

Otimize a eficiência no controle de parques eólicos
Com PC aberto e tecnologia de controle baseado em EtherCAT

Referência AREVA Wind Alemanha
Tecnologia de controle baseado em PC e EtherCAT para turbinas eólicas: usado em mais de 100.000 turbinas eólicas em todo o mundo integração de todas as funções, como gerenciamento de operações, controle de inclinação, conversor, caixa de engrenagens e controle de freio, visualização, rede de parques eólicos, tecnologia de segurança e monitoramento de condições portfólio de componentes altamente escalonável:
PC industrial, sistema de E/S, software de automação TwinCAT sistema de comunicação EtherCAT rápido e integrado

Tecnologia de controle escalonável
Intervalo modular de terminais de barramento de E/S

Bibliotecas de software modulares
© AREVA Wind; Jan
Oelker
Energia infinita
A geoeconomia é uma lente poderosa para analisar os processos globais que acompanham a transição para um sistema com emissões líquidas zero. Embora a geopolítica seja descrita como um jogo ganhaganha de soma zero, as estratégias geoeconômicas podem empregar instrumentos que vão da coerção à cooptação. E há que ter em mente que na descarbonização existe uma camada adicional que envolve a competição pela liderança industrial e tecnológica e o acesso aos recursos ao mesmo tempo em que há necessidade de cooperação com parceiros nacionais e internacionais, grandes e pequenos. E o sucesso da transição depende da busca de soluções vantajosas para todos. Para se partir de um ponto comum, e acabar com ideias pouco realistas de que a receita dos combustíveis fósseis vai financiar a transição energética no Brasil, um estudo do Inesc - Instituto de Estudos Socioeconômicos, detalha como foram distribuídos os R$ 108,2 bilhões que o Brasil arrecadou com a exploração de petróleo no ano passado: zero disso foi destinado para energias renováveis e menos de 1% acabou em rubricas de meio ambiente - menos de 0,2% da renda com petróleo no Brasil vai para clima, segundo esse estudo. Esta edição traz uma visão do status das energias renováveis no Brasil e mostram o tanto de trabalho que têm tido empresas, associações, universidades, institutos e governo. De certo o gás natural vem dando suporte a essa transição energética que parece que não deslancha. E o cenário atual lembra Schumpeter, que descreve o processo de mudança e inovação que ocorre no capitalismo, onde antigos produtos e métodos de produção são substituídos por novos, causando um ciclo de renovação contínua – ou seja, a transição faz parte do sistema, com o sugestivo nome de destruição criativa. Esta é uma edição para embasar nossas posições e discussões.
A edição traz também um pouco das notícias do período – coberto por nossas interações diárias nas mídias sociais e semanais, pelas newsletters. Boa leitura.
O editor
Colaboraram com imagens e informações as assessorias de imprensa.

(11) 96925-7321 / 92038-8475 ISSN: 0101-5397



Renováveis na transição energética

Biodiesel e Biogases

Solar

Hidrogênio

Eólica

Não é bola de cristal, é análise de dados
6. jornal
16. Governo Federal anuncia investimentos no Porto de Itajaí
30. especial
30. Indústria eólica instala capacidade recorde em 2024, apesar da instabilidade política
74. opinião
74. Regulação do RenovaBio trava o mercado e ameaça metas de descarbonização
75. notícias da Petrobras
75. Nova descoberta de petróleo na Bacia de Santos
82. Cubatão comemora conquista do selo verde
88. retrospectiva
88. Fórum Brasileiro de Líderes em Energia - Oil & Gas 2025


123. empresas e negócios
128. Exploração de novos blocos pode triplicar reservas e dobrar produção
131. excelência sustentável
146. produtos e serviços


ESTAÇÃO DE TESTE E CALIBRAÇÃO DE VÁLVULAS DE SEGURANÇA
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Nossa linha PSV oferece soluções pneumáticas, hidráulicas, híbridas, avançadas e portáteis para garantir máxima eficiência e proteção.
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Propostas para o imposto global de carbono no transporte marítimo
A Organização Marítima Internacional (OMI), órgão regulador do transporte marítimo internacional, convocou uma reunião de uma semana no início de abril, do seu Comitê de Proteção ao Meio Ambiente Marinho em Londres. Em 2023, a OMI estabeleceu a meta de atingir emissões líquidas zero “até ou por volta de” 2050, em linha com o Acordo de Paris e metas estabelecidas por outros setores. Espera-se que o grupo aprove regulamentações sobre emissões marítimas de CO2, propostas em 2023.
Liderados pelas nações insulares do Pacífico, mais de 60 países apoiam um preço padrão por tonelada de emissões, que eles acreditam oferecer um caminho justo.
O setor de transporte marítimo demonstra amplo apoio. A Câmara Internacional de Transporte Marítimo, que representa mais de 80% da frota mercante mundial, afirma que um mecanismo de precificação para emissões marítimas é “a maneira mais eficaz de incentivar uma rápida transição energética no transporte marítimo”. No entanto, países como China, Brasil, África do Sul e Arábia Saudita
estão pressionando por um modelo de comércio de créditos. Com essa abordagem, os navios que emitem menos do que sua permissão, ganhariam créditos que poderiam ser vendidos para embarcações mais poluentes.
Os críticos argumentam que isso poderia permitir que proprietários de navios mais ricos simplesmente comprassem a conformidade, em vez de fazer cortes nas emissões.
O embaixador Albon Ishoda, enviado especial das Ilhas Marshall para a descarbonização marítima, disse que as metas climáticas da OMI não têm sentido sem o imposto: os fundos gerados pelo imposto serão usados para ajudar os países em desenvolvimento na transição para um transporte marítimo mais sustentável ou para financiar medidas de mitigação nos países mais vulneráveis e também para recompensar a produção e a adoção de combustíveis alternativos.
A estrutura de preços ainda não foi acordada, mas espera-se que fique na faixa de US$ 60 a US$ 300 por tonelada.
À medida que as negociações avançam em Londres, os EUA ameaçavam com medidas recíprocas se qualquer mecanismo de precificação de carbono fosse introduzido - os EUA não aceitarão nenhum acordo ambiental internacional que acrescente um fardo “injusto” à América.
Os EUA estiveram ausentes da reunião da OMI.
Ocyan anuncia mudança na presidência
A partir desta quarta-feira, 2 de abril, a posição de presidente da Ocyan passa a ser ocupada por Rodrigo Lemos, até então vice-presidente executivo de Subsea e Produção Offshore da companhia. Esta transição foi estruturada de forma planejada nos últimos meses e tem como objetivo garantir uma continuidade no crescimento com segurança e rentabilidade da companhia, com absoluto foco no cliente. Rodrigo substitui Luiz Reis, que dará um apoio ainda mais próximo nos próximos três meses para assegurar que a transferência de responsabilidades ocorra de forma fluida. Reis segue como membro do Conselho da empresa.
Este movimento de sucessão interna reflete a confiança plena do Conselho no corpo executivo da empresa e especialmente nas competências e na visão estratégica do novo líder, que tem um histórico comprovado de sucesso na condução das três áreas de negócio da companhia: produção offshore, subsea e serviços.
“Foi com base em um trabalho sólido e bem estruturado que avançamos com a sucessão da liderança executiva. E, sem surpresas, a escolha vem por um grande talento já dentro da companhia. Rodrigo conhece a
Ocyan profundamente, tem experiência, disciplina e o foco que precisamos. Estamos confiantes de que sua gestão será marcada por consistência e resultado”, celebra Flávio Valle, presidente do Conselho de Administração da Ocyan e Managing Director do EIG no Brasil, fundo global americano líder nos setores de energia e infraestrutura e que, junto a Lake Capital Investimentos, divisão de gestão de recursos da Lakeshore Partners, focada nos setores de energia e infraestrutura, adquiriram há exatamente um ano 100% da participação da Ocyan.
Lemos é graduado em engenharia mecânica pela Universidade Federal de Santa Catarina, tem MBA em Gerenciamento de Projetos pela FGV, especialização em Finanças (FIPECAFI) e diversos certificações de instituições internacionais. Ingressou na Ocyan em 2005 e desde então ocupou posições em diversas áreas. Participou de projetos da empresa no Brasil e no exterior, principalmente como diretor da área de Produção Offshore de 2010 a 2021. Antes de assumir o cargo de CEO, ocupava a posição de Vice-presidente Executivo de Subsea e Produção Offshore. Também é membro do Conselho da Joint Venture Altera&Ocyan.



