Revista Petro & Química n°402

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É outra refinaria. Mataripe.

Em pouco mais de 3 anos, a Acelen transformou a Refinaria de Mataripe numa das melhores da América Latina. Investiu mais de R$ 3 bilhões em modernização, ampliando sua produção de combustíveis e derivados. Elevou os níveis de segurança e reduziu impactos ambientais. Aumentou sua participação nas comunidades locais, alcançando milhares de pessoas. Não é à toa que é outra refinaria.

3bi

EM INVESTIMENTOS EM MODERNIZAÇÃO. PRODUTOS PARA A BAHIA.

NA REDUÇÃO DE GASES EMITIDOS PELO FLARE. ISSO EQUIVALE AO CO2e CAPTURADO POR CERCA DE 370 CAMPOS DE FUTEBOL PLANTADOS COM MACAÚBA. + de30

R$ + de -20%* -17%* 60%*

NO CONSUMO DE ÁGUA. EQUIVALENTE AO CONSUMO DE CACHOEIRA E SÃO FÉLIX JUNTAS.

NO CONSUMO DE ENERGIA; REDUÇÃO CORRESPONDE A UMA CIDADE COM 2,37 MILHÕES DE HABITANTES.

*PERÍODO: 2021-2025

A matriz digital da energia brasileira

O Brasil atravessa um momento de inflexão tecnológica e institucional no setor energético. O avanço simultâneo da digitalização, a integração das fontes renováveis e o amadurecimento regulatório desenham um cenário em que inovação, rastreabilidade e certificação passam a ser exigências estruturais — e não mais diferenciais competitivos.

As grandes operadoras de óleo e gás ampliam a fronteira tecnológica com a entrada em operação de plataformas cada vez maiores e com mais tecnologia – como provam as novas plataformas P-78 e P-79, no Campo de Búzios, consolidando o Pré-Sal como o mais sofisticado laboratório digital da indústria global. A Petrobras já implementa gêmeos digitais, sistemas autônomos e analytics embarcado em tempo real, integrando mais de 20 mil sensores por unidade. Essa transformação é acompanhada pela adoção de boas práticas e padrões internacionais de certificações.

Nas fontes renováveis, a digitalização já redefine a operação de usinas eólicas e solares. Sistemas de monitoramento baseados em IA e machine learning permitem prever produção e desgaste de componentes, enquanto gêmeos digitais de turbinas e módulos fotovoltaicos otimizam o despacho e reduzem custos de O&M. No Nordeste, iniciativas apoiadas pela Abeeólica, Absolar e ANEEL investem em laboratórios de dados e projetos-piloto de integração digital de parques híbridos, aproximando a gestão das redes elétricas da lógica de “smart grids”.

A arquitetura digital conecta todos esses movimentos através de conceitos que articulam a interoperabilidade entre dados industriais, certificações técnicas e métricas ESG. Essa convergência vem sendo promovida pelo Governo Federal, por meio do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços e da Empresa de Pesquisa Energética e colocando a transição digital no centro da política industrial e energética. O Plano Nova Indústria Brasil e os Planos Decenais de Expansão de Energia (PDE 2034) apontam explicitamente para o uso de inteligência artificial, Internet das Coisas (IoT) e automação inteligente como ferramentas para ampliar eficiência, reduzir emissões e garantir competitividade global das cadeias produtivas. Toda essa movimentação, mais do que digitalizar processos, busca reprogramar a estrutura produtiva da energia em torno de uma lógica integrada, conectada e certificada. O desafio agora é garantir que as startups, fornecedores locais e centros tecnológicos brasileiros possam ocupar esse novo espaço de inovação regulada. Esse é o foco dessa edição, que traz artigos e retrospectivas imperdíveis além de notícias que completam aquelas das nossas conversas diárias nas mídias sociais e das duas newsletters semanais.

Boa leitura.

O editor

Colaboraram com imagens e informações as assessorias de imprensa.

DIRETORIA

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Retrospectiva 2025, Metas 2026

editoravalete.com.br

42. matéria de capa

Tecnologias disruptivas na arquitetura

digital do setor de energias

Acelen e a Arquitetura

Digital do Refino Nacional

Válvulas de controle:

API Q1 é nova exigência da Petrobras

FPSOs – perspectivas e ranking de maiores produtoras 42 51 57 111

6. jornal

10. Petrobras e Lactec desenvolvem software pioneiro para a análise de energia eólica offshore no Brasil

32. especial

36. Audiência pública discute a inclusão de 275 novos blocos exploratórios no edital da Oferta Permanente de Concessão

66. artigo

66. Cada byte importa

94. opinião

94. Expansão do etanol de milho exige segurança jurídica e infraestrutura para atrair investimentos bilionários

96. retrospectiva

98. AAPG ICE 25 Rio

141. notícias da Petrobras

145. Petrobras inicia contratação para construção do FPSO Búzios 12 110

166. excelência sustentável

169. Tempestade confirma tendência de eventos climáticos extremos e expõe vulnerabilidades

187. empresas e negócios

197. produtos e serviços

Otimize a eficiência no controle de parques eólicos

Com PC aberto e tecnologia de controle baseado em EtherCAT

Tecnologia de controle baseado em PC e EtherCAT para turbinas eólicas: usado em mais de 100.000 turbinas eólicas em todo o mundo integração de todas as funções, como gerenciamento de operações, controle de inclinação, conversor, caixa de engrenagens e controle de freio, visualização, rede de parques eólicos, tecnologia de segurança e monitoramento de condições portfólio de componentes altamente escalonável:

PC industrial, sistema de E/S, software de automação TwinCAT sistema de comunicação EtherCAT rápido e integrado

Tecnologia de controle escalonável

Intervalo modular de terminais de barramento de E/S

Referência

Xinjiang Goldwind Science & Technology Co., Ltd. China

Bibliotecas de software modulares

Lançado primeiro Padrão

Internacional dedicado a ajudar organizações a tomar medidas em prol da biodiversidade

A Organização Internacional para Padronização (ISO) lançou a primeira Norma Internacional do mundo dedicada a dar suporte a organizações globalmente para que tomem medidas em prol da biodiversidade, durante sua Reunião Anual de 2025 (AM25) em Kigali, Ruanda.

ISO 17298: Biodiversidade para organizações – Diretrizes e Requisitos é um novo padrão que fornece, pela primeira vez, uma estrutura prática e escalável para ajudar as organizações a avaliar seus impactos, dependências, riscos e oportunidades de biodiversidade.

A biodiversidade — a variedade da vida na Terra — é essencial para a

saúde dos ecossistemas, economias e comunidades. À medida que a perda de biodiversidade se acelera, a nova norma ISO oferece uma ferramenta vital para ajudar as organizações a tomar medidas mensuráveis e responsáveis para proteger e restaurar a biodiversidade. Quando a biodiversidade é perdida, as empresas enfrentam custos operacionais mais altos, cadeias de suprimentos interrompidas e riscos regulatórios e de reputação. Atuar em prol da biodiversidade capacita as organizações a fortalecerem suas operações, acessar financiamento positivo para a natureza e construir confiança com clientes, órgãos reguladores e a sociedade.

@Divulgação

A chefe de Sustentabilidade e Parcerias da ISO, Noelia Garcia Nebra, disse que ao integrar a biodiversidade às estratégias e operações organizacionais, mudanças sistêmicas em larga escala podem acontecer onde mais importa.

“Muitas organizações reconhecem a urgência de ações em prol da biodiversidade, mas trilhar esse caminho pode ser complexo. Até agora, não havia um padrão globalmente acordado para que as organizações integrassem a biodiversidade em suas estratégias e operações. Essa falta de uma estrutura comum contribuiu para abordagens fragmentadas e crescente confusão à medida que os riscos e expectativas relacionados à natureza aumentam. A ISO 17298 aborda essa lacuna ao oferecer um roteiro estruturado que permite que as organizações avaliem os impactos relacionados à biodiversidade e os considerem efetivamente em suas estratégias. O padrão incorpora a biodiversidade às principais práticas de governança e gestão de riscos — não apenas aos relatórios de sustentabilidade — garantindo o alinhamento com as expectativas globais e as operações organizacionais”, disse Noelia.

O novo padrão foi projetado para ser interoperável com outras iniciativas

amplamente utilizadas, como ISO 14001, ISO 26000, TNFD e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), e contribui diretamente para o Quadro Global de Biodiversidade de KunmingMontreal, particularmente a Meta 15 sobre ação corporativa.

O Diretor de Padronização da ISO, Marco Rossi, disse que, fundamentalmente, a ISO 17298 era escalável e inclusiva, adequada para organizações de todos os tamanhos, regiões e setores.

“A ISO 17298 é adequada para uma ampla gama de usuários, desde PMEs e grandes corporações até instituições públicas e cidades. Ela apoia a produção de dados confiáveis e comparáveis sobre biodiversidade que podem embasar decisões de investimento, melhorar a divulgação e desbloquear o acesso à economia positiva para a natureza e aos mercados vinculados à biodiversidade. Ao fundamentar a ação em prol da biodiversidade em um padrão globalmente acordado, a ISO 17298 permite que as organizações passem da ambição à implementação, criando a transparência, a responsabilidade e a consistência necessárias para interromper e reverter a perda da natureza”, disse Rossi.

A norma foi desenvolvida pelo Comitê Técnico 331 da ISO sobre Biodiversidade (ISO/TC 331), que reúne especialistas de mais de 60 países. A ISO 17298 é a primeira norma publicada pelo comitê, com fluxos de trabalho adicionais em andamento para expandir ainda mais a orientação nessa área crítica.

A Força-Tarefa sobre Divulgações Financeiras Relacionadas à Natureza (TNFD), uma organização de ligação com o TC331, disse que a biodiversidade era uma consideração crítica para a resiliência da estratégia de negócios, gestão de riscos e criação de valor, em todos os setores e regiões geográficas.

“O TNFD tem o prazer de ter apoiado a ISO no desenvolvimento deste importante padrão, com base em suas recomendações e orientações da abordagem LEAP (Localizar, Avaliar, Avaliar e Preparar) do TNFD. A ISO 17298 ajudará como um padrão internacional a harmonizar ainda mais conceitos, definições e abordagens, além de dar suporte às organizações para que considerem questões relacionadas à natureza em suas estratégias e

operações”, disse a diretora técnica do TNFD, Emily McKenzie.

A nova norma foi lançada durante a sessão ISO AM25 “ Do risco à ação: porque a biodiversidade é importante para o seu negócio “. Durante o evento, o Ministro do Meio Ambiente de Ruanda também apresentou a Estratégia e Plano de Ação Nacional para a Biodiversidade (NBSAP). A estratégia marca um passo significativo no avanço dos compromissos de Ruanda com a proteção e restauração da natureza.

A ISO 17298 marca o início de um conjunto mais amplo de padrões de biodiversidade. Trabalhos futuros incluem padrões sobre vocabulário, ganho líquido de biodiversidade e caracterização de produtos baseados em espécies nativas, para citar alguns. Esses padrões construirão a base técnica para ações de biodiversidade confiáveis, escaláveis e transparentes em todo o mundo.

O AM25 aconteceu em Kigali, Ruanda, pelo Rwanda Standards Board, membro da ISO para o país, até 10 de outubro, sob o tema “Unidos pelo Impacto”.

Petrobras e Lactec desenvolvem software pioneiro para a análise de energia eólica offshore no Brasil

A Petrobras e o Lactec, um dos maiores centros de pesquisa, tecnologia e inovação do Brasil, concluíram o projeto “Métodos construtivos em parques eólicos offshore”, regulado pela ANEEL, PD-00553-0068/2020, que deu origem ao software computacional CPE-Offshore.

A plataforma foi desenvolvida especificamente para auxiliar engenheiros e investidores na tomada de decisões críticas de aquisição, construção, montagem e comissionamento desses complexos projetos no mar. O Brasil, com sua costa de 7.367 km e 3,5 milhões de km² de espaço marítimo, possui ventos mais constantes e fortes no ambiente offshore, mas também desafios únicos que exigem soluções personalizadas, difíceis de se planejar com ferramentas genéricas internacionais.

O pesquisador Felipe José Lachovicz, que integra a equipe do projeto, detalhou a importância do desenvolvimento. “Planejar uma usina eólica offshore envolve equilibrar uma infinidade de

detalhes que impactam diretamente a viabilidade técnica e financeira do projeto. O CPE-Offshore surgiu para modelar essas variáveis no contexto brasileiro, oferecendo uma análise integrada e robusta”, explica Lachovicz. Composto por diferentes módulos como seleção de turbinas eólicas, definição da topologia do parque, fundações, seleção de portos, processo de instalação, manutenção, ciclo de vida e descomissionamento, um dos módulos mais cruciais do software é o módulo Cabos e Subestações responsável pelo Balance of Plant Elétrico (EBOP). Este módulo tem por objetivo dimensionar toda a parte elétrica do parque eólico, desde o sistema de coleta até a conexão com o Sistema Interligado Nacional (SIN), comparando os custos entre as diferentes tecnologias de transmissão da energia para o continente: Corrente Alternada de Alta Tensão (HVAC) e Corrente Contínua de Alta Tensão (HVDC).

“O EBOP representa aproximadamente metade dos custos totais de instalação de um parque eólico offshore. Uma modelagem adequada aqui é fundamental para otimizar soluções e reduzir despesas associadas”, ressalta Felipe Lachovicz.

Os detalhes técnicos deste módulo foram recentemente publicados em um artigo na renomada revista IEEE Access, do Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos (IEEE). O estudo, intitulado “Electrical Balance of Plant Approach for Offshore Wind Power Plants: A

Brazilian Case Study”, apresenta uma metodologia para levantamento dos custos relacionados ao sistema de coleta, sistema de exportação com otimização de compensação de potência reativa, subestações onshore e offshore e conexão com o SIN.

Descobertas-chave para o mercado brasileiro

A pesquisa apontou conclusões valiosas para o futuro da indústria no país:

Distância de break-even: para a transmissão em HVAC 230 kV/60Hz (padrão brasileiro), a distância de breakeven onde essa tecnologia se mostra mais vantajosa frente ao HVDC pode chegar a até 180 km considerando a compensação de potência reativa no meio da linha de exportação, um valor ligeiramente superior ao apresentado na literatura internacional, devido às particularidades do sistema elétrico brasileiro.

Desempenho computacional: O estudo identificou as combinações mais adequadas de reatores para compensação de potência reativa, evitando que os projetistas tenham que

testar diversas opções, o que economiza um tempo computacional valioso.

Dimensionamento físico de subestações: O módulo é capaz de estimar as dimensões físicas e o peso dos componentes e da plataforma das subestações offshore, informações críticas para o planejamento da logística, construção e fundações dessas gigantescas plataformas marítimas.

O software CPE-Offshore se consolida, portanto, como uma ferramenta estratégica não apenas para dominar a complexidade técnica de construir no mar, mas também para posicionar o Brasil na vanguarda da transição energética global.

Anglo American recebe licença para planta de filtragem de rejeitos

Em reunião da Câmara de Atividades Minerárias (CMI) do Copam - Conselho Estadual de Política Ambiental a operação da planta de filtragem de rejeitos da Anglo American no sistema Minas-Rio, em Conceição do Mato Dentro, na região Central de Minas Gerais foi licenciada.

A planta é resultado de uma condicionante de 2018 que solicitava à mineradora um estudo de alternativas que reduzissem ou eliminassem o uso de barragens para a disposição de rejeitos; após estudo de várias opções, a filtragem demonstrou ser a solução mais viável: a filtragem a vácuo, que separa a água da polpa de rejeitos, permite seu reaproveitamento no processo produtivo, reforçando a responsabilidade ambiental e o compromisso com a eficiência

operacional na gestão hídrica. A planta –fruto de investimentos da ordem de R$ 5 bilhões - está sendo instalada em área licenciada, utilizará a pilha de estéril existente para a disposição do material filtrado, e evitará o lançamento de até 85% dos rejeitos gerados no MinasRio para a única barragem do sistema minerário.

Além da planta de filtragem que entra em operação em 2026, a Anglo American estuda filtrar 100% dos rejeitos do Minas-Rio e reaproveitar os materiais já despejados, com o objetivo de evitar a necessidade de utilização de barragem no futuro. O projeto também elimina a necessidade de implantação de uma segunda estrutura de contenção na Mina do Sapo, conforme estava previsto nos estudos iniciais do complexo.

ESTAÇÃO DE TESTE E CALIBRAÇÃO DE VÁLVULAS DE SEGURANÇA

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Royalties: valores referentes à

produção

de julho para contratos de partilha de produção foram distribuídos a estados e municípios

Foram concluídas (30/09) todas as etapas da operacionalização da distribuição de royalties pela ANP, relativos à produção de julho de 2025, para os contratos de partilha de produção.

O valor de partilha repassado diretamente aos estados foi de R$ 629.079.356,33, enquanto os municípios receberam R$ 831.632.384,13. Em termos de número de beneficiários, os repasses foram feitos a 479 municípios e 2 estados. Com isso, nessa data, encerram-se os repasses totais diretamente aos entes beneficiários referentes aos contratos tanto de partilha de produção, quanto de

concessão e cessão onerosa (ocorridos no dia 25/9), relativos à produção de julho de 2025.

O montante total de royalties da produção de julho de 2025 dos regimes de concessão, cessão onerosa e partilha destinados aos municípios, estados e União foi de R$ 5,5 bilhões.

Os valores detalhados de royalties por beneficiário, incluindo os dados históricos, estão disponíveis na página Royalties. Os dados relativos ao mês corrente estão sendo consolidados e serão publicados em breve na mesma página.

A ANP é responsável por calcular,

apurar e distribuir os royalties aos entes beneficiários (União, Estados e Municípios). Os royalties são distribuídos aos beneficiários segundo diversos critérios estabelecidos na Lei nº 7.990/1989 e Decreto nº 1/1991 (distribuição da parcela de 5% dos Royalties), e Lei nº 9.478/1997 e Decreto nº 2.705/1998 (distribuição da parcela acima de 5% dos Royalties).

A Agência preza pela ampla transparência quanto aos recursos distribuídos aos entes beneficiários, bem como pela execução criteriosa das etapas operacionais intrínsecas à complexa atividade de distribuição de royalties,

em âmbito nacional, à União, estados e municípios, conforme competências estabelecidas na legislação vigente.

Não há data estabelecida para o pagamento dos valores referentes aos royalties, de acordo com a legislação aplicável. Apesar disso, a ANP está empenhada em fazer com que as receitas decorrentes dos royalties cheguem aos beneficiários no menor tempo possível.

Os valores e datas dos depósitos, bem como respectivos beneficiários, podem ser consultados no sítio eletrônico do Banco do Brasil. Para Royalties, no campo Fundo, selecione “ANP – ROYALTIES DA ANP”.

Kongsberg fecha acordo para simulador de sala de máquinas potente

A Kongsberg Maritime garantiu um contrato para fornecer um simulador de sala de máquinas para a Academia Marítima e Centro de Treinamento Aboa Mare, na Finlândia.

Este simulador avançado aumentará as capacidades de treinamento ao fornecer cenários realistas e imersivos para estudantes de engenharia naval.

O simulador foi projetado para replicar as operações complexas das modernas salas de máquinas, permitindo que os trainees desenvolvam habilidades práticas em um ambiente seguro e controlado.

Ele suporta uma variedade de sistemas de propulsão e auxiliares, refletindo os mais recentes padrões da indústria.

A instalação reforçará a posição da

Aboa Mare como uma instituição líder em treinamento marítimo, alinhando-se ao seu compromisso com educação de alta qualidade e segurança no setor de transporte marítimo.

A tecnologia da Kongsberg Maritime visa melhorar a competência e a confiança dos futuros engenheiros navais, contribuindo para operações marítimas mais seguras e eficientes.

REIQ é referência em estudo sobre governança de gastos tributários

O presidente-executivo da Abiquim, André Passos Cordeiro, participou do lançamento do estudo “Gastos tributários em cenário de carga tributária crescente: o desafio de reformar”, conduzido pelo economista Pedro Fernando Nery. A pesquisa é resultado de parceria entre o Instituto Esfera de Estudos e Inovação e a Abiquim Associação Brasileira da Indústria Química.

O estudo propõe avanços na governança dos gastos tributários, com mais transparência, contrapartidas e avaliações periódicas. O documento também aponta que o Brasil deve enfrentar nos próximos anos pressões sobre sua carga tributária, reforçando a importância de políticas que tornem os incentivos fiscais mais eficientes.

Um dos destaques do levantamento é o Regime Especial da Indústria Química (Reiq), citado como exemplo de política pública eficiente. O regime reduz alíquotas de Cofins e PIS/Pasep sobre matériasprimas e insumos utilizados na produção de produtos químicos, com o objetivo de reduzir custos, estimular investimentos e impulsionar a competitividade internacional. Além disso, exige contrapartidas claras e compromissos das empresas beneficiadas, como manutenção da regularidade fiscal, cumprimento de normas de segurança e saúde do trabalho e adoção de medidas de compensação ambiental.

“O Reiq mostra que incentivos podem ser bem estruturados, com contrapartidas claras e resultados mensuráveis. Esse modelo precisa inspirar a formulação de novos instrumentos, como a futura LGGT (Lei Geral dos Gastos Tributários), para que o país consiga compatibilizar responsabilidade fiscal com desenvolvimento econômico e social. A Associação tem defendido que a política tributária seja um instrumento de competitividade e sustentabilidade. O Brasil não pode se limitar a aumentar a carga tributária sem qualificar seus gastos tributários. A experiência do Reiq é a prova de que é possível construir soluções equilibradas”, afirmou André Passos, presidente executivo da Abiquim.

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Brasil amplia mistura de renováveis

A partir de 1º de agosto passaram a valer em todo o território nacional as novas misturas de biocombustíveis aprovadas pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE): o E30 — que eleva o teor obrigatório de etanol anidro na gasolina de 27% para 30% — e o B15, que aumenta a adição de biodiesel no diesel de 14% para 15%.

As medidas fazem parte da Lei do Combustível do Futuro e representam um passo decisivo rumo à autossuficiência e à transição energética no país. Segundo o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira , a iniciativa reforça o compromisso do governo com uma matriz mais limpa, eficiente e soberana.

Além de ampliar o uso de fontes renováveis e reduzir a dependência de combustíveis fósseis, o E30 deve gerar

“Com este ato histórico, o Brasil volta a ser autossuficiente em gasolina após 15 anos e reduz a necessidade de importação de diesel. Isso é soberania energética. Medidas como essas mostram nossa visão estratégica e fortalecem nossa vocação de paraíso dos biocombustíveis”, afirmou o ministro.

@Tauan Alencar/MME
@Arte/MME

um excedente exportável de cerca de 700 milhões de litros de gasolina por ano. A medida também deve resultar na criação de mais de 50 mil empregos e em investimentos superiores a R$ 10 bilhões na cadeia produtiva de etanol. A nova mistura vale para a gasolina comum e aditivada, enquanto as gasolinas premium continuam com teor de 25%.

No caso do B15, a medida contribui diretamente para a descarbonização do transporte pesado, um dos segmentos mais desafiadores da matriz de mobilidade. Estão previstos mais de R$ 5 bilhões em novos investimentos em usinas e unidades de esmagamento de soja, além da geração de mais de 4 mil

postos de trabalho.

Outro impacto importante está na inclusão produtiva. Com o B15, cerca de 5 mil novas famílias da agricultura familiar devem ser incorporadas ao Programa Selo Biocombustível Social, gerando incremento estimado de R$ 600 milhões na renda dos produtores rurais.

A decisão do CNPE foi embasada por testes técnicos rigorosos, conduzidos pelo Instituto Mauá de Tecnologia com participação de montadoras, importadores e representantes da indústria automotiva, que atestaram a viabilidade e a segurança das novas misturas para os veículos já em circulação.

gov.br/doeorgaos

Você diz sim, o Brasil inteiro agradece.

Converse com sua família e seja um doador.

Faltam palavras, sobra gratidão.
RITA DE KÁSSIA
Autorizou a doação dos órgãos do filho

Hidrogênio Verde no Brasil e Lançamento do CELA Research H2V

A consultoria CELA (Clean Energy Latin America), especializada em assessoria financeira e consultoria estratégica para empresas e investidores no segmento de transição energética e descarbonização, e a Associação Brasileira da Indústria do Hidrogênio Verde (ABIHV) reuniram empresários e investidores ligados ao hidrogênio verde e ao setor de renováveis para apresentar o atual panorama e os novos modelos de negócios e o futuro dos projetos com o combustível no país.

No “Horizontes do Hidrogênio Verde: Conjuntura do Hidrogênio Verde no Brasil e Lançamento do CELA Research H2V”, a CELA e a ABIHV apresentam a atual conjuntura do hidrogênio verde no Brasil e no mundo, incluindo um panorama dos empreendimentos em curso e anunciados no território brasileiro.

Os executivos puderam conhecer a nova plataforma de inteligência de mercado, o “CELA Research – Módulo H2V”, lançada oficialmente no evento, com o intuito

de orientar a tomada de decisão de investimentos no Brasil. A ferramenta engloba o “Mapa de Projetos de H2V”, o novo índice de custo de produção do combustível e seus derivados (Índice LCOX Brasil) e os requisitos de enquadramento de projetos nas certificações europeias (Matriz de Conformidade RFNBO-EU H2V), incluindo um estudo de caso na área.

Segundo Camila Ramos, CEO da CELA, já foram anunciados 111 empreendimentos de hidrogênio verde, amônia verde, e-metanol e aço verde em curso no Brasil, com um total de investimentos da ordem de R$ 454 bilhões. “No entanto, a grande maioria dos projetos estão na fase de estudos. Nossa proposta com o evento e com os novos produtos que vamos apresentar é oferecer uma ferramenta estratégica essencial para orientar a tomada de decisão no ambiente de negócios brasileiro. A transição energética e a descarbonização já são uma realidade no país – e o hidrogênio verde pode ter um papel central nesse processo”, comenta.

Para Fernanda Delgado, diretora executiva da ABIHV, “o evento será uma oportunidade valiosa para apresentar e ressaltar a concretude dos projetos de hidrogênio, amônia, metanol e fertilizantes verdes, além de discutir temas chave para o desenvolvimento setorial, como a competitividade dos produtos nacionais e a certificação”. Com mais de R$63 bilhões em investimentos, previstos já em 2026, a indústria avança com passos firmes e acelerados rumo à neoindustrialização verde.

Camila Ramos (esq), Fernanda Delgado (dir).

Chiyoda e Toyota construirão sistema de eletrólise de água para projeto de hidrogênio de baixo carbono

A Chiyoda Corp. anunciou planos para entregar um sistema de eletrólise de água, atualmente em desenvolvimento pela Chiyoda e pela Toyota Motor Corporation, para um negócio de produção de hidrogênio de baixo carbono conduzido pela Toyota Tsusho Corp., Eurus Energy Holdings Corporation e Iwatani Corporation na Aichi Steel Corporation.

O projeto foi certificado pelo Ministério da Economia, Comércio e Indústria sob o “Programa de Apoio com Foco na Diferença de Preços”, baseado na Lei de Promoção da Sociedade do Hidrogênio, que apoia o uso de hidrogênio de baixo carbono, etc., para uma transição suave para uma “estrutura econômica descarbonizada e voltada para o crescimento”. A Chiyoda planeja instalar o sistema de eletrólise de água na Fábrica de Chita da Aichi Steel usando uma usina eólica de propriedade da

Eurus Energy. A Chiyoda fabricará e venderá equipamentos de eletrólise de água utilizando chaminés fabricadas pela Toyota, combinando as tecnologias de células de combustível e o conhecimento em chaminés e produção em massa da Toyota com a expertise em projeto de plantas de processo e a capacidade de construção de plantas em larga escala da Chiyoda. Como uma empresa de engenharia abrangente, a Chiyoda atua na produção upstream de hidrogênio e no desenvolvimento de tecnologias de utilização de hidrogênio e de transportadores. A Chiyoda combina suas capacidades internas em tecnologia de hidrogênio com projetos de Engenharia, Aquisição e Construção (EPC), desde os estudos iniciais de viabilidade, com o objetivo de fortalecer ainda mais as cadeias de valor do hidrogênio.

LESER amplia sua capacidade produtiva no Brasil

A LESER deu mais um passo significativo em seu compromisso contínuo com a excelência em segurança industrial no mercado brasileiro. A empresa realizou a expansão de praticamente 100% de sua área operacional no país, fortalecendo sua estrutura para atender às crescentes demandas do mercado e garantir ainda mais segurança e confiabilidade aos clientes em todas as etapas dos processos. O investimento contemplou não apenas a ampliação do espaço físico, mas também a instalação de novas bancadas de testes, cabines de pintura

e jateamento, além do aprimoramento dos processos de qualidade e da infraestrutura operacional. Essa expansão reflete o compromisso permanente do Grupo LESER com a inovação, a qualidade e a segurança, em linha com sua missão baseada em Comprometimento, Eficiência e Precisão. Com essa nova estrutura, a LESER Brasil está ainda mais preparada para oferecer soluções completas, confiáveis e com prazos de entrega reduzidos, reforçando sua posição como referência em válvulas de segurança no país.

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Evonik faz parceria para avançar na automação da reciclagem de termoplásticos

Gianluca Merola (Schneider Electric), Hendrik Rasch (Evonik), Delphine Largeteau (Schneider Electric), Alper Aksit (Evonik), Jessica Bethune (Schneider Electric) e Patrick Glöckner (Evonik) na K 2025.

A Evonik firmou parceria com a Schneider para automatizar uma planta de processamento de termoplásticos na unidade da Evonik em Essen Goldschmidt, na Alemanha. A colaboração visa aumentar a eficiência dos processos mecânicos de reciclagem de plástico e melhorar a qualidade dos materiais reciclados, reforçando o compromisso de ambas as empresas com os princípios da economia circular.

A Evonik traz expertise em aditivos de alto desempenho e forte foco em circularidade, enquanto a Schneider contribui com soluções de automação

e digitalização de processos. Juntas, as duas empresas estão bem-posicionadas para impulsionar a inovação e a transformação nos setores de reciclagem e processamento de termoplásticos.

“A digitalização é essencial para o avanço da circularidade. Nossa colaboração com a Evonik demonstra como a automação pode aumentar a eficiência e a qualidade da reciclagem, demonstrando o poder do trabalho em equipe na construção de um futuro sustentável”, disse Jessica Bethune, vice-presidente de Automação Industrial DACH da Schneider Electric.

“Nossa parceria com a Schneider

@Evonik

Electric destaca como a digitalização e a química possibilitam a circularidade nos plásticos. A combinação da automação de processos da Schneider Electric com nossos aditivos inovadores eleva o processamento de termoplásticos a um novo patamar, alinhando-o aos princípios da economia circular”, afirmou Patrick Glöckner, chefe do recém-anunciado Programa Next Markets da Evonik.

O primeiro passo da nova parceria é a digitalização de uma planta piloto existente na unidade de Goldschmidt da Evonik. Essa instalação será equipada com uma abordagem de automação aberta, permitindo a coleta e a contextualização de dados de diversas máquinas em um ponto de acesso central. Essa estratégia

baseada em dados visa analisar o desempenho, reduzir ou eliminar o trabalho manual e otimizar etapas de cálculo separadas.

Os objetivos de longo prazo da colaboração incluem alavancar experiências de laboratório, melhorar o posicionamento de soluções existentes apoiadas por dados quantificados, diminuir o tempo de colocação no mercado de novos desenvolvimentos de aditivos e aumentar a escalabilidade de plantas piloto para unidades comerciais.

O escopo desta cooperação vai além da reciclagem de plástico; ela abrange o processamento geral de plásticos com forte ênfase na circularidade.

AIE eleva estimativa de excesso recorde de oferta de petróleo em 2026

O mercado mundial de petróleo deve enfrentar um superávit ainda maior em 2026, que pode chegar até 4 milhões de barris por dia, à medida que os produtores da Opep+ e rivais aumentam a produção e a demanda continua lenta, segundo último levantamento da IEAAgência Internacional de Energia.

A previsão de 4 milhões de bpd equivaleria a quase 4% da demanda mundial e é muito maior do que as previsões de outros analistas.

A OPEP+ está adicionando mais petróleo bruto ao mercado depois que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo, a Rússia e outros aliados

decidiram reverter alguns cortes de produção mais rapidamente do que o previsto. A oferta extra está aumentando os temores de um excesso de oferta e pesando sobre os preços do petróleo este ano. E na visão da AIE, a oferta está crescendo muito mais rápido do que a demanda. Este ano, a previsão é de que a oferta aumente em 3,0 milhões de bpd, frente aos 2,7 milhões de bpd anteriores.

A IEA também reduziu sua previsão de crescimento da demanda mundial neste ano para 710.000 bpd, uma queda de 30.000 bpd em relação à previsão anterior.

“O uso de petróleo permanecerá

moderado no restante de 2025 e em 2026, resultando em ganhos anuais previstos em torno de 700.000 barris por dia em ambos os anos. Isso está bem abaixo da tendência histórica, já que um

clima macroeconômico mais severo e a eletrificação do transporte provocam uma forte desaceleração no crescimento do consumo de petróleo”, afirma o relatório mensal.

As previsões de demanda da AIE mostram que a agência espera uma transição mais rápida para fontes de energia renováveis do que outros analistas, como a OPEP – que manteve sua previsão de que a demanda aumentará em 1,3 milhão de bpd este ano, quase o dobro da taxa esperada pela AIE, e para quem a economia mundial está indo bem.

Mas a AIE continua afirmando que o mercado mundial parece estar com excesso de oferta como indicou que relatório recente. Uma pesquisa da Reuters de setembro pp sugeriu que o mercado poderia enfrentar um excesso de oferta de 1,6 milhão de bpd em 2026.

@Divulgação

Clariant expande capacidade para retardantes de chamas

A Clariant concluiu

seu investimento de 100 milhões de francos suíços (algo em torno de US125 milhões) na unidade de Daya Bay, com a segunda linha de produção totalmente operacional em novembro. Essa capacidade expandida fortalece a capacidade da Clariant de atender à crescente demanda por soluções retardantes de chamas mais sustentáveis na Ásia e no mundo, especialmente no setor de mobilidade elétrica em rápida expansão.

“Nosso investimento contínuo na unidade de Daya Bay reforça nosso compromisso em apoiar o crescimento significativo das aplicações de plásticos de engenharia nos segmentos de mobilidade elétrica e elétrica e eletrônica”, afirmou Angela Cackovich, Presidente de Negócios de Adsorventes e Aditivos para a EMEA e Membro do Comitê Executivo de Direção. “Com esta fábrica de classe mundial, fortalecemos nossa posição de liderança em soluções de segurança contra incêndio inovadoras e mais sustentáveis, ao mesmo tempo em que aprimoramos nossa capacidade de atender clientes em toda a região da Ásia-Pacífico com prazos de entrega reduzidos e soluções personalizadas.”

Além disso, a Clariant anunciou a expansão de seu portfólio de retardantes de chamas Exolit OP com duas novas

soluções de alto desempenho projetadas especificamente para aplicações de tereftalato de polibutileno (PBT) em

mobilidade elétrica. Os novos produtos, Exolit OP 1242 (TP) e Exolit OP 1266 (TP), serão apresentados na K 2025. Os novos retardantes de chama Exolit OP abordam dois desafios críticos em aplicações de mobilidade elétrica. O Exolit OP 1242 (TP) oferece estabilidade de hidrólise excepcional, enquanto o Exolit OP 1266 (TP) proporciona um índice de rastreamento comparativo (CTI) estável de 600 V, mesmo após longos períodos de armazenamento.

Ambos os produtos atendem ao teste vertical UL 94 com classificação V-0 até uma espessura de amostra de 0,4 mm em níveis de dosagem de 15-20%.

Essas inovações são particularmente significativas à medida que o setor de mobilidade elétrica faz a transição para sistemas de alta tensão de 800 V e acima, exigindo materiais com propriedades superiores de isolamento elétrico e estabilidade de longo prazo sob condições exigentes. Os novos retardantes de chamas sem halogênio oferecem aos fabricantes uma alternativa atraente aos sistemas tradicionais baseados em trióxido de antimônio (ATO), que sofreu aumentos drásticos de preços e volatilidade na cadeia de suprimentos nos últimos anos.

“Nossas novas soluções Exolit OP não apenas oferecem desempenho técnico superior para aplicações de mobilidade elétrica, como também ajudam os fabricantes a reduzirem sua exposição às flutuações do mercado de antimônio”, explicou Mariano Suarez, Diretor de Marketing de Aditivos da Clariant. “Ao oferecer alternativas sem halogênio e sem ATO que não requerem polímeros fluorados como o PTFE, estamos permitindo que nossos clientes atendam aos crescentes requisitos ambientais dos fabricantes de equipamentos originais (OEMs), mantendo cadeias de suprimentos confiáveis.”

Como parte da ambição da Clariant de remover substâncias de alta preocupação (SVHC) de seu portfólio, a empresa também desenvolveu o Exolit

AP 422 A, que proporciona proteção excepcional contra incêndio para painéis de isolamento de poliisocianurato (PIR), ao mesmo tempo em que oferece aos fabricantes uma solução sem melamina e sem SVHC que atende aos rigorosos padrões de segurança contra incêndio. Em aplicações de espuma de poliuretano,

este versátil polifosfato de amônio sem halogênio serve como um substituto eficaz para TCPP (fosfato de tris(cloropropil)) e TEP (fosfato de trietila), proporcionando retardância robusta à chama sem efeitos plastificantes indesejados. Com fluidez de pó aprimorada para um manuseio de produção mais eficiente, o Exolit

AP 422 A permite que os clientes criem materiais de construção mais seguros e sustentáveis, alinhados às crescentes exigências regulatórias.

EXPORIO CIDADE NOVA – RIO DE JANEIRO

Mineração circular encontra minério em material tido antes como descartável

Programa desenvolvido pela EY para a Vale recupera, por meio do uso da tecnologia, o material antes descartado como rejeito nas barragens ou empilhado como estéril

A mineração circular está entre os destaques da COP30 em novembro. Suas práticas otimizam a exploração dos recursos naturais, evitando a geração de resíduos na atividade de mineração por meio da reinserção do estéril e até mesmo do rejeito na atividade produtiva.

“Há dois tipos de circularidade na cadeia de mineração. No início do processo, que se trata do aproveitamento dos resíduos resultantes da atividade de mineração, e no pós-consumo, que é quando já existe um produto derivado desses insumos minerários, como o carro, que retorna, depois do fim do seu ciclo de vida, para o processo produtivo em forma de sucata, que é reintroduzida na fabricação do aço”, diz Marcelo Andrade, sócio de estratégia e transações da EY-Parthenon.

O primeiro tipo é feito pelas mineradoras em um esforço para extrair minério de onde não existia em uma primeira análise, enquanto o segundo é realizado pelas siderúrgicas, motivo pelo qual a integração nessa indústria é o primeiro passo para a sustentabilidade. O que se pretende nessa cadeia é que a mineração não extraia os recursos de forma linear, simplesmente lavrando, processando e utilizando os materiais, com o descarte de uma parcela que supostamente não pode ser aproveitada. “O supostamente ocorre porque, na realidade, essa parcela em boa medida pode sim ser utilizada, mas precisa para isso de uma análise apurada dos materiais contidos no estéril e no rejeito”, completa. Esse é justamente o objetivo do Waste to Value, programa desenvolvido pela EY para a Vale, que aproveita os materiais antes considerados estéreis ou rejeitos.

A mineração circular se tornou um tema central para as mineradoras em meio à necessidade crescente de reutilizar os materiais residuais gerados por sua atividade. Há também um aspecto crítico nesse processo ligado à produtividade porque, ao descartar materiais que contenham teor de minério como de ferro, a mineradora está perdendo dinheiro. Estamos falando aqui da etapa no início da cadeia de mineração, que se trata do aproveitamento de materiais resultantes da atividade minerária.

Na prática, para quem não está familiarizado, ao escavar uma grande área de mina, vêm na terra minério e não minério. Todo material que não tem minério economicamente viável nessa primeira análise ainda superficial é disposto em pilhas ou direcionado para

barragens como a do Gelado em Carajás, no Pará, que pertence à Vale.

Por exemplo, as pilhas que contêm os chamados estéreis, que são os materiais inicialmente identificados como não sendo minérios, mas que, na realidade, podem conter teor de minério depois de uma análise cuidadosa por meio de métodos geofísicos avançados. Nesses casos, os dados geológicos dos materiais são obtidos sem furar as pilhas, por meio de leituras com o uso de raio-x, sensoreamento térmico, ondas elétricas, entre outras tecnologias. Com esses dados, a IA faz projeções sobre o teor existente de minério, que pode ser de ferro, por exemplo, oferecendo insights para tomada de decisão sobre o reaproveitamento dos estéreis.

Esse trabalho faz parte do projeto Waste to Value, realizado pela EY para a Vale, que, somente no ano passado, produziu 12,7 milhões de toneladas de minério de ferro por meio de fontes circulares. Até 2030, a empresa pretende que 10% da sua produção anual seja proveniente da mineração circular. O Waste to Value está inserido no modelo de mineração circular na medida em que, por meio de uma série de práticas no processo produtivo, recupera o material das pilhas e das barragens para produzir minério ou obter produtos como cimento, fertilizantes, areia, blocos construtivos, entre outros. Isso é positivo para diminuir significativamente os distúrbios ambientais e sociais, liberando inclusive áreas para que novos materiais – que não estão realmente sujeitos a reaproveitamento – sejam armazenados.

