Congresso Internacional de Educação Física, Saúde e Sustentabilidade – Resumos

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CONGRESSO INTERNACIONAL DE EDUCAÇÃO FISICA, SAÚDE E SUSTENTABILIDADE RESUMOS

© 2024 Jefferson Jurema

Congresso Internacional de Educação Física, Saúde e Sustentabilidade –Resumos

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Publicado por: Livre Editora e Editora UEA

Diagramação e Projeto Gráfico: Epifânio Leão

Revisão ortográfica: Ivaneide Lima

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Congresso Internacional de Educação física, Saúde e Sustentabilidade (2024 : Manaus, AM) Congresso Internacional de Educação Física, Saúde e Sustentabilidade [livro eletrônico] : resumos / [organização] Jefferson Jurema. -- Manaus, AM : Livre : Editora UEA, 2024. PDF

Vários autores

Bibliografia.

DOI: 10.29327/5400983

ISNB: 978-65-85771-05-4

1. Congressos. 2. Educação física 3. Saúde 4. Sustentabilidade I. Jurema, Jefferson.

24-207780

Índices para catálogo sistemático:

1. Educação física: Congressos: Promoção da saúde 613.706

Tábata Alves da Silva - Bibliotecária - CRB-8/9253

CDD-613.706

CONGRESSO INTERNACIONAL DE EDUCAÇÃO FISICA, SAÚDE E SUSTENTABILIDADE RESUMOS

JeFferson jurema

Governo do Estado do Amazonas

Wilson Miranda Lima Governador

Universidade do Estado do Amazonas

André Luiz Nunes Zogahib Reitor

Kátia do Nascimento Couceiro Vice-Reitora

Isolda Prado de Negreiros Nogueira Horstmann Diretora

Maria do Perpetuo Socorro Monteiro de Freitas Secretária Executiva

Wesley Sá Editor Executivo

Raquel Maciel

Produtora Editorial

Isolda Prado de Negreiros Nogueira Horstmann (Presidente)

Allison Marcos Leão da Silva

Almir Cunha da Graça Neto

Erivaldo Cavalcanti e Silva Filho

Jair Max Furtunato Maia

Jucimar Maia da Silva Júnior

Manoel Luiz Neto

Mário Marques Trilha Neto

Silvia Regina Sampaio Freitas

Conselho Editorial

SUMÁRIO

Maria Eduarda Mota Feitoza, Adonay Souza Ferreira 09 15 19 23 29 33 35

Capítulo 01: A Implementação de materiais alternativos como recursos pedagógicos nas sessões de equoterapia da Polícia Militar do Amazonas PMAM: relato de experiência

Rodrigo Naranjo de Oliveira, Samantha Sampaio da Silva, Açucena Mota Rebouças Leite, Andressa Ribeiro Contreira

Capítulo 02: Acidente Vascular Encifálico (AVE) e os fatores de risco associados ao estilo de vida: uma revisão de literatura

Matheus Glória Lopes, Fernanda Marinho Pereira, Francisco Celson Sousa de Sales Filho, Hyana Bianca Nascimento Lima da Silva, Maria Eduarda Mota Freitoza, Thiago Soares Martins

Capítulo 03: Análise do grau de conhecimento de acadêmicos acerca das vacinas e suas implicações no âmbito da saúde pública

Francisco Celson Sousa de Sales Filho, Thiago Soares Martins, Matheus Glória, Hyana Bianca Nascimento Lima da Silva, Maria Eduarda Mota Feitoza, Fernanda Marinho Pereira

Capítulo 04: Análise quantitativa sobre saúde bucal e condições socieconomicas com alunos do primeiro período da Escola Superior de Ciências de Saúde

Paola Giovanna de Lima Amazonas

Capítulo 05: Análise sobre os desafios da inclusão de estudantes com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade nas universidades

Fernanda Marinho Pereira, Francisco Celson Sousa de Sales Filho, Hyana Bianca Nascimento Lima da Silva, Maria Eduarda Mota Feitoza, Matheus Glória Lope, Thiago Soares Martins

Capítulo 06: As consequências da Toxoplasmose –estudo de caso

DUARTE, Renata Vilaça, CARDOSO, Victor L. de Araújo, COELHO, Leonardo Benedicts Ferreira, GALÚCIO, Gabriela de Lima, MORAES, Rafaella Pimentel, NATTRODT, Zilma Queiroz, RIBEIRO, Alan F. Souza

Capítulo 07: As consequências do Transtorno Alimentar no desenvolvimento acadêmico dos estudantes de Enfermagem da Universidade do Estado do Amazonas

Capítulo 08: As Parcerias Público Privadas (PPPs) como instrumento para impulsionamento do desenvolvimento sustentável

Ulisses Arjan Cruzdos Santos, Maria Etelvina Cruz de Melo, Zilma Queiroz Nattrodt, Jennyfer Mitouso Carvalho, Lorena Costa da Silva, Carolina Cristine Almeida Balieiro, Lucas Queiroz de Sousa

Capítulo 09: Atuação conjunta dos profissionais de educação física e fisioterapia na equipe multidisciplinar de equoterapia da Polícia Militar do Amazonas: um relato de experiência

Samantha Sampaio da Silva, Rodrigo Naranjo de Oliveira, Açucena Mota Rebouças Leite, Andressa Ribeiro Contreira

Capítulo 10: Avaliação da cobertura vacinal contra Covid-19 dos alunos ingressantes do curso de Enfermagem da Escola Superior de Ciências da Saúde

Adonay Souza Ferreira, Doutor Jefferson Jurema Silva, Maria Eduarda Mota Feitoza, Yuri Alexandre Rodrigues Frota

Capítulo 11: A educação física para alunos com deficiência: relato de experiência a partir do estágio supervisionado I

Rodrigo Naranjo de Oliveira, Isabela Silva da Costa, Fernando Roque de Souza, Alcimário de Jesus Silva

Capítulo 12: Extensão na comunidade amazonense

Hyana Bianca Nascimento Lima da Silva, Leonardo Benedictis Ferreira Coelho, Francisco Celson Sousa de Sales Filho, Fernanda Marinho Pereira, Maria Eduarda Mota Feitoza, Matheus Glória Lopes, Thiago Soares Martins

Capítulo 13: Ergonomia nos estudos – uma análise quantitativa dos alunos do primeiro período da Escola Superior de Ciências da Saúde

CARDOSO, Victor Lucas de Araujo, COELHO, Leonardo Benedictis Ferreira, DUARTE, Renata Vilaça, SOUZA, Alan Ribeiro, MORAES, Rafaella Pimentel

Capítulo 14: Estratégias de estímulo à prática de atividade física em população suscetível ao acometimento de osteoporose (OP)

Jennyfer Mitouso Carvalho, Lorena Costa da Silva, Ulisses Arjan Cruz dos Santos, Zilma Queiroz Nattrodt, Carolina Cristine Almeida Balieiro, Lucas Queiroz de Sousa

Capítulo 15: Estresse como fator de desregulação alimentar: uma análise quantitativa com estudantes do 1° período de medicina da Universidade do Estado do Amazonas

RIBEIRO, Alan Felipe Souza, DUARTE, Renata Vilaça, COELHO, Leonardo Benedictis Ferrreira, CARDOSO, Victor Lucas de Araujo

Capítulo 16: Estudo de caso: os cuidados da enfermagem na saúde de uma jovem com endometriose

MORAES, Rafaella Pimentel, DUARTE, Renata Vilaça, RIBEIRO, Alan Felipe Souza, CARDOSO, Victor Lucas de Araujo, COELHO, Leonardo Benedictis Ferreira

Capítulo 17: Impactos da alimentação na síntese e metabolismo do hormônio do crescimento

Lucas Queiroz de Sousa, Caroline Cristine Almeida Balieiro, Ulisses Arjan Cruz dos Santos, Zilma Queiroz Nattrodt, Lorena Costa da Silva, Jennifer Mitouso Carvalho

Capítulo 18: Influência de estímulos mentais na preservação da demência

Thiago Soares Martins, Fernanda Marinho Pereira, Hyana Bianca Nascimento Lima da Silva, Matheus Glória Lopes, Maria Eduarda Mota Feitoza, Francisco Celson Sousa de Sales Filho

Capítulo 19: Metodologias ativas na formação de profissionais de saúde na disciplina de AIS – relato de experiência

Hyana Bianca Nascimento Lima da Silva, José Vítor de França Xavier

Capítulo 20: O amargor do açúcar para o coração

Andressa Fernandes de Souza

Capítulo 21: O atletismo escolar como uma nova inserção de prática esportiva nas aulas de educação física

Orleane Silva de Oliveira, Abecassis Faber

Capítulo 22: Os benefícios da atividade física no processo de envelhecimento

Maria Eduarda Mota Feitoza, Fernanda Marinho Pereira, Francisco Celson Sousa de Sales Filho, Bianca Nascimento Lima da Silva, Matheus Glória Lopes, Thiago Soares Martins

Capítulo 23: Acidente Vascular Encefálico (AVE) e os fatores de risco associados ao estilo de vida: uma revisão de literatura

Matheus Glória Lopes, Fernanda Marinho Pereira, Francisco Celson Sousa de Sales Filho, Bianca Nascimento Lima da Silva, Maria Eduarda Mota Freitoza, Thiago Soares Martins

Capítulo 24: Análise do grau de conhecimento de acadêmicos acerca das vacinas e suas implicações no âmbito da saúde pública

Francisco Celson Sousa de Sales Filho, Thiago Soares Martins, Matheus Glória Lopes, Hyana Bianca Nascimento Lima da Silva, Maria Eduarda Mota Feitoza, Fernanda Marinho Pereira

Capítulo 25: Análise sobre os desafios da inclusão de estudantes com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade nas universidades

Fernanda Marinho Pereira, Francisco Celson Sousa de Sales Filho, Hyana Bianca Nascimento Lima da Silva, Maria Eduarda Mota Feitoza, Matheus Glória Lopes, Thiago Soares Martins

Capítulo 26: Educação para jovens e crianças: ações de um programa de extensão na comunidade amazonense

Hyana Bianca Nascimento Lima da Silva, Leonardo Benedictis Ferreira Coelho, Francisco Celson Sousa de Sales Filho, Fernanda Marinho Pereira, Maria Eduarda Mota Feitoza, Matheus Glória Lopes, Thiago Soares Martins

Capítulo 27: Resumo expandido sobre saúde bucal, visitas ao dentista e saúde bucal na vida acadêmica

Autor principal, Colaborador 1

Capítulo 28: Influência de estímulos mentais na preservação da demência

Thiago Soares Martins, Fernanda Marinho Pereira, Hyana Bianca Nascimento Lima da Silva, Matheus Glória Lopes, Maria Eduarda Mota Feitoza, Francisco Celson Sousa de Sales Filho

Capítulo 29: Metodologias ativas na formação de profissionais de saúde na disciplina de AIS – relato de experiência

Hyana Bianca Nascimento Lima da Silva, José Vítor de França Xavier

Capítulo 30: Os benefícios da atividade física no processo de envelhecimento

Maria Eduarda Mota Feitoza, Fernanda Marinho Pereira, Francisco Celson Sousa de Sales Filho, Hyana Bianca Nascimento Lima da Silva, Matheus Glória Lopes, Thiago Soares Martins

Capítulo 31: Saúde masculina: análise quantitativa a respeito da qualidade de saúde dos homens T2 do primeiro período da Escola Superior de Ciências da Saúde

Yuri Alexandre Rodrigues Frota, Jefferson Jurema da Silva, Adonay Souza Ferreira

A IMPLEMENTAÇÃO DE MATERIAIS ALTERNATIVOS COMO RECURSOS

PEDAGÓGICOS

NAS SESSÕES DE EQUOTERAPIA DA POLÍCIA MILITAR DO AMAZONAS (PMAM):

RELATO DE EXPERIÊNCIA

Rodrigo Naranjo de Oliveira – profrodrigonaranjo@gmail.com

Samantha Sampaio da Silva – samanthasampaio702@gmail.com

Açucena Mota Rebouças Leite – asucenamota@hotmail.com

Andressa Ribeiro Contreira – acontreira@uea.edu.br

A equoterapia pode ser descrita como um recurso terapêutico relacionado à reabilitação envolvendo o cavalo, que o diferencia do tratamento clínico convencional (ECKERT et al., 2021). Os benefícios potenciais da equoterapia dizem respeito às conexões neurais e ao aprimoramento das habilidades psicológicas, sociais e educacionais dos praticantes (WHITE- LEWISET et al., 2020). Na esfera física, é capaz de desenvolver força, modular tônus, melhorar equilíbrio, incentivar à deambulação e ajustar possíveis disfunções posturais.

Na esfera psicossocial, a Equoterapia é capaz de diminuir a agressividade, tornar o paciente mais sociável, melhorar sua autoestima, diminuir antipatias, construir amizades e treinar padrões de com-

portamento como: ajudar e ser ajudado, aceitar as próprias limitações e às limitações do outro (FERREIRA et al., 2018).

Ao longo das sessões de equoterapia, diversos exercícios e atividades são propostos aos praticantes, dentre os quais destaca-se exercícios para melhora da amplitude de movimento, como alongamentos globais e mobilizações, treinos de fortalecimento muscular, equilíbrio e controle postural. Nós profissionais, ao propormos as atividades nas sessões, percebemos o uso de materiais como um ponto positivo ao tornar as sessões mais estimulantes, atrativas, divertidas e dinâmicas, pois percebe-se que quando estes são utilizados os praticantes mostram-se mais motivados, curiosos e respectivamente, mais envolvidos na terapia.

Ao considerar esses aspectos, observamos ao longo de nossa participação nas sessões de equoterapia, que o centro de equoterapia carece de materiais mais atrativos para as práticas, o que nos despertou a criatividade em construir materiais pedagógicos utilizando materiais alternativos, visando o reaproveitamento, bem como a preservação do meio ambiente. A utilização de materiais alternativos surge como uma maneira econômica e sustentável, que visa despertar o interesse dos alunos, com a finalidade de estimular uma relação de aprendizados, cooperação e interação, tornado as aulas e atividades propostas pelos educadores mais prazerosas, dinâmicas e lúdicas (TORNQUIST, 2013).

Observa-se que o uso destes materiais como recurso pedagógico é frequentemente utilizado em escolas, no entanto, ao consultar a literatura sobre as práticas de equoterapia e utilização de materiais, não encontramos os materiais alternativos como recurso pedagógico, o que reforçou o nosso interesse em desenvolver novos implementos. Diante disso, objetivou-se relatar a implementação de materiais alternativos como recursos pedagógicos nas sessões de equoterapia do Centro de Equoterapia da Polícia Militar do Amazonas – PMAM.

METODOLOGIA

O Centro de Equoterapia da PMAM é uma instituição filantrópica e assistencial, localizado no Comando de Policiamento Especializado (CPE), no bairro Dom Pedro – Cavalaria de Manaus. Atualmente cerca de 150 crianças, jovens e adultos com deficiências e/ou necessidades especiais, como: autismo, síndrome de Down, paralisia cerebral, sequelas do acidente vascular cerebral, ataxias cerebelares, dentre outras. Além disso, conta com uma estrutura inaugurada em 2021, sendo um picadeiro coberto com solo are-

noso, estacionamento para pais e responsáveis, banheiros, salas de atendimento administrativo e avaliação clínica e funcional dos praticantes.

As sessões ocorrem semanalmente, com duração de 20 minutos, através de uma equipe multidisciplinar, composta por 20 profissionais: psicólogas, fisioterapeutas, fonoaudióloga, profissionais de educação física, médicas veterinárias, estagiários e equitadores. A fim de contribuir com atividades realizadas por esses profissionais, os materiais produzidos pelo acadêmico serviram para potencializar a terapia com equinos.

A implementação de recursos alternativos no Centro de Equoterapia da Polícia Militar do Amazonas – PMAM, ocorreu através de um projeto de extensão universitária desenvolvido em parceria com a Universidade do Estado do Amazonas – UEA, no período de 2021 a 2022. Durante a execução do projeto, o acadêmico notou que havia poucos recursos didáticos pedagógicos e implementos que auxiliam-se as sessões, desenvolvendo então um “bastão funcional” colorido com fitas adesivas, assim como uma base com tampas de garrafa pet.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

A implementação dos materiais alternativos surgiu da necessidade de contribuir com novos materiais ao Centro de Equoterapia da PMAM, visto que os recursos disponíveis não eram capazes de potencializar a terapia com cavalos, pois havia apenas argolas coloridas de acrílico, bambolês, cestos e bolas. Diante disso, desenvolveu-se o bastão funcional, visando estimular equilíbrio, propriocepção, força e coordenação motora.

aproximadamente

idealizados por meio

Esse implemento permite que os profissionais possam corrigir possíveis disfunções posturais nas atividades comandadas pela equipe, assim como mensurar e incitar a amplitude de movimento ideal para membros superiores, além de permitir a equipe trabalhar com o praticante exercícios ativos de resistência, em ganho de mobilidade articular e fortalecimento de determinados grupos musculares. Ademais visa colaborar com a execu-

Figura 1. Bastões coloridos, medindo
50 cm,
de um cabo de vassoura e fitas coloridas

ção prática dos movimentos, de acordo dos espaços demarcados com fita colorida. Além disso, o uso do bastão associado com as argolas de acrílico permite que os praticantes possam trabalhar a atenção, concentração, tomada de decisão, discriminação de cores, equilíbrio, orientação espacial, propriocepção, dissociação de cintura pélvica, escapular e torácica.

Visando trabalhar motricidade fina e força, outro implemento desenvolvido foi uma base de madeira, com sete gargalos de garrafa pet e com tampas coloridas, fixadas com pequenos parafusos.

Esse material permite que os profissionais estimulem possíveis atividades cotidianas da vida do praticante, como o desafio de abrir e fechar garrafas pet, trabalhando principalmente motricidade fina, ativando musculatura de mãos, antebraço e braço para ganho de força e mobilidade articular. Além de trabalhar a atenção e concentração na discriminação de cores.

É importante ressaltar que, para as práticas de equoterapia serem efetivas, devemos atentar para as individualidades de cada praticante, respeitando suas limitações e reforçando seus potenciais, identificados durante a avaliação inicial (quando o praticante é inserido na terapia) e registradas nos boletins individuais ao longo das sessões (MARINHO; ZAMO, 2017). Ao longo do acompanhamento das práticas, temos percebido que nem sempre a utilização do comando verbal mediador-praticante é eficiente, por isso acreditamos ser necessária a utilização de outras ferramentas pedagógicas atrativas e motivadoras aos praticantes, o que pode ocorrer a partir da confecção de novos materiais alternativos e adaptados às atividades propostas.

A implementação de tais materiais como recursos pedagógicos ao longo das sessões não visa somente os ganhos motores, mas contribui para que os praticantes tenham maior foco, atenção, concentração, interesse e motivação em participar dessa modalidade terapêutica, reforçando sua melhoria funcional e interação social com a equipe e o cavalo.

Figura 2. Base de madeira com 7 gargalos de garrafa pet e tampas coloridas, fixadas com pequenos parafusos

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A implementação dos materiais alternativos como recursos pedagógicos nas sessões de equoterapia contribuiu para o maior envolvimento dos praticantes, para a diversificação das atividades, além das ações comuns de alongamento e aquecimento, realizadas sem implemento. Estas ações permitiram aos profissionais da equipe o interesse e criatividade para a criação de outros materiais, de cunho alternativo ou não, mas que sirvam com o objetivo de auxiliar e potencializar a dinâmica das sessões de equoterapia, sendo mais prazeroso aos praticantes.

Necessário destacar também que a participação do acadêmico no projeto de extensão universitária junto ao Centro de Equoterapia proporcionou a idealização dessa construção por meio dos conhecimentos teórico-práticos, os quais foram somados aos conhecimentos adquiridos ao longo da graduação em Educação Física como a produção de implementos através de recursos naturais, alternativos e sustentáveis da Amazônia.

REFERÊNCIAS

FERREIRA, Ana Paula Silva; GOMES, Janzila Bezerra. Levantamento histórico da terapia assistida por animais. Revista Multidisciplinar Pey Këyo Científico-ISSN 2525-8508, v. 3, n. 1, 2018.

GARNER, Brian A.; RIGBY, B. Rhett. Movimentos da pelve humana ao caminhar e ao montar um cavalo terapêutico. Ciência do Movimento Humano, v. 39, p. 121-137, 2015.

MAĆKÓW, Anna et al. Influence of neurophysiological hippotherapy on the transference of the centre of gravity among children with cerebral palsy. Ortopedia Traumatologia Rehabilitacja, v. 16, n. 6, p. 581-593, 2014.

MARINHO, J. R. S.; ZAMO, R. S. Terapia assistida por animais e transtornos do neurodesenvolvimento. Estud. pesqui. psicol., Rio de Janeiro, v. 17, n. 3, p. 1063- 1083, dez. 2017. Disponível em. acessos em 06 set. 2023.

TORNQUIST, Andressa et al. Projeto materiais recicláveis: umrelato depráticaemeducação ambiental. Revbea, v. 8, n. 2, p. 164-168, Rio Grande, 2013. Disponível em: <INSERIR LINK>. Acesso em: 06 set 2023.

WHITE-LEWIS, Sharon. Equine-assisted therapies using horses as healers: A concept analysis. Nursing Open, v. 7, n. 1, p. 58-67, 2020.

ACIDENTE VASCULAR

ENCIFÁLICO (AVE) E OS FATORES DE RISCO ASSOCIADOS AO ESTILO DE VIDA: UMA REVISÃO DE LITERATURA

Matheus Glória Lopes – mgl.med23@uea.edu.br

Fernanda Marinho Pereira – fmp.med23@uea.edu.br

Francisco Celson Sousa de Sales Filho – fcsdsf.med23@uea.edu.br

Hyana Bianca Nascimento Lima da Silva – hbnlds.med23@uea.edu.br

Maria Eduarda Mota Freitoza – memf.enf23@uea.edu.br

Thiago Soares Martins – tsm.med23@uea.edu.br

INTRODUÇÃO

O derrame cerebral, nome popular para Acidente Vascular Encefálico (AVE), é uma doença que compromete funções neurológicas do sistema nervoso central, o “centro de comando” do corpo humano. Pode ocorrer de duas formas: a primeira delas quando há um obstáculo que atrapalha a passagem do fluxo sanguíneo e, portanto, dos nutrientes e oxigênio nele presente. Nesse caso, o AVE caracteriza-se como isquêmico (AVEi). Também, pode ocorrer por meio do rompimento de algum vaso sanguíneo, assim comprometendo a irrigação de alguma região do encéfalo e, consequentemente, ocasionando uma hemorragia. Tal quadro caracteriza o AVE como hemorrágico (AVEh). (ALVES, 2015) O conhecimento desses conceitos permite afirmar que os seus impactos nos indivíduos são, certamente, significativos, fato que é observável quando são analisadas as sequelas

deixadas pela doença. Contudo, pouco é conhecido pela sociedade sobre os hábitos, práticas e doenças preexistentes que auxiliam no desenvolvimento do acidente vascular encefálico, ou seja, os fatores de risco. A ciência desses fatores esclarece o porquê do aumento da incidência do AVE entre os jovens adultos, não sendo mais uma “doença dos idosos”, como era conhecida. Pesquisas apontam como o estilo de vida do indivíduo contribui no aumento das possibilidades de desenvolver o AVE. Isso porque o mundo contemporâneo expôs um grande contingente populacional à obesidade e práticas como o tabagismo, sedentarismo e alcoolismo, extremamente danosos à saúde e, quando associados, podem resultar na doença. (CLÁUDIO et al., 2020) Tais fatores são classificados como modificáveis, isto é, tornam-se presentes em virtude dos hábitos aderidos pelo indivíduo, assim como apresentam a possibilidade de serem tratados por uma intervenção médica nesse estilo de vida. (CARVALHO et al, 2016) À vista disso, faz-se importante analisar a influência do estilo de vida das pessoas no desenvolvimento do acidente vascular encefálico (AVE), buscando identificar os fatores de risco relacionados à doença que circundam tal conduta.

OBJETIVOS

O estudo tem como propósito analisar os fatores de risco ligados ao desenvolvimento do AVE que estão diretamente associados ao estilo de vida, isto é, hábitos e práticas adotados pelo indivíduo que o levam a essa realidade.

MÉTODOS

Trata-se de uma revisão narrativa, baseada no método qualitativo, que busca compreender a relação existente entre o estilo de vida da pessoa e o modo como isso a aproxima do acidente vascular encefálico, evidenciando os fatores de risco da doença relacionados à idade, sexo, raça e, primordialmente, aos hábitos. Além disso, a base teórica teve como fundamento literaturas presentes em bases de dados como a Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Scielo, UpToDate e PubMed, utilizando os seguintes descritores: “brain stroke and risk factors” e “brain stroke and lifestyle”. O coorte metodológico contempla artigos publicados entre os anos de 2013 e 2023, nas línguas portuguesa, inglesa e espanhola. Foram incluídos materiais que abordavam sobre os fatores de risco do acidente vascular encefálico e a influência do estilo de vida no surgimento da doença.

RESULTADOS PARCIAIS

Ao analisar o meio social, é possível observar características comuns entre as pessoas, dentre elas a rapidez merece destaque. Isso porque o contexto em que estamos inseridos exige cada vez mais a praticidade dos indivíduos, submetendo-os às rotinas desgastantes que não priorizam a saúde e o bem-estar, mas sim a produtividade. Essa realidade cria um cenário suscetível às práticas que, apesar de serem danosas à saúde, são altamente difundidas. Tais práticas, a longo prazo, configuram-se como fatores de risco para determinadas doenças, dentre elas o acidente vascular encefálico (AVE). Esses fatores, além de estarem ligados ao estilo de vida, também se relacionam com a idade, sexo e raça do indivíduo. A aterosclerose, por exemplo, torna, especialmente, os pacientes idosos mais expostos aos acidentes vasculares cerebrais. Por outro lado, a doença também pode afetar indivíduos com menos de 40 anos que apresentam diabetes, hiperlipidemia ou hipertensão. (CAPLAN et al., 2023) Ademais, práticas como o tabagismo, sedentarismo, sobrepeso, etilismo, uso de drogas ilícitas e contraceptivo, no caso das mulheres, influenciam diretamente no desenvolvimento do acidente vascular encefálico, principalmente, em jovens adultos entre 18 e 40 anos, onde há maior incidência quando comparado com as demais faixas etárias. (ALVES et al., 2020) Outrossim, as mulheres no período da pré-menopausa possuem menor frequência de aterosclerose quando comparadas aos homens da mesma idade. Em contrapartida, a prevalência do AVE apresenta possível aumento em mulheres com idade entre 45 e 54 anos. (CAPLAN et al., 2023) Dentre os países que constituem a América Latina, o Brasil apresenta as maiores taxas de morbimortalidade por acidente vascular encefálico (AVE), sendo as mulheres mais afetadas do que os homens, uma vez que elas apresentam fatores de risco determinantes, como o uso contraindicado de anticoncepcionais orais. (ALVES et al., 2020; CORRÊA et al., 2017) No que se refere aos diferentes tipos de população, no Brasil o risco de acidente vascular encefálico é maior em negros, seguidos por pardos e menor entre os brancos. Tal fato é explicado ao analisar as variáveis socioeconômicas e, sobretudo, a incidência da hipertensão arterial, principal fator de risco para a doença, haja vista que está mais presente entre os negros. (LOTUFO et al, 2013) Com isso, as medidas preventivas adotadas pelas estratégias de saúde ganharam destaque no que se refere à educação, orientação e esclarecimento acerca dos hábitos e práticas, fatores de risco no geral, que podem levar o indivíduo às doenças incapacitantes, como o acidente vascular encefálico, algo que seria evitado com a adoção de um estilo de vida mais saudável. (ALVES et al., 2020)

REFERÊNCIAS

ALVES, B. / O. / O.-M. Acidente vascular cerebral (AVC) | Biblioteca Virtual em Saúde MS. Disponível em: <https://bvsms.saude.gov.br/avc-acidente-vascular-cerebral/>. 2015.

CLAUDIO, R. S. et al. ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO ISQUÊMICO EM ADULTOS JOVENS: UMA DOENÇA CADA VEZ MAIS PREVALENTE. Anais do Congresso Regional de Emergências Médicas (CREMED-CO), v. 0, n. 03, 2020.

CARVALHO, I. A. DE; DEODATO, L. F. F. FATORES DE RISCO DO ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO. Revista Rios, v. 10, n. 11, p. 180-191, 1 dez. 2016

CAPLAN, L. R. CLINICAL DIAGNOSIS OF STROKE SUBTYPES. UpToDate. Disponível em: https://www.uptodate.com/contents/clinical-diagnosis-of-stroke-subtypes. Aug. 2023.

ALVES, C. L.; SANTANA, D. S. DE; AOYAMA, E. DE A. ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO EM ADULTOS JOVENS COM ÊNFASE NOS FATORES DE RISCO. Revista Brasileira Interdisciplinar de Saúde, 2020.

CORRÊA, DA; FELISBINO-MENDES, MS; MENDES, MS; MALTA, DC. FACTORS ASSOCIATED WITH THE CONTRAINDICATED USE OF ORAL CONTRACEPTIVES IN BRAZIL. Rev. Saúde Pública. 12 de janeiro, 2017.

LOTUFO; BENSENOR, P. A. E; MARTINS, I. J. RAZA Y MORTALIDAD CEREBROVASCULAR EN BRASIL. Revista de Saúde Pública [online]. 2013, v. 47, n. 6.

ANÁLISE

DO GRAU DE CONHECIMENTO DE ACADÊMICOS ACERCA

DAS VACINAS E SUAS IMPLICAÇÕES NO ÂMBITO DA SAÚDE PÚBLICA

Francisco Celson Sousa de Sales Filho – fcsdsf.med23@uea.edu.br

Thiago Soares Martins – tsm.med23@uea.edu.br Matheus

Glória Lopes – mgl.med23@uea.edu.br

Hyana Bianca Nascimento Lima da Silva –hbnlds.med23@ue.edu.br

Maria Eduarda Mota Feitoza – memf.enf23@uea.edu.br

Fernanda Marinho Pereira – fmp.med23@uea.edu.br

INTRODUÇÃO

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, a vacina é uma tecnologia capaz de induzir uma resposta imunológica no indivíduo por meio da introdução de um antígeno. Por meio dessa técnica, os mecanismos do sistema imunológico trabalharão em cima do que foi introduzido , estabelecendo novas medidas de defesa (“Como funcionam as vacinas”, 2020). As vacinas, como uma forma de imunização ativa - o contato do indivíduo com o organismo desencadeia reações-, dividem-se em basicamente dois tipos: as vivas atenuadas, com agentes com pouca atividade e pouca virulência, e as não vivas, com agentes desativados mediantes técnicas fisico-químicas ou engenharia genética (BRASIL,2019). Contudo, é perceptível que para a prevenção de endemias, epidemias e pandemias na população mun-

dial, somente o desenvolvimento tecnológico não é suficiente, sendo, então, imprescindível a existência de uma cobertura vacinal em larga escala, por meio de análises epidemiológicas, a fim de garantir o isolamento e a contenção da distribuição do patógeno a ser combatido na população. A disponibilização dessa tecnologia para o consumo em massa é realizada no país por meio do Programa Nacional de Imunização (PNI), o qual estabelece as diretrizes das Campanhas de Vacinação anuais, a partir das vacinas aprovadas, em meio a rigorosos trâmites e testes, pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária.(“PNI: entenda como funciona um dos maiores programas de vacinação do mundo”, UNA-SUS, 2020). A instauração desses mecanismos de prevenção e promoção estatais devem seguir as diretrizes implantadas pelo Sistema Único de Saúde, dentre elas destacam-se a Descentralização e a Regionalização, das quais com estudos epidemiológicos, as particularidades de cada região do país são delimitadas, bem como as respectivas endemias e epidemias e vigor. As coberturas vacinais atreladas ao incremento do nível das vacinas, demonstram resultados positivos, como relata o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e o Banco Mundial, que de 2000 a 2007, com campanhas de vacinação contra o sarampo, 74% das mortes foram reduzidas na região dos países em desenvolvimento, bem como a redução de 125 países endêmicos de poliomielite, para somente 4 (HOMMA e colaboradores, 2011). Entretanto, mesmo com as expressivas evidências resguardando a qualidade e efetividade dessa tecnologia, é evidente a existência de movimentos que são contrários a distribuição e consumo em massa, os movimentos antivacina, atitudes essas frutos de desconhecimento e aspectos socioculturais, interferindo, assim, na cobertura vacinal (SUCCI,2018). Portanto, nessa pesquisa é apresentada a análise do grau de conhecimento dos alunos do primeiro período de medicina da Escola de Saúde do Amazonas, por meio de uma análise quantitativa, para averiguar o conteúdo dos universitários sobre prevenção, promoção e funcionalidade das vacina.

