TELMA GU IMARÃES

Ilustrações
VIENNO
Ilustrações
VIENNO
Ilustrações
VIENNO
SÃO PAULO — 2025
Copyright © Telma Guimarães, 2025
Copyright © Vienno, 2025
Reprodução proibida: Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Todos os direitos reservados à EDITORA FTD.
Rua Rui Barbosa, 156 — Bela Vista — São Paulo — SP
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diretor-geral Ricardo Tavares de Oliveira
diretora de conteúdo e performance educacional Cintia Cristina Bagatin Lapa gerente editorial Isabel Lopes Coelho
editor Estevão Azevedo
editora-assistente Carla Bettelli
analista de relações internacionais Tassia R. S. de Oliveira coordenador de produção editorial Leandro Hiroshi Kanno preparadora Marina Nogueira revisoras Kandy Saraiva, Cátia de Almeida e Lívia Perran
editoras de arte Alline Bullara e Camila Catto projeto gráfico Desenho Editorial diretor de operações e produção gráfica Reginaldo Soares Damasceno
telma guimarães nasceu em Marília e vive em Campinas, ambas cidades do estado de São Paulo. Formada em Letras Vernáculas e Inglês pela Universidade Estadual Paulista (Unesp), tem mais de duzentos livros infantis e juvenis publicados por diversas editoras, em português, inglês e espanhol.
vienno nasceu em Limeira, cidade no interior do estado de São Paulo. Formado em Artes Visuais pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), é escritor, ilustrador e arte-educador.
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Guimarães, Telma Tijolo por tijolo / Telma Guimarães; ilustrações Vienno. — 1. ed. — São Paulo: FTD, 2025.
ISBN 978-85-96-05348-8
1. Literatura infantojuvenil I. Vienno. II. Título. 25-273893
Índices para catálogo sistemático:
1. Literatura infantil 028.5
2. Literatura infantojuvenil 028.5
Cibele Maria Dias — Bibliotecária — CRB-8/9427
CDD-028.5
“O meu povo habitará em morada de paz, em moradas bem seguras, em lugares quietos de descanso.”
Isaías 32:18
Querida leitora, querido leitor,
Livros são caminhos a serem percorridos. Amigos que nos acompanham, que conversam com a gente e nos aconselham. Mensageiros que nos abrem os olhos. Acima de tudo, são alimento para a alma.
Algumas histórias apresentam ainda algo a mais, o que as torna particularmente especiais. É o caso dos livros da Campanha da Fraternidade, como este que você tem em mãos. Isso porque eles trazem um diferencial: além de ensinar, divertir, fazer sonhar, esses livros nos ajudam a refletir sobre temas muito pertinentes à realidade brasileira e à vida no planeta. Escolhidos a dedo pela Conferência
Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), tais temas têm o objetivo de buscar uma sociedade mais justa, mais fraterna e solidária, mais humana, menos egoísta e individualista, visando a um mundo melhor para todos.
Assim, os livros da Campanha da Fraternidade são janelas pelas quais podemos ver o que acontece no mundo à nossa volta, convidando-nos a nos engajar de corpo e alma no tema destacado para o ano sempre tão urgente e fundamental.
Grande abraço, Fernando Carraro
Naquele sábado, a turma do 4 o B da escola João Rodrigues tinha se encontrado na quadra para jogar futebol sob a supervisão de Henrique, o professor de Educação Física.
Enquanto a bola rolava em uma partida animada, as crianças viram uma mulher com um bebê em um braço e sacolas pesadas no outro caminhando lentamente pela rua. Nesse momento, presenciaram as sacolas escorregarem do braço da mulher e rolarem ao chão. Olha, professor! Vamos ajudar a moça!
Henrique foi com os alunos até a calçada. Sofia e João, os gêmeos, começaram a recolher os itens espalhados no chão. Logo, Mateus, Marina e Cristina se juntaram a eles, organizando tudo de volta nas sacolas.
Obrigada disse a mulher em um fio de voz.
Venha com a gente, descanse um pouco lá na quadra — ofereceu o professor.
Mal ela se sentou, os estudantes, curiosos, começaram a perguntar:
A senhora mora aqui perto?
Tá com fome?
Como ele se chama?
Ou é ela?
Qual é o seu nome?
Tem alguém para vir te buscar?
Você tem como voltar para casa?
Meu nome é Aparecida e esta é a Maria. Ela tem um ano e meio. Muito obrigada pela ajuda.
As crianças então notaram um cartaz.
Vocês não têm onde morar? perguntou Marina, espantada.
Dona Aparecida suspirou e começou seu relato: A gente mora num quartinho nos fundos da casa onde eu faço faxina contou, respirando fundo. Mas fui dispensada e tenho poucos dias para achar um novo lugar. Ela fez uma pausa para enxugar uma lágrima que teimava em cair. Ainda não arrumei um trabalho, não faço ideia de como vou pagar um lugar para morar.
As crianças se entreolharam sem saber bem o que dizer nem como ajudar.