Comércio em Revista - edição 193

Ano XVIII • Edição 193 • Dez 2015 / Jan 2016

REFORMA da Rua Grande DÍVIDAS dos consumidores deve começar em janeiro na mesa de renegociação

Malta Filho: a representação comercial sempre foi o foco

Onde estão os presentes?

Consumidores estão preocupados com o número e valores dos produtos este ano.

CONTRIBUIÇÃO SINDICAL2016

www.fecomercio-ma.com.br

|

(98) 3131-7171

Natal mais modesto

EDITORIAL

As consequentes quedas nos níveis de consumo nas principais datas comemorativas do ano, agravadas com o aumento do desemprego e da inflação, resultaram em um pessimismo generalizado no comércio ao longo de 2015.

Nesse cenário, a última edição da Comércio em Revista traz como matéria de capa uma análise da intenção de consumo para o Natal deste ano em São Luís e em Caxias, demonstrando que o principal período para o comércio deve atrair consumidores, porém com mais cautela em relação a quantidade e valores dos presentes.

A pesquisa realizada pela Federação do Comércio do Maranhão revela ainda características das compras no período natalino, essenciais para que os empresários se adequem à realidade econômica atual com estratégias de vendas direcionadas para as necessidades dos consumidores.

A entrevista desta edição é com o empresário Antonio Monteiro Malta Filho, presidente do Sindicato dos Representantes Comerciais de São Luís, que destacou as perspectivas para o futuro, entre elas a de fazer uma gestão diferente, progressista e inovadora.

Outras reportagens desta edição tratam do nível do endividamento das famílias em 2015, que se manteve com índices superiores em relação ao ano anterior, e as propostas de requalificação da Rua Grande – principal via de comércio de São Luís. O fortalecimento da representação sindical com a participação da comitiva do Maranhão no Congresso Nacional do Sicomério também se destaca entre os principais assuntos deste exemplar.

Somado a isso, a Comércio e Revista dá continuidade ao seu novo projeto gráfico apresentado na edição anterior, com a integração dos temas relacionados ao Sistema Fecomércio/Sesc/Senac no Maranhão demonstrando a coesão de atuação das entidades aos nossos leitores.

Boa leitura!

edição 193 dezembro 2015 | janeiro 2016

Comércio em Revista

3

NESTA EDIÇÃO

28

FEDERAÇÃO DO COMÉRCIO DE BENS, SERVIÇOS E TURISMO DO ESTADO DO MARANHÃO PRESIDENTE: José Arteiro da Silva

CAPA

VICEPRESIDENTES Vilson Estácio Maia; Marcelino Ramos Araújo; Antonio de Sousa Freitas

Pesquisa mostra intenção de comprar presentes mais baratos neste Natal

DIRETORES Mauricio Aragão Feijó; Ivanilde Sampaio da Silva; Djalma Souza Chaves; José William Câmara Ribeiro; Manoel Antonio Souza Barbosa; Antonio Íris de Oliveira; José Ivan Ferreira; Reginaldo Pacheco de Sousa; Luís Joaquim Braga Sobrinho; João de Lima Filho; Paulo Henrique da Silva.

SUPLENTES DA DIRETORIA Antonio Luiz Monteiro Malta Filho; Raimundo Edson Rodrigues de Sousa; Francisco Eraldo Rodrigues de Moura; José dos Santos; João Borges Lira; Euclides Antonio Viêra; Antonio José Teixeira Luz; José Ribamar Ewerton Souza; Écio Gaston de Araújo; Sebastião Cândido Soares.

CONSELHO FISCAL Emanuel Caracas Dos Santos; José Pereira de Santana; Ivaldo Miranda Campos; Nagib Câmara Ribeiro; Raimunda Holanda da Silva; Flordilix Almeida de Amorim.

22

ARTIGO José Arteiro: uma análise sobre os empregos

SUPERINTENDENTE FECOMÉRCIO João Torres de Melo Saboia Neto DIRETORA REGIONAL SESC Maria dos Remédios Serra Pereira DIRETOR REGIONAL SENAC José Ahirton Batista Lopes COMÉRCIO EM REVISTA É UMA PUBLICAÇÃO DO SISTEMA FECOMÉRCIO/MA

RECORTES

06

Notas sobre economia, política e outros temas

ENDEREÇO Rua do Outeiro, nº 456, Centro São Luís - MA • Cep: 65025-670 CONTATO Fone: (98) 3131.7171 Fax: (98) 3131.7172 EMAIL ascom@fecomercio-ma.com.br PRODUÇÃO, REDAÇÃO E EDIÇÃO Assessoria de Comunicação Fecomércio: Max de Medeiros, Jovanna Abreu COLABORAÇÃO Assessoria de Comunicação Sesc: Viviane Franco, Lideney Ribeiro, manda Machado | Assessoria de Comunicação Senac: Andrea Barros, Layza Pereira Martins, Germana Plácido FOTOS Joaquim Neto, Ariana Araújo, Banco de Imagens.

Acesse as edições anteriores pelo site da Federação do Comércio do Maranhão:

www.fecomercio-ma.com.br

CAPA E DIAGRAMAÇÃO Cleiton Costa Os textos reproduzidos nas colunas Artigos não expressam a opinião desta publicação, sendo de total responsabilidade de seus produtores.

13

INADIMPLÊNCIA

Nível de endividamento das famílias em 2015 supera os índices registrados no ano anterior

08

Empresário Antonio Malta Filho conta sobre suas perspectivas para o futuro.

ENTREVISTA

20 TALENTOS

16

24

HISTÓRIA Sesc no Maranhão completa 68 anos de relevante atuação.

PROJETO Propostas e especificações do projeto de requalificação da Rua Grande.

Alunos do Senac participam de competições de conhecimento

42

FESTIVAL Alunos do Senac realizam Festival para estimular a produção audiovisual.

CULTURA 46 Aldeia Sesc Guajajara de Artes completa 10 anos de atividades culturais no Maranhão.

RECORTES

EMPREENDEDORISMO Como o objetivo de gerar oportunidades para a abertura de novos negócios e a ampliação e a inovação nas empresas, foi realizado entre os dias 18 e 21 de novembro a 8ª Feira do Empreendedor em São Luís. Considerado uma oportunidade de fazer novos negócios e se atualizar empresarialmente, o evento é uma iniciativa do Sebrae e acontece a cada dois anos reunindo expositores e consultores. Nesta edição, a Feira atraiu mais de 14 mil participantes, capacitou mais de 10 mil pessoas e resultou em R$ 5 milhões em negócios.

SUPERMERCADOS A Associação Maranhense de Supermercados (Amasp) promoveu no dia 27 de novembro, no Centro de Convenções Pedro Neiva de Santana, em São Luís, a 3ª Mostra de Produtos e Serviços e Workshop de Negócios em Supermercados. Aproximadamente 4 mil pessoas visitaram o evento, que contou com a exposição de produtos, equipamentos e serviços, além de palestras e cursos para profissionalizar e qualificar o setor.

PECUÁRIA O embarque bem-sucedido de cinco mil bois vivos pelo Porto do Itaqui, finalizado no final de novembro, representa mais uma oportunidade de negócios para a pecuária maranhense, que hoje conta com mais de 7,5 milhões de cabeças de gado. Apesar de ter sido realizada em caráter experimental, respondendo a uma contingência, já que o Porto da Vila do Conde, no Pará, teve as atividades suspensas, a operação já está sendo analisada pela direção do porto, pela empresa exportadora e pela Secretaria de Estado de Agricultura e Pecuária, para que, em breve, possa se tornar parte do portfólio de negócios do Itaqui.

ENERGIA O ano de 2015 está encerrando com o consumidor pagando a mais na sua conta de energia elétrica, não somente pelo reajuste no valor da tarifa, mas também prelo acréscimo previsto no Sistema de Bandeiras Tarifárias – verde, amarela e vermelha. Mas, desde que foi implantado, em fevereiro, a bandeira vermelha prevaleceu, com um acréscimo de R$ 0,45 para cada KWh consumido.

6

Comércio em Revista

Sistema Fecomércio|Sesc|Senac-MA

SUSTENTABILIDADE O Macrozoneamento Ecológico-Econômico do Maranhão (MacroZEE-MA) foi reconhecido pelo Governo Federal, após apresentação realizada por representantes do Governo do Estado no final de novembro, em Brasília.

A proposta de MacroZEE para o estado já havia sido aprovada pela Assembleia Legislativa do Maranhão, em resposta a encaminhamento feito pelo governador Flávio Dino e tornou-se lei (nº10.316), em 17 de setembro de 2015.

O macrozoneamento tem por objetivo orientar a formulação e implementação de políticas, planos, programas e projetos, públicos e privados, de elevação da qualidade de vida da população, levando em consideração as potencialidades, as vulnerabilidades, as restrições de uso e a necessidade de proteção dos recursos naturais, permitindo que se realize o pleno desenvolvimento econômico de forma sustentável.

IMPLANTAÇÃO A Prefeitura de São Luís anunciou no início de dezembro a implantação do Bilhete Único no sistema de transporte coletivo da capital maranhense. O serviço permite que o passageiro reembarque nos ônibus integrados sem precisar se deslocar aos terminais de integração, realizando o cruzamento das informações do Cartão de Transporte do usuário, permitindo assim o armazenamento de dados que possibilitam a integração temporal por até 90 minutos para as linhas urbanas. O início das operações está previsto ainda para o mês de dezembro.

ATACADISTA Por meio do Decreto 31.287/15, o Governo do Estado do Maranhão instituiu o subprograma ‘Mais Atacadista’ e reestruturou a tributação do ICMS para incentivar e desenvolver o setor atacadista a partir de 1º de janeiro de 2016. O decreto é parte integrante do ‘Mais Empresas’, programa estadual que tem o objetivo de fomentar e diversificar a indústria no Maranhão.

O incentivo constitui-se de crédito presumido do imposto em operações promovidas por atacadistas de forma que a carga tributária resultante seja de 2% nas operações de saída interna e interestaduais. A iniciativa vai possibilitar com que as empresas possam expandir suas operações, com vendas para outros estados. Com o benefício, o Maranhão está dando alicerce para o desenvolvimento do setor atacadista, propiciando competitividade nas operações interestaduais.

edição 193 dezembro 2015 | janeiro 2016

Comércio em Revista

7

ESTREVISTA

A representação comercial sempre foi o foco O empresário Antonio Monteiro Malta Filho, presidente do Sindicato dos Representantes Comerciais de São Luís, casado, pai de dois filhos, conta sobre sua trajetória profissional e as perspectivas para o futuro.

Como foi o seu primeiro contato com a representação comercial?

Eu nasci em São Luís no dia 26 de junho de 1962.

Meu pai, Antonio Malta, era de São Luís e minha mãe, Maria Emília Campos Malta, era do município de São Vicente Ferrer. Meu pai sempre trabalhou no comércio, ele era representante comercial e trabalhava no bairro da Praia Grande. O primeiro emprego dele foi num escritório de representação comercial chamado Silva & Linhares. Foi a partir da experiência que ele adquiriu nesse escritório que decidiu criar a própria empresa no ano de 1977. Então, eu praticamente nasci dentro de um escritório de representação comercial, pois comecei a trabalhar com o meu pai desde os 15 anos de idade. Eu sou filho único e estudei minha vida inteira no Colégio Marista, sempre dividindo o tempo entre os estudos e o trabalho no escritório do meu pai. Meu pai foi o meu maior professor, meu ídolo, um exemplo de cidadão, o homem mais honesto que eu conheci.

8

Comércio em Revista

Quais os produtos que ele representava?

Quando meu pai começou ele trabalhava como representante da Brasilit e várias outras indústrias.

Mas ele trabalhava principalmente com materiais elétricos, foi representante da Pirelli Cabos por mais de 35 anos. Nós chegamos a ter 22 marcas representadas.

O comércio para esse segmento elétrico já era grande nessa época?

Sim, nós vendíamos principalmente para a Alumar (Consórcio de Alumínio do Maranhão) que estava se instalando em São Luís e a Vale do Rio Doce também. Além disso, haviam várias outras empresas que se formavam em torno dessas duas grandes indústrias. Mas nós já tínhamos também outras empresas em São Luís há muitos anos, como o Centro Elétrico. Nessa época, o comércio era basicamente na área do Centro, somente depois que foi se expandindo para o São Francisco e

Sistema Fecomércio|Sesc|Senac-MA

outros bairros. Para se ter ideia, o Centro Elétrico, que é atualmente a maior empresa do estado especializada em materiais elétricos, foi um dos pioneiros a ir para o São Francisco, pois eles começaram na Rua Grande.

