Comércio em Revista - edição 195

GOVERNO lança portal de compras governamentais

Edição 195 Ano XIX • Ago/Set 2016

SABORES do Maranhão em Brasília e no Rio de Janeiro

JOÃO BORGES fala sobre setor de autopeças

Localize-se Sistema Fecomércio/Sesc/Senac já está em novo endereço

Nova sede

EDITORIAL

A Federação do Comércio do Maranhão comemora 63 anos de fundação em um momento especial: a inauguração do Condomínio Fecomércio/Sesc/Senac que integra a sede administrativa das três instituições do Sistema Comércio.

Proporcionando um espaço mais amplo e confortável para atender às necessidades da classe empresarial maranhense, o edifício com 11 andares é apresentado nesta edição da “Comércio em Revista” em uma reportagem especial sobre a história e o crescimento do Sistema Fecomércio no Maranhão.

Oferecendo uma moderna infraestrutura, a Federação do Comércio espera intensificar ainda mais a relação com o empresariado do segmento do comércio de bens, serviços e turismo do estado, e, principalmente, fortalecer o relacionamento com os sindicatos patronais filiados. Com planejamento e muito trabalho, a instituição consagra uma nova fase da sua promissora história de atuação no Maranhão.

Acompanhando o momento de inovações, esta edição destaca a nova resolução que determina o uso do certificado digital por empresas com mais de cinco funcionários, ressaltando que a identidade digital é um serviço oferecido pela Fecomércio-MA. Paralelo a isso, a entrevista com o empresário João Borges Lira revela a sua busca pelo crescimento, ampliando e estruturando cada vez mais o segmento de autopeças no Maranhão.

Além disso, novidades lançadas pelo Governo do Estado visando benefícios para empresários do comércio e acima de tudo, para a população maranhense, são destaques nesta edição. Trata-se do lançamento do Programa “Mais Emprego” e do Portal de Compras do Maranhão.

Esta publicação traz também a realização no estado, de dois importantes eventos para a região norte do Brasil, além do Maranhão e Piauí. O Fórum da Amazônia Legal, que busca contribuir para criação de novas perspectivas para o crescimento econômico do país, e o Sesc Amazônia das Artes, que promove o intercâmbio de espetáculos e exposição de obras entre os estados.

Por fim, desejamos que todos apreciem as novidades desta nova edição da nossa Comércio em Revista.

Boa leitura!

edição 195 agosto | setembro 2016

Comércio em Revista

3

NESTA EDIÇÃO

28

FEDERAÇÃO DO COMÉRCIO DE BENS, SERVIÇOS E TURISMO DO ESTADO DO MARANHÃO PRESIDENTE: José Arteiro da Silva

CAPA

VICE-PRESIDENTES Vilson Estácio Maia; Marcelino Ramos Araújo; Antonio de Sousa Freitas

Sistema Fecomércio inaugura condomínio para integrar as três instiruições .

DIRETORES Mauricio Aragão Feijó; Ivanilde Sampaio da Silva; Djalma Souza Chaves; José William Câmara Ribeiro; Manoel Antonio Souza Barbosa; Antonio Íris de Oliveira; José Ivan Ferreira; Reginaldo Pacheco de Sousa; Luís Joaquim Braga Sobrinho; João de Lima Filho; Paulo Henrique da Silva.

SUPLENTES DA DIRETORIA Antonio Luiz Monteiro Malta Filho; Raimundo Edson Rodrigues de Sousa; Francisco Eraldo Rodrigues de Moura; José dos Santos; João Borges Lira; Euclides Antonio Viêra; Antonio José Teixeira Luz; José Ribamar Ewerton Souza; Écio Gaston de Araújo; Sebastião Cândido Soares.

CONSELHO FISCAL Emanuel Caracas Dos Santos; José Pereira de Santana; Ivaldo Miranda Campos; Nagib Câmara Ribeiro; Raimunda Holanda da Silva; Flordilix Almeida de Amorim.

20

ARTIGO Marcelino Araújo destaca a educação financeira p ara melhorar a economia

SUPERINTENDENTE FECOMÉRCIO João Torres de Melo Saboia Neto DIRETORA REGIONAL SESC Maria dos Remédios Serra Pereira DIRETOR REGIONAL SENAC José Ahirton Batista Lopes COMÉRCIO EM REVISTA É UMA PUBLICAÇÃO DO SISTEMA FECOMÉRCIO/MA

RECORTES

06

Notas sobre mercado, economia, política e outros temas

ENDEREÇO Av. dos Holandeses, s/n, quadra 04 - Jardim Renascença II Condomínio Fecomércio/Sesc/Senac - Edifício Francisco Guimarães e Souza | Cep: 65075-650 | São Luís-MA CONTATO Fone: (98) 3194 2400 EMAIL ascom@fecomercio-ma.com.br PRODUÇÃO, REDAÇÃO E EDIÇÃO Assessoria de Comunicação Fecomércio: Max de Medeiros, Jovanna Abreu COLABORAÇÃO Assessoria de Comunicação Sesc: Viviane Franco, Lideney Ribeiro, Amanda Machado | Assessoria de Comunicação Senac: Andrea Barros.

FOTOS Joaquim Neto, Ariana Araújo, Banco de Imagens.

Acesse as edições anteriores pelo site da Federação do Comércio do Maranhão:

www.fecomercio-ma.com.br

CAPA E DIAGRAMAÇÃO Cleiton Costa Os textos reproduzidos nas colunas Artigos não expressam a opinião desta publicação, sendo de total responsabilidade de seus produtores.

OBRIGATORIEDADE

14

Empresas com mais de 5 funcionários devem ter Certifica Digital.

08

Empresário João Borges Lira fala sobre o êxito no segmento de autopeças.

ENTREVISTA

32

EVENTO

16 18

INFLAÇÃO

Consultor econômico da Fecomércio esclarece pontos relevantes sobre o assunto.

PORTAL DE COMPRAS Ferramenta estratégica virtual traz mais agilidade e transparência aos processos.

Maranhão sediou XXIII Fórum da Amazônia Legal para traçar novos rumos para a economia.

36

AMAZÔNIA DAS ARTES

Com lançamento nacional no Maranhão evento promove intercâmbio de espetáculos e exposições.

GASTRONOMIA

22

Senac /MA participa da Semana da Gastronomia Regional em Brasília e no Rio de Janeiro.

RECORTES

ICMS A Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz) editou a Resolução Administrativa 16/2016 possibilitando que os contribuintes de ICMS que possuem multas por atraso na entrega de obrigações acessórias, como DIEF e EFD, paguem os débitos com uma redução de 80% do valor da multa, até o dia 31 de agosto de 2016. Para obter o benefício, que alcança também outras obrigações acessórias não cumpridas, além da Declaração de Informações Econômico-Fiscal (DIEF) e a Escrituração Fiscal Digital (EFD), o contribuinte do ICMS deve recolher os valores das multas em parcela única.

A resolução tem por base o disposto no § 1o do art. 3o da Lei 10.450/16.

EMPREGO FORMAL

VAREJO

Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostram que em junho, no Maranhão, houve uma estabilidade no estoque de assalariados com carteira assinada em relação a maio, tendo sido gerado 17 postos de trabalho. No entanto, no acumulado do primeiro semestre do ano, os números são bastante negativos. No período, houve a eliminação de 13.275 vagas de trabalho com carteira assinada no estado, queda de 2,77%.

O comércio varejista brasileiro perdeu 67,9 mil pontos de venda com vínculos empregatícios nos seis primeiros meses de 2016, segundo levantamento da Confederação Nacional do Comércio (CNC) baseado em estatísticas do Ministério do Trabalho e Previdência Social (MTPS). Esse resultado contrasta com as 27,8 mil lojas fechadas no mesmo período de 2015; no entanto, é menos negativo do que os 73,1 mil estabelecimentos que baixaram definitivamente as portas na segunda metade do ano passado.

AFTOSA De acordo com os dados divulgados pelo Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o Maranhão teve o melhor resultado do Nordeste na vacinação contra febre aftosa do 1º semestre de 2016. Com a vacinação de 98,46% do rebanho bovino e bubalino envolvido na campanha, o estado também ficou entre os 10 melhores índices do Brasil. O resultado é maior em quase 2% que o segundo colocado, Alagoas, com 96,83% de cobertura vacinal. A porcentagem alcançada corresponde à imunização de 7.513.765 bovinos e bubalinos.

6

Comércio em Revista

Sistema Fecomércio|Sesc|Senac-MA

VISITA A consultora de relacionamento da Qualicorp, Flávia Machado de Souza, esteve visitando a nova sede do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac no Maranhão para tratar de novas parcerias e convênios com a instituição.

Durante a reunião com o Superintendente da Fecomércio, João Torres de Melo Saboia Neto, foram discutidas novas estratégias relacionadas à parceria já formalizada entre as duas empresas, que oferecem descontos aos empresários na aquisição de planos de saúde. A Qualicorp é um grupo empresarial líder brasileiro na comercialização e administração de planos de saúde coletivos e serviços em saúde.

JUROS As taxas de juros das operações de crédito voltaram a subir em julho deste ano, completando 22 meses seguidos de elevações, segundo levantamento divulgado pela Associação Nacional dos Executivos de Finanças (Anefac). Das seis linhas de crédito pesquisadas, três tiveram suas taxas de juros elevadas no mês (cheque especial, CDC-bancos – financiamento de automóveis e empréstimo pessoal - financeiras), uma manteve a taxa (cartão de crédito rotativo) e duas tiveram reduções (juros do comércio e empréstimo pessoal - bancos).

No cartão de crédito, os juros ficaram estáveis em relação a junho e foram de 447,44% ao ano (15,22% ao mês) em julho. Tratase da maior taxa desde outubro de 1995, quando estava em 459,53% ao ano e 15,43% ao mês. No cheque especial, os juros foram de 293,79% ao ano (12,1% ao mês) em julho, ante 286,27% em junho (11,92% ao mês). Trata-se da maior desde março de 1999, quando estava em 13,3% ao mês e 347,46% ao ano.

AGRONEGÓCIO Nos próximos 10 anos, a área plantada de soja no Maranhão deve saltar dos atuais 723 mil hectares para 1,068 milhão de hectares. Com essa expansão, na safra 2025/2026 se estima colher 2,482 milhões de toneladas, volume 52,3% maior em comparação à safra 2015/2016 (1,630 milhão de toneladas). Esse cenário promissor está no estudo Projeções do Agronegócio – Brasil 2015/2016 a 2025/2026. Somente Balsas e Tasso Fragoso devem responder, em 10 anos, pela produção de 693 mil toneladas e 613 mil toneladas, respectivamente.

edição 195 agosto | setembro 2016

Comércio em Revista

7

ESTREVISTA

Hoje somos a maior rede de autopeças do Maranhão O empresário João Borges Lira nasceu no estado do Tocantins, mas foi no Maranhão que alcançou o sucesso empresarial no segmento de peças para veículos leves, médios e pesados. Atual presidente do Sindicato de Autopeças, Motopeças, Bicipeças, Pneumáticos, Acessórios, Máquinas, Implementos Agrícolas e Concessionárias de Vendas de Veículos da cidade de Imperatriz, ele fala sobre os principais problemas enfrentados pelos empresários do setor na região.

Como foi a sua infância?

Eu nasci em 1970 na cidade de Ananás-TO. Meus pais praticavam a agricultura de subsistência, era plantar e colher para consumir e sobreviver. O pouco que sobrava se comercializava para comprar outros suprimentos necessários para sobrevivência.

Tenho seis irmãos, sou o mais novo e fui o último a sair de casa. Eu iniciei meus estudos e morei em Ananás até os 14 anos, quando eu fui para a cidade de Imperatriz-MA. Quais eram os objetivos em Imperatriz?

Meus irmãos foram primeiramente para lá, por ser a maior cidade e a mais próxima da região de Ananás. Fui para Imperatriz com o objetivo de buscar um centro mais avançado para estudar, por oportunidades de trabalho e pelo suporte dos meus irmãos que já moravam lá.

Como foi a adaptação em Imperatriz?

Chegando lá, em 1984, eu fui morar na casa de parentes para poder dar continuidade aos estudos e trabalhava simultaneamente para poder sobreviver.

Comecei a trabalhar com 15 anos, como servidor público municipal, depois fui funcionário de um

8

Comércio em Revista

escritório de contabilidade e posteriormente trabalhei como gráfico. Após isso, em 1995, decidi montar um pequeno negócio no segmento de autopeças e estou nesse ramo há 20 anos.

Por que o segmento de autopeças?

A escolha pelo setor de autopeças foi em razão do meu irmão mais velho. Ele sempre trabalhou nessa área e decidiu montar o próprio negócio, mas não tinha o capital suficiente. Como eu tinha uma reserva que consegui juntar ao longo do tempo com os empregos passados, decidi ajudar e iniciar esse negócio com ele.

Como foi a sua trajetória empresarial?

Ser empresário tem pontos positivos e negativos como qualquer outra profissão. Quando você comanda é diferente porque a responsabilidade passa a ser de todo o negócio, de todas as células que constituem a empresa. Começamos com uma pequena loja de revenda de peças novas para caminhonetes e depois ampliamos o leque de produtos para caminhões. Em 1998, montamos a segunda loja de peças para automóveis. Em 2004, abrimos a terceira loja de peças elétricas, que atendia do automóvel à máquina pesada. Em 2007,

Sistema Fecomércio|Sesc|Senac-MA

expandimos o negócio para outro estado, abrindo uma filial de peças para automóveis em MarabáPA. Em 2009, montamos um atacado de peças mecânicas que vendemos atualmente em todo o Maranhão, além dos estados do Pará e Tocantins. Em 2012, montamos outro atacado só de componentes elétricos.