OBJETIVOS

O estudo objetiva analisar o grau de conhecimento de alunos de medicina, buscando estimar o domínio sobre a funcionalidade, os processos de prevenção e promoção de saúde com as vacinas e fatores que fomentam os movimentos antivacina, em prol de averiguar as lacunas existentes naqueles que irão compor o quadro de profissionais responsáveis pelo manejo dessa tecnologia imprescindível na saúde coletiva.

MÉTODOS

Em relação aos materiais empregados na pesquisa, destacam-se um computador e um celular de propriedade do próprio pesquisador, sem artifícios adicionais. No quesito acadêmico, as publicações selecionadas são de artigos, periódicos e livros, nos idiomas em inglês e português, de bases de dados, como Scielo, ScienceDirect, Pubmed, Google Acadêmico, Science. gov e JSTOR, separando somente os que explicitam questões relacionadas à vacinação, aspectos fisiológicos, promoção e prevenção de saúde com vacinas. A elaboração da pesquisa se dará por meio do método quatitativo, atrelada a uma reavaliação sistemática científica e objetiva, com o estabelecimento de um formulário semiaberto na plataforma Google Forms, de modo online e resguardando a privacidade do entrevistado. A partir da aquisição dos dados, as análises e as compilações das informações serão realizadas na referida plataforma. Resultados parciais: nesse interim, a partir da análise da literatura existente e subsequente pesquisa são perceptíveis lacunas, com grau de nível intermediário, no conhecimento acerca de todo o âmbito da saúde pública na qual as vacinas estão inclusas, perpassando desde o seu processo de manufatura até os componentes legais que resguardam o funcionamento do PNI. Nesse contexto, medidas de incremento do ensino sobre o funcionamento da saúde coletiva são fulcrais, em virtude do fato desses acadêmicos serem o futuros profissionais que irão compor o quadro de responsáveis por essa tecnologia (HOMMA e colaboradores, 2020).

REFERÊNCIAS

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Brasil. Ministério da Saúde, UNA-SUS. PNI: entenda como funciona um dos maiores programas de vacinação do mundo. Disponível em <ht-

tps://www.unasus.gov.br/noticia/pni-entenda-como-funciona-um-dosmaiores-programas-de-vacinacao-do-mundo>. Acesso em 14 jul 2023.

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SUCCI, R. C. DE M. Vaccine refusal – what we need to know. Jornal de Pediatria, v. 94, n. 6, p. 574–581, nov. 2018

HOMMA, A. et al. Pela reconquista das altas coberturas vacinais. Cadernos de Saúde Pública, v. 39, n. 3, p. e00240022, 2023.

ANÁLISE QUANTITATIVA

SOBRE SAÚDE BUCAL E

CONDIÇÕES

SOCIOECONÔMICAS COM

ALUNOS DO PRIMEIRO PERÍODO DA ESCOLA

SUPERIOR DE CIÊNCIAS DE SAÚDE

QUANTITATIVE ANALYSIS OF ORAL HEALTH AND SOCIECONOMIC CONDITIONS WITH STUDENTS FROM THE FIRST PERIOD OF THE HIGHER SCHOOL OF HEALTH SCIENCES

Paola Giovanna de Lima Amazonas – pgdla.odo23@uea.edu.br

INTRODUÇÃO

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) a saúde bucal é uma condição livre de dor facial, oral, câncer bucal, doença periodontal, cáries, perdas dentárias, outras desordens e patologias. Os principais fatores de risco para essas doenças envolvem: tabagismo, dieta saudável, pouca higiene oral e uso abusivo de álcool. Esses componentes são comuns a outras doenças crônicas não

transmissíveis. A saúde bucal é fundamental para a qualidade de vida e saúde geral (CAMERINI, 2016).

Os danos em saúde bucal são uma questão de saúde pública mundial que, mesmo de serem suscetíveis de prevenção, ainda tem uma elevada recorrência. A cárie dentária não cuidada em dentes constantes foi o estado de saúde mais predominante no ano de 2017, atingindo em média de 2,3 bilhões de indivíduos. Os danos da cárie carecem da higiene bucal inapropriada e uma dieta risca em açucares livres (SHEIHAM; JAMES, 2015).

Pesquisas apontam a relação entre condição socieconomica de saúde bucal, como experiência de doença periodontal e de cárie. De acordo com a Comissão Nacional sobre Determinantes Sociais de Saúde, condições ambientais, culturais e socioeconômicas de um grupo produzem uma estratificação em vários pontos sociais dos sujeitos, demonstrando associação direta com os estados de saúde (HENZEL et al., 2020).

No cenário das doenças orais, a cárie representa uma das pricipais patologias orais que afetam uma parcela da população mundial em toda a faixa etária (VALERO et al., 2018). Possível de resultar alterações sociais e psicológicas e complicações sistêmicas (CARVALHO et al., 2019). Provocado pelo desenvolvimento de uma placa virulenta na área dental (biofilme dental), ocasionada pela relação entre microbiota e seus produtos, dieta rica em açuçar, constituintes salivares.

Nessa conjectura, torna-se visível que várias dessas alterações podem ser prevenidas plea determinação de um autocuidado adequado com a cavidade oral. Comumente, o autocuidado carece de uma taxa de conhecimento do sujeito, do nível de instrução, dos fatores socioeconômicos, culturais e ambientais, do estilo de vida, em que o indivíduo está sujeito, assim como, a existência de patologias (BENEDITO et al., 2020).

No contexto do autocuidado, estão as ações de higiene da cavidade oral, uso do fio dental, escovação, desenvolvem relevante função na prevenção de comorbidades bucais e de complicações que influenciam na qualidade de vida e saúde do indivíduo, realmente a fragilidade ou deficiência dessas ações preventivas interferem nas características psicológicas, sociais, biológicas e econômicas do ser humano.

OBJETIVOS

Este estudo possui relevância científica por se direcionar para a interferência de elementos sociais nas patologias bucais que alcança importância no se-

tor científico, abrangendo as medidas e os métodos associados a higienização saúde bucal, o grau de escolaridade, a profissão e ocupação dos indivíduos.

METODOLOGIA

Trata-se de um estudo exploratório, descritivo e quantitativo realizado a partir do instrumento de coleta de dados, no caso, um questionário, com acadêmicos da Escola Superior de Ciências de Saúde da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) localizada na cidade de Manaus-AM. Os alunos serão convidados aleatoriamente a participar da pesquisa.

RESULTADOS PARCIAIS

De acordo com Barbosa et al. (2020), a falta de padronização da higienização bucal e o autocuidado com a saúde, provoca doenças sistêmicas, já que, os microrganismos presentes na boca podem ser emitidos a partir da orofaringe, provocando, por exemplo, a pneumonia. A prevenção, se apresenta como uma importante intervenção para inibir os riscos de infecções e lesões bucal, isso já começa coma escovação correta, utilização de fio dental, enxaguo bucal, dentre outros.

Para Trigo (2022), a prevenção bucal quanto à frequência no consumo de alimentos açucarados, como: refrigerantes e sorvetes entre refeições, chicletes, balas, podem ser um dos motivos para o princípio das cáries. As medidas de prevenção já devem começar na infância, pois, o que se vê muito nas escolas são palestras referentes a esses cuidados, e quando se alcança uma graduação se tem noção da importância desses cuidados na prevenção bucal.

Segundo alguns estudantes, a educação sobre a saúde bucal leva a ter novos pensamentos dessa realidade. Assim, a educação e intervenção associada a outros componentes, ajuda na redução da sensibilidade dental, diminui o acúmulo de placa e tártaro, além de lidar com o mau hálito (OLIVEIRA, 2023).

Segundo Martins et al. (2019), a higienização bucal um dos fatores próprios à boa saúde dos dentes e da boca, de fato, refletindo sobre o consumismo de alimentos açucarados, horários normais de alimentação ajudam no surgimento de cáries, pelos quais, se não tratadas rapidamente, contribuem para a perda do dente afetado ou, até mesmo, em alguma outra doença.

É relevante então, apresentar a lista de problemas bucais que podem ser prevenidas a partir das intervenções, para logo, serem tratados assim que surgirem, como: cárie dentária, patologias periodontais, perda de dentes e câncer oral, segundo apresentando pela Organização Mundial de SaúdeOMS. Além destas, podem ser pontuadas as fissuras orofaciais, ou seja, uma patologia gangrenosa grave que inicia na boca atingindo principalmente crianças e traumatismo orodental (WHO, 2022).

Se compreende que, em alguns casos, não existe uma busca constante do profissional, devido à condição socioeconômica, abandonando os cuidados, pois a baixa condição econômica interfere tanto na saúde bucal, quanto na realidade e na qualidade de vida do indivíduo. Existe ampla relação entre problemas bucais e desenvolvimento escolar devido às condições financeiras, podendo interferir na autoestima, socialização e na concentração escolar (OLIVA et al., 2019).

É importante ocorrer conscientização da importância desse cuidado, estimulando a realizarem projetos no ambiento educacional para ser implementado serviços para os estudantes com vulnerabilidade econômica. É um aspecto relevante da higienização da Saúde Bucal, neste contexto, os professores podem colaborar fazendo um levantamento dessa realidade, a partir de estratégias com a finalidade de contribuir para o desenvolvimento físico e emocional dos envolvidos (FERNANDES; LIMA, 2019).

Não somente em estudantes graduandos, mas em qualquer âmbito que não se tem condições econômicas para seguir com seu tratamento, assim, estão os fatores sociodemográficos e ainda, o baixo nível de coesão familiar. Esses aspectos acabam reduzindo a busca por tratamento dentário, já que, é essencial receber essa orientação sobre a saúde bucal, escovação, após a refeição ou nos casos de ingestão de outros alimentos quaisquer, dentre outros (NEVES et al., 2020).

A falta de acesso à intervenção desde cedo, ainda aos recursos terapêuticos necessários para seus problemas orais levam os indivíduos pertencentes à população de baixa renda ao sofrimento físico e social e, também, às doenças sistêmicas. Nesse caso, é importante ainda, o consumo de uma alimentação equilibrada e sem açúcares livres, o que eleva o consumo de frutas e vegetais, evitando o consumo de tabaco, de álcool e outras substâncias químicas (WHO, 2022).

As medidas de intervenções de cunho educacional contribuem com os cuidados com a saúde bucal, seja qual for a idade, é possível sim possibilitar motivações para ocorrerem mais participação nesse processo educativo. É

necessário elevar o conhecimento e capacitação para o autocuidado em relação à saúde bucal no âmbito escolar (CARVALHO et al., 2018).

Segundo Ferraresso et al. (2021), um ponto positivo nas medidas para orientar os cuidados são: a motivação para participação nas palestras e rodas de conversa, utilização de ferramentas educativas e associadas à população desejada, existe ainda a necessidade da utilização de um diálogo aberto, ou seja, extrair as dúvidas dos participantes. Recomenda-se no período das palestras educativas compartilhar informações como: orientações de escovação, higienização e preservação das próteses dentárias, dentre outros.

Logo, espera-se que essa pesquisa possa contribuir com conhecimentos básicos dos alunos universitários da Escola Superior de Ciências da Saúde, sobre a saúde bucal e as patologias bucais. É relevante realizar uma avaliação socioeconômica, do conhecimento do acadêmico de odontologia sobre a análise quantitativa (gastos odontológicos) realizada.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BARBOSA, L. C.; et al. Impact of oral conditions the quality of life of elderly caregivers and oral health practices. ABCS Health Sci. 2020; 45:1-10.

BENEDITO, F.C.S.; et al. Saúde bucal de universitários internacionais: da importância ao conhecimento e condutas frente às patologias orais. Rev Fun Care Online, jan/dez; 12:350-356, 2020. DOI: http://dx.doi. org/10.9789/2175- 5361.rpcfo.v12.7131.

BRASIL. Ministério da Saúde. A Saúde Bucal no Sistema Único de Saúde Brasília-DF: MS. 2018.

CAMERINI, Adriana Vieira. Impacto da Saúde Oral na Qualidade de Vida de Estudantes Universitários no Sul do Brasil. Dissertação (Pós-Graduação em Saúde Pública) - Universidade Federal do Rio Grande, Rio Grande do Sul, janeiro de 2016.

CARVALHO, K. M.; et al. Intervenções educativas para promoção da saúde do idoso: revisão integrativa. Acta Paulista de Enfermagem, v. 31, n. 4, p. 446-454, 2018. Disponível em: file:///C:/Users/mbeze/Downloads/ prw1404b-prw1404b-2.pdf. Acesso em: 20 jul. 2023.

DENTAL TRIBUNE. Relatório sobre a saúde bucal da América destaca problemas de longa data e fornece algumas soluções. Dental Tribune, 2022.

DOURADO, A. C. A. G.; et al. Promoção e prevenção da saúde bucal na pandemia do Covid-19: Relato de Experiência. Revista de Extensão da UPE, v. 6, número especial, p. 52-60, 2021.

FERNANDES, D. M. Z.; LIMA, M. C. M. P. A visão dos pais e professores sobre a ocorrência de hábitos orais deletérios em um grupo de pré-escolares.

Rev CEFAC, v.21, n.2, p.1-10, 2019.

ANÁLISE SOBRE OS DESAFIOS DA INCLUSÃO DE ESTUDANTES COM TRANSTORNO DE DÉFICIT

DE

ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE NAS

UNIVERSIDADES

Fernanda Marinho Pereira – fmp.med23@uea.edu.br

Francisco Celson Sousa de Sales Filho – fcsdsf.med23@uea.edu.br

Hyana Bianca Nascimento Lima da Silva – hbnlds.med23@uea.edu.br Maria

Eduarda Mota Feitoza – memf.enf23@uea.edu.br

Matheus Glória Lopes – mgl.med23@uea.edu.br

Thiago Soares Martins – tsm.med23@uea.edu.br

INTRODUÇÃO

Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é um transtorno neurobiológico amplamente reconhecido por suas causas genéticas e pelos sintomas característicos que incluem falta de atenção, inquietação e impulsividade. Embora seja mais comumente associado à infância, o TDAH não se limita a essa fase da vida, muitas vezes acompanhando o indivíduo ao longo de sua jornada adulta (OLIVEIRA, 2015). A Associação Brasileira do Déficit de Atenção (2014) estima que cerca de 60% das crianças e adolescentes com TDAH persistem com sintomas de desatenção, hiperatividade e impulsividade na fase adulta, embora em menor intensidade. A transição para a vida adulta traz desafios adicionais para aqueles com TDAH, que muitas vezes enfrentam dificuldades na organização e no planejamento de

suas atividades diárias. A tarefa de determinar o que é mais importante entre várias responsabilidades pode ser esmagadora, levando ao estresse e à procrastinação (SANTANA, 2019). A falta de organização pode ter impactos significativos na vida acadêmica, especialmente para estudantes universitários, que podem enfrentar problemas de conclusão de tarefas e gerenciamento do tempo. A importância de abordar esse tema no contexto universitário é crucial, uma vez que a falta de reconhecimento por parte das instituições sobre o impacto negativo do TDAH, pode agravar ainda mais os desafios enfrentados pelos estudantes (DO NASCIMENTO, 2021). A Lei nº 14.254, promulgada em 2021, busca fornecer amparo a esse grupo de estudantes no ambiente educacional, mas sua implementação efetiva tem sido limitada devido à falta de reconhecimento das necessidades específicas dos alunos com TDAH por parte das universidades (CADF, 2022). Dessa forma, essa análise tem o objetivo de estabelecer um diálogo importante com profissionais da saúde e educadores, tanto futuros quanto atuais, sobre a importância do apoio aos alunos com TDAH e como lidar com as situações em que esse grupo precisa de assistência.

OBJETIVOS

O intuito do estudo é analisar os impactos, estigma social e dificuldades enfrentadas por estudantes com TDAH, bem como compreender a postura das universidades em relação aos estudantes detentores dessa patologia e como isso influencia no desempenho acadêmico dos alunos inseridos nesse grupo.

MÉTODOS

O método aplicado classifica-se como um estudo qualitativo que busca explorar considerações acerca da patologia do TDAH, os impactos e os desafios disso no âmbito universitário. Além disso, a fundamentação teórica foi construída com base em artigos encontradas em diversas fontes de dados, tais como a Comunidade Acadêmica Federada (CAFe), PubMed, Scielo e UpToDate, por meio dos seguintes descritores: “ADHD in university students” e “inclusion for students with ADHD”. Foram utilizados artigos publicados no período entre 2015 e 2023 nas línguas portuguesa e inglesa.

Como critérios de inclusão foram selecionados temas relacionados à integração de estudantes detentores de TDAH, e de exclusão todos não relacionados. Resultados parciais: A análise das literaturas sobre o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) revela uma série de aspectos relevantes para compreender sua influência no ambiente acadêmico. Inicialmente, é importante ressaltar que o TDAH é considerado um distúrbio neurobiológico, conforme definido pela Organização Mundial de Saúde (OMS), e que está associado a desafios no processo de aprendizagem. Além disso, as literaturas enfatizam que há uma base genética e familiar para esse transtorno, o que acrescenta complexidade à sua compreensão (DO NASCIMENTO, 2021). A fisiologia do TDAH também foi discutida, destacando que esse transtorno está relacionado a problemas na neurotransmissão dopaminérgica em diferentes áreas cerebrais, como o córtex pré-frontal, amígdala e regiões subcorticais (GOUDOCHNIKOV, 2021). Um aspecto significativo a ser abordado é o estigma social associado ao TDAH e como isso afeta a inclusão de estudantes universitários que enfrentam esse transtorno. Os estigmas e estereótipos frequentemente levam a um reconhecimento inadequado por parte dos educadores, resultando na marginalização e na subestimação das habilidades dos alunos com TDAH (CADF, 2022). A Lei Federal nº 14.254, promulgada em 2021, é mencionada como um marco legal fundamental para garantir os direitos dos estudantes com TDAH. Essa legislação exige um acompanhamento integral e apoio educacional e terapêutico nas instituições de ensino, incluindo universidades. No entanto, a efetiva implementação da lei requer regulamentações mais detalhadas e a conscientização sobre o transtorno entre educadores (SANTANA, 2019).

Além disso, é importante ressaltar o impacto do TDAH no desempenho acadêmico dos estudantes, os sintomas característicos, como impulsividade e desatenção, podem prejudicar a organização do tempo e das tarefas acadêmicas, afetando negativamente a adaptação dos estudantes na universidade (OLIVEIRA, 2015; ZIEGLER, 2021). Por último, os núcleos de acessibilidade nas instituições de ensino superior emergem como um recurso vital para apoiar a inclusão de estudantes com TDAH e outros transtornos de aprendizagem. Esses núcleos desempenham um papel crucial na eliminação de barreiras e na promoção de um ambiente educacional inclusivo e igualitário (CADF, 2022). Esses aspectos destacados na literatura ilustram a complexidade das questões relacionadas ao TDAH no ambiente acadêmico e enfatizam a necessidade de ações práticas e políticas para garantir a inclusão efetiva desses estudantes.

REFERÊNCIAS

CADF, Oliveira; REIS, L. P. C. UNIVERSITÁRIOS COM TDAH, PROJETO DE VIDA E NÚCLEO DE ACESSIBILIDADE: APOIO À INCLUSÃO . 2022.

DO NASCIMENTO, Karolyne Luna; ALVEZ, Cícero Eugênio Tomaz; CARVALHO, Martha Milene Fontenelle. TDAH E AS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM. Revista Magistro, v. 1, n. 23, 2021.

GOUDOCHNIKOV, Natália Viktorovna Santos. TDAH e Ansiedade Social em estudantes universitários. 2021.

OLIVEIRA, Clarissa Tochetto de; DIAS, Ana Cristina Garcia. Repercussões do transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH) na experiência universitária. Psicologia: Ciência e Profissão, v. 35, p. 613629, 2015.

SANTANA, Priscila F. A inclusão do jovem adulto com TDAH no ensino superior. 2019.

ZIEGLER, DE LIMA, Heliane; DOS SANTOS, Daniel Kerry. O diagnóstico de TDAH e seus efeitos de subjetivação: uma análise das trajetórias escolares de jovens universitários. Estudos Interdisciplinares em Psicologia, v. 12, n. 1, p. 27-51, 2021.

AS CONSEQUÊNCIAS DA TOXOPLASMOSE –ESTUDO DE CASO

Renata Vilaça Duarte

Victor L. de Araújo Cardoso

Leonardo Benedicts Ferreira Coelho

Gabriela de Lima Galúcio

Rafaella Pimentel Moraes

Zilma Queiroz Nattrodt

Alan F. Souza Ribeiro

INTRODUÇÃO

A toxoplasmose é uma doença infecciosa causada pelo protozoário Toxoplasma gondii, podendo causar danos em diversos órgãos e sistemas do corpo humano, em especial, o olho. A toxoplasmose ocular é a principal causa de uveíte infecciosa no mundo, gerando complicações visuais graves, como cegueira, baixa acuidade visual, escotomas e fotofobia, tendo também impactos negativos no que tange anualidade de vida, a saúde mental e na inserção social dos pacientes afetados.

OBJETIVOS

Objetivo Geral: Relatar sobre as consequências vividas por um jovem com diagnóstico de toxoplasmose ocular.

Objetivos específicos: Elucubrar os problemas causados à vida deste jovem em decorrência do seu diagnóstico e da sua condição atual após tratamento; Abordar sobre toxoplasmose ocular e suas diversas variações; Discutir sobre prováveis formas de contágio que geraram o caso em questão.

METODOLOGIA

Trata-se de um estudo de caso, de método qualitativo, que avaliará as questões a recém investigadas através de entrevistas estruturadas, tendo como a população do estudo um jovem de sexo masculino, indígena e de pele parda, de origem nordestina.

RESULTADOS ESPERADOS

O jovem com toxoplasmose enfrentou diversas dificuldades ao longo de sua trajetória, desenvolvendo estratégias de enfrentamento e de resiliência, além de contar com o apoio de profissionais da saúde para o seu tratamento.

POSSÍVEIS CONSIDERAÇÕES

MULTIDISCIPLINAR

REFERÊNCIAS

Amendoeira M.R.R., Lemos E.R.S., Bastos O.M.P., Mares-Guia M.L.A., , Bonvicino C.R., Camargo L.M.A., Fleischer S.R. Prevalence of Toxoplasma gondii infection in two native Amazonian Indian tribes from Brazil. Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo, v.45, n.3, p.147-151, 2003. Bastos O.M.P., Andrade G.M.Q., Vasconcelos-Santos D.V., Carellos E. V.M., Romanelli R.M.C., Vitor R.W.A. Aspectos clínicos e epidemiológicos da toxoplasmose ocular no Brasil - uma revisão narrativa. Revista Pan-Amazônica de Saúde, v.1, n.2, p.77-86, 2010.

AS CONSEQUÊNCIAS DO TRANSTORNO ALIMENTAR NO

DESENVOLVIMENTO

ACADÊMICO DOS

ESTUDANTES DE ENFERMAGEM DA UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS

Maria Eduarda Mota Feitoza – memf.enf23@uea.edu.br

Adonay Souza Ferreira – asf.enf23@uea.edu.br

INTRODUÇÃO

A vida moderna é indubitavelmente estressante, esse cenário é um terreno propício para o adoecimento da sociedade, visto que vários fatores entram em discussão, tais como a privação de sono e o desestímulo a hábitos de vida saudáveis. Sendo assim, em nada se diferencia a vivência dos estudantes de Enfermagem do resto da sociedade, pois imersos em suas desgastantes rotinas negligenciam sua alimentação e seu sono, afetando diretamente em sua saúde física e mental. Esse contexto é muito bem retratado na obra “Modernidade Líquida”, escrita pelo polonês Zygmunt Bauman (2021), que explica que a atual sociedade vive em um estado de liquidez, em que as relações além de supérfluas são consumistas, e esse consumo dita quem deve ser aceito socialmente. Se a regra para ser aceito socialmente é o consumo, evidência- se então o envolvimento dos acadêmicos, que

convencidos pela indústria do consumo, correm em busca do “corpo perfeito” e do padrão de beleza inatingível que a sociedade impõe. Em decorrência desse fato, há uma sobrecarga psíquica imposta não só nos alunos, mas na sociedade, que adoece em busca da perfeição idealizada pela mídia e pelos meios de produção do corpo social. É mediante esse contexto que surgem os transtornos alimentares, motivados pelo consumo em excesso, o consumo da comida mais cara, o consumo do corpo esteticamente mais bonito, o consumo de uma vida aparentemente sem defeitos. Porém, com toda pressão o que acontece é justamente o oposto, pessoas cada vez mais adoecidas psicologicamente, fisicamente e socialmente. Levando a quadros de depressão e exaustão psicológica severos. Com isso, fica explícita a rotina diária dos acadêmicos de Enfermagem, uma vez que expostos a grandes pressões psicológicas desenvolvem esgotamento e exaustão, o que é refletido em suas notas. Pois além da cobrança dos professores, há também a própria autocobrança e inúmeras obrigações a serem cumpridas durante o período. Além disso, entra em foco a autocobrança com relação a aparência, visto que a pessoa se sente na responsabilidade não só de ser a mais inteligente, mas como também estar bonita socialmente.

OBJETIVOS

O intuito do estudo é analisar as consequências do transtorno alimentar no desenvolvimento acadêmico dos alunos do curso de enfermagem na Escola Superior de Ciências da Saúde na Universidade do Estado do Amazonas.

METODOLOGIA

O estudo será baseado em pesquisas científicas, através da revisão de literatura, utilizando- se bases de dados seguros e revistas científicas renomadas. Ademais, é válido ressaltar que esse estudo será analisado de forma qualitativa, no qual os voluntários responderão um questionário online e aberto, pela plataforma Google Forms. Portanto, serão analisadas as concepções individuais de cada voluntário a respeito do tema. Essa pesquisa será realizada na área da Enfermagem, abrangendo os aspectos relacionados a alimentação e psicologia, sendo o maior enfoque as consequências no aprendizado. O estudo será elaborado na Escola Superior de Ciências da Saúde na Universidade do Estado do Amazonas, situada no bairro de Cachoeirinha, com início em maio de 2023 e fim previsto para julho de 2023, na cidade de Manaus (AM). O

público- alvo serão os acadêmicos do 1º período de enfermagem, que através de um estudo qualitativo serão analisados por um período de 3 meses. Ademais, as fontes científicas utilizadas nesse estudo estão datadas de 2002 até 2021, sendo o coorte metodológico de 19 anos.

POSSÍVEIS RESULTADOS

É esperado que os alunos entrevistados apresentem algum tipo de Transtorno Alimentar e com isso, apresentem características e sintomas típicos do desenvolvimento desse distúrbio. Outro ponto importante para ressaltar é os gatilhos que impulsionam essa “guerra” com a comida, espera- se que sejam relacionados a ansiedade e ao estresse pelo qual os alunos são submetidos principalmente em períodos que se antecedem a provas, afetando até o resultado dessas. Assim, é necessário que em posse desses dados sejam analisados e correlacionados para de fato entender como o Transtorno Alimentar se relaciona com o desenvolvimento acadêmico.

POSSÍVEIS CONCLUSÕES

Com esta pesquisa pretende- se concluir que no meio acadêmico de Enfermagem pouco se fala sobre o adoecimento dos futuros profissionais de saúde durante o período de estudo universitário. Pois inseridos em uma rotina exaustiva e um ciclo de cobranças exageradas desenvolvem transtornos tais como os transtornos alimentares. Por esse motivo, é esperado que na coleta de dados, através de questionário online, que muitos alunos de enfermagem apresentem algum tipo de transtorno alimentar. Esse cenário evidência a realidade dos acadêmicos de enfermagem, que estão com a saúde comprometida, o que é revelado através de possíveis rendimentos negativos nas notas.

Por meio dessa pesquisa espera- se também que os alunos que dispõe de tal transtorno sintam- se estimulados a buscar um diagnóstico e tratamento efetivos. Dessa forma, os dados coletados durante a pesquisa servirão para analisar a incidência e as consequências do transtorno alimentar relacionados aos que foram abordados na revisão de literatura, ou seja, a interferência na vida acadêmica dos estudantes.

REFERÊNCIAS

AZEVEDO, A.P.; SANTOS, C.C.; FONSECA, D.C. Transtorno de Compulsão Alimentar Periódica. São Paulo, Arch. Clin. Psychiatry, 2004.

BACALTCHUCK, J.; APPOLINARIO, J.C. Tratamento farmacológico dos Transtornos Alimentares. São Paulo, Braz. J. Psychiatry, 2002.

BAUMAN, Z. Modernidade Líquida. 1º ed. Rio de Janeiro: Zahar, 2021.

CORDÁS, T.A. Transtornos Alimentares: classificação e diagnóstico. São Paulo, Arch. Clin. Psychiatry, 2004.

FONSECA, V. Desenvolvimento cognitivo e processo de ensino-aprendizagem. Petrópolis, RJ: Vozes, 2019.

HILBERT, A.; PIKE, K.M.; GOLDSHMIDT, A.B. et al. Risk factors across the Eating Desorders. Psychiatry Res. 2014.

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MENUCCI, TIMERMAN, ALVARENGA. Transtornos Alimentares. São Paulo: Editora Senac, 2021.

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SCHIMIDT, E.; MATA, G.F. Anorexia nervosa: uma revisão. Minas Gerais: Fractal Revista de Psicologia, 2008.

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TRIBOLE, Evelyn. Comer Intuitivo. São Paulo: Editora Sextante, 2021.