O senhor chegou a trabalhar em outras coisas?

Eu fiz faculdade de Direito, Administração e Teologia, mas não conclui as duas últimas. Cheguei a exercer a advocacia por algum tempo, aliás, ainda exerço de vez em quando. Mas a representação comercial sempre foi o foco da minha carreira profissional. Quando o meu pai passou a empresa para mim no final dos anos de 1980, eu procurei diversificar para outros segmentos empresariais.

Eu já herdava também da minha mãe uma fazenda, na qual eu investi na agropecuária. Hoje eu já passei o bastão para o meu filho e mantenho poucas atividades empresariais na área de representação comercial e, principalmente, no ramo imobiliário.

E chegou a trabalhar no interior do estado ou só na capital?

Eu morei três anos em Imperatriz e foi um período áureo naquela cidade, entre os anos de 1982 a 1985. Foi um período muito importante daquela região pela influência da explosão que foi o desenvolvimento de Serra Pelada. Hoje eu posso dizer que grande parte do meu patrimônio eu construí naquela época, sempre trabalhando como representante comercial.

O que mudou no ramo da representação comercial ao longo da sua carreira?

Mudou muita coisa. Antigamente o vendedor era apenas um tirador de pedidos, hoje ele precisa ser um consultor de vendas. O representante comercial é a primeira pessoa que vai lhe dar o crédito, ninguém conhece o cliente ainda e o representante é a primeira pessoa a visita-lo. Essa interligação entre a indústria e o comércio através do

edição 193 dezembro 2015 | janeiro 2016

Comércio em Revista

9

representante comercial sempre vai existir, mesmo sob a influência da internet e das novas tecnologias, pois a gente sabe que muitos pedidos de compra são realizados hoje em dia através da internet.

Então a internet é um grande auxilio no dia a dia?

Hoje você faz o pedido on-line, mais rápido.

Na época do meu pai era através do Telex , depois passamos para o Fax e hoje é tudo no computador.

Da mesa do cliente durante a visita você já passa o pedido para a indústria on-line.

As grandes redes que atuam tanto no atacado como no varejo também influenciaram na atuação do representante comercial?

Sem dúvida reduziu bastante o espaço para a atuação do representante, pois diminuíram também o número de estabelecimentos comerciais.

Em São Luís, por exemplo, chegamos a ter em torno de 15 lojas de médio porte somente no segmento de elétricos, e hoje é basicamente uma loja que cobre toda a cidade através das filiais. Mas, a função do representante comercial nunca vai acabar. Por mais que as grandes redes de atacado comprem diretamente da indústria, eles precisam repassar para os pequenos estabelecimentos que vão vender no varejo e esse trabalho é de respon-

10

Comércio em Revista

sabilidade do representante comercial. Inclusive, nós realizamos um movimento no Sindicato para conscientizar os empresários do setor atacadista e demonstrar que o custo é menor para a empresa se ela contrata um representante comercial para fazer essa negociação com os pequenos comércios que estão espalhados pelo Maranhão.

Considerando o tamanho do Maranhão e a distância do estado com relação aos centros produtores do Brasil, a logística é uma das maiores dificuldades dessa profissão?

Sempre foi, principalmente pela questão do frete. Se nós tivéssemos, por exemplo, indústrias no estado vizinho, o Pará, seria muito melhor porque teríamos o frete de retorno, sairia bem mais barato o frete para o Maranhão, pois o que mais encarece o frete é a questão do caminhão retornar vazio, não há produção local que ofereça essa frete de retorno. Além disso, São Luís é uma ilha, ou seja, só vem à cidade quem realmente quer vir para cá, não há passagem para outros lugares.

A crise política e econômica atual vem refletindo no comércio local?

Sem dúvida. A Rua Grande é o melhor termômetro para medir isso. Eu caminhava outro dia pela Rua Grande e ninguém chegou a esbar-

Sistema Fecomércio|Sesc|Senac-MA

Meu pai foi o meu maior professor, meu ídolo, um exemplo de cidadão, o homem mais honesto que eu conheci.

rar em mim, pouca gente passava pela rua e nós sabemos que aquela rua normalmente é um verdadeiro formigueiro de gente. As promoções que as lojas vêm realizando, fortemente influenciadas pela cultura norte-americana, é o que tem sustentado o consumo e atraído as pessoas para realizarem compras neste final de ano.

Como o senhor vê a carga tributária brasileira atual?

A carga tributária é um potencial inibidor do empreendedorismo. Atualmente, a única coisa que a gente espera é que o Governo do Estado respeite o que foi acordado com a gestão anterior e continue cumprindo o que já vem fazendo com relação à alíquota diferenciada para os atacadistas.

Como se costuma dizer, se o governo não atrapalhar já está de bom tamanho! Aliás, o Governo do Estado atual precisa de menos reunião e mais ação, porque está na hora de agir, já se passou um ano e o que nós esperamos dos próximos três anos é mais ação.

Como o senhor chegou ao Sindicato dos Representantes Comerciais de São Luís?

Foi por intermédio do meu pai, que era sindicalista e integrava a diretoria do Sindicato. Com o tempo eu fui naturalmente me integrando à entidade, participando das reuniões e, consequentemente, passei a fazer parte também de algumas gestões.

Quando eu me candidatei à presidência, fui eleito com 92% dos votos, o que me deixou muito orgulhoso. Nossa gestão encontrou o Sindicato com uma estrutura muito pequena e conseguimos transformá-lo, hoje a entidade está totalmente informatizada, possui várias parcerias e convênios, inclusive com o Sesc e o Senac, com o objetivo de oferecer qualificação profissional para os nossos representantes comerciais.

edição 193 dezembro 2015 | janeiro 2016

Comércio em Revista

11

O problema do baixo número de associativismo é uma questão para o Sindicato?

Infelizmente sim, as pessoas acham que sindicato é sinônimo de confusão, de briga, e é justamente o contrário. O nosso sindicato é, hoje em dia, independente político e economicamente, ou seja, trabalhamos unicamente para defender os interesses dos nossos representados. Em São Luís estão aproximadamente 4 mil representantes comerciais e no estado todo são algo em torno de 14 mil profissionais.

Falta união entre a classe empresarial?

Com certeza, normalmente o empresário costuma dizer que não tem tempo, mas tempo é uma questão de escolha. Eu também não tenho tempo sobrando, mas eu reservo uma parte do tempo do meu dia para me dedicar ao sindicato e à categoria.

Se todos se unissem, o sindicato teria muito mais força, a própria Federação do Comércio teria muito mais força do que já tem.

A força dos empresários é tão grande que criaram o Sesc e o Senac.

Exatamente, o Senac é maior referência na formação profissional do Brasil. O estudante quando obtém um certificado de formação no Senac, ele sai praticamente com uma vaga no mercado de trabalho assegurada. Quando tomei posse na presidência do Sindicato, um dos primeiros convênios que busquei concretizar foi com o Senac, com o objetivo de oferecer qualificação profissional para os nossos representantes comerciais.

O senhor se sente satisfeito com a gestão à frente do Sindicato?

Eu queria deixar claro que eu nunca tive a pretensão de ter uma administração no Sindicato melhor ou pior do que qualquer um dos meus antecessores, apenas quero fazer uma gestão diferente, progressista, inovadora, para que, quem sabe um dia, eu possa ser lembrado pelas futuras gerações.

12

Comércio em Revista

“Eu praticamente nasci dentro de um escritório de representação comercial, pois comecei a trabalhar com o meu pai desde os 15 anos de

Sistema Fecomércio|Sesc|Senac-MA

idade.”

CRÉDITO

As dívidas na mesa de negociação Indicadores demonstram famílias mais endividadas em 2015. Em São Luís, foi realizado evento para facilitar a renegociação de dívidas.

Ao longo de 2015, o percentual de famílias endividadas e inadimplentes no Brasil se manteve com índices superiores em relação ao ano anterior. Com a crise econômica e política estabelecida no país, a combinação entre a redução da renda real, aumento da taxa de desemprego e elevação dos juros, deve continuar a ampliar os efeitos do aperto monetário sobre a economia. De modo geral, especialistas já apontam que essa desaceleração econômica deve perdurar por mais algum tempo e se estender até 2016 e os brasileiros veem como consequência o poder de compra cair e o nível de endividamento aumentar.

De acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) da Confederação Nacional do Comércio (CNC), mesmo em um cenário econômico adverso, o percentual de famílias brasileiras com dívidas ou contas em atraso, ou seja, aqueles considerados inadimplentes, recuou na comparação mensal, passando de 23,1% em outubro para

22,7% em novembro, mas apresentou alta na comparação com o mesmo período de 2014 quando ficou em 18%. De outubro a novembro, também diminuiu o percentual de famílias endividadas de 62,1% para 61%, respectivamente. No entanto, assim como ocorreu com o percentual de inadimplentes, a fatia de endividados em novembro também é superior ao registrado em 2014 (59,2%).

Segundo o indicador, desde fevereiro não se havia observado queda na proporção de famílias com atrasos nos pagamentos. Para a CNC, a sazonalidade deste período do ano, junto com o adiantamento de parte do décimo terceiro salário, favorece a quitação de dívidas. Apesar da moderação observada nos indicadores de consumo das famílias, o aumento do custo do crédito, ao mesmo tempo em que ocorre retração do emprego e da renda real dos consumidores, mantém o nível de endividamento das famílias em patamares superiores aos de 2014. A sazonalidade de

edição 193 dezembro 2015 | janeiro 2016

Comércio em Revista

13

fim de ano também favorece a redução de atrasos nos pagamentos.

Nesse contexto, um estudo da Associação Nacional dos Executivos de Finanças Administração e Contabilidade (Anefac) demonstrou que a parcela da população brasileira que reserva o 13º salário para quitar as dívidas aumentou para 74% em 2015. Em 2014, o porcentual era de 68% e, dois anos atrás, era de 62%. Entre as principais dívidas que devem ser quitadas com o salário extra, estão as de cheque especial (39%), do cartão de crédito (44%), regularização do nome de negativados (4%) e dívidas com prestações do comércio em atraso (4%). Índice local O número de consumidores endividados em São Luís no mês de novembro de 2015, segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consu-

A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) orienta os empresários do comércio de bens, serviços e turismo que utilizam o crédito como ferramenta estratégica, uma vez que permite o acompanhamento do perfil de endividamento do consumidor, com informações sobre o nível de comprometimento da renda do consumidor com dívidas, contas e dívidas em atraso, e sua percepção em relação à capacidade de pagamento. A Peic é apurada mensalmente pela CNC desde janeiro de 2010. Os dados são coletados em todas as capitais dos Estados e no Distrito Federal, com cerca de 18 mil consumidores.

14

Comércio em Revista

midor (Peic) da CNC, alcançou a marca de 69,1%, contra 67,3% verificado no mês anterior. Já o número de endividados com contas em atraso, ou seja, aqueles considerados inadimplentes foi de 31,7%, revelando um aumento em relação a outubro de 2015 (31,3%) e ao mesmo período do ano passado quando o nível ficou em 27,1%.

O cartão de crédito representa 74,7% das dívidas dos consumidores de São Luís e em segundo lugar estão os carnês de lojas, que representam 12,9% das dívidas. Financiamento da casa (4,9%), crédito consignado (4,8%) e financiamento de carro (4,6%), também representam as dívidas atuais dos consumidores.

Em relação ao tempo em que as contas dos consumidores ludovicenses estão em atraso, a média ficou em 52,2 dias e o tempo médio de comprometimento com as dívidas é de 4,7 meses. Considerando o total da renda familiar dos consumidores, a média de comprometimento com as dívidas é de 29,6% da renda.

Para a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Maranhão (Fecomércio-MA), questões estruturais do mercado de trabalho e desequilíbrios macroeconômicos vêm mantendo a taxa de desemprego em patamares altos, o que consequentemente aumenta o índice de inadimplência.

“Soma-se a isso, o fato do poder de compra dos consumidores está cada vez mais fragilizado pela corrosão da inflação crescente e aumentos de juros, principalmente do cartão de crédito e cheque especial, o que tem feito com que as pessoas se aprofundem no endividamento”, alertou o presidente da Fecomércio-MA, José Arteiro da Silva.

Negociação Com o objetivo de ampliar e assegurar ao cidadão na situação de inadimplente a oportunidade de saldar débitos dentro de sua capacidade de pagamento, resgatando a condição de consumidor sem restrições, foi realizado nos dias 30 de novembro a 04 de dezembro, o I Balcão de Renegociação de Dívidas em São Luís. Promovido pelo Núcleo de Conciliação do Tribunal de Justiça do Maranhão, o evento reuniu

Sistema Fecomércio|Sesc|Senac-MA

Negociação Nos dois primeiros dias de realização do evento, aproximadamente 900 clientes renegociaram débitos. Só no primeiro dia, mais de R$ 300 mil em dívidas foram negociados entre aproximadamente

30 empresas.

diversas empresas da capital maranhense e contou com a parceria da Federação do Comércio do Maranhão, que com estande no local, apresentou serviços e orientação em prol da representação empresarial.

