Entrelaços - Língua Portuguesa - Volume 5

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ANGÉLICA PRADO CRISTINA

HÜLLE

ÁREA: LÍNGUA PORTUGUESA

COMPONENTE: LÍNGUA PORTUGUESA

5

ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS

LÍNGUA PORTUGUESA

RECURSO EDUCACIONAL DIGITAL

5o ANO ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS

LÍNGUA PORTUGUESA

Angélica Alves Prado Demasi

Pós-graduada em Psicopedagogia e Psicomotricidade pelo Centro Universitário Salesiano de São Paulo.

Licenciada em Letras pelas Faculdades Integradas Teresa D’Ávila.

Professora de Língua Portuguesa na rede particular de ensino.

Autora de livros didáticos para a Educação Infantil e para o Ensino Fundamental.

Cristina Tibiriçá Hülle

Pós-graduada em Psicopedagogia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).

Licenciada em Pedagogia pela PUC-SP.

Bacharel e licenciada em Letras pela PUC-SP.

Professora de Língua Portuguesa na rede particular de ensino.

Autora de livros didáticos para a Educação Infantil e para o Ensino Fundamental.

ÁREA: LÍNGUA PORTUGUESA

COMPONENTE: LÍNGUA PORTUGUESA

RECURSO EDUCACIONAL DIGITAL

5
1 a edição São Paulo – 2021

Entrelaços – Língua Portuguesa – Recurso Educacional Digital – 5o ano (Ensino Fundamental – Anos Iniciais)

Copyright © Angélica Alves Prado Demasi, Cristina Tibiriçá Hülle, 2021

Direção-geral Ricardo Tavares de Oliveira

Direção de Conteúdo e Negócios Cayube Galas

Direção editorial adjunta Luiz Tonolli

Gerência editorial Natalia Taccetti

Edição Nubia de Cassia de Moraes Andrade e Silva (coord.)

Sarita Borelli

Preparação e revisão de textos Viviam Moreira (sup.)

Adriana Périco, Caline Devèze, Camila Cipoloni, Carina Luca, Fernanda Marcelino, Fernando Cardoso, Graziele Ribeiro, Paulo José Andrade

Gerência de produção e arte Ricardo Borges

Design Daniela Máximo (coord.)

Arte e produção Rodrigo Carraro Moutinho (coord.)

Coordenação de imagens e textos Elaine Bueno Koga

Licenciamento de textos Erica Brambilla

Iconografia Érika Nascimento

Coordenação de audiovisuais Diego Vieira Cury Morgado de Oliveira

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Demasi, Angélica Alves Prado Entrelaços [livro eletrônico] : língua portuguesa : 5o ano : ensino fundamental : anos iniciais / Angélica Alves Prado Demasi, Cristina Tibiriçá Hülle. – 1. ed. – São Paulo : FTD, 2021.

PDF

Área: Língua portuguesa.

Componente: Língua portuguesa.

ISBN 978-85-96-03232-2 (recurso educacional digital professor – coleção)

1. Língua portuguesa (Ensino fundamental)

I. Hülle, Cristina Tibiriçá. II. Título. 21-90869

Índices para catálogo sistemático:

CDD-372.6

1. Língua portuguesa : Ensino fundamental 372.6

Cibele Maria Dias - Bibliotecária - CRB-8/9427

EDITORA FTD

Rua Rui Barbosa, 156 – Bela Vista – São Paulo-SP CEP 01326-010 – Tel. 0800 772 2300 Caixa Postal 65149 – CEP da Caixa Postal 01390-970 www.ftd.com.br central.relacionamento@ftd.com.br

Material disponibilizado em licença aberta do tipo Creative Commons – Atribuição não comercial (CC BY NC – 4.0 International). Permitida a criação de obra derivada com fins não comerciais, desde que seja atribuído crédito autoral e as criações sejam licenciadas sob os mesmos parâmetros.

RECURSO EDUCACIONAL DIGITAL Sumário Carta ao professor ......................................................................................... 5 Instrumentos pedagógicos.......................................................................... 7 Plano de desenvolvimento anual ............................................................................. 7 Sequências didáticas ................................................................................................ 15 Sequência didática 1: Conto de suspense ou conto fantástico 15 Sequência didática 2: Texto teatral 28 Sequência didática 3: Literatura de cordel 39 Sequência didática 4: Relato pessoal 55 Sequência didática 5: Texto de divulgação científica 63 Sequência didática 6: Notícia ou reportagem?..................................................... 72 Sequência didática 7: Crônica 82 Sequência didática 8: Histórias de ficção científica 90 Relatórios e indicadores do acompanhamento da aprendizagem ................ 98 Produção de relatórios 98 Indicadores do acompanhamento da aprendizagem 99 Catálogo dos audiovisuais....................................................................... 114 Audiovisuais da coletânea................................................................................. 115 Orientações para o uso dos audiovisuais........................................................ 116 Explorando o universo do cordel 116 A folha mágica e o teatro de sombras 119 Sobrevivência do ser humano fora da Terra: possibilidade ou utopia? ..........121 Rios voadores ............................................................................................................123 O descarte de resíduos sólidos é um problemão! 126
RECURSO EDUCACIONAL DIGITAL BNCC............................................................................................................ 127 Referências bibliográficas comentadas................................................ 133

Carta ao professor

Prezado professor:

Os Anos Iniciais do Ensino Fundamental são primordiais para o desenvolvimento dos alunos, por ser nesta etapa que o processo de alfabetização se consolida. Para dar subsídios ao trabalho docente, apresentamos neste material digital alguns recursos pedagógicos, listados a seguir.

• Plano de desenvolvimento anual: oferece sugestões de organização semestral, trimestral e bimestral dos conteúdos e orientações de práticas de sala de aula que contribuem para o desenvolvimento de aprendizagens essenciais da Língua Portuguesa;

• Sequências didáticas: apresentam atividades e práticas que complementam e aprofundam os conteúdos do ano letivo;

• Relatórios e indicadores do acompanhamento da aprendizagem: compostos de sugestões para produzir relatórios escolares e fichas para o apoio do processo de avaliação;

• Catálogo de audiovisuais: apresenta as informações dos audiovisuais que acompanham este material digital em PDF, com orientações e sugestões de atividades para o uso desses recursos em sala de aula;

• BNCC: texto na íntegra de todas as habilidades e competências da Base Nacional Comum Curricular que foram mencionadas neste Recurso Educacional Digital;

• Referências bibliográficas comentadas: informações bibliográficas comentadas que foram utilizadas para a composição deste material digital

A elaboração deste Recurso Educacional Digital foi fundamentada na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e na Política Nacional de Alfabetização (PNA), com o intuito de contribuir para o desenvolvimento de práticas em sala de aula que estimulem a aquisição do sistema escrito, trabalhando habilidades de decodificação (leitura) e de codificação (escrita) do alfabeto.

Para o 5o ano, este Recurso Educacional Digital prioriza a consolidação de habilidades, conhecimentos e componentes voltados à literacia, com destaque para a fluência em leitura oral, a compreensão de textos e a produção de escrita. O trabalho pedagógico com os gêneros textuais (leitura e produção de textos) e a análise linguística e semiótica também são enfatizados Ao longo do volume, há orientações de práticas de leitura em voz alta, situações de leitura individual, em duplas e outras que ajudam a promover o desenvolvimento da fluência em leitura oral.

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Desejamos um excelente trabalho e ótimo aproveitamento do material!

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Instrumentos pedagógicos

Plano de desenvolvimento anual

Este Plano de desenvolvimento apresenta uma proposta de abordagem de conteúdos, habilidades da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e componentes essenciais para a alfabetização que podem ser trabalhados ao longo do ano letivo. Para isso, oferece sugestões de organização semestral, trimestral e bimestral dos conteúdos e das práticas presentes neste volume.

Neste plano, ainda são apresentadas estratégias e atitudes docentes que podem ajudar o professor a trabalhar com este Recurso Educacional Digital e, assim, favorecer a aprendizagem dos alunos. Além disso, é possível encontrar uma visão geral sobre o processo de avaliação, suas características e sua importância para a melhora do processo de ensino-aprendizagem. Também são sugeridas indicações de materiais complementares que podem ajudar o professor a trabalhar diversos temas com os alunos e atualizar abordagens metodológicas e teóricas sobre a alfabetização e o ensino da disciplina.

É importante ressaltar que todas as propostas contidas neste material e a forma como foram organizadas são sugestões, que poderão ser adaptadas às diversas realidades escolares, às características das turmas e aos propósitos educacionais dos professores, de modo a complementar e aprofundar o trabalho com outros materiais didáticos

Aprendizagens desenvolvidas no 5o ano

Conto de suspense ou conto fantástico

Conhecer as características do gênero textual conto e sua função social.

Ler e compreender um trecho de um conto fantástico.

Planejar a escrita da continuação de um conto.

Escrever, reler e revisar um conto.

Ler e compreender um conto maravilhoso.

Compartilhar informações sobre um conto.

Relembrar a grafia e os sentidos de MAU, MAL, BOM e BEM.

Conhecer os sons da letra S.

Texto teatral

Ler e compreender um texto teatral.

Interpretar um texto teatral com leitura dramática.

Ler e compreender textos e reconhecer elementos de uma narrativa.

Adaptar e reescrever fábulas para o gênero texto teatral.

Revisar e reescrever o texto teatral produzido.

Conhecer o plural de palavras terminadas em -ÃO

BNCC

EF15LP01

EF15LP03

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EF35LP24

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EF35LP26

EF35LP29

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1 º semestre 1 º trimestre 1 º bimestre
EF15LP07 EF15LP09 EF15LP11 EF15LP16 EF35LP03 EF35LP04 EF35LP07 EF35LP08

Conhecer palavras escritas com XC e SC, e palavras terminadas em -GEM e -GIO.

EF05LP01

EF05LP04

Componentes essenciais para a alfabetização

Conhecimento alfabético

Consciência

fonológica e fonêmica

Compreensão de textos

Fluência em leitura oral

Desenvolvimento de vocabulário

Produção de escrita

BNCC

EF15LP01

EF15LP02

EF15LP03

EF15LP06

EF15LP07

Literatura de cordel

Ler e compreender trecho de um cordel.

Reconhecer classes de palavras.

Escrever o final de texto de cordel

Analisar os elementos de uma narrativa.

Refletir sobre variações linguísticas no Brasil.

Compreender o uso do prefixo RE- e do sufixo -MENTE.

Ampliar o conhecimento sobre prefixos e sufixos.

Relato pessoal

Analisar o gênero textual relato pessoal.

Ler e compreender texto de relato pessoal.

Estudar a flexão verbal.

Diferenciar e empregar corretamente as palavras SOB e SOBRE, ORA e HORA.

Estudar os pronomes possessivos.

Produzir um relato pessoal.

Revisar o relato produzido.

EF15LP10

EF15LP15

EF35LP03

EF35LP05

EF35LP07

EF35LP09

EF35LP10

EF35LP11

EF05LP26

Componentes essenciais para a alfabetização

Conhecimento alfabético

Consciência

fonológica e fonêmica

Compreensão de textos

Fluência em leitura oral

Desenvolvimento de vocabulário

Produção de escrita

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8
2 º bimestre
2
º trimestre

Texto de divulgação científica

Iniciar o estudo do gênero texto de divulgação científica.

Pesquisar texto sobre o tema a ser explorado na produção textual. Comparar textos encontrados na pesquisa realizada.

Planejar e produzir um texto de divulgação científica fundamentado em pesquisas.

Revisar, reescrever e publicar um texto de divulgação científica.

Trabalhar regras de acentuação gráfica a partir da classificação da sílaba tônica nas palavras.

Trabalhar a escrita de palavras com GE, GI, GUE e GUI.

Verificar os índices de leitura e estudar o gênero texto de divulgação científica.

Notícia ou reportagem?

Ler e compreender a estrutura de uma reportagem.

Refletir sobre a função do gênero textual reportagem.

Ler uma notícia e reconhecer suas características.

Identificar e classificar verbos regulares e irregulares.

Identificar verbos que alteram, e que não alteram, o radical ao serem conjugados.

(Re)conhecer a grafia e o sentido das palavras SENÃO e SE NÃO. Estabelecer concordância verbal.

Estudar o emprego das letras S e Z na formação de substantivos e adjetivos.

BNCC

EF15LP01

EF15LP02

EF15LP03

EF15LP05

EF15LP06

EF15LP07

EF15LP11

EF35LP03

EF35LP04

EF35LP20

EF05LP05

EF05LP06

EF05LP16

EF05LP24

Componentes essenciais para a alfabetização

Conhecimento alfabético

Consciência fonológica e fonêmica

Compreensão de textos

Fluência em leitura oral

Desenvolvimento de vocabulário

Produção de escrita

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parâmetros. 9 2 º semestre 3 º bimestre
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3 º trimestre

Crônica

Conhecer o gênero textual crônica. Pesquisar sobre o gênero textual crônica.

Participar de roda de leitura.

Conhecer o uso das expressões HÁ CERCA DE, ACERCA DE, A FIM DE e AFIM

Conhecer o emprego da vírgula e seus efeitos de sentido no texto. Conhecer os substantivos primitivos e derivados.

Produção escrita.

Revisão, edição, reescrita e apresentação de uma crônica.

Histórias de ficção científica

Conhecer o gênero ficção científica

Participar de roda de leitura.

Conhecer os verbos nos modos indicativo, subjuntivo e imperativo

Conhecer palavras terminadas em -SSE e -ICE.

Apresentar informações sobre o texto de ficção científica.

Produzir uma narrativa de ficção científica.

Revisar e reescrever narrativa de ficção científica.

Ler e apresentar uma narrativa de ficção científica.

Práticas de ensino na sala de aula

BNCC

EF15LP01

EF15LP02

EF15LP03

EF15LP05

EF15LP06

EF15LP07

EF15LP11

EF15LP16

EF35LP01

EF35LP03

EF35LP04

EF35LP05

EF35LP07

EF35LP25

EF05LP05

EF05LP08

Componentes essenciais para a alfabetização

Conhecimento alfabético

Consciência fonológica e fonêmica

Compreensão de textos

Fluência em leitura oral

Desenvolvimento de vocabulário

Produção de escrita

Para auxiliar o professor no planejamento do trabalho pedagógico, sugerimos, nesta seção, algumas estratégias e atitudes que podem ser incorporadas na rotina em sala de aula e que contribuem para alcançar os objetivos de aprendizagens pretendidos e para desenvolver a leitura e a escrita dos alunos.

No começo do ano letivo, entre as estratégias que podem ser adotadas, estabelecer quais são os conteúdos a serem abordados ao longo de cada período – seja bimestral, trimestral ou semestral – é uma forma de organizar o trabalho docente. Pode-se, também, fazer uma listagem desses conteúdos e entregá-la aos alunos, de modo a envolvê-los também nesse processo de organização e planejamento.

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10
4 º bimestre

Ainda no começo do ano, é interessante investigar com os alunos os conteúdos aprendidos no ano anterior, resgatando o que recordam, quais foram os assuntos estudados, em quais deles tiveram mais facilidade ou dificuldade. Esse processo de retomada permitirá que os alunos façam associações das aprendizagens anteriores com os novos conteúdos.

Alguns lembretes no início do período letivo podem ser úteis para engajar os alunos em suas práticas escolares: alertá-los da importância da entrega das atividades nos prazos determinados; estabelecer regras de convívio – enquanto um estiver falando, os outros ouvem com atenção –, assim como orientá-los sobre respeito à diversidade cultural, linguística, regional e étnica, por exemplo

Ao longo do ano letivo, é de fundamental importância motivar a prática da leitura para que os alunos desenvolvam sua autonomia leitora. Para isso, é possível criar ambientes propícios ao ato de ler, assim como organizar momentos de leitura individual e coletiva, de escolhas de livros, de pesquisas de novos gêneros e autores, entre outros estímulos. Essas atitudes podem contribuir para o desenvolvimento de habilidades relacionadas à formação do leitor (EF15LP15 e EF15LP16).

No processo inicial de leitura, é importante instigar os alunos a formularem hipóteses e inferências sobre o texto que será lido (EF15LP02). Isso pode ser feito a partir da proposição de perguntas sobre o título ou da recuperação do contexto de produção e recepção do texto, por exemplo. Já no decorrer da leitura, é possível trabalhar a localização de informações explícitas no texto (EF15LP03), além de possibilitar momentos para que os alunos reformulem as hipóteses levantadas no início da leitura, mostrando a eles que é natural que essas hipóteses sejam adequadas às novas informações encontradas no decorrer do texto

É importante ter em mente que as atividades não devem se encerrar com a conclusão da leitura. Pode-se solicitar aos alunos que comparem uma notícia lida a uma reportagem, por exemplo, destacando as semelhanças e as diferenças existentes entre os dois textos

Para criar momentos de leitura coletiva, uma boa prática é a formação de rodas de leitura. O professor pode dar início à leitura, e, em seguida, cada aluno poderá contribuir fazendo comentários, pedindo esclarecimentos ou recuperando informações.

Na roda de leitura, ao propor a leitura de uma crônica, por exemplo, é importante que o professor realize a primeira leitura, para que os alunos tenham a oportunidade de observar as pausas, a fluência e a pronúncia adequada das palavras. Esse momento de escuta é fundamental para que os alunos tenham um modelo e procurem se desenvolver para alcançar semelhante nível de fluência em leitura oral.

As atividades de leitura e a proposta de trabalhar com gêneros textuais permitirão aos alunos o contato com uma variedade textual que vai estimulá-los, aguçando a curiosidade, trazendo novas informações e possibilitando a reflexão sobre a multiplicidade de uso da leitura em seu cotidiano.

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não comercial

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As rodas de conversa e as discussões em grupo ou em duplas ajudam os alunos a desenvolverem estratégias para expor seu ponto de vista e a se relacionarem com outras pessoas, permitindo que se expressem, sejam ouvidos e respeitados, bem como saibam respeitar os colegas quando estiverem falando. Para isso, estabelecer acordos com a turma sobre o modo como devem proceder para ter a vez de fala, como levantar a mão, por exemplo, e reforçar os acordos de convivência, tal como o de que devem ouvir o colega com atenção (EF15LP11).

Sobre o aspecto gramatical do estudo da língua, identificar e classificar verbos regulares e irregulares e conhecer o uso de prefixos e sufixos na formação de palavras, por exemplo, levam os alunos a ampliarem seu vocabulário e a refletirem sobre a língua, formando hipóteses sobre ela. Nesse sentido, atividades que partam de textos reais que circulam pela sociedade, como textos jornalísticos ou literários, podem ser utilizadas para que os alunos localizem palavras primitivas e derivadas e identifiquem o processo de formação de palavras (EF05LP08).

Outra estratégia que pode ser destacada e que contribui para o desenvolvimento da produção de escrita dos alunos é o planejamento do texto que será produzido, levando em consideração sua finalidade e circulação (EF15LP05). Além disso, sugere-se incorporar nas práticas de sala de aula atividades que envolvem revisão de textos, acréscimos, reformulações, correções de ortografia e pontuação (EF15LP06) e edição da versão final do texto (EF15LP07), a fim de permitir que os alunos incorporem essas técnicas no momento de produção textual, levando a resultados mais satisfatórios.

Avaliação

Fundamental para a consolidação das aprendizagens, a avaliação é um processo que permite ao professor, a partir de instrumentos variados, analisar e diagnosticar a progressão dos alunos e suas relações com as estratégias didáticas adotadas. Além disso, o processo de avaliação também é fundamental no próprio planejamento pedagógico, pois, após definir os objetivos de aprendizagem, o professor pode fazer uma avaliação diagnóstica inicial de seus alunos, para conhecê-los e, assim, organizar e adaptar suas práticas de modo a alcançar os objetivos pretendidos

Além da avaliação diagnóstica, é importante adotar a prática de avaliar continuadamente, ou seja, de promover avaliações formativas, de modo a mensurar as aprendizagens dos alunos no dia a dia Essa estratégia permite acompanhar o desenvolvimento da turma, rever e redefinir a prática docente, caso não sejam alcançados os resultados esperados nessas avaliações. Esse acompanhamento aprofundado dos alunos permite conduzir o processo de ensino-aprendizagem de maneira mais efetiva.

Por fim, é necessário realizar, ao final de determinados períodos, avaliações para verificar os resultados obtidos no processo. As avaliações de resultado não descrevem e

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sob os mesmos parâmetros.

mensuram apenas os resultados do processo de ensino-aprendizagem, mas também da gestão e da formação dos professores.

O que avaliar?

Em Língua Portuguesa, sugerimos que a avaliação tenha como parâmetros os objetos de conhecimento específicos de cada ano e as respectivas habilidades, de acordo com os eixos de ensino no componente curricular: oralidade, leitura/escuta, produção (escrita e multissemiótica) e análise linguística/semiótica.

É fundamental partir de diagnósticos dos conhecimentos prévios dos alunos. Em cada ano, é possível elaborar instrumentos para levantar dados sobre os diferentes aspectos do estudo da língua, da ortografia à produção de textos orais e escritos, da gramática à leitura, e organizar esses dados de modo a mapear o avanço dos alunos e propiciar a possibilidade de planejar intervenções.

Quanto à avaliação da prática do eixo oralidade, por exemplo, é importante realizar um trabalho visando avaliar os aspectos envolvidos no desenvolvimento da linguagem oral: oralização do texto escrito, variação linguística, relações entre fala e escrita e produção e compreensão de gêneros orais. Isso pode ser feito por meio de atividades que vinculem o uso de língua oral a situações didáticas significativas para os alunos, nas quais é possível desenvolver características próprias das práticas de compreensão e produção de textos orais associadas ao contexto e a aspectos não linguísticos, que envolvem entonação, dicção, ritmo, gesto e postura.

Em relação à leitura, é possível analisar a autonomia dos alunos para ler e compreender textos de gêneros diversos, por meio da identificação de características desses gêneros, da associação com outros textos, da localização de informações, da inferência local e global e do posicionamento diante do que foi lido. É importante reconhecer que existem diferentes maneiras para avaliar a leitura; portanto, é fundamental ter em mente o que se pretende avaliar.

Já a avaliação dos aspectos relacionados à produção textual pode ajudar a mensurar em que medida os alunos compreenderam o contexto de produção, os conhecimentos que têm sobre o gênero, o assunto sugerido, entre outros. Para tanto, antes de avaliar a produção dos alunos, é necessário deixar explícito: qual gênero eles vão produzir? Qual é o objetivo do texto? Para quem vão produzir? Onde esse texto circulará? A não compreensão desses elementos pode impedir ou dificultar a produção escrita dos alunos.

Seguir as normas gramaticais e a escrita ortográfica também é necessário para a produção textual, mas é importante analisar se os alunos conseguiram estabelecer uma unidade de sentido em suas produções.

Por fim, a avaliação do eixo da análise linguística/semiótica pode ser feita em atividades que explorem contextos significativos dos usos da língua. Assim, os alunos são incentivados a conhecer, a refletir e a dominar o sistema de escrita, a observância às regras

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sob
mesmos parâmetros. 13
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os

ortográficas, a paragrafação, o emprego da pontuação, da concordância verbal e nominal e a utilização de elementos de coesão, além de outros aspectos metalinguísticos. Entre as atividades que visam à sistematização dos aspectos gramaticais propostos, sugerimos, por exemplo, as pesquisas motivadas, a elaboração de tabelas, o ditado, a correção de palavras entre colegas e a elaboração de jogos coletivos.

Para saber mais

• DIONISIO, Angela Paiva; MACHADO, Anna Rachel; BEZERRA, Maria Auxiliadora (org.).

Gêneros textuais e ensino. São Paulo: Parábola, 2010.

O falar e o escrever, nas mais variadas situações, produzem algum gênero textual. O livro desenvolve a habilidade de produção desses gêneros por meio de análise, treino e ampliação.

• SOLÉ, Isabel. Estratégias de leitura. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 1998.

O livro traz o resultado de uma pesquisa realizada por Solé sobre a compreensão do processo da leitura por meio de estratégias que permitam interpretar e compreender os textos escritos.

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Sequências didáticas

Sequência didática 1 • Conto de suspense ou conto fantástico

Nesta sequência didática, serão abordadas as características do gênero conto, assim como serão analisadas: as estruturas que o compõem, de maneira a trabalhar a compreensão de texto; e a identificação dos elementos da história e sua ideia principal, com o intuito de levar os alunos a refletirem sobre narrativas ficcionais, em especial os contos de assombração e terror. Os alunos também serão convidados a relembrarem as classes gramaticais substantivo, adjetivo e advérbio, a identificarem a grafia e os sentidos das palavras MAU, MAL, BOM e BEM, e a explorarem a escrita de palavras com a letra S em diferentes posições, bem como os sons que essa letra pode representar.

Objetivos de aprendizagem

• Ler e compreender um conto.

• Planejar e escrever a continuação de um conto.

• Escrever e revisar o conto criado

• Identificar os elementos fantásticos presentes nas narrativas de ficção e compreender de que forma esses elementos podem despertar sensações de medo.

• Ler com clareza e expressividade.

• Relembrar as classes gramaticais substantivo, adjetivo e advérbio.

• Diferenciar a grafia e os sentidos das palavras MAU, MAL, BOM e BEM.

• Relembrar alguns advérbios e as circunstâncias expressas por eles.

• Identificar a escrita de palavras com a letra S e os sons que essa letra representa em diferentes posições nas palavras.

Plano de aulas

Aula 1: Conhecer as características do gênero textual conto e sua função social

Aula 2: Ler e compreender um trecho de um conto fantástico.

Aula 3: Planejar a escrita da continuação de um conto.

Aula 4: Escrever, reler e revisar um conto.

Aula 5: Ler e compreender um conto maravilhoso.

Aula 6: Compartilhar informações sobre um conto

Aula 7: Relembrar a grafia e os sentidos de MAU, MAL, BOM e BEM

Aula 8: Estudar os sons da letra S

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com

Componentes essenciais para a alfabetização: Conhecimento alfabético, compreensão de textos, fluência em leitura oral, desenvolvimento de vocabulário e produção de escrita

Competências gerais da Educação Básica: 4, 5 e 10.

Competências específicas de Língua Portuguesa: 1, 2, 3, 8 e 9

Habilidades: EF15LP01, EF15LP03, EF15LP05, EF15LP06, EF15LP07, EF15LP11, EF15LP16, EF35LP03, EF35LP04, EF35LP07, EF35LP08, EF35LP25, EF35LP26, EF35LP29, EF05LP01

Materiais necessários: Cópias do trecho do conto "As sete velhas da estrada", folha de papel kraft , folhas de papel pautado, cópias do conto "Os sete corvos", cópias da ficha de autoavaliação, cartões com as palavras MAU, MAL, BOM e BEM, seleção de exemplares de livros de contos, cópias dos quadros de advérbios, revistas e jornais, cópias do quadro de palavras escritas com a letra S

Aula 1

Nesta aula, serão abordadas as principais características do gênero textual conto. Para começar, perguntar aos alunos se eles conhecem o gênero textual conto, se já leram algum e incentivá-los a compartilhar o que sabem, quais histórias já leram e em quais contextos, se na escola ou no ambiente familiar. Estipular um tempo de aproximadamente 10 minutos para essa verificação e reforçar com os alunos, sempre que necessário, a importância de respeitar o momento de fala do colega.

Em seguida, retomar com a turma o que já sabem sobre o gênero textual conto. Promover um momento de conversa e tomar nota na lousa das hipóteses apresentadas. Apresentar a definição para esse gênero textual e analisar as hipóteses uma a uma, identificando apenas aquelas que compõem a estrutura desse tipo de texto. Solicitar que anotem as informações reunidas na lousa em seus cadernos, para que possam consultá-las sempre que necessário

Explicar aos alunos que o conto é um gênero textual caracterizado por ser uma narrativa curta, com poucas personagens, em um tempo e espaço restritos e um único conflito. Comentar que a narrativa curta do conto está relacionada com suas origens em textos orais, como os casos (ou causos) que eram contados entre as pessoas de uma mesma comunidade Outro ponto importante é que, além dessas características, o conto apresenta, como elementos fundamentais para sua composição: a trama/o enredo, o cenário e o narrador.

Em seguida, comentar com os alunos que existem vários tipos de contos, como o maravilhoso (também conhecido como conto de fadas), o de aventura, o de enigma e mistério, o de acumulação, o de suspense etc Retomar os contos apontados pelos alunos no início da aula e buscar identificar o tipo de conto de cada um.

Para finalizar, ler um conto previamente selecionado para os alunos e fazer perguntas sobre o texto, buscando a identificação dos elementos da história, do gênero e das estruturas do texto

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Aula 2

Nesta aula, serão explorados os elementos do conto de suspense e do conto fantástico. Para começar a aula, explicar aos alunos que a principal diferença entre esses dois tipos de conto é que o de suspense, normalmente, apresenta elementos sobrenaturais como forma de criar uma atmosfera de apreensão e medo na narrativa Já o conto fantástico é composto de personagens que vivenciam situações cotidianas absurdas e pouco prováveis na vida real

Em seguida, providenciar uma cópia para cada aluno de um trecho do conto "As sete velhas da estrada", indicado a seguir:

As sete velhas da estrada

Faz uns quarenta anos que isto aconteceu, numa tarde quente do mês de janeiro.

O Tavinho e o seu cunhado Zezinho Pereira voltavam de jipe da vila, [...]. Já estavam quase chegando ao Sítio do Fundão quando, ao contornar um morro, encontraram o Berto, irmão do Tavinho, vindo de charrete. [...]

O Tavinho então pediu ao irmão que voltasse para casa [...] PEREIRA, Maurício Contosdeassombração: causos arrepiantes de Redenção da Serra. São Paulo: DCL, 2010. p. 16.

Também é possível reproduzir esse trecho do conto em uma folha de papel kraftpara o trabalho coletivo com o texto. Na sequência, solicitar a alguns voluntários que façam a leitura compartilhada do texto com o objetivo de desenvolver a fluência em leitura oral. Após a leitura, conversar com a turma a respeito do trecho lido e estipular alguns minutos para que realizem as atividades de interpretação propostas a seguir:

1. Quem são as personagens que aparecem nesse trecho do conto?

As personagens principais da história são Tavinho, seu cunhado Zezinho Pereira e o Berto (irmão do Tavinho).

2. Qual é o espaço em que a história acontece? É possível descrevê-lo?

A história acontece na estrada, no caminho da vila para o Sítio do Fundão. Não há descrição para saber como é a estrada.

3. Quem é o narrador dessa história?

O narrador é alguém que está contando a história – um narrador-observador que, provavelmente, ouviu ou lembra os acontecimentos. É possível perceber que o narrador conta a história como se estivesse lembrando o que ouviu ou vivenciou.

4. É possível saber quando a história ocorreu?

Sim, ocorreu em uma tarde quente do mês de janeiro, quarenta anos atrás.

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5. O que você imagina que aconteceu depois que Tavinho pediu ao irmão que voltasse para casa?

Resposta pessoal. Espera-se que os alunos deem uma explicação coerente com os acontecimentos que foram narrados até o momento, mas que, levando em consideração que é um conto de suspense, criem uma hipótese que possa assustar.

Promover a correção coletiva das atividades usando as perguntas como ponto de partida para trabalhar e verificar a compreensão de textos com os alunos.

Aula 3

Nesta aula, os alunos serão desafiados a planejar a continuação do trecho do conto "As sete velhas da estrada", lido na aula anterior. Retomar as questões de compreensão de texto trabalhadas na aula anterior e promover um momento no qual os alunos devem refletir sobre o que vão escrever Orientá-los a fazer um roteiro para a escrita do texto a partir das seguintes perguntas:

1. O que aconteceu depois que Tavinho pediu ao irmão que voltasse para casa?

2. Qual será o conflito enfrentado pela personagem?

3. O que acontecerá na história para causar medo? Haverá algum elemento fantástico?

4. Como a personagem vai resolver o conflito?

5. De que forma a descrição da situação inicial influenciará os acontecimentos que virão a seguir?

6. Reflita sobre o título do texto "As sete velhas da estrada". Em que momento essas velhas aparecerão?

7. O que a aparição das velhas causará no protagonista?

8. Como os acontecimentos caracterizarão essa narrativa? Como um conto de medo ou fantástico?

9. Quais elementos complementarão a história?

Disponibilizar o restante da aula para a atividade de planejamento do roteiro de escrita a partir das questões norteadoras. Circular pela sala de aula verificando se os alunos necessitam de ajuda para organizar as ideias para o roteiro, ou se têm dúvidas gramaticais e/ou semânticas.

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Aula 4

Nesta aula, os alunos retomarão o roteiro e a história criados na aula anterior. Orientar os alunos para a escrita final do conto. Distribuir folhas pautadas para a atividade

É importante reforçar com os alunos que, para a escrita, utilizem seus conhecimentos linguísticos e gramaticais, tais como: regras de concordância nominal e verbal, convenções de escrita de diálogos, pontuação (ponto-final, ponto de exclamação, ponto de interrogação, dois-pontos, vírgulas em enumerações etc.) e regras ortográficas

Circular entre os alunos para poder auxiliá-los e orientá-los em relação a possíveis dúvidas no momento da escrita do texto Outro ponto importante é lembrar aos alunos que a narrativa deve ter um começo, um meio e um fim; portanto, é preciso cuidar para que haja uma progressão das ideias, seguindo uma estrutura narrativa coerente que seja clara para o leitor, contando como as sete velhas apareceram e o que esse acontecimento causou às personagens.

