Revista FCB - BasqueteSC 011

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 ENTREVISTA - JOÃO CAMARGO VITOR BETT/BFB/FCB

BASQUETESC: Como foi sua trajetória no basquete desde jogador

até se tornar treinador? JOÃO CAMARGO: Comecei a jogar basquete aos 10 anos em Itapeva (SP), depois, aos 17, fui jogar na S. E. Palmeiras onde conquistamos o Campeonato Juvenil Brasileiro Interclubes (1989) e o Tricampeonato Paulista (1987/88/89). Em 1980, joguei pelo Tênis Clube de Campinas e em 1981 vim jogar por Blumenau, onde conquistei os Jogos Abertos de Santa Catarina (1982/84/88/89/90) e o Estadual (1981/1984/1985/1989/1990). Em 1990, recebi o “Troféu Jornaleiro”, como melhor atleta de basquete do ano, organizado pelo Maceió (jornalista de Joinville). Era o evento de maior porte no estado na época e, ao final daquele ano, encerrei minha carreira como atleta para me dedicar à de técnico, exclusivamente. BASQUETESC: Como aconteceu sua transição de jogador para a de

um dos treinadores mais vitoriosos da história de Santa Catarina? CAMARGO: Paralelo a carreira como atleta, comecei como técnico em 1985 nas categorias de base da S.R.E. Ipiranga, onde conquistamos o título de campeão estadual mirim masculino pela antiga FAC, sendo que este foi o primeiro campeonato oficial da categoria no estado. Depois disso, fui ano a ano passando por todas as categorias de base até assumir o time adulto masculino em 1991. Sempre pensei que adoraria parar de jogar atuando da melhor maneira possível e quando, em 1990, recebi o "Troféu Jornaleiro", como melhor atleta de basquete do ano, não haveria melhor hora para encerrar um ciclo como atleta e me dedicar a de técnico exclusivamente. Foi um período extremamente vitorioso na S.R.E. Ipiranga, principalmente nas categorias infanto e juvenil nas décadas de 80/90. BASQUETESC: A presença do seu pai no esporte contou como fator

determinante? CAMARGO: Infelizmente, meu pai não foi presente na minha vida esportiva, até pela formação humilde dele, em que as dificuldades eram muito grandes e o esporte não era visto como prioritário. Lembro que ele nunca foi assistir a um jogo meu. Penso que isso tenha servido de motivação para mim, para nunca desistir mesmo diante das adversidades BASQUETESC: Qual a sensação de ver sua filha, Mariana, jogando

basquete e ser uma das melhores jogadoras do estado, inclusive com passagens pelo exterior? CAMARGO: A sensação de ter um filho atuando em alto nível é simplesmente indescritível. Imagine como sou abençoado, pois tanto a Mariana, como o João Caetano (que já não atua mais) conseguiram isso. A Mariana joga um basquete de alto nível, muita inteligência, determinada, aguerrida e muito comprometida com a equipe. Sempre falo para as meninas, que estão iniciando, da oportunidade que o basquete oferece. Seria muito difícil eu, como professor, poder proporcionar a ela jogar basquete e estudar numa universidade americana (Oral Roberts University), mas, graças ao empenho e qualidade, ela conseguiu atuar na divisão 1 e se graduar em Comércio Exterior nos EUA. BASQUETESC: Recentemente, você esteve na seleção brasileira

feminina. Como foi essa experiência? Pretende um dia assumir a

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REVISTA OFICIAL DA FEDERAÇÃO CATARINENSE DE BASKETBALL

PROFESSOR  Camargo orienta as atletas de Blumenau desde início dos anos 2000

VITOR BETT/BFB/FCB

RECONHECIMENTO  Técnico comandou seleção do Brasil no Jogo das Estrelas da LBF 2018


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