“Ações como essa são extremamente positivas em meio ao atual cenário de inadimplência estabelecido.

O Balcão de Renegociação visa facilitar a resolução de conflito dos consumidores, por isso a Federação do Comércio do Maranhão não poderia deixar de apoiar e participar desse evento que impulsionará a economia local, com consumidores quitando as suas dívidas antigas e recuperando o crédito”, explicou José Arteiro.

A ação integrou o programa “Consumidor Adimplente – Cidadão com Plenos Direitos”, idealizado pelo presidente do Núcleo de Conciliação do Tribunal de Justiça, desembargador José Luiz Almeida, e pelo coordenador, juiz Alexandre Abreu. Para Alexandre Abreu, o grande volume de negociação, não só no balcão, mas pelas empresas de forma geral, revela que o cidadão está buscando resolver suas questões como sujeito ativo da conciliação. “O Judiciário passa a ser fomentador dessa cultura de conciliação.

O nosso objetivo é facilitar o consumidor a resolver seu conflito sem precisar levar ao Poder Judiciário”, explicou.

edição 193 dezembro 2015 | janeiro 2016

Comércio em Revista

15

1946

HISTÓRIA

1949

Sesc, contribuindo com o desenvolvimento social do Brasil Completando 70 anos de trabalho em 2016, o Sesc se consolida como instituição de referência na área social ampliando o leque de serviços oferecidos e interiorizando suas ações de saúde, lazer, cultura, assistência e educação. Contribuindo para o desenvolvimento e bem estar social ao longo de sua história, a instituição construiu uma sólida estrutura com centros de atividades, unidades móveis, meios de hospedagem, sedes educacionais e consultórios destinados a comerciários, conveniados e comunidade em geral.

O Sesc foi criado em 13 de setembro de 1946 por meio da Carta da Paz Social. O documento foi produzido por empresários como o gaúcho João Daudt d’Oliveira, primeiro presidente do Conselho Nacional do Comércio, em favor da justiça social.

A primeira unidade foi instituída no Rio de Janeiro, oferecendo serviços como assistência à maternidade, infância e combate à tuberculose com o objetivo de diminuir os índices de mortalidade. Entre 1947 e 1949 surgiram as primeiras unidades executivas em

16

Comércio em Revista

diversos estados brasileiros.

O Sesc iniciou suas atividades nas áreas educação, recreação, cultura e saúde em 1951, definindo as duas primeiras como prioridade na Convenção Nacional dos Técnicos do Sesc, realizada em São Paulo. Entre 1952 e 1957 ampliou e modernizou seus serviços, construindo uma rede de Centros de Atividades, além de restaurantes, bibliotecas fixas e móveis, estes últimos uma novidade na época.

O lazer, essencial para a satisfação, equilíbrio e qualidade de vida do trabalhador conquistou espaço no quadro de atividades do Sesc em meados de 1974.

Após o regime militar, a instituição investiu em ações culturais, desenvolvendo diversos projetos dedicados ao teatro, cinema, artes plásticas, música e literatura.

Por meio dessa política, a cultura no Sesc assumiu a responsabilidade de utilizar as diversas linguagens como instrumento de transformação, mas também de preservação das tradições regionais.

O Sesc é uma instituição compromissada com a qualidade de vida da pessoa na terceira idade, seg-

Sistema Fecomércio|Sesc|Senac-MA

1947

1952

1957 11974 974 1983 1999 2003 2005 2008

mento que cresce a cada dia com o natural envelhecimento da população, e ao longo de 40 anos o Trabalho Social com Idosos (TSI) tornou-se uma referência, com atuação reconhecida pela Organização das Nações Unidas (ONU), por meio da promoção de atividades de integração e socialização em todo o país.

Em 1983 o Sesc deu início aos projetos nacionais nas cinco áreas de atuação, alcançando pessoas de diferentes idades e contextos sócio-políticos-econômicos por meio de projetos como o Brincando nas Férias e o Sesc Ciência.

Na década de 90, os campos da cultura e saúde são eleitos como prioritários e as regiões mais carentes do país são escolhidas para a implantação de novas unidades.

Na área da saúde, foi implantado em 1999 o projeto OdontoSesc na cidade de Esperança, Paraíba. A unidade móvel de assistência odontológica realiza o atendimento gratuito e campanhas educativo-preventivas em municípios que ainda não disponham de Unidades Sesc, oferecendo principalmente o tratamento de cárie, extração, limpeza e aplicação de flúor. Atualmente já são mais de 50 unidades

edição 193 dezembro 2015 | janeiro 2016

Comércio em Revista

17

espalhadas pelo Brasil, atendendo localidades com escassez de serviços odontológicos.

Visando atender indivíduos e grupos vulneráveis à insegurança alimentar e nutricional, o projeto Mesa Brasil Sesc, uma Rede Nacional de Solidariedade contra a Fome e o Desperdício de Alimentos, deu início em 2003 às ações educativas e de distribuição de alimentos excedentes ou fora dos padrões de comercialização, próprios para o consumo, viabilizando a complementação de milhares de refeições de crianças, jovens e idosos.

O BiblioSesc iniciou suas atividades em 2005 composto por unidades móveis que carregam 3 mil livros a todos os cantos do país. Clássicos da literatura, aventuras, ficções e histórias reais chegam às mãos de milhares de leitores e fazem parte da maior rede de bibliotecas móveis do Brasil.

Desenvolvendo um trabalho multifacetário e paralelo, a educação é o alicerce comum a todas as atividades: saúde, cultura, lazer e assistência social. Nesse sentido, o Sesc realiza inúmeras atividades educacionais, destinadas a todas as idades, como instrumento de transformação social e cidadania.

Em 2008, o Sesc encerra a década com a construção da Escola Sesc de Ensino Médio. Em fevereiro, a escola abriu suas portas para adolescentes, com idades entre 13 e 16 anos, que fizeram parte de uma experiência inovadora no cenário da educação no Brasil: ensino médio em tempo integral, em escola-residência. O objetivo do projeto é formar jovens que apresentem formação em diferentes áreas do conhecimento, tendo como pilares o domínio da língua inglesa, novas tecnologias e a qualificação profissional. Às vésperas de completar 70 anos, o Sesc apresenta atualmente mais de 500 unidades fixas e móveis e dá continuidade à busca pelo aprimoramento de suas ações e ampliação dos serviços e parcerias.

Sesc no Maranhão No dia 20 de novembro, o Sesc no Maranhão completou 68 anos de relevante atuação. Norteado pelas diretrizes e princípios que regem o trabalho da instituição em todo o país, a cada novo serviço oferecido pelo Regional, ação empreendida e espaço criado consolida-se como agente sociocultural para o desenvolvimento do estado, o que se tornou a sua marca registrada.

18

Comércio em Revista

Sistema Fecomércio|Sesc|Senac-MA

ASCOM | CCM - Fecomércio MA

Certificação

DIGITAL Mais agilidade no seu dia

2T@ @RRHM@STQ@ MNR LDHNR DKDSQNMHBNR BNL RDFTQ@MB@

& 1 -3(#

e-CPF

e-CNPJ

NF-e

NFC-e

(98) 3131 7168 (98) 99603 5575 www.fecomercio-ma.com.br

CT-e

CAPACITAÇÃO

Talentos na Olimpíada do Conhecimento O Senac participou de mais uma edição da Indústria de Talentos, promovida pelo Sistema Fiema, com o objetivo estimular a educação profissionalizante na indústria. O evento aconteceu no Centro de Convenções do Sebrae e sediou a realização do 9º Encontro Maranhense de Estágio, Etapa Estadual da Olimpíada do Conhecimento Senai Senac, Etapa Estadual Inova Senai, Grand Prix de Inovação, Espaço Sesi – Cultura e Robótica e 2ª Feira de Profissões para Indústria, que acontecem simultaneamente.

Presente na 2ª Feira de Profissões e competindo na Etapa Estadual da Olimpíada do Conhecimento, o Senac conquistou a atenção do público visitante através de orientações na escolha da carreira profissional. Na Etapa Estadual da Olimpíada do Conhecimento, o Senac participou das ocupações de “Serviço de Restaurante” e “Cozinha”, com 03 competidores em cada ocupação. Os alunos desenvolveram técnicas e competências através de quatro módulos que são avaliados pela equipe de

20

Comércio em Revista

instrutores do Senac: Lígia França, Thainara Rosa e Júnior Lisboa (Cozinha), e Aldo Martins, Edson Pereira e Luís Nogueira (Serviço de Restaurante).

Durante as provas, a equipe avaliou quesitos como sabor, temperatura, texturas, técnicas desenvolvidas nos cortes e cozimentos e apresentação dos pratos.

Já na Ocupação de “Serviço de Restaurante”, os critérios avaliados foram relacionados às habilidades sociais, conhecimentos técnicos, atitudes e valores, postura e simpatia, dentre outros. Os competidores Mateus Lobato, Victor Frazão e Felipe Duarte são egressos do curso de Garçom oferecido pelo Programa Senac de Gratuidade e demonstraram o que aprenderam em sala de aula nos módulos de Serviço de Bar, Serviço de Banquete, Casual e Tarefas Individuais.

A cerimônia de encerramento da Olimpíada do Conhecimento contou com a presença do Diretor Regional do Senac, Ahirton Lopes, e também reuniu familiares, instrutores, alunos e colaboradores.

Sistema Fecomércio|Sesc|Senac-MA

A competição expõe o talento de jovens estudantes da educação profissional e é uma das principais vitrines do país, no Maranhão 18 ocupações foram congratuladas, sendo 16 voltadas para o setor da indústria e duas voltadas para o comércio.

O medalhista da ocupação Serviço de Restaurante, Mateus Lobato, recebeu a notícia ao lado dos colegas e instrutores do Senac, que parabenizaram o jovem pela conquista. “Meu sonho é poder ajudar minha mãe a ter uma casa própria e essa medalha é apenas um passo para minha carreira profissional, pois minha autoestima cresceu muito e a vontade de estudar mais ainda”, declarou o jovem aluno. “Tenho fé que vou me sair bem na etapa nacional e trazer uma medalha para o Maranhão”, completou.

Na ocupação de Cozinha, o competidor Igor Henrique conquistou a vaga para a etapa nacional da Olimpíada do Conhecimento e saiu da solenidade com a medalha de ouro e o troféu de reconhecimento pela obtenção da maior nota nas duas ocupações do Senac.

Vale ressaltar que todos os competidores são egressos dos cursos de Cozinha e Garçom, oferecidos pelo Programa Senac de Gratuidade, que oportuniza vagas em cursos gratuitos a pessoas de baixa renda. Ao todo, 44 alunos participaram da Etapa Regional da Olimpíada do Conhecimento.

edição 193 dezembro 2015 | janeiro 2016

Comércio em Revista

21

ARTIGO

Uma análise sobre os empregos José Arteiro da Silva Presidente do Sistema Fecomércio -MA

O Natal vai se aproximando com perspectivas de crescimento mais modesto para as vendas no comércio em relação aos últimos anos. Como já prevíamos na Federação do Comércio do Maranhão, os empresários do comércio preferiram adiar ao máximo possível as contratações temporárias neste ano de 2015. O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC), pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Comércio (CNC) com o objetivo de produzir um indicador com capacidade de medir a percepção que os empresários do comércio têm sobre o nível atual e futuro de propensão a investir em curto e médio prazo, já apontava em novembro que 46,5% das empresas em São Luís não tinham interesse em realizar contratações de novos funcionários ou estavam planejando demitir.

Em outubro, segundo os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), foram eliminados 2.311 postos de trabalho formais no Maranhão, equivalente à redução de 0,47% em relação ao número de empregos com carteira assinada do mês anterior. Esse resultado se deu principalmente pelo recuo dos empregos formais no setor da Indústria de Transformação maranhense, que eliminou 1.879 postos de trabalho no período. Os únicos setores que registraram

22

Comércio em Revista

números positivos no mês foram o comércio, com a criação de 322 novos postos de emprego e a agropecuária com 26 novas vagas. No acumulado de janeiro a dezembro, o mercado de trabalho maranhense amarga a redução de 5.870 vagas com carteira assinada.

