Os XII Magníficos do Zodíaco. por Carina Melo

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Curso de Formação Profissional em Astrologia 2020/2021

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OS XII MAGNÍFICOS DO ZODÍACO

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Curso Intensivo de Formação Profissional em Astrologia 2020/2021 Trabalho Final do Nível 1 Novembro 2020 Trabalho final do Nível I Novembro 2020

OS XII MAGNÍFICOS DO ZODÍACO

Formadora: Isabel Guimarães Formanda: Carina Melo Formadora: Isabel Guimarães Formanda: Carina Melo


Trabalho Final do Nível 1 Novembro 2020

ÍNDICE

Formadora: Isabel Guimarães Formanda: Carina Melo

Introdução………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………..………3 Enquadramento Histórico da Astrologia….………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………..………4 As quatro estações do ano: os Equinócios e os Solísticios…………………………………………………………..…………………………………………………………………………..……….……….6 A Eclíptica e o Zodíaco………..…………………………………………………………………………….……………………………………….…………………….……………………………………………….………7 O mapa astrológico e os seus quatro quadrantes.…………………………………………….…………………………………………………………….……………………………………………….…….…8 Os quatro elementos da Natureza e as triplicidades………………………………..…………….………………………………………………………….…………………………………………….……..11 Qualidades dos elementos da Natureza……………..….…………………………………………………….………………………………………………….……………………………………………….…….13 Temperamento dos doze signos………………………….…………………………………………………….…………………………………………………….……………………………………………….…….14 Princípio da dualidade da vida………………….……………………………………………………….…………………………………………………………….……………………………………………….…….16 Quatro Modalidades, doze casas e seis eixos.…………………………….…………………………………………………………………………………………………….………..…………………….…….17 Os dez planetas: significados e regências……...……………………………………………….……………………………………………………………….……………………………………………….……..20 Os doze Magníficos do Zodíaco: . Carneiro……………………………………….……………………………………….…………………………………………………………….……………………………………………….…………………..23 . Touro……….………………………..………………………………………………………………………………………………………………………………….………………………………………………….24 . Gémeos e Caranguejo…..…..………………………………………………………………………………………………………………………………….………………………………………………….25 . Leão …..…..…………………………………………………………………………………………………………………………………………………………….………………………………………………….26 . Virgem...…………..………………………………..…………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………….27 . Balança e Escorpião ……………………………..………………………………………………………………………………………………………………………..………………….…………………….28 . Sagitário………..………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………...29 . Capricórnio………………………..……………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………..30 . Aquário……………………………..…………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………..…31 . Peixes………………………………..……………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………..32 Conclusão………………………………………..…………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………..…33 Bibliografia, Webgrafia e Imagens……..……………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………34

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INTRODUÇÃO Este trabalho de pesquisa insere-se no trabalho final do nível I do curso de formação profissional em Astrologia, lecionado pela formadora Isabel Guimarães. O título deste trabalho Os XII Magníficos do Zodíaco foi inspirado num grande clássico do cinema, Os Sete Magníficos (1960). Assim como no filme, que apresenta uma grande variedade de personalidades através das suas principais personagens, os signos do Zodíaco também nos brindam com esta diversidade de personalidades através dos seus doze arquétipos. Desde há milhares de anos que a Astrologia se dedica ao estudo dos astros e dos corpos celestes e à sua influência na vivência, comportamento e personalidade humana. No século XX, com Dane Rudhyar, a Astrologia teve grandes influências da psicologia, ajudando-nos a entender e a integrar melhor as várias partes de nós mesmos na interação com os outros e com o mundo à nossa volta. Mais do que a interpretação da simbologia dos signos, a Astrologia utiliza um conjunto de complexos cálculos que determinam um sistema onde cada indivíduo é o centro do Universo na Terra, interligado pelos astros que o rodeiam. Este sistema é uma espécie de GPS cósmico, definido pelo cálculo do mapa astrológico natal a partir da data, hora e local do nascimento da pessoa. Para além do desafio de integração das várias multiplicidades do Eu (Eu Sou, Eu tenho, Eu penso, Eu sinto, Eu crio, Eu sirvo, Eu partilho, Eu transformo-me, Eu idealizo, Eu realizo-me, Eu liberto-me e Eu transcendo-me), os doze signos são também influenciados e interligados por outros fatores externos, nomeadamente, o posicionamento de cada signo nas casas astrológicas, os aspetos existentes entre os planetas, os elementos da Natureza e as quatro estações do ano. A análise destes vários fatores permite-nos conhecermos de uma forma enriquecedora as nossas características, temperamento, desafios e potencialidades nas várias áreas das nossas vidas. Convido-lhe a acompanhar-me nesta aventura e conhecer um pouco melhor o mundo fascinante da Astrologia e destes magníficos doze arquétipos.

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ENQUADRAMENTO HISTÓRICO DA ASTROLOGIA A Astronomia e Astrologia nasceram e desenvolveram-se juntas, complementando-se. No entanto, a Astronomia é a ciência que estuda e descreve as qualidades e as leis físicas, movimentos e ciclos dos astros; a Astrologia é uma ciência metafísica ou arte do saber que estuda a correlação da simbologia dos astros com os acontecimentos na Terra e a sua influência sobre a personalidade e vida do ser humano.

. Proto-história (entre 6.000 a.C. a 5.000 a.C): Desde tempos imemoriais que os povos da Antiguidade observavam a abóbada celeste e os seus efeitos nos ciclos da Terra. Como registo destas observações, existiram várias edificações megalíticas por todo o mundo antigo, sendo a mais emblemática Stonehenge, construído como um sofisticado calculador lunar e solar, registando complexos fenómenos astronómicos na pedra.

. Da Mesopotâmia ao Antigo Egipto (entre 5.000 a.C a 300 a.C): As origens da astrologia remontam a culturas milenares, desde os Sumérios, na cidade-estado da Babilónia, na região da antiga cultura mesopotâmica, onde se desenvolveu o estudo das constelações zodiacais pela observação das estrelas fixas e se estabeleceram as primeiras efemérides. Entre 3.000 a 2.000 a.C, verificaram-se as primeiras observações sistematizadas, a partir das Torres da Babilónia, a definição dos ciclos celestes e os primeiros princípios astrológicos. Durante a Dinastia de Hamurabi, entre 1.728 a 1.689 a.C., deu-se a reforma do calendário civil e a introdução dos 12 meses babilónicos. Entre 700 e 400 a.C, com os Caldeus, surge a elaboração do primeiro conceito de Zodíaco, tal como hoje reconhecemos, onde se identificou o aparente caminho do Sol à Volta da Terra – a Eclíptica. Com os Persas, em 539 a.C. estabeleceram-se os 12 signos zodiacais e o conceito de Astrologia natal (do coletivo para o individual). Entre 600 a.C. a 300 a.C, na Grécia Antiga, Pitágoras (580-490 a.C), filósofo e matemático, desenvolveu as teorias geométricas (Teoria da Harmonia das Esferas e a Teoria dos Aspetos) e as grandes bases filosóficas que sustentam a Astrologia Moderna. Nesta época, a Astrologia torna-se um estudo estruturado e adquire um estatuto escolástico. No Antigo Egipto, em 300 a.C, surgem representações das leis do Universo que acreditavam estarem escritas no Homem e a correlação do corpo humano com os signos.

. Do Cristianismo à Idade Média (0 d. C ao séc. XVI): Com o nascimento de Jesus Cristo, a “Estrela de Belém” foi interpretada como uma conjunção excecional de planetas pelos três Reis Magos. Nesta época, verificou-se a integração inicial do conhecimento dos astros e da sua influência como caminho que conduz à compreensão da ação do espírito divino em cada ser humano na Terra. É no séc. II d. C que nasce o grande pai da Astrologia, Cláudio Ptolomeu (100-178 d.C.), grande astrónomo e astrólogo, com a sua obra-prima astrológica, o Tetrabiblos. Este grande pesquisador reuniu os princípios fundamentais da Astrologia no Tetrabiblos e estabeleceu a Astronomia geocêntrica, pois acreditava que a Terra se encontrava no centro do sistema solar.

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Na Idade Média, do século XII ao século XVI, com a difusão do Cristianismo e corrente anti-pagã, a Astrologia passou para segundo plano. Foi uma época em que instalou-se a desconfiança da Igreja Católica face à ligação antiga da Astrologia com os vários deuses. No Renascimento, nos séculos XV e XVI, a Astrologia recupera algum prestígio. Foram vários os astrólogos que se destacaram nesta época, com especial ênfase a Nicolau Copérnico que propôs o sistema heliocêntrico, o qual coloca o Sol no centro do sistema solar, estabelecendo assim a Astronomia Moderna. Nesta altura, Johannes Kepler também teve um papel fundamental com a criação das leis que regem as órbitas dos planetas em torno do Sol. As três leis de Kepler são as seguintes: 1ª lei das órbitas elípticas, 2ª lei das áreas e 3ª lei dos períodos.

. Do século XVI ao século XVIII: Nesta época, Galileu Galilei fundamenta cientificamente a Teoria Heliocêntrica de Copérnico, que viria a constituir as bases para o desenvolvimento da astronomia. Com a revolução científica, Jean Baptiste Colbert cria a Academia das Ciências (1666), sem a inclusão da Astrologia na Astronomia. O “século das luzes” foi marcado pela preponderância da razão e da mente científica, o que conduziu a um período de declínio da Astrologia.

. Astrologia Moderna (do século XIX ao século XXI): No século XIX, dá-se o ressurgimento da Astrologia, com a constituição da Astrologia “científica”, retirando o caráter ocultista que lhe era conferido. Em 1896, Alan Leo (1860-1917) fundou a primeira grande revista de Astrologia, Modern Astrology, onde defende uma Astrologia com uma perspetiva mais psicológica. No século XX, o reaparecimento da Astrologia nos domínios públicos ocorre por volta dos anos 20, com a Belle Epoque, onde se verifica uma proliferação da Astrologia em todos os meios culturais. A Astrologia deixa de estar nas mãos de um grupo mais restrito e passa a captar a atenção do grande público. Neste século, a Astrologia comercial (imprensa, rádio e televisão) destaca-se junto da sociedade através da publicação de horóscopos de forma quotidiana, elaborados em específico para os indivíduos de cada um dos signos do zodíaco. Dane Rudhyar (1895-1985), astrólogo francês, criou em 1969 o Comité Internacional para a Astrologia Humanista, sendo considerado o pai da Astrologia Moderna. Uma das suas principais obras é a Astrologia da Personalidade (1936), que contempla a integração de conceitos junguianos (Carl Jung, 1875-1961) na Astrologia. Rudhyar defendeu que os astros não determinam as nossas vidas; são antes imagens que revelam psicologicamente onde nos encontramos. Realça a importância do livre-arbítrio e a Astrologia como um instrumento de autodescoberta, que nos permite compreender como nos enquadramos neste todo que é o mundo. Em 1968, é criado o primeiro programa informático de Astrologia. Os séculos XX e XXI marcam uma nova era da Astrologia, o ciclo de transição da Era de Peixes (iniciada no Cristianismo) para a Era de Aquário, uma Era humanitária, na qual as pessoas procurarão viver de forma livre e igualitária num ambiente de paz e fraternidade.