Destaque-se que há um esforço conjunto de descarbonização por parte

das mineradoras e das siderúrgicas, já que suas atividades produtivas estão interligadas. Boa parte do que se emite nessa cadeia vem das siderúrgicas, mas as mineradoras têm um papel muito relevante no fornecimento dos insumos. Isso porque quanto melhor a qualidade do minério, maior é a eficiência energética no elo siderúrgico, o que significa menos emissão de gases de efeito estufa (GEEs) por parte das siderúrgicas. O briquete verde, da Vale, por exemplo, tem alta qualidade, exigindo menor energia no processo de produção do aço.

A mineração do futuro inclui operações mais inteligentes, resultando em minas minimamente invasivas que buscam carbono neutro e redução significativa de estéril e rejeito; compartilhamento de valor na cadeia e nos territórios onde a mineradora atua; e força de trabalho capacitada para lidar com a tecnologia e os desafios atuais e futuros.

O avanço global das energias renováveis impulsiona a demanda por minerais críticos nos próximos anos, conforme revelou estudo da EY-Parthenon. Essa nova dinâmica global de energia vai criar

uma série de oportunidades para o setor de mineração, especialmente em países produtores como Brasil, Chile, China, Rússia, Peru e Indonésia. Os minerais críticos considerados pela pesquisa foram cobre, cobalto, lítio, níquel, grafite e elementos de terras raras essenciais para a transição energética.

Nos últimos cinco anos, o crescimento da geração anual de energia renovável foi de 6,2%, enquanto as não renováveis avançaram 1,2%, de acordo com a Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA). Estimativas apontam que a demanda por cobre deve dobrar até 2035, enquanto a de lítio crescerá 910% até 2050. Em relação à produção e ao processamento desses minerais críticos, a China se destaca no mundo, mas o Brasil e outros países como o Canadá podem se beneficiar de uma certa “neutralidade” geopolítica. Para a Europa e os EUA, pode fazer mais sentido, em termos de segurança de suprimento ou fornecimento, comprar do Brasil e do Canadá do que da China, motivo pelo qual precisamos nos aproveitar dessa vantagem competitiva. (Agência EY)

@Divulgação/Clariant

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Audiência pública discute a inclusão de 275 novos blocos exploratórios no edital da Oferta Permanente de Concessão

A ANP realizou (09/10) a Audiência

Pública nº 09/2025 com o objetivo de discutir a atualização do edital da Oferta Permanente de Concessão (OPC), para inclusão de 275 novos blocos exploratórios e cinco áreas com acumulações marginais, bem como atualização dos parâmetros técnico-econômicos dos blocos que já constavam no edital.

Todas as novas áreas obtiveram manifestações conjuntas favoráveis do Ministério de Menos Energia (MME) e do Ministério do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas (MMA). Elas estão localizadas nas bacias de Campos, Ceará, Espírito Santo, Parnaíba, Potiguar, Recôncavo, Santos, São Francisco, Tacutu e Tucano Sul.

ASSISTA A AUDIÊNCIA

Na abertura da audiência, o Diretor da ANP, Pietro Mendes, destacou a importância do encontro para propiciar aos agentes econômicos e à sociedade a possibilidade de encaminhamento de comentários e sugestões, além de identificar, da forma mais ampla possível,

todos os aspectos relevantes à matéria, dando publicidade, transparência e legitimidade às ações da ANP.

Segundo o Diretor, com a atualização do edital, serão disponibilizados 173 novos blocos terrestres, 102 marítimos e cinco áreas com acumulações marginais

“fundamentais para a reposição do portfólio exploratório nacional, o primeiro passo para a expansão de nossas reservas”.

“Essas medidas evidenciam o avanço do Brasil na ampliação das áreas destinadas à exploração de petróleo e gás natural, no fortalecimento da competitividade do setor e na atração de novos investimentos. Não obstante, estamos promovendo uma verdadeira transformação do setor energético nacional, construindo uma agenda de transição energética integrada, responsável e orientada para o futuro, sem abrir mão da nossa segurança energética”, afirmou.

As contribuições recebidas durante a audiência serão avaliadas e a versão final da minuta será apreciada pela Diretoria Colegiada da ANP. Após a aprovação da Diretoria, o edital será publicado e os blocos incluídos ficarão disponíveis para declaração de interesse das empresas licitantes inscritas na OPC e abertura de um futuro novo ciclo, com data ainda a ser definida.

A Oferta Permanente é a principal modalidade de licitação para exploração e produção de petróleo e gás natural no Brasil. Diferentemente das rodadas tradicionais, esse modelo permite a oferta contínua de blocos exploratórios e áreas com acumulações marginais, localizados em bacias terrestres ou marítimas.

Com isso, as empresas têm liberdade para estudar os dados técnicos das áreas e apresentar ofertas no momento que julgarem mais adequado, sem depender de prazos rígidos ou ciclos específicos de licitações. Essa flexibilidade tem

tornado a Oferta Permanente um instrumento essencial para fomentar a competitividade e atratividade do setor no Brasil.

As empresas inscritas podem apresentar declarações de interesse, acompanhadas de garantias de oferta, para um ou mais setores de blocos disponíveis no edital. Uma vez aprovada essa declaração pela Comissão Especial de Licitação (CEL), é aberto um ciclo da Oferta Permanente.

Atualmente, há duas modalidades de Oferta Permanente: Oferta Permanente de Concessão (OPC) e Oferta Permanente de Partilha da Produção (OPP), de acordo com o regime de contratação (concessão e partilha).

A oferta de blocos na bacia do Tacutu foi aprovada pelo CNPE - Conselho Nacional de Política Energética em dezembro de 2024. Se sua inclusão na oferta permanente for confirmada e houver interesse do mercado, eles podem ir a leilão já em 2026.

A bacia tem uma área de 12,5 mil km2 divididos entre Brasil e Guiana, onde é chamada de North Savannas. Fica em uma planície a cerca de cem metros de altitude com vegetação predominante de cerrado e savanas.

No início dos anos 1980, quatro poços foram perfurados, dois em cada país, mas depois a área saiu do radar da Petrobras. Segundo informações do governo, os poços não encontraram indícios de petróleo, mas há dados geoquímicos apontam para essa possibilidade e imagens sísmicas que podem indicar reservatórios.

O Instituto Arayara, por exemplo, disse entender que a área dos blocos

tem sobreposições com cinco áreas de influência direta em terras indígenas: Jabuti, Bom Jesus, Canauanim, Serra da Moça e São Marcos, onde vivem, ao todo, 20,6 mil pessoas.

A ANP afirmou na audiência que os blocos já foram recortados para evitar as sobreposições e que sua oferta é respaldada por manifestações conjuntas dos ministérios de Minas e Energia e do Meio Ambiente, que garantem aval ambiental a blocos exploratórios no país.

A pressão do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pela abertura de novas fronteiras para exploração de petróleo é alvo de protestos pelo mundo e deve ser tema relevante na COP30, a conferência

do clima da Organização das Nações Unidas, em Belém.

O governo alega que o Brasil já tem uma matriz renovável e não pode abrir mão da riqueza do petróleo. Com a proposta de inclusão de 275 novos blocos à oferta permanente de áreas para exploração de petróleo, a ANP amplia a lista para 451 blocos à espera por manifestações de interesse das petroleiras.

A lista de novos blocos inclui sete áreas na bacia do Ceará, que também é parte da margem equatorial brasileira. Há ainda blocos nas bacias de Parnaíba, São Francisco, Potiguar, Tucano Sul, Recôncavo, Espírito Santo, Campos e Santos. (InstitutoArayara)

Brasil pode ser central na descarbonização do transporte marítimo global

Relatório apresentado no Brazil Climate Summit, em Nova York, destaca que o Brasil pode atender 15% da demanda de transporte marítimo global com biocombustíveis, reduzir 170 Mt de CO2e e atrair investimento de US$ 90

O Boston Consulting Group (BCG) apresentou, durante o Brazil Climate Summit, realizado em Nova York, um estudo que retrata o Brasil como um ator central na descarbonização do transporte marítimo global. O relatório, intitulado “Seizing Brazil’s Potential for Low-Emission Marine Fuels: Unlocking Opportunities in Biofuels Under the IMO Net Zero Framework”, destaca as vantagens intrínsecas do país e seu papel na transição energética do setor.

De acordo com a pesquisa, o país já é considerado o segundo maior produtor de etanol e biodiesel do mundo e pode alavancar sua liderança em biocombustíveis para atender às exigências da estrutura regulatória do IMO Net Zero (IMO NZF) – definição da Organização Marítima Internacional para atingir emissões líquidas zero no transporte marítimo – em vigor a partir de 2028.

Segundo a consultoria, o biodiesel brasileiro (B100) apresenta um custo de abatimento de US$ 220-230/tCO2e em portos brasileiros e US$ 280-300/tCO2e em portos como Roterdã e Cingapura, ambos significativamente menores que as penalidades da IMO. Da mesma

“Com as embarcações necessitando reduzir drasticamente a intensidade de suas emissões de gases de efeito estufa (GEE), com penalidades que variam de US$ 100 a US$ 380 por tonelada de dióxido de carbono equivalente (CO2e) para o não cumprimento, haverá uma crescente demanda por combustíveis marítimos de baixa emissão. Neste cenário, os biocombustíveis brasileiros, como o biodiesel e etanol, oferecem alternativas de rápida implementação, competitivas em custo e escaláveis, cujo aumento da oferta será apoiado na restauração de terras degradadas”, afirma Arthur Ramos, diretor executivo e sócio do BCG.

forma, o etanol brasileiro mostra custos de abatimento de US$ 205-210/tCO2e em portos brasileiros e US$ 265-275/ tCO2e em portos globais, reforçando sua atratividade econômica.

“Esta vantagem pode gerar uma redução de aproximadamente 170 Mt de CO2e por ano e atender a 15% da demanda de energia do transporte marítimo até 2050, com uma oportunidade de investimento estimada em cerca de US$ 90 bilhões

especificamente para a cadeia de valor de biocombustíveis marítimos”, reforça Ramos.

No entanto, o relatório aponta que a consolidação do arcabouço regulatório da IMO, a efetividade de mecanismos de incentivo claros (com a IMO visando finalizar as recompensas até março de 2027) e os avanços tecnológicos, especialmente para motores a metanol compatíveis com etanol, são cruciais.

Potencial brasileiro para recuperação de terras degradadas

Ademais, o estudo destaca o potencial brasileiro na produção de biocombustíveis para a restauração de terras degradadas. Como líder global em agricultura regenerativa, com até 100 milhões de hectares dedicados à integração lavourapecuária-floresta e plantio direto, o país pode dedicar cerca de 25 milhões de hectares para culturas que permitam utilização com biocombustíveis, em adição à promoção do reflorestamento e

aumento da produção de alimentos. Para o BCG, essas são oportunidades claras para o Brasil investir e construir capacidade, solidificando sua posição como um líder na transição energética global. A implementação de corredores verdes e a recuperação de pastagens degradadas também podem contribuir para desbloquear a escala da produção de biocombustíveis e fortalecer ainda mais a liderança brasileira.

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Tecnologias disruptivas na arquitetura digital do setor de energias

Acelen e a Arquitetura Digital do Refino Nacional

Válvulas de controle: API Q1 é nova exigência da Petrobras FPSOs – perspectivas e ranking de maiores produtoras

Tecnologias disruptivas na arquitetura digital do setor de energias

A arquitetura digital já é considerada um elemento estratégico e transformador no setor de energias, seja nos segmentos tradicionais de óleo & gás , seja nos das fontes renováveis. No núcleo dessa transformação está o uso intensivo de tecnologias como digital twins, Internet das Coisas (IoT / IIoT), inteligência artificial (IA), big data, computação em nuvem, automação, realidade aumentada/virtual (AR/VR) e arquiteturas de TI e OT cada vez mais integradas.

No setor de óleo & gás, por exemplo, empresas como a Aramco têm adotado infraestrutura digital robusta para monitoramento em tempo real, previsão de falhas e otimização de operações. Sensores inteligentes instalados em poços, plataformas e refinarias geram

dados contínuos, que são processados por modelos de IA para antecipar riscos, reduzir custos de manutenção e melhorar eficiência operacional.

Outro avanço importante são as arquiteturas dos fornecedores de automação que integram instrumentação conectada, controle na borda (edge control), análises e serviços para permitir operações em tempo real, maior confiabilidade, segurança e interoperabilidade. As arquiteturas digitais permitem a fusão das camadas operacionais e informacionais (OT / IT), favorecendo decisões mais ágeis e baseadas em dados — por exemplo no gerenciamento integrado da produção, exploração sísmica, manutenção preditiva, segurança de campo, etc.

Uma ação inovadora da ADNOCAbu Dhabi National Oil Company, por exemplo, implantou o projeto RoboWell AI, sistema de controle inteligente que usa IA e automação para operar poços de petróleo de forma quase autônoma. A tecnologia já gerou resultados em eficiência operacional e redução de emissões, consolidando-se como

referência em automação aplicada ao upstream.

O RoboWell é uma solução pioneira de controle autônomo de poços com inteligência artificial (IA) da AIQ, em suas operações no campo offshore NASR. Implantado em parceria com a AIQ, empresa de IA sediada em Abu Dhabi, o RoboWell utiliza algoritmos de IA baseados em nuvem para operar poços de forma autônoma, que se autoajustam de acordo com as mudanças nas condições. Isso aprimora a operação segura do poço, melhora a eficiência, reduz a necessidade de viagens e intervenções físicas e, assim, minimiza as emissões. Localizado a 130 km a noroeste de Abu Dhabi, o NASR é um campo offshore totalmente digital que usa um

conjunto de soluções tecnológicas para maximizar a produção e minimizar as emissões. O RoboWell foi implantado em 10 poços iniciais no NASR, com novas implantações da solução de IA programadas para mais de 300 poços nas operações offshore e onshore da ADNOC em 2024. O RoboWell foi desenvolvido pela AIQ e pelo Thamama Excellence Center da ADNOC, um centro de última geração que utiliza big data, digitalização e análises inteligentes para ajudar a acessar recursos de hidrocarbonetos e liberar maior valor dos reservatórios existentes.

No Brasil essa transformação já aparece em projetos práticos da Petrobras que validou e vem estendendo o uso de gêmeos digitais em FPSOs e plataformas do Pré-Sal, integrando sensores, analytics e simulações em tempo real para otimizar produção, logística de escoamento e manutenção. Os projetos iniciados no início da década de 2020 já apontam ganhos em redução de paradas não programadas e melhor aproveitamento energético. E a cada novo projeto, a Petrobras entrega mais tecnologia.

Um bom exemplo disso é a FPSO P-78, uma das plataformas mais modernas do portfólio da Petrobras que passou por um amplo processo de incorporação de lições aprendidas dos últimos projetos e contempla um amplo pacote de melhorias em relação à operabilidade e segurança. Todo projeto de engenharia básica foi realizado de forma integrada, utilizando as melhores ferramentas e bancos de dados disponíveis para garantir que o FPSO opere e performe como um ativo único, seguro e eficiente.

Em relação aos diferenciais tecnológicos a P-78 traz soluções de descarbonização alinhadas com a transição energética e compromissos e ambições externas assumidos pela Petrobras para redução das emissões operacionais de gases de efeito estufa (GHG), como o World Bank Zero Routine Flaring and Venting e Near Zero Methane. Neste contexto, foram consideradas no projeto da P-78 soluções de descarbonização como: Flaring Gas Recovery System (FGRS), Recuperadores

de calor de gases exaustos dos TGs (WHRUs), variador de velocidade (VSD) em motores de bombas e compressores e o Sistema de Recuperação de gás de stripping da regeneração de TEG.

Destaque-se que projeto da P-78 marca a primeira aplicação do Sistema de Recuperação de gás de stripping da regeneração de TEG em FPSO da Petrobras, com ganhos potenciais de até 2% na redução das emissões de gases de efeito estufa (GHG).

A infraestrutura de automação da P-78 foi baseada em um sistema SCADA (Supervisory Control and Data Acquisition system) e a instrumentação baseada em protocolo 4-20mA+HART. Para o nível de controle, a P-78 especificou OPC-UA ou Modbus/TCP como padrão de protocolo de comunicação entre controladores. Adicionalmente o PI (Plant Information) é utilizado para repositório de dados e disponibilização de informação para outras ferramentas corporativas.

Na P-78 existem aplicações de tecnologias disruptivas: a plataforma possui um Machine Monitoring System (sistema de monitoramento para grandes máquinas) e um sistema de monitoramento de ativos (AMS – Asset Management System) com objetivo de diagnosticar de forma preditiva eventuais problemas com equipamentos ou operacionais. Adicionalmente, a P-78 possui um sistema de controle avançado com diversas ferramentas desenvolvidas pela Petrobras para otimização do processo.

Foi desenvolvido para a P-78 um simulador dinâmico multipróposito (como MPDS - Multi-Purpose Dynamic Simulator), que antecipa o treinamento de operadores em um ambiente simulado antes do primeiro óleo, auxilia nas atividades de comissionamento e possibilita um monitoramento preditivo em tempo real da planta de processo. Todos os próximos FPSOs em construção pela Petrobras já possuem previsão de implantação do Simulador Dinâmico Multipróposito.

O monitoramento e tratamento dos dados da unidade são absolutamente cruciais nas decisões do dia a dia. Monitoramento de falhas de sensores, controle de vibração em turbomáquinas,

controle de consumo de combustível e água, entre milhares de outras informações digitais, são utilizados por equipes de bordo e de terra para avaliação e decisão em relação à estratégia e execução de manobras operacionais e de manutenção. Assim, o monitoramento preditivo da P-78 gerará maior confiabilidade nos diversos sistemas monitorados. Dessa forma a confiabilidade se reflete diretamente na disponibilidade dos sistemas de tratamento de óleo e gás e no aumento da eficiência de produção.

São muitas as tecnologias digitais utilizadas nos projetos e implantadas nos FPSOs da Petrobras. Focando apenas em dois projetos mais recentes, podemos tentar resumir como o quadro:

@DBR

Quadro comparativo de tecnologias digitais — Libra (Mero) vs Búzios (incl. P-78)

Tecnologia/ aspecto Libra (Mero) — foco e uso Búzios (P-78 e demais FPSOs) — foco e uso

Digital Twin (nível de campo / integrado)

IA / Machine Learning (produção & manutenção)

Gêmeo de campo anunciado em parceria Libra integra reservatório + poços + subsea + produção em tempo real; objetivo: reduzir CAPEX, acelerar produção, aumentar recuperação

Uso planejado para insight de reservatório e otimização em tempo real (modelos híbridos físico-dados). Parceria com provedores de tecnologia de subsuperfície esperada

BIM / Modelagem 3D / Engenharia digital na construção

Sensoriamento / IoT / hull & structural monitoring

Data architecture (data lake, cloud, governação)

FAT virtual / comissionamento remoto

Aplicações previstas em coordenação de projetos, porém ênfase maior no digital operacional. Publicações/anuais do consórcio mencionam engenharia integrada

Sensores integrados ao gêmeo de campo para wells/ subsea; menos ênfase em hull (por ser projeto de campo amplo)

Arquitetura necessária para integrar 4D seismic, telemetria e modelos — parcerias com empresas de software e data integrators previstas

Ferramentas de simulação e testes virtuais voltadas ao desempenho de poços e rede (predição/validação)

Gêmeos aplicados a ativos/ FPSOs (condition monitoring e integridade estrutural) e iniciativas piloto para otimização de produção Contratos/ensaios para monitoramento de FPSOs

ML/IA já testados em pilotos para otimização de produção e manutenção preditiva (ex.: aplicações e validações locais; fornecedores locais)

Uso intenso de BIM/3D para gestão de interfaces, montagem modular e FAT virtual no estaleiro (P-78: execução modular e factory acceptance)

Projetos de condition monitoring para FPSOs cobrindo integridade estrutural e hull monitoring; sensores usados em comissionamento e operação.

Projetos usam repositórios consolidados (data lakes) para integrar engenharia e operação; governança de dados

Observações/ implicações

Libra enfatiza gêmeo de campo (reservatório+wells); Búzios combina gêmeo operacional/estrutural + forte digitalização na construção

Ambos usam ML; Libra com ênfase em subsuperfície em escala de campo; Búzios aplica ML também em integridade e operação de ativos

Diferença prática: Búzios/P-78 já passou por fase de construção com evidência pública forte; Libra foca integração operacional de campo

Em Búzios há pilotos específicos para FPSO monitoring

Fornecedores / parceiros visíveis

Halliburton / Landmark (digital twin), provedores de 4D seismic e completions inteligentes

FAT virtual usado intensamente no ciclo de construção/integração de P-78 (redução de riscos antes do tow-out). Parceiros relataram uso de práticas digitais antes do sailaway

Seatrium (construtor/P-78), ABS, Akselos (digital twin/structural), ESSS (modelagem/otimização); integradores locais e estaleiros internacionais

Ambos exigem governança forte; Búzios tem evidências públicas sobre repositórios de engenharia e FAT digitais

Importante para reduzir riscos de integração e tempo offshore — evidência prática maior em P-78

Fornecedores distintos por foco: Libra — subsuperfície & completions; Búzios — construção/asset management + operação

Estágio de maturidade (prático)

Implementação de campo progride em fases

P-78 já entregue/sailaway (Jul 2025) — construção e comissionamento com práticas digitais reportadas; pilotos de digital twin e condition monitoring em curso

Nas fontes renováveis, como solar e eólica, tecnologias similares ganham adaptações específicas. A digitalização permite monitoramento meteorológico em tempo real, previsões de geração de energia, diagnósticos remotos de falhas, simulações para otimização de layout de usinas e dimensionamento de capacidade de armazenamento. Por exemplo, exercícios recentes de gêmeos digitais aplicados a parques eólicos demonstram não apenas modelos descritivos, mas

a plataforma Digital Wind Farm, que combina dados meteorológicos, modelos de gêmeos digitais e manutenção preditiva. A solução permite aumentar a capacidade dos parques eólicos e reduzir custos de operação, sendo usada em projetos onshore e offshore. O Digital Wind Farm da GE é um ecossistema de energia eólica dinâmico, conectado e adaptável que combina turbinas com infraestrutura digital para o setor eólico. A tecnologia promete aumentar a produção de energia de um parque eólico em até 20%.

O diferencial começa com a produção das próprias turbinas e um sistema de modelagem de gêmeos digitais para construir até 20 configurações diferentes de turbinas em cada local da plataforma

também preditivos, capazes de simular produção horária a partir de previsões meteorológicas, bem como realizar visualizações 3D do terreno com interface de usuário para apoio à decisão.

No caso da energia solar, tecnologias de gêmeos digitais estão sendo usadas para estimar potencial solar, diagnosticar falhas nos painéis, otimizar o posicionamento e o design dos sistemas fotovoltaicos, bem como para manutenção preditiva.

Nos Estados Unidos, a GE desenvolveu

de um parque eólico, e cada turbina é conectada a redes avançadas que podem analisar as operações da turbina em tempo real e fazer ajustes para aumentar a eficiência operacional.

O segmento eólico da GE Vernova assinou este ano um acordo para fornecer à Forestalia oito de suas turbinas eólicas de 6,1 MW para alimentar um projeto eólico de 49 MW em Aragão, Espanha. O fornecimento faz parte de um acordo maior que as duas empresas anunciaram pela primeira vez em dezembro de 2023 para apoiar os projetos na região. A Espanha tem como meta instalar 62 GW de energia eólica no país até 2030, parte de seu plano de gerar mais de 80% de sua eletricidade a partir de recursos renováveis até o final da década.

Outro bom exemplo de como a digitalização está transformando o setor de energia é o consórcio europeu liderado pela Iberdrola, o WinDTwin, um projeto inovador financiado pela União Europeia que quer revolucionar a previsão e a gestão da produção de energia eólica. Com um subsídio de €6 milhões, essa iniciativa reúne um consórcio de 13 entidades de sete países, unidos pelo objetivo de criar um gêmeo digital altamente preciso e dinâmico para parques eólicos offshore. Essa sofisticada plataforma de gêmeos digitais serve como uma central para os responsáveis de projetos, fornecendo acesso a um conjunto de recursos,

modelos, cenários e visualizações de alta qualidade que possibilitam decisões de gestão de energia eólica offshore mais informadas e estratégicas.

O sucesso do WinDTwin está na colaboração de seu consórcio diversificado e experiente, especializado em produção de energia eólica, códigos industriais, métodos numéricos e algoritmos. A sinergia entre as entidades participantes garante que o projeto se baseie em uma ampla gama de competências e perspectivas, algo vital para promover suas metas inovadoras.

Arquiteturas de gêmeos digitais têm sido sistematizadas em frameworks

abertos, que organizam camadas como sensor físico, conectividade, transmissão de dados, armazenamento, processamento (na borda ou na nuvem), modelagem & simulação, visualização e feedback ao sistema físico. Essas arquiteturas permitem escalar soluções, garantir interoperabilidade, enfrentar desafios de segurança cibernética e atender às exigências regulatórias.

O papel das arquiteturas digitais de sistemas elétricos também é relevante

pois com penetração crescente de solar e eólica distribuídas, sistemas de armazenamento, veículos elétricos, micro-grids, comunidades energéticas etc., surge a necessidade de arquiteturas digitais que consigam integrar toda essa diversidade. Gêmeos digitais para redes elétricas permitem simular cenários de carga, prever picos, melhorar a flexibilidade da rede, reduzir perdas, detectar falhas, e apoiar planejamento de infraestrutura.

Na América Latina, a Enel por exemplo, aposta em digital grids como caminho para integrar geração distribuída, armazenamento e veículos elétricos. Com smart meters, sistemas de automação e plataformas de dados, a empresa busca maior resiliência e flexibilidade das redes, antecipando desafios da transição energética.

E há estudos sobre a Rede como Serviço (GaaS) que pode ser vista como a interface dos operadores com o mundo externo – isso ganha relevância no contexto da transição energética, pois, por meio da implantação de componente GaaS, informações atualizadas podem ser trocadas entre os diversos atores, independentemente de seu porte. Isso poderia facilitar, por exemplo, que as capacidades nominais dos ativos sejam respeitadas durante uma negociação de energia (por exemplo, por meio de serviços peer-to-peer) entre dois clientes independentes conectados à Rede.

@Divulgaçãoenel

Pesquisadores e empresas brasileiras vêm aplicando gêmeos digitais em usinas solares fotovoltaicas para prever geração, detectar falhas em painéis e otimizar layouts. Estudos recentes mostram ganhos de eficiência e redução no tempo de resposta para manutenção preditiva. Um bom exemplo é o uso

de algoritmos de IA para identificar anomalias e desvios no desempenho antes que se transformem em falhas graves. Mas a aplicação da Inteligência Artificial enfrenta obstáculos como a fragmentação de informações, sensores de baixa qualidade e a dificuldade em integrar dados.

Gêmeos digitais também vêm ganhando espaço no setor fotovoltaico porque essa tecnologia cria modelos matemáticos capazes de simular em tempo real o desempenho das plantas solares e assim, falhas como perdas por sombreamento ou desconexão de strings são detectadas mais rapidamente que nos métodos convencionais que se apoiam em médias históricas.

A motivação para adoção dessas arquiteturas digitais inclui a eficiência operacional (menos paradas, manutenção otimizada), redução de custos, aumento

da confiabilidade e segurança, suporte à tomada de decisões, transparência e rastreabilidade, e também contribuições ambientais — menor consumo de energia, menores emissões, melhor aproveitamento de recursos. Além disso, elas são essenciais para que as empresas respondam às exigências de regulação e metas de sustentabilidade e de descarbonização. Ainda assim, há desafios importantes: interoperabilidade entre sistemas legados e novos sistemas digitais; segurança cibernética; confiabilidade e qualidade dos dados

(sensores, conectividade, latência); custo de implementação — tanto CAPEX quanto OPEX; adoção de normas, regulação e padrões; capacitação técnica da força de trabalho; escalabilidade dos modelos digitais; e riscos de erro nos modelos, simulações ou previsões. É preciso também garantir que os modelos digitais representem com precisão o sistema físico, levando em conta incertezas, variabilidade ambiental, degradação de equipamentos etc.

A literatura e os pronunciamentos de consultorias como a Rystad Energy e a S&P Global nos últimos três anos convergem para uma ideia central: a

Acelen e a Arquitetura Digital do Refino Nacional

A Acelen, empresa de energia, tem se destacado na indústria de refino ao implantar na Refinaria de Mataripe (Bahia) projetos estratégicos que integram inovação, digitalização e sustentabilidade. Entre as iniciativas estão a criação de um Centro Integrado de Manutenção (CIM), o uso de drones e digitalização 3D para inspeção de ativos, a aplicação de análise

arquitetura digital — entendida como a camada composta por sensores/IIoT, conectividade resiliente, edge/cloud, gêmeos digitais e modelos de IA/ML — já está mudando a produtividade, a segurança operacional e o impacto ambiental das diferentes fontes de energia (óleo & gás, eólica, solar, bioenergia e redes).

Para as consultorias a equação prática para governos e empresas é clara: digitalizar com metas de eficiência e abastecimento limpo, reforçando redes, armazenamento e normas que garantam que os ganhos operacionais se convertam em benefícios climáticos reais.

@Acelen

de imagens de satélite e inteligência artificial para mapeamento ambiental e a incorporação de conceitos da Indústria 4.0 na modernização de processos. A jornada de transformação digital da Acelen na Refinaria de Mataripe começou em 2021 com a aquisição da planta. A companhia prevê crescimento

de mais de 90 soluções digitais entregues até 2025, reforçando ganhos em receita, margens, eficiência operacional, além de reduzir emissões e aprimorar a segurança e os processos industriais. Também foi indicada por rankings de inovação e recebeu prêmios internacionais com casos de uso avançado de IA em refino.

Arquitetura e integração de sistemas industriais

Desde o início da operação na refinaria, a Acelen teve como prioridade a construção de uma infraestrutura de dados robusta, capaz de lidar com a diversidade de protocolos e tecnologias típicas do ambiente industrial — muitas vezes proprietários e com épocas distintas de implementação. E definiu quatro pilares

para sua arquitetura: interoperabilidade, sistemas ciberfísicos, descentralização e modularização, pilares que se alinham aos princípios da Indústria 4.0, conforme já revisado por Mario Hermann no working paper “Design Principles for Industrie 4.0 Scenarios: A Literature Review” (doi: 10.1109/HICSS.2016.488.).

Marcus Vinícius Gomes Abreu, Innovation, Digital & CyberOT Leader da Acelen, afirma: “Para viabilizar a integração entre sistemas legados e novas camadas digitais, a Acelen adotou uma arquitetura multicamadas, com flexibilidade para absorver tecnologias futuras. O backbone de dados industriais consolida informações de instrumentação de campo, incluindo sistemas instrumentados de segurança, e conecta tanto sistemas críticos quanto de menor instrumentação. No caso de ativos rotativos ou estáticos menos críticos, um fluxo direto de comunicação IoT/AIoT é aplicado, com protocolos como LoRa, BLE ou MQTT, sempre com camadas de segurança cibernética industrial adequadas. Além disso, a arquitetura contempla integração com nuvem e análises em plataformas como Databricks, e está sendo flexibilizada para adotar modelos de unified namespace (UNS) e event-driven quando aplicáveis”.

No âmbito de confiabilidade e manutenção, a Acelen implantou o CIM, que monitora em tempo real mais de 1.100 equipamentos entre compressores, turbo-geradores, bombas centrífugas, válvulas, trocadores de calor e caldeiras. Utilizando técnicas de machine learning, foram desenvolvidos algoritmos para detecção de anomalias no desempenho dos equipamentos, prognósticos de vida útil e indicação da melhor data para limpeza de trocadores com base em eficiência térmica e índice de sujidade. Paralelamente, técnicas mais tradicionais de CBM (Condition Based Maintenance)

foram aplicadas para substituir a lógica de intervenção apenas baseada no tempo, migrando para uma abordagem orientada ao estado real dos ativos.

A Acelen inovou incluindo a combinação de drones, digitalização 3D e análise automatizada de imagens para a gestão da integridade de ativos na refinaria. “Essas tecnologias ampliam a visibilidade e permitem intervenções mais precisas e oportunas, conectandose a sistemas de controle ou manutenção onde aplicável e reforçando o monitoramento operacional da planta”, conta Marcus Abreu.

Meio ambiente, digital twins, IA e cibersegurança

No cuidado ambiental, a refinaria desenvolve um projeto de P&D para monitoramento de emissões do flare por meio de visão computacional, uma técnica de IA que detecta padrões em frames de imagem, antecipando a formação de fuligem ou fumaça preta. Esse sistema busca tanto reduzir emissões como otimizar o consumo de vapor, integrando-se potencialmente à malha de controle do flare para garantir vazão ótima de vapor e eficiência na queima.

Marcus ressalta que a Acelen começa todos os seus projetos com definições claras e atenção às normas envolvidas. A empresa diferencia, por exemplo, digital engineering de digital twin, seguindo o escopo da norma ISO 23247 (“Digital Twin Framework for Manufacturing”).

A Acelen define o conceito sobre duas dimensões: os casos de uso aplicáveis a partir dos benefícios diretos da representação digital de um elemento

ou sistema industrial observável e a infraestrutura comum de dados de engenharia, que é o ambiente integrado onde todas as disciplinas trabalham de forma colaborativa e orientada por dados industriais, modelagem e simulação ao longo de todo o ciclo de vida de um ativo (projeto, construção, operação e manutenção). “Como parte dessa visão, implementamos um programa fundacional com esse foco, que possui um conjunto próprio de iniciativas e projetos que compõem nossa visão de curto, médio e longo prazo, relacionados a: gestão de portfólio e projetos de engenharia, P&ID inteligente, BIM 5D, maquetes integradas com dados de produção e processo em tempo real, realidade virtual e aumentada para operação e manutenção etc.”

Muitas dessas iniciativas estão em andamento e já gerando resultados, e além do programa fundacional em si, diversas outras soluções surgiram a partir

de outros programas de transformação digital da nossa jornada, como o ERTO (Energy Real-Time Optimization), iniciativa do programa OtimizAcelen que possui foco em otimização de energia e processo em tempo real, sendo de fato um produto de digital twin.

“Ter um sistema como o ERTO online significa operar a refinaria com inteligência energética em tempo real, integrando dados de processo, contratos de utilidades e indicadores de desempenho em uma plataforma única e centralizada. Esse tipo de sistema atua como um ‘cérebro digital’ para o consumo de energia, analisando continuamente diversas variáveis para identificar oportunidades automáticas de economia, prever desvios de eficiência e recomendar ajustes operacionais que otimizam o balanço entre custo e desempenho”, conta o líder da área de inovação e digital da Acelen.

Com toda essa tecnologia digital, a segurança cibernética está sempre em foco, e a Acelen adota melhores práticas internacionais de segurança cibernética industrial, como os padrões IEC 62443 e NIST ICS. A empresa também realiza campanhas de conscientização junto à engenharia e operação, reforçando que a segurança digital evolui paralelamente ao aumento da digitalização das operações.

A necessidade de melhorar a segurança, a confiabilidade e a assertividade dos dados analíticos disponibilizados conduziram à elaboração de um plano diretor de transformação digital da área industrial, para melhor controle das unidades produtivas. Os programas são liderados por diferentes diretores e suas equipes. Foram implementados objetivos bem definidos e metas futuras:

OtimizAcelen – Alavancar o uso de ferramentas digitais para criar inteligência e otimizar operações industriais.

ProAnalise – Maximizar a capacidade analítica da refinaria e a eficiência do laboratório com novas ferramentas e técnicas.

MonitorAcelen – Monitorar efluentes, vazamentos e emissões para minimizar o impacto da refinaria no meio ambiente.

IntegrAcelen – Integrar as operações visando a otimização de toda a cadeia de valor.

ConfiAcelen – Uso de insights preditivos e prescritivos para maximizar a confiabilidade dos ativos.

SafeAcelen – Aplicar tecnologia para melhorar a segurança de pessoas e processos.

OperAcelen – Capacitar digitalmente o trabalho de campo e a operação.

AcelenBot – Uso de veículos não tripulados para aumentar a eficiência e a segurança.

Apesar da euforia recente do mercado em geral em torno da Inteligência Artificial, ela está presente na Acelen desde 2022. De lá para cá, além de implantar a nova tecnologia, a companhia acelerou sua aplicação, que tem hoje papel primordial no desempenho produtivo da refinaria.

“A transformação digital implementada pela Acelen a partir dos conceitos e princípios da Indústria 4.0 incorporou soluções tecnológicas inovadoras, impulsionando a agilidade, a eficiência e a inteligência operacional. Em 2025, chegaremos a mais de 90 soluções digitais entregues e que fazem parte do dia a dia da refinaria. São soluções de valor que trazem resultados expressivos para a Acelen e deixam no passado o cenário de obsolescência tecnológica, projetando benefícios futuros, como crescimento de receita, aumento de margens e de eficiência operacional, redução de emissões e melhoria da segurança de pessoas e processos, resumindo uma operação cada vez mais

sustentável”, afirma Marcus.

Por conta de suas inovações, a Acelen recebeu indicações importantes como a de ser uma das principais empresas de O&G que contribuem para o ecossistema de inovação aberta, um reconhecimento da instituição 100 Open Startups, um dos principais rankings de inovação do país.

Acelen foi recentemente premiada como melhor case de inovação das Américas em um Prêmio Global da Gartner 2025, conquistado com o case “Catalyze AI – Real-Time Catalyst Intelligence for Sustainable Refining”, uma solução inédita de monitoramento de catalisadores baseada em inteligência artificial (IA), desenvolvida internamente pela nossa equipe de Inovação e Digital, e com ganhos significativos em eficiência operacional, sustentabilidade e segurança industrial.

Segundo a Acelen, um dos diferenciais do projeto foi justamente essa forma de trabalho colaborativa, que permitiu transformar um desafio técnico complexo, com pesquisa, desenvolvimento e inovação, em uma solução robusta, escalável e premiada.

O prêmio reforça o protagonismo da Acelen na aplicação de tecnologia para otimizar operações e gerar valor sustentável, mostrando como a inovação pode transformar a indústria energética brasileira e posicioná-la no cenário global.

Com essa combinação de modernização de ativos, digitalização, manutenção preditiva, monitoramento ambiental e segurança, a Acelen posiciona a Refinaria de Mataripe como plataforma de refino de nova geração, conectando eficiência operacional com transição energética. A empresa demonstra como os conceitos da Indústria 4.0 podem ser aplicados em uma planta tradicional de downstream, oferecendo visibilidade concreta dos benefícios de tecnologia, dados e automação no setor de refino.

“A estruturação da nossa jornada de transformação digital começou desde o primeiro dia da Acelen, já sabendo dos desafios industriais típicos da indústria

Parte da equipe que atuou na solução premiada; Luiz Daniel - Eng. de processos da unidade de HDT, Danilo Cruz - Gerente de Laboratório, Investimentos, Automação e Indústria 4.0, Marcus Abreu - Innovation, Digital & CyberOT Leader, Simara Carvalho - Gerente de Processo, Higor Garona - Eng. de requisitos de software industrial

de downstream, que por característica possui margens apertadas e onde petróleo e energia são os principais custos. Diante disso, sempre partem perguntas fundamentais sobre como se manter competitivo no longo prazo, com o maior grau de confiabilidade possível do ativo, em alta disponibilidade operacional e atendendo a todas as exigências regulatórias inerentes do setor. Além de tudo isso, garantindo controle de custos, afinal, custo fixo é como a grama do seu jardim: por mais que você cuide bem, pode aparar, otimizar, reduzir; mas se diminuir a rigidez no controle, logo pode voltar a crescer. A partir de desafios como esses, estruturamos uma visão na qual os objetivos estratégicos da alta liderança, associados aos desafios técnicos do industrial, pudessem ser bem representados em 8 programas tecnológicos e 1 grande programa fundacional. Logo numa primeira vista, identificamos como iríamos encarar o cenário percebido ao assumir a refinaria: ‘Cuidar do passado para entregar resultados cada vez mais relevantes no presente, com uma visão sólida de onde queremos chegar no futuro’”, finaliza Marcus Abreu.

Válvulas de controle: API Q1 é nova exigência da Petrobras

Novas exigências de certificação e habilitação vão orientar os processos de contratação da Petrobras a partir de julho do ano que vem. Por enquanto, as novas demandas atingem as válvulas de controle, e foram tema de reuniões da CSVI - Câmara Setorial de Válvulas Industriais da Abimaq – Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos. Em agosto, uma equipe da Petrobras, do APIAmerican Petroleum Institute estiveram na sede da Associação para dar maiores explicações sobre os novos processos.

O presidente do Conselho de Óleo e Gás, Idarilho Nascimento lembrou que “são mais de 60 empresas vinculadas à CSVI, representando os maiores fabricantes de válvulas do Brasil. Por isso, estamos tratando de um tema específico e importante, que envolve não apenas os novos critérios de habilitação na Petrobras para participação em processos licitatórios, mas também as exigências relacionadas à homologação e certificação dessas válvulas”.

Representando a Petrobras, Marcelo Fronzaglia (área de qualidade), Carlos Cabral (estratégia de contratação), Rafael Pereira e Thiago Bouças (habilitação de fornecedores) detalharam os novos parâmetros da companhia. Segundo Cabral, atualmente os contratos ativos envolvendo válvulas de bloqueio e controle somam R$ 774 milhões, e a estatal busca reforçar a confiabilidade e a padronização de qualidade dos fornecedores.