O senhor já pensou em investir em outros ramos?

Não penso em seguir novos caminhos. Sou graduado em Administração em Gestão de Negócios e tenho o objetivo de ampliar e nos estruturar cada vez mais nesse setor, até porque começamos como varejo de peças para caminhonete, evoluindo para peças de caminhões, depois peças para automóveis e peças elétricas. Depois partimos para o atacado, ou seja, atualmente as nossas lojas de varejo se abastecem do próprio atacado do grupo. Além das empresas de varejo do grupo, o atacado fornece também para os varejos do Maranhão, Pará e Tocantins. Hoje nós

somos a maior rede de autopeças do Maranhão.

Tenho seis filhos, sendo que os dois mais velhos já despertaram o interesse pelo negócio e trabalham comigo. É um mercado em expansão? É um negócio promissor e que tem potencial na região. Nos últimos dez anos o mercado automobilístico cresceu significativamente, as marcas e modelos se diversificaram, a importação aumentou, o acesso ao crédito nos últimos anos facilitou a aquisição do veículo e o transporte próprio passou a ser um instrumento de necessidade.

Onde estão localizadas as indústrias do seu setor e como funciona a logística de transporte dos produtos?

Estão localizadas no sul e sudeste do país, principalmente em São Paulo. Compramos em mais de 200 indústrias diferentes ligadas aos segmentos

edição 195 agosto | setembro 2016

Comércio em Revista

9

de autopeças. O transporte dos produtos ocorre por meio rodoviário e alternativo, como vans e ônibus, e a logística e o frete encarecem em torno de 2,5% a 3,5% o valor da mercadoria. Não temos transporte próprio porque o volume é pouco, sendo que o valor agregado às peças é elevado, então qualquer volume mínimo dá um valor expressivo. Então o transporte alternativo é a melhor forma.

Como é a política tributária nesse setor?

O mecanismo de arrecadação de tributos é a substituição tributária. Nós pagamos o imposto antecipado, no ato da compra da mercadoria. Se eu faço uma compra em São Paulo, essa indústria já calcula o imposto, inclui no valor da mercadoria e gera o boleto para pagamento.

Há diferença de alíquotas entre os estados vizinhos?

Sim. A diferença é especialmente no estado do Tocantins, porque lá tem o benefício fiscal. No Maranhão e Pará não existe. Então, no segmento de autopeças quem tem o benefício fiscal paga apenas 2% de ICMS. E quando compramos sem o benefício, como é o caso do Maranhão, pagamos uma

10

Comércio em Revista

média de 24% de ICMS. A diferença é absurda. As empresas que estão sediadas no Tocantins têm uma grande vantagem em relação às empresas que estão localizados nos estados vizinhos, como o Maranhão e o Pará.

Então a tributação e o frete seriam os dois principais problemas dos empresários do setor na sua região?

Perfeitamente. Em primeiro lugar é a tributação elevada e em segundo, a logística. Nós estamos longe do centro de abastecimento, ou seja, se compramos uma mercadoria hoje, ela vai chegar no prazo de 10 a 15 dias. Então, você precisa ter um estoque mais elevado em razão da posição geográfica, e isso é um fator relevante. Outra questão é a taxa de juros elevada. Qualquer empresa, dependendo da ocasião, precisa de um empréstimo e recorre a uma instituição financeira para complementar uma negociação. Com a taxa elevada e o dinheiro mais caro, fica quase impossível você honrar o compromisso de pagamento do empréstimo.

Assim, a tributação, a logística e a taxa de juros elevada, são os principais problemas enfrentados pelos empresários da região.

Sistema Fecomércio|Sesc|Senac-MA

Trabalhamos para que o sindicato tenha uma estrutura diferenciada e com mais representatividade.

Como o senhor entrou no universo sindical?

O Sindipeças foi fundado no início da década de 1990 em Imperatriz. O sindicato abrange mais de mil empresas. Desde quando começamos a trabalhar nesse segmento que participamos do sindicato. No ano passado, a presidente se afastou e eu, como vicepresidente, assumi a entidade. Com o nosso trabalho, esperamos que o sindicato tenha uma estrutura diferenciada e com mais representatividade, essa é a nossa missão. Que no fim desse trabalho, a gente possa visualizar resultados mais positivos.

Os empresários da sua região têm o perfil de acreditar no associativismo?

Na realidade o espírito de associativismo é mais assimilado nos grandes centros. A região mais interiorana precisa despertar esse espírito da conexão de forças e é isso que a gente vem trabalhando com os empresários, porque só assim vamos conseguir levantar uma bandeira em defesa dos interesses da classe. Nós acreditamos nesses aspectos.

A crise econômica afetou diretamente o setor de autopeças?

Esse impacto foi maior na área da indústria automotiva. Houve uma grande queda nas vendas de veículos novos e obviamente o índice de fabricação também reduziu, tanto de veículos leves, médios e pesados. Mas, em contrapartida, aqueceu o mercado de veículos usados, o que resultou na manutenção das vendas no comércio de componentes para esses veículos durante o ano de 2015. Houve uma pequena queda no início de 2016, mas a partir do mês de maio o mercado adquiriu um novo ânimo, a indústria voltou a contratar e aos poucos estamos nos estabilizando.

O senhor acredita na retomada da economia no segundo semestre de 2016?

Essa é a perspectiva. Já observamos pequenos sinais de retomada, o ânimo já é outro e os negócios estão voltando aos poucos e de maneira gradual. O nível de positividade é maior.

Como os empresários de Imperatriz têm visto a crise política na esfera federal? É com tristeza que analisamos os últimos dois anos da política no nosso país. Uma avalanche de fatores negativos em ralação a improbidade administrativa, que certamente afeta aos negócios, resultando na queda de confiança do empresário e a falta de credibilidade no governo. Isso afeta o investidor, porque é preciso acreditar nos meios que fazem a gestão, o controle e a regulação desse mercado. Ou seja, é preciso confiar no governo que é o principal regulador e fiscalizador do mercado.

Quando a credibilidade reduz, obviamente que o investidor diminui o compasso. Essa é uma crise política e econômica, mas a gente acredita que logo a economia será retomada, já percebemos sinais positivos e em 2017 queremos ver um novo cenário.

Como o senhor avalia a atual gestão estadual?

A postura do governo em relação à classe empresarial tem trazido algumas reclamações.

edição 195 agosto | setembro 2016

Comércio em Revista

11

Temos o objetivo de ampliar e nos estruturar cada vez mais nesse setor

Primeiro que a gente necessita de incentivo do governo, que ainda é pouco. A questão tributária foi elevada, especialmente o ICMS. O governo tem feito um trabalho de regulação forte em relação ao empresariado. Estamos vivendo um momento econômico complicado e em vez de propiciar um ambiente mais favorável para o empresariado desenvolver suas atividades e ofertar postos de trabalho, o governo está praticando um processo de arrocho que acaba inibindo o andamento dos negócios. A gente espera que essa gestão estadual possa ter uma visão mais racional do ambiente, produza incentivos mais cabíveis e necessários, entenda que a carga tributária está elevada e que o mercado não suporta.

Estamos em ano de eleições municipais. Como o senhor analisa essa questão em Imperatriz?

Estamos vivendo um momento de indefinições,

12

Comércio em Revista

existem várias pré-candidaturas no nosso município que logo serão definidas nessa corrida eleitoral. A gente espera colocar um gestor que possa atingir as expectativas da população, aplicando de maneira adequada o erário público, gerando os benefícios necessários que todos almejam. O nosso atual prefeito está concluindo uma fase de oito anos de gestão.

A classe empresarial consegue ter voz ativa dentro da política municipal?

Existem várias instituições de classe organizadas em Imperatriz. A gente procura participar sempre dos debates dos temas que envolvem o interesse público para que as coisas possam acontecer de modo satisfatório. Quando há harmonia de interesses e opiniões, as questões fluem melhor. É para isso que a gente participa desse associativismo, que é primordial nessa discussão dentro da política municipal.

Sistema Fecomércio|Sesc|Senac-MA

O comércio está de casa nova!

Certificação Digital

Pesquisas

Cursos

Palestras

Todos os serviços em novo endereço Avenida dos Holandeses, s/n - Quadra 04 Jardim Renascença II Edifício Francisco Guimarães e Souza Próximo à AABB e ao Hotel Íbis

(98) 3194 2400 www.fecomercio-ma.com.br

TECNOLOGIA

Certificação Digital para simplificar Empresas do Simples Nacional com mais de 5 funcionários devem ter Certificado Digital para transmitir informações trabalhistas, fiscais e previdenciárias.

O Comitê Gestor do Simples Nacional aprovou, no final de 2015, a Resolução CGSN nº 125, que altera alguns pontos da Resolução CGSN nº 94/2011. Entre as mudanças está a redução do limite de empregados para a obrigatoriedade do uso pelas empresas do Certificado Digital, também chamado de Identidade Digital.

De acordo com a nova redação da Resolução, o Certificado Digital passa a ser exigido para o envio das informações trabalhistas, fiscais e previdenciárias por meio da GFIP e do eSocial, obedecendo um cronograma que já incluía as empresas com mais de 10 empregados, que tinham até o dia 31 de dezembro do ano passado para se enquadrar na regra, e 8 funcionários, que passou a ser obrigatório a partir do dia 1º de janeiro de 2016. A partir do mês de julho deste ano, a obrigatoriedade se estendeu também aos empregadores com mais de 5 funcionários e, em 2017, aos que tiverem mais de 3 empregados.

14

Comércio em Revista

As empresas devem estar atentas ao cronograma e a validade do Certificado Digital, que precisa estar válido para o envio das informações. Os empresários que ainda não tiverem a Identidade Digital devem adquiri-la de uma Autoridade Certificadora credenciada pela ICP-Brasil, como a Federação do Comércio do Maranhão, que é uma Autoridade de Registro da Certisign.

O Certificado Digital para microempresa e empresa de pequeno porte, ou simplesmente e-CNPJ, é a versão eletrônica do CNPJ, que garante a autenticidade e a integridade nas transações eletrônicas dessas empresas.

Além de identificar com segurança pessoas jurídicas, o e-CNPJ garante confiabilidade, privacidade, integridade e inviolabilidade em mensagens e em diversos tipos de transações realizadas via Internet. Além disso, o certificado digital tem validade jurídica para ser utilizado como assinatura de próprio punho, comprovando que seu pro-

Sistema Fecomércio|Sesc|Senac-MA

Sobre a A Certisign é a Autoridade Certificadora líder da América Latina e especialista em Identificação Digital. Com mais de 1.600 Pontos de Atendimento por todo o Brasil, ao longo dos seus 19 anos, já emitiu mais de 9 milhões de Certificados Digitais, possui em seu portfólio de clientes as companhias mais representativas do Brasil e está entre as 50 Empresas Mais Inovadoras do País, de acordo com a pesquisa realizada pela DOM StrategyPartners. Para adquirir a Certificação Digital da Certisign no Maranhão, o empresário deve acessar o site da Federação do Comércio: www.fecomercio-ma.com.br.

prietário concorda com o documento assinado.

O e-CNPJ foi concebido para a comunicação eletrônica entre pessoas físicas e a Receita Federal Brasileira. Com este documento digital é possível realizar consultas e atualizar os cadastros de contribuinte pessoa jurídica, obter certidões da Receita Federal, cadastrar procurações e acompanhar processos tributários através da Internet sem a necessidade de ir munido de diversos documentos até um posto de atendimento.

De acordo com Leonardo Gonçalves, Diretor de Varejo e Canais Certisign, o Certificado Digital possui inúmeras aplicações, que não se restringem às obrigações fiscais. “O Certificado Digital pode ser usado, por exemplo, para assinar documentos com validade jurídica na esfera eletrônica, sem a necessidade de papel e autenticação adicional.

Isso significa redução de custos às empresas e melhora da eficiência operacional”, explica.

O que é a GFIP A lei nº 9.528/97 introduziu a obrigatoriedade de apresentação da Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social - GFIP . Com isso, todas as pessoas físicas ou jurídicas sujeitas ao recolhimento do FGTS, bem como às contribuições ou informações à Previdência Social, estão obrigadas ao cumprimento desta obrigação, que deve ser entregue até o dia 7 do mês seguinte àquele em que a remuneração foi paga, creditada ou se tornou devida ao trabalhador ou tenha ocorrido outro fato gerador de contribuição à Previdência Social.

O que é o eSocial Segundo o texto do Decreto Nº 8.373/2014, o eSocial é o instrumento de unificação da prestação das informações referentes à escrituração das obrigações fiscais, previdenciárias e trabalhistas e tem por finalidade padronizar sua transmissão, validação, armazenamento e distribuição, constituindo um ambiente nacional. O decreto prevê ainda que o eSocial substituirá as informações prestadas por meio da GFIP.

edição 195 agosto | setembro 2016

Comércio em Revista

15

ECONOMIA

Em tempos de crise econômica, consumidores estão mais atentos para os preços dos produtos e serviços.

