Consequências da Primeira Revolução Industrial Oliver Twist Direção: Roman Polanski. França/Reino Unido/Itália/ República Tcheca: Log On, 2005 (130 min). Com base no livro homônimo de Charles Dickens, esse filme conta a história de um garoto órfão que tenta sobreviver em Londres na época da Revolução Industrial.
Esta gravura, de 1879, é uma representação da concentração de fábricas em Sheffield (Inglaterra).
1879, Gravura. Coleção particular. Foto: The Granger Collection/Otherimages
O desenvolvimento da indústria não seria possível sem uma mudança na relação da sociedade europeia com o espaço geográfico. Muitos europeus exploraram de maneira acelerada seus recursos naturais, chegando a esgotar várias jazidas minerais e a devastar grandes áreas de florestas. Uma das consequências da Revolução Industrial no espaço geográfico europeu foi o êxodo rural. Entre os séculos XVII e XIX, milhões de pessoas saíram dos campos em direção às cidades industriais europeias, onde se localizava a maioria das fábricas e oportunidades de emprego. Por causa do aumento populacional e da falta de saneamento básico que levara à proliferação de doenças, a situação social se tornou difícil, o que posteriormente levou os governantes europeus a tomarem algumas medidas que melhorassem as condições de vida do trabalhador, caso contrário poderia ser comprometida a produção e o sistema capitalista. A medicina e o saneamento básico chegaram aos bairros superlotados de operários. A adoção desse conjunto de medidas constituiu uma revolução médico-sanitária. Durante o mercantilismo (séculos XV, XVI e XVII), os europeus avançaram principalmente sobre as terras da América. Nessa época, apenas algumas localidades da África e da Ásia mantinham contato direto com as potências europeias, que estavam estruturando uma economia capitalista. Contudo, a Revolução Industrial gerou a necessidade de novas conquistas territoriais. No século XIX, os países industrializados europeus já não tinham mais o domínio direto da América, pois muitas nações haviam declarado sua independência. No início do século XIX, muitas colônias americanas pagavam altos impostos às metrópoles e os comerciantes instalados nas colônias eram obrigados a negociar somente com as grandes empresas da metrópole. Muitos desses homens de negócios achavam injusta tal situação e contribuíram para promover a independência das colônias, que passaram a ter seu próprio governo, mas continuaram dependendo totalmente dos investimentos, dos mercados de consumo e dos parques produtivos das potências europeias. Assim, pode-se dizer que esses países tiveram uma independência apenas formal, pois suas economias mantiveram-se fortemente dependentes das antigas metrópoles. No século XIX, os exploradores europeus partiram para novas conquistas na Ásia e na África, financiados por grandes empresas e apoiados por seus governos. Começava uma nova fase do capitalismo industrial, conhecida como imperialismo, pois era necessário expandir mais os horizontes geográficos para continuar produzindo.
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