Entre as principais mudanças está a adoção obrigatória da certificação API SPEC Q1 para válvulas de controle. O prazo para adaptação é de um ano, contado a

partir de julho de 2025, ou seja, a partir de 1º de julho de 2026, apenas empresas com essa certificação poderão participar dos processos licitatórios da Petrobras.

A representante do API para a América Latina, Delma Quintanilha, destacou o apoio da entidade para auxiliar as empresas brasileiras na adequação às normas internacionais - as fabricantes de válvulas terão que investir em treinamentos e adequações técnicas para atender às novas demandas. Por outro lado, a Petrobras destacou que a padronização trará ganhos de eficiência, competitividade e redução de custos no médio e longo prazo.

Onde estão as empresas que já têm a certificação API Q1 no mundo

CERTIFICAÇÃO API SPEC Q1

Seu passaporte para a indústria do petróleo

Certificação destinada a fabricantes, distribuidores, empresas de engenharia, inspeção, manutenção e reparo da indústria do petróleo e gás.

SAIBA MAIS EM API.ORG/Q1 OU ENTRE EM CONTATO CONOSCO.

Email:

ClientServicesLatAm@API.org

Telefone:

+55 (21) 2132.6222

WhatsApp:

+55 (21) 99867.3973

A norma

API Spec Q1 é uma especificação de sistema de gestão da qualidade (QMS) desenvolvida pelo American Petroleum Institute (API) dirigida a organizações que fornecem produtos para a indústria de petróleo e gás, tais como fabricantes, distribuidores, empresas de reparo e manutenção, inspeção e de outros serviços relacionados a fabricação. Ela contempla os requisitos da ISO 9001 e adiciona exigências específicas da indústria do petróleo, como gestão de risco, controle de fornecedores críticos, rastreabilidade, controle de projeto, controle de providências para produto não conforme etc. A 10ª edição da Especificação Q1 do API foi lançada em 18 de setembro de 2023, com data de vigência em 18 de setembro de 2024 e já conta com adendos e erratas publicadas posteriormente.

O Programa Monograma/APIQR inclui a certificação com base nas normas API Q1 e API Q2, além do Monograma API. As operadoras globais e grandes petroleiras usam tais certificações como critério de qualificação para fornecedores de equipamentos críticos, porque padronizam o SGQ com requisitos específicos do setor, atestam o cumprimento da norma de fabricação e permite rastreabilidade. A API Q1, API Q2 e o Monograma API são referências com larga aceitação na cadeia mundial de óleo & gás.

No caso da Petrobras, a estatal tem especificações técnicas próprias para aquisição de válvulas e requisitos de qualidade (ETs e RGQ) mas já estipulou que julho de 2026 marca obrigatoriedade

de API SPEC Q1 para válvulas de controle.

Na definição da área de SUPRIMENTOS/ RMF/DQF/PQHAB da Petrobras, “as válvulas de controle usadas na exigência estão definidas no escopo de cada uma das famílias cuja alteração foi realizada, a saber:

“98010987 - [PQ] Válvula de controle tipo borboleta”

“98010988 - [PQ] Válvula de controle tipo esfera”

“98012065 - Válvula de controle tipo gaveta”

“98012044 - Válvula de controle tipo macho”

Segundo Thiago Bouças (Suprimentos/ RMF/DQF/PQHAB), a data para exigência foi definida após consulta ao mercado (RFI - Request For Information), aonde os principais fornecedores do setor foram mapeados e consultados. “Foi verificado que alguns dos fornecedores já tinham capacidade para atender aos requisitos, e outros necessitariam de um prazo de até um ano para a obtenção da certificação API Q1. Portanto, foi estipulado um prazo um pouco maior do que um ano, para permitir a divulgação adequada e a adequação do mercado às novas exigências impostas”.

Ressalte-se que a exigência se limita a evidenciar “Certificado de Sistema de Gestão da Qualidade conforme API Q1 válido”, não sendo obrigatória a obtenção de Monograma. Também não será retroativa, sendo obrigatória apenas a partir de 01/07/2026, conforme CEP (Catálogo Eletrônico Padronizado) das famílias citadas. E por enquanto a exigência atinge apenas as válvulas adquiridas conforme as famílias citadas.

“A exigência valerá, a partir de 01/07/2026, para as aquisições de válvulas diretamente pela Petrobras nas quais os requisitos das famílias supracitadas forem utilizados como requisito de Habilitação”.

E o API não tem apenas uma norma «API Spec» dedicada exclusivamente a terminologia de válvulas de controle; válvulas são tratadas por diversas specs: 6A, 6D, 598, 600 etc., e as definições operacionais mais usadas na indústria vêm de ISA (ANSI/ISA-75.05) e de manuais técnicos (Emerson, JIP33). A definição prática da indústria para válvulas de controle é a da ISA: “dispositivo acionado que modifica a taxa de fluxo do fluido em

resposta a um sinal de controle” (valve + actuator + control). E essa acepção é a usada por operadoras e por documentos como o JIP33 S-729.

Então, a definição operacional usada por petroleiras e por especificações de compra tende a coincidir com a definição padrão ISA / JIP33 não devendo acontecer diferença conceitual relevante entre “definição API” e “definição das petroleiras” — as petroleiras seguem normas técnicas e especificações de procurement (JIP33, ETs Petrobras) que usam a mesma ideia funcional.

“Essa certificação é requerida no mundo todo, na grande maioria das vezes

por exigência da empresa compradora, mas muitas vezes por decisão da própria companhia de demonstrar sua competência em um patamar mais elevado. Sempre tivemos empresas com essa certificação no Brasil, mas agora teremos mais já que a Petrobras começou a implantar esse requisito. A Petrobras já exige em alguns casos um outro tipo

de certificação chamado Monograma API para várias outras famílias. Outras operadoras também pedem API. Eles simplesmente incluem no processo de compra e nós somos informados quando os fabricantes nos procuram e informam que foi uma exigência do processo de compra de uma empresa”, comentou Delma.

Pontos críticos

Algumas certificadoras e profissionais que assessoram o processo de implantação da norma contam que as principais dificuldades e pontos críticos

para válvulas de controle trazem desafios que causam não conformidades comuns em SGQ e em especificações de compra como:

• Complexidade do produto: combinação de corpo, obturador/trim, selos, atuador, posicionador/eletrônica. Vários fornecedores (trim, atuador, instrumentos) aumentam a necessidade de controle técnico e de fornecedores críticos e dificultam deixar claro o fluxo de responsabilidade.

• Testes e ensaios específicos: testes de vazamento de sede, ensaios de estanqueidade, testes em temperatura/pressão, ensaios funcionais com atuador e posicionador

• Rastreabilidade de material e certificação de matéria-prima: materiais do trim e corpo exigem rastreabilidade rigorosa (certificações), principalmente para serviço severo (sour service, alta pressão, baixa temperatura).

• Controle de características críticas e inspeção de montagem final: muitos fornecedores têm dificuldades em manter evidências de verificação final, registros de torque, flatness, ajustes de posicionador, curva de vazão (Cv) documentada.

• Software / eletrônica (posicionadores digitais): quando presentes, exigem evidência de configuração, controle de versões, cibersegurança e testes funcionais — itens que frequentemente faltam.

Da mesma forma, bom lembrar que a maioria das não-conformidades em geral aparece em um pequeno grupo de cláusulas críticas, segundo relatos e as não-conformidades mais recorrentes são, entre outras:

1. Controle de produto nãoconforme — falta de procedimentos claros, evidências de segregação/

identificação e registo de ações (reparo, reclassificação, liberação por concessão).

2. Controle de fornecedores/ subcontratados (fornecedores críticos) — avaliação/qualificação insuficiente, ausência de planos de monitoramento e registros.

3. Rastreabilidade e registros de materiais — materiais não rastreados

corretamente até o produto final.

4. Gestão de mudanças / controle de projeto — documentação do design insuficiente ou não controlada (Design Packages exigidos para Monogram).

5. Calibração e controle de

Encaminha para isonomia?

As certificações API Q1, API Q2 e Monograma API são administradas pelo API. O Programa Monograma API é um licenciamento destinado a empresas que demonstram capacidade de fabricação conforme a norma API do produto, permitindo aplicar a marca do Monograma em produtos que foram fabricados conforme a especificação. O Programa Monograma também exige que a API Q1 esteja implantada e é muito usado por fabricantes de válvulas, bombas, cabeças de poço etc. pelo mundo.

Enquanto a API Spec Q1 se aplica a organizações que fornecem produtos, a API Spec Q2 é análoga a Q1, mas direcionada a prestadores de serviço para o segmento de upstream (por exemplo, no local da perfuração), tais quais construção, intervenção, produção e abandono de poços.

Montadoras e integradores finais, quando realizam operações de fabricação, montagem final, teste ou outros processos que determinam a conformidade do produto (p.ex. montagem de conjuntos, testes finais, pintura, testes de estanqueidade) podem precisar da certificação (Q1), especialmente se o comprador exigir Monograma para o produto final. O API exige que processos que afetam o produto sejam controlados, por isso montadoras

equipamentos de medição / inspeção — ausência de evidências de calibração periódica ou incertezas.

6. Ações corretivas e análise de causa raiz — respostas a NC sem evidência de eficácia das ações.

frequentemente são auditadas com base na API Q1 ou certificadas pelo API.

As auditorias para a certificação API são conduzidas por auditores especializados do API, e certificação ou a licença são emitidos pelo API. A norma API não é como a ISO, onde qualquer organismo acreditado pode emitir uma certificação.

Em uma das reuniões da CSVI, Delma Quintanilha pontuou que a certificação é dada para o produto em um site específico: a certificação só se aplica àquele site; em caso de mais de um site de fabricação, outro processo de verificação deve ser realizado.

Para válvulas especificamente, existe um conjunto de especificações API (p.ex. API 6A para equipamentos de poço, API 6D para válvulas de dutos/pipelines, API 598 para ensaios de pressão — além de normas ISO/ASME pertinentes).

Distribuidores e revendas normalmente não implementam a API Q1 se atuam só como revenda/estocagem, e não fazem modificações de fabricação; porém a operadora compradora pode exigir rastreabilidade, certificados de origem/materiais e controle documental; há casos em que a cadeia exige que o fornecedor final (quem monta/entrega o item acabado) seja certificado na API Q1 - a Petrobras ainda não exige, mas deveria ser um ponto a se observar para dar isonomia a fabricantes nacionais.

Sobre isonomia e conteúdo local, vale dizer que a Comissão de Indústria, Comércio e Serviços da Câmara de Deputados realizou em agosto uma Reunião Extraordinária com Audiência Pública, tendo como tema: “As oportunidades para a indústria nacional a partir do adensamento da cadeia produtiva de petróleo, gás natural e de outras fontes renováveis de energia”. A Reunião foi presidida pelo Deputado Alexandre Lindenmeyer, autor do requerimento que a solicitou e a Abimaq foi representada por seu Diretor executivo de petróleo, gás natural bioenergia e hidrogênio, Alberto Machado; Idarilho Nascimento, presidente do Conselho de Óleo e Gás da Abimaq participou representando a Abitam. Machado destacou a importância

da engenharia nacional na autonomia de decisão do país nos aspectos tecnológicos e industriais, defendendo que a política adotada deve partir do uso inteligente do poder de compra do Estado em prol do desenvolvimento nacional. E pontuou que uma política setorizada, como a Lei do Repetro, que estimula a produção de petróleo e gás natural por meio da isenção de impostos para produtos importados, leva à diminuição da competitividade dos fornecedores internos, resultando em uma participação no mercado global como um exportador de produtos de baixo valor agregado, sem utilizar as demandas decorrentes dos investimentos do setor de energia e naval para promover o desenvolvimento do país.

“Este é um pleito antigo da ABIMAQ / CSVI onde sempre buscamos a Isonomia para os fabricantes de Válvulas do mercado nacional em relação aos estrangeiros. Esta certificação API Q1 nos dá esta isonomia com relação a parte técnica, onde atingiremos nosso ápice quando for estendido às empresas de manutenção onde as oficinas deverão ser autorizadas pelos fabricantes, trabalhando com sobressalentes originais das fábricas, bem como mantendo a tecnologia de origem do fabricante certificado”, afirma Djalma Bordignon, presidente da CVSI.

@Abimaq

Cada byte importa

por: Diogo Machado – Gerente de TI Midstream - Petrobras; Márcio Magalhães – Gerente de Gestão Orientada a Dados da DENGE – Petrobras;

Pedro Vieira – Gerente Setorial de Governança de Dados – Petrobras;

Victor Venâncio – Diretor de Soluções Digitais LatAm - SAMSON GROUP

Há algumas semanas, a Diretoria de Engenharia, Tecnologia e Inovação da Petrobras (DENGE) realizou a versão 2025 do evento anual interno intitulado “D@ta DENGE”, onde diversos líderes das áreas de Refino, E&P, Energia, Corporativo, CENPES e Engenharia participaram de forma presencial e remota para debater as iniciativas de transformação digital que estão impactando os negócios da empresa. A DENGE gere as inovações da Petrobras através do Centro de Pesquisas e Desenvolvimento (CENPES) e materializa seus ativos desde a

Engenharia de Poços (POÇOS), passando por Engenharia Submarina (SUB), Engenharia de Superfície – tanto onshore quanto offshore (SRGE) e chegando à Gestão de Projetos Investimento de Capital (PDP) e à Integração e Gestão de Recursos (GIRP).

A iniciativa foi liderada pela área de Gestão Orientada a Dados (GOD) da GIRP , responsável por orquestrar as Soluções Digitais no âmbito da DENGE e contou com a presença da Diretora da DENGE, toda a cadeia de liderança das áreas, além de profissionais especialistas em

processos, tecnologia e gestão, tendo a presença de dois palestrantes externos: o engenheiro Victor Venâncio, diretor de soluções digitais LatAm do SAMSON GROUP, uma das maiores empresas alemãs de tecnologia industrial, fabricante de válvulas de controle, atuadores, posicionadores digitais e plataforma digital SAM GUARD AI para predições de falhas em plantas industriais e o engenheiro Martin Seefelder, automation expert da McKinsey & Company, uma das maiores empresas de consultoria estratégica do mundo,

Como a PETROBRAS utiliza estrategicamente os dados das operações (OT), do corporativo (IT) e de engenharia (ET), para gerar valor por toda organização.

além de 15 palestrantes da própria Petrobras, compartilhando casos de sucesso de adoção de tecnologias digitais já implementados, em execução e em fase de desenvolvimento para os próximos meses.

O evento teve foco nas soluções digitais chamadas “transversais” na DENGE, ou seja, aquelas que não só fundamentam e auxiliam na solução de desafios dentro das áreas, mas principalmente as que viabilizam uma verdadeira integração de dados e informações entre as áreas, fortalecendo a robustez digital das informações para acompanhamento

e tomada de decisão da Diretoria de Engenharia, Tecnologia e Inovação da Petrobras.

O D@ta Denge compartilhou esta visão estratégica por toda Petrobras, promovendo iniciativas já executadas, em curso e futuras, motivando outros profissionais a seguirem esse caminho de tornar os dados como um dos ativos mais valiosos da organização, podendo, inclusive, vir a gerar novas fontes de receita ou modelos de negócios num futuro bem próximo, numa abordagem que tem se demonstrado com potencial exponencial de geração de valor.

“Os dados como ativos – Cada Byte Importa” foi o slogan que norteou a forte mensagem a todos participantes. Extrair mais valor desta enorme quantidade de dados com que a Petrobras lida diariamente em suas operações, áreas corporativas e de negócios direcionou os debates, tornando os dados em um ativo extremamente valioso para a organização.

A convergência OT-IT, onde OT significa Operational Technologies, ou seja, os dados manipulados nos ativos industriais de upstream, midstream e downstream,

normalmente disponíveis nos sistemas de Automação Industrial e correlatos, que usam DCS, SCADA, PIMS, MES e APM; e IT significa Information Technologies, ou seja, os dados do corporativo e da área de negócios não diretamente ligados às operações diárias das plantas de processo, normalmente disponíveis no ERP, BPM e CRM, mas que podem ser aplicados nas plantas, como cloud computing, edge computing, IA industrial, etc. Recentemente, esse conceito de convergência passou a agregar também os dados de ETEngineering Technologies - que responde pelos dados dos ativos em si –espaciais, construtivos ou funcionais – disponíveis e manipulados desde a fase de projeto, passando pela fase de construção, montagem e comissionamento e chegando até sua operação, disponíveis em CAEs e CADs 2D e 3D, digital twins, Smart P&IDs, etc. OT se encarrega dos dados físico-químicos das plantas, ET das informações dos ativos dessas mesmas plantas e IT as tecnologias de fora

das plantas, mas que a elas servem.

A convergência OT-ITET, mostra-se, portanto, um driver estratégico e habilitador para uma série de tecnologias importantes para organizações com clara diretriz de geração de valor, sendo, portanto, um imperativo de negócio para abordagens integradas de dados. De outra forma dizendo, não é possível falar-se em otimização integrada de uma planta industrial ou fabril (com seu consequente aumento de produtividade, prontidão para tomada de decisão, etc.) sem se fundamentar, na camada estruturante, na convergência OT-ITET. Essa convergência é, portanto, a porta pela qual as novas tecnologias adentram a base industrial.

No evento, essa convergência de dados teve destaque, sendo apresentada pelos coordenadores responsáveis pelo Grupo de Trabalho sobre o tema no IBP (Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), o Victor Venâncio, do Samson Group, e o

Diogo Lino Machado da Petrobras, contando com a participação do Lisandro Gaertner do IBP.

A apresentação destacou a importância do uso estratégico dos dados, tornando a empresa numa organização orientada a dados. O Guia de Convergência OT-IT, publicado pelo IBP, está em fase de revisão para sua segunda edição, considerando temas relevantes da atualidade destacados em eventos importantes no setor de O&G, como o CERAWeek, OTC e LARTC. Segurança energética, eficiência energética, cibersegurança, governança de dados, operação autônoma, dados como ativos valiosos e, claro, a Inteligência Artificial, serão abordados nesta nova edição do guia de convergência OTIT. Na ocasião também foi apresentada a iniciativa do Centro de Excelência (CoE) de IIoT e Convergência da Petrobras, que tem capitaneado desde 2022, as ações estruturantes de Convergência OT e IT, Data & Analytics e Arquitetura Empresarial,

com vistas à adoção, em larga escala, de IoT e IA nas plantas industriais da Petrobras.

Victor Venâncio ainda apresentou os pilares estratégicos da Transformação Digital numa empresa de O&G como a Petrobras, destacando a importância da implementação nas três dimensões organizacionais simultaneamente (operações, corporativo e negócios) e sendo orquestrada de forma a impactar cultura organizacional, estrutura organizacional e processos, contando com adoção massiva de tecnologias digitais.

A apresentação destacou a implementação da IA, seja a IA generativa na camada de IT (corporativo e negócios) aplicada através de LLM (Large Language Model) onde o mais famoso é o chatGPT, ou a IA industrial na camada de OT (operações), onde o SAM GUARD AI, por exemplo, pode usar os dados já disponíveis no PIMS para predições de falhas em ativos, sensores, válvulas e sistemas, também apresentando

predições de degradação de performance de ativos e processos em plantas industriais de plataformas, refinarias e dutos, demonstrando como a Inteligência artificial gera valor real. Uma arquitetura específica para implantação sistematizada e segura de IAs industriais ainda é necessária para guiar as empresas de base industrial e deve ser proposta na revisão do guia de convergência OTIT-ET do IBP.

Diogo Machado, gerente de TI Midstream da Petrobras, apresentou o projeto de implementação massiva de IIoT (Industrial Internet of Things) por diversos ativos da Petrobras, cujo dados gerados, potencializarão ainda mais os resultados obtidos pela adoção em larga escala da IA.

São mais de 17.500 novos sensores IoT, monitorando variáveis de processos além das malhas de controle, representando investimentos de mais de R$ 250 milhões, distribuídos por refino, exploração & produção, gás e energia.

A Petrobras desenvolveu um DataHub denominado AIDA (Ambiente Integrado de Dados e Analytics), democratizando o uso dos dados na Petrobras, disponibilizando uma camada de informações contextualizadas, integradas e alinhadas com padrões de governança e interoperabilidade, habilitando a construção de soluções avançadas de Data Analytics e Inteligência Artificial. O AIDA conta com uma arquitetura que já separa e integra dados corporativos (Databricks) e industriais (chamado internamente de Nautilis).

Diogo Machado reforçou que o planejamento de futuro é integrar o DataHub aos dados dos ativos de Refino, E&P e Gás & Energia, impactando as respectivas áreas de negócios, sendo fundamental para a consolidação do uso dos dados como ativos estratégicos para geração de valor.

Lisandro Gaertner, gerente de gestão do conhecimento do IBP, destacou o papel relevante do IBP como

a casa do conhecimento no setor de óleo, gás e energia, trazendo diversas iniciativas do Instituto Brasileiro do Petróleo além do Guia de Convergência OT-IT, que colaboram com a educação continuada de profissionais do setor e promovem networking entre diversas empresas da cadeia de valor de óleo e gás.

Márcio Magalhães, gerente de Gestão Orientada a Dados da DENGE (Petrobras), responsável pela organização do D@ ta Denge, palestrou e participou de painel de debates onde destacou a importância estratégica da Petrobras ser uma organização orientada a dados, apresentando o mapa de valor do DENGE, as áreas chave envolvidas, a visão de futuro e os departamentos da Petrobras impactados pelo uso estratégico dos dados. Ele destacou diversas iniciativas estruturantes que estão em fase de implementação e planejamento pela DENGE, entre elas a adoção da IA, governança dos dados, fomentar a cultura data-driven

e elevação do nível de maturidade digital. O escritório de gestão de dados da empresa, localizado na TIC, implantou metodologia de avaliação de maturidade de dados para todos os departamentos da Petrobras, unindo uma dimensão de percepção e outra de avaliação automática, sendo uma ferramenta de acompanhamento e incentivo a evoluir nos quesitos de governança, prontidão e disponibilidade dos dados, entre outros fatores que impactam no nível de maturidade digital da Petrobras.

Para que todas as pessoas entendam estes importantes passos da empresa, uma campanha de letramento digital está sendo permanentemente executada para que os profissionais possam entender o contexto e a importância estratégica do uso de dados para a empresa e os colaboradores.

Foi também mostrado o “Denge Digital”, um ambiente digital colaborativo que possibilita que as informações e benefícios

gerados pelo uso dos dados, estejam disponíveis a todos da Petrobras. Para os projetos de E&P e Refino, o ambiente digital conecta as equipes de gestão dos empreendimentos às equipes de projeto, disponibilizando em um único aplicativo, atividades diárias das disciplinas táticas e operacionais, acompanhando a evolução dos projetos e a programação de início de operação dos ativos em tempo real.

Entre algumas das iniciativas estruturantes, a Petrobras criou o LabDENGE, um ambiente de aplicações de ciência de dados em fase de protótipo, aplicando data analytics para estruturar dados de documentos em PDF através de OCR por exemplo. Também criou o SmartDOC, que analisa documentos de inspeção da área submarina automaticamente com IA Generativa e traz destaques que impactam estas atividades tão críticas da empresa.

Diversas iniciativas foram apresentadas pelos profissionais das diversas áreas da Petrobras, onde

destacamos algumas delas:

O CENPES é uma fonte inesgotável de conhecimento e tecnologia. Muitas vezes, os dados estão armazenados em lugares distintos, sem integração e com baixa interoperabilidade. Para mudar este cenário, foi criado o CENPES WEB, um switch de aplicações que funciona como uma plataforma em que os dados ficam disponibilizados aos

interessados de forma estruturada e organizada.

Esta plataforma de soluções é escalável e promove a integração de diversas aplicações. Cada perfil de colaborador, seja gestor, pesquisador ou consultor, pode desenvolver a sua própria jornada de conhecimento e uso dos dados, facilitando o acesso a dados das mais diversas fontes, de forma simples e orientada a objetivos funcionais. O CENPES está mais conectado e

integrado!

Uma outra iniciativa da Petrobras é o Coopera 2.0, um sistema desenvolvido para acompanhamento técnico-gerencial e controle otimizado de projetos de Engenharia em fases conceitual, básico e executivo, que conecta elementos e atributos dos projetos da Petrobras. Um banco de dados de um projeto de E&P possui cerca de 13 milhões de atributos, mais de 36 mil documentos, P&ID, PFD, etc, e o Coopera 2.0

verifica a conformidade, integridade e consistência entre todos os dados destes documentos, garantindo a conexão lógica e confiabilidade desses dados.

O PAPA, plataforma de análise de projetos análogos, é mais uma iniciativa nesta jornada digital da área de Gerenciamento de Projetos de Investimento de Capital (PDP). Esta plataforma compara duração de projetos, custos, escopo, distorções no cronograma, entre outros dados de cerca de 120 variáveis, cruzando dados e mantendo as informações dos projetos disponíveis às partes interessadas. Trata-se de uma solução digital para uso estratégico dos dados, que se mantém em constante evolução.

O YouSub, da área de Engenharia Submarina, aproveitando o modelo do YouTube, possui uma interface similar ao youtube que todos conhecem. Trata-se de uma aplicação web que gerencia dados e disponibiliza de forma fácil e intuitiva aos profissionais da Petrobras, os relatórios dos prestadores de serviços e

os vídeos das operações subsea gerados pelos ROVs, organizados e estruturados de forma simples, agilizando as análises das operações submarinas. Ele também pré-processa os vídeos e garante acesso rápido e direto às informações relevantes deles.

O sucesso do uso estratégico dos dados é fruto de uma gestão eficiente que efetua a gestão da mudança de forma adequada. A democratização do acesso aos dados, juntamente ao letramento digital, impulsiona a jornada de transformação digital nas organizações, e, na Petrobras, está sendo executado por uma equipe multidisciplinar, usando provedores estratégicos de ferramentas digitais tanto nas áreas de OT, como de IT e ET, e desenvolvimentos internos em diversos departamentos. A orquestração de todas estas iniciativas é um desafio corporativo que o evento D@ta Denge abordou e constitui o desafio primeiro da área de Gestão Orientada a Dados, criada em 2024 na empresa.

Não podemos

esquecer que uma engrenagem fundamental nesta máquina de transformação é o ser humano. A resiliência na era digital precisa estar presente durante todo este processo. Fatores humanos são cruciais para o sucesso ou fracasso das jornadas de transformação digital. Superar silos departamentais e adaptar a cultura organizacional, possibilitam que a interação humanomáquina seja menos problemática e até mesmo dolorosa para alguns dos colaboradores, principalmente os menos familiarizados com todo este tsunami tecnológico das soluções digitais e da Inteligência artificial. Transformação digital é um processo, não é um projeto com início, meio e fim. Desta forma, o processo da jornada de transformação digital na Petrobras continua evoluindo no sentido de cada vez mais, usar os dados como ativos estratégicos de geração de valor compartilhado por toda sociedade. Afinal, não podemos esquecer que cada byte importa!

Integração e Contextualização de Dados Industriais para Impulsionar a Transformação Digital

A transformação digital da indústria não é mais uma tendência — é uma necessidade estratégica. No cenário contemporâneo, onde ativos industriais são cada vez mais complexos, dispersos e interconectados, a integração e a contextualização de dados tornaram-se elementos centrais para maximizar eficiência, segurança e sustentabilidade operacional.

O Desafio da Fragmentação de Dados

A digitalização acelerada trouxe um novo dilema para as organizações industriais: o excesso de dados sem contexto. Milhares de sensores, controladores e sistemas corporativos geram informações em tempo real, mas sem uma arquitetura de integração, esses dados permanecem isolados em silos tecnológicos. Segundo estimativas da McKinsey Digital Manufacturing

Index, apenas 30% dos dados gerados em plantas industriais são efetivamente utilizados para decisões operacionais. Além disso, um obstáculo recorrente para a transformação digital está na presença de sistemas de controle legados e instrumentos analógicos, ainda predominantes em muitas plantas industriais maduras, especialmente nos segmentos de petróleo,

Da Automação à Informação

A automação industrial evoluiu de controladores isolados para ecossistemas digitais integrados. Arquiteturas abertas e seguras, como

o CPwE (Converged Plantwide Ethernet) — desenvolvida pela Rockwell Automation em parceria com a Cisco — unem de forma

gás e petroquímica. Esses sistemas, muitas vezes baseados em arquiteturas fechadas, protocolos proprietários e sistemas descontinuados, dificultam a integração com plataformas digitais modernas e comprometem a visibilidade em tempo real dos ativos. Modernizar o parque instalado é, portanto, condição indispensável para viabilizar a jornada digital.

segura os mundos OT (Operational Technology) e IT (Information Technology), criando uma base unificada de comunicação e dados.

Aliado a esta topologia de arquitetura de rede, são adicionadas camadas de

software concebidos para trazer a convergência IT/ OT, contextualizando e

convergindo todos estes dados de forma segura e eficiente.

A Transformação Digital se apoia cinco pilares fundamentais:

1. Alinhamento estratégico, ter o entendimento claro dos objetivos da área de negócios combinado com as demandas operacionais.

2. Conectividade segura e escalável, baseada em Ethernet/IP, segmentação lógica e defesa em profundidade.

3. Contextualização, modelagem e padronização, via plataformas como FactoryTalk® DataMosaix™ e ThingWorx®, conectando, organizando e estruturando dados.

4. Análise avançada, com IA e machine learning correlacionando dados históricos e operacionais para otimização contínua.

5. UX, desenvolvimento do ambiente de visualização dos analíticos (experiência do usuário) para uma melhor tomada de decisão.

Conclusão

A integração e a contextualização de dados são o elo entre automação e inteligência operacional. Mais do que conectar sistemas, trata-se

de conectar informações com propósito, criando ambientes produtivos, sustentáveis e seguros. Na era da digitalização, a automação não termina

no ambiente de OT — ela se estende por toda a cadeia de valor, transformando dados em decisões e decisões em resultados.

A nova arquitetura digital do setor energético

Automação industrial e instrumentação inteligente como protagonistas da transformação

O setor energético vive um momento de inflexão histórica. A transição energética, impulsionada pela urgência de reduzir emissões de carbono e pela necessidade de maior eficiência, só é viável porque a arquitetura digital do setor está

evoluindo. Redes antes lineares e centralizadas dão lugar a ecossistemas interconectados, flexíveis e inteligentes, onde automação industrial e instrumentação de última geração têm papel decisivo. Nesse contexto, automação industrial e instrumentação inteligente são protagonistas, e a matriz energética brasileira, uma das mais limpas e diversificadas do mundo, oferece vantagens estratégicas únicas.

A matriz energética brasileira: diversidade e sustentabilidade

O Brasil é um dos países com maior participação de fontes renováveis em sua matriz elétrica. A predominância da hidreletricidade (cerca de 60% da geração), somada à crescente participação da energia eólica e da solar fotovoltaica, confere ao país um perfil energético que combina

escala, confiabilidade e baixo índice de emissões de carbono. Além disso, a biomassa e o etanol reforçam a vocação nacional para a produção de energia renovável.

Essa diversidade traz desafios técnicos, principalmente pela intermitência das fontes solar e eólica que só

podem ser superados com o suporte da digitalização. Aqui entram os sistemas de automação avançada e a instrumentação inteligente, que permitem integrar em tempo real essas diferentes fontes, equilibrando geração e consumo de forma dinâmica.

Instrumentação inteligente: precisão para operar em larga escala

A complexidade da matriz energética brasileira exige medições

extremamente confiáveis. Cada sensor, transmissor ou válvula precisa ser capaz de entregar dados em tempo real com precisão e autodiagnóstico.

• Transmissores de pressão diferencial monitoram dutos de gás e óleo, fundamentais para a segurança e eficiência do escoamento.

• Sensores de nível e temperatura em reservatórios e usinas hidrelétricas garantem controle adequado dos recursos hídricos.

• Instrumentos em parques solares e eólicos permitem ajustar a operação conforme a variabilidade climática.

• Posicionadores digitais de válvulas asseguram resposta rápida e eficiente nos sistemas de geração e distribuição.

Essa instrumentação, quando integrada a redes digitais, deixa de ser apenas

coleta de dados: passa a atuar como elemento ativo de decisão, reduzindo perdas, antecipando falhas e ampliando a confiabilidade da rede.

Automação industrial: o cérebro da nova arquitetura

A automação industrial é a espinha dorsal dessa transformação. Plataformas de controle distribuído (DCS), sistemas SCADA, controladores

programáveis (CLPs) e protocolos de comunicação digitais como HART, PROFIBUS, PROFINET, EthernetAPL e OPC UA garantem

que milhares de pontos de medição e atuação conversem entre si de forma transparente.

Essa conectividade permite:

• Equilíbrio dinâmico da rede elétrica: integrando geração solar, eólica, hidrelétrica e térmica com inteligência.

• Operação preditiva: algoritmos de IA identificam desvios e previnem falhas antes que causem interrupções.

• Eficiência energética industrial: processos são ajustados automaticamente para reduzir consumo e emissões.

• Segurança operacional: sistemas de automação isolam anomalias, protegem equipamentos e aumentam a confiabilidade.

Instrumentação inteligente: os olhos e ouvidos do setor

Nenhuma revolução digital acontece sem medições confiáveis. A instrumentação

inteligente fornece dados granulares e contextualizados que alimentam os sistemas de automação.

Alguns exemplos críticos no setor energético:

• Transmissores de pressão diferencial em dutos e plataformas offshore, garantindo controle de fluxo e segurança.

• Sensores de nível e temperatura em tanques de armazenamento de combustíveis, com alarmes digitais para evitar incidentes.

• Analisadores online de gases em turbinas e fornos, fundamentais para controle de emissões.

• Válvulas automatizadas com posicionadores inteligentes, que ajustam a operação em milissegundos e reduzem perdas.

Ao serem integrados a redes digitais, esses instrumentos deixam

de ser apenas pontos de medição: tornam-se agentes ativos, capazes

O Brasil no centro da transformação

O Brasil, com sua matriz energética diversificada e de baixa intensidade de carbono, ocupa uma posição estratégica. A digitalização do setor amplia essa vantagem competitiva, permitindo exportar não só energia limpa, mas também tecnologia de automação e instrumentação

inteligente desenvolvida em território nacional.

Esse desafio catalisa a criação de um ecossistema de inovação nacional. Empresas brasileiras, universidades e centros de pesquisa passaram a desenvolver soluções específicas para ambientes de alta pressão, corrosão intensa

de autodiagnóstico, comunicação bidirecional e atualização remota.

e variações bruscas de temperatura.

Empresas como a Vivace Process Instruments são exemplos dessa internacionalização. Seus transmissores de pressão HART 7/4-20mA (VPT10 e VPT11) garantem medições confiáveis em linhas de injeção de gás e separadores

cabeçotes de poços, trocadores de calor e turbomáquinas, enquanto os posicionadores de válvulas VVP10 asseguram controle preciso em processos críticos de óleo, gás e água do mar.

Seus produtos de alta performance garantem operações seguras e

Conclusão: Brasil protagonista da energia do futuro, energia limpa, digital e inteligente multifásicos. O VDL10, transmissor de nível com selo eletrônico, dedicado à medição de nível em separadores e tanques, suporta condições severas, variação de densidade e vibração. Já a linha de transmissores de temperatura VTT10 é aplicada em

O Brasil está diante de uma oportunidade histórica. A combinação de uma matriz energética majoritariamente renovável, o domínio tecnológico em operações complexas como o Pré-Sal, a crescente digitalização das redes e processos e a formação de talentos altamente especializados posicionam o país como um dos líderes naturais na nova era da energia. No cenário offshore, essa liderança se evidencia pela capacidade de unir tradição operacional em ambientes críticos com inovação tecnológica de ponta. A automação

industrial, aliada à instrumentação inteligente, é o elo que garante eficiência, confiabilidade e sustentabilidade para operações que vão das bacias do Pré-Sal até as fronteiras mais extremas do planeta.

Empresas brasileiras como a Vivace Process Instruments são símbolos concretos desse movimento. Exportando produtos de automação e instrumentação de alto desempenho, promovendo segurança operacional e apoiando a transição energética com tecnologia genuinamente

eficientes em condições extremas.

Esses equipamentos não apenas consolidam a independência tecnológica do país, mas também abrem portas para exportações, ampliando a presença do Brasil em projetos internacionais.

nacional, demonstram que o selo Made in Brazil é sinônimo de qualidade, inovação e competitividade global. Assim, o Brasil consolida seu papel não apenas como produtor e exportador de energia limpa, mas também como protagonista da arquitetura digital que moldará o futuro energético mundial; um futuro em que eficiência, sustentabilidade e inteligência caminham juntas para transformar desafios em oportunidades.

@Ilustração/PPSA

Modelo BOT: A Estratégia da Petrobras que Pode Reiniciar a Construção Naval no Brasil

A Petrobras está diante de uma mudança que pode redesenhar não apenas seus contratos de plataformas, mas também a dinâmica de toda a cadeia de suprimentos ligada ao setor de óleo e gás. A companhia começa a adotar de forma mais consistente o modelo BOT, sigla para BuildOperate-Transfer, no qual a empresa contratada constrói a unidade, opera por um período inicial e, ao final, transfere a propriedade para a Petrobras. Esse arranjo, que já havia sido testado no projeto Sergipe Águas

Profundas, agora ganha força com a licitação da P-91, lançada no início de outubro de 2025.

O modelo traz consigo uma nova lógica. Em vez de depender do financiamento externo de afretadores e enfrentar os altos custos associados a juros e prêmios de risco, a Petrobras passa a diluir seus desembolsos em pagamentos vinculados ao avanço físico da obra. Para os fornecedores, isso significa maior previsibilidade, menor exposição a variações financeiras e a possibilidade de organizar

o fluxo de caixa com mais segurança. A diferença é clara: no BOT, não há apenas a entrega de uma plataforma pronta, mas um ciclo em que a performance inicial da operação também é responsabilidade da contratada, o que exige um nível de confiabilidade elevado desde a escolha de materiais até o comissionamento.

A licitação da P-91 é um marco dentro dessa transformação. Trata-se da 12ª unidade do campo de Búzios, projetada para processar 180 mil barris de óleo por dia

e 12 milhões de metros cúbicos de gás. Mais do que uma plataforma de produção, a P-91 atuará como hub de exportação de gás, conectando outras unidades da região e escoando volumes pelo sistema Rota 3 até o Complexo de Energias Boaventura, em Itaboraí. Essa característica amplia o alcance do projeto, pois não beneficia apenas a produção do Pré-Sal, mas também o mercado de gás natural brasileiro, que ganha previsibilidade de oferta e novas oportunidades para fornecedores de equipamentos e serviços ligados a compressão, instrumentação, dutos e sistemas de tratamento. Ao incluir no edital a exigência de pelo menos 25% de conteúdo local, a Petrobras envia um sinal claro ao mercado: o BOT não é apenas uma forma de reduzir riscos financeiros, mas também um instrumento para estimular a participação da indústria nacional. Isso coloca em evidência a capacidade dos estaleiros brasileiros de responder a esse desafio. A Seatrium, com suas unidades em Angra dos

Reis e Aracruz, se mantém como protagonista pela experiência acumulada em integração de módulos e FPSOs recentes. O Estaleiro Rio Grande, em processo de retomada, resgata sua infraestrutura pesada e abre espaço para uma rede de fornecedores do Sul. Já o Enseada, na Bahia, começa a reativar operações e reconstituir sua mão de obra. Todos têm potencial de participação, mas é inegável que ainda enfrentam gargalos como a escassez de profissionais qualificados, a dependência de equipamentos críticos importados e a necessidade de maior coordenação entre fornecedores.

O efeito multiplicador do BOT se estende por toda a cadeia. Para os profissionais de compras e logística, o modelo demanda contratos mais ágeis, inspeções mais rigorosas e estratégias de estoque mais ajustadas. O ciclo de fornecimento precisa ser pensado não apenas até a entrega do equipamento, mas levando em conta a fase inicial de operação, em que a contratada ainda é responsável

pelo desempenho. Essa pressão por confiabilidade transforma a forma de negociar, planejar e monitorar cada elo da cadeia. No fundo, o BOT funciona como um mecanismo de seleção natural: empresas que conseguem oferecer performance, integração e governança ganham espaço; as que não se adaptam tendem a perder relevância.

Ao olhar para a P-91, fica evidente que a Petrobras está construindo mais do que uma plataforma. Está estabelecendo um modelo de negócios que pode redefinir as bases da indústria naval e da cadeia de suprimentos no país. O BOT redistribui riscos, cria novos incentivos e aumenta a eficiência sistêmica, ao mesmo tempo em que reativa estaleiros, fortalece fornecedores e gera externalidades positivas, como maior oferta de gás, geração de empregos e avanço tecnológico. A questão que se coloca agora não é se o BOT vai funcionar, mas como cada elo da cadeia produtiva vai se posicionar para capturar valor dentro dessa nova lógica.