Ao final do momento de escrita, propor aos alunos que releiam o que escreveram para verificar se cumpriram o roteiro conforme planejaram e se conseguiram desenvolver uma situação coerente para o aparecimento das sete velhas na estrada. Uma vez terminada a verificação da escrita, recolher os contos escritos. Se achar interessante, os alunos podem ler o conto que escreveram uns para os outros e comparar as situações criadas a partir de um mesmo evento inicial. Para finalizar, perguntar o que eles acharam da experiência de escrita, qual foi a parte de que mais gostaram, com o que sentiram mais dificuldade etc.

Avaliação

Avaliar o desempenho dos alunos na produção de texto é importante, pois, dessa maneira, será possível observar se os objetivos traçados no plano pedagógico foram alcançados. Para isso, propomos os critérios a seguir:

Critérios de avaliação de produção de escrita Sim Não

O aluno estabeleceu relações entre o texto inicial e o texto que produziu?

O aluno criou uma continuação coerente com os aspectos iniciais apresentados?

Há progressão das ideias do texto, de acordo com a estrutura de um texto narrativo?

O texto seguiu o roteiro planejado?

O texto apresentou a finalização da narrativa?

O aluno demonstrou conhecer regras gramaticais básicas, evidenciadas na elaboração de frases e na grafia das palavras?

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Aula 5

Nesta aula, serão trabalhadas narrativas que apresentem o medo como tema ou como recurso para envolver o leitor. Dispor a turma em círculo ou em semicírculo e entregar a cada aluno uma cópia do conto maravilhoso "Os sete corvos" Esse texto servirá como ponto de partida para a conversa sobre o gênero textual.

Os sete corvos

Era uma vez um homem que tinha sete filhos, todos meninos, e vivia suspirando por uma menina. Afinal, um dia, a mulher anunciou-lhe que estava mais uma vez esperando uma criança. No tempo certo, quando ela deu à luz, veio uma menina. Foi imensa a alegria deles. Mas, ao mesmo tempo, ficaram muito preocupados, pois a recém-nascida era pequena e fraquinha, e precisava ser batizada com urgência.

Então, o pai mandou um dos filhos ir bem depressa até a fonte e trazer água para o batismo. O menino foi correndo e, atrás dele, seus seis irmãos. Chegando lá, cada um queria encher o cântaro primeiro; na disputa, o cântaro caiu na água e desapareceu.

Os meninos ficaram sem saber o que fazer. Em casa, como eles estavam demorando muito, o pai disse, impaciente:

Na certa, ficaram brincando e se esqueceram da vida!

E, cada vez mais angustiado, exclamou com raiva:

Queria que todos eles se transformassem em corvos!

Nem bem falou isso, ouviu um ruflar de asas por cima de sua cabeça e, quando olhou, viu sete corvos pretos como carvão passando a voar por cima da casa.

Os pais fizeram de tudo para anular a maldição, mas nada conseguiram; ficaram tristíssimos com a perda dos sete filhos. Mas, de alguma forma, se consolaram com a filhinha, que logo ficou mais forte e foi crescendo, cada dia mais bonita.

Passaram-se anos. A menina nunca soube que tinha irmãos, pois os pais jamais falaram deles. Um dia, porém, escutou acidentalmente algumas pessoas falando dela:

A menina é muito bonita, mas foi por culpa dela que os irmãos se desgraçaram…

Com grande aflição, ela procurou os pais e perguntou-lhes se tinha irmãos, e onde eles estavam. Os pais não puderam mais guardar segredo. Disseram que havia sido uma predestinação do céu, mas que o batismo dela fora a inocente causa.

A partir desse momento, não se passou um dia sem que a menina se culpasse pela perda dos irmãos, pensando no que fazer para salvá-los. Não tinha mais paz nem sossego.

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Um dia, ela fugiu de casa, decidida a encontrar os irmãos onde quer que eles estivessem, nesse vasto mundo, custasse o que custasse. Levou consigo apenas um anel de seus pais como lembrança, um pão grande para quando tivesse fome, um cantil de água para matar a sede e um banquinho para quando quisesse descansar.

Foi andando, andando, se afastando cada vez mais, e assim chegou ao fim do mundo.

Então, foi falar com o Sol. Mas ele era assustador, quente demais e comia crianças.

A menina fugiu e foi falar com a Lua. Ela era horrorosa, mais fria que o gelo, e também comia crianças. Quando viu a menina, disse com um sorriso mau:

Hum, hum… que cheirinho bom de carne humana!

A menina se afastou correndo e foi falar com as estrelas. Encontrou-as sentadas, cada uma na sua cadeirinha. Todas elas foram bondosas e amáveis com ela. A Estrela-D’Alva ficou em pé e lhe deu um ossinho de frango, dizendo:

Sem este ossinho, você não poderá abrir a Montanha de Cristal, e é na Montanha de Cristal que estão seus irmãos.

A menina pegou o ossinho, embrulhou-o num pedaço de pano, e de novo se pôs a andar.

Andou, andou e afinal chegou à Montanha de Cristal. O portão estava fechado; quando desembrulhou o paninho para pegar o osso, ele estava vazio! Ela havia perdido o presente da estrela…

E agora, o que fazer? Queria salvar os irmãos, mas não tinha mais a chave da Montanha de Cristal.

Sem pensar muito, meteu o dedo indicador dentro do buraco da fechadura e girou-o, mas o portão continuou fechado.

Então, pegou uma faca em sua trouxinha, cortou fora um pedaço do dedo mindinho, meteu o pedaço do dedo na fechadura: felizmente, o portão se abriu.

Assim que ela entrou, um anãozinho veio a seu encontro:

O que está procurando, minha menina?

Procuro meus irmãos, os sete corvos.

Os senhores corvos não estão em casa e vão se demorar bastante. Mas, se quiser esperar, entre e fique à vontade. Assim dizendo, o anãozinho foi para dentro e voltou trazendo a comida dos corvos em sete pratinhos, e a bebida em sete copinhos. A menina comeu um bocadinho de cada prato e bebeu um golinho de cada copo, mas deixou cair o anel que trouxera dentro do último copinho.

Nesse momento, ouviu-se um zunido e um bater de asas no ar.

São os senhores corvos que vêm vindo explicou o anãozinho.

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Eles entraram, quiseram logo comer e beber e se dirigiram para seus pratos e copos. Então um disse para o outro: Alguém comeu no meu prato! Alguém bebeu no meu copo! E foi boca humana!

E quando o sétimo corvo acabou de beber a última gota de seu copo, o anel rolou até o seu bico. Ele reconheceu o anel de seus pais e exclamou:

Queira Deus que nossa irmãzinha esteja aqui! Então, estaremos salvos!

Ao ouvir esse pedido, a menina, que estava atrás da porta, saiu e foi ao encontro deles. Imediatamente, os corvos recuperaram sua forma humana.

Abraçaram-se e se beijaram na maior alegria e, muito felizes, voltaram todos para casa.

SÃO PAULO (estado). Lereescrever: livro do aluno. São Paulo: Secretaria da Educação: Fundação para o Desenvolvimento da Educação, 2010 p 85-87

Pedir aos alunos que leiam com atenção o título do conto e que imaginem o enredo da história. Perguntar-lhes se os corvos são as personagens principais e se há pistas do que pode acontecer no decorrer da história. Em seguida, conduzir uma leitura coletiva dos parágrafos iniciais até o trecho em que o pai reclama dos filhos por não terem voltado rapidamente com o cântaro Perguntar, antes de continuar a narrativa: "Vocês acham que os filhos se transformarão em corvos?". Os alunos devem expor suas opiniões. Continuar com a leitura coletiva do conto até o final da história e, então, perguntar se as hipóteses foram confirmadas.

Após a leitura, manter os alunos na disposição proposta inicialmente e começar uma conversa sobre o texto que acabaram de ler. Perguntar-lhes se houve alguma palavra ou expressão que desconheciam e se as hipóteses iniciais sobre o texto se confirmaram. Propor algumas questões para incentivar um debate sobre o conto. Ver algumas sugestões

1. Quem são as personagens principais? E as personagens secundárias?

As personagens principais são a mãe, o pai, os sete filhos e a menina. As secundárias são o Sol, a Lua, as estrelas, a Estrela-D’Alva e o anãozinho.

2. Quais são os cenários onde a história se passa? É possível descrevê-los?

Inicialmente, a história se passa no local onde a família vivia, que ficava perto de uma fonte. Não há elementos suficientes para descrevê-lo. Depois a menina chega ao fim do mundo, onde estão o Sol, a Lua e as estrelas. Ela termina na Montanha de Cristal, onde vivem seus irmãos. Esse local tem um portão que pode ser aberto com um osso e tem um anão como guardião.

3. Quem está narrando esse conto? Um narrador-personagem ou um narrador-observador?

Um narrador-observador.

4. O texto é narrado em 1ª ou em 3ª pessoa?

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O texto é narrado em 3ª pessoa.

5. O que acontece na história? Qual é o seu enredo?

Um casal que tinha sete filhos homens esperava o nascimento de sua primeira filha. No dia em que os meninos foram buscar água para o batismo da recém-nascida, que era muito fraca, uma reclamação do pai os transformou em corvos. A menina cresceu sem saber sobre a história dos irmãos e, quando a descobriu, saiu pelo mundo em busca deles. No percurso, ganhou um objeto mágico (um osso) da Estrela-D’Alva, capaz de abrir o portão da Montanha de Cristal, lugar no qual os irmãos viviam. Ao perder o objeto, cortou um pedaço de seu dedo para poder entrar no local. O reencontro transformou os corvos em humanos novamente, todos ficaram felizes e voltaram para casa.

6. Qual é o momento de maior tensão na narrativa, ou seja, o seu clímax?

O clímax ocorre quando a menina perde o ossinho que ganhou da Estrela-D’Alva, com o qual abriria o portão da Montanha de Cristal onde seus irmãos viviam.

7. Como o problema se resolve? Qual é o desfecho da história?

O problema se resolve com a menina cortando um pedaço do próprio dedo para servir de chave e abrir o portão.

8. Na sua opinião, os diálogos são importantes na história?

Resposta pessoal. Espera-se que os alunos percebam que os diálogos representam a fala das personagens, o que aproxima o texto do leitor, conduzindo a narrativa para o momento em que é feita a leitura. Também auxiliam a mostrar o que a menina está enfrentando e contar como ela pode encontrar os irmãos.

9. O que vocês imaginam que vai acontecer quando todos os filhos chegarem juntos à casa deles?

Resposta pessoal. Espera-se que os alunos comentem algo coerente com o que foi apresentado anteriormente – o pai pode se desculpar com os filhos e ficar feliz com a volta de todos; os pais podem dar uma bronca na filha por ter desaparecido por muitos dias, deixando-os preocupados; o pai pode ficar feliz com a volta de todos para casa.

Por se tratar de uma atividade oral, não é necessário que os alunos tenham uma cópia das questões. Incentivar a turma a participar, expondo suas ideias. Estipular o tempo de aproximadamente 20 minutos para essa atividade.

Ao término desta aula, retomar os acontecimentos da narrativa com a turma e perguntar aos alunos se eles acham que a história desperta no leitor sensações de medo. É importante enfatizar que a história traz elementos sobrenaturais, tais como: os meninos se transformam em corvos; e a presença de lugares fantásticos, como a Montanha de Cristal. Além disso, a menina perde o osso, objeto que permitiria o acesso à Montanha de Cristal e, na tentativa de solucionar o problema, tem a ideia de cortar um pedaço do dedo mindinho e utilizá-lo para abrir o portão, algo que também é fantástico (e até mesmo aterrorizante)

Esses elementos são usados em narrativas de ficção para criar suspense sobre o que poderá acontecer e tornar a leitura mais interessante.

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Perguntar também qual tipo de leitor essa história atrai. É importante que os alunos percebam que esse tipo de narrativa costuma atrair leitores que se interessam por situações fantásticas, mágicas, que apresentam suspense e até mesmo situações que causam medo. Como tarefa para casa, pedir aos alunos que busquem e selecionem, na biblioteca da escola ou na internet, histórias que provocam sensações de medo, mistério e estranheza para os leitores. Eles devem escolher a história, ler e anotar no caderno os principais acontecimentos, desde a situação inicial até o desfecho, para apresentar em aula. Lembrá-los de que devem citar as personagens principais, onde a história acontece, o que provoca o medo (ou suspense) e como a situação é enfrentada, além de comentarem se gostaram ou não da história, expondo a razão pela qual a escolheram.

Aula 6

Organizar os alunos em roda para que apresentem o resultado da pesquisa feita como tarefa para casa. Explicar que devem falar o nome da história, o problema que surgiu, a situação a ser enfrentada e como o protagonista lidou com o que estava acontecendo Os alunos devem responder oralmente às seguintes questões: Respostas pessoais.

1. Qual é o título do conto?

2. Qual é o conflito central da história?

3. Qual é a situação enfrentada pelo protagonista que lhe causa medo?

4. Como o protagonista enfrentou a situação?

5. Por que você escolheu esse conto? O que chamou sua atenção?

Responder às questões propiciará aos alunos a oportunidade de sintetizarem as ideias de seu texto, o que facilitará a escuta pelos colegas. Combinar o tempo que cada um terá para expor suas ideias. No decorrer da atividade, observar se os alunos expõem com clareza e expressividade o que foi proposto. Eles podem contar resumidamente os acontecimentos do conto

Avaliação

Ainda que não seja um momento formal de avaliação, é importante verificar o que foi apreendido pelos alunos no decorrer das atividades, possibilitando que façam uma autoavaliação. Para isso, devem partir das percepções pessoais sobre o próprio trabalho de escolha e seleção do conto, além dos comentários sobre o material apresentado pelos colegas para responder, por escrito, às questões sugeridas a seguir. Caso não seja possível fazer a atividade de autoavaliação durante a aula, solicitar à turma que a faça como tarefa para casa, a ser entregue na aula seguinte.

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Autoavaliação – Conto

Você conseguiu realizar a atividade proposta? Teve dificuldade em selecionar a história? Por quê?

Como você julga que foi sua apresentação? Explicou resumidamente as ideias do texto selecionado, com foco nas ações do protagonista?

Na sua opinião, a leitura de contos fantásticos, contos de medo, de terror, de suspense podem despertar o prazer pela leitura? Por quê?

Ao final, escolher um conto para realizar uma leitura compartilhada com os alunos, explorando os elementos de sua narrativa e enredo

Aula 7

Iniciar a aula conversando sobre as classes gramaticais substantivo, adjetivo e advérbio e o que sabem sobre elas. Na lousa ou em uma folha de papel kraft , tomar notas dos apontamentos dos alunos. Ver algumas sugestões de definições para essas classes gramaticais

• Substantivos: palavras que dão nomes a seres, objetos, fenômenos, lugares, qualidades, ações, entre outros

• Adjetivos: palavras que caracterizam/atribuem características aos substantivos.

• Advérbios: palavras que modificam um verbo, um adjetivo ou outro advérbio e indicam circunstâncias como intensidade, modo, tempo, lugar, negação, afirmação e dúvida

Em seguida, escrever na lousa as palavras MAU, MAL, BOM e BEM e perguntar aos alunos se sabem a diferença entre elas. Pode ser que mencionem a grafia das palavras. Escrever na lousa uma frase com cada uma dessas palavras e perguntar novamente o sentido de cada uma delas. Ver alguns exemplos

• A história do lobo mau e dos três porquinhos é um conto maravilhoso.

• Aquele homem estava passando mal.

• Ela estava bem feliz ontem.

• Ontem foi um dia muito bom

Espera-se que os alunos percebam que as palavras MAU e BOM são adjetivos, uma vez que caracterizam o lobo e o dia, respectivamente; já as palavras MAL e BEM são

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advérbios, pois indicam, respectivamente, o modo em que o homem se encontrava e a intensidade da felicidade da pessoa.

Organizar os alunos em trios e distribuir os cartões com as palavras MAL, MAU, BEM e BOM. Indicar aos alunos um dos cartões e propor que escrevam três frases com a palavra indicada no espaço de tempo de 3 minutos. Ao final do tempo, eles deverão parar a atividade de escrita de palavras e mostrar aos colegas o que escreveram. Prossiga da mesma forma com as demais palavras.

Ao final, circular pela sala de aula para verificar quais trios conseguiram escrever as doze frases, se a escrita das palavras está correta e se utilizaram letra maiúscula no início de cada frase e sinal de pontuação ao final. Conferir se o sentido das palavras foi empregado corretamente.

Após a realização da atividade, retomar os advérbios MAL (que indica circunstância de modo) e BEM (que indica circunstância de modo ou intensidade, dependendo da frase). Relembrar outros advérbios e suas circunstâncias: intensidade, modo, tempo, lugar, negação, afirmação e dúvida

Providenciar uma cópia do quadro de advérbios para cada aluno e pedir que o completem com os advérbios que souberem e de que se recordarem. Ver o modelo a seguir:

Intensidade Modo Tempo Lugar Negação Afirmação Dúvida

Sugestões de resposta: muito, pouco, demais, bastante

Sugestões de resposta: bem, rápido, devagar

Sugestões de resposta: ontem, amanhã, antes, sempre

Sugestões de resposta: longe, perto, aqui, ali, embaixo, adiante

Sugestões de resposta: não, jamais

Sugestões de resposta: sim, decerto

Sugestões de resposta: talvez, possivelmente

Estipular o tempo de aproximadamente 10 minutos para que os alunos completem o quadro e, em seguida, pedir que compartilhem o que escreveram. Combinar com a turma que devem acrescentar os advérbios citados pelos colegas, caso sejam diferentes dos que escreveram, para, assim, ampliarem o vocabulário.

Aula 8

Distribuir entre os alunos revistas e jornais para recorte e uma cópia para cada um do quadro de palavras escritas com S. Ver modelo a seguir:

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parâmetros.

S no início da palavra S no final da palavra S no final da sílaba S entre vogal e consoante S entre consoante e vogal

S entre vogais SS

Sugestões de resposta: sair, sopa, sereno, símbolo

Sugestões de resposta: mas, inglês, português, tênis

Sugestões de resposta: escola, pasto, gosto

Sugestão

Sugestões de resposta: suspense, sistema, mostra

Sugestões de resposta: consulta, ansiedade

Sugestões de resposta: análise, aviso, visita, curiosidade

Sugestões de resposta: assim, associar, assunto Orientar os alunos a buscarem e recortarem palavras para completar o quadro. Estipular o tempo de até 20 minutos para a realização dessa atividade Em seguida, pedir que circulem as palavras em que o S tem som de Z. Espera-se que os alunos percebam que a letra S tem som de Z quando está entre vogais.

• GURGEL, Thais Produção de texto: como ensinar os alunos a escrever de verdade Nova Escola, 7 mar. 2018. Disponível em: https://novaescola.org.br/conteudo/231/producao-de-texto-como-ensinar-os-al unos-a-escrever-de-verdade Acesso em: 7 dez. 2021. A reportagem apresenta informações sobre a importância da escrita e dá sugestões para o trabalho do professor no incentivo à escrita

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Sequência didática 2 • Texto teatral

Nesta sequência didática, os alunos farão a leitura expressiva de um trecho de texto teatral com os objetivos de refletir sobre a estrutura desse gênero textual e entender a função dos elementos que o compõem. Objetiva-se, também, o trabalho com as habilidades leitora e escritora dos alunos por meio da leitura compartilhada de uma fábula, o seu reconto oral e a sua adaptação para um texto teatral. Os alunos terão a oportunidade de trabalhar a escrita ortográfica relembrando palavras terminadas em -ÃO e seus respectivos plurais, bem como palavras escritas com SC e XC e palavras terminadas em -GEM e -GIO.

Objetivos de aprendizagem

• Ler e compreender textos fluentemente.

• Identificar as características de um texto teatral.

• Ler expressivamente um texto teatral.

• Adaptar textos para diferentes fins.

• Reconhecer substantivos terminados em -ÃO e seus respectivos plurais.

• Escrever palavras terminadas em -GEM e -GIO

• Escrever palavras com SC e XC.

Plano de aulas

Aula 1: Ler e compreender um texto teatral

Aulas 2 e 3: Interpretar um texto teatral com leitura dramática

Aula 4: Ler e compreender textos e reconhecer elementos de uma narrativa.

Aula 5: Adaptar e reescrever fábulas para o gênero texto teatral.

Aula 6: Revisar e reescrever o texto teatral produzido.

Aula 7: Estudar o plural de palavras terminadas em -ÃO

Aula 8: Estudar palavras escritas com XC e SC, palavras terminadas em -GEM e -GIO.

Componentes essenciais para a alfabetização: Conhecimento alfabético, consciência fonológica e fonêmica, compreensão de textos, fluência em leitura oral e produção de escrita.

Competências gerais da Educação Básica: 3, 4 e 9

Competências específicas de Língua Portuguesa: 1, 2, 3, 5 e 9

Habilidades: EF15LP01, EF15LP03, EF15LP06, EF15LP09, EF35LP03, EF35LP24, EF05LP04.

Materiais necessários: Cópias do trecho do texto teatral "Pluft, o fantasminha", cópias das fábulas "O leão e o cordeiro" e "O lobo e o cão", cópias das propostas de reconto das fábulas, folhas de papel pautado, cartolina

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parâmetros.

Aula 1

Propor à turma a leitura expressiva do ato único da peça "Pluft, o fantasminha". A atividade deverá ter a duração de 60 minutos, e os alunos devem estar organizados em duplas. Antes de iniciar a atividade, contextualizar a obra, explicando que se trata de uma das mais conhecidas peças infantis nacionais e que foi escrita por Maria Clara Machado, uma grande autora brasileira. Ver o texto a ser reproduzido aos alunos a seguir:

Pluft, o fantasminha

Personagens

Sebastião, Julião e João – marinheiros

Mãe Fantasma

Pluft, o fantasminha

Gerúndio – tio do Pluft

Perna de Pau – marinheiro pirata

Maribel – menina

Cenário

Um sótão. À direita uma janela dando para fora de onde se avista o céu. No meio, encostado à parede do fundo, um baú. Uma cadeira de balanço. Cabides onde se veem, pendurados, velhas roupas e chapéus. Coisas de marinha. Cordas, redes. O retrato velado do capitão Bonança. À esquerda, a entrada do sótão.

ATO ÚNICO

Ao abrir o pano, a Senhora Fantasma faz tricô, balançando-se na cadeira, que range. Pluft brinca com um barco. Depois o larga e pega uma velha boneca de pano. Observa-a por algum tempo.

Pluft – Mamãe!

Mãe – O que é, Pluft?

Pluft – Mamãe, gente existe?

Mãe – Claro, Pluft, claro que gente existe.

Pluft – Mamãe, eu tenho tanto medo de gente! (Larga a boneca.)

Mãe – Bobagem, Pluft.

Pluft – Ontem passou lá embaixo, perto do mar, e eu vi.

Mãe – Viu o que, Pluft?

Pluft – Vi gente, mamãe. Só pode ser. Três.

Mãe – E você teve medo?

Pluft – Muito, mamãe.

Mãe – Você é bobo, Pluft. Gente é que tem medo de fantasma e não fantasma que tem medo de gente.

Pluft – Mas eu tenho.

Mãe – [...] Qualquer dia destes eu vou te levar ao mundo para vê-los de perto.

Pluft – Ao mundo, mamãe?!

Mãe – É, ao mundo. Lá embaixo, na cidade...

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[...]

Pluft (Vai até a janela.) – Não, não, não. Eu não acredito em gente, pronto!

Mãe – Vai sim, e acabará com estas bobagens. São histórias demais que o tio Gerúndio conta para você. (Pluft apanha um chapéu de almirante.)

Pluft – Olha, mamãe, olha o que eu descobri! O que é isto?!

Mãe – Isto tio Gerúndio trouxe do mar. (Pluft, fora de cena, continua a descobrir coisas, que vai jogando em cena: panos, roupas, chapéus etc.)

Pluft – Por que tio Gerúndio não trabalha mais no mar, hem, mamãe?

Mãe – Porque o mar perdeu a graça para ele.

Mãe (Sem vê-lo.) – Chega de fazer desordem, meu filho. Você acaba acordando tio Gerúndio. (Ela olha para o baú.)

Pluft (Pé ante pé, chega por detrás da cadeira da mãe e grita.) – Uuuuh! (A mãe leva um susto e deixa cair as agulhas e o tricô.) Eu sabia! Eu sabia que você também tinha medo de gente. Peguei! Peguei! Peguei mamãe com medo de gente, peguei mãe com medo de gente!

Orientar a turma a formar duplas e entregar uma cópia do trecho do texto teatral para cada um dos alunos, instruindo-os a fazer uma leitura compartilhada e dramatizada do texto, oportunizando o trabalho com a fluência em leitura oral da turma Acompanhar a leitura a fim de auxiliá-los na compreensão de texto, identificando elementos da história e estruturas de texto, como as rubricas entre parênteses e suas funções para o texto teatral

Após o momento de leitura, pedir às duplas que façam um levantamento de palavras que desconhecem no texto e, no caderno, construam, com o auxílio de um dicionário, um glossário para o trecho lido, ampliando a aquisição de novo vocabulário

Com os alunos ainda em duplas, perguntar-lhes sobre a situação apresentada na cena retratada no texto, quais são as personagens que dialogam e qual é o assunto da conversa entre elas. Em seguida, propor algumas perguntas sobre o texto para a turma. Ver algumas sugestões a seguir:

1. Na história, aparecem duas personagens. Quem são elas? Qual é a principal característica de cada uma delas?

Pluft, um fantasminha que tem medo de gente, e a mãe, que é calma e tenta convencer o filho a conhecer o mundo "lá embaixo"

2. Qual é o medo de Pluft?

Ele tem medo de gente.

3. Essa característica dele é algo esperado para um fantasma? Explique.

Não, pois os fantasmas deveriam assustar as pessoas e não o contrário.

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[...]
[...]
MACHADO, Maria Clara. OTablado: cadernos de teatro, n. 164-165, p. 80-81, jan.-mar. 2001.

4. Enquanto mãe e filho conversam, Pluft vai revirando o baú do tio Gerúndio. Por que tio Gerúndio não vai mais para o mar?

Espera-se que os alunos concluam que algo aconteceu e deixou o tio Gerúndio chateado. Explorar as possibilidades de resposta com os alunos.

5. Explique a importância do trecho inicial que aparece antes do diálogo.

O trecho inicial apresenta as personagens da história e contextualiza onde se passa a cena. Comentar com os alunos que o trecho apresentado não é a cena completa e, por isso, algumas das personagens citadas ainda não apareceram.

6. Como é possível saber qual personagem está falando?

O nome de cada personagem aparece antes da fala.

7. Releia os trechos que aparecem entre parênteses. Qual é a função deles no texto? Explique.

Os trechos entre parênteses informam ao leitor o que as personagens estão fazendo, ou de que forma as personagens estão falando (animadas, com sono, tristes etc.) enquanto conversam.

8. Quais são as características do texto teatral que orientam a leitura expressiva?

As rubricas orientam a leitura expressiva, pois são indicações de gestos, expressões faciais e entonação para os atores no palco. Além disso, embora não se trate de uma característica unicamente desse gênero, a pontuação gráfica indica a entonação adequada das frases.

9. Volte ao texto e marque os sinais de pontuação de acordo com a legenda.

(amarelo) ponto-final (azul) ponto de exclamação (vermelho) ponto de interrogação

Os sinais de pontuação colaboram para a leitura e a compreensão das situações no texto?

Espera-se que os alunos percebam a função dos sinais de pontuação em cada trecho e sua colaboração para a expressividade do texto

10. Leia novamente o texto, de maneira expressiva com sua dupla, seguindo as indicações de entonação da cena.

Avisar aos alunos que na próxima aula eles farão uma encenação do texto e que, se quiserem, podem trazer alguns elementos para compor o figurino ou mesmo o cenário da história. Reforçar que treinar a leitura dramatizada da cena é essencial para uma boa performance , com dicção clara e audível para o público

Aulas 2 e 3

Pedir aos alunos que formem novamente as mesmas duplas da aula anterior e organizar a ordem em que cada dupla se apresentará para os colegas. Estabelecer um tempo de até 15 minutos para que as duplas possam realizar um último ensaio antes da apresentação. Coordenar o momento de apresentação das duplas, reforçando com a turma

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a importância de prestar atenção aos colegas, contribuindo com silêncio para não atrapalhar as apresentações. É importante reforçar com os alunos que não se preocupem em memorizar as falas, mas que cuidem da entonação, das expressões faciais e dos movimentos necessários e descritos na cena. Essa observação oportunizará a associação dos sinais gráficos de pontuação à entonação da língua falada, valorizando a importância da pontuação na escrita e de recursos não verbais em situações de conversa oral. Essa atividade promove o desenvolvimento da fluência em leitura oral da turma

Para a apresentação, dispor os alunos em semicírculo. Caso alguma dupla tenha trazido material para o cenário ou figurino, colocá-lo no local que servirá de palco, ambientando a sala de aula para a apresentação Ao término das apresentações, espera-se que os alunos tenham compreendido a importância da pontuação gráfica e dos elementos constituintes da estrutura do texto teatral, tais como a indicação das personagens antes das falas e o uso de rubricas para o desenvolvimento expressivo em cena. É importante que percebam que a leitura em voz alta deve ser preparada e ensaiada, a fim de que os ouvintes possam ouvir as falas e compreender o que ocorre na cena.

Avaliação

Para avaliar a percepção da experiência dos alunos com o gênero texto teatral, conversar com eles a respeito das impressões que tiveram em relação às atividades e às apresentações. Sugere-se o roteiro de perguntas a seguir, para serem feitas oralmente.

1. O que vocês acharam do trecho do texto teatral lido?

Resposta pessoal.

2. Tiveram alguma dificuldade na leitura do texto teatral?

Espera-se que os alunos percebam a importância das pontuações para expressão das intenções de fala, ou seja, ler em tom de pergunta, negação, afirmação etc. Além disso, devem relatar suas impressões quanto à divisão de texto apenas em falas e quanto à importância das rubricas.

3. Como foi a experiência de fazer uma leitura dramática?

Resposta pessoal.

4. Em sua opinião, a entonação de voz é importante para o entendimento do texto?

Resposta pessoal. Espera-se que os alunos percebam que a entonação é importante para expressar os sentimentos das personagens

Aula 4

Iniciar a aula informando aos alunos que eles vão ler duas fábulas e, em seguida, adaptar uma delas para o gênero texto teatral. Explicar que o objetivo dessa atividade é analisar os aspectos necessários para a adaptação de textos.

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parâmetros.

Dispor a turma em semicírculo e distribuir aos alunos cópias das fábulas a serem recontadas. Orientá-los a fazerem a leitura silenciosa dos textos, observando as pausas, os diálogos, a pontuação e a entonação. Estipular o tempo de até 20 minutos para essa atividade

Fábula 1

2

O lobo e o cordeiro

Um lobo estava bebendo água num riacho. Um cordeirinho chegou e também começou a beber, um pouco mais para baixo.

O lobo arreganhou os dentes e disse ao cordeiro:

Como é que você tem a ousadia de vir sujar a água que estou bebendo?

Como sujar? respondeu o cordeiro. A água corre daí para cá, logo eu não posso estar sujando sua água.

Não me responda! tornou o lobo furioso. Há seis meses seu pai me fez a mesma coisa!

Há seis meses eu nem tinha nascido, como é que eu posso ter culpa disso? respondeu o cordeiro.

Mas você estragou todo o meu pasto replicou o lobo.

Como é que posso ter estragado seu pasto, se nem dentes eu tenho?

O lobo, não tendo mais como culpar o cordeiro, não disse mais nada: pulou sobre ele e o devorou.

ABREU, Ana Rosa etal Alfabetização: livro do aluno. Brasília: Fundescola: SEF: MEC, 2000. v. 2. p. 103 Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/me000589.pdf. Acesso em: 21 dez. 2021.

O lobo e o cão

Um lobo e um cão se encontraram num caminho. Disse o lobo: Companheiro, você está com ótimo aspecto: gordo, o pelo lustroso… Estou até com inveja!

Ora, faça como eu respondeu o cão. Arranje um bom amo. Eu tenho comida na hora certa, sou bem tratado… Minha única obrigação é latir à noite, quando aparecem ladrões. Venha comigo e você terá o mesmo tratamento.

O lobo achou ótima a ideia e se puseram a caminho. Mas, de repente, o lobo reparou numa coisa.

O que é isso no seu pescoço, amigo? Parece um pouco esfolado… observou ele.

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Fábula

Bem disse o cão isso é da coleira. Sabe? Durante o dia, meu amo me prende com uma coleira, que é para eu não assustar as pessoas que vêm visitá-lo. O lobo se despediu do amigo ali mesmo: Vamos esquecer disse ele. Prefiro minha liberdade à sua fartura.

ABREU, Ana Rosa etal Alfabetização: livro do aluno. Brasília: Fundescola: SEF: MEC, 2000. v. 2. p. 103. Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/me000589.pdf. Acesso em: 21 dez. 2021.

Propor aos alunos uma conversa sobre os textos e pedir-lhes que respondam, no caderno, às questões sugeridas a seguir. Estipular o tempo de até 20 minutos para essa atividade.