A cada visita ao supermercado é comum os consumidores se surpreenderem com o preço elevado de algum determinado produto. O tomate, por exemplo, já teve seu momento de destaque nas prateleiras e, principalmente, nas notícias dos telejornais em função da elevação de preços superior a 120% do alimento, enquanto a inflação oficial do país naquele período, final de 2012, não passava de 6,5%. Os preços, naquela época, foram fortemente influenciados por fatores climáticos que prejudicaram a safra, além do preço mais alto dos combustíveis que também encareceram a produção.

Em junho deste ano, outro produto alimentício bem popular na mesa dos brasileiros também subiu de preço e chamou a atenção dos consumidores.

Desta vez, o vilão da inflação foi o feijão, que após um período de estiagem nas regiões produtoras, chegou às prateleiras com praticamente o dobro do preço habitual.

O aumento foi tão drástico que fez com que o Palácio do Planalto anunciasse a liberação para a importação de feijão de outros países, como Argentina,

16

Comércio em Revista

Paraguai e Bolívia, com o objetivo de reduzir o preço do produto nos supermercados.

Entre altas e baixas nos preços dos produtos que compõem a cesta básica, no final do mês o brasileiro sente o impacto da inflação no bolso. Mas, afinal, o que é na realidade essa tal inflação? Como ela é medida e quais seus impactos no dia a dia das famílias?

O consultor econômico da Federação do Comércio do Maranhão, Eduardo Campos, esclarece alguns pontos relevantes sobre o assunto: O que é inflação? É a elevação generalizada dos preços em inúmeros bens e serviços ofertados em uma economia, trazendo reflexos diretos para os agentes econômicos (consumidores).

Como é medida essa inflação?

Com base no cálculo de variação de preços, em um determinado período, de um conjunto de produtos definidos conforme o índice utilizado, pois cada índice é utilizado por um segmento da economia. Por

Sistema Fecomércio|Sesc|Senac-MA

Índices de Inflação IGP-DI (Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna) Calculado pelo Instituto Brasileiro de Economia (IBRE) da Fundação Getúlio Vargas (FGV), apura os preços mensais de todo o processo produtivo: matérias-primas agrícolas e industriais, produtos intermediários e bens e serviços finais e preços de construção.

Além de indicador econômico, o IGP-DI é usado como referência para correções de preços e valores contratuais. O IGP-DI também é diretamente empregado no cálculo do Produto Interno Bruto (PIB) e das contas nacionais em geral.

IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado) Semelhante ao IGP-DI, verifica preços do comércio no atacado, no varejo e na construção civil, pesquisados entre o dia 21 do mês anterior e 20 do mês de referência. É usado na correção de contratos de aluguel e tarifas de serviços públicos.

IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) Calculado pelo IBGE, aponta mensalmente a variação do custo de vida médio de famílias com renda mensal entre 1 e 40 salários mínimos das 11 principais regiões metropolitanas do país. Os preços são coletados em mais de 28 mil comércios visitados pelos pesquisadores.

INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) Semelhante ao IPCA, ele verifica a variação do custo médio das famílias com rendimento familiar médio entre 1 e 5 salários mínimos. Indica as variações de preços nos grupos mais sensíveis, que gastam todo rendimento em consumo corrente (alimentação, remédio, etc.).

IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor Semanal) Verifica preços de 388 itens a cada 10 dias. Donas de casa treinadas pesquisam preços de alimentação no domicílio, produtos de limpeza, higiene e serviços; e funcionários da FGV fazem consulta mensal de bens e serviços da cesta básica do IPC. INCC (Índice Nacional de Custo da Construção) O INCC é um indicador econômico que mede a evolução de custos de construções habitacionais. Tem como abrangência geográfica sete capitais: Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre, Recife, Salvador, Rio de Janeiro e São Paulo. O índice nacional resulta da média aritmética ponderada dos sete índices municipais.

exemplo, o INCC (Índice Nacional da Construção Civil) que calcula a variação de preços que possuem forte impacto sobre setor imobiliário.

Para a inflação do país, o índice usado oficialmente pelo Governo Federal é o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que abrange as famílias com rendimento entre 1 a 40 salários mínimos.

Quais as principais causas da inflação?

A ineficiência da infraestrutura necessária para a distribuição da produção pode ocasionar aumento generalizado dos preços ao consumidor.

Também pode ser oriunda de uma elevação da demanda por bens e serviços, sendo que a produção ou oferta de serviços não atende as necessidades do consumidor. Ela pode originar, ainda, de aumento generalizado dos custos de produção, advindos tanto do aumento de salários, do preço dos insumos e maquinário em geral envolvidos na produção.

Quais os efeitos da inflação?

O principal efeito é a diminuição real do poder de compra da moeda, causando entre os consumidores a percepção de redução real da sua renda.

Devido à diminuição da quantidade de produtos que podem ser consumidos por estas pessoas que tem suas rendas fixadas nominalmente (salários), acontece entre as faixas de renda mais baixas um empobrecimento generalizado com efeitos danosos sobre uma sociedade.

Como é controlada a inflação?

Mediante um conjunto de políticas fiscais e monetárias que podem trazer os preços na economia para uma condição de equilíbrio. Entre as políticas fiscais podemos citar o controle de gastos públicos com a redução de despesas, devolvendo o equilíbrio entre receitas e despesas. Entre as políticas monetárias destacamos o controle da emissão de moeda e a taxa de juros, esta última exercendo forte influência sobre a oferta de crédito.

edição 195 agosto | setembro 2016

Comércio em Revista

17

OPORTUNIDADE

Governo lança Portal de Compras do Maranhão Ferramenta estratégica virtual traz mais agilidade e transparência aos processos Durante reunião do Conselho Empresarial do Maranhão (Cema) realizada no dia 27 de julho, o Governo do Estado do Maranhão lançou o Portal de Compras Governamentais, ferramenta que vai reunir as informações e serviços relacionados às aquisições públicas de bens e materiais e à contratação de obras e serviços pelos órgãos e entidades do Estado.

O Portal de Compras se configura em importante ferramenta estratégica virtual por meio do qual serão disponibilizadas informações e serão realizados os procedimentos licitatórios do Governo do Estado, trazendo mais agilidade e transparência aos processos, além de gerar um banco de dados, em tempo real, que fornecerá informações estratégicas para tomadas de deci-

18

Comércio em Revista

são do executivo estadual.

A iniciativa do Portal de Compras representa um passo significativo no aprimoramento da gestão pública estadual, na medida em que oferece informações e serviços a todos os atores envolvidos nos processos de compras públicas e permite o acompanhamento, por parte da sociedade, ou seja, maior facilidade de acesso e gestão das informações pelos fornecedores e gestores públicos, assim como maior visibilidade das políticas de compras.

“O Maranhão era um dos cinco estados brasileiros que ainda não contava com um portal de compras governamentais. Por determinação do governador Flávio Dino, a Secretaria de Indústria e Comércio trabalhou de maneira intensa e

Sistema Fecomércio|Sesc|Senac-MA

agora o portal é uma realidade no Maranhão, com o cadastro de fornecedores já funcional”, afirmou o gestor do programa, Saulo Giovani Mendonça.

Programa de Compras Governamentais Criado por meio da Secretaria de Estado de Indústria e Comércio (Seinc), em parceria com a Comissão Central Permanente de Licitação do Estado (CCL) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no Maranhão (Sebrae), o programa tem como objetivo impactar positivamente o desenvolvimento produtivo do Maranhão, por meio da criação de uma ambiência que oportunize a elevação da participação das micro e pequenas empresas e dos microempreendedores individuais no acesso ao uso do poder de compras governamentais.

Segundo o secretário de Estado de Indústria e Comércio, Simplício Araújo, o foco estratégico do programa de Compras Governamentais é a criação de um ambiente institucional que possibilite a ampliação da par-

ticipação das micro e pequenas empresas, das empresas de pequeno porte e dos microempreendedores individuais nas compras públicas estaduais.

“O programa irá desenvolver ações no sentido de disseminar a necessidade de se buscar a convergência entre as ações do Poder Público, mediante a sensibilização e a capacitação dos envolvidos, como também dos referenciais de qualidade, produtividade e maturidade do modelo de gestão das empresas participantes”, destacou o secretário.

edição 195 agosto | setembro 2016

Comércio em Revista

19

ARTIGO

Educação financeira para melhorar a economia Marcelino Ramos Araújo Presidente em exercício do Sistema Fecomércio - MA

A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), elaborada mensalmente pela Confederação Nacional do Comércio (CNC), demonstra que no mês de julho deste ano 69% dos consumidores de São Luís possuíam algum tipo de dívida. O índice indica um elevado uso dos meios de crédito, como cartões de crédito, carnês e empréstimos disponíveis no mercado.

Comparando ao mesmo período de julho de 2015 houve ligeira alta de 3,45% no nível de endividados. Isto não é considerado ruim, visto que os produtos financeiros de crédito auxiliam o consumidor a comprar produtos e obtê-los mais rápido, enquanto que se fossem economizar para pagar em dinheiro demoraria mais tempo, isto sem falar que o comércio e o setor de serviços como um todo se beneficia deste consumo imediato.

Porém, a falta de controle sobre o nível de endividamento, ou seja, o tamanho deste endividamento em relação à sua renda mensal, é que pode comprometer sua capacidade de pagamento, trazendo redução do seu consumo e piora no

20

Comércio em Revista

seu bem estar social, resultando na inadimplência, que em julho alcançou 31% dos consumidores segundo a Peic.

O controle sobre o nível de endividamento é o primeiro passo para evitar essa indesejável condição de inadimplente, que é o atraso de pagamentos e suas parcelas, não honrando sua dívida.

O nosso dia a dia está repleto de mensagens relacionadas à economia, e sempre nos confrontamos com questões relacionadas ao controle de orçamento das empresas e das nossas próprias residências. A correta condução dos recursos financeiros que temos à nossa disposição e a forma como os destinamos para pagamentos de despesas e gastos em geral é que pode tornar a nossa saúde financeira melhor ou pior.

De forma mais técnica, a educação financeira é o processo de estudo e compreensão relacionada aos conceitos sobre produtos financeiros e sua correta utilização visando a um maior bem estar social, possibilitando informação, formação e orientação para os cidadãos e a sociedade, além de oportunizar uma maior consciência dos

Sistema Fecomércio|Sesc|Senac-MA

Um bom planejamento orçamentário é a base da educação financeira riscos envolvidos com uma má gestão dos orçamentos domésticos e empresariais.

Ou seja, para um bom planejamento orçamentário, que é base da educação financeira, deve ser observado atentamente os gastos diários, sabendo que estes impactam sobre o fechamento do total dos gastos em um mês, visualizando de forma clara e geral se houve falta ou sobra de recursos neste período. Este é um bom indicativo da saúde financeira da empresa ou mesmo do indivíduo no dia a dia do seu lar.

O primeiro passo é analisar as contas para saber onde é possível fazer cortes. Outra dica é evitar usar sem controle o cartão de crédito e o cheque especial. Guardar cupons e comprovantes de todos os gastos do mês também pode ser uma estratégia eficiente, pois ao analisar suas despesas, o consumidor poderá ver onde ele gasta mais.

Sempre é importante realizar uma pesquisa sobre os preços do produto desejado antes de comprar, pois algumas vezes é possível encontrar um produto similar com preço mais atraente. O fundamental é ter consciência e buscar

um equilíbrio entre renda e gastos. Além disso, dentro dos gastos fixos mensais podem existir consumos imprevistos, e que quando somados aos demais gastos comprometem a renda mensal. Por isso, vale a pena ter um controle maior sobre os rendimentos futuros, administrando-os de forma a deixar margem suficiente para o pagamento destas despesas extras.

Os juros envolvidos em cada um dos itens que compõem seu endividamento mensal também devem ser revisados periodicamente, pois possuem importante influência sobre o nível de comprometimento da renda de um consumidor ou uma empresa. Atualmente, a taxa básica de juros da economia nacional, a Selic, controlada pelo Banco Central, está em 14,25%, percentual considerado elevado pelo mercado e que impacta diretamente quem usa, por exemplo, produtos como cartão de crédito, cheque especial, e diversas modalidades de empréstimo, já que as taxas de juros dessas modalidades de crédito variam utilizando como base a Taxa Selic.

Enfim, são várias as condições e situações que podem influenciar no planejamento financeiro do cidadão ou da empresa. Pensando nisso, a partir da próxima edição a Comércio em Revista irá trazer uma seção especial que irá discutir passo a passo essas questões, por meio de uma consultoria econômica que oferecerá orientações e dicas para melhorar a educação financeira dos consumidores, assim como dos gestores das empresas locais. Com isso, a Fecomércio espera contribuir para a melhoria da economia a partir do incentivo de um consumo mais consciente e responsável para todos.

edição 195 agosto | setembro 2016

Comércio em Revista

21

GASTRONOMIA

Sabores do Maranhão O Senac Maranhão marcou presença na Semana da Gastronomia Regional em Brasília e no Rio de Janeiro O tradicional arroz de cuxá e a famosa peixada maranhense foram os pratos mais procurados em mais uma edição da Semana da Gastronomia Regional. O sabor genuinamente maranhense agradou o paladar de quem frequentou os Restaurantes Escola do Senac na Câmara dos Deputados, no Senado e na Confederação Nacional do Comércio, em Brasília, e o Restaurante-escola Senac Downtown, no Rio de Janeiro. Em Brasília, o evento ocorreu de 15 a 18 de março, já no Rio de Janeiro, a gastronomia foi destaque nos dias 11 e 12 de maio.

