Fundamentos da Cultura de Tecido e Células Animais
então invertida sobre uma lâmina de vidro contendo uma cavidade no centro (lâmina escavada) e, em seguida, vedada nas bordas com parafina (Figura 2.1). Com esta técnica, chamada gota pendente (hanging drop), o tecido se mantinha vivo por um período de 1 a 4 semanas, desde que fosse preparado sob rigorosa assepsia.3 Como, naquela época, os recursos da fotografia científica estavam ainda em fase inicial, a morfologia da cultura era registrada por meio de desenho das imagens obtidas pelo microscópio. Um recurso bastante utilizado foi a câmera lúcida, que possibilitou a realização do desenho sem que o observador necessitasse retirar os olhos da lente ocular do microscópio. Esse dispositivo óptico, patenteado em 1806 por William Hyde Wollaston, foi muito utilizado por pintores e desenhistas na época, sendo ainda hoje usado por artistas. Com o avanço das técnicas de microscopia, os cientistas conectarem esse aparelho ao microscópio, o que permitiu então maior facilidade no registro das imagens (Figura 2.2). Na ocasião, a Universidade de Yale, nos EUA, interessada nesse trabalho, convidou Harrison para chefiar o Departamento de Zoologia. Em poucos anos o
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Figura 2.1 (A a E) Experiência de Harrison. Técnica da gota pendente (hanging drop). Em uma lamínula (2,2 × 2,2cm) estéril é colocada uma gota de linfa de sapo (A). Adição do fragmento do tecido (B). A lamínula é invertida sobre uma lâmina escavada estéril (C). Vedação com parafina (D). Montagem final (E). Vista frontal. Lâmina escavada (1); lamínula (2); tecido e linfa de sapo (3); parafina (4) (ver caderno em cores)
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C o p y r i g h t ©2 0 1 4E d i t o r aR u b i oL t d a . R e b e l l o . F u n d a me n t o sd aC u l t u r ad eT e c i d oeC é l u l a sAn i ma i s . Al g u ma sp á g i n a s , n ã os e q u e n c i a i s , ee mb a i x ar e s o l u ç ã o .
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