AS PARCERIAS PÚBLICO

PRIVADAS (PPPS) COMO INSTRUMENTO PARA IMPULSIONAMENTO

DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

THE PUBLIC PRIVATE PARTNERSHIPS (PPPS) AS AN INSTRUMENT TO BOOST SUSTAINABLE DEVELOPMENT

Ulisses Arjan Cruzdos Santos – uacds.med23@uea.edu.br

Maria Etelvina Cruz de Melo – etelvina33@gmail.com

Zilma Queiroz Nattrodt – zqn.med22@uea.edu.br

Jennyfer Mitouso Carvalho – jmc.med23@uea.edu.br

Lorena Costa da Silva – lcds.med23@uea.edu.br

Carolina Cristine Almeida Balieiro – ccab.med22@uea.edu.br

Lucas Queiroz de Sousa – lqds.med23@uea.edu.br

INTRODUÇÃO

Através de medidas recentes adotadas pelo Governo Federal, as Parcerias Público Privadas (PPPs), elencadasna Lei n 11.079/2014, estabelecem colaborações entre setores públicos e privados, visando promover investimentos em infraestrutura e serviços públicos. Elas permitem a realização de projetos inovadores e eficientes, trazendo benefícios significativos para a sociedade, principalmente em áreas essenciais como saúde, educação, segurança pública e habitação social.

A problemática desta pesquisa é: de que forma as Parcerias Público Privadas (PPPs) podem ser instrumentalizadas para impulsionamento do desenvolvimento sustentável? Desse modo, é importante compreender que a sustentabilidade é multidimensionadaeenglobadiversasvariáveis quebuscamequilibrardemandasda economia e da ecologia concomitantemente. Por origem, o conceito de desenvolvimento sustentável foi cunhado no Relatório Brundtland como a necessidade de “satisfazer as necessidades das presentes gerações, sem comprometeracapacidadedasfuturasgeraçõesdesuprirasprópriasnecessidades”.

Os investimentos devem ser pautados pela perspectiva Environmental, Social and Governance (ESG). A sigla Environmental, Social and Governance (ESG) foi mencionada pela primeira vez em 2004 no relatório Who Cares Wins, escrito por um grupo de 20 instituições financeiras (The Global Compact, 2004), que visava introduzir os fatores ambientais, sociais e de governança no mercado de capitais.

O Estado tem de continuar a atuar na regulação ambiental de práticas corporativas para garantir o alcance de padrões de sustentabilidade socioambiental econtrolarosníveisdepoluiçãoedegradaçãoambiental atravésdopoderdepolícia do poder público e do dever de agir por força do art. 225 da CF/1988 e da Política Nacional do Meio Ambiente (Lei n. 6.938/81).

Segundo Henisz, Koller e Nuttall (2021), a criação de valor na gestão corporativa está intimamente relacionada a capacidade de compreensão da jornada junto aos stakeholders, sendo as decisões Environmental, Social and Governance (ESG) indissociáveis deste ambiente. Estudos apontam ainda que ao compartilhar práticas Environmental, Social and Governance (ESG), ascorporaçõessão capazes de arrecadações e investimentos expressivamente superiores, frente as que não compartilham, sendo este um dos fatores determinantes para a capacidade de desenvolvimento de projetos de alta complexidade e relevantes corporativamente (Giannarakis, 2014).

OBJETIVOS

A temática desta pesquisa está intrinsecamente delimitada à análise da simplificação de processos e aprimoramento da legislação, que busca fomentar a adoção de Parcerias Público Privadas (PPPs) em diversos setores, proporcionando avanços substanciais na qualidade de vida da população, ampliando assim as possibilidades de novos projetos e contribuindo para um país mais sustentável, prospero e justo.

METODOLOGIA

Optou-se por utilizar no presente trabalho ométodo dedutivo, o meio utilizado foi o bibliográfico e a finalidade é qualitativa. Trata-se de uma revisão bibliográfica de caráter descritivo, para tanto foram consultados artigos científicos, dissertação, editoriais e monografias a fim de embasar a importância da informação apresentada.

RESULTADOS PARCIAIS

As PPPs são regidas pela Lei n 11.079/2004, são colaborações onde o setor público e o privado unem forças para prover serviços e realizar obras de interesse público, contribuindo para o desenvolvimento de infraestruturas e serviços eficientes e inovadores. Na PPPs, o parceiro privado assume a execução, operação, manutenção e financiamento dos projetos, sendo remunerado pelo setor público durante o contrato. Esta modalidade requer análise minuciosa de riscos, benefícios e uma fiscalização rigorosa para assegurar conformidade e eficiência.

A implementação de Parceria Público-Privada (PPPs) requer planejamento detalhado, análises criteriosas de riscos e benefícios e acompanhamento exigente da execução do contrato para garantir o restrito cumprimento de normas aplicáveis e o alcance dos objetivos propostosno escopo do contrato e projeto básico do projeto. A infraestrutura refere-se a serviços e equipamentos públicos essenciais como saúde, educação e segurança, que atendem às necessidades básicas da população,sendo crucial para o bem-estar coletivo e desenvolvimento econômico e social do país.

O Governo Federal, por meio da Portaria STN/MF n 138/2023, da Secretaria do Tesouro Nacional, visando afastar a insegurança e fomentar as PPPs em infraestrutura social, em especial quanto ao setor da educação e de saneamento básico, propondo um conjunto de medidas inovadoras, entre elas estão o aprimoramento legislativo, ampliação dos setores financiáveis, tornar o custo da operação competitivo diante do aval prestado pela União, uso eficiente de garantias e simplificação do compartilhamento de dados fiscais, visando uma maior estruturação de projetos de PPPs, redução dos custos para que os entes públicos utilizem instrumentos de financiamentos mais vantajosos, redução dos riscos para os parceiros privados, diante damenor necessidade do impulsionamento financeiro pela iniciativa privada e incentivo à adoção pelos Estado e Municípios.

APortariaSTN/MF nº138/2023, que estabelece regras para consolidação das contas públicas relacionadas aos contratos de parceria público-privada (PPP) celebrados sob o regime da Lei Federal nº 11.079/2004 - “Lei das PPPs”, exige a transparência por parte dos entes contratantes para que se verifique o montante de recursos anteriormente aplicados de forma recorrente no objeto da concessão. Quando não é possível distinguir as despesas anteriores e as produzidas pelo próprio contrato, a contabilização de todos os custos dos projetos de PPP deve ocorrer nos limites já indicados pela Lei nº 11.079/2004, não havendo a “flexibilização” do cômputo. O papel do Estado no processo de crescimento econômico e sustentabilidade foi bem expresso por Mazzucato (2014, p. 28):

O Estado não é nem um intruso, nem um mero facilitador do crescimento econômico. É um parceiro fundamental do setor privado – e em geral mais ousado, disposto a assumir riscos que as empresas não assumem. Um Estado empreendedor não apenas ‘reduz os riscos’ do setor privado, como antevê o espaço de risco e opera corajosamente e eficientemente dentro desse espaço para fazer as coisas acontecerem.

A Parceria Público-Privada (PPPs) e expansão da infraestrutura social são estratégias vitais para o desenvolvimento sustentável do Brasil, promovendo inovações e melhorias nos serviços públicos. A sinergia entre os setores público e privado é essencial para construir um Brasil mais próspero, justo e sustentável. A adoção bem planejada de PPPs é um caminho promissor para um desenvolvimento integral e equitativo, beneficiando toda a sociedade brasileira.

Desse modo, o Ministério da Fazenda alterou o Decreto nº 8.874/2016 para incentivar financiamento de projetos de infraestrutura com benefícios ambientais e sociais relevantes relativos à educação, saúde, segurança pública e sistema prisional, parques urbanos e unidades de conservação, equipamentos culturais e esportivos, e habitação social e requalificação urbana. Logo, o objetivo é alavancar os projetos que envolvam a prestação de serviços sustentáveis, que levem em consideração o viés econômico, social e ambiental, e em atividades correntes em que prevalecia a contratação comumde serviçose mão-de-obra, notadamente para infraestrutura social, limpeza urbana, resíduos sólidos e saneamento básico.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, DF: Presidente da República, 2016. Disponível em:<http://www. planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>.Acessoem: 01 out. 2023.

BRASIL. Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981. Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências. Brasília, DF. Disponível em: <https://www. planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6938.htm#:~:text=LEI%20N%C2%BA%20 6.938%2C%20DE%2031%20DE%20AGOSTO%20DE%201981&text=Disp%C3%B5e%20sobre%20a%20Pol%C3%ADtica%20Nacional,aplica%C3%A7%C3%A3o%2C%20e%20d%C3%A1%20outras%20provid%C3%AAncias>.Acesso em:01out. 2023.

BRASIL. Portaria STN/MF nº 138, de 6 de abril de 2023. Estabelece normas gerais relativas à consolidação das contas públicas aplicáveis aos contratos de parceria público-privada, de que trata a Lei nº 11.079, de 30 de dezembro de 2004, celebrados pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios. Diário Oficial da União. 2023. Disponível em: <https:// www.in.gov.br/en/web/dou/-/portaria-stn/mf-n-138-de-6-de-abrilde-2023-478255089>. Acesso em: 01 out. 2023.

GIANNARAKIS, Grigoris. Corporate governance and financial characteristic effects on the extent of corporate social responsibility disclosure. Social Responsibility Journal, v.10, n.4, p. 569–590, 30 set. 2014. Disponível em: <https://www.emerald.com/insight/content/doi/10.1108/SRJ-022013-0008/full/html>. Acesso em: 01 out. 2023.

HENISZ, Witold; KOLLER, Tim; NUTTALL, Robin. Práticas ESG podem criar valor. 2021. Disponível em: <https://www.mckinsey.com/capabilities/strategy-and-corporate-finance/our-insights/five-ways-that-esg-creates-value/pt-BR#/>. Acesso em: 01 out. 2023.

MAZZUCATO, M. O Estado empreendedor: desmascarando o mito entre o setor público e o setor privado. 1. ed. São Paulo: Portfólio-Penguin, 2014.

RELATÓRIO BRUNDTLAND. Nosso Futuro Comum. Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento. Rio de Janeiro: Editora Fundação Getúlio Vargas, 1988.

ATUAÇÃO CONJUNTA DOS

PROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO FÍSICA E FISIOTERAPIA NA

EQUIPE MULTIDISCIPLINAR

DE EQUOTERAPIA DA POLÍCIA

MILITAR DO AMAZONAS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Samantha Sampaio da Silva – samanthasampaio702@gmail.com

Rodrigo Naranjo de Oliveira – profrodrigonaranjo@gmail.com

Açucena Mota Rebouças Leite – asucenamota@hotmail.com

Andressa Ribeiro Contreira – acontreira@uea.edu.br

A equoterapia pode ser descrita como um recurso terapêutico relacionado à reabilitação envolvendo o cavalo, que o diferencia do tratamento clínico convencional (ECKERT et al., 2021). Trata-se de um método de tratamento que utiliza uma abordagem interdisciplinar nas áreas da saúde, educação e equitação, buscando o desenvolvimento global de pessoas com deficiência ou necessidades especiais (ANDE, 2018). Tal terapia é preconizada para o tratamento de doenças genéticas, neurológicas, ortopédicas, musculares e clínico metabólicas, sequela de traumas ou cirurgias, doenças mentais, distúrbios psicológicos, comportamentais, de aprendizagem e linguagem.

Ao caminhar, o centro de gravidade do cavalo é deslocado tridimensionalmente e induz à dissociação das cinturas (pélvica e escapular) do praticante, resultando em um movimento similar ao da marcha humana, com movimentos alternados dos membros superiores e pelve (GARNER et al., 2015). A equoterapia é indicada para melhorar a

função motora grossa, a assimetria muscular, a espasticidade, o controle postural e equilíbrio, assim como os padrões da marcha em pacientes neurológicos. Outros benefícios associados à prática contemplam a reabilitação física, desenvolvimento da atenção, comunicação, aprendizado e habilidades sociais em crianças com capacidades comprometidas nessas áreas, resultantes das desordens neurológicas (SILVA et al., 2016).

Nesse sentido, o desenvolvimento das sessões de terapia envolve a participação de uma equipe multiprofissional, composta por psicólogos, profissionais de educação física, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, médicos, equitadores, assistente social e psicopedagogos (OLIVEIRA; CONTREIRA, 2022). Considerando os benefícios advindos da prática da equoterapia e as contribuições das diferentes áreas para o tratamento dos praticantes, objetivou- se relatar a experiência da atuação conjunta dos profissionais de Educação Física e Fisioterapia na equipe multidisciplinar do Centro de Equoterapia da Polícia Militar do Amazonas (PMAM), localizado na Cavalaria de Manaus.

METODOLOGIA

O Centro de Equoterapia da Polícia Militar do Amazonas foi fundado em 1992, no Regimento de Policiamento Montado – Cel. Bentes, na Cavalaria de Manaus, sendo uma instituição filantrópica e assistencial, destinada a população amazonense. Atualmente, atende mais de 120 crianças, jovens e adultos com deficiências e/ou necessidades especiais, como autismo, síndrome de Down, encefalopatia crônica não progressiva, ataxias cerebelares, sequelas de acidentes vasculares, dentre outras patologias, que são avaliadas clinicamente e funcionalmente na admissão dessa modalidade terapêutica.

A equipe multidisciplinar conta com a participação de 20 profissionais, que contemplam a área da saúde, educação e equitação, como: fisioterapeutas, professores de educação física, psicólogas, fonoaudióloga, medicas veterinárias e equitadores. As sessões ocorrem semanalmente, com duração de 20 minutos cada atendimento, nos turnos matutino e vespertino. Além disso, a instituição conta com picadeiros aberto e fechado, ambos com solo arenoso, salas de atendimento clínico, salas administrativas, banheiros, estacionamento e recursos de materiais pedagógicos para o desenvolvimento das sessões, que auxiliam e potencializam a terapia com equinos.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

A participação do profissional de educação física no Centro de Equoterapia da PMAM ocorre desde 2021, por meio de atividades acadêmicas vinculadas à extensão universitária. Os conhecimentos teórico-prático dessa profissão, permitem o desenvolvimento de habilidades motoras, atendendo os aspectos biopsicossociais da equipe multidisciplinar, praticantes e seus familiares. A atuação do professor de educação física na equoterapia, é dada a responsabilidade de mediar as sessões, assim como os demais profissionais, propondo atividades motoras que visem desempenhar melhorias no aspecto motor dos praticantes, ou atribuir novas habilidades.

Durante a execução prática dos movimentos é necessário observar e propor tarefas motoras que possam ser conduzidas de acordo com as limitações e potencialidades individuais do praticante. Tais atividades, devem atender aos objetivos de proporcionar melhoras de equilíbrio, marcha, motricidade fina e ampla, amplitude, mobilidade, orientação espacial, consciência corporal, além da concentração, atenção e outros benefícios.

No centro de equoterapia da PMAM, observou-se que o ambiente de trabalho é diferente do comum, como academias, escolinhas e quadras poliesportivas. O profissional de educação física está sujeito a trabalhar com outros profissionais em equipe, a exposição solar, necessita se readaptar constantemente visto que o serviço oferta práticas motoras a pessoas com deficiências, ser atencioso, solicito, observador e avaliar os aspectos motores, sociais, socioafetivos e comportamentais apresentados pelo praticante, no final de cada sessão (OLIVEIRA; CONTREIRA, 2022).

A atuação do fisioterapeuta enquanto recurso à equoterapia se desenvolve a partir da ideia do movimento e da forma como ele é pensado, planejado e executado pelo paciente/praticante. Primeiramente reconhecemos o curso clínico da patologia no indivíduo, e baseado na avaliação no momento da admissão, são traçados os objetivos a serem atingidos no decorrer da terapia. Em geral, são propostos exercícios ativos para melhora da amplitude de movimento, da mobilidade articular, do ganho de força, resistência e potência muscular. Além de desenvolver sistema vestibular, noção de tempo e espaço, consciência corporal, aumento da flexibilidade, percepção sobre outros e sobre a localidade a partir de estímulos sensoriais.

Existem praticantes que pelos sinais clínicos da patologia, não conseguem realizar as atividades de forma ativa ou ativa-assistida. Nesses casos, opta-se pela realização de movimentos passivos e mobilizações feitas pelo profissional, que visam prevenir possíveis degenerações da articulação e

limitações da mobilidade, além de modular a dor, tratar disfunções trazidas pelo desuso daquele membro afetado e incentivar também uma melhora da amplitude de movimento (BECHEVA et al., 2016).

Conforme as recomendações da Associação Nacional de Equoterapia (ANDE, 2018), as sessões devem ser acompanhadas por profissionais que elaboram as práticas numa perspectiva multidisciplinar, com vistas a garantir tratamento integral ao praticante. Assim, o Centro de Equoterapia da PMAM, em suas atividades ofertadas à comunidade amazonense busca adequar-se a estas recomendações, contemplando as expertises profissionais de uma equipe multidisciplinar comporta por psicólogos, fisioterapeutas, professores de educação física, equitadores, psicopedagogos, fonoaudiólogos, assistente social e médicos, que contemplam a área da saúde, educação e equitação.

Em suma, acreditamos que a atuação conjunta do profissional de educação física e do fisioterapeuta na equipe da PMAM permite que o serviço prestado aos praticantes seja efetivo e contribua para a melhora da sua funcionalidade e qualidade de vida. Isso pelo fato de que as avaliações clínicas, motoras e os exercícios propostos aos praticantes proporcionam notáveis ganhos em seu desempenho motor, equilíbrio, propriocepção, ganho de força muscular, coordenação motora; melhorias cognitivas em razão da tomada de decisões, concentração, atenção, além dos ganhos psicológicos ao proporcionar maior autoconfiança e bem-estar.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O relato de experiência da atuação conjunta dos profissionais de educação física e fisioterapia na equipe multidisciplinar de Equoterapia demonstra os benefícios e valorização destas áreas dentro da equipe da PMAM, sua contribuição para o desenvolvimento dos praticantes, bem como para o processo de inclusão das pessoas com deficiência na sociedade. Ao longo da vida acadêmica, pouco se estuda sobre áreas menos usuais na Fisioterapia, ou mesmo sobre as possibilidades destas áreas (Educação física e Fisioterapia) em atuar junto às sessões de equoterapia, o que ocorre somente por meios externos à sala de aula. Assim, acreditamos que com esse relato, podemos incentivar acadêmicos da educação física e fisioterapia a conhecer e se engajar no universo da equoterapia; tenham a oportunidade de estagiar no Centro de Equoterapia da PMAM e adquirir conhecimentos junto à equipe multidisciplinar, bem como presenciar evoluções dos praticantes ao longo das sessões.

REFERÊNCIAS

ANDE. Associação Brasileira de Equoterapia [homepage na Internet]. Brasília: ANDE - Brasil. Disponível em: http://www.equoterapia.org.br/ site/. Acesso em: 08 set. 2023.

BECHEVA, M. et al. Hippotherapy: integrated approach in children with cerebral palsy (CP). World Journal of Pharmacy and Pharmaceutical Sciences, v. 5, n. 7, p. 9-17, 2016.

ECKERT, Deisirê et al. Equoterapia como recurso terapêutico: análise eletromiográfica dos músculos reto do abdômen e paravertebral durante a montaria. Dissertação de Mestrado. PPGAD; Ambiente e Desenvolvimento, 2014.

GARNER, Brian A.; RIGBY, B. Rhett. Movimentos da pelve humana ao caminhar e ao montar um cavalo terapêutico. Ciência do Movimento Humano, v. 39, p. 121-137, 2015.

OLIVEIRA, R. N. CONTREIRA, A. R. A participação da educação física na equipe multiprofissional de equoterapia: possibilidades e valorização profissional. Revista Equo. 2022; 32 (1): 1.

SILVA, B F; Carvalho, C F. Os efeitos terapêuticos da equoterapia em crianças com desordens neurológicas: revisão da literatura. Monografia (Bacharel em Terapia Ocupacional) – UFMG, Belo Horizonte, 2016.

AVALIAÇÃO DA COBERTURA

VACINAL CONTRA COVID-19

DOS ALUNOS INGRESSANTES DO CURSO DE ENFERMAGEM DA ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

Adonay Souza Ferreira – asf.enf23@uea.edu.br

Doutor Jefferson Jurema Silva – jjurema@uea.edu.br

Maria Eduarda Mota Feitoza – memf.enf23@uea.edu.br

Yuri Alexandre Rodrigues Frota – yarf.enf23@uea.edu.br

INTRODUÇÃO

Há registros do coronavírus desde a década de 40, contudo por não causar grandes danos ele era negligenciado pela saúde. Tudo mudou quando a cepa SARS-CoV2 assumiu o protagonismo em 2019 ocasionando a maior pandemia registrada na história. Taxonomicamente o novo coronavírus pertence à família Coronaviridae, cujo nome faz referência às proteínas estruturais presentes na parte externa do seu invólucro lipídico denominadas “spikes” ou espículas e que juntas se assemelham a uma coroa (ESTEVES, 2020). Altamente letal, estima-se que o número de vítimas pelo mundo pode ter chegado a 15 milhões em decorrência deste vírus (BRASIL, 2022). O SARS-CoV2 provoca uma síndrome respiratória aguda denominada COVID-19 nos seres humanos, cuja transmissão pode ser direta ou indireta (ESTEVES, 2020). A primeira forma de contágio acontece por meio da inalação de bioaerossóis como tosse ou espirro, por meio da saliva durante o beijo ou conversa sem máscara a curta distância com o doente. Enquanto a segunda forma se dá pelo con-

tato com superfícies contaminadas como corrimãos, maçanetas, transportes coletivos e objetos de uso pessoal (MILTON, 2023; REINHARDT, 2022).

A vacina constitui-se como uma das principais medidas sanitárias de proteção contra doenças. Mediante as normas que estabelecem a Organização Mundial de Saúde, uma campanha de vacinação para ter efetividade e alcançar a imunidade de rebanho deve alcançar o percentual mínimo de 70% da população de uma determinada região. No Brasil, quem regula e gerencia o calendário vacinal é o Programa Nacional de Imunização. Outrossim, situações vivenciadas durante a pandemia exigiram do governo federal uma resposta urgente para combater o avanço do novo coronavírus através da criação do Programa Nacional de Operacionalização que ficou exclusivamente responsável pela imunização dos brasileiros contra Covid-19 no país (BRASIL, 2022). No Amazonas, 75,3% da população vacinável está com o esquema vacinal completo contra COVID-19, a qual há uma predominância de 51% pelas mulheres contra 49% dos homens. Ao passo que em Manaus este valor atingiu 82,7% dos habitantes vacináveis (AMAZONAS, 2023). Diz-se que um esquema vacinal está completo quando o número de doses recomendadas de determinada vacina é administrado, dessa maneira uma bivalente estabelece duas doses, trivalente exige três doses e assim por diante para haver uma proteção efetiva. Apesar dos dados evidenciarem a meta alcançada pelo Programa Nacional de Imunização na região, algumas lacunas ficaram em aberto por não permitir um percentual maior de vacinados. Desse modo, esta pesquisa justifica- se por permitir traçar o quantitativo de alunos imunizados, por reforçar a importância da vacinação entre os discentes de enfermagem que atuarão futuramente como profissionais da saúde e por compreender os entraves relacionados à rejeição da vacina.

OBJETIVOS

O objetivo geral desta pesquisa é avaliar a cobertura vacinal contra covid-19 dos alunos ingressantes do curso de enfermagem da escola superior de ciências da saúde. Por conseguinte, os objetivos específicos são: quantificar o percentual de alunos com o esquema vacinal completo; identificar a marca de vacina de maior ocorrência entre o grupo vacinado; estimar o número de doses aplicadas; identificar os motivos de resistência a vacinação; apontar a maior incidência de vacinação por sexo; e discriminar o esquema vacinal por faixa etária.

METODOLOGIA

O estudo desenvolvido foi do tipo quantitativo com questionário fechado e semifechado, o qual foi elaborado na ferramenta Google Forms de forma online. Junto a ele foi anexado um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) conforme exige a ética profissional. A população definida foram os alunos de enfermagem do primeiro período da Escola Superior de Ciências da Saúde do primeiro semestre de 2023 e que aceitaram as condições do TCLE. Vale ressaltar que não foi adotado qualquer fator de exclusão como idade, gênero, cor, etnia ou outra característica física e social para fins de desenvolvimento da pesquisa. Para nortear a revisão literária adotou-se um coorte metodológico de 2020 a 2023 com informações de bancos de dados do governo federal, do estado e do município, além de artigos em português e inglês de diferentes plataformas científicas.

POSSÍVEIS RESULTADOS

O número de pessoas com matrícula ativa aptas a responder à pesquisa era de 50 indivíduos. Realizou-se o uso de uma amostra de 17% desse total que corresponde a 9 alunos. A idade dos entrevistados deve variar de 17 a 24 anos. A partir das questões dispostas no Forms espera-se obter um percentual de alunos com o esquema vacinal completo igual ou superior à média do Amazonas de 75,3% e com maior adesão à vacinação pelo sexo feminino, conforme sugerem os dados da Fundação de Vigilância em Saúde (AMAZONAS, 2023). Além disso, Coronavac e Astrazeneca provavelmente serão as vacinas mais prevalecentes, pois dados da Secretaria Municipal de Saúde apontam que os imunobiológicos dos laboratórios da Fundação Butantan e Fundação Oswaldo Cruz lideraram o registro de notas de materiais fornecidos para o Amazonas (MANAUS, 2023). Existe a possibilidade de a influência midiática e política estarem relacionadas à rejeição da vacinação por populares na perspectiva dos alunos, em consonância com a literatura (SILVA et al., 2021).

CONCLUSÕES POSSÍVEIS

Serão confirmadas, possivelmente, as hipóteses referentes a idade dos entrevistados, a adesão à vacina mais expressiva pelas mulheres e alienação da população por coerção política e midiática. Em suma, medidas de-

vem ser adotadas a fim de superar a insegurança de populares quanto à vacina. Para tanto, ações conjuntas entre governo, profissionais da saúde e mídia devem promover a educação da população acerca da saúde individual e coletiva por meio de campanhas de conscientização, propagandas em tv aberta, obrigatoriedade da vacinação de crianças que frequentam a escola, de adultos para assumir ou permanecer em uma vaga de emprego e o combate da propagação de informações falsas nas plataformas digitais sobre esse tema.

REFERÊNCIAS

AMAZONAS. Fundação de Vigilância em Saúde do Estado do Amazonas Doutora Rosemary Costa Pinto. Vacinômetro Covid-19 Amazonas. Amazonas: FVS-AM, 2023. Disponível em: https://www.fvs.am.gov.br/indicadorSalaSituacao_view/75/2. Acesso em: 20 set. 2023.

BRASIL. Ministério da Saúde. PNI: entenda como funciona um dos maiores programas de vacinação do mundo. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2022. Disponível em: https://aps.saude.gov.br/noticia/18379#:~:text=Criado%20em%201973%2C%20o%20Progra ma,e%20preven%C3%A7%C3%A3o%20em%20sa%C3%BAde%20da. Acesso em: 19 jul. 2023.

ESTEVES, P. J. Coronavírus. Rev. Ciência Elem., Porto, v. 8, n. 3, p. 038, 2020. DOI: http://doi.org/10.24927/rce2020.038. Disponível em: https:// rce.casadasciencias.org/rceapp/ art/2020/038/. Acesso em: 19 jul. 2023.

MANAUS. Secretaria Municipal de Saúde. Vacinômetro Covid-19 Manaus. Manaus, AM: SEMSA, 2023. Disponível em: https://vacinometro.manaus.am.gov.br/view/. Acesso em: 19 jul. 2023.

MILTON, D. K. A rosetta stone for understanding infectious drops and aerosols. J Pediatric Infect Dis Soc., College Park, v. 9, n. 4, p. 413-415, 17 set. 2020. DOI: doi:10.1093/jpids/piaa079. Disponível em: https://www. ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7495905/. Acesso em: 19 jul. 2023.

REINHARDT, E. L. Transmissão da COVID-19: um breve reexame das vias de transmissão por gotículas e aerossóis. Rev. bras. saúde ocup ., São Paulo, v. 47, ecov3, p. 9, 06 abr. 2022. DOI: https://doi. org/10.1590/2317-6369000000221. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbso/a/TLyRCLJ5KTzKkMpmgMhqbFb/?format=pdf&lang=pt Acesso em: 18 jul. 2023.

SILVA, J. A. da; BRITO, J. C. de S.; LIMA, L. B. de; MACEDO, M. C. M. de; SILVA, A. T. P. da. Avaliação da cobertura vacinal no Brasil antes e durante a pandemia de covid-19. Revista Multidisciplinar em Saúde, [S. l.], v. 2, n. 4, p. 27, 2021. DOI: 10.51161/rems/2458. Disponível em: https://editoraime.com.br/revistas/index.php/rems/article/view/2458. Acesso em: 18 jul. 2023.

A EDUCAÇÃO FÍSICA PARA ALUNOS COM DEFICIÊNCIA: RELATO DE EXPERIÊNCIA A PARTIR DO ESTÁGIO

SUPERVISIONADO I

Rodrigo Naranjo de Oliveira – profrodrigonaranjo@gmail.com

Isabela Silva da Costa – isdc.edf19@uea.edu.br

Fernando Roque de Souza – frs.edf19@uea.edu.br

Alcimário de Jesus Silva – adjs.edf19@uea.edu.br

Este estudo objetivou relatar através de acadêmicos de educação física, os enfrentamentos do professor de educação física com alunos com deficiência a partir do estágio supervisionado I, assim como suas participações. Durante o período de execução do estágio, houveram alunos com deficiências na instituição, especificamente com autismo, que descreve- se como um transtorno de neurodesenvolvimento que resulta em alterações físicas, psíquicas, sociais e comportamentais (NICOLODI; MELLO; DANIELLI, 2023). Como características, autores como Posar e Visconti (2018) apontam que indivíduos com autismo apresentam ausência do contato visual, recusa de alimentos devido sua cor, emissão de sons repetitivos, autoagressividade, tolerância a dor, recusa de certas texturas, equilíbrio inadequado, dentre outras.

O estágio supervisionado configura-se de fundamental relevância de vivência acadêmica, por proporcionar aos estudantes de graduação as experiências com base nos seus conhecimentos teórico-prático adquirido em sala de aula, além de acrescentar com as experiências profissionais de outros professores (FLORES, et al., 2018).

METODOLOGIA

O estágio supervisionado ocorreu na Escola Estadual Balbina Mestrinho, localizada na zona sul da cidade de Manaus, no bairro da cachoeirinha, no período de julho a outubro do ano de 2022, no turno vespertino, em parceria com três acadêmicos do curso de licenciatura em Educação Física da Universidade do Estado do Amazonas - UEA. A escola funciona nos três turnos (matutino, vespertino e noturno), sendo o turno da manhã para alunos do 6º ao 9º ano, a tarde para 1º ao 5º ano e a noite para o ensino de Jovens e Adultos – EJA.

O corpo docente da instituição conta apenas com um professor de educação física para lecionar às turmas de 1º ao 5º, que se responsabiliza em atender 5 alunos com autismo durante seus tempos de aula. Além disso, a escola não contava com novos materiais ou recursos para as aulas de educação física desde o inicio da pandemia de COVID-19, assim como a ausência de mediadores par auxiliar as atividades elaboradas pelo professor.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Ao ingressarmos no âmbito escolar, a fim de conhecermos a realidade da instituição e preenchermos os dados necessários para a avaliação discente, identificamos que a escola contava apenas com um professor de educação física, graduado em 2010 em licenciatura plena e especialista em metodologia da pesquisa em educação física. Esse professor era responsável por lecionar às turmas de 1º ao 5º ano, no turno vespertino.

