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Administração do Império

Vassalagem

Séc. XV. Iluminura. Museu Conde, Chantilly. Foto: Bildarchiv Hansmann/Interfoto/Latinstock

Para o historiador Jacques Le Goff, vassalagem era o vínculo de dependência pessoal, que se baseava em compromissos recíprocos, embora desiguais. Permitia a um homem livre receber, mediante a sua fidelidade, uma terra e ter acesso a uma parcela da autoridade pública.

Para administrar seu imenso Império, Carlos Magno dividiu-o em províncias e entregou sua administração a pessoas de sua confiança: duques, marqueses e condes. Os duques eram os mais próximos do rei e recebiam as maiores porções de terra, os ducados. Os marqueses administravam as marcas, nome dado aos territórios situados nas fronteiras ou em áreas de conflito. Os condes administravam territórios menores. Todos, em seus domínios, podiam cobrar impostos e multas e deviam fazer cumprir as decisões do rei. Durante a expansão militar que liderou, Carlos Magno adotou um antigo costume germânico de doar terras e privilégios aos nobres que o serviam e lutavam com ele. Em troca dos bens recebidos, esses nobres se tornavam seus vassalos, isto é, se ligavam a ele por laços de dependência e fidelidade. Essa relação entre nobres recebe o nome de vassalagem. Se, por um lado, isso unia o rei aos nobres que o serviam, por outro, ao receber terras e privilégios, esses nobres ganhavam um grande poder em seus domínios.

Livro das Horas. Três ricas horas, 1410-1416. Miniatura de autoria dos irmãos Limburg. Detalhe: noivado da neta de Jean de Valois, duque de Berry e Auvergne. Museu Conde, Chantilly, França.

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