Em Preto e Branco - Edição 04

ANO I - EDIÇÃO 004 TORRES, novembro/2020 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA, POIS A INFORMAÇÃO É UM DIREITO DE TODOS

UM INFORMATIVO INDEPENDENTE E COMUNITÁRIO

NAS ONDAS DA WEB O PROJETO EM PRETO & BRANCO INICIOU EM MAIO SUAS TRANSMISSÕES AO VIVO PELO FACEBOOK. MAIS DE 18 MIL PESSOAS JÁ PARTICIPARAM

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opinião

Números que animam O projeto Em Preto & Branco, como ressaltado no texto dessa edição, começou de maneira despretensiosa. Claro, sabíamos que ele poderia causar repercussão pelo seu aspecto inovador: dar voz e vez à comunidade. Ou seja, trabalhar o bom e velho jornalismo comunitário.

O que começou com a distribuição gratuita de um informativo para a comunidade de Torres, em pouco tempo virou Live no Facebook e, a partir daí, a repercussão passou a ser maior e o retorno do público também. Através das Lives podemos ter uma ideia mais clara de como está o andamento do projeto.

Em uma dessas lives, realizada no começo de outubro, quando completamos 20 apresentações em conjunto e 10 apenas do amigo Mário Dutra Santos Júnior, chegomos a marca de 18 mil visualizações. O que pode parecer pouco para alguns, para nós é uma marca expressiva, sobretudo porque não colocamos recursos financeiros, não pagamos ou impulsionamos publicação no Facebook. São pessoas que passaram a acompanhar e interagir conosco todas as semanas.

TORRES / novembro 2020

facebook.com/empretoebrancojornal

Alguns comentários recebidos nas Lives Rudinei Amaral

Helenira Lopes

Adoro as lives, sempre trazem assuntos pertinentes as questões sociais, com imparcialidade dos mediadores. Só acho que o Mário Dutra Santos Junior devia deixar o Beto Caletti falar também. Kkkkk

Faltou uma live sobre a questão cultural mais debatida nos últimos meses desde junho quando houve aprovação da Lei Aldir Blanc. Já saiu edital na nossa cidade, pode ser a pauta pra próxima!

Sempre acompanhando! Abraço

Carmem Diaz Andrade Ótimo papo. Assuntos relevantes. Parabéns. (comentário durante a Live Setembro Amarelo: mês de prevenção ao suicídio)

Mas nós, do Em Preto & Branco, achamos que aquilo que começou despretensioso, pode crescer mais. Na verdade temos objetivos de torna-lo algo maior, que possa falar cada vez mais alto pelo público que queremos atender. Há ideias demais, mas recursos de menos.

Sabemos que este jornalismo comunitário, o verdadeiro jornalismo raiz, é algo que está morrendo. Hoje, o jornalismo transformou-se em ferramenta para defesa de ideologias, para disputas políticas. Hoje, muitos jornalistas tornaram-se militantes políticos e deixaram os interesses dos público de lado.

Nós não queremos deixar isso morrer.

E para fazer ressurgir este jornalismo raiz, o projeto Em Preto & Branco passa a buscar apoiadores, patrocinadores, empresários ou profissionais que queiram associar seu nome a algo de boa repercussão.

A participação pode ser através de anúncios nas lives, no jornal ou nas plataformas que abriremos em breve, sempre dependendo desse apoio.

O que podemos dizer, até aqui, é muito obrigado a todos que nos apoiaram com sua audiência, comentário, críticas e sugestões. O que podemos dizer, a partir de agora, é que esperamos contar com o apoio comercial para podermos contar ainda mais histórias de um povo que faz e não é reconhecido.

Rotechild Santos Prestes Obrigado por convidar a nossa diretora Esportiva. Sucesso Beto e Mário. (comentário durante a Live Paradesporto: inclusão através do esporte)

Allyson Arthur Phenix Ótima iniciativa. Parabéns e sucesso nesse importante desafio. (comentário durante a live de lançamento do projeto, em maio)

Obrigado a todos vocês.

EXPEDIENTE

EmPreto&Branco é um informativo independente e mensal.