Rodrigo Lemos Flávio Valle

Alexander Seitz, da Volkswagen, assume a Presidência da Câmara Brasil-Alemanha de São Paulo
Os executivos Hendrik Schönfelder, da Evonik Brasil, e Cesar Gaitan, da FESTO, também passam a integrar os cargos honorários de Vice-Presidentes da instituição

A Câmara Brasil-Alemanha de São Paulo (AHK São Paulo), instituição que representa oficialmente a economia alemã no Brasil, anunciou os novos integrantes de sua Presidência.
Paulo Alvarenga, CEO da thyssenkrupp para América do Sul, que presidiu a instituição desde 2023, passa a ser sucedido por Alexander Seitz, Chairman Executivo da Volkswagen para a Região América do Sul, que já pertencia ao corpo de Vice-Presidentes.
“É uma grande honra assumir a presidência da Câmara Brasil-Alemanha de São Paulo, que tem papel fundamental na cooperação entre os países, impulsionando investimentos, tecnologia e a transição para
uma economia cada vez mais sustentável. Brasil e Alemanha já compartilham uma sólida parceria comercial, baseada na inovação e no desenvolvimento econômico de longo prazo. Juntos, vamos trabalhar fortemente para conectar empresas, fortalecer relações institucionais e promover novas oportunidades de negócios”, afirmou Alexander Seitz, Chairman Executivo da Volkswagen América do Sul.
Durante a Assembleia Geral Ordinária da instituição, os executivos Hendrik Schönfelder, Presidente e Diretor Geral da Evonik Brasil, e Cesar Gaitan, CEO Business Region South America da FESTO, também passaram a integrar os cargos honorários de Vice-Presidentes
Foto:
Ruy
Hizatugu




da Câmara Brasil-Alemanha de São
Paulo ao lado de Detlef Dralle, Diretor Presidente da HTB; Gastón Diaz Perez, CEO e Presidente na Robert Bosch

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América Latina, e Pablo Fava, Presidente da Siemens. O grupo da Presidência é completado por Barbara Konner, VicePresidente Executiva da instituição.












































Hendrik Schönfelder
Cesar Gaitan
Detlef Dralle
Gastón Diaz Perez
Pablo Fava
Barbara Konner
Saiba mais

MME busca parcerias para transição energética
e mineração
sustentável
Na abertura do Brazil-China Economic Summit, ministro Alexandre Silveira ressaltou o potencial do Brasil na cadeia produtiva de minerais críticos, destacando as vantagens competitivas do país na mineração, no combustível e na geração da energia nuclear para fins pacíficos

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, abriu, em Shanghai, na China, o Brazil-China Economic Summit, encontro voltado ao fortalecimento das relações econômicas bilaterais e à promoção de novas oportunidades de cooperação e investimentos entre os dois países.
Em seu discurso, o ministro ressaltou o protagonismo do Brasil na agenda da transição energética global, destacando as vantagens competitivas
do país e enfatizou a importância da parceria estratégica com a China para o desenvolvimento de soluções inovadoras e sustentáveis no setor de energia.
“O Brasil e a China compartilham um compromisso com o planejamento sério, o diálogo internacional e a transição energética. Com uma das matrizes mais limpas do mundo, o Brasil é um solo fértil para investimentos, oferecendo estabilidade social e
segurança jurídica. Somos um dos poucos que detém a cadeia completa, da mineração, do combustível à geração da energia nuclear para fins pacíficos. E a afinidade entre nossos países nos leva a estreitar laços comerciais, a firmar acordos tecnológicos e impulsionar uma nova economia verde, com geração de emprego e desenvolvimento para o Brasil”, afirmou o ministro.
O encontro foi uma iniciativa da Caixin Global, do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (CEBRI) e do Valor Econômico e reuniu empresários, CEOs, autoridades e especialistas para discutir temas estratégicos voltados ao desenvolvimento sustentável e à transição energética.
Uma das principais missões do Economic Summit foi o fortalecimento da cooperação bilateral na cadeia de minerais estratégicos, essenciais para a transição energética, como lítio, nióbio, terras raras e grafite. O Brasil, rico em reservas desses minerais, busca consolidar sua posição como fornecedor confiável, ao mesmo tempo em que trabalha para desenvolver uma indústria de transformação mineral de alto valor agregado, alinhada às metas de sustentabilidade e aos princípios de governança ambiental, social e corporativa (ESG, na sigla em inglês).
“A transição energética e a digitalização estão acelerando a demanda por minerais críticos, e a China, líder global nesse setor, desempenha um papel fundamental. O Brasil, com suas vastas reservas, se posiciona como um provedor confiável desses recursos, oferecendo um ambiente de negócios favorável, mão de obra qualificada e energia limpa. Estamos
comprometidos em garantir uma cadeia de suprimento segura, alinhada com a visão de desenvolvimento sustentável e soberania tecnológica. Essa iniciativa reforça nosso compromisso com a segurança energética e a parceria estratégica com a China”, comentou o ministro ao sinalizar a criação da Política Nacional de Minerais Críticos no Brasil.
O evento teve, ainda, um painel dedicado à transição energética, onde foram abordados avanços e oportunidades na integração de energias renováveis no sistema elétrico brasileiro. Entre as iniciativas brasileiras, destaca-se o Linhão Manaus-Boa Vista, cuja obra está 80% concluída e deve ser finalizada até o fim de 2025 conectando Roraima ao Sistema Interligado Nacional (SIN), com um investimento de R$ 2,6 bilhões.
O Brazil-China Economic Summit também tratou dos avanços na política nacional de biocombustíveis, incluindo as metas de aumento gradual do teor de biodiesel no diesel, até 2030, e a implantação do E30 (mistura de 30% de etanol aos combustíveis fósseis).
A medida tem potencial para atrair investimentos bilionários e gerar milhares de empregos ao longo da cadeia produtiva.
Outro destaque foi o Programa Nacional do Hidrogênio (PNH2), sancionado em agosto de 2024, que estabelece incentivos à produção de hidrogênio de baixa emissão de carbono. O Programa também prevê o desenvolvimento de hubs estratégicos, como o Complexo do Pecém, no Ceará, que poderá produzir até 300 mil toneladas anuais de hidrogênio verde e gerar aproximadamente 25 mil empregos diretos e indiretos.


Secretário de Mineração do MME,
Vitor Saback deixa o cargo
O secretário de Geologia, Mineração e Transformação Mineral do MME, Vitor Saback, deixou o cargo em 02/04, a pedido.

Saback deve ir para o setor privado. A atual diretora do Departamento de Desenvolvimento Sustentável na Mineração, Ana Paula Bitencourt, deve assumir a cadeira como interina até a escolha do novo secretário ou sua confirmação na vaga, segundo fontes.
Em 13 de março, o governo encaminhou sua lista de indicados para o Conselho de Administração da Petrobras sem o nome de Saback - ele estava no colegiado desde 2023.



Afastamento por saúde mental e ISO 45001

28 de abril é o Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho, data voltada para conscientização do tema e, no Brasil, também em memória das vítimas de acidentes e doenças ocupacionais. O levantamento do Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho, com base em dados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), aponta que de 2022 a 2024, os afastamentos por problemas de saúde mental cresceram 134% - saltando de 201 mil para 472 mil. Os dados também apontam que a cada 3,5 horas uma morte no mercado formal de trabalho é notificada, e que de 2012 a 2024 foram registrados 8,8 milhões de acidentes de trabalho e 32 mil mortes. Para auxiliar organizações nessa problemática, a norma ISO 45001 – Sistema de Gestão de Saúde e Segurança Ocupacional –traz requisitos para priorizar o bem-estar físico e mental dos colaboradores.
“Os dados já são alarmantes se levarmos em consideração que o levantamento trata apenas do mercado formal, mas a extensão do problema pode ser maior considerando que 40 milhões de trabalhadores brasileiros que estão inseridos no mercado de trabalho informal”, aponta Paulo Bertolini, conselheiro da Associação Brasileira de Avaliação da Conformidade (Abrac).


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“A ISO 45001 não é uma norma de certificação obrigatória, mas seguir esse referencial permite reconhecer os elementos que geram estresse e situações inseguras no ambiente de trabalho, fazendo uma gestão desses perigos com a definição e implantação de ações para a mitigação”, completa.

A norma resulta no caimento da taxa de absenteísmo, aumento da produtividade e redução de custos com afastamentos e indenizações. Para os trabalhadores, a norma representa o compromisso da organização com seu bem-estar físico e mental, fortalecendo a confiança, o engajamento e a motivação da equipe. Além disso, a certificação ISO 45001 pode melhorar a reputação da empresa no mercado, demonstrando
responsabilidade social e conformidade com requisitos legais.
“Não digo que é um diferencial mercadológico, enxergo como uma engrenagem necessária para a organização. O interesse na saúde e segurança dos colaboradores é mútuo, e com a norma será possível a instauração de cultura organizacional voltada para o bem-estar, com valorização das pessoas e incentivo ao diálogo, todos ganham com isso”, acrescenta Bertolini.
Para obter a certificação ISO 45001, a empresa deve primeiro implementar um Sistema de Gestão de Saúde e Segurança Ocupacional de acordo com os requisitos da norma. Isso envolve identificar riscos, definir políticas e metas, atribuir responsabilidades e promover treinamentos. Em seguida, são feitas auditorias internas para verificar a conformidade e realizar ajustes.
Depois dessa etapa, a empresa contrata um organismo certificador independente, acreditado por um Organismo Acreditador signatário dos acordos de reconhecimento mútuo mundial (MLA), para realizar a auditoria externa, que ocorre em duas fases: análise documental e verificação da aplicação prática. Se estiver em conformidade, a certificação é concedida. Para mantê-la, auditorias periódicas de manutenção são necessárias.
Fundada em 2009, a Associação Brasileira de Avaliação da Conformidade (Abrac) reúne os principais laboratórios e certificadoras acreditadas ao Inmetro e que são responsáveis pela avaliação da conformidade de produtos, sistemas que são oferecidos aos cidadãos.


