local pela relevância social e utilidade pública. Por meio dos braços sociais, que são o Sesc e o Senac, hoje podemos dizer que o Sistema Fecomércio tem o tamanho do Maranhão, garantindo qualidade no atendimento em várias regiões do estado.

Por isso, diante desse compromisso de melhorar cada vez mais seus serviços, o Sistema Fecomércio dá mais um passo importante no desenvolvimento da sua revista institucional e esperamos que todos apreciem nosso novo projeto gráfico.

Para as reportagens deste mês, o destaque da matéria de capa investiga algumas soluções de crédito para os quais os empresários podem recorrer com o intuito de driblar o momento de crise enfrentado pelo comércio.

A entrevista da edição é com o presidente do Sindicato das Empresas de Asseio e Conservação do Estado Maranhão e diretor-tesoureiro da Fecomércio, José William Câmara Ribeiro, um empresário que foi pioneiro nesse segmento empresarial em São Luís. Outras reportagens importantes deste mês tratam sobre as vagas de empregos temporários que deverão ser criadas neste final de ano, a participação do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac na Feira do Comércio e Indústria de Imperatriz (Fecoimp) e o projeto de reestruturação das Avenidas Litorânea e Holandeses proposto pelo Governo do Estado, entre outras.

Boa leitura!

edição 192 outubro | novembro | 2015

Comércio em Revista

3

Comércio em

NESTA EDIÇÃO

Revista

26

FEDERAÇÃO DO COMÉRCIO DE BENS, SERVIÇOS E TURISMO DO ESTADO DO MARANHÃO

CAPA

PRESIDENTE: José Arteiro da Silva VICE-PRESIDENTES Vilson Estácio Maia; Marcelino Ramos Araújo; Antonio de Sousa Freitas

Soluções de crédito para empresários contornarem a crise econômica atual.

DIRETORES Mauricio Aragão Feijó; Ivanilde Sampaio da Silva; Djalma Souza Chaves; José William Câmara Ribeiro; Manoel Antonio Souza Barbosa; Antonio Íris de Oliveira; José Ivan Ferreira; Reginaldo Pacheco de Sousa; Luís Joaquim Braga Sobrinho; João de Lima Filho; Paulo Henrique da Silva.

SUPLENTES DA DIRETORIA Antonio Luiz Monteiro Malta Filho; Raimundo Edson Rodrigues de Sousa; Francisco Eraldo Rodrigues de Moura; José dos Santos; João Borges Lira; Euclides Antonio Viêra; Antonio José Teixeira Luz; José Ribamar Ewerton Souza; Écio Gaston de Araújo; Sebastião Cândido Soares.

CONSELHO FISCAL Emanuel Caracas Dos Santos; José Pereira de Santana; Ivaldo Miranda Campos; Nagib Câmara Ribeiro; Raimunda Holanda da Silva; Flordilix Almeida de Amorim.

16 ARTIGO Ajustes fiscais e cortes no governo.

SUPERINTENDENTE FECOMÉRCIO João Torres de Melo Saboia Neto DIRETORA REGIONAL SESC Maria dos Remédios Serra Pereira DIRETOR REGIONAL SENAC José Ahirton Batista Lopes COMÉRCIO EM REVISTA É UMA PUBLICAÇÃO DO SISTEMA FECOMÉRCIO/MA

RECORTES

06

Notas sobre economia, política e outros temas

AGENDA

50

Calendário dos eventos empresariais no país.

ENDEREÇO Rua do Outeiro, nº 456, Centro São Luís - MA • Cep: 65025-670 CONTATO Fone: (98) 3131.7171 Fax: (98) 3131.7172 E-MAIL ascom@fecomercio-ma.com.br PRODUÇÃO, REDAÇÃO E EDIÇÃO Assessoria de Comunicação Fecomércio: Max de Medeiros, Jovanna Abreu COLABORAÇÃO Assessoria de Comunicação Sesc: Viviane Franco, Lideney Ribeiro, Amanda Machado | Assessoria de Comunicação Senac: Andrea Barros, Layza Pereira Martins, Germana Plácido FOTOS Joaquim Neto, Ariana Araújo, Banco de Imagens.

CAPA E DIAGRAMAÇÃO Cleiton Costa

Acesse as edições anteriores pelo site da Federação do Comércio do Maranhão:

www.fecomercio-ma.com.br

Os textos reproduzidos nas colunas Artigos não expressam a opinião desta publicação, sendo de total responsabilidade de seus produtores.

EXPOSIÇÃO

13

Feira do Comércio e Indústria de Imperatriz movimenta setor empresarial da região.

08

Empresário William Câmara conta sobre sua trajetória de vida.

ENTREVISTA

36 CULTURA

22

24

LITERATURA Feira do Livro de São Luís atrai leitores para o Centro Histórico.

SAÚDE Alunos do Senac alertam para os riscos da automedicação.

Sesc Amazônia das Artes favorece enriquecimento cultural da região amazônica.

41 GASTRONOMIA Mostra de oficinas gourmet são ministradas em Shopping pelo Restaurante-Escola do Senac.

EMPREGO 31 Fecomércio analisa a situação das vagas temporárias que serão abertas no final do ano.

RECORTES

CONTAS O plenário do Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou no dia 7 de outubro, por unanimidade, o parecer do ministro Augusto Nardes pela rejeição das contas do governo federal de 2014. Devido a irregularidades, como as chamadas “pedaladas fiscais”, os ministros entenderam que as contas não estavam em condições de serem aprovadas. Esta é a segunda vez na história que o TCU recomenda ao Congresso a rejeição das contas de um presidente. A primeira foi em 1937, durante o governo Getúlio Vargas.

INDICADOR

BENEFÍCIO

A inflação oficial medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) passou de 0,22% em agosto para 0,54% em setembro, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No ano, o indicador acumulado está em 7,64%, o mais elevado para o período desde 2003, quando atingiu 8,05%. Em 12 meses, avanço é de 9,49%.

A presidenta Dilma Rousseff assinou no início de outubro decreto que beneficia pequenos empreendedores nas contratações do Governo Federal. O texto regulamenta o tratamento favorecido, diferenciado e simplificado para MPE’s nas contratações públicas, compra de bens, serviços e obras no âmbito federal.

APOSENTADORIA O Senado aprovou no início de outubro medida provisória que institui uma regra para aposentadoria que varia progressivamente de acordo com a expectativa de vida da população brasileira. O texto também autoriza a chamada “desaposentadoria”, ou “desaposentação”, que é a possibilidade de o aposentado que continuou trabalhando fazer novo cálculo do benefício, tomando por base o novo período de contribuição e o valor dos salários. A medida provisória já havia sido aprovada pela Câmara dos Deputados e, agora, segue para sanção da presidente Dilma Rousseff.

CONVERSÃO Mensalmente, a Sefaz disponibilizará para a MOB os dados referentes aos créditos provenientes do programa ‘Nota Legal’, a serem convertidos em vale-transporte. Já a MOB fica responsável em providenciar a carga do vale-transporte destinado aos credenciados no programa, que optaram pelo recebimento do crédito em passagens de ônibus.

O consumidor cadastrado no programa ‘Nota Legal’ do Governo do Estado do Maranhão poderá trocar os créditos acumulados por vale-transporte de ônibus urbano. O novo benefício foi regulamentado após convênio de cooperação técnica entre a Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz) e a Agência Estadual de Transporte e Mobilidade Urbana (MOB).

6

Comércio em Revista

Sistema Fecomércio|Sesc|Senac-MA

DIA D Considerado o dia D do Movimento Compre do Pequeno Negócio, o dia 5 de outubro foi marcado por intensa programação de atividades na capital maranhense. Após 60 dias de ampla mobilização em todo o estado, foi realizada uma caminhada no Centro Comercial de São Luís que visou conscientizar a sociedade para a importância desse segmento, que reúne 10 milhões de empresas em todo o país. Além disso, aconteceu a Feira do Produtor em pontos estratégicos da região metropolitana, encerrando com o Encontro de Negócios na Associação Comercial do Maranhão.

SEFAZ A Secretaria de Estado da Fazenda ampliou para 30 de outubro o prazo para que as empresas maranhenses façam a manifestação do destinatário de notas fiscais eletrônicas de compras, emitidas entre os meses de junho a agosto de 2015, com valor acima de R$ 50 mil e para qualquer valor nas aquisições interestaduais de bebidas alcoólicas, refrigerantes, energéticos, isotônicos, cigarros, açúcar e combustíveis.

Determinadas novas regras para a ativação de empresas. De acordo com a Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz) para poder se regularizar, a empresa terá que enviar pelo portal do órgão (www.sefaz.ma.gov.br), no menu ‘Ativação Empresa’, os documentos que comprovem a origem e a integralização do capital social, a existência física e sua capacidade operacional. Somente após o cumprimento dessas exigências, a empresa ficará ativa no cadastro e passará a recolher, normalmente, o ICMS no dia 20 de cada mês.

DOMÉSTICO

Entrou em vigor no dia 1º de outubro o Simples Doméstico, sistema de pagamento que reunirá numa mesma guia todas as contribuições que devem ser pagas pelos patrões de empregados domésticos. A guia corresponde a 28% do salário do trabalhador e garantirá aos domésticos os direitos trabalhistas e previdenciários. O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) passa também a ser estendido, obrigatoriamente, ao empregado doméstico. Até a presente data o pagamento era opcional. edição 192 outubro | novembro | 2015

Comércio em Revista

7

ENTREVISTA

A concorrência é muito complicada Casado, pai de duas filhas, o empresário José William Câmara Ribeiro, presidente do Sindicato das Empresas de Asseio e Conservação do Estado do Maranhão e Diretortesoureiro da Federação do Comércio do Maranhão, conta sobre o início no segmento empresarial, a relação do sindicato com os empresários e também sobre sua atuação no futebol maranhense.

COMO FOI A SUA INFÂNCIA? Eu nasci no dia 9 de julho de 1948 em Buriti, um povoado que fica a 30 quilômetros do município de Pinheiro, na região da Baixada Maranhense. Meu pai era comerciante e ele se destacou na região. Nossa família era formada por oito irmãos, seis homens e duas mulheres, e eu fui o último filho a vir para a cidade grande, no caso São Luís.

Eu ficava lá no interior ajudando o meu pai, que tinha uma mercearia e vendia de tudo. Naquela época para ir até à cidade de Pinheiro, esses 30 quilômetros que se fazem em 15 ou 20 minutos, a gente demorava um dia inteiro a cavalo. Eu levava principalmente coco babaçu para vender em Pinheiro. E foi assim até os meus 16 anos, quando eu fui embora para morar em São Luís.

QUAL O MOTIVO DA MUDANÇA PARA SÃO LUÍS? Meu irmão criou uma empresa, naquela época, chamada Conservadora Timbira, juntamente com um sócio pernambucano. Devido a uma divergência entre os sócios o negócio não deu certo,

8

Comércio em Revista

e, por isso, a gente decidiu criar a própria empresa na área de asseio e conservação. Esse foi um dos motivos para eu ter vindo de lá para trabalhar aqui com meu pai. Eu comecei a trabalhar como zelador nessa empresa.

ENTÃO, O SENHOR VEIO PARA SÃO LUÍS COM O SEU PAI? Exatamente, a gente vendeu a fazenda que tínhamos lá no interior e viemos embora para a capital. Uma história engraçada é que a propriedade que nós tínhamos lá era tão grande que ninguém queria comprar e nós decidimos fazer uma rifa.

Eu saia de casa em casa a cavalo para vender os bilhetes da rifa, mas quando já estava perto do dia de realizar o sorteio a gente recebeu uma proposta para vender a casa e tive que devolver o dinheiro de cada pessoa que havia comprado a rifa.

COMO FOI O INÍCIO EM SÃO LUÍS COMO ZELADOR? Eu trabalhava na Secretaria de Planejamento do Governo do Estado, foi o primeiro contrato

Sistema Fecomércio|Sesc|Senac-MA

A empresa chegou a ser uma das principais empresas de São Luís na área de asseio, conservação e vigilância naquela época que a empresa conseguiu aqui na cidade. Eu trabalhava somente a noite. Logo depois nós arrumamos trabalho também no Banco da Amazônia e eu fiquei lá como zelador por três anos.

Nesse período, eu fui, inclusive, lavador de carro do ex-governador e ex-prefeito João Castelo. O pessoal do Banco da Amazônia gostava muito de mim, eu fazia pagamentos para eles de conta de luz, conta de água, lavava os carros, e com isso eu ganhava um dinheiro a mais para me divertir no final de semana.

E COMO FICARAM OS SEUS ESTUDOS NESSA ÉPOCA? Eu continuei meus estudos aqui em São Luís, eu estudei num colégio no bairro do Lira e depois fiz o curso de Contabilidade no Centro Caixeiral.

Também prestei vestibular para o curso de Administração na Universidade Estadual do Maranhão (Uema), mas não terminei o curso porque eu já estava trabalhando na empresa do meu pai e ganhando dinheiro, isso acabou interrompendo o meu curso.