Energias renováveis: Controle de usinas de geração de energia com Embedded PCs e software TwinCAT

O Instituto de Sistemas de Energia Elétrica e Tecnologia de Alta Tensão (IEH) no Instituto de Tecnologia de Karlsruhe (KIT), na Alemanha, está pesquisando maneiras de garantir a estabilidade do sistema nas redes de transmissão que estão mudando como resultado da transição para a energia renovável. Além das investigações de simulação, o comportamento das usinas de energia e dos sistemas de geração baseados em inversores está sendo emulado em uma rede insular usada como um ambiente de teste dedicado. Aqui, os pesquisadores estão implementando novos métodos de controle

inovadores nos PCs incorporados da Beckhoff que executam o TwinCAT para validar sua aplicação em cenários realistas. Em muitas redes de transmissão, a proporção de eletricidade proveniente de fontes de energia renováveis está aumentando. Diferentemente das usinas convencionais baseadas em geradores síncronos, as usinas de energia eólica e fotovoltaica alimentam a rede com energia por meio de um inversor; no entanto, ocorrem problemas de estabilidade acima de uma determinada proporção de recursos operacionais baseados em inversores ao usar controles convencionais

de inversores que seguem a rede. Por isso, são necessários métodos de controle inovadores para que a integração de sistemas de geração renovável não precise ser restringida como resultado. O objetivo desses métodos de controle de formação de rede, como são conhecidos, é fornecer comportamento de suporte à rede - do tipo que tem sido associado a usinas de energia baseadas em geradores síncronos há mais de 100 anos - com inversores. Os resultados disso incluem a capacidade das turbinas eólicas de também fornecer reservas instantâneas de energia.

Emulação de rede

Não é possível investigar o comportamento do inversor em uma frequência de rede que muda fortemente na rede interconectada europeia. Por esse motivo, uma emulação de rede foi construída no IEH para o comportamento realista de grandes usinas de energia e, portanto, também para o de grandes redes de transmissão.

Essa emulação de rede consiste em um gerador

síncrono com uma máquina de excitação, que é acionada por um sistema de acionamento de velocidade variável composto por um inversor de acionamento e uma máquina assíncrona em vez de uma turbina. Para obter um momento de inércia comparável ao de uma turbina em uma usina de energia, há também um volante de inércia no eixo. As quedas de frequência

Um Embedded PC

CX5140 da Beckhoff serve como hardware central de automação e controle, enquanto vários terminais

EtherCAT são usados para medir variáveis

mecânicas e elétricas. Os codificadores são instalados em ambas as máquinas para medir a velocidade de rotação e são avaliados pelas interfaces de codificador

podem ser geradas pela conexão de cargas, como ocorre durante distúrbios em grandes redes de transmissão.

Ao fornecer fisicamente a reserva instantânea, a emulação de rede (em contraste com as emulações de rede eletrônica de potência) permite uma reação instantânea dos recursos conectados na rede da ilha à frequência da rede.

SinCos EL5021. Os torques podem ser estabelecidos por meio de dois eixos de medição de torque e um terminal analógico de medição de tensão ELM300x. Os terminais

Para a emulação do inversor, o Embedded PC CX2030 permite tempos de ciclo de controle curtos de 50 µs.
@IEH/KIT

de superamostragem de monitoramento de potência EL3783, em combinação com os transformadores de corrente, capturam os valores de tensão, corrente e potência trifásicos. O Embedded PC CX5140 se comunica com o inversor de acionamento via EtherCAT. A excitação da máquina de excitação do gerador síncrono é garantida por um terminal de corrente de largura

Emulação de inversor

A investigação de métodos de controle recém-criados para usinas de geração baseadas em inversores exige uma instalação de teste flexível que ofereça liberdade suficiente em relação à forma como os métodos de controle são implementados. Como a primeira etapa se concentra no controle do lado da rede do inversor, o comportamento da modulação e os semicondutores de potência de um inversor trifásico podem ser emulados por três amplificadores de tensão linear. Os amplificadores de tensão atuam aqui

de pulso EL2535 0005. Os contatores de potência são controlados por terminais de relé EL2634 como atuadores adicionais.

O controle de malha fechada foi projetado no MATLAB®/Simulink® usando o design baseado em modelo e, após a compilação, executado em tempo real no Embedded PC usando o TwinCAT 3 Target for Simulink®. Uma interface de usuário conveniente

para operar o banco de testes foi implementada com o TwinCAT HMI. Os parâmetros de controle, os valores de ponto de ajuste e os valores limite podem ser alterados aqui durante a operação. Além disso, as medições e o status da planta podem ser exibidos graficamente. Os valores medidos são visualizados e registrados usando o TwinCAT Scope View.

como fontes de tensão ideais controladas. O gabinete de controle para a emulação do inversor está localizado entre o amplificador de tensão e a grade da ilha da emulação da grade. Além do hardware de controle, outros itens instalados nesse gabinete incluem o filtro de rede ajustável, medições de tensão e corrente, bem como contatores e disjuntores.

Um Embedded PC com vários terminais EtherCAT também é usado como plataforma central nesse banco de testes. Um CX2030 facilita a execução até mesmo de programas complexos

com tempos de ciclo rápidos. Seis terminais de entrada analógica de dois canais EL3702 capturam a tensão trifásica e os valores de corrente por meio de sensores de corrente de efeito Hall em vários pontos de medição. Os pontos de ajuste de tensão são emitidos pelos terminais de saída analógica EL4732 e transmitidos ao amplificador de tensão como níveis de tensão.

Comparável à emulação de grade, os métodos de controle desenvolvidos e validados no MATLAB®/ Simulink® são executados em tempo real no CX2030. A principal diferença é o

curto tempo de ciclo de controle de apenas 50 µs. Em combinação com os terminais EtherCAT e o amplificador de tensão, obtém-se um tempo morto

Ambiente de teste

Com a emulação do inversor sendo usada em combinação com a emulação da rede, um ambiente de teste semelhante a uma ilha está agora disponível, onde o comportamento de novos métodos de controle de formação de rede pode ser facilmente investigado. As investigações com o método de controle “Synchronverter”, que emula o comportamento de um gerador síncrono com um inversor, já foram realizadas e publicadas. As experiências mostraram que os sistemas de geração baseados em inversores com um sistema de controle apropriado

de apenas 150 µs para todo o loop de controle. O banco de ensaio também é operado e monitorado por uma interface de usuário criada com o

TwinCAT HMI. Essencial aqui é o monitoramento rápido dos valoreslimite, que leva a um desligamento seguro se forem excedidos.

podem fornecer reserva instantânea e, assim, dar suporte à rede. Em contraste com os emuladores em tempo real, também foi possível provar aqui que o controle de formação de rede pode ser implementado em uma plataforma de controle já estabelecida para uso em ambientes industriais.

No futuro, o desenvolvimento de métodos de controle de formação de rede continuará com o objetivo de usá-los em equipamentos operacionais baseados em inversores, como turbinas eólicas. Como

a pesquisa baseada na emulação do inversor foi bem-sucedida, um banco de testes que representa o trem de acionamento de uma turbina eólica, que consiste em um gerador e um inversor completo com desempenho reduzido, está em processo de configuração. Aqui, o foco será o uso de componentes usados em turbinas eólicas, como hardware de controle e semicondutores de potência. As investigações continuarão sobre como a implementação de um sistema de controle de formação de rede em uma turbina eólica é possível.

– Schulze, W. et al.: Frequency influenceable grid emulation for the analysis of gridforming inverters using a generator set. In 55th International Universities Power Engineering Conference (UPEC), Torino, Italy (2020). Mais informações.

– Schulze, W. et al.: Emulação de inversores formadores de rede usando um PC em realtime e um amplificador de tensão de 4 quadrantes. Forschung im Ingenieurwesen [Pesquisa em engenharia]. 85, 425–430 (2021).

Fontes:

Hidrogênio e transição energética: o jogo global está aberto

por: Alexandre de Figueiredo Costa – Doutor em Engenharia Química pela COPPE/UFRJ e professor-pesquisador da PUC/ICA/RJ; José Ricardo Uchoa Cavalcanti, Professor Doutor da UFBA e pesquisador na área de energia e sustentabilidade;

Sílvio Vieira de Melo, Professor Doutor da UFBA, com atuação em processos industriais e energias renováveis

Transição energética

Atualmente a matriz energética é bem diversificada, mas segue dominada fontes fósseis: Petróleo (31%), Carvão (27%) e Gás Natural (24%). Isto mostra o tamanho do desafio enfrentado para criar alternativas à estes combustíveis que terão vida longa, pelo menos até 2050, com a matriz energética fortemente baseada neles.

O hidrogênio (H2) como fonte energética, ainda é pouco relevante. Considerando a disponibilidade em massa, o hidrogênio precisaria crescer quase 50 vezes

para atender a demanda atual de energia (Figura 1). Seria um imenso esforço de investimento. A Figura 1 apresenta cenários de produção em milhões de toneladas por ano (Mt/a) e bilhões de dólares por ano (biUSD/a). Por outro lado, o valor do suprimento da energia com tal quantidade de H2 seria muito similar ao valor virtualmente despendido com petróleo.

Dentre as opções, a biomassa é uma forma de energia renovável já utilizada pelo ser humano desde os tempos da préhistória e representa 6

% do total da energia atualmente consumida no mundo. As renováveis, como solar e eólica estão em alta, são uma realidade em muitos países e, no futuro, afetarão positivamente a competitividade dos países que dominarem toda a cadeia de produção. Para atingirmos um o cenário de 1,5oC de aquecimento um investimento crucial será em conservação e eficiência energética, estes segmentos, entre 2024 e 2030, deverão receber 33% do investimento na transição energética.

1 – O desafio de atender o mercado com hidrogênio.

Foco no Hidrogênio

Neste cenário desafiador, o hidrogênio desponta como uma alternativa de armazenamento e transporte de energia para mitigar o problema do aquecimento global. O consumo de H2 no mundo, segundo a IEA, soma 95 milhões de toneladas/ano (2022), amplamente produzido via reforma a vapor, um processo que converte gás natural (GN) ou nafta em hidrogênio. As principais aplicações para o H2 são para produção de amônia (50%) e metanol (10%), refino de petróleo

(30%) e outros 10% para eletrônica, energia, alimentos, metalurgia e farmacêutica. No Brasil, a Petrobras produz cerca de 500 mil toneladas por ano. Produzido a partir de gás natural, o hidrogênio tem um preço no mercado entre 1500-2000 USD/t, já o H2 produzido via eletrólise varia entre 2000-5000 USD/t, sendo a eletricidade utilizada para a conversão o seu maior custo.

A atual forma de produção de hidrogênio, com fontes fósseis, se caracteriza por ser um processo industrial com

altas emissões de gases de efeito estufa (GEE), com uma intensidade de carbono variando tipicamente entre 12 kg de CO2 por kg de H2, na reforma do gás natural, e 20 kg de CO2 por kg de H2, na gaseificação do carvão. Por outro lado, existem rotas alternativas e de baixa emissão para produção de H2. O Marco Legal (Lei 14.948/24) criou ferramentas para agilizar a implementação deste mercado de H2 de baixo carbono.

A Economia do Hidrogênio pode se tornar um pilar fundamental da

Figura

descarbonização para a indústria, principalmente em setores que enfrentam grandes desafios para reduzir emissões de GEE, como as indústrias de cimento, aço e química, em aplicações conhecidas como “hard to abate”. Nestes casos, a maioria das tecnologias que podem contribuir ainda está nascente, porém passos importantes estão sendo dados. O primeiro projeto piloto do mundo para a produção de aço livre de

O jogo ainda está aberto

Enquanto alguns veem na transição uma oportunidade de reinvenção industrial e inovação tecnológica, outros a encaram como um risco à sua hegemonia energética e geopolítica. Os atores que participam na caminhada rumo à transição energética podem ser agrupados de acordo com suas funções e intenções estratégicas (Figura 2). Essa divisão distingue dois grandes grupos: os pensadores, que formulam diagnósticos, cenários e recomendações; e os agentes, que executam ações, formulam políticas

carbono usando H2 de baixo carbono começou a operação na Suécia, em 2020. Adicionalmente, vários projetos estão em gestação e espera-se que se tornem operacionais durante os próximos anos. Projetos de demonstração para o uso de H2 em aplicações industriais, como cimento, cerâmica ou vidro também estão em desenvolvimento.

Na Europa os investimentos podem atingir €$ 470 bilhões até

2050, mas colocar o setor de hidrogênio avançando para contribuir de forma definitiva para atingirmos emissões líquidas zero até 2050 requer US$ 1200 bilhões de investimento no fornecimento e uso de H2 com baixo teor de carbono até 2030. Segundo recente estudo da CNI (2023) os países com mais projetos para produção de H2 são Alemanha, Estados Unidos e Austrália, mostrando a diversidade dessas iniciativas.

ou operam no mercado. Além disso, esses grupos se subdividem entre os que buscam acelerar a mudança rumo às energias renováveis e os que atuam para manter a resiliência e a relevância do setor de óleo e gás. Essa organização revela os diferentes interesses, lógicas e posicionamentos político-econômicos que moldam o ritmo e o rumo da transição.

O Brasil tem um papel de destaque na geração de energias renováveis principalmente com as suas hidrelétricas e o álcool combustível, porém estamos atrás

no desenvolvimento das renováveis mais modernas. Na produção de hidrogênio, o Brasil tem uma produção convencional relevante e algumas iniciativas, como a de Pecém (CE), prevendo em uma primeira etapa a produção de 500 toneladas por dia de hidrogênio verde. A existência de H2 em reservas naturais, hidrogênio branco, também é uma oportunidade que o Brasil tem investigado, sendo um exemplo a descoberta pela Engie na Bacia do São Francisco.

Algumas empresas e organizações estão claramente alinhadas com os seus governos nacionais como no caso da Equinor, com a Noruega, e a Saudi Aramco, com a Arábia Saudita. Outras possuem uma atuação mais independente.

Conclusões

Como diz Vaclav Smil:

“A energia é a única moeda universal” e seguirá sendo assim. As opções energéticas continuarão a ter o papel de moldar os caminhos que as civilizações irão percorrer. O hidrogênio hoje não é uma fonte relevante de energia no mundo, mas é uma tecnologia dominada

Alguns dos principais vetores desta transformação são o carro elétrico e a nova figura do consumidor/ gerador. Uma outra força importante neste cenário é a sociedade cobrando dos governos a redução das emissões para

mitigar o aquecimento global, o que para o setor energético, se traduz em uma pressão para descarbonizar o setor, incluindo, alternativas como biomassa, solar, eólica, sequestro de CO2 e o hidrogênio.

seja na produção, no armazenamento e na distribuição, entretanto com custos elevados em todos os elos de sua cadeia, quando comparado com as fontes de energia fósseis. Porém, as inovações necessárias já estão em desenvolvimento. Um possível aumento de 5 vezes da produção de

hidrogênio no mundo vai levar a um patamar de substituição de 10% do suprimento de energia e certamente contribuirá para as tão necessárias ações de mitigação para os efeitos do aquecimento global. O Brasil tem todas as condições para aproveitar esta oportunidade.

Figura 2 – Atores na transição energética.

NTS: Inovar com Responsabilidade

por: Tiago Miranda – especialista em Gente e Gestão; Caroline Reis, especialista Comercial; Eduardo Merçon, gerente de Operações; Elizabeth Barreiros, gerente de Gente.

Os autores apresentaram o estudo citado na Rio Pipeline & Logistics 2025, evento do IBP.

Na busca para aprimorar seu processo de inovação, a NTS (Nova Transportadora do Sudeste) conduz uma jornada estruturada sob o princípio de inovar

com responsabilidade. Este artigo descreve o framework corporativo de inovação, a governança adotada e a priorização de iniciativas em dois eixos — Grandes Desafios

Inovação com Propósito: da cultura ao resultado

Responsável por uma malha de 2.060 km de gasodutos operada remotamente a partir do Rio de Janeiro, a empresa estruturou a inovação como um meio para

gerar valor mensurável: reduzir custos, mitigar riscos, diminuir emissões e elevar a confiabilidade operacional. O diagnóstico cultural levou à adoção do

Framework e estratégia: do problema à priorização

O framework interno de inovação ajudou a NTS a esclarecer como a inovação deve ser estruturada e alinhada

dentro da empresa (ver Figura 1). Em sua essência, o framework garante que todo projeto de inovação esteja conectado aos

e Ganhos de Eficiência — com ênfase em projetos orientados por dados inspirados no CRISP-DM (Cross-Industry Standard Process for Data Mining).

conceito “inovar com responsabilidade”, que equilibra ambição e pragmatismo: projetos que precisam estar alinhados à estratégia e demonstrar retorno claro.

objetivos estratégicos da companhia. Foram identificadas duas categorias principais de projetos: Grandes

Desafios e Ganhos de Eficiência.

Grandes Desafios envolvem problemas complexos e de alto impacto, como evitar mudanças na classe de locação dos dutos ou

executar trabalhos de engenharia inovadores. Já os Ganhos de Eficiência concentramse em digitalização e automação, com resultados de curto prazo e retorno mais previsível. Inicialmente, a empresa priorizou iniciativas voltadas para ganhos de eficiência e desenvolvimento de projetos de invonção com universidades e empresas parceiras.

Dados como vetor de transformação

Entre as áreas de maior avanço está a inovação orientada por dados. Inspirada no modelo CRISP-DM, a NTS estruturou uma metodologia própria para desenvolvimento de projetos analíticos, conectando engenharia, operação e ciência de dados (Figura 2). Essa abordagem garante que

as soluções propostas sejam sustentadas por evidências e gerem valor tangível.

Projetos emblemáticos incluem: (a) otimização do Gás de Uso do Sistema (GUS), com modelos de machine learning para validação de variáveis operacionais e redução de emissões; (b) monitoramento de risco geotécnico, utilizando ArcGIS, Power BI e R com método TOPSIS; e (c) análise de curvatura de dutos para aprimorar modelos de suscetibilidade à corrosão sob tensão. Essas iniciativas reforçam a cultura de decisão orientada por dados e ampliam a segurança operacional.

Figura 1 – Framework de Inovação da NTS

Roteiro de inovação em dados para cinco anos

Reconhecendo a importância de iniciar a inovação a partir de pontos de dor bem definidos, a NTS desenvolveu um roteiro (roadmap) de cinco anos

para projetos de inovação em dados. O processo de elaboração do roadmap começou com entrevistas estruturadas em diversas áreas operacionais para mapear pontos de dor

e ideias de projetos (ver Figura 3). Após refinamentos iterativos, os problemas foram agrupados em clusters temáticos e transformados em hipóteses de solução.

Durante a fase de priorização, a NTS utilizou uma matriz de impacto versus esforço para organizar as iniciativas (ver Figura 4). A matriz considera valor, custo evitado,

confiabilidade, redução de risco e eficiência, permitindo alinhar investimentos e recursos

Figura 3 – Estruturação do Roadmap
Figura 2 – Framework para Projetos de Análise de Dados

humanos ao impacto estratégico. Esse método garante que as iniciativas

priorizadas contribuam diretamente para a segurança, eficiência e sustentabilidade operacional da empresa.

Governança e resultados

Cada proposta de inovação passa por um processo formal de business case que avalia viabilidade técnica, impacto financeiro e alinhamento estratégico. Entre 2023 e 2024, a NTS

Conclusão

A experiência da NTS mostra que é possível inovar com segurança e consistência em um setor intensivo em capital e sensível a riscos. O foco inicial em eficiência e dados constrói bases

reconheceu mais de 70 colaboradores e mais de 30 projetos, totalizando uma economia superior a 480 horas mensais. Um dos projetos encontra-se em processo de registro de propriedade intelectual.

A jornada consolidou capacidades internas de governança, gestão de dados e colaboração entre as áreas técnicas, inovação e TI.

sólidas para evoluir para tecnologias mais complexas, como manutenção preditiva e sustentabilidade. Com clareza estratégica, governança e cultura integrada, a empresa

transforma a inovação em uma capacidade organizacional permanente — responsável, mensurável e de impacto para o futuro energético do Brasil.

Figura 4 – Matriz de Esforço e Impacto

Expansão do etanol de milho exige segurança jurídica e infraestrutura para atrair investimentos bilionários

por: André Aidar – sócio e head de Direito do Agronegócio do Lara Martins Advogados, doutor e mestre em Agronegócio (UFG)

Nova fronteira da bioindustrialização amplia oportunidades, mas depende de previsibilidade regulatória, licenciamento ambiental ágil e logística eficiente

A expansão do etanol de milho para o Matopiba — região formada por Tocantins, Maranhão, Bahia e Piauí — inaugura uma nova fase da bioindustrialização do agronegócio brasileiro, com novas biorrefinarias, integração de cadeias produtivas e forte apelo sustentável. Mas o avanço dessa fronteira depende de segurança jurídica, infraestrutura e regulação estável para transformar potencial em investimento.

Licenciamento ambiental, gestão de recursos hídricos e ordenamento territorial estão entre os principais desafios. O Matopiba tem ecossistemas sensíveis e regras distintas entre os estados. É preciso harmonizar zoneamentos, garantir

regularidade ambiental e previsibilidade regulatória para que as novas usinas sejam viáveis.

O RenovaBio e as regras da ANP impõem certificações de eficiência energética e baixa emissão de carbono como requisito para emissão dos CBIOs. A conformidade regulatória é complexa, mas necessária para o acesso ao mercado de carbono. Ao mesmo tempo, a infraestrutura segue como gargalo: sem estradas, ferrovias e energia estáveis, o custo logístico pode inviabilizar os projetos.

Existe na bioindustrialização um vetor de transformação econômica profunda. As biorrefinarias trazem empregos qualificados, estimulam o setor de serviços e abrem mercados

para coprodutos como DDG e óleo, fortalecendo pecuária e avicultura. É a interiorização da indústria: quando bem estruturada, ela diversifica a matriz econômica e aumenta a arrecadação regional.

Mas esses ganhos só se concretizam com segurança fundiária, regularidade ambiental e previsibilidade de longo prazo. Sem isso, o capital privado não assume o risco.

O RenovaBio é um marco regulatório consistente, mas a volatilidade dos CBIOs e ajustes frequentes ainda geram incertezas. O marco legal é bom, mas falta estabilidade na execução. Investimentos bilionários exigem fluxos de receita previsíveis e coordenação entre política energética e

ambiental.

Sobre a disputa entre milho e cana, o debate não deve ser visto como confronto. O milho não desbanca a cana — ele complementa. A cana é a base histórica e tem vantagens agroclimáticas, mas o milho reduz a sazonalidade e expande a produção em novas

regiões. O futuro é de convivência competitiva, com cada matéria-prima liderando aonde for mais eficiente.

O desafio é construir um ambiente que combine segurança jurídica, modelos de financiamento sólidos e contratos de fornecimento equilibrados. A bioindustrialização exige planejamento regulatório e estabilidade institucional. O investidor precisa enxergar um ambiente previsível e confiável. Sem isso, o Brasil perde a chance de consolidar o Matopiba como polo global de bioenergia.

Conferência de Segurança Offshore do Fórum Internacional de Reguladores

A ANP participou de evento do IRF - International Regulators’ Forum, na cidade de St. John, no Canadá. O IRF reúne órgãos de diversos países que regulam a segurança operacional em atividades marítimas da indústria de petróleo e gás natural.

O superintendente de Segurança

Operacional da ANP, Luiz Bispo, fez uma apresentação. “A participação da ANP foi muito importante, pois é um fórum composto por órgãos reguladores de 11 países, e é um ambiente muito bom para a troca de experiências, e uso as palavras do nosso Diretor Geral, Artur Watt, que afirmou que ‘os tópicos abordados pela IRF são altamente relevantes para o setor e demonstram que reguladores em todo o mundo frequentemente enfrentam desafios semelhantes. O diálogo e a colaboração contínuos no Fórum não apenas promovem a reflexão, mas também nos ajudam a encontrar abordagens comuns para enfrentar esses desafios de forma mais eficaz’,” comentou Luiz Bispo.

Também participaram do evento outros servidores da área de Segurança Operacional da Agência.

De palestras inovadoras a painéis dinâmicos de discussão, o evento esteve repleto de ideias que desafiam, inspiram e impulsionam mudanças. E o por que não estamos aprendendo com os acidentes permeou as diversas discussões. E da automação e monitoramento remoto aos sistemas de verificação e gerenciamento, ficou claro que a tecnologia está remodelando a forma de trabalhar.

Luiz Bispo
@Divulgação
@Divulgação

Larry Daley falou sobre sua experiência pessoal explorando os destroços do Titanic e a importância vital que as regulamentações e a supervisão adequada desempenham na segurança das operações offshore. Larry trouxe não apenas uma visão profunda, mas também um toque local e humor que realmente ressoaram com o público. Larry Daley é especialista em logística de expedições, com décadas de experiência em operações em alto mar. Seu trabalho inclui planejamento de expedições e operações de submersíveis.

A representante da Organização Global de Saúde e Segurança Eólica Offshore (G+) falou sobre Segurança na Indústria de energia renovável e explorou como as práticas de segurança estão evoluindo junto com o crescimento das energias renováveis offshore e por meio da colaboração com operadores, reguladores e partes interessadas.

Para falar sobre como a IA e as ferramentas digitais estão transformando a segurança e as operações offshore, o evento reuniu Dr. Irfan Nawaz doLloyd’s Register e Arne Jarl Ringstad, da Equinor. Eles acordaram que as tecnologias emergentes estão remodelando a gestão de riscos, a análise de tendências e a eficiência operacional; eles destacaram o papel crítico que a digitalização desempenha na prevenção de grandes acidentes antes que eles ocorram.

Larry Daley
Dr. Irfan Nawaz

AAPG ICE 25 Rio

A ICERio2025 apresentou os últimos avanços em geociências, tecnologia e inovação com uma programação completa de sessões orais e pôsteres.

Sessões especiais por país e apresentações no International Pavilion Theatre destacaram a atividade energética em países-chave, enquanto as sessões de PD&I e Soluções de Baixo Carbono exploraram tecnologias emergentes e estratégias colaborativas que promovem a descarbonização no setor de O&G.

A ANP – Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis participou do ICE25 Rio representada pelo Diretor-

Geral, Artur Watt, e pela Diretora Symone Araújo.

Artur Watt Neto participou da cerimônia oficial de abertura do evento onde ressaltou o potencial do setor de petróleo e gás brasileiro na atração de investimentos internacionais. “Temos tido recordes de produção e grandes investimentos em exploração. Nosso país oferece um potencial geológico único, força de trabalho altamente capacitada, infraestrutura forte e grande capacidade da cadeia de fornecedores. Tudo em um ambiente de negócios estável, com políticas e regulação claras e previsíveis. Isso faz o Brasil hoje um ótimo lugar para investidores”, afirmou.

Segundo o Diretor-Geral, somente em 2025, estão previstos 20 bilhões de dólares em investimentos em produção, além de 1,5 bilhão de dólares nos contratos que se encontram na fase de exploração. “É sempre importante destacar que os investimentos no upstream são críticos à segurança energética e possuem

um papel chave em apoiar a transição energética. Estamos muito orgulhosos de que o Brasil seja um líder tanto em energia de baixo carbono quanto em óleo e gás, duas forças que devem ser combinadas para maximizar os benefícios para a sociedade”, disse.

A Diretora Symone Araújo , no Fórum das Agências Reguladoras, destacou o papel do gás natural na transição energética. “Reconhecemos que o gás, certamente, entre os fósseis, é o combustível da transição, com uma constatação de que nós teremos um futuro de baixo carbono, mas não sem a produção e a exploração de hidrocarbonetos. Esse desafio da transição energética, da adição energética, da integração energética, nos coloca diante da perspectiva de produzir mais energia com menos emissões e, ao mesmo tempo, diante do trilema da segurança energética, da equidade energética e do desenvolvimento sustentável”, afirmou.

Symone Araújo também ressaltou a importância dos recursos gerados pelo setor de petróleo e gás natural para o país, inclusive para financiarem a transição energética.

Artur Watt falou sobre novas oportunidades no setor no país, entre elas, a exploração da Margem Equatorial, o 3º Ciclo da Oferta Permanente de Partilha e a futura inclusão de 275 novos blocos na Oferta Permanente de Concessão. “Nós estamos de perto, nos próximos anos, de alcançar o potencial completo da produção no Pré-Sal.

Acreditamos que as novas fronteiras são muito importantes para substituir as reservas e manter o desenvolvimento do

Os Core Workshops que aconteceram no Centro de Pesquisas da Petrobras foram:

Beyond the Presalt, Back to Turbidites: a Core Workshop of Brazilian Basins Turbidites — Instrutores: Roberto D’Avila, Kayo Dias, Cizia Hercos e Rosilene Santos

setor do Brasil”.

Participaram também pela ANP, a superintendente de Promoção de Licitações, Marina Abelha; e a superintendente ajunta de Tecnologia e Meio Ambiente da ANP, Mariana Rodrigues França.

A ABGP – Associação Nacional dos Geólogos do Petróleo se destacou pela organização de uma programação de cursos de altíssimo nível — 3 Short Courses e 2 Core Workshops — que conectaram profissionais e estudantes do setor energético do Brasil e do exterior, reforçando o compromisso da associação com o desenvolvimento técnico e integração academia e indústria.

Pre-Salt Rocks Offshore Brazil: A Core Workshop from Three SuperGiants (Búzios, Tupi and Mero Fields) — Instrutores: Luci Arienti, Francisco Cruz, Carlos Manuel Silva e Caroline Nardi

Os workshops contaram com mais de 30 participantes e proporcionaram dias intensos de aprendizado e troca de

experiências sobre sistemas turbidíticos brasileiros e os grandes campos gigantes do Pré-Sal.

Os Short Courses, no Hotel Windsor Barra, reuniram mais de 50 participantes e os cursos abordaram temas estratégicos e inovadores:

Artificial Intelligence for Oil and Gas Without the Hype — Instrutores: Pedro Pesce, Thiago Toribio, César Filho, Luiz Queiroz e Antônio Filho

Conjugate Margin of the South Atlantic Austral Segment: From Deep Offshore Namibian Discoveries to Pelotas Basin New Perspectives — Instrutores: Felipe Costa e Vinicius Paes

O evento internacional tem como objetivo debater o papel da exploração e da geociência para atender à demanda energética na transição para um futuro de baixo carbono. O programa multidisciplinar engloba os últimos avanços em geociências, tecnologia, inovação e políticas públicas, com a participação de especialistas técnicos e líderes do setor.

Advanced Sequence

Stratigraphic Applications for Exploration and Development — Instrutor: Vitor Abreu

Climate Week NYC

De 21 a 28 de setembro de 2025, Nova York sediou mais uma edição do Climate Week NYC, evento que tradicionalmente acontece em paralelo à Assembleia Geral da ONU e atrai representantes dos mundos político, corporativo e da sociedade civil. Organizado pelo Climate Group em parceria com a ONU e a cidade de Nova York, o encontro é considerado uma das maiores plataformas globais de debate climático.

Este ano, a o tema-guia “Power On” foi estruturado em dez áreas-chave — entre elas energia, justiça ambiental, finanças, alimentos, saúde, indústrias pesadas, natureza, políticas públicas, vida sustentável e transportes — com o objetivo de estimular uma transição energética eficiente e orientada à ação concreta.

Foi consenso que as promessas climáticas precisam sair do discurso e se converterem em soluções tangíveis. O secretário-executivo da Convenção Quadro da ONU sobre Mudança Climática (UNFCCC), Simon Stiell, pediu uma maior “convergência entre processo e economia real”, alertando para os riscos de manter compromissos vazios.

Chamou atenção a atuação do senador Sheldon Whitehouse que durante a semana instou o Partido Democrata a abandonar o que chamou de “tom moderado” da administração Biden e adotar uma postura mais firme frente à crise climática. Ele ressaltou que impactos econômicos concretos — como a pressão sobre seguros residenciais — começam a sensibilizar a opinião pública. Em paralelo ao debate oficial, houve muita mobilização de rua - às vésperas do início do evento, milhares de ativistas marcharam por Manhattan com o slogan “Make Billionaires Pay”, protestando em frente a locais simbólicos como Trump Tower e a Billionaires’ Row. A manifestação buscava conectar justiça climática com outras pautas sociais e exercer pressão simbólica sobre líderes que estariam reunidos nos dias seguintes.

Apesar do cenário político complexo, o evento superou expectativas em escala e engajamento: foram realizadas mais de 1.000 reuniões e público estimado foi de 100.000 participantes presenciais e em formato híbrido. Pode-se dizer que o clima predominante foi de “otimismo realista” — um sentimento de que a sustentabilidade precisa cada vez mais entregar valor e eficácia, não apenas de imagem.

Algumas tendências ganharam destaque. A crescente demanda por energia — impulsionada por veículos elétricos, data centers e digitalização — fez da expansão da oferta limpa e da modernização da rede elétrica tema central nas conversas corporativas. Outro foco foi adaptação e resiliência:

mais atores reconheceram que o planeta já está além de certos limites e que os impactos climáticos exigem preparação urgente, sobretudo nos setores agrícola, hídrico e urbano.

O setor de seguros apareceu com peso na agenda: mudanças crescentes nas políticas de cobertura, retirada de seguradoras de áreas de risco e elevação de prêmios geram desafios para habitação, crédito e infraestrutura. Também emergiu como novidade o protagonismo de tecnologias como inteligência artificial — debatidas no contexto de eficiência energética, consumo e impactos indiretos, especialmente em data centers.

@MIT

Organizações como a Ceres (organização sem fins lucrativos que atua na área de advocacy e trabalha para acelerar a transição para um mundo mais limpo, justo e resiliente) desempenharam papel importante durante a semana. No “Nest Climate Campus”, a instituição protagonizou painéis e encontros com empresas, investidores e formuladores de políticas, promovendo discussões sobre como alavancar a transição para uma

economia limpa de maneira alinhada ao mercado financeiro. Instituições acadêmicas também marcaram presença ativa: a Columbia Climate School coorganizou fóruns temáticos, painéis de pesquisa e atividades de articulação com pesquisadores da universidade. O MIT participou com sua própria agenda, destacando o MIT Innovation Showcase, espaço para exposição de tecnologias emergentes de mitigação e remoção de carbono.

Helen Clarkson, CEO do Climate Group, abriu a Climate Week NYC com um discurso sobre porque agora é um momento crítico para nos fortalecermos juntos. “O tema da Semana do Clima de Nova York deste ano é “Power On”. Pode parecer contraditório falar sobre poder em um momento em que muitos de nós nos sentimos tão impotentes. Muitos de nós começamos nossos dias – como sabemos que provavelmente não deveríamos – em uma espiral de horror, testemunhando as formas como o mundo está em espiral e sentindo nossa falta de poder ou autonomia. Lemos inúmeras opiniões e pesquisas, podemos comentar online, mas no final somos apenas uma pessoa, com uma voz, um voto. Você pode doar

dinheiro para as causas em que acredita, mas se você não for bilionário, será que tudo isso faz sentido? O dinheiro fala. E, neste momento, ele afirma que não quer abrir mão de nenhuma das riquezas dos combustíveis fósseis e que priorizará a riqueza de hoje em detrimento de um futuro seguro amanhã. É claro que o clima é composto por forças que estão além do nosso controle imediato. Décadas de emissões já aqueceram o ar e os oceanos, com impactos sentidos de Los Angeles a Nova Déli – inundações, deslizamentos de terra, incêndios florestais. A Semana do Clima de Nova York nunca foi sobre o que vocês podem fazer como indivíduos, mas sim sobre o que podemos fazer juntos...”

A Semana contou com ilustres como Jane Fonda, atriz e ativista, cujas décadas de advocacy continuam a inspirar; Dan Ioschpe, Defensor do Clima de Alto Nível para a COP30, preenchendo a lacuna entre os acordos climáticos globais e a ação do setor privado; e Mads Christensen, Diretor Executivo do Greenpeace Internacional, focado em impulsionar mudanças sistêmicas. E agora? Talvez, como disse o ator e ativista Mark Ruffalo, simplesmente “precisamos abandonar o medo e viver o momento”.

No balanço final, o Climate Week NYC 2025 reforçou a transição do discurso para entrega. Não se trata mais de apenas prometer metas ambiciosas, mas de demonstrar como essas metas se transformarão em projetos, investimento e impacto real. Esse tom prático foi interpretado por muitos participantes como um teste antes da COP30, programada para acontecer em Belém de 10 a 21 de novembro. Talvez as propostas apresentadas em Nova York não estejam à altura para influenciar compromissos internacionais, pressionar mudanças regulatórias e mobilizar recursos em escala. Mas, parece que a paciência com declarações genéricas está diminuindo — o mundo exige ação que produza resultados tangíveis.

Brasil: agente e objeto

A Climate Week NYC 2025 ofereceu ao Brasil uma plataforma estratégica para mostrar protagonismo, articular agendas empresariais, atrair parcerias e prepararse para a COP30. A participação abrangeu governos estaduais, setor privado,

@Divulgação

sociedade civil e empresas nacionais e estrangeiras. O verdadeiro teste, agora, será transformar visibilidade em ação, e ação em resultados — tanto em termos de emissões quanto de equidade, inovação e impacto global.

Dan Ioschpe e Arpadarai, Campeã de Alto Nível do Clima da COP29
@DanIoschpe
O ator Mark Ruffalo e a CEO Gloria Walton, cofundadores do The Solutions Project

A Climate Week NYC 2025 serviu para reforçar compromissos, apresentar iniciativas e buscar parcerias internacionais. O Estado de Minas Gerais, por exemplo, através da sua Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), marcou presença enviando delegação à semana, reforçando seu papel como liderança regional em ação climática. O estado participou de fóruns como a reunião ministerial da Under2 Coalition para as Américas, e painel sobre metano (“Subnational Methane Action Coalition”), apontando

experiências como o plano estadual de ação climática (PLAC-MG) e sistema de MRV climático. Essa presença institucional subnacional (governo estadual) mostra o Brasil atuando não só no nível federal, mas também com estados buscando protagonismo global e atração de cooperação técnica/financeira.

A FIEPA - Federação das Indústrias do Estado do Pará, através de sua iniciativa Jornada COP+, lançou na Climate Week o documento “Guidelines for a LowCarbon Industry in the Amazon”, trabalho que incorpora dez grupos de trabalho que cobrem temas como logística, bioeconomia, transição energética, cadeias produtivas e inovação – com foco na inserção da Amazônia e da indústria amazônica na agenda climática global. Essas participações mostram que o Brasil está utilizando a Climate Week como plataforma para apresentar à comunidade internacional compromissos, metas e políticas de ação climática; buscar visibilidade, cooperação técnica e atração de investimentos para iniciativas domésticas; articular subnacionais, sociedade civil e empresas numa agenda global (especialmente com vistas à COP30).

@SemadGovMG
Alex Carvalho entregou entregar em mãos o material para grandes lideranças, como o governador Helder Barbalho; o ministro das Cidades, Jader Filho; o chair da SB COP, Ricardo Mussa; e o presidente da COP30, André Corrêa do Lago.
@Fiepa

No âmbito corporativo, algumas empresas brasileiras utilizaram o evento para divulgar iniciativas de adaptação, mitigação e mercado de carbono., como a Citrosuco, empresa do agronegócio de citros que anunciou um “Brazilian Citrus Program for Climate Adaptation” que envolve agricultura sustentável, geração de créditos de carbono e escalabilidade para milhares de hectares no Brasil. O programa começa com cerca de 30.000

hectares e visa atingir 50.000 hectares, gerando até 100.000 créditos de carbono por ano – o equivalente a cerca de 2,3 milhões de toneladas de CO2 evitadas ou compensadas ao longo de 25 anos. Essa iniciativa reflete duas tendências: agronegócio brasileiro buscando contribuir para a transição climática, e o uso de mecanismos de carbono como componente de valor agregado.

Escritórios de advocacia e consultorias brasileiros também aproveitaram o evento para posicionamento e networking. Por exemplo, o escritório Mattos Filho participou da Climate Week, com sócios em painéis sobre finanças climáticas e direito ambiental, focando no mercado de carbono no Brasil e novos regulamentos. Esse tipo de participação reforça que, além de projetos operacionais, há também fortalecimento da infraestrutura de serviços e governança que suportará a transição climática no Brasil.

Citrosuco em sessão exclusiva com Eccon soluções ambientais e Votorantim para compartilhar resultados concretos de programa ambiental
@Citrosuco
@MattosFilhos

Em 2025, o ICLEI participou da Climate Week NYC com sua maior delegação já registrada, composta por prefeitos, governadores e secretários de Estado de oito países, incluindo Brasil, Colômbia, Argentina e Equador. Entre os membros da delegação estão: Marjorie Kauffmann, Secretária de Estado do Meio Ambiente e Infraestrutura, Rio Grande do Sul, Brasil (Vice-Presidente ICLEI); Renata Maria de Araújo, Superintendente de Qualidade Ambiental e Mudança do Clima, Minas Gerais; Nathalia Resende, Secretária de Meio Ambiente, Estrutura e Logística do Estado de São Paulo, Brasil; Ivan Euler, Secretário de Sustentabilidade, Resiliência e Proteção Animal, Salvador, Brasil; Alejandro Char, Prefeito de Barranquilla, Colômbia; María Victoria Flores, Ministra do Meio Ambiente e Economia Circular, Córdoba, Argentina; André Granda, Governador Provincial, Pastaza, Equador

A presença dessas lideranças reforça o papel da América do Sul como ponte entre diferentes regiões do mundo na construção de soluções climáticas concretas e evidencia a importância da ação subnacional para a agenda global.

A agenda do ICLEI América do Sul em Nova York está sendo marcada pela inserção em espaços multilaterais de alta visibilidade, que fortalecem a voz subnacional no processo climático internacional:

• Diálogo de Alto Nível sobre Adaptação na Assembleia Geral da ONU - a participação de Marjorie Kauffmann trouxe a perspectiva sul-americana sobre resiliência e adaptação, enfatizando a urgência de mecanismos que garantam acesso direto a financiamento para cidades e regiões.

• Ministerial Global da Under2 Coalition - no marco dos dez anos da coalizão, o ICLEI América do Sul reforçou a convergência entre estados e municípios da região, destacando o papel das políticas subnacionais para uma transição justa e inclusiva.