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AS QUATRO ESTAÇÕES: OS EQUINÓCIOS E OS SOLISTÍCIOS Ao longo do tempo, o ser humano percebeu que as variações climáticas repetiam-se como um ciclo. Verificou-se então que este ciclo de variações poderia ser uma importante ferramenta de marcação do tempo, dando origem aos calendários com os seus 365 dias por ano. É no intervalo de tempo anual que temos as estações do ano: Primavera, Verão, Outono e Inverno. Do ponto de vista astronómico, o fenómeno das estações ocorre da combinação dos movimentos da Terra à volta do sol (translação), que dura 365 dias, e sobre o seu próprio eixo imaginário (rotação), que dura 24h, formando o dia e a noite. A combinação destes dois movimentos dá origem à Precessão dos Equinócios, em que a Terra ao girar sobre a base do seu eixo longitudinal traça uma curva elíptica, que é o caminho percorrido ao redor do Sol e que nos permite ter todos os anos as estações. Na realidade, as datas de início de cada estação do ano correspondem a quatro pontos específicos na trajetória da Terra, percorrida ao longo de um ano, à volta do Sol. Estes pontos são os Equinócios (Primavera e Outono) e os Solstícios (Verão e Inverno). Nos Solstícios um dos hemisférios recebe mais luz solar do que o outro, devido ao ângulo de inclinação que a Terra possui em relação ao seu eixo. Com essa diferença de incidência dos raios solares, o dia fica mais longo do que a noite quando o Solstício de Verão ocorre ou então a noite fica mais longa, no caso do Solstício de Inverno, no hemisfério sul. Nos Equinócios, a duração do dia é igual à duração da noite.

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A ECLÍPTICA E O ZODÍACO Para a Astronomia, o céu é idealizado como uma grande esfera (esfera celeste) ou abóbada celeste, que está centrada na Terra. A esfera celeste é uma superfície esférica imaginária que envolve a Terra. Nesta superfície localizamos todos os corpos celestes. A eclíptica é a linha central da esfera celeste, com uma inclinação de 23º27’ graus em relação ao Equador Celeste, que representa a trajetória aparente do Sol ao redor da Terra. Este movimento aparente do Sol é uma consequência do movimento de translação da Terra ao redor do Sol. As constelações zodiacais são grupos de estrelas situadas na linha imaginária da eclíptica, compreendida entre dois paralelos de latitude celeste: um 8º5’ graus a norte e outro 8º5’ graus a sul da eclíptica. No seu movimento aparente anual ao redor da Terra, o Sol atravessa treze constelações zodiacais: Peixes, Carneiro, Touro, Gêmeos, Caranguejo, Leão, Virgem, Balança, Escorpião, Ophiuchus, Sagitário, Capricórnio e Aquário.

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Para a Astrologia Ocidental, a eclíptica está inserida na faixa zodiacal (com uma largura de 17 graus) e o Sol percorre este caminho num ano, composto por 360 graus, dividido em doze partes iguais (30 graus de cada casa astrológica). A partir do ponto vernal 0 graus de Carneiro, cada 30 graus desta faixa faz a correspondência de cada uma das casas naturais dos doze signos do Zodíaco (Carneiro, Touro, Gémeos, Caranguejo, Leão, Virgem, Balança, Escorpião, Sagitário, Capricórnio, Aquário e Peixes) com os doze meses do ano, divididos em 4 estações. A palavra Zodíaco vem do termo grego Zodiakos, que significa círculo de pequenos animais, pois as constelações e os signos são representados, na sua maioria, por animais. Existem, porém, dois tipos de Zodíaco: . Zodíaco Tropical: utilizado pela Astrologia Ocidental, que tem como referência apenas doze signos na divisão matemática da eclíptica (360 graus faixa: 12 signos= 30 graus cada casa astrológica). No sistema tropical, existe a correlação das estações do ano com a vida do indivíduo na Terra. . Zodíaco Sideral: utilizado pela Astrologia Oriental (Védica ou Hindu), que tem como referência as treze constelações zodiacais, em que devido à Precessão dos Equinócios, ocorre um movimento retrógrado do Zodíaco Tropical face ao fundo estelar, havendo um recuo no ponto vernal de medição de 23º graus até Peixes. No sistema sideral, as estações do ano não são analisadas, em detrimento das posições astronómicas dos astros no céu. Este método também tem por base de análise a Astrologia cármica ou de reminiscências passadas. A Astrologia Ocidental estuda a relação dos ciclos do Sol, da Lua e dos planetas com os ciclos da Terra. Esta perspetiva geocêntrica coloca a Terra, o evento ou o indivíduo no centro do universo. Embora saibamos que, na verdade, a Terra gira em torno do Sol, nesta perspetiva, os astrólogos elaboram os mapas como se o Sol, a Lua e os planetas girassem em torno da Terra. Neste modelo geocêntrico, o importante é descrever a situação do céu em relação a um observador na Terra. Todavia, existe também a perspetiva heliocêntrica na astrologia, que coloca o Sol no centro da análise do mapa, sendo esta menos utilizada.

O MAPA ASTROLÓGICO E OS SEUS QUATRO QUADRANTES O Sol leva aproximadamente um ano para dar a volta ao Zodíaco, passando cerca de 30 dias em cada signo. A progressão do Sol em volta do Zodíaco afeta a estrutura do mapa astrológico de um indivíduo, pois não representa simplesmente a trajetória celeste do Sol, mas uma viagem através da experiência humana na Terra. Para conseguirmos calcular o mapa natal astrológico de um indivíduo, é necessário alguns dos seus dados de nascimento: data, hora e local do nascimento. Através deste mapa astrológico é possível interpretar a viagem de uma pessoa desde o seu nascimento, infância, juventude, idade adulta até à velhice, dando origem aos quatro quadrantes do mapa.

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O mapa astrológico é composto por um círculo dividido em quatro quadrantes. Tanto a parte superior (hemisfério Norte) como a parte inferior (hemisfério Sul) deste círculo encontram-se divididas na horizontal em duas partes iguais de 90º graus cada. É possível também dividir este círculo na vertical, em duas partes iguais de 90º graus cada, dando origem ao hemisfério Oeste ou Ocidental, do lado direito do mapa, e ao hemisfério Leste ou Oriental, do lado esquerdo do mapa. O mapa astrológico é uma espécie de fotografia exata do céu quando nascemos. As distribuições dos planetas nos quatro quadrantes do mapa fornecemnos informações sobre a personalidade e forma como as pessoas lidam consigo mesmas, com os outros e com o mundo a sua volta, nas várias áreas de vida. . 1º QUADRANTE: NASCIMENTO E INFÂNCIA Constituído pelas três primeiras casas do mapa astral, este 1º quadrante dá-nos informações sobre a forma que as pessoas agem instintivamente em função das suas necessidades. Por norma, as pessoas com mais planetas nestas casas são, mais independentes, polivalentes e individualistas que as restantes.

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. 2º QUADRANTE: JUVENTUDE As casas 4, 5 e 6 do mapa astral, encontram-se neste 2º quadrante do mapa, influenciando assim a nossa visão sobre a vida e a perceção de como as outras pessoas pensam sobre as nossas decisões. . 3º QUADRANTE: IDADE ADULTA Fazem parte deste quadrante as casas 7, 8 e 9, que está diretamente relacionado com as relações interpessoais e a forma como as pessoas encaram os relacionamentos para se sentirem bem e felizes com elas próprias. . 4º QUADRANTE: VELHICE O 4º e último quadrante do mapa astral é constituído pelas casas 10,11 e 12, influenciando a forma como as pessoas trabalham em grupo, assim como as suas motivações e ambições. Estes quatro quadrantes são separados pelo eixo horizontal AC / DC (Ascendente e Descendente) e o eixo vertical MC / IC (Meio do Céu e Fundo do Céu). São as Cúspides (linhas onde começam) das casas 1, 4, 7 e 10 que delimitam os seus inícios. Estes quatro ângulos são fundamentais para entendermos parte da nossa personalidade, a sua estrutura e funcionalidade. Através destes dois eixos, compreendemos melhor o nosso passado, o presente e temos indicativos do nosso futuro.

EIXO HORIZONTAL: AC (Ascendente) - DC (Descendente): AC é o Ascendente, abre o primeiro quadrante do mapa e a cúspide da Casa 1. Descreve como nos percebemos e qual impressão imediata que passamos ao mundo. É a nossa personalidade e temperamento básico, como expressamos a nossa individualidade, as tendências que nos fazem agir de determinada maneira e a lente por onde vemos o mundo. O DC é o Descendente e marca o início do terceiro quadrante do mapa, sendo a cúspide da nossa Casa 7, oposta no grau igual ao da cúspide da Casa 1. Descreve como percebemos os outros e com o que projetamos nas outras pessoas.

EIXO VERTICAL: IC/FC (Imun Coeli/ Fundo do Céu) - MC (Medium Coeli/ Meio do Céu): O IC são as siglas de Immum Coeli ou Fundo do Céu, que assinala o início do 2º quadrante e a cúspide da casa 4. Descreve as nossas raízes e o nosso ambiente doméstico. O MC são as siglas de Medium Coeli ou Meio do Céu, situa-se na cúspide da nossa Casa 10 e abre o início do quarto quadrante do mapa astrológico. O MC descreve nossa imagem pública, carreira e reputação.

