Comportamento Antipredatório Capítulo 10
INTRODUÇÃO Os predadores são morfofisiologicamente moldados para a caça, pois apresentam especializações de estrutura, forma (morfofisiológicas) e de comportamento muito elaboradas e especializadas para a predação. Assim, escapar desses animais especialistas na caça e, portanto, otimizados para a predação, as presas, também apresentam adaptações, tanto estruturais quanto etológicas, que fazem do “jogo da vida” uma disputa muito interessante. Observa-se, portanto, uma dança evolucionária: presas otimizadas em evitar a predação versus predadores otimizados em garanti-la. O resultado final consiste na coevolução presa versus predador. Apenas os melhores de cada categoria deixam seus genes para as futuras gerações. As estratégias empregadas para evitar a predação dependem do repertório comportamental do indivíduo. Animais que vivem em grupos podem empregar a defesa social, quando possível, e também padrões de defesa individual se necessário (Tabela 10.1). Os mecanismos de antipredação podem ser classificados em primários, secundários e mecanismos de defesa em grupo. Os primários operam na presença ou não do predador e funcionam reduzindo a probabilidade de um encontro entre este e a presa. Em outras palavras, esses mecanismos evitam a localização da presa. O comportamento antipredatório mais comum é a fuga. Uma vez que o predador é localizado, os animais tentam fugir voando, correndo, rastejando, nadando, pulando, entre outros. Os diferentes padrões antipredação podem ser classificados em quatro categorias:
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