MISSÃO: Ser um veículo de comunicação engajado com pautas sociais, que promovam o bem-estar dos moradores de Torres VALORES: Honestidade na informação

Respeito às necessidades da comunidade

Independência no conteúdo editorial

Acesso à informação de forma democrática

José Antônio Marques de Figueiredo excelente tema..otima live..parabéns ao amigos Mário, Beto Caletti e para a Dra entrevistada (comentário durante a Live Setembro Amarelo: mês de prevenção ao suicídio)

Editor: Jornalista Beto Caletti (Reg. Prof. 8849 MTB/RS)

(betopcaletti@gmail.com) Fale com o editor: (51) 9 9119-7590 (somente whatsapp) Periodicidade: Mensal

Iara Lemos

EmPreto&Branco é uma publicação independente, sem relação com partidos políticos ou entidades representativas. Todo o conteúdo é produzido pela redação do informativo, sendo aceita contribuições de material jornalístico, desde que não ofenda a honra ou a integridade de outras pessoas ou entidades.

Muito importante essa live parabéns Beto Caletti e Mário júnior a cada Live do projeto Em Preto e Branco eu fico mais fã e Presente deixo aqui aplausos pra vcs (comentário durante a Live Paradesporto: inclusão através do esporte)

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TORRES / novembro 2020

Projeto sai do papel e ganha a internet Muitos não sabem, mas o Projeto Em Preto & Branco nasceu de uma despretensiosa conversa na praça de alimentação do Lindoia Shopping, na zona norte de Porto Alegre.

Após uma conversa rápida pelo telefone, o agendamento do encontro de dois amigos que há tempos não se viam. Culpa dessas coisas da vida que por vezes distanciam as pessoas, mas não o sentimento de amizade.

Entre um copo de refrigerante e outro, os conceitos de um projeto editorial fo-ram surgindo e, após algumas horas de conversa, surgia a ideia do Em Preto & Branco. A intenção era fazê-lo impresso, para que pudesse alcançar as regiões de Torres onde a falta de internet, de conectividade, ainda é uma triste realidade.

E assim foi.

Nos dias que seguiram foi de trabalho intenso.

Elaboração de pauta, definição do projeto gráfico, busca de orçamentos de impressão, definição da logística de distribuição, enfim, detalhes importantes para que um bom produto fosse entregue à comunidade de Torres.

E partimos para as entrevistas.

A receptividade ao projeto sempre foi excelente.

Desde os primeiros entrevistados, o que sempre ouvimos foram elogios à iniciativa, às pautas, ao desenvolvimento de um trabalho de comunicação diferenciado. Tão diferenciado quanto à formação dos seus idealizadores.

Mário Dutra Santos Júnior, advogado, mas também radialista e produtor de conteúdo.

Umberto Petry Caletti, jornalista profissional, mas também radialista e produtor conteúdo.

As formações diferentes foram ligadas pela formação em rádio. De certa forma, a paixão pela comunicação uniu a parceria que trouxe um projeto editorial diferenciado, que tem agradado à todos que o lêem, e, mais recente, assistem.

“Nem tudo é previsto em nossas lives mas a qualquer momento tudo pode ser mudado” Mário Dutra Santos Júnior

RELEMBRE AS NOSSAS LIVES n Apresentação do Projeto Em Preto & Branco Data: 20 de maio n Entrevista com a professora Cristiane Gomes Data: 27 de maio Participantes: Cristiane Gomes n Entrevista com Mãe Cristina de Oyá e Rudinei Amaral Data: 03 de junho Participantes: Mãe Cristina de Oyá e Rudinei Amaral n Entrevista com o poeta Talles Amaral Data: 10 de junho Participantes: Talle Amaral (devido ao temporal que caiu dias antes causando problemas na internet em Torres, esta entrevista não ocorreu) n Racismo Data: 17 dejunho Participantes: Maíra Freire e Luis Gustavo n Coronavírus Data: 24 de junho Participante: Dr. Juliano Barcelos n Covid-19 e os impactos emocionais nas pessoas Data: 01 de julho Participante: Vitória Braga Padilha n A fé mudou. A amizade não Data: 08 de julho Participantes: Karine Kuhn, Cristina Bello e Reginaldo Trevisan

Uma despretensiosa conversa em shopping deu origem ao projeto editorial

Mais de 18 mil já assistiram às lives semanais Sempre atentos às mudanças nas formas como nos comunicamos, o Projeto Em Preto & Branco, logo após a circulação da sua primeira edição, sentiu outra necessidade: expandir o seu conteúdo. Trabalhar de maneira mais aprofundada aquilo que, por causa do restrito espaço do jornal, não permitiu que fosse publicado.

