Procedimentos Ecoguiados em Cirurgia Vascular | Felipe Coelho Neto

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Ultrassonografia Intravascular Leonardo Aguiar Lucas

INTRODUÇÃO Desde a introdução do ultrassom (US) na prática clínica, esta modalidade vem evoluindo, proporcionando melhores padrões de imagens, e consequentemente, sendo utilizada como método diagnóstico em diversas especialidades. O ultrassom Doppler (duplex) é uma das maiores ferramentas diagnósticas em cirurgia vascular, sendo útil para avaliação da morfologia e da hemodinâmica do vaso a ser tratado. A avançada tecnologia do ultrassom Doppler com modo color de alta resolução tem fornecido resultados seguros e confiáveis na avaliação de patologias arteriais e venosas. O ultrassom intravascular (IVUS) é uma técnica minimamente invasiva que permite aquisições dinâmicas com imagens topográficas do lúmen vascular e da parede do vaso, sendo considerado atualmente o melhor método invasivo de imagem para a análise (qualitativa e quantitativa) da aterosclerose e de alguns territórios venosos.1-4 Em teoria, o uso do IVUS otimiza os resultados de longo prazo em procedimentos endovasculares. A otimização dos resultados deriva de pelo menos três fatores: 1. Reconhecimento da topografia a ser tratada, identificando topografia normal e patológica. 2. Confirmação de que não há estenose residual significante ou dissecção do vaso tratado. 3. Posicionamento e aposição dos dispositivos com avaliação do ganho luminal.

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Com o grande número de procedimentos endovasculares realizados, uma maior ênfase tem sido dada na realização de métodos de imagens adjuvantes com alto grau de acurácia. A angiografia com uso de contraste iodado durante os procedimentos endovasculares permanece como padrão-ouro, mas o desenvolvimento de modalidades adicionais certamente disponibiliza segurança e durabilidade às intervenções periféricas.3 A aplicabilidade crescente do IVUS como modalidade complementar propedêutica proporciona resultados clínicos promissores e, consequentemente, otimização da terapêutica intervencionista percutânea cardiovascular. Embora sua eficácia já tenha sido relatada em intervenções coronarianas percutâneas com implante de stent,5,6 escassos são os dados disponíveis sobre o seu uso em cirurgia vascular. Entretanto, esse método tem sido cada vez mais utilizado nas intervenções vasculares. Neste capítulo, serão apresentadas as técnicas básicas de utilização do IVUS nas doenças vasculares, com ênfase na aplicabilidade da tecnologia durante a realização de procedimentos endovasculares, bem como a casuística do grupo.

EVOLUÇÃO DA ULTRASSONOGRAFIA INTRAVASCULAR Na década de 1950, o primeiro protótipo de IVUS modo A fixado em cateteres intraluminais calibrosos foi desenvolvido com o objetivo de mensurar as dimensões intracardíacas e os movimentos cardíacos.3,7

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