Governo Federal anuncia investimentos no Porto de Itajaí

O Governo Federal anunciou um investimento de R$ 689 milhões em obras e readequações no Porto de Itajaí. O anúncio foi feito pelo superintendente do Porto de Itajaí, João Paulo Tavares Bastos, e pelo presidente da Autoridade Portuária de Santos (APS), Anderson Pomini, durante uma reunião híbrida na sede da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (FIESC), em Florianópolis.
Os recursos são do orçamento da Autoridade Portuária de Santos vinculada ao governo federal e serão aplicados até 2026. Pomini apresentou também um calendário de execução das obras.
“Estamos aqui para dar previsibilidade
ao setor industrial e garantir que o Governo Federal tem compromisso com a retomada do Porto. São obras estratégicas que trarão mais competitividade ao Porto. Hoje, os números confirmam que o faturamento do Porto já atinge R$ 60 milhões, e os investimentos anunciados terão retorno imediato para a Autoridade Portuária de Santos”, disse o superintendente do Porto de Itajaí, João Paulo Tavares Bastos
O superintendente também ressaltou que os investimentos já estão garantidos pela Autoridade Portuária de Santos. “Quero agradecer ao presidente Pomini, ao ministro Silvio, ao presidente Lula e ao ex-deputado federal Décio Lima, @Divulgação
que atenderam a todas as demandas e às obras estratégicas solicitadas pela Superintendência do Porto de Itajaí.”
O presidente da Autoridade Portuária de Santos, Anderson Pomini, ressaltou que os investimentos anunciados reforçam o compromisso do Governo Federal com a retomada das operações
no Porto de Itajaí.
“Esse plano foi elaborado, desde os primeiros levantamentos de análise, com o objetivo de devolver ao Porto de Itajaí sua pujança, visando ampliar a capacidade operacional e a segurança do Porto de Itajaí, além de impulsionar o turismo e o desenvolvimento”, afirmou Pomini.
Os investimentos do Governo Federal no Porto de Itajaí contemplam:
- Construção do Píer de atracação de cruzeiros – R$ 300 milhões
- Dragagem do canal do Rio Itajaí-Açu (16 m) – R$ 90 milhões
- Obras na Bacia de Evolução – R$ 68 milhões
- Contenção da margem direita do canal ao longo da avenida – R$ 67 milhões
- Readequação do Molhe de Navegantes – R$ 64 milhões
- Obras de adensamento antecipado RAC e entorno – R$ 45 milhões
- Retirada do casco soçobrado do navio Pallas – R$ 23 milhões
- Readequação das subestações de energia e iluminação – R$ 20 milhões
- Aquisição e instalação de novo Scanner – R$ 12 milhões


Tratado global do plástico: Em audiência no Senado, indústria química defende economia circular com metas claras

O setor produtivo defendeu que a solução para o desafio da poluição plástica comece com o fortalecimento do Tratado Global, em uma construção que dependa de consenso entre países e embasamento técnico-científico. A indústria química chamou atenção, ainda, para a urgência da publicação do decreto de logística reversa de embalagens plásticas, alinhado à Política Nacional de Resíduos Sólidos
(PNRS), durante audiência pública para discutir o posicionamento do Brasil na Organização das Nações Unidas. O debate aconteceu na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) do Senado Federal.
A Abiquim - Associação Brasileira da Indústria Química, que representa mais de 130 empresas do setor, reforçou a necessidade de o país aderir a um acordo legalmente vinculante para

eliminar a poluição plástica, essencial para estruturar as cadeias de suprimento internas e valorizar os resíduos gerados no Brasil como insumo para a indústria nacional. A audiência, presidida pelo Senador Esperidião Amin (PP-SC), reuniu autoridades do governo, representantes da indústria, pesquisadores, líderes do ramo de catadores e ambientalistas para discutir os impactos ambientais, econômicos e sociais da regulação internacional sobre plásticos. As discussões acontecem no momento em que o país reúne insumos para uma nova rodada de negociações do Comitê Intergovernamental de Negociação (INC-5.2) da ONU, que acontecerá em Genebra, na Suíça, de 05 a 14 de agosto.
“Nós temos que dar esse passo no manejo do plástico, é fundamental estarmos alinhados com a Política Nacional dos Resíduos Sólidos, com metas de conteúdo reciclado, de reciclagem, de reuso e atribuições claras para cada personagem da cadeia produtiva”, argumentou o Presidenteexecutivo da Abiquim, André Passos Cordeiro.
A Abiquim acredita que o acordo deve
regular e harmonizar regras globais, com base científica, sem impor proibições ou limitações à produção de plásticos, o que poderia prejudicar o desenvolvimento econômico, especialmente em países em desenvolvimento. Cordeiro ressaltou que a indústria química brasileira apoia fortemente o acordo e defende que as políticas nacionais estejam em sintonia com as diretrizes globais. “Soluções legislativas locais, sem considerar o contexto internacional, podem isolar o país e prejudicar a efetividade das ações”, afirmou.
O Presidente-executivo da Abiquim reiterou que o Senado terá papel crucial ao ratificar o futuro tratado global, reforçando a necessidade de o Congresso acompanhar ativamente as negociações internacionais. “Precisamos investir na construção coletiva de soluções duradouras, em vez de adotar medidas pontuais que possam comprometer nosso protagonismo global”, concluiu.
A Diretora do Departamento de Meio Ambiente do Ministério das Relações Exteriores, Embaixadora Maria Angelica Ikeda, que lidera a comitiva brasileira no INC, disse que o Brasil deve acompanhar

Foto: Marco Verch
um grupo de nações que vote pela resolução do problema ambiental, mas que também estabeleça políticas prioritárias para o desenvolvimento socioeconômico, com ênfase na questão dos trabalhadores informais, como os catadores de materiais. “Estamos sempre apoiando as propostas que levem em conta os três pilares do desenvolvimento sustentável: ambiental, social e econômico”, explicou
Como integrante da comitiva, a Abiquim tem apoiado a posição equilibrada demonstrada pelo Brasil nas negociações, baseada no conceito de desenvolvimento sustentável, procurando combinar as dimensões social, econômica e ambiental para a criação de mecanismos efetivos de eliminação da poluição e que, ao mesmo tempo, proporcionem um novo modelo de produção que permita ao país não recuar em seu desenvolvimento e trajetória de superação da pobreza.
De acordo com a Abiquim, o Brasil poderá perder cerca de 514 mil empregos em toda a cadeia produtiva, caso o acordo siga um caminho radical pelo banimento dos plásticos. Também haveria uma redução no faturamento anual no mercado de reciclagem, chegando à casa dos R$ 2,4 bilhões.
A Abiquim defende que, em vez de listas preestabelecidas de banimento de produtos plásticos, deve-se adotar uma abordagem técnica conhecida como “Árvore de Decisão”. Essa metodologia avalia, de forma sistemática, aspectos como reciclabilidade, design, risco de vazamento e impacto ambiental, permitindo decisões mais precisas sobre o destino e o uso de cada tipo de
plástico. “Não se trata de um julgamento isolado, mas de uma construção coletiva com base científica e redes globais de pesquisa”, explica Cordeiro.
Segundo ele, essa lógica está alinhada com os debates no âmbito do Acordo Global de Plásticos e difere da abordagem restritiva proposta no Projeto de Lei 2.524, em debate no Congresso. Para a indústria, a existência de bases internacionais de dados sobre substâncias químicas em plásticos, incluindo regulamentações brasileiras, devem ser consideradas em qualquer decisão legislativa.
A indústria química sustenta que questões relacionadas a seus produtos devem ser mantidas no espaço de convenções e acordos já estabelecidos, como Estocolmo e o Global Framework on Chemicals (GFC), bem como regulamentações nacionais para gestão de produtos químicos. No Brasil, a recém-publicada Lei 15.022, de 13 de novembro de 2024, representa um modelo regulatório completo para controle e gerenciamento dos riscos das substâncias químicas no Brasil, incluindo as substâncias com aplicações em plásticos. Assim como o Brasil, países da América Latina, também já estão desenvolvendo seus esquemas regulatórios para gestão dos riscos das substâncias químicas, como é o caso de Chile, Colômbia e Peru.
“O acordo não pode ser posterior à definição dos instrumentos legislativos nacionais. Não pode haver soluções pontuais que não estão em sintonia com as discussões globais, senão nós podemos cair no risco de insular o nosso país no mundo”, argumenta André Passos.