1. Quais características podem ser identificadas em cada uma das personagens dessas fábulas?

Na primeira fábula, o lobo é astuto, traiçoeiro e usa de força física para derrotar o cordeiro quando não tem argumentos fundamentados em fatos. O cordeiro é sensato e usa argumentos para convencer o lobo de que não está errado. Na segunda fábula, o lobo é um animal que valoriza sua liberdade, mesmo que isso signifique viver de maneira desconfortável. O cachorro é um animal domesticado, que prefere ter sua liberdade controlada a viver com fome.

2. Por que esses textos podem ser considerados fábulas?

Porque as personagens são animais com características humanas e a história apresenta um ensinamento.

3. Em geral, a fábula apresenta um ensinamento que pode ser explícito no final da história. Qual é o ensinamento dessas fábulas?

Sugestão de resposta: Fábula 1 – Contra a força, não há argumentos convincentes. Não adianta argumentar com quem não está interessado em resolver questões por meio do debate. Fábula 2 – A liberdade é um bem precioso.

4. É possível identificar em que época se passam as narrativas?

Não é possível, pois as fábulas intencionalmente são atemporais, ou seja, apresentam um ensinamento que pode ser aplicado em qualquer época, em qualquer lugar.

Antes de fazer a correção das questões propostas, pedir aos alunos que leiam os textos de forma expressiva, observando a pontuação e a entonação que ela indica, assim como imaginando quais poderiam ser os movimentos e gestos das personagens.

Fazer a correção compartilhada das perguntas, enfatizando as principais características de cada personagem. Incentivar os alunos a imaginarem como esses animais poderiam ser representados em um texto teatral, perguntando como suas características, gestos, expressões fisionômicas e movimentos poderiam ser representados em cena por meio das rubricas de um texto teatral. Essa atividade é um preparo para a aula seguinte, na qual produzirão um pequeno texto teatral

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Aula 5

Para esta aula, solicitar aos alunos que se organizem em duplas e explicar que eles deverão transformar o texto de uma das fábulas lidas na aula anterior em um texto teatral. Distribuir entre as duplas as propostas de reconto indicadas a seguir, de maneira que metade da turma faça o reconto da Fábula 1 e a outra metade, da Fábula 2

Reconto 1

O lobo e o cordeiro

PERSONAGENS: lobo e cordeiro.

CENA 1

(Um lobo estava bebendo água num riacho. Entra em cena um cordeirinho, que também começa a beber água, um pouco mais para baixo.)

LOBO (arreganhando os dentes)

CORDEIRO

LOBO (furioso)

Reconto 2

O lobo e o cão

PERSONAGENS: lobo e cão.

CENA 1

(Um lobo e um cão se encontram num caminho.)

LOBO (observando atentamente o cão)

CÃO (muito satisfeito)

Esclarecer para os alunos que, embora a atividade seja em duplas, cada um deles deverá ter sua cópia da produção textual. Após a leitura da proposta de reconto e a discussão com o colega de dupla, eles deverão completar as lacunas da atividade proposta e, então, dar continuidade à história no caderno, seguindo a estrutura de um texto teatral.

Relembrá-los de que a função das rubricas é indicar ações, reações, modos de falar, movimentos e expressões das personagens; se julgar necessário, exemplificar o uso em textos teatrais. Explicar aos alunos que não há a necessidade de um narrador nesse tipo de texto, embora ele possa aparecer em alguns exemplares do gênero. Estipular aproximadamente 30 minutos para essa atividade

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Ao final da escrita, pedir aos alunos que releiam o texto produzido, observando se ele apresenta as características do gênero texto teatral e se os aspectos linguísticos e gramaticais foram contemplados corretamente. Após a revisão do texto, fazer uma leitura dos textos dos alunos e apontar aspectos que ainda podem ser aprimorados

Aula 6

Para esta aula, orientar os alunos a formarem duplas, mas, desta vez, deverão se reunir de forma que um aluno que produziu o Reconto 1 se sente com um aluno que produziu o Reconto 2

Informar aos integrantes das duplas que eles deverão revisar o texto um do outro. Para auxiliá-los nessa tarefa, orientá-los a preencher os quadros propostos a seguir, informando se o texto atende aos critérios especificados

Nome dos autores do texto:

Nome do revisor:

Reconto 1 – O lobo e o cordeiro Sim Não

1. O texto apresenta as falas das personagens sem o auxílio do narrador, ou seja, utilizando apenas o discurso direto?

2. O texto apresenta a pontuação adequada, que indica como as falas foram expressas pelas personagens?

3. As rubricas orientam os movimentos e as expressões faciais dos atores?

4. A história poderia ser encenada, pois as orientações estão claras para quem quisesse representar o texto?

5. O texto está claro?

Nome dos autores do texto:

Nome do revisor:

Reconto 2 – O lobo e o cão Sim Não

1. O texto apresenta as falas das personagens sem o auxílio do narrador, ou seja, utilizando apenas o discurso direto?

2. O texto apresenta a pontuação adequada, que indica como as falas foram expressas pelas personagens?

3. As rubricas orientam os movimentos e as expressões faciais dos atores?

4. A história poderia ser encenada, pois as orientações estão claras para quem quisesse representar o texto?

5. O texto está claro?

Ao final da atividade, perguntar aos revisores quais problemas foram percebidos no texto lido, ou seja, quais critérios foram assinalados na coluna "Não". Perguntar aos autores

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do texto como a revisão contribuiu para que observassem aspectos a serem melhorados na reescrita. Grampear nos textos corrigidos o quadro de correção preenchido pelos alunos.

Propor aos alunos que escrevam individualmente uma nova versão do reconto, atentando para os ajustes e sugestões de melhoria apontados na etapa de releitura e de revisão. Orientá-los a observar os aspectos que devem ser retomados, a fim de que o texto teatral apresente as características desse gênero e que esteja de acordo com as normas de prestígio padrão da língua. Ao término da reescrita, os alunos deverão entregar as duas versões do texto, para que seja possível compará-los, com o intuito de acompanhar o desenvolvimento da produção de escrita no decorrer da sequência didática.

Para finalizar, perguntar aos alunos quais foram as dificuldades que tiveram na produção de escrita dos textos e qual é, na opinião da turma, a importância dos textos teatrais. Espera-se que os alunos percebam que os textos teatrais despertam a imaginação e a sensibilidade e também possibilitam observar e refletir sobre aspectos sociais e culturais. Sugerir à turma que exponha os textos no mural da escola, para que outros alunos de diferentes turmas possam apreciar a produção.

Aula 7

Iniciar a aula pedindo aos alunos que digam alguns substantivos terminados em -ÃO e escrevê-los na lousa. Auxiliar com algumas ideias se for necessário. Distribuir uma folha pautada para cada aluno e comentar que a turma vai participar de um jogo do plural. Eles deverão ouvir com atenção cada palavra dita (seguindo a listagem feita na lousa) e escrevê-la na forma plural. Estipular até 2 minutos para a escrita do plural e passar para a próxima palavra.

Ao final da atividade de escrita, realizar uma correção coletiva, verificando quais das palavras têm o plural em -ÃES, -ÃOS, -ÕES. Elaborar um quadro em uma cartolina para que escrevam as palavras e possam afixá-la no mural da sala de aula Distribuir revistas e jornais para a turma e sugerir que busquem mais palavras terminadas em -ÃO e, coletivamente, discutam como seria a forma plural de cada uma, inserindo-as no quadro e ampliando o novo vocabulário da turma.

Aula 8

Relembrar com a turma como ocorre a separação das sílabas em palavras com XC ou SC. Relembrar, também, palavras terminadas em -GEM e -GIO

Propor um ditado de palavras e distribuir uma folha de papel pautado para a atividade. Sugerem-se as seguintes palavras para o ditado: excelência, crescimento, bagagem, relógio, pedágio, exceção, florescente, decolagem, refúgio, excelente, ascensorista, aprendizagem, colégio, disciplina, adolescente, colagem.

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Ao final do ditado, reproduzir na lousa o quadro de palavras a seguir e orientar os alunos a copiarem no caderno Em seguida, explicar-lhes que deverão distribuir as palavras do ditado de acordo com a nomenclatura do quadro.

PALAVRAS COM XC PALAVRAS COM SC PALAVRAS TERMINADAS EM -GEM

Excelência, exceção, excelente Crescimento, florescente, ascensorista, disciplina, adolescente

Bagagem, decolagem, aprendizagem, colagem

PALAVRAS TERMINADAS EM -GIO

Relógio, pedágio, refúgio, colégio

Realizar uma correção coletiva com a turma, resgatando com os alunos seus conhecimentos prévios, os saberes já adquiridos e mapeando possíveis defasagens, de forma a complementar as avaliações de processo da turma e o desenvolvimento do plano pedagógico.

Sugestões

• ARAÚJO, Paulo. O teatro ensina a viver Nova Escola, 7 mar. 2018. Disponível em: https://novaescola.org.br/conteudo/392/o-teatro-ensina-a-viver. Acesso em: 7 dez. 2021.

Para saber mais sobre a importância do trabalho com o teatro em sala de aula

• CABRERO, Carla. Plano de aula: construindo uma apresentação teatral Nova Escola. Disponível em:

https://planosdeaula.novaescola.org.br/fundamental/2ano/educacao-empreen dedora/construindo-uma-apresentacao-teatral/6466 Acesso em: 7 dez. 2021. Nesse plano de aula, é possível organizar uma sequência de atividades para trabalhar com o teatro em sala de aula

• FORMAÇÃO para trabalhar o teatro nos anos iniciais Vídeo (ca. 3 min).

Publicado por: Nova Escola Disponível em:

https://www.youtube.com/watch?v=Q07GtBRegI0. Acesso em: 7 dez. 2021

Nesse vídeo, Taís Ferreira fala sobre a formação de professores para trabalhar o teatro na escola

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Sequência didática 3 • Literatura de cordel

Esta sequência didática abordará a literatura de cordel por meio de atividades de leitura e interpretação de texto, com o objetivo de identificar as características, as estruturas e o contexto de produção do gênero textual cordel. Também será feita uma breve reflexão sobre variação linguística, com o objetivo de ampliar a exploração das diferentes variantes da língua portuguesa no Brasil

Serão abordadas as derivações prefixais, especificamente as iniciadas em RE-, com o sentido de repetição, e as derivações sufixais, especificamente as terminadas em -MENTE, com o sentido de modo de agir. Serão mencionadas também as principais características dessas derivações, bem como a importância de seu uso por meio de uma proposta de interação oral entre os alunos, de um jogo de cartelas e da produção de um painel multimodal de ações e modos. Os alunos terão, dessa maneira, a oportunidade de reconhecer advérbios e locuções verbais e identificar as circunstâncias expressas por eles em diferentes contextos

Objetivos de aprendizagem

• Conhecer a literatura popular em versos de cordel.

• Identificar características do texto de cordel.

• Escrever final de texto de cordel.

• Valorizar a tradição oral da literatura popular.

• Estudar algumas classes gramaticais.

• Praticar e reconhecer o uso do plural e do singular nas palavras.

• Reconhecer prefixos e sufixos como partículas formadoras de palavras.

• Reconhecer especificamente o prefixo RE- quando envolve sentido de repetição de ação, e o sufixo -MENTE como produtor de sentidos de modos de ação.

• Identificar advérbios e locuções adverbiais, reconhecendo circunstâncias expressas por eles.

Plano de aulas

Aula 1: Ler e compreender trecho de um cordel.

Aula 2: Reconhecer classes de palavras.

Aula 3: Escrita de final de texto de cordel

Aula 4: Analisar os elementos de uma narrativa.

Aula 5: Refletir sobre variações linguísticas no Brasil

Aula 6: Compreender o uso do prefixo RE- e do sufixo -MENTE

Aula 7: Ampliar o conhecimento sobre prefixos e sufixos.

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Aula 8: Reconhecer advérbios e locuções adverbiais

Componentes essenciais para a alfabetização: Conhecimento alfabético, consciência fonológica e fonêmica, compreensão de textos, desenvolvimento de vocabulário e produção de escrita

Competências gerais da Educação Básica: 1, 3 e 6

Competências específicas de Língua Portuguesa: 1, 2, 3, 4 e 5

Habilidades: EF15LP01, EF15LP02, EF15LP03, EF15LP10, EF15LP15, EF35LP03, EF35LP05, EF35LP10, EF35LP11, EF05LP26

Materiais necessários: Cópias de trecho do cordel "A história de Zezinho e Mariquinha", cópias das fichas de autoavaliação de cordel, cópias da lista de atividades de interpretação de cordel, folhas coloridas de papel sulfite, cola e grampeador, barbante, prendedor de roupas, imagem do sertão nordestino, cópias do trecho do cordel "A seca do Ceará", cópias das cartelas do jogo de prefixos e sufixos, cartela com imagens de crianças realizando diferentes ações, tais como: brincar, andar de bicicleta, comer, ler etc., folha de cartolina ou EVA, folha de papel pautado

Aula 1

Apresentar aos alunos a literatura de cordel, expondo sua origem, características e analisando exemplos desse gênero. Se a escola dispuser de um projetor de imagens, apresentar a imagem de um cordel para os alunos, como a disponível no link: https://www.socialbauru.com.br/wp-content/uploads/2018/10/literatua-cordel-1240x540.p ng (acesso em: 12 dez. 2021) Caso não disponha desse recurso, é possível imprimir o material e entregar uma cópia para cada aluno. Propor algumas perguntas aos alunos sobre o que observam na imagem, com o intuito de investigar o conhecimento prévio deles a respeito do assunto. Ver algumas sugestões de pergunta a seguir:

• Alguém conhece esse tipo de trabalho?

• Qual nome se dá a esse tipo de livreto?

• Por que eles estão expostos dessa maneira?

• Quais tipos de histórias são contadas nesses livretos?

• Vocês acham que essas histórias são curtas ou longas?

• A linguagem utilizada é formal ou informal?

Após a investigação inicial sobre a imagem, informar que nela se veem alguns exemplares de livros de cordel que estão expostos em uma feira para serem vendidos. Muito comuns no Nordeste, possuem uma essência cultural bastante forte e retratam tradições culturais regionais Explicar que os cordéis são impressos de maneira artesanal em brochuras, conhecidas como livretos ou folhetos, que costumam ter entre 8 e 32 páginas. Dizer que esse formato é utilizado por ser barato e leve, o que facilita a circulação e a divulgação dos textos em varais de barbante ou feiras, como mostrado na fotografia. Os temas explorados pelos cordelistas são variados e relatam aventuras, histórias de amor, ficção, humor etc. Outra característica marcante desse gênero textual é a sua composição

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em sextilhas, ou seja, estrofes de seis versos. Quanto à linguagem utilizada, é importante destacar que o cordel conserva características da tradição oral e de variantes linguísticas

Feita essa breve introdução, organizar os alunos em círculo e entregar a eles uma cópia do cordel "A história de Zezinho e Mariquinha", orientando-os a prestar atenção à leitura que será realizada. Em seguida, ler o título e pedir que levantem hipóteses sobre o que será a história do cordel. Fazer pausas durante a leitura para que os alunos possam fazer novas inferências, bem como confirmar ou ajustar as hipóteses levantadas

A história de Zezinho e Mariquinha

Vou contar aos bons leitores uma história muito distinta; quero contar a verdade, se não for quem me desminta: No coração de quem ama uma amizade o que pinta.

Havia em uma cidade um homem de muita riqueza, e perto dele morava um pobre por natureza –tanto tinha um de rico, como o outro tinha de pobreza.

Esse homem era rico, senhor de muitos milhões determinava a cidade com muitas repartições, afinal satisfazia todas as suas paixões.

O pobre do sapateiro não possuía riqueza, vivia de sua arte no estado de pobreza, mas o pouco que ganhava dava pra sua despesa.

O rico não tinha filhos, apenas uma filhinha, como era filha única do sobrado era rainha, era chamada Maria, tratavam por Mariquinha.

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Lhe botaram esse apelido por sua delicadeza pelo seu porte elegante, sua graça e singeleza. Apesar da pouca idade, era um mimo de beleza.

Com oito anos de idade era rainha das flores, se comparava uma santa no meio dos pecadores, o seu riso recordava sublimes juras de amores.

O pobre do sapateiro, com o seu viver pobrezinho, além de ter muitos filhos tinha um pequenininho, que chamavam de José e tratavam por Zezinho.

Esse era o bom menino por obra da Providência, apesar de ser tão novo, tinha rara inteligência, o seu pai se orgulhava por ver sua sapiência. […]

LIMA, Silvino Pirauá de HistóriadeZezinhoeMariquinha. São Paulo: Luzeiro Editora Ltda., 1974. Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=5454. Acesso em: 11 jun. 2021.

Concluída a primeira leitura, solicitar aos alunos que cada um leia um verso em voz alta, seguindo a ordem da roda em sentido horário. Em seguida, pedir aos alunos que formem duplas e distribuir cópias das perguntas sobre o texto, sugeridas a seguir. Estabelecer cerca de 15 minutos para realizarem a atividade.

1. Qual é o tema do cordel lido? A história de Zezinho e Mariquinha.

2. Ao fazer a leitura, você observou se a linguagem utilizada no texto é formal ou informal?

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Em geral é formal, mas existem marcas de oralidade, como na última linha da quarta estrofe, representada pela palavra PRA no lugar de PARA

3. Marque um X na palavra a seguir que poderia substituir SAPIÊNCIA

( ) Beleza

( ) Sabedoria

( ) Ignorância.

Sabedoria.

4. Uma das marcas da literatura de cordel são as rimas. Pinte com a mesma cor as palavras que rimam em cada estrofe.

Respostas possíveis: riqueza / natureza / pobreza; filhinha / rainha / Mariquinha etc.

Ao final da atividade, conversar com os alunos sobre o texto que leram. Perguntar se gostaram dele ou não e por quê. Deixar que se expressem livremente, auxiliando-os para que desenvolvam um parecer sobre a leitura realizada. Espera-se que, ao final da aula, os alunos tenham tido a oportunidade de conhecer um pouco da literatura de cordel, apreciado a leitura realizada e praticado a compreensão de texto com seus pares, o que os auxiliará na fluência leitora e na produção de escrita

Avaliação

Para avaliar o que foi estudado até o momento, apresentar aos alunos o quadro proposto a seguir e orientar uma atividade reflexiva para que todos possam analisar o que foi apreendido. Esse tipo de dinâmica possibilita conhecer as deficiências e os avanços no planejamento de aulas, e, aos alunos, identificar o que é preciso estudar mais.

Ficha de autoavaliação – Cordel

Compreendo as características da literatura de cordel? ( ) Sim. ( ) Não.

A linguagem empregada nesse gênero é sempre formal? ( ) Sim. ( ) Não.

Reconheço para que fim os cordéis são pendurados e expostos? ( ) Sim. ( ) Não.

Identifico rimas em versos? ( ) Sim ( ) Não.

Em geral, os cordéis apresentam histórias longas? ( ) Sim. ( ) Não.

Apreciei a leitura desse gênero? ( ) Sim. ( ) Não.

Aula 2

Informar aos alunos que nesta aula será dada continuidade ao estudo sobre cordéis, porém o foco será a análise do enredo, as características da estrutura do gênero e pontos gramaticais relacionados ao texto lido.

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Registrar na lousa o quadro explicativo a seguir para que recordem algumas classes gramaticais e suas funções.

Substantivos

Nomeiam pessoas ou seres em geral. Exemplo:

O menino está feliz.

Adjetivos

Caracterizam os seres. Exemplo:

As flores são azuis

Advérbios

Modificam o verbo, o adjetivo ou outro advérbio. Exemplo:

Ela ficou muito feliz.

Na sequência, organizar os alunos em duplas e distribuir uma cópia da lista de atividades sugerida a seguir:

1. No verso "Esse homem era rico", qual adjetivo foi atribuído ao substantivo "homem"?

Rico.

2. De acordo com o que compreenderam do conteúdo do cordel, escrevam outros três adjetivos que poderiam qualificar esse homem.

Respostas possíveis: determinado, cuidadoso, poderoso.

3. Marque um X na palavra que o advérbio TÃO modifica em "apesar de ser tão novo".

( ) Apesar.

( ) Ser.

( ) Novo.

Novo.

4. Releia a estrofe a seguir. Em seguida, destaque as palavras que rimam.

O pobre do sapateiro, com o seu viver pobrezinho, além de ter muitos filhos tinha um pequenininho, que chamavam de José e tratavam por Zezinho.

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LIMA, Silvino Pirauá de. História de Zezinho e Mariquinha. São Paulo: Luzeiro Editora Ltda., 1974. Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=545 4 Acesso em: 11 jun. 2021.

Espera-se que os alunos destaquem as seguintes palavras: pobrezinho, pequenininho, Zezinho.

Estabelecer um tempo de 15 minutos para a conclusão das atividades. Durante a realização da tarefa, circular pela sala de aula para auxiliar as duplas, caso necessário. Em seguida, realizar as correções das perguntas na lousa coletivamente e orientar os alunos a registrarem as respostas no caderno.

Espera-se que os alunos tenham relembrado os estudos acerca das classes gramaticais e identificado adequadamente as rimas apresentadas na estrofe da atividade 4.

Aula 3

O objetivo desta aula é colocar em prática os estudos realizados nas duas últimas aulas por meio da produção de escrita, em duplas, da proposta a seguir. Caso o tempo da aula não seja suficiente para essa atividade, estabelecer o prazo de uma semana para a entrega do texto final.

Reler o trecho do cordel "A história de Zezinho e Mariquinha" e analisar quantos versos há em cada estrofe e em quais deles se localizam as rimas. Espera-se que os alunos percebam que as rimas estão no 2º, 4º e 6º versos de cada estrofe.

Com base no título e no trecho do cordel "A história de Zezinho e Mariquinha", propor que imaginem como essa história poderia ter continuidade e como ela poderia terminar. Em seguida, organizar os alunos em duplas para que criem a continuação dessa história, fazendo uso das características e estrutura de texto de cordel. O texto deve ser produzido em estrofes e versos rimados, dando continuidade à estrutura já estabelecida pelo cordel.

Antes de entregarem a produção final, pedir que leiam o texto novamente e certifiquem-se de que as palavras estão escritas corretamente, a pontuação está adequada, o texto apresenta rimas e a história está coerente com o que foi apresentado anteriormente. Assim que as duplas terminarem a escrita e entregarem seus textos, realizar a leitura do material e fazer eventuais correções.

Ao verificar os textos produzidos, alguns destes aspectos poderão ser utilizados como critério avaliativo:

• compreensão da proposta;

• correção da ortografia;

• coerência das informações;

• características do gênero cordel;

• uso da pontuação adequada.

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Se houver a possibilidade, uma sugestão é produzir, junto aos alunos, pequenos livretos de cordel com folhas de sulfite coloridas dobradas ao meio, coladas ou grampeadas. Depois, solicitar às duplas que passem os textos a limpo em seus livretos. Quando as produções estiverem finalizadas, expor os cordéis em um varal de barbante, que deverá ser afixado à parede da sala de aula com prendedores de roupas.

Uma sugestão para dar continuidade ao texto "A história de Zezinho e Mariquinha" é combinar com os alunos que a cada dia será lido mais um trecho do livreto, sempre no início da aula. Assim, a leitura despertará a curiosidade e o interesse em saber como a história continuará e qual será o seu desfecho

Aula 4

Nesta aula, o estudo sobre a literatura de cordel será ampliado a partir da análise coletiva de um poema de cordel. Apresentar aos alunos uma imagem do sertão nordestino, como a disponível em https://ama-al.com.br/wp-content/uploads/2020/11/Sertao3.jpg. Instigar os alunos a comentarem suas impressões acerca da imagem e fazer perguntas como: o que a imagem representa para vocês? Como vocês imaginam que é a vida nesse lugar? Vocês conhecem pessoas que vivem em regiões como essa? Em sua opinião, quais são as dificuldades que os moradores dessas regiões enfrentam diariamente? etc. Estipular o tempo de até 10 minutos para essa atividade de sensibilização Comentar com a turma que essa imagem é a representação de regiões brasileiras que sofrem com a seca, o que pode ser constatado especialmente pela ausência de vegetação e de animais e pela terra seca, resultante da falta de chuva.

Depois do momento de discussão sobre o tema seca, que também é o assunto do cordel que será lido nesta aula, levantar, oralmente e com a ajuda dos alunos, as principais características de um texto de literatura de cordel e recordar que, em geral, são textos escritos em versos que rimam e que normalmente são organizados em sextilhas (estrofes de seis versos), como o cordel "A história de Zezinho e Mariquinha".

Em seguida, organizar os alunos em duplas e entregar uma cópia do trecho do cordel "A seca do Ceará" para cada um

A seca do Ceará

Secam as terras as folhas caem, Morre o gado sai o povo, O vento varre a campina, Rebenta a seca de novo; Cinco, seis mil emigrantes Flagelados retirantes Vagam mendigando o pão, Acabam-se os animais Ficando limpo os currais

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Onde houve a criação.

Não se vê uma folha verde Em todo aquele sertão Não há um ente d’aqueles

Que mostre satisfação

Os touros que nas fazendas Entravam em lutas tremendas, Hoje nem vão mais ao campo É um sítio de amarguras

Nem mais nas noites escuras Lampeja um só pirilampo.

Aqueles bandos de rolas

Que arrulavam saudosas Gemem hoje coitadinhas Malsatisfeitas, queixosas, Aqueles lindos tetéus

Com penas da cor dos céus. Onde algum hoje estiver, Está triste mudo e sombrio Não passeia mais no rio, Não solta um canto sequer.

Tudo ali surdo aos gemidos Visa o aspectro da morte Como a nauta em mar estranho Sem direção e sem Norte Procura a vida e não vê, Apenas ouve gemer O filho ultimando a vida Vai com seu pranto o banhar Vendo esposa soluçar

Um adeus por despedida. […]

BARROS, Leandro Gomes de.AsecadoCeará. Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=21397. Acesso em: 11 jun. 2021

Atentar para o fato de que esse cordel não segue a sequência de versos em sextilhas. Explicar aos alunos que cada integrante da dupla deverá ler o texto para o outro, em voz baixa para não atrapalhar o restante da turma. O texto deverá ser lido, pelo menos, duas vezes, invertendo a ordem de leitura para que pratiquem o ato de ler e de ouvir e desenvolvam a fluência em leitura oral. Estipular o tempo de até 15 minutos para essa atividade.

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Concluído o momento de leitura, pedir aos alunos que comentem com seus pares o que entenderam do texto. Eles devem ouvir o que o colega tem a dizer e anotar no caderno as informações que considerarem relevantes Orientar os alunos a formarem um semicírculo para compartilharem com os colegas suas impressões sobre o texto. Ao final desse momento de partilha, trabalhar oralmente as questões propostas a seguir e pedir aos alunos que as respondam no caderno. Estipular o tempo de até 15 minutos para a realização dessa atividade.

1. Qual foi o tema abordado no cordel lido?

A seca no Ceará.

2. Aponte alguns elementos ou trechos do texto que retratam o tema abordado.

Sugestões de resposta: "Secam as terras as folhas caem" / "Não se vê uma folha verde"

3. O que você acredita que o autor quis dizer com os versos: "Nem mais nas noites escuras / Lampeja um só pirilampo"?

Sugestão de resposta: "Nem nas noites escuras brilha um vaga-lume". Espera-se que os alunos compreendam que, por causa da falta de água, são escassos os seres vivos, não sobrando nem os vaga-lumes para iluminar a noite.

4. Qual é a sua opinião sobre o texto?

Resposta pessoal.

5. Passe o verso "Morre o gado sai o povo" para o plural.

Morrem os gados saem os povos.

Espera-se que, ao final da aula e com base na apreciação de mais um texto de cordel, os alunos tenham compartilhado ideias e experiências leitoras, realizado a interpretação de texto, inferido o significado com base no contexto e relembrado as regras para a formação do plural de palavras

Aula 5

Iniciar esta aula com a retomada do conteúdo do cordel lido na aula anterior, relembrando a temática da seca e as características do gênero textual estudado. Informar que, nesta aula, serão abordadas também rima e variação linguística regional (fonética e lexical).

Pedir a um voluntário que explique o que entende por pronúncia ou sotaque. Com base na resposta dada, explicar que a língua portuguesa é pronunciada de maneiras diferentes em cada região do país; por exemplo, em parte do Brasil se pronuncia /têlevisão/ (com vogal E pronunciada com um som fechado) e, em outra parte do país, se pronuncia /télevisão/ (com vogal E pronunciada com um som aberto). Esclarecer que isso não significa que uma

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maneira de falar está certa e a outra errada, mas que são formas diferentes de pronunciar uma mesma palavra.

Continuar a abordagem do assunto dizendo que, assim como a forma de pronunciar as palavras pode ser típica de uma região, a escolha de vocabulário e o uso de algumas expressões também podem representar essas marcas de regionalidade Apresentar aos alunos a imagem de uma mandioca e perguntar aos alunos: que nome vocês dão a esse alimento? Esclarecer que, dependendo da região do Brasil, esse alimento pode ser conhecido como mandioca, macaxeira ou aipim. Perguntar também se eles conhecem outros alimentos que são nomeados de modo diferente de acordo com a região do país. Caso não se recordem, apresentar os exemplos: jerimum e abóbora; angu e polenta; mexerica e bergamota.

Para retomar o conceito de rima e a sonoridade que atribui aos textos poéticos, propor aos alunos que retomem o trecho do cordel "A seca do Ceará" e transcrevam os pares de versos que apresentam rimas na primeira estrofe ("Morre o gado sai o povo / Rebenta a seca de novo /Cinco, seis mil emigrantes / Flagelados retirantes; Acabam-se os animais / Ficando limpo os currais; Vagam mendigando o pão, / Onde houve a criação").

Pode-se também propor aos alunos que criem, em duplas, mais uma estrofe para o cordel. É importante que mantenham o tema e sigam o mesmo esquema de rimas.

Conversar com a turma sobre a sonoridade que as rimas atribuem aos textos e perguntar aos alunos quais outros gêneros textuais conhecidos por eles apresentam rimas. É possível que citem quadrinha, poema, canção, entre outros.

Espera-se que, ao final desta aula, os alunos conheçam um pouco mais sobre a literatura de cordel e variações linguísticas regionais no que se refere à pronúncia e ao uso de palavras e expressões típicas de uma região.

Avaliação

A avaliação deverá ser processual, nos momentos de exploração das imagens, durante a leitura e a exploração oral do texto, no momento de responder às perguntas propostas etc A seguir, são sugeridas três perguntas baseadas nas informações exploradas nesta sequência didática e que podem ser aplicadas como avaliação processual.

1. Identifique uma característica marcante da literatura de cordel.

Sugestões de resposta: textos curtos, tradição oral, representação cultural, versos em rimas etc.

2. Pronunciar /denti/ no lugar de /dente/ representa um erro de pronúncia para a língua portuguesa? Justifique sua resposta.

Não pode ser considerado erro, uma vez que existem as variantes regionais, ou seja, formas típicas de falar de acordo com a região. Contudo, a escrita deve obedecer às normas gramaticais.

3. Passe para o singular os versos a seguir:

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Os touros que nas fazendas Entravam em lutas tremendas, Hoje nem vão mais ao campo

O touro que na fazenda

Entrava em luta tremenda Hoje nem vai mais ao campo

BARROS, Leandro Gomes de.AsecadoCeará. Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=21397. Acesso em: 11 jun. 2021

Como ampliação, propor aos alunos que assistam à reportagem da série "Sotaques do Brasil", com o objetivo de reforçar o conteúdo explorado na Aula 2 O conteúdo está disponível em: https://globoplay.globo.com/v/3558809/ (acesso em: 11 dez. 2021) Ao final da atividade, pedir aos alunos que façam um breve relatório no caderno sobre o que entenderam do conteúdo exposto.

Aula 6

Organizar os alunos em um semicírculo e apresentar à turma a imagem a seguir:

Foto 1

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Pedir aos alunos que observem a imagem com atenção e que imaginem a ação que ela representa. Espera-se que os alunos compreendam que a imagem representa a ação de ler. Em seguida, perguntar à turma como se poderia dizer que precisamos ler algo, que já lemos, outra vez.

Comentar com os alunos como seria complicado ter de repetir as mesmas palavras para nos referirmos a ações repetidas, como "ler de novo". Essas situações tornariam a comunicação alongada e cansativa. No entanto, como alternativa a essa forma de nos

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expressarmos, poderíamos usar a palavra RELER para sugerir a repetição dessa ação ou, ainda, poderíamos dizer LER NOVAMENTE. Estipular aproximadamente 5 minutos para essa atividade e, ao finalizá-la, escrever na lousa outros exemplos de palavras que podemos usar para expressar repetição e que se formam a partir do prefixo RE-, ou para indicar um determinado modo de agir e que se formam a partir do sufixo -MENTE Ver algumas sugestões a seguir:

Sem o prefixo re- Com o prefixo renomear de novo renomear carregar de novo recarregar fazer de novo refazer estudar de novo reestudar surgir de novo ressurgir abrir de novo reabrir erguer de novo reerguer

Sem o sufixo -mente Com o sufixo -mente de modo estranho estranhamente de modo amigável amigavelmente de modo triste tristemente de modo alegre alegremente de modo vivo vivamente de modo calmo calmamente de modo feliz felizmente

Organizar os alunos em dois grandes grupos e explicar que eles participarão de um jogo sobre prefixos e sufixos. Distribuir uma cartela de palavras para o jogo, como a sugerida a seguir, para cada aluno.

