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Ivany Klaumann


6 ivany Klaumann Mestre em Engenharia de Produção com ênfase em Mídia e Conhecimento, pedagoga com habilitação em Supervisão Escolar.

1 ª. edição

São Paulo – 2014


Copyright © Ivany Klaumann, 2014 Todos os direitos reservados à EDITORA FTD S.A. Matriz: Rua Rui Barbosa, 156 – Bela Vista – São Paulo – SP CEP 01326-010 – Tel. (0-XX-11) 3598-6000 Caixa Postal 65149 – CEP da Caixa Postal 01390-970 Internet: www.ftd.com.br E-mail: projetos@ftd.com.br Gerente editorial Ceciliany Alves Editora executiva Valéria de Freitas Pereira Organizador da coleção Faruk El Khatib Editores assistentes Amanda Valentin Débora Andrade J. Augusto Nascimento Gerente de produção editorial Mariana Milani Coordenadora de produção Marcia Berne Coordenadora de preparação e revisão Lilian Semenichin Preparadora Vera L. Pereira Revisora Bruna Perrella Brito Coordenador de arte Eduardo Evangelista Rodrigues Editora de arte Andréia Crema Capa Sheila Moraes Ribeiro Imagens do título MarArt/Shutterstock/Glow Images Projeto gráfico e diagramação Marcelly Baka Arte-finalistas Lucas Kobarg Gustavo Ritta Willian Maneira Editoração eletrônica Alicia Sei Ilustrador Sputnik Studio Tratamento de imagem Ana Isabela Pithan Maraschin Supervisão iconográfica Célia Rosa Pesquisa iconográfica Leticia Palaria Diretor de operações e produção gráfica Reginaldo Soares Damasceno

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Klaumann, Ivany Trânsito e cidadania, 6 / Ivany Klaumann. – 1. ed. – São Paulo : FTD, 2014. ISBN 978-85-20-00010-6 (aluno) ISBN 978-85-20-00011-3 (professor) 1. Cidadania 2. Ensino fundamental 3. Trânsito 4. Trânsito – Segurança I. Título. 14-08987

CDD-372.83 Índices para catálogo sistemático:

1. Educação para o trânsito : Ensino fundamental 372.83 2. Trânsito : Educação : Ensino fundamental 372.83


Olá, amigo! Todo cidadão tem o direito de usar os espaços públicos. Assim, a educação no trânsito é responsabilidade de cada um. Seja nosso parceiro nessa missão. Além de participar como cidadão, agindo de forma correta e positiva, você poderá auxiliar os adultos a cumprir as leis e normas, incentivando atitudes de respeito, colaboração e solidariedade. Neste livro, você irá aprender as regras e os sinais de trânsito, bem como dicas de segurança no trânsito, de modo a evitar acidentes e promover um convívio mais harmônico. Conheça seus companheiros nesta aventura.

SOU O FARO. SOU BRINCALHÃO E LEIO BASTANTE.

SOU A ANA. ESTOU SEMPRE DANÇANDO E CANTANDO.

EU SOU O TAGA. ADORO VOAR POR AÍ ATRÁS DE AVENTURAS.

MEU NOME É TOSHIO. GOSTO DE ESTUDAR E, DEPOIS DO PET, SOU O MAIS VELHO DA TURMA.

OLÁ, SOU O SU. FICO SEMPRE POR PERTO DOS MAIS VELHOS PARA APRENDER COM ELES.

EU SOU A MELISSA. ADORO APRENDER E ENSINAR.

MEU NOME É PET. PROCURO COMPARTILHAR MINHA EXPERIÊNCIA COM TODA A TURMA.


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O pedágio

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O ser humano, principal agente no trânsito

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Segurança e esportes

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transporte sustentável

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O skate – lazer ou meio de transporte?

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Sinalização para quê?

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primeiros socorros

47

atitudes preventivas

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Um trânsito mais humano

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a rua, espaço coletivo

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Sumário

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a rua, espaço coletivo

COMEÇANDO COM A CONVIVÊNCIA NA NOSSA RUA, DANDO PREFERÊNCIA ÀS PESSOAS COM DEFICIÊNCIAS, IDOSOS E GESTANTES, ATRAVESSANDO NA FAIXA, COM O SINAL VERDE PARA PEDESTRES... SÃO ATITUDES ASSIM QUE VÃO TRANSFORMAR O TRÂNSITO.