Como fazer?

Simples: com Lives na página do projeto no Facebook.

A pandemia ensinou ao mundo que as transmissões ao vivo pelas redes sociais é uma excelente ferramenta de informação, cultura e entretenimento. Por isso, migrar para o ambiente virtual foi algo natural.

Assim como a edição impressa, as aparições ao vivo todas as semanas também geraram grande repercussão. Até o fechamento desta edição, foram mais de 30 Lives, sendo 20 na parceria Mário-Umberto e outras 10 do Mário com seus convidados.

A variedade de temas tem sido o diferencial deste

trabalho. Já foram abordadas pautas como racismo, coronavírus, saúde mental, aspectos do Direito, paradesporto, educação inclusiva e movimento LGBTQIA+.

Conversamos com brasileiros que moram no exterior, prestamos uma homenagem ao radialista Nelson Peres, morto devido a complicações causadas pelo novo coronavírus.

Esses foram alguns dos assutos. Juntos, somam mais de 18 mil visualizações no Facebook. Ao que aos olhos de uns pode parecer pouco, aos nossos é um número muito expressivo, sobretudo porque não investimentos recursos em publicidade. Essa é a visualização de um público cativo, que se acostumou a toda semana acompanhar a conversa sobre temas relevantes para todos, moradores de Torres ou não.

O projeto seguirá em frente. Os idealizadores sabem que estão no caminho certo graças ao incentivo recebido desde maio, data da nossa primeira Live.

Então, aguardem, que mais coisa boa vêm por aí.

LIVES MÁRIO n Quando os comunicadores também se comunicam Data: 03 de julho Participantes: Rafaela Clezar, Lauro Santos, Cézar de Melo e Dra. Patrícia Schardosim n Torres: que cidade tivemos ou ainda teremos?

Data: 10 de julho Participantes: Irena Grins, Matheus Junges e Talles Amaral n Juizados Especiais Cíveis: audiências de conciliação e ins-trução Data: 25 de julho Participantes: Dra. Magali Brum e Dr. Paulo Moog n O exercício da cidadania em tempos de pandemia Data: 03 de agosto Participantes: Valdete Souto Severo, Nelcir André Varnier e Sisara Becker n Educação Data: 14 de agosto Participantes: Alysson Arthur, Nivea Jung e Claudia Brites n OAB e pandemia Data: 18 de agosto Participantes: Ricardo Breier n Marketing digital na pandemia Data: 25 de agosto Participantes: Claudio Splitzer n Qual o papel do magistrado no Estado Democrático de Direito?

Data: 01 de setembro Participantes: Valdete Souto Severo e Nelcir André Varnier n Políticas Públicas para a população de rua em Torres pós-pandemia Data: 11 de setembro Participantes: Leslie Cristiane Gil Lonradi, Ciberen Quadros Ouriques, Nilton Policena e Rudinei Amaral n Nelson Peres por...

Data: 28 de setembro Participantes: Lauro Santos e Marcel De Rose

n Projeto Dandaras e Coronavírus Data: 15 de julho Participantes: Tina Fon e Jocelaine n A educação de crianças especiais na pandemia Data: 23 de julho Participantes: Alessandra Moreira e Renata Monteiro n Coronavírus no mundo: a pandemia segundo os brasileiros que moram no exterior Data: 29 de julho Participantes: Anivaldo Júnior (Alemanha) e Gláucia Ronchetti (Argentina) n Projeto Voltar a Confiar: os primeiros 100 dias em liberdade Data: 06 de agosto Participantes: Simone Messias Zanella n O debate continua. Projeto Voltar a Confiar: os primeiros 100 dias em liberdade Data: 13 de agosto Participantes: Simone Messias Zanella n Vida social na pandemia Data: 26 de agosto Participantes: DJ Maurício Laroque e Karina Paim n Nelson Peres Cultural FM Data: 02 de setembro Participantes: Cris Gomes, Mãe Cristina de Oyá e Rudinei Amaral n Aproximação social e digital Data: 09 de setembro Participantes: José Antônio Marques de Figueiredo n Movimento LGBTQIA+: avanços, conquistas, retrocessos Data: 16 de setembro Participantes: Gloria Crystal e André Correa n Setembro Amarelo: mês de prevenção ao suicídio Data: 22 de setembro Participante: Daniele Valiante Montiel n Paradesporto: inclusão através do esporte Data: 30 de setembro Participante: Fernanda Michaelsen da Associação Esporte + n Vamos conversar? Uma troca de ideias com quem sempre apoiou o projeto: VOCÊ Data: 08 de outubro Participantes: Mário Dutra Santos Júnior e Beto Caletti

