Capítulo 8
Retirada Endoscópica de Corpo Estranho
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FIGURA 8.5 Tricobezoar gástrico. (A) Radiografia contrastada de abdome. (B) Imagem endoscópica A
Duodeno: flexura inferior (Figuras 8.10 e 8.11) e ângulo de Treitz Íleo terminal: válvula ileocecal Ânus Geralmente há uma incidência decrescente de impacção na medida em que nos afastamos da cavidade oral; por ser o músculo cricofaríngeo o local de maior pressão intraluminal é o local de maior freqüência de CE (Figura 8.12). Casos de exceção existem e são passíveis de publicação como a impacção de CE em local inusitado como divertículo de Meckel.
SINTOMATOLOGIA Os sintomas de CE impactado variam de acordo com o seu tamanho, local em que está situado e tempo de permanência após a ingestão, assim como com a idade e nível de consciência e orientação do paciente. Indivíduos com CE em oro- e hipofaringe sentem a presença do CE e dor à deglutição; portanto pacientes adultos e orientados podem referir com precisão a sua localização.
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CE em esôfago causam sensação de CE (localizado em terço superior), sialorréia, disfagia, odinofagia, náuseas, vômitos e desconforto respiratório. CE localizados em estômago, duodeno, intestino delgado e cólons são geralmente assintomáticos, sendo a presença de sintomatologia indicativa de complicações.
DIAGNÓSTICO O diagnóstico é essencialmente clínico, com a história de ingestão de CE, antecedentes de patologias que aumentem a probabilidade de impacção de CE, associados aos sintomas então descritos.7 Os CE radiopacos são facilmente diagnosticados com radiografia simples de tórax e abdome (Figura 8.13). Os CE não radiopacos localizados em terço superior do esôfago apresentam sinais indiretos de CE como retificação da coluna cervical e alargamento do espaço retrofaríngeo que, normalmente, é menor que 5mm. O exame endoscópico é o método de escolha para diagnóstico e tratamento.
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