A MELHORA DO TRÂNSITO DEPENDE DE NÓS. AGINDO DE FORMA SEGURA E RESPONSÁVEL, COLABORAMOS PARA UM TRÂNSITO MELHOR.

COMeÇO de COnVerSa

A que você atribui o estresse das pessoas nos centros urbanos? Você acha que somos responsáveis pela preservação da nossa vida e da dos outros? Como podemos contribuir para melhorar o trânsito no lugar onde vivemos? 5


refletir e aprender Diversos tipos de pessoa compartilham o espaço da rua. Ela é um lugar público e coletivo. Todos nós devemos colaborar com um convívio saudável nesse espaço. Esses lugares com o tempo se transformam, revelando mudanças nos costumes e na comunidade.

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Escolha uma rua da cidade onde você reside. Procure uma foto antiga e tire uma foto atual do mesmo local. a) Quais as transformações que ocorreram com o passar do tempo? Escreva no quadro abaixo o que mudou. Antigamente

Hoje

b) Escolha uma das transformações que você observou e escreva abaixo por que você acha que essa mudança aconteceu.

c) Depois, reúnam as fotos e organizem um mural, mostrando as ruas da cidade e suas transformações. Criem legendas para as fotos. 6


A rua e a cidade A cidade é a base material, portanto, concreta, da vida urbana. As ruas, as praças, os bairros, o centro, os estabelecimentos comerciais, as casas, os edifícios, os hospitais, as escolas, os terrenos, os vazios urbanos, o solo urbano são elementos que compõem a estrutura interna da cidade. Todos esses elementos, bem como a própria vida urbana, são constantemente modificados, produzidos e reproduzidos, pois o espaço urbano é socialmente produzido e está em permanente transformação. Dentre esses elementos, no processo de urbanização, a rua apresenta-se como lugar de realização de um tempo-espaço determinado. De simples caminhos mal traçados a largas avenidas, a rua continua sendo uma expressão do espaço urbano. Na rua, a cidade manifesta-se, seja através do seu desenho ou da sua forma, seja enquanto lugar de realizações sociais. Portanto, a rua é onde se materializam as transformações na trama física e na paisagem da cidade, e ainda é o lugar de manifestações das relações sociais, das diferenças e das normatizações do cotidiano em momentos históricos diversos. Assim, se por um lado a rua “é um alinhado de fachadas, por onde se anda”, ou “caminho público ladeado à direita e à esquerda de casas, paredes ou muros no interior das povoações”, ou, ainda, “via pública para circulação urbana, total ou parcialmente ladeada de casas”, é também “fator de vida das cidades”. [...] No século XX, as ruas ícones das cidades correspondem às largas avenidas. Avenida, na língua portuguesa, significa uma rua mais larga, geralmente com mais de uma via para a circulação de veículos. Essa é a 7


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grande característica da forma que a rua adquire nesse período, ou seja, ser voltada para os automóveis em detrimento dos pedestres, das bicicletas, das carroças e de qualquer outro meio de circulação diferente do veículo automotor e individual. Outra característica bastante comum das avenidas é a existência de canteiros muitas vezes arborizados que separam as vias. Esse modelo expressa as contradições essenciais da modernidade. Se, inicialmente, as avenidas são destinadas à residência da burguesia, como a Avenida Paulista na cidade de São Paulo ou a Avenida Epitácio Pessoa na cidade de João Pessoa, nos últimos anos, ela vem sendo transformada em espaço comercial e de serviços. MAIA, Doralice Sátyro. A rua e a cidade. Disponível em: <http://www. comciencia.br/comciencia/handler.php?section=8&edicao=25&id=277>. Acesso em: 6 jun. 2014

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De acordo com o texto, a rua é também fator de vida da cidade. Você concorda? Justifique.


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Pense nas ruas por onde você circula. Registre três aspectos que tornam essas ruas mais movimentadas.

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Além das pessoas que circulam nas ruas, há pessoas que vivem nelas, os moradores de rua. a) Você acha que as pessoas que circulam pela sua cidade tratam os moradores de rua de forma adequada? Por quê?

b) Por que você acha que os moradores de rua ocupam esses espaços?

c) O que pode ser feito para melhorar a qualidade de vida dessas pessoas?

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QUEM SABE DIZ!

