Tabela 10.2 Padrões de defesa antipredação nos animais
Ocultação ou dissimulação
Uso de tocas ou abrigos
Mimetismo por formato ou por alteração seletiva na cor
Advertência de outras presas
Observação periódica
Orientação com relação ao vento
Andar em manadas
135 Capítulo 10 | Comportamento Antipredatório
final do abdome uma secreção volátil que contém quinonas e peróxido de hidrogênio. Diversos cefalópodes liberam uma secreção de cor escura, que funciona para reduzir a visibilidade do predador e facilitar o escape.
Alarmes intra e interespecíficos; por exemplo, em pássaros, os sons de alarme são puros, sem descontinuidade aguda (Marler, 1999)
Advertência aos predadores
Presas com sabor aversivo, com determinado padrão de coloração
Mimetismo batesiano; por exemplo, falsa-coral
Ruídos ou posturas agressivas intimidatórias
Emissão de substâncias químicas repelentes
Fuga
Fuga propriamente dita, em alta velocidade
Congelamento: distrai o predador, reduzindo a fúria do ataque
Distração; por exemplo, lagartixa
Resistência ativa
Ataque de resistência com batidas, arranhões, chutes, coices ou mordidas
Uso de chifres, espinhos ou pele tóxica
Os mecanismos que evitam a captura e o abate também podem envolver o desvio da atenção do predador. Para desestimulá-lo, muitos animais exibem displays de intimidação a fim de parecerem maiores do que realmente são. A cabeça, por ser a região anterior e referenciar a direção de fuga, além de acomodar o encéfalo, é, em geral, a região atacada pelos predadores. Alguns animais ao serem atacados, como certas serpentes, enrolam-se para escondê-la e protegê-la. Há outros com adaptações morfológicas que simulam falsas cabeças, como peixes e insetos. Normalmente, o predador tenta capturar a presa, ou abatê-la, pela cabeça e, neste caso, esta tem uma chance de fugir. Essas alterações morfológicas estão sempre associadas a comportamentos que aumentam a eficiência do “engodo”. Por exemplo, os peixes
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