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2.2 Razões
CAPÍTULO 11
TANQUES DE ARMAZENAMENTO
11.1 TANQUES DE ARMAZENAMENTO
Tanques de armazenamento são equipamentos encontrados nas refinarias e terminais. Eles são construídos com chapas de aço carbono, soldados, verticais, cilíndricos, não enterrados, sujeitos à pressão atmosférica e destinados ao armazenamento de petróleo e seus derivados.
O concreto e as ferragens no solo formam a base do tanques e se comportam como um eletrodo de aterramento, porque retêm umidade, pela resistência do conjunto ser baixa. Isso atribui ao tanque a característica de estar bem aterrado.
Os tanques de armazenamento são imprescindíveis ao funcionamento de uma unidade operacional e são classificados como:
11.1.1 TETO FIXO
Os tanques de teto fixo que obedecerem às seguintes condições podem ser considerados auto protegidos quando da ocorrência de uma descarga atmosférica, de acordo com a ABNT NBR 5419 (ABNT, 2015):
a) A espessura do teto for superior a 4 mm. b) Obter continuidade elétrica em todas as chapas. c) Possuir válvula de pressão PV para compensar a sobre ou subpressão interna. Se o tanque não tiver esse tipo de válvula, deverá ser provido de corta-chamas, que é um conjunto de chapas corrugadas que permitem, quando frias, a passagem de
vapor. No caso do aparecimento de chamas, as chapas se deformam e provocam a obstrução à passagem do vapor.
As normas não recomendam mais o uso de corta-chamas nas saídas das válvulas, porque elas podem ficar entupidas e dificultar ou mesmo impedir a saída de gases.
d) O bom aterramento é conseguido naturalmente nos tanques grandes, com diâmetro maior que 6 metros e apoiado diretamente no solo ou em base de concreto. e) Garantir a continuidade elétrica entre os medidores de nível metálicos e o costado.
Satisfeitas essas condições, nada mais é necessário fazer. Acidentes que ocorrem nesse tipo de tanque são ocasionados geralmente por falha, seja da manutenção, operação, projeto ou ainda pela adição de um novo elemento.
Internamente, o teto do tanque vai se corroendo pelos vapores dos combustíveis. A manutenção deve ser instruída a verificar periodicamente e condenar aqueles tanques que estejam com espessura inferior a 4 mm. É importante notar que essa prescrição se aplica a qualquer parte do teto, isto é, o valor 4 mm é um valor mínimo e não um valor médio.
Instalar sistemas de controle, de medição ou temperatura e não prever o uso de protetores poderá transferir para o interior do tanque, por meio dos condutores elétricos, a elevação de potencial e causar sérias consequências na queda de um raio.
Válvula de pressão não inspecionada, com molas enfraquecidas, permitem que o vapor saia à baixa velocidade e, se houver queda de raio enquanto a válvula estiver operando, as chamas poderão entrar no interior do tanque e causar explosão. Essas possibilidades sugerem a não execução de operações de enchimento ou esvaziamento de tanques durante as trovoadas.
CAPÍTULO 12
ATERRAMENTO E SUAS IMPLICAÇÕES
12.1 ATERRAMENTO PARA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS
O aterramento do sistema de proteção contra descargas atmosféricas (SPDA) deve ser integrado ao sistema de aterramento e deve fazer uso da infraestrutura existente.
Devido à elevada derivada di/dt das correntes oriundas de descargas atmosféricas, são importantes, no sistema de aterramento, a geometria e a devida equipotencialização entre as partes, utilizando-se sempre o menor comprimento de cabo possível.
Aspectos como valor da resistência do aterramento são pouco relevantes para o desempenho do sistema frente às descargas atmosféricas.
A utilização do SPDA do tipo estrutural é altamente desejável devido ao seu melhor desempenho e ao seu menor custo de implantação.
12.2 ATERRAMENTO DOS EQUIPAMENTOS ELETRÔNICOS
Nas décadas passadas, muito se discutiu a respeito dos sistemas de aterramento que seriam adotados em edificações com muitos equipamentos eletrônicos.
Dois sistemas disputavam preferência:
• Sistema de malha densa; • Sistema de ponto único.