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Como planejar e organizar seu dinheiro
Me. Ricardo Coimbra
Presidente Corecon/CE
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A organização financeira é o grande desafio da maior parte das pessoas ao longo de sua vida. E esse processo deve ocorrer já na infância, com o entendimento do valor das coisas ainda na educação infantil. Contudo, esse aprendizado é ainda muito distante para a maioria das pessoas.
Para que a transformação ocorra é necessária uma mudança de hábitos e ter dedicação diária no cumprimento das metas estabelecidas. Sendo, portanto, preponderante o conhecimento das necessidades e capacidades financeiras de cada pessoa. Ou seja, o primeiro passo é a identificação e a classificação dos gastos. E nesse momento, tudo deve ser anotado e separado por categorias, como: alimentação, transporte, moradia, saúde, educação, gastos pessoais, lazer, gastos financeiros.
Em seguida, ao compreender os gastos, o principal direcionamento deve ser gastar menos do que ganha. E para que isso ocorra deve-se buscar uma adequação das prioridades e planejar metas e objetivos. É necessária a construção de objetivos claros e metas a serem alcançadas de forma periódica, tentando elencar o que deseja conquistar ao longo dos próximos anos, seja no curto, médio e longo prazo, como: graduação, pós-graduação, imóvel, viagem, veículo, casamento, etc.
E, a partir daí, o que pode ou deve fazer para elevar a renda? E essa é uma das principais perguntas que se deve buscar responder. Que pode estar relacionada a novas oportunidades no mercado de trabalho ou no empreendedorismo. Precisa de capacitação? De busca e acompanhamento de novas oportunidades?
Mesmo que não consiga, no curto prazo, elevar a renda devese sempre criar a disciplina da poupança. Um passo inicial seria pensar a princípio em uma reserva de emergência e, posteriormente, diversificar em ativos financeiros. E essa diversificação deverá ocorrer na direção dos objetivos e metas estabelecidas, buscando, primeiramente, identificar o perfil do investidor e através dele pode-se montar uma carteira com: títulos públicos, fundos de títulos públicos, fundos de crédito privado, fundos multimercado, fundos de ações, ações, moedas, derivativos, opções, entre outros.
As rentabilidades dos investimentos são diversas. Contudo, onde colocar o dinheiro vai depender muito dos riscos que cada investidor deseja assumir.
Deve-se ponderar que, pela falta de educação financeira democratizada para a população em geral, a cultura de investimentos no Brasil, em um passado não distante, ainda era restrita a um pequeno grupo de privilegiados, sendo considerada pela grande maioria da população como algo
Como planejar e organizar seu dinheiro

Me. Francisco Alves
Professor do Unigrande
difícil e complicado, gerando muitas vezes desconfiança daqueles que se aventuravam a fazê-los.
No entanto, com o advento das mídias sociais, os bancos virtuais, a massificação das informações sobre finanças, índices de rentabilidades e a mudança da matriz curricular das instituições de ensino superior - IES nos cursos de Contábeis, Administração e Gestão, essa realidade começou a ser mudada. Quando essas instituições passaram a inserir disciplinas como Gestão Financeira, Mercado Financeiro e outras disciplinas correlatas ao assunto, com uma abordagem teórico/prática, provocou uma mudança na percepção dos alunos, estimulando muitos deles a iniciarem como pequenos investidores no competitivo, mas também rentável, mundo dos investimentos.
Independentemente de ser arrojado, moderado ou conservador, os pequenos investidores ou os investidores iniciais ou neófitos, como são conhecidos, devem procurar profissionais da área que os auxiliem a encontrar os melhores portfólios de investimentos, reduzindo com isso, seus riscos nas operações, e principalmente, que estes investimentos sejam adequados às suas necessidades ou projetos de vida. Nesse mercado existe gente que se contenta com a poupança (conservador), outros que buscam ganhar um pouco mais (moderado) e também os que arriscam para ganhar mais (arrojados).
Diante do exposto, o objetivo desse artigo é despertar no leitor o interesse pelo mercado de capitais, mostrando-lhes a necessidade de se construir um patrimônio de forma segura e sustentável para atender suas necessidades materias, buscando sempre a ajuda de experts do setor como forma de diminuir os riscos das operações. Importante lembrar sempre da máxima do bilionário e megainvestidor Warren Buffett: “Regra nº1: nunca perca dinheiro. Regra nº2: não se esqueça da regra nº1. ”
Ricardo Coimbra Presidente Corecon/CE Conselheiro Apimec/Br Mestre em Economia UFC/Caen Professor Universitário
Francisco Alves Doutorando em Administração Mestre em Administração Consultor de Empresas Palestrante e Escritor Professor do Unigrande