Cartela de palavras

inteira educada pôr

linda livre ler

perdido certa carregar

pacífica elaborar lembrar

correta ver abrir

amorosa pensar surgir

Orientar os alunos a recortarem e separarem as palavras da cartela, classificando-as como verbos ou advérbios. Verificar se eles se lembram de que verbos são palavras que expressam ações e, se achar conveniente, explorar (informalmente) os verbos que indicam

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fenômenos da natureza e estado. Relembrar à turma que os advérbios modificam o sentido do verbo, acrescentando-lhe uma circunstância, exemplificando essas classes gramaticais com frases, se necessário. Essa etapa da atividade deve durar até 10 minutos.

Em seguida, pedir a um dos grupos que leia uma palavra para outro grupo, que, em um intervalo de tempo predeterminado, deverá classificar a palavra lida como verbo ou advérbio e acrescentar o prefixo RE- ou o sufixo -MENTE conforme convenha. Um representante de cada grupo deverá anotar as respostas na lousa para que, ao final da atividade, seja possível verificar qual grupo classificou adequadamente o maior número de palavras. Por ser uma atividade longa, estipular até 20 minutos para a sua realização.

Ao final do jogo, atentar para as respostas dadas e, conforme necessário, intervir destacando que a classificação das palavras como verbos ou advérbios pode auxiliar no emprego dos prefixos e sufixos adequados. Depois de conferidas as respostas dadas pelos grupos, orientar os alunos a colarem as palavras recortadas no caderno, separando-as entre verbos e advérbios e acrescentando ao lado de cada uma ou o prefixo RE- ou o sufixo -MENTE, conforme convenha. Espera-se que os alunos classifiquem as palavras da seguinte maneira:

• Verbos: reelaborar, rever, repensar, repor, reler, recarregar, relembrar, reabrir, ressurgir.

• Advérbios: inteiramente, lindamente, perdidamente, pacificamente, corretamente, amorosamente, educadamente, livremente, certamente.

Explicitar a diferença entre advérbios e verbos e finalizar a aula retomando a discussão sobre a possibilidade de sintetizarmos ideias ao substituirmos expressões por palavras constituídas por prefixos ou sufixos capazes de expressá-las de forma mais concisa. Recolher as cartelas para utilizar posteriormente.

Avaliação

Primeiro, avaliar a interação oral dos alunos, tanto na discussão inicial quanto durante as atividades em grupo. Durante a atividade com a cartela de palavras, avaliar se os alunos entenderam não só o uso dos prefixos e dos sufixos, como também verificar se conseguiram classificar adequadamente as palavras como verbos ou advérbios

Avaliação – Sufixos e prefixos

Compreendeu a utilização do prefixo RECompreendeu a utilização do sufixo -MENTE

Sim Em progresso Observações

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Organizar os alunos em grupos e explicar que nesta aula eles ampliarão seus conhecimentos sobre prefixos e sufixos montando um painel de palavras e frases. Distribuir para cada grupo uma cartela com imagens de crianças realizando diferentes ações, tais como: brincar, andar de bicicleta, comer, cantar, ler etc.

Escrever na lousa uma frase criada a partir de cada uma das cenas retratadas nas imagens selecionadas para as cartelas, como: "A menina cantou alegremente". Depois, mostrar a figura a que se refere a frase sugerindo que, valendo-se do mesmo processo, os alunos criem frases com palavras constituídas pelo prefixo RE- ou pelo sufixo -MENTE Orientar cada grupo a escrever as frases no caderno. Essa atividade deve durar aproximadamente 15 minutos.

Ao final da atividade, pedir aos grupos que escolham uma das frases criadas para adicioná-las a um painel de cartolina ou EVA previamente afixado na lousa. Esse painel deverá ser intitulado Prefixo RE- e sufixo -MENTE e deverá conter a quantidade de linhas necessárias para a escrita das frases escolhidas conforme o número de grupos. Eles deverão escrever os verbos e os adjetivos com os prefixos e sufixos trabalhados Ver a seguir uma sugestão para a distribuição dos elementos no painel

Frase Palavra com prefixo/sufixo Colagem da imagem

Grupo 1

Grupo 2

Grupo 3

Grupo 4

Grupo 5

Circular entre os grupos, orientando-os em caso de dúvida. Essa etapa da atividade deve durar no máximo 15 minutos. Ao final da atividade, verificar cada frase, ajustando a grafia, se necessário, e realizando uma correção coletiva

Aula 8

Iniciar a aula retomando o conceito de advérbio ao fazer perguntas como: quem sabe o que é um advérbio? O que ele indica? Espera-se que os alunos relembrem que advérbio é a palavra que indica uma circunstância, tal como: lugar, tempo, modo, intensidade, afirmação, dúvida ou negação. Retomar as anotações das atividades anteriores e pedir que verifiquem quais das palavras formadas são advérbios e, em seguida, pedir que comentem qual é a circunstância expressa por cada um.

Espera-se que percebam que todos os advérbios localizados nas frases indicam a circunstância de modo. Pedir que escolham cinco advérbios e escrevam uma frase com cada um deles. Distribuir folhas pautadas para essa atividade e disponibilizar até 7 minutos para

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Aula 7

a sua realização. Promover a correção coletiva da atividade com os alunos, compartilhando oralmente as frases para que todos possam verificar os sentidos expressos.

Perguntar aos alunos se eles sabem o que é uma locução adverbial. Espera-se que recordem que a locução adverbial é uma expressão formada por duas ou mais palavras que exercem a função de um advérbio. Pedir que comentem alguns exemplos e anotá-los na lousa. Ver algumas sugestões de locução adverbial:

• Tempo: em breve, à noite, pela manhã;

• Lugar: à direita, por perto, lá longe;

• Afirmação: com certeza, na verdade;

• Negação: de modo algum, de maneira nenhuma;

• Modo: às pressas, em silêncio

Perguntar como seriam as locuções adverbiais correspondentes aos advérbios do quadro feito anteriormente e verificar se todos os advérbios apresentam uma locução verbal Espera-se que observem que não é sempre que há uma locução verbal correspondente ao advérbio.

Sugestão

• LITERATURA de cordel Vídeo (ca. 17 min). Publicado por: Nova Escola

Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=iK9G20naN8c. Acesso em: 14 dez. 2021

Nesse vídeo, a consultora Manuela Prado apresenta dicas para trabalhar a literatura de cordel em sala de aula.

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Sequência didática 4 • Relato pessoal

Nesta sequência didática, será abordado o gênero textual relato pessoal. Presente no cotidiano de várias maneiras, os relatos pessoais baseiam-se em memórias e, por isso, geralmente se configuram como narrativas que trazem muitas lembranças e sentimentos do autor. Serão propostas algumas atividades com o objetivo de analisar as características e a estrutura desse gênero textual, além de apresentar aos alunos situações de análise, compreensão e de produção de textos Também serão abordados a grafia e o sentido das palavras SOB, SOBRE, ORA e HORA, além de estudar a classe gramatical verbo, os tempos verbais e os pronomes possessivos

Objetivos de aprendizagem

• Analisar as características do gênero textual relato pessoal.

• Produzir um relato pessoal.

• Identificar verbos e reconhecer tempos verbais

• Perceber diferença de grafia e de sentido entre as palavras ORA e HORA, SOB e SOBRE

• Utilizar corretamente as palavras ORA, HORA, SOB e SOBRE

• Reconhecer pronomes possessivos

• Identificar a função do pronome e a que (ou quem) se refere.

Plano de aulas

Aula 1: Analisar o gênero textual relato pessoal

Aula 2: Ler e compreender texto de relato pessoal

Aula 3: Estudar a flexão verbal

Aulas 4 e 5: Diferenciar e empregar corretamente as palavras SOB e SOBRE, ORA e HORA

Aula 6: Estudar os pronomes possessivos

Aula 7: Produzir um relato pessoal

Aula 8: Revisar o relato produzido

Componentes essenciais para a alfabetização: Conhecimento alfabético, consciência fonológica e fonêmica e produção de escrita

Competência geral da Educação Básica: 4

Competências específicas de Língua Portuguesa: 2, 3, 4 e 10

Habilidades: EF15LP01, EF15LP03, EF15LP06, EF15LP07, EF35LP07, EF35LP09

Materiais necessários: Fotografias de momentos marcantes para os alunos, formulário de autorização de uso da imagem para finalidades pedagógicas, cópias do texto sobre o Museu da Pessoa, folhas de papel pautado, livros, revistas e jornais, folhas de papel sulfite

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Aula 1

Organizar os alunos em semicírculo e pedir que compartilhem do que se recordam sobre algum evento marcante em suas vidas, como o primeiro dia de aula na escola, a primeira ida ao cinema, a primeira viagem, entre outros. O objetivo desse momento de conversa é incentivar a turma a fazer um relato de algum evento que tenha sido importante, divertido ou marcante, de forma natural e espontânea. Pedir aos alunos que descrevam o evento escolhido com o máximo de detalhes que puderem recordar e na ordem em que os fatos aconteceram. Reservar um tempo de até 20 minutos para a realização dessa atividade.

Em seguida, explicar aos alunos que, ao contarem essas histórias, eles relataram algo que aconteceu com eles e que esse será o gênero textual a ser estudado nesta aula: o relato pessoal. Propor algumas questões orais para instigar os alunos a perceberem algumas características desse gênero textual. Ver algumas sugestões de pergunta a seguir. Estipular o tempo máximo de 15 minutos para essa atividade.

1. O que é necessário para contar um relato pessoal?

Espera-se que os alunos respondam que, para contar um relato pessoal, é necessário relembrar fatos marcantes que aconteceram e que, por serem experiências importantes, podem despertar interesse em outras pessoas. Além disso, o relato pessoal deve ser organizado de forma clara para que fique evidente a ordem em que os fatos aconteceram e ser transmitido de maneira eficaz, gerando interesse no ouvinte ou leitor.

2. Qual é o tempo verbal utilizado no relato pessoal?

Em geral, nos relatos pessoais, por se referirem a fatos que já aconteceram, o tempo verbal é o passado

Explicar para os alunos que, embora o relato pessoal e o diário tenham semelhanças, o diário geralmente é lido apenas por quem o escreveu, enquanto o relato pessoal é escrito para ser compartilhado com outras pessoas. Para consolidar a discussão, transcrever na lousa um roteiro com as principais características do gênero textual relato pessoal Ver uma sugestão a seguir:

• Relata fatos importantes.

• Apresenta tempo específico, ou seja, quando o fato aconteceu.

• Indica o espaço onde aconteceu o fato

• Apresenta as pessoas envolvidas nos acontecimentos

• Pode apresentar diálogos

• É narrado em 1ª pessoa (tanto do singular quanto do plural).

• Apresenta verbos no tempo passado.

Ao final da aula, pedir aos alunos que tragam para a próxima aula uma fotografia de algum evento, passeio ou viagem que tenha marcado de algum modo a vida deles para que

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sirva de inspiração para o relato pessoal que vão escrever. Aproveitar para combinar com eles como será realizada a exposição dos relatos produzidos: no mural da sala de aula ou da escola, ou por meio da criação de um blog

Distribuir aos alunos um formulário para que os pais ou responsáveis o preencham autorizando o uso das imagens trazidas pelas crianças para finalidades pedagógicas. Se não houver a autorização de uso das fotografias, orientar os alunos a pesquisarem em revistas ou jornais imagens que remetam ao evento ou passeio sobre o qual escreverão o relato Para encerrar a aula, ler para a turma um relato pessoal previamente selecionado por você.

Aula 2

Iniciar a aula perguntando se eles já ouviram falar em um museu virtual que "guarda" relatos de vida das pessoas. Ouvir o que os alunos sabem sobre o assunto e comentar que existe o Museu da Pessoa, que tem um acervo com essa finalidade.

Entregar cópias do texto "O que é Museu da Pessoa" e orientar os alunos a fazerem uma leitura silenciosa. Tomando como parâmetro para o final do 5º ano a velocidade de 130 palavras por minuto e a precisão de 95%, espera-se que os alunos façam a leitura desse texto em aproximadamente 2 minutos Ver os dados de acesso ao texto em:

• MUSEU DA PESSOA O que é o Museu da Pessoa. Disponível em: https://acervo.museudapessoa.org/pt/museu-da-pessoa Acesso em: 7 dez. 2021.

Após a leitura do texto, propor aos alunos algumas perguntas sobre ele e orientá-los a responder no caderno.

1. Você concorda que a história de vida das pessoas é importante como um patrimônio da humanidade? Justifique.

Resposta pessoal. Espera-se que os alunos percebam que cada história de vida é importante.

2. Qual é a principal motivação do Museu da Pessoa?

Valorizar a história de vida de cada um para conectar toda a sociedade com os sentimentos e as experiências vividos por diferentes pessoas.

3. Na sua opinião, conhecer as histórias das pessoas ajuda a compreender a história de um lugar ou de um povo?

Resposta pessoal. Espera-se que os alunos percebam que as histórias de cada um fazem parte da história e podem mostrar como são os costumes e a vida em uma determinada época e local

Promover a correção coletiva das atividades e oportunizar um momento de reflexão sobre o texto e as informações que ele apresenta. Pedir aos alunos que tragam o texto para a próxima aula, pois será utilizado novamente

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Aula 3

Retomar com a turma "O que é o Museu da Pessoa" e pedir aos alunos que o leiam novamente e grifem os verbos que nele encontrarem Após a leitura e a localização dos verbos, orientar a turma a copiar no caderno cada um dos verbos grifados e a indicar o tempo verbal em que se encontram ou se estão em sua forma no infinitivo Disponibilizar aproximadamente 10 minutos para essa atividade. Espera-se que os alunos grifem e categorizem os verbos do texto da seguinte forma:

• Presente: é, trabalha, combate, vem, valoriza, acredita, somos, transforma

• Passado: elegeu

• Futuro: teremos

• Infinitivo: compreender, ser, valorizar, tornar, conectar, valorizar, contribuir.

Promover a correção da atividade ao fazer uma leitura em voz alta do texto, verificando os verbos que aparecem e identificando o tempo verbal em que se encontram. Em seguida, pedir aos alunos que identifiquem quais verbos estão no singular e quais estão no plural. Espera-se que os alunos categorizem os verbos do texto da seguinte forma:

• Singular: é, trabalha, vem, acredita, transforma, elegeu

• Plural: somos, teremos

Questionar a turma se sabe por que alguns verbos estão na forma plural e outros na forma singular e se sabe a que, ou a quem, se referem. Espera-se que os alunos percebam que os verbos estão na forma singular ou plural, a depender do substantivo a que se referem

Para ampliar as atividades, propor aos alunos que procurem em jornais ou revistas trechos de textos nos quais possam praticar a identificação dos verbos, dos tempos verbais e da pessoa a quem os verbos se referem. Disponibilizar aproximadamente 15 minutos para a atividade e, em seguida, pedir que compartilhem o que encontraram com os colegas. Essa atividade pode ser realizada em duplas

Aulas 4 e 5

Escrever na lousa algumas frases e pedir aos alunos que analisem o uso e a diferença de sentido entre as palavras SOB e SOBRE em cada uma delas:

• Frase I. Esta área está sob vigilância 24 horas.

• Frase II. Sob neblina, reduza a velocidade.

• Frase III. Deixei meus óculos sobre a mesa.

• Frase IV A aula de hoje foi sobre répteis.

Espera-se que os alunos compreendam que a palavra SOB na frase I é usada para indicar um "estado de", uma condição; já na frase II, ela é utilizada como sinônimo de

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"embaixo de". No caso da palavra SOBRE, na frase III, ela é usada como sinônimo de "em cima de", e, na frase IV, com o sentido de "a respeito de".

Propor aos alunos que procurem, no caminho da escola para casa, em livros, revistas ou na internet, alguma placa, cartaz ou anúncio que utilize as palavras SOB ou SOBRE para compartilhar com os colegas na próxima aula

Ao iniciar a aula no dia seguinte, explorar com a turma os diferentes significados das palavras SOB e SOBRE trazidos nos exemplos pesquisados. Pode-se confeccionar um cartaz para que organizem os exemplos que trouxeram de acordo com o significado. Ver uma sugestão a seguir:

SUBMETIDO À AUTORIDADE SOB EMBAIXO DE

SOB

A RESPEITO DE Respostas pessoais.

EM CIMA DE

Escrever as palavras ORA e HORA na lousa e perguntar aos alunos se sabem qual é a diferença entre elas. Se for necessário, propor alguns exemplos:

• As horas passaram rápido quando estávamos assistindo a um filme.

• Ora, ora... o que foi isso?

• Ora estava feliz, ora estava triste.

• Passou uma hora desde que a Lua apareceu no céu.

Espera-se que concluam que a palavra HORA indica a marcação de tempo, e a palavra ORA pode indicar tanto surpresa quanto um sinônimo para a expressão "uma vez ou outra vez". Propor à turma um jogo de produção de escrita de frases. Na lousa, escrever, alternadamente, as palavras ORA e HORA e desafiar os alunos a escreverem uma frase com a palavra indicada da vez. Para essa atividade, distribuir folhas de papel pautado.

Ressaltar com a turma que, ao repetir uma das palavras, a frase deve ter um sentido diferente da escrita anterior. Com isso, os alunos terão a oportunidade de exercitar a capacidade de escrever de acordo com os diferentes sentidos expressos por essas palavras. Ao final da atividade, promover um momento de compartilhamento das frases criadas pelos alunos. Pode-se sugerir que realizem essa partilha em pequenos grupos, para que a troca de saberes seja mais efetiva. Reforçar com os alunos que é importante que analisem com cuidado as frases dos colegas a fim de perceber se elas apresentam os diferentes sentidos de cada uma dessas palavras.

Aula 6

Escrever na lousa o trecho a seguir e comentar com a turma que também faz parte da página inicial do Museu da Pessoa

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SOBRE
SOBRE

O que é o Museu da Pessoa

O Museu da Pessoa é um museu virtual e colaborativo. Está aberto a toda e qualquer pessoa que queira registrar e compartilhar sua história de vida. Nosso acervo reúne quase vinte mil delas, sem contar as fotografias, documentos e vídeos. Conheça e participe. O Museu da Pessoa é seu também.

MUSEU DA PESSOA. OqueéoMuseudaPessoa. Disponível em: https://acervo.museudapessoa.org/pt/museu-da-pessoa. Acesso em: 7 dez. 2021.

Pedir aos alunos que identifiquem nesse trecho do texto os pronomes possessivos: sua, nosso e seu. Em seguida, que sinalizem qual é o substantivo que acompanha cada um desses pronomes.

Propor que procurem em livros, revistas e jornais alguns trechos de texto em que apareçam pronomes possessivos e orientá-los a analisar a quais substantivos esses pronomes se referem em cada texto. Os alunos podem realizar a atividade em duplas. Estipular o tempo de até 15 minutos para a seleção dos textos. Em seguida, distribuir folhas de papel sulfite para que os alunos possam colar os trechos selecionados ou copiá-los. Abaixo de cada texto, os alunos devem escrever os pronomes possessivos identificados e indicar a quais substantivos se referem

Durante a realização da atividade, circular pela sala de aula para auxiliá-los na resolução de dúvidas e verificar se conseguem identificar corretamente os pronomes possessivos e os substantivos a que se referem. Ao final da atividade, promover a correção individual de cada trabalho e afixá-los todos no mural da sala de aula para que a turma possa analisar os trabalhos feitos, ampliando o desenvolvimento de vocabulário

Aula 7

Orientar os alunos para a produção individual de um relato pessoal utilizando a imagem solicitada na Aula 1. Solicitar a eles que comecem a produção de escrita pelo planejamento do texto que vão escrever. Estipular o tempo de até 15 minutos para essa parte.

Registrar na lousa as orientações sobre como a turma deve proceder nessa atividade. Ver sugestão a seguir:

Produzindo um relato pessoal

Orientações

Defina se o relato vai contar um evento no qual você teve uma experiência boa, ruim, divertida etc. Lembre-se de que você, como autor, deve atrair e cativar o leitor. Pense em quem será esse leitor!

Ao relatar algo que já aconteceu, empregam-se os verbos no passado.

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Por relatar uma experiência pessoal, use a 1ª pessoa.

A foto deve ser só para inspirar, você não deve anexá-la ao relato. Entregar folhas de papel pautado para que comecem a produzir o texto e estipular um tempo de até 30 minutos para a atividade de escrita independente. Se porventura algum aluno não terminar a escrita do texto durante a aula, solicitar que o termine em casa e o traga finalizado para a próxima aula, na qual serão feitas as etapas de releitura, revisão e edição do texto.

Aula 8

Explicar aos alunos que nesta aula eles farão a revisão do texto escrito na aula anterior Para isso, pedir que releiam os rascunhos que escreveram, observando se as características do gênero textual relato pessoal foram contempladas Ver uma sugestão de roteiro de revisão a seguir. Estabelecer o tempo de 10 minutos para essa atividade.

Roteiro de revisão 1: características do gênero

1. O fato/evento é relatado com detalhes?

2. É possível perceber quando o fato/evento narrado aconteceu?

3. É possível identificar onde o fato/evento narrado aconteceu?

4. O texto está escrito em 1ª pessoa?

5. A maioria dos verbos está no tempo passado, mostrando que o fato/evento aconteceu no passado?

Em seguida, instruir a turma a fazer uma segunda leitura, desta vez observando os aspectos gramaticais e de convenção da escrita, como: pontuação, concordância, tempo verbal, ortografia, marcação de parágrafo etc. Ver uma sugestão de roteiro de revisão a seguir. Estabelecer o tempo de 10 minutos para essa atividade.

Roteiro de revisão 2: aspectos linguísticos

1. Utiliza a pontuação adequadamente?

2. O texto apresenta clareza e coerência?

3. Há dúvida quanto ao sentido ou à ortografia de alguma palavra? Consulte o dicionário.

4. O texto está organizado em parágrafos?

5. Manteve a concordância nominal e a concordância verbal?

Após a revisão do texto, orientar a turma a passá-lo a limpo. Distribuir folhas de papel pautadas e definir o tempo de, no máximo, 15 minutos para essa atividade. Perguntar à turma sobre a experiência de relembrar e contar algo de sua própria vida, do que mais gostaram, com o que tiveram mais dificuldade etc Por fim, organizar com a turma a exposição dos relatos.

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Sugestão

• MUSEU DA PESSOA. Disponível em: https://museudapessoa.org/ Acesso em: 7 dez. 2021.

Acessando o sitepode-se conhecer o museu fundado em São Paulo, em 1991, com o objetivo de constituir uma rede internacional de histórias de vida. Trata-se de um espaço virtual para registrar, preservar e disseminar histórias de vida de toda e qualquer pessoa da sociedade.

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Sequência didática 5 • Texto de divulgação científica

Esta sequência didática tem como objetivo familiarizar os alunos com a linguagem científica e com a leitura e a produção de textos de divulgação científica, tendo como base a temática ambiental, a sustentabilidade e os desafios governamentais das grandes cidades. Espera-se que os alunos produzam, com autonomia, textos baseados em dados pesquisados e analisados com antecedência As atividades propostas também abordam o trabalho com a classificação das palavras de acordo com a posição das sílabas tônicas e retomam as regras de acentuação gráfica, além de promover o trabalho com a escrita de palavras com GE, GI, GUE e GUI.

Objetivos de aprendizagem

• Fomentar o papel investigativo da ciência por meio da criação de textos informativos sobre problemas ambientais e suas possíveis soluções.

• Pesquisar temas atuais relacionados aos problemas ambientais e à sustentabilidade.

• Produzir um texto para expor os temas socioambientais à comunidade escolar.

• Revisar, analisar e reescrever um texto de acordo com aspectos linguísticos e textuais formais

• Reconhecer e classificar a sílaba tônica em palavras.

• Identificar regras de acentuação gráfica

• Trabalhar a escrita de palavras com GE, GI, GUE e GUI.

Plano de aulas

Aula 1: Iniciar o estudo do gênero texto de divulgação científica.

Aula 2: Pesquisar texto sobre o tema a ser explorado na produção textual.

Aula 3: Comparar textos encontrados na pesquisa realizada

Aula 4: Planejar e produzir um texto de divulgação científica baseado em pesquisas.

Aula 5: Revisar, reescrever e publicar um texto de divulgação científica

Aula 6: Trabalhar regras de acentuação gráfica a partir da classificação da sílaba tônica nas palavras.

Aula 7: Trabalhar a escrita de palavras com GE, GI, GUE e GUI.

Aula 8: Verificar os índices de leitura e estudo do gênero texto de divulgação científica

Componentes essenciais para a alfabetização: Consciência fonológica e fonêmica, fluência em leitura oral.

Competências gerais da Educação Básica: 1, 2, 4 e 7

Competências específicas de Língua Portuguesa: 2 e 8.

Habilidades: EF15LP01, EF15LP03, EF15LP05, EF15LP06, EF15LP07, EF35LP03, EF35LP04, EF35LP20, EF05LP16, EF05LP24.

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Materiais necessários: Cópias do texto "A jovem cientista da escola pública que chegou onde nenhum brasileiro chegou", acesso a dispositivos tecnológicos de pesquisa on-line(computadores ou tablets) ou cópias de seleção de reportagens e notícias sobre problemas ambientais, cópias da tabela sobre texto de divulgação científica, cópias das fichas de correção de texto de divulgação científica, folhas de papel pautado, revistas e jornais, folha de papel cartolina, cópias do texto "Plataforma inédita sobre mulheres cientistas é lançada em SP", dispositivo com acesso à internet para pesquisa.

Aula 1

Perguntar aos alunos o que eles conhecem ou do que se lembram sobre o gênero texto de divulgação científica. Tomar nota das respostas dos alunos na lousa, mediar o conhecimento prévio da turma e analisar com eles a estrutura do gênero textual, ressaltando que sua função é de apresentar ao público leitor a produção de conhecimento científico.

Perguntar aos alunos de quais cientistas já ouviram falar. É possível que citem cientistas famosos como Albert Einstein e Stephen Hawking. Questioná-los também sobre quais caminhos imaginam que uma pessoa deva fazer para se tornar cientista. Após o momento de conversa, distribuir a cada aluno uma cópia do texto "A jovem cientista da escola pública que chegou onde nenhum brasileiro chegou", que divulga a pesquisa de Juliana Estradioto sobre o uso da casca da macadâmia para produzir plástico. Ver os dados de acesso à notícia em:

• ROSSI, Marina (adapt.). A jovem cientista da escola pública que chegou onde nenhum brasileiro chegou El País, 6 mar. 2020. Disponível em: https://brasil.elpais.com/ciencia/2020-03-06/a-jovem-cientista-da-escola-publica-qu e-chegou-onde-nenhum-brasileiro-chegou.html. Acesso em: 15 dez. 2021.

Ler primeiro o título do texto e perguntar aos alunos o que eles imaginam que o texto vai abordar e, na lousa, tomar nota das hipóteses que eles levantarem sobre o conteúdo. Em seguida, propor a alguns voluntários que façam a leitura em voz alta de um parágrafo do texto cada. Após a leitura, verificar com a turma se as hipóteses levantadas são confirmadas ou negadas Na sequência, pedir que individualmente respondam no caderno a algumas perguntas sobre o texto. Ver sugestões a seguir.

1. Qual é o assunto do texto?

Espera-se que os alunos percebam que o texto procura divulgar a pesquisa científica de uma jovem cientista.

2. Como surgiu a ideia de criar um plástico a partir da casca da macadâmia?

A partir da demanda do Instituto Federal do Espírito Santo de dar destino às cascas de macadâmia que iam para o lixo e de uma demanda pessoal da cientista por procurar materiais em couro sintético.

3. De que maneira Juliana Estradioto transforma as cascas de macadâmia em plástico?

Juntando microrganismos à casca de macadâmia para que se alimentem dela e criem uma membrana parecida com o plástico.

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4. Você considera essa pesquisa relevante?

Resposta pessoal.

5. Refletindo sobre os seus aprendizados, como você acha que surge uma pesquisa científica?

Espera-se que os alunos mencionem a curiosidade dos pesquisadores sobre algo e as demandas sociais por resolver um problema

Promover a correção coletiva das atividades usando as perguntas como ponto de partida para trabalhar e verificar a compreensão de textos com os alunos, trabalhando a identificação da ideia principal, dos elementos do texto e de detalhes importantes para o gênero textual.

Aula 2

No início da aula, questionar se os alunos conhecem algum problema ambiental que esteja afetando o município ou o estado em que vivem, tal como: enchentes, deslizamentos de terra, problemas com depósito irregular de lixo, desmatamento, poluição de rios e lagos, entre outros. Organizar a roda de conversa de modo a permitir que todos se expressem, trazendo informações e pontos de vista sobre os assuntos abordados ou complementando o que foi dito pelos colegas

Questionar como eles ficaram sabendo a respeito dos problemas apresentados. Caso não identifiquem as fontes de informação autonomamente, fazer perguntas mais objetivas, como: foi a partir da observação do entorno? Por meio de noticiários da televisão? Em conversas com a família? Explicar que existem diversas fontes de informação e de propagação de notícias. Reforçar com a turma a importância de verificar as fontes das notícias, pois há muitos canais que propagam fakenews , ou seja, notícias mentirosas, e que podem confundir o público e causar muitos problemas sociais.

Continuar a conversa e chamar a atenção dos alunos para a maneira como cada um relatou os problemas apontados na roda de conversa. Comentar que é comum aparecerem informações ou notícias diferentes em relação a um mesmo assunto, mas que essas informações costumam se complementar e corroborar. Explicar aos alunos que eles vão produzir um texto de divulgação científica sobre um dos problemas ambientais discutidos na roda de conversa e, para isso, deverão analisar diferentes fontes de informação a respeito do tema escolhido, a fim de selecionar as informações verídicas para os leitores. Fazer uma votação para a escolha do tema e organizar a turma em pequenos grupos para a atividade.

Informar à turma que, no texto de divulgação científica que vão escrever, será preciso explicar o problema ambiental sobre o qual vão falar a partir de dados previamente analisados, assim como é necessário divulgar as pesquisas científicas pesquisadas e que tenham apresentado resoluções para problemas parecidos.

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Explicar à turma que, nesta aula, eles deverão pesquisar notícias e reportagens relacionadas ao problema ambiental, tema da produção de escrita. Como a pesquisa deverá ser feita em buscadores digitais de informação, organizar com antecedência para que os alunos possam utilizar a sala de informática, ou tenham acesso aos equipamentos tecnológicos. Caso não seja possível esse momento de pesquisa com recursos tecnológicos, fazer uma curadoria com diferentes textos sobre o assunto e disponibilizá-los para que os alunos possam fazer a pesquisa necessária para a produção de escrita

Orientar os grupos a buscarem de duas a quatro notícias ou reportagens sobre o tema escolhido, assim como textos que divulguem pesquisas científicas que apresentem resoluções possíveis para o problema escolhido. Ao final da aula, pedir aos alunos que guardem os textos selecionados para trabalhar com eles na aula seguinte.

Aula 3

Solicitar aos alunos que formem os mesmos grupos de trabalho da aula anterior e que retomem os textos pesquisados na aula anterior. Orientar os grupos a procederem com a identificação e a comparação entre as informações apresentadas nos textos. A ideia é que os alunos percebam que notícias e reportagens sobre um mesmo fato nem sempre trazem exatamente as mesmas informações. Explicar que, em geral, as informações noticiadas são distintas porque são apuradas em horários diferentes, por diversos repórteres e com base em variados relatos.

Na sequência, auxiliar os alunos a interpretarem os textos selecionados, chamando a atenção da turma para a função social, o local de circulação, o público-alvo e o produtor de cada notícia ou reportagem. Relembrar à turma que o texto informativo tem a intenção de trazer alguma informação sobre algum fato ou acontecimento Com base na leitura mais detalhada dos textos, instruir os alunos a indicarem qual texto apresenta as informações mais detalhadas sobre o assunto. Reservar um tempo da aula para que reflitam e elaborem hipóteses sobre a questão. Ressaltar a importância de verificar a confiabilidade da fonte de informação e, por esse motivo, apresentar algumas dicas que podem auxiliá-los nessa análise. Um bom critério é optar por fontes relacionadas a órgãos públicos ou instituições renomadas e conhecidas.

Após a atividade de compreensão de texto e de seleção das informações, solicitar aos grupos que expliquem quais foram as pesquisas científicas encontradas que apontam possíveis soluções para o problema ambiental em foco e que eles consideram ser possíveis de serem implementadas em seu estado ou município.

Instruir os grupos a organizarem os dados pesquisados e verificados em cartazes informativos para que possam apresentar o conteúdo pesquisado para os colegas. Após as apresentações, afixar os cartazes no mural da sala de aula

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Aula 4

Iniciar a aula propondo aos alunos que retomem a mesma formação de grupos das aulas anteriores. Orientar os grupos a retomarem os textos analisados e os cartazes criados na aula anterior e propor que selecionem as informações necessárias para a escrita de um texto de divulgação científica a partir da observação dos itens propostos na tabela a seguir. Providenciar uma cópia da tabela para cada aluno.

TEXTO DE DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA SIM NÃO

É necessário apresentar dados científicos apurados?

Deve apresentar vocabulário científico?

É necessário apresentar citações da fala e da pesquisa de um cientista sobre o assunto?

O texto deve explicar de maneira detalhada o assunto?

