Material Digital do Professor - Família: cada um tem a sua - PNLD 2023 – ENSINO FUNDAMENTAL 1

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LIVRO DO PROFESSOR

ALICE WEBER

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FICHA TÉCNICA

Carlos Alberto Camargo

Edição e revisão

Maria de Fátima S. Tecchio e Paulo Roberto Pellissari

Revisão final

Wildiane Helena de Camargo

Projeto gráfico e diagramação

Studio Layout

Capa

Alice Weber

FA LA R

Ed ito ra

Direção geral

Rua Marechal Deodoro, 235 Conj. 906 – Edifício Arnaldo Thá Centro – Curitiba-PR CEP: 80.020-320 (41) 99138-9606 www.editorafalare.com.br

CARTA AO PROFESSOR Sou uma autora e ilustradora que cria histórias e personagens desde pequena, sempre na companhia de livros, lápis e papéis. Aí começou meu aprendizado e envolvimento com a arte. Mineira, radicada em Curitiba-PR, cursei Artes Plásticas na Escola de Música e Belas Artes do Paraná – EMBAP. A partir de então, desenvolvi minha técnica e encontrei meu lugar, de fato, no mundo artístico.

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Compromissada com a área da educação, trabalhei como orientadora de atividades culturais e ministrei oficinas de criação de livros infantojuvenis. Na área editorial, atuei como redatora, diagramadora e ilustradora para diversas empresas. Esses dois importantes ramos de difusão do conhecimento me conferem satisfação pessoal e profissional. Tenho diversos livros infantis publicados, entre eles uma obra do gênero diário, que compôs o guia PNLD 2018. Acredito que, com um lápis na mão ou diante do computador, posso contribuir com a transformação do universo cultural de meus leitores, aos quais também posso ajudar a desenvolver o gosto pela literatura e expressar sua criatividade.

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Nessa perspectiva, por entender que a literatura trabalha com a narrativa humana e com o imaginário, escrevi o conto Família: cada um tem a sua, que envolve diversas temáticas – sobretudo voltadas para os sentimentos e emoções – e causa efeitos diferentes nos leitores, de acordo com as vivências de cada um, levando-os a refletir sobre seus lugares no mundo.

A obra, narrada em primeira pessoa, conta as experiências de um menino, voltadas para a autodescoberta, com relação à ausência dos pais, fato que será interpretado pelo leitor. A boa convivência com a família é percebida pelo diálogo com a prima, pelas suas expressões e pelo carinho com que é recebido pelo tio na volta da escola.

No encadeamento da narrativa, há momentos de reflexão e descoberta pelo personagem principal, que visualiza diferentes formatos de família na comunidade onde vive. A história se torna enriquecedora à medida que ele se defronta com ambientes familiares diversos e, ao final, reconhece que a dele é apenas mais uma família, mas com outro sabor, tal qual um pacote de balas variadas. Nesse sentido, a metáfora do pacote de balas oferece várias possibilidades expressivas de linguagem, e que podem ser trabalhadas em sala de aula e para além dela.

Percebe-se, também, ao longo do conto, que a instituição família oferece conforto ideológico ao protagonista. Nesse sentido,

não há livros, não há métodos artificiais que possam substituir a educação em família. A melhor história ou o quadro mais emocionante visto num livro são para a criança como a visão de um sonho sem vínculos, sem seguimento, sem verdade interior. Pelo contrário, o que se passa em casa, sob os olhos da criança, liga-se, naturalmente, no seu espírito, a mil outras imagens precedentes, pertencendo à mesma ordem de ideias e, portanto, têm para ela uma verdade interior. (FREINET, 1974, p. 14).

Ainda, as ilustrações refletem a diversidade étnica brasileira e estrangeira, com seus diversos traços. Essa enunciação literária colabora para o reconhecimento da identidade de cada leitor. Uma vez que literatura trabalha com o simbólico, enquanto criança, muitas histórias deixam de ser compreendidas, mas farão parte de seu desenvolvimento como pessoa.

Lembre-se, então, de que o trabalho com o texto literário pode ser um ensino com saber e sabor. Saber porque as obras literárias agregam novos aspectos do conhecimento, satisfazendo a necessidade de experiência do leitor e ampliando seu campo imaginativo. Sabor porque, enquanto diverte a criança, o texto literário oferece esclarecimentos sobre ela mesma, favorecendo o desenvolvimento de sua personalidade. É nessa perspectiva que este Material Digital procura orientá-lo para desenvolver o trabalho de formação do leitor literário.

Alice Weber

SUMÁRIO Características da obra literária

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Categoria

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Temas

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Gênero literário

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Orientações metodológicas Atividades de pré-leitura Atividades de leitura

Atividades de pós-leitura

Sugestões de leitura Literacia familiar Referências

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Habilidades da BNCC

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Idioma

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CARACTERÍSTICAS DA OBRA LITERÁRIA IDIOMA: Língua Portuguesa CATEGORIA: 2 (4.º e 5.º ano do Ensino Fundamental)

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TEMAS:

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Autoconhecimento, sentimentos e emoções: Percepção do corpo, construção da identidade e processos de amadurecimento, bem como a relação de personagens/sujeitos líricos com suas emoções e sentimentos, tais como o amor, a alegria, o luto e a dor.

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Família, amigos e escola: Personagens que estejam em interação com o mundo que lhe é imediato, na relação com família, amigos e professores, permitindo a construção de percepções e questionamentos sobre si e sobre o outro.

O mundo natural e social: Das descobertas e relações pessoais a esferas mais amplas, como a cidade, o meio ambiente (paisagens naturais, aquáticas, plantas, animais) e até mesmo o universo. Devem-se destacar contextos regionais e locais.

Encontros com a diferença: A descoberta e o contato entre diferentes esferas culturais, sociais, geográficas etc., bem como entre indivíduos de diferentes etnias, raças e/ou o encontro com pessoas com deficiências.

Na interação com a diferença, deve-se destacar a necessidade de atitude respeitosa e convívio pacífico.

Diversão e aventura: Ir além da realidade imediata da criança e que estimulem a imaginação e o envolvimento com a leitura, tanto pelo trabalho com a linguagem quanto pelo desenvolvimento da narrativa.

GÊNERO LITERÁRIO: Conto

Os romances, as crônicas, os contos, as memórias literárias e as histórias em quadrinhos são textos literários que se enquadram na tipologia textual narração.

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S.I./Pikist

O gênero narrativo conto destaca-se por pertencer a uma tradição de histórias que vêm sendo contadas de geração para geração. Como características, apresenta narrativa curta, com acontecimentos breves e sem grandes complicações; poucos personagens; narrador e ponto de vista.

Em sua estrutura, geralmente, há a introdução, o conflito gerador, o clímax, a resolução do conflito e o final da história.

Os personagens realizam ou sofrem as ações, que se desenvolvem num enredo marcado pelo tempo e espaço. Quanto ao foco narrativo, os acontecimentos são contados por um narrador em primeira ou terceira pessoa do discurso.

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HABILIDADES DA BNCC (EF15LP01) Identificar a função social de textos que circulam em campos da vida social dos quais participa cotidianamente (a casa, a rua, a comunidade, a escola) e nas mídias impressa, de massa e digital, reconhecendo para que foram produzidos, onde circulam, quem os produziu e a quem se destinam.

(EF15LP03) Localizar informações explícitas em textos.

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(EF15LP02) Estabelecer expectativas em relação ao texto que vai ler (pressuposições antecipadoras dos sentidos, da forma e da função social do texto), apoiando-se em seus conhecimentos prévios sobre as condições de produção e recepção desse texto, o gênero, o suporte e o universo temático, bem como sobre saliências textuais, recursos gráficos, imagens, dados da própria obra (índice, prefácio etc.), confirmando antecipações e inferências realizadas antes e durante a leitura de textos, checando a adequação das hipóteses realizadas.

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(EF15LP04) Identificar o efeito de sentido produzido pelo uso de recursos expressivos gráfico-visuais em textos multissemióticos.

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(EF15LP05) Planejar, com a ajuda do professor, o texto que será produzido, considerando a situação comunicativa, os interlocutores (quem escreve/para quem escreve); a finalidade ou o propósito (escrever para quê); a circulação (onde o texto vai circular); o suporte (qual é o portador do texto); a linguagem, organização e forma do texto e seu tema, pesquisando em meios impressos ou digitais, sempre que for preciso, informações necessárias à produção do texto, organizando em tópicos os dados e as fontes pesquisadas.

(EF15LP09) Expressar-se em situações de intercâmbio oral com clareza, preocupando-se em ser compreendido pelo interlocutor e usando a palavra com tom de voz audível, boa articulação e ritmo adequado.

(EF15LP13) Identificar finalidades da interação oral em diferentes contextos comunicativos (solicitar informações, apresentar opiniões, informar, relatar experiências etc.).

(EF15LP15) Reconhecer que os textos literários fazem parte do mundo do imaginário e apresentam uma dimensão lúdica, de encantamento, valorizando-os, em sua diversidade cultural, como patrimônio artístico da humanidade.

(EF15LP16) Ler e compreender, em colaboração com os colegas e com a ajuda do professor e, mais tarde, de maneira autônoma, textos narrativos de maior porte como contos (populares, de fadas, acumulativos, de assombração etc.) e crônicas.

(EF15LP18) Relacionar texto com ilustrações e outros recursos gráficos.

(EF15LP19) Recontar oralmente, com e sem apoio de imagem, textos literários lidos pelo professor.

(EF35LP03) Identificar a ideia central do texto, demonstrando compreensão global.

(EF35LP04) Inferir informações implícitas nos textos lidos.

(EF35LP05) Inferir o sentido de palavras ou expressões desconhecidas em textos, com base no contexto da frase ou do texto.

(EF35LP06) Recuperar relações entre partes de um texto, identificando substituições lexicais (de substantivos por sinônimos) ou pronominais (uso de pronomes anafóricos – pessoais, possessivos, demonstrativos) que contribuem para a continuidade do texto.