MME publica nova edição do Guia do Investidor
em minerais críticos para transição energética

O Ministério de Minas e Energia (MME) publicou a segunda edição do Guia para o Investidor Estrangeiro em minerais críticos para a transição energética no Brasil, reafirmando o compromisso do governo em consolidar o país como um dos principais destinos globais para investimentos no setor mineral. A publicação, disponível em inglês e português, no site do MME, é uma ferramenta essencial para atrair capital estrangeiro e garantir maior segurança jurídica aos investidores.
O guia apresenta informações detalhadas sobre os processos de obtenção de direitos minerários, licenciamento ambiental e os novos instrumentos públicos de financiamento lançados em 2024. Com essas atualizações, o governo busca oferecer maior previsibilidade e transparência para o desenvolvimento sustentável do setor.
“O Brasil é um país rico em minerais essenciais para a transição energética global. Este guia é uma ponte para atração de investimentos e parcerias, ampliando nossa capacidade de aproveitar essa janela de oportunidades. Temos investido bastante no desenvolvimento de mão de obra qualificada para alavancar ainda mais o setor mineral brasileiro. Queremos uma mineração cada vez mais segura e responsável, com metas claras e transparentes”, destacou o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.

@MME
Com a crescente demanda global por minerais críticos, como lítio, níquel, cobre, grafite, terras raras e cobalto, que são, essenciais para a transição energética global, o guia se torna fundamental para direcionar investimentos estrangeiros ao Brasil, país que possui vastas reservas desses minerais.
A produção desses minerais pode ser significativamente expandida por meio do aprofundamento do conhecimento geológico e de recursos minerais conduzidos pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB), da regularização e fiscalização realizada pela Agência Nacional de Mineração (ANM) e da outorga de novas concessões de lavras pelo MME.
Diante da transição global para uma economia de baixo carbono e
da crescente demanda por energias renováveis, garantir a estabilidade das cadeias produtivas de tecnologias essenciais, como baterias para veículos elétricos e equipamentos para geração solar e eólica, além de outros, torna-se fundamental. Nesse contexto, o Brasil tem a oportunidade de expandir sua oferta de minerais estratégicos e de avançar na cadeia de transformação, agregando valor aos recursos produzidos no país.
O guia do investidor estrangeiro é um instrumento estratégico para que o investimento externo contribua para a geração de empregos, renda e desenvolvimento tecnológico do Brasil. Este guia reforça o compromisso em atrair investimentos que impulsionam o setor mineral, promovendo inovação tecnológica e qualificação profissional.




Porto de São Sebastião apresenta
protótipo do Port Community System

O Porto de São Sebastião, administrado pela Companhia Docas de São Sebastião (CDSS) e vinculado à Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado de São Paulo (Semil), apresentou o protótipo do seu Port Community System (PCS), uma solução digital voltada à integração das operações portuárias.
Desenvolvido a partir de uma escuta ativa da comunidade portuária — incluindo operadores, agências marítimas, empresas de praticagem e transportadoras — o PCS tem como objetivo centralizar digitalmente a comunicação entre todos os agentes envolvidos nas operações do porto. A proposta é tornar os processos mais ágeis, transparentes e eficientes, reduzindo a burocracia e aumentando a previsibilidade nas movimentações de carga.
Entre os principais recursos do sistema estão: agendamento de
atracações, controle de acesso, gestão de armazenagem e rastreamento de cargas em tempo real. O PCS também é compatível com plataformas governamentais, facilitando o cumprimento de exigências regulatórias e otimizando o fluxo de informações.
“O sistema foi desenvolvido

A iniciativa foi bem recebida por especialistas e visitantes, que ressaltaram o potencial do PCS para aumentar a competitividade do Porto de São Sebastião. A ferramenta deve contribuir significativamente para a atração de novos fluxos de carga, oferecendo mais controle, eficiência e transparência.
Além do PCS, a CDSS possui outros projetos estratégicos como o credenciamento de áreas de apoio logístico — iniciativa voltada à organização do fluxo de caminhões e à melhoria da logística urbana — e o futuro arrendamento do terminal
da infraestrutura e na diversificação do perfil de cargas movimentadas.



A EPA anuncia a próxima fase de melhorias organizacionais

A Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA) anunciou a próxima fase de melhorias organizacionais na agência para fornecer ar, água e terras mais limpos a todos os americanos. Essas mudanças na força de trabalho impactam o Escritório do Administrador, o Escritório de Ar e Radiação, o Escritório de Segurança Química e Prevenção da Poluição (OCSPP) e o Escritório de Água.
Seguindo a Ordem Executiva do Presidente Trump, “Implementando a Iniciativa de Otimização da Força de Trabalho do ‘Departamento de Eficiência Governamental’ do Presidente”, o governo federal “iniciou uma transformação crítica da burocracia federal” para “capacitar famílias americanas, trabalhadores, contribuintes e nosso próprio sistema de governo”.
“Com essas melhorias organizacionais, renovamos o compromisso de cumprir todas as nossas obrigações legais e cumprir excepcionalmente a
missão principal da EPA de proteger a saúde humana e o meio ambiente. Essa reorganização trará eficiências muito necessárias para incorporar a ciência em nossas regulamentações e concentrar nosso trabalho em fornecer ar, terra e água mais limpos para nossas comunidades. Também economizará pelo menos US$ 300 milhões anualmente para a população americana”, disse o administrador da EPA, Lee Zeldin.
Com essa ação, a EPA está implementando melhorias organizacionais na estrutura de pessoal que beneficiarão diretamente o povo americano e promoverão melhor a missão principal da agência, ao mesmo tempo em que impulsionam o grande retorno americano.
A EPA está criando o primeiro Escritório de Parcerias Estaduais para o Ar, dentro do Escritório de Ar e Radiação. Este escritório se concentrará em trabalhar com, e não contra, as agências estaduais,
@Reprodução
locais e tribais de licenciamento de ar, para aprimorar o processamento dos Planos Estaduais de Implementação e solucionar problemas relacionados ao licenciamento de ar. Isso ajudará a garantir a consistência nacional, de modo que as agências estaduais, locais ou tribais de licenciamento de ar recebam a mesma resposta, independentemente de onde estejam localizadas no país. A EPA também está criando o Escritório de Programas de Ar Limpo, que alinhará as obrigações estatutárias e as funções essenciais da missão, com base em centros de especialização, para garantir mais transparência e harmonia no desenvolvimento regulatório.
Da mesma forma, mudanças no Departamento de Águas alinharão melhor o desenvolvimento de regulamentações, orientações e políticas com a ciência que os sustenta. A EPA também está elevando questões de segurança cibernética, resposta a emergências e reuso e conservação de água para garantir que recebam os recursos adequados para lidar com os problemas hídricos urgentes da atualidade.
Nessa reorganização, a agência está transferindo sua expertise científica e esforços de pesquisa para escritórios de programas que atendem a obrigações estatutárias e funções essenciais à missão. Isso inclui a criação do Escritório de Ciência Aplicada e Soluções Ambientais (OASES) no Gabinete do Administrador, para alinhar a pesquisa e colocar a ciência na vanguarda da regulamentação da agência e da assistência técnica aos estados.
Especificamente, o OCSPP contará com mais de 130 especialistas científicos,
técnicos, bioinformáticos e de tecnologia da informação para trabalhar diretamente nos pedidos pendentes de mais de 504 novos produtos químicos em revisão que estão além dos prazos legalmente exigidos e em mais de 12.000 revisões de pesticidas que estão muito além dos prazos previstos. Nesse processo, a EPA também está adquirindo as ferramentas necessárias para avançar em uma estratégia de testes de PFAS, a fim de garantir que estejamos aprofundando nossa compreensão sobre os PFAS e seus impactos na saúde humana e no meio ambiente. Essas melhorias organizacionais fornecem melhores ferramentas e capacidades para permitir que o OCSPP utilize ferramentas computacionais e de bioinformática — e, eventualmente, inteligência artificial — para agilizar e aprimorar a revisão de produtos químicos e pesticidas.
Esta fase de reorganização economizará aos contribuintes mais de US$ 300 milhões anualmente até o ano fiscal de 2026. Tudo isso faz parte de um esforço maior e abrangente para reestruturar a agência e, quando finalizado, a EPA espera ter níveis de emprego próximos aos vistos quando o presidente Ronald Reagan ocupou a Casa Branca.
No início deste ano, a EPA anunciou o encerramento dos departamentos de Justiça Ambiental (EJ) e Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI) da agência durante o governo Biden-Harris. Com isso, a EPA iniciou uma redução de efetivo para aproximadamente 280 funcionários de DEI e EJ e transferiu 175 funcionários que desempenham obrigações estatutárias e funções essenciais para outros órgãos.