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OS QUATRO ELEMENTOS DA NATUREZA E AS TRIPLICIDADES

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Na Natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma. Antoine Lavoisier O Fogo, a Terra, o Ar e a Água são os quatro princípios vitais que compõem a criação perceptível pelos sentidos físicos (…) Considerados como factores puramente materiais, simbolizam os quatro estados da matéria: a terra é sólida, a água é líquida, o ar gasoso, o fogo é plasma ou energia ionizada (…)

FOGO – A força do espírito É o núcleo dinâmico da energia psíquica, energia universal irradiante, excitável e entusiasta, que flui espontaneamente de uma forma inspirada e motivada. Os signos de Fogo – Carneiro, Leão e Sagitário – são caracterizados por uma enorme vontade de agir, experienciar e viver a vida de uma forma otimista e entusiástica. Por natureza, são confiantes, espontâneos e independentes. São uma fonte de energia vital e de expressão da criatividade.

TERRA – A força da matéria Está em contacto com a realidade concreta e prática do mundo material. Sintoniza-se com o mundo das formas que a mente encara como reais (…) Os signos de Terra – Touro, Virgem e Capricórnio – caracterizam-se por serem objetivos, práticos e disciplinados. Representam tudo o que é concreto e palpável. Baseiam-se nas sensações para se relacionarem com o mundo à sua volta, tendo por base uma forte necessidade de segurança. Dotados de uma grande determinação, persistência e paciência lutam pelos seus objetivos.

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AR – A força da mente É o domínio das ideias arquetípicas escondidas por detrás dos eventos da dimensão física. O Ar é inventivo, animado e estudioso, comunicativo, teórico e lógico, amigável e liberal, tem grande capacidade intelectual, flexibilidade de pensamento, adora a discussão e o debate. Os signos de Ar – Gémeos, Balança e Aquário – representam o aspeto mental e intelectual do ser humano. Destacam-se pela sua mente curiosa, instável e aérea. A comunicação, a socialização e a cooperação nas relações interpessoais são características comuns a estes signos.

ÁGUA – A força das emoções Representa o reino das emoções profundas e das reações como reflexos do sentimento. É um vasto leque que pode abranger desde paixões compulsivas e temores irresistíveis, até uma aceitação e uma dedicação que envolva tudo e todos. Os signos de Água – Caranguejo, Escorpião e Peixes – são introspetivos, altamente emotivos e intuitivos. Dotados de uma grande empatia e sensibilidade psíquica, têm a capacidade de ajudar quem precisa. A cada um destes quatro elementos associamos três signos zodiacais e as suas respetivas casas naturais, originando assim as triplicidades: . Triplicidade de Fogo: signos de Carneiro (Casa 1), Leão (Casa 5) e Sagitário (Casa 9); . Triplicidade de Terra: signos de Touro (Casa 2), Virgem (Casa 6) e Capricórnio (Casa 10); . Triplicidade de Ar: signos de Gémeos (Casa 3), Balança (Casa 7) e Aquário (Casa 11) e . Triplicidade de Água: signos de Caranguejo (Casa 4), Escorpião (Casa 8) e Peixes (Casa 12).

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A presença e quantidade de planetas, em cada um destes signos, também nos indica se temos equilíbrio, predominância, excesso ou falta de algum elemento no nosso mapa astrológico. Da mesma forma, também podemos analisar o posicionamento das triplicidades elementares no mapa astrológico comparativamente à sua posição natural em cada uma das doze casas da mandala astrológica.

QUALIDADES DOS ELEMENTOS

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Os elementos da natureza têm qualidades primárias ativas (quente e frio), que dão origem a qualidades passivas (seco e húmido).

ELEMENTOS

QUALIDADES PRIMÁRIAS

QUALIDADES PASSIVAS

FOGO

QUENTE

SECO

TERRA

FRIO

SECO

AR

QUENTE

HÚMIDO

ÁGUA

FRIO

HÚMIDO

Enquanto o quente está associado ao Verão, o Frio está associado ao Inverno, o seco está associado ao Outono e o húmido à Primavera. Ao juntarmos as qualidades primárias e passivas, surgem os quatro elementos da natureza: Fogo (quente e seco), Terra (fria e seca), Ar (quente e húmido) e Água (fria e húmida). Em astrologia, podemos também relacionar as qualidades dos elementos da natureza aos signos. Pela ordem natural do Zodíaco, os dois primeiros signos são secos (Carneiro e Touro) e os dois seguintes são húmidos (Gémeos e Caranguejo), até chegarmos aos doze, por esta lógica de dois em dois. As qualidades primárias alternam entre si, a começar pelo quente de Carneiro e o frio de Touro, por esta sequência até chegarmos ao final dos doze signos. Ao interligarmos as qualidades primárias e passivas, misturamos as suas características e podemos analisar o tipo de relação existente entre os quatro elementos que pode ser tensa (têm elementos diferentes), moderada (partilha de qualidades passivas) ou fluída (partilha de qualidades ativas e polaridades). TIPO DE RELAÇÃO TENSA MODERADA FLUÍDA

ELEMENTOS ÁGUA + FOGO AR + ÁGUA (HÚMIDOS) AR + FOGO (QUENTE + MASCULINO)

TERRA + AR FOGO + TERRA (SECOS) ÁGUA + TERRA (FRIO E FEMININO)

LIGAÇÃO DIFERENTES PARTILHA DE QUALIDADES PASSIVAS PARTILHA DE QUALIDADES ATIVAS E POLARIDADES

TEMPERAMENTO DOS SIGNOS De acordo com o tipo de relação e ligação que se estabelece entre os elementos e os signos, associamos um temperamento psicológico a cada signo. Estes temperamentos dividem-se em quatro: colérico, melancólico, sanguíneo e fleumático.

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Os signos de Fogo são associados ao temperamento Colérico, pois têm como qualidades o quente e o seco. São masculinos e diurnos. Demonstram uma expressão positiva, conquistadora e enérgica. Destacam-se como características principais o espírito de liderança, a ousadia, a agressividade e a iniciativa. Os signos de Terra têm um temperamento Melancólico, sendo as suas qualidades o frio e o seco. São femininos e noturnos. A sua natureza é construtiva, prática e funcional. Apreciam a segurança e expressam-se de forma planificada e pragmática. Os signos de Ar são conhecidos por terem um temperamento Sanguíneo, expressando as qualidades quente e húmido. São masculinos e diurnos. A sua natureza é agitada, adaptável e versátil. Destacam-se pela sua expressão dinâmica, comunicativa, de cariz social e relacional. Os signos de Água têm um temperamento Fleumático, pois conjugam as qualidades frio e húmido. São femininos e noturnos. A sua natureza é sensível, instável e flutuante, fruto das suas emoções e sentimentos. A empatia e a ajuda ao outro são também características evidenciadas. No quadro abaixo, apresento um breve resumo destes quatro temperamentos associados ao perfil de cada um dos doze signos, evidenciando o perfil profissional, a natureza base, qualidade e defeito de cada um.

SIGNO

ELEMENTO

TEMPERAMENTO

PERFIL

BASE

QUALIDADE

DEFEITO

LÍDERES

EMPREENDEDORISMO

ENÉRGICO

IMPACIENTE

CONSTRUTORES

OUSADIA

DECIDIDO

VAIDOSO

SAGITÁRIO

PRODUTORES

EFICIENTE

INDEPENDENTE

INTOLERANTE

TOURO

TÉCNICOS

SEGURANÇA

PRÁTICO

DESCONFIADO

PROFESSORES

ORGANIZAÇÃO

CUMPRIDOR

DESMOTIVADO

CAPRICÓRNIO

ADMINISTRADORES

CONSTRUÇÃO

CONSERVADOR

PRETENCIOSO

GÉMEOS

VENDEDORES

CURIOSIDADE

ENTUSIASTA

BARULHENTO

DIPLOMATAS

CARÁTER RELACIONAL

AFÁVEL

MEDROSO

AQUÁRIO

CIENTISTAS

INTELECTO

VISIONÁRIO

VOLÚVEL

CARANGUEJO

ARTISTAS

CONFORTO EMOCIONAL

SENSÍVEL

PESSIMISTA

MESTRES

METAMORFOSE

LEAL

INSTÁVEL

FILÓSOFOS

EMPATIA

HABILIDOSO

CONFUSO

CARNEIRO LEÃO

VIRGEM

BALANÇA

ESCORPIÃO PEIXES

FOGO

TERRA

AR

ÁGUA

COLÉRICO

MELANCÓLICO

SANGUÍNEO

FLEUMÁTICO

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PRINCÍPIO DA DUALIDADE DA VIDA Yin (feminino) e Yang (masculino) são conceitos do taoismo que expõem a dualidade de tudo que existe no universo. Descrevem as duas forças fundamentais opostas e complementares que se encontram em todas as coisas.

O princípio da dualidade da vida também se manifesta nos doze signos do Zodíaco, de acordo com os seus elementos. Deste modo, os signos dos elementos Fogo e Ar são classificados como sendo signos masculinos, com uma polaridade positiva e diurna. Por sua vez, os signos dos elementos Terra e Água são classificados como femininos, com uma polaridade negativa e noturna. Na sequência zodiacal, os signos masculinos e diurnos alternam com os femininos e noturnos. De uma forma geral, os signos masculinos e diurnos são expressivos, expansivos e projetam de forma afirmativa a sua natureza. Têm como base a ação e o movimento. Os signos femininos e noturnos são reservados e contemplativos. De natureza introvertida, expressam-se de forma mais introvertida e defensiva. Têm como base a segurança e a preservação.