O toque especial do evento realizado em Brasília foi a recepção feita pelo Diretor Regional do Senac no Maranhão, Ahirton Lopes, a deputados federais, prefeitos de municípios do Estado e ao senador maranhense João Alberto, para um encontro de valori-

22

Comércio em Revista

zação à culinária regional e de relacionamento político-institucional. O momento contou ainda com a presença do secretário estadual de Cultura e Turismo do Maranhão, Diego Galdino, representando o governador do Estado, Flávio Dino. Dirigentes das empresas pedagógicas do Senac em Brasília também participaram do almoço que foi registrado e acompanhado por jornalistas da TV Câmara e imprensa da capital federal.

Os deputados federais maranhenses Hildo Rocha (PMDB), João Castelo (PSDB), João Marcelo Souza (PMDB), Pedro Fernandes (PTB) e Victor Mendes (PSD) prestigiaram o evento ao lado dos prefeitos municipais de Vitorino Freire, José Leandro Maciel (PT do B), e de Satubinha, Dulce Maciel (PV), ambos do interior do Estado do Maranhão. O senador

Sistema Fecomércio|Sesc|Senac-MA

João Alberto Souza, também presente na ocasião, elogiou a iniciativa do Senac. “Muito bom ver a culinária do nosso Estado em destaque aqui em Brasília, fiquei muito feliz com o convite e com a iniciativa do Senac”, declarou.

Quem também elogiou o evento e aprovou a culinária maranhense foi o deputado federal eleito por São Paulo, Francisco Everardo Oliveira Silva (PR), o conhecido “Tiririca”. O parlamentar cumprimentou

o Diretor Regional do Senac no Maranhão e fez questão de elogiar o bobó de camarão preparado pelos instrutores do Restaurante Escola do Senac, os chef’s Júnior Lisboa, Thaynara Gaspar e Andrew Costa.

O diretor-geral do Departamento Nacional do Senac, Sidney Cunha, e o diretor regional do Maranhão, Ahirton Lopes, prestigiaram a abertura do evento. “Esse é um projeto que admiro muito, pois fortalece o Senac e suas equipes de trabalho. É um momento de troca de experiências, de aprendizado entre os envolvidos e de reconhecimento à gastronomia e à cultura dos estados que participam”, destacou o diretor geral.

Centenas de pessoas se deliciaram com os pratos apresentados. O público também teve a oportunidade de conhecer algumas bebidas típicas do Maranhão como a tiquira (aguardente produzida com base na mandioca), o guaraná Jesus (refrigerante à base de canela) e os licores de jenipapo e cupuaçu. Além das iguarias maranhenses, todo o espaço do restaurante foi decorado com elementos característicos do estado, como o bumba-meu-boi, os azulejos de São Luís e a fibra do buriti.

A funcionária da Confederação Nacional do Comércio, Kátia Marques, confessou que já conhecia um pouco da gastronomia maranhense, mas ficou

Rio de Janeiro No Rio de Janeiro, o chef de cozinha Júnior Lisboa – instrutor do Senac no Maranhão – e sua equipe – formada pelos instrutores e cozinheiros Thaynara Gaspar e Andrew Costa – não mediram esforços na hora de preparar o cardápio típico do estado. Na noite de 12 de maio foi realizada ainda uma aula-show para convidados. encantada com o bolinho de macaxeira recheado com cuxá. “Eventos como esse são maravilhosos, proporcionam a nós o conhecimento de outros sabores. Descobrimos culturas diferentes e nos aproximamos de um novo paladar”, elogiou.

Aula-show Além do almoço genuinamente maranhense servido no bufê durante os dois dias, o local também recebeu cerca de 20 convidados – entre alunos, ex-alunos, profissionais da área e funcionários da Con-

edição 195 agosto | setembro 2016

Comércio em Revista

23

federação Nacional do Comércio – na noite de 11 de junho, para uma aula-show comandada pelo chef Júnior Lisboa e sua equipe.

Os participantes puderam conhecer os ingredientes e o modo de preparo do filé de pescada recheada com coco ao molho de bacuri, além dos vasinhos de macaxeira com recheio de cuxá. A aula apresentou origens e raízes do Maranhão, utilizando os ingredientes regionais, que, de forma dinâmica, foram sendo transformados em entrada e prato principal. Do fruto do bacuri, a equipe de cozinha extraiu um molho que acompanhou o filé de pescada amarela.

Um dos momentos mais interessantes da aula foi a dinâmica de degustação da água de vinagreira (uma espécie de suco preparado com base na mesma folha que é utilizada para o cuxá). Os convidados experimentaram e foram estimulados a tentar adivinhar que bebida estavam provando. “É unanimidade: sempre acham que é suco de tamarindo”, disse o chef. “Mas no final a gente apresenta como é feita a bebida”, completou.

Segundo Lisboa, a experiência na Semana da Gastronomia Regional é gratificante, pois proporciona o contato com um público que não conhece a culinária do estado e se encanta com a experiência. “Ficamos radiantes, foi um momento em que vimos as pessoas aplaudirem nossa culinária”, comemorou.

A expectativa da equipe é que esse trabalho seja propagado por todo o Brasil, de modo que todos tenham acesso à gastronomia do Maranhão. Presente ao evento, o contador Robson Paiva elogiou. “Achei tudo muito agradável, muito bom. A aula foi ministrada por pessoas competentes e ainda fui sorteado com um azulejo maravilhoso de São Luís. Estão todos de parabéns”, finalizou.

O evento A Semana da Gastronomia Regional é uma iniciativa do Departamento Nacional do Senac e promove a atuação da Instituição nos restaurantes-escola, empresas pedagógicas nas quais os alunos têm a oportunidade de vivenciar o dia a dia da profissão, complementando o conhecimento adquirido em sala de aula.

Na terceira semana de cada mês, um Departamento Regional é convidado para divulgar a gastronomia de seu estado na capital federal. Já participaram do

24

Comércio em Revista

evento os Departamentos Regionais do Espírito Santo, Bahia, Ceará, Alagoas, Rio Grande do Norte, Mato Grosso, dentre outros.

A Semana de Gastronomia Regional passou a fazer parte da programação do Restaurante-escola Senac Downtown RJ em setembro de 2015. As edições anteriores exploraram as delícias de Espírito Santo, Bahia, Santa Catarina, Alagoas e Ceará. O Departamento Nacional do Senac promove a Semana da Gastronomia Regional desde 2013, nos ambientes pedagógicos do Distrito Federal que integram o programa Senac Gastronomia.

Sistema Fecomércio|Sesc|Senac-MA

e-CPF | e-CNPJ | NF-e | NFC-e | CT-e

Adquira já seu Certificado Digital.

(98) 3194 2400 (98) 99603 5575 www.fecomercio-ma.com.br

ASCOM | CCM - Fecomércio MA

Documentos em papel, carimbos e selos não combinam com você.

CAPA

Novo endereço, novos rumos Sistema Fecomércio/Sesc/Senac no Maranhão inaugura condomínio para integrar as administrações das três instituições.

Prestes a completar 63 anos de atuação intensa em prol do empresariado maranhense, a Fecomércio-MA inaugura no próximo dia 26 de agosto a nova sede que irá reunir também as administrações regionais do Sesc e do Senac no estado. O Edifício “Francisco Guimarães e Souza” está encravado em um dos endereços mais privilegiados da capital maranhense, a Avenida dos Holandeses, uma região com grande potencial econômico e que mais cresceu comercialmente nas últimas décadas em São Luís. O prédio conta com 11 andares distribuídos entre as três instituições que compõem o Sistema Fecomércio no Maranhão e vai oferecer uma moderna infraestrutura para atender aos empresários do comércio de bens, serviços e turismo do Maranhão.

“Estamos entregando para a sociedade maranhense, especialmente para a classe empresarial, um importante espaço para a discussão de ideias e projetos que venham fortalecer o desenvolvimento socioeconômico do nosso estado, afinal de contas, essa é a principal missão do Sistema Fecomércio/

26

Comércio em Revista

Sesc/Senac”, ressalta o presidente em exercício, Marcelino Ramos Araújo.

Toda a estrutura do novo Condomínio Fecomércio/Sesc/Senac foi pensada para possibilitar o melhor atendimento e acessibilidade aos seus usuários. Com quatro elevadores, todos com capacidade para 11 pessoas, asseguram o conforto para pessoas com dificuldades de locomoção. O amplo estacionamento no subsolo, térreo e pavimento G1, garantem comodidade no acesso às dependências do imóvel. Além disso, para o térreo foi planejada uma área exclusiva para eventos institucionais e culturais, além de um Teatro-Cinema com 242 lugares.

A Fecomércio utilizará o 2º, 3º e o 10º pavimentos para abrigar os setores da entidade, como salas para diretoria, sindicatos e setor administrativo. O 10º andar será destinado para abrigar a Presidência, setores administrativos e sala de reunião da Diretoria e Conselhos Sesc e Senac. Já o 2º andar será destinado exclusivamente para sediar as administrações dos sindicatos patronais filiados à instituição.

Sistema Fecomércio|Sesc|Senac-MA

edição 195 agosto | setembro 2016

Comércio em Revista

27

O Senac terá sua estrutura administrativa distribuída nos 4º e 5º andares, e do 6º ao 9º andares estará instalada toda a administração do Sesc. A cobertura do prédio será destinada a um terraço-varanda, com possibilidade de realização de grandes eventos, que oferecerá ainda aos seus visitantes uma vista privilegiada da movimentada Avenida dos Holandeses e da belíssima Baía de São Marcos.

“Esse é o resultado de uma longa trajetória de trabalho que desempenhamos à frente dessa instituição. Tenho muito orgulho de poder servir ao Maranhão por meio do nosso Sistema, pois tenho consciência do alcance social que essas três entidades têm e terão ainda mais com essa nova sede que estamos inaugurando”, comemora o presidente licenciado, José Arteiro da Silva.

História A inauguração do Condomínio Fecomércio/ Sesc/Senac marca o aniversário de 63 anos da instituição no Maranhão. Reunidos no dia 26 de agosto de 1953, os empresários Arnaldo de Jesus Ferreira, Wady Miguel Safady Nazar, João Marinho de Araújo, Marcelino dos Reis Nunes e Alberto Souza Almeida, concretizaram o firme propósito de fundar a Federação do Comércio do Estado do Maranhão.

A instituição estava sendo criada com a finalidade de coordenar, proteger, orientar e representar as categorias econômicas compreendidas no plano da Confederação Nacional do Comércio, bem como defender os princípios da liberdade do comércio, em harmonia com o bem estar social. A preocupação principal da entidade, já naquela época e até hoje, sempre foi o incentivo à perfeita união entre a classe empresarial, contribuindo para uma maior aproximação entre empregados e empregadores.

E foi assim que em 1953, representando cinco sindicatos patronais, o Sindicato do Comércio Atacadista de Gêneros Alimentícios de

28

Comércio em Revista

Sistema Fecomércio|Sesc|Senac-MA

26 8

Linha do tempo da presidência

1953 Arnaldo de Jesus Ferreira

1955 Francisco Guimarães e Souza

1967 Euclides Nunes da Costa e Silva

1979 Francisco Guimarães e Souza

1983 José Arteiro da Silva

São Luís, Sindicato do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios de São Luís, Sindicato do Comércio de Vendedores Ambulantes de São Luís, Sindicato dos Lojistas do Comércio de São Luís e Sindicato de Hotéis e Similares de São Luís, aqueles homens visionários fundaram a instituição e na mesma Assembleia elegeram a primeira Diretoria da Fecomércio-MA, sob a presidência do empresário Arnaldo de Jesus Ferreira. A vice-presidência da entidade recém criada ficou com Wady Miguel Nazar Safady, e como diretores estavam Francisco Guimarães e Souza (diretor-secretário) e João Marinho de Araújo (diretor-tesoureiro). O reconhecimento da nova instituição sindical que surgia no Maranhão foi finalmente concretizada no dia 18 de setembro daquele mesmo ano, quando o Ministério do Trabalho expediu a Carta Sindical.

A Diretoria eleita em agosto de 1953 foi presidida pelo empresário Arnaldo de Jesus Ferreira até o dia 16 de janeiro de 1955, quando o dirigente pediu licença do cargo e, então, assumiu o vice-presidente Wady Miguel Nazar Safady, que realizou novas eleições no dia 26 de agosto do mesmo ano. Na ocasião, foi eleito para presidir a entidade o empresário Francisco Guimarães e Souza, que já fazia parte da Diretoria anterior.

Com o novo presidente, foram empossados também José Almeida Ferreira, como vice-presidente; Hugo Luz, na função de Diretor-secretário; e Nilton Felipe Quadros, como Diretor-tesoureiro.

O presidente Francisco Guimarães e Souza permaneceu no cargo, por sucessivas reeleições, até 20 de setembro de 1967, quando foi eleito para presidência o empresário Euclides Nunes da Costa e Silva. No entanto, 12 anos depois, no dia 10 de agosto de 1979, Francisco Guimarães e Souza foi eleito mais uma vez para presidir a entidade, cargo que ocupou até a sua morte em 21 de abril de 1983. Com a morte do presidente Guimarães e Souza, assumiu o vice-presidente José Arteiro da Silva.

edição 195 agosto | setembro 2016

Comércio em Revista

29

Sedes da Fecomércio-MA Mudanças No ano da fundação, a Federação do Comércio do Maranhão ocupou o primeiro andar do Edifício Palácio do Comércio, antigo Hotel Central, localizado no Centro Histórico de São Luís.