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TORRES / novembro 2020

Os rumos da Mais de 40 anos Cultural FM de comunicação Ao longo de mais de uma década, a Rádio Cultural FM conquistou um público cativo em Torres e localidades onde chegava através das ondas da internet. Por ter criado essa proximidade, a morte de um de seus idelizadores trouxe uma incógnita: o que seria da rádio após a morte de Nelson Peres, vítima de complicações decorrentes do novo coronavírus em agosto.

O parceiro de Nelson neste projeto e amigo há mais de 30 anos, José Nilton Teixeira, trata de responder esta pergunta. Ou, ao menos, em parte. Segundo ele, o público pode ficar tranquilo que a Cultural FM não irá fechar, não deixará de existir. No entanto, neste começo, a sua programação passará por uma reformulação.

“A princípio a rádio vai seguir, de uma forma ou de outra. Estamos esperando mais algum tempo para ver o que se faz, se arrumamos equipe, se vai para outro lugar”, pondera.

Entre tantas indefinições, uma coisa é certa: a Cultural FM vai mudar de endereço

físico. Nilton explica que hoje a rádio está sediada em um espaço na casa de Nelson Peres. No entanto, a viúva nao tem interesse que ela permaneça por lá. “Ainda não sei para onde iremos, talvez mude para o centro”, disse.

Por ora, a programação mantém-se, com aproximadamente 80% dela gravada.

Do estúdio em sua casa, Nilton atualiza os noticiários que são veiculados ao longo do dia. Deste trabalho remoto, ele ainda conta com o suporte do filho de Nelson para alguma eventualidade. “Quando dá algum problema no aparelho eu falo com o filho dele que liga e desliga”, explica.

Esperando mais um tempo até tudo se acalmar para ver o que irá efetivamente fazer, Nilton elabora algumas alternativas, entre elas, acrescentar mais pessoas na diretoria. Entre essas pessoas pensa em empresários do município onde, com mais recursos financeiros, conseguiria manter a programação da Cultural FM e, quem sabe, fazê-la crescer.

Lauro Pons Santos é um nome conhecido na comunicação de Torres. Há mais de uma década vivendo na cidade, Laurinho, como é conhecido por colegas e ex-colegas de profissão, já viveu, entre outras situações, a rotina como um dos comunicadores da Rádio Cultural FM e a Sul TV, seu atual projeto.

A vida em Torres é mais um capítulo de uma vida cheia de histórias, vivências e convivências no universo da comunicação social. E a sua história, de uma forma ou de outra, sempre esteve ligada aos microfones.

A sua longa caminhada começou há mais de 40, em 1978, quando seu pai, Cândido Norberto (1926-2009), veio da Copa do Mundo da Argentina. “Eu fiz as edições do áudio do programa que ele criou, de uma hora, chamado Sons da Copa. O meu primeiro trabalho em rádio foi com Angelo Gallardo, que me levou para a Rádio Maristela, de Torres, onde fiz de tudo, como produção e operação de mesa e até redigi um programa que contava a história dos ídolos

Acervo Pessoal/Divlgação

da MPB. Tenho uma eterna gratidão ao Angelo”, diz.

Já em 1980, Lauro começa na rádio Farroupilha, quando ela ainda pertencia a rede Diários e Emissoras Associados, de Assis Chateaubriand (o mesmo que trouxe a televisão para o Brasil). Em 1982 a Farroupilha passa a pertecer a RBS, e por lá permanece até 1984, quando transfere-se para a Itapema FM, ficando até 1985.

Por mais de uma década a sua jornada dividiu-se entre a Rádio Farroupilha, onde foi produtor do comunicador Sérgio Zambiasi, e Rádio Gaúcha. Sempre atuando na área de operação de áudio, produção de vinhetas discotecário e programador, Laurinho participou da cobertura de três Copas do Mundo, mas de forma remota, direto do estúdio localizado na avenida Ipiranga.