Levando em consideração somente a capital do estado, em outubro o mercado de trabalho ludovicense registrou a eliminação de 1.753 vagas, sendo que o comércio reduziu 84 postos, fato incomum para abrir o último trimestre do ano quando o comércio tradicionalmente inicia o período de contratações temporárias para atender o aumento da demanda do consumo. Nessa perspectiva, os municípios responsáveis por impedir que o estado registrasse uma variação negativa no crescimento dos postos de trabalho no comércio em outubro foram Balsas (+122 vagas), Timon (+61 vagas), Pinheiro (+33 vagas), Bacabal (+30 vagas) e Imperatriz (+30 vagas).

Com o mercado de trabalho comprometido, tem-se consequentemente um aumento do nível de desemprego. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) no terceiro trimestre deste ano, de julho a setembro, a taxa de desocupação no Maranhão chegou a 8,4%. Em São Luís, a taxa de de-

Sistema Fecomércio|Sesc|Senac-MA

No acumulado de janeiro a dezembro, o mercado de trabalho maranhense amarga a redução de 5.870 vagas. socupação já chega a 14,7%, o que representa um avanço de 5,6 pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano passado. Ainda de acordo com a PNAD, o rendimento médio real habitual do trabalhador ludovicense é de R$ 1.519, considerado o menor rendimento entre todas as capitais brasileiras.

Esses números relacionados ao emprego traduzem um cenário pessimista que ronda todo o país. De acordo com a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o volume de vendas do varejo ampliado registra queda de 6,0% nos últimos doze meses encerrados em setembro na comparação com o mesmo período do ano passado. Com isso, a Confederação Nacional do Comércio (CNC) já prevê que o comércio deverá encerrar este ano com queda superior a 7,0%.

Outro fator que vem deteriorando as condições de consumo das famílias e, consequentemente reduzindo a oferta de empregos no comércio, é a inflação. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, avançou em 1,01% em novembro, conforme divulgou o IBGE. Essa já é considerada a maior taxa para um mês de novembro desde o ano de 2002, quando inflação avançou 3,02%. No acumulado do ano, de janeiro a novembro, a inflação é de 9,62%, que também é o maior índice desde

2002. Já no acumulado dos últimos doze meses, a inflação já ultrapassa a barreira dos dois dígitos e chega a 10,48%. De acordo com o IBGE, a alta mais significativa no mês de novembro foi atribuída aos alimentos e bebidas, que registraram alta de 1,83% na comparação mensal.

De modo geral, esse cenário de empregos em queda, consumo em desaquecimento e inflação elevada resultou no fechamento de muitos estabelecimentos comerciais no país nos últimos meses. Um estudo realizado pela CNC com base nos dados do Caged indica recuo de 9,1% no número de estabelecimentos comerciais com vínculo empregatício no país no acumulado dos últimos doze meses até outubro quando comparado ao mesmo período do ano anterior.

Segundo o estudo, todos os dez segmentos do varejo registraram quedas no número de lojas, com destaque para os segmentos mais dependentes das condições de crédito tais como informática e comunicação (-14,4%), materiais de construção (-14,3%), veículos e peças (-11,9%) e móveis e eletrodomésticos (-11,7%). O estudo da CNC demonstra que em termos absolutos, o varejo brasileiro perdeu 64,5 mil estabelecimentos comerciais na média dos últimos doze meses.

O setor de hiper e supermercados, responsável por 32,6% das lojas em operação, eliminou 15,5 mil pontos de vendas. Em seguida vieram os segmentos de vestuário (-9,7 mil) e de materiais de construção (-9,5 mil).

Por tudo isso, os desafios para as empresas e trabalhadores brasileiros serão vários neste final de ano e devem se prolongar até o ano que vem, influenciados pela crise política e desconfiança das empresas em realizarem novos investimentos. No entanto, nossa expectativa é que a crise passe depressa e o comércio possa voltar a respirar com o vigor que lhe é necessário para continuar ampliando a oferta de empregos, gerando renda para a população e fazendo com que o Brasil retome o caminho do crescimento econômico.

edição 193 dezembro 2015 | janeiro 2016

Comércio em Revista

23

COMÉRCIO

Reforma da Rua Grande Audiência Pública discute propostas e especificações do projeto de requalificação urbana da principal via de comércio de São Luís.

Estimativas indicam que cerca de 80 mil pessoas passem diariamente pela Rua Grande, chegando a picos de 150 mil pessoas por dia durante os períodos próximos às datas comemorativas como o Natal. Ao todo, a rua possui mais de 120 lojas formalmente estabelecidas que vendem os mais diferentes produtos, desde tecidos, calçados, itens de vestuário, brinquedos, joias, eletrodomésticos, móveis ou utilidades domésticas em geral. Soma-se a esse comércio lojistas mais 200 bancas de vendedores informais distribuídos ao longo de toda a rua e outros 120 ambulantes que também montam suas barracas nas ruas transversais à Rua Grande. Assim forma-se o maior polo de comércio do estado que movimenta milhões de reais.

Apesar desse potencial econômico, alguns problemas enfrentados diariamente por consumidores, comerciários e empresários da região vêm prejudicando o andamento dos lucros e afastando

24

Comércio em Revista

clientes, que cada vez mais buscam os shoppings como alternativa para as compras. Entre os problemas, são apontados principalmente a iluminação pública deficiente, insegurança, dificuldade na mobilidade das pessoas em função da pavimentação irregular e a permanente disputa entre lojistas e vendedores ambulantes.

Dessa forma, com o objetivo de sanar parte desses problemas e, principalmente, valorizar o patrimônio arquitetônico colonial presente na Rua Grande, a Superintendência Regional do Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) pretende realizar uma requalificação urbana na área. No dia 15 de outubro foi realizada uma audiência pública no auditório da Câmara de Dirigentes Lojistas de São Luís na qual participaram representantes do Iphan, Prefeitura Municipal, Companhia Energética do Maranhão (Cemar) entidades empresariais e vendedores ambulantes

Sistema Fecomércio|Sesc|Senac-MA

para debater os detalhes do projeto.

Na ocasião, a então superintendente regional do Iphan no Maranhão, Kátia Bogéa, juntamente com representantes da Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes e Secretaria Municipal de Urbanismo e Habitação, realizaram a exposição das intervenções que serão executadas na Rua Grande, do cronograma e da dinâmica de realização das obras, que devem durar por aproximadamente um ano e meio.

Visão atual da Rua Grande

novos modelos de iluminação e bancos concentrados de apenas um lado da via; lixeiras subterrâneas concentradas nas proximidades de quatro ruas transversais à Rua Grande; e mudanças nos sentidos de tráfego de veículos em algumas ruas como a Rua da Paz. Durante a discussão com os empresários na Audiência Pública foi definido que o início das obras do projeto de requalificação urbana da Rua Grande, inicialmente previstas para iniciar em outubro deste ano, deverão ser iniciadas somente em janeiro de 2016 com o objetivo de não prejudicar as vendas no período natalino. A superintendente do Iphan explicou que as obras, que deverão durar até um ano e meio, serão executadas quadra a quadra da rua com objetivo de causar o mínimo de transtornos aos empresários da região. Nesse sentido, outro ponto destacado pelos empresários foi a necessidade de se ter acesso antecipado ao cronograma de execução da obra em cada quadra, visando dar tempo de cada lojista se planejar para o período em que as obras estiverem acontecendo em sua porta.

Depois da supressão da fiação aérea

Requalificação Entre as melhorias estão previstas a supressão da fiação aérea que passará a ser totalmente subterrânea, incluindo cabos de energia, telefone e internet; nivelamento da rua e da calçada com piso único em granito para facilitar a mobilidade das pessoas; desenvolvimento de uma linha central de drenagem para escoamento da água da chuva;

edição 193 dezembro 2015 | janeiro 2016

Comércio em Revista

25

CONGRESSO

Força à representação sindical Presidentes de sindicatos patronais maranhenses participaram do Congresso Nacional do Sicomércio no Rio de Janeiro A importância da segurança jurídica e de uma legislação adequada para que as empresas possam voltar a investir foram os destaques dos debates durante o Congresso Nacional do Sistema Confederativo da Representação Sindical do Comércio (Sicomércio), que aconteceu entre os dias 28 e 30 de outubro no Hotel Windsor Barra, no Rio de Janeiro. Para participar das discussões, uma comitiva de 12 presidentes sindicais ligados à Federação do Comércio do Maranhão esteve presente ao evento.

Realizado pela Confederação Nacional do Comércio (CNC), o Congresso é considerado uma grande oportunidade de intercâmbio de ideias e práticas entre as entidades sindicais do comércio brasileiro. Com o tema “Atuação Sindical”, o encontro reuniu representantes de 27 federações estaduais, sete nacionais e cerca de mil sindicatos patronais para discutir questões como os custos

26

Comércio em Revista

trabalhistas, a produtividade, a terceirização, a modernização das relações de trabalho, negociação coletiva e o novo Código Comercial.

“Com a discussão de temas atuais sobre o setor do comércio de bens, serviços e turismo, o evento se constitui de forma essencial para que o sindicalismo patronal busque por estratégias para o desenvolvimento do Brasil nesse atual cenário de desaceleração econômica. Significa o fortalecimento com base em ações propositivas e qualificadas”, destacou o vice-presidente da Fecomércio-MA e presidente do Sindicato do Comércio Atacadista de Drogas e Medicamentos, Marcelino Ramos Araújo.

Palestras Na abertura do evento, o presidente da CNC, Antônio Oliveira Santos, destacou a importância

Sistema Fecomércio|Sesc|Senac-MA

do Congresso. “O Sicomércio visa fortalecer por meio de um fórum com foco diretamente voltado à atuação dos sindicatos, das federações e da Confederação, alinhando conhecimento e promovendo debates para que tenhamos como resultado uma só voz: a Voz do Comércio”, disse Oliveira Santos.

A programação contou com a presença do ministro Marco Aurélio Mendes de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), que abordou diversos aspectos da sociedade e do Estado brasileiros, além de criticar a carga tributária como gravosa para a economia nacional.

O custo da rotatividade para os negócios também foi um dos assuntos abordados no Congresso do Sicomércio. Na ocasião, o mestre em Finanças e Controle Geral pelo Coppead da UFRJ e membro do Conselho de Relações do Trabalho da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Fernando Teixeira, destacou que entender o modelo do negócio é importante para ser assertivo ao tentar alterar a rotatividade e afirmou que a gestão da rotatividade passa por uma agenda de recursos humanos que busca investimentos em quatro pilares básicos: treinamento e desenvolvimento, ambiente de trabalho (liderança), carreira (oportunidade e crescimento profissional) e remuneração variável conforme o desempenho.

Para um dos mais respeitados especialistas na área de relações do trabalho, o professor José

Pastore, os líderes sindicais patronais não podem desperdiçar as oportunidades que o atual cenário oferece para a promoção das mudanças trabalhistas e previdenciárias de que o Brasil precisa. “Historicamente, as mudanças nesses setores ocorrem nas crises, e não nos momentos de normalidade.

Assim, se temos no momento problemas, temos também oportunidades para mudar”, disse Pastore.

Em relação aos efeitos que os encargos geram na produtividade das empresas, o professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP, Hélio Zylberstajn, explicou que a legislação trabalhista acaba encarecendo o trabalho e dificultando a geração de emprego, mas ainda é possível perseguir um crescimento na produtividade, via remuneração por desempenho e negociação coletiva, apontados como alternativas pelo especialista.

edição 193 dezembro 2015 | janeiro 2016

Comércio em Revista

27

CAPA

Natal das lembrancinhas Apesar do consumidor estar disposto a ir às compras, pesquisa mostra que a intenção é comprar presentes mais baratos.

Os números da economia brasileira não são bons e o consumidor parece que vem sentindo o impacto negativo desse cenário diretamente no bolso. Após consequentes quedas nos níveis de consumo nas principais datas comemorativas do ano, que tradicionalmente serviam como alavancas de impulsão para o comércio em momentos de crise, este ano a desconfiança com relação principalmente à estabilidade no emprego e à deterioração do poder de compra das famílias pela inflação crescente resultaram em um pessimismo generalizado no comércio e fracos desempenhos de vendas ao longo de 2015.

Com base nos dados da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a Confederação Nacional do Comércio (CNC) já revisou para baixo as expectativas de fechamento das vendas no acumulado deste ano no varejo brasileiro por nove vezes.

28

Comércio em Revista

Segundo a CNC, a perspectiva atual é de queda de 4% nas vendas do varejo restrito e retração de 7,6% no varejo ampliado, aquele que inclui os setores de automóveis e materiais de construção.