COMO ERA ESSA EMPRESA? A empresa chegou a ser uma das principais empresas de São Luís na área de asseio, conservação e vigilância naquela época. No final da década de 1980, fomos notificados pela Polícia Federal para desvincular o segmento de asseio e conservação do segmento de vigilância, porque não era permitido que a empresa mantivesse todas essas atividades agrupadas no mesmo CNPJ. Passaram-se seis meses e nós não realizamos essa separação e a Polícia Federal decidiu fechar a nossa empresa. Como nós éramos uma das maiores empresas locais, acredito que eles queriam usar a nossa empresa como exemplo para as demais que também estavam na mesma situação. Nós tínhamos nesse período cerca de mil empregados e tínhamos inclusive filiais em Belém, Manaus e Imperatriz. Depois, por uma série de problemas administrativos nas filiais, nós decidimos encerrar de uma vez as atividades dessa empresa. Foi quando abrimos a Etapa Serviços Gerais, que é a empresa que eu tenho até hoje.

edição 192 outubro | novembro | 2015

Comércio em Revista

9

COMO FUNCIONAVAM ESSAS FILIAIS? A gente trabalhou da Serra dos Carajás a São Luís, tínhamos vigilantes nessa estrada daqui até lá. No primeiro passo da Vale do Rio Doce aqui em São Luís, que chegou com o nome de Amazônia Mineração S/A e tinha sede ali no bairro do João Paulo, nós fechamos um contrato com eles de segurança, limpeza, conservação e mão de obra terceirizada especializada como porteiros, auxiliares e etc.

PODE-SE DIZER QUE A EMPRESA DE VOCÊS FOI UMA DAS PIONEIRAS NESSE MERCADO LOCAL? E COMO ERA A CONCORRÊNCIA? Não chegamos a ser a primeira empresa local desse segmento, mas fomos uma das primeiras com certeza. Naquela época não tinha muita concorrência, mas quando o Fernando Collor assumiu a presidência, ele aumentou a abertura nesse mercado. Atualmente a concorrência é muito complicada, porque se a pessoa cria uma empresa em Brasília, por exemplo, ele pode vir concorrer nos contratos aqui em São Luís, sem ter nenhum registro por aqui. Essa empresa, normalmente, trabalha um ou dois anos por aqui, engana os trabalhadores e vai embora deixando várias dívidas para trás. Enquanto esse tipo de empresa consegue tirar as certidões negativas, eles estão concorrendo em contratos em várias partes do país. Depois que eles não conseguem mais tirar essas certidões, eles fecham essa empresa e abrem outra. Esse é um problema muito grave desse mercado.

segurança jurídica, trabalhadores desprotegidos e aumento dos conflitos e das demandas judiciais.

Para se ter ideia, existem algumas empresas que buscam apenas prejudicar as outras, pois entram numa concorrência com preços impossíveis de serem viabilizados na prática.

OS CONTRATOS COM OS ÓRGÃOS DO GOVERNO SÃO OS MAIS CONCORRIDOS? Existem empresas que estão no sufoco por causa de atrasos nos pagamentos do Governo.

Tem empresas com três, quatro ou cinco meses de salários atrasados dos seus funcionários por atraso nos pagamentos dos contratos firmados com órgãos públicos. Antigamente, as empresas brigavam muito por um trabalho do Governo Federal, porque pagava em dia, no dia 30 de cada mês o Governo repassava o dinheiro, mas hoje é difícil um órgão federal que pague as empresas em dia.

COMO O SENHOR CONHECEU O SINDICATO? Meu pai, que era o majoritário na sociedade

A LEI DA TERCEIRIZAÇÃO, APROVADA NA CÂMARA DOS DEPUTADOS, PODE REDUZIR ESSES PROBLEMAS? Houve uma discussão muito grande em torno desse tema. A lei é importante para regulamentar o segmento empresarial, pois não havia no ordenamento jurídico nacional normas que tratassem especificamente desse assunto. A falta de regras claras que regulamentem a terceirização gera in-

10

Comércio em Revista

Sistema Fecomércio|Sesc|Senac-MA

na Timbira, foi presidente do Sindicato das Empresas de Asseio e Conservação. E eu frequentava com ele as reuniões do sindicato, e depois que ele morreu, eu fui tesoureiro do sindicato antes de ser eleito para a presidência. Eu recebi a presidência do sindicato das mãos do empresário José Walter Maciel.

COMO ESTÁ A RELAÇÃO DOS EMPRESÁRIOS COM O SINDICATO ATUALMENTE? Dentro desse segmento, os empresários ainda não assimilaram bem a importância que tem a entidade sindical e, por isso, nós enfrentamos muitas dificuldades na administração do sindicato. A participação dos empresários do ramo em qualquer tipo de evento é muito pequena, eles participam no máximo da reunião para negociação de salários dos profissionais.

ALÉM DE SER EMPRESÁRIO, SINDICALISTA, O SENHOR TAMBÉM ATUA NO RAMO DO FUTEBOL? Eu tenho um envolvimento muito grande com o futebol e, por isso, o presidente da Fe-

deração Maranhense de Futebol me convidou para integrar a diretoria da entidade, na qual eu sou Diretor de Futebol Amador. Sou um dos organizadores das competições amadoras que acontecem no estado, como os Campeonatos Maranhenses sub-19, sub-17, sub-15, feminino que vai começar agora. Eu tirei um tempo para me dedicar a esse assunto porque é uma paixão.

Eu tenho uma escolinha de futebol há 15 anos para formarem novos atletas, mas não é algo para ganhar dinheiro, é mais um lazer. Eu costumo dizer que eu tenho muitas sementes espalhadas por esse Brasil, uma hora alguma dessas se destaca.

O QUE FALTA PARA INCENTIVAR MAIS O FUTEBOL AMADOR NO MARANHÃO? No Brasil, estão acabando com os campos de várzea, faltam mais políticas públicas para incentivar que apareçam novos atletas. Além disso, a classe empresarial ainda não despertou para a importância de apoiar e patrocinar o futebol no nosso estado. Precisamos de uma escola de formação de atletas com a mesma estrutura das que existem na região sudeste do país, quando isso acontecer o Maranhão vai revelar craques e mais craques. O Governo criou uma lei de incentivo para o esporte para que as empresas destinem parte do ICMS para incentivar o futebol, mas os empresários ainda tem muita resistência de investir.

OS BONS RESULTADOS DO SAMPAIO TEM MOTIVADO UMA REESTRUTURAÇÃO DO FUTEBOL LOCAL? Com certeza, quando você vai ao estádio hoje você já vê muita cara nova. Antigamente eram sempre as mesmas pessoas assistindo aos jogos locais e a crônica esportiva de rádio sempre destaca isso durante as transmissões. As mulheres também começaram a se interessar pelo futebol, você vê muitas mulheres uniformizadas torcendo no estádio. Ou seja, é sinal que o Sampaio está trazendo uma mudança muito positiva para o futebol maranhense.

edição 192 outubro | novembro | 2015

Comércio em Revista

11

LEGISLAÇÃO

Entrega da síntese sobre Código Comercial Conclusão das contribuições dadas pelos empresários de todo o país foi entregue à Comissão Especial da Câmara dos Deputados.

O Grupo de Trabalho (GT) instituído pela Confederação Nacional do Comércio (CNC) para apresentar sugestões ao Projeto de Lei nº 1.572/2011, que propõe o novo Código Comercial, entregou no dia 9 de setembro a síntese das conclusões apuradas ao longo de um trabalho desenvolvido por cerca de dois meses. Representada no GT pelo superintendente João Torres, a Fecomércio-MA colaborou para aperfeiçoar o texto do Projeto que visa modernizar a legislação comercial brasileira.

O documento, que defende regras claras para as relações comerciais, foi entregue pelo consultor Jurídico da CNC, Marcelo Barreto, ao deputado Laércio Oliveira (SD-SE), também vice-presidente da CNC e presidente da Comissão Especial da Câmara dos Deputados encarregada de analisar a proposição. “O trabalho do grupo foi coeso e harmônico, e o desafio foi impregnado pela boa causa e pela perspectiva de ter um código que reflita o momento jurídico de seu tempo”,

12

Comércio em Revista

destacou Barreto na ocasião.

Avaliando a importância do debate durante as reuniões realizadas, João Torres destacou a contribuição de cada representante. “Aprimoramos o texto legislativo a partir de sugestões oferecidas pelos empresários da nossa região e isso foi fundamental para convergir pontos, pluralizar o trabalho e alinhar as conclusões”, enfatizou.

Expectativa A proposta do novo Código Comercial tem o objetivo de sistematizar e atualizar a legislação sobre as relações empresariais entre pessoas jurídicas. O projeto trata, entre outros assuntos, da denominação empresarial, de títulos eletrônicos e do comércio na internet. Um dos principais pontos destacados pelo autor do texto, o deputado Vicente Cândido (PT-SP), é a permissão para que toda a documentação empresarial seja mantida em meio eletrônico, dispensando-se o uso de papel.

Sistema Fecomércio|Sesc|Senac-MA

EXPOSIÇÃO

Sistema Fecomércio-MA na 15º Fecoimp Com apresentação de serviços, oficinas e atividades culturais, a Fecomércio, o Sesc e o Senac se destacaram na Feira do Comércio de Imperatriz.

Com a demonstração de inúmeros serviços e prestação de informações aos empresários, comerciários e visitantes, o Sistema Fecomércio/ Sesc/Senac do Maranhão esteve participando da 15º edição da Feira do Comércio e Indústria de Imperatriz (Fecoimp) que foi realizada entre os dias 16 e 19 de setembro. O Sistema Fecomércio montou um estande de 27 metros quadrados no Centro de Convenções de Imperatriz e mais uma vez integrou o rol de instituições expositoras e patrocinadoras do evento que já se destaca em toda a região norte e nordeste.

Entre os serviços apresentados, esclarecer sobre a atuação da Federação do Comércio na representação empresarial foi um dos principais objetivos durante os quatro dias do evento. “A Fecomércio pretende oferecer todas as informações

necessárias aos participantes da região tocantina do estado nesse evento, estreitando a relação com os empresários do sul do estado em um espaço que reúne as novas tendências de mercado, como é o caso da Fecoimp”, destacou o vice-presidente da Fecomércio-MA e presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Imperatriz, Vilson Estácio Maia.

Também foram realizadas demonstrações de atividades de cursos, divulgação da programação comercial, e exposição de materiais educativos utilizados pelo Senac, que possui uma unidade em Imperatriz. Além disso, a instituição ofereceu, na programação do evento, as oficinas de “Excelência no Atendimento”, “Dicção e Oratória” e “Excel”.

As demonstrações dos cursos de Maquiagem

edição 192 outubro | novembro | 2015

Comércio em Revista

13

e Garde Manger (preparo de molhos e saladas), todos relacionados aos cursos oferecidos na unidade do Senac em Imperatriz, ocorreram durante os quatro dias da feira, em diferentes horários, para garantir a participação de todos.

Oficinas Durante os quatro dias de Fecoimp, o Senac chamou a atenção dos visitantes através de demonstrações em estande e oficinas de educação profissional, todas voltadas para a temática trabalhada no evento. Ao todo, 266 pessoas foram atendidas nas ações desenvolvidas pelo Senac.

O bancário Deusival Lopes da Silva foi um dos inscritos na oficina de Excel Comercial e Financeiro e acredita que o momento foi propício para que ele reciclasse seus conhecimentos sobre a ferramenta de informática. “Pela minha profissão, utilizo o Excel diariamente, mas me interessei pela oficina porque me fez voltar a estudar de novo”, destacou. “É uma ferramenta que adoro utilizar, pois instiga no desafio de buscar fórmulas matemáticas para diversas situações”, completou.

A oficina foi realizada em duas turmas, cada turma com 17 alunos, e aconteceu no Senac em Imperatriz. Outras duas oficinas movimentaram a feira durante esse período: Excelência no Atendimento e Dicção e Oratória, cada uma com, em média, 35 pessoas. “A maneira que a instrutora está trabalhando o conteúdo está excelente, pois condiz com o que o mercado exige”, ressaltou um dos participantes da oficina “Excelência no Atendimento”. “O momento em que o Brasil vive exige que nós busquemos aperfeiçoamento e qualificação na área de atuação”, finalizou.

No estande do Sistema Fecomércio, as demonstrações de “Garde Manger” e “Maquiagem” atraíram a um público de 160 pessoas que já saíram da feira interessadas em efetuar matrícula na Instituição. “É a primeira vez que este curso será ofertado em Imperatriz, e não existem profissionais qualificados nessa área aqui. Isso me chamou a atenção, já que é um novo nicho

14

Comércio em Revista

Sistema Fecomércio|Sesc|Senac-MA

de mercado a ser explorado”, empolgou-se a jovem Fernanda Miranda, que acompanhou atentamente à demonstração.

Cultura Estendendo seus serviços sociais ao interior do Maranhão, o Serviço Social do Comércio por meio do projeto “Sesc Circulando Cultural”, também participou da 15ª edição da Fecoimp, levando aos imperatrizenses uma vasta programação cultural nos dias de Feira.

Através do Projeto, a iniciativa que tem entre seus objetivos contribuir para o aperfeiçoamento, enriquecimento e difusão das produções culturais, com a descentralização de ações de caráter artístico e cultural, o Sesc mais uma vez marcou presença no evento com atrações locais e da capital maranhense. Na agenda, performances circenses, shows musicais, shows de humor e apresentação de dança árabe. As apresentações aconteceram no Espaço Sesc Cultural e na parte interna do Centro de Convenções de Imperatriz.

O primeiro dia de programação contou com a apresentação da Trupe de Habilidades Circense.

No mesmo dia, no Espaço Sesc Cultural, o público apreciou o espetáculo “Pão com Ovo”, da Cia Santa Ignorância, fechando com show musical com Chico Martan e Banda.

Homenagem Um dos destaques da solenidade de abertura da Fecoimp foi a homenagem da Associação Comercial e Industrial de Imperatriz aos ex-presidentes da entidade em comemoração aos 15 anos do evento e em reconhecimento a dedicação de todos na organização da feira ao longo desses anos.

