Mapeamento Pré-operatório de Varizes dos Membros Inferiores Robson Barbosa de Miranda
INTRODUÇÃO Ocorreram consideráveis mudanças no diagnóstico e no manejo da doença venosa com o advento do ultrassom Doppler (USD). Inicialmente voltado ao diagnóstico de trombose venosa profunda (TVP), progressivamente foi adotado como ferramenta na investigação da insuficiência venosa. O método sonográfico foi gradualmente popularizado e incorporado em substituição ao método angiográfico (flebografia) na rotina prática do cirurgião vascular. Com a evolução técnica e a adoção inconteste do USD venoso, tornou-se obrigatório que o paciente com queixas de insuficiência venosa seja investigado sobre os aspectos de perviedade e competência valvular com o USD. E mais recentemente, com o maior interesse na terapêutica venosa instrumentada, inicialmente com a ablação química com espuma e sequencialmente com as técnicas de ablação térmica e mecânica, o USD ocupou maior espaço no dia a dia do cirurgião vascular/flebologista e seu emprego necessita de habilitação e experiência de quem o realiza. Neste capítulo, será dada ênfase aos aspectos técnicos do mapeamento do sistema venoso voltado à intervenção vascular.
CONSIDERAÇÕES TÉCNICAS INICIAIS Os objetivos do exame ecográfico para mapeamento pré-operatório são descritos na Tabela 1.1. Sinteticamente devem-se avaliar
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a perviedade e a competência dos sistemas venosos profundo, superficial e das veias perfurantes, identificando segmentos de refluxo e dilatação e suas origens e deságues.
AJUSTES DO EQUIPAMENTO É necessário equipamento de USD com capacidade de fluxo colorido, fixo ou portátil que atenda aos seguintes pré-requisitos: Transdutor(es) linear(es) idealmente com faixa de frequência de trabalho entre 5 e 12MHz no modo B. Transdutor(es) curvilinear(es) com faixa de frequência de trabalho entre 3,5 e 5MHz no modo B (Figura 1.1) para
Tabela 1.1 Objetivos do exame ecográfico venoso para mapeamento pré-operatório Identificar
a perviedade dos sistemas venosos superficial e profundo Avaliar as junções safenofemorais quanto à morfologia e à competência valvular Avaliar as junções safenopoplíteas quanto à anatomia, à morfologia e à competência valvular Avaliar a competência das veias perfurantes Determinar as fontes de refluxo axiais, suas origens e pontos de reentrada Descrever veias varicosas não safênicas e suas fontes de refluxo, relevantes para o tratamento Identificar achados adicionais relevantes para o manejo do paciente
C o p y r i g h t ©2 0 1 6E d i t o r aR u b i oL t d a . Ne t o . P r o c e d i me n t o sE c o g u i a d o se mC i r u r g i aV a s c u l a r . Al g u ma sp á g i n a s , n ã os e q u e n c i a i s , ee mb a i x ar e s o l u ç ã o .
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