Especificamente para o período natalino, a expectativa da CNC é de que as vendas registrem sua primeira queda em 11 anos, levando o varejo a oferecer menos vagas temporárias voltadas para essa data comemorativa em 2015. Considerando-se os juros ao consumidor em níveis recordes e a confiança das famílias registrando seguidamente pisos históricos mensais, a Confederação Nacional do Comércio revisou de -4,1% para -4,8% sua estimativa de variação do volume de vendas natalinas em 2015.

No estudo lançado pela Confederação, à exceção dos segmentos de farmácias e perfumarias (+1,0%) e de artigos de uso pessoal e doméstico (+2,8%), todos os demais segmentos apontam para um re-

Sistema Fecomércio|Sesc|Senac-MA

sultado negativo na principal data comemorativa do varejo brasileiro. As maiores perdas deverão ocorrer nos ramos de móveis e eletrodomésticos (-17,6%) e de livrarias e papelarias (-15,1%). Ainda na análise da entidade, mesmo diante da perspectiva de queda atingindo seis dos oito principais segmentos do varejo em relação ao Natal de 2014, a data deverá movimentar R$ 31,76 bilhões neste ano.

“Mesmo com o cenário nada animador, é importante que os empresários se adequem à realidade econômica atual com estratégias de vendas direcionadas para as necessidades dos consumidores, para que assim, possam fechar o ano com resultados mais positivos do que os registrados até agora”, avalia o presidente da Fecomércio-MA, José Arteiro da Silva.

Natal no Maranhão A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Maranhão (Fecomércio-MA) realizou pesquisas de intenção de consumo para o Natal em São Luís e Caxias. Na capital maranhense, o levantamento realizado em parceria com a Câmara de Dirigentes Lojistas de São Luís (CDL) apontou que 79,1% dos consumidores ludovicenses pretendem comprar algum produto para presentear neste final de ano. Na comparação com o mesmo período do ano passado, o índice de intenção de compras registrou crescimento de 8,36%.

Já em Caxias, o estudo realizado em parceria com o Sindicato do Comércio Lojistas de Caxias (Sindilojas) e Câmara de Dirigentes Lojistas de Caxias (CDL) demonstrou que 75,5% dos consumidores caxienses pretendem comprar presentes natalinos, o que representa crescimento de 0,13% sobre o índice registrado em 2014.

Apesar do avanço das intenções de compras, motivado principalmente pelo apelo emocional do

período em que as pessoas tradicionalmente preferem comemorar em casa trocando presentes com a família, os consumidores demonstraram também muita cautela com relação aos gastos. Em São Luís, a média de gastos pretendidos pelos consumidores para as compras, incluindo os presentes e a comemoração, ficou este ano em R$ 356, enquanto a média por produto ficou em R$ 137. Na comparação com o ano passado, o valor médio geral das compras manteve-se estável (desconsiderando a inflação acumulada no período) e o valor médio por produto/ presente registrou um recuo de 26,3%. Já em Caxias, a média de gastos para as compras ficou em R$ 217 e a média por produto ficou em R$ 88. Em relação a 2014, o valor médio geral das compras obteve uma redução de 19,6% e o valor médio por produto/presente também registrou um recuo de 35,8%.

Uma das explicações para essa redução na perspectiva de gastos dos consumidores é a percepção das pessoas de que a sua renda real vem sendo consumida pelo avanço das taxas inflacionárias – o índice de preços ao consumidor amplo medido pelo IPCA acumulado nos últimos 12 meses é de 9,93%, além da taxa Selic (taxa básica de juros) fixada em 14,25% e que reduz o crédito demandado no mercado. Nesse sentido, o trabalhador que não teve aumento de salário nos últimos doze meses está com pelo menos 10% a menos de poder de compra em relação ao mesmo período do ano passado.

Outro fator que vem influenciando negativamente o espírito natalino dos consumidores é a insegurança com relação ao emprego atual, em função do desaquecimento da economia as empresas estão ampliando os cortes de custo e reduzindo os quadros de funcionários. Com isso, muitos trabalhadores estão preferindo usar o 13º salário, por exemplo, para o

edição 193 dezembro 2015 | janeiro 2016

Comércio em Revista

29

pagamento de dívidas antigas ou guardar uma parte para as dívidas do início do ano do que gastar com os presentes de final de ano. No Maranhão, segundo o levantamento do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o benefício do salário extra injetará R$ 2,36 bilhões na economia do estado este ano, o que representa um aumento de 8,12% sobre o montante pago em 2014.

De acordo com uma pesquisa encomendada pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) com pessoas que recebem 13º salário, 46% dos entrevistados afirmaram que o destino para o dinheiro extra será o pagamento de dívidas. Já a pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) mostra que quase um terço dos consumidores que recebem o dinheiro extra no final do ano irão economizar ou investir. Entre os que não pretendem gastar tudo no Natal, 30% têm como objetivo quitar as dívidas.

Para o presidente da CDL São Luís, Fábio Ribeiro, mesmo com todos os desafios a serem enfrentados neste final de ano, os empresários devem permanecer acreditando no potencial de vendas do Natal. “Não devemos alimentar o pensamento de que o final de ano será de péssimo desempenho para o comércio, afinal o Natal é uma data aguardada por todos, e o lojista sabe que por mais difícil que seja o ano, dezembro é sempre um mês de recuperação de perdas”, avalia.

com menos de 20 anos, com 71,3%. Na análise por grau de instrução, a pesquisa apontou que aqueles com ensino superior são os mais predispostos ao consumo, com 86,1% de intenção de compras, seguido das pessoas com ensino fundamental (77,1%) e ensino médio (73,8%). Quanto à renda, as famílias que recebem mais de seis salários mínimos demonstraram 95,3% de intenção de compras, caindo para 89,7% entre os que recebem de três a seis salários mínimos e alcançando 65,4% entre os entrevistados com renda familiar inferior a três salários mínimos.

O número de presentes pretendidos pelos consumidores que vão às compras manteve-se estável com ligeira tendência de queda. Aqueles que pretendem comprar apenas um produto somaram 41,4% (retração anual de 0,24%), dois produtos foram de 32,0% (retração anual de 7,2%) e três produtos alcançaram 15,5% (retração anual de 2,5%). A maior

Pretendem comprar algum produto (São Luís)

São Luís A pesquisa de intenção de consumo para o Natal em São Luís, realizada pela Fecomércio-MA e CDL, mostrou que no corte por gênero, os homens, com 81,4% de intenção de consumo, estão ligeiramente mais predispostos ao consumo do que as mulheres, que somaram 77,2% de intenção de consumo. Na visualização por faixa etária, os consumidores com idade entre 21 a 35 anos destacaram-se com 81,3% de intenção de consumo, seguido de perto das pessoas com mais de 36 anos, com 81,2%, e por fim aqueles

30

Comércio em Revista

Sistema Fecomércio|Sesc|Senac-MA

Sim

Não Homens

81,4% Mulheres

77,2%

41,

4%

dos ludovisenses pretendem comprar apenas um produto

queda na intenção de compras foi verificada entre os consumidores dispostos a comprar quatro produtos, que este ano foi indicado por 4,7% dos entrevistados, resultando em uma queda de 42,0% na predisposição de comprar tantos presentes neste Natal em comparação ao ano passado.

Em relação aos produtos que serão comprados, a pesquisa indicou que as preferências dos consumidores este ano estão concentradas entre os artigos de vestuário (61,9%), brinquedos (34,4%), calçados (23,3%) e itens de perfumaria e cosméticos (15,6%). Outros produtos que também foram citados em 2015, mas obtiveram menor peso na preferência dos consumidores, foram joias e relógios (6,4%), aparelhos de celular e smartphone (4,3%), artigos de cama, mesa e banho (2,8%), eletrodomésticos da linha branca como geladeira, fogão e microondas (1,9%), livros (1,8%), artigos esportivos (1,4%), bebidas como whisky, vinho ou champanhe (1,4%), bicicleta (1,3%), tablet (1,3%), viagem (1,1%), chocolates (1,0%) e computadores ou notebooks (1,0%).

Embora se mantenham no topo da lista de preferência dos consumidores ludovicenses, o quarteto

de produtos principais registraram queda nas intenções de consumo na comparação anual. Os artigos de vestuário recuaram 7,9%, os brinquedos diminuíram 4,4%, os calçados caíram 19,1% e os itens de perfumaria e cosméticos registraram queda de 31,3%.

A forma de pagamento que mais se destacou no levantamento deste ano foi o cartão de crédito, que alcançou 50,4% das indicações dos consumidores, o que representa um avanço de 15,3% sobre a preferência registrada no ano passado por essa modalidade de pagamento. O uso do dinheiro para realizar as compras à vista ficou na segunda colocação em 2015, com 43,4% da preferência, revelando uma queda de 32,7% sobre a escolha de 2014. O pagamento com cartão de débito ficou na terceira posição com 19,3% e o crediário ou carnês de lojas pontuou apenas 0,1%.

A preferência pelo uso do cartão de crédito é maior entre os consumidores com renda familiar mensal superior a seis salários mínimos, com 61,6% de indicação por essa modalidade de pagamento, recuando para 49,5% entre aqueles com renda de três a seis salários e chegando a 47,1% entre as pessoas com renda inferior a três salários. No caminho inverso, a preferência pelo pagamento à vista com dinheiro é maior entre os consumidores com renda inferior a três salários, com 56,0% da escolha por essa forma de pagamento, caindo para 37,0% entre aqueles com renda de três a seis salários e chegando a 30,7% para os recebem acima de seis salários.

Para os locais onde deverão realizar as compras, 59,4% dos consumidores ludovicenses indicaram as lojas de shopping e em segundo lugar as lojas na Rua Grande e Centro Comercial que foram indicados por 29,6% das pessoas. Este ano, as lojas do shopping subiram 11,9% na escolha enquanto as lojas do Centro recuaram 38,2% na decisão dos consumidores. Outros locais que também apareceram na lista foram as lojas de bairro e galerias (12,2%), supermercados (5,6%), internet (1,1%), lojas de departamento (1,1%), catálogo (0,5%) e comércio informal (0,3%).

edição 193 dezembro 2015 | janeiro 2016

Comércio em Revista

31

As lojas de shopping se destacam principalmente entre os consumidores mais jovens, sendo que entre aqueles com idade até 20 anos a preferência por esses locais é de 73,3%, caindo para 65,6% entre aqueles com idade de 21 a 35 anos e chegando a 50,8% para aqueles com idade maior que 36 anos. Já na escolha pelas lojas do Centro Comercial, a relação é diretamente inversa, uma vez que entre os consumidores com idade inferior a 20 anos a preferência por esse tipo de comércio é de apenas 21,5%, subindo para 24,2% entre aqueles com idade de 21 a 35 anos e alcançando 35,6% das escolhas das pessoas com idade superior a 36 anos.

Caxias No município de Caxias, a pesquisa realizada pela Fecomércio-MA em parceria com o Sindilojas e CDL também revelou queda na intenção dos consumidores comprarem vários produtos para presentear este ano. Ou seja, aqueles que pretendem comprar apenas um produto somaram 25,8% (retração anual de 40,7%), dois produtos foram de 26,6% (retração anual de 6,0%), três produtos alcançaram 15,5% (retração anual de 4,3%) e até quatro produtos foram de 11,3% (retração anual de 5,8%).

Em relação aos produtos que serão comprados, a pesquisa indicou que as preferências dos consumidores este ano estão concentradas entre os artigos de vestuário (68,6%), brinquedos (50,6%) e calçados (19,5%). Outros produtos que também foram citados em 2015, mas obtiveram menor peso na preferência dos consumidores, foram perfumaria e cosméticos (6,0%), chocolates (3,7%), aparelhos de celular e smartphone (3,4%), aparelho de som e imagem como televisão e DVD (3,1%), artigos de cama, mesa e banho (2,7%), livros (1,7%), eletrodomésticos da linha branca como geladeira, fogão e micro-ondas (1,2%), bicicleta (1,2%), joias e relógios (1,1%), cesta natalina (1,0%) e artigos esportivos (1,0%).

32

Comércio em Revista

25,8% dos caxienses pretendem comprar apenas um produto

Produtos mais procurados (Caxias) Vestuário

Brinquedos

Calçados

68,6%

50,6%

19,5%

Outros

Perfumaria

Chocolate

14,2%

6,0%

3,7%

Celular

Som/Tv

Mesa/cama

3,4%

3,1%

2,7%

Sistema Fecomércio|Sesc|Senac-MA

Caxias

São Luís

Na comparação com o ano passado, os artigos de vestuário foram os produtos que experimentaram o maior crescimento na preferência dos consumidores caxienses, com avanço de 88,5% na predisposição de consumo, enquanto os brinquedos, que ocupavam a primeira posição no ano passado, caíram 11,1% na intenção de consumo e ficaram na segunda colocação neste ano.