(EF35LP20) Expor trabalhos ou pesquisas escolares, em sala de aula, com apoio de recursos multissemióticos (imagens, diagrama, tabelas etc.), orientando-se por roteiro escrito, planejando o tempo de fala e adequando a linguagem à situação comunicativa.

(EF35LP21) Ler e compreender, de forma autônoma, textos literários de diferentes gêneros e extensões, inclusive aqueles sem ilustrações, estabelecendo preferências por gêneros, temas, autores.

(EF35LP22) Perceber diálogos em textos narrativos, observando o efeito de sentido de verbos de enunciação e, se for o caso, o uso de variedades linguísticas no discurso direto.

(EF35LP25) Criar narrativas ficcionais, com certa autonomia, utilizando detalhes descritivos, sequências de eventos e imagens apropriadas para sustentar o sentido do texto, e marcadores de tempo, espaço e de fala de personagens.

(EF35LP26) Ler e compreender, com certa autonomia, narrativas ficcionais que apresentem cenários e personagens, observando os elementos da estrutura narrativa: enredo, tempo, espaço, personagens, narrador e a construção do discurso indireto e discurso direto.

(EF35LP29) Identificar, em narrativas, cenário, personagem central, conflito gerador, resolução e o ponto de vista com base no qual histórias são narradas, diferenciando narrativas em primeira e terceira pessoas.

(EF35LP30) Diferenciar discurso indireto e discurso direto, determinando o efeito de sentido de verbos de enunciação e explicando o uso de variedades linguísticas no discurso direto, quando for o caso.

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(EF04LP01) Grafar palavras utilizando regras de correspondência fonema-grafema regulares diretas e contextuais.

(EF04LP03) Localizar palavras no dicionário para esclarecer significados, reconhecendo o significado mais plausível para o contexto que deu origem à consulta.

(EF04LP05) Identificar a função na leitura e usar, adequadamente, na escrita ponto final, de interrogação, de exclamação, dois-pontos e travessão em diálogos (discurso direto), vírgula em enumerações e em separação de vocativo e de aposto.

(EF04LP20) Reconhecer a função de gráficos, diagramas e tabelas em textos, como forma de apresentação de dados e informações.

(EF05LP01) Grafar palavras utilizando regras de correspondência fonema-grafema regulares, contextuais e morfológicas e palavras de uso frequente com correspondências irregulares.

(EF05LP02) Identificar o caráter polissêmico das palavras (uma mesma palavra com diferentes significados, de acordo com o contexto de uso), comparando o significado de determinados termos utilizados nas áreas científicas com esses mesmos termos utilizados na linguagem usual.

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(EF05LP04) Diferenciar, na leitura de textos, vírgula, ponto e vírgula, dois-pontos e reconhecer, na leitura de textos, o efeito de sentido que decorre do uso de reticências, aspas, parênteses.

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(EF05LP25) Planejar e produzir, com certa autonomia, verbetes de dicionário, digitais ou impressos, considerando a situação comunicativa e o tema/assunto/finalidade do texto.

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(EF15AR01) Identificar e apreciar formas distintas das artes visuais tradicionais e contemporâneas, cultivando a percepção, o imaginário, a capacidade de simbolizar e o repertório imagético.

(EF15AR02) Explorar e reconhecer elementos constitutivos das artes visuais (ponto, linha, forma, cor, espaço, movimento etc.).

(EF15AR03) Reconhecer e analisar a influência de distintas matrizes estéticas e culturais das artes visuais nas manifestações artísticas das culturas locais, regionais e nacionais.

(EF15AR04) Experimentar diferentes formas de expressão artística (desenho, pintura, colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem, instalação, vídeo, fotografia etc.), fazendo uso sustentável de materiais, instrumentos, recursos e técnicas convencionais e não convencionais.

(EF15AR06) Dialogar sobre a sua criação e as dos colegas, para alcançar sentidos plurais.

(EF04MA03) Resolver e elaborar problemas com números naturais envolvendo adição e subtração, utilizando estratégias diversas, como cálculo, cálculo mental e algoritmos, além de fazer estimativas do resultado.

(EF04MA06) Resolver e elaborar problemas envolvendo diferentes significados da multiplicação (adição de parcelas iguais, organização retangular e proporcionalidade), utilizando estratégias diversas, como cálculo por estimativa, cálculo mental e algoritmos.

(EF04MA10) Reconhecer que as regras do sistema de numeração decimal podem ser estendidas para a representação decimal de um número racional e relacionar décimos e centésimos com a representação do sistema monetário brasileiro.

(EF04GE01) Selecionar, em seus lugares de vivência e em suas histórias familiares e/ou da comunidade, elementos de distintas culturas (indígenas, afro-brasileiras, de outras regiões do país, latino-americanas, europeias, asiáticas etc.), valorizando o que é próprio em cada uma delas e sua contribuição para a formação da cultura local, regional e brasileira.

(EF04GE02) Descrever processos migratórios e suas contribuições para a formação da sociedade brasileira.

(EF04GE04) Reconhecer especificidades e analisar a interdependência do campo e da cidade, considerando fluxos econômicos, de informações, de ideias e de pessoas.

(EF04GE07) Comparar as características do trabalho no campo e na cidade.

(EF04GE10) Comparar tipos variados de mapas, identificando suas características, elaboradores, finalidades, diferenças e semelhanças.

(EF04GE11) Identificar as características das paisagens naturais e antrópicas (relevo, cobertura vegetal, rios etc.) no ambiente em que vive, bem como a ação humana na conservação ou degradação dessas áreas.

(EF05GE02) Identificar diferenças étnico-raciais e étnico-culturais e desigualdades sociais entre grupos em diferentes territórios.

(EF05HI04) Associar a noção de cidadania com os princípios de respeito à diversidade, à pluralidade e aos direitos humanos.

(EF05CI09) Discutir a ocorrência de distúrbios nutricionais (como obesidade, subnutrição etc.) entre crianças e jovens a partir da análise de seus hábitos (tipos e quantidade de alimento ingerido, prática de atividade física etc.).

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ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS O trabalho a ser desenvolvido a seguir está voltado para as estratégias de compreensão leitora de seus alunos, os quais estarão o tempo todo estabelecendo relações com as diversas temáticas desenvolvidas a partir do livro literário e de suas próprias vivências, o que permite a construção de significados. A abordagem interdisciplinar potencializará as aprendizagens e possibilitará uma expansão do conhecimento, do senso crítico e do repertório cultural, considerando-se os diferentes contextos culturais e sociais em que vivem.

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As estratégias de mediação apresentadas – de leitura em voz alta, de compreensão e interpretação de texto, de reconto e de exploração das potencialidades multissemióticas – refletem-se em um conjunto de retomada, aprofundamento e evolução das práticas leitoras, uma vez que o contato com a literatura está presente desde a Educação Infantil.

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Além disso, as atividades de pré-leitura, leitura e pós-leitura atendem às habilidades da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e às orientações da Política Nacional de Educação (PNA). Em consonância com esses documentos, contribuem, efetivamente, para a compreensão leitora e a consolidação das habilidades de literacia. Tais sugestões de encaminhamento, no entanto, podem ser modificadas e ampliadas de acordo com a realidade de seus alunos, considerando sempre a faixa etária, o nível de alfabetização e o ano de ensino para selecionar e aplicar as atividades.

Atividades de pré-leitura

Nessa etapa inicial, é importante ter em mente que as orientações estarão voltadas a preparar os alunos para a leitura da obra, a partir de seus conhecimentos prévios, que são retomados, visando à progressão da capacidade interpretativa do aluno. Uma vez que se trata de um momento de sensibilização, procure, sempre que possível, privilegiar as histórias deles, para despertar o autoconhecimento e a interação e, inclusive, estabelecer uma relação de confiança com a turma.

Leitura das capas do livro e da Apresentação

(EF15LP01) (EF15LP02) (EF15LP03) (EF15LP05) (EF15LP18) (EF35LP29) (EF15AR02) (EF15AR06)

Capa de livro é um elemento repleto de significados. Trata-se de um gênero textual que tem a função de proporcionar o contato inicial entre o livro e o leitor e transmitir qual foi a ideia do autor ao escrever a obra.

Por isso, faz um apelo visual.

Inicie a atividade mostrando aos alunos a capa do livro, se possível projetando-a em uma tela grande, e peça que observem as ilustrações e os elementos que a compõem. Se já forem alfabetizados, solicite que leiam em voz alta o título ou leia para eles com boa entonação. Depois, lance os seguintes questionamentos: O que o menino está fazendo? Onde ele está? Qual é o nome dele? Ele está feliz, triste, ou expressa outro sentimento? Vocês conhecem algum livro que tem uma capa parecida com essa? O que esse livro contava? Qual é a história que vocês imaginam que vão ler? Esse menino deve ser o personagem principal? Ele enfrentará algum desafio? O que o título quer dizer? Qual é o nome da autora? Ela que fez o desenho que está na capa?

Nessa preparação para a leitura, também é o momento de os alunos fazerem previsões sobre o livro que vão ler, relacionando com o seu repertório de saberes. Para facilitar o entendimento e despertar a curiosidade, leia para eles o texto da Apresentação e a sinopse da quarta capa, a fim de que associem as balas ilustradas nas capas ao título e à diversidade de famílias e consigam inferir que cada um tem a sua.

Distribua uma folha de papel a cada aluno e encaminhe a produção de um desenho, como se fosse a nova capa do livro. Permita que criem livremente a ilustração, de acordo com a vivência e a vontade deles, mas que escrevam o mesmo título nessa “capa”. Depois, eles devem compartilhar suas produções com os colegas e diaMaterial Digital de Apoio à Prática do Professor

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logar sobre o que produziram, quem retrataram e por que, etc.