GÉNERO MASCULINO - YANG FEMININO - YIN

POLARIDADE POSITIVO NEGATIVO

ELEMENTOS FOGO E AR TERRA E ÁGUA

PRINCÍPIO SOL - DIA LUA - NOITE

CARACTERÍSTICA ATIVO PASSIVO

QUATRO MODALIDADES, DOZE CASAS E SEIS EIXOS As modalidades dos signos referem-se ao agrupamento da energia dos signos, de acordo com o seu papel nas três fases de cada uma das estações do ano: início (cardinal), meio (fixo) e fim (mutável) da estação. Tudo na natureza é cíclico e de acordo com estas três fases dá-se origem às modalidades em Astrologia. Cada modalidade é composta por quatro signos, cada um referente a um dos quatro elementos da Natureza: Fogo, Terra, Água e Ar. Ora vejamos:

MODALIDADE CARDINAL

CASA ASTROLÓGICA

QUADRANTE

CÚSPIDE

SIGNIFICADO

SIGNO

CASA I CASA IV

PRIMEIRO SEGUNDO

ASC - ASCENDENTE IC - FUNDO DO CÉU

PERSONALIDADE RAÍZES – FAMÍLIA E LAR

CASA VII

TERCEIRO

DES - DESCENDENTE

RELACIONAMENTOS

CARANGUEJO BALANÇA

CASA X

QUARTO

MC - MEIO DO CÉU

PROFISSÃO

CAPRICÓRNIO

CARNEIRO

ESTAÇÃO PRIMAVERA VERÃO OUTONO INVERNO

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. Signos Cardinais referem-se aos quatro signos que abrem as estações do ano, designando ação e início: Carneiro, Caranguejo, Balança e Capricórnio. A estes quatro signos estão também associadas as casas angulares (Casa I, IV, VII e X), que correspondem ao início das cúspides dos quatro quadrantes (AC, IC, DC e MC). Estas casas são as mais fortes e poderosas nos seus efeitos, pois estão relacionadas com os fatores mais significativos da vida de uma pessoa: personalidade (Casa I), raízes (Casa IV), relacionamentos (Casa VII) e profissão (Casa X). Estas casas obrigam a pessoa a desenvolver-se e a crescer como indivíduo. De acordo com a relação de complementaridade que cada casa tem com a sua casa oposta, podemos definir as casas angulares em dois eixos:

EIXO CASA I – CASA VII CASA IV – CASA X

SIGNOS OPOSTOS CARNEIRO

---- BALANÇA

CARANGUEJO

---- CAPRICÓRNIO

RELAÇÃO O Eu manifesto nos Outros A árvore da vida: analogia entre as raízes (família e o lar) da Casa I e os frutos (sucesso profissional) da Casa X

. Signos Fixos são aqueles que estão no meio das estações, representando a segurança e construção: Touro, Leão, Escorpião e Aquário. A estes signos estão também associadas as casas sucedentes (Casa II, V, VIII e XI), que correspondem às casas que se situam entre as casas angulares e as casas cadentes e estão no meio dos quatro quadrantes. Estas casas dependem das casas angulares, sustendo a sua natureza, e conferem equilíbrio, estabilidade e manutenção. São consideradas o armazém do Zodíaco, pois guardam os nossos “tesouros”, bens e recursos (monetários, valores, memórias, experiências…) para quando precisarmos deles.

MODALIDADE FIXO

CASA ASTROLÓGICA

QUADRANTE

SIGNIFICADO

SIGNO

CASA II

PRIMEIRO

BENS, RECURSOS E SEGURANÇA

CASA V

SEGUNDO

IDENTIDADE, EXPRESSÃO CRIATIVA E ROMANCE

CASA VIII CASA XI

TERCEIRO QUARTO

TRANSMUTAÇÃO CONSCIÊNCIA SOCIAL E GRUPOS

TOURO LEÃO ESCORPIÃO AQUÁRIO

ESTAÇÃO PRIMAVERA VERÃO OUTONO INVERNO

De acordo com a relação de complementaridade que cada casa tem com a sua casa oposta, podemos definir as casas angulares em dois eixos:

EIXO CASA II – CASA VIII CASA V – CASA XI

SIGNOS OPOSTOS TOURO ---- ESCORPIÃO LEÃO ---- AQUÁRIO

RELAÇÃO Resinificado da forma como veículo de transformação individual Identidade e criatividade pessoal no contexto grupal

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. Signos Mutáveis estão no final das estações do ano, designando o processo de aprendizagem e adaptação do indivíduo: Gémeos, Virgem, Sagitário e Peixes. A estes signos estão também associadas as casas cadentes (Casa III, VI, IX e XII), que correspondem ao último mês de cada uma das estações e ao final dos quatro quadrantes. Estas casas precedem o Ascendente, Fundo do Céu, Descendente e Meio do Céu. As casas cadentes indicam o caminho a seguir, concedem adaptação ao pensamento e difundem impulsos de dispersão

MODALIDADE MUTÁVEL

CASA ASTROLÓGICA

QUADRANTE

SIGNIFICADO

SIGNO

ESTAÇÃO

CASA III

PRIMEIRO

AUTOEXPRESSÃO E IRMÃOS

CASA VI

SEGUNDO

SERVIÇO, ROTINAS E SAÚDE

VIRGEM

VERÃO

CASA IX

TERCEIRO

FILOSOFIA, RELIGIÃO, IDEAIS, VIAGENS

SAGITÁRIO

OUTONO

CASA XII

QUARTO

REINTEGRAÇÃO DA ALMA E INCONSCIENTE UNIVERSAL E COLETIVO

PEIXES

INVERNO

GÉMEOS

PRIMAVERA

De acordo com a relação de complementaridade que cada casa tem com a sua casa oposta, podemos definir as casas angulares em dois eixos:

EIXO CASA III – CASA IX CASA VI – CASA XII

SIGNOS OPOSTOS GÉMEOS VIRGEM

---- SAGITÁRIO ---- PEIXES

RELAÇÃO Casas mentais que interligam a educação básica aos estudos superiores, às filosofias e às viagens ao estrangeiro. Relacionar o consciente dos procedimentos, as rotinas diárias e a saúde física ao inconsciente universal, espiritual e coletivo.

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OS DEZ PLANETAS: SIGNIFICADOS E REGÊNCIAS O sistema solar é constituído pelo Sol e pelo conjunto de corpos celestes localizados no mesmo campo gravitacional. Para a Astrologia, os principais astros do sistema solar são considerados como planetas. Como já foi referido anteriormente, na perspetiva geocêntrica, a Terra é considerada o centro do universo. Deste modo, na análise do mapa astrológico, cada indivíduo ou evento na Terra ocupa o centro destas influências planetárias e astrais. Cada um destes planetas tem um símbolo e um significado diferente, mediante a casa, o signo e os aspetos que apresenta entre eles. Podemos agrupar os dez planetas da seguinte forma: luminares (Sol e Lua), planetas pessoais (Mercúrio, Vénus e Marte), planetas sociais ou coletivos (Júpiter e Saturno) e planetas transociais ou transpessoais (Urano, Neptuno e Plutão). Abaixo, descrevo, de forma sucinta, o significado de cada um destes planetas.

. LUMINARES: SOL E LUA I. SOL

- É considerado de Luminar, por ser a estrela central do sistema solar e emitir luz própria. Todos os outros corpos do sistema solar giram ao seu redor. Sem a luz e o calor do Sol não existiria vida na Terra. O Sol representa a indentidade e a vontade de Ser de uma pessoa. É o gerador de toda a energia vital da vida, consciência, criatividade, confiança, realização, vontade e auto-expressão. O Sol simboliza o pai (progenitor, figura de autoridade ou influências masculinas mais significativas) e está ligado ao nosso sentido de hierarquia. O signo solar marca o dia do nascimento do indivíduo e o seu posicionamento no mapa astrológico revela o seu potencial e a área de vida onde pode brilhar. O Sol é o regente de Leão, de todas as questões relacionadas com a casa V e demora um ano a dar a volta ao Zodíaco (30 dias em cada signo).

II. LUA - A Lua apesar de não ter luz própria, por ser um satélite da Terra, por refletir a luz do Sol também é considerado, para a Astrologia, um Luminar. A Lua simboliza a capacidade de Sentir do indivíduo. Está intimamente ligada ao inconsciente, aos sentimentos, às emoções, às memórias do passado (sobretudo da infância), à capacidade de nutrição (alimentação), proteção e à necessidade de segurança do ser humano. A lua representa também o lar, a vida doméstica e as raízes ligadas à ancestralidade. O signo lunar e o seu posicionamento no mapa natal, indica-nos o sentido de pertença na relação com a família e com a mãe. Devido às suas várias fases, a Lua exerce uma enorme influência sobre a vida na Terra, sobretudo as marés, a gravidez, os ciclos femininos e os estados de alma do indivíduo. A lua rege o signo de Caranguejo, todas as questões relacionadas com a Casa IV e demora 28 dias a percorrer os doze signos (cerca de 2,5 dias em cada signo). . PLANETAS PESSOAIS: MERCÚRIO, VÉNUS E MARTE Estes planetas afetam cada pessoa de modo particular, pois como estão mais próximos da Terra exercem uma maior influência sobre a vida de cada um. Os planetas pessoais podem ser divididos em planetas interiores (situados entre a Terra e o Sol), como é o caso de Mercúrio e Vénus, e planetas exteriores (para além da Terra), como é o caso de Marte.

III. MERCÚRIO - Mercúrio é o planeta mais próximo do Sol, recebendo diretamente a sua luz, informação e energia. Indica-nos no mapa a forma de Pensar do ser humano. É considerado o planeta mensageiro e da razão, pois está relacionado ao raciocínio, à lógica, à aprendizagem e à inteligência

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humana. É também o astro da comunicação (escrita e falada), do comportamento mental e das perceções sensoriais. Para além de revelar a forma como cada indivíduo se expressa, Mercúrio também está ligado ao movimento, às telecomunicações, aos transportes, ao comércio e às viagens de curta distância. Está também relacionado com as relações entre irmãos e primos. Mercúrio é o regente de Gémeos e de Virgem e de todas as questões relacionadas com as casas III e VI. Demora entre 360 a 400 dias a percorrer a faixa zodiacal (cerca de 88 dias num signo quando está retrógrado) e tem um movimento de retrogradação três vezes por ano.

IV. VÉNUS Vénus é o segundo planeta do sistema solar, antes da Terra, e influencia a necessidade do ser humano de Afetivizar as suas relações (consigo mesmo, parcerias e sociais) e experiências de vida. É o planeta que representa a beleza, a sensualidade, a união e a forma como cada um lida com o amor. Está também relacionado com o conceito de valores (tangíveis e intangíveis) que cada indivíduo dá às coisas e às pessoas. Apesar de ser um planeta pessoal, Vénus também é sociável pois simboliza a vontade de nos encontrarmos a nós mesmos através dos relacionamentos externos. Vénus é o regente de Touro e Balança e de todas as questões relacionadas com as casas II e VII. Demora entre 224 a 584 dias a percorrer a faixa zodiacal (entre 30 a 35 dias num signo) e num intervalo de 1 ano e 7 meses, fica 45 dias retrógrado. V. MARTE

Marte é o primeiro planeta a se exteriorizar na direção Sol – Terra – espaço sideral e faz a órbita em torno da Terra e do Sol. Revela a nossa vontade de Agir e a nossa força de sobreviver no mundo exterior. Representa a coragem, o processo de individualização e de iniciativa do indivíduo. Marte é o guerreiro que existe dentro de nós, que nos revela como lidamos com situações que exigem esforço, conquista e luta. É também o planeta que está ligado à sexualidade, à impulsividade e à agressividade do ser humano. Marte é o regente de Carneiro e o corregente de Escorpião e está relacionado com as questões relacionadas com as casas I e VIII. Demora 2 anos e 3 meses a percorrer a faixa zodiacal (40 dias num signo) e num intervalo de 2 em 2 anos, fica entre 2 a 3 meses retrógrado.

