Cirurgia Endovascular e Angiorradiologia | Sergio Quilici Belczak

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Figura 61.4 (A a G) Angiografia com subtração digital mostrando os sinais clássicos de sangramento digestivo. Arteriografia a partir de cateterismo superseletivo de ramo arterial jejunal mostrando extravasamento de contraste para alça intestinal (sinal direto de sangramento) (A). Arteriografia do tronco celíaco mostrando amputação (seta) da artéria gastroduodenal (sinal indireto de sangramento) (B). Cateterismo superseletivo da artéria gastroduodenal. Nota-se que a artéria, previamente amputada, estava pérvia (seta) (C). Arteriografia a partir da artéria hepática própria mostrando pseudoaneurisma (sinal indireto de sangramento) de ramo arterial do segmento hepático V (seta) (D). (Observação: a causa do pseudoaneurisma foi punção de ramo arterial durante punção hepática para drenagem biliar percutânea); angiodis­ plasia jejunal (E a G); arteriografia mesentérica superior mostrando ramo arterial jejunal de grosso calibre e tortuoso (setas), vaso suspeito de irrigar alguma malformação vascular ou neoplasia (E); sequência da mesma angiografia mostra emaranhado com desarranjo vascular na fase arterial (seta azul) e retorno venoso precoce (seta branca) compatível com angiodisplasia (sinal indireto de sangramento) (F e G)

INDICAÇÕES PARA ABORDAGEM INTERVENCIONISTA

EMBOLIZAÇÃO DE HEMORRAGIA DIGESTIVA AGUDA

A terapia transcateter inicia-se necessariamente com um diagnóstico angiográfico adequado, devendo ser indicada nos casos em que a abordagem endoscópica falha ou não localiza o foco de sangramento ou quando não é possível visualizar este na endoscopia em função do grande volume do sangramento, ou ainda quando o sangramento se mostra refratário ao tratamento clínico e/ou endoscópico. Em tais situações, há indicação de abordagem endovascular através da realização de angiografia seletiva transcateter.7,14

O tipo de anestesia utilizada para realização de arteriografia e embolização dependerá das condições clínicas e do grau de choque hipovolêmico em que se encontra o paciente. É possível realizar o procedimento somente com anestesia local, na região inguinal, na altura da artéria femoral comum, quando o paciente apresenta-se hemodinamicamente estável; em determinados casos, torna-se necessária a anestesia geral, sobretudo quando há instabilidade hemodinâmica. Pode ser necessário cateter vesical de longa permanência para controlar o débito urinário, além de monitoração da pressão arterial, da frequência cardíaca e da saturação de oxigênio, e eletrocardiograma. Tempo de protrombina abaixo de 50% ou INR >1,5 devem ser corrigidos com administração de vitamina K, reposição de fatores de coagulação e/ou administração de plasma fresco, previamente ao procedimento. A infusão de plaquetas, pouco antes e durante o procedimento, deve ser realizada quando a contagem for menor que 50.000 células/mm3. A Society of Interventional Radiology

CONTRAINDICAÇÕES As contraindicações à arteriografia e à embolização de sangramento digestivo são todas relativas. Entre elas estão: alergia ao meio de contraste, insuficiência renal, coagulopatia e resíduo de sulfato de bário, utilizado como contraste oral, no intestino. Esse resíduo prejudica a visualização do local de sangramento durante a arteriografia.13

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C o p y r i g h t ©2 0 1 6E d i t o r aR u b i oL t d a . B e l c z a k . C i r u r g i aE n d o v a s c u l a r eAn g i o r r a d i o l o g i a . Al g u ma sp á g i n a s , n ã os e q u e n c i a i s , ee mb a i x ar e s o l u ç ã o .

Capítulo 61  |  Tratamento Endovascular de Hemorragia Digestiva Aguda

05/09/2015 22:41:14


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