Dessa forma, você poderá instigá-los a fazer uma autoavaliação a respeito do que eles sabem sobre o assunto que será tratado no conto.

Realize, também, uma atividade de retomada das noções estruturais da narrativa tradicional. Para tanto, eles devem imaginar uma história que já tenha acontecido, por exemplo, no pátio da escola (o espaço). Fale que você (o narrador) vai contar o que aconteceu em uma sexta-feira (o tempo) com a turma toda (os personagens), enquanto brincavam.

Eles devem ajudar você a criar um enredo, algo surpreendente, mas que faça parte do contexto deles.

Convide-os, então, a produzirem um conto coletivo. Segue um modelo para você reproduzir no quadro de giz e completar com os alunos, adaptando-o como preferir.

Aquela tarde [título]

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Em uma sexta-feira à tarde, a turma do 4.º ano-B estava no pátio da escola, brincando de... [tempo] Num canto do pátio, um grupo jogava bola; no centro, outro pulava corda. [espaço] O grito bem alto que ela deu ecoou pelo pátio:

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– Aaaaaiiiiiiiiii!! [clímax]

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A turma toda se divertia, até que Carolina, na sua vez de pular corda, se descuidou e torceu o pé. [conflito]

Carolina foi levada para a sala da diretora para ser atendida. Minutos depois, ela voltou para o pátio.

Felizmente, não tinha se machucado. Foi só um susto!

E todos voltaram a brincar. [desfecho]

Não se esqueça de escolherem um título para esse conto. Por fim, solicite que copiem no caderno, dependendo do nível de alfabetização em que se encontram.

Atividades de leitura

Durante a leitura do livro com os alunos, você poderá realizar intervenções para contribuir com as habilidades de leitura, compreensão e interpretação do texto, solicitando, também (se forem alfabetizados), que leiam o texto em voz alta e confirmem as suposições formuladas na etapa de pré-leitura. O objetivo é que eles se posicionem criticamente, construindo sentidos, ampliem seu conhecimento e registrem as suas visões de mundo.

Página 4 e 5

(EF15LP01) (EF15LP15) (EF15LP16) (EF15LP18) (EF35LP05) (EF35LP21) (EF35LP26) (EF15AR03)

Peça que os alunos observem as páginas 4 e 5 e descrevam o que veem. Leia para eles o texto, em voz alta, e pergunte quem está falando nele, quem vê “meus amigos correndo para seus familiares”. Dê um tempo para que reflitam e respondam. Explique-lhes que há duas formas de se narrarem histórias: narrador-personagem e narrador-observador.

Quem conta a história é chamado de narrador. Quando o narrador participa dos fatos e é também personagem, recebe o nome de narrador-personagem. Assim, a história é narrada em 1.ª pessoa (eu, nós).

Quando o narrador não participa da história e conta-a sem referir-se a si mesmo, ele é narrador-observador. Nesse caso, narra-se a história em 3.ª pessoa (ele, o menino, a princesa...).

Após essa atividade, solicite que façam a leitura do texto novamente e identifiquem nas ilustrações quem são os personagens descritos:

• Paulinho

• Aninha

• Tiago

• Lueji

• Kieza

Peça que os alunos analisem as ilustrações e pergunte-lhes se, entre os personagens apresentados, há algum que se diferencia dos demais e por quê.

Solicite que verbalizem o que veem e o que imaginam em cada uma dessas páginas. Pergunte se eles têm algum familiar mais velho, como avós, tios, etc. com quem passam alguns momentos. A imagem da neta e avó Material Digital de Apoio à Prática do Professor

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deve despertar um sentimento de proximidade entre as famílias. Espera-se que identifiquem a avó de Lueji, não somente pelo nome diferente da garota, mas pela expressão entre parênteses (sortuda!) e por ser a única que é descrita de forma mais detalhada: “vovó Kieza, uma senhora toda colorida e cheia de pulseiras que tilintam!”.

Chame-lhes a atenção para a expressão “senhora toda colorida”. O que o narrador quis dizer com ela?

Solicite que analisem as roupas usadas por ela e tentem identificar sua origem (África). Se possível, busque na internet e reproduza na sala de aula, em uma tela grande, imagens que apresentem o colorido e as estampas dos trajes típicos desse continente, para que os alunos reconheçam as influências dessas manifestações artísticas e associem-nas ao contexto em que vivem.

Escreva no quadro de giz os seguintes termos e peça que eles indiquem qual deles melhor substitui a palavra tilintam, sem alterar o sentido da frase, esperando-se que respondam produzem som:

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BRILHAM PRODUZEM SOM SÃO BONITAS

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Página 6

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Abra uma roda de conversa com os alunos e peça-lhes que contem como vêm à escola: quem os traz ou vai buscá-los. Se for algum parente, quem é ele: pai, mãe, irmão, tio, etc.

(EF15LP02) (EF15LP16) (EF15LP18) (EF35LP21)

Peça que os alunos leiam essa página e levantem hipóteses:

• Quem é o menino que está falando?

• Por que será que ele fica esperando a prima Lulu?

• Por que eles moram com o tio?

Converse com eles e pergunte-lhes o que explicariam ao menino sobre o que é ser adolescente, já que ele afirma que não tem ideia do que é essa fase. Após colher as respostas, apresente-lhes a definição do art. 2.º do Estatuto da Criança e do Adolescente. Aproveite, ainda, para falar dos direitos da criança e do adolescente, conforme estabelece o art. 4.º dessa lei.

Art. 2º Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade. [...]

Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária.

BRASIL. Lei n.º 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069compilado.htm. Acesso em: 12 dez. 2021.

Solicite que os alunos analisem o rosto do personagem, para identificar sua expressão pensativa e questionadora, associando palavras e imagem. Uma vez que a literatura desperta lembranças e emoções e tem função de trabalhar com o socioemocional do ser humano, permita que verbalizem livremente suas percepções.

Página 7

(EF15LP16) (EF15LP18) (EF35LP21) (EF35LP26) (EF04LP03) (EF05LP25)

Somente nessa página é que aparece o nome do personagem. Solicite que os alunos levantem hipóteses sobre o motivo de ele ter afirmado que antes eram muitos e agora são três.

Outro aspecto a ser abordado é o nome do menino: Pedro. É possível que algum aluno tenha esse nome.

Segundo o IBGE, é o nono mais popular no Brasil.

Verifique a possibilidade de pesquisar com os alunos a página do Educa IBGE, que apresenta um apliMaterial Digital de Apoio à Prática do Professor

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cativo com atividades para você realizar com eles, buscando nas opções “Pesquise um nome” e “Nomes mais populares”. Disponível em: https://educa.ibge.gov.br/criancas/brincadeiras-2/20451-nomes-no-brasil.html.

Acesso em: 12 dez. 2021.

Depois, apresente-lhes, resumidamente, o significado a seguir.

Pedro: Significa “pedra”, “rochedo”.

Com origem no nome grego Pétros, este a partir da palavra petra (uma tradução do aramaico Cephas), que significa literalmente “pedra, rochedo”.

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Pedro é um dos nomes próprios mais difundidos no mundo todo e está presente em vários idiomas. Desde a Antiguidade é um dos nomes cristãos mais comuns e, em Portugal, apareceu pela primeira vez como Petrus, por volta do século IX. [...]

DICIONÁRIO de nomes próprios. Pedro. Disponível em: https://www.dicionariodenomesproprios.com.br/pedro/.

Acesso em: 12 dez. 2021.

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Depois, você pode solicitar aos alunos uma pesquisa sobre o nome de cada um deles, para fazerem um dicionário de nomes próprios. Para a apresentação do resultado, pode propor a produção de um cartaz, físico ou digital, para ser exposto na sala de aula ou em algum espaço da escola, a fim de que todos possam ver.

O cartaz é um gênero textual, cuja produção auxilia nas habilidades de leitura e escrita. Trata-se de uma forma de anúncio e, por isso, tem função informativa. Pode ser feito em várias dimensões, com desenhos, fotografias, etc.

Também é possível solicitar que peçam aos pais para explicarem por que escolheram o nome. Além disso, converse com os alunos sobre o apelido ou a redução dos nomes: Pedro é chamado de Pê, Ludmila é Lulu. Pergunte se conhecem outros apelidos: Zé (José), Chico (Francisco), Quim (Joaquim), Guto (Gustavo/Augusto), Cida (Aparecida). Explique a eles que, às vezes, há apelidos pejorativos, que não devem ser usados.

Faça um levantamento dos nomes dos alunos, no quadro de giz, até mesmo na forma de gráfico, para descobrir quais nomes se repetem e quais são únicos na turma. Não se esqueça de incluir o seu nome.

Chame a atenção para a nova personagem que aparece: Lulu (Ludmila), a prima de Pedro. Pergunte se os alunos têm primos ou primas, solicitando que expliquem como ocorre esse tipo de parentesco. Espera-se que respondam que primos(as) são filhos(as) dos(as) tios(as). Destaque a forma como é apresentada a fala de Lulu: em discurso direto, ou seja, é a transcrição exata da fala da personagem. Mostre a marca característica desse tipo de discurso: travessão.

Páginas 8 e 9

(EF15LP02) (EF15LP18) (EF35LP26) (EF04GE11) (EF15AR01)

Realize a leitura em voz alta e dialogada com alunos (agindo como mediador entre os leitores e o livro).

Ao aprender e tomar gosto pela forma como é realizada a leitura, eles interagem com a narrativa e podem ser motivados a ler no ambiente familiar.

Peça-lhes que relacionem o conteúdo que visualizam com os seus conhecimentos já adquiridos, formulando outras hipóteses. Embora consigam entender determinado conteúdo, podem apresentar dificuldades quanto a que estratégias recorrer para compreender o texto. É nesse momento que cabe a você fazer interferências, para conduzi-los à interpretação correta.

Destaque que o trecho a seguir marca o conflito gerador, em torno do qual segue a narrativa, e peça que exponham suas ideias.