O espaço foi cedido pela Associação Comercial do Maranhão. Em janeiro de 1954, a entidade mudou-se para um prédio à Rua 7 de Setembro, nº. 340, e em abril do ano seguinte mudou-se para um prédio à Rua Humberto de Campos, nº.

174, todos os endereços no Centro de São Luís.

Alguns anos depois, a Fecomércio-MA voltou a instalar-se no conjunto de salas alugadas do prédio do Palácio do Comércio, permanecendo como inquilina da Associação Comercial do Maranhão até julho de 1988, quando foi inaugurada a primeira sede própria de dois pavimentos localizada à Rua do Outeiro, nº. 456.

Já sob a administração do empresário José Arteiro da Silva, a Fecomércio-MA conseguiu firmar-se como uma entidade referência na representação da classe empresarial do estado a partir de 1988. Com uma sede própria e bem estruturada, a entidade ampliou o quadro de funcionários e expandiu os serviços que eram oferecidos para os empresários maranhenses.

Durante a década de 1980, com a abertura política do país e o cenário positivo na economia do Maranhão, o empresário José Arteiro da Silva enfrentava o desafio de continuar o legado do seu antecessor e amigo, o empresário Francisco Guimarães e Souza, e, ao mesmo tempo, conduzir as transformações necessárias para que as categorias econômicas representadas pela Federação do Comércio acompanhassem o momento de crescimento. Dando suporte ao desempenho das atividades da entidade, os trabalhos de Assessoria Sindical e de Assistência aos Sindicatos e da Assessoria Fiscal marcaram esse período de desenvolvimento da instituição.

Enquanto se organizava para melhor atender à sua clientela, a base de associados da Fecomércio aumentava. Em 1987, dois novos sindi-

30

Comércio em Revista

1953 a 1988 – Palácio do Comércio

Sistema Fecomércio|Sesc|Senac-MA

1954 Rua 7 de Setembro

1955 Rua Humberto de Campos

1988 Rua do Outeiro

2016 Avenida dos Holandeses

Administração Regional do Sesc na Avenida Gomes de Castro

Administração Regional do Senac na Rua do Passeio

Edifício “Francisco Guimarães e Souza” Francisco Guimarães e Souza foi um dos fundadores da Fecomércio-MA em 26 de agosto de 1953. Na primeira diretoria, ele ocupou o cargo de diretor-secretário. Dois anos depois, em 1955, foram convocadas novas eleições, quando o empresário Francisco Guimarães e Souza elegeu-se presidente da entidade, permanecendo no cargo por sucessivas reeleições até 20 de setembro de 1967. Doze anos depois, no dia 10 de agosto de 1979, Francisco Guimarães e Souza foi eleito mais uma vez para presidir a entidade, cargo que ocupou até a sua morte em 21 de abril de 1983. Com o falecimento do presidente, assumiu a direção da Fecomércio-MA o vice-presidente José Arteiro da Silva.

catos foram filiados: o Sindicato do Comércio Varejista de Feirantes de Bacabal e o Sindicato do Comércio de Vendedores Ambulantes de Caxias.

Com foco no planejamento, coordenação e execução da política de arrecadação da contribuição sindical e na assistência aos sindicatos filiados, a Assessoria Sindical reestruturou os processos de preenchimento de Guias de Contribuição Sindical e os serviços de orientação aos contribuintes. A Assessoria Fiscal concentrou seus esforços na reorganização do suporte à presidência nas áreas financeira, econômica, tributária e fiscal, estudando os processos submetidos à entidade e emitindo pareceres.

Todo esse trabalho foi fundamental para a conquista em 1988, da primeira sede própria da Fecomércio no Maranhão. O projeto contou com a colaboração e o apoio do presidente da Confederação Nacional do Comércio, Antonio Oliveira Santos, e do então diretor-tesoureiro da entidade, Elias Bufaiçal. A partir desse momento, a Fecomércio passou a contar com mais espaço e uma estrutura composta de amplas salas para a diretoria, sindicatos e demais setores administrativos, além de um auditório, batizado com o nome do empresário Elias Bufaiçal, que foi palco de importantes reuniões para a classe empresarial maranhense.

Passaram-se pouco mais de 30 anos, com um trabalho competente e eficiente do empresário José Arteiro da Silva à frente da presidência, a Fecomércio ampliou e consolidou sua atuação no estado. Os empresários maranhenses passaram a reconhecer a instituição como a legítima defensora dos interesses do setor produtivo, e com isso a Federação do Comércio sentiu a necessidade de uma ampliação da sua sede. Agora, com planejamento e muito trabalho, a instituição consagra uma nova fase da sua promissora história inaugurando o Condomínio Fecomércio/Sesc/Senac – Edifício Francisco Guimarães e Souza.

edição 195 agosto | setembro 2016

Comércio em Revista

31

POLÍTICA

Governo apresenta Programa “Mais Emprego” Reunião foi realizada na nova sede da Fecomércio e contou com a presença das principais entidades de representação empresarial.

Com a participação das principais entidades de representação empresarial do comércio maranhense, entre elas a Fecomércio, a Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas (FCDL) e a Associação Comércio do Maranhão (ACM), o Governo do Estado apresentou no dia 08 de agosto o projeto do programa Mais Empregos. A reunião realizada na nova sede da Federação do Comércio contou as presenças dos secretários de Estado Antônio Nunes, de Governo; Marcellus Ribeiro, da Fazenda; Simplício Araújo, da Indústria e Comércio; Julião Amim, do Trabalho e Economia Solidária; e Flávia Alexandrina, das Cidades e Desenvolvimento Urbano.

Durante o encontro, que contou ainda com as presenças do presidente em exercício da Fecomércio, Marcelino Araújo, e do superintendente, João Torres; e das presidentes da FCDL e da ACM, Socorro Noronha e Luzia Rezende; o secretário Nunes explicou

32

Comércio em Revista

as ações do Governo e as subdivisões do novo Programa em “Mais Emprego”, “Mutirão Rua Digna” e “Cheque-Moradia”.

“O objetivo dessa reunião foi apresentar, ainda que informalmente e de forma antecipada, o Programa Mais Emprego que o Governo do Estado irá lançar nos próximos dias. Além disso, manter o diálogo com os empresários para obter sugestões para esse Programa que visa combater o desemprego no nosso Estado. Essa foi uma determinação do Governador Flávio Dino para que o projeto fosse apresentado com antecedência e agradecemos a classe empresarial por essa oportunidade”, explicou o secretário de Governo, Antônio Nunes.

De acordo com o secretário da Fazenda, Marcellus Ribeiro, a reunião foi fundamental para as ações inicias do governo nessa nova implantação. “O Programa Mais emprego é inovador, direto, objetivo

Sistema Fecomércio|Sesc|Senac-MA

e tem um efeito multiplicador de emprego e renda, além de impulsionar as empresas. Esse encontro com as entidades de classe possibilitou o diálogo e sugestões importantes para darmos início ao projeto nesse primeiro momento”, destacou o secretário.

O presidente em exercício da Fecomércio-MA, Marcelino Araújo, parabenizou a iniciativa do Governo. “Agradecemos ao Governador Flavio Dino e aos secretários por essa iniciativa e por manter esse estreito diálogo com a classe empresarial. Reconhecemos esse Programa como mais um benefício para o comércio e vamos elaborar um único documento reunindo todas as sugestões das entidades de classe”, finalizou.

Programas O Mais Emprego visa garantir às empresas um crédito presumido no ICMS de R$ 500,00 por mês para cada emprego de carteira assinada criado no estado. Esse benefício deve valer pelos próximos seis meses, podendo ser prorrogado. Na pratica, a cada mês, o governo irá dar desconto de R$ 500,00 no ICMS das empresas por cada emprego gerado a partir da aprovação da lei. Isso corresponde a dizer que o Governo pode assumir os custos de até mais da metade do salário de cada trabalhador contratado, dependendo da situação e observadas as regras

previstas no projeto. O foco principal do projeto está no comércio, que pode ser largamente beneficiado no pior momento das vendas.

O Cheque-Moradia possibilita um crédito de R$ 5.000,00 a famílias maranhenses de baixa renda para que comprem material de construção para reforma de seus lares, com prioridade em instalações sanitárias. As empresas que se cadastrarem para aceitar o Cheque Moradia irão se ressarcir mediante desconto no ICMS. Nossa expectativa é melhorar desempenho da construção civil, que hoje tem nas obras estaduais o seu polo mais dinâmico.

O Mutirão Rua Digna permitirá ao Governo apoiar associações, sindicatos, cooperativas, etc, que queiram melhorar vias urbanas de menor tráfego em sistema de mutirão. Neste caso, o governo vai pagar pelo material inicial e pelos serviços, permitindo a recuperação de centenas de ruas, com a geração de muitos postos de trabalho.

De acordo com o Governo do Estado do Maranhão, esses programas formarão uma tríade socioeconômica que possibilitará, a um só tempo, a melhoria da qualidade de vida de milhares de maranhenses, a ampliação de empregos e a circulação de dinheiro, tendo como vértice o Estado, mas com a imprescindível parceria das empresas e da sociedade civil.

edição 195 agosto | setembro 2016

Comércio em Revista

33

COMÉRCIO

Maranhão realiza XXIII Fórum da Amazônia Legal Evento busca contribuir para criação de novas perspectivas para o crescimento do país O Maranhão sediou o XXIII Fórum de Presidentes, Superintendentes de Federações do Comércio e Diretores Regionais do Sesc e Senac da Amazônia Legal, que reuniu representantes da região norte do Brasil, além do Maranhão e Piauí.

O evento, que aconteceu em São Luís, teve como objetivo traçar estratégias para o fortalecimento do comércio de bens, serviços e turismo nesses estados que compõem a Amazônia Legal, proporcionando a troca de experiências bem sucedidas entre as entidades do Sistema Fecomércio.

Durante a solenidade de abertura, o presidente em exercício do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac no Maranhão, Marcelino Ramos Araújo, deu as boas-vindas aos participantes e destacou a importância do evento. “Essa edição ganha contornos ainda mais

34

Comércio em Revista

especiais em função do atual momento econômico e político vivenciado pelo nosso país. Enfrentamos uma crise poucas vezes vista no comércio de bens, serviços e turismo brasileiro, o que faz deste evento um instante de grande relevância para a proposição de estratégias que contribuam para a retomada da confiança dos empresários”, enfatizou Marcelino Araújo.

Na oportunidade, o presidente do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac no estado do Amazonas e coordenador do Fórum, José Roberto Tadros, explicou a relevância de o evento ser realizado pela segunda vez em São Luís. “É com muita alegria que retorno a esse estado, se hoje existe uma Amazônia forte as grandes decisões foram tomadas aqui.

Nessa edição, espero que possamos contribuir para

Sistema Fecomércio|Sesc|Senac-MA

o desenvolvimento e criação de novas perspectivas para o crescimento do país”, destacou Tadros.

A cerimônia contou ainda com a apresentação do Projeto Sesc Musicar, de educação musical para crianças, adolescentes e jovens desenvolvido em bairros da região metropolitana de São Luís, além da encenação do Grupo Tramando Teatro, que trouxe a interpretação de personalidades da história maranhense. Após a solenidade de abertura, foram iniciadas as reuniões que aconteceram durante todo o dia, divididas em cinco grupos de trabalho entre os presidentes, superintendentes e assessores jurídicos das Federações do Comércio, além dos Diretores Regionais do Sesc e Senac.

Ao final do dia, os presidentes, superintendentes, assessores jurídicos e Diretores Regionais do Sesc e Senac, realizaram a apresentação da síntese dos trabalhos desenvolvida durante as reuniões.

Após os trabalhos, foi realizado o jantar de encerramento da XXIII edição do Fórum da Amazônia Legal na Unidade Sesc Turismo, em São Luís.

Reuniões Durante a reunião dos superintendentes, estiveram em pauta assuntos como a importância da Representação, da criação dos Conselhos Empresariais de Turismo nas Fecomércios que compõe a Amazônia Legal, e da união dos estados participantes do evento em prol do fortalecimento nas negociações. “Esse é o momento em que são apresentadas as principais demandas para o desenvolvimento econômico das regiões que participam do Fórum.

Finalizamos o debate com os direcionamentos para alcançarmos os resultados”, explicou o superintendente da Fecomércio-MA, João Torres.