Durante esse período, notamos que haviam 5 alunos com autismo, divididos entre o 1º, 2º e 3º ano, além disso, a gestão da instituição estava há pouco tempo na escola e obrigou o professor atender todas as séries, do qual o mesmo só lecionava para alunos a partir do 3º ano. Observamos que havia desafios a serem enfrentados tanto para o profissional que já atuava há mais de 10 anos na instituição, como nós acadêmicos.

Desde o inicio da pandemia de COVID-19 o professor relatou que a coordenação distrital de educação, juntamente com a secretaria de educação e desporto do Amazonas, não encaminhou novos materiais, contando apenas com uma corda, 12 bambolês, 2 bolas e 8 cones. Ademais, havia um problema ainda maior, que era a ausência de mediadores para auxiliar nas aulas elaboradas pelo professor.

Sua última formação profissional ocorreu em 2013, desde então o mesmo não participava de capacitação ou formação complementar que lhe aju-

dasse a lhe dar com a educação física adaptada, destinada a pessoas com deficiências e/ou necessidades especiais. Esse levantamento foi importante para nossa formação, para compreendermos que a graduação nos permite conhecer essas problemáticas no contexto teórico, mas que o estágio supervisionado é relevante para vivenciarmos tais desafios e atribuir novos conhecimentos com base nas experiências profissionais de outros professores, considerando um elemento de fundamental importância (FLORES, et al, 2018).

Durante o desenvolvimento das aulas, permitíamos nos dividir com a turma para que aqueles alunos com deficiências se integrassem aos demais e realizassem as tarefas motoras propostas na quadra poliesportiva da escola. Visto que alunos com deficiências, especificamente o autismo, necessitam de maior suporte ou atenção durante a execução das atividades, requerendo estratégias de ensino aprendizagem, capazes de contribuir com o desempenho do aluno e sua plena execução do movimento (SOUSA, 2019).

Em determinados momentos, foi necessário readaptar os circuitos e tarefas propostas durante a aula, para que todos conseguissem executar a ação motora. Devido a isso, lhe damos algumas vezes com a frustação dos escolares com autismo, chorando por não atingirem o alvo ou chegarem atrasados em momentos que nem se tratava de competição, enquanto outros não sentiam interesse em participar ou repetir a atividade.

Durante nossa participação como estagiários, identificamos pontos relevantes a serem discutidos, como a problemática de pessoas com deficiências no âmbito escolar, além de associar essa relevância com a ausência de mediadores e a formação continuada do professor de educação física. Mas que nos serviu como um desafio a ser enfrentado nessa escola e outras instituições, além de nos incentivar a buscar conhecer sobre estratégias de ensino às pessoas com autismo e deficiências no geral.

Embora tivéssemos que lhe dar com esses desafios, em lecionar para pessoas com deficiência, tínhamos contato com crianças, jovens e adultos com autismo, decorrente de outras atividades acadêmicas, como a participação na disciplina de educação física adaptada, outros estágios extracurriculares e a presença de autistas no seio familiar.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O estágio supervisionado nos permitiu conhecer as experiências profissionais do professor de educação física que atua no âmbito escolar, considerando essa vivência de fundamental importância durante a formação acadêmica. Além disso, o estágio nos apresentou problemáticas que são enfrentadas por professores de educação física, durante a elaboração e execução das aulas, tendo que lhe dar com a ausência de mediadores ao ofertar tarefas motoras destinadas a pessoas com deficiências.

Essa participação nos incentiva a buscar estratégias de ensino capazes de potencializar e desempenhar as tarefas propostas, afim de contribuir com a integralização e inserção de todos os escolares nas atividades elaboras. Assim como, nos especializarmos no ensino da educação física adaptada, destinada a pessoas com deficiências e ou necessidades especiais.

REFERÊNCIAS

FLORES, P. P.; CARAÇATO, Y. M. da S.; ANVERSA, A. L. B.; SOLERA, B.; COSTA, L.C. A. da; OLIVEIRA, A. A. B. de; SOUZA, V. de F. M. de. Formação inicial de professores de educação física: um olhar para o estágio curricular supervisionado. Caderno de Educação Física e Esporte, Marechal Cândido Rondon, v. 17, n. 1, p. 61–68, 2018. DOI: 10.36453/2318-5104. 2019.v17. n1.p61. Disponível em: https://erevista.unioeste.br/index.php/cadernoedfisica/article/view/20107. Acesso em: 10 set. 2023.

NICOLODI, M. A. D.; MELLO, P. C.; DANIELLI, G. The role of Equotherapy as auxiliar treatment tool in physical and psychiatric disorders: a narrative review. Pesquisa, Sociedade e Desenvolvimento , v. 12, n. 1, pág. e24012139650- e24012139650, 2023.

SOUSA, P. de A. C. de. Educação Física e Inclusão: experiências no Estágio Supervisionado na Educação Infantil. Revista Educação, Artes e Inclusão, Florianópolis, v. 15, n. 1, p. 246- 265, 2019. Disponível em: https://www.revistas.udesc.br/index.php/arteinclusao/article/view/12144. Acesso em: 16 set. 2023.

POSAR, A.; VISCONTI, P. Sensory abnormalities in children with autism spectrum disorder. Jornal de Pediatria, v. 94, n. 4, p. 342–350, jul. 2018.

EXTENSÃO NA COMUNIDADE

AMAZONENSE

Hyana Bianca Nascimento Lima da Silva – hbnlds.med23@uea.edu.br

Leonardo Benedictis Ferreira Coelho – lbfc.med23@uea.edu.br

Francisco Celson Sousa de Sales Filho – fcsdsf.med23@uea.edu.br

Fernanda Marinho Pereira – fmp.med23@uea.edu.br

Maria Eduarda Mota Feitoza – memf.enf23@uea.edu.br

Matheus Glória Lopes – mgl.med23@uea.edu.br

Thiago Soares Martins – tsm.med23@uea.edu.br

INTRODUÇÃO

Ações extensionistas configuram-se, no ambiente universitário, o elo mais próximo entre instituição e comunidade. Esse vínculo é promovido por um processo educacional-científico em que os discentes têm a oportunidade de serem agentes de transformação locais na realidade circundante (Fórum De Pró-Reitores Das Universidades Brasileiras, 2010). Assim, através da troca de saberes, os conteúdos em saúde distendem-se a todos, levando as contribuições da universidade para a população (Lima, 2003). Nesse viés, a introdução de acadêmicos em vivências, promovidas pelas ações extensionistas, cotidianas da sociedade contribuem para a formação em saúde. Os discentes, assim como descrito nos relatos reunidos neste trabalho, desenvolvem competências primordiais para lidar com os desafios do exercício profissional. A extensão possibilita a formação de indivíduos críticos, reflexivos, preparados para atenderem as demandas em saúde contribuindo com futuras melhorias (Saraiva, 2007). A promoção em saúde e a comunicação em saúde são necessárias para a sociedade. A formação dessa perspectiva remete à questão da inserção do indivíduo no meio social. De maneira mais aprofundada, a promoção da saúde envolve os condicionantes sociais de saúde, isto é, trabalha a saúde a partir da resolução sistemática dos impactos dos condicionantes no dia-a-dia do indiví-

duo. Logo, refere-se ao fato de ampliar a consciência social sobre a saúde do cidadão estar atrelada ao meio que vive (Buss, 2010). Então, a comunicação é um fator desafiador relevante, pois é necessário adaptar a divulgação das informações científicas para o contexto mais próximo da realidade do público-alvo. Evidentemente, as ações extensionistas constroem um cenário ideal para o tripé de ensino, pesquisa e extensão. Nelas, os discentes são estimulados à produção de materiais, à utilização dos conhecimentos adquiridos em sala de aula e à formação do elo entre a universidade e a sociedade, respectivamente. Assim, reafirmando o compromisso da instituição em formar profissionais completos.

OBJETIVOS

O presente estudo busca relatar a experiência dos discentes extensionistas na elaboração do conteúdo programático para uma ação em escola pública, a vivência e os desafios enfrentados para a apresentação dos assuntos produzidos.

METODOLOGIA

Trata-se de um relato de experiência descritivo da vivência dos autores, discentes do curso de Medicina da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), durante pesquisas realizadas, dentro de um programa de extensão da UEA, para ações educativas em saúde a serem realizadas nas escolas do Amazonas objetivando o público infanto-juvenil. A referida experiência ocorreu nas ações propostas pelo programa de extensão CEGEPAM (Centro de Estudo em Gerontologia, Pesquisa e Extensão do Amazonas), pelos subgrupos do setor de pesquisas, dos quais os presentes autores integram os de Saúde Coletiva e Neurologia, com a pretensão de apresentar conteúdos sobre saúde para jovens e crianças do ensino básico de maneira facilitada , a fim de que as informações fossem apreendidas por todos. Os relatos descrevem desde as etapas de elaboração do material a ser usado para as apresentações, demonstrando os cuidados com a linguagem utilizada, a escolha metódica dos assuntos a serem abordados, a ludicidade das dinâmicas criadas para maior interação do público com o conteúdo exposto, à efetividade das ações nas escolas ressaltando os aspectos positivos e negativos da experiência durante à execução. As discussões levantadas neste texto foram redigidas com base em publicações disponíveis nas bases de dados SciELO, Medline, LILACS e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS).

RESULTADOS E DISCUSSÕES

A partir das descrições fornecidas pelos discentes foi concluído o êxito da ação promovida pelo programa de extensão tanto no aspecto social da iniciativa quanto no educacional-científico, no qual declararam terem desenvolvido habilidades pouco exploradas, até então, no ambiente universitário. Ao questionar os aprendizados advindos da experiência, discorreram sobre habilidades de pesquisa, comunicação e adaptação aos diferentes ambientes e públicos. As respostas contribuem para constatação do valor imprescindível das ações extensionistas para a formação em saúde, ressaltando que elas constituem a relação mais direta entre a universidade e a comunidade , reafirmando o compromisso social dessas instituições na formação de profissionais de saúde munidos de competências, para além da técnica, preparados para levar informação promovendo saúde à população (Fórum De Pró-Reitores Das Universidades Brasileiras, 2010). Na experiência relatada, os discentes, após receberem as temáticas, iniciaram a elaboração do material, etapa na qual afirmaram ter como grande desafio a construção de uma linguagem facilitada para transmitir os conhecimentos ao público infanto-juvenil. A dificuldade em comunicar conteúdos em saúde, de maneira didática, para a comunidade é um obstáculo frequentemente encontrado pelos profissionais de saúde uma vez que estes adquirem uma formação pautada na aquisição de conhecimentos técnicos insuficientemente acompanhados da prática, dissociando o saber do fazer (Santana et al., 2021). Nesse viés, discute-se a relevância do tripé ensino-pesquisa-extensão sob uma lógica simultânea , interdependente na construção de uma cultura acadêmica de diálogo entre sociedade-instituição (Fernandes et al., 2012). Um grupo de participantes do programa, responsável pela apresentação do tema “Neurocognição e alimentação” para crianças, descreveu a árdua tarefa de encontrar nas bases de dados nacionais de pesquisas em saúde, publicações científicas completas e seguras do assunto, fato que demonstra a necessidade de ampliação de pesquisas locais sobre assuntos incidentes na saúde populacional brasileira. A equipe relatou ser desproporcional alguns dos dados obtidos em produções estrangeiras com a realidade nutricional dos jovens e crianças do país. Diante disso, utilizaram, na pesquisa, conteúdos relativos às qualidades nutricionais dos alimentos amazônicos para elucidar os melhores exemplos de alimentação saudável dentro do contexto vivenciado pelos interlocutores, com a explanação, através de dinâmicas lúdicas que fizessem o público infantil compreender melhor a apresentação, criando um espaço descontraído onde as crianças pudiam interagir com o assunto. A preparação do material

é o primeiro desafio do projeto. Em segundo plano está a realização da ação, que envolve a apresentação do conteúdo na escola. Para isso, os extensionistas foram à Escola Valdemiro Peres Lustoza, localizada no bairro Compensa/ Manaus-AM. O público-alvo eram jovens do nono ano do centro de ensino. O objetivo era a abordagem da temática de “Gravidez na adolescência e ISTs”, assunto que preocupava o corpo docente do colégio. Ao chegar no local, fomos direcionados à primeira turma, a qual estava cheia. Portanto, iniciamos a apresentação. Em primeira análise, os alunos estavam distantes do assunto, sentiam vergonha em determinados temas — principalmente nas abordagens sobre a utilização dos métodos contraceptivos e na colocação do preservativo masculino e feminino. Em segunda análise, os extensionistas corroboraram o distanciamento, pois utilizaram uma linguagem mais técnica e, consequentemente, alheia à realidade dos estudantes. Com efeito, ao fim da roda de conversa não houveram perguntas. Diante disso, a professora que nos acompanhava alertou sobre a forma de comunicação. A linguagem mais próxima da realidade dos jovens permite que a informação seja mais facilmente compreendida, pois valoriza os interlocutores e coloca os indivíduos como protagonistas de suas realidades (ROTHBERG, 2022). Assim, houve uma mudança gradativa na linguagem e nos métodos utilizados para facilitar a comunicação. Fator muito importante para as turmas subsequentes, que interagiam mais com os extensionistas. No entanto, a vergonha dos jovens diante aos assuntos sobre os métodos contraceptivos e seus meios de utilização ainda era persistente. Logo, havia um imbróglio comunicacional que impedia a chegada dessas informações mais naturalmente. Desse modo, um dos extensionistas sugeriu a apresentação de um material audiovisual com aspecto mais humorístico, a fim de aproximar a comunicação e de dar mais leveza ao ambiente. Aliviar o peso da informação, a vergonha e a sensibilidade que ela causa nos jovens é mais efetivo para evitar a repetição do problema tratado e serve como um alívio para situações extenuantes. Nesse ínterim, as duas últimas turmas apresentaram maior produtividade para a atividade, já que receberam as informações mais traduzidas para o contexto escolar e com mais leveza (ROTHBERG, 2022). Por conseguinte, os alunos tiraram dúvidas sobre métodos contraceptivos, pediram preservativos e participaram de maneira ativa da roda de conversa. Sob esse prisma, a ação extensionista é uma experiência que exige do universitário grande capacidade de adaptação e de planejamento. Além disso, contribui com a melhoria da comunicação em saúde e do entendimento do discente sobre os determinantes sociais de saúde.

REFERÊNCIAS

BUSS, Paulo M. O conceito de promoção da saúde e os determinantes sociais. Agência Fiocruz de Notícias, 2010. Disponível em: https://agencia. fiocruz.br/o-conceito-de-promo%C3%A7%C3%A3o-da-sa%C3%BAde-e-os- determinantes-sociais. Acesso em: 29 set. 2023.

FERNANDES, Marcelo Costa et al. Universidade e a extensão universitária: a visão dos moradores das comunidades circunvizinhas. Educação em Revista, v. 28, n. 4, p. 169-194, dez. 2012. Disponível em: https:// doi.org/10.1590/s0102-46982012000400007. Acesso em: 27 set. 2023.

FORPROEX, 3º Fórum de pró-reitores de extensão das universidades públicas brasileiras. Extensão Universitária: organização e sistematização. Belo Horizonte: COOPMED, 2010.

LIMA, C. L. D. C. O papel da extensão na universidade. Leopoldianum, Santos, v. 28, n. 78, p. 11-38, jun. 2003.

ROTHBERG, Danilo et al. Qualidade na comunicação promotora da saúde: diálogos entre a literatura especializada e as perspectivas dos jovens. Comunicação & educação, v. 27, n. 2, p. 49-62, 2022.

SANTANA, Regis Rodrigues et al. Extensão Universitária como Prática Educativa na Promoção da Saúde. Educação & Realidade, v. 46, n. 2, 2021. Disponível em: https://doi.org/10.1590/2175-623698702. Acesso em: 28 set. 2023.

SARAIVA, J. L. Papel da Extensão Universitária na Formação de Estudantes e Professores. Brasília Médica, Brasília, v. 44, n. 3, p. 220-225, 2007.

ERGONOMIA NOS

ESTUDOS –UMA ANÁLISE QUANTITATIVA DOS

ALUNOS DO PRIMEIRO

PERÍODO DA ESCOLA

SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

Victor Lucas de Araujo Cardoso

Leonardo Benedictis Ferreira Coelho

Renata Vilaça Duarte

Alan Ribeiro Souza

Rafaella Pimentel Moraes

INTRODUÇÃO

A Ergonomia refere-se ao estudo da adaptação do trabalho ao ser humano, a fim de melhorar essa relação. Entretanto, ela se estende a uma concepção muito mais ampla de trabalho, extrapolando o âmbito dos trabalhos realizados com máquinas destinadas a modificar materiais. Ela abrange qualquer atividade produtiva, levando em consideração os aspectos físicos e organizacionais. Nessa perspectiva, a relação do estudante com seu ambiente de estudos passa a ser um ponto de extrema relevância, uma vez que, com o desenvolvimento técnico-científico, a necessidade de um alto grau de especialização para ingressar no mercado de trabalho passou a exigir extensas cargas horárias de estudo, especialmente em cursos da área da saúde.

METODOLOGIA

A pesquisa seguirá os critérios da abordagem quantitativa, cuja coleta de dados se dará por meio de um questionário disponibilizado através da plataforma Google Forms, exclusivamente aos graduandos dos cursos da área da saúde do primeiro período da Escola Superior de Ciências da Saúde do Amazonas. Os dados coletados permitirão a posterior análise estatística e sistemática que embasarão a pesquisa.

RESULTADOS ESPERADOS

Espera-se uma baixa preocupação por parte dos alunos do primeiro período dos cursos da Escola Superior de Ciências da Saúde (ESA) da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) com os princípios ergonômicos. As preocupações só começam a surgir depois que as dores físicas passam a interferir nos estudos. A falta de informação e de estímulo para adotar uma boa ergonomia parece ser um fator importante para a manutenção deste quadro.

POSSÍVEIS CONCLUSÕES

O grau de preocupação com o desenvolvimento de uma boa ergonomia durante a rotina de estudos é intermediário. Além disso, a falta de ergono-

mia ocasiona muitas dores físicas e problemas de saúde nos estudantes. Adicionalmente, os problemas decorrentes da má ergonomia prejudicam o desempenho dos estudantes.

REFERÊNCIAS

IIDA, Itiro; BUARQUE, Lia. Ergonomia: Projeto e Produção. 3. ed. São Paulo: Blucher, 2016. 2 p. ISBN 978-85-212-0933-1.

ButturaChrusciak, C., Poncini, C. R., Moggio, I. H., Yasue, J. E., & Bitencourt, R. S. (2022). Ergonomia e Fatores Humanos: um panorama das definições com base na literatura. Ação Ergonômica, 14(1), 62-74.

ESTRATÉGIAS DE ESTÍMULO

À

PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA

EM POPULAÇÃO SUSCETÍVEL AO ACOMETIMENTO DE OSTEOPOROSE (OP)

STRATEGIES TO ENCOURAGE THE PRACTICE OF PHYSICAL ACTIVITY

IN A POPULATION SUSCEPTIBLE TO OSTEOPOROSIS (OP)

Jennyfer Mitouso Carvalho – jmc.med23@uea.edu.br

Lorena Costa da Silva – lcds.med23@uea.edu.br

Ulisses Arjan Cruz dos Santos – uacds.med23@uea.edu.br

Zilma Queiroz Nattrodt – zqn.med22@uea.edu.br

Carolina Cristine Almeida Balieiro – ccab.med22@uea.edu.br

Lucas Queiroz de Sousa – lqds.med23@uea.edu.br

INTRODUÇÃO

O envelhecimento é um processo natural do organismo humano que é acompanhado por várias alterações que o afetam, sendo uma delas a osteoporose. Nesse contexto, é fundamental abordar essa enfermidade, uma vez que não basta apenas viver, mas é necessário garantir uma qualidade de vida nos anos vividos. Assim, promover atividade física em mulheres na menopausa e idosos é vital para fortalecer os músculos, prevenir problemas físicos e impactos psicossociais.

A problemática desta pesquisa é: quais são as estratégias de estímulo à prática de atividade física em população suscetível ao

acometimento de osteoporose (OP). Desse modo, é importante compreender primeiro que o esqueleto humano passa por um processo contínuo de formação e renovação óssea através do processo de ossificação, a partir do tecido conjuntivo embrionário ou cartilaginoso especializado da matriz óssea, elaborada por células e matriz extracelular calcificada.

A osteoporose é uma doença complexa que torna o indivíduo mais suscetível a quedas e fraturas, colocando-o em uma situação de vulnerabilidade e resultando na redução da qualidade de vida (RODRIGUES et al., 2016). Nesse contexto, é relevante mencionar que existem dois tipos de osteoporose: a primária, que está relacionada à diminuição dos níveis de estrogênio, resultando na redução da massa óssea; e a osteoporose secundária, associada ao processo de envelhecimento tanto nos homens quanto nas mulheres.

No Brasil, a osteoporose afeta cerca de 15 milhões de pessoas, com apenas 20% cientes da doença, que resulta em 200 mil mortes anuais, geralmente devido a fraturas, já que a doença é assintomática. A inatividade física é um fator de risco significativo. Além disso, a osteoporose tem impactos financeiros, sociais e psicológicos, incluindo altos custos com medicamentos e internações, isolamento social, perda de mobilidade e impactos emocionais ( HIPÓLITO et al,2019).

OBJETIVOS

A temática desta pesquisa está intrinsecamente delimitada à análise de atividades, programas e projetos que visam estimular o hábito da prática de atividades físicas e promover educação em saúde como estratégia de prevenção da osteoporose em pessoas suscetíveis a essa doença.

METODOLOGIA

Trata-se de uma revisão bibliográfica de caráter descritivo com abordagem qualitativa acerca das estratégias de estímulos à prática de atividades físicas em população suscetíveis à osteoporose. Foram consultados artigos científicos publicados nos últimos 10 anos nos idiomas português e inglês, utilizando – se as bases de dados SciELo e upToDate a fim de embasar a importância da informação apresentada. Nesse sentido, estudou-se os artigos relacionados a temática sob formado de teses de dissertação, editoriais e monografias que abordavam fatores de risco para osteoporose em pessoas idosas e mulheres na menopausa.

RESULTADOS PARCIAIS

O planejamento físico para idoso é essencial e recomendado para todos. A terceira idade é um grupo diversificado, permitindo que idosos interajam em atividades físicas com mesmo nível que os mais jovens. Dessa maneira, é crucial que qualquer programa de atividade física seja adaptado às características e capacidade individuais do paciente. Idosos mais avançados, com mais de 75 anos e que são menos ativos, devem iniciar com exercícios de menor intensidade e aumentar gradualmente (MOREY M.C,2023).

É evidente que manter uma rotina de motivação de atividades será um dos principais desafios para os idosos, por isso para que um projeto de exercícios seja eficaz é necessário incorporar mecanismos que o paciente goste de fazer e possam ser inseridos na sua rotina do dia a dia oferecendo também um envolvimento social. As diretrizes da American Heart Association (AHA) e do American College of Sports Medicine (ACSM) recomendam quatros categorias específicas de atividades para os idosos que são exercícios aeróbicos, fortalecimento muscular, flexibilidade e equilíbrio. Tais programas podem ser encontrados ou feitos por centros comunitários e em grupos (MOREY M.C, 2023).

Segundo Ribeiro et al. (2022), estratégias eficazes de educação em saúde óssea devem priorizar a promoção de atividades físicas, fornecer detalhes sobre os tipos de exercícios, intensidade e frequência ideais, além de envolver profissionais qualificados e com especialização na área. Além disso, além das atividades físicas, os pacientes necessitam de educação abrangente sobre a doença, acompanhamento contínuo ao longo do processo educativo, visando à promoção de mudanças comportamentais e incentivando atitudes de autocuidado por parte dos idosos.

Desse modo, percebe-se que a desinformação do idoso ou mulheres na menopausa sobre a osteoporose afeta de forma negativa vários setores socioculturais no país, tanto no diagnóstico tardio, riscos de fraturas, prevenção ineficaz, como na qualidade de vida reduzida. Logo, discutir mais sobre tal tema e elaborar programas e projetos para esse grupo de risco é necessário e urgente. Em confluência a esse aspecto, Benedetti et al. (2007)., aponta que a inserção de programas de atividades físicas nos diversos municípios brasileiros se manifesta como ascensão nas políticas sociais e que contribui em novos costumes para a população.

Contudo, mesmo com várias propostas feitas pelas instituições governamentais sobre a temática ainda há obstáculos a serem superados no Brasil

sobre o assunto. Os programas de atividades físicas para os idosos mostram resultados positivos não só no meio econômico, mas, sobretudo na melhoria da qualidade de vida das pessoas nos distintos âmbitos, sejam no físico, psicológicos ou sociais. A título de ilustração de um projeto bem sucedido, podemos descrever alguns programas europeus em rede que consideram as diversas carências da terceira idade, como lar para idosos, ajuda básica, transportes adaptados, teleassistência doméstica e programas de atividades físicas (BENEDETTI et al, 2007).

As autoridades de alguns países europeus asseguram políticas e programas que fomentam aspectos específicos a população idosa. Já em Florianópolis, foram usado recursos para disponibilizar aos idosos por meio de grupos de convivência, atividades físicas em universidades públicas abertos para terceira idade. Seguindo essa linha de dados, foi verificado que no Brasil existem vários recursos e projetos tão excelentes quanto países estrangeiros, assim, há profissionais comprometidos em diversas áreas para trabalhar em prol dos idosos. No entanto, o desafio no Brasil está relacionado a falta de recursos financeiros e incentivos políticos para criar e manter programas em algumas cidades do país (BENEDETTI et al,2017).

Dentro desse cenário, é evidente que a osteoporose em idosos e mulheres na menopausa se configura como um problema de saúde pública. Seu desenvolvimento até o diagnóstico envolve diversos fatores que podem comprometer a qualidade de vida. Portanto, torna-se de suma importância a implementação de estratégias de estímulo à prática de atividades físicas em populações suscetíveis à osteoporose. A prática de atividades físicas promove o aumento do equilíbrio, da coordenação motora e fortalece a disposição física para as atividades diárias.

Logo, é essencial promover a conscientização sobre a osteoporose entre os idosos, incentivando a adoção de um estilo de vida saudável. Além disso, programas para o bem-estar físico, mental e social da terceira idade podem impulsionar mudanças sociais e econômicas. Estimular a prática de atividade física emerge como uma estratégia vital na melhoria da qualidade de vida, também viabilizando projetos na região amazônica para benefício da população local.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BENEDETTI, T.R.B et al. Uma proposta de política pública de atividade física para idosos. Texto Contexto Enfermagem, v.16, n.3, p. 387-98, set. de 2007. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/tce/a/989Rw3GCz69Z8FhJ8zpKYrG/>. Acesso em: 01 out. 2023.

CARVALHO, L. C et al. As principais considerações clínicas da osteoporose para saúde pública. Research, Society and Development, v 11, n. 7, maio de 2022. Disponível em: <https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/download/30215/25954/344737>. Acesso em: 01 out. 2023.

HIPÓLITO V. M. F. et al. Risco para o desencadeamento da osteoporose em idosos. Revista de Enfermagem UFPE On Line. v. 13, n.1, p. 148-54, jan. de 2019. Disponível em: <https://periodicos.ufpe.br/revistas/revistaenfermagem/article/view/236881/31143>. Acesso em: 01 out. 2023.

MOREY M.C., Physical activity and exercise in older adults.2023. Up to Date. Disponível em: <https://www.uptodate.com/contents/physical-activity-and-exercise-in-older-adults?source=bookmarks_mobile#H1648690>. Acesso em: 01 out. 2023.

RIBEIRO E. M. et al. Programas de educação sobre saúde óssea para idosos: uma revisão integrativa. Ciência & Saúde Coletiva, v. 28, n. 7, p. 2025-2034, 2023. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/csc/a/QbjBHt5yM5hbPLSWtjt3TfJ/abstract/?lang=pt>. Acesso em: 01 out. 2023.

RODRIGUES, I.G et al. Osteoporose autorreferida em população idosa: pesquisa de base populacional no município de Campinas, São Paulo. Revista Brasileira de Epidemiologia, v. 19, n. 2, p 294-306, 2016. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/rbepid/a/JDJVYhV644M8Tn9Cfmdm4gM/?lang=pt>. Acesso em: 01 out. 2023.

CAPÍTULO 15

ESTRESSE COMO FATOR DE DESREGULAÇÃO

ALIMENTAR: UMA ANÁLISE QUANTITATIVA

COM ESTUDANTES DO 1°

PERÍODO DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS

Alan Felipe Souza Ribeiro

Renata Vilaça Duarte

Leonardo Benedictis Ferrreira Coelho

Victor Lucas de Araujo Cardoso

INTRODUÇÃO

O estresse é usado para descrever alterações no corpo causadas por fatores externos que comprometam a sua homeostasia, como trauma e, principalmente, à rotina em ambientes de trabalho e estudo. Em relação a isso, percebe-se que o estresse pode acarretar mudanças na saúde dos acadêmicos, visto que ocorrerá alterações na rotina, interferindo na escolha alimentar. Portanto, o projeto de pesquisa consiste em analisar a forma que o estresse está relacionada à má alimentação dos universitários de medicina da Escola Superior de Ciências da Saúde (ESA) da Universidade do Estado do Amazonas (UEA).

METODOLOGIA

A pesquisa será feita pelo método quantitativo por meio de um questionário fechado, onde a participação dos discentes do primeiro período de medicina da ESA-UEA será de forma anônima. O estudo teórico foi sustentado por artigos em língua portuguesa abordando assuntos referentes ao estresse, suas fisiopatologias e seu papel na desregulação alimentar.

RESULTADOS ESPERADOS

Considera-se que os acadêmicos de medicina da ESA-UEA possuem uma alimentação desregulada devido ao estresse causado pela rotina intensa, acarretando em diversos problemas de saúde.

POSSÍVEIS CONCLUSÕES

A pesquisa busca a conscientização dos estudantes sobre a importância de se preocupar com a alimentação em períodos estressantes. Portanto, será fundamental que esta pesquisa identifique algumas dúvidas existentes no meio acadêmico e apresentar respostas verídicas, promovendo uma formação profissional mais qualificada, ocasionando melhora no cuidado com a saúde da população acadêmica e, posteriormente, da comunidade.

REFERÊNCIAS

ARAÚJO, V.; BAHOUTH, V. INFLUÊNCIA DA ANSIEDADE E ESTRESSE NO COMPORTAMENTO ALIMENTAR DE UNIVERSITÁRIOS EM TEMPOS DE PANDEMIA. Centro Universitário de Brasília, 2011.

COSTA, F. D.; TEO, C. R. P. A.; DE ALMEIDA, J. S. Vulnerabilidade ao estresse e alimentação: um estudo no contexto do trabalho. Scientia Medica, v. 25, n. 2, p. 20372, 19 set. 2015

ESTUDO DE CASO: OS

CUIDADOS DA ENFERMAGEM NA SAÚDE DE UMA JOVEM

COM ENDOMETRIOSE

Rafaella Pimentel Moraes

Renata Vilaça Duarte

Alan Felipe Souza Ribeiro

Victor Lucas de Araujo Cardoso

Leonardo Benedictis Ferreira Coelho

INTRODUÇÃO

A endometriose é uma doença ginecológica crônica, mesmo apresentando sintomas não possui uma grade repercussão pela população, no entanto é bastante comum pois uma a cada 10 brasileiras possuem sintomas da doença ginecológica (ABREU, 2022; OMS, 2017). Ocorrência de tecido endometrial fora da cavidade uterina é denominada como endometriose, podendo afetar normalmente a superfície dos ovários.

