Revista Energia 76

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Saúde Bucal Dra. Eliana Rodrigues Rosselli - CRO-SP 86533 Doutora em Odontopediatria pela UNESP/Araçatuba Pós Doutorado em Odontopediatria pela FOP/UNICAMP

Cárie dentária em bebês e crianças: prevenção e controle

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A cárie em dentes de leite é a principal causa de dor na boca em crianças

a primeira infância, a cárie dentária está associada a vários fatores, incluindo hábitos de higiene bucal, baixo peso ao nascer, infecção por S. mutans (principal bactéria responsável pelo desenvolvimento da lesão de cárie), hipomineralização, exposição ao flúor, ingestão de alimentos ricos em sacarose, entre outros, tornando-se uma doença multifatorial. Além dos aspectos clínicos e comportamentais individuais, destacamos o papel dos fatores socioeconômicos e demográficos, que contribuem significativamente para o desenvolvimento da cárie. Como mencionado, a cárie dentária em dentes decíduos (de leite) é a principal causa de dor na boca de crianças. A cárie e a dor provocam o medo dental, levando a evitar o tratamento odontológico e, consequentemente, a uma saúde bucal ruim, que pode influenciar negativamente a qualidade de vida de crianças e pais. A Academia Americana de Odontopediatria (AAPD) reconhece que a saúde bucal da criança é um dos fundamentos sobre os quais a educação preventiva e os cuidados dentários devem ser construídos para aumentar a oportunidade de uma vida adulta saudável, sem doenças bucais. O conhecimento sobre prevenção e o cuidado com os dentes do seu filho devem ser realizados por um odontopediatra de sua confiança, e serem iniciados antes dos 12 meses de idade. A visita inicial deve incluir a avaliação do risco de desenvolver cáries, determinação de um plano de prevenção e intervalo para reavaliação periódica. Fornecer orientações antecipadas sobre o desenvolvimento dentário, o uso do flúor, hábitos de sucção (chupeta, dedo...), dentição, prevenção de lesões, instrução de higiene bucal e os efeitos da dieta na dentição também são componentes importantes da visita inicial.

Claudia Ianeli Baroni Ragazzi

odontologia CROSP 52443

A higiene bucal deve ser realizada no mínimo 2 vezes ao dia (até os 2 anos) e 3 vezes ou mais (acima de 2 anos). Enquanto a criança ainda não tem os dentes molares (os do fundo, que contêm mais sulcos e fissuras, locais de difícil alcance da escova), a limpeza pode ser feita com uma dedeira ou gaze. Depois disso, o uso da escova de dente torna-se obrigatório. Para escolher, basta seguir a indicação de idade especificada na embalagem. Segundo a Doutora e especialista em Odontopediatria Eliana Rodrigues Rosselli, o creme dental até pode causar fluorose, mas essa alteração no esmalte do dente permanente acontece por excesso de flúor ingerido pela criança sem o controle dos pais. O medo desta alteração estar presente nos futuros dentes permanentes leva os pais a escolherem a pasta dental sem flúor para seus bebês entre 6 a 48 meses de idade, e com isso tem-se observado um aumento na prevalência de cárie dentária nesta faixa etária no Brasil. Portanto, a pasta dental com flúor deve ser usada em crianças menores que 4 anos, mas na quantidade certa recomendada pelo odontopediatra e sob supervisão de um adulto. A recomendação para crianças de até 2 anos é uma quantidade que equivale ao tamanho de um grão de arroz cru. Depois disso, os pais podem aumentar gradativamente, até o tamanho de um grão de ervilha para os maiores (FIGURA). Todas essas orientações e estratégias para prevenção e tratamento da cárie dentária devem fazer parte de um plano estabelecido para garantir a saúde bucal do seu filho. 

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