A reunião dos Diretores Regionais do Sesc contou com a presença do Chefe do Departamento de Administração, Operações e Processos, João Martins Ribeiro, do Departamento Nacional do Sesc, que avaliou de forma positiva a disposição dos representantes desses regionais em unir forças para resolver assuntos referentes aos estados que compõem a região Amazônica, incluindo o Piauí que também possui desafios semelhantes em diversas áreas, assim como os demais. “É a primeira vez que participo do evento. O Sesc é um só, mas esses estados possuem peculiaridades que a união tem ajudado a superar. Esse intercâmbio é importante meio de um ajudar ao outro”, destacou João Martins.

edição 195 agosto | setembro 2016

Presidentes de Federações do Comércio

Diretores Regionais do Sesc

Diretores Regionais do Senac

Superintendentes de Federações do Comércio

Comércio em Revista

35

CULTURA

Nove anos de Sesc Amazônia das Artes Evento propõe o intercâmbio de espetáculos e exposição de obras dos estados da Amazônia Legal e do Piauí As vésperas de completar uma década de circulação, o Sesc Amazônia das Artes se consolida como um projeto de referência na região amazônica por oportunizar o acesso a bens culturais por meio do estímulo, difusão e intercâmbio de produtos artístico-culturais, que valorizam a diversidade das linguagens e de propostas. Com lançamento nacional realizado no Maranhão, a Mostra iniciou no dia 5 de maio e circula os 10 estados integrantes com 02 exposições artes visuais, 01 performance, 03 espetáculos de dança, 04 espetáculos de música, 04 espetáculos teatrais e 11 exibições de cinema, totalizando 250 apresentações artísticas durante a circulação.

Em São Luís, a primeira atração a desembarcar foi à exposição “Já Fui Floresta”, do fotógrafo José Medeiros, que ficou em cartaz para visitação na Galeria de Arte do Sesc Administração, de 8 de abril a 6 de maio. As fotos em exibição tiveram

36

Comércio em Revista

como modelos os índios, povos de costumes singulares e donos de rica cultura.

No dia 5 de maio, uma coletiva de imprensa reunindo comunicadores, artistas e representantes do Sesc marcou o lançamento do projeto. A coletiva realizada no Hotel Gran São Luís, foi um espaço de troca de informações e contou com o feedback de artistas que já circularam em projetos do Sesc e grupos interessados em conhecer mais sobre o Sesc Amazônia das Artes.

No período da noite, o grupo paraense Quaderna abriu a programação com o show “Pregões – Melodias das Ruas”, no Teatro Arthur Azevedo.

Logo após, se apresentaram a Cia Em Cena Ação, do Amapá, com o espetáculo teatral “Malcriadas” e o performer Marcos Ferreira, com a intervenção “Desalinho”, levando o público do Teatro até a fonte do Ribeirão.

Em 2016, a Mostra circulou com dois espe-

Sistema Fecomércio|Sesc|Senac-MA

táculos infantis “Fiu Fiu – Um encontro entre pássaros”, do Grupo Tibanaré, do Mato Grosso, e “Música de Brincadeira”, do Grupo Capim Limão, do Acre, instigando a formação de plateia desde cedo.

Outro destaque foi a circulação das mulheres como protagonistas das apresentações, confirmando o espaço conquistado por elas no meio artístico. Em evidência, a dançarina piauiense, Janaína Lobo, em “Sotaque”; Elka Victorino, do Mato Grosso, em “Selfie” e as atrizes de Rondônia, Amanara Brandão, Agrael de Jesus, Jaque Luchesi e Zaine Diniz, no espetáculo teatral “As Mulheres do Aluá”.

Além dos grupos em curso pelos estados, as maranhenses também cederam seu talento para o projeto: Núbia e banda abriu o show “Travessia”, dos amazonenses Casa de Caba, e Camila Bouéri, Tássia Campos e Milla Camões, com “Uma é Pouco, Duas é Bom, Três é bem melhor”, antecedeu Irineu de Palmira e Banda, do Tocantins, com o show “Traduções”.

De acordo com a técnica de Cultura, Paula Barros, desde que adquiriu o formato de Mostra, as produções ganharam mais força e ênfase ao circular, assim como a inclusão de mais linguagens como Literatura e Cinema, que não havia no início, comprovou o amadurecimento e a consolidação do projeto que a cada edição evidencia mais as características locais.

Em 2016, o Regional do Maranhão comprova seu comprometimento em divulgar e incentivar as obras de raízes maranhenses, com quatro artistas da terra compondo a programação. Desalinho com o performer Marcos Ferreira; a intervenção literária Letralerta, de Celso Borges; a animação Chiaroscuro de Daniel Drummond na categoria Cinema e a Pequena Cia de Teatro, com o espetáculo “Velhos caem do céu como canivetes”.

Espectador desde as primeiras edições, André Bandeiras, 24 anos, estudante de Filosofia, aprecia todas as apresentações. “Não consigo definir uma apresentação que eu tenha gostado mais, porque gosto desde aquelas que têm uma pegada regional, àquelas que exigem reflexão”, afirmou.

A diversidade cultural da região amazônica percorre os nove estados integrantes da Amazônia Legal — Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Tocantins, Rondônia e Roraima — e o Piauí, promovendo troca de experiências entre público e artista como também promovendo o diálogo acerca da carência de políticas públicas indispensáveis para atenuar necessidades básicas do cidadão.

edição 195 agosto | setembro 2016

Comércio em Revista

37

HOMENAGEM

Contribuições à sociedade Senac recebe homenagem na Câmara de Vereadores de São Luís pelos 70 anos de serviços prestados.

O ano de 2016 tem sido de comemorações ao aniversário do Senac, que vem há 70 anos ajudando o setor do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do País a crescer. Desde 1946, foram mais de 63 milhões de atendimentos que aumentaram as chances de muitos brasileiros se inserirem no mercado de trabalho. No Maranhão, a Instituição consolida-se como referência em educação profissional e, com isso, recebeu justa homenagem da Câmara dos Vereadores de São Luís, durante sessão solene conduzida pelos vereadores Ivaldo Rodrigues, autor do requerimento, e Ricardo Diniz.

O Presidente do Sistema Fecomércio/MA, e do Conselho Regional do Senac, José Arteiro da Silva, agradeceu a proposição da Câmara de Vereadores de homenagear os 70 anos da Instituição. “Entendemos ser uma homenagem emocionante e justa, pois é im-

38

Comércio em Revista

portante que momentos como este sejam lembrados para valorizar a história do Senac”, destacou. Ao lado do Presidente, o Diretor Regional do Senac, Ahirton Lopes, recebeu o diploma em comemoração aos 70 anos da Instituição, contribuindo com o desenvolvimento social e educacional de São Luís.

O momento foi marcado também pela entrega do diploma a um dos servidores com mais de 30 anos no Senac. O servidor Oswaldo Araújo, admitido em 01 de agosto de 1984 recebeu a homenagem, representando todo o corpo funcional da Instituição. A sessão solene contou com a apresentação musical do Coral São João, que embalou os convidados com o hino nacional, hino de louvação a São Luís e canções da cultura maranhense.

“Trata-se de uma merecida homenagem a essa entidade, sem fins lucrativos, vinculada à Federação

Sistema Fecomércio|Sesc|Senac-MA

do Comércio, que presta valiosos trabalhos em prol do crescimento do país, em especial do nosso Estado e nossa cidade, tornando-se motivo de nossa iniciativa”, elogiou o vereador autor do requerimento, Ivaldo Rodrigues.

Os dirigentes receberam ainda da Câmara de Vereadores uma placa alusiva ao aniversário do Senac.

“Registramos nosso contentamento e o agradecimento de cada uma das pessoas que fazem o Senac no Estado do Maranhão, pois esta solenidade expressa um reconhecimento ao trabalho desenvolvido”, discursou o Diretor Regional do Senac, Ahirton Lopes. “É um estímulo à continuação e melhoria ainda mais do trabalho em desenvolvimento do Senac”, finalizou.

Participaram da solenidade a secretária municipal de informação e tecnologia, Tati Lima, representando o prefeito de São Luís, Edvaldo Holanda; a presidente da Associação Comercial do Maranhão, Luzia Rezende; o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de São Luís, Fábio Ribeiro; o conselheiro do Senai, Celso Gonçalo, representando o presidente da FIEMA, Edilson Baldez; e o diretor regional do Senai, Marco Moura da Silva.

Representantes de entidades empresariais, membros do Conselho Regional do Senac, diretores, gerentes e coordenadores do Senac também estiveram presentes na ocasião.

edição 195 agosto | setembro 2016

Comércio em Revista

39

SÃO JOÃO

Diversidade cultural e tradição

Difusão das manifestações folclóricas dentro do rico universo de diversidade e expressão popular foi a marca do Balaio de Sotaques 2016

É por meio da cultura que se constrói a identidade de um povo e se expressa à realidade de uma comunidade, o seu cotidiano, mitos, ritos e símbolos. Resgatando e difundindo essas raízes, mais uma vez o Serviço Social do Comércio (Sesc) apresentou a alegria, cores e ritmos do período junino em uma animada programação que aconteceu na capital São Luís e nos municípios de Raposa, Caxias e Itapecuru-Mirim.

O tradicional projeto Balaio de Sotaques é um espaço de difusão das nossas manifestações folclóricas dentro desse universo riquíssimo de diversidade e expressão popular.

Com uma eclética agenda de apresentações que contempla todos os sotaques do bumba-meu-boi e danças típicas da nossa identidade cultural como cacuriá e tambor de crioula, a edição deste ano esteve aberta ao público em São Luís de 22 a 25 de junho nas dependências do Sesc Turismo (Olho D’Água) e nos dias 23, 24, 27 e 28 de junho no Sesc Deodoro (Centro).

O lançamento da edição 2016 do Balaio de Sotaques foi realizado no dia 18 de junho, reunindo diretores do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac, empresários, representantes do poder judiciário, legislativo e órgãos ligados à cultura, imprensa, entre outros parceiros, em um grande e animado arraial realizado no Sesc Turismo.

Em uma atmosfera de alegria e ambiente familiar, o grupo Xote e Baião deu início à programação. A beleza e o bailar do Boi de Morros (sotaque de orquestra), encantaram o público. Em seguida, a Companhia Barrica, sob o comando de Zé Pereira Godão, animou os convidados com um vasto repertório de sucessos incluindo “Lua Cheia” e “Urrou meu Boi”. E finalizando a noite, toda a tradição do Boi de Axixá que embalou a todos com o encanto e magia de sua orquestra.

Além das atrações folclóricas, no Balaio de Sotaques o público também pôde degustar a saborosa culinária maranhense e apreciar o ritmo do forró pé-de-serra.

40

Comércio em Revista

Sistema Fecomércio|Sesc|Senac-MA

CAMPANHA

O Sesc que eu vejo Já conhece a ação O Sesc que eu vejo, da Campanha Sesc 70 anos? A ideia é revelar os vários olhares existentes sobre as formas de atuação da Instituição por meio de fotos, que comporão um livro comemorativo. Isso mesmo: sua foto pode ser uma das 140 que estarão registradas na comemoração de 70 anos do Sesc.

O canal utilizado para essa ação é o Instagram, uma rede social de fotos para usuários, gratuita, que permite a publicação e compartilhamento de imagens pelo celular.

A ação conta com cinco missões. Temas amplos que possibilitam ao público mostrar as mais diversas formas com que vê o Sesc. São elas: #Sesc_Abraça; #Sesc_Une; #Sesc_Ativa; #Sesc_ Inspira e #Sesc_Transforma.

Participar é simples: crie sua conta no Instagram (caso ainda não possua uma); publique a foto e marque com a tag da missão relacionada.

Para quem é funcionário, é necessário adicionar #equipesesc. Isso porque as fotos dos funcionários serão selecionadas separadamente das do público.

Certifique-se que seu perfil esteja no modo público, pois somente assim os curadores poderão ter

acesso às fotos para seleção.

Ao fim de cada missão, serão selecionadas 14 fotos, que serão publicadas no livro. E ao fim da ação, teremos 70 fotos selecionadas do público e 70 fotos selecionadas de funcionários.

Você pode participar com alguma foto antiga: de uma viagem a trabalho, de algumas férias, de um evento com colegas, por exemplo. Mas também pode mostrar todo seu talento e produzir uma foto especialmente para a ação. O que vale é sua participação. Não perca os prazos: todas as missões estão lançadas.

Hashtags #Sesc _Abraça, até 07/08/2016; #Sesc _Une, até 21/08/2016; #Sesc_Ativa, até 04/09/2016; #Sesc_Inspira, até 18/09/2016; #Sesc_Transforma, até 02/10/2016

edição 195 agosto | setembro 2016

Comércio em Revista

41

SUSTENTÁVEL

Meio ambiente em destaque Senac realiza semana de ações de incentivo à responsabilidade socioambiental Segundo o Ministério do Meio Ambiente, a humanidade já consome 30% mais recursos naturais do que a capacidade de renovação da Terra. Se os padrões de consumo e produção se mantiverem no atual patamar, em menos de 50 anos serão necessários dois planetas Terra para atender as necessidades de água, energia e alimentos. Pensando em trabalhar discussões sobre consumo consciente, o Senac no Maranhão realizou de 06 a 10 de junho, a Semana do Meio Ambiente 2016.

Todas as unidades do Senac desenvolveram atividades durante o evento, inclusive os Centro de Educação Profissional de Imperatriz, Caxias, Bacabal e Santa Inês, e os Postos Avançados de Balsas, Codó e Timon. Em São Luís, a programação incluiu o desenvolvimento de um projeto de Coleta Seletiva, Bazar Solidário, Exposição de fotos, Palestras, Campanha de Preservação Ambiental, Oficina de Materiais Recicláveis, Exposição sobre Descarte de Produtos Quí-

42

Comércio em Revista

micos na Área da Saúde e Beleza, Workshops, dentre outras atividades.