— Nada não, estava só pensando. Por que só nós três?

Ao ser questionada por Pedro sobre a situação da sua família: ele, Ludmila e tio João, a garota responde Material Digital de Apoio à Prática do Professor

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que são coisas da vida. Peça aos alunos que levantem hipóteses sobre o que pode ter acontecido com a família de Pedro, já que ele afirma que antes eram muitos.

Solicite-lhes que tentem explicar por que a família é considerada meio esquisita pelo garoto. Quais seriam os membros dentro de um modelo tradicional de família nuclear.

Agora, pergunte aos alunos o que eles veem representado no muro dessas páginas, para diagnosticar se eles têm contato e compreendem o que é a arte do grafite. Primeiramente, peça que observem a paisagem representada, se reconhecem os elementos naturais (a vegetação e as pessoas) e os construídos (o muro, a calçada, o asfalto e o edifício). Procure saber o que eles observam na imagem desenhada no muro, se gostam do que veem, se acham bonito, o que quer dizer e que tipo de arte é essa. Então, informe que se trata de um grafite, uma forma de expressão artística, predominantemente urbana e autorizada pela prefeitura, já a pichação não tem qualidade artística e está associada a um ato de rebeldia.

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Leve os alunos a perceber que há um sentido manifestado por meio da arte, que mostra uma musicalidade saindo da cabeça da pessoa representada, evidenciada por meio das notas musicais vibrando no ar, juntamente com os pássaros, o arco-íris e as estrelas.

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Permita que verbalizem todas as suas sensações, que conversem entre eles e contem se no bairro, na comunidade onde vivem ou pelas ruas onde passam eles encontram esse tipo de manifestação e o que elas representam.

Páginas 10 e 11

(EF35LP05) (EF15LP18) (EF04LP03) (EF35LP22)

Na página 10, a exemplo de outras ao longo da narrativa, o texto rompe com as convenções do gênero, desfocando um pouco da função referencial e dos verbos de enunciação. Verifique se eles conseguem identificar o discurso de cada um dos personagens. Chame a atenção dos alunos para o fato de que Ludmila tenta explicar a Pedro o que são coisas da vida, mas, de acordo com ele, não consegue. Pergunte o que eles entendem por “coisas da vida” e que citem exemplos.

Pergunte-lhes se já se viram em situações não planejadas, quais foram e como resolveram.

Depois que Pedro diz a Ludmila que não entendeu a explicação dela, a garota fala para o menino que ele é hilário. Peça que os alunos tentem inferir o sentido dessa palavra e dê um tempo para se expressarem. Depois das respostas, solicite que um deles (se já estiver alfabetizado) procure o seu significado no dicionário e leia para os colegas, que deve trazer o sentido de incitar o riso, que é engraçado, divertido, etc.

Se o dicionário trouxer outras acepções, pergunte qual delas é mais adequada ao contexto da história e ao discurso da personagem.

Na imagem da página 11, pode-se ver Ludmila e Pedro atravessando pela faixa de pedestres, área reservada para a circulação de pessoas que passam pelas ruas, avenidas e vias no dia a dia. Pergunte se os alunos sabem por que devemos atravessar por essa faixa, esperando-se que respondam que ela garante a segurança aos pedestres.

Páginas 12 e 13

(EF35LP05) (EF15LP16) (EF15LP18) (EF04LP05) (EF05LP04)

Na página 12, realize a leitura do texto com os alunos e peça que analisem o seguinte trecho: [...] No começo eu também ficava assim, como você, cismando, sentada num canto, [...]

Pergunte o que a menina quis dizer com essa fala. Eles não precisam responder de prontidão. Permita que reflitam sobre isso ao longo da narrativa.

Verifique se eles fazem a correspondência do texto com os elementos ilustrados, as balas, que representam as famílias, cada uma de um sabor. Trata-se de uma metáfora visual, que pode levá-los a pensar sobre o significado de diversidade familiar para Ludmila. Para tanto, destaque a fala da personagem e aproveite para Material Digital de Apoio à Prática do Professor

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perguntar se eles concordam com ela: [...] E família não é só de um jeito, com pai, mãe e filhos. Família é tipo assim... como um pacote de balas sortidas!

Nos textos literários, são usados alguns recursos para dar mais expressividade ao discurso, o que chamamos de figuras de linguagem. Ao longo da narrativa, você poderá perceber, como nessa página, a presença da comparação, para estabelecer semelhança entre elementos distintos.

Também é importante pedir aos alunos que descrevam suas famílias, quem faz parte dela, quantas pessoas há, se têm irmãos ou irmãs. Converse com eles sobre os diferentes tipos de famílias na atualidade.

E

Dê ênfase aos pontos de exclamação e chame a atenção, inclusive, para o uso das reticências no discurso.

Trata-se de um recurso usado para expressar pausa de pensamento, reflexão, dúvida, entre outros sentimentos que pausam a fala. Sempre que aparecerem reticências no texto, ao longo do conto, destaque e questione a função desse recurso.

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Ed ito ra

Na página 13, Pê pergunta a Ludmila se há famílias como a deles. Solicite que os alunos leiam novamente essa página e expliquem o que faz a família de Pedro e Ludmila ser diferente. Quando a menina diz que tio João é como um pai e o menino confirma, atesta-se que ambos se sentem protegidos pela figura paterna. Percebe-se uma atmosfera de tranquilidade envolvendo o trajeto e a conversa dos primos.

Páginas 14 e 15

(EF15LP09) (EF15LP18) (EF35LP26) (EF04GE11)

Nesse momento, é possível explorar as características das paisagens naturais (a vegetação e as pessoas) e antrópicas (as construções, os veículos, as placas, as calçadas e o asfalto), e os elementos que compõem o trânsito.

Realize a leitura dialogada dessas páginas com os alunos, destacando os componentes da paisagem urbana, entre eles as construções, as sinalizações de trânsito e o dia a dia das pessoas que vivem nesse espaço. Chame a atenção para a ciclovia, espaço destinado ao trânsito de ciclistas, a faixa elevada, as guias rebaixadas para cadeirantes, as calçadas, as vias e as poucas vegetações, comuns nas áreas urbanizadas. Peça que verbalizem o que vêem, se os espaços de vivências deles se parecem com o que está representado e, no trajeto que fazem de casa para a escola, quais elementos naturais e construídos observam.

Questione, ainda, se eles sabem o que é um guia turístico e qual é essa profissão. Então, comente que um guia de turismo é um profissional responsável por conduzir as pessoas em seus trajetos de passeios ou de viagens, orientando-as quanto aos aspectos culturais, históricos e geográficos em diferentes lugares, nacionais e internacionais.

Páginas 16, 17 e 18

(EF15LP01) (EF15LP15) (EF35LP21)

Leia com os alunos o texto da página 16 e pergunte se eles conhecem alguma família com tantos membros. Chame-lhes a atenção para o cadeirante representado. Converse com eles sobre as pessoas com deficiência, como devem ser tratadas e o respeito que se deve ter por elas. Investigue se têm alguém na família com necessidades especiais e peça que expliquem aos colegas, caso se sintam confortáveis, como é a convivência com essa pessoa. Se possível, mostre-lhes, no site: https://issuu.com/angelacardoso/docs/conviva_com_a_diferen__a_2015 (Acesso em: 17 dez. 2021), a cartilha Conviva com a diferença, a fim de enfatizar a importância de sabermos respeitar as diferenças. Aproveite, também, e chame a atenção da turma para o respeito e a valorização do idoso.

Em seguida, peça que comparem as famílias apresentadas nas páginas 17 e 18: uma numerosa e outra formada por somente duas pessoas: possivelmente o pai e a filha. Destaque, na leitura, a semelhança sonora das palavras pequeninha e Clarinha. Não obstante o sentido seja mais importante em um texto em prosa, essa semelhança confere um sentido rítmico à narrativa.

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Páginas 19, 20 e 21 (EF15LP03) (EF15LP09) (EF35LP26)

Na página 19, é apresentada outra família, os Silva. Nela, todos são ruivos e com sardas, bem parecidos um com o outro. Destaque o sentido da palavra alegremente. Escreva no quadro de giz estas locuções adverbiais para que digam qual delas melhor substitui esse termo: COM TRISTEZA COM ALEGRIA COM INDIFERENÇA

Páginas 22 e 23 (EF15LP09) (EF04GE01) (EF05HI04)

E

Nas páginas 20-21, aparece a família Cordeiro. Após observar seus membros, Pedro conclui que é uma família colorida. Solicite que os alunos digam qual é a fala de Pedro e qual é a de Lulu. Depois, que analisem as duas famílias e as descrevam, justificando a caracterização atribuída por Pedro a cada uma.

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Realize a leitura dialogada do texto dessas páginas e faça a exploração da imagem, perguntando aos alunos se, no bairro ou na comunidade onde vivem, existe esse tipo de ação, em que as famílias presenteiam as outras com um gesto de solidariedade, realizando pequenas gentilezas que tornam o convívio da vizinhança mais agradável.

Por exemplo, verifique se eles se lembram de momentos em que as famílias vizinhas ajudaram umas às outras, com pequenas ou grandes ações, exercendo, assim, a cidadania, que são os direitos e deveres das pessoas que convivem em uma sociedade.

Páginas 24 e 25

(EF15LP01) (EF15LP15) (EF35LP06) (EF35LP21)

A partir dessas páginas, começam a aparecer famílias de origens diferentes: sírios e italianos. Peça que os alunos observem a imagem da página 25 e digam o que distingue essa família das demais, principalmente o modo de vestir das pessoas, como o véu que cobre a cabeça das mulheres. Instigue-os, também, a observarem a representação do globo terrestre e a seta que aponta para o país de origem da família: a Síria.

Depois, retome com os alunos o seguinte trecho:

— Eles vieram da Síria.