Na análise por faixa etária, percebe-se que os artigos de vestuário são a preferência em todas as idades, mas os brinquedos se destacam principalmente entre os consumidores com até 20 anos onde totalizou 54,7% das escolhas, enquanto entre aqueles com mais de 36 anos esses produtos somaram apenas 39,6% da preferência. Os calçados também se destacam entre as pessoas com até 20 anos (22,1%) e de 21 a 35 anos (22,1%), já entre os consumidores com mais de 36 anos a in-

R$ 356 R$ 137 Média do valor geral da compra

Média do valor por presente

R$ 217

R$ 88

Média do valor geral da compra

Média do valor por presente

tenção de adquirir calçados cai para apenas 9,7%.

Na visualização por faixa de renda, a pesquisa demonstra que os artigos de vestuário ganham peso maior entre os consumidores com renda inferior a três salários mínimos, com 69,7% de indicação, caindo para 55,8% da preferência entre as pessoas com renda entre três a seis salários mínimos e passando a 48,6% entre aqueles com renda superior a seis salários mínimos. Já os brinquedos têm menor preferência entre os consumidores com renda inferior a três salários (49,4%), subindo a 55,2% da escolha entre aqueles com renda de três a seis salários e chegando a 75,7% entre os consumidores com renda superior a seis salários.

A forma de pagamento que mais se destacou no levantamento deste ano em Caxias continuou sendo a modalidade à vista com dinheiro, que alcançou 49,7% das indicações dos consumidores, no entanto, registrou um recuo de 18,8% sobre a preferência registrada no ano passado. O uso do cartão de crédito que ficou na segunda colocação, com 45,5% da preferência, revelou um crescimento de 45,8% sobre a escolha de 2014. O pagamento com uso do crediário ou carnês de lojas ficou na terceira posição com 13,1% e o cartão de débito pontuou apenas 4,8%.

Para os locais onde deverão realizar as compras, 82,6% dos consumidores caxienses indicaram as lojas no Centro, Calçadão e adjacências.

Em segundo lugar apareceram os supermercados, que foram indicados por 12,5% das pessoas. Outros locais que também apareceram na lista foram o comércio informal ou camelôs (7,1%), lojas de rua e de bairro (7,0%), comércio em Teresina-PI (3,5%), internet (3,2%) e catálogos (1,1%). O comércio em Teresina, que ocupava a segunda colocação no ano passado, experimentou uma queda de 63,2% na preferência dos consumidores. Atualmente, as lojas localizadas na cidade vizinha Teresina ganham mais peso na escolha dos consumidores com idade superior a 36 anos (5,6%), com ensino superior (6,1%) e renda familiar mensal superior a seis salários mínimos (24,3%).

edição 193 dezembro 2015 | janeiro 2016

Comércio em Revista

33

ARTIGO

Algumas inovações e destaques do CPC 2015 Antonio de Sousa Freitas Advogado e Vice-Presidente do Sistema Fecomércio -MA

Em outra oportunidade neste informativo publiquei um artigo cuja matéria recebeu o título de “A evolução histórica das Leis Processuais Civis brasileiras”. Naquela ocasião, afirmava que o primeiro Código de Processo Civil com vigência nacional foi o CPC de 1939, instituído na era Vargas, que vigorou até 10 de janeiro de 1973. A partir daí entrou em vigor o CPC de 1973.

Em 16 de março de 2015 foi aprovado o novo Código de Processo Civil pela Lei nº. 13.105, publicada no DOU de 17 de março de 2015, com vocatio legis de um ano. O principal desiderato desta matéria é mostrar aos leitores algumas mudanças e destaques trazidos pelo novo Código de Processual Civil que entrará em vigor no dia 17 de março de 2016.

A princípio é interessante destacar que um sistema processual que não garanta ao cidadão o reconhecimento, nem tampouco, a realização de seus direitos ameaçados ou violados, jamais se ajustará às garantias constitucionais de um verdadeiro Estado Democrático de Direito, como é o nosso, que começou a funcionar com a Constituição cidadã de 1988.

Ao descrever as principais alterações do novo CPC, torna-se impossível, num pequeno artigo, tentar comentar sobre todas as mudanças ocorridas.

Prefiro citar algumas mais relevantes, principalmente, àquelas que vêm contribuir com um processo mais célere, mais justo e menos complexo, que seja capaz de atender às necessidades do cidadão.

34

Comércio em Revista

As mudanças de maior relevância do novo Código de Processo Civil de 2015 visam estabelecer uma sintonia mais estreita com a Constituição da República e garantir maior segurança jurídica, principalmente, no que diz respeito à perfeita obediência ao Princípio do Contraditório e da Ampla Defesa, conforme o inciso LV, Artigo 5º, da Carta Magna.

Por outro lado, sabe-se que o Código Processual Civil de 1973 foi inspirado nos padrões mais modernos do direito processual civil europeu e, durante mais de quatro décadas, tem passado por relevantes alterações na sua estrutura, a exemplo da inclusão do Instituto da Tutela Antecipada em 1995, e, também, outras alterações no regime do recurso do agravo.

Ademais, além dessas mudanças acima citadas, trago à baila, a entrada em vigor das Leis 11.232/2005 e 11.382/2006 que vieram garantir maior efetividade e celeridade no cumprimento das normas processuais as quais modificaram em grande parte os anteriores processos de conhecimento e de execução, tornando os dois Institutos, tanto o de cognição quanto o de execução, em um sistema sincronizado, o qual a partir de 2006 vem contribuindo com maior rapidez e efetividade na prestação jurisdicional.

Outro destaque bem acentuado trazido pelo novo Código de Processo Civil é a divisão em duas partes: a Parte Geral e Especial, sendo que a Geral é composta de seis livros e a Especial de três e, ainda, o

Sistema Fecomércio|Sesc|Senac-MA

livro complementar denominado Livro das Disposições Finais Transitórias.

Destarte, vale observar que embora tenha havido um substancial avanço nas leis processuais brasileiras, ainda assim, estamos longe de alcançarmos os limites da perfeição. Como dizia o nosso conterrâneo Graça Aranha ao descrever sobre a Língua Portuguesa: “A perfeição é o sinal do começo da decadência e da morte. Na arte, na literatura como na natureza, a observação nos demonstra a verdade desta lei da evolução universal”. Refletindo sobre este pensamento do nobre escritor maranhense posso concluir que com a ciência do direito não poderá jamais ser diferente, até porque haverá sempre necessidade de novas alterações em razão do Princípio da Dinâmica Processual e das constantes mudanças que ocorrem com os valores e costumes da sociedade. Vez que os atos humanos jamais alcançarão o atributo divino da perfeição, pois o mesmo é inerente, unicamente, ao Criador de todas as coisas.

Adentrando, um pouco mais sobre as novas alterações trazidas pelo Codex-2015, destaco aqui as supressões que atingiram os recursos do agravo retido e dos embargos infringentes e, ainda, as cautelares nominadas, embora constem do novo código as cautelares probatórias de natureza estritamente processual.

Outra alteração importante foi a que ocorreu com a nomeação à autoria que deixou de ser intervenção de terceiro e passou a ser resposta apenas do réu e o Instituto da Oposição que se transformou em procedimento especial. O procedimento sumário desapareceu e o ordinário passa a existir como o único procedimento.

Como se sabe muitos institutos jurídicos foram alterados com várias espécies de modificações, a exemplo: o litisconsórcio, o procedimento comum, a competência, os prazos, a teoria geral dos recursos, os recursos em espécie, o cumprimento de sentença, o processo de execução, a tutela provisória, de urgência e cautelar, as defesas do executado, os honorários advocatícios, as ações de consignação e pagamento.

A ação de prestação de contas passou a ser denominada de “Ação de Exigir Contas” e também outras ações como a monitória, as possessórias, partilha e inventário, etc.

O código de 2015 traz como novidade a ordem cronológica nos julgamentos, a mediação e a conciliação, a desconsideração da personalidade jurídica, o acordo procedimental, o saneamento compartilhado, a eficácia vinculante das decisões proferidas pelos tribunais superiores, o incidente de assunção de competência e outras.

Dentre as alterações quero destacar a forma de contagem dos prazos processuais que a partir da vigência do novo Código somente poderão ser contados em dias úteis, isto é, dias que haja expediente forense regular. Neste aspecto destaco a unificação de quase todos os prazos de contagem que serão de quinze dias. Os prazos menores aumentarão para quinze dias, a exemplo do Agravo de Instrumento, a Réplica e a Ação para emendar a Inicial, que atualmente são de dez dias e passarão a ser de quinze dias.

Outros prazos maiores serão reduzidos, como, por exemplo, a Ação para contestar a Demarcatória e a Ação de Divisão Terras, que de vinte passarão para quinze dias com a vigência do novo Codex, com exceção do prazo para Embargos de Declaração que será mantido em cinco dias úteis.

Embora tenham ocorrido inúmeras outras alterações importantes, deixo de destacar neste informativo em função de espaço. Por isto rogo a devida compreensão do leitor para eventuais imprecisões ou incorreções. Todavia cito mais dois destaques que entendo ser interessantes: a inclusão da Cláusula Geral de Negócios Processuais e a inclusão da Tutela de Evidência que, embora seja uma das espécies de Tutela Antecipada, porém não depende da comprovação de perigo, dano ou risco ao resultado, como as demais tutelas que exigem os requisitos do fumus boni Iuri e do periculum in mora, mas sim de algum tipo de evidência que venha comprovar o abuso do direito ou manifesto propósito protelatório da parte, bem como os demais requisitos contidos nos incisos do art. 311 do Novo Código.

edição 193 dezembro 2015 | janeiro 2016

Comércio em Revista

35

LAZER

Sesc reúne lazer e cultura em passeio ciclístico em São Luís e Rosário Ciclistas de todas as idades mudaram o cenário das ruas de São Luís e Rosário nos dias 8 e 14 de novembro, respectivamente. O Projeto Clico Sesc - Viver Mais a Cidade promovido pela primeira vez em ambas as cidades reuniu saúde, combate ao sedentarismo, melhoria da qualidade de vida, desenvolvimento do espírito solidário e participação da família em um evento recreativo e cultural.

Na capital maranhense, a concentração ocorreu em frente à Biblioteca Benedito Leite, em uma tenda montada para distribuição dos kits contendo sacola, camiseta, boné, além de oferecer atendimento do Sesc Saúde para aferição de pressão arterial, teste de glicemia, orientação sobre prevenção e diagnóstico precoce de câncer de próstata.

Após um alongamento, o grupo saiu guiado pelo trio elétrico pelos pontos turísticos de São

36

Comércio em Revista

Luís. A ação contou com apoio do departamento de trânsito da Prefeitura. O roteiro começou pela Rua do Sol onde se encontra parte do patrimônio arquitetônico de São Luís, com destaque para o prédio do Sescc Saúde que data de 1888 com azulejos ulejos coloniais verdes e a casa dos irmãos Azevedo, edo, onde Aluízio escreveu “O Mulato”.

No final da rua os ciclistas fizeram izeram uma parada em frente ao Teatro Arthur Azevedo para receberem água e ouvirem um pouco mais das curiosas histórias de São Luís. Retomadas as energias, os ciclistas seguiram pela Praça João Lisboa. Descendo ndo pela Rua Magalhães de Almeida, oss ciclistas conheceram o Mercado Central ntral e seguiram pela Praia Grande onde nde se

Sistema Fecomércio|Sesc|Senac-MA

encontra o primeiro bairro da cidade. Subindo pela Avenida Maranhense os ciclistas contemplaram a beleza das construções na Praça Dom Pedro II, como a Igreja Nossa Senhora da Vitória, mais conhecida como Igreja da Sé, em estilo neoclássico.

O cortejo seguiu pela Rua de Santana até o retorno para o Sesc Deodoro. O percurso de 5,7 quilômetros encerrou com distribuição de kits energéticos e sorteio de acessórios de bicicleta.

O grupo seguiu a caminho das ruínas do Forte de Vera Cruz, criado em 1620, por Bento Maciel Parente à margem do Rio Itapecuru.

Entre versos e prosas, os rosarienses continuaram o Passeio até o destino final, a igreja Matriz de Rosário. Ao fim do percurso, o público participou do sorteio de bicicletas e livros e da entrega de kits energéticos.