TODOS PODEM COLABORAR COM AÇÕES QUE LEVEM A UM CONVÍVIO PACÍFICO E SEGURO NAS RUAS.

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Escolha uma rua que você conhece bem. a) Conte algo interessante que aconteceu nela.

b) Destaque um aspecto positivo e um negativo dela. Positivo: Negativo: c) O que você pode fazer para torná-la um lugar melhor?

AS PESSOAS TÊM DIREITO A RUAS BEM PAVIMENTADAS E COM BOA ESTRUTURA PARA A CIRCULAÇÃO. VEJA MAIS SOBRE ISSO NO PRÓXIMO TEMA.

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O pedágio

A CONCESSIONÁRIA TEM O DEVER DE CONTROLAR A FLUIDEZ DO TRÁFEGO, MANTER A VIA LIMPA E BEM SINALIZADA. O USUÁRIO DEVE TER CONDIÇÕES DE TRAFEGAR COM CONFORTO E SEGURANÇA, ASFALTO DE QUALIDADE, SERVIÇOS DE PRIMEIROS SOCORROS, REMOÇÃO DE VÍTIMAS DE ACIDENTES ATÉ O HOSPITAL, SERVIÇO GRATUITO DE GUINCHO.

COMeÇO de COnVerSa

Como você acha que surgiu a cobrança da taxa de pedágio? Você concorda com o pagamento dessa taxa? Como você acha que é aplicada a verba arrecadada nas praças de pedágio e com os impostos pagos pelos proprietários de veículos?

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refletir e aprender

MUITAS RODOVIAS COBRAM PEDÁGIO DOS USUÁRIOS, MAS ISSO NÃO É DE HOJE.

A cobrança do pedágio gera muitas controvérsias. No texto a seguir, leia a opinião de um especialista sobre a questão.

era do pedágio Em nossos dias, ao transitar por rodovias concedidas, o usuário é inclinado a acreditar que o pedágio é um fenômeno resultante da modernidade. Contudo, estudos históricos nos informam a cobrança pela utilização das vias que ligavam a Síria à Babilônia, em priscas eras do século IV a.C. Em Roma praticava-se o portorium , tributo sobre o valor das mercadorias que transitavam pelas estradas. Na Idade Média, os monarcas e senhores feudais franceses praticavam o péage para que os transeuntes tivessem o direito de passagem. Em 1286, a monarquia britânica instituiu a tarifação da ponte de Londres e em 1706 permitiu-se a criação de empresas para explorar o pedágio. Na América, os incas já praticavam o pedágio antes mesmo da descoberta do continente. No Brasil, instituiu-se a “Renda da Barreira” para a construção da Estrada da Maioridade, concluída em 1844, em homenagem à maioridade de Dom Pedro II. Do latim pedaticu – onde se põe o pé –, o pedágio tem a função básica de remunerar o Poder Público ou seu ente concessionário pela utilização da rodovia construída e conservada, da qual se beneficia o usuário. [...] Há muita controvérsia sobre o pedágio ser um bem ou um mal. Na maioria expressiva dos casos, ninguém gosta de pagar pedágio. Mas também ninguém gosta de pagar impostos, a exemplo do imposto de renda. Se aceitarmos como um mal, então é um mal necessário.

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Construir estradas e conservá-las é muito oneroso aos cofres públicos e a experiência histórica mostrou que a exploração direta pelo Poder Público muitas vezes foi ineficiente e desastrosa. Mais do que isso, é um peso para toda a sociedade, pois milhões de contribuintes de várias regiões do país acabam custeando por impostos a construção e a conservação de uma rodovia em outra, que possivelmente nunca ou quase nunca usarão. A cobrança de pedágio – mediante taxa ou tarifa – corrige essa distorção, pois a contraprestação será exigida apenas do usuário da rodovia e somente quando a utilizar, desonerando vantajosamente recursos públicos para outras áreas sensíveis, como educação, saúde e segurança. [...] SHIH, Frank Larrubia. Era do pedágio. Revista Visão Jurídica. Disponível em: <http://revistavisaojuridica.uol.com.br/advogados-leisjurisprudencia/48/era-do-pedagio-a-universalizacao-da-cobranca-seusbeneficios-criticas-175468-1.asp>. Acesso em: 6 jun. 2014.

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De acordo com o texto, como o dinheiro pago no pedágio deve ser aplicado?