O vice-presidente da Fecomércio, Vilson Estácio Maia, foi um dos homenageados, uma vez que ele foi o idealizador do projeto da Fecoimp nos anos 2000, quando era presidente da Associação Comercial de Imperatriz, além de ser atualmente considerado uma referência empresarial na região.

edição 192 outubro | novembro | 2015

Comércio em Revista

15

ARTIGO

Ajustes fiscais e cortes no governo José Arteiro da Silva Presidente do Sistema Fecomércio -MA

O Brasil passa por um momento conturbado político e economicamente falando. O país vive o que os economistas chamam de recessão técnica, que é quando se tem dois trimestres seguidos de queda no Produto Interno Bruto (PIB), ou seja, recuou 0,7% de janeiro a março e 1,9%, de abril a junho. Para se ter uma ideia, somente o comércio brasileiro registrou no segundo trimestre deste ano o pior desempenho no PIB para o setor desde o primeiro trimestre de 2009, segundo os dados das contas nacionais trimestrais divulgados pelo IBGE, com queda de 3,3% em relação ao primeiro trimestre de 2015.

Além disso, os especialistas já apontam que essa desaceleração econômica deve perdurar por mais algum tempo e se estender até o ano que vem. É importante lembrar que desde o ano passado o país já sinalizava que iria entrar nessa crise econômica, mas nem o empresário mais pessimista poderia supor que esse momento atingiria de maneira tão forte as empresas.

E o esfriamento econômico não atinge somente o setor empresarial, os governos federal e estaduais também tentam nego-

16

Comércio em Revista

ciar saídas para as quedas progressivas nas receitas. Na esfera federal, a presidente Dilma Rousseff anunciou uma série de elevações de tributos, com a proposta de retorno da Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras (CPMF), que de acordo com os cálculos divulgados pelo governo vai ser responsável por metade do ajuste nas contas públicas para o ano de 2016. O Governo também divulgou a redução de ministérios e cargos de confiança, gerando uma redução de gastos de até R$ 200 milhões.

Nesse pacote de medidas, o Ministro da Fazenda Joaquim Levy chegou a cogitar a possibilidade de confiscar 30% das alíquotas do sistema S – o que renderia mais R$ 6 bilhões aos cofres públicos em 2016, mas prejudicaria seriamente o trabalho que é desenvolvido por essas entidades em todo o país, que são referências nas áreas de educação, saúde, assistência social, cultura, esporte e lazer.

Na esfera estadual, o Governador Flávio Dino também anunciou medidas para enfrentar a crise econômica e garantir a manutenção da saúde financeira do

Sistema Fecomércio|Sesc|Senac-MA

é fato que nenhum cidadão vai se sentir satisfeito com o anúncio dessas medidas de elevação de tributos Estado. O Governador divulgou o corte de gastos com custeio e despesas com fornecimento de combustível, expedição de diária, emissão de passagens aéreas e gastos com alimentação, eventos e fornecimento de flores, prevendo a economia de até R$ 60 milhões; extinguiu benefícios fiscais irregulares concedidos sem amparo legal, que chegavam à soma de R$ 1 bilhão; adotou medidas de justiça tributária, como a gradação dos impostos sobre heranças e doações; e, também, como medida mais polêmica, aprovou o reajuste de 1% sobre a alíquota de ICMS, passando de 17 para 18%, além de ampliar a lista de produtos “de luxo” com acréscimo de 2% sobre a alíquota de ICMS, enquadrando nessa lista triciclos, quadriciclos, aviões e helicópteros, iate, jet-ski, lancha; bebidas isotônicas, refrigerantes e energéticos; produtos de beleza e cosméticos importados; pesticidas, fungicidas, raticidas e outros agrotóxicos; álcool para fins não carburantes; e artigos e alimentos para animais de estimação.

Sobre a retenção dos valores do Sistema S pretendidos pelo Governo Federal, o nobre jurista Ives Gandra da Silva Martins

alertou muito sabiamente que a Constituição Federal, no artigo 240, é clara ao dizer que: “Ficam ressalvadas do disposto no art.

195 as atuais contribuições compulsórias dos empregadores sobre a folha de salários, destinadas às entidades privadas de serviço social e de formação profissional vinculadas ao sistema sindical”. Ou seja, tais contribuições só podem ter um destino que são as entidades ligadas ao Sistema S. Em relação à questão dos aumentos de impostos, é fato que nenhum cidadão vai se sentir satisfeito com o anúncio dessas medidas de elevação de tributos, já que o poder de compra dos consumidores está cada vez mais fragilizado pela corrosão da inflação crescente e aumentos de juros, principalmente do cartão de crédito e cheque especial, o que tem feito com que as pessoas se aprofundem no endividamento. Por sua vez, o empresário do comércio também terá que fazer malabarismos neste final de ano para contornar os efeitos dessa crise e alcançar vendas satisfatórias no período. A Confederação Nacional do Comércio (CNC) já prevê que o Natal deste ano deverá registrar a primeira queda nas vendas desde 2004. A expectativa de movimentação financeira é de R$ 32,2 bilhões, o que representará uma queda de 4,1% em relação ao ano passado.

O que podemos concluir é que o cenário econômico é bastante preocupante, permeado pela incerteza política principalmente no quadro federal. Apesar disso, os empresários não podem perder o otimismo que tradicionalmente colore o comércio nesses últimos meses do ano.

Com planejamento e estratégias de vendas bem direcionadas para as necessidades atuais dos consumidores, o comércio pode recuperar bons índices de vendas e fechar o ano com resultados mais animadores.

edição 192 outubro | novembro | 2015

Comércio em Revista

17

FÓRUM

MA participa do 22º Fórum da Amazônia Legal Evento realizado em Belém-PA debateu o cenário socioeconômico dos estados do norte e parte do nordeste do país.

O Sistema Fecomércio do Maranhão participou do XXII Fórum da Amazônia Legal, que foi realizado no dia 25 de setembro em Belém-PA. O vice-presidente do Sistema Fecomércio, Marcelino Ramos Araújo, juntamente ao Superintendente, João Torres, e os Diretores Regionais do Sesc e Senac, Remédios Pereira e José Ahirton Lopes, estiveram presentes ao encontro com a finalidade de debater o cenário socioeconômico da região, além de apresentar e trocar experiências bem sucedidas entre as entidades que compõem o Sistema Fecomércio.

O Fórum aconteceu durante todo o dia e foi realizado pela Federação do Comércio do Pará, reunindo representantes dos Estados do Acre, Amazonas, Amapá, Maranhão, Mato Grosso,

18

Comércio em Revista

Mato Grosso do Sul, Piauí, Rondônia, Roraima e Tocantins, para debaterem sobre as principais ações de fortalecimento das Federações do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, bem como do Sesc e Senac. “Estamos passando por um momento complicado na economia do país e reuniões como essa só agregam porque daqui saem alternativas e planejamento para ações que visam o fortalecimento e desenvolvimento econômico desses estados”, explicou Marcelino Ramos.

Durante a cerimônia de abertura, o anfitrião Sebastião Campos, presidente da Fecomércio-PA, saudou aos participantes, desejando boas-vindas aos presidentes, superintendentes e diretores das entidades e falou sobre a expec-

Sistema Fecomércio|Sesc|Senac-MA

tativa do encontro. “Esse evento é mais uma demonstração de força e união das entidades que compõem a Amazônia Legal. É uma enorme satisfação receber todos vocês nessa ocasião. Espero que esse Fórum consiga cumprir com seu objetivo e que nós consigamos fortalecer o trabalho desenvolvido pelo Sistema Fecomércio/Sesc/Senac”, garantiu Sebastião Campos.

Sendo um evento de caráter permanente, o Fórum da Amazônia Legal acontece duas vezes ao ano e tem como objetivo traçar novos rumos que fomentem a economia e o comércio das regiões envolvidas, além de promover o intercâmbio para gerar o crescimento e avanço do Sistema Fecomércio, Sesc e Senac.

Programação Após a cerimônia de abertura, foi dado início às reuniões em quatro grupos de trabalho com presidentes e superintendentes das Federações do Comércio e diretores regionais do Sesc e Senac. Depois do intervalo para almoço, os trabalhos retornaram e foram finalizados no início da noite, momento em que aconteceu o encerramento das discussões e a assinatura das atas com os assuntos debatidos por cada grupo, seguido das apresentações dos relatórios.

Ao final, um jantar foi oferecido para os participantes do Fórum no Sesc Boulevard, com apresentações de dança e shows de carimbó.

edição 192 outubro | novembro | 2015

Comércio em Revista

19

MOBILIDADE

Governo projeta mudanças no trânsito Ação de reestruturação da Avenida dos Holandeses e Litorânea visa modernizar e dar fluidez ao trânsito.

Para desenvolver e garantir a trafegabilidade e a mobilidade urbana na Região Metropolitana de São Luís, a Avenida dos Holandeses e a Avenida Litorânea– duas das mais importantes da capital maranhense – estão sendo contempladas com um inovador projeto de reestruturação. Por isso, com o objetivo de apresentar e ouvir as contribuições da sociedade em relação ao projeto que prevê a série de intervenções, a Agência Estadual de Transporte e Mobilidade Urbana (MOB) realizou no dia 10 de setembro uma Consulta Pública no auditório da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz), que contou com a presença de representantes de várias empresas e entidades de classe, além de profissionais da área de engenharia e arquitetura.

O projeto de Reestruturação Holandeses-Litorânea visa modernizar a via e dar fluidez ao trânsito no trecho compreendido entre a rotatória da Polícia Militar, no bairro do Calhau,

20

Comércio em Revista

até a entrada da Praia do Araçagi, totalizando aproximadamente 10 km de melhorias. “A mobilidade urbana é essencial, a nossa preocupação é que essa reestruturação não afete o fluxo para o comércio dessa área e já nos foi garantido que isso não ocorrerá. Dessa forma, apoiamos porque é necessário e essencial para o desenvolvimento da cidade”, destacou na ocasião o superintendente João Torres, que representou a Federação do Comércio do Maranhão.

No mês de julho deste ano, o projeto já havia sido apresentado aos empresários e comerciantes da região. “Medidas como essa reafirmam que a prática de discutir e dar participação à sociedade são diretrizes que o governo Flávio Dino segue com muito sucesso. As sugestões colhidas durante a Consulta Pública serão analisadas para eventual incorporação no projeto já desenvolvido”, destacou o presidente da MOB, Artur Cabral.

Para o presidente da Câmara de Dirigentes

Sistema Fecomércio|Sesc|Senac-MA

Lojistas de São Luís (CDL/São Luís) Fábio Ribeiro, a obra é fundamental, mas os impactos na atividade comercial daquela área devem ser minimizados. “A CDL apoia a execução do projeto, mas não podemos esquecer que a acessibilidade do cliente às empresas deve ser assegurada”, disse.

O Projeto de Reestruturação da Avenida dos Holandeses seguirá agora para o processo licitatório, com previsão de execução para o primeiro semestre de 2016.

Sistema Binário Com a construção de ciclovias, calçadas, paradas de ônibus planejadas e estacionamentos, a proposta prevê a complementação da obra de extensão da Avenida Litorânea e a modernização de um trecho da Avenida Colares Moreira e ruas do entorno. O diferencial é a implantação do sistema de vias paralelas funcionando em sentidos opostos, também conhecidos como ‘binário’.

De forma mais específica, as Avenidas dos Holandeses e Litorânea vão se transformar em vias de mão única. Pelo projeto, uma via de mão dupla vai iniciar próximo à entrada da Praia do Araçagi até a Avenida São Carlos, nas proximidades do Sesc Olho d’Água; da Avenida São Carlos ao Quartel da Polícia Militar a via será de mão

única e ganha mais uma faixa somando cinco, uma destas será corredor exclusivo para o transporte coletivo.

A Litorânea será estendida em mais dois quilômetros, ficando no sentido Olho d’Água/ Centro. Do trecho da Avenida Avicenia, no bairro do Calhau – próximo ao Hotel Pestana – à Praia de São Marcos, permanece a pista dupla. A proposta de readequar o sistema viário corresponde, também, à intenção de implantar o ‘BRT’, uma modalidade de transporte rápido e que passou a ser referência em mobilidade urbana nas principais cidades do país.

Av. Litorânea

Av. São Carlos

Av. Colares Moreira

Via Auxiliar Rot. Shopping Automóvel até Barramar

BRT

Via Auxiliar Búzios;

Av. dos Holandeses

Reestruturação Av. Holandeses / Litorânea - Projeto Binário edição 192 outubro | novembro | 2015

Comércio em Revista

21

LITERATURA

Espaço para a literatura Feira do Livro de São Luís realizada pela Prefeitura com a correalização do Sesc levou milhares de pessoas para as ruas do Centro histórico.

A Feira do Livro de São Luís (FeliS) chegou à sua 9ª edição, este ano com o tema “Cidade livre, Cidade de livros”. Realizada de 2 a 11 de outubro, no Centro Histórico, a FeliS trouxe como patrona a professora e historiadora Lourdinha Lacroix e os homenageados Alberico Carneiro, Mário Meireles (in memoriam), Mary Ferreira e Raimunda Frazão.

Mais uma vez o Sesc atuou como correalizador do evento apoiando a vinda de grandes nomes da literatura brasileira e disponibilizando ao público o Espaço Sesc de Leituras e a Unidade Móvel BiblioSesc na Praça Nauro Machado, bem no coração do Centro Histórico.

A abertura do evento, no dia 2 de outubro, contou com a presença de representantes de estado e município de São Luís, poetas, escritores, intelectuais e diretores de instituições parceiras que

22

Comércio em Revista

lotaram o principal salão da Casa do Maranhão.