Peça que verbalizem a quem o pronome eles se refere. Dessa forma, você pode avaliar se a turma associa o pronome às pessoas da família de dona Samira.

Pergunte aos alunos se eles têm animais de estimação e quais são. Comente que no Brasil o abandono de animais é considerado crime, previsto na Lei Federal n.º 14.064/2020. A ilustração dessas páginas mostra que embora a família tenha vindo de longe, trouxe consigo o animal de estimação.

Página 26, 27, 28 e 29

(EF15LP01) (EF15LP15) (EF35LP21) (EF05CI09)

Nas páginas 26 e 27, são apresentadas mais duas famílias: os Fantini e a de dona Lidinha. Leia os textos para os alunos, explorando a semelhança sonora das palavras Lidinha e abobrinha na página 27. Pergunte qual é o país de origem dos antepassados dos Fantini: a Itália. Verifique se, na turma, há crianças descendentes de italianos, qual é o sobrenome deles e quantos membros há em cada família. Nas páginas 28 e 29, aparece a família Oliveira. Provavelmente seus antecedentes vieram de Portugal.

Outro aspecto mostrado em cada uma das páginas é a comida. Nesse momento, é interessante resgatar com os alunos seus alimentos preferidos, se são típicos de algum país, para que entendam que o cardápio brasileiro adquiriu elementos de outras culturas. É importante romper com a ideia ou imagem preconcebida com base em noções generalistas sobre alimentos e costumes. Dessa forma, poderão perceber, por exemplo, que descendentes de portugueses podem preferir pizza, descendentes de africanos podem preferir macarronada, Material Digital de Apoio à Prática do Professor

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etc. Depois, dá para relacionar a origem de cada aluno com as comidas típicas dos lugares e fazer um mural.

Você pode realizar, com as crianças, um levantamento de comidas típicas de vários países, além da pizza e da feijoada. Tais atividades são importantes para mostrar aos alunos a diversidade cultural existente em seus lugares de vivência. Não deixe de comentar sobre a importância de uma alimentação equilibrada, incluindo os vegetais e os demais grupos de alimentos, para a nutrição do organismo. Ressalte que, além de um cardápio variado, o corpo humano necessita da prática de atividades físicas para sua manutenção.

Páginas 30, 31, 32 e 33 (EF15LP16) (EF35LP22) (EF05LP02) (EF04GE07)

E

Por fim, pergunte se eles conhecem a expressão popular “Tudo acaba em pizza”, se já a usaram ou mesmo já ouviram seus familiares e outras pessoas empregarem-na em diálogos. Questione o que eles acreditam que significa tal expressão. Permita que se manifestem livremente e formulem as perguntas para esclarecer o entendimento deles. Explique à turma que significa dizer que uma determinada situação não vai ser resolvida; vai acabar da mesma forma que está; que algo grave ocorrido ficará sem punição.

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Nessas páginas, apresentam-se famílias da cidade e do campo. Explore as imagens e leia os textos em voz alta. Converse com os alunos a respeito da cidade e campo, que um é interdependente do outro, que se refere ao aspecto econômico, nas relações de trabalho e no fluxo de pessoas. É fundamental conscientizá-los da importância dos trabalhadores em diversos setores da economia. Fale que a cidade representa a área urbana dos municípios, na qual se concentram a maior parte da população e o consumo de bens e serviços. O campo diz respeito à área rural, onde se localizam chácaras, sítios, fazendas, etc. e onde as pessoas geralmente criam animais, têm plantações, entre outras atividades.

Verifique se eles fazem essa associação e solicite que mencionem as vantagens e desvantagens de se morar em cada um desses locais, e se gostam de onde moram.

Nas páginas 30 e 31, pergunte qual é o nome da sinalização de trânsito em destaque na ilustração e qual item de segurança obrigatório o motorista e os passageiros do veículo estão usando, esperando-se como resposta, respectivamente, faixa de pedestre e cinto de segurança.

Nas páginas 31 e 32, trabalhe com a polissemia da palavra Mimosa que, no caso, é o nome da vaca que está ilustrada. Pergunte o que essa palavra também significa: uma fruta, uma marca ou uma cor? Assim que responderem, comente também que o nome dessa fruta recebe diferentes nomes no Brasil: mexerica, bergamota, laranja-cravo, tangerina e poncã. Por fim, questione qual dos discursos corresponde à fala de Pedro, se os alunos concordam com ele e por quê.

Páginas 34 e 35

(EF15LP03) (EF15LP04) (EF15LP15) (EF35LP04) (EF35LP05) (EF35LP21)

Nessas páginas, mais uma família é apresentada: os Fragoso. Uma vez que a literatura atua no consciente e no subconsciente, é possível ver, na ilustração, o menino imaginando o que está retratado no texto. Leia o texto em voz alta e pergunte se eles sabem o que significa “viver sobre rodas” e se já viram um trailer. Pode ser que algum familiar ou algum conhecido deles possua um veículo desses ou outro, como motorhome ou motocasa. Em caso positivo, peça que contem qual é a sensação viajar nele, caso tenham tido essa experiência.

Ludmila, ao ser questionada por Pedro em que localidade essa família estaria, diz que estão desbravando a América Latina, região que se estende do México até o sul da América do Sul, cujos países se comunicam nas línguas oriundas do latim, nesse caso, as línguas portuguesa, espanhola e, inclusive, indígena. Investigue se, entre os alunos, há algum originário desses países, que não seja o Brasil.

Pedro diz que gosta de lhamas e levanta a hipótese de se a família traria uma para casa, o que é negado por Ludmila. Converse com os alunos se eles sabem que animal é esse, onde ele vive, quais são as características e a importância dele. Fale que as lhamas são típicas dos países da América do Sul como Argentina, Chile, Equador, Bolívia e Peru. Elas fornecem leite e lã, são usadas para transportar cargas e sua carne é bastante apreciada.

Previamente, se possível, selecione e mostre-lhes imagens desse animal em seu hábitat natural, entre outras informações.

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Páginas 36 e 37 (EF15LP03) (EF35LP04) (EF15LP15) (EF15LP18) (EF04GE04)

Nas páginas 36 e 37, é apresentada outra família: os Tanaka. Solicite aos alunos que identifiquem a origem dela, o Japão. Além do sobrenome que a nomeia, outra característica que a define é o nome da mãe, Mitico.

Leia o texto e peça que mencionem qual é a ocupação da família, a partir da imagem, esperando que relacionem a feirantes. Auxilie-os a verbalizar essa classificação, pois podem encontrar dificuldade. Pergunte se já foram a uma feira com os familiares, como é esse espaço, o que mais lhes chamou a atenção e se conhecem uma família em que todos trabalham juntos. Mais uma vez, é demonstrada a interdependência entre campo e cidade, considerando-se a necessidade de produção de alimentos no dia a dia das pessoas.

Se na turma houver algum aluno descendente de japoneses, incentive-o a contar sobre seus antecedentes: quando vieram para o Brasil, o que fazem, os seus nomes, as comidas típicas desse país, entre outras curiosidades.

(EF15LP03) (EF15LP09) (EF15LP15) (EF15LP18) (EF35LP04) (EF35LP05)

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Páginas 38 e 39

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Ainda, peça que falem os nomes dos alimentos representados na ilustração e ajude-os a identificar os que não souberem.

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Nessas páginas, aparece a família Fagundes. Leia o texto para os alunos e pergunte-lhes por que Ludmila diz que essa é uma família em que cada um se vira com o que gosta. Peça que analisem as imagens que justificam a afirmação da garota, e digam quais profissões são exercidas pelos membros dessa família. É um momento também para conversar sobre as diferentes profissões que aparecem no conto e outras que existem.

Instigue os alunos e os auxilie a descrever as profissões de seus pais ou responsáveis e a que serviço se destinam. Explique a eles que cada uma, nos diferentes setores da economia, é importante para a construção de um mundo melhor. Solicite que falem sobre o que pretendem fazer quando forem adultos.

Páginas 40 e 41

(EF15LP03) (EF35LP04) (EF15LP15) (EF15LP16) (EF35LP05) (EF35LP29)

Nessas páginas, Ludmila fala de famílias que se juntam pela vida, cada um vem de um canto e termina se costurando numa mesma trama. Converse com os alunos para que eles deduzam o que ela quis transmitir: pessoas diferentes que vêm de diversos lugares e passam a conviver em um mesmo ambiente, nesse caso, o orfanato. Pergunte-lhes se sabem o que é esse lugar, por que as pessoas, principalmente crianças, vão para lá, se conhecem ou já visitaram um, ou se há algum em sua cidade. Além disso, comente que muitas crianças ficam lá até serem adotadas por alguém. No texto da página 40 está o clímax da narrativa, que é marcado pela narração de Pedro: [...] Por um momento, me vi ali.

Leve-os a refletir e a verbalizar o que o menino quis dizer com essa expressão e que sentimento está explícito nesse trecho. É importante os alunos inferirem que se trata de um instante em que Pedro transmite o pensamento de que, caso não fizesse parte da família formada por ele, a prima e o tio, poderia estar vivendo em um ambiente como esse, esperando por uma família que o adotasse. Em teoria literária, cita-se a epifania, momento transformador em que o personagem descobre algo surpreendente, que vai além de uma simples percepção.

Tome o cuidado para tratar do tema, caso tenha algum aluno na turma na condição de adotado, e explique, de forma breve, que adoção consiste no reconhecimento, por lei, de um(a) filho(a) por alguém ou por uma família.

Ainda, analise com eles a última fala de Ludmila, escreva no quadro de giz as seguintes palavras e pergunte qual delas melhor substitui a palavra trama, sem alterar o sentido na frase.

CASA HISTÓRIA BRIGA Espera-se que respondam história, a qual reúne os acontecimentos que marcam a vida de um grupo, mesmo que tenham origens diferentes, no caso do orfanato.

