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Aulas remotas no Ensino Superior
Prof. Me. Henrelly Raony da Silva Viana
Coordenador do Curso de Ciência da Computação
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A chegada da Covid-19 mudou drasticamente a rotina da vida humana em todo o mundo. O avanço assustador de um novo vírus causou crises nanceiras, colapsos no sistema de saúde, abalos emocionais e milhares de óbitos em todo o mundo. Em consequência disso, os governadores das unidades federativas brasileiras têm estabelecido decretos normativos de afastamento social, como medida de contenção do avanço da pandemia - apenas as atividades consideradas essenciais têm seu funcionamento liberado. A alternativa para a educação foi ministrar aulas remotas utilizando TICs (Tecnologia da Informação e Comunicação), uma ideia inovadora para o momento e que trouxe di culdades às instituições de ensino superior. Trabalhar com a transmissão do conhecimento é uma via complexa, que depende de uma série de variáveis, pois o ambiente de sala de aula é composto de diversas crenças, raças, gêneros etc. Todas essas variáveis impulsionam o docente, direta ou indiretamente, na necessidade de criar experiências que possibilitem a aprendizagem. As aulas remotas exigiram adequações no planejamento e nas práticas de ensino. O desenvolvimento de estratégias pedagógicas e a formação de docentes para o novo cenário on-line são determinantes no desenvolvimento das aulas. A ação de planejar não se restringe à mera formalidade de gestão administrativa, mas sim uma atividade consciente de previsão da atividade docente, fundamentadas em ações político-pedagógicas, e tendo como referência permanente as situações didáticas concretas. Para obter resultados positivos, com a aplicação das aulas remotas, o fator humano é indispensável, principalmente, na capacidade de aprendizado das ferramentas tecnológicas, com a devida competência para transformar a informação em conhecimento. As ferramentas de videoconferência utilizadas para ministrar as aulas remotas possibilitaram maior interação dos alunos nas aulas. Por outro lado, o abalo emocional causado pela pandemia foi pouco contornado no uso das tecnologias, e certamente implicou na rotina das turmas. A necessidade de uso intenso da internet evidenciou a desigualdade de acesso para o acompanhamento das aulas on-line, realizadas no horário da aula presencial, tendo em vista problemas na conexão de internet ou nos smartphones e computadores. Essa desigualdade já é existente na sociedade, marcada pela divisão de classes no sistema econômico capitalista, porém foi agravada pelo impacto socioeconômico gerado pela pandemia. Para minimizar os efeitos da desigualdade e garantir o acesso dos alunos, a utilização de aulas gravadas demonstrou-se uma boa prática. Sem esgotarmos as possibilidades de re exão, salientamos que as aulas remotas não retratam uma situação plenamente satisfatória para alguns estudantes e professores, embora possibilitem a continuidade da relação de ensino e aprendizagem, evidentemente, há limitações que necessitam de maior re exão e adequação, além de cenários onde se pode aplicar ou não. A capacidade de adaptação humana nos provou que foi possível a continuidade do ensino por este formato, no entanto, o desejo por excelência nos leva a re etir criticamente no planejamento, práticas pedagógicas adequadas e per s humanos favoráveis a este modelo.