Entre os convidados estavam o Prefeito Edivaldo Holanda Junior; o Presidente da Func, Marlon Botão; a patrona Lourdinha Lacroix e os homenageados Mary Ferreira, Raymunda Frazão, além do Presidente do Conselho do Sesc, José Arteiro da Silva e a Diretora Regional do Sesc, Remédios Pereira representando a instituição correalizadora da Feira do Livro, e demais parceiros.

A programação de abertura contou com um flashmob de danças regionais, apresentação de acrobacia em tecido, hino nacional em língua indígena e de coral infantil. O Projeto Sesc Musicar fez uma participação especial na abertura com a peça Black Wolf e o hino de Louvação a São Luís no repertório, cantado por todos os presentes.

Entre os dias 3 e 11 de outubro, o Espaço Sesc

Sistema Fecomércio|Sesc|Senac-MA

de Leituras ofereceu aos visitantes uma vasta programação com oficinas de contos e poesias, ilustração, tiras, atividades de leitura, pintura facial, além de exposições e exibições de filmes infantis no espaço Cine Sesc. As atividades trabalharam de forma interativa a história de São Luís por meio de jogos, abordando as lendas, patrimônios, pontos turísticos, entre outras informações sobre a cidade.

O BiblioSesc também marcou presença na 9ª FeliS. Localizada no estacionamento da Câmara Municipal, a Unidade Móvel realizou atividades literárias de contação de histórias, pintura, desenho, oficinas de dobradura, entre outras.

O CineSesc funcionou durante toda a Feira, no turno vespertino. Nos fins de semana, a programação contou com uma Maratona de Curtas para a criançada.

O cinema no Sesc aconteceu por intermédio das exibições de filmes, oficinas, festivais e mostras com o objetivo de levar o cinema para todo o Brasil e para todos os públicos. Na agenda de filmes apresentados durante a semana da Feira do Livro estavam os longas O Menino e o Mundo – de Alê Abreu; O Menino da Floresta – de Jean-Christophe Dessaint; Meu Amigo Storm – de Giacomo Campeotto; Meu Amigo Totoro – de Hayao Miyazaki; Iep! – de Ellen Smit; As Férias do Pequeno Nicolau – de Laurent Tirard; e Zarafa – de Rémi Bezançon e Jean-Christophr Lie. Nesta edição da Feira do Livro, o Sesc apresentou 32 profissionais do campo do conhecimento literário que abordaram diferentes temas por meio de palestras, rodas de conversa, performances literárias, intervenções urbanas e declamação de poesia em diferentes pontos do Centro Histórico.

Biblioteca volante O BiblioSesc é uma biblioteca volante com um acervo de aproximadamente 300 (trezentas) obras da literatura infantojuvenil brasileira, incluindo autores maranhenses. O projeto existe desde 2008 e tem como objetivo oportunizar a leitura acessível em locais em que há ausência de bibliotecas ou salas de leituras. Na 9ª FeliS, o BiblioSesc contará com atividades literárias de contação de histórias, pintura, desenho, oficinas de dobradura, entre outras. edição 192 outubro | novembro | 2015

Comércio em Revista

23

SAÚDE

Os riscos da automedicação Jovens do Programa de Aprendizagem do Senac realizam projeto sobre automedicação.

O uso de medicação por conta própria pode acarretar sérios danos à saúde, inclusive levar ao óbito. Pensando nisso, os alunos do curso de Aprendizagem Profissional Comercial em Serviços de Drogarias realizaram a ação “Não Estimule a Automedicação: do perfil profissional à prática comercial do atendente de farmácia”, com a presença de diversos profissionais da área da saúde, o que possibilitou a troca de informações e a ampliação dos conhecimentos sobre o tema. A ação ocorreu no auditório do Senac em São Luís e contou com exposição de pesquisas, debates, palestras e até mesmo uma simulação de situações de automedicação.

Os próprios alunos sentiram interesse pelo assunto, já que a prática de atendimento em farmácias é importante para o processo de ensino-aprendizagem. O aluno Higor Mateus explicou que o atendimento em uma farmácia realizado de forma inapropriada pode gerar uma série de consequências. “Um bom exemplo é a venda de antibióticos de forma indiscriminada, nós aprendemos que eles

24

Comércio em Revista

podem eliminar as bactérias, mas também proliferar no organismo, causando grandes problemas”, argumentou.

Foram apresentados, ainda, resultados de uma pesquisa sobre medicamentos naturais comercializados no Mercado Central e no Centro Histórico de São Luís. A pesquisa revelou que, além da maioria dos produtos não conter o selo de qualidade da Anvisa e do Ministério da Saúde, os medicamentos encontram-se em situação de armazenagem inadequada, apesar de existirem produtos dentro das normas de qualidade estabelecidas. Sobretudo, a pesquisa serviu para perceber que a totalidade das vendas de remédios nesses locais são prescritas pelos próprios vendedores, de acordo com a sabedoria popular repassada de geração para geração, mas sem embasamento científico.

Os especialistas presentes foram convidados para uma roda de conversa em que alunos e profissionais expuseram opiniões e procedimentos imprescindíveis para evitar a automedicação e estimular a procura por hospitais.

Sistema Fecomércio|Sesc|Senac-MA

Simulação A simulação feita durante o evento chamou a atenção para práticas cotidianas de muitas pessoas.

Na dramatização, um rapaz chega em casa e se depara com o seu pai sofrendo com grandes dores no corpo, pedindo para o filho pegar um remédio para ele tomar.

O filho repreende a atitude do pai e o leva ao médico, onde é receitado uma série de exames e, posteriormente, um remédio, solucionando o problema.

Em seguida, o jovem encontra um amigo na rua, com fortes dores, semelhantes às que o pai dele sentiu.

Então, ele recomenda o remédio, que seria “milagroso”. O amigo toma o remédio e acaba passando muito mal, devido à alergia desencadeada por um composto do medicamento. Só assim o amigo procura um médico, que passa um remédio para bloquear o efeito da substância ingerida, deixando tudo bem novamente.

A mensagem da simulação, segundo o seu criador e balconista da farmácia Pague Menos, Thyago Azevedo, é que “a automedicação gera muitos riscos à saúde humana”.

O evento contou com a participação do Diretor Regional do Senac, Ahirton Lopes; da gerente do Senac em São Luís, Tamires da Silva; da coordenadora do Posto Avançado de São Luís, Jacksiane Mendonça; do psicólogo do Centro de Atenção Psicossocial (CAPs), Augusto Mochel; dos bioquímicos da farmácia Pague Menos, Antônio Carlos de Jesus e Rosa Maria; e da enfermeira do Hospital Municipal Djalma Marques (HMDM – Socorrão I). edição 192 outubro | novembro | 2015

Comércio em Revista

25

CAPA

Com juros mais altos e bancos mais cautelosos na concessão de crédito, empresários buscam alternativas para atravessar momento econômico desfavorável.

A forte restrição dos bancos à concessão de crédito tem travado os negócios das empresas em vários setores da economia. Com o caixa debilitado pelo baixo desempenho econômico, vendas em desaceleração e sem acesso a linhas de crédito para capital de giro ou investimentos, as empresas começam a enxugar as estruturas, reduzir o quadro de funcionários e adiar pagamentos. Além do recuo no volume de crédito concedido, as taxas de juros aumentaram, os prazos de pagamento dos empréstimos diminuíram e a inadimplência cresceu.

De acordo com o Indicador Serasa Experian, o nível de inadimplência das empresas cresceu 16,1% em agosto na comparação com o mesmo mês do ano passado. No acumulado de 2015 até o mês de agosto, em relação ao mesmo período de 2014, o índice teve elevação de 13,3%. Ainda de acordo com a Serasa, esse foi o maior percentual de aumento nesta comparação desde 2012, quando o índice avançou 14,3%. Na análise mês a mês, agosto apresentou queda de 5,7% sobre o mês imediatamente anterior.

Segundo os economistas da Serasa Experian, o

26

Comércio em Revista

aprofundamento da recessão econômica e as escaladas das taxas de juros e do dólar estão impactando negativamente a geração de caixa e a capacidade de pagamento das empresas, impondo sérias dificuldades à quitação de seus compromissos financeiros neste ano de 2015.

Na decomposição da variação mensal do indicador, os cheques sem fundos foram os que mais pesaram para a queda do índice no mês, com decréscimo de 13,4% e contribuição negativa de 2,0%. As dívidas bancárias tiveram queda de 2,0% e contribuição negativa de 0,4%, e os protestos tiveram a mesma queda (2,0%), contribuindo negativamente com 4,2%.

Com o mercado de crédito mais restrito, juros em elevação e as empresas tendo que enfrentar os altos índices de endividamento, os empresários estão também menos propensos a buscar novas modalidades de crédito. Conforme apurou o Indicador Serasa Experian, houve recuo de 7,8% na procura das empresas por crédito em agosto na comparação com o mesmo mês de 2014. Esse foi o pior resultado na comparação interanual desde junho de 2013, aprofundando o desempenho interanual negativo

Sistema Fecomércio|Sesc|Senac-MA

de julho (queda de 4,9% frente a julho de 2014).

Já com relação ao mês imediatamente anterior, em agosto houve recuo de 2,6% na procura das empresas por crédito. No acumulado do ano, isto é, de janeiro a agosto, a busca das empresas por crédito avançou 1,0% frente aos primeiros oito meses do ano passado.

Os economistas da Serasa apontam que o recuo interanual da demanda das empresas por crédito em agosto decorre principalmente das altas das taxas de juros e do baixo grau de confiança dos empresários, face às incertezas quanto aos rumos da economia. A alta do dólar tem contribuído também para a retração da procura das empresas por crédito.

A queda da procura empresarial por crédito em agosto foi determinada principalmente pela retração de 2,7% observada nas micro e pequenas empresas. Nas médias e grandes empresas as quedas em agosto foram menores: 1,0% nas grandes empresas e de 1,1% nas médias empresas.

Na análise por ramo de atividade, todos os setores econômicos registraram queda na demanda por crédito em agosto, sendo que a maior retração foi de 3,5% no setor de serviços. No comércio o recuo foi de 1,8% e no setor industrial a queda foi de 2,3% em agosto deste ano.

As consultas, processo inicial para pedido de empréstimo junto ao banco e que podem ser utilizadas como termômetro para mensurar o interesse das empresas em novos investimentos, também apresentaram recuou de 49% no mesmo período analisado.

Já em relação às liberações de recursos para as micro e pequenas empresas com o Cartão BNDES, considerado a fonte mais barata de financiamento para as empresas, continua sendo um dos destaques da atuação do banco. Os desembolsos do produto, exclusivo para as micro, pequenas e médias empresas, foram de R$ 7,8 bilhões até agosto, representando um avanço de 10,6% sobre os valores liberados em 2014 no mesmo período. O bom desempenho do Cartão BNDES contribuiu para o fôlego das liberações às micro, médias e pequenas empresas, que somaram R$ 25,3 bilhões entre janeiro e agosto deste ano. Com isso, as companhias de menor porte mantiveram participação de 29,7% nos desembolsos totais do banco. Além da ampliação do acesso ao crédito às micro e pequenas empresas, o desempenho do BNDES registra este ano ganhos de participação das regiões Norte e Nordeste, que, com desembolsos de R$ 19,6 bilhões de janeiro a agosto, representaram 23,1% dos valores totais liberados pela instituição financeira. Em igual período de 2014, essa participação era de 18,1%.

BNDES Na esteira da crise, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) indicou uma queda de 25% no acumulado de janeiro a agosto deste ano no total de desembolsos realizado pela instituição financeira, que totalizou no período R$ 85 bilhões. Os setores de infraestrutura, indústria e transportes lideraram os desembolsos nos oito primeiros meses do ano.

Taxas de Juros De acordo com nota divulgada pelo Banco Central do Brasil (BC) no final de setembro, a taxa média de juros das operações de crédito do sistema financeiro, computadas as contratações com recursos livres e direcionados, atingiu 29% ao ano em agosto, após elevações de 0,6% no mês e 5% em doze meses.

O custo médio situou-se em 45,3% ao ano no crédito livre e em 10,2% ao ano no crédito direcionado.

edição 192 outubro | novembro | 2015

Comércio em Revista

27

Nos empréstimos às empresas, a taxa média de juros alcançou 20,3% ao ano. Nas contratações com recursos livres, a taxa avançou 0,5% no mês, ao atingir 28,5% ao ano, refletindo, principalmente, elevações no custo médio em capital de giro (+1,1%) e conta garantida (+0,7%). No crédito direcionado às empresas, a taxa média alcançou 10,6% ao ano, após aumento mensal de 0,4%.

A inadimplência das operações de crédito do sistema financeiro, referente a atrasos superiores a noventa dias, aumentou 0,1% no mês e em doze meses, situando-se em 3,1% em agosto. No crédito às famílias, a taxa elevou-se 0,1%, para 3,8%, enquanto nas operações com empresas, situou-se em 2,4%. Nos segmentos livre e direcionado, a inadimplência se manteve estável em 4,8% e 1,2%, respectivamente.

Planejamento Nesse momento de crise econômica, inflação corroendo o poder de compra dos consumidores e juros em níveis elevados, o empresário deve ter um planejamento muito claro a cerca das perspectivas de investimentos que pretende fazer nesse período.

Solicitar um crédito para uma instituição financeira neste momento pode ser uma saída para enfrentar a crise, mas também pode se transformar num grande problema para os negócios.

As MPE’s, principalmente, devem estar atentas às linhas de crédito específicas para o segmento ou para a finalidade que pretendem alcançar com o recurso.