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Você considera correto cobrar pedágio dos veículos que circulam? Por quê?

OS CONGESTIONAMENTOS DE TRÂNSITO E AS MÁS CONDIÇÕES DO TRANSPORTE PÚBLICO SÃO GRAVES PROBLEMAS DAS GRANDES CIDADES BRASILEIRAS. O PEDÁGIO URBANO É A SOLUÇÃO?

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O pedágio urbano é uma forma de taxar as pessoas que circulam em veículos nas ruas de um local. Ele é considerado uma maneira de diminuir o trânsito em lugares de muito movimento e um modo de cobrar pela manutenção das vias diretamente das pessoas que a utilizam.

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Você concorda com o pedágio urbano? Por quê?

Agora leia o texto a seguir e compare-o com sua opinião a respeito do pedágio urbano.

Pedágio urbano: sou a favor Ao decidir usar seu automóvel, o motorista leva em consideração apenas o seu custo adicional com aquela viagem (o gasto com combustível, por exemplo). Ele não leva em conta que a sua decisão causará custos também para outras pessoas: como o congestionamento tem relação direta com o número de veículos trafegando numa via, a entrada de mais um automóvel contribuirá para o aumento do tempo perdido das demais pessoas que estão circulando naquela rua ou avenida. Cingapura foi a primeira a adotar o “pedágio urbano”, ou a cobrança pelo uso das vias congestionadas, como forma de reduzir os engarrafamentos, em 1975. Tal política parte do princípio de que o causador deve assumir a totalidade dos custos gerados pela sua opção, e não reparti-los injustamente com a sociedade. Os resultados foram bem-sucedidos, diminuindo expressivamente o volume de tráfego. Mas foi o sucesso da experiência londrina que definitivamente atraiu a atenção dos gestores públicos. [...] Segundo a Transport for London, nos primeiros anos de implantação a medida reduziu o volume de tráfego em 20% e foi gerada uma receita líquida de mais de 60 milhões de libras por ano, investida no transporte público – melhorando os serviços da capital. Destacam-se também os benefícios para o meio ambiente urbano (o ar está mais limpo e as ruas agradáveis para os pedestres). O número de bicicletas em circulação subiu e o tempo médio das viagens por ônibus foi reduzido. [...] GOMIDE, Alexandre de Ávila. Pedágio urbano: sou a favor. Disponível em: <http://www.ipea.gov.br/desafios/index.php?option=com_ content&id=881:catid=28&Itemid=23>. Acesso em: 6 jun. 2014.

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Sua opinião sobre o pedágio urbano mudou? Por quê?

Você sabe onde e como é aplicado o dinheiro arrecadado nas praças de pedágio? A revista Rodovias & Vias levantou algumas formas em que essa renda tem sido aplicada: na iluminação do acesso à cidade, no turismo, no reforço da merenda escolar, em programas de bem-estar social, em serviços e obras nas vias e em hospitais. Conheça um pouco mais no trecho a seguir.

O lado B das tarifas de pedágio Poucos usuários sabem que parte do dinheiro arrecadado pelas cabines de pedágio nas rodovias concedidas tem um destino social. Além dos investimentos exigidos em contratos – duplicações, alargamentos de pontes e viadutos, sinalização, terceiras faixas, serviços 24 horas de atendimento ao carro e condutor, construção de passarelas e vias de acesso –, 5% do faturamento das empresas, conforme exigido pela legislação, são repassados para os municípios que têm parte de seu território cortado pelas rodovias. [...] O LADO B das tarifas de pedágio. Rodovias & Vias, Paraná: Rodovias Editoras e Publicações Ltda., ano 12 - edição 54, jun. 2011. p. 57.

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Com que outras finalidades você considera que o dinheiro do pedágio pode ser aplicado?

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QUeM SaBe diZ! 1

Que alternativas poderiam ser implantadas como solução para amenizar os problemas de tráfego na cidade onde você mora?

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Com a orientação do professor, formem dois grupos e organizem um debate sobre a validade da cobrança de pedágio nas rodovias brasileiras. Um grupo deverá defender e o outro grupo deverá condenar essa prática. Após o debate, escreva sua opinião sobre o pedágio.

NO PRÓXIMO TEMA, DESCUBRA A IMPORTÂNCIA DA CONTRIBUIÇÃO DE CADA PESSOA PARA UM TRÂNSITO MELHOR.

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