• Diálogo Europa–Brasil–Estados Unidos sobre Mudança do Clima - o encontro trilateral debateu os desafios das Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs), financiamento climático e combate à desinformação. O ICLEI América do Sul evidencia como governos locais e regionais podem catalisar maior ambição e implementação, articulando soluções concretas que conectam agendas globais e territoriais.

@ICLEI

Terra sem plástico

PlasticFreeLand, uma vitrine experimental de materiais e produtos que comprovam que a natureza e os materiais seguros para o ser humano já estão conosco, estreou no início deste ano durante a London Climate Week e foi instalado em Nova York em parceria com a NYU Langone. Embora muitos de nossos sistemas sociais modernos tenham sido projetados para suportar plásticos descartáveis desperdiçadores, PlasticFreeLand nos mostra que há um caminho melhor para nossa saúde e planeta quando aproveitamos materiais e sistemas regenerativos.

Os Guardiões Planetários são um grupo de líderes de pensamento, ativistas e especialistas que elevam a ciência por meio do Exame Anual de Saúde Planetária. Realizaram um evento especial na The New School para lançar o Exame de Saúde Planetária de 2025. O Exame de Saúde Planetária é a iniciativa global mais abrangente e baseada em ciência, dedicada a medir e manter o sistema terrestre.

O Planetary Health Check deste ano,

um relatório anual sobre o estado do nosso planeta, mostrou que nossos oceanos atingiram níveis graves de acidificação, sendo a acidificação oceânica o sétimo dos nove limites planetários que a humanidade ultrapassou. Os limites planetários são barreiras baseadas na ciência que garantem a saúde da Terra; se todos forem violados, a humanidade corre o risco de danos irreparáveis ao nosso planeta.

Soluções sem plástico em exposição na PlasticFreeLand. Foto de Julia Cohen, Plastic Pollution Coalition

FPSOs – perspectivas e ranking de maiores produtoras

Segundo um novo relatório sobre “Tamanho do Mercado de Produção Flutuante, Armazenamento e Descarregamento 2025” da DataM Intelligence, o mercado de FPSO atingiu US$ 25,68 bilhões em 2024 e deve atingir US$ 45,99 bilhões até 2032.

As unidades flutuantes de produção, armazenamento e transferência — FPSO (Floating Production, Storage and Offloading) — se tornaram peças centrais na engenharia offshore. Projetados para operar em águas profundas e ultraprofundas, essas embarcações de grande porte permitem extrair, processar, armazenar e escoar petróleo e gás diretamente no mar, muitas vezes a centenas de km da costa. Seu papel estratégico tem crescido na produção global, especialmente em novas

fronteiras de exploração na América Latina e na África.

No cenário mundial, os FPSOs representam hoje uma das soluções mais flexíveis e competitivas para o desenvolvimento de campos offshore. Eles operam de forma destacada em regiões como o Golfo do México, o Mar do Norte, o Sudeste Asiático e, com intensidade crescente, na costa atlântica da América do Sul - na Guiana e no Brasil, eles viabilizam a exploração de reservas de grande porte localizadas a profundidades superiores a 2 mil metros. No caso guianense, o consórcio liderado pela ExxonMobil opera com várias unidades no bloco Stabroek, como os FPSOs Liza Destiny, Liza Unity e Prosperity, cada um com capacidade de até 220 mil barris diários.

@Divulgação/Almirante Tamandaré

Em 2024, a Exxon anunciou a FPSO One Guyana, com capacidade para 250 mil barris por dia, o que elevará a produção total do país para cerca de 940 mil barris diários até 2025 - isso fez da Guiana o país com maior crescimento proporcional de produção de petróleo no mundo nos últimos cinco anos.

No Suriname, o desenvolvimento inicial do Bloco 58 prevê a instalação de um único FPSO com capacidade para produzir até 220.000 barris de óleo por dia. A operadora do Bloco 58 é a TotalEnergies (50%), em parceria com a APA Corporation (50%). As descobertas de óleo de Sapakara e Krabdagu contam com recursos recuperáveis estimados em mais de 750 milhões de barris. O início da produção de óleo no Bloco 58 está previsto para 2028, através do FPSO GranMorgu, que significa “grande manhã” ou “novo amanhecer” na língua

local, Sranan Tongo.

O Brasil, por sua vez, é o caso mais emblemático de aplicação em larga escala dos FPSOs e concentra cerca de 45 dos 167 FPSOs em operação no mundo, e responde por mais de 40% das unidades atualmente em construção ou contratadas, consolidando sua posição como o principal polo global dessa tecnologia.

O desenvolvimento do Pré-Sal fez com que cerca de 80% da produção de óleo e gás da Petrobras venha dessa província geológica, toda ela operada a partir de unidades flutuantes. Entre os mais recentes estão o FPSO Sepetiba (Mero2), o Marechal Duque de Caxias (Mero-3) e o Alexandre de Gusmão (Mero-4), cada um com capacidade de 180 mil barris de petróleo por dia e compressão de gás de 12 milhões de m3 diários, em operação na Bacia de Santos.

@ArquivoPessoalVitorPadua

A capacidade de produção do FPSO P-78 é de 180 mil barris de óleo por dia e 7,2 milhões de m3 de gás por dia. Sua chegada ao Campo de Búzios, na Bacia de Santos, vai contribuir para um aumento de até 20% na produção diária do campo.

“É importante destacar o FPSO Bacalhau, que está alocado na Bacia de Santos, é operado pela Equinor em parceria com ExxonMobil, Petrogal Brasil (JV Galp|Sinopec) e a Pré-Sal Petróleo (PPSA), que iniciou produção e deve alcançar a produção de 220 mil barris por dia - vai ser a segunda maior produção do Brasil só perdendo por 5000 barris para o FPSO Tamandaré”, pontua o engenheiro químico, MPDS Master Instructor, FPSO P-79 CRO e comunicador Vitor Padua, que lembra de outra estrela, o P-78, que chegou à sua locação tripulado por funcionários da Petrobras fazendo testes de comissionamento para poder antecipar o primeiro óleo ainda este ano de 2025.

De mesma capacidade, o FPSO P-79 segue em obras no estaleiro e tem o seu trabalho focado começar sua viagem de 3 meses rumo ao Brasil, também tripulada por pessoal da Petrobras, para que o primeiro óleo jorre no segundo trimestre de 2026.

@Modec/Equinor

O campo de Búzios, também no PréSal, considerado o maior projeto do gênero no hemisfério sul, abriga o FPSO Almirante Tamandaré, com capacidade de

225 mil barris por dia e o Maria Quitéria, instalado no campo de Jubarte, são exemplos da diversificação geográfica da frota brasileira.

A Modec, principal contratada da Petrobras nesse segmento, opera atualmente quatro das dez FPSOs mais produtivas do país — Guanabara MV31, Carioca MV30, Almirante Barroso MV32 e Cidade de Itaguaí MV26 — responsáveis juntas por cerca de 15% da produção nacional.

Os avanços no design e operação dos FPSOs também acompanham as exigências de sustentabilidade. Unidades recentes incorporam sistemas de reinjeção total de gás associado, visando eliminar a queima rotineira (flaring) e reduzir as emissões de CO2. De fato, vários FPSOs já operam com a meta de “zero routine flaring”, dentro das diretrizes da iniciativa Zero Routine Flaring by 2030 do Banco Mundial.

A produção de óleo e gás dos FPSOs dá suporte à onda de novas unidades entrantes e em construção. Vitor Padua destaca que a produção vem subindo: em maio foram 3.672.230 bbl/d; em junho deste ano o Brasil alcançou 3.751.040 bbl/d. A maior marca agora é Búzios que, desde o boletim de agosto da ANP, concentra a maior produção do Brasil, ultrapassando Tupi – que já trabalha com sete dos nove FPSOs previstos –enquanto o campo de Búzios conta com seis, dos doze FPSOs previstos: o P-91, o projeto Búzios 12 foi lançado no dia do aniversário da Petrobras; ele será um BOT para 180 mil barris com foco em ser um HUB de gás para tratar e exportar gás de outras unidades onde não foi projetada uma planta de tratamento.

RANKING DAS FPSOs

FPSO Guanabara MV-31 (MODEC)7.112,79

FPSO Sepetiba (SBM Offshore)

FPSO P-71

FPSO Almirante Barroso (MODEC)

FPSO P-77

FPSO Marechal Duque de Caxias (MISC Group)

FPSO Almirante Tamandaré

FPSO Carioca MV30 (MODEC)

FPSO P-74

FPSO P-75

FPSO P-76

FPSO P-70

FPSO Cidade de Ilhabela

FPSO Cidade de Saquarema

FPSO Cidade de Maricá

FPSO Cidade de Angra dos Reis

FPSO Cidade de Itaguaí

FPSO Cidade de Mangaratiba

FPSO Cidade de Paraty

FPSO Cidade de São Paulo

FPSO P-68

FPSO P-69

FPSO Cidade de Niterói

FPSO Cidade de Campos dos Goytacazes

FPSO Cidade do Rio de Janeiro

FPSO P-67

FPSO Cidade de Vitória

FPSO Cidade de Santos

FPSO Cidade de São Vicente

FPSO Atlanta (Yinson / BRAVA Energia)

Petrobras(38,6%) / Shell / TotalEnergies / CNPC / CNOOC / PPSA

Petrobras e consórcio Mero

Petrobras

Petrobras / CNOOC / CNODC

Petrobras

Petrobras (op.)

Petrobras

Petrobras

Petrobras

Petrobras

Petrobras

Petrobras

Petrobras

Petrobras

Petrobras

Petrobras

Petrobras

Petrobras

Petrobras

Petrobras

Petrobras

Petrobras

Petrobras

Petrobras

Petrobras

Petrobras

Petrobras

Petrobras

Petrobras

Búzios

Berbigão/Sururu Tartaruga Verde

Marlim Leste

Tartaruga Verde

A tabela mostra que o Campo de Mero domina o topo desse ranking com três FPSOs (Guanabara, Sepetiba e Duque de Caxias); Búzios mantém a maior densidade de FPSOs do mundo, com 11

unidades operacionais até 2025; e Yinson / BRAVA Energia se destacam como nova força no offshore nacional, com sucesso no campo de Atlanta.

EBR -Estaleiros do Brasil entregou a Saipem em 2024 módulos para a FPSO P-79 (plataforma flutuante de produção, armazenagem e transferência de petróleo) - no total são cinco módulos.

Vitor ressalta que essas estrelas da produção terão em breve novas companheiras pois outras unidades estão previstas: para “2026, o FPSO P-79, irmão da P-78, será o 8º FPSO do Campo de Búzios. Essas duas unidades são fruto do Projeto Referência (PBREF), com 180.000bpd e 7,2Mm³/d de gás. O projeto contempla lições aprendidas de projetos anteriores e tem alta complexidade em virtude da quantidade de sistemas. O FPSO P-80, será o 1º FPSO do Projeto Básico de Alta Capacidade (PBAC), com capacidade 225.000bpd e 12Mm³/d de gás e será o 9° FPSO do campo de Búzios”. Para 2027, estão previstos o FPSO P-83, 2º do projeto PBAC, irmão da P-80, finalizando o 10° FPSO do Campo de Búzios. O FPSO P-82, fecha o 3º do projeto PBAC e 11º FPSO do Campo de Búzios. Ainda para 2027, está previsto o FPSO “Pão de Açúcar”, para o campo de Pão de Açúcar, Gávea e Seat, do Consórcio Raia - o projeto Raia prevê tratamento de

gás no FPSO, para exportar até 16Mm³/d, com gás já especificado direto para o consumidor.

E outras unidades estão em processo de licitação ou estudo: os gigantes P-84 e P-85, do projeto “PBAC All Eletric”, trazendo inovações tecnológicas e baixa emissão de carbono; o FPSO do Revit de Barracuda e Caratinga, será afretado e ainda está em licitação, em substituição a P-43 e P-48.

Para 2029, os dois FPSOs do projeto Sergipe Águas Profundas, que irão exportar 10 e 12Mm3/d de gás e prometem trazer desenvolvimento para região. “Ambos FPSO serão afretados e estão em fase de licitação. Ainda em licitação também, o FPSO do Revit do Campo de Albacora e Forno (PréSal), será afretado e terá capacidade de 120.000bpd, em substituição a P-25 e P-31”, conta Vitor, que ressalta que existem, ainda em fase de projeto, o FPSO do Revit de Marlim Leste/Sul, um

FPSO próprio, em substituição da P-38, P-40, P-53 e FPSO Cidade de Niterói. E o FPSO Gato do Mato, do consórcio Shell e Ecopetrol, terá reavaliado seu projeto de desenvolvimento do Campo Gato do Mato e BM-S-54.

“O campo de Búzios promete ser o grande destaque dos próximos anos, com a entrada de 5 novas unidades, todas de grande capacidade e complexidade, totalizando incríveis 11 unidades produtoras em um só campo. Um destaque é que todos os projetos, independente da empresa, trazem iniciativas de baixas emissões de carbono

e reaproveitamento energético, tais como: FGRS (Flare Fechado), Vent Post sem despressurização para atmosfera (Vent dos tanques de carga), Turbinas a gás com ciclo combinado com Turbinas a vapor, que aproveitam o calor gerado pela queima dos gases, estimando 25% de redução de emissões”, conta Vitor que pede atenção “à mudança na forma que os projetos vêm sendo apresentados: antes se falava somente sobre capacidade de produção e hoje os projetos abordam também métricas de baixo carbono, como a métrica de “kg de CO2/barril produzido”.

Não está disponível um ranking mundial público e consolidado dos FPSOs que mais produziram óleo e gás em 2024, mas, usando picos reportados em 2024 ou capacidades divulgadas pelas operadoras, pode-se presumir que o FPSO campeão de produção é o Liza Unity, alocado no campo de

Stabroek block (Guiana), propriedade do consórcio liderado pela Exxon, que produziu 252.000 barris de petróleo por dia; o FPSO Guanabara, que está em Búzios, é operado pela Modec e atingiu um pico de produção mensal de 182.147 bbl/d em dezembro de 2024.

@SBM

Desafios

Apesar do protagonismo dos FPSOs, eles enfrentam desafios estruturais. O custo de construção de um FPSO de grande porte pode ultrapassar US$ 2 bilhões, com cronogramas de entrega acima de quatro anos. O setor também enfrenta gargalos de estaleiros, escassez de mão de obra qualificada e restrições ambientais mais rigorosas, especialmente em projetos que buscam financiamento internacional.

Ainda assim, as perspectivas seguem positivas: de acordo com a consultoria Rystad Energy, estão previstos mais de 35 novos FPSOs até 2028, com 15 deles destinados ao Brasil e outros cinco à Guiana.

Com a demanda global por petróleo ainda em níveis elevados e as reservas em terra se aproximando do limite de exploração rentável, os FPSOs continuarão a ser a espinha dorsal da produção offshore de alta complexidade. No Brasil e na América do Sul, sua

importância vai além da técnica: elas simbolizam a capacidade regional de dominar engenharia de ponta, integrar fornecedores e gerar conteúdo local de alto valor. O desafio agora é alinhar essa expansão com os compromissos climáticos e as novas fronteiras digitais da indústria — automação, inteligência artificial e monitoramento remoto — que já começam a redesenhar o futuro das plataformas flutuantes.

@Misc
@Modec

Camorim vai usar energia de portos para abastecer seus rebocadores

A partir de outubro, os rebocadores da maior empresa de transporte marítimo do país que operam em Itaguaí vão receber energia de uma fonte fixa em terra durante o tempo em que permanecerem no Porto.

Com a nova forma de abastecimento, já utilizada no Porto do Rio desde abril, a Camorim Serviços Marítimos estima chegar a uma redução anual de cerca de 1.330 toneladas de CO2. Para sequestrar todo o carbono que deixará de ser emitido, seriam necessárias 75.500 árvores, o equivalente a mais de 40 mil metros quadrados de floresta.

“Trabalhamos para cada vez mais ampliarmos os benefícios ao meio ambiente em nossas operações para além da eficiência energética da frota, abrangendo uma visão mais ampla de responsabilidade socioambiental”, ressalta Eduardo Adami, vice-presidente da Camorim Serviços Marítimos.

Reconhecida por importantes certificações ambientais, a Camorim promove ações práticas que abrangem diferentes áreas de suas operações. No estaleiro, são adotadas práticas sustentáveis como o uso de tanque de captação e reaproveitamento de água da chuva, painéis solares e coleta seletiva de resíduos. Outra iniciativa nesse sentido é o desenvolvimento de um projeto recente de reutilização de uniformes, EPIs e outros materiais de descarte transformando-os em novos produtos e prolongando seu ciclo de vida útil. Com mais de 150 embarcações, a Camorim oferece a frota mais diversificada do Brasil, composta por rebocadores (azimutais, TKM e convencionais); embarcações do tipo LH (Line Handler), PSV (Platform

Supply Vessel), AHTS (Anchor Handling Tug Supply) e OSRV (Oil Spill Response Vessel); balsas de carga, balsas de água, cábreas (balsas-guindaste) e lanchas (de carga e de passageiros).

A Camorim possui um moderno estaleiro localizado na Ilha da Conceição, em Niterói, onde opera um Terminal de Uso Privado (TUP). Além disso, a empresa

conta com três bases operacionais estrategicamente localizadas (duas em Niterói e uma em Vitória, no Espírito Santo), que ampliam o suporte a operações marítimas. A empresa atua, ainda, em portos estratégicos do litoral brasileiro: Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo, Paraná, Rio Grande do Sul, Pará e Maranhão.

TGS anuncia pesquisa multicliente PAMA Fase II Offshore Brasil

A TGS, empresa global de dados e inteligência de energia, anunciou a realização da sondagem multicliente 3D PAMA Fase II na área da Margem Equatorial, na costa brasileira. A primeira fase abrangeu 19.343 quilômetros quadrados e mais de 25 futuros blocos de exploração na Bacia Pará-Maranhão,

uma das maiores, mais inexploradas e com alto potencial de exploração do mundo.

A Fase II do PAMA amplia a cobertura em aproximadamente 11.500 km2, incluindo blocos atualmente em processo de nomeação para as próximas rodadas de licenciamento, programadas para

2026 e 2027. Uma embarcação Ramform da classe Titan iniciou a aquisição de dados no início de junho e a previsão é de que a pesquisa seja concluída no início de março de 2026. A embarcação está equipada com a tecnologia TGS GeoStreamer®, garantindo aquisição sísmica 3D e entrega de dados de alta qualidade. O projeto conta com

financiamento da indústria.

A Bacia Pará-Maranhão apresenta evidências de um sistema petrolífero em águas profundas em funcionamento nas camadas Cretácea e Paleogênica e atrai interesse significativo da indústria, estimulado por descobertas prolíficas em países vizinhos, como Guiana e Suriname.

“Reconhecemos forte interesse e apoio da indústria para nossa pesquisa PAMA Fase I, visto que a Margem Equatorial representa uma das fronteiras de exploração mais promissoras do mundo. Com a PAMA Fase II, estamos expandindo significativamente nossa cobertura de dados e, ao alavancar nossas capacidades avançadas de aquisição e expertise em geração de imagens, esta pesquisa agregará valor substancial às atividades de exploração de nossos clientes na Bacia do Parã-Maranhão. Com o projeto multicliente de extensão Megabar em andamento na Bacia de Barreirinhas, teremos dois navios Ramform da classe Titan em operação na Margem Equatorial até o final de 2025”, comentou Kristian Johansen, CEO da TGS.

Empresas unem forças para produzir gás natural renovável na Espanha

A Bioreciclaje de Cádiz é um consórcio público-privado formado pela Valoriza Servicios Medioambientales, GS Inima e o Consórcio para a Gestão de Resíduos Urbanos da Província de Cádiz, que administra o Complexo Ambiental Miramundo – Los Hardales. A empresa uniu forças com a Enagás Renovable, empresa de desenvolvimento de projetos de gás renovável, para desenvolver um projeto de produção de gás natural renovável (GNR) no Aterro Sanitário Controlado de Medina Sidonia, na província de Cádiz, na Andaluzia (sul da Espanha).

Para tanto, a Bioreciclaje de Cádiz e a Enagás Renovable assinaram um acordo com a Waga Energy — especialista na produção de GNR a partir de gás de aterro — para a construção de uma unidade de

produção de GNR em Medina Sidonia. O projeto será desenvolvido no complexo ambiental Miramundo - Los Hardales, que administra o serviço público de tratamento e disposição de resíduos sólidos urbanos de 34 municípios e pertence ao Consórcio para a Gestão de Resíduos Urbanos da Província de Cádiz.

Com este acordo, a Waga Energy construirá uma unidade de purificação utilizando sua tecnologia patenteada WAGABOX® para recuperar gás de aterro e convertê-lo em GNR. Este é o segundo projeto da Waga Energy na Espanha, após o primeiro, perto de Barcelona.

A Waga Energy, proprietária e operadora da tecnologia WAGABOX®, fornecerá serviços de modernização de biogás até maio de 2038 e entregará o RNG à Bioreciclaje de Cádiz e à Enagás Renovable, que serão responsáveis por injetá-lo na rede de gás e gerenciar sua comercialização.

O comissionamento desta planta de GNR em Cádiz está previsto para 2027. Ela foi projetada para recuperar até 1.400 scfm (2.400 m³/h) de biogás e injetar aproximadamente 273.000 MMBtu (80 GWh) de GNR na rede de gás anualmente

— o equivalente ao consumo de energia de 16.000 residências espanholas ou uma frota de 185 veículos pesados movidos a gás natural liquefeito.

Em julho passado, o Conselho de Administração do Consórcio para a Gestão de Resíduos Urbanos da Província de Cádiz aprovou o lançamento do projeto. Esta iniciativa apoia as metas de redução de emissões de carbono, uma das principais medidas do Acordo de Paris, seguindo um modelo de economia circular que converte resíduos em recursos valiosos. Sua implementação evitará a emissão de 21.000 toneladas métricas de CO2 equivalente por ano, substituindo o gás natural fóssil por gás renovável.

A assinatura do acordo para o desenvolvimento do projeto foi possível graças à colaboração entre representantes das empresas Valoriza Servicios Medioambientales e GS Inima (que juntamente com o Consórcio de Gestão de Resíduos da Província de Cádiz formam a empresa Bioreciclaje de Cádiz) e o CEO da Enagás Renovable, juntamente com o CEO da Waga Energy Espanha.

O Complexo Ambiental Miramundo,

@Divulgação

administrado pela Bioreciclaje de Cádiz SA, administra o serviço público de transferência, transporte, tratamento e disposição de resíduos para os municípios da entidade provincial Consorcio para la Gestión de Residuos Urbanos de la Provincia de Cádiz (Consórcio para a Gestão de Resíduos Urbanos da Província de Cádiz), proporcionando uma solução social e

ambiental para seus 618.000 habitantes. O centro processa cerca de 340.000 toneladas de resíduos por ano. Atualmente, o biogás é parcialmente recuperado por meio de dois motores para produzir eletricidade e calor. A nova usina de biometano permitirá que esse gás renovável seja injetado na rede, contribuindo para a descarbonização do sistema energético.

“Graças a este novo acordo com a Waga Energy e a Enagás Renovable, continuamos a demonstrar nosso compromisso com o desenvolvimento sustentável, apoiando uma economia circular que transforma resíduos em recursos,”pontuou Jose Antonio García Galdón, CEO da Waste Treatment by Valoriza

“Com a implementação desta nova planta de produção de GNR em colaboração com a Bioreciclaje de Cádiz e a Waga Energy, reafirmamos nosso compromisso com um futuro sustentável, promovendo a inovação e a gestão eficiente de resíduos,” disse Antón

Martínez, CEO da Enagás Renovable

“Estamos entusiasmados com este novo projeto na Espanha com a Bioreciclaje de Cádiz e a Enagás Renovable, duas empresas líderes no setor ambiental. Nossa unidade WAGABOX® nos permitirá transformar o gás de aterro em uma fonte de energia local, renovável e circular. Ao produzir gás natural renovável — um componente essencial da transição energética — estamos tomando medidas concretas contra as mudanças climáticas e ajudando a fortalecer a independência energética da Andaluzia,” afirmou Baptiste Usquin, CEO da Waga Energy Espanha.

SLB e SBM Offshore firmam

aliança digital para transformar o desempenho da produção de FPSOs

A SLB, empresa global de tecnologia de energia, e a SBM Offshore, empresa global de soluções de produção flutuante, armazenamento e transferência (FPSO), anunciaram acordo para firmar uma aliança digital exclusiva para otimizar o desempenho de sistemas de produção offshore.

A aliança reúne a expertise digital e de domínio da SLB em produção e recuperação submarina, submarina e de

superfície com as capacidades digitais e de ciclo de vida completo de FPSOs da SBM Offshore. As empresas alavancarão suas respectivas capacidades digitais para criar um ecossistema digital alimentado por IA que aprimora a gestão de ativos digitais de FPSOs, melhorando o desempenho do tempo de atividade e reduzindo o custo total de propriedade para operadores offshore.

“Esta aliança exclusiva com a SBM Offshore marca um momento crucial na produção e recuperação de ativos offshore. Ao integrar décadas de dados operacionais e expertise na área por meio da plataforma digital escalável da SLB, não estamos apenas obtendo insights acionáveis, mas também otimizando a cadeia de valor do FPSO para aprimorar o desempenho dos ativos. Juntos, estamos comprometidos em entregar valor mensurável e excelência operacional aos nossos clientes”, disse Rakesh Jaggi, Presidente de Digital e Integração da SLB.

@Divulgação

O ecossistema digital integrará os fluxos de trabalho operacionais, dados e expertise em ciclo de vida da SBM Offshore com as tecnologias digitais da SLB, incluindo suas soluções OptiSite™, habilitadas pela Cognite Data Fusion® como parte da plataforma de dados e IA Lumi™ da SLB. Uma vez totalmente implementado, o ecossistema digital capacitará os operadores de ativos offshore — em operações, manutenção e engenharia — a identificar e resolver

proativamente os desafios emergentes antes que eles se agravem. Isso será alcançado por meio de insights contextualizados e em tempo real, extraídos de toda a infraestrutura de ativos, incluindo poços submarinos, risers, linhas de fluxo e fluxos de trabalho de sistemas de superfície. Ao integrar inteligência entre domínios, o ecossistema permitirá uma tomada de decisão mais eficiente e ágil ao longo do ciclo de vida da produção offshore.

“Esta aliança estratégica com a SLB é uma evolução natural da nossa estratégia digital e reflete a nossa ambição de digitalizar as operações de FPSOs”, afirmou Olivier Icyk, diretor de negócios da SBM Offshore. “Juntamente com a SLB, combinamos expertise complementar líder do setor, experiência, processos de trabalho baseados em dados e serviços e tecnologias comprovados que aprimorarão ainda mais a otimização completa do campo, graças a esta integração vertical única, do reservatório ao FPSO.”

TotalEnergies e Cognite expandem sua

parceria para escalar a IA industrial

A TotalEnergies e a Cognite anunciaram uma nova fase de sua parceria. Este acordo ampliará a implantação – ao longo de um período de três anos – da plataforma de dados industriais e IA da Cognite em todos os ativos upstream operados pela TotalEnergies em todo o mundo, abrangendo toda a cadeia de valor, da perfuração à produção. O objetivo é aproveitar o potencial dos dados da TotalEnergies para aprimorar

o desempenho industrial de suas unidades.

Com base em uma colaboração de longa data, esta nova iniciativa visa tornar dados complexos compatíveis com IA aumentando assim o valor dos dados existentes da TotalEnergies e aprimorando a excelência operacional em seus ativos. A colaboração posicionará os dados industriais e a IA como alavancas estratégicas para que a TotalEnergies

forneça energia mais confiável, eficiente e sustentável. Isso permitirá que a empresa acesse mais dados industriais para melhorar a precisão da análise de dados mais rapidamente e encurtar o tempo de adoção de aplicativos, fornecendo acesso fácil e rápido a dados industriais relevantes e de alta

“A TotalEnergies não está apenas adotando a transformação digital; ela está acelerando toda a sua operação”, disse Girish Rishi, CEO da Cognite. “Nossa colaboração de longo prazo se baseia em uma visão compartilhada para ampliar o impacto da IA Industrial. Ao estabelecer uma base de dados pronta para IA, estamos equipando suas equipes para obter insights rapidamente e aprimorar a excelência operacional em seus ativos globais.”

qualidade; tenha a visualização dinâmica de ativos para melhorar a tomada de decisões durante todo o ciclo de vida da produção e monitorar equipamentos críticos para a segurança operacional e de produção; acelere o uso de IA para analisar e impulsionar o desempenho operacional em todos os sites.

“Esta parceria com a Cognite representa um novo marco em nossa transformação digital. Ao criar a base de dados que unifica nossos dados industriais globalmente e os torna prontos para IA, estamos criando as condições para acelerar soluções baseadas em IA que melhorarão significativamente a segurança, o desempenho operacional e ambiental da TotalEnergies. Esta iniciativa reflete nossa ambição de tornar os dados e a IA alavancas estratégicas para uma energia mais confiável, sustentável e eficiente”, afirmou Namita Shah, Presidente da OneTech na TotalEnergies.

Sistema de instalação remota de grampos proporciona ganho de tempo e segurança

A Expro, fornecedora de serviços de energia, concluiu com sucesso a primeira implantação completa de seu Sistema de Instalação de Grampo Remoto (RCIS), marcando um passo significativo na melhoria da segurança e eficiência offshore.

Desenvolvido pela Frank’s Tubular Running Services (TRS) da Expro, o RCIS oferece uma solução única no setor para completações inteligentes de poços, que exigem monitoramento e controle em tempo real das ferramentas de fundo de poço a partir da superfície, por meio de linhas de controle. Essa capacidade permite que os operadores otimizem a produção, gerenciem os dispositivos de segurança de fundo de poço essenciais à integridade do poço e estendam a vida útil do poço, minimizando intervenções dispendiosas.

O RCIS elimina a intervenção manual significativa, tradicionalmente necessária para instalar braçadeiras de linhas de controle na tubulação durante as operações de completação. Ao automatizar totalmente esse processo, o RCIS da Expro aumenta a eficiência da instalação de completação e reduz os riscos, minimizando a exposição do pessoal no piso da plataforma.

A implantação inicial do RCIS ocorreu no Mar do Norte do Reino Unido durante o quarto trimestre de 2024, como parte de um teste experimental. O projeto foi realizado em colaboração com a BP,

que também patrocinou parcialmente o desenvolvimento da tecnologia RCIS.

Com base nesse sucesso, o RCIS foi implantado novamente no segundo trimestre de 2025, por outra operadora no Mar do Norte, onde a Expro operou com sucesso uma Completação Superior completa, sem intervenção manual, a até 15 juntas por hora, sem tempo improdutivo (NPT) ou danos a qualquer uma das linhas de controle, aumentando a eficiência operacional em 25%. As braçadeiras das linhas de controle foram instaladas remotamente, reduzindo o tempo de instalação em aproximadamente dois minutos, ou 50% por braçadeira.

@Divulgação

Jeremy Angelle, vice-presidente de Construção de Poços, afirmou: “Este é um avanço na instalação de grampos. Ao automatizar um processo que antes era manual e de alto risco, não apenas aumentamos a eficiência, mas também aprimoramos significativamente a segurança. É uma nova era de conclusões mais seguras e inteligentes.”

O RCIS foi projetado para oferecer uma solução prática para reduzir a exposição em zonas perigosas, melhorar a segurança da tripulação e agilizar as atividades de conclusão. À medida que

a indústria continua buscando maneiras de minimizar a intervenção manual e aumentar a eficiência, o RCIS representa uma solução escalável e inovadora para operações offshore em todo o mundo.

Saipem prossegue com projeto offshore Hammerhead da ExxonMobil

Guiana

A Saipem recebeu da ExxonMobil Guyana Limited a autorização para prosseguir com a execução das atividades previstas no contrato offshore de engenharia, aquisição, construção e instalação (EPCI) para o projeto de

desenvolvimento do campo petrolífero de Hammerhead, localizado no bloco Stabroek, na costa da Guiana, a uma profundidade de aproximadamente 1.000 metros. O valor do contrato é de aproximadamente 500 milhões de dólares.

Em 2 de abril de 2025, a Saipem já havia anunciado o recebimento do Aviso de Prosseguimento Limitado (LNTP), por meio do qual a Saipem havia iniciado algumas atividades iniciais, como a engenharia de detalhamento e a aquisição de equipamentos de longo prazo. Após o recebimento das aprovações governamentais e regulatórias necessárias, bem como da decisão final de investimento do cliente e seus co-empreendedores no bloco Stabroek, a Saipem recebeu autorização para continuar a execução das atividades

@Saipem

contratuais com a campanha offshore atualmente planejada para começar em 2028.

O escopo de trabalho da Saipem inclui engenharia, aquisição, construção e instalação de estruturas submarinas, umbilicais, risers e linhas de fluxo (SURF) para a unidade de produção e o sistema de exportação de gás relacionado ao projeto de desenvolvimento do campo petrolífero de Hammerhead, localizado a cerca de 200 km da costa da Guiana.

A Saipem realizará as operações utilizando uma variedade de equipamentos de construção e apoio, incluindo o Saipem FDS2 e o Shen Da, que faz parte da frota da Saipem como navio fretado. A logística será

inteiramente executada e gerenciada na Guiana, por meio do estaleiro Vreed-enHoop Shorebase Inc. (VEHSI), gerando empregos e oportunidades para a população guianense.

Com o projeto Hammerhead, a Saipem confirma seu compromisso com a Guiana, fortalecendo sua presença e relacionamento com um cliente estratégico. Anteriormente, a empresa havia sido premiada pela ExxonMobil Guiana com 6 contratos adicionais para projetos na mesma região: Liza Fase 1 e Fase 2, Payara, Yellowtail, UARU e Whiptail.

TechnipFMC recebe contrato submarino substancial para o projeto Hammerhead da ExxonMobil Guiana.

Enviros Group expande presença no Sudeste Asiático com a aquisição da

HGIS

O Enviros Group comprou da Hurricane Geo Inspection Survey Sdn. Bhd. (HGIS), uma das empresas de pesquisa offshore mais estabelecidas e premiadas do Sudeste Asiático, em um negócio multimilionário. Fundada em 2008, a HGIS entregou com sucesso grandes projetos para operadoras

de energia, incluindo Petronas, Shell, PTTEP, HESS, Chevron, Mubadala, INPEX, McDermott, Allseas e Hereema, prestando serviços e construindo uma reputação de segurança, capacidade técnica, confiabilidade e excelência em serviços.

Esta aquisição representa outro marco significativo para a Enviros, após a recente integração da Alpine. Juntos, esses movimentos destacam a estratégia da empresa de escalar rapidamente pelo Sudeste Asiático, ao mesmo tempo em que estabelecem uma base sólida para futura expansão internacional na região

APAC.

Ao incorporar a vasta experiência da HGIS em levantamentos e inspeções avançadas do fundo do mar, a Enviros expande sua oferta de serviços e aprimora sua capacidade de oferecer suporte a clientes no Leste e Oeste da Malásia, Brunei, Tailândia, Vietnã, Filipinas e Indonésia.

Com a HGIS e a Alpine agora integrando suas operações, a Enviros acelera sua transformação em um player verdadeiramente global, combinando capacidades técnicas expandidas com uma presença geográfica mais ampla.

Estratégias e perspectivas

Ao mesmo tempo em que confirmou seus objetivos de crescimento, a TotalEnergies anunciou um programa de economia de US$ 7,5 bilhões (Capex + Opex) para o período de 2026 a 2030. A empresa reduziu sua projeção de Capex líquido para aproximadamente US$ 16 bilhões em 2026 e de US$ 15 a 17 bilhões por ano para o período de 2027

a 2030, uma redução de US$ 1 bilhão por ano em comparação com a projeção anterior. A empresa permanecerá focada em projetos de Upstream com alta margem e se manterá seletiva em Capex de baixo carbono, que representará aproximadamente US$ 4 bilhões por ano, incluindo US$ 3 a 4 bilhões por ano para o negócio de Energia Integrada.

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Patrick Pouyanné, Presidente e CEO da TotalEnergies, e os membros do Comitê Executivo apresentaram a Estratégia e as Perspectivas da Empresa em Nova York: a TotalEnergies vem implementando com consistência sua estratégia de transição equilibrada e lucrativa, ancorada em dois pilares: Petróleo e Gás, principalmente GNL, e Energia Integrada. A empresa planeja aumentar a produção de energia (petróleo, gás e eletricidade) em ~4% ao ano até 2030, reduzindo simultaneamente as emissões de suas operações (-50% em Petróleo e Gás Escopo 1+2 em 2030 em comparação com 2015 e -80% nas emissões de metano em 2030 em comparação com 2020).

A TotalEnergies planeja um crescimento de +3% ao ano em petróleo e gás entre 2024 e 2030 graças ao início de projetos de valor agregado de seu rico portfólio, com 95% da produção de 2030 já em operação ou em desenvolvimento. Em 2025 e 2026, esse crescimento ultrapassará 3% ao ano, beneficiando-se do início de diversos projetos de petróleo de alta margem (offshore nos EUA, Brasil, Iraque e Uganda) e de grandes projetos de GNL e gás (NFE no Catar e Jerun na Malásia).

A expectativa é que o GNL Integrado gere um crescimento de fluxo de caixa superior a 70% até 2030, em comparação com 2024, a US$ 70/b e US$ 8/Mbtu. Isso é impulsionado pelo crescimento de 50% nas vendas, proveniente principalmente de projetos de GNL nos Estados Unidos e no Catar (Trem Rio Grande LNG 1-4 nos Estados Unidos, NFE e NFS no Catar), que estão entre os mais competitivos do mundo. Além disso, a Companhia desenvolverá a integração gás-energia, principalmente nos Estados Unidos e na Europa, a fim de completar seu modelo de negócios de Energia Integrada.

A TotalEnergies planeja aumentar

a produção de eletricidade em aproximadamente 20% ao ano até 2030, resultando em uma produção de eletricidade de 100 a 120 TWh/ano, dos quais 70% são renováveis e 30% são gás flexível. A TotalEnergies pretende concentrar seus investimentos nos principais mercados desregulamentados (Estados Unidos, Europa, Brasil) nos quais a Companhia implementa seu modelo integrado. O segmento de Energia Integrada terá fluxo de caixa livre positivo até 2028 e atingirá um ROACE de 12% até 2030. A diversificação lucrativa da TotalEnergies na cadeia de valor da eletricidade é um diferencial positivo em relação aos concorrentes e cria valor para os acionistas, contribuindo para o crescimento dos dividendos independentemente dos ciclos de petróleo e gás, aumentando assim a resiliência da Companhia.

Graças à política de investimento disciplinada da empresa, bem como ao crescimento previsto do fluxo de caixa livre de cerca de US$ 10 bilhões até 2030 (em comparação com 2024 no mesmo ambiente de preços), o Conselho de

Administração reafirmou a prioridade dada aos dividendos e seu crescimento por meio de ciclos e confirmou uma política de retorno ao acionista de mais de 40% do fluxo de caixa anual, independentemente dos preços da energia. Em 24 de setembro, o Conselho de Administração também autorizou US$ 1,5 bilhão em recompras de ações no quarto trimestre de 2025, resultando em

US$ 7,5 bilhões em recompras de ações para todo o ano de 2025. Além disso, o Conselho de Administração aprovou a orientação de recompra de ações para 2026 entre US$ 0,75 bilhão e US$ 1,5 bilhão por trimestre para um preço do Brent entre US$ 60 e US$ 70/b e uma taxa de câmbio de cerca de 1,20 $/€. Isso deve levar a um pagamento de cerca de 50% a US$ 70/b em 2026.

Shell para construção de usina de biocombustíveis em Roterdã

A Shell Nederland Raffinaderij BV, uma subsidiária da Shell plc, decidiu não reiniciar a construção de sua planejada instalação de biocombustíveis no Shell Energy and Chemicals Park em Roterdã, que começou em 2022. Após uma avaliação

comercial e técnica aprofundada para reavaliar a competitividade do projeto, a Shell não dará mais continuidade ao projeto.

A Shell está tomando medidas para ser o caso de investimento e o parceiro de

@Shell

escolha na transição energética. Entre 2023 e 2024, a Shell investiu US$ 8 bilhões em opções de baixo carbono, incluindo energia, captura e armazenamento de carbono (CCS), hidrogênio e combustíveis de baixo carbono. Em

A Holanda continua sendo um localchave para a Shell, onde os negócios abrangem toda a sua rede de energia –desde a produção upstream de petróleo e gás até nossa rede de unidades de varejo. Nos últimos anos, a Shell investiu € 6,5 bilhões em uma ampla gama de projetos de transição energética

2024, a Shell comercializou mais de 10 bilhões de litros de combustíveis de baixo carbono e vendeu 10 vezes mais do que produziu. No mesmo ano, a Shell se tornou uma das principais fornecedoras mundiais de SAF.