. PLANETAS SOCIAIS OU COLETIVOS: JÚPITER E SATURNO VI. JÚPITER Júpiter é o maior planeta do sistema solar e transmite a necessidade de Expandir a sua energia na procura de um objetivo/propósito maior para a nossa vida. Júpiter representa a sabedoria da vida, a integração social e a forma como buscamos um sentido para a nossa existência. A religião, a fé, a instrução superior e a filosofia são temas representados por este planeta. Questões relacionadas com as leis, ideologias e com a ética também estão relacionados com Júpiter. A vontade de transcender e transpor limites, o desejo de ir além fronteiras, de explorar novos horizontes, o fascínio pelas grandes viagens, a descoberta de novas culturas e o anseio de conhecimento são formas de nutrição para este planeta. Júpiter é o regente de Carneiro e o corregente de Peixes e está relacionado com as questões das casas IX e XII. Demora 12 anos a percorrer a faixa zodiacal (1 ano em cada signo) e fica retrógrado por um período de 4 meses num ano. VII. SATURNO Saturno é o sétimo planeta e o último planeta visível a olho nu no sistema solar. Saturno é conhecido como o Senhor do Tempo (Cronos), pois é ele quem nos guia e ajuda a Edificar a nossa estrutura de valor para avançarmos com mestria e de forma sólida. É considerado a autoridade

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que nos cria limites e nos dá responsabilidades, de modo a nos auto-disciplinarmos. Saturno representa as regras sociais, as nossas inseguranças e os nossos valores morais. Representa o princípio da causa e efeito em ação, muito associado a questões cármicas e de reminiscências passadas. Saturno é o regente de Capricórnio e o corregente de Aquário e está relacionado com os assuntos das casas X e XI. Demora entre 28 a 30 anos a completar a sua órbita (aproximadamente 2 anos e 6 meses em cada signo) e fica retrógrado por um período de 4 meses num ano. Saturno é visto como a ponte entre os planetas transpessoais, que simbolizam as forças da consciência universal, e os planetas pessoais, que representam as forças da existência material e o eu pessoal (luminares).

. PLANETAS TRANSOCIAIS OU TRANSPESSOAIS: URANO, NEPTUNO E PLUTÃO Para a Astrologia, os planetas Urano, Neptuno e Plutão são os responsáveis pela consciência coletiva da humanidade. Como a sua órbita é muito lenta, quando estes planetas entram num novo signo, influenciam e mudam as motivações e a forma de pensar e de agir de toda uma geração, daí serem considerados planetas geracionais.

VIII. URANO Urano é o primeiro planeta de outro nível de consciência, além do que é pessoal, marcando a entrada no nível do transpessoal. É o planeta que nos ajuda a Evoluir para outra dimensão de perceção da vida e que transcende os limites de Saturno. É o planeta que representa o progresso, a inovação, a mudança e o futuro. Urano é conhecido pela sua originalidade, visão e criatividade. É também onde reside a nossa confusão mental e as nossas contradições. Estas características acentuam a sua rebeldia, necessidade de liberdade e de independência face aos outros. Relaciona-se também com questões ligadas aos amigos, grupos e associações. Urano rege o signo de Aquário (desde 1781), assuntos relacionados com a Casa XI, demora 84 anos a percorrer os doze signos (cerca de 7 anos em cada signo) e fica, aproximadamente, 5 meses retrógrado num ano. IX. NEPTUNO Neptuno é o planeta que nos mostra o nosso impulso de Transcender as fronteiras terrenas e aceder à nossa consciência espiritual, através do nosso Eu superior. É o planeta que representa a sensibilidade, o amor universal e a idealização que, por vezes, conduz-nos ao engano e à desilusão. Neptuno traz-nos a conexão com um sentido de pertença à família universal e oscila entre os arquétipos de vítima e de salvador. Daí que também esteja associado ao vício, à desintegração, ao sonho, à imaginação e à utopia. Neptuno é o regente de Peixes (desde 1846), assuntos relacionados com a Casa XII, demora 168 anos a completar a sua órbita (cerca de 14 anos em cada signo) e fica, aproximadamente, 5 meses retrógrado num ano. X. PLUTÃO Plutão é o mais longínquo e misterioso planeta do sistema solar e que está ligado à nossa capacidade de Renascer várias vezes numa vida. Está ao nosso processo de transmutação através dos ciclos da vida (nascimento-vida-morte-renascimento) e à forma como nos regeneramos perante os obstáculos e as adversidades. É um planeta de poder e vontade, altamente transformador, pois revela-nos a nossa força interior, pondo-nos em contacto com as nossas feridas, sombras, medos e fobias. Plutão é o regente de Escorpião (desde 1930), assuntos relacionados com a Casa VIII, demora 248 anos a completar a sua órbita (entre 11 a 25 anos em cada signo) e fica, aproximadamente, entre 5 a 6 meses retrógrado num ano.

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DIGNIDADES PLANETÁRIAS As dignidades planetárias astrológicas classificam a força de cada planeta no enquadramento do mapa astral, em que signos se posicionam e a afinidade que têm com cada signo. Quando há harmonia na Natureza, tudo se encaixa e tudo flui da melhor forma. Na Astrologia, acontece precisamente o mesmo. Quando os planetas estão nos signos de regência ou em corregência, estão em domicílio, ou seja, “jogam em casa” e ganham mais harmonia e força. Quanto mais longe estiverem dos signos de regência, os planetas ficam mais enfraquecidos e debilitados. Quando um planeta estiver no extremo oposto à sua casa domiciliária, fica em exílio ou em detrimento, sendo desconfortável e mais desafiante recuperar a sua potencialidade, pois estão mais longe da sua casa de conforto. Na sua fase de exaltação, os planetas ganham força e intensidade, sendo um posicionamento favorável logo a seguir ao domicílio. Se o planeta estiver no signo oposto ao signo da sua exaltação, encontra-se em queda e com algumas limitações e debilidades, sendo, porém, menos visível do que no exílio.

SIGNOS

LUMINARES

PLANETA

REGÊNCIA/ CORREGÊNCIA OU DOMÍCILIO

EXÍLIO OU DETRIMENTO

EXALTAÇÃO

QUEDA

SOL

LEÃO

AQUÁRIO

CARNEIRO

BALANÇA

LUA

CARANGUEJO

CAPRICÓRNIO

TOURO

ESCORPIÃO

GÉMEOS/ VIRGEM

SAGITÁRIO/ PEIXES

VIRGEM

PEIXES

TOURO/ BALANÇA

ESCORPIÃO/ CARNEIRO

PEIXES

VIRGEM

CARNEIRO/ ESCORPIÃO

BALANÇA/ TOURO

CAPRICÓRNIO

CARANGUEJO

PESSOAIS

PLANETAS

MERCÚRIO VÉNUS MARTE

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SOCIAIS

PLANETAS

SAGITÁRIO/ PEIXES

GÉMEOS/ VIRGEM

CARANGUEJO

CAPRICÓRNIO

CAPRICÓRNIO/ AQUÁRIO

CARANGUEJO/ LEÃO

BALANÇA

CARNEIRO

JÚPITER SATURNO

*Por se tratar de uma técnica da Astrologia Tradicional, não colocarei as dignidades dos planetas transociais.

OS DOZE MAGNÍFICOS DO ZODÍACO I. CARNEIRO – EU SOU Carneiro é o primeiro signo do Zodíaco, abrangendo as pessoas que nascem entre 21 de março e 20 de abril. É um signo masculino, diurno, positivo, cardinal e do elemento fogo (quente e seco). A combinação de fogo com o modo cardinal confere-lhe uma expressão muito rápida e dinâmica, com grande vigor e energia. Carneiro tem uma associação natural à primeira casa da mandala astrológica – a casa do ascendente (ASC), que abre a casa angular do primeiro quadrante do mapa astrológico, representando o nascimento. A cúspide da casa I é definida pela hora correta, a data e o local do momento do nascimento. Com base nestes dados, o ascendente de um mapa natal astrológico é calculado, abrindo no grau exato do signo que estiver a ascender no horizonte leste. A casa I é a casa de destaque do Eu Sou, da forma como nos apresentamos ao mundo e como nos relacionamos com os outros. O ascendente influencia a imagem, a aparência física, a base da personalidade e a forma como parecemos ser aos outros. O símbolo de Carneiro é inspirado nos chifres do animal que o representa, as sobrancelhas cerradas e o nariz. Também nos faz lembrar um nascer do sol, uma vez que a casa I é a casa do ascendente. Fisicamente, Carneiro apresenta uma relação física com a cabeça e com o rosto. A entrada do Sol em Carneiro marca o momento dos Equinócios: o Equinócio da Primavera no hemisfério norte e o Equinócio de Outono no hemisfério sul. Os Equinócios representam um estado de equilíbrio da natureza, pois assinalam o momento em que o dia e a noite são iguais. Na Primavera, tudo começa a desabrochar com os primeiros raios de sol. É um tempo de novos inícios, de semear sonhos, de novos desafios e onde as oportunidades surgem com otimismo e esperança. Marte é o seu planeta regente, o que confere a Carneiro uma ação dinâmica, autoafirmação e uma natureza corajosa, que exacerba as suas características até ao ponto da agressividade. Em Carneiro, o Sol exalta-se, Vénus está em exílio e Saturno em queda. Os nativos de Carneiro têm como principais atributos a capacidade de liderança e de enfrentar desafios. O seu pioneirismo, determinação e dinamismo são algumas das suas qualidades. Têm uma personalidade forte e apreciam a liberdade. São mais impulsivos do que racionais, pois baseiam-se muito nos seus

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instintos. As suas fraquezas incidem sobre o seu temperamento explosivo e impaciente, pois querem tudo para já. O egocentrismo e a competitividade são também pontos de melhoria deste signo.