Obra na barreira de proteção do
Porto de Suape atinge 17% de execução

A recuperação do molhe de abrigo (barreira de proteção) do Porto de Suape alcançou 17% de execução até março de 2025, superando a meta inicial de 10% prevista para abril. Iniciada em outubro de 2024, a obra faz parte de um investimento de R$ 123 milhões voltado à requalificação de 1,8 quilômetro da estrutura de proteção do terminal externo. Desse total, R$ 73 milhões são provenientes de recursos próprios, enquanto R$ 50 milhões vêm do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 3). Com conclusão prevista para agosto de 2028, o projeto assegura uma infraestrutura mais robusta, moderna e preparada para as demandas futuras.
O molhe de proteção de Suape é essencial para conter o impacto de marés e correntes marítimas, garantindo a continuidade segura das operações portuárias. Segundo o diretor-presidente do Complexo Industrial Portuário de


Suape, Armando Monteiro Bisneto, a obra fortalece a capacidade do porto de lidar com desafios climáticos e amplia sua competitividade no cenário internacional.
“Essa é uma intervenção fundamental para assegurar a estabilidade operacional de Suape. Com infraestrutura moderna, estamos preparados para atender às demandas globais e às exigências relacionadas às mudanças climáticas”, afirmou Bisneto.
O dirigente também destacou que os Píeres de Granéis Líquidos (PGLs), localizados na área externa protegida pela estrutura, representaram 64,1% do volume total das operações de Suape em 2024. A requalificação da barreira contribui diretamente para a manutenção e expansão dessas atividades.
Realizada pela construtora Venâncio, a obra contempla a recuperação de 1,8 km do molhe de pedras, com instalação
de blocos de rocha entre 300 kg e 12 toneladas. O desempenho acima do esperado é atribuído às boas condições climáticas, o que pode compensar eventuais atrasos durante o período chuvoso (junho a agosto).
“Já superamos em 70% a meta de abril e conseguimos ganhar uma folga estratégica no cronograma. Esse avanço é essencial para minimizar impactos nas fases seguintes da obra”, completou Armando Bisneto.
Esta é a quarta e última etapa da
requalificação, que vem sendo executada por fases desde 2018. Na terceira fase, concluída em 2023, foram recuperados 940 metros da estrutura com 78.120 m³ de pedras, ao custo de R$ 68 milhões. As duas primeiras etapas requalificaram outros 260 metros, somando R$ 45,1 milhões em investimentos. A ordem de serviço desta nova fase foi assinada em outubro de 2024, em cerimônia oficial no Palácio do Campo das Princesas, com a presença da governadora de Pernambuco, Raquel Lyra.
Projetos da Casa dos Ventos ameaçados por decisão da Aneel
Dois projetos da Casa dos Ventos estão ameaçados por uma decisão da Aneel -Agência Nacional de Energia Elétrica. O primeiro é um pedido de conexão para uma planta de amônia verde, com valor estimado em R$ 49 bilhões; o segundo envolve dois data centers em parceria com a chinesa ByteDance, dona do TikTok, no valor de R$ 50 bilhões, no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP), considerado o maior hub de hidrogênio verde em formação no Brasil.
A negativa da Aneel, com base em recomendações do ONS - Operador Nacional do Sistema Elétrico, aponta riscos de sobrecarga significativa na rede de transmissão no que a Aneel incluiu a ausência de reforços estruturais, além de outros problemas de ordem técnica.
As sobrecargas, segundo a Aneel, incluem a possível saturação de corredores no Ceará e no Rio Grande do Norte, decorrente de limitações de
fluxo de potência ativa em linhas de transmissão no estado do Ceará.
A Aneel chegou a autorizar o acesso de um dos data centers ao SIN Sistema Integrado Nacional, mas o ONS emitir parecer de inviabilidade sistêmica da conexão dos projetos.
O fato mostra que é preciso achar uma solução para a viabilidade dos empreendimentos que incluam o reforço do sistema de transmissão –especialmente quando a carga é de grande porte e concentrada. O MME já solicitou ao ONS que refaça os cálculos – a intenção é liberar 4GW para projetos ultra intensivos como data centers e usinas de hidrogênio. Sem isso, a solução seria ampliar a rede de transmissão –o que poderia ficar pronto apenas em 2032 e perderia benefícios do Programa do governo federal de Baixa Emissão de Carbono que oferece R$18bilhões em incentivos fiscais.


Indústria eólica instala capacidade recorde em 2024, apesar da instabilidade política
O Relatório do Conselho Global de Energia
Eólica mostra que 2024 foi um ano recorde para nova capacidade, com 117 GW de energia eólica instalada em todo o mundo.
No entanto, o GWEC – Global Wind Energy Council alertou sobre a crescente instabilidade política em alguns mercados e destacou a necessidade de melhorar os mecanismos de licenciamento, transmissão de rede e leilão para acompanhar a tendência global de eletrificação, atingir as metas energéticas e climáticas dos países e diminuir a dependência de combustíveis fósseis voláteis, ao mesmo tempo em que cumpre as ambições acordadas globalmente de triplicar a capacidade de energia renovável até 2030.
O GWEC destacou que, embora 2024 tenha sido outro ano recorde para instalações eólicas, os números principais mascaram grandes disparidades em termos de ritmo de implantação nos mercados globais, com a maior parte das instalações ocorrendo em um pequeno número de mercados maduros importantes, incluindo China e Europa.
“A energia eólica continua a impulsionar investimentos e empregos, melhorar a segurança energética e reduzir os custos para o consumidor. Estamos vendo um ambiente político mais volátil em algumas partes do mundo, incluindo ataques ideologicamente motivados à energia eólica e às energias renováveis e a paralisação de projetos em construção, ameaçando a certeza dos investimentos,” disse Ben Backwell, CEO do GWEC.




“Mais uma vez, a indústria eólica quebrou novos recordes de instalação, apesar dos desafios macroeconômicos mais severos dos últimos anos. Embora a energia eólica continue a impulsionar investimentos e empregos, melhorar a segurança energética e reduzir os custos para o consumidor, estamos presenciando um ambiente político mais volátil em algumas partes do mundo, incluindo ataques ideologicamente motivados à energia eólica e às energias renováveis e a paralisação de projetos em
construção, ameaçando a segurança dos investimentos”, acrescentou.
Ele contou que a incitação agressiva de guerras tarifárias aumenta ainda mais a incerteza nas decisões de investimento internacional e ameaça interromper as cadeias de suprimentos internacionais das quais a indústria eólica depende. Os custos totais para o setor da ampla gama de tarifas declaradas e ameaçadas – tanto gerais quanto sobre commodities específicas, como o aço – ainda não foram totalmente calculados.
Backwell acrescentou que “é de vital importância que os formuladores de políticas ao redor do mundo não desviem os olhos do prêmio, garantam estruturas de mercado estáveis e previsíveis, trabalhem dentro de estruturas multilaterais para garantir o comércio livre e justo e trabalhem com investidores e a indústria para permitir a rápida implantação de energia eólica limpa e eficiente para apoiar o crescimento econômico, a resiliência e a prosperidade.”
O Relatório Global de Energia Eólica de 2025 inclui dados de todas as regiões do mundo. O crescimento do ano passado –109 GW de nova energia eólica onshore e 8 GW de energia eólica offshore – eleva a capacidade acumulada global de energia eólica para 1.136 GW, distribuída por todos os continentes, com 55 países instalando turbinas eólicas no ano passado.
Em 2024, a China liderou o caminho para novas instalações, à frente dos EUA, seguida pela Alemanha e Índia, respectivamente, com o Brasil completando o Top 5. Esses mesmos cinco mercados agora compõem o top 5 em instalações totais, no final de 2024, com o Brasil ultrapassando a Espanha.


Cinco melhores
Houve crescimento recorde em outras regiões. A região da Ásia-Pacífico registrou uma taxa de crescimento anual de 7%, enquanto a África e o Oriente Médio registraram uma taxa de crescimento anual de 107%, graças à instalação de 794 MW no Egito e de 390 MW na Arábia Saudita. América do Norte, América Latina e Europa apresentaram queda nas novas instalações em comparação com 2023.
O relatório prevê uma taxa de crescimento média composta de 8,8% para a indústria eólica, o que significa mais 981 GW de capacidade de energia eólica em todo o mundo até 2030. O serviço de inteligência de mercado do GWEC prevê anos recordes consecutivos até 2030, com 138 GW de nova capacidade em 2025, 140 GW em 2026, 160 GW em 2027, 167 em 2028 e um salto em 2029 e 2030 para 183 GW e 194 GW, respectivamente. No ano passado, o volume total de energia eólica onshore adjudicada em leilões e outros mecanismos de aquisição dobrou (excluindo a China). Na Europa, o volume total de energia eólica onshore adjudicada chegou a 17 GW, 24% a mais que em 2023. Isso se deve principalmente
à capacidade eólica onshore adjudicada na Alemanha, que atingiu 11 GW, um aumento de 72% (ou 4,6 GW) em relação ao ano anterior.
Esses números são globalmente significativos, mas as instalações podem acelerar ainda mais com as estruturas políticas corretas, especialmente com melhores licenças e estruturas de leilão que reduzam o risco do investidor por meio de instrumentos como CfDs de dupla face.
A energia eólica offshore é fundamental para essa previsão, destacada por um ano recorde de leilões em 2024. Um total de 56,3 GW de capacidade eólica offshore foi concedido em todo o mundo no ano passado. A Europa liderou o caminho, com 23,2 GW concedidos na Europa e 17,4 GW na China. Uma nova onda de mercados também teve anos marcantes, com a Coreia do Sul concedendo 3,3 GW, Taiwan (China) 2,7 GW e o Japão 1,4 GW.
A previsão do GWEC para 2025-2030 prevê que a energia eólica offshore aumente de 16 GW em 2025 para 34 GW, com a energia offshore passando de 11,8% da nova capacidade para 17,5% da nova capacidade até o final da década. Total(MW) Capacidade Anual Prevista(GW) 2024(MW)