Machteld de Haan, Presidente de Soluções de Downstream, Energias Renováveis e Energia da Shell, afirmou e “ao avaliarmos a dinâmica do mercado e o custo de conclusão, ficou claro que o projeto não seria competitivo o suficiente para atender à demanda dos nossos clientes por produtos acessíveis e de baixo carbono. Foi uma decisão difícil, mas acertada, pois priorizamos nosso capital em projetos que atendam às necessidades dos nossos clientes e agreguem valor aos nossos acionistas. Continuamos acreditando que moléculas de baixo carbono, incluindo biocombustíveis, sustentarão o futuro sistema energético. A Shell está na vanguarda desse setor e de seu desenvolvimento como uma das maiores comercializadoras e fornecedoras de biocombustíveis do mundo, incluindo Combustível Sustentável para Aviação (SAF)”, disse De Haan.

na Holanda. Isso inclui a ativação do armazenamento de CO2 por meio do projeto Porthos CCS, o desenvolvimento de hidrogênio renovável na Holland Hydrogen e a instalação de novos fornos e a eletrificação de processos de fabricação essenciais no Shell Chemicals Park Moerdijk.

BRAVA Energia alcança recorde de produção

A BRAVA Energia registrou produção média diária de 91,8 mil barris de óleo equivalente (boe) no terceiro trimestre de 2025, um aumento de 7% em relação ao trimestre anterior, renovando seu recorde trimestral de produção nos

segmentos onshore e offshore. No mês de setembro, a produção da companhia também teve média de 91,8 mil boe por dia.

O novo recorde trimestral demonstra a solidez e a capacidade de execução da companhia, além da robustez do portfólio de ativos.

Para suportar o aumento da produção durante o quarto trimestre de 2025, a BRAVA iniciou, em agosto, uma etapa de ajustes operacionais e de comissionamento de equipamentos no FPSO Atlanta, com conclusão prevista para o mês de outubro.

O resultado representa o terceiro recorde trimestral de produção consecutivo da BRAVA Energia em 2025, consolidando a trajetória de crescimento da companhia.

CNPE fixa valor mínimo de R$ 10,2 bilhões para Áreas Não Contratadas da União nas Jazidas Compartilhadas de Tupi, Mero e Atapu

O CNPE - Conselho Nacional de Política Energética autorizou a realização do Leilão de alienação dos direitos e obrigações decorrentes dos Acordos de Individualização da Produção (AIPs) das Jazidas Compartilhadas de Mero, Atapu e Tupi (Leilão de Áreas Não Contratadas) e fixou em R$ 10,2 bilhões o valor mínimo total de oferta a ser pago à União pela alienação dos referidos direitos e obrigações. O Leilão de Áreas Não Contratadas será realizado no dia 4 de dezembro na B3, em São Paulo. Atualmente, a União detém participações de 3,5% na jazida compartilhada de Mero, 0,551% em Tupi e 0,950% em Atapu.

Para a participação da União em Mero foi estipulado o maior valor mínimo de R$

7.646.556.900,00 (sete bilhões, seiscentos e quarenta e seis milhões, quinhentos e cinquenta e seis mil e novecentos reais). Para a participação da União em Tupi, o valor mínimo fixado foi de R$ 1.692.050.700,00 (um bilhão, seiscentos e noventa e dois milhões, cinquenta mil e setecentos reais), enquanto para Atapu, a oferta mínima estipulada foi de R$ 863.324.700,00 (oitocentos e sessenta e três milhões, trezentos e vinte e quatro mil e setecentos reais).

O despacho do Conselho Nacional de

Política Energética (CNPE) definiu também que, além da oferta mínima, poderá haver, no futuro, o pagamento de um valor adicional à União, denominado earn-out. Trata-se de um dispositivo contratual que condiciona o pagamento de uma parcela variável conforme a ocorrência de certos eventos futuros, como apreciações no preço do barril de petróleo (Brent) e futuras redeterminações das parcelas de participação nas jazidas, que podem resultar em um aumento da participação percentual das áreas não contratadas.

O Diretor-Presidente da PPSA, Luis Fernando Paroli, destaca que a cláusula de earn-out é essencial para assegurar uma remuneração adicional à União, preservando o valor da operação ao longo do tempo. “Nossa equipe buscou valorar o ganho advindo de eventos futuros de forma a equilibrar os ganhos para o país — e, consequentemente, para a sociedade brasileira — com a manutenção da atratividade do certame, compartilhando benefícios de forma justa com os compradores”, explicou Paroli.

@Divulgação

A Diretora Técnica da PPSA, Tabita Loureiro, destacou que os estudos técnicos da empresa já indicam potencial de incremento das participações das áreas não contratadas nas Jazidas de Mero e Atapu. “No caso de Tupi já há uma nova participação negociada. Trata-se de uma oportunidade singular em ativos de classe mundial, nas maiores jazidas do Pré-Sal em produção, sem risco exploratório e com upsides relevantes”, explicou.

A PPSA publicou o edital do leilão, acompanhado da minuta do Termo Aditivo do Acordo de Individualização da Produção (AIP) de cada jazida e do respectivo Contrato de Alienação, além de outros documentos pertinentes. As empresas interessadas podem acessar o Pacote de Dados, que estará disponível para consulta até 05 de novembro, tanto em plataforma virtual quanto em formato presencial. Além do conteúdo

disponibilizado, as empresas poderão solicitar reuniões técnicas e gerenciais sob demanda, para esclarecimentos específicos.

O acesso ao Pacote de Dados é opcional e não condiciona a participação no leilão, mas constitui uma oportunidade estratégica para que os potenciais investidores conheçam em profundidade os aspectos técnicos, econômicos e contratuais das áreas ofertadas.

Aumentam produção e reservas do campo Gjøa Sandnes

A Vår Energi ASA anunciou um aumento na produção e nos volumes recuperáveis do campo de Gjøa (PL153), após o início do projeto de baixa pressão de Gjøa. O projeto modificou os sistemas de

compressão na plataforma Gjøa, o que permitiu que os poços produzissem por mais tempo e em taxas mais altas, aumentando os volumes recuperáveis restantes.

A produção do campo de Gjøa aumentou em 6 mil barris de óleo equivalente por dia (kboepd), de 35 kboepd para 41 kboepd (bruto) como resultado do startup. Além disso, os volumes recuperáveis restantes aumentaram em um total de

6,3 milhões de boe, representando um aumento de aproximadamente 25%. O projeto de baixa pressão estende a vida útil econômica da produção de Gjøa em 2 a 3 anos e tem um período de retorno do investimento de menos de 6 meses.

“Esta é uma grande conquista. Ao utilizar tecnologia pronta para uso, não estamos apenas aumentando a produção e os volumes recuperáveis restantes do campo de Gjøa, como também prolongando a vida útil econômica dos outros campos produtores de Duva, Vega e Nova, que estão vinculados à plataforma de Gjøa. Esta é uma situação vantajosa para os campos produtores e para os projetos de desenvolvimento na região da Grande Gjøa,” afirmou o diretor de operações da Vår Energi, Torger Rød

As modificações na plataforma permitem operações flexíveis e visam aumentar a produção de todos os campos de produção relacionados. O projeto foi conduzido como parte de uma parada programada para manutenção, visando minimizar o impacto nas operações diárias.

Os estudos de seleção de conceito foram

realizados pela Aker Solutions e o projeto foi executado pela Rosenberg Worley. A produção em baixa pressão começou em setembro.

Os parceiros na licença Gjøa (PL153) são: Vår Energi (operador e 30%), Petoro (30%), Harbour Energy Norge AS (28%) e OKEA ASA (12%).

Transporte marítimo enfrenta novo sistema da OMI

A Organização Marítima Internacional (OMI) divulgou que as medidas de seu Quadro Net-Zero devem entrar em vigor em 2027.

De acordo com a OMI, a estrutura introduzirá diretrizes que definem combustíveis com emissão zero e quase zero (combustíveis ZNZ), estabelecem regras de contabilidade e certificação de emissões.

Estas diretrizes pretendem desempenhar um papel central no avanço da transição energética do setor de transporte marítimo, garantindo ao mesmo tempo que o processo seja justo e equitativo.

Uma análise publicada pelo Fórum Marítimo Global (GMF) explica que a estrutura se baseará em metas de Intensidade Global de Combustível (GFI), que medem as emissões de gases de efeito estufa de uma embarcação por unidade de energia utilizada. Embora tais metas promovam a descarbonização gradual e incentivem a adoção de combustíveis de transição, como GNL e biocombustíveis, elas podem não ser suficientes por si só para incentivar soluções de longo prazo, como os combustíveis eletrônicos.

O relatório do GMF destaca que, até 2030, a OMI pode arrecadar cerca de US$ 11 a 12 bilhões anualmente por meio de penalidades impostas pelo descumprimento da estrutura. Esses fundos serão então canalizados para um sistema de recompensas projetado para incentivar o uso de combustíveis ZNZ escaláveis e garantir que nenhum país ou

região seja excluído da transição.

Combustíveis ZNZ, ou Zero or Nearzero (zero ou próximo de zero emissão) são combustíveis com baixa ou nenhuma emissão de carbono, desenvolvidos especialmente para o setor de transporte marítimo. Exemplos incluem a amônia verde, o querosene de aviação sustentável e outros combustíveis que se alinhem com metas de descarbonização.

Os e-combustíveis são considerados particularmente importantes, pois representam uma opção escalável para atingir a meta da IMO de emissões líquidas zero até 2050. Alcançar essa trajetória exige que pelo menos 5% da demanda de energia da indústria naval seja suprida por e-combustíveis até 2030. No entanto, os produtores atualmente enfrentam altos custos iniciais, enquanto os compradores continuam hesitantes em se comprometer devido às incertezas sobre fornecimento, preços e retornos de longo prazo.

Essa lacuna de financiamento,

frequentemente descrita como o “problema do ovo e da galinha” do setor, dificulta o crescimento nesse mercado sem apoio político.

Mas a eficácia do mecanismo de recompensa dependerá de dois elementos centrais: a elegibilidade do combustível e o nível das recompensas. O GMF observa que, independentemente da abordagem adotada, o cronograma é crucial: a entrada em vigor em 2027 deve estar alinhada com políticas que permitam a adoção em larga escala do e-combustível. Sem isso, o setor pode não atingir suas metas.

ANP recebe mais um equipamento que detecta teor de biodiesel e metanol em campo

A ANP recebeu do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), por meio da Promotoria de Justiça de Defesa dos Direitos do Consumidor (PRODECON/DF), a doação de um espectrofotômetro, modelo FTIR, equipamento portátil que permite a identificação em campo da presença de metanol na gasolina e no etanol e do percentual de biodiesel adicionado ao óleo diesel.

O equipamento foi entregue pelo Promotor da 1a Procuradoria de Defesa do Consumidor (Prodecon) do MPDFT, Paulo Binicheski, em cerimônia no edifício-sede do MPDTF, em Brasília, com a presença do Diretor-Geral da ANP, Artur Watt, da Diretora Symone Araújo e do Diretor Pietro Mendes.

Artur Watt, em seu discurso no evento, falou sobre a importância da parceria com o MPDFT, que irá beneficiar a sociedade.

“A ANP já realiza suas fiscalizações com bastante empenho, mas esse é um equipamento moderno, um equipamento novo, que tem como principal característica fazer a verificação eletrônica no local do teor de metanol, eventualmente misturado no etanol ou na gasolina - porque é para ter zero - e do teor de biodiesel misturado ao diesel - que é para ter 15%, atualmente. Menos do que esse percentual de biodiesel irá prejudicar a produção nacional. Misturas diferentes disso representam fraudes tanto ao nosso consumidor quanto o produtor nacional”, afirmou.

Trata-se do sétimo espectrofotômetro FTIR recebido pela ANP. A doação foi realizada por intermédio da Promotoria de Justiça de Defesa dos Direitos do Consumidor, que celebrou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com uma rede de supermercados prevendo, como forma de compensação por danos coletivos, a doação do equipamento à ANP.

O primeiro equipamento foi doado à ANP pelo Ministério Público do Estado do Sergipe (MPSE) e os outros cinco, pela iniciativa privada.

No caso do metanol, a Agência já utilizava outro tipo de teste para detecção em campo, e os FTIRs vieram se somar para ampliar ainda mais esse controle. Com relação ao percentual de biodiesel, sem esse equipamento, somente é possível identificar o teor incorreto em laboratório, ou seja, após o

final da ação fiscal.

Com o dispositivo, o agente de fiscalização da ANP consegue detectar em campo se a mistura obrigatória de biodiesel no óleo diesel está sendo cumprida e se há presença de metanol na gasolina e no etanol, aplicando imediatamente medida cautelar de interdição em casos de irregularidades e impedindo que o produto não conforme chegue ao consumidor.

Tanto no caso da detecção de irregularidades em campo quanto em laboratório, a ANP aplica um auto de infração e instaura processo administrativo, no qual é garantido o direito à ampla defesa e ao contraditório, garantido por lei. Em caso de condenação, o agente está sujeito às penalidades previstas em lei, como multas (que podem chegar a R$ 5 milhões), suspensão e revogação da autorização.

Petrobras obtém licença de operação para pesquisa exploratória em águas profundas do Amapá

A Petrobras recebeu (20/10) a licença de operação do Ibama para a perfuração de um poço exploratório no bloco FZA-M-059, localizado em águas profundas do Amapá, a 500 km da foz do rio Amazonas e a 175 km da costa, na Margem Equatorial brasileira.

A sonda se encontra na locação do poço e a perfuração está prevista para ser iniciada imediatamente, com a duração estimada de cinco meses. Por meio desta pesquisa exploratória, a companhia busca obter mais informações geológicas e avaliar se há petróleo e gás na área em escala econômica. Não há produção de petróleo nessa fase.

A Petrobras atendeu a todos os requisitos estabelecidos pelo Ibama, cumprindo integralmente o processo de licenciamento ambiental. Como última etapa de avaliação, a companhia realizou, em agosto, um simulado in loco, denominado Avaliação PréOperacional (APO), por meio do qual o Ibama comprovou a capacidade da Petrobras e a eficácia do plano de resposta à emergência.

@Divulgação Foresea

Sonda de perfuração NS-42

“A conclusão desse processo, com a efetiva emissão da licença, é uma conquista da sociedade brasileira e revela o compromisso das instituições nacionais com o diálogo e com a viabilização de projetos que possam representar o desenvolvimento do país. Foram quase cinco anos de jornada, nos quais a Petrobras teve como interlocutores governos e órgãos ambientais municipais, estaduais e federais. Nesse processo, a companhia pôde comprovar a robustez de toda a estrutura de proteção ao meio ambiente que estará disponível durante a perfuração em águas profundas do Amapá.

Vamos operar na Margem Equatorial com segurança, responsabilidade e qualidade técnica. Esperamos obter excelentes resultados nessa pesquisa e comprovar a existência de petróleo na porção brasileira dessa nova fronteira energética mundial”, disse Magda Chambriard, presidente da Petrobras.

Petrobras assina contrato para venda de seis milhões de barris de petróleo para estatal indiana

A Petrobras assinou contrato de venda de petróleo com o refinador estatal indiano Hindustan Petroleum Corporation - HPCL. O contrato prevê volume de entrega de até seis milhões de barris e tem validade de um ano.

O negócio foi firmado na Índia, durante missão oficial a Nova Delhi do vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin. A comitiva brasileira inclui executivos da Petrobras e de outras empresas brasileiras. Com o contrato com a HPCL, a Petrobras passa a fornecer petróleo para os três principais refinadores estatais indianos. Em fevereiro deste ano, a companhia firmou acordo de venda com a Bharat Petroleum Corporation - BPCL, também para volumes de entrega de até seis milhões de barris no período de um ano. A Petrobras mantém, ainda, um bem-sucedido acordo comercial com a Indian Oil Corporation – IOC, a maior refinadora estatal da Índia. Por meio desse acordo, já foram exportados para o país mais de 20 milhões de barris de petróleo nos últimos dois anos.

@Agência Petrobras Roberto Rosa

“A Índia é, indiscutivelmente, um dos principais propulsores da economia global no presente e, será ainda mais, no futuro próximo. É um mercado extremamente relevante para os fluxos internacionais de petróleo, dado seu robusto crescimento econômico e populacional, associado à sua capacidade de refino de mais de cinco milhões de barris por dia e disponibilidade de produção local de pouco mais do que 10% de suas necessidades”, detalha o Diretor Executivo de Logística, Comercialização e Mercados da Petrobras, Claudio Schlosser.

As relações comerciais da Petrobras com a Índia estiveram concentradas por anos nos refinadores privados, sendo a Reliance Industries Limited –RIL um parceiro atual ainda relevante. Ultimamente, a companhia tem se voltado para os refinadores estatais, que consomem óleos médios, mais adequados ao perfil das exportações da companhia.

“O incremento da participação da Petrobras no suprimento de petróleo para a Índia é fruto dos constantes esforços e desenvolvimento de mercados desempenhados por nossos escritórios comerciais em Singapura, Rotterdam e Houston, coordenados pelo escritório central no Rio de Janeiro”, declara

Projeto

Schlosser.

A Petrobras tem presença global e está constantemente avaliando todos os mercados na busca da melhor colocação do volume de petróleo exportado e negocia os barris nas modalidades contratual e spot.

Além da Índia, a companhia vem aumentando as exportações de diferentes qualidades petróleo para a Coréia do Sul, Singapura, Tailândia e, mais significativamente, para o mercado europeu. No mercado de derivados, África, Américas e Ásia têm ganhado relevância. Além do petróleo, a Petrobras comercializa internacionalmente mais de dez diferentes produtos derivados de petróleo.

de Monitoramento de

Praias completa 15 anos reforçando compromisso da Petrobras com a conservação marinha

Neste 1º de outubro, o Projeto de Monitoramento de Praias das Bacias de Campos e Espírito Santo (PMP-BC/ES) desenvolvido pela Petrobras, celebra

15 anos de atuação contínua no litoral do Espírito Santos e Rio de Janeiro, entre os municípios de Conceição da Barra (ES) e Praia da Vila, em Saquarema

(RJ). O projeto é referência nacional no monitoramento de fauna marinha, registrando aves, tartarugas, mamíferos e outros animais, já tendo acompanhado mais de 83 mil animais em seus registros. Ao longo desses 15 anos, o PMP-BC/ ES percorreu mais de 3 milhões de km de praias, abrangendo 27 municípios do Espírito Santo e Rio de Janeiro, ao longo de mais de 707 quilômetros de costa. O compromisso com a biodiversidade marinha e a perspectiva

de futuro se traduz em números expressivos: já registrou quase 65 mil ocorrências de tartarugas marinhas e mais de 74 mil registros reprodutivos delas, evidenciando a importância das praias para a reprodução dessas espécies. Além dos animais, o PMP-BC/ ES monitora também resíduos sólidos e oleosos, com foco na conservação e na mitigação dos impactos das atividades de exploração e produção de petróleo na região.

“Este marco de 15 anos é motivo de grande orgulho para a Petrobras. O PMP-BC/ES não só reforça nosso compromisso com a sustentabilidade e a preservação ambiental, mas também demonstra que é possível conciliar a segurança energética com o cuidado com a vida marinha”, destaca o gerente executivo de Segurança, Meio Ambiente e Saúde da Petrobras, Flaubert Machado.

@Eduardo Pimenta / Instituto Albatroz

O ano de 2024 foi significativo para o PMP-BC/ES, quando registrou números inéditos, como os 204 encalhes de cetáceos, o maior volume desde o início do projeto, além de 848 registros de aves marinhas voadoras e 481 ocorrências de pinguins-de-Magalhães, reflexo do esforço contínuo do projeto em ampliar seu alcance e eficiência.

Ao longo dessa trajetória, a atuação veterinária é outro do projeto merece destaque. Os profissionais registaram quase 4 mil tartarugas reabilitadas desde 2010, e 428 aves atendidas somente em 2024, um recorde para a categoria.

“O sucesso do PMP-BC/ES é fruto de uma equipe dedicada e do apoio das comunidades locais, que colaboram

reportando encalhes e participando das ações. A Petrobras segue investindo em ciência e tecnologia para garantir que nossas operações coexistam com a preservação dos ecossistemas marinhos”, complementa o gerente Flaubert.

Além do trabalho de campo, o projeto é uma importante fonte científica, com 76 publicações que contribuem para o conhecimento da biodiversidade e a formulação de políticas públicas de conservação.

A população pode colaborar acionando o número gratuito 0800 991 4800 para informar sobre encalhes de tartarugas, mamíferos e aves nas praias do Espírito Santo e norte do Rio de Janeiro.

Petrobras inicia contratação para construção do FPSO Búzios 12

A Petrobras deu início à contratação da construção do FPSO Búzios 12, que será instalado na Bacia de Santos, no estado do Rio de Janeiro. A nova unidade, a P-91, será a 12ª plataforma destinada ao campo de Búzios, consolidando-o como o maior campo produtor da companhia e ampliando sua relevância para o suprimento de gás natural no país.

Búzios 12 funcionará como um hub para exportação do gás produzido em Búzios. Isso

@André Ribeiro / Agência Petrobras

porque, além de contar com sistemas para processar e separar a produção própria, a unidade também será capaz de exportar o gás produzido em outras plataformas do campo que não foram originalmente desenhadas para exportação de gás.

Com essa solução, a Petrobras garante o aproveitamento do gás de Buzios e a expansão da oferta de gás natural ao mercado brasileiro. O gás escoado será direcionado ao Complexo de Energias Boaventura, em Itaboraí (RJ), por meio do gasoduto Rota 3 até a chegada à costa.

A P-91 será interligada a 16 poços, sendo 8 produtores e 8 injetores alternados de

água e gás, com capacidade para produzir 180 mil barris de petróleo por dia e 12 milhões de m³/dia de gás natural. O desenvolvimento de Búzios 12 tem como objetivo ampliar a produção da jazida, agregando valor econômico ao campo, em parceria com as empresas CNPC (China National Petroleum Corporation, 3,67%) e CNOOC (China National Offshore Oil Corp, 7,34%), tendo a Petrobras como operadora (88,99%).

Búzios já caminha para superar Tupi como o maior campo produtor da companhia, e a nova unidade reforça essa trajetória de crescimento.

“Dar a largada na contratação do Búzios 12 justamente no dia do aniversário da Petrobras é simbólico: mostra a força da nossa capacidade de inovação e do trabalho de gerações de profissionais comprometidos com o país. Essa nova unidade amplia a oferta de gás natural para o mercado brasileiro, garantindo energia segura, competitiva e indispensável para a transição energética justa. A P-91 já nasce com soluções para aumentar a oferta de gás para o mercado, reduzir emissões e aumentar a eficiência energética, refletindo a razão de ser da Petrobras: gerar riqueza para a sociedade brasileira com responsabilidade e sustentabilidade”, afirmou a presidente da companhia, Magda Chambriard

Para essa contratação, a Petrobras adota o modelo BOT (Build-Operate-Transfer), no qual a contratada é responsável pelo projeto, construção, montagem e operação do ativo por um período inicial definido em contrato. Posteriormente a operação será transferida para a Petrobras.

As empresas interessadas em participar do processo de contratação de Búzios 12 terão o prazo de 180 dias, a partir da publicação da Solicitação de Envio de Propostas (SEP), para submeterem suas propostas. A SEP estabelece um percentual mínimo de 25% de conteúdo local.

Petrobras aprova projeto piloto que vai capturar e armazenar 100 mil toneladas de carbono por ano

A Petrobras aprovou a construção do Projeto Piloto de CCS São Tomé, em Macaé (RJ), uma iniciativa estratégica para atingir a meta de neutralização de carbono até 2050. Este é o primeiro projeto-piloto de CCS (Captura e Armazenamento de Carbono) no Brasil, com infraestrutura que permite a integração completa entre captura, transporte e armazenamento geológico de CO2 em reservatório salino. O projeto, que tem o acompanhamento de órgãos reguladores e ambientais como ANP - Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis e o Instituto Estadual do Ambiente (INEA), é considerado um marco para o avanço tecnológico e regulatório para projetos de Captura, Utilização e Armazenamento de Carbono (CCUS) no Brasil.

“A tradição da companhia de empregar tecnologia de ponta para viabilizar grandes empreendimentos offshore está sendo colocada também em iniciativas de descarbonização. Essa iniciativa é mais um passo concreto da Petrobras na construção de soluções climáticas eficazes”, destaca a diretora de Transição Energética e sustentabilidade da Petrobras, Angélica Laureano.

O objetivo do CCS São Tomé é de capturar até 100 mil toneladas de CO₂ por ano, ao longo de três anos a partir de 2028 e injetá-las em um reservatório salino profundo, na região de Barra do Furado, em Quissamã (RJ). Por ser o primeiro projeto do tipo em reservatório salino no país, o CCS São Tomé permitirá que órgãos como ANP e INEA testem, ajustem e validem procedimentos e normas aplicáveis à cadeia de valor do CCS, um avanço regulatório sobre o armazenamento geológico de carbono em futuros projetos comerciais.

“O Projeto Piloto de CCS São Tomé é uma iniciativa estratégica de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) que permitirá validar, em ambiente real, tecnologias e metodologias fundamentais para a implantação de hubs de captura e armazenamento de carbono (CCS) no Brasil. As tecnologias aplicadas possibilitam acompanhar a evolução da pluma de CO₂ com precisão inédita no país e as informações obtidas com o projeto poderão nos apontar novos usos do CO2, como por exemplo, a produção de combustível sintético”, explica Renata Baruzzi, Diretora de Engenharia Tecnologia e Inovação da Petrobras.

A iniciativa é considerada como plataforma de aprendizado e qualificação tecnológica para futuros projetos comerciais e hubs de CCS no Brasil, tanto onshore quanto offshore. O CCS São Tomé também posiciona o Brasil entre os países que lideram o desenvolvimento

de soluções de mitigação de emissões em larga escala, alinhando-se às melhores práticas internacionais e abrindo caminho para futuras aplicações comerciais de CCUS em diversos setores da economia.

Petrobras e Amazon Brasil anunciam colaboração estratégica para combustíveis de baixo carbono

A Petrobras e a Amazon Brasil celebraram um Memorando de Entendimento (MOU) para explorar possibilidades de colaboração no avanço de desenvolvimento e implementação de soluções de combustíveis de baixa emissão de carbono em atividades de logística no Brasil. O MOU estabelece diretrizes para identificar oportunidades que integrem a expertise Petrobras em energia ao compromisso com a descarbonização da Amazon Brasil. O setor de transportes representa

uma oportunidade significativa para redução de carbono através da adoção de combustíveis mais sustentáveis e melhoria da eficiência operacional. O MOU ocorre enquanto empresas de diversos setores aceleram práticas sustentáveis e fortalecem compromissos para apoiar a agenda climática do país, reduzindo emissões de carbono enquanto fomentam o crescimento econômico com operações ambientalmente responsáveis.

“A Petrobras reforça o compromisso de investir em alternativas de

descarbonização inovadoras, competitivas e com preços acessíveis. A parceria com a Amazon busca gerar oportunidades relevantes de negócio para ambas as empresas, avançando no caminho da descarbonização e gerando ganhos também para a sociedade e o meio ambiente”, afirma o diretor de Logística, Comercialização e Mercados da Petrobras, Claudio Schlosser.

A Amazon cofundou e assinou o The Climate Pledge, um compromisso para alcançar emissões líquidas zero de carbono em todas as suas operações até 2040. Descarbonizar sua rede de transporte é fundamental para atingir este objetivo. Por meio do MOU, a Amazon Brasil e a Petrobras avaliarão oportunidades, incluindo:

• Desenvolvimento de combustíveis de baixa emissão de carbono certificados pelo ISCC Plus ou equivalente, com preferência por matérias-primas residuais de baixa intensidade de carbono;

• Adoção de programas-piloto, onde combustíveis de baixa emissão de carbono podem ser integrados à rede de transporte da Amazon;

• Implantação de mecanismos baseados no mercado, como sistemas Book and Claim ou Mass Balance, para tornar os combustíveis de baixa emissão de carbono mais acessíveis e econômicos para pequenas e médias empresas que compõem a maioria do setor de logística.

“Este MOU representa um passo importante para alcançarmos nossas emissões líquidas zero de carbono até 2040. Por meio deste, pretendemos desenvolver maneiras inovadoras de avançar em nossas metas climáticas, enquanto avaliamos oportunidades

Diretor de Logística da Amazon Brasil, Ricardo Pagani; e o diretor de Logística, Comercialização e Mercados da Petrobras, Claudio Schlosser; durante celebração do MOU

para ajudar o Brasil a descarbonizar sua indústria de transportes”, disse Ricardo Pagani, líder de Operações da Amazon Brasil. “Acreditamos que investimentos em matérias-primas de baixo carbono baseadas em resíduos podem permitir que agricultores e cooperativas agrícolas transformem seus resíduos em valiosos recursos energéticos, potencialmente criando empregos no processamento agrícola e na produção de combustíveis. Esta abordagem poderia fortalecer a independência energética do Brasil, reforçando sua posição de liderança na bioeconomia global”.

À medida que a Amazon expande suas operações no Brasil, com um DNA construído em inovação e excelência operacional, a empresa mantém um foco constante na melhoria da eficiência energética e na descarbonização de sua rede de transporte. Esta abordagem corporativa ajuda a avançar metas ambientais enquanto garante crescimento responsável dos negócios, investindo no futuro e focando no longo prazo.

@Ricardo
Lopes / Agência
Petrobras

FPSO P-78 chega ao campo de Búzios

Após a saída do estaleiro Benoi, em Singapura (13/07), o FPSO P-78 chegou (30/09), ao Campo de Búzios, no Pré-Sal da Bacia de Santos, onde será interligado aos poços para, em breve, iniciar a produção.

@Divulgação / Petrobras

Para a diretora de Engenharia, Tecnologia e Inovação, Renata Baruzzi, “o cumprimento do cronograma previsto para a conclusão da plataforma reforça a importância do gerenciamento integrado de nossos projetos”.

O campo de Búzios está localizado em águas ultra profundas da Bacia de Santos (profundidade de até 2.100 metros), a 180 km da costa do estado do Rio de Janeiro.

O projeto Búzios 6 conta com 13 poços, sendo 6 produtores (com 2 conversíveis a injetores), 6 injetores WAG e 1 injetor de gás. A unidade será interligada com dutos rígidos de produção, injeção e exportação de gás e dutos flexíveis para as linhas de serviço e de gás lift.

O FPSO P-78 é a sétima unidade prevista para instalação no campo e vai se somar às outras seis plataformas em operação no campo: FPSOs P-74, P-75, P-76, P-77, Almirante Barroso e Almirante

Tamandaré. A P-78 possui capacidade de produção de 180 mil barris de óleo, além de comprimir 7,2 milhões de m³ de gás diários.

O uso da estratégia de navegação com a tripulação a bordo permitirá antecipar o início da produção em cerca de duas semanas em relação ao modelo tradicional de parada em águas abrigadas. O transporte na condição tripulada permite que diversos sistemas complexos do FPSO sejam mantidos em condição operacional, a continuidade do processo de comissionamento e o treinamento das equipes nesses sistemas, diminuindo o tempo total entre a chegada na locação final e o início da produção de petróleo. Após a chegada e antes de entrar em operação, será realizado o serviço de ancoragem e de interligação da plataforma com os poços produtores de petróleo, o que deverá levar aproximadamente 2 meses.

A construção do casco foi realizada em estaleiros nas cidades Yantai e Hayang, na China, e em Ulsan, na Coreia do Sul, onde também foi realizada a

integração dos blocos. Em seguida o FPSO foi transportado para estaleiro em Singapura, no qual foi realizada a integração e comissionamento dos módulos de topside, construídos no Brasil (Estaleiro Seatrium Angra dos Reis, antigo Brasfels), China e Singapura.

“A P-78 se junta às demais unidades produtoras para incrementar ainda mais a produção do Campo de Búzios, que já superou a produção diária de 900 mil barris de petróleo”, disse a diretora de Exploração e Produção, Sylvia Anjos.

Petrobras conclui licitação de operação e manutenção para retomada das FAFENs Bahia e Sergipe

A Petrobras concluiu a licitação para contratação de serviços de operação e manutenção das Fábricas de Fertilizantes Nitrogenados da Bahia e Sergipe (FAFENBA e FAFEN-SE) e assinou, no Rio de Janeiro (RJ), contrato com a empresa Engeman

para retomada das atividades das unidades localizadas em Camaçari (BA) e Laranjeiras (SE). O retorno das operações está previsto para acontecer até o final deste ano.

O contrato O&M (Operação e Manutenção) terá duração de até cinco

anos e representa mais um importante marco na retomada da Petrobras ao setor de fertilizantes, desta vez na região Nordeste

A previsão é que a posse para a Petrobras

seja restabelecida no mês que vem, prazo no qual a Unigel desmobilizará suas equipes e realizará demais processos do encerramento do arrendamento.

O contrato vai gerar cerca de 800 empregos diretos e indiretos para atender as duas fábricas (com priorização da mão de obra local), reforçando o compromisso da Petrobras com o desenvolvimento da cadeia produtiva nacional. Na FAFEN-BA serão produzidas amônia, ureia perolada e ARLA-32, em contrato que ainda inclui a operação dos Terminais Marítimos de Amônia e Ureia no Porto de Aratu, em Candeias, na Bahia. Já na FAFEN-SE serão produzidas amônia, ureia perolada e ureia granulada.

Petrobras informa sobre participação em bloco exploratório em São Tomé e Príncipe

A Petrobras concluiu a aquisição de 27,5 % de participação no bloco 4, localizado em São Tomé e Príncipe, na África. Com essa aquisição, a Petrobras passa a integrar o consórcio do referido bloco, composto pela Shell, operadora do ativo (30%), além de Galp (27,5%) e ANP-STP (15%).

A Petrobras atua em São Tomé e Príncipe desde fevereiro de 2024, quando adquiriu 45% de participação nos blocos 10 e 13 e 25% de participação no bloco 11.

A operação reforça a atuação exploratória da Petrobras no continente africano, com o propósito de diversificação de portfólio, e está alinhada à estratégia de longo prazo da

companhia, visando à recomposição das reservas de petróleo e gás por meio de exploração de novas fronteiras e atuação em parceria.

A aquisição do bloco 4 em São Tomé e Príncipe observou todos os trâmites internos de governança da companhia e está conformidade com o Plano Estratégico 2025-2029.

Movimento Petrobras pelo Rio Grande investe mais de R$ 100 milhões em ações estruturantes para o estado

A Petrobras reforçou seu compromisso com o desenvolvimento sustentável e o apoio à população do Rio Grande do Sul ao anunciar, em evento no Clube dos Empregados da companhia, em Canoas, as ações em andamento e os projetos já aprovados no Programa Movimento Petrobras pelo Rio Grande. A iniciativa em apoio ao estado após as enchentes de maio de 2024 foi anunciada pela Petrobras em dezembro e está atuando em quatro eixos direcionados à sociedade, meio ambiente, ativos da empresa e relações institucionais. Juntas, essas ações ultrapassam a marca de R$ 100 milhões em investimentos no estado.

Foram formalizadas as parcerias com oito projetos selecionados pelo Programa Petrobras Socioambiental ou apoiados por meio do Programa Petrobras pelo Rio Grande, que somam mais de R$ 67 milhões e beneficiam mais de 12 mil pessoas diretamente. Além dos projetos socioambientais, a Petrobras realizou a doação de 379 notebooks para oito instituições do terceiro setor participantes do Comitê Comunitário da Refap e 20 escolas municipais de Canoas e Esteio, com o objetivo de fomentar a inclusão digital nas comunidades da área de abrangência de suas operações. Essa ação, que já beneficiou mais de 18 mil pessoas desde 2021, prevê a doação de cerca de 5 mil equipamentos no ciclo 2024/2025 e inclui, ainda, o atendimento a

escolas públicas municipais e instituições em outros sete estados. A cerimônia também homenageou os profissionais que atuaram no socorro às vítimas.

Ainda na esfera social, a Petrobras patrocina o Criança Cidadã, projeto realizado pelo Centro de Formação Teresa Verzeri (CFTV), de Esteio, que busca proteger e garantir os direitos de 240 crianças e adolescentes de 6 a 15 anos em situação de vulnerabilidade social nos municípios de Esteio e Canoas. Com um investimento de R$ 2,4 milhões, promove oficinas socioeducativas, atividades esportivas, eventos coletivos e ações voltadas ao desenvolvimento socioemocional, fortalecendo vínculos familiares e comunitários e formando cidadãos protagonistas e conscientes. As famílias dos educandos também são acompanhadas por uma equipe técnica multidisciplinar (pedagogia, psicologia, serviço social e nutrição), garantindo

@Divulgação

suporte integral. Além disso, o projeto inclui a reforma estrutural do pátio do CFTV-Esteio, com a instalação de uma pista de skate e espaços para recreação e lazer, ampliando oportunidades de práticas esportivas e de convivência saudável.

O Rio Grande do Sul também é um dos estados em que está sendo realizado o projeto de capacitação Autonomia e Renda, iniciativa da Petrobras, em parceria com os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (IFs), a Fundação de Apoio ao IFSul (FAIFSul) e o SESI-SENAI, cujo objetivo é ampliar oportunidades de trabalho a pessoas residentes nas áreas de abrangência das operações da Petrobras, por meio da oferta de cursos gratuitos e bolsas para capacitação em nível técnico e qualificação profissional. Com investimento total de quase R$ 335 milhões e vagas em sete estados brasileiros (Minas Gerais, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Paraná, Rio de Janeiro, São Paulo e Pernambuco), o programa está ofertando 1.610 vagas no Rio Grande do Sul.

O estado também é um dos beneficiados por três projetos ambientais patrocinados pela Petrobras: Albatroz; Ar, Água e Terra; e Franca Austral. O projeto Albatroz tem como área de abrangência os estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul e Santa Catarina e atua junto a mulheres e comunidades tradicionais. Executado pelo Instituto Albatroz e tendo investimento total de R$ 19 milhões, atua na conservação de albatrozes e petréis, aves que estão entre as mais ameaçadas do planeta, desenvolvendo medidas mitigadoras de captura não intencional em pescarias e

colaborando para a elaboração de leis e políticas públicas de conservação de aves marinhas. Também promove ações de educação e sensibilização, atividades de formação e desenvolvimento continuadas e produz publicações técnico-científicas relacionadas aos animais em questão.

O projeto Ar, Água e Terra é executado pelo Instituto de Estudos Culturais e Ambientais e promove a gestão sustentável de territórios indígenas Guarani no Rio Grande do Sul. Abrange ações de reconversão produtiva de áreas, recuperação e conservação da biodiversidade, além de educação ambiental. Por meio da implantação de roçados tradicionais para uso alimentar e de sistemas agroflorestais, contribui para a segurança alimentar, aliada à manutenção e à ampliação da cobertura vegetal. Nas ações de educação ambiental, aborda temas como coleta, reciclagem e compostagem de resíduos; gestão sustentável do território; medidas ecoeficientes e geração de renda, aproveitando para falar de direitos humanos e equidade de gênero. Com investimento de R$ 4,9 milhões, impacta cerca de 300 pessoas.

Já o Projeto Franca Austral atua na conservação da baleia-franca, desenvolvendo três eixos de atuação: pesquisa científica, educação ambiental, políticas públicas e responsabilidade social. O projeto conta com o Centro Nacional de Conservação da BaleiaFranca como um importante espaço educador no qual são abordadas as temáticas relacionadas a conservação da baleia-franca e durante o verão é realizado o Programa de Férias com as

Baleias. Atua também junto a órgãos ambientais para formulação de políticas públicas, sendo um dos principais fornecedores de informações científicas para a tomada de decisão sobre ações e estratégias de gestão do território visando a conservação da espécie no Brasil. Conduzido pelo Instituto Australis de Pesquisa e Monitoramento Ambiental, abrange os estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, envolvendo, diretamente, cerca de 770 pessoas, com um investimento de R$ 5,6 milhões.

Na área cultural, a Petrobras tem, atualmente, um investimento de cerca de R$ 40 milhões em patrocínios no estado e está avançando na contratação de projetos inscritos no Programa Emergencial Rouanet Rio Grande do Sul. Entre esses projetos, estão: Casa de Cultura Mário Quintana, Museu da Cultura Hip Hop, Feira do Livro de Porto Alegre, Rap In Cena, Festival de Cinema de Gramado, Porto Alegre em Cena e Quilombo do Sopapo.

No eixo Meio Ambiente, o Movimento Petrobras pelo Rio Grande implementou uma rede de pesquisas abrangendo três temas de estudo: prevenção e mitigação de eventos climáticos; tecnologias de monitoramento e alarmes para casos de emergência; e cidades inteligentes. Já foram firmados termos de cooperação com institutos de ciência e tecnologia, com mais de R$ 37 milhões de investimento, dentre os quais podem ser destacados: projetos de pesquisa e interação voltados à diversificação da matriz energética e minimização dos gases de efeito estufa; drone autônomo de alta capacidade para resposta a emergências; estudo dos efeitos das

cheias sobre o assoreamento do Lago Guaíba, sobre o delta do Jacuí e a Lagoa dos Patos; sistema de Suporte à Decisão tanto para cenários de escassez hídrica quanto para ameaças de inundação.

Enfrentamento da crise climática

Além dos projetos já contratados, a Petrobras lançou a seleção pública “Soluções Baseadas na Natureza para Adaptação e Resiliência Climática nas Cidades”, uma iniciativa inédita da companhia voltada ao enfrentamento da crise climática em áreas urbanas. O edital prevê um investimento de R$ 21 milhões em projetos socioambientais nos estados de São Paulo (R$ 9 milhões) e Rio Grande do Sul (R$ 12 milhões), com foco em ações de mitigação, adaptação ambiental e aumento da resiliência das cidades e comunidades vulneráveis. Os projetos deverão contemplar implementação de tecnologias comunitárias ou infraestruturas verdes e azuis, especialmente em áreas urbanas. O objetivo da Petrobras é ampliar o alcance de projetos socioambientais com impacto territorial, por meio de ações voltadas à conservação da biodiversidade, restauração ecológica, bioeconomia e infraestrutura verde gerando impactos sociais positivos. As inscrições vão até 27/10 e o resultado da seleção será divulgado em dezembro, com início dos projetos previsto para 2026.

