Capítulo 14
Capítulo
Colonoscopia Normal
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COLONOSCOPIA NORMAL Fernanda Prata Martins • Angelo Paulo Ferrari
O objetivo da colonoscopia é a avaliação completa e detalhada de todo o cólon com mínimo desconforto para o paciente. Vários fatores contribuem para o sucesso do exame: evitar a insuflação excessiva durante a inserção, manter o aparelho retificado e uso apropriado de manobras que facilitem a inserção sem a formação de alças.2,6,7 A indicação da colonoscopia recentemente apresentou aumento significativo, principalmente pela introdução de programas de procura e vigilância para o câncer colorretal.
A presença de divertículos neste segmento do cólon é bastante freqüente, acometendo um terço da população acima dos 50 anos e dois terços acima dos 80 anos (Figura 14.4).4
CÓLON DESCENDENTE O cólon descendente é uma estrutura tubular, com cerca de 20cm de extensão (Figura 14.5). O ângulo esplênico é geralmente agudo, relativamente longo, situado abaixo do rebordo costal (Figura 14.6).
RETO E CANAL ANAL O canal anal tem aproximadamente 3cm de extensão, é recoberto por epitélio escamoso até a linha denteada (Figura 14.1) e a continência fecal é mantida pelo tônus dos esfíncteres interno e externo do ânus. O reto estende-se por cerca 15cm acima da linha denteada e geralmente apresenta três pregas proeminentes, conhecidas como válvulas de Houston (Figura 14.2).5
CÓLON SIGMÓIDE O cólon sigmóide tem cerca de 40 a 70cm de extensão quando alongado, contudo durante a inserção tecnicamente bem-feita do colonoscópio ele é sanfonado sobre o aparelho, atingindo cerca de 30 a 35cm de extensão. As haustrações e a forma sinusóide desta porção do cólon podem dificultar sua avaliação (Figura 14.3). Até 20% dos pacientes ocidentais podem apresentar aderências rígidas e fixas decorrentes de processos inflamatórios ou pós-cirúrgicos, o que pode dificultar a inserção do aparelho.5
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CÓLON TRANSVERSO O cólon transverso tem extensão variável sendo mais longo nas mulheres.5 Uma configuração triangular das haustrações é característica (Figura 14.7) e a indentação da Taenia coli longitudinal é freqüentemente visível, porém o cólon transverso pode ter aspecto tubular e, ocasionalmente, o cólon descendente pode ter aspecto triangular (Figura 14.8). O ângulo hepático pode, por vezes, ser identificado por uma sombra de coloração azulada do lobo hepático adjacente ao cólon (Figura 14.9). O ângulo hepático é geralmente muito agudo, e pode ser confundido com o ceco, exceto pela ausência da válvula ileocecal.
CÓLON ASCENDENTE E CECO O cólon ascendente apresenta-se logo após a passagem pelo ângulo hepático, como um segmento curto que leva ao ceco (Figura 14.10).
10/1/2008 9:59:59 AM