A vivência no rádio possibilitou trabalhar com grandes nomes como Sérgio Zambiasi, Luis Braz, Luis Carlos Maciel, Jayme Copstein, Armindo Antônio Ranzolin, Bira Mangoni, entre outros.

Acervo Pessoal/Divlgação

Nilton Teixeira estuda a melhor forma de manter a Rádio Cultural FM em atividade

Parceria que se completava José Nilton Teixeira lembra com carinho da parceria de mais de 30 anos com Nelson Peres. As diferentes paixões possibilitaram uma sociedade perfeita.

“O Nelson era o político, o diplomata. Era o que ia pra rua, conversava com um e com outro, vendia o apoio. É uma coisa que eu não gosto de fazer e eu faço uma coisa que ele não sabe, então a gente se completava. Então eu fazia o que gostava e ele fazia o que gostava também”, recorda o locutor.

A amizade entre eles iniciou há mais de três décadas, quando Nelson chegou a Torres para trabalhar em uma rádio da cidade.

“Nos conhecemos na rádio e as nossas ideias

começaram a fechar, pensávamos parecido. Montamos o primeiro estúdio de gravação do litoral norte, há mais ou menos 35 anos”, lembra.

Foi a partir deste estúdio que surgiu o sonho de ter uma rádio. “Tínhamos todo equipamento. Entramos em algumas concorrências até surgira ideia da rádio comunitária”. O processo para, enfim, colocar a programação da Cultural FM no ar levou oito anos.

O locutor concorda que hoje a a rádio está entre as mais queridas pelo público. O motivo está na programação musical diferenciada e nas inserções culturais da cidade. Em 13 anos de convivência com os ouvintes já foram muitos os

eventos realizados. Mas, sem dúvidas, a cobertura do Festival de Balonismo está entre os principais.

Nelson e Nilton tornaram-se as vozes oficiais da festa. A cobertura diferenciada conquistou o carisma e a credibilidade dos balonistas. O reconhecimento do trabalho pode ser sentido nas homenagens feitas a Nelson Peres dias após a sua morte.

Os rumos que a Rádio Cultural FM irá tomar após a perda de um de seus idealizadores ainda são incertos. A certeza, porém, é que ela seguirá vivá levando música e informação de qualidade para os ouvintes.

Afinal de contas, já dizia aquela velha frase: o show não pode parar.

Tiros na madrugada

Rádio Web

Lauro trabalhava na programação da madrugada da Rádio Farroupilha, com Bira Mangoni, quando foi surpreendido com a entrega de uma fita cassete. O homem, que entregara o material, contou que o material continha o áudio com os tiros que mataram a sua ex-mulher. Os disparos foram efetuados pelo novo companheiro dela enquanto ela brincava com o gravador com o filho.

O áudio foi entregue à polícia e, em acordo com o delegado, foi levado ao ar no sábado seguinte no programa de Sérgio Zambiasi. Lauro pediu ao produtor dele para conversar e mostrar o material. Da conversa, nasceu o convite para começar a trabalhar nas tardes já no dia seguinte, antes mesmo da veiculação da reportagem.

Quando foi ao ar, com as devidas edições por conta de muitos palavrões, a repercussão foi imensa. Além da prisão do assassino, o assunto foi pauta nos principais veículos do Brasil.

Década de 1990, final séculos 20, e a internet banda larga chega a Porto Alegre.

Na sua paixão pela rádio, Lauro cria uma das primeiras Rádio Web do Brasil. A LPS Rádio ficou ininterruptamente no ar até 2016, sempre com boa receptividade. “Fizemos algumas coberturas externas, o público participava mandando mensagens, a repercussão era muito boa”, lembra.

Sul TV

Em 2009 Lauro veio morar em Torres e, no mesmo, abriu uma produtora com um sócio. Essa produtora foi o embrião do que hoje é a Sul TV. Ele salienta que a pandemia atrapalhou o projeto de crescimento do canal, que estuda parceria para ser veiculado em TV por assinatura, no caso, a NET. Mesmo enfrentando as dificuldades comerciais que um município pequeno oferece, ele não pensa em desistir do seu projeto. “Os empresários ainda não entenderam a importância das novas mídias”, lamenta.