A ilha do tesouro, Robert Louis Stevenson

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CAPÍTULO 13

Como começou minha aventura em terra firme

Quando cheguei ao convés na manhã seguinte, a paisagem à frente tinha mudado totalmente. Tínhamos feito um grande progresso durante a noite, mas agora estávamos numa calmaria a cerca de meia milha a sudeste da costa leste da ilha. Grande parte da sua superfície era coberta por florestas acinzentadas onde vários pinheiros se destacavam, mais altos que as outras árvores, alguns isolados, outros aglomerados em pequenos bosques. Os morros erguiam-se muito acima da vegetação em espirais de rocha nua. Todos tinham formatos estranhos, e o Morro da Luneta, uns 300 ou 400 pés mais alto que os demais, era o mais estranho de todos, com todas suas faces muito íngremes e o topo plano como se fosse um pedestal para se pôr uma estátua. A Hispaniola balançava com a ondulação e a água entrava e saía pelas aberturas de resbordo. As polias das retrancas rangiam, o leme era sacudido de um lado para o outro e a embarcação inteira parecia estalar, gemer e pular. Tive que me segurar firme no estai de popa, e a vertigem quase tomou conta de mim, pois ficar parado e ao mesmo tempo ser jogado de um lado para

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