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Vias de Administração da Nutrição Parenteral Nutrição parenteral periférica (NPP) M. Pertkiewicz, S. J. Dudrick Tradução: Suely I. Ciosak e Claudia Matsuba Objetivos da aprendizagem
Conhecer as indicações e as contra-indicações da nutrição parenteral periférica. Aprender as normas para inserção e manipulação do cateter. Entender as causas e aprender as medidas de prevenção das complicações.
A nutrição parenteral (NP) compreende a oferta dos nutrientes por via intravenosa. Portanto, quando a NP é indicada, torna-se necessário um acesso venoso, e uma técnica de infusão apropriada é essencial para o sucesso da nutrição. A Nutrição Parenteral pode ser administrada: Via cateter, com a extremidade localizada em uma veia central, geralmente na junção da veia cava superior com o átrio direito – NP central (NPC). Via dispositivo inserido na veia periférica, na maioria das vezes no antebraço – NP periférica (NPP). Por shunt arteriovenoso utilizado para hemodiálise ou exclusivo para nutrição parenteral, em pacientes cuja cateterização central não seja possível. A NP com previsão de mais de sete dias de duração deve ser realizada por meio de um acesso venoso central visto risco de tromboflebite causada pela hiperosmolaridade da solução de nutrientes, mas sob algumas circunstâncias a solução nutricional pode ser infundida por um acesso venoso periférico. Como nos últimos 30 anos muitas formas diferentes de nutrição parenteral periférica têm sido usadas, parece ser razoável discuti-las brevemente.
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Revisão O conceito de NPP foi primeiramente descrito em 1945 por Brunschwig e colaboradores, que nutriram um paciente com múltiplas fístulas por via parenteral por oito semanas, utilizando um hidrolisado protéico e solução de glicose a 10%. Quando Wretlind, com Schubert, introduziu pela primeira vez sua solução de aminoácido e emulsão lipídica, esta foi administrada pela via periférica, nos anos de 1950 e 1960. Quando Dudrick introduziu a hiperalimentação em 1968, a NPP foi considerada relativamente hipocalórica.
Veia periférica e nutrição parenteral O termo periférico refere-se às veias superficiais, mais freqüentemente as veias das extremidades superiores. As veias periféricas das extremidades inferiores, especialmente em adultos, não são adequadas para NP e seu acesso pode ser evitado pelo maior risco de tromboflebite e pela necessidade de manter o paciente confinado ao leito. A tolerância das soluções infundidas na veia periférica depende da sua osmolaridade, pH e velocidade de infusão, e também do dispositivo e do material do cateter (poliuretano e silicone são preferidos ao teflon), e diâmetro do dispositivo (sendo melhor o menor). As soluções hipertônicas são irritantes para a veia, causando dor, flebites e tromboses. A adição de solução lipídica e o aumento do volume reduzem a osmolaridade. Além disso, as emulsões lipídicas exercem um efeito protetor no endotélio vascular. Portanto, a nutrição adequada pode ser administrada por uma veia periférica somente quando a emulsão lipídica é fornecida como uma fonte energética em uma proporção substancial.
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