O evento proporcionou ações de incentivo à responsabilidade socioambiental e o consumo consciente de bens, produtos e serviços, visando à adoção de atitudes sustentáveis no dia a dia que cooperem para a preservação ambiental. Um dos destaques da Semana de Meio Ambiente foi a realização de uma campanha voltada ao descarte adequado de lixo eletrônico, a fim de conscientizar alunos, colaboradores e comunidade sobres os riscos ao meio ambiente e à saúde humana quando o descarte deste tipo de lixo é realizado de forma incorreta.

Coleta Seletiva Os alunos do curso Técnico em Meio Ambiente do Senac em São Luís apresentaram uma exposição com materiais reciclados com o objetivo de compartilhar os conhecimentos adquiridos ao longo do cur-

Sistema Fecomércio|Sesc|Senac-MA

so e de conscientizar a comunidade sobre a importância da coleta seletiva. Além disso, alertaram para a ameaça do esgotamento dos recursos naturais não renováveis que aumenta a necessidade de reaproveitamento dos materiais recicláveis, que são separados na coleta seletiva de lixo.

Para o instrutor de Legislação Ambiental, André Lima, a implementação desse projeto possibilita a conscientização dos alunos. “Temos vários materiais em casa que podemos aproveitar, a coleta seletiva trata da reutilização e separação de cada resíduo de acordo com suas características; o vidro, o papel, e todo esse material utilizado aqui pelos alunos foi de coleta, reaproveitamos papelão, plástico, vidro e metal.

Podemos reaproveitar também restos de comidas, como a borra do café, este material é muito útil para adubo de plantas, pois é um ótimo fertilizante para a terra, uma vez que torna o solo mais fértil e rico em nutrientes’’, explicou.

Com o tema “E eu com isso?”, a Semana do Meio Ambiente do Senac contou ainda com a participação dos alunos do curso de Aprendizagem em Serviços de Supermercados, que desenvolveram maquetes voltadas para a sustentabilidade, substituindo carrinhos convencionais por carrinhos produzidos por garrafas pets, trabalhando a destinação correta do lixo, o incentivo ao uso consciente dos produtos e o consumo de produtos orgânicos. Já os alunos do curso de Artesão em Pintura em Tecido, da Unidade Móvel, realizaram uma exposição de reciclagem na pintura, misturando panos e outras sobras de tecido para fazer peças de uso diário como roupas, bolsas, almofadas e capas para notebooks.

moveu, no espaço Gourmet, uma Oficina de Sucos Alternativos com o objetivo de mostrar que os sucos de frutas representam uma grande fonte de vitamina e sais minerais.

Para fechar a programação da Semana, a Unidade de Tecnologia da Informação do Senac ofereceu a palestra “Lixo eletrônico: Problemas e Soluções” aos alunos de Operador de Computador, Excel Avançado, Cad Design e Montador e Reparador de Computadores.

Unidades Senac O Senac em Santa Inês realizou palestras que abordaram temas como o impacto provocado pelas sacolas plásticas ao meio ambiente, o uso do copo descartável e da água, além feiras de artesanato com materiais reciclados. Em Bacabal, o Senac contou com a participação da comunidade e da Associação IEP, que tem como proposta produzir ‘sacolões’ com lonas de algodão, e apresentou a temática “E eu com isso?’’, visando suscitar nas pessoas o seu papel enquanto cidadão para a prática da sustentabilidade. Foi realizado também, um fórum abordando a atuação e estratégias do município referentes ao Lixão e ao Rio Mearim.

Os alunos das turmas de Cabeleireiro, Depilador, Recepcionista, Cuidador de Idosos, Artesão em Pintura em Tecido, Confeccionador de Bijuterias e

Alternativas na Gastronomia O Restaurante Escola também se fez presente durante a Semana do Meio Ambiente, com o curso de Agente de Informações Turísticas, que ofereceu informações de turismo sobre os atrativos naturais do Estado. O enfoque foi nas áreas de proteção ambiental como o Parque dos Lençóis Maranhenses, Ilha dos lençóis, Floresta dos Guarás e o Parque Nacional da Chapada das Mesas. Além disso, a unidade pro-

edição 195 agosto | setembro 2016

Comércio em Revista

43

Operador de Caixa, juntamente com os instrutores, confeccionaram objetos com materiais recicláveis para exposição, já as turmas de Montador e Reparador de Computadores e Operador de Computador apresentaram um seminário sobre Lixo Eletrônico, seu descarte e reaproveitamento.

A turma de Operador de Caixa também contribuiu com uma caminhada pelas ruas do centro da cidade no intuito de conscientizar a população bacabalense. Já a turma de Manicure e Pedicure ofertou um minicurso sobre reaproveitamento de alimentos, e a turma de Assistente Administrativo idealizou a campanha “Adote seu Copo”, que foi repassada para todas as outras turmas. Outro projeto de destaque foi elaborado pelos alunos do curso de Assistente de Recursos Humanos, que confeccionaram brinquedos com materiais recicláveis, doados posteriormente para a Creche Madre Esperança, localizada em um dos bairros mais carentes da cidade e que também recebeu o plantio de mudas cedidas pela Secretaria de Meio Ambiente.

“Eventos como este ratificam o trabalho incrível da instituição com seus alunos e evidencia a importância do nosso papel enquanto cidadãos para a prática da sustentabilidade em nosso cotidiano”, afirmou Geysa Santos, diretora do Processo de Licenciamento Ambiental do município e instrutora do Senac.

Já em Caxias, os alunos confeccionaram cartazes, painéis e objetos decorativos com materiais recicláveis. Para dar início às atividades, os alunos do curso Técnico em Meio Ambiente desenvolveram um painel de fotos e produziram dois documentários que mostraram ao público a situação em que se encontra os lixões da cidade, sensibilizando os envolvidos no evento a ter mais atenção sobre a condição que se encontra a cidade.

Dando continuidade às ações, os alunos do curso de Vendedor desenvolveram caixas coletoras com materiais reciclados, promovendo o descarte correto de vidro, plástico, papel e metal. Já a turma de Costureiro confeccionou roupas com materiais que antes seriam descartados, e as turmas de Artesão em Materiais Recicláveis desenvolveram a Oficina de Sacolas

44

Comércio em Revista

Descartáveis e confeccionou produtos para a Feira de Artesanato.

Os alunos da turma de Costureiro promoveram ainda, um desfile de bolsas e roupas com materiais que antes seriam descartados e que, por meio de atitudes sustentáveis, poderiam ser reaproveitados. Para encerrar as atividades, houve a Feira de Artesanato, que expôs todos os materiais desenvolvidos e confeccionados pelas turmas que participaram ativamente da Semana de Meio ambiente. Além de apreciar os objetos confeccionados, os envolvidos no evento também puderam adquirir os materiais expostos.

Sistema Fecomércio|Sesc|Senac-MA

AÇÃO SOCIAL

Ação Global 2016 Em mais uma participação de sucesso na Ação Global, promovido pelo Sesi e Rede Globo, o Senac cumpriu seu papel e realizou 891 atendimentos a pessoas carentes com serviços de corte de cabelo, limpeza de pele e oficinas de drinques e coquetéis, e salgados para festas. O evento aconteceu no campus da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e atendeu a 55.300 pessoas, com a atuação de mais de 200 parceiros e de 3.378 voluntários.

O montador de móveis Jorge Carlos Silva Costa soube da Ação Global através de uma amiga e aproveitou a oportunidade para cortar o cabelo. “O que vale nesse projeto é a intenção de ajudar o próximo, ter respeito pelo outro, então estou muito satisfeito com o atendimento”, declarou.

Alunos dos cursos de Técnico em Estética, Cabeleireiro, Cozinheiro e Garçom estiveram envolvidos nas atividades, que contaram também com o apoio de servidores voluntários do Senac. Ao todo, mais de 200 voluntários do Senac estiveram em ação, dentre eles, instrutores, alunos, coordenadores, gerentes e apoio operacional. A aluna do curso de Cabeleireiro e voluntária pela primeira vez da Ação Global, Priscila Fernanda, se diz realizada em poder ajudar, com seu trabalho, pessoas que não tem condições financeiras de ir ao salão. “Quando cheguei e vi a quantidade de pessoas fiquei um pouco nervosa por não conseguir atender a todos, mas agora está bem tranquilo e está sendo muito gratificante, pois é algo que fazemos com amor”, destacou.

As oficinas de Drinques e Coquetéis e Salgados para Festas atraíram um público de 69 pessoas, que puderam adquirir conhecimentos e técnicas no setor de Alimentos e Bebidas. Vale destacar que as oficinas foram ministradas por instrutores do Restaurante Escola, e acompanhadas pelos alunos que estão sendo treinados para a Competição Senac de Educação Profissional, evento que acontece este ano a nível nacional.

O Presidente em exercício do Sistema Fecomércio/MA, Marcelino Ramos Araújo, o Diretor Regional do Senac no Maranhão, Ahirton Lopes, e o superintendente da Fecomércio/MA, João Torres, prestigiaram o evento e visitaram os espaços em que aconteceram as ações de atendimento do Senac.

edição 195 agosto | setembro 2016

Comércio em Revista

45

ARTIGO

Estomaterapia: a ciência do cuidado especializado do enfermeiro Shirley Santos Martins - Enfermeira Mestre Estomaterapeuta Ti SOBEST do Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão, Coordenadora do Curso de Especialização de enfermagem em Estomaterapia pela Faculdade Gianna Beretta

Historicamente, a estomaterapia, que é uma especialidade exclusiva de graduados em enfermagem, surgiu no início da segunda metade do século XX na Cleveland Clinic, EUA. Deveu-se aos avanços da medicina que permitiu melhor sobrevida a pacientes que eram submetidos a realização de ostomias intestinais, que demandaram além do tratamento médico cirúrgico, assistência de enfermagem especializada. Esta, ao assumir a responsabilidade no cuidado a pessoas com estomias, também desenvolveu a competência técnico-científica da assistência no cuidados a pessoas com feridas agudas e crônicas, fístulas, drenos, cateteres e incontinências anal e urinária.

Ostomias, estomias, derivam da palavra grega “stoma” significa abertura de uma boca ou comunicação, portanto, estomias intestinais (colostomia e ileostomia) são cirurgias realizadas, tanto no cólon (intestino grosso) como no intestino delgado (íleo) e consiste na exteriorização do intestino através da parede abdominal, para permitir a saída do conteúdo fecal, quando há impossibilidade de realizar por via anal. Além das estomias para permitir exteriorização das fezes, há também as urostomias que têm a função de possibilitar a eliminação de urina quando esta é impossibilitada de ser feita pelas vias do trato uri-

46

Comércio em Revista

nário baixo ( ureteres, uretra e bexiga).

As pessoas podem viver ostomizadas em caráter temporário ou definitivo. Suas causas podem ter origem em doenças que acometem o intestino tais como câncer, doenças inflamatórias, doença diverticular até a traumas fechados por acidentes de trânsito, por exemplo, e também causados por arma de fogo, armas perfurantes, traumas fechados e outros. Segundo o INCA –Instituto Nacional do Câncer no Brasil, o câncer do cólon de reto está entre os cinco primeiros tipos de câncer mais frequentes e ocupa o quarto lugar, em termos de incidência para homens, e o terceiro, para mulheres.

O ostomizado é um indivíduo que exige a assistência da equipe multiprofissional de saúde, sendo o enfermeiro estomaterapeuta um profissional imprescindível para a seu restabelecimento, a fim de que seja devidamente orientado e ensinado a desenvolver habilidades e assim assumir o seu autocuidado quanto a manipulação do estoma, cuidados com a pele periestomal e uso de bolsas coletoras aderidas a pele, a fim de prevenir complicações e promover sua qualidade de vida. Esse profissional é responsável por realizar prescrição dos equipamentos coletores (bolsas) e adjuvantes e treinamento de auto irrigação.

Sistema Fecomércio|Sesc|Senac-MA

O ostomizado é um indivíduo que exige a assistência da equipe multiprofissional de saúde O Ministério da Saúde, por meio da portaria nº 400 de 16 de novembro de 2009 estabelece diretrizes nacionais para a Atenção à Saúde de Pessoas Ostomizadas, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Dessa forma é estabelecido o atendimento a todos os pacientes portadores de estomas urinários e intestinais que apresentem indicação para concessão de equipamentos coletores (bolsas), e define a aplicação da legislação da pessoa com deficiência ao estomizado. Dessa forma o paciente beneficiário deve ser cadastrado em um dos centros de referência no Brasil e ser submetido à avaliação clínica por profissionais médicos e enfermeiros.

No Maranhão, o Hospital Universitário da Universidade Federal em 1999 e até os dias atuais, é o único centro de referência a oferecer assistência de especialista em estomaterapia à população de ostomizados, que contava somente com a assistência individualizada, especialista, médicos coloproctologista, urologista e assistente social. Desde então, embora a distribuição dos equipamentos coletores seja feita pela Secretaria Municipal de Saúde, a avaliação das ostomias e lesões de pele, treinamento para o autocuidado, prescrição de bolsas e adjuvantes é realizado por estomaterapeuta.

Vale ressaltar que nos últimos anos os osto-

mizados obtiveram alguns benefícios garantidos por lei, que ainda são desconhecidos não somente pelo paciente, mas também pelos gestores das esferas públicas e privadas, dentre elas podemos citar as seguintes: Lei nº 12.738 de 30 de novembro de 2012, que obriga o Plano de Saúde Privado a fornecer de equipamentos coletores (bolsas) para colostomia, ileostomia e urostomia, assim como cateter (sonda) vesical de demora, além de coletor de perna para urina, para uso hospitalar, ambulatorial e domiciliar.