O Projeto Ciclo Sesc Viver Mais a Cidade é uma iniciativa do Departamento Nacional do Sesc com o objetivo de atrair novos adeptos a modalidade por meio de uma forma saudável e divertida. Na cidade de Rosário, a concentração aconteceu no Estádio de Futebol Serejão. O evento contou com a presença da Diretora de Finanças do Sesc, Darlise Ramos, o Técnico de Lazer, Júnior Mark e da Coordenadora de Assistência e Saúde, Patrícia Ribeiro. A equipe de educadores físicos da Prefeitura de Rosário preparou o público com um alongamento antes do passeio pela cidade.

Cerca de 700 rosarienses se reuniram com suas bicicletas em destino a Estação Ferroviária São Luís-Teresina, monumento construído em 1919 e ligava a cidade de Caxias a Cajazeiras.

edição 193 dezembro 2015 | janeiro 2016

Comércio em Revista

37

FEIRAS

Dia Municipal dos Feirantes Sindifeirantes realiza confraternização em reconhecimento ao trabalho da categoria em 2015 A primeira semana de novembro foi marcada por comemorações realizadas pelo Sindicato do Comércio Varejista de Feirantes de São Luís (Sindifeirantes) em homenagem ao Dia Municipal do Feirante e do tradicional festejo ao Santo Padroeiro São José das Laranjeiras. Com relevantes projetos ao longo de 2015, o sindicato encerra um ano intenso de luta pela melhoria da qualidade de vida e de trabalho em prol da categoria com base na prevenção e orientação.

Após extensa programação que contou com missas, romaria, torneio de futebol e apresentações culturais, foi realizado no dia 8 de novembro no Limoeiro Eventos, o encerramento das atividades com a festa

38

Comércio em Revista

Sistema Fecomércio|Sesc|Senac-MA

dançante de confraternização entre os profissionais que trabalham nas feiras livres e mercaos de São Luís, além da entrega de premiações do torneio de futebol.

“Estamos encerrando o ciclo 2015 unindo a categoria e mantendo os laços de respeito e fraternidade entre os feirantes de São Luís. Foi um ano de luta onde priorizamos a busca por condições dignas de saúde e trabalho, visando facilitar o acesso dos feirantes às informações acerca de métodos de vida saudável. Além disso, tivemos a oportunidades de expor junto ao poder público, as principais demandas do setor para que se concretize em 2016 novas perspectivas que venham a dinamizar as feiras e mercados da capital”, destacou a presidente do Sindifeirantes, Ivanilde Sampaio.

edição 193 dezembro 2015 | janeiro 2016

Comércio em Revista

39

CONCURSO

Sesc realiza o 8º Concurso de Receitas Culinárias do Mesa Brasil Comida sustentável, saborosa, atrativa e acessível.

O concurso de Receitas Culinárias do Mesa Brasil Sesc incentiva a criação de receitas que agreguem todas essas características, mas também apresentem ingredientes nutritivos e pouco utilizados como talos, folhas, cascas, sementes ou sobras de preparações.

Em sua 8ª edição, seis receitas de instituições sociais cadastradas ao Programa Mesa Brasil Sesc participaram do Concurso. A vencedora foi a Torta de Casca de Abóbora, do Clube de Mães Santa Luzia.

Abrindo o evento, a Turma da Educação Infantil II da Escola Comunitária Vila Palmeira cantaram a violência contra a criança. Atendendo 102 alunos com idade entre 2 e 5 anos, o Programa Mesa Brasil Sesc é o seu maior parceiro.

Em seguida, os convidados também puderam apreciar o teatro de fantoche, método lúdico utilizado pelas nutricionistas do Mesa Brasil para ensinar às crianças das instituições cadastradas ao Programa a importância da alimentação saudável e do aproveitamento integral dos alimentos.

40

Comércio em Revista

Na degustação das receitas concorrentes realizada pela comissão julgadora, a abóbora foi a grande anfitriã da 8ª edição. As seis receitas concorrentes foram: Torta da casca de abóbora, produzida pelo Clube de Mães Santa Luzia, Opção Maranhense do Jardim de Infância Tico e Teco, Arroz de Cascas de Abóbora e Cenoura criado pela Associação de Mulheres da Vila São Luís, Quibe de Sementes de Abóbora da Comunidade Espírita Francisco de Assis, Mousse da Casca de Bacuri produzido pelo Projeto Social Madre Rosa e a Sopa Nutritiva criada pela Comunidade Espírita Francisco de Assis.

As três receitas vencedoras foram Torta de Casca de Abóbora, Quibe de Sementes de Abóbora e Arroz com Casca de Bata e Cenoura, respectivamente. As premiações foram uma viagem para a cidade de Morros promovida pelo Turismo Social do Sesc (1ª colocação), duas diárias do Hotel Sesc Olho D’Água (2ª colocação) e um tratamento odontológico no Sesc Saúde (3ª colocação).

Sistema Fecomércio|Sesc|Senac-MA

SAÚDE

Saúde do homem e da mulher em foco Por mais um ano, o Senac no Maranhão movimentou a Avenida Litorânea com a tradicional caminhada em alusão à Campanha Novembro Azul.

Nesta edição da atividade, o diferencial foi a união de duas importantes campanhas que alertam para a saúde do homem e da mulher: Novembro Azul e Outubro Rosa. A caminhada reuniu mais de 250 pessoas.

O Presidente do Sistema Fecomércio/MA, José Arteiro da Silva, e o Diretor Regional do Senac, Ahirton Lopes, participaram da ação ao lado de servidores, instrutores, alunos, familiares e a comuni-

dade em geral. “Essa caminhada tem um só sentido: a conscientização da população de que existe algo chamado câncer de próstata e nós não queremos que nenhum cidadão maranhense seja agravado com essa doença”, destacou o presidente.

A caminhada representou ainda um momento de divulgação da imagem institucional do Senac e reforçou sua contribuição social como Instituição que oferece cursos de qualificação profissional na área da saúde.

Para o Diretor Regional, Ahirton Lopes, a iniciativa do Senac é pequena diante de tantas outras ações que devem ser realizadas para conscientizar sobre a saúde do homem e da mulher. “Estamos fazendo a nossa parte, sabemos que é pouco, mas contribui”, pontuou.

O analista de sistemas do Senac, Plínio Leite, acredita que o diagnóstico precoce é a melhor forma de combater o câncer. “O importante é fazer sempre os exames, sempre fazer os preventivos, para que possamos estar sempre com a saúde em dia”, concluiu.

edição 193 dezembro 2015 | janeiro 2016

Comércio em Revista

41

CINEMA

00:25

Criatividade na tela Com o objetivo de estimular a produção audiovisual, o I Festival de Vídeo de Bolso foi desenvolvido com a temática ‘Liberdade de Expressão’ pelos alunos do curso de Técnico em Produção de Áudio e Vídeo do Senac, juntamente com o instrutor e radialista Robson Júnior. Houve abertura para inscrições de vídeos e uma premiação no auditório da Instituição.

Ao todo, 26 vídeos foram inscritos que concorreram a prêmios como ingressos para shows e headfones.

“Você já filmou alguma coisa inusitada hoje?”. Essa foi a chamada para as inscrições nas categorias Documentário (registro da realidade) e Experimental (livre). As turmas participaram da competição e desenvolveram produções levando em consideração os critérios de avaliação: originalidade, criatividade, qualidades técnica e artística e características da linguagem

42

Comércio em Revista

cinematográfica (direção, roteiro, fotografia).

Lúcio Silva, estudante do curso Técnico em Produção de Áudio e Vídeo, e idealizador do projeto, explica que levou a proposta para a turma e para o instrutor, que receberam a ideia com muito entusiasmo. “O objetivo maior é fomentar a produção de baixo custo, com ênfase na questão de que todos tem uma câmera hoje em dia, então todos podem ser cineastas”, disse.

Segundo Lúcio, a turma pretende realizar o festival a cada semestre e abrir inscrições para que o público externo também possa participar.

A premiação O julgamento e a entrega dos prêmios ocorreram após a exibição de todas as 26 produções para o público e avaliação da banca, formada por Érica da Cunha (Estudante do curso Técnico de Segurança do Trabalho), Tainara Serra (De-

Sistema Fecomércio|Sesc|Senac-MA

signer), Gilberto Mineiro ( Jornalista) e Gleyson Azevedo ( Jornalista e documentarista). O evento contou com o apoio da Radical Surf, Rádio Difusora FM, Extra e Super Calçados.

O primeiro colocado foi o filme “João e Maria”, produzido com um celular e que fala sobre uma mulher que tira proveito de um homem, através de dinheiro. O aluno e autor do vídeo recebeu como premiação entradas para um show cultural e um headfone.

A segunda colocação foi para um vídeo que exibe cantigas de roda que embalam a infância

como trilha sonora de um olhar social sobre a periferia, intitulado “Cantiga de Roda”, gravado também com celular. O autor recebeu um headfone e brindes da Radical Surf.

O terceiro colocado, “Sementes”, foi selecionado por meio de júri popular. “Meu vídeo é uma ficção que fala de como um gesto de humildade pode reconciliar as pessoas, eles são sementes da alma”, explicou Gomes, autor do vídeo. O material foi produzido por meio de uma câmera fotográfica e o prêmio também foi um headfone e brindes da Radical Surf.

00:45

edição 193 dezembro 2015 | janeiro 2016

00:15

Comércio em Revista

43

LITERATURA

Literatura no parque Os alunos do Programa de Aprendizagem do Senac realizaram uma série de atividades relacionadas à literatura no Parque do Bom Menino em São Luís.

O Dia Nacional da Leitura (12 de outubro) motivou a equipe do Senac a levar para um grande público atividades como teatro de fantoches, performances, sarau literário, declamação itinerante, dramatização, painel fotográfico, leitura cênica, entrevistas, disputa de peleja, feira de livros, apresentação musical, jogos educativos e roda de conversas.

A abertura do evento contou com a participação da Banda de Música do Bom Menino, com a apresen-

44

Comércio em Revista

tação de músicas populares que atraíram muitos jovens e frequentadores do local. Em seguida, o escritor José Neres, membro da Academia Maranhense de Letras incentivou o público a estreitar os laços com a literatura. “Eventos literários são excelentes oportunidades para fazer com que pessoas que não têm proximidade com livros, passem a ter”, referindo-se ao I Parque Literário da Aprendizagem.

Para os aprendizes não foi diferente. O aluno Ricardo Figueiredo acrescentou que a feira consegue levar também conhecimento sobre autores internacionais e nacionais à medida que os apresenta, de forma oral ou visual, em murais e rodas de conversas. “A presença de muito conteúdo sobre autores maranhenses em nosso projeto é uma forma de difundir cada vez mais a literatura do Estado”, comentou.

A literatura se mostra uma das maneiras mais rápidas para aperfeiçoar e valorizar o profissional através das linguagens artística, literária e histórica. “Dessa maneira, é firmado o compromisso da Instituição de garantir a qualidade da educação profissional, aliada ao incentivo para a participação em atividades produtivas”, ressaltou a coordenadora do Programa de Aprendizagem do Senac, Jacksiane Mendonça.

Sistema Fecomércio|Sesc|Senac-MA

HOMENAGEM

Homenagem Musical A Ordem dos Músicos do Brasil – Conselho Regional de São Paulo homenageou com um diploma em reconhecimento ao trabalho, enaltecendo a Arte e a Cultura Brasileira, o músico e pianista do Restaurante Senac, Sílvio Moreno, durante solenidade no salão nobre da Câmara dos Vereadores em São Paulo. O evento reuniu aproximadamente 200 pessoas entre músicos, políticos e artistas.

A iniciativa de homenagear o Maestro Sílvio Moreno surgiu do vereador Toninho Paiva (PR), que também indicou outros doze músicos para receber a honraria. “Pra mim foi muito gratificante, pois meus méritos de ser músico e professor foram reconhecidos, além disso, é um prazer ser um dos fundadores da Ordem dos Músicos do Brasil”, declarou Sílvio, único maranhense a receber o Diploma da OMB. Na ocasião, também foram homenageados os músicos Roberto Luna, Osvaldinho da Cuíca, Expedito Moura, cantora Martinha, João de Almeida e Silva, Maria Cristina Barbato, Gerson Ferreira Tajes, Walter Mana, Maestro Ricardo Rossetto Mielli, Maestro Adylson Godoy, Violonista Robson Miguel e a cantora Adriana Farias.