A linguagem deve ser acessível para que todos possam entender o assunto?

Deve apresentar suposições pessoais?

Deve ser escrito de maneira informal?

Pode apresentar tabelas e gráficos?

Explicar aos alunos que deverão analisar os itens da tabela de acordo com os conhecimentos já adquiridos sobre o gênero texto de divulgação científica e que, a partir da formalização da estrutura e das informações necessárias para esse tipo de texto, deverão selecionar nos materiais já analisados as informações necessárias para a escrita do texto.

Disponibilizar aproximadamente 30 minutos para a produção de escrita propriamente dita. Relembrá-los de que devem criar um título para o texto que chame a atenção do leitor, além de se atentarem à ortografia e ao uso da pontuação, cuidando para que o texto seja escrito de maneira clara e compreensível Instruir os alunos a escreverem em seus cadernos uma cópia do texto desenvolvido pelo grupo e a eleger um escriba, que deverá escrever a cópia que será entregue. Recolher os textos produzidos pelos alunos e proceder com a análise e os apontamentos necessários para que possam aprimorar a escrita.

Aula 5

Devolver os textos produzidos pelos grupos com os apontamentos para que aprimorem sua produção de escrita. Pedir aos alunos que releiam os textos criados e observem os apontamentos indicados, analisando as sugestões feitas para a reescrita do texto. Propor que preencham o quadro de correção do texto para registrar outros pontos que merecem atenção no momento de reescrita. Ver uma sugestão de quadro a seguir. Distribuir uma cópia para cada aluno.

Quadro de correção – Texto de divulgação científica

Apresentou as informações de maneira clara e objetiva?

Estabeleceu relação coerente entre os parágrafos?

SIM NÃO

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Utilizou vocabulário científico?

Apresentou citações de cientistas e especialistas no assunto?

Utilizou pontuação adequada para organizar as ideias?

As palavras estão escritas corretamente?

Os dados apresentados trazem a fonte de onde foram retirados?

As informações apresentadas podem ser corroboradas por fontes confiáveis?

Disponibilizar aproximadamente 25 minutos para o momento de reescrita do texto. Orientar os alunos a manterem no caderno uma cópia do texto corrigido, para que possam acompanhar o processo de correção e escrita dos textos. Instruir a escolherem um escriba em cada grupo, que será responsável por transcrever a cópia do texto corrigido que ficará exposto no mural da sala de aula.

Aula 6

Iniciar a aula relembrando com a turma o que é sílaba tônica: a sílaba pronunciada com mais intensidade em uma palavra. Se necessário, fazer uma breve dinâmica de reconhecimento da sílaba tônica em diferentes palavras. A partir disso, questionar os alunos sobre a classificação das palavras em relação à posição da sílaba tônica. Escrever na lousa as informações apresentadas pelos alunos e analisar cada uma coletivamente. Por fim, criar em uma folha de papel cartolina ou papel manilha um resumo sobre a classificação das palavras de acordo com a sílaba tônica. Ver uma sugestão:

• Oxítonas: palavras cuja sílaba tônica é a última sílaba.

• Paroxítonas: palavras cuja sílaba tônica é a penúltima sílaba

• Proparoxítonas: palavras cuja sílaba tônica é a antepenúltima sílaba

Distribuir folhas de papel pautado e orientar que os alunos as dividam em três colunas e as nomeiem conforme as classificações da sílaba tônica. Propor um ditado de palavras para a turma no qual eles deverão escrever a palavra ditada na coluna correta de acordo com a sílaba tônica da palavra ditada. Ver sugestões de palavra para o ditado: científico, atrás, abacaxi, telescópio, alguém, frágil, histórias, frutíferas, método, acadêmico, aliás, área, ciência, técnica, após, anzol, maracujá, bambu, parabéns, sabiá, jovem, aprendiz, café Ver uma sugestão de como o quadro do ditado de palavras deverá ficar:

PROPAROXÍTONAS PAROXÍTONAS OXÍTONAS

científico, frutíferas, método, acadêmico, técnica

telescópio, frágil, histórias, área, ciência, jovem

atrás, abacaxi, alguém, aliás, após, anzol, maracujá, bambu, parabéns, sabiá, aprendiz, café

Realizar a correção coletiva do ditado, transcrevendo o quadro de classificação de acordo com a sílaba tônica na lousa e verificando a classificação de cada palavra com os alunos. Feita a correção do ditado de palavras, destacar no quadro as palavras que são

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acentuadas e perguntar aos alunos o que observam em relação a elas. Espera-se que percebam que são acentuadas as palavras oxítonas terminadas em A(S), E(S), O(S), EM e ENS; as palavras paroxítonas terminadas com duas vogais seguidas com ou sem S no final e as terminadas em L; e todas as palavras proparoxítonas.

Retomar o cartaz de classificação das palavras, registrar as regras de acentuação observadas após o ditado de palavras e afixá-lo novamente no mural da sala de aula.

Aula 7

Organizar os alunos em trios e distribuir revistas e jornais para que busquem e recortem palavras com GE, GI, GUE e GUI. Em uma cartolina, elaborar quadro para que os alunos organizem as palavras pesquisadas. Ver sugestão de modelo a seguir.

Estipular o tempo de, no máximo, 15 minutos para a atividade de encontrar e recortar as palavras e, em seguida, proporcionar o tempo de até 7 minutos para que organizem e colem as palavras pesquisadas no quadro.

Após o momento de colagem, pedir aos alunos que copiem no caderno o quadro de palavras elaborado coletivamente. Dessa forma, trabalharão, além do conhecimento alfabético, a aquisição de novo vocabulário. Em seguida, orientar a turma a ler as palavras pesquisadas em voz alta e a observar o som da letra G em cada uma das palavras. Espera-se que os alunos percebam que a letra G, seguida das letras E ou I, apresenta o som de /j/, e, quando seguida das letras UE ou UI, apresenta o som de /g/ Orientar os alunos a escreverem no caderno, abaixo do quadro, as observações feitas quanto aos sons da letra G

Ao final, propor um jogo para os alunos. Indicar quatro palavras do quadro criado para que os grupos escrevam uma frase com cada uma delas. Orientá-los a aguardar o sinal para que comecem a escrever as frases ao mesmo tempo e indicar que terão 3 minutos para esse momento de escrita. Ao final do tempo estipulado, deverão parar a escrita de frase. Conferir as frases criadas por cada grupo, verificar se são frases coesas e coerentes, se as palavras foram escritas corretamente, se usaram sinal de pontuação etc Atribuir 2 pontos para cada frase escrita corretamente, e manter a classificação da pontuação de cada trio. Proceder da mesma forma por mais algumas rodadas até que um dos trios faça a maior pontuação e seja o vencedor Aula 8

Distribuir para cada aluno uma cópia do texto "Plataforma inédita sobre mulheres cientistas é lançada em SP" Ver os dados de acesso à notícia em:

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Palavras com GE Palavras com GI Palavras com GUE Palavras com GUI

• SOUZA, Ludimilla Plataforma inédita sobre mulheres cientistas é lançada em SP: Open Box da Ciência mostra dados de cientistas brasileiras Agência Brasil, 12 fev. 2020. Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/educacao/noticia/2020-02/plataforma-inedita-sob re-mulheres-cientistas-e-lancada-em-sp Acesso em: 15 dez. 2021.

Ler primeiro o título do texto e perguntar aos alunos o que eles imaginam que o texto vai abordar e, na lousa, tomar nota das hipóteses que eles levantarem sobre o conteúdo. Em seguida, propor que façam a leitura silenciosa do texto Tomando como parâmetro para o final do 5º ano a velocidade de 130 palavras por minuto e a precisão de 95%, espera-se que os alunos façam a leitura desse texto em aproximadamente 4 minutos.

Após a leitura, verificar com a turma se as hipóteses levantadas são confirmadas ou negadas. Na sequência, pedir que individualmente respondam no caderno a algumas perguntas sobre o texto. Ver sugestões a seguir.

1. Qual é o assunto principal do texto?

O lançamento da plataforma com informações sobre as cientistas e suas contribuições.

2. Esse texto pode ser considerado um texto de divulgação científica?

Espera-se que percebam que o texto é uma notícia sobre o lançamento do projeto OpenBoxda Ciência, que mapeou as 250 pesquisadoras influentes.

3. Indique os tempos verbais dos verbos e locuções verbais a seguir:

a) mergulhou pretérito

b) foi lançado pretérito

c) ocorreu pretérito

d) vai fornecer futuro

4. Localize no texto palavras escritas com a letra G que apresentem o som /j/ e as copie.

Engenharias, agência, gênero, digital, reportagens.

5. Copie do texto:

a) três palavras proparoxítonas.

Gênero, inédita, biológicas.

b) quatro palavras paroxítonas.

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Agência, áreas, trajetórias, referências.

As atividades propostas permitem avaliar se os alunos compreenderam os conteúdos que foram trabalhados até esse momento, tais como: compreensão de textos; relação letra-som e a escrita de palavras; classificação das palavras de acordo com a sílaba tônica, verbos e tempos verbais.

Sugestão

• CANAL CIÊNCIA Disponível em: https://canalciencia.ibict.br/ Acesso em: 8 dez. 2021.

Portal de divulgação científica e tecnológica do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict), que apresenta mais de 250 textos para pesquisas relacionados a doenças, ecologia, biodiversidade, indígenas, negros, energia nuclear etc.

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Sequência didática 6 • Notícia ou reportagem?

Esta sequência didática abordará o estudo dos gêneros textuais reportagem e notícia. Com o objetivo de apresentar aos alunos as características típicas desses tipos de texto, discutirão sua função social e seus meios de circulação. Pretende-se propor um paralelo entre esses gêneros textuais a fim de que os alunos sejam capazes de reconhecer as semelhanças e as diferenças existentes entre eles. Esta sequência também trabalhará com tempo e concordância verbal e a identificação de verbos regulares e irregulares, além da escrita e do emprego das palavras SE NÃO e SENÃO e da escrita de palavras com S ou Z.

Objetivos de aprendizagem

• Estudar os gêneros textuais reportagem e notícia

• Reconhecer os gêneros textuais reportagem e notícia na mídia impressa, digital, televisiva ou radiofônica.

• Perceber as principais características que diferenciam uma reportagem e uma notícia.

• Identificar verbos e tempos verbais em textos.

• Estabelecer concordância verbal.

• Identificar verbos regulares e verbos irregulares.

• (Re)conhecer a grafia e o sentido das palavras SENÃO e SE NÃO.

• Identificar o emprego das letras S e Z na formação de substantivos e adjetivos.

Plano de aulas

Aula 1: Ler e compreender a estrutura de uma reportagem.

Aula 2: Refletir sobre a função do gênero textual reportagem.

Aula 3: Ler uma notícia e reconhecer suas características.

Aula 4: Identificar e classificar verbos regulares e irregulares.

Aula 5: Identificar verbos que alteram e que não alteram o radical ao serem conjugados.

Aula 6: (Re)conhecer a grafia e o sentido das palavras SENÃO e SE NÃO

Aula 7: Estabelecer concordância verbal

Aula 8: Estudar o emprego das letras S e Z na formação de substantivos e adjetivos

Componentes essenciais para a alfabetização: Conhecimento alfabético, compreensão de textos, fluência em leitura oral, desenvolvimento de vocabulário e produção de escrita.

Competências gerais da Educação Básica: 1, 4, 5 e 7

Competências específicas de Língua Portuguesa: 2, 3, 6, 8 e 10.

Habilidades: EF15LP02, EF15LP11, EF05LP05, EF05LP06.

Materiais necessários: Cópias da reportagem "Museu Nacional prevê concluir obras na sede ainda este ano", cópias da reportagem "Vale: barragem desativada tem risco de ruptura, diz órgão

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não comerciais,
que seja atribuído
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a criação de obra derivada com fins
desde
crédito autoral e as criações sejam

trabalhista", cópias da Ficha de análise

Reportagem, cópias da notícia "China publica imagens em cores da superfície de Marte", cartões com verbos no infinitivo, revistas e jornais, folhas de papel pautado, cópias dos quadros de adjetivos e substantivos.

Aula 1

Começar a aula propondo uma roda de conversa com a turma para sondar o que sabem sobre o gênero textual reportagem. Comentar que esse gênero textual é muito comum e está presente nas mídias impressa, virtual e televisiva. Informar que, diferentemente das notícias, as reportagens são textos geralmente assinados por um repórter e que tratam de um tema de forma mais aprofundada e abrangente, tornando-o um texto mais longo.

Apresentar aos alunos a estrutura de um texto de reportagem escrita e a informação que se espera encontrar em cada uma delas A reportagem escrita é dividida em quatro partes: manchete, subtítulo, leade corpo.

• Manchete: compreende o título da reportagem, cujo objetivo é resumir o que será dito e despertar o interesse do público leitor.

• Subtítulo: aparece logo após o título e amplia as informações apresentadas por ele.

• Lead:primeiro parágrafo que resume o assunto abordado no corpo da reportagem.

• Corpo: apresenta o desenvolvimento do assunto principal da reportagem, com detalhes de informações em uma linguagem simples, clara e direta, que é direcionada ao público leitor

A reportagem também pode apresentar imagens, fotolegenda e até mesmo reproduzir pequenos trechos de entrevistas com especialistas sobre o assunto tratado. Após o momento de identificação das estruturas do texto, organizar os alunos em círculo, distribuir uma cópia para cada um do texto "Museu Nacional prevê concluir obras na sede ainda este ano" Ver os dados de acesso à reportagem em:

• INDIO, Cristina. Museu Nacional prevê concluir obras na sede ainda este ano Agência Brasil, 9 jun. 2021 Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2021-06/museu-nacional-preve-conc luir-obras-na-sede-ainda-este-ano Acesso em: 15 dez. 2021.

Propor aos alunos que façam uma leitura silenciosa da reportagem e solicitar a eles que anotem, no caderno, as palavras que desconhecem para que seus significados sejam esclarecidos após a leitura. Tomando como parâmetro para o final do 5º ano a velocidade de 130 palavras por minuto e a precisão de 95%, espera-se que os alunos façam a leitura deste texto em aproximadamente 5 minutos Após o primeiro momento de leitura, sanar as possíveis dúvidas e sugerir uma segunda leitura, desta vez compartilhada, com alguns voluntários lendo um parágrafo cada. Aproveitar o momento da segunda leitura para relacionar as partes do texto com a estrutura do gênero textual reportagem. Estabelecer um

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tempo máximo de 10 minutos para essa atividade. Em seguida, explorar a compreensão de texto por meio de perguntas. Ver sugestões de perguntas a seguir.

1. Qual é o tema da reportagem?

A conclusão de obras na sede do Museu Nacional no ano de 2021.

2. Por que o Museu Nacional precisou ser reformado?

Pois ocorreu um incêndio em 2 de setembro de 2018.

3. Qual é a função das aspas no último parágrafo da reportagem?

Destacar a fala da reitora da UFRJ, Denise Pires de Carvalho, com suas expectativas sobre a obra

4. Quais obras estão previstas para serem finalizadas?

Os trabalhos de higienização e proteção para recuperar os elementos históricos e artísticos e o fim da reforma da Biblioteca Central do Museu Nacional.

5. Que elementos presentes no texto o caracterizam como uma reportagem?

Sugestões de resposta: o fato de a matéria ter sido assinada por um jornalista; o trecho que indica a entrevista com a reitora da UFRJ; e a sua extensão.

6. Leia o trecho a seguir:

Nós esperamos que em 2022 toda a área acadêmica já esteja funcionando.

INDIO, Cristina Museu Nacional prevê concluir obras na sede ainda este ano Agência Brasil, 9 jun. 2021. Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2021-06/museu-nacional-preve-concluir-obras-na-se de-ainda-este-ano. Acesso em: 15 dez. 2021.

a) Por que o verbo " esperar " está escrito no plural?

O verbo " esperar " está escrito no plural porque está concordando com o pronome "nós"

b) Se o pronome "nós" fosse substituído pelo pronome " eu " , como essa frase ficaria?

Eu espero que em 2022 toda a área acadêmica já esteja funcionando.

c) Que modificação ocorreu com o verbo?

O verbo foi flexionado para concordar com o sujeito "eu" (1ª pessoa do singular).

Encerrar a aula corrigindo as atividades de compreensão de texto coletivamente

Tomar nota das respostas na lousa e esclarecer possíveis dúvidas ou comentários acerca da leitura. Para finalizar, perguntar aos alunos as principais características do gênero textual reportagem estudado e qual é a opinião deles sobre a reportagem lida.

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Aula 2

Retomar o conteúdo estudado na aula anterior com o objetivo de recordar as características do gênero textual reportagem, fazer perguntas sobre o que os alunos se recordam e tomar notas na lousa. Registrar o que considerar relevante e complementar dizendo que a reportagem, além da finalidade de informar os leitores, os telespectadores, ou os internautas etc. sobre determinado assunto (que pode estar relacionado a um fato recente ou não), tem a função de aprofundar o tema abordado para propiciar informações mais detalhadas sobre ele.

Distribuir aos alunos cópias da reportagem "Vale: barragem desativada tem risco de ruptura, diz órgão trabalhista" Ver os dados de acesso à reportagem em:

• NOGUEIRA, Marta; BAUTZER, Tatiana. Vale: barragem desativada tem risco de ruptura, diz órgão trabalhista. Agência Brasil, 10 jun. 2021. Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2021-06/vale-barragem-desativada-t em-risco-de-ruptura-diz-orgao-trabalhista Acesso em: 15 dez. 2021.

Solicitar aos alunos que façam uma primeira leitura silenciosa de ambas as reportagens. Estabelecer aproximadamente 20 minutos para a realização dessa atividade de leitura Uma vez levantadas as informações sobre o fato ocorrido, propor perguntas para trabalhar a compreensão de texto. Estabelecer um tempo de aproximadamente 15 minutos para a realização dessas atividades e proceder com a correção coletiva na lousa. Ver sugestões de pergunta a seguir.

1. O texto apresenta características próprias de uma reportagem? Em caso afirmativo, cite duas.

Sim. É um texto que informa um acontecimento e o trata de maneira mais aprofundada.

2. Na sua opinião, qual é a importância de reportagens para a sociedade?

Resposta pessoal. Espera-se que os alunos comentem que esse tipo de texto é importante para a sociedade por apresentar informações de interesse público sobre determinado assunto.

3. Você considera que a linguagem predominante utilizada no texto é a mesma empregada em uma conversa com amigos? Explique.

Não. Em geral, ao conversar com amigos utilizamos a linguagem informal, coloquial. No texto é utilizada predominantemente a linguagem formal.

Para encerrar a aula, propor um debate para que os alunos exponham seu ponto de vista sobre o tema abordado na reportagem, levá-los a refletir sobre as ações produzidas pela sociedade atual e como essas ações podem repercutir na natureza.

Avaliação

Propor uma atividade de identificação de informações falsas ou verdadeiras sobre o gênero textual reportagem, para que seja possível medir os conhecimentos adquiridos pelos

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alunos. Desse modo, será possível elaborar estratégias eficazes para o desenvolvimento contínuo dos alunos.

Ficha de análise – Reportagem Marque V para verdadeiro e F para falso nas afirmações a seguir: V F

1. A reportagem tem a função de relatar um fato inverídico. x

2. O fato abordado não é necessariamente recente. x

3. Trata determinado assunto de maneira superficial. x

4. Não tem relevância para a sociedade. x

5. Pode ser veiculada em jornais, revistas, televisão e internet. x

Aula 3

Iniciar a aula informando aos alunos que será estudado um gênero cuja principal característica é ser um relato jornalístico que trata de um fato ocorrido recentemente de modo objetivo, sem comentários ou interpretação. Pedir aos alunos que tentem descobrir, por meio dessas dicas, de que gênero textual se trata Organizar os alunos em duplas e entregar cópias do texto "China publica imagens em cores da superfície de Marte" e orientar os alunos a realizarem uma primeira leitura silenciosa. Ver os dados de acesso à reportagem em:

• RTP: Pequim. China publica imagens em cores da superfície de Marte Agência Brasil, 11 jun. 2021. Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2021-06/china-publica-imag ens-cores-da-superficie-de-marte Acesso em: 15 dez. 2021.

Após a leitura independente, refazer o questionamento acerca do gênero do texto e informar os alunos de que se trata de uma notícia e que esse tipo de texto pode ser veiculado tanto em jornais e revistas quanto na internet. Complementar a discussão sobre o gênero do texto informando aos alunos que o corpo da notícia foi escrito com base nos tópicos: o que, quando, onde, como e por quê.

Em seguida, propor perguntas para trabalhar a compreensão de texto com os alunos e estipular aproximadamente 15 minutos para a realização dessa atividade Ver sugestões de perguntas sobre o texto a seguir:

1. Por que o texto que você leu é considerado uma notícia?

É considerado notícia porque apresenta fato recente, de forma objetiva, sem comentários ou interpretações da jornalista.

2. Você sabe qual é a diferença entre notícia e reportagem?

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A diferença é que reportagem se configura como um texto mais elaborado, que trata de um fato não necessariamente recente e amplia o tema, apresentando comentários, argumentos e opiniões (do jornalista e dos entrevistados). Já a notícia tem o propósito de informar sobre um fato recente e de uma maneira mais direta.

3. Qual foi o assunto principal da notícia lida?

A divulgação de imagens em cores da superfície de Marte pela administração espacial da China.

4. Quais foram os tempos verbais utilizados nesse texto? Dê exemplos. Pretérito e presente. Exemplos: chegou, divulgou, publica e mostra.

5. Por que você acha que foram empregados esses tempos verbais na notícia que você leu?

Trata-se de uma notícia que informa sobre um fato ocorrido no passado, mas noticiado no presente. Por esse motivo predominam esses tempos verbais.

Fazer a correção coletiva das atividades e esclarecer possíveis dúvidas. Retomar oralmente as características de um texto de notícia e as diferenças entre notícia e reportagem.

Aula 4

Iniciar a aula relembrando a turma sobre os tempos e as pessoas verbais, no singular e no plural. Retomar o título e o subtítulo da notícia "China publica imagens em cores da superfície de Marte" e pedir a eles que circulem os verbos e identifiquem se são regulares ou irregulares Promover a correção coletiva dessa atividade, questionando os alunos sobre as classificações atribuídas, de maneira que cheguem a um consenso sobre as respostas.

Como ampliação, pedir aos alunos que se organizem em duplas e pesquisem, se for possível, na internet, ou em jornais e revistas, alguma notícia que lhes chame a atenção Orientá-los a analisar o texto escolhido seguindo o roteiro proposto a seguir:

1. Identificar o tema central da reportagem escolhida.

2. Justificar o que mais chamou a atenção ao ler o texto.

3. Copiar um parágrafo do texto e identificar os verbos nele presentes

4. Indicar o tempo e a pessoa dos verbos destacados na atividade anterior

Promova um momento de compartilhamento dos textos pesquisados pelos alunos e promova uma correção coletiva da classificação dos verbos em cada texto.

Aula 5

Apresentar aos alunos alguns verbos para que possam conjugá-los coletivamente. Sugerem-se os verbos: saber, cantar, abrir, pedir. Criar na lousa uma tabela para que seja preenchida com os alunos. Ver uma sugestão a seguir:

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Singular Plural

SABER eu sei, tu sabes, ele sabe nós soubemos, vós soubestes, eles souberam

CANTAR eu canto, tu cantas, ele canta nós cantamos, vós cantastes, eles cantaram

ABRIR eu abro, tu abres, ele abre nós abrimos, vós abristes, eles abriram

PEDIR eu peço, tu pedes, ele pede nós pedimos, vós pedistes, eles pediram Após o preenchimento do quadro, fazer algumas perguntas sobre os verbos aos alunos. Ver as sugestões a seguir:

1. Quais verbos não sofrem alteração em seu radical?

Cantar e abrir.

2. Quais verbos sofrem modificações?

Saber e pedir.

Apontar aos alunos que os verbos que não sofrem alterações em seu radical quando conjugados no presente e no pretérito são denominados verbos regulares. Já os verbos que sofrem alterações em seus radicais quando conjugados no presente e no pretérito são denominados verbos irregulares.

Após esse momento, propor aos alunos um jogo para conjugar os verbos e identificar se são verbos regulares ou irregulares. Confeccionar previamente cartões com um verbo em cada um. Sugerem-se os verbos: medir, desistir, repartir, ir, servir, querer, receber, escrever, ter, levar, deixar, estar. Ao mostrar os cartões aos alunos, eles devem fazer a conjugação dos verbos no presente e no pretérito e, em seguida, classificá-los em regulares ou irregulares.

• Verbos regulares: desistir, repartir, receber, escrever, levar, deixar.

• Verbos irregulares: medir, ir, servir, querer, ter, estar.

Aula 6

Distribuir revistas e jornais entre os alunos para que eles recortem frases em que apareçam as palavras SENÃO e SE NÃO. Os alunos podem trabalhar em duplas para realizar essa atividade. Propor que separem as frases pesquisadas em duas colunas. Estipular o tempo de 10 minutos para a realização dessa atividade.

Após os alunos encontrarem e organizarem as frases, pedir a eles que as leiam para perceber qual é a diferença de sentido entre as palavras. Espera-se que os alunos percebam que a palavra SENÃO significa "do contrário", "caso contrário", "a não ser"; já a palavra SENÃO indica uma alternativa.

Após concluírem a análise dos significados dessas palavras, pedir aos alunos que escrevam cinco frases em uma folha de papel pautado. Explicar que eles deverão escrever essas frases deixando uma lacuna para que a frase seja completada com as palavras SENÃO

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comerciais, desde que seja atribuído crédito autoral e as criações sejam licenciadas
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ou SE NÃO. Estipular aproximadamente 10 minutos para a atividade de escrita de frases e pedir que troquem as frases criadas com as de outra dupla de modo a completarem as frases criadas uns dos outros. Ao final dessa atividade, pedir que destroquem as frases para que as duplas possam corrigir as respostas e, em seguida, promover a correção coletiva dessas frases.

Aula 7

Iniciar a aula relembrando os alunos sobre as pessoas verbais e verificar se recordam de todas elas:

• Eu (1ª pessoa do singular)

• Tu (2ª pessoa do singular)

• Ele/ela (3ª pessoa do singular)

• Nós (1ª pessoa do plural)

• Vós (2ª pessoa do plural)

• Eles/elas (3ª pessoa do plural)

Escrever na lousa algumas frases no singular e pedir aos alunos que as passem para o plural e observem as alterações necessárias em cada uma. Ver as sugestões a seguir:

• Eu acho que é importante manter as ruas sem lixo. Nós achamos que é importante mantermos as ruas sem lixo.

• Tu sabes como melhorar a limpeza urbana?

Vós sabeis como melhorar a limpeza urbana?

• Ela cantou uma linda canção para o público. Elas cantaram lindas canções para o público.

Ao final da atividade, questionar os alunos: por que as frases foram alteradas? (Para estabelecer a concordância entre o sujeito e o verbo). Após as conclusões iniciais, propor aos alunos que trabalhem em duplas. Uma dupla deve escrever em folha de papel pautado quatro frases no singular e entregá-la para que outra dupla possa passá-las para o plural.

Estipular o tempo de 5 minutos para escrita das frases e mais 5 minutos para que os alunos possam passá-las para o plural. Todos devem ficar atentos para estabelecer corretamente a concordância verbal.

Como ampliação dessa atividade, propor aos alunos que procurem por frases em notícias ou reportagens e selecionem algumas para passá-las para o singular e outras para passá-las para o plural, observando as alterações necessárias para estabelecer as concordâncias verbal e nominal

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Aula 8

Distribuir aos alunos no início da aula os quadros de adjetivos e substantivos e pedir-lhes que os completem a partir das palavras propostas. Formar os adjetivos a partir das palavras do quadro a seguir:

ADJETIVO

grande grandioso

gula guloso

fábula fabuloso

chuva chuvoso

creme cremoso

luxo luxuoso

cheiro cheiroso

volume volumoso

leite leitoso

medo medroso

dengo dengoso

jeito jeitoso

manha manhoso

sabor saboroso

poder poderoso

silêncio silencioso

Formar substantivos a partir das palavras do quadro sugerido a seguir:

SUBSTANTIVO

delicado delicadeza

certo certeza

gentil gentileza

fino fineza

firme firmeza

estranho estranheza

fraco fraqueza

limpo limpeza

leve leveza

puro pureza

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triste tristeza

real realeza

ligeiro ligeireza

grande grandeza

Estipular o tempo de 10 a 15 minutos para que os alunos completem o quadro e depois confiram a grafia de cada uma delas escrevendo-as na lousa. Pedir aos alunos que observem o que há em comum na grafia dos adjetivos. Espera-se que percebam que os adjetivos são escritos com a terminação -OSO e são escritos com a letra S. Já os substantivos terminam em -EZA e são escritos com a letra Z. Formalizar essa regra de escrita na lousa e pedir aos alunos que a copiem no caderno.

Sugestão

• JOCA. Disponível em: https://www.jornaljoca.com.br. Acesso em: 14 dez. 2021. Acessando o sitepode-se conhecer o jornal Joca, um jornal exclusivo para crianças e adolescentes.

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Sequência didática 7 • Crônica

Esta sequência didática abordará o gênero textual crônica. Com o objetivo de desenvolver a competência leitora e as habilidades de escrita dos alunos, as atividades propõem a leitura e a interpretação, assim como a produção de escrita do gênero textual crônica. Também serão estudados os substantivos primitivos e derivados, os efeitos de sentido do emprego do sinal de pontuação vírgula e o emprego das expressões: HÁ CERCA DE, ACERCA DE, AFIM e A FIM DE

Objetivos de aprendizagem

• Ler e compreender uma crônica.

• Conhecer as características do gênero textual crônica

• Identificar humor e/ou a ironia em uma crônica

• Selecionar crônica para leitura e análise.

• Perceber os efeitos de sentido expressos pelo emprego da vírgula.

• Escrever uma crônica considerando as características e estruturas do gênero.

• Reler e revisar a crônica produzida.

• Diferenciar o emprego de: HÁ CERCA DE, ACERCA DE, AFIM e A FIM DE.

• Reconhecer o uso de substantivos primitivos e derivados

Plano de aulas

Aula 1: Estudo do gênero textual crônica.

Aula 2: Pesquisa sobre o gênero textual crônica

Aula 3: Roda de leitura.

Aula 4: Uso das expressões HÁ CERCA DE, ACERCA DE, AFIM e A FIM DE

Aula 5: Emprego da vírgula e seus efeitos de sentido no texto.

Aula 6: Estudo sobre substantivos primitivos e derivados

Aula 7: Produção escrita

Aula 8: Revisão, edição, reescrita e apresentação de uma crônica

Componentes essenciais para a alfabetização: Conhecimento alfabético, produção de escrita.

Competências gerais da Educação Básica: 3 e 4.

Competências específicas de Língua Portuguesa: 2 e 3

Habilidades: EF15LP01, EF15LP02, EF15LP03, EF15LP05, EF15LP16, EF35LP01, EF35LP03, EF35LP04, EF35LP05, EF35LP07, EF05LP08.

Materiais necessários: Folha de papel cartolina ou papel manilha, seleção de crônicas adequadas à faixa etária dos alunos, folhas de papel pautado, seleção de livros de crônicas adequados à faixa etária dos alunos.

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Aula 1

Iniciar a aula conversando com os alunos sobre situações cotidianas que vivenciam e se algo engraçado aconteceu recentemente em alguma dessas situações. Explicar aos alunos que o gênero textual que será trabalhado nessa aula se relaciona justamente com situações cotidianas, ou seja, fatos que acontecem no dia a dia. Perguntar aos alunos se já ouviram falar em crônicas e o que sabem a respeito delas. Anotar na lousa os apontamentos e as hipóteses levantadas pelos alunos.

Reproduzir em uma folha de papel cartolina ou papel manilha a lista com as características essenciais do gênero textual crônica e, a partir dela, verificar com a turma as hipóteses levantadas anteriormente. Orientar os alunos a copiarem essa lista no caderno. Ver sugestão a seguir:

Características do gênero crônica

• Relata uma história curta.

• Descreve situações cotidianas, ou seja, fatos do dia a dia.

• Pode apresentar humor ou ironia

• Pode apresentar uma narrativa ou argumentos a respeito de um acontecimento.

• Utiliza linguagem subjetiva e informal.

• Pode apresentar discurso direto ou indireto.

Comentar com os alunos que a crônica é um gênero textual no qual o cronista busca inspiração para os seus textos nos acontecimentos recentes ou em situações banais do cotidiano e convida o leitor a olhar para o mundo como ele.

Explicar aos alunos que as crônicas podem ser escritas tanto em discurso direto quanto em discurso indireto. No discurso direto, as falas das personagens aparecem da forma como foram ditas por elas. Já no discurso indireto, a fala das personagens é apresentada pelo narrador.

Orientar os alunos a formarem duplas e distribuir a seleção de crônicas entre eles e folhas de papel pautado Pedir que façam uma leitura silenciosa e em seguida conversem com o colega sobre o que compreenderam do texto. Após a leitura, informar as duplas que elas deverão colar a crônica na folha de papel pautado e utilizar o verso para escrever um resumo sobre o entendimento do texto, associando-o às características apresentadas no início da aula, observando o seguinte roteiro:

• Escreva o título e o nome do autor da crônica lida.

• Qual foi o assunto abordado no texto?

• Reveja as características apresentadas sobre esse gênero e relacione-as ao texto lido.