Os enfermeiros possuem uma atuação imprescindível em relação ao início do tratamento de endometriose e o pós- cirúrgico, este tema será melhor desenvolvido ao decorrer do trabalho.

Este trabalho se mostra com relevância pois mostra através de artigos como a endometriose impacta as brasileiras portadoras e a melhor forma que os enfermeiros podem auxiliar.

OBJETIVOS

• Geral: Analisar o impacto da enfermagem em um processo pré e pós-operatório de um estudo de caso de endometriose.

• Específicos: Explanar o impacto da doença na vida de uma jovem; Verificar a recepção das mulheres acometidas de endometriose pelos profissionais de enfermagem; Analisar se à ocorrência de doenças simultâneas; Identificar a qualidade de vida do paciente

METODOLOGIA

Pesquisa qualitativa com embasamento teórico em artigos e revistas científicas; estudo de caso em Manaus, no bairro Praça 14; tempo de pesquisa foi setembro de 2022; estudo de caso com uma jovem de 18 anos.

RESULTADOS

• Foi evidenciado que não houve negligência por parte dos profissionais da enfermagem, logo ocorreu um bom preparo para amenizar o trauma no período antes e depois da cirurgia. Que seria muito mais difícil sem um enfermeiro.

• No caso do estudo de caso a endometriose não foi hereditária que condiz com o que foi dito na revisão de literatura.

• Para ser um profissional, é obrigatório ter competência técnica, entretanto, não garante que tenha um cuidado de qualidade, uma vez que o emocional também importa. Desta forma, é pertinente citar que a competência emocional, que é saber lidar com as emoções do próximo e as suas próprias é um fato positivo a humanização na saúde (OLIVEIRA, 2018).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

• Foi notado durante a entrevista e na revisão de literatura o quanto a endometriose impacta negativamente na vida das mulheres, em destaque a entrevistada, uma vez que ela era uma atleta de natação e teve que interromper por causa das dores intensas abdominais causadas por essa doença “as dores pareciam que eu estava tendo pontadas com facas”.

• “os enfermeiros tiveram uma parte fundamental“. Na parte pós-operatória, a voluntária falou que os enfermeiros deram remédios a dor e foram essenciais no momento que ela precisava voltar a andar.

• Conclua-se que a paciente do estudo de caso foi tratada com humanização adequada antes e pós-operatório, “a enfermeira ficou comigo antes e depois da cirurgia me tranquilizando, nos momentos que minha mãe não podia estar lá”, não foi relatado nenhuma negligência, é justo ressaltar que foi mostrado na prática como um bom preparo do profissional de enfermagem pode amenizar traumas pré e pós-operatórios, desta forma é notório o quão problemático seria se a profissão dos enfermeiros fosse negligenciada.

REFERÊNCIAS

Rev. enferm. UFPE online ; 13(3): 811-818, mar. 2019 Papel da enfermagem frente a portadoras de endometriose e depressão. ilus, graf, tab Artigo em Português | BDENF – Enfermagem | ID: biblio-1015769 Biblioteca responsável: BR9.1

VILAR, Amanda Lisboa. Promoção e Proteção da Saúde da Mulher. Endometriose em adolescentes: uma revisão de literatura, Porto Alegre, v. 1, n. 1, p. 27, jun./2022.2023

IMPACTOS DA ALIMENTAÇÃO NA SÍNTESE E METABOLISMO DO HORMÔNIO DO

CRESCIMENTO

Lucas Queiroz de Sousa – lqds.med23@uea.edu.br

Caroline Cristine Almeida Balieiro – ccab.med22@uea.edu.br

Ulisses Arjan Cruz dos Santos – Uacds.med23@uea.edu.br

Zilma Queiroz Nattrodt – zqn.med22@uea.edu.br

Lorena Costa da Silva – lcds.med23@uea.edu.br

Jennifer Mitouso Carvalho – jmc.med23@uea.edu.br

INTRODUÇÃO

O hormônio do crescimento mais conhecido como, GH, é um hormônio com várias vias de atuação sendo produzido e secretado pela adenoipófise, e que realiza suas funções mediante a sua ligação aos receptores das membranas plasmáticas específicos das células somáticas. A produção do hormônio liberador do GH (GHRH) no hipotálamo é necessária para a síntese e a secreção do GH pela adenoipófise, além disso o GH pode realizar retroalimentação negativa e autorregular a sua liberação bem como do hormônio GHRH contribuindo assim com a homeostase do organismo (MEDEIROS et al, 2022).

Para a correta manutenção da produção desse hormônio tem grande importância a alimentação populacional que atualmente vem se destacando por apresentar inúmeras irregularidades e esse problema acarreta anormalidade na correta produção da glândula hipófise. A ingestão de alimentos ultraprocessados e a falta de micronutrientes essenciais estão entre os principais fatores que levam a esse problema, dessa forma a conjugação dos nutrientes essenciais como lipídeos, carboidratos, aminoácidos, proteínas, enzimas e substâncias inorgâ-

nicas são essenciais para a correta cadeia de produção do GH e de seus fatores de produção (LOUZZADA et al,2015).

Ademais, esses nutrientes também são importantes para a correta união dos hormônios as células do organismo através dos receptores de membrana, soma-se a isso o fato de algumas pesquisas demonstrarem que diferentes nutrientes têm efeitos potencializados e mesmo reduzido em algumas vias secretoras do GH (MEDEIROS et al, 2022).

Tendo em vista esse panorama, é necessário a discussão expandida sobre a alimentação e a produção hormonal, com o objetivo de melhorar a compreensão e a noção acerca dos processos metabólicos que levam a correta regulação dos níveis de GH no corpo e o papel da alimentação no ciclo desse hormônio, através de levantamentos feitos por meio de artigos científicos e fontes de dados como Pubmed e Scielo.

METODOLOGIA

Nesse sentido, por meio desta pesquisa inúmeros dados foram coletados de artigos com o objetivo de investigar a associação entre o padrão de vida e compará-lo aos dados bibliográficos e referências com embasamento científico médico atualizados de pessoas saudáveis com dietas balanceadas e regradas, sem distúrbios hormonais, objetivando, assim, a expansão do conhecimento acerca da influência da dieta sobre a atuação do hormônio somatotrófico (GH).

RESULTADOS

Segundo (MEDEIROS et al, 2022) Estudos com polipeptídios como grelina e leptina, e o hormônio hipoglicemiante insulina tem intensa relação com a síntese de GH14. A grelina é um hormônio proteico produzido pela própria mucosa estomacal que tem como uma das suas principais funções o aumento da secreção do hormônio do crescimento (GH), bem como o estímulo da fome, tendo forte influência sobre o hipotálamo. Apresenta uma forte relação com a leptina que é evidenciada pela capacidade dessa de inibir a secreção de grelina e o estímulo da alimentação por esta, atuando dessa forma em um processo de feedback, essa comunicação com o hipotálamo tem a finalidade de manter a homeostasia do organismo e evitar excessos hormonais. A relação da grelina com a insulina, contudo, provem das interpretações das variações dos níveis de grelina na corrente sanguí-

nea quando há uma elevação nos níveis séricos de insulina, especialmente após refeições ricas em carboidratos e quando os índices de grelina no plasma aumentam após refeições ricas em proteínas e lipídeos, relacionados ao pequeno pico de insulina no plasma sanguíneo.

Para prevenir problemas relacionados a baixa produção de GH é essencial a ingestão adequada de carboidratos, associados com uma dieta saudável de proteínas, que pode ser muito eficaz na liberação de hormônio do crescimento. A ingestão de carboidratos de baixo índice glicêmico, que permitem uma liberação mais lenta e controlada de açúcar no sangue são de fundamental importância. Esses alimentos contribuem com a homeostase dos níveis de energia usados na produção da musculatura saudável e com o balanço energético corpóreo como um todo. Alimentos com baixos índices glicêmicos são os alimentos integrais não processados como quinoa, cereais, arroz integral, etc. Frutas e vegetas também são boas escolhas de carboidratos, frutas secas e legumes também são alimentos que funcionam muito bem para esse processo, principalmente nas fases de crescimento de crianças e adolescentes.

CONCLUSÕES

De acordo com os dados obtidos foi constatado que a dieta é um dos pilares para a manutenção adequada dos níveis equilibrados de GH no organismo, pois o excesso desse hormônio seja por meios ilícitos ou distúrbios por hiperfunção ou hipofunção da própria glândula hipófise podem ocasionar sintomas como a acromegalia, o gigantismo, se o hormônio estiver em excesso, e o nanismo, se estiver em baixas porcentagens. Além disso, na infância os distúrbios na hipófise podem acometer a estatura média pela baixa quantidade de GH produzido, uma solução encontrada foi aliar ao cotidiano exercícios físicos a uma alimentação com produtos não processados que estimulem a produção de GH, assim como a consulta aos endocrinologistas para manter os níveis adequados desse hormônio. No entanto, a situação de baixo poder aquisitivo na qual se encontra a maior parcela da população, bem como a dificuldade que muitas regiões da Amazônia têm de acesso à saúde dificulta esse paradigma. Ademais, diminuir a gordura abdominal por meio de atividade física e aumentar a massa magra também ajuda, a baixa ingestão de alimentos gordurosos também é crucial, uma vez que diminuindo os níveis de colesterol e triglicerídeos na corrente sanguínea a produção de GH é estimulada.

Com tal pesquisa é possível identificar que a produção de somatotrófico depende de uma alimentação regrada e sem excessos, pois assim como os próprios hormônios são produzidos e atuam em condição de equilíbrio o próprio indivíduo precisa se manter em equidade com o meio onde vive, não abusando de certos alimentos processados e mesmo dos altamente calóricos, além disso a manutenção de atividade física também é crucial, pois a estimulação muscular queima gordura e eleva a produção de massa magra e dessa forma facilita o anabolismo do GH. Todavia, o custo elevado das dietas e dos alimentos não processados que tem um custo mais elevados que os convencionais é um empecilho a saúde das pessoas mais carentes e vulneráveis, bem como o acesso aos tratamentos do Sistema Único de Saúde (SUS) para as populações de regiões mais afastadas da capital.

REFERÊNCIAS

MEDEIROS, Y. G. DE S. et al. Revisão de literatura acerca das implicações da dieta na secreção de hormônio do crescimento (GH) / Literature review on the implications of diet on growth hormone (GH) secretion. Brazilian Journal of Health Review, v. 5, n. 1, p. 972–979, 15 jan. 2022.

LOUZADA, M. L. DA C. et al. Impact of ultra-processed foods on micronutrient content in the Brazilian diet. Revista de Saúde Pública, v. 49, n. 0, p. 1–8, 2015.

MEDEIROS, Y. G. DE S. et al. Revisão de literatura acerca das implicações da dieta na secreção de hormônio do crescimento (GH) / Literature review on the implications of diet on growth hormone (GH) secretion. Brazilian Journal of Health Review, v. 5, n. 1, p. 972–979, 15 jan. 2022.

MEDEIROS, Y. G. DE S. et al. Revisão de literatura acerca das implicações da dieta na secreção de hormônio do crescimento (GH) / Literature review on the implications of diet on growth hormone (GH) secretion. Brazilian Journal of Health Review, v. 5, n. 1, p. 972–979, 15 jan. 2022.

INFLUÊNCIA DE ESTÍMULOS MENTAIS NA PRESERVAÇÃO DA DEMÊNCIA

Thiago Soares Martins – tsm.med23@uea.edu.br

Fernanda Marinho Pereira – fmp.med23@uea.edu.br

Hyana Bianca Nascimento Lima da Silva – hbnlds.med23@uea.edu.br

Matheus Glória Lopes – mgl.med23@uea.edu.br

Maria Eduarda Mota Feitoza – memf.enf23@uea.edu.br

Francisco Celson Sousa de Sales Filho – fcsdsf.med23@uea.edu.br

INTRODUÇÃO

O envelhecimento segue como o principal fator de risco para elaboração de doenças neurodegenerativas, incluindo doença de Alzheimer (DA) e doença de Parkinson (DP). A incidência é de 1% em indivíduos com idade igual ou maior que 65 anos, e sua prevalência continua a aumentar com o passar dos anos, a quantidade de medicamento para reverter tal situação é ínfima(1). A demência é uma condição neurológica progressiva específica pelas funções cognitivas, incluindo memória, raciocínio, atenção e linguagem. Afeta milhões de pessoas em todo o mundo e tem um impacto significativo na qualidade de vida dos pacientes e de seus cuidadores. Este resumo expandido examinará a influência dos estímulos mentais na preservação da função cognitiva em pacientes com demência, explorando estratégias que possam ajudar a retardar a progressão da doença. O tema sobre a prevenção de doenças neurodegenerativas como Parkinson e Alzheimer vem se tornando tema de vários estudos nos últimos anos,

principalmente pela descoberta diariamente da neuroplasticidade cerebral e seus mecanismos de prevenção de doenças degenerativas. Isso se torna ainda mais evidente quando se trata do tema Reserva Cognitiva (RC), o qual se tornou o assunto chave na busca por prevenir ou amenizar futuras doenças da terceira idade com sintomas de: dificuldade de elaborar ideias, demência, problemas ao se expressar.

OBJETIVOS

O objetivo deste estudo é analisar e sintetizar as evidências científicas disponíveis sobre como os estímulos mentais podem contribuir para retardar o desenvolvimento ou atenuar os sintomas da demência, proporcionando uma visão abrangente do estado atual da pesquisa nessa área.

MÉTODOS

Para alcançar nosso objetivo, realizamos uma revisão abrangente da literatura científica, analisando estudos clínicos, revisões sistemáticas e meta- análises relacionadas à influência dos estímulos mentais na preservação de doenças neurológicas. Os critérios de inclusão foram estudos publicados nos últimos dez anos e que tiveram resultados relevantes sobre o tema. Faz uso de plataforma de banco de dados como o PubMed.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Ao longo dos anos muitas pesquisas comprovaram a eficiência da atividade física na prevenção de muitas doenças, como as neurodegenerativas, por outro lado, a atividade cognitiva também teve seu efeito considerável na prevenção ou preservação frente a riscos de doenças como demência. Pettigrew C (2019) relata que ambas as atividades foram associadas a diminuição significativas de doenças que afetam o hipocampo, dessa forma, estudos sugerem que atividades que estimulam o treino de funções cognitivas melhoram notadamente a eficiência da rede pré-frontal, impactando assim, positivamente, no funcionamento do cérebro face ao declínio cognitivo. Nesse sentindo, atividades que exigem memorização como: leitura provoca não apenas uma reserva cognitiva, mas também fornece um fortalecimento neural e promove uma maior plasticidade dos circuitos neurais.

Cheng ST (2016) é enfático ao afirmar as estruturas cerebrais afetadas com o envelhecimento biológico como: putâmen e o córtex pré-frontal, essas regiões são corticais e subcorticais, tendo influência direta na preservação cognitiva do indivíduo, paralelamente a isso, cita-se um estudo ocorrido em Londres, no qual comparou-se motoristas de taxi, os quais não possuíam uma rota fixa, portanto mudavam rotineiramente os caminhos percorridos, com motorista de ônibus, os quais tinham rotas fixas, observou-se um maior desenvolvimento na parede posterior do hipocampo dos taxistas, demostrando assim, a influência do processo cognitivo na preservação da estrutura que está relacionada à memória. Stern Y (2012) observa a importância do estimulo cognitivo desde a juventude, citando assim as evidencias epidemiológicas para a RC, como indivíduos que apresentavam menos de 8 anos de escolaridade possuíam risco 2,2 vezes maior em comparação com aqueles que apresentavam maior escolaridade. Outra experiência citada foi a prática de 13 atividades como: tricô ou música ou outro hobby, caminhar por prazer ou excursão, visitar amigos ou parentes, ser visitado por parentes ou amigos, condicionamento físico, ir ao cinema ou restaurantes ou eventos esportivos, ler revistas, jornais ou livros, assistir televisão ou ouvir rádio, fazer trabalho voluntário comunitário não remunerado, jogar cartas, jogos ou bingo, ir a um clube ou centro, ir às aulas e ir à igreja ou sinagoga ou templo, relatando 38% menor a chance de apresentar demência a praticantes dessas tarefas. Observa-se, com isso, o impacto do estimulo neurológico para a preservação de doença neurodegenerativa, sendo crucial para uma melhor qualidade de vida na terceira idade, aproveitando dessa forma a neuroplasticidade cerebral e estimulando, de maneira ativa, esse mecanismo fisiológico que vem sendo estudado cada vez mais.

CONCLUSÃO

Com base nas evidências disponíveis, fica claro que a estimulação mental desempenha um papel fundamental na preservação da função cognitiva em pacientes com demência. Intervenções que promovem a atividade cerebral, como terapia ocupacional, jogos cognitivos e interações sociais, proporcionam benefícios benéficos na qualidade de vida dos pacientes e na desaceleração da progressão da doença. É essencial que profissionais de saúde e cuidadores considerem a incorporação dessas estratégias como parte integrante do plano de cuidados para pacientes com demência.

REFERÊNCIAS

Hou Y, Dan X, Babbar M, Wei Y, Hasselbalch SG, Croteau DL, Bohr VA. Ageing as a risk factor for neurodegenerative disease. Nat Rev Neurol. 2019 Oct;15(10):565-581. doi: 10.1038/s41582-019-0244-7. Epub 2019 Sep 9. PMID: 31501588.

Pettigrew C, Soldan A. Defining Cognitive Reserve and Implications for Cognitive Aging. Curr Neurol Neurosci Rep. 2019 Jan 9;19(1):1. doi: 10.1007/s11910-019-0917-z. PMID: 30627880; PMCID: PMC7812665.

Cheng ST. Cognitive Reserve and the Prevention of Dementia: the Role of Physical and Cognitive Activities. Curr Psychiatry Rep. 2016 Sep;18(9):85. doi: 10.1007/s11920-016-0721-2. PMID: 27481112; PMCID: PMC4969323.

Stern Y. Cognitive reserve in ageing and Alzheimer’s disease. Lancet Neurol. 2012 Nov;11(11):1006-12. doi: 10.1016/S1474-4422(12)701916. PMID: 23079557; PMCID: PMC3507991.

METODOLOGIAS ATIVAS

NA FORMAÇÃO DE PROFISSIONAIS DE SAÚDE

NA DISCIPLINA DE AISRELATO DE EXPERIÊNCIA

Hyana Bianca Nascimento Lima da Silva – hbnlds med23@uea edu br José Vítor de França Xavier – ivdfx.med23@uea.edu.br

INTRODUÇÃO

Metodologias ativas de aprendizagem são modelos de ensmo nos quais os alunos assumem a centralidade no processo de aprender (Lovato; Michelotti; Loreto, 2018). Os professores constituem-se como orientadores para construção do conhecimento, dando-lhes apenas os instrumentos (Almeida; Batista, 2013). Este trabalho foi escrito a partir de relatos de experiência, dos discentes, durante uma oficina da disciplina de Atenção Integral à Saúde (AIS). A metodologia empregada na atividade foi a “Aprendizagem Baseada em Projetos” (Project-Based Leaming), na qual os alunos tinham como tarefa a criação de um projeto didático sobre políticas públicas para apresentarem aos demais alunos no formato de seminário, tomando o ensino de saúde coletiva mais atraente aos discentes. Assim, evidenciam-se os desafios da educação de ensino superior para a transformação do modelo tradicional de ensino na formação em saúde (Custódio et al., 2019). As metodologias ativas seguem as premissas das Diretrizes Curriculares Nacionais da área da saúde (DCN) que visam definir um perfil acadêmico e profissional com as habilidades necessárias para abordar as questões de saúde do país e promovem

mudanças nos currículos acadêmicos para incluir novas abordagens de ensino. Os relatos de experiência no texto enfatizam a importância das metodologias de ensino ativas na formação em saúde, ao mesmo tempo em que identificam os desafios enfrentados ao implementá-las nas universidades.

OBJETIVOS

O trabalho tem como focos principais a análise da utilização de metodologias ativas na formação em saúde, através da apresentação de uma experiência na disciplina AIS. Também explora os desafios que ainda persistem na incorporação dessas metodologias no ambiente universitário, além de destacar a importância da aprendizagem ativa na capacitação de profissionais de saúde para o Sistema Único de Saúde (SUS).

METODOLOGIA

Neste estudo, uma oficina na disciplina de Atenção Integral à Saúde da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) dividiu os alunos em grupos e atribuiu temas relacionados a políticas públicas na região amazônica e no Brasil. Os alunos pesquisaram e apresentaram seus temas em formato de seminário, com orientação dos professores ao longo de quatro semanas com o intuito de conscientizar os futuros profissionais de saúde da turma. O foco deste relato foi o Programa Nacional de Imunização (PNI). Os alunos conduziram pesquisas individuais, compartilharam conhecimentos entre a equipe e apresentaram suas descobertas. Este trabalho recorre a artigos e revisões de literatura em bases de dados como SciELO, Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e Google Scholar, resultando em 14 publicações relevantes.

RESULTADOS

A partir da análise dos relatos recolhidos, foi possível apreender aspectos relevantes quanto à metodologia empregada. Quanto ao aspecto social, os alunos relataram ter desenvolvido habilidades de comunicação, resolução ativa de problemas e de dificuldades em dinâmicas de grupo, gestão de tarefas e um pensamento crítico em relação ao que foi aprendido e sua aplicação na realidade, habilidades essenciais ao profissional formado para o SUS. No aspecto intelectual, desenvolveram autonomia em relação à aqui-

sição do conhecimento, melhor absorção, além de um maior engajamento com o conteúdo e, consequentemente, desejo de conhecer mais. Finalmente, no aspecto profissional, os discentes descreveram segurança em repassar o conhecimento apreendido para outras pessoas, e uma compreensão melhor do funcionamento do sistema de saúde e do PNI (sua relevância, organização, dificuldades, etc.) e seu papel como profissional de saúde na sociedade. Em relação aos desafios enfrentados, obteve-se uma resposta consensual, de que as maiores dificuldades foram: em encontrar informações seguras e completas nos banco de dados nacionais de pesquisas em saúde, acompanhadas de entraves na colaboração de alguns integrantes do grupo na produção do material de pesquisa previamente distribuído. Diante dessas dificuldades, refinaram ainda mais os descritores de pesquisa, com o fim de achar informações mais direcionadas, e estabeleceram a comunicação direta com a equipe para a resolução do problema em grupo. Ao fim do relato, reafirmaram a relevância da experiência para a aquisição de conhecimentos sobre as políticas públicas brasileiras em conjunto com uma metodologia ativa imprescindível para o desenvolvimento de habilidades tanto sociais, quanto acadêmicas, assim como, futuramente, profissionais.

DISCUSSÕES

A literatura sobre o uso de metodologias ativas na formação de profissionais de saúde geralmente reconhece sua eficácia em comparação com métodos de ensino tradicionais. Este estudo destaca que o pensamento crítico é desenvolvido por meio de metodologias ativas, semelhante ao que foi observado em outros estudos (Carbogim et al., 2017). No entanto, é enfatizada a necessidade de pesquisas mais rigorosas para confirmar essa conclusão. Além disso, as competências de gestão também são aprimoradas por meio de metodologias ativas, como evidenciado por um estudo anterior (Benítez-Chavira et al., 2023). Isso é particularmente relevante para futuros profissionais de saúde, pois a gestão de projetos é uma habilidade crucial. Os alunos também relatam uma maior capacidade de solucionar problemas e aplicar soluções na prática, o que é consistente com outros estudos (Kim et al., 2016) que demonstraram melhorias na resolução de problemas entre estudantes de saúde. A abordagem de integração entre teoria e prática nas metodologias ativas parece ser um fator chave para esses resultados, fortalecendo a formação de profissionais alinhados com as diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS). Além disso, os alunos demonstram independência na aquisição e re-

tenção do conhecimento, o que também é apoiado por pesquisas anteriores (Diesel et al., 2017). Esse maior envolvimento dos estudantes com o conteúdo contribui para sua formação acadêmica e profissional. Além disso, desafios foram encontrados em relação ao seguimento do projeto, principalmente na questão do trabalho em equipe e acesso a informações. Primeiramente, houve a curva de aprendizado com o uso das bases de pesquisa, o que explica a falta de dados completos e confiáveis inicialmente, e a posterior melhora com o refinamento das palavras-chave pelos discentes. Quanto às dificuldades de trabalho em equipe, essas foram superadas com o diálogo e a comunicação, habilidades também desenvolvidas na experiência. Similarmente, outros estudos como os de Roman et al. (2017) enfatizam achados semelhantes a partir de uma revisão integrativa da literatura já publicada. No entanto, Pinto e Marin (2021) diferem ao relatar dificuldades para o trabalho em equipe em egressos de uma faculdade de enfermagem que fez uso das metodologias ativas na sua grade. Essas diferenças, podem ser explicadas pela diferença entre a ABP, metodologia aplicada neste último estudo, e a Aprendizagem Baseada em Projetos, que exige uma colaboração maior entre os alunos para a realização do projeto didático. Outro aspecto a ser analisado é a relutância de alguns alunos em aderir às novas metodologias, o que pode ser explicado pelo choque proveniente da transição da metodologia tradicional para essa mais moderna (Assunção, 2021). Ainda assim, a maioria dos discentes descreveu a experiência como envolvente e geradora de maior engajamento com o conteúdo, o que também é observado amplamente no resultado de outros autores (Custódio et al., 2019; Sakamoto et al., 2020; Xavier et al., 2014). Essa ocorrência é predominantemente atribuída à familiaridade que o discente desenvolve com os conhecimentos adquiridos de maneira autodidata e sua subsequente aplicação prática, uma distinção notável em relação ao paradigma do ensino tradicional, caracterizado pela transmissão unidirecional de informações por meio de palestras, monólogos e a participação passiva do aluno no processo de aprendizado. Ademais, não foram identificadas complicações em relação à competência do professor na implementação da metodologia ativa. Este cenário diverge de achados documentados em estudos anteriores (Almeida; Batista, 2013; Custódio et al., 2019), que destacaram a falta de preparo dos docentes no contexto das metodologias ativas, bem como a insuficiência de recursos de infraestrutura, como bibliotecas desatualizadas. Estas discrepâncias podem ser explicadas pela experiência prévia dos professores envolvidos neste estudo com as metodologias ativas e pelo fato de que a universidade dispunha de instalações relativamente modernas.

Por fim, alguns aspectos descritos nos relatos deste estudo são inovadores para a literatura existente. Os discentes retrataram estar mais aptos e motivados à transmissão dos conhecimentos adquiridos em saúde coletiva, na disciplina de AIS, principalmente devido à maior compreensão e consciência de seus papéis como profissionais de saúde na sociedade. Esse tipo de habilidade é imprescindível para o profissional formado pelo SUS, para o SUS, e a replicação dessa experiência pode contribuir para profissionais conscientes de seu papel e ativos na mudança do cenário em saúde para melhor. Este estudo limita-se pela abordagem qualitativa, limitando a sua capacidade de fazer inferências estatísticas, e o viés de memória associado aos relatos pós-experiências. No entanto, os achados ainda são pertinentes e válidos à luz da literatura atual e podem contribuir significativamente para a formação dos futuros profissionais de saúde.

REFERÊNCIAS

ALMEIDA, E. G.; BATISTA, N. A. Desempenho docente no contexto PBL: essência para aprendizagem e formação médica. Revista Brasileira de Educação Médica, v. 37, p. 192-201, jun. 2013.

ASSUNÇÃO, A. Á. Metodologias ativas de aprendizagem: práticas no ensino da Saúde Coletiva para alunos de Medicina. Revista Brasileira de Educação Médica, v. 45, p. e145, 28 jun. 2021.

BENÍTEZ-CHAVIRA, L. A. et al. O efeito da Aprendizagem Baseada em Problemas nas habilidades de Gestão do Cuidado: Estudo quase-experimental. Revista Latino-Americana de Enfermagem, v. 31, p. e3866, 27 mar. 2023.

CARBOGIM, F. DA C. et al. Modelo de ensino ativo para o desenvolvimento do pensamento crítico. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 72, p. 293-298, fev. 2019.

COLARES, K. T. P.; OLIVEIRA, W. DE. Metodologias Ativas na formação profissional em saúde: uma revisão. 28 ago. 2018.

CUSTÓDIO, J. B. et al. Desafios Associados à Formação do Médico em Saúde Coletiva no Curso de Medicina de uma Universidade Pública do Ceará. Revista Brasileira de Educação Médica, v. 43, p. 114-121,jun. 2019.

DIESEL, A.; BALDEZ, A. L. S.; MARTINS, S. N. Os princípios das metodologias ativas de ensino: uma abordagem teórica. Revista Thema, v. 14, n. 1, p. 268-288, 23 fev. 2017.

KIM, H.-R. et al. Effects of team-based learning on problem-solving, knowledge and clinicai performance of Korean nursing students. Nurse Education Today, v. 38, p. 115-118, mar. 2016.

LOVATO, F. L.; MICHELOTTI, A.; LORETO, E. L. DA S. Metodologias Ativas de Aprendizagem: Uma Breve Revisão. Acta Scientiae, v. 20, n. 2, 15 maio 2018.

ROMAN, C. et al. Metodologias ativas de ensino-aprendizagem no processo de ensino em saúde no Brasil: uma revisão narrativa. 2017.

PINTO, A. A. M.; MARIN, M. J. S. Visão do estudante de enfermagem sobre aprendizagem ativa e sua inserção no mercado de trabalho. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 74, p. e20190168, 30 jul. 2021.

SAKAMOTO, S. R. et al. Aprendizagem baseada em equipes: um ensaio clínico randomizado na graduação em enfermagem. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 73, p. e20180621, 30 mar. 2020.

XAVIER, L. N. et al. ANALISANDO AS METODOLOGIAS ATIVAS NA FORMAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE: UMA REVISÃO INTEGRATIVA. SANARE - Revista de Políticas Públicas, v. 13, n. 1, 1 out. 2014.

O AMARGOR DO AÇÚCAR PARA O CORAÇÃO

O açúcar é um alimento muito consumido no Brasil, de acordo com a OMS o brasileiro acrescenta a sua alimentação 50% a mais do produto do que deveria no dia a dia, sendo assim, por um longo período de tempo, prejudicial à saúde.

Além disso, o nome tradicional da substância abre lacunas para as pessoas consumirem outros alimentos com ele, mas com o “açúcar” escrito com um sinônimo de desconhecimento da população, o que auxilia no aumento da ingestão desse pela população. Assim, muitas vezes os brasileiros podem achar estar evitando o alimento, mas de acordo com o Instituto Nacional de Câncer, está ingerindo por meio de um nomes: açúcar, açúcar invertido, açúcar turbinado, dextrose, dextrina, frutose, glicose, glucose, maltose, maltodextrina, oligossacarídeos, sacarose, xarope glucose-frutose, xarope de milho, entre outros.

Esse alimento possui uma importante função metabólica, ele é responsável por nos manter com energia para realizar as atividades diárias, devido ser ele quem as células do corpo utilizam para produzir energia e para a respiração celular manter a célula viva.

Então qual o problema de se consumir uma quantidade maior que a recomendação?