Mesmo assim, antes de ir à instituição financeira e solicitar o crédito, o empresário precisa tomar algumas precauções, como, por exemplo, identificar a real necessidade de empréstimo/financiamento, pesquisar qual linha e banco melhor atendem a seu projeto e elaborar um plano de negócio.

Em primeiro lugar, é importante ter bem planejado o valor do financiamento e a finalidade do recurso pretendido, seja para compra de novas máquinas, equipamentos ou matéria-prima e etc. Em seguida, o empreendedor deve buscar todas as informações possíveis sobre as linhas de financiamento disponíveis, avaliando quais instituições financeiras dispõem dessas linhas de crédito. É fundamental avaliar

28

Comércio em Revista

com bastante cuidado as condições oferecidas pelo banco, como custos, prazos, limites, juros e etc., que costumam variar bastante entre os bancos. Após esse momento, o empresário deve avaliar sua situação financeira atual, quais as garantias que tem a oferecer para o banco, como está a situação legal da empresa e dos sócios. Por último, o empreendedor precisa demonstrar que seu planejamento para utilização daquele recurso é financeiramente viável e para isso deverá elaborar um plano de negócios.

A dica é priorizar sempre o financiamento de máquinas e equipamentos, evitando-se usar o crédito para capital de giro. Nas linhas de financiamento para investimentos fixos, os limites são maiores, os custos são menores, os prazos de pagamento também são maiores e as garantias são facilitadas.

Outra dica é ter um bom histórico de relacionamento com a instituição financeira, por isso, procurar o banco onde o empresário já seja cliente para avaliar as condições oferecidas pode ser muito positivo.

NÚMEROS DA CRISE

Recuperações judiciais O número de recuperações judiciais requeridas entre janeiro e setembro de 2015 é 44,7% superior ao registrado no mesmo período do ano passado, segundo o Indicador Serasa Experian de Falências e Recuperações. Foram 913 ocorrências contra 631 apuradas nos nove primeiros meses de 2014. O resultado também é recorde para o acumulado dos nove primeiros meses do ano desde 2006, após a entrada em vigor da Nova Lei de Falências (junho/2005). As micro e pequenas empresas lideraram os requerimentos de recuperação judicial de janeiro a setembro de 2015, com 466 pedidos, seguidas pelas médias (277) e pelas grandes empresas (170).

Sistema Fecomércio|Sesc|Senac-MA

Fecomércio realiza curso sobre empréstimo e financiamento Um grupo formado por empresários e contadores participou nos dias 17 e 18 de setembro de um curso oferecido pela Federação do Comércio do Maranhão sobre as modalidades de financiamento e empréstimo do Banco do Nordeste para Micro e Pequenas Empresas (MPE’s) e Microempreendedor Individual (MEI).

Com apresentação de propostas que visaram fomentar o desenvolvimento dessas empresas em tempo de crise, a capacitação foi ministrada pelos gerentes da instituição financeira, José Ribamar Barros e Rui Policarpo Vieira, que buscaram orientar sobre como obter os recursos adequados para determinado empreendimento.

Durante a abertura do curso, o presidente da Fecomércio-MA, José Arteiro da Silva, deu as boas-vindas aos participantes. “Todos nós sabemos que o Brasil passa por um momento econômico bastante complicado em função principalmente da desaceleração do consumo e isso vem causando uma forte restrição dos bancos em concessão de créditos para empresas, entre outros fatores. Foi por essa série de questões que nós resolvemos realizar essa capacitação, pois acreditamos que é possível superar esse momento. Esperamos que todos tenham o melhor aproveitamento, atendendo as suas necessidades e conseguindo concretizar seus projetos”, destacou.

Dividido em módulos, os participantes puderam entender sobre as perspectivas institucionais do BNB e as agências de relacionamentos localizadas no Maranhão para o contato dos clientes com os gerentes.

Posteriormente, sobre a importância do Cadastro como procedimento inicial no processo de crédito BNB, destacando que a agilidade do andamento dos pleitos se dará quanto mais atual e completo for o cadastro.

“Hoje o grande diferencial é a elaboração de um bom cadastro, que é a base de todo tipo de financiamento feito de forma consciente. Essa parceria com a Fecomércio é muito importante porque temos a oportunidade de expor a realidade e o que é tratado no banco”, explicou o Gerente de Negócio do BNB, Rui Policarpo.

Além disso, foram apresentados os programas de crédito para MPE’s, Comercial e de Serviços, Industrial, Agroindustrial e MEI, assim como o fluxo, a obrigatoriedade e a documentação básica para obter o financiamento.

As atividades urbanas financiáveis, como os gastos com construção, aquisição de veículos

edição 192 outubro | novembro | 2015

Comércio em Revista

29

relacionados com o desempenho da atividade do empreendimento financiado, aquisição de móveis e utensílios, máquinas e equipamentos, dentre outras, também foram explicadas.

“Buscamos estreitar esse contato da micro e pequena empresa, que é o nosso público alvo da central de varejo, para as linhas de crédito. Através desse curso a gente tentou elucidar os passos, a documentação necessária, o que é possível financiar e o alinhamento de perfil da empresa, identificando os produtos que o banco oferece e se atendem a necessidade do empreendimento. Esse momento foi muito importante porque ele vai de encontro com o que o Banco preconiza, que é o desenvolvimento das empresas, contribuindo para o cumprimentos das metas das empresas”, ressaltou o gerente José Ribamar Barros.

Financiamento MPE • Investimentos: - Gastos com construção, reforma e ampliação de benfeitorias; - Aquisição de veículos utilitários e aquisição de máquinas e equipamentos; - Aquisição de imóvel com edificações concluídas em área urbana.

• Capital de giro associado ao investimento, exceto para MEIs; • Financiamento às indústrias, usinas e outras empresas beneficiadoras para aquisição, diretamente de produtores financiados pelo Banco ao amparo de termos de parceria, da produção agropecuária para fins de industrialização ou beneficiamento.

Crédito para Capital de Giro GIRO INSUMOS Finanlidade: Financiar a aquisição de matérias-primas, insumos e a formação de estoques

R$ 240.000,00 Prazo de pagamento: Até 24 meses, incluindo até 3 meses de carência.

R$ 2.000.000,00 Prazo de pagamento: Até 24 meses, incluindo até 3 meses de carência.

MPE CAPITAL GIRO Finanlidade: Suprir a empresa de recursos para pagamenros diversos

GIRO MPE 13º Finanlidade: Antecipar receitas para pagamento do 13º salário

A partir de

R$ 1.000,00 Prazo de pagamento: Até 1.080 dias

100% Prazo de pagamento:

da folha de pagamento

Até 12 meses

GARANTIA: Aval ou Fiança. Hipoteca/ Alienação/ Penhor. Fundo de Liquidez. Recebíveis Saiba mais O curso para micro e pequenos empresários sobre as modalidades de Financiamento e Empréstimos é uma realização da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Maranhão (Fecomércio-MA) em parceria com o Banco do Nordeste. A capacitação tem como objetivo oportunizar conhecimento sobre as principais fontes de recursos e a mais apropriada para a empresa, assim como indicar soluções ao empreendedor que deseja transformar uma ideia ou projeto em algo maior, apresentando o capital adequado para o negócio de acordo com o estágio de vida que se encontra cada empreendimento.

30

Comércio em Revista

Sistema Fecomércio|Sesc|Senac-MA

EMPREGO

Crise freia contratações temporárias Estimativa da Federação do Comércio do Maranhão é de redução de até 50% nas vagas em relação ao final do ano passado. É chegado o último trimestre de 2015 e com ele a oportunidade de vagas de empregos temporários para o fim do ano. Mas, em um período de desenvolvimento econômico abaixo das expectativas dos empresários, com as vendas em situação de desaceleração e dependentes cada vez mais dos picos de consumo motivados pelas datas comemorativas, que também não foram suficientes para resgatar os índices de vendas no varejo local, a previsão deve ser de diminuição quanto ao número de contratações disponíveis.

Pesquisa realizada pela Federação do Comércio do Maranhão em parceria com a Confederação Nacional do Comércio (CNC) mostra que 89,6% dos empresários maranhenses afirmaram em setembro que a condição atual da economia brasileira piorou nos últimos meses e apenas 10,4% dos empreendedores locais consideraram que a economia melhorou. Ainda de acordo com a pesquisa,

apenas 52,5% das empresas situadas no estado pretendem aumentar o número de funcionários para o final do ano e 47,5% pretendem manter ou reduzir o número de funcionários.

Em um ano marcado pela crise político-econômica, com a inflação chegando à casa de dois dígitos no acumulado dos últimos doze meses, juros do cartão de crédito ultrapassando a barreira dos 400%, elevado nível de endividamento, desemprego e a queda do consumo das famílias, dados da Confederação Nacional do Comércio para o comércio varejista brasileiro revelam que, pela primeira vez desde 2009, a estimativa aponta para uma retração de 2,3% no número de vagas temporárias no país em relação ao ano anterior. Apesar da previsão de queda em relação a 2014, a demanda sazonal por emprego no comércio varejista deverá levar o setor a oferecer 139,6 mil posições, uma vez que o volume de vendas do comércio costuma

edição 192 outubro | novembro | 2015

Comércio em Revista

31

NÚMEROS crescer, em média, 35% no último mês do ano.

Assim como nas vendas, a CNC indica que a tendência de retração de vagas temporárias será liderada pelo ramo de móveis e eletrodomésticos (-10,5%), seguido por livrarias e papelarias (-5,0%) e pelas lojas de vestuário e acessórios (-4,9%). Apesar da expectativa de queda nas vendas de vestuário, esse ramo, somado ao varejo de hiper e supermercados e às lojas de artigos de uso pessoal e doméstico, deverá responder por oito em cada dez temporários contratados para o Natal de 2015 – data comemorativa que deverá apresentar recuo de 4,1% nas vendas de acordo com a Fecomércio e CNC, a primeira queda nas vendas de final de ano desde 2004.

Por outro lado, a pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) aponta que nove em cada dez empresários não contrataram e não pretendem reforçar o quadro de pessoal. A pesquisa que ouviu 1.169 empresários dos setores de serviço e comércio varejista nas capitais e no interior do país demonstra que 88% não pretendem reforçar o quadro de funcionários das empresas, gerando apenas a criação de 24.427 empregos temporários em todo o país.

Local No âmbito local, a estimativa da Federação do Comércio do Maranhão, no ano passado em São Luís, foi que o mercado da região pudesse gerar entre 2.500 a 3.000 vagas temporárias para o período de final de ano, sendo somente o comércio o responsável por absorver cerca de 70% dos novos admitidos. Diante do resultado das pesquisas realizadas ao longo deste ano demonstrando a queda com relação às compras e a previsão que o comércio varejista restrito (aquele que não engloba a venda de automotivos e materiais de construção) encerre o ano de 2015 com retração de 2,9%, a Fecomércio-MA já prevê que o número de trabalhadores temporários admitidos em São Luís deverá ficar entre 1.000 a 1.500 novas vagas criadas, o que representa apenas 50% das contratações feitas no ano passado.

“Muitos empresários amargaram prejuízos com grandes volumes de estoques que não tiveram saída, o que fez com que as perspectivas futuras para o final de ano também fossem mais pessimistas. Com isso, a

32

Comércio em Revista

8,3%

foi a taxa de desemprego geral da economia registrada pelo IBGE no final do segundo trimestre;

7,6%

foi a taxa de desemprego em agosto nas seis principais regiões metropolitanas, o maior índice desde março de 2010;

1.747.000 é o número de pessoas que passaram a procurar emprego nos últimos doze meses, segundo o IBGE, principalmente jovens que antes se dedicavam exclusivamente aos estudos;

R$ 2.185,50

Sistema Fecomércio|Sesc|Senac-MA

foi o rendimento médio real habitual do trabalhador em agosto, valor 0,5% superior ao registrado em julho deste ano, mas 3,5% menor do que agosto do ano passado.

Federação do Comércio do Maranhão já projeta um momento desfavorável para as contratações de empregados temporários no comércio este ano”, explicou o presidente da Federação do Comércio do Maranhão, José Arteiro da Silva.

Atraso Com a confirmação desse cenário de desaceleração econômica freando a demanda por trabalhadores temporários, os empresários que estão mais cautelosos devem atrasar possíveis contratações. “O trabalhador temporário é contratado, geralmente, pelo prazo de três meses, podendo ser prorrogado por mais três meses nesses casos de alta temporada. Este ano, especificamente, os empresários do comércio deverão atrasar o máximo a contratação de novos empregados, tendo em vista a atual situação econômica do país e a baixa insistente nas vendas”, lembrou José Arteiro Com isso, a previsão da Fecomércio é que as empresas comecem a contratar somente em novembro, para que esses novos trabalhadores tenham tempo de serem treinados para atender de modo satisfatório o aumento do número de clientes que deverá se concentrar basicamente em dezembro. Dentre os setores que mais disponibilizam vagas nesse período, os supermercados, lojas de vestuário, brinquedos e artigos de decorações, além dos setores de serviços, como restaurantes, são os segmentos que mais devem empregar.

SAIBA MAIS A Federação do Comércio do Maranhão realiza frequentemente pesquisas para suprir aos empresários de informações e estatísticas acerca do comportamento do consumidor e as perspectivas futuras do mercado. Dessa forma, os empresários podem avaliar as estratégias de gestão para implementar nos negócios, como, por exemplo, planejamento de estoques, promoções e novas contratações.

A entidade realiza também eventos, palestras e cursos direcionados aos empresários para debater essas questões, propondo alternativas para que as empresas possam enfrentar esse momento de crise e ultrapassá-lo.