Lei nº 13.031, de 24 de setembro de 2014, que define sobre a caracterização de símbolo que permita a identificação de local ou serviço habilitado ao uso por pessoas com estomia, denominado Símbolo Nacional de Pessoa com Estomia.

No Brasil, o primeiro curso de especialização de estomaterapia surgiu na década de 90, Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo (EEUSP), e fundada a Sociedade Brasileira de Estomaterapia: ostomias, feridas e incontinências (SOBEST), ainda existem poucos especialista para atender a grande demanda do país. É importante lembrar que a SOBEST, órgão representativo da estomaterapia constituída por uma associação multidisciplinar, de caráter científico e cultural por meio da chancela do World Council of Enterestomal Therapists (WCET), tem fornecido o selo de qualidade no desenvolvimento na formação de profissionais enfermeiros para que possam atuar nas equipes de saúde, a fim de prestar assistência de enfermagem com qualidade a nossa população, seja na rede pública ou privada a pessoas com de estomas, feridas, incontinências urinária e anal, junto a clientes, família e equipes de enfermagem e multiprofissional.

edição 195 agosto | setembro 2016

Comércio em Revista

47

EXPORTAÇÃO

Investimentos no Porto do Itaqui Governo do Estado apresenta os resultados da movimentação no Porto para o primeiro quadrimestre do ano.

Durante entrevista coletiva no final de maio no Palácio dos Leões, a Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap) apresentou os números do Porto do Itaqui que movimentou, aproximadamente, R$ 7,3 bilhões em mercadorias nos quatro primeiros meses deste ano. Foram R$ 4,3 bilhões em exportações e R$ 3 bilhões em importações. A apresentação dos resultados contou com a presença do presidente da Emap, Ted Lago, e do secretário de Estado de Comunicação Social e Assuntos Políticos, Márcio Jerry.

O lucro líquido do quadrimestre (janeiro a abril) ficou 84,6% acima da previsão orçamentária e foi 12,3% maior que o resultado alcançado no mesmo período de 2015, fechando em R$ 17,6 milhões, valor equivalente à soma do lucro total da empresa nos anos de 2013 e 2014. Já a receita operacional bruta obteve crescimento de 11,5% sobre o mesmo período do ano anterior e de 7,1% em relação ao

48

Comércio em Revista

previsto. O indicador financeiro que mede a rentabilidade (margem EBITDA) fechou em 42,2% ao final de abril.

O Porto do Itaqui atualmente é reconhecido como um dos principais portos públicos do Brasil.

“O Porto do Itaqui, além de ser patrimônio do povo do Maranhão, tem importância vital na dinamização da economia de todo o corredor centro-norte do Brasil. Impactamos positivamente as receitas de oito estados e a vida de cerca de 50 milhões de pessoas”, afirmou o presidente da Emap, Ted Lago.

No ano passado, a Emap registrou lucro líquido de R$ 68,2 milhões, valor superior à soma do lucro dos quatro anos anteriores (2011 a 2014), que foi de R$ 55,9 milhões. Esses resultados ampliam a capacidade de investimento do Itaqui, com aporte de R$ 255,55 milhões em recursos próprios para o biênio 2016/2017. No mesmo período, será investido mais R$ 1,093 bilhão, da iniciativa privada, totali-

Sistema Fecomércio|Sesc|Senac-MA

zando R$ 1,348 bilhão para o porto.

Mesmo em um cenário de crise econômica internacional e retração da safra de grãos, foram registrados aumento de movimentação nas cargas especificas de soja (16%), milho (65%), trigo (157%) e fertilizantes (19%) e pequena redução de aproximadamente 1% na movimentação total de granéis líquidos em relação ao mesmo período de 2015. Destaque para a consolidação da exportação de gado vivo, com o embarque de mais de 11 mil cabeças de gado maranhense exportados para Venezuela e Líbano.

O secretário de Comunicação e Assuntos Políticos, Márcio Jerry, frisou a atenção que a gestão estadual tem destinado ao Porto do Itaqui e o compromisso com a publicidade dos resultados alcançados.

“Dada a importância estratégica que tem o funcionamento, a existência e a atuação da Emap, trazemos para conhecimento as principais informações sobre o desempenho do Porto do Itaqui”, explicou.

Infraestrutura e novos negócios Os resultados financeiros obtidos vêm possibilitando investimentos e melhorias na infraestrutura portuária. Neste ano foram finalizadas as obras civis do berço 108 e iniciadas as obras de manutenção estrutural do berço 105. Foram ainda implementadas melhorias e manutenção preventiva tanto na área de atracação de navios quanto nas vias de circulação e acesso ao porto.

A equipe do Itaqui também vem trabalhando para diversificar e ampliar o portfólio de clientes externos. Em cerimônia realizada no dia 17 de junho, no Palácio dos Leões, foi assinado o Memorando de Entendimento entre o Governo do Maranhão e a Singapore Cooperation Enterprise (SCE), organismo governamental de Singapura especializado em planejamento e desenvolvimento econômico. O documento foi assinado pelo vice-governador Carlos Brandão e pelo diretor da SCE, Evan Cheah. O Memorando de Entendimento representa a intenção de atuar de forma conjunta para definir as diretrizes gerais voltadas ao desenvolvimento das relações en-

tre o Maranhão e o Governo de Singapura com o intuito de viabilizar a troca de conhecimento na área de desenvolvimento econômico.

Entre os negócios internos destaca-se a parceria que vem sendo desenhada com o Porto Seco de Anápolis e as empresas Brado e VLI para fomento da movimentação de contêineres, trazendo e levando cargas para o Centro-Oeste do país. As negociações estão avançadas e são previstos embarques teste de grãos conteinerizados que serão movimentados pela Norte Sul e Estrada de Ferro Carajás.

Margem EBITDA EBITDA é a sigla em inglês para Earning Before Interests, Taxes, Depreciation and Amortization, que traduzido literalmente para o português significa Lucro Antes dos Juros, Impostos, Depreciação e Amortização. Em linhas gerais o EBITDA representa a geração de caixa operacional da empresa, ou seja, o quanto ela gera de recursos executando suas atividades operacionais, desconsiderando os efeitos financeiros e de impostos. É um indicador de desempenho largamente utilizado, sobretudo por analistas de mercado e companhias de capital aberto.

edição 195 agosto | setembro 2016

Comércio em Revista

49

D 1

AGENDA

Programe-se

S 2 T 3 Q 4 Q 5 S 6 S 7

14 a 17

10 a 13

| Setembro de 2016

16ª Feira do Comércio e Indústria de Imperatriz

12ª Feira Internacional de Beleza Profissional

A maior feira multissetorial do Maranhão chega em 2016 com o propósito de melhorar o cenário atual do comércio regional com a temática: Superando e Inovando.

Produtos, mobiliários, acessórios e equipamentos para salões de beleza, clínicas e spas, congressos e workshops. Com cerca de 500 expositores, será aberta somente a empresários.

Local: Centro de Convenções – Imperatriz-MA Informações: www.fecoimp.com.br

Local: Pavilhão Expo Center Norte – São Paulo-SP Informações: www.beautyfair.com.br/feira

21a 25

D 8 S 9

| Setembro de 2016

28 a 30

10 a 12

| Setembro de 2016

25º Encontro Nacional das Empresas de Asseio e Conservação

44ª Expo Internacional de Turismo

Ambiente para a exposição de produtos, equipamentos e serviços utilizados pelo setor de asseio e conservação, favorecendo o encontro entre empresas do ramo.

Local: Iberostar Premium Bahia Salvador-BA

Mais tradicional e importante feira de turismo brasileira. A ABAV consegue formatar uma feira para atender as necessidades do principal canal de distribuição de viagens no Brasil: as agências de viagens.

Local: Pavilhão Expo Center Norte São Paulo-SP Informações: www.abavexpo.com.br

Informações: www.eneac.com.br

T 10 Q 12

| Setembro de 2016

| Outubro de 2016

17 a 20

| Outubro de 2016

Q 13 S 14 S 15

16ª Feira de Supermercado de Alagoas Evento direcionado a empresários dos segmentos de supermercados, restaurantes, hotéis, buffets, conveniências, distribuidores, panificadores, equipamentos e serviços Local: Centro de Convenções Ruth Cardoso - Maceió - AL Informações: www.fesuper.com.br

18ª Exposição do Setor de Telecomunicações e Tecnologia da Informação O propósito do futurecom é reunir as forças do mercado e oferecer às empresas e profissionais um ambiente estimulante para o desenvolvimento de negócios e networking.

Local: Transamérica Expo – São Paulo-SP Informações: www.futurecom.com.br

BOAS HISTÓRIAS INSPIRAM E TRANSFORMAM PESSOAS. CONTE A SUA. Todos os dias, no Sesc, pessoas transformam pessoas através da educação, da saúde, da cultura, do lazer ou de tudo isso um pouquinho. Agora, chegou a hora do Brasil inteiro conhecer essas histórias.

Conte uma história de transformação que aconteceu no Sesc.

Acesse sesc70anos.com.br

PESSOAS TRANSFORMAM PESSOAS.

Empregador do Comércio, aproveite esta oportunidade:

Planos de saúde 1 a partir de R$ 209.

Só a Qualicorp e a FECOMÉRCIO-MA oferecem inúmeras e excelentes ĂůƚĞƌŶĂƟǀĂƐ ƉĂƌĂ ǀŽĐġ ĞƐĐŽůŚĞƌ ƵŵĂ ƋƵĞ ĂƚĞŶĚĂ ăƐ ƐƵĂƐ ŶĞĐĞƐƐŝĚĂĚĞƐ͘ >şĚĞƌ ĚĞ ŵĞƌĐĂĚŽ͕ ƚĞŵŽƐ ƉĂƌĐĞƌŝĂ ĐŽŵ Ă & KD Z /KͲD e mais ĚĞ ϰϳϬ ĞŶƟĚĂĚĞƐ ĚĞ ĐůĂƐƐĞ ƉĂƌĂ ŶĞŐŽĐŝĂƌ Ž ŵĞůŚŽƌ ƉĂƌĂ ǀŽĐġ͘

Opção, qualidade e credibilidade.

Deixe a Qualicorp oferecer o melhor para você.

0800 799 3003 De segunda a sexta-feira, das 9h às 21h; aos sábados, das 10h às 16h.

www.qualicorp.com.br/anuncio 1

ZΨ ϮϬϴ͕ϲϲ Ͳ ŽůĞƟǀŽ ƉŽƌ ĚĞƐĆŽ ŶĨĞƌŵĂƌŝĂ ;ƌĞŐŝƐƚƌŽ ŶĂ E^ ŶǑ ϰϳϭ͘ϰϭϱͬϭϰͲϲͿ͕ ĚĂ hŶŝŵĞĚ EŽƌƚĞͲEŽƌĚĞƐƚĞ͕ ĨĂŝdžĂ ĞƚĄƌŝĂ ĂƚĠ ϭϴ ĂŶŽƐ͕ ĐŽŵ ĂĐŽŵŽĚĂĕĆŽ ĐŽůĞƟǀĂ ;ƚĂďĞůĂ ĚĞ ĨĞǀĞƌĞŝƌŽͬϮϬϭϲ Ͳ D Ϳ͘ WůĂŶŽƐ ĚĞ ƐĂƷĚĞ ĐŽůĞƟǀŽƐ ƉŽƌ ĂĚĞƐĆŽ͕ ĐŽŶĨŽƌŵĞ ĂƐ ƌĞŐƌĂƐ ĚĂ E^͘ /ŶĨŽƌŵĂĕƁĞƐ ƌĞƐƵŵŝĚĂƐ͘ ĐŽŵĞƌĐŝĂůŝnjĂĕĆŽ ĚŽƐ ƉůĂŶŽƐ ƌĞƐƉĞŝƚĂ Ă ĄƌĞĂ ĚĞ ĂďƌĂŶŐġŶĐŝĂ ĚĂƐ ƌĞƐƉĞĐƟǀĂƐ ŽƉĞƌĂĚŽƌĂƐ ĚĞ ƐĂƷĚĞ͘ KƐ ƉƌĞĕŽƐ Ğ ĂƐ ƌĞĚĞƐ ĞƐƚĆŽ ƐƵũĞŝƚŽƐ Ă ĂůƚĞƌĂĕƁĞƐ͕ ƉŽƌ ƉĂƌƚĞ ĚĂƐ ƌĞƐƉĞĐƟǀĂƐ ŽƉĞƌĂĚŽƌĂƐ ĚĞ ƐĂƷĚĞ͕ ƌĞƐƉĞŝƚĂĚĂƐ ĂƐ ĚŝƐƉŽƐŝĕƁĞƐ ĐŽŶƚƌĂƚƵĂŝƐ Ğ ůĞŐĂŝƐ ;>Ğŝ ŶǑ ϵ͘ϲϱϲͬϵϴͿ͘ ŽŶĚŝĕƁĞƐ ĐŽŶƚƌĂƚƵĂŝƐ ĚŝƐƉŽŶşǀĞŝƐ ƉĂƌĂ ĂŶĄůŝƐĞ͘ ŐŽƐƚŽͬϮϬϭϲ͘