Quanto mais energia melhor para o corpo, certo ? Apesar de teoricamente fazer muito sentido, não é assim que funciona, porque o corpo não vai utilizar energia a mais do que ele precisa somente pelo fato dela estar disponível, afinal ele não vai desperdiçar algo o qual lhe foi ofertado, então esse excesso de nutriente será estocado no corpo, sendo esse o principal impacto para a saúde.

O estoque de energia é muito importante, sendo armazenado nos músculos, fígado e nas células adiposas. Essas últimas as que tornam o excesso de açúcar um risco para a vida humana. Isso porque um acumulo muito grande de células adiposas pode levar o indivíduo a ser considerado com obesidade, e essa é uma doença de cascata, ou seja, leva o aparecimento de outras enfermidades como problemas as articulações, devido a sobrecarga e diabetes tipo 2.

Por conseguinte, a diabetes tipo 2 é uma relacionado ao aumento da glicose no sangue a um tempo prolongado, devido o hormônio responsável por diminuir seus níveis na corrente sanguínea- a insulina- ter menor eficiência do que em pessoas saudáveis. Isso ocorre devido a exposição constante e prolongada do consumo de açúcares, muitas vezes mais do que a quantidade de hormônios. Assim, esses ficam saturados e depois de um período não conseguem mais reconhecer o carboidrato proveniente do açúcar, a glicose, então para o diabético é como se ele não tivesse a insulina no organismo, mas tem. Logo, uma reposição do hormônio não funciona para esses casos, sendo a mudança na alimentação e a prática de exercícios físicos moderados uma alternativa, além de medicamentos auxiliares que não farão o quadro do paciente normalizar, já que essa doença não tem cura.

Para exemplificar como deve ser a vida de um diabético é preciso entender como deve ser a base de sua alimentação. De acordo com o caderno de Atenção Básica sobre diabetes mellitus disponibilizado pelo Ministério da Saúde(2006), a dieta do paciente precisa ser fracionada no dia em torno de 5 ou 6 refeições, além da quantidade de carboidratos e gorduras permitidas ao longo do dia seja, respectivamente, de 50 a 60% e 30%, sendo necessário um rigoroso acompanhamento nutricional, pois oscilações bruscas nesse valores comprometem a qualidade de vida do paciente.

Em relação as atividades físicas é previsto uma frequência de exercícios, visto que colabora para manter a atividade do metabolismo regular, sendo essa uma maneira de contornar as consequências provocadas pela não recepção de glicose, relevante para a respiração celular, como citado anteriormente.

Ainda conforme o caderno de Atenção Básica sobre diabetes mellitus disponibilizado pelo Ministério da Saúde(2006), as medicações utilizadas para pessoas com diabetes tipo 2 auxiliam a manter um índice glicêmico baixo, com o auxílio da dieta e exercícios. Entretanto, apesar de não serem rígidas, existem umas regras a serem seguidas antes da abordagem medicamentosa, e seriam: se a glicemia em jejum estiver acima de 270mg/dl e em

casos de pacientes obesos. Os principais fármacos utilizados são a Metformina, Sulfolinuréias, e insulina, essa última em casos do organismo ainda conseguir reconhecer a glicose.

Devido a condição da não recepção de glicose pela insulina, no supracitado, os músculos não conseguem armazenar essa glicose para posteriormente, e então as células adiposas suprem a função, tornando um acúmulo de tecido adiposo muito maior em diabéticos, o qual, se em excesso, pode resultar em um deposito de gordura pelos vasos sanguíneos, nas artérias, vasos os quais levam oxigênio para os tecidos e órgãos do corpo. Assim, com esses caminhos para gases obstruído, a pressão exercida pelo coração aumenta, ou seja, para conseguir levar a quantidade de sangue necessária para o corpo, o órgão tem que trabalhar muito mais do que o habitual, logo, com o passar do tempo a parede de revestimento do coração fica lesada, tornando a eficiência para o bombeamento de sangue diminuída, prejudicando todo o sistema corporal, já que se não tem sangue suficiente os outros órgãos não funcionam corretamente.

Os materiais utilizados para a pesquisa será de posse do pesquisador, além do mais, será usado como fonte de pesquisas sites disponibilizados por órgãos governamentais, como o do Ministério da Saúde, além de paginas da “web” com notoriedade consolidada, como a do Doutor Drauzio Varella, isso para auxiliar a medir de forma quantitativa a saúde dos entrevistados, por meio de perguntar objetivas através de um questionário semi-aberto feito de forma presencial, com a utilização de um tablet para realizar a coleta de dados. A amostra populacional observada será dos docentes da Escola Superior de Ciências da Saúde da Universidade do Estado do Amazonas, com o intuito de analisar se os professores da saúde estão com a saude cardiovascular em dia, já que devido a um trabalho exaustivo e intenso, essa pode ficar de lado.

Logo, a pesquisa poderá fazer a analise se os docentes cuidam da saúde, se mantém os exames de rotina em dia, se tem histórico de familiares com doença cardiovasculares, além observar a alimentação diária dessas pessoas e a quantidade de açúcar presente da dieta deles.

Esse tema será importante para gerar uma discussão entre s sociedade acadêmica, pois se um resultado negativo em relação à saúde desses profissionais for encontrado é preciso analisar se é por falta de tempo, ou por descaso com a própria saúde, podendo mostrar contradições entre trabalhar em um local que foi criado para cuidar do próximo, mas que não há cuidado com a saúde de si.

REFERÊNCIAS

BRASILEIROS consomem 50% a mais açúcar do que deveriam, diz OMS. Bom Dia Brasil, Brasil, 06 mar. 2015. Disponível em: <https://g1.globo. com/bom-dia- brasil/noticia/2015/03/brasileiros-consomem-50-mais-acucar-do-que-deveriam-diz-oms.html> Acesso em: 23 set. 2023.

COMO identificar o açúcar escondido nos alimentos. Instituto Nacional de Câncer, Brasil, 07 fev. 2023. Disponível em:< https://www.gov.br/ inca/pt-br/assuntos/causas-e-prevencao-do- cancer/dicas/alimentacao/ como-identificar-o-acucar-escondido-nos- alimentos#:~:text=O%20a%C3%A7%C3%BAcar%20pode%20ser%20encontrado,xarope%2 0de%20 milho%2C%20entre%20outros.> Acesso em: 23 set. 2023.

CONTE, Juliana. POR QUE DIABETES AUMENTA RISCO DE DOENÇAS

CARDIOVASCULARES. Drauzio, São Paulo, Brasil, 2016. Disponível em: <https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-cronicas/diabetes/por-que-diabetes-aumenta-risco- de-doencas-cardiovasculares/amp/> Acesso em: 22 set. 2023.

DIABETES Mellitus. Biblioteca Virtual em Saúde, Brasil, 2006. Disponível em <https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/diabetes_mellitus. PDF> Acesso em: 23 set. 2023.

O ATLETISMO ESCOLAR

COMO UMA NOVA INSERÇÃO DE PRÁTICA ESPORTIVA NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA

Orleane Silva de Oliveira1 – osdo.edf19@uea.edu.br Myrian

Abecassis Faber2 – mfaber@uea.edu.br

INTRODUÇÃO

O atletismo escolar como uma nova inserção de prática esportiva nas aulas de educação física, pode apresentar e ampliar habilidades motoras fundamentais, bem como, aprimorar conhecimentos através de uma perspectiva prazerosa e divertida, sempre respeitando o nível de desenvolvimento motor e a faixa etária. A inclusão de uma nova modalidade esportiva (atletismo) nas aulas de educação física escolar, como uma possiblidade de prática que perpassa a hegemonia dos esportes ofertados, como: voleibol, handebol, futsal e o futebol, requer um desdobramento de competências assimiladas quanto a sua implementação. A inserção desta nova modalidade nas aulas de educação física escolar, aplicadas na Escola Estadual de Tempo Integral Maria Izabel Ferreira Xavier Desterro e Silva, no município de Iranduba-AM. Tratou-se de uma pesquisa de matiz científica, por apresentar natureza aplicada teórico-prática, direcionadas a solução específica de problemáticas, referente as implantações de metodologias utilizadas. Sobre os procedimentos adotados, se deram por meio da utilização do ensino aprendizagem

1 ACADÊMICA DO 7º PERÍODO DO CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA- UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS – UEA, POLO IRANDUBA/AM.

2 ORIENTADORA, DOUTORA EM BIOTECNOLOGIA PARA A SAÚDE.

das modalidades esportivas pertinentes no atletismo, tal como, a abrangência de educandos pertencentes ao nível de ensino médio 14 a 17 anos, no qual, são caracterizados por estarem na 4ª fase da aprendizagem motora Gallahue; Ozmun (2005) e, por apresentarem especificidades, quanto as habilidades estabilizadoras, locomotoras e manipulativas fundamentais; gradativamente refinadas, elaboradas e combinadas para aplicabilidade em situações exigentes. Mover-se é uma capacidade valorosa para o desenvolvimento humano e se expressa por meio de diversos funcionamentos (caminhar, dançar, praticar esporte, brincar, pedalar etc.), com significados diferentes para as pessoas em suas vidas (FABER, 2001). Oportunizar uma nova vivência esportiva à prática, pode determinar em um ambiente escolar mais propicio a um ensino aprendizagem divertido, permitindo ao aluno o desenvolvimento de competências e ha- bilidades que estão presentes nas modalidades do Atletismo.

METODOLOGIA

As metodologias aplicadas envolveram aulas teórico-prática, que contemplaram as dimensões conceituais, atitudinais e procedimentais, (BNCC, 2014), realizadas através de estratégias que permitiram, aos alunos aprenderem os fundamentos e regras, bem como, incentivar a prática de uma nova modalidade esportiva no ambiente escolar (Cbat, 2012). As aulas ocorreram duas vezes por semana, com duração de 1 hora, no período de 12 meses, agosto de 2022 a julho de 2023, e envolveu 60 alunos do ensino médio, com faixa etária de 14 a 17 anos da Escola Estadual de Tempo Integral Maria Izabel Ferreira Xavier Desterro e Silva, no município de Iranduba-AM. Os conteúdos ensinados corresponderam a provas de pista: corridas de velocidade 100 m e 400 m com barreiras e provas de campo: saltos com vara e triplo, arremessos peso e disco, lançamento dardo e martelo. Os instrumentos de coleta de dados foram observação, registro diário, fotos, vídeos, torneios, campeonatos e questionário qualitativo abrangendo 6 temas, cada um deles contendo 6 a 7 alternativas, adaptado de Paswan e Young (2002) e Vieira, Milach e Huppes (2008). Os torneios foram disputados em sistemas de eliminatórias simples e campeonato onde todas as equipes se enfrentaram num sistema de rodízio (realizados durante e ao final das aulas de educação física). Os resultados foram registrados em súmulas, documentos descritivos sobre o resultado, envolvendo condições e ocorrências de uma partida desportiva. As etapas do desenvolvimento da pesquisa sucederam à adaptação ao horário das aulas de Educação Física da escola e à anuência dos professores em aceitar a intervenção dessa nova moda-

lidade esportiva, em seus planejamentos. Os resultados foram analisados pelo programa SPSS (Statistical Package for the Social Science) 2020. A análise de dados qualitativos oriundos da observação participante, questionários e entrevistas semiestruturadas foi realizada através da análise de conteúdo de Bardin (2011) e a escala de Likert (5 pontos) para a quantificação de dados qualitativos, tais como a quantificação das respostas dadas por entrevistados.

RESULTADOS

Os resultados obtidos partiram da aplicação e análise dos questionários, con- tendo 41 questões, modelo de equações estruturais de Paswan e Young (2002) a fim de apontarem os dados de envolvimento do professor, envolvimento do estudante, interação estudante- professor, demandas das modalidades esportivas, organização das atividades e satisfação dos alunos enquanto a aplicabilidade dos conteúdos correspondentes ao esporte de marca Atletismo nas aulas de educação física.

CONCLUSÃO

Permitir vivenciar de forma integradora e ampliar o repertório de conhecimento, tanto para o acadêmico extensionista e alunos participantes, assim também, determinar os objetos de estudo e, posteriormente a implementação do esporte de marca Atletismo, fazendo com que os alunos e professores reconheçam a existência de diversas modalidades esportivas e que podem experenciar nas aulas de educação física escolar. O objetivo deste trabalho foi a implementação do esporte de marca Atletismo, levando em consideração as ações realizadas neste documento, torna-se possível verificar a importância de uma nova vivência esportiva nas aulas de educação física e, que tais ações contribuíram para as alterações significativas no cenário escolar. A volubilidade de vivencias motrizes, o uso e domínio dos

fundamentos e regras das modalidades esportivas de marca Atletismo, proporcionou que novas competências e habilidades fossem exploradas, assim como, cominando para o enriquecimento cognitivo e motor que propicie ao acadêmico atribuições intrínsecas para sua formação.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Base Nacional Comum Curricular: educação infantil; Brasília MEC/SEF; 2017. Disponível em: < basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/ >. Acesso em: 18 Jul. 2022.

CBAT - Confederação Brasileira de Atletismo. Regras Oficiais de atletismo: 2012-2012. São Paulo: Phorte, 2012.

FABER, Myrian A. La escuela vive la comunidad. In: 1 Encuentro Latinoamericano / 5 Encuentro Argentino-Cubano, 2001, La Habana. Disponível em: <http://www.misionfuturo.com/www/mdidactico.htm.2001.

GALLAHUE, D. L., OZMUN, J.C. Compreendendo o Desenvolvimento Motor: Bebês, Crianças, adolescentes e adultos. 3ª Ed. São Paulo: Phorte editora, 2005.

PASWAN, A. K.; YOUNG, J. A. Student evaluation of instructor: a monologicalinvestiga- tion using structural equation modeling. Journal of Marketing Education, v. 24, n. 3, p. 193-202. 2002.

VIEIRA, K. M.; MILACH, F. T.; HUPPES, D. Equações estruturais aplicadas à satisfação dos alunos: um estudo no curso de Ciências Contábeis da Universidade Federal de Santa Ma- ria. Revista Contabilidade & Finanças (Online), v. 19, p. 65-76. 2008.

OS BENEFÍCIOS DA ATIVIDADE FÍSICA NO PROCESSO DE ENVELHECIMENTO

Maria Eduarda Mota Feitoza – memf.enf23@uea.edu.br

Fernanda Marinho Pereira – fmp.med23@uea.edu.br

Francisco Celson Sousa de Sales Filho – fcsdsf.med23@uea.edu.brl Hyana

Bianca Nascimento Lima da Silva – hbnlds.med23@uea.edu.br

Matheus Glória Lopes – mgl.med23@uea.edu.br

Thiago Soares Martins – tsm.med23@uea.edu.br

INTRODUÇÃO

A sociedade hodierna constituída por mulheres que enfrentaram o patriarcado e estão conquistando o seu espaço aponta para mudanças expressivas nos índices de natalidade humana. Já que aquela mulher que passava seus dias em casa e não tinha outro dever além de ser mãe, passou a estudar e trabalhar buscando uma vida igualitário ao homem. Porém, com esse grande feito e aliado à métodos contraceptivos mais eficazes também houve uma queda absurda nos nascimentos, o que revela que estatisticamente a humanidade tende a enfrentar um declínio nos gráficos populacionais, uma vez que o mundo caminha para o envelhecimento da população. O envelhecimento pode ser definido como um conjunto de modificações fisiológicas, morfológicas, bioquímicas e psicológicas que determinam a perda progressiva da capacidade de adaptação do ser vivo ao meio ambiente, sendo um processo dinâmico e natural ao ser humano. Em contrapartida a esse fato inato ao homem está a atividade física, que se correlaciona a inúmeros benefícios físicos e mentais colaborando para a manutenção da saúde do idoso. Visto que, atenua o processo natural de envelhecimento, melhorando

as capacidades funcionais e o desempenho cognitivo, influenciando diretamente na saúde do cérebro. A prática regular de atividade física é capaz de melhorar a circulação sanguínea, fortalecer o sistema imunológico, ajudar a emagrecer, diminuir o risco de doenças cardíacas e fortalecer os ossos, por exemplo. Esses benefícios podem ser alcançados em cerca de um mês após o início da atividade física regular, como caminhadas, pular corda, correr, dançar ou praticar musculação. Além disso, as atividades físicas também têm muitos benefícios para a saúde do cérebro de idosos, incluindo melhora da memória e da capacidade de neuroplasticidade. Isto porque os exercícios aumentam a circulação sanguínea no cérebro, a produção de neurotransmissores como noradrenalina e serotonina, e estimulam o desenvolvimento do hipocampo no cérebro, que é a região responsável pela memória. Alguns estudos mostram que as atividades físicas, mesmo quando não são realizadas de forma regular, aumentam a capacidade da memória, a velocidade de processamento das informações, a atenção e o desempenho de atividades corriqueiras.

OBJETIVOS

O intuito do estudo é relatar aspectos da prática regular de exercícios físicos na saúde do idoso, e a importância dessa rotina para um envelhecimento proveitoso e livre de maiores complicações.

METODOLOGIA

Trata- se de um estudo de revisão bibliográfica do tipo descritivo e de caráter qualitativo acerca dos benefícios da atividade física no processo de envelhecimento. Como apoio bibliográfico foram usados artigos e publicações disponíveis na Biblioteca Virtual de Saúde (BIREME), Scielo e Medline, usando como palavras-chave envelhecimento e atividade física. Os artigos utilizados estão datados do coorte metodológico de 11 anos (2003-2014), publicados tanto na língua portuguesa quanto na língua inglesa. Como critério de inclusão foram selecionados temas como envelhecimento saudável e o benefício da atividade física ao cérebro do idoso, e de exclusão todos os não selecionados.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Ao analisar as literaturas percebe- se uma crescente na discussão sobre a importância da atividade física no processo de envelhecimento, visto que foi comprovado por meios científicos que estimula o corpo humano e trás inúmeros benefícios para a saúde, fortalecendo o corpo e a mente. Desse modo, é válido ressaltar que um dos maiores benefícios evidenciados com a prática da atividade física é a melhora na cognição e desenvolvimento cerebral, pois há um forte estímulo de todas as áreas motoras do cérebro, o que acarreta melhora na coordenação motora e independência na realização de uma série de tarefas. Além disso, há uma percepção gritante na diferença da memória de um indivíduo idoso praticante de exercícios físicos regulares para um idoso que não tem esse hábito, estudos têm demonstrado que pessoas que são fisicamente ativas parecem menos suscetíveis ao declínio cognitivo e demência em períodos mais avançados da vida do que pessoas insuficientemente ativas. Antunes et al. verificaram o desempenho de idosas em testes neuropsicológicos antes e após um programa de condicionamento físico aeróbio com duração de seis meses, em que os resultados revelaram que o grupo experimenta melhorou significativamente na atenção, memória, agilidade motora e humor em relação ao grupo controle (sedentários). Isso demonstra que a hipótese levantada se comprova na realidade e mantém- se útil para auxílio de tratamentos relacionados com a terceira idade.

CONCLUSÃO

Diante dos aspectos tratados nessa revisão, observa- se que há duas evidências do mundo moderno: o envelhecimento populacional e o incentivo frenético às atividades físicas. Independente da faixa etária em que ocorra a sua inclusão e da frequência semanal, essas sempre trarão algum tipo de benefício. É consenso que os exercícios físicos geram saúde corporal e mental, sendo um processo que deveria ocorrer ao longo da vida e adequado a cada etapa existencial. Assim, é possível concluir que a atividade física é uma coadjuvante na promoção de saúde dos idosos, pois há concordância de que a qualidade de vida fica mais efetiva e apresentam- se melhoras progressivas na disposição, autonomia e independência na prática de qualquer atividade.

REFERÊNCIAS:

ALMEIDA, S.T. Modificações da percepção corporal e do processo de envelhecimento no indivíduo idoso pertencente ao grupo Reviver. Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano, Passo Fundo, 2004.

ANDREOTTI, M.C.; OKUMA, S.S. Perfil sociodemográfico e de adesão inicial de idosos ingressantes em um programa de educação física. Revista da Universidade de São Paulo, 2003.

ANTUNES, H.K.M.; SANTOS, R.F. Exercício físico e função cognitiva: uma revisão. Revista Brasileira de Medina Esportiva, 2006.

BORINI, M.L.; CINTRA, F.A. Representações sociais da participação em atividades de lazer em grupos da terceira idade. Revista Brasileira de Enfermagem, Brasília, 2002.

CAMARANO, A.A; KANSO, S.; MELLO, J.L. Os novos idosos brasileiros muito além dos 60? Rio de Janeiro: Ipea, 2004.

CONTE, E.M.T; LOPES, A.S. Qualidade de vida e atividade física em mulheres idosas. Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano, Passo Fundo, 2005.

CORDEIRO, J.; FREITAS, C.S. Efeitos da atividade física na memória declarativa, capacidade funcional e qualidade de vida nos idosos. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, Santa Maria (RS), 2014.

GONÇALVES, M.P.; TOMAZ, C.; SANGOI, C. Considerações sobre o envelhecimento, memória e atividade física. Revista Brasileira de Ciência e Movimento, 2006.

ACIDENTE VASCULAR

ENCEFÁLICO (AVE) E OS FATORES DE RISCO ASSOCIADOS AO ESTILO DE VIDA: UMA REVISÃO DE LITERATURA

Matheus Glória Lopes – mgl.med23@uea.edu.br

Fernanda Marinho Pereira – fmp.med23@uea.edu.br

Francisco Celson Sousa de Sales Filho – fcsdsf.med23@uea.edu.br Hyana

Bianca Nascimento Lima da Silva – hbnlds.med23@uea.edu.br

Maria Eduarda Mota Freitoza – memf.enf23@uea.edu.br

Thiago Soares Martins – tsm.med23@uea.edu.br

INTRODUÇÃO

O derrame cerebral, nome popular para Acidente Vascular Encefálico (AVE), é uma doença que compromete funções neurológicas do sistema nervoso central, o “centro de comando” do corpo humano. Pode ocorrer de duas formas: a primeira delas quando há um obstáculo que atrapalha a passagem do fluxo sanguíneo e, portanto, dos nutrientes e oxigênio nele presente. Nesse caso, o AVE caracteriza-se como isquêmico (AVEi). Também, pode ocorrer por meio do rompimento de algum vaso sanguíneo, assim comprometendo a irrigação de alguma região do encéfalo e, consequentemente, ocasionando uma hemorragia. Tal quadro caracteriza o AVE como hemorrágico (AVEh) (ALVES, 2015). O conhecimento desses conceitos permite afirmar que os seus impactos nos indivíduos são, certamente, significativos, fato que é observável quando são anali-

sadas as sequelas deixadas pela doença. Contudo, pouco é conhecido pela sociedade sobre os hábitos, práticas e doenças preexistentes que auxiliam no desenvolvimento do acidente vascular encefálico, ou seja, os fatores de risco. A ciência desses fatores esclarece o porquê do aumento da incidência do AVE entre os jovens adultos, não sendo mais uma “doença dos idosos”, como era conhecida. Pesquisas apontam como o estilo de vida do indivíduo contribui no aumento das possibilidades de desenvolver o AVE. Isso porque o mundo contemporâneo expôs um grande contingente populacional à obesidade e práticas como o tabagismo, sedentarismo e alcoolismo, extremamente danosos à saúde e, quando associados, podem resultar na doença (CLÁUDIO et al., 2020). Tais fatores são classificados como modificáveis, isto é, tornam-se presentes em virtude dos hábitos aderidos pelo indivíduo, assim como apresentam a possibilidade de serem tratados por uma intervenção médica nesse estilo de vida (CARVALHO et al., 2016). À vista disso, faz-se importante analisar a influência do estilo de vida das pessoas no desenvolvimento do acidente vascular encefálico (AVE), buscando identificar os fatores de risco relacionados à doença que circundam tal conduta.

OBJETIVOS

O estudo tem como propósito analisar os fatores de risco ligados ao desenvolvimento do AVE que estão diretamente associados ao estilo de vida, isto é, hábitos e práticas adotados pelo indivíduo que o levam a essa realidade.

MÉTODOS

Trata-se de uma revisão narrativa, baseada no método qualitativo, que busca compreender a relação existente entre o estilo de vida da pessoa e o modo como isso a aproxima do acidente vascular encefálico, evidenciando os fatores de risco da doença relacionados à idade, sexo, raça e, primordialmente, aos hábitos. Além disso, a base teórica teve como fundamento literaturas presentes em bases de dados como a Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Scielo, UpToDate e PubMed, utilizando os seguintes descritores: “brain stroke and risk factors” e “brain stroke and lifestyle”. O coorte metodológico contempla artigos publicados entre os anos de 2013 e 2023, nas línguas portuguesa, inglesa e espanhola. Foram incluídos materiais que abordavam sobre os fatores de risco do acidente vascular encefálico e a influência do estilo de vida no surgimento da doença.

RESULTADOS PARCIAIS

Ao analisar o meio social, é possível observar características comuns entre as pessoas, dentre elas a rapidez merece destaque. Isso porque o contexto em que estamos inseridos exige cada vez mais a praticidade dos indivíduos, submetendo-os às rotinas desgastantes que não priorizam a saúde e o bem-estar, mas sim a produtividade. Essa realidade cria um cenário suscetível às práticas que, apesar de serem danosas à saúde, são altamente difundidas. Tais práticas, a longo prazo, configuram-se como fatores de risco para determinadas doenças, dentre elas o acidente vascular encefálico (AVE). Esses fatores, além de estarem ligados ao estilo de vida, também se relacionam com a idade, sexo e raça do indivíduo. A aterosclerose, por exemplo, torna, especialmente, os pacientes idosos mais expostos aos acidentes vasculares cerebrais. Por outro lado, a doença também pode afetar indivíduos com menos de 40 anos que apresentam diabetes, hiperlipidemia ou hipertensão (CAPLAN et al., 2023). Ademais, práticas como o tabagismo, sedentarismo, sobrepeso, etilismo, uso de drogas ilícitas e contraceptivo, no caso das mulheres, influenciam diretamente no desenvolvimento do acidente vascular encefálico, principalmente, em jovens adultos entre 18 e 40 anos, onde há maior incidência quando comparado com as demais faixas etárias (ALVES et al., 2020). Outrossim, as mulheres no período da pré-menopausa possuem menor frequência de aterosclerose quando comparadas aos homens da mesma idade. Em contrapartida, a prevalência do AVE apresenta possível aumento em mulheres com idade entre 45 e 54 anos. (CAPLAN et al., 2023). Dentre os países que constituem a América Latina, o Brasil apresenta as maiores taxas de morbimortalidade por acidente vascular encefálico (AVE), sendo as mulheres mais afetadas do que os homens, uma vez que elas apresentam fatores de risco determinantes, como o uso contraindicado de anticoncepcionais orais (ALVES et al., 2020; CORRÊA et al., 2017). No que se refere aos diferentes tipos de população, no Brasil o risco de acidente vascular encefálico é maior em negros, seguidos por pardos e menor entre os brancos. Tal fato é explicado ao analisar as variáveis socioeconômicas e, sobretudo, a incidência da hipertensão arterial, principal fator de risco para a doença, haja vista que está mais presente entre os negros (LOTUFO et al., 2013). Com isso, as medidas preventivas adotadas pelas estratégias de saúde ganharam destaque no que se refere à educação, orientação e esclarecimento acerca dos hábitos e práticas, fatores de risco no geral, que podem levar o indivíduo às doenças incapacitantes, como o acidente vascular encefálico, algo que seria evitado com a adoção de um estilo de vida mais saudável (ALVES et al., 2020).

REFERÊNCIAS

ALVES, B. / O. / O.-M. Acidente vascular cerebral (AVC) | Biblioteca Virtual em Saúde MS. Disponível em: <https://bvsms.saude.gov.br/avc-acidente-vascular-cerebral/>. 2015.

CLAUDIO, R. S. et al. ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO ISQUÊMICO

EM ADULTOS JOVENS: UMA DOENÇA CADA VEZ MAIS PREVALENTE. Anais do Congresso Regional de Emergências Médicas (CREMED-CO), v. 0, n. 03, 2020.

CARVALHO, I. A. DE; DEODATO, L. F. F. FATORES DE RISCO DO ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO. Revista Rios, v. 10, n. 11, p. 180-191, 1 dez. 2016.

CAPLAN, L. R. CLINICAL DIAGNOSIS OF STROKE SUBTYPES. UpToDate. Disponível em: https://www.uptodate.com/contents/clinical-diagnosis-of-stroke-subtypes. Aug. 2023.

ALVES, C. L.; SANTANA, D. S. DE; AOYAMA, E. DE A. ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO EM ADULTOS JOVENS COM ÊNFASE NOS FATORES DE RISCO. Revista Brasileira Interdisciplinar de Saúde, 2020.

CORRÊA, DA; FELISBINO-MENDES, MS; MENDES, MS; MALTA, DC. FACTORS ASSOCIATED WITH THE CONTRAINDICATED USE OF ORAL CONTRACEPTIVES IN BRAZIL. Rev. Saúde Pública. 12 de janeiro, 2017.

LOTUFO; BENSENOR, P. A. E; MARTINS, I. J. RAZA Y MORTALIDAD CEREBROVASCULAR EN BRASIL. Revista de Saúde Pública [online]. 2013, v. 47, n. 6.

ANÁLISE DO GRAU

DE CONHECIMENTO DE ACADÊMICOS ACERCA

DAS VACINAS E SUAS IMPLICAÇÕES NO ÂMBITO DA SAÚDE PÚBLICA

Francisco Celson Sousa de Sales Filho – fcsdsf.med23@uea.edu.br

Thiago Soares Martins – tsm.med23@uea.edu.br

Matheus Glória Lopes – mgl.med23@uea.edu.br

Hyana Bianca Nascimento Lima da Silva – hbnlds.med23@ue.edu.br

Maria Eduarda Mota Feitoza – memf.enf23@uea.edu.br

Fernanda Marinho Pereira – fmp.med23@uea.edu.br

INTRODUÇÃO

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, a vacina é uma tecnologia capaz de induzir uma resposta imunológica no indivíduo por meio da introdução de um antígeno. Por meio dessa técnica, os mecanismos do sistema imunológico trabalharão em cima do que foi introduzido , estabelecendo novas medidas de defesa. (“Como funcionam as vacinas”, 2020). As vacinas, como uma forma de imunização ativa - o contato do indivíduo com o organismo desencadeia reações-, dividem-se em basicamente dois tipos: as vivas atenuadas, com agentes com pouca atividade e pouca virulência, e as não vivas, com agentes desativados mediantes técnicas fisico-químicas ou engenharia genética (BRASIL, 2019). Contudo, é perceptível que para a prevenção de endemias, epidemias e pandemias na população mundial, somente o de-

senvolvimento tecnológico não é suficiente, sendo, então, imprescindível a existência de uma cobertura vacinal em larga escala, por meio de análises epidemiológicas, a fim de garantir o isolamento e a contenção da distribuição do patógeno a ser combatido na população. A disponibilização dessa tecnologia para o consumo em massa é realizada no país por meio do Programa Nacional de Imunização (PNI), o qual estabelece as diretrizes das Campanhas de Vacinação anuais, a partir das vacinas aprovadas, em meio a rigorosos trâmites e testes, pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária. “PNI: entenda como funciona um dos maiores programas de vacinação do mundo” (UNA-SUS, 2020). A instauração desses mecanismos de prevenção e promoção estatais devem seguir as diretrizes implantadas pelo Sistema Único de Saúde, dentre elas destacam-se a Descentralização e a Regionalização, das quais com estudos epidemiológicos, as particularidades de cada região do país são delimitadas, bem como as respectivas endemias e epidemias e vigor. As coberturas vacinais atreladas ao incremento do nível das vacinas, demonstram resultados positivos, como relata o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e o Banco Mundial, que de 2000 a 2007, com campanhas de vacinação contra o sarampo, 74% das mortes foram reduzidas na região dos países em desenvolvimento, bem como a redução de 125 países endêmicos de poliomielite, para somente 4 (HOMMA e colaboradores, 2011). Entretanto, mesmo com as expressivas evidências resguardando a qualidade e efetividade dessa tecnologia, é evidente a existência de movimentos que são contrários a distribuição e consumo em massa, os movimentos antivacina, atitudes essas frutos de desconhecimento e aspectos socioculturais, interferindo, assim, na cobertura vacinal (SUCCI,2018). Portanto, nessa pesquisa é apresentada a análise do grau de conhecimento dos alunos do primeiro período de medicina da Escola de Saúde do Amazonas, por meio de uma análise quantitativa, para averiguar o conteúdo dos universitários sobre prevenção, promoção e funcionalidade das vacina.