II. TOURO – EU TENHO Touro é o segundo signo do Zodíaco, habitualmente das pessoas que nascem entre 21 de abril e 21 de maio. É um signo feminino, noturno, negativo, fixo e do elemento terra (frio e seco). A combinação do elemento terra com o modo fixo gera uma postura conservadora, estável, tenaz, mas também com a tendência para a teimosia. Touro tem uma afinidade com a segunda casa da mandala astrológica – a casa sucedente do primeiro quadrante, ligada à primeira infância. A casa II é a casa daquilo que Eu tenho e consegui até agora. Mostra-nos a forma como lidamos com a parte material da vida, com o que ganhamos e como gastamos o nosso dinheiro. Esta casa também está relacionada com a nossa segurança, com os nossos valores tangíveis e intangíveis da vida e com a nossa autoestima. O símbolo de Touro é composto pelos cornos e pela cabeça do animal que o representa, representando a sua força e a sua determinação. Apresenta uma relação física com a garganta e com o pescoço. A entrada do sol em Touro alinha-se com o auge da Primavera no hemisfério norte e do Outono no hemisfério sul. Na Primavera, as flores desabrocham, enchendo o hemisfério norte de vida e cor. Estamos na estação do sentir e de viver a vida com prazer. Vénus é o seu planeta regente e confere-lhe um toque de graciosidade e segurança. Em Touro, a Lua exalta-se, Plutão está em exílio e Urano em queda. Os nativos de Touro têm uma forte ligação aos recursos da natureza e aos prazeres dos sentidos. Estabilidade e segurança são palavras de ordem neste signo. Como principais qualidades destacam-se a determinação, integridade, paciência e firmeza de caráter. Os taurinos são detentores de um talento inato para relaxar, podendo, por vezes, levar a uma certa preguiça. Dotados de uma forte sensualidade e de um bom gosto requintado, apreciam todo o tipo de conforto e de luxo. O seu comportamento é calmo e ponderado. Como dificuldades apresentam alguma relutância à mudança e a experimentarem coisas novas, pois são pessoas de hábitos e de rotinas. São conhecidos por terem ideias fixas, por serem possessivos e rancorosos. Podem cair em tentação de valorizar em demasia o lado material da vida. A sua mente é lenta e analítica, não compreendendo, por vezes, outros pontos de vista.

III. GÉMEOS – EU PENSO Gémeos é o terceiro signo do Zodíaco, abrangendo as pessoas que nascem entre 22 de maio e 21 de junho. É um signo masculino, diurno, positivo mutável e do elemento ar (quente e húmido). A combinação do elemento ar com o modo mutável gera movimento e rapidez, com laivos de instabilidade e dispersão.

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Gémeos está associado à terceira casa da mandala astrológica – a casa cadente que encerra o primeiro quadrante, ligada à infância do indivíduo. A casa III está relacionada com a projeção da nossa voz no mundo, o modo como Eu penso e como comunico. Esta casa também nos mostra a forma como nos relacionamos como o nosso quotidiano, a importância da aprendizagem e a relação com irmãos. É também a casa das deslocações e viagens de curta duração. O símbolo de gémeos é o algarismo romano II, que representa o princípio da dualidade do caráter dos gémeos. Apresenta uma relação física com os braços, mãos, ombros, omoplatas e pulmões. A entrada do sol em gémeos marca o final de uma estação (Primavera no hemisfério norte e Outono no hemisfério sul) e o princípio de outra (Verão no hemisfério norte e Inverno no hemisfério sul). Até na Natureza esta dualidade de gémeos se manifesta e se funde. É a ponte que faz o fecho de um ciclo e o início de outro ciclo. Mercúrio é o seu planeta regente, exacerbando a variabilidade e o movimento. Em Gémeos, Plutão exalta-se e Júpiter está em exílio. Os nativos de Gémeos têm como principais atributos o seu dinamismo, comunicação, inteligência, versatilidade, polivalência, curiosidade e sociabilidade. Estão sempre em busca de experiências novas e de conversas empolgantes. São mais racionais do que emotivos, pois tendem a dispersar e vaguear o pensamento. Como fraquezas destacam-se a falta de concentração e de confiabilidade. Como desafio devem identificar a verdade e ser-lhe fiel, para não caírem na tentação de alterarem esta mesma verdade, sem sequer darem por isso.

IV. CARANGUEJO – EU SINTO Caranguejo é o quarto signo do Zodíaco, abrangendo as pessoas que nascem entre 21 de junho e 23 de julho. É um signo feminino, noturno, negativo, cardinal e do elemento água (frio e húmido). A combinação do elemento água com o modo cardinal cria uma expressão dinâmica, mas pouco exteriorizada que resulta num comportamento sentimental e defensivo. Caranguejo tem uma afinidade natural com a quarta casa da mandala astrológica – a casa do fundo do céu (FC), que abre o segundo quadrante do mapa, simbolizando a raiz do Eu sinto mais profundo. A casa IV representa o lar, a família, a relação com os pais, os nossos antepassados e as nossas origens. É a base da segurança e do conforto emocional. Esta casa angular é também a casa da adolescência e da preparação para a vida adulta. O símbolo de Caranguejo são as pinças do animal que o representa e os seios maternos como fonte de alimento e nutrição, servindo de analogia à natureza apegada deste signo. Apresenta, fisicamente, uma ligação ao estômago, peito, seios, costelas e ao baço. A entrada do sol em Caranguejo marca o momento dos Solstícios: o Solstício de Verão no hemisfério norte e o Solstício de Inverno no hemisfério sul. Nos solstícios um dos hemisférios recebe mais luz solar do que o outro. No Solstício de Verão, o dia fica mais longo do que a noite no hemisfério norte e no Solstício de Inverno a noite fica mais longa do que o dia, no hemisfério sul. No Verão, o sol brilha e irradia os seus raios durante mais tempo para que a vida seja um campo de alegria, frutificação e experiências leves e divertidas.

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A Lua é o seu planeta regente, o que confere a Caranguejo uma natureza oscilante, com variações cíclicas, fortemente, influenciadas, tal como as marés, pelas várias fases da lua. É considerado um signo real por ter como regente um dos dois luminares. Em Caranguejo, Júpiter exalta-se, Saturno está em exílio e Marte em queda. Os nativos de Caranguejo têm como principais qualidades a sua grande sensibilidade, a ligação à maternidade e à família e a sua natureza protetora e intuitiva. Apegam-se com muita facilidade ao passado, à família e às emoções. Dotados de compreensão, simpatia e empatia, adoram ajudar e cuidar dos outros. O seu caminho de evolução passa por aprender a cuidar de si mesmos e a proteger a sua sensibilidade. As suas fraquezas incidem sobre as suas carências e dependências emocionais, que resultam no apego ao outro. Quando se sentem vulneráveis, os indivíduos deste signo poderão tornar-se ciumentos e possessivos, agarrando-se a qualquer coisa que represente segurança.

V. LEÃO – EU CRIO Leão é o quinto signo do Zodíaco, abrangendo as pessoas que nascem entre 24 de julho e 23 de agosto. É um signo masculino, diurno, positivo, fixo e do elemento fogo (quente e seco). A combinação do elemento fogo com o modo fixo traz uma expressão afirmativa, caracterizada pela constância e solidez, que chega a ser impositiva. Leão tem uma associação natural com a quinta casa da mandala astrológica – a casa sucedente do segundo quadrante do mapa, estando ligada à juventude. A casa V espelha o que Eu crio, enquanto cocriadores das nossas próprias realidades e responsáveis pelas nossas vidas. Representa também a nossa relação com as crianças e filhos e a forma como nos relacionamos com a nossa criança interior. Esta casa está ainda ligada à criatividade, aos romances, às paixões, ao humor, ao lazer e aos tempos livres (jogos, hobbies e atividades). O símbolo de Leão é a longa juba e as costas do animal que representa, projetando a personalidade majestosa do signo. Fisicamente, está ligado ao coração, à coluna vertebral e às costas. Leão é considerado um signo real não só pela associação ao leão como animal rei da selva, mas também por ter como regente um dos dois luminares. A entrada do Sol em Leão marca, na verdadeira ascensão da palavra, o apogeu do astro rei, pois é a altura em que o Sol nos ilumina e nos aconchega com o seu calor. No Verão do hemisfério Norte é tempo das grandes férias, do reencontro com a família e amigos e de sair das rotinas diárias. É a altura ideal do ano para relaxar, divertir e desfrutar momentos e experiências maravilhosas ao ar livre. O Sol como regente deste signo indica um cariz de poder, majestade e grandiosidade. Está ligado ao princípio da identidade e do self. Em Leão, neptuno está exaltado e úrano está em exílio. Os nativos de Leão têm como principais qualidades a autoconfiança, o entusiasmo, a resistência e a sua autoexpressão. São líderes natos, dotados de uma expressão emocional calorosa e generosa. Com uma forte veia criativa, manifestam inclinação pela teatralidade e pelos palcos. Como dificuldades, o orgulho, a vaidade, a arrogância e a tendência de querer mandar nos outros são características mais marcantes. O exibicionismo, a luxúria e outras manifestações de um ego exacerbado demonstram também pontos de melhoria.

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VI. VIRGEM – EU SIRVO Virgem é o sexto signo do Zodíaco, habitualmente das pessoas que nascem entre 24 de agosto e 23 de setembro. É um signo feminino, noturno, negativo, mutável e do elemento terra (frio e seco). A combinação do elemento terra com o modo mutável confere características de concretização e versatilidade, gerando uma eficácia multifacetada. Virgem tem uma associação natural à sexta casa da mandala astrológica – a casa cadente que conclui o primeiro quadrante, ligada à preparação para a fase adulta. É também a casa que demarca a passagem do hemisfério sul para o hemisfério norte do mapa astrológico. É a casa do Eu sirvo, pois está intimamente relacionada com o trabalho que desempenhamos nesta vida. A casa VI projeta as nossas tarefas diárias, rotinas, alimentação e a forma como cuidamos do nosso corpo. O símbolo de Virgem é um animal com o rabo entre as pernas, tapando o sexo, lembrando o lado reservado e tímido deste signo. Frequentemente, também surge o símbolo de uma jovem com uma espiga de trigo, simbolizando a natureza produtiva do signo. No aspeto físico, Virgem tem relação com o aparelho digestivo e com o diafragma. A entrada do sol em Virgem marca o final de uma estação (Verão no hemisfério norte e Inverno no hemisfério sul) e o princípio de outra estação (Outono no hemisfério norte e Primavera no hemisfério sul). À semelhança de Gémeos, Virgem faz a ponte de despedida de um ciclo e de entrada noutro ciclo. No entanto, Virgem, tal como a Natureza desta época, simboliza o tempo do trabalho e das primeiras colheitas. Mercúrio é o seu planeta regente, diferindo de Gémeos, por ser um signo terra, mais cuidadoso, analítico e com alguma tendência ao perfeccionismo. Os virginianos preferem organizar as ideias e os pensamentos através do planeamento, das normas e das regras. Mercúrio em Virgem acrescenta rapidez e uma certa ligeireza. Em Virgem, Mercúrio exalta-se, Neptuno está em exílio e Vénus está em queda. Os nativos de Virgem têm como principais atributos uma grande dedicação ao serviço, eficiência, lealdade e uma boa capacidade de análise. São reservados, discretos e com bom senso. Os virginianos são mais racionais do que emotivos. As suas fraquezas incidem sobre a crítica excessiva, o ceticismo, o servilismo e o foco excessivo nos pormenores. A irritabilidade e a retração são também pontos de melhoria deste signo.