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Existe a presença de humor ou ironia no texto?

A crônica apresenta uma narrativa ou argumentos a respeito de um fato? Cite um exemplo.

• Apresente um exemplo de uso da linguagem informal ou marca de oralidade no texto lido. Em seguida, reescreva esse texto em linguagem formal.

• O discurso utilizado no texto foi direto, indireto ou ambos? Exemplifique.

• Com suas palavras, resuma a crônica que você leu.

• Exponha a opinião da dupla sobre a leitura feita: vocês gostaram? Por quê?

Durante a realização da atividade, circular entre as duplas esclarecendo dúvidas e os ajudar com o que julgar necessário. Encerrar a aula orientando uma tarefa para casa: pesquisar em um dicionário ou na internet a origem da palavra "crônica".

Aula 2

Iniciar a aula perguntando sobre a pesquisa solicitada sobre a origem da palavra "crônica". Na lousa, tomar nota dos apontamentos feitos pelos alunos e, se necessário, complementar que essa palavra se origina do grego chronikóse significa "tempo". Pedir que reflitam sobre a leitura realizada na aula anterior e perguntar se eles conseguem associar a ideia de tempo ao texto lido. Aguardar os comentários dos alunos e acrescentar que o tempo é fundamental para esse gênero textual, uma vez que relata situações que remetem a fatores cotidianos, em geral a situações vivenciadas pelo próprio autor. Chamar a atenção dos alunos para o uso dos tempos verbais no pretérito, muito comum em um texto de crônica.

Na lousa, escrever um resumo sobre as características do gênero textual crônica e orientar os alunos a copiarem-no no caderno e completarem-no com base em seus conhecimentos sobre esse gênero textual. Estipular um tempo de 10 minutos para essa atividade. Ver a sugestão de texto a seguir:

A crônica é um texto inspirado em acontecimentos que fazem parte do (cotidiano / turismo). A linguagem utilizada é ________ (complexa / simples). Apresenta marcas de ________ (sentimentalismo / oralidade). O narrador poderá fazer uso do discurso ________ e ________ (direto e indireto / oral e escrito). Normalmente esses textos são publicados em ________ e ______ (folhetos e propagandas / revistas e jornais). Uma das características marcantes desse gênero é que pode apresentar teor (humorístico / instrutivo), mas também pode apresentar uma narrativa sobre um fato cotidiano ou argumentos a respeito de um determinado assunto relativo ao cotidiano.

Cotidiano; simples; oralidade; direto e indireto; revistas e jornais; humorístico.

Relembrar com a turma as características desse gênero textual e desafiar os alunos a indicarem as diferenças entre crônica e notícia. Tomar nota dos apontamentos dos alunos na lousa. Caso seja necessário, complementar que o gênero textual notícia tem um caráter informativo, não apresenta comentários e interpretações pessoais do jornalista e traz

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informações sobre algum fato ocorrido recentemente de modo objetivo. Já a crônica é um gênero textual híbrido, ou seja, apresenta características de um texto informativo e de um texto literário, trata de assuntos do cotidiano, em geral utilizando alguns recursos para aproximar o cronista do leitor, com linguagem informal que apresenta humor ou ironia.

Se houver possibilidade em sua escola, sugerir aos alunos uma visita à sala de informática para realização de uma pesquisa sobre o gênero textual crônica. Orientar os alunos sobre os sitesem que deverão fazer as buscas e instruir que procurem por crônicas engraçadas. Caso a escola não disponha de sala de informática, selecionar previamente crônicas que tenham características de humor e distribuir as cópias entre os alunos.

Concluída a leitura, pedir aos alunos que digitem, ou escrevam em uma folha de papel pautado, um relato sobre o texto lido, indicando título, autor, tema abordado e se gostou ou não do texto lido.

Aula 3

Levar os alunos para a sala de leitura ou biblioteca e apresentar os livros de crônicas previamente selecionados. Organizar os alunos em trios e solicitar que observem as obras dispostas, avaliem as capas, os títulos dos livros, os nomes dos autores e os títulos das crônicas que mais chamam a atenção dos integrantes do grupo. Instruir os alunos a escolherem uma crônica para leitura e em seguida comentarem as impressões sobre o texto lido.

Depois da leitura, cada grupo deverá produzir um relato sobre o conteúdo abordado na crônica lida, indicando o nome do autor, o título da crônica e em qual meio ela foi publicada. Promover um momento de conversa com a turma no qual os alunos compartilham informações do enredo, das personagens, do ambiente da história da crônica, se há humor ou ironia, se há a narrativa de fatos ou argumentos sobre algum acontecimento.

Aula 4

Propor aos alunos alguns exercícios sobre assuntos gramaticais estudados até o momento. Ver sugestões de atividades a seguir:

1. Você sabe a diferença entre "há cerca de" e "acerca de"? Observe os exemplos:

Há cerca de dois meses que não o vejo.

Indica tempo decorrido. Pode ser substituído por "Faz aproximadamente".

Estamos conversando acerca de tecnologia.

Significa "sobre", "a respeito de".

Qual das expressões a seguir completa adequadamente as frases?

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desde
crédito autoral e as
sejam
sob os

há cerca de acerca de

a) __________ duas semanas viajei para o interior para visitar uma tia. Há cerca de

b) Esperamos resposta e-mailenviado ontem. acerca do

c) Não o vejo um mês. há cerca de

d) Nós nos conhecemos dez anos.

há cerca de

e) Queremos que participe da reunião novos projetos. acerca dos

2 Você sabe a diferença entre as expressões "a fim de" e "afim"?

Afim é um adjetivo e corresponde a "igual", "semelhante", "parecido". Por exemplo: Temos ideias afins. A fim de equivale a "para". Exemplo: Dormiu cedo a fim de descansar para o dia seguinte. Também pode significar estar com vontade, ter interesse por algo em uma linguagem coloquial. Exemplo: Estou a fim de ir ao cinema no próximo fim de semana.

• Escolha a opção que completa as frases a seguir: afim/afins a fim de

a) Estudei bastante compreender bem o assunto. a fim de

b) Conversamos pouco porque não temos interesses afins

c) Viajei para o interior encontrar sossego.

a fim de

d) Mostrei nossos projetos e o diretor os achou interessantes. afins

Realize a correção coletiva das atividades, resgatando com os alunos seus conhecimentos prévios já adquiridos e mapeando possíveis defasagens de forma a complementar as avaliações de processo da turma e a complementar o desenvolvimento do plano pedagógico.

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Aula 5

Iniciar a aula relembrando com os alunos o que sabem sobre o uso da vírgula. Elaborar coletivamente as informações para afixar em um cartaz no mural da sala de aula. Ver sugestões a seguir:

• A vírgula pode ser usada para separar uma expressão de tempo.

• A vírgula pode ser usada para isolar o termo que explica como o sujeito estava.

• A vírgula pode ser usada antes de uma ideia contrária à que foi apresentada anteriormente.

• A vírgula pode ser usada para isolar o vocativo, isto é, a quem se dirige a fala.

• A vírgula pode ser usada para enumerar, colocar em ordem diversos elementos.

• A vírgula pode ser usada para isolar expressão explicativa.

Após listar os diferentes empregos da vírgula e suas respectivas funções, solicitar aos alunos que indiquem alguns exemplos para cada caso listado. Distribuir folhas de papel pautado e propor um jogo de escrita de frases. Indicar qual função da vírgula deve ser expressa na frase e estipular o tempo de 2 minutos para que os alunos escrevam, pelo menos, duas frases nas quais a vírgula exerça a função indicada. Sinalizar o momento em que devem começar a escrever e quando devem parar. Após terminarem de exemplificar todos os possíveis empregos da vírgula, organizar os alunos em trios e promover um momento de conversa no qual os alunos compartilham as frases escritas e verificam se a escrita das frases e o emprego da vírgula estão corretos.

Circular pela sala de aula e auxiliar na verificação dos exemplos, apontando correções que se fizerem necessárias. Ao final, orientar os alunos a compartilharem as frases coletivamente e escolherem um ou dois exemplos para exemplificarem cada item do cartaz

Aula 6

Propor a adivinha a seguir e perguntar aos alunos a resposta

O que é que vem sempre para casa pelo buraco da fechadura?

A chave.

Após descobrirem a resposta, pedir que escrevam dois substantivos derivados da resposta da adivinha.

Sugestões de resposta: chaveiro, chavinha.

Pedir que observem a escrita do substantivo primitivo "chave" e questionar com que letras ele é escrito (CH) Propor aos alunos que observem quais letras aparecem nos substantivos derivados indicados por eles. Espera-se que observem que os substantivos derivados também são escritos com CH. Chamar a atenção para a importância da família de

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palavras que auxiliam a saber quais são as letras que fazem parte da palavra, por exemplo, se o substantivo primitivo é escrito com CH, os derivados também serão.

Propor aos alunos um desafio. No caderno, eles deverão escrever outros substantivos primitivos e, pelo menos, três substantivos derivados para cada palavra indicada. Estabelecer aproximadamente 15 minutos para a escrita de palavras. Ao final do tempo estabelecido, promover um momento de compartilhamento dos substantivos escritos por eles. Escrevê-los na lousa e promover um momento de análise ortográfica das palavras indicadas.

Propor um ditado de palavras com alguns dos substantivos indicados pelos alunos, verificando seus conhecimentos sobre a família de palavras e a escrita ortográfica Fazer a correção coletiva da atividade e abrir espaço para que esclareçam possíveis dúvidas sobre o tema da aula.

Aula 7

Apresentar aos alunos a seguinte proposição para uma atividade de produção textual:

Imagine-se indo ou retornando de algum compromisso e, de repente, você se depara com um trânsito intenso. Elabore uma crônica contando essa experiência.

Insira em seu texto uma expressão de cada par estudado até o momento: há cerca de ou acerca de, afim ou a fim de. Releia as características desse gênero textual e contemple-as em seu texto. A crônica deverá apresentar início, meio e fim. Observe a ortografia das palavras, o uso da vírgula e os outros sinais de pontuação, além de observar a acentuação das palavras para escrevê-las corretamente.

Antes de escrever sua crônica, pense nos seguintes aspectos:

• Como você vai apresentar o assunto?

• O narrador deverá ser uma personagem da crônica. Como ele apresentará suas impressões da história?

• Haverá momentos de "conversa" com o leitor?

• Qual será a característica mais marcante do texto? Argumentos, ironia, reflexão ou humor?

• Lembre-se de utilizar corretamente as vírgulas e os sinais de pontuação.

Estipular o tempo de aproximadamente 20 minutos para o planejamento da produção de escrita e de aproximadamente 35 minutos para a produção de escrita em uma folha de papel pautada. Instruir os alunos a relerem o texto escrito antes de o entregarem e a verificarem se cumpriram todos os itens propostos para a escrita. Recolher a produção de escrita e realizar a correção dos textos para a devolução aos alunos na próxima aula.

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Aula 8

Iniciar a aula devolvendo as crônicas comentadas para os alunos e pedir que façam uma leitura, analisando os apontamentos indicados. Após a leitura, instruir os alunos a reescrevê-las, fazendo as correções necessárias em uma nova folha de papel pautado, ou, se possível, digitando-a no computador.

Propor aos alunos que leiam as crônicas escritas para os colegas, mas antes orientar que façam um momento de ensaio para a leitura. Organizar uma roda para o momento de leitura e lembrá-los de manter o silêncio no momento de fala dos colegas. Esse momento de leitura permitirá avaliar a fluência em leitura oral individual e verificar se realizam a leitura com cadência e expressividade. Ao final das apresentações, perguntar aos alunos de quais crônicas mais gostaram e por quais motivos.

Sugestão

• PORTAL ESCREVENDO O FUTURO Disponível em:

https://www.escrevendoofuturo.org.br/conteudo/formacao/cursos-on-line/ace sso-ao-curso-de-avaliadores/artigo/2254/analise-de-texto-cronica. Acesso em: 8 dez. 2021.

Artigo que apresenta uma proposta para professores e avaliadores esmiuçarem o que os alunos-autores têm a dizer nas múltiplas camadas de suas escritas.

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Sequência didática 8 • Histórias de ficção científica

Nesta sequência didática será abordado o gênero textual ficção científica, suas características, estrutura, adaptações e diferenciações de textos que tratam sobre o tema ciência. Será proposta a produção, em duplas, de um texto de ficção científica. Também serão propostas atividades que visam ao trabalho com verbos e modos verbais, os verbos terminados em -SSE e palavras terminadas em -ICE

Objetivos de aprendizagem

• Estudar a estrutura de textos do gênero ficção científica

• (Re)conhecer características da narrativa de ficção científica.

• Diferenciar textos com informações científicas de narrativas de ficção científica.

• Apresentar informações sobre narrativas de ficção científica.

• Comparar palavras e identificar classe gramatical de acordo com as terminações

-SSE e -ICE.

• Produzir narrativa de ficção científica.

• Reler e revisar a narrativa de ficção científica.

Plano de aulas

Aula 1: Análise e estudo de texto do gênero ficção científica

Aula 2: Roda de leitura.

Aula 3: Estudo de verbos nos modos indicativo, subjuntivo e imperativo

Aula 4: Estudo de palavras terminadas em -SSE e -ICE

Aula 5: Apresentação das informações sobre o texto de ficção científica

Aula 6: Produção de uma narrativa de ficção científica.

Aula 7: Revisão e reescrita de narrativa de ficção científica.

Aula 8: Leitura e apresentação de narrativa de ficção científica.

Componentes essenciais para a alfabetização: Fluência em leitura oral e produção de escrita.

Competências gerais da Educação Básica: 3 e 4.

Competências específicas de Língua Portuguesa: 2 e 3.

Habilidades: EF15LP01, EF15LP02, EF15LP03, EF15LP05, EF15LP06, EF15LP07, EF15LP11, EF15LP16, EF35LP01, EF35LP07, EF35LP25, EF05LP05.

Materiais necessários: Cópias da notícia "Cientistas criam luva que traduz língua de sinais para fala em tempo real", as cópias da notícia "Teamwatkins e o próximo grande salto: uma mulher vai à lua", cópias do quadro de substantivos terminados em -SSE e -ICE, revistas e jornais, cópias da ficha de correção – texto de ficção científica, folha de papel pautada

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Aula 1

Iniciar a aula escrevendo na lousa FICÇÃO CIENTÍFICA e verificar se já viram algum filme ou leram alguma obra desse gênero textual e se sabem quais são suas características. Espera-se que os alunos concluam que uma narrativa de ficção científica precisa apresentar uma situação inicial, um conflito, um ponto de tensão chamado de clímax, um desfecho e uma finalização. Porém, o principal de uma narrativa de ficção científica é apresentar elementos fantásticos e imaginários que se misturem com elementos científicos e que pareçam reais no decorrer da narrativa.

Para exemplificar esse gênero textual, citar alguns filmes ou animações de ficção científica que envolvam robôs, naves espaciais, androides ou seres extraterrestres, impactos científicos e tecnológicos na sociedade futura. Comentar os elementos que aparecem nesse tipo de texto: quais são reais, quais são os elementos fictícios e como se “entrelaçam” na narrativa.

Propor aos alunos que pensem sobre a questão: "O que diferencia a narrativa de ficção científica e um texto científico?". Espera-se que percebam que a narrativa conta uma história com elementos científicos e imaginários, e o texto científico apresenta as descobertas da ciência, e a forma como é apresentado é bem diferente.

Aula 2

Recuperar as informações a respeito das características de uma narrativa de ficção científica. Relembrar o conceito desse gênero textual, identificando os aspectos mais marcantes, como a possível presença de seres extraterrestres e impactos científicos e tecnológicos na sociedade.

Organizar os alunos em roda e distribuir as cópias da notícia "Cientistas criam luva que traduz língua de sinais para fala em tempo real" e sugerir uma primeira leitura compartilhada em voz alta Em seguida, uma segunda leitura compartilhada entre voluntários que lerão um parágrafo cada Ver os dados de acesso à notícia em:

• CNN Brasil: Tecnologia. Cientistas criam luva que traduz língua de sinais para fala em tempo real. CNN Brasil, 30 jun. 2020. Disponível em: https://www.cnnbrasil.com.br/tecnologia/2020/06/30/cientistas-criam-luva-que-tra duz-lingua-de-sinais-para-fala-em-tempo-real/. Acesso em: 15 dez. 2021.

Na sequência, fazer aos alunos algumas perguntas sobre o texto.

• Em sua opinião, o texto pode ser considerado uma narrativa de ficção científica? Por quê?

Não. No texto é apresentada uma invenção que envolve pesquisa científica, mas não apresenta as características da narrativa de ficção científica, ou seja, não apresenta o conflito nem elementos imaginários com alguma interferência na sociedade

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• O que você achou mais interessante dessa invenção?

Resposta pessoal.

Propor aos alunos mais uma leitura de texto. Distribuir as cópias da notícia "Teamwatkins e o próximo grande salto: uma mulher vai à lua" e sugerir a leitura individual e silenciosa dos textos. Ver os dados de acesso à notícia em:

• BABINI, Marcela. Teamwatkins e o próximo grande salto: uma mulher vai à lua Mulheres na Ciência, 8 maio 2020. Disponível em: https://mulheresnaciencia.com.br/uma-mulher-vai-a-lua/. Acesso em: 15 dez. 2021.

Após a leitura, perguntar aos alunos:

• Qual é o assunto principal do texto?

A primeira mulher negra a fazer parte do programa espacial na Nasa.

Após as leituras e a discussão em sala de aula, propor aos alunos uma atividade para ser feita em casa junto com os familiares e responsáveis. Orientar os alunos a escreverem um texto com base no roteiro sugerido a seguir e estipular uma data de entrega para essa atividade.

1. Localizar, na internet ou em uma pesquisa na biblioteca, alguns textos de ficção científica e selecionar um para leitura. Em seguida, produzir um relato da história lida com base no seguinte roteiro:

• Quais são o título e o autor do texto?

• Quem são as personagens?

• Qual foi o tema abordado na história?

• Quais são os elementos reais e quais são os elementos fictícios que caracterizam essa história como um texto de ficção científica?

• Qual é o conflito?

• Qual é o clímax da história, ou seja, o ponto de maior tensão da história?

• Como a história termina?

2. Dê sua opinião sobre o texto lido e justifique-a.

Aula 3

Reproduzir na lousa, ou em uma folha de papel cartolina, um trecho do texto "Cientistas criam luva que traduz língua de sinais para fala em tempo real", destacando alguns verbos, como sugerido a seguir:

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Cientistas criam luva que traduz língua de sinais para fala em tempo real [...] Cientistas desenvolveram uma luva que traduz língua de sinais para o discurso falado em tempo real. [...]

CNN Brasil: Tecnologia. Cientistas criam luva que traduz língua de sinais para fala em tempo real CNNBrasil, 30 jun. 2020. Disponível em: https://www.cnnbrasil.com.br/tecnologia/2020/06/30/cientistas-criam-luva-que-traduz-lingua-de-si nais-para-fala-em-tempo-real/. Acesso em: 15 dez. 2021.

Sugerir a leitura coletiva do trecho indicado e questionar os alunos:

Quais são os tempos verbais indicados nas palavras destacadas?

O presente e o pretérito.

Em seguida, apresentar a reescrita desse trecho com a seguinte modificação:

Se os cientistas criassem luva que traduzisse língua de sinais para fala em tempo real.

Questionar os alunos:

Qual é a ideia transmitida por esse trecho modificado?

( ) Algo que ocorre ou ocorreu.

( ) Algo que indica possibilidade de ocorrer

Algo que indica possibilidade de ocorrer.

Apresentar aos alunos as definições sobre o modo indicativo e o modo subjuntivo:

• Modo indicativo: indica certeza com relação ao fato que acontece, aconteceu ou que acontecerá

• Modo subjuntivo: indica possibilidade, dúvida ou incerteza quanto ao acontecimento citado

Propor aos alunos que se reúnam em duplas e escrevam, em uma folha de papel pautada, dois verbos e os conjuguem em todas as pessoas verbais no presente, no pretérito e no futuro do indicativo. Estipular cerca de 10 minutos para essa atividade. Após o momento de escrita, orientar os alunos a trocarem as folhas com os colegas de outra dupla para que possam realizar a correção das frases um do outro, conferindo os tempos verbais. Promova uma correção coletiva da atividade, verificando a compreensão dos alunos sobre o tema estudado.

Aula 4

Distribuir a cada aluno uma cópia do quadro de substantivos terminados em -ICE e -SSE. Ver modelo a seguir. Distribuir revistas e jornais e instruir os alunos a pesquisarem as palavras para completarem o quadro

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SUBSTANTIVOS TERMINADOS EM -ICE VERBOS TERMINADOS EM -SSE

Sugestões de resposta: peraltice velhice meiguice chatice gulodice

Sugestões de resposta: soubesse partisse corresse assistisse olhasse

Estipular o tempo de até 15 minutos para essa atividade e propor uma correção coletiva para que os alunos tenham a oportunidade de expandir novo vocabulário Após a correção, cada aluno deverá escolher seis palavras para escrever uma frase com cada uma Circular pela sala de aula e verificar a atividade de escrita de frases.

Aula 5

Organizar os alunos em círculo para que possam ouvir as apresentações dos colegas sobre o texto de ficção científica que escolheram na tarefa de lição de casa. Reforçar que eles deverão apresentar as seguintes informações sobre os textos escolhidos:

• Quais são o título e o autor do texto?

• Quem são as personagens?

• Qual foi o tema abordado na história?

• Quais são os elementos reais e quais são os elementos fictícios que caracterizam o texto de ficção científica?

• Qual é o conflito da história?

• Qual é o clímax da história, ou seja, o ponto alto da história?

• Como a história termina?

• Dê sua opinião sobre o texto lido e justifique-a.

Ao final das apresentações, perguntar aos alunos qual dos textos chamou mais a atenção e pedir que expliquem as razões

Aula 6

Iniciar a aula perguntando se alguém já assistiu a algum filme de ficção científica. Dependendo das respostas dos alunos, apresentar alguns exemplos como: "De volta para o futuro"; "Eu, robô"; "Star Wars: o império contra-ataca"; "Star Wars: o retorno de Jedi"; "Guerra nas estrelas", entre outros.

Explicar que esses filmes, muitas vezes, são adaptados de obras literárias do gênero textual ficção científica e retratam o impacto científico sobre a sociedade, de forma possível ou imaginada. Informar que na literatura existem muitos exemplos dessas narrativas ficcionais, que também podem ser encontradas em livros e na internet.

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Organizar os alunos em duplas e pedir que analisem as imagens propostas a seguir:

Ao apresentar as imagens, orientar os alunos a analisá-las e instruí-los a responderem a algumas perguntas de interpretação sugeridas a seguir. Estipular um tempo de até 20 minutos para essa atividade.

1. O que essas imagens apresentam?

Espera-se que os alunos comentem que nas imagens o mundo parece sofrer a interferência de seres extraterrestres.

2. Qual é o ambiente em que eles estão?

Na primeira imagem, é possível identificar a representação de uma grande cidade sendo invadida por naves espaciais; na segunda imagem, é possível identificar um extraterrestre em um ambiente urbano

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3. Agora, em duplas, escolham uma das imagens e imaginem uma possível conversa que poderia ser travada entre extraterrestres e seres humanos. Apresentem um acontecimento inicial para sua história, descrevam o local onde eles estão e o que estão fazendo, essas informações devem fazer parte da situação inicial da narrativa de ficção. Deem nome às personagens. Pensem em um conflito, momento em que há um problema a ser resolvido, escrevam os detalhes desse conflito. Em seguida, exponham o ponto de maior tensão na história e escrevam o desfecho, que é a solução para o problema Finalizem a história mostrando como a situação foi solucionada e como as personagens ficaram

Para organizar a produção, sugira o roteiro a seguir:

• Pense nas personagens e dê nome a elas.

• Imagine um acontecimento inicial.

• Onde acontecerá a história?

• Quais serão os aspectos científicos presentes na história?

• Qual será o conflito?

• Como será resolvido esse conflito?

• Como a história terminará?

Uma vez que terminem a escrita do texto, solicitar que o releiam e verifiquem se contemplam todas as características necessárias para o gênero textual, se está bem escrito, coerente e coeso, se usa a pontuação adequadamente e se as palavras estão escritas corretamente. Recolher a produção de escrita e realizar a correção dos textos para a devolução aos alunos na próxima aula.

Aula 7

Devolver os textos para as duplas com os devidos apontamentos e sugestões para melhorias. Propor aos alunos que releiam e verifiquem os textos a partir da ficha de correção sugerida a seguir:

Ficha de correção – Texto de ficção científica

O texto apresenta título?

A narrativa mistura ciência e elementos de ficção?

Apresenta situação inicial, conflito, clímax, desfecho e finalização?

Usou adjetivos para caracterizar as personagens e os lugares onde se passa a narrativa?

Evitou a repetição de termos utilizando pronomes ou outras palavras para retomar algo mencionado anteriormente?

Há marcadores temporais para dar sequência aos fatos?

Sim Não

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Organizou o texto em unidades de sentido formando os parágrafos?

Utilizou regras de concordância nominal e verbal?

Usou sinais de pontuação adequados ao gênero textual e à situação expressa?

Escreveu corretamente as palavras?

Usou tempos e modos verbais adequados?

Após a verificação dos itens e dos apontamentos feitos no rascunho da produção de escrita, orientar os alunos a reescreverem o texto em folha de papel pautada. Instruí-los também a fazerem uma ilustração para a história. Se preferirem, podem fazer uma colagem com imagens e outros elementos que considerarem interessantes para compor a ilustração da narrativa. Orientar os alunos a ensaiarem a leitura do texto uma vez que terminem a reescrita e avisar que eles vão realizar uma leitura dramática dos textos para os colegas.

Aula 8

Organizar a sala de aula para a leitura das narrativas. Determinar a ordem das apresentações e iniciá-las, reforçando com a turma o respeito aos colegas e suas apresentações.

Ao final de cada apresentação, promover com a turma uma breve análise da história apresentada. Usar como base as perguntas propostas a seguir:

• As características do lugar indicam o cenário de uma história de ficção científica?

• Qual é o conflito principal da história?

• O que originou esse conflito?

• Na história, o que poderia ser verdade e o que é ficção?

Organizar a exposição das narrativas e suas respectivas ilustrações em sala de aula para que a comunidade escolar possa apreciá-las

Sugestões

• FICÇÃO científica: como escrever. Vídeo (ca. 29 min). Publicado por: Manual Prático do Criador de Histórias Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=tUDzzxrdrYQ. Acesso em: 8 dez. 2021. Vídeo com Roberto de Sousa Causo sobre o que uma história precisa ter para ser ficção científica.

• STOWELL, Louise; CULLIS, Megan; FITH, Rachel. Como escrever textos incríveis. São Paulo: Usborne: Nobel, 2017 Esse livro apresenta dicas e instruções para criar textos narrativos, quadrinhos, poemas, críticas, histórias, blogs , roteiros e muito mais.

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parâmetros. 97
sob os mesmos

Relatórios e indicadores do acompanhamento da aprendizagem

Produção de relatórios

Os Anos Iniciais do Ensino Fundamental são uma etapa essencial no processo de aprendizagem dos alunos, pois é nela que se consolida a alfabetização. O desenvolvimento e a aprendizagem decorrem de variadas experiências que os alunos têm a partir do contato com o mundo social em que atuam. Eles aprendem por meio dos sentidos e de ações motoras, ordenando e descobrindo o mundo.

Para dar subsídios ao processo de aprendizagem dos alunos, é fundamental que o trabalho pedagógico seja planejado com intencionalidade para explorar todos os potenciais de aprendizagem e garantir as condições de desenvolvimento pleno e integral dos alunos. Essa tarefa requer a participação de toda a comunidade escolar: professores, gestores e os responsáveis pelas crianças.

Para que esse trabalho seja possível, é fundamental que todos os envolvidos na rotina escolar compreendam quais são os indicadores de aprendizagem e acompanhem o desenvolvimento dos alunos. Isso pode ser feito por meio de relatórios que apresentem dados sobre o desempenho deles

Os relatórios, além de ajudar no acompanhamento das aprendizagens dos alunos, podem servir de parâmetro para analisar a eficácia de medidas adotadas pela gestão escolar relacionadas à infraestrutura e aos recursos financeiros, sendo, portanto, parte importante da rotina de gestores escolares.

É importante que os relatórios sejam produzidos de acordo com algumas métricas que levem em consideração os fluxos pedagógicos e administrativos, a relação com as famílias e o acompanhamento das aprendizagens dos alunos. Também devem ser elaborados com certa periodicidade, por exemplo, a cada bimestre, trimestre, semestre ou ano, sempre tendo em vista o público a que se destinam. Os relatórios que serão produzidos para os gestores, por exemplo, podem ser feitos com a utilização de linguagem técnica, ao passo que os relatórios produzidos para responsáveis ou familiares devem ser voltados para a avaliação individual do aluno e apresentados em linguagem acessível.

É possível, também, utilizar softwarespara a elaboração de gráficos que ilustrem o desenvolvimento dos alunos, tanto no contexto individual quanto nas relações com a turma, tornando mais visual a apresentação dos dados. Existem vários tipos de gráficos: coluna, barra, pizza , linha, área, entre outros. Independentemente dos tipos de gráfico, todos eles poderão representar os dados obtidos em uma planilha.

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Esses relatórios podem ser acompanhados de apresentações visuais e gráficas que visam facilitar a compreensão das informações. Os dados compilados nas fichas da seção Indicadores do acompanhamento da aprendizagem, por exemplo, possibilitam obter uma boa visão global do desenvolvimento dos alunos, chamando a atenção para os pontos positivos e estabelecendo pontos de atenção em caso de defasagem nas aprendizagens. Pode ser feita, por exemplo, a distribuição percentual dos conceitos atribuídos aos alunos a cada uma das competências gerais, competências específicas e habilidades trabalhadas no período. Exemplo:

Porcentagem de alunos da turma A de acordo com os conceitos atribuídos a eles em relação às competências gerais trabalhadas no período

É importante ressaltar que os relatórios e indicadores do acompanhamento da aprendizagem devem ser analisados e utilizados de forma contextualizada, ou seja, em conjunto com as características tanto individuais dos alunos quanto coletivas da turma, tornando-os uma ferramenta eficaz e adequada a cada realidade escolar.

Indicadores do acompanhamento da aprendizagem

Para auxiliar o professor no processo de avaliação dos alunos, apresentamos algumas sugestões de fichas de avaliação diagnóstica, de acompanhamento das aprendizagens e de verificação de resultados que podem servir como base para a criação das planilhas que vão gerar os gráficos para os relatórios.

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Fonte: Dados fictícios.
15% 5% 20% 10% 5% 10% 35% 55% 50% 50% 80% 60% 50% 40% 30% 40% 15% 30% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% CG 1 CG 2 CG 5 CG 7 CG 9 CG 10
Necessita ser consolidado (NC) Em processo de consolidação (PC) Consolidado (C)

A ficha de avaliação diagnóstica pode ser utilizada no começo do ano letivo, pois ela apresenta uma síntese dos principais conteúdos que os alunos devem ter incorporado ao longo das etapas anteriores do processo educacional. Essa ficha é um instrumento que auxilia o professor a analisar o conhecimento já adquirido pelos alunos e a fazer intervenções em seu planejamento, de modo a levá-los a atingir os objetivos esperados no decorrer do ano letivo.

Já a ficha de acompanhamento das aprendizagens é um recurso que permite ao professor ter uma visão geral das aprendizagens dos alunos ao longo do ano letivo. Nela, apresentamos as habilidades da BNCC, as competências gerais da Educação Básica, as competências específicas de Língua Portuguesa e os componentes essenciais para a alfabetização. A ficha de acompanhamento das aprendizagens também possibilita ao professor identificar alguns resultados do processo de ensino-aprendizagem e planejar as etapas seguintes, a fim de promover a superação de déficits de aprendizagem dos alunos e avaliar as dificuldades de cada um, possibilitando, assim, reformular o planejamento e as práticas didáticas conforme as necessidades deles

Por fim, com a ficha de verificação de resultados, o professor pode aferir se os principais objetivos de aprendizagens planejados foram alcançados, permitindo a análise do desenvolvimento dos alunos na construção dos saberes. Apresentamos, neste material, um exemplo de como o professor pode montar essa ficha e as rubricas que podem ser utilizadas nesse tipo de avaliação.

É importante ter em mente que a avaliação não deve ser entendida como um fim em si mesma, mas como uma das muitas ferramentas a serviço da compreensão dos avanços e das necessidades de cada aluno, respeitando os diferentes ritmos de aprendizagem A avaliação também é um importante instrumento para a prática do professor, ajudando-o na elaboração de novas estratégias e intervenções conscientes que vão servir para remediar as possíveis defasagens dos alunos. Já para os gestores, a avaliação é referencial na adoção de medidas na área de serviços, currículo e apoio escolar.