Girish Tanti, vice-presidente executivo do Suzlon Group e vice-presidente do GWEC, afirmou: “2030 está se aproximando e nossa meta de triplicar o uso de energias renováveis precisa da nossa atenção. Estou muito satisfeito em ver que o Relatório Global de Energia Eólica 2025 do GWEC descreve o roteiro crítico necessário para que a indústria eólica global colabore e garanta que o vento desempenhe um papel fundamental na transição energética global. A energia eólica está entre as fontes de energia mais baratas do mundo e é uma das duas fontes de energia renovável que representam 95% de todo o crescimento da capacidade renovável global nesta década. Ela pode fornecer energia de alta qualidade a consumidores com uma carga de base pesada e garantir a estabilidade da rede. Sem dúvida, o vento nos permite conciliar a viabilidade econômica com o nosso propósito

climáticas, mas precisamos
responsabilidade proteger
O Relatório Global de Energia Eólica deste ano se concentra em quatro principais desafios que o mercado enfrenta: obstáculos financeiros e macroeconômicos, barreiras comerciais e fragmentação de mercado, estruturas inadequadas de aquisição e leilão e condições desafiadoras de investimento na cadeia global de fornecimento de energia eólica. Olhando além do aumento marginal do ano passado, este relatório conta a história de uma indústria que está cada vez mais expandindo para novas regiões, o surgimento de novos redutos de energia eólica e uma tecnologia que capitaliza a crescente demanda por um fornecimento seguro de eletricidade limpa em um mundo cada vez mais volátil.


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Renováveis na transição energética
A “destruição criativa”, um conceito introduzido pelo economista Joseph Schumpeter, descreve o processo de mudança e inovação que ocorre no capitalismo, onde antigos produtos e métodos de produção são substituídos por novos, causando um ciclo de renovação contínua. Este processo, embora possa parecer destrutivo à primeira vista, é considerado por Schumpeter como a força motriz do progresso econômico, impulsionando o crescimento e a evolução da economia.
A mudança de uma sociedade cuja energia está baseada em hidrocarbonetos, contudo, apesar de necessária e mesmo urgente, encontra mais resistência do que Schumpeter teria previsto: depois de anos de incentivo às energias renováveis, um certo realismo energético – como diria Jarand Rystad, CEO da Rystad Energy, empresa norueguesa independente de pesquisa em energia e inteligência de negócios – tomou os players do setor fazendo-os dar maior ênfase para a lucratividade e a segurança energética, afinal, “realismo e pragmatismo não são apenas palavras da moda, mas lentes essenciais através das quais as empresas estão reavaliando estratégias, investimentos e impactos” postulou Jarand recentemente. Ele destacou,
contudo, que segmentos de tecnologia limpa como hidrogênio, biogás e captura e armazenamento de carbono têm feito avanços tangíveis enquanto o gás natural se configura como um ponto focal da agenda energética.
A COP29 em Baku, fez os países ricos prometerem US$ 300 bilhões por ano em financiamento climático até 2035 para apoiar os esforços das economias emergentes para abandonar os combustíveis fósseis e responder a perdas e danos causados por desastres climáticos. São compromissos significativos, pois permitirão que esses países instalem cerca de 1.500 GW de energia solar, 500 GW de energia eólica e 300 GWh de baterias até 2035.
Como lembrou o CEO da Rystad ainda em março deste ano, fatoreschave para combater o aquecimento global que podem passar despercebidos são as contribuições nacionalmente determinadas (NDCs) para reduzir as emissões, e também a questão das emissões de metano, que são de 30 a 80 vezes piores que o dióxido de carbono, o que significa que uma redução de 50% nas emissões globais de metano nos próximos 30 anos tem o potencial de reduzir 0,2 grau no aquecimento global, mantendo vivas as metas do Acordo de Paris.


Um bom indicador para o panorama pode não ser o nível exato de emissões globais em 2030, mas a adoção de tecnologias que eventualmente superem o carvão, o petróleo e o gás, tecnologias que incluem energia solar, eólica, baterias, SAF, eletrolisadores, veículos elétricos, etc. Nessa linha, o Ministério da Fazenda brasileiro pediu prioridade para aprovação do marco legal para inteligência artificial e o desenho de uma política para atração de data centers, dentro do Plano de Transformação Ecológica - que concentra os trabalhos de políticas públicas e ferramentas estratégicas para que a indústria, agricultura, energia, finanças e sociedade como um todo sejam impulsionadas a um novo patamar de desenvolvimento sustentável e tecnológico. Em fevereiro deste ano, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) anunciou R$ 500 milhões para o Programa de Sustentabilidade e Energias Renováveis para IA, como parte do Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA) e o Pró-Infra IA Sustentável vai financiar projetos que promovam a implementação de data centers renováveis no país.


Por precisarem de quantidades absurdas de energia, os data centers puxam discussões e investimentos onde quer que busquem se estabelecer. Tanto que o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o governo federal vai propor a desoneração total de investimentos e exportações de serviços ligados a data centers no Brasil em texto que será enviado ao Congresso Nacional, para implementação de um marco legal para data centers.
Diversas frentes



@Divulgação ministério da Fazenda
SAF
Essa “destruição criativa” é trabalho hercúleo, que precisa ser feito em várias frentes. Um relatório do Boston Consulting Group mostra que a demanda por combustível de aviação sustentável (SAF) pode atingir cerca de 10 MTPA (milhões de toneladas por ano) até 2030, embora esse número possa ser
muito maior. O setor da aviação é a fonte de cerca de 3% de todas as emissões globais de carbono e um desafio para a transição energética sustentável então o SAF pode se tornar uma parte importante das estratégias globais de zero emissões definidas por muitos países ao redor do mundo.







A demanda global por SAF deve ter um crescimento significativo nas próximas décadas, previu o Boston Consulting Group, eventualmente compreendendo 12% da demanda global de energia da aviação até 2050. Até 2030, a demanda por SAF deverá atingir 10 MTPA, com potencial significativo para mais. Uma previsão mais precisa é difícil, disseram os autores, pois há muita incerteza em torno da demanda norte-americana e potenciais mandatos de SAF da ÁsiaPacífico. Um dos maiores obstáculos à recuperação da indústria da aviação
é que o SAF ainda não é produzido em larga escala e não está facilmente disponível - em 2023, o SAF representou apenas 0,3% da produção global de combustível de aviação.
O SAF derivado de Ésteres e Ácidos Graxos Hidrotratados (HEFA) é um dos caminhos mais promissores para alcançar a produção de SAF, mas, como pontua o relatório do Boston Consulting Group, a escalabilidade do HEFA SAF após 2030 pode ser limitada pelo fornecimento de petróleo como matéria-prima.

No telão: Jeremy Moorhous (IEA). Da direita para a esquerda (sentados): Dina Bacovsky (IEA Bioenergy); Marlon Arraes Jardim Leal (MME); Christian Rakos (WBA); Paul Bennett (Scion Research); Daniela Thrän (UFZ) e Mark Brown (UniSC).
@Divulgação
O SAF é um dos combustíveis sustentáveis que devem ser priorizados para reduzir emissões na aviação e navegação como ressaltaram especialistas reunidos na BBEST – IEA Bioenergy Conference que discutiram, em novembro de 2024, o papel das políticas públicas para valorização e priorização do uso dos biocombustíveis na busca pela neutralidade das emissões nos transportes de longa distância. Biocombustíveis e a bioenergia devem contribuir com pelo menos 20% do total da energia usada em 2050 para que o mundo alcance a neutralidade de emissões prevista para 2050 segundo Jeremy Moorhouse, analista de Bioenergia da Agência Internacional de Energia (IEA). Segundo o analista, eles vão muito além da redução de emissões: a energia de base biológica é acessível, é uma fonte segura, é barata e compatível com as diferentes tecnologias que demandam energia.
E não pressiona o uso da terra voltada ao cultivo de plantações. Contudo, no que tange à transição energética, duas áreas devem ser priorizadas para uso voltado à bioenergia porque são críticas e não contam ainda com outra solução: aviação (Sustainable Aviantion Fuels –SAF) e marítima (biobunker). Para as demais áreas, diz Moorhouse, há muitas soluções que cabem numa combinação de políticas, biocombustíveis líquidos, hidrogênio e eletricidade, conforme o melhor custo obtido em cada lugar.
Segundo o especialista da IEA, a bioenergia no mundo já representa 7% do consumo de energia. A América Latina lidera o consumo de bioenergia, com 30% proveniente de fontes biológicas, mas o Brasil é imbatível nesse quesito, chegando a perto de 40%. O especialista elogiou o programa Combustível do Futuro brasileiro e sua legislação que busca incentivar a captura de carbono. “Queremos ver isso se repetir em outras partes do mundo”, defendeu. Da mesma forma, exaltou a iniciativa brasileira à frente da presidência do G20, buscando a construção de um consenso para acelerar e implementar políticas de biocombustíveis.