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VII. BALANÇA – EU PARTILHO Balança é o sétimo signo do Zodíaco, abrangendo as pessoas que nascem entre 24 de setembro e 23 de outubro. É um signo masculino, diurno, positivo, cardinal e do elemento ar (quente e húmido). A combinação com o elemento ar e o modo cardinal gera, neste signo, uma expressão fluída e dinâmica, ligando a mente à componente relacional. Balança tem uma associação natural à sétima casa da mandala astrológica – a casa angular do descendente (DES), que inicia o terceiro quadrante do mapa astrológico, representando a entrada efetiva na fase adulta e na vida social. A casa V é a casa do Eu partilho, pois aqui a aprendizagem é feita através da partilha com o outro. Esta é a casa das parcerias no âmbito dos relacionamentos – amorosos, de amizade e da sociedade em geral. O maior desafio desta casa é o de resistir a dependências, seja da opinião do outro, seja da parceria em si mesma. O símbolo de Balança é a balança com os seus dois pratos, servindo de analogia com a natureza justa deste signo e a sua equidade. O símbolo das duas linhas horizontais paralelas, com um semicírculo a meio da linha superior, fazem-nos lembrar o por do sol. Fisicamente, Balança está ligado aos rins, ao umbigo, à bexiga e ao aparelho urinário. A entrada do sol em Balança marca também o momento de entrada dos Equinócios: o Equinócio do Outono no hemisfério norte e o Equinócio da Primavera no hemisfério sul. Nos Equinócios, a Natureza apresenta um estado de equilíbrio, pois o dia e a noite têm a mesma duração. No Outono, do hemisfério Norte, é o tempo de podermos colher com satisfação o que semeamos na Primavera. É a altura da recompensa do nosso esforço e da partilha com os outros. Vénus é o seu planeta regente, o que confere a Balança suavidade, um toque de beleza e de expressão artística. Em Balança, Saturno exalta-se, Marte está em exílio e o Sol em queda. Os nativos de Balança têm como principais atributos a diplomacia, a harmonia, a conciliação e os relacionamentos. Por norma, as pessoas deste signo são extrovertidas, simpáticas, apaziguadoras e com um bom gosto inato. Demonstram uma grande preocupação pelos princípios da justiça e da equidade. Expressam-se de forma mais racional do que emotiva e adoram criar amizades e grupos. As suas fraquezas incidem sobretudo na sua indecisão, vaidade, falsidade e no quererem agradar a todos, evitando tomar partidos.

VIII. ESCORPIÃO – EU TRANSFORMO-ME Escorpião é o oitavo signo do Zodíaco, abrangendo as pessoas que nascem entre 24 de outubro e 22 de novembro. É um signo feminino, noturno, negativo, fixo e do elemento água (frio e húmido). A combinação do elemento água com o modo fixo traz estabilidade, mas também alguma teimosia. Confere-lhe uma expressão defensiva e perseverante, na qual as emoções estão em destaque.

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Escorpião tem uma afinidade com a oitava casa da mandala astrológica – a casa sucedente do terceiro quadrante do mapa, que projeta a vida adulta e o verdadeiro processo de transformação interna do indivíduo. A casa VIII é a casa do Eu transformo-me, o casulo da nossa vida, onde morremos e renascemos para dar lugar a um novo Eu e começar de novo. O símbolo de Escorpião faz lembrar a cauda levantada do animal que o representa expondo o sexo sem pudor. A pinça da cauda, sugerindo uma flecha, demonstra a natureza transcendente deste signo. Fisicamente, Escorpião está relacionado com os órgãos sexuais e excretores. A entrada do sol em Escorpião alinha-se com o auge do Outono no hemisfério norte e da Primavera no hemisfério sul. No Outono chegam as primeiras chuvas e ventos. As folhas das árvores mudam para cores incríveis: do verde para amarelo, laranja e vermelho, preparando-se para o fecho de mais um ciclo. Plutão é o planeta regente de Escorpião (desde 1930) e Marte o seu corregente. Plutão é considerado o planeta do poder e transformador da vida, pois está muito ligado ao processo de morte e renascimento, destruição e transformação. Neste processo de renovação do indivíduo, dá-se a verdadeira transmutação de experiências, memórias e emoções negativas e traumáticas. É o descer à escuridão das nossas profundezas internas e enfrentar as nossas dores, os nossos medos e as nossas sombras. Marte, com o seu impulso de agir, contribui para este processo trazendo à superfície um novo eu, que renasce livremente. Plutão e Marte são planetas dominadores e possessivos, contribuindo para a natureza agressiva deste signo. Em Escorpião, Úrano exalta-se, Vénus está em exílio e a Lua em queda. Os nativos de Escorpião têm como principais atributos o seu carisma, personalidade forte, magnetizante e misteriosa. São determinados, perspicazes, estrategas e extremamente intuitivos. A sua postura pode ser contida e introvertida, sendo a sua ação baseada na segurança e no controlo emocional. Temáticas como sexualidade, assuntos tabus e relacionados com o oculto são fonte de atração para os indivíduos deste signo. Adoram medir forças como forma de testarem a sua capacidade de resistência. Como fraquezas, podem cair facilmente no egocentrismo, na repressão, no vício ou em processos de autodestruição. O ciúme, a obsessão, a vingança, o rancor e o ressentimento também são pontos de melhoria deste signo.

IX. SAGITÁRIO – EU IDEALIZO Sagitário é o nono signo do Zodíaco, abrangendo as pessoas que nascem entre 23 de novembro e 21 de dezembro. É um signo masculino, diurno, positivo, mutável e do elemento fogo (quente e seco). A combinação de fogo com o modo mutável gera uma ação multifacetada, afirmativa, mas direcionada para vários objetivos em simultâneo. Sagitário tem uma afinidade com a nona casa da mandala astrológica – a casa cadente que encerra a aprendizagem do terceiro quadrante do mapa astrológico, relacionada com o processo de expansão e de maturidade do adulto. A casa IX é a casa do Eu idealizo, da procura dos meus ideais e da minha fé. Representa os estudos e a educação superior, direcionada para os interesses morais, filosóficos e espirituais. É a casa do aprender e do ensinar, do semear para mais tarde colher. Nesta casa, estamos mais abertos a novas experiências, novas realidades, novos países, novas culturas, novas pessoas. É a casa das viagens de longa duração e da relação com o estrangeiro.

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O símbolo de Sagitário é a flecha apontada para cima, simbolizando a busca que motiva este signo. A divisão no meio da flecha sugere a dualidade física do centauro, metade animal, metade humano. Do ponto de vista físico, Sagitário tem relação com pelve (cintura pélvica dos Tetrapoda, com quatro membros), com os músculos em geral, com os quadris e com as coxas. A entrada do sol em Sagitário assinala o final de uma estação (Outono no hemisfério norte e Primavera no hemisfério sul) e o princípio de outra (Inverno no hemisfério norte e Verão no hemisfério sul). É a ponte que marca o fecho de um ciclo e o início de outro ciclo. Júpiter é o seu planeta regente, o que confere a Sagitário o sentido de justiça e temperança. Júpiter expande a todos os níveis as nossas fronteiras exteriores e interiores. Representa a melhoria da condição individual, o crescimento de consciência, do conhecimento, da compreensão dos valores espirituais e religiosos, e da educação. Em Sagitário, mercúrio encontra-se em exílio. Os nativos de Sagitário têm como principais qualidades o otimismo, a espontaneidade e a autoconfiança. Dotados de uma personalidade sociável, entusiástica e aventureira, preservam acima de tudo a sua liberdade. São os eternos estudantes, pois têm uma grande necessidade de conhecimento e de se expandirem a um nível intelectual superior, procurando o verdadeiro significado da vida e da condição humana. As suas fraquezas incidem sobre a sua falta de paciência face aos pormenores, aceitar a opinião e a verdade dos outros e o exagero que distorce os factos reais. A desorganização, a indelicadeza e frontalidade excessiva também são pontos de melhoria deste signo.

X. CAPRICÓRNIO – EU REALIZO-ME Capricórnio é o décimo signo do Zodíaco, abrangendo as pessoas que nascem entre 22 de dezembro e 20 de janeiro. É um signo feminino, noturno, negativo, cardinal e do elemento terra (frio e seco). A combinação de terra com o modo cardinal combina a ação com o impulso construtivo, originando uma natureza pragmática. Capricórnio tem uma associação natural à décima casa da mandala astrológica – a casa angular do meio do céu (MC), o ponto mais alto do mapa. A casa X abre o quarto e último quadrante do mapa, sendo a fase de estabilidade do adulto e preparação para a velhice. É a casa do Eu realizo-me, pois simboliza o sucesso e o êxito que ambicionamos no âmbito profissional. O poder pessoal está bastante evidenciado nesta área de vida, pois representa a carreira, o estatuto, a reputação e a manifestação do ego no mundo externo. O símbolo de Capricórnio é inspirado numa cabra com uma cauda de peixe, fazendo uma analogia à mítica história de Prico, a cabra marinha que emergiu das águas do inconsciente para trazer a civilização à humanidade. Fisicamente, Capricórnio está ligado aos joelhos, às articulações, à pele e aos ossos. A entrada do sol em Capricórnio marca o momento dos Solstícios: o Solstício de Inverno no hemisfério norte e o Solstício de Verão no hemisfério sul. Nos Solstícios um dos hemisférios recebe mais luz solar do que o outro. No Solstício de Inverno a noite fica mais longa do que o dia, no hemisfério norte, e no Solstício de Verão, o dia fica mais longo do que a noite no hemisfério sul. O Inverno é a altura do ano em que Natureza se reduz e apresenta na sua expressão mais simples. A noite está em evidência e o frio convida à recolha e reflexão nos nossos acolhedores lares.