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Páginas 42 e 43 (EF15LP18) (EF35LP04) (EF35LP05)

A narrativa se encaminha para o desfecho, com a conclusão de Pedro de que família é mesmo como um pacote de balas, conforme a visão da prima adolescente, o que revela ter entendido que a família deles é diferente, assim como as demais, que foram aparecendo ao longo do conto. É possível que tenha algum aluno que não conviva com os pais ou parentes. Com muito cuidado na abordagem, uma vez que pode provocar sensibilização, explique à turma que família também pode ser formada por laços de afetividade. Depois de ler o texto para os alunos, verifique se eles tiveram essa percepção. Pergunte se sabem o que essa ilustração representa, uma árvore genealógica. Conte que ela indica os laços familiares de um grupo, por meio de fotos, desenhos ou nomes dos bisavós, avós, pai, mãe, irmãos, etc.

(EF35LP03) (EF15LP15) (EF35LP26)

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Páginas 44, 45, 46, 47 e 48

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Nessas páginas, chega-se ao desfecho do conto, pois Pedro se dá conta de que sua família é especial e única. Ele a classifica, metaforicamente, como uma bala de limão (página 46). Leia o texto da página 48 e solicite aos alunos que imaginem sabores de balas diferentes para cada uma das famílias apresentadas no decorrer do conto e também qual seria o sabor da família deles. Peça que justifiquem a escolha, tendo em vista as características de cada uma delas, compartilhando com você e os colegas.

Atividades de pós-leitura

O objetivo proposto para as atividades a seguir é que os alunos façam a ligação do conteúdo do texto às suas vivências, com vistas ao desenvolvimento do conhecimento linguístico e ampliação do imaginário.

Nesse momento, em que confirmarão as antecipações, solicite que resumam o que entenderam, verificando se conseguem reconstruir significados a partir dos conhecimentos que já possuíam, somados ao novo repertório que angariaram com a leitura do livro. Você poderá realizar, também, o trabalho interdisciplinar que já vem sendo desenvolvido desde o início deste material, porém de forma mais específica.

Atividade 1

(EF15LP09) (EF15LP13)

Inicie a atividade em uma roda de conversa, perguntando aos alunos se eles gostaram do livro, se a família deles se parece com alguma das que foram apresentadas na história e o que pode ter acontecido com os pais de Pedro. Incentive que manifestem livremente as suas razões, conversando com eles sobre a temática abordada, para que percebam a ocorrência de alterações na organização familiar ao longo do tempo. Para seu conhecimento, leia os textos a seguir.

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Família contemporânea Podemos observar que existe uma radical mudança na composição familiar, nas relações de parentesco e na representação de tais relações na família. Tal representação tem seu fundamento direto na transformação da configuração familiar e também nas relações sociais, ocasionando impacto profundo na construção da identidade de cada componente no interior da família. Essa construção da identidade irá rebater nas relações sociais ampliadas, não somente no seio familiar. Nesse contexto encontramos a “nova família”, que se caracteriza pelas diferentes formas de organização, relação e em um cotidiano marcado pela busca do novo. Os arranjos diferenciados podem ser propostos de diversas formas, renovando conceitos preestabelecidos, redefinindo os papéis de cada membro do grupo familiar. [...]

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Tais arranjos diversificados podem variar em combinações de diversas naturezas, seja na composição ou também nas relações familiares estabelecidas. A composição pode variar em uniões consensuais de parceiros separados ou divorciados; uniões de pessoas do mesmo sexo; uniões de pessoas com filhos de outros casamentos; mães sozinhas com seus filhos, sendo cada um de um pai diferente; pais sozinhos com seus filhos; avós com os netos; e uma infinidade de formas a serem definidas, colocando-nos diante de uma nova família, diferenciada do clássico modelo de família nuclear. Temos como consequências dessas mudanças as transformações das relações de parentesco e das representações dessas relações no interior da família. Cada vez mais, são encontradas famílias cujos papéis estão confusos e difusos se relacionados com os modelos tradicionais, cujos papéis eram rigidamente definidos. As relações, comparadas com as estabelecidas no modelo tradicional, estão modificadas, os próprios membros integrantes da nova família estão diferenciados, a composição não é mais a tradicional, as pessoas também estão em processo de transformação, no sentido da forma de pensar, nos questionamentos, na maneira de viver nesse mundo em processo de mudança. [...]

OLIVEIRA, Nayara Hakime Dutra. Recomeçar: família, filhos e desafios [on-line]. São Paulo: Unesp, 2009. p. 67-68. Disponível em: https://books.scielo.org/id/965tk/pdf/oliveira-9788579830365-03.pdf. Acesso em: 17 dez. 2021.

Para que uma adoção se concretize, existem requisitos previstos em lei: decisão judicial, consentimento dos pais biológicos (a não ser que sejam destituídos do poder familiar), consentimento do adotando (se maior de 12 anos), estágio de convivência, entre outros. É preciso passar por todo um processo para que ela venha, então, a ser concedida. [...]

BRASIL.“Adoção à brasileira”: o que é isso? Jusbrasil. Disponível em: https://direitofamiliar.jusbrasil.com.br/artigos/561219481/adocao-a-brasileira-o-que-e-isso. Acesso em: 13 dez. 2021.

Com relação ao assunto tratado no texto, que envolve a pluralidade das famílias e a união por laços sanguíneos e afetivos, também é oportuno comentar com os alunos sobre a adoção, atentando-se para não constranger algum deles, que porventura tenha sido adotado. Explique à turma que a adoção é um processo afetivo legalizado, em que a pessoa adulta aceita espontaneamente a outra como filho.

Atividade 2

(EF15LP03) (EF15LP09) (EF15LP18) (EF35LP04)

Para aferir o entendimento da turma acerca do texto lido, faça os seguintes questionamentos, os quais podem ser respondidos oralmente ou no caderno. a) Quem conta a história?

Pedro, ou somente Pê.

b) Qual é o assunto principal tratado no conto?

Famílias. c) O título combina com a história? Por quê?

Resposta pessoal. d) Quem são os personagens do conto?

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Pedro, Ludmila e tio João. Os alunos podem classificar todas as pessoas, inclusive animais, que encontraram nas páginas do livro. Então, fale que os personagens, em uma narrativa, são aqueles que realizam uma ação, por meio de fala ou de alguma atividade. e) Que outros nomes vocês dariam aos personagens?

Resposta pessoal. f) Quem é o personagem central da história?

Pedro. g) O que acontece na história?

h) Onde se passa a história?

E

Enquanto Pedro e Ludmila fazem o trajeto da escola para a casa, eles conversam sobre a família deles e as demais.

i) Quando a história acontece?

No período da manhã, antes do almoço.

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j) O que Pedro descobre?

Ed ito ra

No caminho que fazem da escola para a casa; na rua onde moram.

Que cada família é diferente uma da outra.

k) Que sabor ele dá à família dele?

Limão.

l) De qual momento do conto você mais gostou? Por quê?

Resposta pessoal. É importante que você os auxilie a se manifestar, fazendo perguntas, por exemplo: da parte em que Pedro está na saída escola, quando Ludmila chega para buscá-lo, quando veem as diferentes famílias, da cena do orfanato, da árvore genealógica, do final, ou de outra que mais tenha lhe chamado a atenção?

Atividade 3

(EF15LP03) (EF15LP09) (EF15AR04)

Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

Arte Fora do Museu/Creative Commons

Retome com os alunos a arte do grafite, representada nas páginas 8 e 9 do livro, que é uma forma artística feita em espaços públicos urbanos, geralmente em muros e paredes, por meio de desenhos, palavras ou rabiscos. Se possível, use um projetor e mostre à turma imagens de alguns grafites para contextualizar esse tipo de arte, conforme os exemplos a seguir.

Grafite para celebrar o aniversário de Ceilândia-DF. 2021.

Os Gêmeos. Grafite na entrada do Museu de Arte Moderna (MAM) de São Paulo-SP. 2011.

Convide-os agora a fazerem seu próprio grafite, bem colorido, em uma folha de papel, como se fossem Material Digital de Apoio à Prática do Professor

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substituir as páginas 8 e 9 do livro. Essa atividade auxilia no desenvolvimento da criatividade e da coordenação motora fina. Eles podem buscar inspiração nos lugares por onde passam, nos desenhos que mais gostaram de ver ou outro que queiram criar. É possível escrever algum texto (palavras ou frases) relacionado à arte que produziram. Ao final, eles devem compartilhar os desenhos, que poderão ficar expostos em um mural na sala de aula, e contar o que representaram.

Atividade 4 (EF35LP05) (EF35LP22) (EF04LP03)

Nas páginas 10 e 11, Lulu, ao falar, usa uma expressão bastante comum entre os adolescentes: “tipo”. Questione-os de que outra forma poderia ser escrita essa fala, sem a palavra “tipo”. Solicite que copiem o trecho no caderno e substituam tal termo. Por exemplo:

E

Bem, coisas, sabe, que a gente não planeja, mas quando vê é assim que é, e não de outro jeito, entendeu?

Bem, coisas, sabe, não planejadas, mas quando vê é assim que é, e não de outro jeito, entendeu?

Ed ito ra

Bem, coisas, sabe, inesperadas, mas quando vê é assim que é, e não de outro jeito, entendeu?

FA LA R

Bem, coisas, sabe como? A gente não planeja, mas quando vê é assim que é, e não de outro jeito, entendeu?

Nas páginas 12 e 13, mais uma vez pode-se ver a presença de marcas da oralidade em palavras como desencana e construções como cão que caiu da mudança e me amarro em você. Pergunte aos alunos o sentido delas: a primeira, gíria para não se preocupe; a segunda, perdido, desamparado; a terceira, gosto de você. A partir disso, escreva no quadro de giz as seguintes (ou apenas algumas) expressões populares listadas a seguir e solicite que digam qual é o significado de cada uma delas, caso as conheçam. Previamente, auxilie-os, dando exemplos, de acordo com o contexto em que eles vivem.

