Hipertensão Arterial – Respostas
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O diabetes melito não constitui causa de hipertensão secundária na infância; o diabetes é a causa de hipertensão primária em crianças com obesidade infantil (Oliveira, 2004).
24. Resposta B O feocromocitoma produz hipertensão arterial paroxística ou sustentada, resultado de secreção excessiva de catecolaminas na corrente sanguínea. Contudo, essa patologia é rara, representando 0,1% dos casos. A terapia betabloqueadora é contraindicada nesse grupo de pacientes, pois causa da elevação da pressão arterial e induz vasospasmo coronariano, por meio de bloqueio da vasodilatação, mediada pelos receptores beta-adrenérgicos (Braunwald, 2008).
25. Resposta C O pseudofeocromocitoma é de difícil diagnóstico, sendo, muitas vezes, considerado o método diagnóstico por exclusão. Pacientes com este tipo de doença apresentam elevados níveis de norepinefrina pelo sistema nervoso simpático (SNS). Também são próprios dessa patologia altos níveis de metanefrina, bem como aumento da epinefrina, que contribuem para hipertensão paroxística e sintomas de hiperadrenalismo (palpitações, rubor facial e do tronco superior, sudorese) (Sharabi, 2007).
26. Resposta B A hipertensão maligna é uma forma de hipertensão arterial particularmente grave que, caso não seja tratada, geralmente leva à morte em três ou seis meses. A hipertensão maligna é bastante rara, ocorrendo em apenas um de cada duzentos indivíduos com hipertensão arterial, mas é muito mais comum na raça negra do que na raça branca, mais em homens do que em mulheres. A hipertensão maligna é uma emergência médica (Williams, 2005). Segundo Passarelli (2008), quando o indivíduo padece de uma hipertensão arterial grave ou prolongada e não tratada, apresenta sintomas como cefaleia, fadiga, náuseas, vômitos, dispneia, agitação e visão borrada, em virtude de lesões que afetam o cérebro (encefalopatia hipertensiva), os olhos (retinopatia hipertensiva de grau elevado – grau 4 – com exsudatos e papiledema), o coração (cardiopatia hipertensiva) e os rins (em forma de nefropatia hipertensiva). Ocasionalmente, os indivíduos com hipertensão arterial grave apresentam sonolência ou mesmo entram em coma em razão de edema encefálico. Esse distúrbio, denominado encefalopatia hipertensiva, requer tratamento de emergência.
27. Resposta B O objetivo do tratamento da hipertensão em pacientes idosos é a redução gradual da pressão arterial para valores pressóricos próximos de 140/90mmHg. A demência vascular é a segunda maior causa de demência em pacientes idosos, sendo ultrapassada somente pela doença de Alzheimer. Um estudo feito por Forette et al. (2002) identificou seis formas de demência vascular que foram assim descritas: demência por múltiplos infartos, demência lacunar, encefalopatia subcortical de Binswanger, angiopatia amiloide cerebral, lesões da matriz branca associada à demência e demência por infarto único. A demência grave é encontrada em cerca de 5% dos idosos com 65 anos de idade e em 15% a 20% dos pacientes acima de 80 anos de idade. A incidência de demência vascular é de 7/1.000 pessoas a cada ano.
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