OBJETIVOS

O estudo objetiva analisar o grau de conhecimento de alunos de medicina, buscando estimar o domínio sobre a funcionalidade, os processos de prevenção e promoção de saúde com as vacinas e fatores que fomentam os movimentos antivacina, em prol de averiguar as lacunas existentes naqueles que irão compor o quadro de profissionais responsáveis pelo manejo dessa tecnologia imprescindível na saúde coletiva.

MÉTODOS

Em relação aos materiais empregados na pesquisa, destacam-se um computador e um celular de propriedade do próprio pesquisador, sem artifícios adicionais. No quesito acadêmico, as publicações selecionadas são de artigos, periódicos e livros, nos idiomas em inglês e português, de bases de dados, como Scielo, ScienceDirect, Pubmed, Google Acadêmico, Science.gov e JSTOR, separando somente os que explicitam questões relacionadas à vacinação, aspectos fisiológicos, promoção e prevenção de saúde com vacinas. A elaboração da pesquisa se dará por meio do método quatitativo, atrelada a uma reavaliação sistemática científica e objetiva, com o estabelecimento de um formulário semiaberto na plataforma Google Forms, de modo online e resguardando a privacidade do entrevistado. A partir da aquisição dos dados, as análises e as compilações das informações serão realizadas na referida plataforma. Resultados parciais: nesse interim, a partir da análise da literatura existente e subsequente pesquisa são perceptíveis lacunas, com grau de nível intermediário, no conhecimento acerca de todo o âmbito da saúde pública na qual as vacinas estão inclusas, perpassando desde o seu processo de manufatura até os componentes legais que resguardam o funcionamento do PNI. Nesse contexto, medidas de incremento do ensino sobre o funcionamento da saúde coletiva são fulcrais, em virtude do fato desses acadêmicos serem o futuros profissionais que irão compor o quadro de responsáveis por essa tecnologia (HOMMA e colaboradores, 2020).

REFERÊNCIAS

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HOMMA, A. et al. Pela reconquista das altas coberturas vacinais. Cadernos de Saúde Pública, v. 39, n. 3, p. e00240022, 2023.

ANÁLISE SOBRE OS

DESAFIOS DA INCLUSÃO DE ESTUDANTES COM TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE

NAS UNIVERSIDADES

Fernanda Marinho Pereira – fmp.med23@uea.edu.br

Francisco Celson Sousa de Sales Filho – fcsdsf.med23@uea.edu.br

Hyana Bianca Nascimento Lima da Silva – hbnlds.med23@uea.edu.br

Maria Eduarda Mota Feitoza – memf.enf23@uea.edu.br

Matheus Glória Lopes – mgl.med23@uea.edu.br

Thiago Soares Martins – tsm.med23@uea.edu.br

INTRODUÇÃO

O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é um transtorno neurobiológico amplamente reconhecido por suas causas genéticas e pelos sintomas característicos que incluem falta de atenção, inquietação e impulsividade. Embora seja mais comumente associado à infância, o TDAH não se limita a essa fase da vida, muitas vezes acompanhando o indivíduo ao longo de sua jornada adulta (OLIVEIRA, 2015). A Associação Brasileira do Déficit de Atenção (2014) estima que cerca de 60% das crianças e adolescentes com TDAH persistem com sintomas de desatenção, hiperatividade e impulsividade na fase adulta, embora em menor intensidade. A transição para a vida adulta traz desafios adicionais para aqueles com TDAH, que muitas vezes enfrentam dificuldades na organização e no planejamento de suas atividades diárias. A tarefa de determinar o

que é mais importante entre várias responsabilidades pode ser esmagadora, levando ao estresse e à procrastinação (SANTANA, 2019). A falta de organização pode ter impactos significativos na vida acadêmica, especialmente para estudantes universitários, que podem enfrentar problemas de conclusão de tarefas e gerenciamento do tempo. A importância de abordar esse tema no contexto universitário é crucial, uma vez que a falta de reconhecimento por parte das instituições sobre o impacto negativo do TDAH, pode agravar ainda mais os desafios enfrentados pelos estudantes (DO NASCIMENTO, 2021). A Lei nº 14.254, promulgada em 2021, busca fornecer amparo a esse grupo de estudantes no ambiente educacional, mas sua implementação efetiva tem sido limitada devido à falta de reconhecimento das necessidades específicas dos alunos com TDAH por parte das universidades (CADF, 2022). Dessa forma, essa análise tem o objetivo de estabelecer um diálogo importante com profissionais da saúde e educadores, tanto futuros quanto atuais, sobre a importância do apoio aos alunos com TDAH e como lidar com as situações em que esse grupo precisa de assistência.

OBJETIVOS

O intuito do estudo é analisar os impactos, estigma social e dificuldades enfrentadas por estudantes com TDAH, bem comocompreender a postura das universidades em relação aos estudantes detentores dessa patologia e como isso influencia no desempenho acadêmico dos alunos inseridos nesse grupo.

MÉTODOS

O método aplicado classifica-se como um estudo qualitativo que busca explorar considerações acerca da patologia do TDAH, os impactos e os desafios disso no âmbito universitário. Além disso, a fundamentação teórica foi construída com base em artigos encontradas em diversas fontes de dados, tais como a Comunidade Acadêmica Federada (CAFe), PubMed, Scielo e UpToDate, por meio dos seguintes descritores: “ADHD in university students” e “inclusion for students with ADHD”. Foram utilizados artigos publicados no período entre 2015 e 2023 nas línguas portuguesa e inglesa. Como critérios de inclusão foram selecionados temas relacionados à integração de estudantes detentores de TDAH, e de exclusão todos não relacionados.

RESULTADOS PARCIAIS

A análise das literaturas sobre o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) revela uma série de aspectos relevantes para compreender sua influência no ambiente acadêmico. Inicialmente, é importante ressaltar que o TDAH é considerado um distúrbio neurobiológico, conforme definido pela Organização Mundial de Saúde (OMS), e que está associado a desafios no processo de aprendizagem. Além disso, as literaturas enfatizam que há uma base genética e familiar para esse transtorno, o que acrescenta complexidade à sua compreensão (DO NASCIMENTO, 2021). A fisiologia do TDAH também foi discutida, destacando que esse transtorno está relacionado a problemas na neurotransmissão dopaminérgica em diferentes áreas cerebrais, como o córtex pré-frontal, amígdala e regiões subcorticais (GOUDOCHNIKOV, 2021). Um aspecto significativo a ser abordado é o estigma social associado ao TDAH e como isso afeta a inclusão de estudantes universitários que enfrentam esse transtorno. Os estigmas e estereótipos frequentemente levam a um reconhecimento inadequado por parte dos educadores, resultando na marginalização e na subestimação das habilidades dos alunos com TDAH (CADF, 2022). A Lei Federal nº 14.254, promulgada em 2021, é mencionada como um marco legal fundamental para garantir os direitos dos estudantes com TDAH. Essa legislação exige um acompanhamento integral e apoio educacional e terapêutico nas instituições de ensino, incluindo universidades. No entanto, a efetiva implementação da lei requer regulamentações mais detalhadas e a conscientização sobre o transtorno entre educadores (SANTANA, 2019). Além disso, é importante ressaltar o impacto do TDAH no desempenho acadêmico dos estudantes, os sintomas característicos, como impulsividade e desatenção, podem prejudicar a organização do tempo e das tarefas acadêmicas, afetando negativamente a adaptação dos estudantes na universidade (OLIVEIRA, 2015; ZIEGLER, 2021). Por último, os núcleos de acessibilidade nas instituições de ensino superior emergem como um recurso vital para apoiar a inclusão de estudantes com TDAH e outros transtornos de aprendizagem. Esses núcleos desempenham um papel crucial na eliminação de barreiras e na promoção de um ambiente educacional inclusivo e igualitário (CADF, 2022). Esses aspectos destacados na literatura ilustram a complexidade das questões relacionadas ao TDAH no ambiente acadêmico e enfatizam a necessidade de ações práticas e políticas para garantir a inclusão efetiva desses estudantes.

REFERÊNCIAS

CADF, Oliveira; REIS, L. P. C. UNIVERSITÁRIOS COM TDAH, PROJETO DE VIDA E NÚCLEO DE ACESSIBILIDADE: APOIO À INCLUSÃO. 2022.

DO NASCIMENTO, Karolyne Luna; ALVEZ, Cícero Eugênio Tomaz; CARVALHO, Martha Milene Fontenelle. TDAH E AS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM. Revista Magistro, v. 1, n. 23, 2021.

GOUDOCHNIKOV, Natália Viktorovna Santos. TDAH e Ansiedade Social em estudantes universitários. 2021.

OLIVEIRA, Clarissa Tochetto de; DIAS, Ana Cristina Garcia. Repercussões do transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH) na experiência universitária. Psicologia: Ciência e Profissão, v. 35, p. 613629, 2015.

SANTANA, Priscila F. A inclusão do jovem adulto com TDAH no ensino superior. 2019.

ZIEGLER, DE LIMA, Heliane; DOS SANTOS, Daniel Kerry. O diagnóstico de TDAH e seus efeitos de subjetivação: uma análise das trajetórias escolares de jovens universitários. Estudos Interdisciplinares em Psicologia, v. 12, n. 1, p. 27-51, 2021.

EDUCAÇÃO PARA JOVENS E CRIANÇAS: AÇÕES DE UM PROGRAMA DE EXTENSÃO NA

COMUNIDADE AMAZONENSE

Hyana Bianca Nascimento Lima da Silva – hbnlds.med23@uea.edu.br

Leonardo Benedictis Ferreira Coelho – lbfc.med23@uea.edu.br

Francisco Celson Sousa de Sales Filho - fcsdsf.med23@uea.edu.br

Fernanda Marinho Pereira – fmp.med23@uea.edu.br

Maria Eduarda Mota Feitoza – memf.enf23@uea.edu.br

Matheus Glória Lopes – mgl.med23@uea.edu.br

Thiago Soares Martins – tsm.med23@uea.edu.br

INTRODUÇÃO

Ações extensionistas configuram-se, no ambiente universitário, o elo mais próximo entre instituição e comunidade. Esse vínculo é promovido por um processo educacional-científico em que os discentes têm a oportunidade de serem agentes de transformação locais na realidade circundante (Fórum De Pró-Reitores Das Universidades Brasileiras, 2010). Assim, através da troca de saberes, os conteúdos em saúde distendem-se a todos, levando as contribuições da universidade para a população (Lima, 2003). Nesse viés, a introdução de acadêmicos em vivências, promovidas pelas ações extensionistas, cotidianas da sociedade contribuem para a formação em saúde. Os discentes, assim como descrito nos relatos reunidos neste trabalho, desenvolvem competências primordiais para lidar com os desafios do exercício profissional. A extensão possibilita a formação de indivíduos críticos, reflexivos, preparados para atenderem as demandas em saúde contribuindo com futuras melhorias (Saraiva, 2007). A promoção em saúde e a comunicação em saúde são necessárias para a sociedade. A formação dessa perspectiva remete à questão da inserção do indivíduo no

meio social. De maneira mais aprofundada, a promoção da saúde envolve os condicionantes sociais de saúde, isto é, trabalha a saúde a partir da resolução sistemática dos impactos dos condicionantes no dia-a-dia do indivíduo. Logo, refere-se ao fato de ampliar a consciência social sobre a saúde do cidadão estar atrelada ao meio que vive (Buss, 2010). Então, a comunicação é um fator desafiador relevante, pois é necessário adaptar a divulgação das informações científicas para o contexto mais próximo da realidade do público-alvo. Evidentemente, as ações extensionistas constroem um cenário ideal para o tripé de ensino, pesquisa e extensão. Nelas, os discentes são estimulados à produção de materiais, à utilização dos conhecimentos adquiridos em sala de aula e à formação do elo entre a universidade e a sociedade, respectivamente. Assim, reafirmando o compromisso da instituição em formar profissionais completos.

OBJETIVOS

O presente estudo busca relatar a experiência dos discentes extensionistas na elaboração do conteúdo programático para uma ação em escola pública, a vivência e os desafios enfrentados para a apresentação dos assuntos produzidos.

METODOLOGIA

Trata-se de um relato de experiência descritivo da vivência dos autores, discentes do curso de Medicina da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), durante pesquisas realizadas, dentro de um programa de extensão da UEA, para ações educativas em saúde a serem realizadas nas escolas do Amazonas objetivando o público infanto-juvenil. A referida experiência ocorreu nas ações propostas pelo programa de extensão CEGEPAM (Centro de Estudo em Gerontologia, Pesquisa e Extensão do Amazonas), pelos subgrupos do setor de pesquisas, dos quais os presentes autores integram os de Saúde Coletiva e Neurologia, com a pretensão de apresentar conteúdos sobre saúde para jovens e crianças do ensino básico de maneira facilitada , a fim de que as informações fossem apreendidas por todos. Os relatos descrevem desde as etapas de elaboração do material a ser usado para as apresentações, demonstrando os cuidados com a linguagem utilizada, a escolha metódica dos assuntos a serem abordados, a ludicidade das dinâmicas criadas para maior interação do público com o conteúdo exposto, à efetividade

das ações nas escolas ressaltando os aspectos positivos e negativos da experiência durante à execução. As discussões levantadas neste texto foram redigidas com base em publicações disponíveis nas bases de dados SciELO, Medline, LILACS e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS).

RESULTADOS E DISCUSSÕES

A partir das descrições fornecidas pelos discentes foi concluído o êxito da ação promovida pelo programa de extensão tanto no aspecto social da iniciativa quanto no educacional-científico, no qual declararam terem desenvolvido habilidades pouco exploradas, até então, no ambiente universitário. Ao questionar os aprendizados advindos da experiência, discorreram sobre habilidades de pesquisa, comunicação e adaptação aos diferentes ambientes e públicos. As respostas contribuem para constatação do valor imprescindível das ações extensionistas para a formação em saúde, ressaltando que elas constituem a relação mais direta entre a universidade e a comunidade, reafirmando o compromisso social dessas instituições na formação de profissionais de saúde munidos de competências, para além da técnica, preparados para levar informação promovendo saúde à população (Fórum De Pró-Reitores Das Universidades Brasileiras, 2010). Na experiência relatada, os discentes, após receberem as temáticas, iniciaram a elaboração do material, etapa na qual afirmaram ter como grande desafio a construção de uma linguagem facilitada para transmitir os conhecimentos ao público infanto-juvenil. A dificuldade em comunicar conteúdos em saúde, de maneira didática, para a comunidade é um obstáculo frequentemente encontrado pelos profissionais de saúde uma vez que estes adquirem uma formação pautada na aquisição de conhecimentos técnicos insuficientemente acompanhados da prática, dissociando o saber do fazer (Santana et al., 2021). Nesse viés, discute-se a relevância do tripé ensino-pesquisa-extensão sob uma lógica simultânea , interdependente na construção de uma cultura acadêmica de diálogo entre sociedade-instituição (Fernandes et al., 2012). Um grupo de participantes do programa, responsável pela apresentação do tema “Neurocognição e alimentação” para crianças, descreveu a árdua tarefa de encontrar nas bases de dados nacionais de pesquisas em saúde, publicações científicas completas e seguras do assunto, fato que demonstra a necessidade de ampliação de pesquisas locais sobre assuntos incidentes na saúde populacional brasileira. A equipe relatou ser desproporcional alguns dos dados obtidos em

produções estrangeiras com a realidade nutricional dos jovens e crianças do país. Diante disso, utilizaram, na pesquisa, conteúdos relativos às qualidades nutricionais dos alimentos amazônicos para elucidar os melhores exemplos de alimentação saudável dentro do contexto vivenciado pelos interlocutores, com a explanação, através de dinâmicas lúdicas que fizessem o público infantil compreender melhor a apresentação, criando um espaço descontraído onde as crianças pudiam interagir com o assunto. A preparação do material é o primeiro desafio do projeto. Em segundo plano está a realização da ação, que envolve a apresentação do conteúdo na escola. Para isso, os extensionistas foram à Escola Valdemiro Peres Lustoza, localizada no bairro Compensa/ Manaus-Am. O público-alvo eram jovens do nono ano do centro de ensino. O objetivo era a abordagem da temática de “Gravidez na adolescência e ISTs”, assunto que preocupava o corpo docente do colégio. Ao chegar no local, fomos direcionados à primeira turma, a qual estava cheia. Portanto, iniciamos a apresentação. Em primeira análise, os alunos estavam distantes do assunto, sentiam vergonha em determinados temas — principalmente nas abordagens sobre a utilização dos métodos contraceptivos e na colocação do preservativo masculino e feminino. Em segunda análise, os extensionistas corroboraram o distanciamento, pois utilizaram uma linguagem mais técnica e, consequentemente, alheia à realidade dos estudantes. Com efeito, ao fim da roda de conversa não houveram perguntas. Diante disso, a professora que nos acompanhava alertou sobre a forma de comunicação. A linguagem mais próxima da realidade dos jovens permite que a informação seja mais facilmente compreendida, pois valoriza os interlocutores e coloca os indivíduos como protagonistas de suas realidades (Rothberg, 2022). Assim, houve uma mudança gradativa na linguagem e nos métodos utilizados para facilitar a comunicação. Fator muito importante para as turmas subsequentes, que interagiam mais com os extensionistas. No entanto, a vergonha dos jovens diante aos assuntos sobre os métodos contraceptivos e seus meios de utilização ainda era persistente. Logo, havia um imbróglio comunicacional que impedia a chegada dessas informações mais naturalmente. Desse modo, um dos extensionistas sugeriu a apresentação de um material audiovisual com aspecto mais humorístico, a fim de aproximar a comunicação e de dar mais leveza ao ambiente. Aliviar o peso da informação, a vergonha e a sensibilidade que ela causa nos jovens é mais efetivo para evitar a repetição do problema tratado e serve como um alívio para situações extenuantes. Nesse ínterim, as duas últimas turmas apresentaram maior produtividade para a atividade, já que receberam as informações mais traduzidas para o contexto escolar e com

mais leveza (Rothberg, 2022) . Por conseguinte, os alunos tiraram dúvidas sobre métodos contraceptivos, pediram preservativos e participaram de maneira ativa da roda de conversa. Sob esse prisma, a ação extensionista é uma experiência que exige do universitário grande capacidade de adaptação e de planejamento. Além disso, contribui com a melhoria da comunicação em saúde e do entendimento do discente sobre os determinantes sociais de saúde.

REFERÊNCIAS

BUSS, Paulo M. O conceito de promoção da saúde e os determinantes sociais. Agência Fiocruz de Notícias, 2010. Disponível em: https://agencia. fiocruz.br/o-conceito-de-promo%C3%A7%C3%A3o-da-sa%C3%BAde-e-os- determinantes-sociais. Acesso em: 29 set. 2023.

FERNANDES, Marcelo Costa et al. Universidade e a extensão universitária: a visão dos moradores das comunidades circunvizinhas. Educação em Revista, v. 28, n. 4, p. 169-194, dez. 2012. Disponível em: https://doi. org/10.1590/s0102-46982012000400007. Acesso em: 27 set. 2023.

FÓRUM DE PRÓ-REITORES DE EXTENSÃO DAS UNIVERSIDADES PÚBLICAS BRASILEIRAS – FORPROEX, 2010, Belo Horizonte. Extensão Universitária: organização e sistematização. Belo Horizonte: COOPMED, 2010.

LIMA, C. L. D. C. O papel da extensão na universidade. Leopoldianum, Santos, v. 28, n. 78, p. 11-38, jun. 2003.

ROTHBERG, Danilo et al. Qualidade na comunicação promotora da saúde: diálogos entre a literatura especializada e as perspectivas dos jovens. Comunicação & educação, v. 27, n. 2, p. 49-62, 2022.

SANTANA, Regis Rodrigues et al. Extensão Universitária como Prática Educativa na Promoção da Saúde. Educação & Realidade, v. 46, n. 2, 2021. Disponível em: https://doi.org/10.1590/2175-623698702. Acesso em: 28 set. 2023.

SARAIVA, J. L. Papel da Extensão Universitária na Formação de Estudantes e Professores. Brasília Médica, Brasília, v. 44, n. 3, p. 220-225, 2007.

RESUMO EXPANDIDO SOBRE

SAÚDE BUCAL, VISITAS AO DENTISTA E SAÚDE BUCAL NA VIDA ACADÊMICA

Autor principal – isaqueveras05@gmail.com

Colaborador 1 – jjurema@uea.edu.br

A Saúde Bucal na Atenção Primária à Saúde (APS): A Atenção

Primária à Saúde (APS) é um conceito que foi estabelecido em 1978 durante a conferência de Alma-Ata, no Cazaquistão, e tem sido implementado de diversas maneiras ao redor do mundo. No contexto brasileiro, o Ministério da Saúde define a APS como um conjunto de ações odontológicas realizadas no primeiro nível de atenção dos sistemas de saúde, abordando tanto cuidados individuais quanto coletivos. O enfoque principal da APS é fornecer cuidados bucais contínuos e acessíveis, centrados no paciente e abrangendo a promoção da saúde bucal, prevenção de doenças, diagnóstico, tratamento, reabilitação e manutenção da saúde (Alma-Ata, 1978; Ministério da Saúde, 2012).

As diretrizes estabelecidas por Starfield em 2002 têm servido como referência na APS, enfatizando a importância de uma abordagem integral e centrada no paciente. Isso significa que a atenção não se limita ao tratamento de doenças específicas, mas também considera o contexto de vida do paciente, seus fatores de risco, histórico familiar e outros aspectos relevantes para sua saúde. A APS visa estabelecer uma relação de confiança entre profissional de saúde e paciente, promovendo a participação ativa do indivíduo em seu próprio cuidado (Starfield B., 2002).

A importância da saúde bucal é fundamental, uma vez que engloba a manutenção do estado da boca, dos dentes e das estruturas orofaciais, permitindo que as pessoas desempenhem funções essenciais, como comer, respirar e falar, e afetando dimensões psicossociais, como autoconfiança e bem-estar. A saúde bucal é uma parte integrante da saúde geral e influencia a participação dos indivíduos na sociedade e seu potencial de realização (OMS, 2023).

Problemas de Saúde Bucal e Suas Consequências: No entanto, apesar da importância da saúde bucal, problemas como cáries e doenças periodontais ainda são prevalentes em muitas populações. Um dos principais desafios é o aparecimento de cáries, especialmente em crianças entre 5 e 6 anos. Além disso, mais de 61% dos adultos brasileiros apresentam algum tipo de doença periodontal, que é considerada a sexta doença mais prevalente no mundo e está associada à diminuição da qualidade de vida e a problemas na saúde bucal e geral (EA, Del Buono, 2022).

A falta de cuidados com a saúde bucal pode ter consequências significativas na vida cotidiana. A negligência na higiene bucal adequada abre portas para uma série de problemas dentários, como cáries e doenças gengivais. Além disso, problemas bucais não tratados podem se espalhar para outras partes do corpo, aumentando o risco de complicações graves. Alguns estudos científicos têm demonstrado a relação direta entre a saúde bucal e a saúde geral do organismo, associando doenças periodontais a doenças cardíacas, diabetes, acidente vascular cerebral e parto prematuro em gestantes (Chapple et al., 2017; Sanz et al., 2020).

Importância das Visitas ao Dentista: Um dos pilares para manter a saúde bucal é a realização de visitas regulares ao dentista. O dentista desempenha um papel crucial na prevenção, diagnóstico e tratamento de problemas dentários. Durante exames odontológicos regulares, é possível identificar cáries, doenças gengivais, lesões orais e outros distúrbios em estágios iniciais, permitindo tratamento preciso e oportuno. Além disso, a limpeza profissional realizada pelo dentista remove a placa bacteriana e o tártaro dos dentes, prevenindo problemas futuros (Ministério da Saúde, 2012).

Apesar da importância das visitas ao dentista, é preocupante que uma parcela significativa da população brasileira ainda evite consultas odontológicas regulares. Mais de 11% dos brasileiros, incluindo adultos e adolescentes, nunca foram ao dentista. Isso é particularmente relevante, pois muitos desses indivíduos estão na faixa etária economicamente ativa do país (Jornal Edição do Brasil, 2020).

O medo e a ansiedade em relação a tratamentos dentários são barreiras significativas para a busca de cuidados odontológicos. O medo pode ser adquirido na infância, por meio de relatos assustadores de parentes ou amigos, e afeta uma parcela substancial da população, contribuindo para a evitação das consultas ao dentista (Milgrom e Weintein,1993).

Outra barreira importante é a questão financeira, com pessoas de baixa renda ou sem acesso a planos de saúde odontológicos enfrentando dificuldades para buscar serviços odontológicos regulares (Pinto et al., 2018).

Saúde Bucal na Vida Acadêmica: A saúde bucal desempenha um papel crítico na vida acadêmica dos estudantes, afetando diretamente seu bem-estar geral e desempenho acadêmico. Estabelecer uma rotina de cuidados bucais adequada, incluindo escovação regular, uso de fio dental e visitas periódicas ao dentista, é fundamental para prevenir problemas dentários que podem impactar o rendimento acadêmico (Jornal of School Health).

Pesquisas demonstram que crianças e adolescentes com melhores condições de saúde bucal tendem a ter um melhor desempenho escolar do que aqueles que enfrentam problemas bucais. Isso ocorre porque uma boca saudável permite que os alunos se concentrem melhor nas atividades acadêmicas, evitando desconforto e distração causados por problemas dentários.

Além disso, a saúde bucal está diretamente ligada à saúde mental e ao bem-estar dos estudantes. Problemas dentários, como dores de dente, podem causar estresse e ansiedade, afetando a autoestima e a interação social. Uma boa saúde bucal contribui para a autoconfiança, melhorando a qualidade de vida dos estudantes (Jornal of School Health).

REFERÊNCIAS

Fiorillo L. Oral Health: The First Step to Well-Being. Medicina (Kaunas). 2019 Oct 7;55(10):676. doi: 10.3390/medicina55100676. PMID: 31591341; PMCID: PMC6843908.

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Ministério da Saúde. Saúde Brasil 2019: uma análise da situação de saúde e das causas externas. Brasília: Ministério da Saúde, 2020.

VILELA, Maria Carolina Nunes; FERREIRA, Gustavo Zanna; SANTOS, Paulo Sérgio da Silva; REZENDE, Nathalie Pepe Medeiros de. Cuidados bucais e pneumonia nosocomial: revisão sistemática. einstein (São Paulo), São Paulo, v. 13, n. 2, p. 290-296, maio. 2015. https://doi.org/10.1590/ S1679-45082015RW2980

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Starfield B. Atenção Primária: equilíbrio entre necessidades de saúde, serviços e tecnologia Brasília: UNESCO, Ministério da Saúde (MS); 2002.

Brasil. Portaria nº 2.488, de 21 de outubro de 2011. Aprova a Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes e normas para a Organização da Atenção Básica, para a Estratégia Saúde da Família (ESF) e o Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS). Diário Oficial da União 2011; 24 out.

Chapple, I. L., Mealey, B. L., Van Dyke, T. E., & Bartold, P. M. (2017). Periodontal health and gingival diseases and conditions on an intact and a reduced periodontium: Consensus report of workgroup 1 of the 2017 World Workshop on the Classification of Periodontal and Peri-Implant Diseases and Conditions. Journal of Clinical Periodontology, 45(Suppl 20), S68-S77.

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CONHEÇA A HISTÓRIA DA ODONTOLOGIA, Unit, 18 de abr. 2023, https://www.unit.br/blog/conheca-a-historia-da-odontologia, Acesso em: 06 de jul. De 2023.

MAIS DE 11% DA POPULAÇÃO NUNCA FOI AO DENTISTA, Jornal Edição do Brasil, 25 dez. De 2020, https://edicaodobrasil.com.br/2020/12/25/ mais-de-11-da-populacao- brasileira-nunca-foi-ao- dentista/#:~:text=Dados%20do%20Instituto%20Brasileiro%20de,idosos%20n%C3%A3o%2 0possuem%20nenhum%20dente. Acesso em: 9 de jul. De 2023.

SAUDE BUCAL, Conselho Federal de Odontologia, 2014 ,https://website.cfo.org.br/wp- content/uploads/2014/11/H%C3%A1bitosAtitudeseComportamentosnaSa%C3%BAdeBucal. pdf. Acesso em: 10 de jul. De 2023.

INFLUÊNCIA DE ESTÍMULOS MENTAIS NA PRESERVAÇÃO DA DEMÊNCIA

Thiago Soares Martins – tsm.med23@uea.edu.br

Fernanda Marinho Pereira – fmp.med23@uea.edu.br

Hyana Bianca Nascimento Lima da Silva – hbnlds.med23@uea.edu.br

Matheus Glória Lopes – mgl.med23@uea.edu.br

Maria Eduarda Mota Feitoza – memf.enf23@uea.edu.br

Francisco Celson Sousa de Sales Filho – fcsdsf.med23@uea.edu.br

INTRODUÇÃO

O envelhecimento segue como o principal fator de risco para elaboração de doenças neurodegenerativas, incluindo doença de Alzheimer (DA) e doença de Parkinson (DP). A incidência é de 1% em indivíduos com idade igual ou maior que 65 anos, e sua prevalência continua a aumentar com o passar dos anos, a quantidade de medicamento para reverter tal situação é ínfima. A demência é uma condição neurológica progressiva específica pelas funções cognitivas, incluindo memória, raciocínio, atenção e linguagem. Afeta milhões de pessoas em todo o mundo e tem um impacto significativo na qualidade de vida dos pacientes e de seus cuidadores. Este resumo expandido examinará a influência dos estímulos mentais na preservação da função cognitiva em pacientes com demência, explorando estratégias que possam ajudar a retardar a progressão da doença. O tema sobre a prevenção de doenças neurodegenerativas como Parkinson e Alzheimer vem se tornando tema de vários estudos nos últimos anos, principalmente pela descoberta diariamente da neuroplasticidade cerebral e seus mecanismos de prevenção de doenças degenerativas. Isso

se torna ainda mais evidente quando se trata do tema Reserva Cognitiva (RC), o qual se tornou o assunto chave na busca por prevenir ou amenizar futuras doenças da terceira idade com sintomas de: dificuldade de elaborar ideias, demência, problemas ao se expressar.