• Marcar touca – perder tempo

• Tirar o pai da forca – estar com pressa

• Falar pelos cotovelos – falar demais

• Dar nomes aos bois – dizer os nomes

• Tomar chá de cadeira – ir a um baile e não dançar; esperar muito

• Quebrar um galho – fazer um favor

• Estar com a faca e o queijo na mão – estar em vantagem numa situação • Estar com a corda no pescoço – estar com um problema difícil de ser resolvido • Tirar onda – debochar, ironizar

• Enfiar o pé na jaca – exagerar, passar dos limites • Pagar um mico – passar vergonha • Entrar pelo cano – estar em uma situação difícil; quando alguém se dá mal

No site: https://www.portugues.com.br/gramatica/os-diversos-falares-regionais-um-olhar-curioso.html (Acesso em: 17 dez. 2021), há uma série de gírias usadas nas diferentes regiões brasileiras. Dependendo do lugar onde os alunos vivem, é interessante que façam uma pesquisa sobre expressões típicas e seu significado. Depois, podem criar um dicionário de gírias regionais.

Atividade 5

(EF15LP03) (EF35LP26) (EF04LP03)

Nos textos das páginas 19 a 21, começam a aparecer os sobrenomes das famílias. Nesse momento você pode explorar os sobrenomes dos seus alunos. Peça que cada um diga o seu e qual a origem dele, caso souberem. No site: https://www.familysearch.org/pt/blog/de-onde-vem-o-seu-sobrenome (Acesso em: 17 dez.

2021), é possível conhecer a origem de diferentes sobrenomes. Se, na sua escola, houver sala de informática com acesso à internet, pode levar os alunos até lá e pedir que cada um pesquise o tema e registre-o no caderno.

Com os registros em mãos, também podem criar um mural com os sobrenomes da turma.

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Atividade 6 (EF04LP01) (EF05LP01)

Ao retomar a página 27, converse com a turma sobre a importância de praticarmos exercícios físicos e consumirmos alimentos saudáveis em nossa dieta. Diga que ela precisa ter equilíbrio entre os nutrientes, gorduras, açúcares, etc.

Use o exemplo da palavra chuchu e aproveite para propor uma atividade sobre palavras escritas com X e CH. Como são muitas as regras ortográficas para o uso dessas letras, que têm o mesmo fonema, destacamos o uso do X em: depois de ditongos (caixa) e depois das sílabas ME e EN (mexer e enxugar).

Realize um ditado, primeiramente pronunciando bem os sons. Em seguida, os alunos devem ir ao quadro de giz e escrever a palavra. Auxilie-os na escrita e na pronúncia do som, que deve ser feita por eles em voz alta.

Xampu Ameixa Chuva Enxugar Chá Chafariz Xadrez

Ed ito ra

E

Xerox Chave Chaveiro Enxame Xícara Cheiro Chute

FA LA R

Caixa Abacaxi Mexerica Bruxa Chaminé Xarope Chocolate Chuchu

Atividade 7

(EF35LP20) (EF04GE01) (EF04GE02) (EF04GE10) (EF05GE02) (EF05HI04)

Comente com os alunos que é preciso respeitar as pessoas, independentemente das diferenças culturais, sociais e econômicas. Chame a atenção para a pluralidade cultural retratada no livro, e que muito contribui para a formação da nossa cultura. Peça que contem se há, no bairro ou na comunidade onde vivem, algum grupo que tenha vindo de outro país.

Eles podem levantar a questão se o grupo da Síria é de refugiados ou de imigrantes. Para subsidiar o seu conhecimento e o dos alunos, sugerimos a leitura do texto a seguir:

Os refugiados são pessoas que escaparam de conflitos armados ou perseguições. Com frequência, sua situação é tão perigosa e intolerável que devem cruzar fronteiras internacionais para buscar segurança nos países mais próximos, e então se tornarem um ‘refugiado’ reconhecido internacionalmente, com o acesso à assistência dos Estados, do ACNUR e de outras organizações. [...] Os migrantes escolhem se deslocar não por causa de uma ameaça direta de perseguição ou morte, mas principalmente para melhorar sua vida em busca de trabalho ou educação, por reunião familiar ou por outras razões. À diferença dos refugiados, que não podem voltar ao seu país, os migrantes continuam recebendo a proteção do seu governo.

EDWARDS, Adrian. Acnur, 1 out. 2015. Disponível em: https://www.acnur.org/portugues/2015/10/01/ refugiado-ou-migrante-o-acnur-incentiva-a-usar-o-termo-correto/. Acesso em: 13 dez. 2021.

Se considerar oportuno, retome o conceito de migração. Migrantes são as pessoas que se deslocam de um local para outro, tanto imigrantes como emigrantes. Imigrante é quem chega e emigrante é quem sai de um local.

Com relação ao livro, pergunte qual é a nacionalidade dos indivíduos que representam as famílias estrangeiras e quais são suas características. Questione se eles têm vontade de conhecer a Síria, a Itália, Portugal (dos Oliveira) e o Japão e por quê.

Apresente as características das pessoas que nascem nesses países, seus hábitos e costumes. Leve para a sala de aula um mapa-múndi ou um globo terrestre e mostre a localização desses países. Mostre, inclusive, a região que abrange a América Latina, destino dos Fragoso, referida nas páginas 34-35.

Aproveite para localizar, também, algum país que os alunos eventualmente tenham citado e que seja oriMaterial Digital de Apoio à Prática do Professor

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ginário dos grupos que fazem parte dos lugares de vivência deles, conforme mencionado acima. Depois, dá para montar um gráfico e observar com a turma qual país predomina.

Heraldry/Creative Commons

O gênero textual gráfico é um recurso bastante utilizado para a sistematização de informações, para termos acesso rápido a elas, de forma bem visual. É importante para os alunos aprenderem a organizar dados, o que auxilia no raciocínio matemático.

Atividade 8 (EF04MA03) (EF04MA06) (EF04MA10)

Ed ito ra

E

Retome o que está representado na página 38 e proponha aos alunos a seguinte situação-problema. Imagine que Pedro e Ludmila resolveram, cada um, tomar uma limonada na barraca do Júlio e levar um copo para o tio João. Quanto eles deverão pagar no total? Como calcular esse valor?

FA LA R

Mapa da América Latina, sem escala, elaborado com finalidade representativa.

Multiplicação

2,50 × 3 R$ 7,50

Adição 2,50 2,50 + 2,50 R$ 7,50

Avalie se os alunos realizam a operação por meio da multiplicação ou da adição, pois ambas as formas são possíveis.

Sabendo que Ludmila tinha uma cédula de 10,00 reais, quanto ela recebeu de troco?

Multiplicação

−

10,00 7,50 2,50

R$ 7,50 – R$ 10,00 = R$ 2,50

Atividade 9 (EF15LP09)

Esta atividade permite retomar as marcas identitárias por meio do registro dos membros da família e das lembranças particulares dos alunos, e que deverá ser realizada em casa, junto com os familiares. Encaminhe a construção da árvore genealógica deles, parecida com a que está representada nas páginas 42-43, momento em que poderão desenhar e adaptar o modelo sugerido ao lado, conforme o número de irmãos, tios, primos, avós, etc., de acordo com o que descobrirem.

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S.I./Pixabay

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Ed ito ra

FA LA R

Peça, com antecedência, que os alunos pesquisem seus antecedentes, junto aos pais ou responsáveis, e, de posse das informações, criem sua própria árvore genealógica. Depois de feito o desenho e preenchida a representação com as pessoas que dela fazem parte, solicite que compartilhem com os colegas e verbalizem quem está “pendurado” na história deles.

Atividade 10

(EF35LP30) (EF04LP05) (EF05LP04)

Releia com os alunos o texto da página 44 e explore os sinais de pontuação, aspas e travessão, e suas funções. Pergunte por que nas falas dos personagens foram usados travessões e não as aspas. Espera-se que reconheçam que os primeiros são usados especialmente para marcar o início da fala e as aspas, para indicar pensamento (e também a fala), destacar um trecho, ironizar uma expressão, sinalizar palavras estrangeiras, etc.

Então, peça que identifiquem esses sinais no texto.

Depois, retome o quinto e o sexto parágrafo:

— Lembra quando eu falei que famílias são iguais a um pacote de balas?

— Lembro!

Ressalte que ambos estão no discurso direto, quando a fala dos personagens é reproduzida exatamente.

Peça que reescrevam estes parágrafos utilizando o discurso indireto, sem o uso do travessão, quando o narrador conta o que a pessoa ou o personagem falou. Possíveis respostas: Lulu perguntou se eu lembrava quando ela falou que famílias são iguais a um pacote de balas.

Eu disse que lembrava.

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Atividade 11 (EF15LP03) (EF35LP29) (EF15LP19) (EF35LP03)

Nesta atividade, você poderá retomar as características do gênero conto, no contexto do livro que foi lido.

Segue um modelo para você trabalhar com os alunos.

Título: Família: cada um tem a sua

E

Personagens: Pedro (Pê) e Ludmila (Lulu), principal e secundário, respectivamente. Outros personagens podem ser mencionados pelos alunos, como o tio João e os que aparecem na cena inicial, e que têm nomes, ou mesmo todos os que estão ilustrados no conto e que apresentam uma história. No entanto, é importante você explicar aos alunos que os personagens devem ser entendidos como aqueles que praticam uma ação na narrativa.

Narrador: Narrador-personagem, Pedro, que participa da história.

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Tempo: “Na saída da escola,” (p. 4); “[...] pois já passava do meio-dia.” (p. 26)

Espaço: “Na saída da escola,” (p. 4); “[...] começamos a caminhar para casa.” (p. 10)

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Situação inicial/quando se inicia o conto: “Na saída da escola, vejo meus amigos correndo para seus familiares.” (p. 4) Conflito/complicação: “Por que só nós três?” (p. 8).