Além disso, a Fecomércio, através do seu braço social de capacitação que é o Senac, é responsável pela formação da maior parte da mão de obra que é oferecida para o comércio no Maranhão. Cursos nas áreas de beleza, comércio e gestão são os mais procurados nesse período pelas pessoas que buscam aproveitar esse momento de contratações temporárias para alcançar o primeiro emprego ou retornar ao mercado de trabalho.

edição 192 outubro | novembro | 2015

Comércio em Revista

33

SICOMÉRCIO

Congresso Nacional do Sicomércio em outubro Presidentes de sindicatos patronais maranhenses já vivem a expectativa para a participação no Congresso do Sicomércio que acontece em outubro.

Uma comitiva de 11 presidentes sindicais ligados à Federação do Comércio do Maranhão se prepara para participar do Congresso Nacional do Sistema Confederativo da Representação Sindical do Comércio (Sicomércio), que será realizado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) no Rio de Janeiro, de 28 a 30 de outubro de 2015.

O Congresso do Sicomércio terá como tema “Atuação Sindical”, com o objetivo de oportunizar aos líderes sindicais de todo o país o debate acerca das principais questões do comércio e do sindicalismo patronal do setor, tais como os custos trabalhistas, a produtividade, a terceirização, a modernização das relações de trabalho, entre outros.

O evento é considerado uma grande oportunidade de intercâmbio de ideias e práticas entre as entidades sindicais do comércio brasileiro. “O comércio passa por um momento bastante delicado, sob os impactos da crise econômica e política, com vários temas importantes na agenda de discussão do segmento empresarial como o ajuste fiscal, aumento de impostos, inflação, juros e etc., por isso o Congresso é uma oportunidade ímpar para que o sindicalismo patronal possa debater estratégias para o desenvolvimento do Brasil”, ressalta o vice-presidente da Fecomércio-MA e

34

Comércio em Revista

presidente do Sindicato do Comércio Atacadista de Drogas e Medicamentos, Marcelino Ramos Araújo, responsável por liderar a delegação maranhense que participará do encontro.

Programação O Congresso Nacional do Sicomércio acontecerá no hotel Windsor Barra. Para a abertura dos trabalhos do Congresso no dia 29, está programada uma palestra com o Ministro do Supremo Tribunal Federal, Marco Aurélio Mendes de Farias Mello. Na programação também acontecem as palestras “Rotatividade e Produtividade” com o especialista Fernando Teixeira, “Modernização das Relações de Trabalho” com o professor José Pastore e “Impacto do Custo Trabalhista na Produtividade das Empresas” com o Professor Hélio Zylberstajn.

Para o dia 30, último dia de programação, estão previstas as palestras “Cenários e Perspectivas das relações de Trabalho no Momento Atual” com o Ministro do Trabalho e Previdência Social, “Desburocratização e Empreendedorismo como alavancas do desenvolvimento” com Guilherme Afif Domingos, “Substituição Tributária” com o jurista Ives Gandra Martins e “Ação Sindical e o foco em Resultados” com Eduardo Moreira do Banco Brasil Plural.

Sistema Fecomércio|Sesc|Senac-MA

TURISMO

Qualidade em hospedagem Hotel Sesc Olho D’Água ocupa o nono lugar na lista dos melhores estabelecimentos de hospedagem da capital, segundo site TripAdvisor.

A TripAdvisor, um dos maiores site de viagens do mundo, elegeu o Hotel Sesc Olho D’Água como um dos dez melhores da capital maranhense. A avaliação realizada pelos usuários no próprio site qualificou o Hotel Sesc Olho D’Água na nona posição entre 34 hotéis e pousadas de São Luís.

O Hotel, localizado na Unidade Sesc Turismo a 200 metros da praia do Olho D’Água, dispõe de 53 apartamentos com ar condicionado, tv, telefone, frigobar, cofre e alguns disponibilizam vista para o mar. Com uma ótima estrutura, que inclui dois salões de eventos climatizados e equipados, restaurante, loja de souvenir, sala de leitura, internet, salão de jogos, academia de ginástica com instrutores especializados, piscina, sauna e estacionamento, o Hotel recebe turistas de todas as regiões do país e também do exterior.

De janeiro a agosto de 2015, o Hotel Sesc Olho D’Água hospedou 4.911 pessoas das mais diferentes faixas etárias, sendo a maioria comerciários e seus dependentes de outros estados do país. Integrando uma rede de mais de quarenta pousadas e hotéis com preços diferenciados e localizados em

municípios repletos de atrativos naturais e culturais, opções de gastronomia e serviços de turismo, o Hotel Sesc Olho D’Água deu início às atividades em julho de 2000.

Com o objetivo de proporcionar bem estar aos visitantes, o Sesc no Maranhão também oferece aos hóspedes o acesso ao lazer e à cultura por meio das programações do Turismo Social. As excursões e passeios integram as atividades do turismo emissivo e receptivo, que aliados à modalidade hospedagem no Hotel Sesc Olho D’Água, congregam o Turismo Social promovido pela instituição.

Sobre o site O TripAdvisor traz dicas de milhões de viajantes e inúmeros recursos de planejamento, além de contar com links para as ferramentas de reserva que pesquisam em centenas de sites para encontrar os melhores preços de hotéis, ajudando turistas a planejarem e reservarem a sua viagem. Com 375 milhões de visitantes por mês e mais de 250 milhões de avaliações e opiniões, o site opera em 45 países em todo o mundo.

edição 192 outubro | novembro | 2015

Comércio em Revista

35

CULTURA

A cultura e a arte da Amazônia Legal 8ª edição do projeto Sesc Amazônia das Artes movimentou São Luís nos meses de agosto e setembro.

O Sesc Amazônia das Artes completa em 2015 a oitava edição e se consolida como uma rede de intercâmbio das artes e da cultura fora dos grandes centros urbanos. De 11 de agosto a 3 de setembro, 26 produções artísticas entre espetáculos de dança, teatro e música, exposições literárias e de artes visuais e exibição de curtas metragens apresentaram na capital maranhense toda a riqueza e beleza cultural da região da Amazônia Legal para todas as idades e públicos.

O projeto busca promover anualmente a circulação de vários produtos artísticos oriundos dos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Piauí, Rondônia, Roraima e Tocantins, com o intuito de estimular a produção, difusão, intercâmbio entre os artistas dos estados que compõem a Amazônia Legal e também contribuir para a transformação e desenvolvimento cultural do seu público.

A abertura do Sesc Amazônia das Artes ocorreu no dia 11 de agosto, com a celebração das cores e da

36

Comércio em Revista

alegria da companhia Xama Teatro, que trouxe ao público o espetáculo “A carroça é nossa”, na Praça do Pantheon – Deodoro. A mostra visual Desalinhada, da artista plástica Bayá, teve início no dia 12 de agosto, na Galeria de Arte do Sesc e permaneceu até o dia 3 de setembro para visitação pública.

Com uma agenda diversificada com o melhor da cultura maranhense e brasileira distribuída pelos principais pontos de São Luís, o cinema foi à linguagem com mais atrações, com 10 no total, entre eles Da Luz da Vida à Água que Morre (TO), Depois da Queda (MT), Juliana Contra o Jambeiro do Diabo pelo Coração de João Batista (PA), entre outros, exibidos nos dias 14 e 15 de agosto, no Cine Praia Grande.

Inaugurando a linguagem literatura no projeto Sesc Amazônia das Artes, “Letra Alerta” foi uma palestra espetáculo sobre o exercício da poesia falada por artistas contemporâneos brasileiros. O

Sistema Fecomércio|Sesc|Senac-MA

escritor fez um passeio por autores que investiram em uma nova forma de declamar a poesia, estimulando um diálogo do texto poético com a música, o vídeo e as artes plásticas. Celso Borges é um exemplo de artista que vem realizando esse trabalho nos últimos dez anos.

Nesse cunho, lançou três livros-CDs e idealizou projetos que misturam música e poesia. Ao final da palestra, o escritor realizou um recital apresentando algumas leituras poéticas que provocam novas percepções da poesia além da página do livro.

No mesmo dia, a agenda continuou animada com o show musical Passarim do Jalapão do cantor Dorivã (TO). O show mesclou ritmos, letras e melodias, com releituras de identidades tocantinenses do tradicional ao contemporâneo. O nome do show é uma referência ao título do primeiro trabalho do cantor, uma canção em homenagem a região do Jalapão.

O intercâmbio musical enriqueceu ainda mais a programação do Sesc Amazônia das Artes 2015. Com uma extensa programação de shows, a Mostra possibilitou aos ludovicenses explorar os ritmos e nuances culturais da região da Amazônia Legal com atrações de artistas da terra, como a cantora Nathália Ferro e banda com o show “Alice Ainda”, realizado no dia 16, na Praça do Pescador, e de outros estados, como o cantor Félix

Robatto (PA) que agitou o público ludovicense com o show Equatorial, Quente e Úmido e a artista Brenda Melo (AP) que abriu a agenda com o show “Tática” no dia 13 de agosto, no Teatro da Cidade de São Luís.

O cantor Rodolfo Minari e banda (AC) trouxe ao público maranhense o show Assovio no dia 21, na Praça da Casa do Maranhão, uma apresentação musical que retratou a vida humana, seus mistérios e o sagrado.

Difundindo a riqueza da cultura brasileira e regional pelo oitavo ano consecutivo, o Sesc Amazônia das Artes mais uma vez deixa sua marca entre os maranhenses. O Sesc, como instituição referência no estado, oportuniza a pessoas de todas as idades através do programa Cultura o acesso a produções artísticas de qualidade e se orgulha de fazer parte da construção desse que é um dos principais elementos da identidade do nosso povo: a cultura.

Ao longo de 8 edições, circularam pelo projeto, 26 trabalhos em artes visuais, 22 espetáculos de dança, 39 espetáculos de teatro, 37 apresentações musicais e desde a edição de 2014, com a linguagem de cinema, circularam 08 obras cinematográficas. Foram mais de 850 apresentações artísticas, mais de 500 artistas tiveram a oportunidade de compartilhar sua arte, ampliando sua abrangência e interagindo com novos públicos.

edição 192 outubro | novembro | 2015

Comércio em Revista

37

ASSISTÊNCIA SOCIAL

Um passeio da solidariedade 17ª edição do Passeio Ciclístico arrecada mais de 1.700 quilos de alimentos para serem doados pelo Mesa Brasil.

Solidariedade, esta foi a essência do 17º Passeio Ciclístico Semana da Pátria, fruto da parceria entre o Sesc e o 24º Batalhão de Infantaria Leve (BIL).

Realizado no dia 30 de agosto, o evento mobilizou cerca de 1.200 ciclistas que doaram dois quilos de alimentos na inscrição. O resultou da ação foi a arrecadação de aproximadamente duas toneladas de alimentos, distribuídas às instituições assistidas pelo Programa Mesa Brasil Sesc.

O evento reuniu várias famílias que bordaram de branco as avenidas da ilha de São Luís, simbolizando a paz e homenageando a pátria brasileira.

Entre elas, a do comerciário Claudecy Aroucha que participou pela primeira vez e levou seu filho, Jhemersson Aroucha, de apenas dois anos.

Ambos decoraram a bicicleta para participar do concurso. A decoração em verde e amarelo foi uma homenagem à seleção brasileira de futebol, aos trabalhadores e aos artistas de circo. A criatividade da dupla foi premiada como a melhor decoração.

“Fico muito feliz com esses eventos, espero que haja sempre renovações e que não parem com este movimento que é algo muito gratificante para nós

38

Comércio em Revista

participantes”, relatou.

Ainda foram sorteadas outras três bicicletas e alguns capacetes. O sorteio é uma forma de celebrar o sucesso do passeio e uma forma de agradecimento pelos alimentos doados no ato da inscrição. A cerimônia de entrega dos 1.765 quilos de alimentos não-perecíveis arrecadados ocorreu no dia 17 de setembro, na sede do 24º BIL, com a presença do tenente Victor Nunes, do sargento Samuel e da coordenadora do Mesa Brasil, Caroline Ramos.

A coordenadora Carolline Ramos agradeceu o apoio ao Programa Mesa Brasil que realiza um significativo trabalho de segurança alimentar e nutricional em prol de indivíduos em situação de maior vulnerabilidade mediante a distribuição de alimentos doados por uma rede solidária.

Esta foi a 17ª edição do passeio que a cada ano atrai mais pessoas nesta corrente de solidariedade.

Com um percurso de 14 km, o objetivo do evento é incentivar os participantes a manterem hábitos saudáveis, além de proporcionar diversão, lazer e uma maior interação social e pessoal.

Sistema Fecomércio|Sesc|Senac-MA

LAZER

Diversão para a criançada nas férias O mês de julho marcou o projeto Brincando nas Férias destacando temas ligados às artes circenses.

Reunindo 300 crianças com idade entre 6 e 10 anos, o Sesc realizou entre os dias 20 e 25 de julho mais uma edição do Projeto Brincando nas Férias. Com o tema “Brincando no Circo”, durante uma semana as crianças tiveram contato com o lúdico mundo circense por meio de uma prazerosa programação no Sesc Turismo.

Os jogos foram divididos em oficinas com temas ligados ao circo como malabarismo, equilibrismo, careta (expressão corporal), mágica, alegria do palhaço, além das estações compostas de brincadeiras tradicionais, estação estripulia, tchibum, esportizando e estação parque de diversão, que garantiu experiências divertidas utilizando o corpo e o imaginário infantil, propiciando o desenvolvimento e a socialização da criança.