O Sistema Petrobras tem grande importância na economia da região com a presença da Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), da Usina Termoelétrica de Canoas, de terminais aquaviários e de mais de 140 km de dutos operados pela Transpetro.

Com produção na Bahia, Petrobras lidera fabricação inédita de sensores sísmicos no Brasil

A Petrobras inicia, pela primeira vez no Brasil, a fabricação dos nós de registros sísmicos submarinos OD OBN (ondemand ocean bottom nodes), utilizados no monitoramento sísmico de campos marítimos, especialmente do PréSal. Até então, a companhia dependia exclusivamente da importação desses equipamentos para mapear as camadas geológicas do subsolo. A produção do OD OBN ocorre no Parque Tecnológico de Camaçari, Bahia, no SENAI-CIMATEC, em um projeto desenvolvido em parceria com Shell e Sonardyne e com o apoio da ANP.

A Sonardyne, fabricante do equipamento, já emprega cerca de 60 trabalhadores brasileiros desde julho deste ano na nova planta de produção, localizada em um dos principais centros tecnológicos do país.

Nas últimas duas décadas, a Petrobras tem utilizado a sísmica 4D para otimizar novas perfurações de poços em regiões ainda não produzidas (aumentar fator de recuperação), especialmente nas bacias de Campos e Santos.

“Inovações como esta mantêm a empresa na vanguarda tecnológica da indústria, com operações nos campos do pré-sal de baixo fator de emissão de carbono”, diz a diretora de Engenharia, Tecnologia e Inovação da Petrobras, Renata Baruzzi.

@Divulgação/Petrobras

A aquisição de dados geofísicos permite um estudo detalhado do subsolo marinho, evidenciando suas características geológicas, a estrutura das camadas sedimentares, a presença de falhas ou fraturas e possíveis recursos minerais ou energéticos.

Muitos dos equipamentos desenvolvidos no Brasil para os nós OD OBN foram criados de forma pioneira e com tecnologia inédita na América Latina, e devem impulsionar a manufatura de sensores sísmicos de alta precisão. A fase de pesquisa e desenvolvimento durou quase sete anos.

O protótipo brasileiro já foi testado no campo de Búzios, em águas ultra profundas da bacia de Santos, com resultados promissores. A Petrobras investiu cerca de 200 milhões de reais, aproximadamente metade do custo total do projeto. A expectativa é fabricar 660 nós sísmicos até fevereiro de 2026.

A tecnologia OD OBN registra ondas sísmicas propagadas e refletidas nos reservatórios de petróleo ao longo das campanhas sísmicas que, processadas por supercomputadores, melhoram

a predição em novas fronteiras exploratórias, o posicionamento de poços injetores e produtores, o volume recuperado e a sustentabilidade dos campos de petróleo em produção. Com esses nós submarinos, a sísmica 4D funcionará como uma radiografia do interior da Terra em diferentes momentos, abrindo novas perspectivas para campos em produção.

A sísmica 3D (caracterização) e 4D (monitoramento) de última geração facilita a descoberta de novas jazidas, mapeia deslocamento de fluidos e variações de pressão nos reservatórios, aumenta segurança operacional e reduz custos. A tecnologia, ao diminuir o tempo de operação dos nós, que permanecem por até cinco anos no leito marinho, também reduz o impacto ambiental das atividades operacionais de sísmica offshore, tanto o consumo de combustível fóssil quanto as emissões de gases de efeito estufa.

Ideal para águas profundas, a sísmica 4D, diferente dos métodos tradicionais, reduz interferências e melhora a qualidade das imagens.

Petrobras coloca em operação o supercomputador Harpia

“É como criar um mapa 3D das camadas rochosas abaixo da superfície, com imagens muito mais nítidas e precisas das estruturas geológicas, essenciais para identificar o sistema petrolífero e potenciais reservatórios de petróleo e gás”, explica a diretora de Exploração e Produção da Petrobras, Sylvia Anjos.

A Petrobras colocou em operação o supercomputador Harpia. A máquina, equivalente a 10 milhões de celulares ou 200 mil notebooks, contribuirá para

“Obter imagens sísmicas mais detalhadas da subsuperfície nos permite refinar a simulação do comportamento dos reservatórios, possibilitando uma produção mais eficiente. Além disso, grandes capacidades computacionais permitem à Petrobras competir globalmente, atrair parcerias e oportunidades de negócios”, destaca Clarice Coppetti, diretora de Assuntos Corporativos.

que a companhia mantenha a liderança em capacidade de processamento na América Latina. No valor de R$435 milhões, ele é o maior do lote de cinco

@Fausto Eduardo Pereira / Petrobras

novos supercomputadores comprados pela empresa que, juntos, custam R$500 milhões e aumentarão a capacidade computacional da Petrobras em mais de 60%.

A aquisição de novos supercomputadores é estratégica ao manter a empresa na vanguarda tecnológica do setor de óleo e gás, em relação ao imageamento sísmico em subsuperfície. A trajetória da Petrobras é marcada pela busca constante da excelência em tudo que faz. Por isso a empresa investe em PD&I e nos mais avançados recursos de tecnologia cujos resultados são reconhecidos pela indústria e pela sociedade.

O novo HPC, High Perfomance Computer, será utilizado pelos geofísicos da Petrobras para processar dados sísmicos brutos e transformá-los em imagens detalhadas do subsolo.

Ao renovar e ampliar a capacidade de processamento de dados geofísicos e geológicos, a empresa obterá resultados mais rápidos e precisos para os desafios de operação em águas ultraprofundas e novas áreas exploratórias, como o PréSal e a Margem Equatorial.

Só em projetos de PD&I, entre 2025 e 2029, estão previstos US$ 4,2 bilhões, um crescimento de 17% em relação ao plano anterior.

A renovação dos supercomputadores faz parte da estratégia da empresa para manter o parque tecnológico atualizado. O HPC Harpia pesa cerca de 50 toneladas e mede 50 metros de comprimento, considerando-se todas as partes em linha reta. Ele terá cerca de 146 PFlops Rpeak. Um Petaflop (PFlop) equivale a 1 quatrilhão de Flops, ou

operações por segundo, na sigla em inglês. Quando a instalação estiver completa, ele substituirá, sozinho, os HPCs Fênix, Atlas e Dragão, que serão desligados, um processo normal na indústria cibernética.

Os outros supercomputadores, como o Ada Lovelace, dedicado à geoestatística, e o Capivara, às imagens sísmicas, já estão em operação no Centro de Processamento de Dados do Centro de Pesquisas da Petrobras, o Cenpes. O Quati, em fase de testes, deve iniciar os trabalhos este mês e também será voltado para análise sísmica. O Tupã 2, previsto para o primeiro trimestre do ano que vem, será dedicado aos métodos geofísicos de multifísica, tecnologia que permite o estudo simultâneo de diferentes propriedades de rochas e fluidos em subsuperfície como densidade e resistência elétrica. Os cinco supercomputadores foram comprados da Lenovo, empresa vencedora da licitação.

A Petrobras é campeã da América Latina, nos últimos cinco anos, do ranking Top500.org, que avalia os maiores High Performance Computers (HPCs) do mundo. O Harpia também será ecoeficiente, comparandose o poder de processamento à energia consumida. Houve atenção à sustentabilidade, desde o desenho inicial do supercomputador às escolhas das tecnologias mais eficientes. A preocupação com o uso de energia guiou também o projeto da sala onde a máquina será instalada, projetada especificamente para permitir a operação com o menor consumo energético.

Governo Federal e Petrobras anunciam investimentos de R$ 2,6 bilhões na Bahia

A retomada de investimentos da Petrobras na Bahia ganhou um reforço com o anúncio de novos aportes da companhia no estado. Em evento no Estaleiro Enseada, em Maragogipe, no Recôncavo Baiano, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidente da Petrobras, Magda Chambriard, será celebrado o contrato de construção de seis embarcações de apoio marítimo offshore, que serão construídas no Estaleiro Enseada. O evento marcou também o retorno das atividades da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados (Fafen) da Bahia, prevista para ocorrer até o final de 2025. Ao todo serão investidos mais R$ 2,6 bilhões no estado, por meio desses dois projetos. Foi assinado, ainda, um protocolo de intenções que dará início às tratativas da

Petrobras com o estado da Bahia, para o acostamento de plataformas que passarão por processo de descomissionamento no canteiro de obras de São Roque do Paraguaçu (BA). O protocolo também prevê a disponibilização de parte do canteiro para que estado da Bahia utilize a área como apoio à construção da Ponte Salvador-Itaparica.

Com foco na cadeia produtiva local, os investimentos da Petrobras voltam a impulsionar a indústria naval no estado. “Há cerca de dez anos o setor naval na Bahia foi deixado de lado, causando perda de empregos e queda de arrecadação para o estado. Estamos retomando investimentos que não deveriam ter sido abandonados e assim viabilizando projetos importantes para a Petrobras, com impacto direto na

@Agência Petrobras

geração de empregos, desenvolvimento industrial e fortalecimento da cadeia produtiva local”, declara a presidente da Petrobras, Magda Chambriard.

As seis embarcações são do tipo ORSV (Oil Spill Response Vessel), especializadas em atividades de controle de vazamentos em alto-mar, e serão afretadas para a Petrobras pela Empresa Brasileira de Navegação CMM Offshore Brasil e construídas no Estaleiro Enseada, em Maragogipe, a cerca de 130 km de Salvador. O investimento total é estimado em R$ 2,58 bilhões, com previsão de 4 anos para construção e 12 anos de operação para cada contrato.

A estimativa é a geração de 5,4 mil empregos diretos e indiretos e a utilização de no mínimo 40% de conteúdo local mínimo na fase de construção.

As embarcações serão equipadas com um sistema propulsivo híbrido, que combinará motores elétricos e baterias com geradores movidos a diesel/ biodiesel, além da possibilidade de conversão futura para etanol/metanol, capazes de reduzir em até 25% de emissões de CO2.

No total no Brasil, a Petrobras está

investindo na construção de 22 novas embarcações de apoio Offshore, sendo 12 embarcações do tipo PSV (Platfform Supply Vessel), especializadas no transporte de suprimentos e equipamentos para plataformas e em construção, além de 10 ORSVs, que incluem os seis a serem construídos na Bahia.

A assinatura de protocolo de intenções para estudar a viabilidade de utilização do canteiro de obras de São Roque do Paraguaçu é uma alternativa para atividades de desmantelamento sustentável (descomissionamento) de plataformas flutuantes de produção de petróleo e gás. Atualmente sem utilização, o canteiro conta com uma infraestrutura que inclui cais com capacidade para atracação de embarcações do tipo FPSO e semissubmersíveis, além de áreas administrativas, oficinas e alojamentos.

O protocolo visa explorar o uso da área para acostamento temporário e desmantelamento parcial de plataformas, alinhando-se às demandas previstas até 2029, período em que diversas unidades da Petrobras estarão em processo de descomissionamento.

Petrobras inicia produção de asfalto com conteúdo renovável no Brasil

A Refinaria Henrique Lage (Revap) da Petrobras, em São José dos Campos (SP), produziu, pela primeira vez no Brasil, asfalto com conteúdo renovável em larga escala, combinando correntes minerais com componentes de base vegetal. Foram produzidas e comercializadas cerca de 3 mil toneladas de produto, mantendo o desempenho dos asfaltos convencionais e reduzindo o impacto ambiental na pavimentação.

O CAP Pro R, novo asfalto com conteúdo renovável, tem em sua composição um óleo de origem vegetal com

características específicas que conferem ao produto propriedades adequadas para pavimentação e industrialização, além de grande sinergia com o refino de petróleos nacionais. Os testes pré-produção foram

conduzidos no Centro de Pesquisas, Desenvolvimento e Inovação (CENPES) da Petrobras, e o produto aplicado com sucesso em vias da Cidade Universitária, na Ilha do Fundão (RJ).

“Resultado de investimentos em pesquisa e no incremento de processos produtivos, a produção de asfalto com conteúdo renovável demonstra, mais uma vez, o pioneirismo da Petrobras. Promovemos ganhos sociais e ambientais efetivos, porque acreditamos que uma transição energética justa e responsável é possível e necessária”, diz o diretor de Processos Industriais e Produtos da Petrobras, William França.

O asfalto com conteúdo renovável produzido na Revap passa a integrar a linha de asfaltos CAP Pro da Petrobras. Os produtos dessa linha são mais sustentáveis

e oferecem soluções para um futuro de baixo carbono, além de atenderem às exigências da ANP - Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis.

@Ehder de Souza / Petrobras

“A chegada do asfalto com conteúdo renovável na Revap reforça a linha CAP Pro de asfaltos da Petrobras. Estamos proporcionando resultados efetivos para o setor de pavimentação, oferecendo uma alternativa viável mais sustentável e que se insere no compromisso da Petrobras com a transição energética justa”, afirma o diretor de Logística, Comercialização e Mercados da Petrobras, Claudio Schlosser.

Com a produção do asfalto com conteúdo renovável, os asfaltos CAP Pro W e CAP Pro AP, já produzidos na Revap, passam a incorporar no nome o “R” de renovável. Da mesma forma o CAP 50/70 convencional da Revap passará a integrar a linha CAP Pro.

O CAP Pro W 30/45 permite uma redução da temperatura do processo de aplicação. Ao mesmo tempo, pode proporcionar

um aumento de 15% de produtividade na usinagem, sem necessidade de alteração de equipamentos nos processos de pavimentação. Já o asfalto CAP Pro AP, de alta penetração, é indicado para a pavimentação com cerca de 25% de conteúdo reciclado, proporcionando maior sustentabilidade à cadeia de pavimentação pela menor geração de resíduos.

Petrobras assina contratos do Projeto

Refino Boaventura e para novas embarcações de apoio a sistemas submarinos

A Petrobras assinou cinco contratos de serviços para a construção das unidades que compõem o Projeto Refino Boaventura, marco na modernização do parque de refino da companhia. No total, os contratos totalizam R$ 9,6 bilhões e preveem a construção de duas unidades inéditas em refinarias da Petrobras: a Desparafinação por Isomerização por

Hidrogênio (HIDW), para produção de lubrificantes de Grupo II; e o Hidrocraqueamento Catalítico (HCC), produtor de diesel S-10 e QAV.

O projeto propiciará a integração entre a Refinaria Duque de Caxias (Reduc) e o Complexo de Energias Boaventura, em Itaboraí (RJ), ampliando a produção de derivados de maior valor agregado e

baixo teor de enxofre, como diesel S-10 e lubrificantes de Grupo II - aumentando a oferta de produtos mais sustentáveis, alinhada à estratégia de transição energética da companhia.

Com o Projeto Refino Boaventura, a Petrobras expandirá significativamente sua capacidade de refino no estado do Rio de Janeiro, com incremento de 76 mil barris/dia de diesel S-10, 20 mil barris/dia de Querosene de Aviação (QAV) e 12 mil barris/dia de lubrificantes Grupo II, que possuem baixo teor de enxofre e melhor desempenho e durabilidade em diversas aplicações automotivas e industriais. O projeto deverá gerar cerca de 15 mil empregos diretos no pico da obra.

A Petrobras também formalizou o afretamento de quatro embarcações do tipo RSV (ROV Support Vessel), destinadas ao apoio de operações submarinas, em contratos que somam R$ 10,2 bilhões.

A contratação das embarcações foi realizada por processo licitatório iniciado em outubro de 2024. As unidades serão construídas no estaleiro Navship, em Navegantes (SC), com previsão de entrega entre 2029 e 2030.

O projeto requer no mínimo 40% de

conteúdo local na fase de construção e 60% na operação, porém a BRAM, empresa contratada para o afretamento, planeja contribuir com o projeto com conteúdo local estimado de até 80% na construção e até 90% na operação.

Estes contratos fortalecem a cadeia de fornecedores nacionais, ampliando a participação da indústria brasileira na execução e manutenção das embarcações. Ao todo, deverão ser gerados mais de 1.500 empregos diretos e 5.400 mil indiretos entre as fases de obras e operação.

As embarcações do tipo RSVs atuarão na inspeção, manutenção e instalação de sistemas submarinos com uso de veículos operados remotamente (ROVs), reforçando a eficiência e a segurança operacional da companhia.

As novas embarcações também trarão soluções inovadoras nos sistemas de propulsão, com tecnologia de geração híbrida, além da possibilidade de operar com consumo de etanol. As tecnologias contribuem para reduzir as emissões de poluentes e o consumo de combustível, com ganhos de eficiência superiores a 30%.

@Petrobras

Petrobras realiza primeira importação de gás natural da Argentina

A Petrobras e a Pluspetrol realizaram a primeira importação de volumes de gás natural não convencional de Vaca Muerta, produzidos na Bacia de Neuquén, na Argentina. A operação ocorreu no âmbito do acordo celebrado entre as empresas e suas subsidiárias (Petrobras Operaciones S.A - POSA e Gas Bridge Comercializadora).

Foram importados 100 mil m3 de gás natural, produzidos pela POSA e pela Pluspetrol, com o objetivo testar o arcabouço comercial e operacional da operação. O gás foi transportado via gasodutos, da Argentina até a Bolívia e de lá até o Brasil.

Pelo contrato, a Petrobras pode importar até 2,0 milhões de m3 / d de gás natural, na modalidade interruptível. Novas operações de importação ocorrerão conforme as empresas identifiquem oportunidades comerciais.

A Petrobras mantém operações de produção na Argentina por meio da POSA, subsidiária da companhia que detêm 33,6% de participação nãooperada no campo de Rio Neuquén, localizado nas províncias de Rio Neuquén e Rio Negro. A produção de Rio Neuquén é majoritariamente oriunda de reservatórios não convencionais (tight gas) das formações Punta Rosada e Lajas.

“Essa primeira operação é um marco relevante para a Petrobras, possibilitada pela integração das infraestruturas e que permite a conexão da produção própria da Petrobras na Argentina, por meio de sua subsidiária POSA, com o mercado nacional. Essa solução logística e comercial abre uma nova possibilidade para importação de gás natural pelo Brasil, refletindo o compromisso da Petrobras com o aumento da oferta e com o desenvolvimento sustentável do mercado de gás natural”, afirmou a diretora de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras, Angélica Laureano.

Selo Ouro Pró-Clima amplia reconhecimentos do Super Terminais em sustentabilidade

@Divulgação

O Super Terminais recebeu o Selo Ouro Pró-Clima, concedido pela Aliança Brasileira para Descarbonização de Portos como destaque entre as empresas participantes do Pacto pela Sustentabilidade. O reconhecimento, entregue no 2º Encontro da entidade, em São Luiz (MA), é resultado do desempenho da companhia em ações voltadas à descarbonização, eficiência energética, equidade social e governança. Nova certificação se soma às chancelas GHG Protocol e AQUA por ações ESG da companhia

Marcello Di Gregorio, diretor do Super Terminais, palestrou no painel “Adaptação climática: estratégias adotadas pelos

terminais frente à emergência de escassez hídrica na Amazônia e cheias no RS”. Ele apresentou a operação Itacoatiara, um case global de enfrentamento a crises climáticas que, por meio de uma operação de transbordo, manteve o funcionamento pleno da Zona Franca de Manaus, durante a seca amazônica de 2024.

O Super Terminais recebeu mais de 33 mil contêineres em seu píer flutuante instalado em Itacoiatiara. O volume foi movimentado por 27 navios, em uma operação 24x7. A operação contribuiu fortemente para fazer a diferença na economia do Amazonas. A iniciativa foi viabilizada por um investimento de R$ 55 milhões por parte do Super Terminais,

que incluiu a aquisição de equipamentos essenciais como poitas, amarras e bombas, além de estudos de batimetria e solo.

Em sua palestra, Marcello também anunciou que em 2026 o Encontro da Aliança Brasileira para Descarbonização de Portos será em Manaus.

Selo

O Selo Pró-Clima faz parte da Portaria nº 58/2025, que instituiu o Pacto pela Sustentabilidade com o objetivo de estimular práticas ambientais, sociais e de governança (ESG) entre operadores portuários, aeroportuários e hidroviários. A iniciativa, coordenada pela Diretoria de Sustentabilidade do MPor, promove o alinhamento do setor com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU e busca integrar crescimento econômico, preservação ambiental e inclusão social.

A auditoria foi conduzida pela Infra S.A. e pela Fundament Consultoria. Foram analisados indicadores e resultados do Super Terminais em três dimensões: meio ambiente, desenvolvimento social e governança. Os dados foram apresentados em relatório validado pelo governo federal e demonstram o cumprimento de metas em todas as categorias avaliadas.

Entre as ações destacadas no relatório estão a instalação de uma usina de gás natural, em parceria com o Governo do Estado do Amazonas, e a Cigás, para fornecimento de energia limpa às operações portuárias. O projeto está previsto para 2025 e tem como objetivo reduzir o uso de combustíveis

fósseis e contribuir para o plano de descarbonização da companhia.

Outro ponto avaliado foi a parceria com o Instituto Soka, responsável pela gestão da Reserva Particular de Patrimônio Natural Daisaku Ikeda, em Manaus. A cooperação tem foco em educação ambiental e conservação da biodiversidade amazônica, promovendo acesso a pesquisas científicas e atividades educativas para crianças de comunidades do entorno.

O relatório também reconheceu a instalação de uma estação de monitoramento fluviométrico no Rio Negro no pátio principal do terminal para acompanhamento em tempo real das variações de nível do rio. O sistema integra o plano de contingência para estiagens severas e auxilia no planejamento das operações e na segurança das embarcações.

Na área de gestão de resíduos, o terminal apresentou taxa de 72% de destinação de resíduos para reciclagem, superando a meta mínima estabelecida. No monitoramento da Estação de Tratamento de Efluentes (ETE), foi atingida eficiência média de 91% na remoção de DBO, resultado obtido entre fevereiro e agosto de 2025.

Pessoas

Na dimensão social, o Super Terminais relatou 99% de colaboradores com renda acima do salário-mínimo, após revisão da matriz de cargos e salários. O plano anual de treinamentos foi estruturado para ampliar as oportunidades de qualificação e retenção de talentos. Em relação à equidade de gênero, 40% dos cargos de gestão são ocupados por mulheres, número acima da meta definida.

Na área de governança, a empresa implementou o Canal de Sugestões e Denúncias, administrado por empresa independente e com devolutivas em até 15 dias. A medida tem como finalidade garantir transparência, ampliar a comunicação interna e prevenir práticas irregulares.

Segundo o diretor do Super Terminais, Marcello di Gregorio, o Selo Pró-Clima representa o reconhecimento de um trabalho contínuo e estruturado. técnico das nossas metas de sustentabilidade.

“Essa conquista é resultado de planejamento e acompanhamento técnico das nossas metas de sustentabilidade. O Selo ouro Pró-Clima comprova que as ações implementadas estão alinhadas às diretrizes nacionais e aos padrões exigidos para o setor portuário. Nosso compromisso é manter a evolução permanente desses indicadores e nos mantermos como exemplo de empresa sustentável na Amazônia”, afirma.

O diretor também destaca a importância do plano de descarbonização e das parcerias locais lembrando que foi firmado contrato com o Governo do Amazonas e a Cigás para construir a primeira usina de gás natural voltada às

operações portuárias da região Norte. Ele explica que esse projeto integra a estratégia de redução de emissões e de uso eficiente de energia. A meta é operar com menor impacto ambiental e maior eficiência operacional.

O plano prevê a instalação de uma usina de 5 MVA de potência na área da Suframa, interligada às instalações portuárias por tubulações subterrâneas. O sistema permitirá o abastecimento direto de equipamentos elétricos e a substituição do transporte de diesel por caminhões. A estimativa é reduzir cerca de 17 mil toneladas de CO₂ por ano, considerando apenas as operações diretas do terminal.

O Selo Pró-Clima categoria Ouro se soma a outras certificações. Em agosto de 2025, o Super Terminais recebeu o Selo Ouro do Programa Brasileiro GHG Protocol, coordenado pela Fundação Getulio Vargas (FGV). O reconhecimento é concedido a empresas com inventários de emissões completos e verificados por entidades independentes acreditadas pelo Inmetro. O terminal é o primeiro e único porto da região Norte a obter esse nível de verificação.

O Super Terminais mantém ainda a certificação AQUA – Alta Qualidade Ambiental, emitida pela Fundação Vanzolini. O certificado, válido até 2026, reconhece o cumprimento dos requisitos técnicos estabelecidos para instalações portuárias nas áreas de energia, água, resíduos, conforto ambiental, acessibilidade e qualidade do ar. O terminal é o único porto do Brasil com essa certificação.

Tempestade confirma tendência de eventos climáticos extremos e expõe vulnerabilidades

As fortes chuvas que atingiram a região metropolitana de São Paulo em setembro, com ventos próximos a 100 km/h e acumulados de chuva que chegaram a 70 mm em alguns pontos, confirmam uma tendência relacionada às mudanças climáticas: precipitação extrema associada à passagem de frentes frias com mais frequência e intensidade. Segundo estudo conduzido por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), publicado na revista científica Theoretical and Applied Climatology, a frequência desses eventos dobrou e a intensidade cresceu cerca de 20% nesse período, enquanto o número de dias consecutivos secos também se alongou, ampliando a irregularidade do regime pluviométrico. A análise baseiase em dados coletados entre 1960 e 2022 de estações meteorológicas do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) e detectou não apenas a maior ocorrência de chuvas acima de 50 mm/dia, mas também a intensificação das rajadas de vento associadas às frentes frias.

Campos compostos de pressão ao nível do mar (sombreado, hPa) e vento a 1000 hPa (m/s) para eventos de precipitação extrema associados a frentes frias na RMSP; os compostos são calculados a partir da reanálise do ERA5 para o período de 1981 a 2022.

“A principal ferramenta usada são as projeções climáticas, que são simulações feitas considerando vários cenários de aumento da temperatura média global e diferentes cenários de emissões de gases de efeito estufa. Elas mostram que, quanto maior for o aumento da temperatura média global, mais frequentes e intensos serão esses eventos”, afirma Caroline Segura, meteorologista e coautora do estudo.

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A probabilidade de acontecer um evento extremo de chuva como os registrados nesta semana duplicou nas últimas quatro décadas. A cidade, que já conviveu com enchentes históricas nos anos 1980 e 1990, agora enfrenta um cenário em que episódios equivalentes se tornam mais frequentes em intervalos cada vez menores, o que reforça os efeitos adversos da intensificação das mudanças climáticas.

“A partir dessas projeções, é possível estudar o impacto sobre alguns índices usados para chuvas intensas, como verificar a intensidade da chuva que ocorre em um dia ou se há algum impacto na duração da estação chuvosa. Além disso, a análise estatística de dados históricos de precipitação para o estado de São Paulo permite observar o aumento da intensidade e da frequência de eventos extremos de chuva na RMSP nos últimos 20 anos”, finaliza Segura.

Outro estudo, desenvolvido por pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e publicado em julho deste ano, apontou que o aumento da intensidade e da irregularidade das precipitações já é uma realidade em diferentes regiões do país. O trabalho mostra que os períodos de estiagem mais longos são seguidos por episódios de chuva cada vez mais concentrada, criando temporadas marcadas por extremos e colocando em risco pessoas e a infraestrutura das cidades.

A capital paulista, por sua densidade urbana, torna-se um dos pontos mais vulneráveis dessa tendência, mas o fenômeno também atinge cidades médias e pequenas em todo o território nacional, exigindo estratégias de adaptação em escala sistêmica.

Consequências econômicas

A tempestade, que marcou a entrada na primavera, levou a apagões na região metropolitana, afetando mais de 900 mil pessoas. Também provocou queda de mais de uma centena de árvores, destruição de telhados, janelas e estruturas, diversos pontos de alagamento e paralisação industrial.

A tempestade também atingiu o interior do estado. Em Porto Feliz, a fábrica da

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Toyota foi duramente afetada e só deve retomar a produção de veículos em 2026, reforçando os efeitos econômicos imediatos desses eventos.

O impacto sofrido pela Toyota ilustra como eventos climáticos cada vez mais intensos, impulsionados pela mudança do clima, deixam de ser apenas um desafio estritamente ambiental e

passam a representar um risco direto às cadeias produtivas e à economia nacional. Segundo relatório The True Cost of Downtime 2024 (da Siemens), cada dia de paralisação não planejada na indústria automotiva implica em perdas superiores a US$ 2 milhões, considerando fornecedores, logística e mão de obra.

Setores de comércio e serviços também contabilizam prejuízos. Dados preliminares da FecomercioSP - Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo mostram que pelo menos um terço dos varejistas da capital contabilizou prejuízos financeiros causados por eventos climáticos, sendo que 10% afirmaram que as perdas foram grandes.

“Os custos dos eventos climáticos extremos não se limitam às reparações imediatas. Há perdas em produtividade, interrupções na cadeia de suprimentos e impacto na confiança dos investidores. Essa é uma dimensão ainda pouco considerada no debate público e que destaca a importância do investimento em adaptação aliado às iniciativas de mitigação de emissões”, analisa André Cieplinski, pesquisador do Conselho Internacional de Transporte Limpo, organização que atua no desenvolvimento de iniciativas para descarbonizar o setor.

A urgência da adaptação

As evidências científicas reforçam a necessidade de ampliar investimentos em infraestrutura urbana resiliente. Segundo a Global Commission on Adaptation (2019), cada dólar investido em adaptação climática pode gerar de dois a dez dólares em benefícios líquidos, evitando prejuízos futuros em

infraestrutura, saúde pública e economia. Em termos médios, isso significa que cada R$ 1 aplicado em resiliência pode economizar cerca de R$ 4 a R$ 7 em perdas futuras. Medidas incluem a modernização e aterramento da rede elétrica, expansão de sistemas de drenagem capazes de suportar volumes superiores a 80 mm em poucas horas e protocolos de contingência industrial.

Pesca de plástico recolhe garrafas PET para reutilização comunitária

A FPT Industrial, marca powertrain do Iveco Group, celebra 25 anos de fábrica em Sete Lagoas (MG) com a campanha global “A Pesca de Plástico” que mobilizou colaboradores e suas famílias no recolhimento de garrafas PET para reutilização direta. Chamado de upcycling, o processo transforma resíduos em novos produtos de igual ou maior valor e prolonga a sua vida útil. Em vez de serem descartadas no meio ambiente, trituradas ou fundidas, as garrafas serão reutilizadas pela Associação dos Deficientes Visuais de Sete Lagoas (ADVISETE) para a produção de vassouras.

“A Pesca de Plástico” é realizada anualmente pela FPT Industrial e busca conscientizar as pessoas para práticas sustentáveis, atentando para as consequências ambientais causadas pelo descarte irregular. Com o envolvimento da comunidade, a iniciativa desenvolve a responsabilidade socioambiental a partir

do corte das tiras das garrafas PET para formar as cerdas das vassouras. Cada uma delas substitui o uso de materiais sintéticos como nylon ou polipropileno, derivados do petróleo. A atitude amplia o impacto positivo da conservação de recursos naturais.

A garrafa vira uma vassoura que pode durar meses ou até anos. Isso retarda o ciclo de descarte e reduz a necessidade de novas reciclagens ou extrações de matéria-prima. As garrafas também serão destinadas à confecção de outros materiais artesanais produzidos pela associação. A transformação também representa ganho social, com a criação de empregos, capacitação profissional, estimo à economia circular e solidária na comunidade.

Durante 25 dias, no mês de setembro, a campanha recolheu garrafas PET de 2 litros, 2,5 litros e 3 litros. Como resultado, os colaboradores reuniram 744 garrafas, entregues à ADVISETE.

Jeanie França Gonçalves, gerente da planta da FPT Industrial em Sete Lagoas, reforça que “A Pesca do Plástico” representa dois compromissos fundamentais da empresa: a sustentabilidade com foco em economia circular e na responsabilidade social. “A campanha é uma forma concreta de reafirmar nosso papel como empresa cidadã, alinhada aos princípios de desenvolvimento sustentável e ao engajamento das comunidades onde atuamos”.

Naturgy acelera rumo à meta de 85% dos resíduos totais reciclados ou valorizados até 2027

Alinhada a seu compromisso com a sustentabilidade e com as gerações futuras, a Naturgy, distribuidora de gás natural, está ampliando suas metas ESG. Entre os destaques do novo plano estabelecido para o período entre 2025 e 2027, está a economia circular. O objetivo da empresa é encaminhar 85% dos resíduos gerados em seus centros de trabalho para reciclagem ou para valoração energética, processo que utiliza esses materiais para geração de energia, em especial por indústrias. A meta anterior era 79%. No último ano, cerca de 136 toneladas deixaram de ser enviadas a aterros sanitários, reduzindo as emissões de gases de efeito estufa.

“Nosso compromisso é dar uma nova vida aos resíduos gerados na empresa, seguindo os princípios da economia circular. Ao estimular o uso consciente dos recursos naturais, a reciclagem e o reaproveitamento dos resíduos, estamos contribuindo para o nosso planeta. Também temos uma forte política voltada para eficiência energética e controle de emissões”, explica Simone Brandão, coordenadora de Prevenção, Qualidade e Meio Ambiente da Naturgy.

A utilização responsável da água

também está prevista no Plano, que prevê redução de mais 21% no consumo. Entre as ações para o uso eficiente desse recurso está a ecolavagem da frota, que economiza em média 400 litros de água por veículo. Desde 2018, esse processo já economizou 2,8 milhões de litros de água. Além disso, os Centros de Trabalho contam com dispositivos de economia de água instalados para controle do uso. O Plano de Gestão Ambiental da empresa contempla a gestão de água e efluentes, garantindo práticas de prevenção e redução de impactos.

Outro ponto previsto é o controle das emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) da Naturgy, realizado por meio de diferentes estratégias, incluindo a quantificação, monitoramento e mitigação das emissões. Entre as medidas para reduzir suas emissões estão iniciativas de eficiência energética, priorizando o uso de gás natural na sua frota de veículo em detrimento a outros combustíveis mais poluentes e o uso de fontes renováveis como painéis solares em instalações de distribuição de gás.

Syensqo é pioneira em tecnologia inovadora de reciclagem para polímeros circulares de sulfona

A Syensqo, fornecedora líder global de materiais de alto desempenho e soluções químicas, anunciou mais um avanço em seus 60 anos de história em inovações em polímeros de sulfona com a invenção de uma tecnologia patenteada de reciclagem química que despolimeriza polímeros de sulfona com eficiência para obter monômeros de matériaprima purificados. Este novo processo permite a circularidade infinita dos polímeros de sulfona, confirmando a liderança da Syensqo em polímeros especiais sustentáveis.

A nova tecnologia baseia-se no portfólio sustentável de polímeros de sulfona ECHO da Syensqo e utiliza processos patenteados de reciclagem química para decompor o conteúdo de poliariletersulfona (PAES) formulado em sucata pós-produção industrial (PIR) e peças pósconsumo (PCR) em matéria-prima monomérica para reutilização em novos produtos poliméricos. Os monômeros purificados podem ser incorporados infinitamente em Udel® PSU, Radel® PPSU ou Veradel® PESU, bem como em outros termoplásticos ou mesmo em formulações de resina epóxi, sem perda de desempenho.

“Em tempos em que a circularidade é cada vez mais crucial, estamos liderando o caminho para transformar a indústria com soluções sustentáveis inovadoras. Nossa nova tecnologia circular PAES é um passo à frente para clientes que buscam atingir suas metas de sustentabilidade. Ao permitir a reciclagem de polímeros de sulfona, tanto de sucata de produção quanto de produtos em fim de vida, ajudamos a reduzir a pegada de carbono e aumentar o conteúdo reciclado em uma ampla gama de aplicações, desde hemodiálise e filtragem de água até a indústria aeroespacial”, afirma Floryan De Campo, VicePresidente de Soluções de Vida da unidade global de negócios da Syensqo Specialty Polymers.

Hapag-Lloyd e Shell assinam acordo plurianual para biometano liquefeito

@Divulgação

A Hapag-Lloyd e a Shell Western LNG BV assinaram um acordo plurianual para o fornecimento de biometano liquefeito com a empresa global de transporte marítimo, com início imediato.

O acordo se baseia em uma colaboração estratégica estabelecida em 2023 para acelerar a descarbonização de combustíveis marítimos alternativos.

O biometano liquefeito desempenha um papel importante na estratégia de descarbonização da Hapag-Lloyd, permitindo reduções de emissões em toda a sua frota e apoiando seus clientes na descarbonização de suas cadeias de suprimentos.

Desde 2024, a Shell expandiu sua oferta para incluir biometano liquefeito, agora fornecido em 22 locais estratégicos dentro de sua rede global de abastecimento de GNL – a maior do gênero no mundo.

“Este acordo ajuda a garantir a segurança do combustível e a confiabilidade do fornecimento de que precisamos para expandir ainda mais o uso de combustíveis renováveis à base de resíduos em nossa frota, reduzindo as emissões sem comprometer a qualidade e a confiabilidade que nossos clientes esperam. Colaborações como esta demonstram que a verdadeira liderança no transporte marítimo significa agir agora – usando combustíveis de menor emissão já disponíveis hoje, e não esperar por soluções futuras”, disse Jan Christensen, Comprador Global de Combustíveis da Hapag-Lloyd AG.

“O bio-GNL não é mais um conceito –ele já está aqui e está impulsionando o próximo capítulo da descarbonização do transporte marítimo. Esses acordos de longo prazo ajudam a construir a confiança necessária para expandir os combustíveis renováveis,” acrescentou Dexter Belmar, vice-presidente global de Downstream de GNL da Shell.

O biometano liquefeito fornecido à Hapag-Lloyd é certificado pela ISCC EU, o que confirma a sustentabilidade da matéria-prima, a rastreabilidade do combustível renovável ao longo da cadeia de suprimentos, bem como reduções confiáveis e verificadas das emissões do ciclo de vida, atendendo aos requisitos regulatórios.

O biometano liquefeito permite que embarcações de GNL façam a transição para combustíveis renováveis sem qualquer modificação no equipamento. Derivado da decomposição de resíduos orgânicos, como restos de colheitas, esterco e restos de alimentos, o biogás é transformado em biometano pela remoção de CO2 e impurezas. O biometano é então injetado na rede de gás local, liquefeito e fornecido aos navios com balanceamento de massa. Dependendo da matéria-prima e das regulamentações, o biometano liquefeito tem um potencial de redução de GEE de 33 a 204% em comparação com o óleo combustível com teor de enxofre muito baixo.

Declaração do BankTrack sobre a dissolução da Net Zero Banking Alliance

O anúncio da dissolução imediata da Net Zero Banking Alliance finalmente põe fim à sua triste espiral de declínio. Mas muito pouco mudará na prática, visto que a NZBA já havia se enfraquecido a ponto de perder todo o seu propósito. Seu fracasso ressalta a necessidade urgente de regulamentação para forçar os bancos

a alinharem o financiamento bancário às metas climáticas globais

Anunciado em abril de 2021 e lançado com grande alarde por Mark Carney e Michael Bloomberg na COP daquele ano, o objetivo declarado do NZBA era alinhar as atividades de empréstimos e subscrição dos bancos com a meta de

atingir emissões líquidas zero de gases de efeito estufa até 2050 e cumprir a meta de 1,5 °C do Acordo de Paris.

Desde o início, organizações da sociedade civil, incluindo o BankTrack, apontaram deficiências significativas. Embora a NZBA tenha eventualmente reconhecido algumas delas, não conseguiu abordá-las adequadamente, respondendo, em vez disso, com o enfraquecimento gradual de suas diretrizes e a concessão de maior margem de manobra aos bancos membros.

Antes contando com 144 membros, desde dezembro do ano passado, a aliança enfrentou um êxodo que começou com os bancos americanos e depois se espalhou. Em resposta, votou para flexibilizar suas diretrizes no início deste ano, em uma tentativa frustrada de conter a onda de saques. A saída subsequente de grandes bancos como HSBC, Barclays e UBS durante o verão sinalizou que o colapso da NZBA era inevitável.

A NZBA sempre pareceu mais focada em aumentar o número de membros do que em garantir ações significativas. Uma aliança que incluísse bancos éticos (como Triodos, Amalgamated Bank e Vancity), juntamente com bancos mais progressistas (La Banque Postale, Handelsbanken, Danske Bank) e os maiores financiadores de combustíveis fósseis do mundo (incluindo JPMorgan Chase, Citigroup e Bank of America) sempre seria difícil. Mas este último grupo acabou conseguindo dominar a direção da NZBA.

Talvez a maior conquista da NZBA tenha sido o greenwashing: mudou a discussão sobre como os bancos precisam responder à urgência da crise climática, focando em metas de redução de emissões de longo prazo e se afastando da necessidade urgente de interromper o financiamento da expansão dos combustíveis fósseis – um pré-requisito fundamental para qualquer estratégia crível alinhada à

meta de 1,5°C. A aliança permitiu que seus membros continuassem financiando empresas que desenvolvem novos projetos de combustíveis fósseis, uma medida claramente inconsistente com seus objetivos declarados

Sabemos que, entre os bancos que aderiram à Aliança, há aqueles que tinham um compromisso sincero com o futuro — com posições concretas e metas mensuráveis — enquanto outros apenas buscavam se beneficiar da ótica da responsabilidade climática, sem tomar medidas reais.