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os mesmos parâmetros. 100
sob

Ficha de avaliação diagnóstica

Professor(a):

Turma:

Sugestão de critérios de avaliação

C = consolidado (aluno faz sozinho); PC = em processo de consolidação (aluno precisa de apoio de um mediador); NC = necessita ser consolidado (aluno não consegue realizar a atividade proposta)

Ficha de avaliação diagnóstica – Parte I

Análise linguística/semiótica (ortografização)

Aluno(a) Morfossintaxe Morfologia Forma de composição de textos poéticos

Leitura/escuta (compartilhada e autônoma)

Compreensão em leitura

Estratégia de leitura

Decodificação/Fluência de leitura

Compreensão Textos dramáticos

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Professor(a):

Turma:

Sugestão de critérios de avaliação

C = consolidado (aluno faz sozinho); PC = em processo de consolidação (aluno precisa de apoio de um mediador);

NC = necessita ser consolidado (aluno não consegue realizar a atividade proposta)

Ficha de avaliação diagnóstica – Parte II

Produção de textos (escrita compartilhada e autônoma)

Oralidade

Aluno(a) Planejamento de textos Revisão de textos Edição de textos Características da conversação espontânea

Escuta de textos orais

Compreensão de textos orais

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Ficha de acompanhamento das aprendizagens

Professor(a):

Turma:

Aluno(a):

Sugestão de critérios de avaliação

C = consolidado (aluno faz sozinho); PC = em processo de consolidação (aluno precisa de apoio de um mediador); NC = necessita ser consolidado (aluno não consegue realizar a atividade proposta)

Ficha de acompanhamento das aprendizagens

Habilidades

Legenda

AD = avaliação diagnóstica; AP = avaliação de processo; AR = avaliação de resultados.

(EF15LP01) Identificar a função social de textos que circulam em campos da vida social dos quais participa cotidianamente (a casa, a rua, a comunidade, a escola) e nas mídias impressa, de massa e digital, reconhecendo para que foram produzidos, onde circulam, quem os produziu e a quem se destinam.

(EF15LP02) Estabelecer expectativas em relação ao texto que vai ler (pressuposições antecipadoras dos sentidos, da forma e da função social do texto), apoiando-se em seus conhecimentos prévios sobre as condições de produção e recepção desse texto, o gênero, o suporte e o universo temático, bem como sobre saliências textuais, recursos gráficos, imagens, dados da própria obra (índice, prefácio etc.), confirmando antecipações e inferências realizadas antes e durante a leitura de textos, checando a adequação das hipóteses realizadas.

(EF15LP03) Localizar informações explícitas em textos.

(EF15LP04) Identificar o efeito de sentido produzido pelo uso de recursos expressivos gráfico-visuais em textos multissemióticos.

(EF15LP05) Planejar, com a ajuda do professor, o texto que será produzido, considerando a situação comunicativa, os interlocutores (quem escreve/para quem escreve); a finalidade ou o propósito (escrever para quê); a circulação (onde o texto vai circular); o suporte (qual é o portador do texto); a linguagem, organização e forma do texto e seu tema, pesquisando em meios impressos ou digitais, sempre que for preciso, informações necessárias à produção do texto, organizando em tópicos os dados e as fontes pesquisadas.

(EF15LP06) Reler e revisar o texto produzido com a ajuda do professor e a colaboração dos colegas, para corrigi-lo e aprimorá-lo, fazendo cortes, acréscimos, reformulações, correções de ortografia e pontuação.

(EF15LP07) Editar a versão final do texto, em colaboração com os colegas e com a ajuda do professor, ilustrando, quando for o caso, em suporte adequado, manual ou digital.

(EF15LP08) Utilizar software , inclusive programas de edição de texto, para editar e publicar os textos produzidos, explorando os recursos multissemióticos disponíveis.

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AD AP AR Observações

(EF15LP09) Expressar-se em situações de intercâmbio oral com clareza, preocupando-se em ser compreendido pelo interlocutor e usando a palavra com tom de voz audível, boa articulação e ritmo adequado.

(EF15LP10) Escutar, com atenção, falas de professores e colegas, formulando perguntas pertinentes ao tema e solicitando esclarecimentos sempre que necessário.

(EF15LP11) Reconhecer características da conversação espontânea presencial, respeitando os turnos de fala, selecionando e utilizando, durante a conversação, formas de tratamento adequadas, de acordo com a situação e a posição do interlocutor.

(EF15LP12) Atribuir significado a aspectos não linguísticos (paralinguísticos) observados na fala, como direção do olhar, riso, gestos, movimentos da cabeça (de concordância ou discordância), expressão corporal, tom de voz.

(EF15LP13) Identificar finalidades da interação oral em diferentes contextos comunicativos (solicitar informações, apresentar opiniões, informar, relatar experiências etc.).

(EF15LP14) Construir o sentido de histórias em quadrinhos e tirinhas, relacionando imagens e palavras e interpretando recursos gráficos (tipos de balões, de letras, onomatopeias).

(EF15LP15) Reconhecer que os textos literários fazem parte do mundo do imaginário e apresentam uma dimensão lúdica, de encantamento, valorizando-os, em sua diversidade cultural, como patrimônio artístico da humanidade.

(EF15LP16) Ler e compreender, em colaboração com os colegas e com a ajuda do professor e, mais tarde, de maneira autônoma, textos narrativos de maior porte como contos (populares, de fadas, acumulativos, de assombração etc.) e crônicas.

(EF15LP17) Apreciar poemas visuais e concretos, observando efeitos de sentido criados pelo formato do texto na página, distribuição e diagramação das letras, pelas ilustrações e por outros efeitos visuais.

(EF15LP18) Relacionar texto com ilustrações e outros recursos gráficos

(EF15LP19) Recontar oralmente, com e sem apoio de imagem, textos literários lidos pelo professor.

(EF35LP01) Ler e compreender, silenciosamente e, em seguida, em voz alta, com autonomia e fluência, textos curtos com nível de textualidade adequado.

(EF35LP02) Selecionar livros da biblioteca e/ou do cantinho de leitura da sala de aula e/ou disponíveis em meios digitais para leitura individual, justificando a escolha e compartilhando com os colegas sua opinião, após a leitura.

(EF35LP03) Identificar a ideia central do texto, demonstrando compreensão global.

(EF35LP04) Inferir informações implícitas nos textos lidos.

(EF35LP05) Inferir o sentido de palavras ou expressões desconhecidas em textos, com base no contexto da frase ou do texto.

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(EF35LP06) Recuperar relações entre partes de um texto, identificando substituições lexicais (de substantivos por sinônimos) ou pronominais (uso de pronomes anafóricos – pessoais, possessivos, demonstrativos) que contribuem para a continuidade do texto.

(EF35LP07) Utilizar, ao produzir um texto, conhecimentos linguísticos e gramaticais, tais como ortografia, regras básicas de concordância nominal e verbal, pontuação (ponto-final, ponto de exclamação, ponto de interrogação, vírgulas em enumerações) e pontuação do discurso direto, quando for o caso.

(EF35LP08) Utilizar, ao produzir um texto, recursos de referenciação (por substituição lexical ou por pronomes pessoais, possessivos e demonstrativos), vocabulário apropriado ao gênero, recursos de coesão pronominal (pronomes anafóricos) e articuladores de relações de sentido (tempo, causa, oposição, conclusão, comparação), com nível suficiente de informatividade.

(EF35LP09) Organizar o texto em unidades de sentido, dividindo-o em parágrafos segundo as normas gráficas e de acordo com as características do gênero textual.

(EF35LP10) Identificar gêneros do discurso oral, utilizados em diferentes situações e contextos comunicativos, e suas características linguístico-expressivas e composicionais (conversação espontânea, conversação telefônica, entrevistas pessoais, entrevistas no rádio ou na TV, debate, noticiário de rádio e TV, narração de jogos esportivos no rádio e TV, aula, debate etc.).

(EF35LP11) Ouvir gravações, canções, textos falados em diferentes variedades linguísticas, identificando características regionais, urbanas e rurais da fala e respeitando as diversas variedades linguísticas como características do uso da língua por diferentes grupos regionais ou diferentes culturas locais, rejeitando preconceitos linguísticos.

(EF35LP12) Recorrer ao dicionário para esclarecer dúvida sobre a escrita de palavras, especialmente no caso de palavras com relações irregulares fonema-grafema.

(EF35LP13) Memorizar a grafia de palavras de uso frequente nas quais as relações fonema-grafema são irregulares e com h inicial que não representa fonema.

(EF35LP14) Identificar em textos e usar na produção textual pronomes pessoais, possessivos e demonstrativos, como recurso coesivo anafórico.

(EF35LP15) Opinar e defender ponto de vista sobre tema polêmico relacionado a situações vivenciadas na escola e/ou na comunidade, utilizando registro formal e estrutura adequada à argumentação, considerando a situação comunicativa e o tema/assunto do texto.

(EF35LP16) Identificar e reproduzir, em notícias, manchetes, lides e corpo de notícias simples para público infantil e cartas de reclamação (revista infantil), digitais ou impressos, a formatação e diagramação específica de cada um desses gêneros, inclusive em suas versões orais.

(EF35LP17) Buscar e selecionar, com o apoio do professor, informações de interesse sobre fenômenos sociais e naturais, em textos que circulam em meios impressos ou digitais.

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a criação de obra derivada com fins
desde que seja
crédito autoral e as criações sejam licenciadas sob os

(EF35LP18) Escutar, com atenção, apresentações de trabalhos realizadas por colegas, formulando perguntas pertinentes ao tema e solicitando esclarecimentos sempre que necessário.

(EF35LP19) Recuperar as ideias principais em situações formais de escuta de exposições, apresentações e palestras.

(EF35LP20) Expor trabalhos ou pesquisas escolares, em sala de aula, com apoio de recursos multissemióticos (imagens, diagrama, tabelas etc.), orientando-se por roteiro escrito, planejando o tempo de fala e adequando a linguagem à situação comunicativa.

(EF35LP21) Ler e compreender, de forma autônoma, textos literários de diferentes gêneros e extensões, inclusive aqueles sem ilustrações, estabelecendo preferências por gêneros, temas, autores.

(EF35LP22) Perceber diálogos em textos narrativos, observando o efeito de sentido de verbos de enunciação e, se for o caso, o uso de variedades linguísticas no discurso direto.

(EF35LP23) Apreciar poemas e outros textos versificados, observando rimas, aliterações e diferentes modos de divisão dos versos, estrofes e refrões e seu efeito de sentido.

(EF35LP24) Identificar funções do texto dramático (escrito para ser encenado) e sua organização por meio de diálogos entre personagens e marcadores das falas das personagens e de cena.

(EF35LP25) Criar narrativas ficcionais, com certa autonomia, utilizando detalhes descritivos, sequências de eventos e imagens apropriadas para sustentar o sentido do texto, e marcadores de tempo, espaço e de fala de personagens.

(EF35LP26) Ler e compreender, com certa autonomia, narrativas ficcionais que apresentem cenários e personagens, observando os elementos da estrutura narrativa: enredo, tempo, espaço, personagens, narrador e a construção do discurso indireto e discurso direto.

(EF35LP27) Ler e compreender, com certa autonomia, textos em versos, explorando rimas, sons e jogos de palavras, imagens poéticas (sentidos figurados) e recursos visuais e sonoros.

(EF35LP28) Declamar poemas, com entonação, postura e interpretação adequadas.

(EF35LP29) Identificar, em narrativas, cenário, personagem central, conflito gerador, resolução e o ponto de vista com base no qual histórias são narradas, diferenciando narrativas em primeira e terceira pessoas.

(EF35LP30) Diferenciar discurso indireto e discurso direto, determinando o efeito de sentido de verbos de enunciação e explicando o uso de variedades linguísticas no discurso direto, quando for o caso.

(EF35LP31) Identificar, em textos versificados, efeitos de sentido decorrentes do uso de recursos rítmicos e sonoros e de metáforas.

(EF05LP01) Grafar palavras utilizando regras de correspondência fonema-grafema regulares, contextuais e morfológicas e palavras de uso frequente com correspondências irregulares.

(EF05LP02) Identificar o caráter polissêmico das palavras (uma mesma palavra com diferentes significados, de acordo com o contexto de uso),

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comparando o significado de determinados termos utilizados nas áreas científicas com esses mesmos termos utilizados na linguagem usual.

(EF05LP03) Acentuar corretamente palavras oxítonas, paroxítonas e proparoxítonas.

(EF05LP04) Diferenciar, na leitura de textos, vírgula, ponto e vírgula, dois-pontos e reconhecer, na leitura de textos, o efeito de sentido que decorre do uso de reticências, aspas, parênteses.

(EF05LP05) Identificar a expressão de presente, passado e futuro em tempos verbais do modo indicativo.

(EF05LP06) Flexionar, adequadamente, na escrita e na oralidade, os verbos em concordância com pronomes pessoais/nomes sujeitos da oração.

(EF05LP07) Identificar, em textos, o uso de conjunções e a relação que estabelecem entre partes do texto: adição, oposição, tempo, causa, condição, finalidade.

(EF05LP08) Diferenciar palavras primitivas, derivadas e compostas, e derivadas por adição de prefixo e de sufixo.

(EF05LP09) Ler e compreender, com autonomia, textos instrucional de regras de jogo, dentre outros gêneros do campo da vida cotidiana, de acordo com as convenções do gênero e considerando a situação comunicativa e a finalidade do texto.

(EF05LP10) Ler e compreender, com autonomia, anedotas, piadas e cartuns, dentre outros gêneros do campo da vida cotidiana, de acordo com as convenções do gênero e considerando a situação comunicativa e a finalidade do texto.

(EF05LP11) Registrar, com autonomia, anedotas, piadas e cartuns, dentre outros gêneros do campo da vida cotidiana, de acordo com as convenções do gênero e considerando a situação comunicativa e a finalidade do texto.

(EF05LP12) Planejar e produzir, com autonomia, textos instrucionais de regras de jogo, dentre outros gêneros do campo da vida cotidiana, de acordo com as convenções do gênero e considerando a situação comunicativa e a finalidade do texto.

(EF05LP13) Assistir, em vídeo digital, a postagem de vloginfantil de críticas de brinquedos e livros de literatura infantil e, a partir dele, planejar e produzir resenhas digitais em áudio ou vídeo.

(EF05LP14) Identificar e reproduzir, em textos de resenha crítica de brinquedos ou livros de literatura infantil, a formatação própria desses textos (apresentação e avaliação do produto).

(EF05LP15) Ler/assistir e compreender, com autonomia, notícias, reportagens, vídeos em vlogsargumentativos, dentre outros gêneros do campo político-cidadão, de acordo com as convenções dos gêneros e considerando a situação comunicativa e o tema/assunto do texto.

(EF05LP16) Comparar informações sobre um mesmo fato veiculadas em diferentes mídias e concluir sobre qual é mais confiável e por quê.

(EF05LP17) Produzir roteiro para edição de uma reportagem digital sobre temas de interesse da turma, a partir de buscas de informações, imagens, áudios e vídeos na internet, de acordo com as convenções do gênero e considerando a situação comunicativa e o tema/assunto do texto.

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(EF05LP18) Roteirizar, produzir e editar vídeo para vlogsargumentativos sobre produtos de mídia para público infantil (filmes, desenhos animados, HQs, gamesetc.), com base em conhecimentos sobre os mesmos, de acordo com as convenções do gênero e considerando a situação comunicativa e o tema/assunto/finalidade do texto.

(EF05LP19) Argumentar oralmente sobre acontecimentos de interesse social, com base em conhecimentos sobre fatos divulgados em TV, rádio, mídia impressa e digital, respeitando pontos de vista diferentes.

(EF05LP20) Analisar a validade e força de argumentos em argumentações sobre produtos de mídia para público infantil (filmes, desenhos animados, HQs, gamesetc.), com base em conhecimentos sobre os mesmos.

(EF05LP21) Analisar o padrão entonacional, a expressão facial e corporal e as escolhas de variedade e registro linguísticos de vloggersde vlogs opinativos ou argumentativos.

(EF05LP22) Ler e compreender verbetes de dicionário, identificando a estrutura, as informações gramaticais (significado de abreviaturas) e as informações semânticas.

(EF05LP23) Comparar informações apresentadas em gráficos ou tabelas.

(EF05LP24) Planejar e produzir texto sobre tema de interesse, organizando resultados de pesquisa em fontes de informação impressas ou digitais, incluindo imagens e gráficos ou tabelas, considerando a situação comunicativa e o tema/assunto do texto.

(EF05LP25) Planejar e produzir, com certa autonomia, verbetes de dicionário, digitais ou impressos, considerando a situação comunicativa e o tema/assunto/finalidade do texto.

(EF05LP26) Utilizar, ao produzir o texto, conhecimentos linguísticos e gramaticais: regras sintáticas de concordância nominal e verbal, convenções de escrita de citações, pontuação (ponto-final, dois-pontos, vírgulas em enumerações) e regras ortográficas.

(EF05LP27) Utilizar, ao produzir o texto, recursos de coesão pronominal (pronomes anafóricos) e articuladores de relações de sentido (tempo, causa, oposição, conclusão, comparação), com nível adequado de informatividade.

(EF05LP28) Observar, em ciberpoemas e minicontos infantis em mídia digital, os recursos multissemióticos presentes nesses textos digitais.

Competências específicas de Língua Portuguesa para o Ensino Fundamental AD AP AR Observações

1. Compreender a língua como fenômeno cultural, histórico, social, variável, heterogêneo e sensível aos contextos de uso, reconhecendo-a como meio de construção de identidades de seus usuários e da comunidade a que pertencem.

2. Apropriar-se da linguagem escrita, reconhecendo-a como forma de interação nos diferentes campos de atuação da vida social e utilizando-a para ampliar suas possibilidades de participar da cultura letrada, de construir conhecimentos (inclusive escolares) e de se envolver com maior autonomia e protagonismo na vida social.

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3. Ler, escutar e produzir textos orais, escritos e multissemióticos que circulam em diferentes campos de atuação e mídias, com compreensão, autonomia, fluência e criticidade, de modo a se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos, e continuar aprendendo.

4. Compreender o fenômeno da variação linguística, demonstrando atitude respeitosa diante de variedades linguísticas e rejeitando preconceitos linguísticos.

5. Empregar, nas interações sociais, a variedade e o estilo de linguagem adequados à situação comunicativa, ao(s) interlocutor(es) e ao gênero do discurso/gênero textual.

6. Analisar informações, argumentos e opiniões manifestados em interações sociais e nos meios de comunicação, posicionando-se ética e criticamente em relação a conteúdos discriminatórios que ferem direitos humanos e ambientais.

7. Reconhecer o texto como lugar de manifestação e negociação de sentidos, valores e ideologias.

8. Selecionar textos e livros para leitura integral, de acordo com objetivos, interesses e projetos pessoais (estudo, formação pessoal, entretenimento, pesquisa, trabalho etc.).

9. Envolver-se em práticas de leitura literária que possibilitem o desenvolvimento do senso estético para fruição, valorizando a literatura e outras manifestações artístico-culturais como formas de acesso às dimensões lúdicas, de imaginário e encantamento, reconhecendo o potencial transformador e humanizador da experiência com a literatura.

10. Mobilizar práticas da cultura digital, diferentes linguagens, mídias e ferramentas digitais para expandir as formas de produzir sentidos (nos processos de compreensão e produção), aprender e refletir sobre o mundo e realizar diferentes projetos autorais.

Competências gerais da Educação Básica

1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.

2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas.

3. Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural.

4. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo.

5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas

AD AP AR Observações

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práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.

6. Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade.

7. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.

8. Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo-se na diversidade humana e reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas.

9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.

10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.

Componentes essenciais para a alfabetização AD AP AR Observações

Conhecimento alfabético

Consciência fonológica e fonêmica

Compreensão de textos

Fluência em leitura oral

Desenvolvimento de vocabulário

Produção de escrita

RECURSO EDUCACIONAL DIGITAL Material disponibilizado em licença aberta do tipo Creative Commons – Atribuição não comercial (CC BY NC – 4.0 International). Permitida
não comerciais,
que seja atribuído
criações
licenciadas
mesmos parâmetros. 110
a criação de obra derivada com fins
desde
crédito autoral e as
sejam
sob os

Ficha de verificação de resultados

Professor(a):

Turma:

Sugestão de critérios de avaliação

C = consolidado (aluno faz sozinho); PC = em processo de consolidação (aluno precisa de apoio de um mediador); NC = necessita ser consolidado (aluno não consegue realizar a atividade proposta)

Ficha de verificação de resultados – Parte I

Objetivos de aprendizagem

Aluno(a) Ler com clareza e expressividade

Relembrar as classes gramaticais substantivo, adjetivo e advérbio

Identificar as características de um texto teatral

Valorizar a tradição oral da literatura popular

Reconhecer prefixos e sufixos como partículas formadoras de palavras

Produzir um texto para expor os temas socioambientais à comunidade escolar

Atribuição não comercial (CC BY NC – 4.0 International). Permitida a criação de obra derivada com fins não comerciais, desde que seja atribuído crédito autoral e as criações sejam licenciadas sob os mesmos parâmetros.

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Professor(a):

Turma:

Sugestão de critérios de avaliação

C = consolidado (aluno faz sozinho); PC = em processo de consolidação (aluno precisa de apoio de um mediador);

NC = necessita ser consolidado (aluno não consegue realizar a atividade proposta)

Ficha de verificação de resultados – Parte II

Objetivos de aprendizagem

Aluno(a) Perceber as principais características que diferenciam uma reportagem e uma notícia

Identificar verbos e tempos verbais em textos

Conhecer as características do gênero textual crônica

Estudar a estrutura de textos do gênero ficção científica

Estabelecer concordância verbal

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Ficha de acompanhamento do desenvolvimento de competências socioemocionais

Ficha de acompanhamento do desenvolvimento de competências socioemocionais

Professor(a):

Turma:

Período:

Competências socioemocionais Sempre Frequentemente Raramente Nunca

Determinação

Foco

Organização

Persistência

Responsabilidade

Empatia

Respeito

Confiança

Tolerância ao estresse

Autoconfiança

Tolerância à frustração

Iniciativa social

Assertividade

Entusiasmo

Curiosidade para aprender

Imaginação criativa

Interesse artístico

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Catálogo dos audiovisuais

É comum os alunos chegarem ao ambiente escolar familiarizados com a cultura do audiovisual. Conhecem vídeos e áudios que entretêm e ensinam, apreciando-os sozinhos ou com a família. O uso desses recursos, em sala de aula, aproxima o processo de ensino-aprendizagem das linguagens, do cotidiano e do repertório cultural dos alunos. O professor, ao compartilhar desse ambiente afetivo-cultural com a turma, pode propor aulas proveitosas e diversificadas.

Para que os professores incluam os audiovisuais em suas aulas com efetividade, é importante que a escola disponha de equipamentos e recursos adequados e que os audiovisuais estejam integrados aos objetivos de aprendizagem propostos. Devem ser utilizados para enriquecer a prática pedagógica e facilitar o aprendizado dos conteúdos curriculares pretendidos, não significando momentos de relaxamento ou distração.

O uso de audiovisuais também pode ajudar o professor a coletar dados sobre os alunos, identificar aspectos críticos ao desenvolvimento deles, planejar etapas seguintes do processo de ensino-aprendizagem e a perceber como reagem a instruções e orientações.

Recomenda-se que o professor assista ao audiovisual ou ouça-o previamente para identificar as potencialidades para o processo de ensino-aprendizagem que ele oferece. É importante interromper a exibição desses materiais sempre que precisar fazer intervenções, comentários, explicações e interpretações para que os alunos compreendam a ideia fundamental do audiovisual. Podem ser montados esquemas na lousa ou o professor pode citar frases desses materiais para mediar discussões sobre o tema com a turma.

Neste Recurso Educacional Digital, apresentamos orientações e possibilidades de trabalho com os audiovisuais que compõem a coletânea que acompanha esta coleção. Ressaltamos que todas as propostas de atividades oferecidas são sugestões que podem ser adaptadas de acordo com as características das turmas, as diferentes realidades escolares e os objetivos educacionais dos professores, sendo uma ferramenta para complementar e aprofundar o trabalho com outros materiais.

RECURSO EDUCACIONAL DIGITAL Material disponibilizado em licença aberta do tipo Creative Commons – Atribuição não comercial (CC BY NC – 4.0 International). Permitida a criação de obra derivada com fins não comerciais, desde que seja atribuído crédito autoral e as criações sejam licenciadas sob os mesmos parâmetros. 114

Audiovisuais da coletânea

Relação de audiovisuais da coletânea

Título do audiovisual Descrição Objetivos de aprendizagem Conteúdos abordados

Explorando o universo do cordel

Vídeo sobre o gênero textual cordel e a técnica da xilogravura.

Desenvolver e aprimorar a habilidade de leitura.

Aprimorar a fluência na leitura. Ampliar os conhecimentos sobre o gênero textual cordel.

Características do gênero textual cordel

A folha mágica e o teatro de sombras

Vídeo sobre teatro de sombras.

Desenvolver e aprimorar a habilidade de leitura.

Aprimorar a compreensão de textos.

Retomar os conhecimentos sobre texto instrucional

Teatro de sombras. Características do texto instrucional. Situação comunicativa e finalidade do texto instrucional.

Prática de escrita independente.

Sobrevivência do ser humano fora da Terra: possibilidade ou utopia?

Vídeo sobre a possibilidade de sobrevivência do ser humano fora da Terra.

Rios voadores Vídeo sobre rios voadores.

Aprimorar a compreensão de textos.

Produzir uma história de ficção científica.

Características de alguns planetas do Sistema Solar.

Prática de escrita independente.

O descarte de resíduos sólidos é um problemão!

Vídeo sobre a produção e o descarte de resíduos sólidos e seus impactos ambientais.

Conhecer os rios voadores. Aprimorar a habilidade de pesquisa.

Trabalhar a compreensão de textos.

Retomar os conhecimentos sobre texto de divulgação científica.

Compreender os impactos ambientais gerados pela produção e descarte de resíduos.

Conhecer algumas medidas para lidar com a problemática dos resíduos sólidos.

Reconhecer a importância socioambiental da reciclagem de resíduos sólidos.

Organizar uma roda de conversa sobre os impactos ambientais da produção e do

Rios voadores. Características do texto de divulgação científica.

Situação comunicativa e finalidade do texto de divulgação científica Prática de escrita independente.

Impactos ambientais gerados pela produção e descarte de resíduos. Medidas para lidar com os impactos ambientais dos resíduos sólidos.

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descarte de resíduos sólidos e as ações que podem ser adotadas em casa, na escola e na comunidade para lidar com essa questão.

Orientações para o uso dos audiovisuais

Audiovisual: Explorando o universo do cordel

Neste audiovisual, o gênero textual cordel é apresentado aos alunos por meio da contação da história de sua origem. Os alunos também serão apresentados ao desenvolvimento da Literatura de Cordel no Brasil, em especial na região Nordeste, e aprenderão sobre o repente e as gravuras feitas com a técnica da xilogravura. Os objetivos deste audiovisual são ampliar o repertório cultural dos alunos e trabalhar a consciência de rimas, a identificação de estruturas de texto e a fluência em leitura oral.

Sugestões de atividade

Antes da exibição do audiovisual, propor aos alunos:

1. Converse com seus colegas sobre os tópicos a seguir:

a. Vocês sabem o que é um cordel?

b. Já leram algum texto de cordel? Como ele era?

c. Vocês já viram uma xilogravura? Onde? O que mais chamou a atenção nessa imagem?

Nesse primeiro momento, estimular os alunos a responderem livremente, ativando os conhecimentos prévios. Anotar na lousa os apontamentos dos alunos para retomar a discussão posteriormente. Caso algum aluno mencione texto que não seja cordel, anotar o título na lousa e, após a exibição do audiovisual, explicar por que não se trata de um cordel Aproveitar para mapear o que os alunos sabem sobre a técnica de xilogravura, explorando os conhecimentos culturais prévios

Depois da exibição do audiovisual, trabalhar com os alunos:

1. Escolha a resposta correta para cada pergunta a seguir.

a. Qual é a possível origem da Literatura de Cordel?

( ) Portugal.

( ) Espanha.

( ) França.

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Resposta: Portugal.

b Em qual região do Brasil a Literatura de Cordel é muito presente?

( ) Região Sudeste.

( ) Região Centro-Oeste.

( ) Região Nordeste.

Resposta: Região Nordeste.

c. Como se chama a cantoria tradicional que traz histórias dos costumes e do cotidiano de um lugar e que influenciou a Literatura de Cordel no Brasil?

( ) Carimbó

( ) Repente.

( ) Xaxado

Resposta: Repente.

d Como se chama a técnica usada para as gravuras que acompanham os cordéis?

( ) Xilogravura

( ) Arte naïf

( ) Colagem

Resposta: Xilogravura

2. Os trovadores foram figuras muito importantes para a origem da Literatura de Cordel.

a. Sobre quais temas os trovadores cantavam?

Espera-se que os alunos respondam que os trovadores cantavam sobre a vida cotidiana de uma região, falando sobre folclore, religião, política e romances.

b. Por que os poemas cantados pelos trovadores eram uma estratégia de comunicação útil para a época?

Porque a maior parte da população era analfabeta, ou seja, não sabia ler nem escrever.

c Como a Literatura de Cordel recebeu esse nome?

Espera-se que os alunos respondam que, após o desenvolvimento das técnicas de impressão, os poemas cantados pelos trovadores passaram a ser impressos e vendidos pendurados em cordas, o que levou os portugueses a chamá-los de cordéis.

d. Quais foram as duas maiores influências que a Literatura de Cordel recebeu no Brasil?

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Espera-se que os alunos respondam que as duas grandes influências foram os repentes nordestinos e as gravuras feitas com técnica de xilogravura

3. Leia com atenção o trecho do cordel a seguir.

Branca de Neve e o Soldado Guerreiro

Um grande historiador narrava um fato importante que entre todos os fatos foi o mais interessante sobre a vida de um soldado e o reino de um gigante

O fato é como a história da Lâmpada de Aladim a pessoa se deleita lendo a obra até o fim a história tem o que ver o escritor narra assim:

Havia na Ásia Maior um habitante troiano que tinha todas as famas dum grande republicano esse velho tinha um filho chamado Veridiano

ATHAYDE, João Martins de BrancadeNeveeoSoldadoGuerreiro. Disponível em: http://digitalizacao.fundaj.gov.br/fundaj2/modules/visualizador/i/ult_frame.php?cod=1164 Acesso em: 21 dez. 2021.

a. Nesse trecho do cordel, indique o número de:

• estrofes

Há três estrofes.

• versos.

Há 18 versos.

b. Como se chama uma estrofe formada por seis versos?

Espera-se que os alunos respondam que as estrofes formadas por seis versos se chamam sextilhas.

c. Pinte da mesma cor as palavras que rimam nos versos.

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Espera-se que os alunos pintem: na primeira estrofe – importante, interessante e gigante; na segunda estrofe – Aladim, fim e assim; na terceira estrofe – troiano, republicano e Veridiano.

d. Em quais versos desse trecho do cordel há rimas?

Espera-se que os alunos respondam que as rimas se encontram nos versos pares (2º, 4º e 6º) de cada estrofe.

Audiovisual: A folha mágica e o teatro de sombras

Neste audiovisual, o gênero teatro de sombras é apresentado aos alunos por meio de uma contação de história. Os alunos também serão apresentados ao texto instrucional de montagem de um teatro de sombras, trabalhando a habilidade de leitura e a compreensão de textos instrucionais, sua situação comunicativa, finalidade e estrutura.

Sugestões de atividade

Antes da exibição do audiovisual, propor aos alunos:

1. Em pequenos grupos, discutam os tópicos a seguir.

a. Vocês conhecem o teatro de sombras?

b. O que é diferente nesse tipo de teatro?

c. Vocês imaginam como uma peça de teatro de sombras é montada?

Nesse primeiro momento, estimular os alunos a responderem livremente, ativando os conhecimentos prévios e levantando hipóteses com base em pistas lexicais, como a palavra SOMBRAS. Anotar na lousa os apontamentos dos alunos para retomar a discussão posteriormente Aproveitar para mapear os conhecimentos sobre o gênero texto instrucional ao instigá-los a pensar em um passo a passo para a montagem de uma peça de teatro de sombras

Depois da exibição do audiovisual, trabalhar com os alunos:

1. Responda às questões a seguir sobre a história "Folha mágica".

a. Quem é a personagem principal dessa história?

A folha.

b Qual é a história apresentada pelo teatro de sombras?

Uma folha se desprende da árvore depois de um vento forte e vai parar em uma casinha, na qual encontra uma poção mágica que a faz dormir por 100 anos. Quando acorda, percebe que se transformou em uma enorme árvore, cujas folhas também mergulham na poção mágica e se transformam em outras árvores, criando uma poderosa floresta.

c. Como a poção transformou a folha em uma folha mágica?

A poção transformou a folha em uma enorme árvore.

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d No final da história, por que as folhas não se perderiam, mesmo caso se soltassem das árvores?

Porque as árvores haviam construído uma grande comunidade acolhedora (floresta), com fortes raízes.

2. Sobre o teatro de sombras, responda:

a. Como os elementos da história "Folha mágica" foram representados?

Espera-se que os alunos respondam que os elementos que ilustram a história foram representados pela manipulação de suas silhuetas (sombras), conforme a narração da história transcorria

b. Quais são as diferenças entre o teatro de sombras e o teatro convencional?

Espera-se que os alunos indiquem que, no teatro convencional, a história é contada por meio da interação e de diálogos entre atores que interpretam as personagens da história; já no teatro de sombras, a história é apresentada ao público por meio de sombras e silhuetas que representam os elementos e personagens da narrativa

c O que você considera mais interessante no teatro de sombras? Por quê?