Participando pela primeira vez da Colônia de Férias do Sesc, Sofia Maluf, de 8 anos, garantiu que as brincadeiras foram o maior atrativo para participar. “Estou gostando muito,

as brincadeiras são muito legais, quero muito brincar na piscina”, comenta a criança. Já Victor Matteus, também de 8 anos e que participa do projeto pelo terceiro ano, sempre aproveita para reencontrar amigos. “Todo ano peço para minha mãe me inscrever, aqui já tenho vários amigos, o que mais gosto é do futebol de sabão”, conta.

No encerramento da Colônia de Férias, luzes e muita música na boate infantil do Brincando nas Férias. As crianças se jogaram na pista e se divertiram com a discotecagem ao som das melodias que embalam o mundo infantil.

Pensando na segurança e no conforto das crianças, o Sesc disponibilizou durante todo o projeto uma equipe especializada na área de esportes, recreação e saúde que garantiram um lazer saudável às crianças durante o período da colônia, evidenciando que o bem estar é uma das principais preocupações da organização do projeto. O pacote de férias inclui além de atividades recreativas, lanche e almoço.

edição 192 outubro | novembro | 2015

Comércio em Revista

39

EDUCAÇÃO

Alinhamento pedagógico Senac encerra primeira turma realizada pelo Modelo Pedagógico Nacional.

O dia 02 de setembro foi de comemoração pelo sucesso obtido durante a realização da primeira turma do curso de Operador de Computador, através do Modelo Pedagógico Nacional. A turma piloto foi encerrada sem nenhum índice de evasão e após dois meses de desenvolvimento de competências em sala de aula.

Presente no momento de finalização das atividades do curso, o presidente do Sistema Fecomércio, José Arteiro da Silva, destacou a importância da participação da turma no projeto de alinhamento pedagógico do Senac Nacional. “Vocês são privilegiados por terem recebido essa oportunidade de fazer parte desse modelo que busca valorizar mais as competências dos alunos e integrá-los à didática aplicada em sala de aula”, disse.

Entre os objetivos do Modelo Pedagógico Nacional estão: alinhar a oferta de cursos de norte a sul do Brasil, oferecer aos alunos o mesmo padrão de ensino e aplicar princípios pedagógicos e organização curricular em âmbito nacional, considerando as realidades locais. O novo modelo consolida o trabalho por competência, pois ela passa a ser um ponto estruturante do currículo e a constituir uma unidade curricular do curso.

Para um dos concludentes da turma, Marlomagno dos Santos, foi uma grata surpresa saber

40

Comércio em Revista

que faria parte da turma piloto. “Nós percebemos que havia um diferencial, pois fomos muito estimulados a aprofundar nossas pesquisas, a nos integrarmos nas aulas ministradas e a colaborar com o colega”, declarou.

Ao todo, 14 alunos receberam certificado pela conclusão do curso, oferecido por meio do Programa Senac de Gratuidade. Também estiveram presentes no momento do encerramento o Diretor Regional do Senac, Ahirton Lopes; a gerente da Divisão Técnica em exercício, Maria Leuda Lima; o chefe da Assessoria Técnica de Planejamento, José Alexandre da Silveira Júnior; a gerente do Senac em São Luís, Tamires da Silva; e o coordenador do Núcleo de Formação em Informática, Mauro Diniz.

Sistema Fecomércio|Sesc|Senac-MA

GASTRONOMIA

Oficina gourmet no shopping Mostra de cursos do Restaurante Escola do Senac no Shopping Pátio Norte atrai grande público.

Minicursos, aulas-show e palestras foram comuns a quem circulou pela praça de alimentação do Shopping Pátio Norte no mês de setembro. Durante as tardes de sábado, o Senac, por meio do Restaurante Escola, desenvolveu diversas atividades voltadas para um público de 80 pessoas, em média por dia, na praça de alimentação do shopping localizado na estrada de Ribamar, que faz parte do segundo maior município da ilha de São Luís, São José de Ribamar. As ações mostraram as potencialidades que podem ser d e s e nv o l v i d a s por um público

diverso, a partir do contato com o ensino profissionalizante.

Segundo a coordenadora pedagógica do Restaurante Escola, Terezinha Smith, momentos como esse são uma oportunidade de aproximar o público do conteúdo trabalhado no Senac. “Essa série de ações realizadas no Shopping Pátio Norte leva conhecimentos para um público diferente, que talvez não teve acesso ao conteúdo do Senac. Com as ações, elas podem perceber a qualidade dos cursos oferecidos pela Instituição”, explicou.

Todas as atividades contaram com minicursos e oficinas, como os de “Brigadeiro Gourmet” e “Técnicas de Dobraduras de Lenços e Guardanapos”. O Restaurante Escola conta, atualmente, com mais de 23 cursos em diferentes áreas da hospitalidade, produção de alimentos e turismo.

edição 192 outubro | novembro | 2015

Comércio em Revista

41

INFORMÁTICA

Os caminhos da tecnologia Universidades de São Luís recebem ações de informática do Senac para divulgar os cursos da instituição aos universitários.

O desenvolvimento de habilidades é um diferencial para a carreira profissional. Nesse sentido, o Senac, por meio do Núcleo de Formação em Informática, levou à Unidade de Ensino Superior Dom Bosco (UNDB) e à Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) palestras, minicursos, exposições e visitas técnicas sobre diversos temas da área informacional, considerando uma oportunidade de ampliar as possibilidades para mais de 240 estudantes universitários, a partir do projeto “NFI em Ação”. A iniciativa do projeto pretende ainda divulgar a programação de cursos do Senac e seu trabalho como Instituição de educação profissional.

Ao levar instrutores e técnicas dos cursos de Cad Design, Revit Architecture, Sketchup, MS Project, Primavera e Excel a estas universidades, o Senac objetivou compartilhar conhecimentos e informações de trajetórias profissionais no segmento da Informática e áreas afins. Os cursos do Senac possuem um público amplo, atendendo a profissionais de todas as áreas, já que as tecnolo-

42

Comércio em Revista

gias estão sempre presentes no cotidiano.

O coordenador de Informática, Mauro Diniz, participou de todo o planejamento desta ação, e aproveitou o momento para mostrar aos participantes a diversidade de cursos da Instituição. “O projeto foi desenvolvido simultaneamente na UNDB e UEMA, e 246 universitários puderam participar das atividades propostas, explorando os saberes e práticas da vivência profissional, com foco nas áreas de Engenharia, Informática e afins”, explicou.

Sistema Fecomércio|Sesc|Senac-MA

PRONATEC

Formação em Segurança do Trabalho Primeira turma de Técnico em Segurança do Trabalho recebe certificação do Senac por meio do Pronatec.

Grata pela oportunidade de concluir um curso gratuito no Senac, a jovem Karolayne Maria Viana Silva apresentou um discurso emocionado em nome de todos os colegas durante a solenidade de encerramento da primeira turma do curso Técnico em Segurança do Trabalho, oferecido através do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego – Pronatec. As palavras de agradecimento de Karolayne foram dirigidas aos instrutores, coordenadores, familiares e convidados do evento, na noite de 18 de setembro, no auditório do Senac em São Luís.

O curso teve início em 2013 e preparou os jovens para atuarem no mercado de trabalho com a responsabilidade de promover segurança e saúde nos ambientes de trabalho, participando ativamente do controle de fatores de riscos que possam comprometer a saúde e a produtividade.

Ao todo, 14 alunos concluíram o curso de Técnico em Segurança do Trabalho.

Para a gerente do Senac em São Luís, Tamires da Silva, a conclusão de um curso como este representa um momento ímpar na vida de alunos

que foram habilitados para os desafios do mundo do trabalho. “Foram dois anos conciliando estudos, família e outros afazeres, então esse é um momento de celebração e estímulo para a atuação desses profissionais que o Senac tem a satisfação de qualificar”, destacou.

A superação foi a palavra definida por Karolayne para resumir a conclusão do curso. “Mesmo existindo a possibilidade de ocorrer alguma perda na batalha, os dias se passaram e a luta continuava, porém, alguns desanimaram e ficaram pelo caminho, já os perseverantes e determinados continuaram superando, dia após dia, provas e provas de puro cansaço, lidando com a fome, chuva, sono, imprevistos, notícias tristes”, declarou.

“Hoje podemos dizer que vencemos uma grande batalha e daqui pra frente muitas coisas temos para conquistar”, completou.

Estiveram presentes na ocasião a gerente da Divisão Técnica em exercício, Maria Leuda Lima; a coordenadora do Núcleo de Educação a Distância, Flory Guimarães; e a coordenadora do Núcleo de Unidades Móveis, Jesus Pereira.

edição 192 outubro | novembro | 2015

Comércio em Revista

43

MERCADOS

Feiras e mercados em discussão Câmara Municipal e Assembleia Legislativa realizam Audiência Pública sobre plano de reformas das feiras de São Luís.

A presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Feirantes de São Luís (Sindifeirantes), Ivanilde Sampaio, participou de uma Audiência Pública sobre o Plano de Reformas das Feiras e Mercados da capital maranhense realizada no mês de agosto na Câmara Municipal. Proposta pela vereadora Rose Sales, a reunião teve como objetivo demandar à Prefeitura a execução das ações de revitalização dos logradouros públicos, assim como garantir a qualidade de vida dos feirantes e da população.

Na oportunidade, representantes de várias feiras e marcados discutiram as principais demandas da categoria. “Apesar de tantas promessas não cumpridas, seguimos com nossa luta e não abrimos mão da nossa dignidade.

Agradecemos a oportunidade de expor os nossos principais problemas e de poder discutir como podemos agir nessa busca por melhores condições de qualidade de vida e de trabalho”, destacou Ivanilde Sampaio.

Entre as pautas da Audiência Pública, foram

44

Comércio em Revista

destacadas as questões da implantação efetiva do modelo de gestão compartilhada, a fim de serem divididas as responsabilidades entre o poder público municipal, os feirantes e as Associações da categoria; a promoção da segurança nos espaços das feiras e mercados aos feirantes e à população usuária; a exposição da resolução para garantir melhor estrutura ao funcionamento das feiras livres que vai desde aquisição de novas barracas à revisão do pavimento desses espaços, além da instalação de banheiros e iluminação públicos.

“Foi um momento de tratarmos sobre a grande problemática que os feirantes enfrentam diariamente, pois os mercados e feiras municipais participam da vida comunitária da população da Ilha de São Luís de forma mais complexa do que unicamente através das relações de produção, compra e venda de produtos, ou seja, constituem-se em espaços de vivência e de construção de identidades culturais”, explicou a vereadora Rose Sales.

Sistema Fecomércio|Sesc|Senac-MA

A audiência pública durou seis horas e contou com a presença também de representantes dos sindicatos de Trabalhadores Rurais, de Vendedores de Pescados, das Feiras Livres e dos Talhadores de Carnes, além dos presidentes das associações de feiras e lideranças comunitárias.

Assembleia Ainda no mês de agosto, as questões que envolvem as Feiras e Mercados de São Luís também foram debatidas durante Audiência Pública promovida na Assembleia Legislativa do Maranhão, com a presença da presidente do Sindifeirantes, Ivanilde Sampaio. Na ocasião, o deputado Adriano Sarney, presidente da Comissão de Assuntos Econômicos, destacou o prazo dado pelo Ministério Público à Prefeitura de São Luís para a apresentação de um Plano de Ação de Reforma dos Mercados e Feiras. “É um tema muito complexo, mas que precisa ser colocado na pauta de debate das políticas públicas municipais pela dimensão econômica e social que representa. Nossa intenção é fazer com que a coisa funcione”, justificou o deputado Adriano Sarney ao abrir a audiência.

Por sua vez, o deputado Júnior Verde, considerou ser a temática em discussão um vetor importante para o desenvolvimento socioeconômico do Maranhão, uma vez que

gera emprego e renda para milhares de famílias maranhenses. “Temos que integrar forças e esforços no sentido de avançar em todas as políticas públicas. E a política de Produção e Comercialização é uma delas”, defendeu.

Ao final do debate foram aprovados e feitos os seguintes encaminhamentos: solicitar à Vigilância Sanitária e a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) o laudo sobre as feiras e mercados, elaborado em 2001, que fundamentou a Ação Civil Pública do MPE; solicitar os projetos de reforma das feiras e mercados; criar um Conselho, com a participação da sociedade civil, para aprofundar o debate sobre a problemática e encaminhar propostas ao Poder Público.

edição 192 outubro | novembro | 2015

Comércio em Revista

45

ECONOMIA

Painel destaca particularidades do Maranhão O evento foi realizado pela Fecomércio e Fiema em apoio aos estudos da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército.

Apresentando de forma detalhada as perspectivas econômicas para São Luís e para o Maranhão, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Maranhão (Fecomércio-MA) em parceria com a Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (Fiema) realizou no dia 31 de agosto um painel econômico para uma comitiva de alunos da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército do Rio de Janeiro (Eceme), que estavam em visita técnica de estudos estratégicos ao estado.

Como parte do programa de viagens da Eceme, que tem como objetivo conhecer as características físicas e potencialidades de diversas regiões brasileiras, o painel aconteceu na sede da Fiema e contou com palestras que abordaram o ritmo de crescimento do PIB do estado, as perspectivas econômicas, além dos aspectos estratégicos do Maranhão.

Na ocasião, o consultor da Fiema, David Braga Fernandes, realizou uma palestra destacando o mapa estratégico de investimentos. “Tivemos a honra de receber a Escola de Comando do Exército e informá-los sobre o cenário econômico do

46

Comércio em Revista

Maranhão. Em nome das entidades empresariais, eu afirmo que estamos de braços abertos para sempre colaborar com esse estudo”, destacou o presidente da Fiema, Edilson Baldez.