Biodiesel e Biogases
O biodiesel não é exatamente o mesmo independentemente do insumo utilizado, embora o produto final, uma vez que atenda a especificação vigente da ANP (Resolução 920/2023) seja um tipo de combustível renovável com características semelhantes. O que muda é a matéria-prima usada na produção do biodiesel, o que pode afetar algumas propriedades do combustível, como o ponto de fusão, a viscosidade, entre outros aspectos técnicos. E os insumos utilizados na produção do biodiesel podem sim afetar o setor de alimentos, principalmente quando são provenientes de culturas alimentícias, em decorrência de alguns fatores como concorrência por terras agrícolas, preço dos alimentos, uso
de subprodutos, mudanças no uso de recursos, dentre outros. Mas no caso da soja, por exemplo, pode ocorrer o oposto: a maior demanda do óleo gera uma maior produção local de farelo de soja que é o principal insumo nas rações animais - para cada litro de biodiesel de soja, geram-se automaticamente 4 kg de farelo de soja como coproduto, o que reduz o preço desta fonte de proteína.
Do ponto de vista ambiental, a expansão de monoculturas energéticas pode acarretar o desmatamento de áreas nativas e a degradação de ecossistemas sensíveis. No caso da palma, por exemplo, há registros de sua produção avançando sobre florestas tropicais, comprometendo a biodiversidade e contribuindo para
A palma ou dendê é economicamente atrativa para a produção de biodiesel, devido ao seu elevado rendimento por hectare, superior ao de diversas outras oleaginosas e seu cultivo contínuo ao longo do ano contribui para a diminuição da necessidade de armazenamento em grande escala, reduzindo os custos com infraestrutura.
@Fernanda Domiciano
a emissão de carbono — o oposto do objetivo inicial dos biocombustíveis. E há uma dimensão geopolítica: a crescente valorização das terras agrícolas para fins energéticos pode intensificar a corrida por terras em países com grande disponibilidade de solo cultivável, como os da América Latina e da África.
Vale lembrar que a utilização de óleos vegetais ou gorduras na produção de biodiesel gera como subproduto a glicerina que pode ser utilizada no desenvolvimento de produtos de alto valor agregado, como acroleína, carbonato de glicerina e outros, destinados a vários setores como cosméticos, higiene pessoal, alimentos e medicamentos.
No Brasil, a principal matéria-prima para a produção de biodiesel é a soja, cujo aumento na demanda tem levado pequenos agricultores a direcionarem sua produção para o mercado de biocombustíveis, reduzindo a oferta local do alimento em algumas regiões. Como

alternativa, o governo vem incentivando o uso de oleaginosas como o algodão e o milho, por meio do Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel (PNPB), além de promover o desenvolvimento do biodiesel de segunda geração - tipo de biodiesel produzido a partir de materiais lignocelulósicos como celulose, hemicelulose e resíduos agrícolas e florestais considerado mais sustentável por não competir com a produção de alimentos e por seu potencial de reduzir as emissões de gases de efeito estufa. Um exemplo é o projeto da Raízen, que investe em tecnologias para transformar a palha da cana-de-açúcar em biodiesel. Além disso, são estimuladas alternativas como o uso de gorduras e óleos residuais. Alguns dos principais insumos utilizados para produção de biodiesel são: os Óleos vegetais como a Soja, a Palma/Dendê, o Girassol/Colza, Macaúba, Gorduras animais, Óleos e Gorduras residuais
O girassol apresenta baixo custo de produção e um balanço energético positivo, sendo particularmente vantajoso quando cultivado como segunda safra após a soja. Seu mercado global está em expansão, com previsão de crescimento de USD 5,83 bilhões entre 2024 e 2028, impulsionado, em parte, pelo aumento de sua utilização na produção de biodiesel.


@Esalq




A macaúba é uma oleaginosa abundante em todo o território nacional. Produz sete a oito vezes mais óleo por hectare/ano do que a soja, por exemplo e auxilia nos sequestros de carbono e impactos negativos do desmatamento.

O aproveitamento de gorduras de origem animal na produção de biocombustíveis representa uma estratégia eficiente na redução de resíduos, ao mesmo tempo que contribui para a diversificação das fontes energéticas renováveis. Por serem subprodutos da indústria da carne, apresentam custo significativamente mais baixo em comparação aos óleos vegetais e promovem a economia circular, integrando os setores de produção animal e energia renovável. Segundo a Embrapa, o sebo bovino já representa mais de 15% da produção nacional de biodiesel.
Óleos e gorduras residuais, como o óleo de cozinha usado e subprodutos da indústria alimentícia, têm se destacado por serem de baixo custo, amplamente disponíveis e ambientalmente sustentáveis. Além de contribuir para a economia circular, seu reaproveitamento reduz a emissão de gases de efeito estufa e os impactos associados ao descarte inadequado. O descarte inadequado desses resíduos em ralos, esgotos ou no solo vai além da contaminação hídrica, afetando a fauna e a flora aquáticas. O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) aprovou, em dezembro de 2024, uma resolução que estabelece metas mínimas de uso de óleos e gorduras residuais na produção de biocombustíveis, reforçando o compromisso com a gestão ambiental e a geração de energia limpa.
@Embrapa
@Embrapa
@Embrapa
De acordo com a consultoria Mordor Intelligence, o tamanho do mercado de biodiesel em 2024 foi de aproximadamente US$ 34,66 bilhões, e deve atingir US$ 50,22 bilhões até 2029, crescendo a um CAGR de 7,70% durante o período de previsão (2024-2029). E, no Brasil há muitos motivos para se comemorar: o Programa Nacional de
Produção e Uso do Biodiesel (PNPB) completou 20 anos em janeiro deste ano, consolidando-se como um marco na transição energética do Brasil. Com o PNPB, o Brasil produziu 77 bilhões de litros de biodiesel, evitando a emissão de 240 milhões de toneladas de CO2 e economizando cerca de 38 bilhões de dólares em importação de diesel.


A Cargill concluiu em 2023 a aquisição de três fábricas de esmagamento de soja e produção de biodiesel da Granol, além de quatro armazéns, ampliando sua presença no setor de biocombustíveis no Brasil e planeja investir entre R$ 1,5 bilhão e R$ 2 bilhões em 2025 para elevar a produção de biodiesel e farelo de soja, além de ampliar sua frota de barcaças, visando melhorar a logística e distribuição dos produtos.
O Grupo Potencial está investindo R$ 600 milhões para expandir sua planta de biodiesel em Lapa (Paraná/Brasil), tornando-se a maior do mundo em capacidade de produção de biodiesel à base de óleo de soja. A capacidade anual passará de 900 milhões para 1,62 bilhão de litros, com conclusão prevista para 2026. Além disso, a empresa planeja investir R$ 200 milhões na construção de dois dutos de 55 km para transporte de biodiesel e outros biocombustíveis, reduzindo a dependência de caminhões e promovendo a sustentabilidade ambiental.



O Grupo Cereal é uma agroindústria brasileira com foco em esmagamento de soja, produção de farelo de soja, biodiesel e trade de grãos. A empresa, com sede em Rio Verde, Goiás, processa 3 mil toneladas de soja por dia, com capacidade de produção de 2,3 mil toneladas de farelo de soja e 600 toneladas de óleo degomado, este último utilizado na produção de biodiesel.


Criado pela Lei nº 11.097/2005, o programa trouxe avanços significativos para o país nos pilares ambiental, social e econômico, ao estimular a produção e o uso de biodiesel. Por meio desse combustível renovável, além de


A Bianchini é uma empresa nacional de capital fechado que atua no ramo industrial de extração de óleos vegetais, produção de farelos e biodiesel a partir do processamento da soja.
A Oleoplan é um grupo empresarial vigente no processamento de soja e produz biodiesel desde 2007, sendo pioneira principalmente no Rio Grande do Sul. A empresa anunciou um acordo para a aquisição da Green Ventures – criada pela Fiagril para assumir a usina de biodiesel de Lucas do Rio Verde (MT), passando a ter cinco usinas de biodiesel.
contribuir para a segurança energética e para a descarbonização da matriz de transportes brasileira, o programa transformou a vida de milhares de famílias no campo, gerando emprego e renda para a agricultura familiar.
“Ao longo dessas duas décadas, o programa tem se mostrado uma ferramenta poderosa para unir inclusão social, redução de emissões e crescimento econômico. Com essa trajetória de sucesso, renovamos nosso compromisso com o futuro, investindo em uma matriz energética cada vez mais limpa, acessível e justa, gerando oportunidades e empregos para nossa população e servindo de modelo para o mundo. É um programa motivo de orgulho para o Brasil”, celebrou o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.