Respostas pessoais.

3. Leia com atenção o passo a passo para fazer um teatro de sombras.

Você vai precisar dos seguintes materiais:

• uma caixa de papelão média;

• uma tesoura com pontas arredondadas;

• palitos de sorvete, gravetos ou lápis;

• uma régua;

• uma folha de papel-cartão preta;

• fita adesiva;

• cola;

• uma folha de papel-manteiga ou papel vegetal;

• uma lanterna, luminária ou abajur

Agora, mãos à obra!

Primeiro, marque o fundo da caixa com uma margem de dois centímetros em cada lado. Em seguida, recorte o espaço demarcado, retirando o fundo da caixa. Nesse momento, peça a ajuda de um adulto. Na sequência, cole na parte interna da caixa o papel-manteiga ou vegetal. Depois, posicione o abajur ou a luminária de maneira que a luz fique direcionada para dentro da caixa. Agora que a estrutura está pronta, faça as personagens. Para isso, desenhe no verso do papel-cartão cada personagem de sua

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história. Recorte-as com a tesoura de pontas arredondadas e, com uma fita adesiva, afixe o recorte no palito de sorvete.

a. Como esse texto está organizado?

O texto está organizado em duas partes, uma com os materiais e outra com as instruções do passo a passo.

b. Antes de seguir as instruções, é preciso estar com todos os materiais disponíveis?

Por quê?

Sim, pois a montagem dos elementos para o teatro de sombras só pode ser realizada com o uso de todos os materiais descritos na parte materiais necessários. Além disso, facilita o desenvolvimento das instruções ter tudo de que é preciso antes de iniciar a montagem

c O que as palavras MARQUE, RECORTE, COLE e DESENHE indicam?

( ) Um conselho.

( ) Uma orientação.

Resposta: Uma orientação.

4. Sobre o texto instrucional, para que ele serve e quem o lê?

Espera-se que os alunos respondam que serve para orientar como realizar ou montar alguma coisa, indicando os materiais necessários para aquela atividade e as etapas que devem ser efetuadas para que se consiga o objetivo final O texto instrucional, portanto, é lido por pessoas interessadas em saber como realizar experimentos, preparar receitas, utilizar remédios, montar objetos etc.

Audiovisual: Sobrevivência do ser humano fora da

Terra: possibilidade ou utopia?

Neste audiovisual, os alunos serão convidados a refletirem sobre o Sistema Solar e sobre a possibilidade de o ser humano sobreviver fora da Terra. A partir dessas reflexões, eles vão retomar o gênero história de ficção científica e escrever uma narrativa.

Sugestões de atividade

Antes da exibição do audiovisual, propor aos alunos:

1. Vocês acham possível o ser humano viver fora do planeta Terra?

Resposta pessoal Nesse primeiro momento, estimular os alunos a responderem livremente, despertando a curiosidade da turma para o vídeo que vão assistir.

Depois da exibição do audiovisual, trabalhar com os alunos:

1. Sobre o vídeo "Sobrevivência do ser humano fora da Terra: possibilidade ou utopia?", responda:

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Atribuição não comercial (CC BY NC – 4.0 International). Permitida a criação de obra derivada com fins não comerciais, desde que seja atribuído crédito autoral e as criações sejam licenciadas sob os mesmos parâmetros.

a Qual é o assunto do vídeo?

A análise da possibilidade de o ser humano desbravar o espaço como forma de garantir a sobrevivência da humanidade.

b. Por que há pessoas convencidas de que o ser humano deve desbravar o espaço?

Porque os recursos naturais da Terra são escassos

c Quem foi responsável por levar o primeiro homem a pisar na Lua?

( ) A Agência Espacial Norte-Americana (Nasa).

( ) A Agência Espacial Soviética (Sputnik 2)

Resposta: A Agência Espacial Norte-Americana (Nasa)

d Ligue as condições naturais ao planeta que as apresenta.

• Variações bruscas de temperatura. Mercúrio.

• Pressão atmosférica baixa. Júpiter.

• Ambientes gasosos. Vênus.

Resposta: Mercúrio – Variações bruscas de temperatura; Júpiter – Ambientes gasosos; Vênus – Pressão atmosférica baixa.

e Qual planeta tem recebido a atenção dos cientistas e por quê?

Marte vem recebendo a atenção dos cientistas porque foi descoberta água estocada nas calotas polares, na forma de gelo.

f Quando a empresa Mars One pretende fazer as primeiras viagens para Marte?

Os planos indicam que as primeiras viagens devem acontecer por volta de 2025.

g. O que significa dizer que um planeta está na "zona habitável"?

Significa que o planeta apresenta condições de ter água em estado líquido.

h. O que é o novo telescópio ELT? Do que ele será capaz e qual é a sua importância?

O novo telescópio ELT será o maior olho da Terra no céu, capaz de coletar mais luz do que os telescópios existentes hoje. Acredita-se que ele revelará descobertas inimagináveis para os dias de hoje.

2. Forme dupla com um colega. Vocês vão escrever uma história de ficção científica que se passa no espaço. Para isso, sigam as orientações:

• Criem as personagens e deem nome a elas.

• Imaginem um acontecimento inicial.

• Escolham um planeta do Sistema Solar onde a história acontece.

• Planejem os aspectos científicos presentes na história.

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• Imaginem o conflito da história e como ele será resolvido.

Durante a escrita do texto, circular pela sala de aula auxiliando os alunos e solucionando eventuais dúvidas. Estimular os alunos a revisarem e reescreverem o texto, se necessário, tendo como critérios as questões a seguir, entre outros critérios que julgar pertinentes: o texto apresenta título? A história mistura ciência e elementos de ficção? Apresenta situação inicial, conflito, clímax, desfecho e finalização? Usou adjetivos para caracterizar as personagens e os lugares onde se passa a história? Evitou a repetição de termos utilizando pronomes ou outras palavras para retomar algo mencionado anteriormente? Há marcadores temporais para dar sequência aos fatos? Organizou o texto em unidades de sentido, formando os parágrafos? Utilizou regras de concordância nominal e verbal? Usou sinais de pontuação adequados ao gênero textual e à situação expressa? Escreveu corretamente as palavras? Usou tempos e modos verbais adequados?

Audiovisual: Rios voadores

Com este audiovisual, os alunos serão convidados a refletirem sobre a divulgação científica e a conhecerem os rios voadores, ou seja, cursos de água atmosféricos Eles também trabalharão as habilidades de leitura e compreensão de texto com base na exploração das informações presentes no vídeo. Além disso, ao colocar em prática uma sugestão de atividade de pesquisa, os alunos vão produzir um texto de divulgação científica.

Sugestões de atividade

Antes da exibição do audiovisual, propor aos alunos:

1. Forme dupla com um colega e conversem sobre os tópicos a seguir:

a. Vocês gostam de aprender coisas novas? Resposta pessoal.

b. Onde é possível encontrar pesquisas científicas?

Espera-se que os alunos indiquem livros científicos, enciclopédias, revistas especializadas, jornais, sitesda internet, canais e vídeos na televisão, plataformas digitais etc.

c. Vocês sabem o que são rios voadores? Imaginam qual é a importância desses rios para o equilíbrio ambiental?

Respostas pessoais Nesse primeiro momento, estimular os alunos a responderem livremente, ativando os conhecimentos prévios e levantando hipóteses sobre o que são e qual é a importância dos rios voadores. Anotar na lousa os apontamentos deles para retomar a discussão posteriormente Aproveitar para sondar o que os alunos sabem e entendem sobre textos de divulgação científica e a possível relação que têm com os rios voadores. Espera-se que a turma levante a hipótese de que seria possível saber mais sobre rios voadores lendo um artigo de divulgação científica sobre o tema.

Depois da exibição do audiovisual, trabalhar com os alunos:

1. Sobre os rios voadores, responda:

a O que são?

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São cursos de água atmosféricos.

b Como se formam os principais rios voadores do Brasil?

Formam-se das massas de vapor-d'água vindas do Oceano Atlântico, em conjunto com a evaporação da floresta.

c. Qual é o trajeto desses rios voadores?

Os ventos com umidade se deslocam do Oceano Atlântico para a Floresta Amazônica, onde absorvem a evaporação da floresta e seguem para a Cordilheira dos Andes. Como não conseguem ultrapassar a cordilheira, seguem para as regiões Centro-Oeste, Sul e Sudeste do Brasil, transformados em chuva

d Como os rios voadores influenciam os principais rios da Bacia Amazônica?

Parte dos rios voadores fica pelo caminho; nos Andes, parte do vapor-d'água se torna neve, que derrete e volta ao estado líquido. Essa água desce as montanhas e forma os córregos que abastecem as principais cabeceiras dos rios da Bacia Amazônica.

e Qual é a relação entre a preservação da Floresta Amazônica e os ciclos de chuvas no Brasil?

Resposta pessoal. Espera-se que os alunos compreendam que a Floresta Amazônica é essencial para a manutenção dos rios voadores, que são os responsáveis pelos sistemas de chuvas nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil Sua destruição afeta diretamente os sistemas de chuva no país, causando maiores períodos de seca, que têm grande impacto socioeconômico no país.

2. Pense e responda às perguntas a seguir sobre o vídeo "Rios voadores".

a. Qual é o conteúdo desse vídeo?

( ) Uma informação científica.

( ) Uma notícia.

Resposta: Uma informação científica.

b. Qual linguagem é utilizada no vídeo? Ela é de fácil compreensão?

Resposta: O vídeo apresenta linguagem formal e científica, mas de forma acessível e de fácil compreensão

c. Quais tipos de recursos são usados nesse vídeo?

O vídeo usa recursos de imagem, como mapas e fotografias das regiões e locais mencionados

d. A qual público esse vídeo se destina? Como você chegou a essa conclusão?

Espera-se que os alunos respondam que o vídeo se destina a todos que se interessam por aprender sobre ciências e curiosidades científicas e que apontem como pistas para essa conclusão a narração com linguagem acessível e amparada por suportes imagéticos que ilustram o que está sendo dito.

3. Leia um trecho da narração do vídeo "Rios voadores"

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parâmetros. 124
mesmos

Parte dos rios voadores também fica pelo caminho. Nos Andes, a maior parte do vapor se torna neve, que derrete e volta ao estado líquido. Essa água desce as montanhas, formando córregos que vão abastecer as cabeceiras dos principais rios da Bacia Amazônica, incluindo o Rio Amazonas.

a. As formas verbais destacadas estão em que tempo?

Todas as formas verbais destacadas estão no presente do indicativo

b Você saberia dizer por que os verbos foram usados nesse tempo?

Espera-se que os alunos digam que o verbo no presente do indicativo mostra que os fatos continuam verdadeiros e confiáveis

4. Forme dupla com um colega. Vocês vão escrever um artigo de divulgação científica sobre os rios voadores. Para isso, sigam as orientações:

a. O artigo de divulgação científica deve conter os itens a seguir.

• Título

• 1º parágrafo: define o tema

• 2º e 3º parágrafos: apresentam características e informações relevantes sobre o tópico

• 4º parágrafo: traz uma curiosidade ou mais sobre o assunto

b As duplas deverão realizar as seguintes tarefas

• Reunir, ler e selecionar o material de pesquisa.

• Localizar o que desejam nos materiais disponíveis e fazer as anotações. Observar as fotografias e as ilustrações e não deixar de ler as legendas.

• Combinar quem da dupla ficará encarregado de registrar a produção ou se essa função será partilhada.

• Revisar o texto em duas etapas: verificar se todas as informações selecionadas foram contempladas e se o texto está escrito de modo compreensível aos leitores.

Orientar os alunos a buscarem informações sobre rios voadores em livros, revistas e sitese a selecionarem o conteúdo que for mais interessante e relevante sobre o tema. Com essa atividade, pretende-se que os alunos discriminem informações gerais sobre o assunto e informações específicas relacionadas ao foco da pesquisa. Ressaltar a importância de tomar notas das informações consideradas mais relevantes e das referências bibliográficas do material utilizado na pesquisa. A produção de escrita é a etapa que representa o maior desafio para os alunos; portanto, orientá-los a identificar quais informações serão usadas para compor o artigo, ressaltando que não se trata de uma cópia das anotações, mas a reescrita das informações com suas próprias palavras, respeitando o caráter informativo do texto.

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Audiovisual: O descarte de resíduos sólidos é um problemão!

Este recurso audiovisual apresenta informações sobre os impactos ambientais da produção e descarte de resíduos sólidos, assim como algumas medidas para lidar com eles, além da importância socioambiental da reciclagem. Por meio desse recurso, os alunos serão estimulados a pesquisarem mais informações sobre essa temática em notícias, reportagens e textos de divulgação científica para compartilhar com os colegas em uma roda de conversa.

Sugestões de atividade

Antes da exibição do audiovisual, propor aos alunos:

1. Vocês já ouviram falar de resíduos sólidos? Sabem o que são?

Estimular os alunos a levantarem hipóteses sobre o que são os resíduos sólidos. Discutir as hipóteses levantadas e explicar aos alunos que eles vão saber mais sobre o que são esses resíduos no vídeo a que assistirão

Depois da exibição do audiovisual, trabalhar com os alunos:

1. Agora que vocês sabem o que são os resíduos sólidos e seus impactos ambientais, organizem uma roda de discussão sobre o tema, considerando as orientações a seguir

• Pesquisem em notícias, reportagens e textos de divulgação científica outros impactos da produção e do descarte dos resíduos sólidos e medidas para lidar com os impactos ambientais que causam.

• Reúnam-se em roda e apresentem os resultados das pesquisas.

• Com base nas informações pesquisadas, conversem sobre quais medidas podem ser adotadas no dia a dia em sua casa, na escola e na comunidade para lidar com esse problema.

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BNCC Competências Gerais da Educação Básica

1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.

2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas.

3. Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural.

4. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo.

5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.

6. Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade.

7. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.

9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e

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valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.

10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.

Competências específicas de Língua Portuguesa para o Ensino Fundamental

1. Compreender a língua como fenômeno cultural, histórico, social, variável, heterogêneo e sensível aos contextos de uso, reconhecendo-a como meio de construção de identidades de seus usuários e da comunidade a que pertencem.

2. Apropriar-se da linguagem escrita, reconhecendo-a como forma de interação nos diferentes campos de atuação da vida social e utilizando-a para ampliar suas possibilidades de participar da cultura letrada, de construir conhecimentos (inclusive escolares) e de se envolver com maior autonomia e protagonismo na vida social.

3. Ler, escutar e produzir textos orais, escritos e multissemióticos que circulam em diferentes campos de atuação e mídias, com compreensão, autonomia, fluência e criticidade, de modo a se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos, e continuar aprendendo.

4. Compreender o fenômeno da variação linguística, demonstrando atitude respeitosa diante de variedades linguísticas e rejeitando preconceitos linguísticos.

5. Empregar, nas interações sociais, a variedade e o estilo de linguagem adequados à situação comunicativa, ao(s) interlocutor(es) e ao gênero do discurso/gênero textual.

6. Analisar informações, argumentos e opiniões manifestados em interações sociais e nos meios de comunicação, posicionando-se ética e criticamente em relação a conteúdos discriminatórios que ferem direitos humanos e ambientais.

8. Selecionar textos e livros para leitura integral, de acordo com objetivos, interesses e projetos pessoais (estudo, formação pessoal, entretenimento, pesquisa, trabalho etc.).

9. Envolver-se em práticas de leitura literária que possibilitem o desenvolvimento do senso estético para fruição, valorizando a literatura e outras manifestações artístico-culturais como formas de acesso às dimensões lúdicas, de imaginário e encantamento, reconhecendo o potencial transformador e humanizador da experiência com a literatura.

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Habilidades comuns de 1º a 5º ano

(EF15LP01) Identificar a função social de textos que circulam em campos da vida social dos quais participa cotidianamente (a casa, a rua, a comunidade, a escola) e nas mídias impressa, de massa e digital, reconhecendo para que foram produzidos, onde circulam, quem os produziu e a quem se destinam.

(EF15LP02) Estabelecer expectativas em relação ao texto que vai ler (pressuposições antecipadoras dos sentidos, da forma e da função social do texto), apoiando-se em seus conhecimentos prévios sobre as condições de produção e recepção desse texto, o gênero, o suporte e o universo temático, bem como sobre saliências textuais, recursos gráficos, imagens, dados da própria obra (índice, prefácio etc.), confirmando antecipações e inferências realizadas antes e durante a leitura de textos, checando a adequação das hipóteses realizadas.

(EF15LP03) Localizar informações explícitas em textos.

(EF15LP05) Planejar, com a ajuda do professor, o texto que será produzido, considerando a situação comunicativa, os interlocutores (quem escreve/para quem escreve); a finalidade ou o propósito (escrever para quê); a circulação (onde o texto vai circular); o suporte (qual é o portador do texto); a linguagem, organização e forma do texto e seu tema, pesquisando em meios impressos ou digitais, sempre que for preciso, informações necessárias à produção do texto, organizando em tópicos os dados e as fontes pesquisadas.

(EF15LP06) Reler e revisar o texto produzido com a ajuda do professor e a colaboração dos colegas, para corrigi-lo e aprimorá-lo, fazendo cortes, acréscimos, reformulações, correções de ortografia e pontuação.

(EF15LP07) Editar a versão final do texto, em colaboração com os colegas e com a ajuda do professor, ilustrando, quando for o caso, em suporte adequado, manual ou digital.

(EF15LP09) Expressar-se em situações de intercâmbio oral com clareza, preocupando-se em ser compreendido pelo interlocutor e usando a palavra com tom de voz audível, boa articulação e ritmo adequado.

(EF15LP10) Escutar, com atenção, falas de professores e colegas, formulando perguntas pertinentes ao tema e solicitando esclarecimentos sempre que necessário.

(EF15LP11) Reconhecer características da conversação espontânea presencial, respeitando os turnos de fala, selecionando e utilizando, durante a conversação, formas de tratamento adequadas, de acordo com a situação e a posição do interlocutor.

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(EF15LP15) Reconhecer que os textos literários fazem parte do mundo do imaginário e apresentam uma dimensão lúdica, de encantamento, valorizando-os, em sua diversidade cultural, como patrimônio artístico da humanidade.

(EF15LP16) Ler e compreender, em colaboração com os colegas e com a ajuda do professor e, mais tarde, de maneira autônoma, textos narrativos de maior porte como contos (populares, de fadas, acumulativos, de assombração etc.) e crônicas.

Habilidades comuns de 3º a 5º ano

(EF35LP01) Ler e compreender, silenciosamente e, em seguida, em voz alta, com autonomia e fluência, textos curtos com nível de textualidade adequado.

(EF35LP03) Identificar a ideia central do texto, demonstrando compreensão global.

(EF35LP04) Inferir informações implícitas nos textos lidos.

(EF35LP05) Inferir o sentido de palavras ou expressões desconhecidas em textos, com base no contexto da frase ou do texto.

(EF35LP07) Utilizar, ao produzir um texto, conhecimentos linguísticos e gramaticais, tais como ortografia, regras básicas de concordância nominal e verbal, pontuação (ponto-final, ponto de exclamação, ponto de interrogação, vírgulas em enumerações) e pontuação do discurso direto, quando for o caso.

(EF35LP08) Utilizar, ao produzir um texto, recursos de referenciação (por substituição lexical ou por pronomes pessoais, possessivos e demonstrativos), vocabulário apropriado ao gênero, recursos de coesão pronominal (pronomes anafóricos) e articuladores de relações de sentido (tempo, causa, oposição, conclusão, comparação), com nível suficiente de informatividade.

(EF35LP09) Organizar o texto em unidades de sentido, dividindo-o em parágrafos segundo as normas gráficas e de acordo com as características do gênero textual.

(EF35LP10) Identificar gêneros do discurso oral, utilizados em diferentes situações e contextos comunicativos, e suas características linguístico-expressivas e composicionais (conversação espontânea, conversação telefônica, entrevistas pessoais, entrevistas no rádio ou na TV, debate, noticiário de rádio e TV, narração de jogos esportivos no rádio e TV, aula, debate etc.).

(EF35LP11) Ouvir gravações, canções, textos falados em diferentes variedades linguísticas, identificando características regionais, urbanas e rurais da fala e respeitando as diversas variedades linguísticas como características do uso da língua por diferentes grupos regionais ou diferentes culturas locais, rejeitando preconceitos linguísticos.

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Atribuição não comercial

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parâmetros. 130

(EF35LP20) Expor trabalhos ou pesquisas escolares, em sala de aula, com apoio de recursos multissemióticos (imagens, diagrama, tabelas etc.), orientando-se por roteiro escrito, planejando o tempo de fala e adequando a linguagem à situação comunicativa.

(EF35LP24) Identificar funções do texto dramático (escrito para ser encenado) e sua organização por meio de diálogos entre personagens e marcadores das falas das personagens e de cena.

(EF35LP25) Criar narrativas ficcionais, com certa autonomia, utilizando detalhes descritivos, sequências de eventos e imagens apropriadas para sustentar o sentido do texto, e marcadores de tempo, espaço e de fala de personagens.

(EF35LP26) Ler e compreender, com certa autonomia, narrativas ficcionais que apresentem cenários e personagens, observando os elementos da estrutura narrativa: enredo, tempo, espaço, personagens, narrador e a construção do discurso indireto e discurso direto.

(EF35LP29) Identificar, em narrativas, cenário, personagem central, conflito gerador, resolução e o ponto de vista com base no qual histórias são narradas, diferenciando narrativas em primeira e terceira pessoas.

Habilidades específicas de 5º

ano

(EF05LP01) Grafar palavras utilizando regras de correspondência fonema-grafema regulares, contextuais e morfológicas e palavras de uso frequente com correspondências irregulares.

(EF05LP04) Diferenciar, na leitura de textos, vírgula, ponto e vírgula, dois-pontos e reconhecer, na leitura de textos, o efeito de sentido que decorre do uso de reticências, aspas, parênteses.

(EF05LP05) Identificar a expressão de presente, passado e futuro em tempos verbais do modo indicativo.

(EF05LP06) Flexionar, adequadamente, na escrita e na oralidade, os verbos em concordância com pronomes pessoais/nomes sujeitos da oração.

(EF05LP08) Diferenciar palavras primitivas, derivadas e compostas, e derivadas por adição de prefixo e de sufixo.

(EF05LP16) Comparar informações sobre um mesmo fato veiculadas em diferentes mídias e concluir sobre qual é mais confiável e por quê.

(EF05LP24) Planejar e produzir texto sobre tema de interesse, organizando resultados de pesquisa em fontes de informação impressas ou digitais, incluindo imagens e gráficos ou tabelas, considerando a situação comunicativa e o tema/assunto do texto.

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(EF05LP26) Utilizar, ao produzir o texto, conhecimentos linguísticos e gramaticais: regras sintáticas de concordância nominal e verbal, convenções de escrita de citações, pontuação (ponto-final, dois-pontos, vírgulas em enumerações) e regras ortográficas.

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Referências bibliográficas comentadas

• ADAMS, Marilyn Jager etal Consciência fonológica em crianças pequenas. Porto Alegre: Artmed, 2006.

Essa obra apresenta uma nova forma de ensino de leitura e escrita para crianças na fase pré-escolar. Bem-sucedida em vários países, ela foi adaptada à realidade brasileira e ao ensino de Língua Portuguesa.

• ALVES, Rui; LEITE, Isabel (ed.). Alfabetização baseada na Ciência (ABC): Manual do Curso ABC. Brasília: MEC: Capes, 2021. Disponível em:

http://alfabetizacao.mec.gov.br/images/pdf/manual_do_curso_abc.PDF. Acesso em: 29 nov. 2021.

Essa obra, que implementa a Política Nacional de Alfabetização (PNA), trata de noções fundamentais sobre alfabetização e literacia emergente. Também aborda a aprendizagem da leitura e da escrita, bem como dificuldades nesse processo

• BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: educação é a base. Brasília: SEB, 2018. Disponível em:

http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pd f. Acesso em: 29 nov. 2021.

De caráter normativo, esse documento apresenta os pressupostos da educação nacional, assim como as habilidades e as competências que orientam o planejamento das ações educativas da Educação Básica.

• BRASIL. Ministério da Educação. Conta pra mim: guia de literacia familiar. Brasília: Sealf, 2019a. Disponível em:

http://alfabetizacao.mec.gov.br/images/pdf/conta-pra-mim-literacia.pdf. Acesso em: 29 nov. 2021.

Documento que promove a literacia familiar, ao longo dos primeiros anos de vida das crianças, como prática fundamental para o estímulo da leitura e o desenvolvimento linguístico.

• BRASIL. Ministério da Educação. Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica. Brasília: Seesp, 2001. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/diretrizes.pdf. Acesso em: 29 nov. 2021. Apresenta orientações para a adoção da educação inclusiva e para a universalização do ensino.

• BRASIL. Ministério da Educação. PNA: Política Nacional de Alfabetização. Brasília: Sealf, 2019b. Disponível em: http://alfabetizacao.mec.gov.br/images/pdf/caderdo_final_pna.pdf. Acesso em: 29 nov

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2021.

Apresenta a Política Nacional de Alfabetização (PNA), que busca elevar a qualidade da alfabetização e combater o analfabetismo em todo o território brasileiro.

• CAPOVILLA, Alessandra; CAPOVILLA, Fernando. Alfabetização fônica: construindo competência de leitura e escrita. 2. ed. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2005. Apoiando o ensino em sala de aula, essa obra apresenta métodos e práticas para implementar o método fônico no processo de alfabetização com propostas lúdicas, sistemáticas e produtivas.

• COSSON, Rildo. Letramento literário: teoria e prática. São Paulo: Contexto, 2007. O livro apresenta possibilidades para reformular, fortalecer e ampliar o estímulo à leitura.

• COSTA, Iara Bemquerer; FOLTRAN, Maria José (org.). A tessitura da escrita. São Paulo: Contexto, 2013.

Apresenta conceitos teóricos para os professores, auxiliando-os na orientação da produção de textos dos alunos.

• ELIAS, Vanda Maria (org.). Ensino de Língua Portuguesa: oralidade, escrita, leitura. São Paulo: Contexto, 2011.

Com o intuito de contribuir para o trabalho do professor em sala de aula, essa obra aborda a oralidade, a escrita e a leitura.

• JOLIBERT, Josette. Formando crianças leitoras. Tradução: Bruno C. Magne. Porto Alegre: Artes Médicas, 1994a.

Esse livro aborda práticas de leitura e enfatiza a formação do leitor.

• JOLIBERT, Josette. Formando crianças produtoras de texto. Tradução: Bruno C. Magne. Porto Alegre: Artes Médicas, 1994b.

Considerando o objetivo de formar crianças escritoras, o livro aborda práticas escolares de produção de textos.

• JOSÉ, Elisabete da A.; COELHO, Maria T. Problemas de aprendizagem. São Paulo: Ática, 1999.

O livro apresenta os principais problemas de aprendizagem e sugere possibilidades de intervenção no contexto escolar.

• KAUFMAN, Ana María; RODRÍGUEZ, María Helena. Escola, leitura e produção de textos

Porto Alegre: Artmed, 1995.

Esse livro apresenta uma classificação de textos relacionados a propostas didáticas para que a reflexão sobre a produção de textos possa levar os alunos ao aprendizado.

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• KLEIMAN, Angela. Oficina de leitura: teoria e prática. Campinas: Pontes, 2012. Para promover o acesso às diferentes áreas do conhecimento, o livro apresenta estratégias utilizadas na leitura de diversos textos.

• KLEIMAN, Angela. Texto e leitor: aspectos cognitivos da leitura. Campinas: Pontes, 2005. O livro propõe a descrição e a análise do texto escrito com o objetivo de oferecer subsídios para a formação de leitores e o desenvolvimento da leitura e do leitor.

• KOCH, Ingedore G. Villaça. O texto e a construção dos sentidos São Paulo: Contexto, 2007

O livro apresenta questões relativas à compreensão das modalidades do texto escrito e falado.

• KOCH, Ingedore G. Villaça; ELIAS, Vanda Maria. Ler e escrever: estratégias de produção textual. São Paulo: Contexto, 2010.

O livro estabelece uma relação entre as teorias sobre texto e escrita e as práticas de ensino.

• LERNER, Delia. Ler e escrever na escola: o real, o possível e o necessário. Porto Alegre: Artmed, 2002.

O livro apresenta ações necessárias nas práticas docentes para possibilitar o desenvolvimento do processo de leitura e escrita.

• MARQUESI, Sueli Cristina; PAULIUKONIS, Aparecida Lino; ELIAS, Vanda Maria (org.). Linguística textual e ensino. São Paulo: Contexto, 2017.

O livro apresenta as contribuições da linguística textual para o ensino de Língua Portuguesa, bem como propostas e análises de atividades para a sala de aula.

• MORAIS, Artur Gomes de. Ortografia: ensinar e aprender. São Paulo: Ática, 2010.

O livro apresenta uma discussão sobre a norma ortográfica e como pode ser ensinada por meio de situações de aprendizagem.

• MORAIS, José. Criar leitores: para professores e educadores. Barueri: Minha Editora, 2013.

O livro propõe formas de intervenção e estratégias para superar dificuldades que podem surgir no processo da alfabetização.

• MORAN, José Manuel; MASETTO, Marcos T.; BEHRENS, Marilda. Novas tecnologias e mediação pedagógica. Campinas: Papirus, 2021. Essa obra discute o papel do professor nos dias atuais como efetivo mediador da aprendizagem envolvendo as tecnologias educacionais.

• MOUSINHO, Renata; CORREA, Jane; OLIVEIRA, Rosinda. Fluência e compreensão de leitura: linguagem escrita dos 7 aos 10 anos para educadores e pais. Instituto ABCD,

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comerciais, desde
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as criações sejam

2019. Disponível em: https://www.institutoabcd.org.br/download/2535/. Acesso em: 29 nov. 2021.

Essa obra apresenta procedimentos e habilidades desenvolvidos ao longo da aprendizagem da leitura.

• NÓBREGA, Maria José. Ortografia. São Paulo: Melhoramentos, 2013. O livro mostra diretrizes sobre o ensino reflexivo de ortografia e os desvios ortográficos mais comuns.

• NOGUEIRA, Nilbo Ribeiro. Práticas pedagógicas e uso da tecnologia na escola. São Paulo: Érica, 2014.

Esse livro aborda o uso de recursos digitais em sala de aula e traz explicações práticas, como gravação, edição e publicação de vídeos na internet

• OLIVEIRA, João Batista Araujo e ABC do alfabetizador. Brasília: Instituto Alfa e Beto, 2008

A obra apresenta métodos e práticas de alfabetização com base no princípio alfabético e na consciência fonêmica.

• SARGIANI, Renan de Almeida; MALUF, Maria Regina Linguagem, cognição e educação infantil: contribuições da psicologia cognitiva e das neurociências. Psicologia Escolar e Educacional, v. 22, n. 3, p. 477-484, 2018. Com foco em contribuições de pesquisas das áreas de psicologia cognitiva e das neurociências, o artigo trata a escrita como prática escolar.

• SAVAGE, John F. Aprender a ler e a escrever a partir da fônica: um programa abrangente de ensino. Porto Alegre: AMGH, 2015. O livro apresenta aspectos teóricos e práticos, além de sugestões de abordagem, elaboração e aplicação de atividades para alunos com dificuldades de aprendizagem.

• SCHNEUWLY, Bernard etal Gêneros orais e escritos na escola. Tradução e organização: Roxane Rojo e Glaís Sales Cordeiro. Campinas: Mercado de Letras, 2011. No livro, são apresentadas questões sobre o ensino dos gêneros escritos e orais na escola.

• SEABRA, Alessandra Gotuzo; CAPOVILLA, Fernando César. Alfabetização: método fônico. 6. ed. São Paulo: Memnon, 2010. Esse livro apresenta de maneira prática como implementar o método da alfabetização articulada em eixos: consciência fonológica, conhecimento das correspondências entre grafemas e fonemas (em que se incluem a codificação e a decodificação), vocabulário, fluência de leitura, interpretação e produção de textos.

• SUCENA, Ana; NADALIM, Carlos Francisco de Paula (org.) ABC na prática: construindo alicerces para a leitura. Brasília: MEC: Capes, 2021. Disponível em:

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http://alfabetizacao.mec.gov.br/images/pdf/abc_na_pratica_v3.pdf. Acesso em: 29 nov 2021.

Esse livro oferece subsídios para o trabalho de alfabetização segundo o programa do curso Alfabetização Baseada na Ciência (ABC).

• VIEIRA, Gastão. Grupo de trabalho alfabetização infantil: os novos caminhos. Relatório final. 3. ed. rev. Brasília: Instituto Alfa e Beto, 2019. Disponível em: http://alfabetizacao.mec.gov.br/images/pdf/alfabetizacao_infanti_novos_caminhos_gast ao_vieira.pdf. Acesso em: 19 set. 2021.

A obra discute casos de outros países e analisa as políticas e práticas brasileiras sobre alfabetização.

• ZABALA, Antoni (org.). A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre: Artmed, 2010. Essa obra parte de análises e reflexões para propor orientações sobre a ação educativa, com o objetivo de melhorá-la.

• ZABALA, Antoni (org.). Como trabalhar os conteúdos procedimentais em aula

Tradução: Ernani Rosa. Porto Alegre: Artmed, 1999 Nesse livro, são abordados conteúdos procedimentais e como trabalhá-los em sala de aula.

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