Aos primeiros, pedimos coragem: demonstrem verdadeira liderança climática, começando pela cessação imediata do financiamento a empresas que expandem suas operações com combustíveis fósseis.

Chegou o momento de distinguir os bancos do futuro daqueles que se refugiam na economia obscura e obsoleta do passado, seguindo o velho caminho dos cowboys da agenda de desregulamentação de Donald Trump.

O BankTrack continuará

a expor os retardatários climáticos e a encorajar as instituições determinadas a lutarem por um sistema financeiro justo e verde — um que sirva às pessoas e ao planeta, não ao lucro de curto prazo.

Mas o Programa Ambiental das Nações Unidas lançou uma orientação para a definição de metas climáticas para bancos, o Guia para Definição de Metas Climáticas para Bancos, que descreve os princípios-chave para sustentar a definição de metas confiáveis, robustas, impactantes e ambiciosas para atingir metas de emissões líquidas zero de gases de efeito estufa, em alinhamento com o Acordo de Paris.

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Líderes da UE contaminados com PFAS lançam manifesto

Substâncias nocivas PFAS (produtos químicos para sempre) foram encontradas no sangue de 24 líderes da UE de 19 países, confirmando que ninguém está imune à exposição a esses “produtos químicos eternos”.

Todos os 24 principais políticos testados, incluindo a Comissária Europeia para o Ambiente, Jessika Roswall, e o Ministro do Ambiente dinamarquês, Magnus Heunicke, foram contaminados com PFAS. Para metade dos líderes da UE, a contaminação excedeu níveis além dos quais não se podem descartar impactos na saúde.

Seis dos PFAS detectados (PFOA, PFOS, PFHxS, PFNA, PFDA e PFUnDA) já estão regulamentados na Europa - quer ao abrigo do Regulamento POP da UE, quer ao abrigo do Regulamento REACH - o que sublinha o seu impacto duradouro e a ameaça contínua à saúde humana e ao ambiente.

Liderada pelo Ministério do Meio Ambiente e Igualdade de Gênero da Dinamarca, juntamente com o Escritório Europeu do Meio Ambiente (EEB) e a ChemSec, a iniciativa ousada expõe a contaminação generalizada de PFAS e espera que incentive os líderes da UE a responderem rapidamente à crescente urgência desta crise de poluição.

“O custo humano e econômico da inação em relação à poluição por PFAS já é impressionante e cresce a cada

dia. Os tomadores de decisão precisam fechar a torneira urgentemente, responsabilizar os poluidores e interromper esse ciclo de danos. As pessoas precisam voltar a ter confiança na água que bebem e nos alimentos que comem,” disse Patrick ten Brink, Secretário-Geral do Gabinete Europeu do Ambiente.

@Chemsec
@banpfasmanifesto

Entre três e oito substâncias químicas PFAS — das 13 testadas — foram detectadas no sangue de todos os funcionários da UE testados, com o PFOS (regulamentado em 2008) apresentando as concentrações mais altas (de até 17,19 ng/ml). Metade dos indivíduos testados apresentou níveis de PFAS superiores ao valor de referência baseado em saúde do HBM4EU de 6,9 ng/ml para exposição combinada a PFOA, PFNA, PFHxS e PFOS. Todos os indivíduos testados apresentaram um nível total de exposição a PFAS acima de 2 ng/ml, nível acima do qual um acompanhamento médico específico é recomendado pelas Academias Nacionais dos EUA.

Mas também há motivos para esperança. Uma das líderes da UE – Leena YläMononen, Diretora Executiva da Agência Europeia do Ambiente – que já tinha realizado análises sanguíneas, revelou uma diminuição nos níveis de PFAS, refletindo as tendências observadas na população europeia para níveis restritos de PFAS.

“Esses resultados comprovam duas coisas: a contaminação por PFAS não poupa ninguém e a regulamentação funciona “, disse Anne-Sofie Bäckar, Diretora Executiva da ChemSec. “ Onde há proibições, os níveis estão começando a cair — evidência clara de que leis fortes protegem as pessoas. Agora, precisamos que os líderes da UE concluam o trabalho com uma proibição universal de todos os PFAS — não apenas em produtos de consumo — antes que outra geração pague o preço pelo atraso da indústria.”

Os resultados destacam tanto a urgência quanto a oportunidade que os formuladores de políticas europeus

enfrentam. Enquanto as restrições tradicionais aos PFAS começam a reduzir a exposição, PFAS novos e de substituição (para PFDA, PFHpS, PFHxS, PFUnDA) continuam a se acumular no sangue das pessoas, com as concentrações de alguns compostos aumentando acentuadamente. Isso ressalta a necessidade de restrições

amplas e baseadas em grupos para evitar substituições lamentáveis, nas quais as empresas substituem um produto químico nocivo regulamentado por outra alternativa não regulamentada (e potencialmente igualmente prejudicial).

A eliminação da contaminação existente pode custar à UE até €2 trilhões nos próximos 20 anos – sem contar os €52 a €84 bilhões adicionais em custos anuais relacionados à saúde: prevenir a poluição adicional por meio de uma legislação rigorosa é possível e economicamente viável.

A União Europeia encontra-se num momento crítico no controle de produtos químicos perigosos. Por um

lado, prepara-se para rever o seu quadro regulamentar (REACH) e, por outro, considera a proposta de “restrição universal de PFAS” apresentada por cinco Estados-Membros.

O Gabinete Europeu do Ambiente, a ChemSec e mais de 100 organizações em toda a Europa lançaram o manifesto Stop PFAS, instando os líderes da UE a agirem apoiando a restrição universal de PFAS. Os cidadãos da UE não devem ter que se contentar com uma proibição parcial apenas para produtos de consumo. Atrasos e brechas só prolongarão a crise de contaminação e aumentarão os riscos para a saúde e os custos de limpeza para as gerações futuras.

Reciclagem de plásticos no Brasil para embalagens atinge 24,4%

Após um ano de forte retração (2023), a indústria de reciclagem de plásticos no Brasil demonstrou sinais de recuperação em 2024. O índice de reciclagem mecânica para embalagens plásticas pós-consumo alcançou 24,4%, enquanto o índice geral para todos os tipos de plásticos foi de 21%. Os dados são do estudo anual encomendado pelo Movimento Plástico Transforma, iniciativa do PICPlast –parceria entre a Abiplast - Associação Brasileira da Indústria do Plástico e a

Braskem.

Realizado pela consultoria MaxiQuim, o levantamento monitora os indicadores da reciclagem mecânica no país desde 2018, com o objetivo de acompanhar as metas da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). O levantamento reforçou também a importância estratégica do Brasil no cenário regional: segundo dados de 2023, Brasil e México foram responsáveis por 76% de todo o volume de plástico reciclado na América Latina,

o que evidencia a consolidação de uma indústria de grande porte e relevância para a circularidade na região.

Em termos absolutos, a produção brasileira de resina pós-consumo (PCR) alcançou 1,012 milhão de toneladas em 2024, número que posiciona o país entre os maiores produtores mundiais. Para comparação, o México reciclou 1,53 milhão de toneladas no mesmo período, enquanto toda a América Latina somou 3,79 milhões de toneladas (dados de 2023).

Na Europa, a produção foi de 7,1 milhões de toneladas em 2023, mas com queda de

8% em relação ao ano anterior, sinal de que mesmo os mercados mais maduros no âmbito da reciclagem também sofreram com a queda generalizada dos preços das resinas de primeiro uso a nível global

“Em 2024, a indústria de reciclagem apresentou uma recuperação tímida após o desempenho fraco de 2023. O prolongado ciclo de baixa das commodities petroquímicas seguiu pressionando a competitividade dos reciclados, com os preços das resinas de primeiro uso reduzindo o interesse da indústria de transformação por matériaprima reciclada e dificultando o repasse de custos. Apesar das dificuldades, houve alguns sinais positivos: setores ligados a compromissos ESG e metas de circularidade, como grandes embaladores e marcas de consumo, mantiveram demanda constante para determinadas aplicações, em linha com seus objetivos”, explica Maurício Jaroski, diretor de química sustentável e reciclagem da MaxiQuim.

Recuperação da indústria e desempenho econômico

O ano de 2024 foi marcado por uma recuperação nos volumes de plásticos reciclados, o que impactou diretamente o faturamento da indústria, que atingiu

R$ 4 bilhões, um aumento nominal de 5,8% em relação a 2023. O setor também gerou mais empregos, alcançando a

marca de 20.043 postos de trabalho diretos, um crescimento de 7,7%.

Apesar dos desafios, a capacidade instalada das indústrias recicladoras cresceu 1,9%, chegando a 2,43 milhões de toneladas, reflexo ainda de investimentos realizados em anos anteriores.

Geração e consumo de resíduos plásticos

Em 2024, foram geradas 4,82 milhões de toneladas de resíduos plásticos pós-consumo no Brasil. Desse total, a indústria recicladora consumiu 1,55 milhão de toneladas de resíduos plásticos (incluindo pós-consumo e pósindustrial) para reprocessamento, um aumento de 7,2% em relação a 2023.

Origem dos resíduos

A origem da matéria-prima para a reciclagem manteve uma distribuição semelhante à de anos anteriores, com os comerciantes de resíduos se destacando como a principal fonte, responsáveis por 33% (518 mil toneladas) do volume adquirido pelas recicladoras. Na sequência, aparecem as aparas industriais (23%), os beneficiadores

Destaques da produção de PCR

Desde o início da mensuração do índice em 2018, a produção de resina reciclada pós-consumo (PCR) acumulou um crescimento de 33,6%. Em 2024, foram produzidas 1,012 milhão de toneladas de resinas recicladas pós-consumo. Desse total, 39% foram de PET, seguido por

Considerando apenas o resíduo pósconsumo (doméstico e não doméstico), o volume consumido pelas recicladoras foi de 1,2 milhão de toneladas. A maior parte desse material (87%) teve origem em embalagens, que somaram 1,037 milhão de toneladas consumidas.

(recicladores menores, com 19%), as empresas de gestão de resíduos (11%) e as cooperativas (10%). “Observamos que os catadores informais e as cooperativas perderam participação para os sucateiros, um reflexo da baixa remuneração que tem enfraquecido a força de trabalho das cooperativas”, pontua Maurício.

PEAD com 20%, PP com 18% e PEBD/ PEBDL com 15%.

A resina PCR produzida em 2024 foi destinada a diversos segmentos, com os setores de Alimentos e Bebidas (167 mil toneladas) e Higiene Pessoal, Cosméticos e Limpeza Doméstica (132

mil toneladas) se consolidando como os principais consumidores, impulsionados pela demanda por embalagens com conteúdo reciclado.

O setor de Construção Civil e Infraestrutura, que em 2023 havia aumentado sua participação devido à busca por materiais com menor custo, consumiu 130 mil toneladas em 2024, mantendo-se relevante, porém, com uma queda proporcional em sua representação.

O grande destaque do ano foi a Agroindústria, que demandou 92 mil toneladas e apresentou um crescimento de mais de 35% em relação a 2023, impulsionado por aplicações como lonas, mangueiras e embalagens de agroquímicos. O setor de Eletrodomésticos e Eletroeletrônicos, também aumentou significativamente seu consumo, demandando um total de 54 mil toneladas de resina PCR.

“Se compararmos com 2018, quando

Geografia da reciclagem de plásticos

A geografia da reciclagem de plásticos no Brasil em 2024 evidencia uma forte concentração nas regiões Sudeste e Sul, que lideram todas as etapas da cadeia, desde a geração do resíduo até a produção da resina reciclada pósconsumo (PCR). A região Sudeste se destaca como a maior geradora de resíduos plásticos, com 48,1% do total (2,3 milhões de toneladas),

o estudo começou, percebemos uma inversão de protagonismo: naquele ano, construção civil era o principal destino da resina reciclada, enquanto o segmento de alimentos e bebidas tinha uma participação menor. Essa mudança reflete o avanço regulatório e os compromissos de grandes marcas de consumo com a economia circular e o uso de materiais mais sustentáveis”, complementa Maurício.

e também como o principal polo de processamento, respondendo por 47% do consumo de resíduos pela indústria e 55,5% da produção nacional de PCR (559 mil toneladas). A região Sul aparece na sequência, sendo responsável por 26% do consumo de resíduos e 26,2% da produção de PCR (266 mil toneladas).

Essa concentração industrial gera um fluxo significativo de matéria-prima entre os estados. Em 2024, aproximadamente 41,1% do resíduo consumido pelas empresas recicladoras veio de um estado

Relatório

aponta

diferente daquele onde a empresa está localizada. Esse movimento, superior ao de 2023, indica que as empresas buscaram matéria-prima em mercados mais distantes para obter preços mais competitivos, mesmo com o custo do frete. Enquanto isso, o Nordeste se consolida como a terceira força produtora de PCR, com 13,7% do total (139 mil toneladas) e um crescimento expressivo de 16,6% em relação a 2023, reflexo da expansão de sua capacidade produtiva.

injustiças na transição energética e propõe ação na COP30

A Climate Action Network International (CAN International) lançou a terceira edição do Renewable Energy Tracker, intitulada “Mudando de Rumo: Colocando a Justiça no Centro da Transição para Energias Renováveis”.

O relatório analisa a situação da transição energética em 16 países — entre eles Alemanha, Canadá, Austrália, Japão, China, Emirados Árabes Unidos, Índia, Paquistão, Sérvia, Egito, Chile, Quênia, Namíbia e Filipinas. O levantamento aponta que, em diversas partes do mundo, a corrida pela energia limpa está ignorando as necessidades, os direitos e a autonomia das populações locais, repetindo padrões de injustiça da era dos combustíveis fósseis.

Segundo o documento, ao priorizar megaprojetos para exportação, desenvolvidos por empresas estrangeiras e com pouca ou nenhuma geração de benefícios locais, a transição vem aprofundando desigualdades históricas e criando novas formas de dependência econômica e energética.

Entre os principais problemas citados, estão:

• Extrativismo verde e captura corporativa: Desde os minerais da transição até o uso de terras e recursos hídricos, o modelo atual reproduz relações coloniais de exploração entre Norte e Sul globais. Muitos projetos são desenhados por empresas de fora e voltados à exportação — como nos casos de Egito, Chile e Namíbia.

• Megaempreendimentos energéticos: Em países como Austrália, Paquistão e Egito, grandes usinas solares ou eólicas estão se tornando norma, com riscos elevados para comunidades e trabalhadores, e poucos benefícios concretos.

• Contratos desequilibrados com o setor privado: Acordos assinados no Quênia, Vietnã e Paquistão resultaram em tarifas altas, endividamento de empresas públicas e, em alguns casos, tensões sociais.

• Violações de direitos humanos e territoriais: A ausência do Consentimento Livre, Prévio e Informado — sobretudo junto a povos indígenas —, somada à precarização do trabalho e avaliações ambientais frágeis, aponta para um modelo com baixo controle social e institucional.

• Acesso desigual à energia renovável: Grupos vulneráveis — como famílias de baixa renda, inquilinos e comunidades rurais — seguem excluídos da transição devido a barreiras regulatórias, ausência de políticas específicas e altos custos de entrada.

Exemplos positivos e alternativas em curso

Apesar do cenário crítico, a CAN International mapeia experiências que mostram que outra transição é possível. São citados:

• O boom da energia solar no Paquistão;

• Projetos comunitários e iniciativas lideradas por povos indígenas no Canadá e na Austrália;

Propostas para a COP30

Com a aproximação da COP30, que será realizada em novembro em Belém (PA), e diante de importantes marcos multilaterais no horizonte, como o relatório de síntese das NDCs e a cúpula do G20, o relatório apresenta um conjunto de propostas para colocar a justiça no centro da transição energética.

Entre as principais demandas está a criação do Mecanismo de Ação de Belém para uma Transição Justa (BAM), que visa garantir que tanto os minerais da transição quanto as fontes renováveis estejam alinhados com princípios de justiça social, direitos humanos e soberania energética. Além de diligência obrigatória em direitos humanos, financiamento público

• Programas de energia renovável distribuída na Índia;

• Comunidades energéticas na Alemanha.

Modelos como esses, segundo o relatório, têm menor impacto territorial, maior adesão social e retorno direto para as populações locais.

em larga escala, reforma das Instituições Financeiras Internacionais (IFIs) e da arquitetura financeira global, marcos regulatórios nacionais fortalecidos (apoio a sistemas energéticos centrados nas pessoas, obrigação legal de propriedade comunitária, avaliações de impacto ambiental e social mais rigorosas).

O documento reafirma que uma transição justa e centrada nas pessoas é o único caminho capaz de garantir benefícios reais, em larga escala e com a urgência que a crise climática exige. Segundo a CAN International, o atual modelo centrado em lucro e exportação não é sustentável — nem social, nem ambientalmente.

WellSense vende licença de diagnóstico rápido de poços de fibra óptica

A WellSense, especialista em diagnóstico rápido de poços por fibra óptica, concluiu um acordo com a Halliburton segundo o qual a empresa de serviços de campos petrolíferos adquiriu uma licença global para implantar a tecnologia de vigilância por fibra óptica de entrega rápida Fli da WellSense para uso no monitoramento de estimulação de poços.

A WellSense, uma empresa do FrontRow Energy Technology Group, continuará a implementar a tecnologia globalmente para todas as outras aplicações de petróleo e gás, incluindo fechamento e abandono de poços (P&A), integridade de poços e detecção de vazamentos, bem como captura, utilização e armazenamento de carbono (CCUS).

Annabel Green , CEO da Well-Sense, afirmou que “A conclusão bem-sucedida deste acordo é um momento decisivo

para a WellSense e para nossa empresa controladora, a FrontRow Energy Technology Group. Não só representa um forte endosso da indústria à nossa tecnologia e ao valor que ela agrega, mas também ao nosso modelo de negócios de trazer soluções novas e inovadoras ao mercado. Nossa tecnologia exclusiva de desbobinamento dinâmico de fibra óptica nua oferece qualidade de dados superior para uma compreensão detalhada do subsolo. Diferentemente de outras técnicas de monitoramento de poços, ela oferece uma solução leve de intervenção offline com sondas descartáveis para economias significativas de eficiência e redução de riscos. “Enfrentar os desafios complexos do upstream de petróleo e gás exige a adoção de tecnologias que melhorem fundamentalmente a forma como a indústria opera. Este acordo é o resultado de uma década de inovação, colaboração

Steve Kent, CEO (E) e Stuart Ferguson, Presidente (D) do Frontrow Energy Technology Group, na foto com Annabel Green, CEO da WellSense

e entrega focadas, e gostaria de expressar meus sinceros agradecimentos a todos os nossos funcionários, antigos e atuais, cuja dedicação construiu a base sólida que tornou este sucesso possível.”

O Fli, que estava em desenvolvimento desde 2015, quando a WellSense foi criada por Dan Purkis com o apoio da FrontRow, iniciou sua operação comercial em 2018, com aproximadamente £ 4 milhões investidas no produto até o momento.

“Este acordo é um marco importante

para a FrontRow e é um exemplo claro de como a inovação nascida no Reino Unido pode resolver desafios da indústria e atrair atenção global.

Esta é a primeira venda de licença comercial da FrontRow e um marco em nossa jornada. Ela demonstra que a inovação, quando nutrida com a expertise e o suporte certos, pode gerar sucesso técnico, além de valor comercial real”, disse Steve Kent , CEO da FrontRow.

Trade Tech é nomeada provedora oficial de serviços para o programa de informações de précarregamento de carga marítima (MPCI) dos Emirados Árabes Unidos

A Trade Tech, Inc., uma plataforma global de logística, foi nomeada provedora oficial de serviços para o Programa de Informações de Carga PréCarga Marítima (MPCI) dos Emirados Árabes Unidos, que entrou em vigor em agosto de 2025. O programa, gerenciado pelo Centro Nacional de Informações Avançadas (NAIC) dos Emirados Árabes Unidos sob a Autoridade Federal de Identidade, Cidadania, Alfândega e Segurança Portuária (ICP), exige o envio eletrônico de informações de carga em contêineres pelo menos 24 horas antes do carregamento da carga do porto de carregamento fora dos Emirados Árabes Unidos.

A Trade Tech é reconhecida globalmente como líder em registros eletrônicos

de segurança de carga, apoiando a conformidade com os registros de segurança de carga antes do embarque em mais de 37 países. Isso inclui Estados Unidos (AMS), União Europeia (ICS2 ENS), Canadá, México, Japão e outros.

Essa experiência posiciona a empresa para trazer conhecimento crítico, infraestrutura e prontidão operacional para a conformidade com o MPCI.

“Temos o prazer de sermos nomeados provedores oficiais de serviços para o programa MPCI dos Emirados Árabes Unidos”, disse Bryn Heimbeck, presidente e cofundador da Trade Tech. “Estamos aplicando os mesmos padrões de conformidade e recursos de plataforma que permitiram que nossos clientes atendessem às crescentes demandas regulatórias na UE, nos Estados Unidos, na Ásia e em outros lugares.”

A Trade Tech iniciou a integração de clientes para a conformidade com o MPCI e está trabalhando em estreita colaboração com companhias

marítimas, agentes de carga e outras partes envolvidas na declaração para garantir uma implementação tranquila. A plataforma em nuvem da empresa foi projetada para integrar os processos de declaração aos fluxos de trabalho existentes, reduzindo etapas manuais e ajudando as partes interessadas a cumprirem os prazos regulatórios.

Principais requisitos do programa MPCI dos Emirados Árabes Unidos são:

· Os dados avançados de carga devem ser enviados pelo menos 24 horas antes do carregamento do porto de carga fora dos Emirados Árabes Unidos;

· Os transitários devem identificar claramente o expedidor e o destinatário reais em seus registros;

· Os operadores de embarcações devem verificar se os registros dos despachantes estão aprovados antes de carregar a carga;

· Os registros são necessários para importação, transbordo, trânsito e carga remanescente a bordo (FROB);

· O NAIC emitirá os status de resposta: ACT (Aceito), DNL (Não Carregar), RFI (Solicitação de Informações)

“Nossa prioridade é garantir que nossos clientes estejam totalmente preparados e em conformidade com os requisitos. Com nosso histórico comprovado em registros globais de segurança de cargas, a Trade Tech permitirá envios precisos, pontuais e em conformidade para todas as partes envolvidas. Esta é apenas a mais recente Regra de 24 Horas no mercado

global de transporte marítimo; haverá mais. É hora de o setor se perguntar: se os clientes exigem visibilidade e os dados são difíceis de obter da origem, por que não estão usando esses requisitos de conformidade de segurança para resolver o problema de visibilidade dos dados? “, acrescentou Heimbeck.

A plataforma Syrinx Trade Security da

Trade Tech é utilizada pelos principais provedores globais de logística, NVOCCs, transportadoras e expedidores para atender aos requisitos de declaração governamentais em diversas jurisdições. À medida que o programa MPCI introduz novos requisitos de declaração pré-embarque na região, a empresa oferece treinamento, suporte técnico e ferramentas de automação para ajudar os clientes a se adaptarem com rapidez

e confiança.

Os clientes da Trade Tech podem escolher entre uma variedade de opções de arquivamento projetadas para atender tanto usuários de alto volume quanto aqueles com necessidades mais limitadas. Os serviços incluem integração completa com EDI, bem como a opção de a Trade Tech gerenciar todo o processo de arquivamento em nome do cliente.

Construção de uma das maiores bombas

de calor industriais do mundo para geração de vapor sem CO₂

A Basf em parceria com a GIG Karasek, iniciou a construção de uma das maiores bombas de calor industriais do mundo, projetada para gerar vapor sem emissões de CO2. O sistema desempenhará papel estratégico na transformação energética da planta principal da Basf por meio da eletrificação da produção de vapor.

Com potência térmica próxima de 50 megawatts, a bomba de calor utilizará eletricidade proveniente de fontes renováveis para produzir vapor livre de CO2, destinado principalmente à fabricação de ácido fórmico. O equipamento aproveitará o calor residual gerado nos processos de resfriamento de um dos dois steam crackers da planta, permitindo uma redução de até 98% das emissões anuais de gases de efeito estufa — o equivalente a 100 mil toneladas métricas de CO2 por ano.

“A eletrificação de processos

produtivos essenciais e da geração de energia é fundamental para que a indústria química alcance a neutralidade climática. O vapor sem emissões gerado pela bomba de calor substituirá parte do vapor convencional produzido a partir de combustíveis fósseis”, afirma Helmut Winterling, presidente das fábricas Verbund europeias da Basf SE.

“Nosso objetivo é oferecer aos clientes produtos com menor pegada de carbono, seja por meio de métodos de balanço de biomassa ou por investimentos estratégicos em tecnologias verdes, como esta bomba de calor. Com o apoio do Ministério Federal da Economia e Energia da Alemanha, estamos avançando em soluções sustentáveis para abastecer o mercado europeu com produtos ecológicos”, complementa.

“Estou impressionada com o espírito pioneiro da BASF. A construção de uma

Alexander Fronz, gerente de projeto de bombas de calor, BASF SE, Christian Aucoin, presidente de serviços globais de engenharia, BASF SE, Julia Aichhorn, gerente geral da GIG Karasek, Helmut Winterling, presidente de sites europeus da Verbund, BASF SE, Peter Menck, chefe do departamento de programas de financiamento para a descarbonização da indústria e para acordos de proteção climática no Ministério Federal de Assuntos Econômicos e Energia, Andreas Schnitzhofer, gerente geral da GIG Karasek, Tim Lerch, gerente de projeto de bombas de calor, BASF SE.

das maiores bombas de calor do mundo demonstra o potencial industrial da Alemanha e simboliza como inovação e ação climática podem caminhar juntas. O governo federal apoia este projeto porque acreditamos que investir em tecnologias do futuro criará empregos e valor agregado — transformando a luta contra as mudanças climáticas em um modelo de negócio bem-sucedido,” destacou a Secretária de Estado Parlamentar do Ministro Federal de Assuntos Econômicos e Energia e Comissária do Governo Federal para Pequenas e Médias Empresas da Alemanha, Gitta Connemann. O equipamento ocupará cerca de

2.000 m² ao lado do steam cracker e será conectado à planta por pontes de tubulação. Seu design e componentes foram especialmente adaptados para integração ao ambiente técnico e aos processos da produção química. Com capacidade para gerar até 500 mil toneladas métricas de vapor por ano, o sistema estabelece novos padrões em elevação de temperatura e desempenho.

O projeto conta com apoio financeiro do Ministério Federal da Economia e Energia da Alemanha, que contribuirá com até € 310 milhões por meio do programa “Contratos de Carbono por Diferença”.

Foto: BASF/Andreas Henn

A Air Liquide investe €130 milhões para fornecer a fabricante de semicondutores

No âmbito de dois novos contratos de longo prazo, a Air Liquide construirá, deterá e operará duas novas instalações de gás industrial de última geração para apoiar a expansão de um fabricante líder de semicondutores em Singapura, com um investimento total de 130 milhões de euros. Gases de ultra-alta pureza são essenciais para acompanhar a próxima onda de tecnologias digitais, incluindo a IA. Esses novos contratos, assinados com apenas alguns meses de diferença, destacam a aceleração da demanda por componentes eletrônicos avançados neste importante polo.

As instalações de próxima geração da Air Liquide fornecerão grandes volumes de nitrogênio de altíssima pureza para apoiar a produção de chips avançados. Integradas a tecnologias digitais como automação e manutenção preditiva, as novas infraestruturas da Air Liquide aumentarão a eficiência energética, a confiabilidade operacional e o controle de qualidade, agregando valor ao cliente. A previsão é que as novas unidades entrem em operação em 2027, alavancando ainda mais a expertise e a ampla presença do Grupo na região.

Com esses investimentos, a Air Liquide reforça sua posição de vanguarda em Singapura, mas também na Ásia. Além disso, esta nova série de contratos com um cliente de longa data demonstra sua confiança na comprovada capacidade do Grupo de fornecer tecnologias de gás

industrial com os mais altos padrões de qualidade, confiabilidade e segurança.

“Inovação e confiabilidade estão no cerne do nosso negócio. Esses contratos são um verdadeiro testemunho da confiança contínua de nossos clientes, e essa mudança reforça a posição da Air Liquide como parceira tecnológica líder para a indústria global de semicondutores, que continua a se expandir rapidamente na Ásia e no mundo. Nossas soluções avançadas proporcionarão os mais altos níveis de confiabilidade e eficiência, demonstrando nosso forte compromisso em entregar o melhor valor aos nossos clientes e impulsionar o futuro da IA e da inovação de alta tecnologia”, comentou Ronnie Chalmers, vice-presidente do Grupo Air Liquide, responsável pela supervisão da região Ásia-Pacífico.

thyssenkrupp nucera lança novo

portfólio de serviços de ciclo de

vida 360° para plantas de cloro e álcalis

Em seu Simpósio sobre Cloro em Colônia, a thyssenkrupp nucera apresentou pela primeira vez seu inovador Portfólio de Serviços de Ciclo de Vida 360° para plantas de Cloro-Álcali, atendendo às crescentes necessidades dos clientes. A nova estrutura estratégica oferece suporte específico ao cliente durante todo o ciclo de vida da planta de eletrólise, com um portfólio de serviços modular que integra expertise técnica, inovação digital e suporte global para maximizar a disponibilidade, a eficiência e a segurança.

“Nosso objetivo é capacitar os clientes com serviços personalizados e de alto impacto que evoluem com suas necessidades. Este portfólio não se trata apenas de manutenção – trata-se de possibilitar a excelência operacional a longo prazo”, afirma o Dr. Dominik Bergs , Chefe de Produtos de Serviço da thyssenkrupp nucera.

O Portfólio de Serviços do Ciclo de Vida 360° é estruturado em torno dos cinco clusters de serviços estratégicos recémdefinidos: Sustain – para manutenção especializada e suporte a componentes; Staff – para assistência técnica presencial e remota; Revamp – para engenharia de modernização personalizada; Upgrade – para implementação das mais recentes tecnologias de eletrolisadores; e digital – para transparência e tomada de decisões baseadas em dados.

Nesse contexto, diversos produtos de serviços especializados da thyssenkrupp nucera oferecem soluções adaptadas às necessidades específicas de operação e manutenção dos clientes. Isso inclui o recémdesenvolvido “nucera EMS” (Interruptor de Manutenção do Eletrolisador), que aumenta significativamente a segurança e a eficiência durante a manutenção do eletrolisador, reduzindo a tensão residual. Ele pode ser perfeitamente integrado aos procedimentos operacionais existentes.

Outra inovação fundamental é o produto de serviço “nucera administrator”. A solução digital eleva o planejamento de manutenção de sistemas de eletrolisadores a um novo patamar de excelência. A sincronização de dados permite que as empresas tomem melhores decisões sobre quando os trabalhos de manutenção devem ser realizados. O “nucera administrator” é mais do que apenas um módulo de software – é um facilitador estratégico para as operações modernas de eletrolisadores. Ele transforma dados fragmentados em insights acionáveis,

permitindo a transição de operações reativas para proativas.

“Nosso objetivo na thyssenkrupp nucera é sempre impulsionar a inovação e a excelência na área de gerenciamento de eletrolisadores. O portfólio de serviços de ciclo de vida completo comprova nosso comprometimento e capacidade de fornecer aos nossos clientes as melhores soluções para suas necessidades em constante mudança”, afirma o Dr. Roland Beckmann , Diretor Executivo de Cloro-Álcali (CA) da thyssenkrupp nucera.

Peróxidos do Brasil fornecerá

peróxido de hidrogênio

para o projeto Sucuriú da Arauco

A Peróxidos do Brasil anunciou a construção de uma nova planta satélite de peróxido de hidrogênio myH2O2® em Inocência, Brasil, para abastecer o projeto Sucuriú da Arauco - um desenvolvimento transformador de fábrica de celulose e o maior investimento global da empresa até o momento.

O peróxido de hidrogênio é um facilitador essencial do branqueamento limpo de celulose e do tratamento de água, oferecendo uma alternativa mais segura e sustentável aos produtos químicos tradicionais. A tecnologia proprietária myH2O2®, desenvolvida pela Solvay, aproxima a produção dos clientes em regiões remotas ou com infraestrutura limitada, reduzindo as distâncias de transporte e o impacto ambiental.

A nova unidade será instalada diretamente na fábrica da Arauco e produzirá 25.000 toneladas de peróxido de hidrogênio por ano, atendendo plenamente à demanda da Arauco, enquanto o excedente de produção estará disponível para o mercado local. A automação avançada da planta garantirá integração perfeita, eficiência operacional e alta confiabilidade de fornecimento.

“Este projeto marca um grande avanço em nossa parceria com a Arauco e em nosso compromisso com a inovação sustentável e focada no cliente”, disse Carlos Silveira, presidente da unidade

de negócios de Peróxidos da Solvay. “Ao implementar nosso modelo myH2O2®, não estamos apenas otimizando a logística e reduzindo as emissões, mas também fortalecendo nossa presença no setor de celulose em rápido crescimento no Brasil.”

O Projeto Sucuriú da Arauco representa um investimento de US$ 4,6 bilhões e será uma das maiores fábricas de celulose de linha única do mundo, com capacidade de produção anual de 3,5 milhões de toneladas de celulose kraft branqueada de eucalipto. A previsão é que a fábrica inicie suas operações em 2028.

SAAM assume 100% da Intertug

A SAAM anunciou a aquisição completa das operações colombianas e mexicanas da Intertug, garantindo a participação final de 30% por um investimento de US$ 30,5 milhões.

Este passo decisivo dá à SAAM 100% de propriedade e reforça a estratégia da empresa de fortalecer sua posição como principal fornecedora de reboque nas Américas.

Anteriormente, a SAAM detinha 70% de participação na Intertug, um movimento que marcou a entrada da empresa no mercado de reboque da Colômbia em 2021 e expandiu seu alcance no México.

A empresa espera que a transação seja finalizada na maioria dos casos em 30 dias, dependendo da aprovação regulatória de uma subsidiária mexicana específica.

A SAAM Towage agora conta com uma frota de mais de 200 rebocadores operando em mais de 100 portos na região. Essas embarcações realizam mais de 150.000 manobras anualmente, fornecendo suporte crítico a uma variedade de navios, incluindo portacontêineres, transportadores RoRo, petroleiros, transportadores de GNL e graneleiros.

A frota da SAAM também desempenha um papel vital nas atividades de exploração offshore e no dinâmico segmento de terminais de gás natural.

“Este acordo representa um investimento de US$ 30,5 milhões e faz parte da estratégia da SAAM para consolidar ainda mais suas operações de reboque e fortalecer sua liderança em ambos os países”, confirmou a empresa em seu anúncio.

LESER POSV

Tipo 821 agora disponível para pressões abaixo de 2,5 bar-g

A Válvula de Segurança Piloto-Operada LESER POSV Tipo 821 é um produto-chave na linha internacional da LESER. Cada vez mais, os clientes têm solicitado pressões de ajuste entre menos de 1 e 2,5 bar-g.

Para atender a essa demanda e permanecer competitiva nessa faixa, a LESER lançou o projeto “POSV 15+ psi-g”. O objetivo era adaptar o projeto POSV existente para permitir pressões de ajuste abaixo de 2,5 bar-g, mantendo a aprovação técnica sem grandes alterações de projeto.

A POSV Tipo 821 já está aprovada para uma pressão de ajuste mínima de 15 psi-g (1,03 bar-g) pelas normas ASME e 1,0 bar-g pela Diretiva CE. O projeto consiste em uma válvula principal e uma válvula piloto, disponíveis nas versões Pop Action ou Modulate Action.

Para pressões de ajuste abaixo de 2,5 bar-g, o POSV de Ação Modulada Tipo 821 atende aos requisitos sem alterações de projeto. Para minimizar o atrito em pressões muito baixas, anéis de vedação ranhurados feitos de PTFE são utilizados na guia do pistão da válvula principal. O projeto POSV 15+ psi-g foi concluído na primavera de 2024, e o POSV de Ação Modulada Tipo 821 agora está disponível para faixas de pressão de ajuste de 1,0 bar-g a mais de 2,5 bar-g.

Novo controlador de segurança simplifica a integração e oferece novas funcionalidades

A Emerson anunciou o novo controlador de segurança PACSystems™

RX3i CPS400, projetado para permitir estratégias de nível de integridade de segurança 2 (SIL2) para infraestrutura, chamas e gás, sistemas de gerenciamento de queimadores e outros sistemas de desligamento de emergência. O controlador de segurança PACSystems é uma solução compacta e de alto desempenho, com medidas de segurança robustas e uma arquitetura escalável com 2.000 pontos de E/S disponíveis, ideal para projetos complexos com requisitos em evolução.

À medida que a automação de projetos se torna mais sofisticada e baseada em dados, os OEMs e integradores de sistemas precisam de uma gama de produtos de hardware e software mais poderosos para garantir a conformidade com os padrões e regulamentos para proteger os trabalhadores, seja a bordo de uma única peça de ativo ou distribuído durante um processo muito maior.

Uma ampla capacidade de memória de 64 megabytes e arquitetura digital escalável permite que o controlador de segurança PACSystems suporte uma gama diversificada de aplicações de missão crítica. Usando protocolos de comunicação industriais integrados, incluindo OPC UA, Ethernet Global Data (EGD) e Modbus TCP, o controlador RX3i CPS400 está pronto para conectar ponto a ponto e com hosts de nível mais alto, proporcionando visibilidade operacional completa.

Como uma solução segura por design, incorporando o Secure Boot® e o padrão do módulo de plataforma confiável (TPM), o novo controlador oferece rigorosa integridade e proteção de dados contra possíveis ameaças. Blocos de funções com certificação de segurança e modelos pré-configurados simplificam a certificação geral do sistema de acordo com a norma IEC 61511.

Disponível em configurações simples ou redundantes do controlador, o controlador RX3i CPS400 pode realizar todas as mensagens de dados de segurança com comunicações duplex usando o princípio do canal preto sobre EGD, permitindo conectividade padronizada e confiável com o sistema de E/S PACSystems VersaMax™ SafetyNet da Emerson. A plataforma tem certificação de segurança IEC 61508, fornecendo uma solução simplificada SIL2 capaz para ajudar os designers a construírem esquemas de proteção apropriados.

Novo transmissor de pressão 700Bar

A Nova Smar lançou o Transmissor de Pressão 700 Bar da Linha 290 series com tecnologia Piezo Resistivo. Suas principais características são:

*Sinal de Saída: 2 fios, 4-20 mA de acordo com as especificações da NAMUR NE43, com comunicação digital (Protocolo HART 7)

*Alimentação: 12-45 Vdc

*Range: 0 a 700 Bar (10150 psi)

*Rangeabilidade: 100:1

*Exatidão: ± 0.075% do span calibrado

*Atualização da corrente de saída: 100ms

*Calibração: Com referência e sem referência

*Proteção de acesso: Sim, via hardware e software

*Diagnósticos: Sim, via LCD

*Tecnologia: Piezo resistivo

Inovações em calibração e controle

A Presys Instrumentos e Sistemas marca presença no mercado com lançamentos que reforçam seu compromisso com tecnologia, precisão e confiabilidade em instrumentação e controle de processos. Entre as novidades, destacam-se o Banho Térmico TLA-550P e o Calibrador de Pressão PCON HYBRID, ambos desenvolvidos para atender às mais exigentes demandas da indústria.

O TLA-550P é um banho térmico de alta performance, capaz de atingir temperaturas de até 550 °C com o uso de sal liquefeito, garantindo excelente estabilidade térmica e uniformidade. O equipamento é ideal para calibração de sensores de temperatura e instrumentos que operam em faixas elevadas, oferecendo segurança e eficiência no processo. Além disso, o TLA-550P possibilita calibrações de diversos sensores ao mesmo tempo e atinge o limite de capacidade metrológica entre banho térmico e célula de ponto fixo, consolidando-se como uma solução de referência em precisão e confiabilidade para laboratórios e aplicações industriais.

Já o PCON HYBRID combina, em um único instrumento, sistemas de pressurização hidráulico e pneumático, proporcionando versatilidade e agilidade em calibrações de pressão. O modelo oferece funcionalidades incomparáveis ao substituir balanças de peso morto e pressurizadores manuais, tornandose uma solução completa e prática para calibrações em campo ou bancada.

Mais confiabilidade e segurança em plataformas offshore

A Valmet oferece um portfólio robusto, reconhecido por aumentar a confiabilidade, a produtividade e a segurança das refinarias. As válvulas são um elemento vital das plantas, controlam o fluxo de fluidos entre equipamentos de processo e possuem um papel importante na segurança em ambientes de alta complexidade. O portfólio, que reúne as marcas NelesTM, JamesburyTM e Flowrox ™, abrange desde válvulas on-off e de controle para aplicações regulares até soluções específicas para ambientes extremos, como unidades PSA para produção de hidrogênio, aplicações com catalisadores, oxigênio, olefinas, aromáticos, solventes e combustíveis. Os equipamentos podem ser desenvolvidos com materiais e internos especiais, projetados para mitigar fenômenos como flashing, ruído e cavitação em fluidos não limpos. Com destaque para sua linha de controles e diagnósticos inteligentes para válvulas NelesTM e StonelTM, que aumentam a eficiência operacional e reduzem custos de manutenção, como o posicionador inteligente Partial Stroke Test NelesTM ValvGuardTM VG9000, projetado para válvulas de bloqueio e de emergência (ESD) e de alívio de emergência (ESV). Compatível com os protocolos de comunicação HART e Foundation Fieldbus e certificação SIL 3, o ValvGuard oferece a mais ampla gama de testes e diagnósticos do mercado, garantindo segurança operacional, confiabilidade e desempenho.

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