Clímax/momento de maior suspense: “Por um momento, me vi ali. [...]” (p. 40) Desfecho/final: “Estava tudo certo agora. Eu e minha família de limão.” (p. 48)

Dê seguimento à atividade e proponha aos alunos que recontem oralmente a história que foi lida e cujos elementos foram revistos. É possível que a atividade seja feita em conjunto, em que um aluno ajuda o outro a lembrar dos acontecimentos da narrativa, acrescentando os detalhes que podem passar despercebidos.

Atividade 12

(EF35LP25) (EF15AR02) (EF15AR04)

Após a leitura e exploração do livro literário Família: cada um tem a sua, você pode pedir que cada aluno crie mais uma página, apresentando sua família, com a descrição dela e a ilustração, conforme aparece na obra, como se fosse acrescentá-la no livro. Nesse desenho, eles devem representar e descrever suas famílias: quantos membros há em cada uma, quais os graus de parentesco, do que gostam de fazer, que costumes têm, etc., compondo um novo texto e uma nova ilustração para a página do livro.

Como atividade de encerramento do “pós-leitura” do livro, pode ser feita uma reunião das famílias na escola. Depois de conversar com o gestor, você pode preparar os convites junto com os alunos e, num dia combinado, reunir as famílias deles, para apresentar a leitura do livro literário, assim como para realizarem a leitura de outros livros. Inclusive, eles podem expor a árvore genealógica de cada um e os desenhos das famílias para integrar o livro. É importante aproveitar esse momento para incentivar as famílias a realizarem leituras em casa, com as crianças, levando-as a compreender que essa prática promove o desenvolvimento de diversas habilidades cognitivas nos pequenos leitores e futuros cidadãos críticos.

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SUGESTÕES DE LEITURA

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MURRAY, Roseana. Duas casas. 1. ed. Belo Horizonte: Abacatte, 2017.

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Nesse livro, o leitor é levado a refletir sobre a separação dos pais, tema perturbador e delicado, muito presente na sociedade contemporânea. Daí surgem indagações, como: o que acontece quando uma casa se divide em duas? O pai numa casa, a mãe na outra? O que acontece dentro do coração dos irmãos? O leitor aos poucos percebe como amarrar duas casas e dois amores.

Divulgação/Editora Salamandra

Divulgação/Panda Books

Divulgação/Editora SM

FA LA R

Divulgação/Editora Abacatte

Por meio da leitura de outras histórias, lidas e ouvidas, as crianças podem ampliar ainda mais o seu imaginário, recriando e desenvolvendo suas próprias histórias. Para dar continuidade ao trabalho apresentado neste manual, sugerimos a leitura dos seguintes livros, cujas temáticas e gêneros condizem e dialogam com o que foi abordado no livro Família: cada um tem a sua.

MARTINS, Georgina. Minha família é colorida. 2. ed. São Paulo: SM, 2015.

Ângelo tem um irmão de cabelos lisos, uma mãe de cabelos ondulados, uma avó negra... Todos são diferentes e fazem parte da mesma família.

Com esse livro, é possível perceber que somos feitos da mistura de etnias, hábitos e tradições.

PARR, Todd. O livro da Família. 1. ed. São Paulo: Panda Books, 2003.

Com frases curtas, diretas e envolventes, Todd Parr trabalha neste livro as diferenças das famílias, abordando assuntos polêmicos como adoção, diferenças raciais, culturais e sociais. Os traços das ilustrações e as cores fortes aproximam e chamam a atenção da criança.

ROCHA, Ruth. O direito das crianças. São Paulo: Salamandra, 2014.

Em 20 de Novembro de 1959 foi proclamada pela ONU e pelo UNICEF a Declaração Universal dos Direitos da Criança. Neste livro, Ruth Rocha apresenta esses direitos inseridos no dia a dia das crianças, mostrando que ter uma infância feliz está em pequenos detalhes que nem sempre são valorizados.

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Antonio Prata e Laerte mostram o que acontece no mundo dos contos de fadas com quem é “feliz para sempre”. Provam, com muita graça, que até no mundo encantado uma infelicidadezinha de vez em quando não faz mal a ninguém.

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MANDELA, Nelson. Meus contos africanos. 1. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2009.

Nesse livro ilustrado, organizado pelo líder mundial Nelson Mandela, são encontrados contos tão antigos quanto a África, contados ao redor de fogueiras no final do dia desde tempos imemoráveis, contos herdados dos povos san e khoi, originalmente caçadores e criadores de animais pioneiros, deixados à imaginação daqueles que vieram do mar em grandes embarcações de velas ondeantes.

Divulgação / Editora L&PM

Divulgação/Editora Carochinha

Divulgação/Câmara dos Deputados

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Divulgação/Editora 34 Divulgação/Editora Martins Fontes

PRATA, Antônio. Felizes quase sempre. 2. ed. São Paulo: Editora 34, 2013.

BRASIL. Câmara dos Deputados. Secretaria de Comunicação Social. ECA em tirinhas para crianças. 4. ed. Brasília: Câmara dos Deputados/Edições Câmara, 2015.

Disponível em: https://plenarinho.leg.br/wp-content/uploads/2018/07/ ECA_2015_150dpi.pdf. Acesso em: 13 dez. 2021.

RAMOS, Lázaro. Sinto o que sinto. São Paulo: Carochinha, 2019.

Esse livro tem como protagonista o personagem Dan, já conhecido entre os fãs do Mundo Bita, e discute temas importantes para crianças e adultos – sentimentos, ancestralidade, pertencimento, diversidade cultural, aceitação e respeito às diferenças. O livro conta com dois enredos numa mesma narrativa.

MAXEINER, Alexandra; KUHL, Anke. É Tudo Família! Porto Alegre: L&PM, 2019.

De vez em quando, Lucas briga com a irmã Elisa. Júlia não tem irmãos, mas tem tudo em dobro. Davi tem um três-quartos-de-pai que ele adora. Carla e Maurício têm duas mães e dois pais. Carolina está muito triste e não quer ter outra mãe. Paula ganha duas festas por ano: a de aniversário e a de dia da chegada. O pai de Maurício chama-o de pituquinho. Lucinha tem a voz igualzinha à da mãe. Porém, todos têm algo em comum: pertencem a uma família, e toda família é única!

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FA LA R

Para que o aluno atinja um nível de compreensão leitora satisfatório, é essencial, que localize, infira, interprete e relacione informações, bem como analise conteúdos e elementos do texto. É fundamental, portanto, trabalho com diferentes gêneros textuais.

Ed ito ra

O trabalho com a literatura busca que os alunos compreendam os valores estéticos das obras e nelas encontrem ferramentas capazes de torná-los leitores críticos, a partir das histórias que leem e que ouvem. Ao aproximá-los das narrativas, a escola proporcionará valorosas experiências, que levarão consigo ao longo da vida, e os instigará a se tornarem protagonistas de sua própria história.

Joshua Hoover US Department of Education

LITERACIA FAMILIAR

Assim sendo, é fundamental que você perceba a importância de indicar obras variadas, procurar autores e ilustradores nacionais, que apresentam diferentes gêneros, estilos, contextos e vivências sociais, não só partir de obras traduzidas, que também têm sua relevância.

Ainda, sempre que possível, para o desenvolvimento da literacia familiar, sugira para as famílias que leiam com as crianças os livros indicados neste Material Digital e outros que desejarem, buscando na biblioteca da escola e em demais meios de que dispuserem.

Divulgação/MEC

Literacia familiar é definida pela Política Nacional de Alfabetização (PNA), como o “conjunto de práticas e experiências relacionadas com a linguagem, a leitura e a escrita que a criança vivencia com seus pais ou cuidadores” (BRASIL, 2019b, p. 51). O documento revela, ainda, que essas práticas de leitura em voz alta para a criança, entre outros benefícios, estreitam os laços familiares, promovem substancialmente o desenvolvimento cognitivo das crianças e impactam positivamente em seu futuro como cidadãos.

Recomende também que os familiares acessem o guia Conta pra Mim, do Ministério da Educação, disponível em: http://alfabetizacao.mec.gov.br/ contapramim, o qual oferece livros de ficção, de poesia e livros informativos, que apresentam informações sobre o mundo e podem e devem ser lidos por pessoas de diversas faixas etárias.

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REFERÊNCIAS BRASIL. Lei n.º 9.503, de 23 de setembro de 1997. Institui o Código de Trânsito Brasileiro. Disponível em: http://www. planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9503.htm. Acesso em: 13 dez. 2021.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Base Nacional Comum Curricular. 2018. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/a-base. Acesso em: 6 dez. 2021.

E

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Alfabetização. Conta pra Mim: Guia de Literacia Familiar. Brasília: MEC, SEALF, 2019(a).

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BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Alfabetização. PNA Política Nacional de Alfabetização. Brasília: MEC; SEALF, 2019(b).

FA LA R

BRASIL. Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente. Estatuto da Criança e do Adolescente. Lei 8.069/90. Brasília: Conanda, 2019c. Disponível em: https://www.gov.br/mdh/pt-br/centrais-de-conteudo/crianca-e-adolescente/estatuto-da-crianca-e-do-adolescente-versao-2019.pdf. Acesso em: 13 dez. 2021.

BRASIL. Política Nacional de Alfabetização – PNA. Alfabetização. Disponível em: http://alfabetizacao.mec.gov.br/.

Acesso em: 6 dez. 2021.

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COSTA, Sérgio Roberto. Dicionário de gêneros textuais. 3 ed. rev. e ampl. Belo Horizonte: Autêntica, 2014.

FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Aurelinho: dicionário infantil ilustrado da língua portuguesa. 4. ed. Curitiba: Positivo, 2014.

FICHTNER, Marília Papaléo; BROSE, Elizabeth R.Z. Metodologia do Ensino de Literatura: do olhar adulto ao olhar infantil. Goiânia: Ed. da UCG, 2009.

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