Carreira José Alves de Souza, mais conhecido pelo nome artístico de Sílvio Moreno, é pianista no Restaurante Senac há sete anos e encanta os clientes sempre no horário do almoço, de segunda a sábado, e nas noites de sexta-feira. No repertório, clássicos da música nacional e internacional como Samba de Verão, I Left My Heart In San Francisco e Garota de Ipanema. Músico há 66 anos, o Maestro Sílvio domina as notas musicais em instrumentos como piano, violão, guitarra, cavaquinho, bandolim e contrabaixo. Durante sua trajetória, já trabalhou com músicos como Caubi Peixoto, Maysa Matarazzo, Elisete Cardoso, Maestro Cipó, e dezenas de outros artistas de renome nacional.

edição 193 dezembro 2015 | janeiro 2016

Comércio em Revista

45

CULTURA

Aldeia Sesc Guajajara de Artes completa 10 anos de intensa programação cultural no Maranhão São 10 anos nas praças, ruas, teatros e cinema. Em uma década, a Aldeia Sesc Guajajara de Artes se firmou no calendário cultural do Maranhão, trazendo diversidade e oferecendo vivências, que possibilitam aos mais variados públicos o acesso à produções contemporâneas locais e de âmbito nacional, ampliando o repertório cultural individual e coletivo. Em 2015, o Projeto comemorou sua trajetória oferecendo entretenimento e formação à população no período de 25 de novembro, estendendo sua programação até o dia 3 de dezembro, com 12 horas de programação ininterrupta regada a música, circo, dança, intervenções, teatro e artes plásticas.

O tradicional cortejo artístico abriu a programação oficial de comemoração de 10 anos. A concentração ocorreu no Sesc Deodoro, de onde a comitiva formada pelos grupos: “Bando de Bobo”, da Cia. do Imaginário/MA; Bloco Officina Affro/MA; “Cortejo Cultural do Cacuriá de Dona Teté”, do LABORARTE/MA; “Cortejo de Cazumbás”, do Bumba

46

Comércio em Revista

Meu Boi da Floresta/MA; “Cortejo de Ninfas”, do BemDito Coletivo/MA; “Maratuque chegou!”, do Maratuque Upaon-Açú/MA; “Cortejo Manto de São Benedito”, do Tambor de Crioula Manto de São Benedito/MA e Cortejo Circense “O Circo tá na rua”/MA mudou a rotina do centro de São Luís da Praça Deodoro até a Praça Nauro Machado, onde shows musicais fecharam a noite.

Com uma programação diversificada para todas as idades, nesta edição a Aldeia Sesc trouxe para São Luís um espetáculo inédito voltado para crianças de 0 a 3 anos, intitulado “Cuco - A linguagem dos bebês no teatro. Inspirado no universo da primeira infância, o espetáculo propôs um diálogo com a linguagem dos bebês, colocando-os como protagonistas do processo de criação, mesmo quando na condição de espectadores junto a seus pais.

Para os apreciadores da arte literária a programação incluiu contações de histórias para alunos de escolas municipais parceiras do BiblioSesc e para

Sistema Fecomércio|Sesc|Senac-MA

crianças atendidas pelos projetos do Sesc Comunidade da Raposa; sarau literário e lançamento da Revista Palavra.

Na sétima arte o evento trouxe a Mostra Itinerante do Festival Internacional “Nueva Mirada”, uma maratona de curtas-metragens para o público infanto-juvenil com exibições das 15 às 19h no Cine Praia Grande.

As ações formativas tiveram espaço de destaque na Aldeia, com palestras, cursos, oficinas e workshop. Outro ponto forte na programação de 10 anos foi a parceria com eventos consolidados na capital como o Eitapiquena Arteira (EPA), Sebo no Chão, Cine Ocupação e Festa do Moqueado, compondo a agenda do Caia na Rede.

No encerramento do projeto, dia 3 de dezembro, aconteceu o OVER12, com 12 horas ininterruptas de programação cultural. Espetáculos teatrais, performances, discotecagem, além de shows musicais integraram a programação que encerrou ao som da cantora, compositora e atriz Karina Buhr, apresentando seu show Selvática, as composições do novo trabalho abordam a temática feminista, como em Eu Sou Uma Monstro.

Sobre a aldeia A Aldeia Sesc Guajajara de Artes é um projeto de continuidade no país. Integrante da Rede Sesc de Intercâmbio e Difusão das Artes Cênicas, o projeto caracteriza-se pela potência do confronto com o outro e o novo nas linguagens música, teatro, dança, literatura, artes visuais, cinema e circo.

Essa reunião de elementos e características exprime o espírito que norteia o evento, marcado tanto pela expressividade da cultura popular, afro-brasileira e indígena, quanto pela arte contemporânea.

Apresentando-se em formato de “Aldeia Cultural”, concentra uma programação artística-cultural para públicos variados. Em sua 10ª edição, promovida no período de 25 de novembro a 3 de dezembro nos municípios de São Luís e Raposa, a Aldeia Sesc Guajajara de Artes evidencia sua vocação multiculturalista por meio de uma ampla e rica programação fortemente marcada pelo diálogo com os coletivos e redes culturais.

edição 193 dezembro 2015 | janeiro 2016

Comércio em Revista

47

SINDICATO

Confraternização do Seac-MA Sindicato das Empresas de Asseio e Conservação do Estado do Maranhão realizou encontro com associados.

Realizando um balanço das atividades promovidas ao longo do ano de 2015, o presidente do Sindicato das Empresas de Asseio e Conservação do Estado do Maranhão (Seac-MA), José William Câmara Ribeiro, recebeu associados, empresários e parceiros durante um almoço de confraternização realizado no dia 4 de dezembro na Churrascaria Sal & Brasa.

Dezenas de pessoas prestigiaram o evento que serviu como um momento também de conversa e troca de experiências entre os empresários do segmento de asseio e conservação.

Para o presidente do Seac-MA, o ano foi bastante produtivo apesar da crise econômica.

“O ano de 2015, no geral, foi positivo para o nosso Sindicato, pois conseguimos avançar na gestão sindical, otimizar nossas atividades

48

Comércio em Revista

Sistema Fecomércio|Sesc|Senac-MA

e ampliar a representação perante as empresas do nosso segmento empresarial. A crise econômica e o momento de transição do governo na esfera estadual foram algumas questões que os empresários tiveram que se adaptar, mas podemos dizer que foi um ano de novas oportunidades”, avalia William Câmara.

Institucional O Sindicato das Empresas de Asseio e Conservação do Estado do Maranhão foi fundado em São Luís no dia 28 de agosto de 1975 e obteve o reconhecimento do Ministério do Trabalho por meio da expedição da Carta Sindical no dia 26 de novembro de 1978. A entidade tem por objetivo representar, no âmbito do Estado do Maranhão, os direitos e interesses da Empresas de Asseio e Conservação, na forma do estabelecido na Constituição Federal, art. 8° Inciso III. O Seac-MA é uma instituição sem fins lucrativos que tem a visão de promover o desenvolvimento econômico-social, através de ações efetivas, envolvendo a classe empresarial, voltada para a materialização de um projeto amplo que possibilite a consolidação do segmento na sociedade brasileira, como uma categoria empresarial comprometida com o desenvolvimento do país.

edição 193 dezembro 2015 | janeiro 2016

Comércio em Revista

49

SINDICATO

Celebrando conquistas em 2015 Sircosum realiza confraternização para agradecer e comemorar os principais avanços durante o ano Em reconhecimento ao trabalho realizado ao longo de 2015, o presidente do Sindicato dos Representantes Comerciais do Sul do Estado (Sircosum), Reginaldo Pacheco, reuniu seus associados, colaboradores, familiares e clientes para a tradicional confraternização de final de ano. Realizado no dia 28 de novembro na Loja Maçônica Lauro Tupinambá, em Imperatriz-MA, o momento foi marcado por agradecimentos às conquistas alcançadas durante todo o ano, com projeções de resultados ainda melhores para 2016.

Para o presidente Reginaldo Pacheco, um dos principais avanços da entidade em 2015, foi a mudança da sede do Sircosum para o Palácio do Comércio, empreendimento de referência para o empresariado

50

Comércio em Revista

da região de Imperatriz, com amplo estacionamento, auditório com excelente infraestrutura e diversificada cartela de serviços oferecidos pelas instituições presentes.

“Visando facilitar o acesso dos associados aos serviços prestados pelo sindicato, o ano foi marcado pela mudança da nossa sede para as instalações do Palácio do Comércio, onde já estão entidades empresariais como a Associação Comercial e Industrial de Imperatriz, a Câmara de Dirigentes Lojistas e o Sindicato do Comércio Varejista. Então é um momento de agradecer as conquistas alcanças prezando pela integração e pelo reconhecimento da importância dos que trabalham em prol do nosso setor”, explicou Reginaldo Pacheco.

Sistema Fecomércio|Sesc|Senac-MA

Empregador do Comércio: Venha cuidar da sua saúde com qualidade e economia.

Para você ter os melhores planos dee sa saúd úde, e, pelo melhor preço, a Qualicorp está tá do se s u la l do.1 São inúmeras opções com o melhor da medi d cina para você escolher uma que atenda às sua uas ne n ceessidades.

Somos líder de mercado e administramos os planos de milhões de brasileiros. Temos parceria com a FECOMÉRCIO-MA e mais de 500 entidades de classe e utilizamos a força dessa coletividade para negociar preços mais baixos para você.1

Planos a partir de (valor mensal por pessoa)2

179

Qualidade e credibilidade.

Ligue agora e venha economizar com a Qualicorp.

0800 799 3003

De segunda a sexta-feira, das 9h às 21h; aos sábados, das 10h às 16h.

www.qualicorp.com.br/anuncio 1

WƌĞĕŽƐ Ğ ĐŽŶĚŝĕƁĞƐ ŽďƟĚŽƐ ƉĞůĂ ŶĞŐŽĐŝĂĕĆŽ ĐŽůĞƟǀĂ ĚĂ YƵĂůŝĐŽƌƉ ĐŽŵ ĂƐ ŽƉĞƌĂĚŽƌĂƐ ĚĞ ƐĂƷĚĞ ƉĂƌĐĞŝƌĂƐ͘ 2ZΨ ϭϳϴ͕ϰϰ ʹ ƌĂĚĞƐĐŽ ^ĂƷĚĞ EĂĐŝŽŶĂů &ůĞdž ŽƉĂƌƚ ϱ ;ƌĞŐŝƐƚƌŽ ŶĂ E^ ŶǑ ϰϳϯ͘ϭϭϱͬϭϱͲϴͿ͕ ĚĂ ƌĂĚĞƐĐŽ ^ĂƷĚĞ͕ ĨĂŝdžĂ ĞƚĄƌŝĂ ĂƚĠ ϭϴ ĂŶŽƐ͕ ĐŽŵ ĐŽƉĂƌƟĐŝƉĂĕĆŽ Ğ ĂĐŽŵŽĚĂĕĆŽ ĐŽůĞƟǀĂ ;ƚĂďĞůĂ ĚĞ ũƵůŚŽͬϮϬϭϱ ʹ D Ϳ͘

WůĂŶŽƐ ĚĞ ƐĂƷĚĞ ĐŽůĞƟǀŽƐ ƉŽƌ ĂĚĞƐĆŽ͕ ĐŽŶĨŽƌŵĞ ĂƐ ƌĞŐƌĂƐ ĚĂ E^͘ /ŶĨŽƌŵĂĕƁĞƐ ƌĞƐƵŵŝĚĂƐ͘ ĐŽŵĞƌĐŝĂůŝnjĂĕĆŽ ĚŽƐ ƉůĂŶŽƐ ƌĞƐƉĞŝƚĂ Ă ĄƌĞĂ ĚĞ ĂďƌĂŶŐġŶĐŝĂ ĚĂƐ ƌĞƐƉĞĐƟǀĂƐ ŽƉĞƌĂĚŽƌĂƐ ĚĞ ƐĂƷĚĞ͘ KƐ ƉƌĞĕŽƐ Ğ ĂƐ ƌĞĚĞƐ ĞƐƚĆŽ ƐƵũĞŝƚŽƐ Ă ĂůƚĞƌĂĕƁĞƐ͕ ƉŽƌ ƉĂƌƚĞ ĚĂƐ ƌĞƐƉĞĐƟǀĂƐ ŽƉĞƌĂĚŽƌĂƐ ĚĞ ƐĂƷĚĞ͕ ƌĞƐƉĞŝƚĂĚĂƐ ĂƐ ĚŝƐƉŽƐŝĕƁĞƐ ĐŽŶƚƌĂƚƵĂŝƐ Ğ ůĞŐĂŝƐ ;>Ğŝ ŶǑ ϵ͘ϲϱϲͬϵϴͿ͘ ŽŶĚŝĕƁĞƐ ĐŽŶƚƌĂƚƵĂŝƐ ĚŝƐƉŽŶşǀĞŝƐ ƉĂƌĂ ĂŶĄůŝƐĞ͘ ^ĞƚĞŵďƌŽͬϮϬϭϱ͘