OBJETIVOS

O objetivo deste estudo é analisar e sintetizar as evidências científicas disponíveis sobre como os estímulos mentais podem contribuir para retardar o desenvolvimento ou atenuar os sintomas da demência, proporcionando uma visão abrangente do estado atual da pesquisa nessa área.

MÉTODOS

Para alcançar nosso objetivo, realizamos uma revisão abrangente da literatura científica, analisando estudos clínicos, revisões sistemáticas e meta- análises relacionadas à influência dos estímulos mentais na preservação de doenças neurológicas. Os critérios de inclusão foram estudos publicados nos últimos dez anos e que tiveram resultados relevantes sobre o tema. Faz uso de plataforma de banco de dados como o PubMed.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Ao longo dos anos muitas pesquisas comprovaram a eficiência da atividade física na prevenção de muitas doenças, como as neurodegenerativas, por outro lado, a atividade cognitiva também teve seu efeito considerável na prevenção ou preservação frente a riscos de doenças como demência. Pettigrew C (2019) relata que ambas as atividades foram associadas a diminuição significativas de doenças que afetam o hipocampo, dessa forma, estudos sugerem que atividades que estimulam o treino de funções cognitivas melhoram notadamente a eficiência da rede pré-frontal, impactando assim, positivamente, no funcionamento do cérebro face ao declínio cognitivo. Nesse sentindo, atividades que exigem memorização como: leitura provoca não apenas uma reserva cognitiva, mas também fornece um fortalecimento neural e promove uma maior plasticidade dos

circuitos neurais. Cheng ST (2016) é enfático ao afirmar as estruturas cerebrais afetadas com o envelhecimento biológico como: putâmen e o córtex pré-frontal, essas regiões são corticais e subcorticais, tendo influência direta na preservação cognitiva do indivíduo, paralelamente a isso, cita-se um estudo ocorrido em Londres, no qual comparou-se motoristas de taxi, os quais não possuíam uma rota fixa, portanto mudavam rotineiramente os caminhos percorridos, com motorista de ônibus, os quais tinham rotas fixas, observou-se um maior desenvolvimento na parede posterior do hipocampo dos taxistas, demostrando assim, a influência do processo cognitivo na preservação da estrutura que está relacionada à memória. Stern Y (2012) observa a importância do estimulo cognitivo desde a juventude, citando assim as evidencias epidemiológicas para a RC, como indivíduos que apresentavam menos de 8 anos de escolaridade possuíam risco 2,2 vezes maior em comparação com aqueles que apresentavam maior escolaridade. Outra experiência citada foi a prática de 13 atividades como: tricô ou música ou outro hobby, caminhar por prazer ou excursão, visitar amigos ou parentes, ser visitado por parentes ou amigos, condicionamento físico, ir ao cinema ou restaurantes ou eventos esportivos, ler revistas, jornais ou livros, assistir televisão ou ouvir rádio, fazer trabalho voluntário comunitário não remunerado, jogar cartas, jogos ou bingo, ir a um clube ou centro, ir às aulas e ir à igreja ou sinagoga ou templo, relatando 38% menor a chance de apresentar demência a praticantes dessas tarefas. Observa-se, com isso, o impacto do estimulo neurológico para a preservação de doença neurodegenerativa, sendo crucial para uma melhor qualidade de vida na terceira idade, aproveitando dessa forma a neuroplasticidade cerebral e estimulando, de maneira ativa, esse mecanismo fisiológico que vem sendo estudado cada vez mais.

CONCLUSÃO

Com base nas evidências disponíveis, fica claro que a estimulação mental desempenha um papel fundamental na preservação da função cognitiva em pacientes com demência. Intervenções que promovem a atividade cerebral, como terapia ocupacional, jogos cognitivos e interações sociais, proporcionam benefícios benéficos na qualidade de vida dos pacientes e na desaceleração da progressão da doença. É essencial que profissionais de saúde e cuidadores considerem a incorporação dessas estratégias como parte integrante do plano de cuidados para pacientes com demência.

REFERÊNCIAS

Hou Y, Dan X, Babbar M, Wei Y, Hasselbalch SG, Croteau DL, Bohr VA. Ageing as a risk factor for neurodegenerative disease. Nat Rev Neurol. 2019 Oct;15(10):565-581. doi: 10.1038/s41582-019-0244-7. Epub 2019 Sep 9. PMID: 31501588.

Pettigrew C, Soldan A. Defining Cognitive Reserve and Implications for Cognitive Aging. Curr Neurol Neurosci Rep. 2019 Jan 9;19(1):1. doi: 10.1007/s11910-019-0917-z. PMID: 30627880; PMCID: PMC7812665.

Cheng ST. Cognitive Reserve and the Prevention of Dementia: the Role of Physical and Cognitive Activities. Curr Psychiatry Rep. 2016 Sep;18(9):85. doi: 10.1007/s11920-016-0721-2. PMID: 27481112; PMCID: PMC4969323.

Stern Y. Cognitive reserve in ageing and Alzheimer’s disease. Lancet Neurol. 2012 Nov;11(11):1006-12. doi: 10.1016/S1474-4422(12)701916. PMID: 23079557; PMCID: PMC3507991.

METODOLOGIAS ATIVAS

NA FORMAÇÃO DE PROFISSIONAIS DE SAÚDE

NA DISCIPLINA DE AISRELATO DE EXPERIÊNCIA

Hyana Bianca Nascimento Lima da Silva – hbnlds med23@uea edu br José Vítor de França Xavier – ivdfx.med23@uea.edu.br

INTRODUÇÃO

Metodologias ativas de aprendizagem são modelos de ensmo nos quais os alunos assumem a centralidade no processo de aprender (Lovato; Michelotti; Loreto, 2018). Os professores constituem-se como orientadores para construção do conhecimento, dando-lhes apenas os instrumentos (Almeida; Batista, 2013). Este trabalho foi escrito a partir de relatos de experiência, dos discentes, durante uma oficina da disciplina de Atenção Integral à Saúde (AIS). A metodologia empregada na atividade foi a “Aprendizagem Baseada em Projetos” (Project-Based Leaming), na qual os alunos tinham como tarefa a criação de um projeto didático sobre políticas públicas para apresentarem aos demais alunos no formato de seminário, tomando o ensino de saúde coletiva mais atraente aos discentes. Assim, evidenciam-se os desafios da educação de ensino superior para a transformação do modelo tradicional de ensino na formação em saúde (Custódio et al., 2019). As metodologias ativas seguem as premissas das Diretrizes Curriculares Nacionais da área da saúde (DCN) que visam definir um perfil acadêmico e profissional com as habilidades ne-

cessárias para abordar as questões de saúde do país e promovem mudanças nos currículos acadêmicos para incluir novas abordagens de ensino. Os relatos de experiência no texto enfatizam a importância das metodologias de ensino ativas na formação em saúde, ao mesmo tempo em que identificam os desafios enfrentados ao implementá-las nas universidades.

OBJETIVOS

O trabalho tem como focos principais a análise da utilização de metodologias ativas na formação em saúde, através da apresentação de uma experiência na disciplina AIS. Também explora os desafios que ainda persistem na incorporação dessas metodologias no ambiente universitário, além de destacar a importância da aprendizagem ativa na capacitação de profissionais de saúde para o Sistema Único de Saúde (SUS).

METODOLOGIA

Neste estudo, uma oficina na disciplina de Atenção Integral à Saúde da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) dividiu os alunos em grupos e atribuiu temas relacionados a políticas públicas na região amazônica e no Brasil. Os alunos pesquisaram e apresentaram seus temas em formato de seminário, com orientação dos professores ao longo de quatro semanas com o intuito de conscientizar os futuros profissionais de saúde da turma. O foco deste relato foi o Programa Nacional de Imunização (PNI). Os alunos conduziram pesquisas individuais, compartilharam conhecimentos entre a equipe e apresentaram suas descobertas. Este trabalho recorre a artigos e revisões de literatura em bases de dados como SciELO, Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e Google Scholar, resultando em 14 publicações relevantes.

RESULTADOS

A partir da análise dos relatos recolhidos, foi possível apreender aspectos relevantes quanto à metodologia empregada. Quanto ao aspecto social, os alunos relataram ter desenvolvido habilidades de comunicação, resolução ativa de problemas e de dificuldades em dinâmicas de grupo, gestão de tarefas e um pensamento crítico em relação ao que foi aprendido e sua aplicação na realidade, habilidades essenciais ao profissional formado para o SUS. No aspecto

intelectual, desenvolveram autonomia em relação à aquisição do conhecimento, melhor absorção, além de um maior engajamento com o conteúdo e, consequentemente, desejo de conhecer mais. Finalmente, no aspecto profissional, os discentes descreveram segurança em repassar o conhecimento apreendido para outras pessoas, e uma compreensão melhor do funcionamento do sistema de saúde e do PNI (sua relevância, organização, dificuldades, etc.) e seu papel como profissional de saúde na sociedade. Em relação aos desafios enfrentados, obteve-se uma resposta consensual, de que as maiores dificuldades foram: em encontrar informações seguras e completas nos banco de dados nacionais de pesquisas em saúde, acompanhadas de entraves na colaboração de alguns integrantes do grupo na produção do material de pesquisa previamente distribuído. Diante dessas dificuldades, refinaram ainda mais os descritores de pesquisa, com o fim de achar informações mais direcionadas, e estabeleceram a comunicação direta com a equipe para a resolução do problema em grupo. Ao fim do relato, reafirmaram a relevância da experiência para a aquisição de conhecimentos sobre as políticas públicas brasileiras em conjunto com uma metodologia ativa imprescindível para o desenvolvimento de habilidades tanto sociais, quanto acadêmicas, assim como, futuramente, profissionais.

DISCUSSÕES

A literatura sobre o uso de metodologias ativas na formação de profissionais de saúde geralmente reconhece sua eficácia em comparação com métodos de ensino tradicionais. Este estudo destaca que o pensamento crítico é desenvolvido por meio de metodologias ativas, semelhante ao que foi observado em outros estudos (Carbogim et al., 2017). No entanto, é enfatizada a necessidade de pesquisas mais rigorosas para confirmar essa conclusão. Além disso, as competências de gestão também são aprimoradas por meio de metodologias ativas, como evidenciado por um estudo anterior (Benítez-Chavira et al., 2023). Isso é particularmente relevante para futuros profissionais de saúde, pois a gestão de projetos é uma habilidade crucial. Os alunos também relatam uma maior capacidade de solucionar problemas e aplicar soluções na prática, o que é consistente com outros estudos (Kim et al., 2016) que demonstraram melhorias na resolução de problemas entre estudantes de saúde. A abordagem de integração entre teoria e prática nas metodologias ativas parece ser um fator chave para esses resultados, fortalecendo a formação de profissionais alinhados com as diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS). Além disso, os alunos demonstram independência na aquisição e re-

tenção do conhecimento, o que também é apoiado por pesquisas anteriores (Diesel et al., 2017). Esse maior envolvimento dos estudantes com o conteúdo contribui para sua formação acadêmica e profissional. Além disso, desafios foram encontrados em relação ao seguimento do projeto, principalmente na questão do trabalho em equipe e acesso a informações. Primeiramente, houve a curva de aprendizado com o uso das bases de pesquisa, o que explica a falta de dados completos e confiáveis inicialmente, e a posterior melhora com o refinamento das palavras-chave pelos discentes. Quanto às dificuldades de trabalho em equipe, essas foram superadas com o diálogo e a comunicação, habilidades também desenvolvidas na experiência. Similarmente, outros estudos como os de Roman et al. (2017) enfatizam achados semelhantes a partir de uma revisão integrativa da literatura já publicada. No entanto, Pinto e Marin (2021) diferem ao relatar dificuldades para o trabalho em equipe em egressos de uma faculdade de enfermagem que fez uso das metodologias ativas na sua grade. Essas diferenças, podem ser explicadas pela diferença entre a ABP, metodologia aplicada neste último estudo, e a Aprendizagem Baseada em Projetos, que exige uma colaboração maior entre os alunos para a realização do projeto didático. Outro aspecto a ser analisado é a relutância de alguns alunos em aderir às novas metodologias, o que pode ser explicado pelo choque proveniente da transição da metodologia tradicional para essa mais moderna (Assunção, 2021). Ainda assim, a maioria dos discentes descreveu a experiência como envolvente e geradora de maior engajamento com o conteúdo, o que também é observado amplamente no resultado de outros autores (Custódio et al., 2019; Sakamoto et al., 2020; Xavier et al., 2014). Essa ocorrência é predominantemente atribuída à familiaridade que o discente desenvolve com os conhecimentos adquiridos de maneira autodidata e sua subsequente aplicação prática, uma distinção notável em relação ao paradigma do ensino tradicional, caracterizado pela transmissão unidirecional de informações por meio de palestras, monólogos e a participação passiva do aluno no processo de aprendizado. Ademais, não foram identificadas complicações em relação à competência do professor na implementação da metodologia ativa. Este cenário diverge de achados documentados em estudos anteriores (Almeida; Batista, 2013; Custódio et al., 2019), que destacaram a falta de preparo dos docentes no contexto das metodologias ativas, bem como a insuficiência de recursos de infraestrutura, como bibliotecas desatualizadas. Estas discrepâncias podem ser explicadas pela experiência prévia dos professores envolvidos neste estudo com as metodologias ativas e pelo fato de que a universidade dispunha de instalações relativamente modernas.

Por fim, alguns aspectos descritos nos relatos deste estudo são inovadores para a literatura existente. Os discentes retrataram estar mais aptos e motivados à transmissão dos conhecimentos adquiridos em saúde coletiva, na disciplina de AIS, principalmente devido à maior compreensão e consciência de seus papéis como profissionais de saúde na sociedade. Esse tipo de habilidade é imprescindível para o profissional formado pelo SUS, para o SUS, e a replicação dessa experiência pode contribuir para profissionais conscientes de seu papel e ativos na mudança do cenário em saúde para melhor. Este estudo limita-se pela abordagem qualitativa, limitando a sua capacidade de fazer inferências estatísticas, e o viés de memória associado aos relatos pós-experiências. No entanto, os achados ainda são pertinentes e válidos à luz da literatura atual e podem contribuir significativamente para a formação dos futuros profissionais de saúde.

REFERÊNCIAS

ALMEIDA, E. G.; BATISTA, N. A. Desempenho docente no contexto PBL: essência para aprendizagem e formação médica. Revista Brasileira de Educação Médica, v. 37, p. 192-201, jun. 2013.

ASSUNÇÃO, A. Á. Metodologias ativas de aprendizagem: práticas no ensino da Saúde Coletiva para alunos de Medicina. Revista Brasileira de Educação Médica, v. 45, p. e145, 28 jun. 2021.

BENÍTEZ-CHAVIRA, L. A. et al. O efeito da Aprendizagem Baseada em Problemas nas habilidades de Gestão do Cuidado: Estudo quase-experimental. Revista Latino-Americana de Enfermagem, v. 31, p. e3866, 27 mar. 2023.

CARBOGIM, F. DA C. et al. Modelo de ensino ativo para o desenvolvimento do pensamento crítico. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 72, p. 293-298, fev. 2019.

COLARES, K. T. P.; OLIVEIRA, W. DE. Metodologias Ativas na formação profissional em saúde: uma revisão. 28 ago. 2018.

CUSTÓDIO, J. B. et al. Desafios Associados à Formação do Médico em Saúde Coletiva no Curso de Medicina de uma Universidade Pública do Ceará. Revista Brasileira de Educação Médica, v. 43, p. 114-121,jun. 2019.

DIESEL, A.; BALDEZ, A. L. S.; MARTINS, S. N. Os princípios das metodologias ativas de ensino: uma abordagem teórica. Revista Thema, v. 14, n. 1, p. 268-288, 23 fev. 2017.

KIM, H.-R. et al. Effects of team-based learning on problem-solving, knowledge and clinicai performance of Korean nursing students. Nurse Education Today, v. 38, p. 115-118, mar. 2016.

LOVATO, F. L.; MICHELOTTI, A.; LORETO, E. L. DA S. Metodologias Ativas de Aprendizagem: Uma Breve Revisão. Acta Scientiae, v. 20, n. 2, 15 maio 2018.

ROMAN, C. et al. Metodologias ativas de ensino-aprendizagem no processo de ensino em saúde no Brasil: uma revisão narrativa. 2017.

PINTO, A. A. M.; MARIN, M. J. S. Visão do estudante de enfermagem sobre aprendizagem ativa e sua inserção no mercado de trabalho. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 74, p. e20190168, 30 jul. 2021.

SAKAMOTO, S. R. et al. Aprendizagem baseada em equipes: um ensaio clínico randomizado na graduação em enfermagem. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 73, p. e20180621, 30 mar. 2020.

XAVIER, L. N. et al. ANALISANDO AS METODOLOGIAS ATIVAS NA FORMAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE: UMA REVISÃO INTEGRATIVA. SANARE - Revista de Políticas Públicas, v. 13, n. 1, 1 out. 2014.

OS BENEFÍCIOS DA ATIVIDADE

FÍSICA NO PROCESSO DE ENVELHECIMENTO

Maria Eduarda Mota Feitoza – memf.enf23@uea.edu.br

Fernanda Marinho Pereira – fmp.med23@uea.edu.br

Francisco Celson Sousa de Sales Filho – fcsdsf.med23@uea.edu.brl

Hyana Bianca Nascimento Lima da Silva – hbnlds.med23@uea.edu.br

Matheus Glória Lopes – mgl.med23@uea.edu.br

Thiago Soares Martins – tsm.med23@uea.edu.br

INTRODUÇÃO

A sociedade hodierna constituída por mulheres que enfrentaram o patriarcado e estão conquistando o seu espaço aponta para mudanças expressivas nos índices de natalidade humana. Já que aquela mulher que passava seus dias em casa e não tinha outro dever além de ser mãe, passou a estudar e trabalhar buscando uma vida igualitário ao homem. Porém, com esse grande feito e aliado à métodos contraceptivos mais eficazes também houve uma queda absurda nos nascimentos, o que revela que estatisticamente a humanidade tende a enfrentar um declínio nos gráficos populacionais, uma vez que o mundo caminha para o envelhecimento da população. O envelhecimento pode ser definido como um conjunto de modificações fisiológicas, morfológicas, bioquímicas e psicológicas que determinam a perda progressiva da capacidade de adaptação do ser vivo ao meio ambiente, sendo um processo dinâmico e natural ao ser humano. Em contrapartida a esse fato inato ao homem está a atividade física, que se correlaciona a inúmeros benefícios físicos e mentais colaborando para a manutenção da saúde do idoso. Visto que, atenua o processo natural

de envelhecimento, melhorando as capacidades funcionais e o desempenho cognitivo, influenciando diretamente na saúde do cérebro. A prática regular de atividade física é capaz de melhorar a circulação sanguínea, fortalecer o sistema imunológico, ajudar a emagrecer, diminuir o risco de doenças cardíacas e fortalecer os ossos, por exemplo. Esses benefícios podem ser alcançados em cerca de um mês após o início da atividade física regular, como caminhadas, pular corda, correr, dançar ou praticar musculação. Além disso, as atividades físicas também têm muitos benefícios para a saúde do cérebro de idosos, incluindo melhora da memória e da capacidade de neuroplasticidade. Isto porque os exercícios aumentam a circulação sanguínea no cérebro, a produção de neurotransmissores como noradrenalina e serotonina, e estimulam o desenvolvimento do hipocampo no cérebro, que é a região responsável pela memória. Alguns estudos mostram que as atividades físicas, mesmo quando não são realizadas de forma regular, aumentam a capacidade da memória, a velocidade de processamento das informações, a atenção e o desempenho de atividades corriqueiras.

OBJETIVOS

O intuito do estudo é relatar aspectos da prática regular de exercícios físicos na saúde do idoso, e a importância dessa rotina para um envelhecimento proveitoso e livre de maiores complicações.

METODOLOGIA

Trata- se de um estudo de revisão bibliográfica do tipo descritivo e de caráter qualitativo acerca dos benefícios da atividade física no processo de envelhecimento. Como apoio bibliográfico foram usados artigos e publicações disponíveis na Biblioteca Virtual de Saúde (BIREME), Scielo e Medline, usando como palavras-chave envelhecimento e atividade física. Os artigos utilizados estão datados do coorte metodológico de 11 anos (2003-2014), publicados tanto na língua portuguesa quanto na língua inglesa. Como critério de inclusão foram selecionados temas como envelhecimento saudável e o benefício da atividade física ao cérebro do idoso, e de exclusão todos os não selecionados.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Ao analisar as literaturas percebe- se uma crescente na discussão sobre a importância da atividade física no processo de envelhecimento, visto que foi comprovado por meios científicos que estimula o corpo humano e trás inúmeros benefícios para a saúde, fortalecendo o corpo e a mente. Desse modo, é válido ressaltar que um dos maiores benefícios evidenciados com a prática da atividade física é a melhora na cognição e desenvolvimento cerebral, pois há um forte estímulo de todas as áreas motoras do cérebro, o que acarreta melhora na coordenação motora e independência na realização de uma série de tarefas. Além disso, há uma percepção gritante na diferença da memória de um indivíduo idoso praticante de exercícios físicos regulares para um idoso que não tem esse hábito, estudos têm demonstrado que pessoas que são fisicamente ativas parecem menos suscetíveis ao declínio cognitivo e demência em períodos mais avançados da vida do que pessoas insuficientemente ativas. Antunes et al. verificaram o desempenho de idosas em testes neuropsicológicos antes e após um programa de condicionamento físico aeróbio com duração de seis meses, em que os resultados revelaram que o grupo experimenta melhorou significativamente na atenção, memória, agilidade motora e humor em relação ao grupo controle (sedentários). Isso demonstra que a hipótese levantada se comprova na realidade e mantém- se útil para auxílio de tratamentos relacionados com a terceira idade.

CONCLUSÃO

Diante dos aspectos tratados nessa revisão, observa- se que há duas evidências do mundo moderno: o envelhecimento populacional e o incentivo frenético às atividades físicas. Independente da faixa etária em que ocorra a sua inclusão e da frequência semanal, essas sempre trarão algum tipo de benefício. É consenso que os exercícios físicos geram saúde corporal e mental, sendo um processo que deveria ocorrer ao longo da vida e adequado a cada etapa existencial. Assim, é possível concluir que a atividade física é uma coadjuvante na promoção de saúde dos idosos, pois há concordância de que a qualidade de vida fica mais efetiva e apresentam- se melhoras progressivas na disposição, autonomia e independência na prática de qualquer atividade.

REFERÊNCIAS

ALMEIDA, S.T. Modificações da percepção corporal e do processo de envelhecimento no indivíduo idoso pertencente ao grupo Reviver. Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano, Passo Fundo, 2004.

ANDREOTTI, M.C.; OKUMA, S.S. Perfil sociodemográfico e de adesão inicial de idosos ingressantes em um programa de educação física. Revista da Universidade de São Paulo, 2003.

ANTUNES, H.K.M.; SANTOS, R.F. Exercício físico e função cognitiva: uma revisão. Revista Brasileira de Medina Esportiva, 2006.

BORINI, M.L.; CINTRA, F.A. Representações sociais da participação em atividades de lazer em grupos da terceira idade. Revista Brasileira de Enfermagem, Brasília, 2002.

CAMARANO, A.A; KANSO, S.; MELLO, J.L. Os novos idosos brasileiros muito além dos 60? Rio de Janeiro: Ipea, 2004.

CONTE, E.M.T; LOPES, A.S. Qualidade de vida e atividade física em mulheres idosas. Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano, Passo Fundo, 2005.

CORDEIRO, J.; FREITAS, C.S. Efeitos da atividade física na memória declarativa, capacidade funcional e qualidade de vida nos idosos. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, Santa Maria (RS), 2014.

GONÇALVES, M.P.; TOMAZ, C.; SANGOI, C. Considerações sobre o envelhecimento, memória e atividade física. Revista Brasileira de Ciência e Movimento, 2006.

SAÚDE MASCULINA: ANÁLISE

QUANTITATIVA A RESPEITO DA QUALIDADE DE SAÚDE

DOS

HOMENS T2 DO PRIMEIRO

PERÍODO DA ESCOLA

SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

Yuri Alexandre Rodrigues Frota – yarf.enf23@uea.edu.br

Jefferson Jurema da Silva – jjurema@uea.edu.br

Adonay Souza Ferreira – asf.enf23@uea.edu.br

INTRODUÇÃO

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), desde 1946, foi definido que a saúde é como um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas como a ausência de doença ou enfermidade no que trata a definição de homem a construção do conceito do que é ser homem parte muito além de uma visão biológica, ser homem surge de um ideal social e antropológico, onde o papel do homem varia de acordo com a cultura e lugar onde estar inserido. Desde a infância o homem é doutrinado com pensamentos de que a dor dele, seja interna ou externa, é irrelevante no panorama geral. Logo, durante seu desenvolvimento pouco se discute a saúde mental e física do homem, o “papel do homem” o coloca como protetor dos demais fazendo assim com que o tempo para o autocuidado seja escasso ou muitas vezes inexistente. Com o desenvolvimento da diversidade, se perde a visão do homem como um ser vil e passa a ser trilhado métodos para a melhoria de qualidade de vida desses. Como em 2009, onde foi regulamen-

tada a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem (PNAISH) para ampliar a procura por serviços de saúde entre os homens com o intuito de diminuir a porcentagem da morbidade e da mortalidade dessa população por meio do enfrentamento aos fatores de risco e vulnerabilidades. De acordo com Sistema Único de Saúde (2009) o PNAISH possui 5 diretrizes: Acesso e acolhimento; Saúde sexual e saúde reprodutiva; Paternidade e cuidado; Doenças prevalentes na população masculina; Prevenção de violências e acidentes. Um levantamento do Centro de Referência em Saúde do Homem de São Paulo (2022) mostra que 70% das pessoas do sexo masculino que procuram um consultório médico tiveram a influência da mulher ou de filhos. O estudo também revela que mais da metade desses pacientes adiaram a ida ao médico e já chegaram com doenças em estágio avançado. Após a criação de campanhas e programas voltados para a saúde masculina é possível notar um aumento dessa população no setor de atendimento primário da saúde, contudo, ainda bem inferior a porcentagem de mulheres. Homens adolescentes ainda possuem uma certa dificuldade em prezar pela própria saúde, como exemplo no uso de preservativos, muitos jovens ao terem sua primeira relação sexual não fazem o uso de preservativo e continuam com esse hábito até o surgimento de alguma infecção sexualmente transmissível (IST), fato é que muitos adolescentes mal sabem fazer o uso de preservativo, pois pouco se discute sobre educação sexual de pai para filho, afetando assim ainda mais a saúde masculina.

OBJETIVOS

Avaliar a qualidade de saúde dos homens do primeiro período da Escola Superior de Ciências da Saúde na turma 2 de Metodologia de Pesquisa Científica. Verificar o grau de conhecimento dos homens a respeito das campanhas e programas voltados para a saúde masculina, analisar estilo de vida adotado pelos universitários da área da saúde e propor uma conscientização a respeito da empatia masculina nos futuros profissionais da saúde.

METODOLOGIA

O estudo foi realizado apenas com os alunos homens da turma 2 de Metodologia de Pesquisa Científica do primeiro período da Escola Superior de Ciências da Saúde com idade entre 18 e 28 anos, independente da etnia e esfera social, através de um formulário online que foi produzido no Google

Forms, o material utilizado foi desenvolvido e recolhido através de um Tablet e um celular. O formulário contém 13 perguntas, variando entre questões fechadas e semiabertas, com o objetivo de dá uma clareza maior sobre o estilo de vida dos alunos do primeiro período e sobre a sua interpretação a respeito da saúde do homem. O formulário foi enviado apenas para os estudantes homens da turma 2 do primeiro período da Escola Superior de Ciências da Saúde. Resultados esperados: De fato, os homens costumam ser mais ignorantes quando se trata da própria saúde, com base nas taxas e dados apresentados ao longo do trabalho se tem um vislumbre desse descaso do indivíduo com seu próprio bem estar. Na área da saúde esse panorama muda de certa forma, embora o conhecimento gerado na faculdade diminua os péssimos hábitos que a população masculina em geral costuma ter, nos futuros profissionais eles acabam substituindo um erro por outro. Possíveis conclusões: Existe a possibilidade de observar como os alunos possuem tendência a deixar sua própria saúde lado em prol de evoluir na faculdade, contudo, devido ao lugar de aprendizado em que estão inseridos muitos dos estigmas e costumes errôneos passarão a ser abandonados durante a evolução acadêmica, como exemplificado em uma resposta de aluno onde ele foi perguntado a respeito do que ele achava da frase “Homem de verdade não sente dor”: “É um termo antigo usado para transmitir masculinidade e respeito social, mas que atualmente precisa ser quebrado em prol da saúde, bem estar físico e psicológico. também é um preconceituoso, pois ridiculariza quem não segue esse padrão.”

REFERÊNCIAS

ALVES, Alex do Nascimento; COURA, Alexsandro Silva; FRANÇA, Inacia Sátiro Xavier de; et al. Acesso de primeiro contato na atenção primária: uma avaliação pela população masculina. Revista Brasileira de Epidemiologia, Campina Grande, v. 23, p. 11, 2020. Disponível em: Acesso em: 11 jul. 2023.

BRASIL. Ministério da Saúde. O estigma social que envolve a saúde masculina. [S. I.]: Ministério da Saúde, 2022. Disponível em: <https:// www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude- brasil/euquero-meexercitar/ noticias/2022/o-estigma-social-que-envolve-a-saudemasculina>. Acesso em: 11 jul. 2023.

MOREIRA, Martha Cristina Nunes; GOMES, Romeu; RIBEIRO, Claudia Regina. E agora o homem vem?! Estratégias de atenção à saúde dos

homens. Cadernos de Saúde Pública, v. 32, n. 4, 2016. DOI: https://doi. org/10.1590/0102-311X00060015. Disponível em: https://www.scielo. br/j/csp/a/RGhVSR8SHhnBFLfGB3Hj5zv/abstract/?lang=pt. Acesso em: 11 jul. 2023.

BRASIL. Ministério da Saúde. O que significa ter saúde? Muito além da ausência de doenças, é preciso considerar o bem-estar físico, mental e social. [S. I.]: Ministério da Saúde, 2020. Disponível em: <https://www. gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-brasil/eu-quero- meexercitar/noticias/2021/o-que-significa-ter-saude>.Acesso em: 11 jul. 2023.

BRASIL. Ministério da Educação. Hospitais aprimoram atendimento à população masculina. [S. I.]: Ministério da Educação, 2017. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/component/tags/tag/saude-do-homem>. Acesso em: 17 jul. 2023.

PFIZER. Saúde masculina precisa de atenção. São Paulo: Pfizer, 29 mai. 2019. Disponível em: <https://www.pfizer.com.br/noticias/ultimas-noticias/saudemasculina-precisa-de- atencao>. Acesso em: 11 jul. 2023.

Este livro, organizado pelo professor Jefferson Jurema, é um convite à reflexão sobre a sinergia entre Educação Física, Saúde e Sustentabilidade na esfera da Iniciação Científica. Combinando conhecimentos e perspectivas inovadoras, mergulharemos na intrincada teia que conecta a prática de atividades físicas à saúde holística e ao compromisso com um futuro sustentável. Prepare-se para uma jornada de descobertas, exploração e entendimento, visando não apenas a expansão do conhecimento, mas também a transformação de paradigmas em busca de um mundo mais saudável e equilibrado.

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