Para o superintendente João Torres, que representou a Fecomércio na ocasião, o painel proporcionou uma reflexão sobre o desenvolvimento econômico maranhense. “Apresentando as potencialidades de São Luís e do estado, esperamos ter contribuído para o estudo e análise da nossa região destacando que o comércio é fundamental para o crescimento econômico”, explicou.

O evento contou com a presença ainda do Diretor Superintendente do Sebrae no Maranhão, João Batista Martins e do Secretário Adjunto de Desenvolvimento Sustentável da Prefeitura de São Luís, Pablo Zarthur. Ao final do painel econômico, o representante geral da Eceme, Coronel Marcos Bessa, enfatizou a importância da visita para a formação dos alunos. “Agradecemos a hospitalidade e as informações disponibilizadas nas palestras que agregaram muito ao nosso estudo e à compreensão da região”, finalizou o Coronel.

Sistema Fecomércio|Sesc|Senac-MA

SUPERMERCADOS

Sincovaga discute convenção coletiva Reunião com associados apresentou propostas de condições de trabalho.

Realizada no dia 28 de setembro na sala de reuniões da Federação do Comércio do Maranhão, a Assembleia Geral Extraordinária do Sindicato do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios (Sincovaga) e associados.

A reunião teve o objetivo de deliberar sobre a proposta de Convenção Coletiva de Trabalho apresentada pelo Sindicato dos Empregados de São Luís, assim como sobre possíveis aditivos às Convenções e Comissões de Negociação Coletiva. Além disso, foi colocada em pauta a questão da Contribuição Assistencial e Negocial Patronal.

“Primeiramente reunimos com a classe patronal para conhecerem a proposta que nos mandaram e futuramente vamos nos reunir com a classe trabalhadora.

Juntos iremos discutir a formação de uma nova lei para a nossa vigência no comércio de gêneros alimentícios da capital, apresentando o que foi proposto nesse momento”, explicou o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios de São Luís, Manoel Barbosa.

Participaram da Assembleia o Assessor Jurídico da Fecomércio-MA, José Ahirton, além dos representantes dos supermercados Mateus, Maciel, Mercadinho Carone, Atacadão, Bom Preço e Lojas Americanas.

Saiba mais As Convenções Coletivas de Trabalho são instrumentos de caráter normativo, firmados entre entidades sindicais ou entre as entidades e as empresas, que estabelecem condições de trabalho aplicáveis no âmbito de representação das partes envolvidas. Seu objetivo é estipular condições de trabalho especiais e complementares à Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

edição 192 outubro | novembro | 2015

Comércio em Revista

47

SINDICATO

Convenção Anual do Atacadista Distribuidor Sircosum participa de evento que reúne indústria, atacadistas, distribuidores e varejistas para trocar experiências e apresentar novidades do setor.

O presidente do Sindicato dos Representantes Comerciais do Sul do Estado do Maranhão (Sircosum), Reginaldo Pacheco, participou entre os dias 03 e 06 de agosto da 35ª Convenção Anual do Atacadista Distribuidor- ABAD 2015 FORTALEZA, realizada no Centro de Eventos do Ceará. Demostrando a preocupação do setor em promover a aproximação de todos os elos da cadeia de abastecimento para ganhar eficiência e gerar resultados, o evento teve como tema “ABAD 360º – Indústria, Agente de Distribuição e Varejo.

Juntos gerando oportunidades”.

Com o objetivo de realizar negócios, fortalecer relacionamentos e ampliar o networking entre profissionais do setor, a Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industrializados (ABAD) reuniu em um só lugar as referências de indústria com os maiores atacadistas distribuidores nacionais e o varejo, promovendo um encontro focado na qualidade e produtividade.

Durante os quatro dias do evento a programação contou com a feira de exposição de produtos e equipamentos, considerada uma vitrine para

48

Comércio em Revista

lançamentos, oportunidades e novas tendências.

Além disso, palestras técnicas estiveram entre as principais atrações da Convenção, assim como workshops que abordaram temas de interesse geral do setor. “Todo ano a realização desse evento vem se revezando entre as regiões sul e nordeste do Brasil. Além de ser a maior feira do segmento, destaco as palestras realizadas que foram fundamentais no sentido de agregar conhecimento e nos manter informado sobre o que vem acontecendo no mercado”, destacou Reginaldo Pacheco.

Saiba mais A 35ª Convenção Anual do Atacadista Distribuidor é uma ação conjunta da ABAD e da filiada anfitriã do evento a Associação Cearense dos Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industrializados (ACAD).

Com 30 mil visitações, a ABAD 2015 FORTALEZA recebeu representantes de toda a cadeia de abastecimento do país proporcionando a realização de negócios, além do alinhamento estratégico com a apresentação de novas tendências.

Sistema Fecomércio|Sesc|Senac-MA

MÚSICA

Tem cafe no bule Maranhense Zeca Baleiro lança novo projeto musical pelo Selo Sesc com 13 composições inéditas e mistura de ritmos do xote ao rock.

O maranhense Zeca Baleiro, o pernambucano Naná Vasconcelos e o paulista Paulo Lepetit lançam uma celebração à miscelânea musical do Brasil: o CD “Projeto Café no Bule”, que o Selo Sesc colocou à venda no dia 4 de setembro. São 13 composições inéditas do trio em uma mistura de ritmos: afoxé, xote, ciranda, blues, maracatu, jazz e rock.

Longe de ser uma catalogação de gêneros, o CD quer mostrar que a produção musical nacional é viva e sujeita a novos significados. Vem lapidada pela polivalência do trio. Naná assina percussão variada e efeitos. Lepetit, baixo, u-bass, violão, guitarra e teclados. Zeca, violão, guitarra, cavaco, ukulele e teclados.

A ideia do disco surgiu de um contato viabilizado por Zeca Baleiro entre Naná e o compositor Itamar Assumpção (morto em 2003) para a concepção de um disco. No meio deste processo estava Paulo Lepetit, que acompanhava Itamar. De lá para cá, Zeca, Naná e Lepetit começaram a pensar em um projeto dos três.

“Há casos em que Naná gravou primeiro a levada e eu e Lepetit desenvolvemos a letra, a melodia e a harmonia conjuntamente depois, como é o caso das faixas ‘Cirandada Meia-Noite’, ‘Batuque na Panela’ e ‘Xote do Tarzan’. Outras nasceram de um groove de baixo e violão, seguido pela letra e a levada rítmica, como em ‘Yellow Taxi’ e ‘Vou de Candonga’. Em ‘A Dama do Chama-Maré’ e ‘A Maré Tá Boa’, Naná

começou a letra e nos deu para musicar, fazer a segunda parte, e depois ele pôs a percussão. Fiz a letra e mandei para o Lepetit, que harmonizou”, conta Zeca Baleiro.

A gravação durou dois anos espaçados, com três idas de Naná a São Paulo, onde Lepetit tem um estúdio em parceria com Zeca. O título “Projeto Café no Bule” remete à expressão popular. Tem um significado de “aqui tem conteúdo”.

O diretor regional do Sesc São Paulo, Danilo Santos de Miranda, afirma que “ao reunir estes três grandes nomes da MPB, o Selo Sesc reafirma seu compromisso com a criação de um catálogo amplo e democrático, inspirado na infinita fonte de criação musical existente no Brasil”. Para ele, “esse ‘bule’ de Naná, Zeca e Paulo engrossa o nosso café musical, servido em um disco cujas manifestações de nossa cultura são cortejadas com naturalidade, leveza e bom humor”.

edição 192 outubro | novembro | 2015

Comércio em Revista

49

AGENDA

D 1

Programe-se

S 2 T 3

18 a 21

Q 4 Q 5

03 a 06

S 6 S 7

| Novembro de 2015

5ª Feira Internacional de Negócios de Franquias

16 a 18

S 9

09 a 11

| Novembro de 2015

71ª Feira Internacional de Bijuterias, Acessórios, Joias de Prata e de Aço, Folheados e Semijoias

Q 12

Congresso Internacional cujo objetivo é a transferência de conhecimento, ampliar relações de mercado entre as entidades do trade e a iniciativa privada, com foco na inovação em soluções para gestão e a promoção das empresas de viagens, hospedagem, gastronomia e lazer.

Local: Centro de Convenções Rebouças – São Paulo-SP Informações: www.abresi.com.br

16 a 19

S 14 S 15 50

Comércio em Revista

| Novembro de 2015

12ª Feira Nacional do Camarão

A Bijoias é uma feira de negócios destinada exclusivamente a lojistas e profissionais do segmento de acessórios, bijuterias e semijoias que comprovem sua ligação com o setor, com diferentes procedimentos de credenciamento para pessoa jurídica e física.

Local: Centro de Convenções Frei Caneca – São Paulo-SP Informações: www.b8-bijoias.com.br

Q 13

| Novembro de 2015

28º Congresso Internacional de Gastronomia, Hospitalidade e Turismo

A feira do Nordeste é uma oportunidade única para empreendedores conhecerem as melhores oportunidades do setor de franquias, ampliar sua rede de contatos, e encontrar o tipo de negócio que mais se encaixa em seu perfil de investimento.

Local: Centro de Convenções de Pernambuco – Olinda-PE Informações: www.abffranchisingexponordeste.com.br

D 8

T 10

| Novembro de 2015

8ª Feira do Empreendedor do Maranhão A Feira do Empreendedor tem como objetivo principal gerar oportunidades para a abertura de novos negócios, a ampliação e a inovação nas empresas.

Local: Centro de Convenções – São Luís-MA Informações: www.feiradoempreendedorma.com.br

Sistema Fecomércio|Sesc|Senac-MA

O evento contemplará a simultânea realização dos seguintes eventos: XII Simpósio Internacional de Carcinicultura; IX Simpósio Internacional de Aquicultura; XII Feira Internacional de Serviços e Produtos para Aquicultura.

Local: Centro de Eventos do Ceará Fortaleza - CE Informações: www.fenacam.com.br

Empregador do Comércio: Venha cuidar da sua saúde com qualidade e economia.

Planos a partir de (valor mensal por pessoa)2

179

Qualidade e credibilidade.

Ligue agora e venha economizar com a Qualicorp.

0800 799 3003

De segunda a sexta-feira, das 9h às 21h; aos sábados, das 10h às 16h.

www.qualicorp.com.br/anuncio 1

WƌĞĕŽƐ Ğ ĐŽŶĚŝĕƁĞƐ ŽďƟĚŽƐ ƉĞůĂ ŶĞŐŽĐŝĂĕĆŽ ĐŽůĞƟǀĂ ĚĂ YƵĂůŝĐŽƌƉ ĐŽŵ ĂƐ ŽƉĞƌĂĚŽƌĂƐ ĚĞ ƐĂƷĚĞ ƉĂƌĐĞŝƌĂƐ͘ 2ZΨ ϭϳϴ͕ϰϰ ʹ ƌĂĚĞƐĐŽ ^ĂƷĚĞ EĂĐŝŽŶĂů &ůĞdž ŽƉĂƌƚ ϱ ;ƌĞŐŝƐƚƌŽ ŶĂ E^ ŶǑ ϰϳϯ͘ϭϭϱͬϭϱͲϴͿ͕ ĚĂ ƌĂĚĞƐĐŽ ^ĂƷĚĞ͕ ĨĂŝdžĂ ĞƚĄƌŝĂ ĂƚĠ ϭϴ ĂŶŽƐ͕ ĐŽŵ ĐŽƉĂƌƟĐŝƉĂĕĆŽ Ğ ĂĐŽŵŽĚĂĕĆŽ ĐŽůĞƟǀĂ ;ƚĂďĞůĂ ĚĞ ũƵůŚŽͬϮϬϭϱ ʹ D Ϳ͘

WůĂŶŽƐ ĚĞ ƐĂƷĚĞ ĐŽůĞƟǀŽƐ ƉŽƌ ĂĚĞƐĆŽ͕ ĐŽŶĨŽƌŵĞ ĂƐ ƌĞŐƌĂƐ ĚĂ E^͘ /ŶĨŽƌŵĂĕƁĞƐ ƌĞƐƵŵŝĚĂƐ͘ ĐŽŵĞƌĐŝĂůŝnjĂĕĆŽ ĚŽƐ ƉůĂŶŽƐ ƌĞƐƉĞŝƚĂ Ă ĄƌĞĂ ĚĞ ĂďƌĂŶŐġŶĐŝĂ ĚĂƐ ƌĞƐƉĞĐƟǀĂƐ ŽƉĞƌĂĚŽƌĂƐ ĚĞ ƐĂƷĚĞ͘ KƐ ƉƌĞĕŽƐ Ğ ĂƐ ƌĞĚĞƐ ĞƐƚĆŽ ƐƵũĞŝƚŽƐ Ă ĂůƚĞƌĂĕƁĞƐ͕ ƉŽƌ ƉĂƌƚĞ ĚĂƐ ƌĞƐƉĞĐƟǀĂƐ ŽƉĞƌĂĚŽƌĂƐ ĚĞ ƐĂƷĚĞ͕ ƌĞƐƉĞŝƚĂĚĂƐ ĂƐ ĚŝƐƉŽƐŝĕƁĞƐ ĐŽŶƚƌĂƚƵĂŝƐ Ğ ůĞŐĂŝƐ ;>Ğŝ ŶǑ ϵ͘ϲϱϲͬϵϴͿ͘ ŽŶĚŝĕƁĞƐ ĐŽŶƚƌĂƚƵĂŝƐ ĚŝƐƉŽŶşǀĞŝƐ ƉĂƌĂ ĂŶĄůŝƐĞ͘ ^ĞƚĞŵďƌŽͬϮϬϭϱ͘