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Saturno é o seu planeta regente, o que confere a Capricórnio ponderação e persistência no seu modo de agir e de estar. Saturno é o velho senhor do tempo e do carma, representando o princípio da causa e efeito. Por onde passa, pede-nos responsabilidade pelas nossas ações e estrutura para conseguirmos desenvolver a nossa força interior e alcançar os nossos objetivos. Enquanto não aprendermos as suas lições, Saturno encarregar-se-á de repeti-las várias vezes até que as possamos aceitar, compreender e retirar as suas sábias e valiosas aprendizagens. Em Capricórnio, Marte exalta-se, a Lua está em exílio e Júpiter está em queda. Os nativos de Capricórnio têm como principais atributos o conservadorismo, a disciplina, a responsabilidade, o sentido de dever e a paciência. A sua ambição, motivação, força, capacidade de foco e de planeamento estratégico são caraterísticas essenciais para alcançarem os objetivos a que se propõem. São líderes naturais, embora tradicionais e pouco flexíveis. As suas fraquezas incidem sobre o seu controlo, autoritarismo e julgamento ou interesse nos outros, de acordo com a sua posição social. A natureza crítica, a intolerância, a mesquinhez e a rigidez são também pontos de melhoria deste signo.

XI. AQUÁRIO – EU LIBERTO Aquário é o décimo primeiro signo do Zodíaco, abrangendo as pessoas que nascem entre 21 de janeiro e 19 de fevereiro. É um signo masculino, diurno, positivo, fixo e do elemento ar (quente e húmido). A combinação do elemento ar com o modo fixo associa as características de fluidez e dinamismo com a constância e a perseverança. No entanto, esta combinação pode dar origem a uma expressão distanciada, individualista e com tendência à abstração. Aquário tem uma associação natural à décima primeira casa da mandala astrológica – a casa sucedente do quarto quadrante do mapa, que faz analogia à fase sábia do indivíduo. A casa XI é a casa do Eu liberto-me do que me pesa e já não me serve para poder continuar e voar mais alto. A jornada de Aquário representa a leveza do Ser como o ar que o representa. O altruísmo é enfatizado nesta casa, dando grande importância ao significado social, de grupo, comunitário e coletivo. O símbolo de Aquário faz lembrar as ondas aquáticas ou ondas vibratórias elétricas, simbolizando a intuição e a razão a fundirem-se e a propagarem-se na humanidade. Do ponto de vista físico, tem relação com as pernas, tornozelos e com o sistema circulatório. A entrada do sol em Aquário alinha-se com o auge do Inverno no hemisfério norte e do Verão no hemisfério sul. No Inverno, a natureza hiberna e despe-se de cor, ficando exposta e vulnerável na sua essência mais profunda. É um tempo que nos revela o que libertar e o que já não nos serve mais para podermos avançar. Urano é o seu planeta regente (desde 1781) e Saturno o planeta corregente. Urano simboliza o pensamento livre, intuitivo e independente em prol do coletivo. É o planeta que representa a mudança, a inovação e a consciência social, lutando contra a injustiça em defesa dos direitos humanos. Saturno atribui a Aquário a estrutura, determinação e a solidez necessárias para que consiga colocar os seus ideais sociais e humanitários em prática. Em Aquário, Escorpião exalta-se, Leão está em exílio e Touro está em queda. Os nativos de Aquário são visionários, devido à influência de Urano nas novas tecnologias e no futuro, conferindo a evolução da mente superior que coloca este signo na vanguarda do seu tempo. A originalidade, a imprevisibilidade, a rebeldia e o inconformismo são características evidenciadas neste signo. O seu

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espírito associativismo faz com que as amizades e os seus ideais representem mais do que as emoções. Os lemas da revolução francesa estão em evidência nos indivíduos deste signo: liberdade, fraternidade e igualdade. As suas fraquezas incidem sobre alguma alienação, insatisfação, isolamento social e indiferença naquilo ou naqueles com quem não se identifica. Assim como as ondas do seu símbolo, com altos e baixos, podem ter alguma inconstância emocional e mudanças de humor abruptas e repentinas.

XII. PEIXES – EU TRANSCENDO-ME Peixes é o décimo segundo signo do Zodíaco, abrangendo as pessoas que nascem entre 20 de fevereiro e 20 de março. É um signo feminino, noturno, negativo, mutável e do elemento água (frio e húmido). A combinação do elemento água com o modo mutável confere sensibilidade e variabilidade, o que origina multiplicidade de expressões e sentimentos. Peixes tem uma associação natural à décima segunda casa da mandala astrológica – a casa cadente que encerra o quarto quadrante do mapa, que faz analogia à fase de sabedoria. A casa XII é a casa do Eu transcendo-me espiritualmente e da afirmação do Eu da nossa Alma. Esta é a última etapa da experiência humana na Terra. É considerada a casa que indica o período antes do nascimento e das reminiscências passadas. É a casa que representa o inconsciente, o nosso lado mais espiritualizado de ligação ao divino e de significado existencial. A casa XII está também ligada a questões de solidariedade social e coletiva, ao abandono moral, ao sentido de sacrifício, aos inimigos secretos, à clausura e aos sofrimentos mais profundos. O símbolo de Peixes são dois peixes unidos que nadam em direções opostas, representando a natureza vacilante e indecisa deste signo. Fisicamente, Peixes está relacionado com os pés e com o sistema linfático. A entrada do sol em Peixes marca o final de uma estação (Inverno no hemisfério norte e Verão no hemisfério sul) e o princípio de outra estação (Primavera no hemisfério norte e Outono no hemisfério sul). É a ponte que marca o fecho de um ciclo e o início de outro ciclo, onde tudo se transforma e renasce. Neptuno é o seu planeta regente de Peixes (desde 1846) e Júpiter é o seu planeta corregente. Neptuno personifica o impulso de transcender as fronteiras que separam a alma do todo, de alcançar estados de consciência mais elevados e de se fundir com o divino, dissolvendo todas as questões ligadas ao ego. Na procura pela iluminação, este planeta pode levar ao êxtase, à loucura, a vícios e à marginalização. Com um espírito de autossacrifício, este planeta faz com que o indivíduo viva o conflito entre vítima, mártir e salvador. Júpiter expande as características de Neptuno, gerando idealismo, ilusão e alguma confusão. Os nativos de Peixes têm como principais qualidades a compaixão, a empatia, a intuição e compreensão. Devido à sua forte natureza emotiva e à sua grande sensibilidade, absorvem facilmente os sentimentos, sensações e dores do coletivo. Peixes representa o amor incondicional, inspirando todos os que o rodeiam. São românticos, sonhadores e imaginativos, podendo por vezes alienar-se da realidade física como escape. As suas fraquezas incidem sobre a sua dispersão mental, a vitimização e a instabilidade emocional. A adição a vícios, o alheamento, a fuga e a ilusão também são pontos de melhoria dos indivíduos deste signo.

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CONCLUSÃO

Tal como na Natureza, através dos ciclos das estações do ano, cada pessoa tem o seu ritmo próprio de evolução: nascer, crescer, florescer, dar frutos, “morrer” e renascer. A revigorosa Primavera, com Carneiro, Touro e Gémeos, marca o tempo de novos inícios, de semear sonhos, de novos desafios e onde as oportunidades surgem com otimismo e esperança. O caloroso Verão, com Caranguejo, Leão e Virgem, é a altura ideal do ano para relaxar, divertir e desfrutar a Vida. O colorido Outono, com Balança, Escorpião e Sagitário, é a época de colher o que semeamos, partilhar e armazenar. O gélido Inverno, com Capricórnio, Aquário e Peixes, é um ciclo de meditação, serenidade, recolhimento, sabedoria e paz. Aceitar e aprender com cada um destes ciclos nas nossas vidas, respeitando o seu tempo, é a chave de evolução da Vida, das nossas Vidas. A Astrologia mostra-nos o caminho através do mapa astrológico, no entanto, temos o livre arbítrio de decidir se queremos conhecer, percorrer este caminho, abrir a porta do nosso potencial e alcançar o nosso grande Sol interior. Para concluir, partilho um pequeno excerto da alegoria do astrólogo Martin Schulman, no final do seu livro Nodos Lunares: Era manhã quando Deus parou diante das suas doze crianças e em cada uma delas plantou a semente da vida humana. Uma por uma, elas dirigiram-se a Ele para receber o seu dom e sua missão. Assim, a Carneiro concedeu-lhe a virtude do autorrespeito, a Touro deu-lhe a dádiva da Força, a Gémeos a dádiva do Conhecimento, a Caranguejo a dádiva da Família, a Leão a dádiva da Honra, a Virgem a dádiva da Pureza de Pensamento, a Balança a dádiva do Amor, a Escorpião a suprema dádiva do Propósito, a Sagitário a dádiva da Abundância Infinita, a Capricórnio a responsabilidade do Homem, a Aquário a dádiva da liberdade e a Peixes a maior dádiva de todas, a dádiva da Compreensão divina. Cada um de nós tem estas sementes e dádivas dentro de si. As que regarmos com regularidade serão aquelas que mais se irão evidenciar. As sementes que não germinarem, não brotarem flor ou derem frutos, estarão dentro de nós a aguardar uma oportunidade para crescerem, florescerem ou frutificarem. Apenas quando integrarmos os doze Eus, as doze experiências de vida e as doze dádivas divinas seremos plenamente unos individualmente. Nesta altura, regressamos, finalmente, a Casa depois desta longa jornada terrena.

Nascimento não é o começo, a morte não é o fim. Chuang-Tsiu

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BIBLIOGRAFIA: . Faces Isabel Guimarães, Manual Curso de Astrologia, 1º nível;

. Vitorino de Sousa, Dicionário de Termos e Símbolos Astrológicos, 2014; . Judith Hall, A Bíblia da Astrologia, 2007;

WEBGRAFIA: https://pt.wikipedia.org http://aldebahran-astrologia.blogspot.com/

IMAGENS: https://br.freepik.com/vetores-gratis/ilustracao-do-horoscopo_2825834.htm#page=1&query=zodiaco&position=18 https://paginaseodisseias.blogspot.com/2018/12/o-solsticio-de-inverno-21-de-dezembro.html?m=1 https://s1.static.brasilescola.uol.com.br/be/e/zodiaco.gif https://comunidadeteurgicaportuguesa.files.wordpress.com/2017/12/mapa-astrolc3b3gico.png https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn%3AANd9GcRipI0a3ZSgnFQfXFuGt4_vjWPdp4fvZQ_WkQ&usqp=CAU https://m.horoscopovirtual.com.br/imagem/artigos/artigos/-1477.jpg https://www.facebook.com/signinhas/photos/-astrologia-tradicional-triplicidade-bom-antes-de-come%C3%A7ar-esse-texto-necessito-d/2175451326017134/

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