As certificações são essenciais para garantir que a produção de biodiesel no Brasil siga padrões de qualidade, sustentabilidade e conformidade ambiental, e são cada vez mais exigidas por consumidores e reguladores. Essas certificações também têm o potencial de promover uma economia mais circular ao estimular práticas que favorecem o reaproveitamento de materiais, redução de resíduos e eficiência no uso de recursos.
E esse setor possui empresas pequenas e grandes. A Petrobras aumentou sua atuação no setor com a PBIO. Na revisão do Plano 25-29 da Petrobras, os biocombustíveis entraram com mais força na estratégia da companhia. A PBIO está nesse contexto estratégico em que a Petrobras pretende voltar a investir em biocombustíveis, marcando um recomeço da empresa no setor de biodiesel, exercendo um papel

estratégico nesse segmento. A partir daí, a Petrobras poderá estabelecer novas diretrizes no escopo de transição energética e a PBIO poderá se inserir nesse contexto.
Além disso, a PBIO também comercializa o enxofre produzido nas refinarias do Sistema Petrobras, representando 100% da produção nacional e cerca de 9% do mercado total de enxofre do país.




A PBIO possui três usinas de biodiesel. A planta da Usina de Biodiesel de Quixadá (UBQ), no Ceará, está hibernada desde 2016. A partir de 2023, a PBIO iniciou uma série de avaliações periódicas sobre o ativo, visando o levantamento de sua viabilidade econômica e operacional. O entendimento é de que o cenário atual vem sendo mais favorável à sua retomada, sob a perspectiva da aprovação da Lei do Combustível do Futuro. À medida que as premissas do novo Planejamento Estratégico, no próximo trimestre, sejam definidas, faremos uma nova reavaliação para estimar a viabilidade econômica do ativo. Vale destacar que atualmente não há decisão tomada quanto à retomada da produção na usina.
As usinas da PBIO têm como processos, de forma simplificada, o pré-tratamento
de óleos vegetais e gorduras animais e a produção de biodiesel através da transesterificação. As principais matérias-primas utilizadas são óleo vegetais em geral, especialmente óleo de soja (produto que o Brasil tem excedente de produção, sendo um dos principais exportadores do mundo), resíduos da produção de etanol de milho (technical corn oil - TCO), resíduos da cadeia de abate de animais (gorduras ou sebo) e óleo de cozinha usado.
O Brasil lançou o Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel em dezembro de 2004, com objetivo de introduzir o biodiesel na matriz energética brasileira, com enfoque na inclusão social e no desenvolvimento regional. Durante esses mais de 20 anos o setor se estruturou para atender a demanda sempre crescente e segue

@Petrobras/PBIO
buscando maior desenvolvimento, tanto que a PBIO e o BB Banco do Brasil estão na fase de avaliação de oportunidades de desenvolvimento de trabalhos em conjunto.
O Plano de Negócios 2025-2029 da Petrobras apresenta as metas e investimentos de curto e médio prazo para alcançar as metas para 2050. Nesse período, a empresa vai investir o total de US$ 111 bilhões, cerca de 9% a mais que o previsto no plano anterior. E os investimentos em baixo carbono representam 15% do investimento total, contra 11% no plano anterior. O foco atual da Petrobras está na geração eólica e solar fotovoltaica, além de combustíveis sustentáveis, como biorrefino, etanol, biodiesel, biometano e hidrogênio de baixa emissão de carbono; a companhia segue investindo
nos projetos de captura de carbono, descarbonização das operações e em pesquisa, desenvolvimento e inovação em transição energética.
Conforme seu Plano de Negócios, os principais vetores que nortearam o planejamento da Petrobras contemplam o compromisso com a descarbonização - uma agenda mundial - que seguirá firme ainda que com velocidade ainda incerta; os combustíveis fósseis continuarão necessários o declínio natural da produção de petróleo ainda exigirá novos projetos de E&P, que deverão ser resilientes do ponto de vista econômico e ambiental; no Brasil os biocombustíveis ganharão mais espaço na matriz de transporte, principalmente em transportes leves, e a demanda global por petróleo e gás decrescente, mas ainda sólida.





Produzido a partir de resíduos orgânicos e/ou dejetos animais, o biometano substitui combustíveis fósseis e contribui para a redução de emissões de gases de efeito estufa, além de fomentar a economia circular. A Petrobras, alinhada aos objetivos da lei, lançou um edital para a compra de biometano, incentivando a produção desse combustível renovável e sustentável.
A Lei do Combustível do Futuro criou um conjunto de ações voltadas para a descarbonização e a transição energética, como o Programa Nacional do Diesel Verde, o Bioquerosene de Aviação (ProBioQAV) e incentivos à captura e armazenamento de carbono (CCS). A política também integra iniciativas como a Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio), o Programa de Mobilidade Verde (Mover), o Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV) e o Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos (Proconve).
O programa estabelece ainda novos percentuais mínimos e máximos para a mistura do etanol à gasolina C e do biodiesel ao diesel, vendidos aos consumidores em postos do país. Cabe ao Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) avaliar a viabilidade das metas de aumento da mistura, podendo reduzir ou aumentar o percentual entre os limites de 13% e 25%, no caso do Biodiesel, e 22% e 35%, para a mistura de etanol à gasolina.
O crescimento da participação do biodiesel na matriz energética brasileira tem sido impulsionado pelo mandato de mistura obrigatória ao diesel comercial. Atualmente, o percentual estabelecido
é de 14%, e a partir de março avançará para 15% — conforme aprovado pelo Conselho Nacional de Política Energética. Em 2024, o Brasil atingiu a marca histórica de 9 bilhões de litros de biodiesel produzidos, um número que demonstra a importância do biocombustível para o Brasil.

Paralelamente e integrada a este objetivo, a Lei Nº 14.933/2024, conhecida como Lei do Combustível do Futuro, foi sancionada para ser o marco legal, coordenado pelo Ministério de Minas e Energia (MME), capaz de promover o aumento da participação de biocombustíveis na matriz energética brasileira. A medida tem impulsionado avanços na produção e utilização de biometano, consolidando o desenvolvimento da nova indústria verde no país.
O biogás é um gás renovável produzido a partir da decomposição de matéria orgânica na ausência de oxigênio por meio de um processo chamado de digestão anaeróbica. Ele é composto principalmente por metano (CH₄) e dióxido de carbono (CO ), podendo conter também pequenas
@GNRFortaleza
quantidades de outros gases. Os insumos utilizados para a produção de biogás são resíduos orgânicos de diversas origens, como proteína animal, resíduos sucroenergéticos, resíduos da produção agrícola e do saneamento. Ou seja, são materiais que, em geral, teriam como destino o descarte, mas passam a ser reaproveitados energeticamente. O biogás pode ser usado como fonte de energia elétrica, térmica ou, após purificação, convertido em biometano –um biocombustível intercambiável com o gás natural, capaz de substituir o diesel e reduzir a dependência de combustíveis fósseis.
A ABiogás é uma entidade que representa todos os setores da cadeia de produção, aproveitamento e beneficiamento do biogás e biometano, enriquecendo cada vez mais a matriz energética brasileira, atuando como ponte estratégica entre a iniciativa privada e o poder público e fomentando ações e políticas que expandam a sua utilização no Brasil. Nosso compromisso é evidenciar como essas fontes contribuem para a matriz energética nacional, sobretudo frente aos compromissos de descarbonização, além de apontar caminhos para fortalecer e consolidar esse mercado.
Esse setor não apresenta riscos à segurança alimentar, pois sua produção não exige a conversão de áreas agrícolas produtivas nem compete com culturas destinadas à alimentação humana ou animal. Pelo contrário, ao valorizar resíduos, o biogás e o biometano promovem a economia circular e contribuem para a sustentabilidade do setor agropecuário, reduzindo
impactos ambientais e agregando valor a cadeias produtivas sem comprometer a segurança alimentar.
Com relação ao biogás, no contexto do setor elétrico, um dos principais desafios é o reconhecimento dos seus atributos na elaboração de estudos e políticas do setor: trata-se de uma fonte renovável de energia, com produção contínua, flexível, despachável, estável e descentralizada.
Já a expansão do biometano ainda esbarra em limitações de infraestrutura, sobretudo relacionadas à logística e à conexão com a malha de gás natural. Sobre esse ponto, a recente lei aprovada do Combustível do Futuro criou o Certificado de Garantia de Origem do Biometano (CGOB), que funcionará como instrumento de comprovação da substituição da molécula fóssil por renovável, que será um instrumento crucial para o impulsionamento de novos projetos de biometano no País. Além disso, ainda entendemos que é fundamental avançar na regulação, de modo a otimizar a logística e promover maior integração com a infraestrutura existente.
O Brasil possui uma cadeia crescente de fornecedores de equipamentos para o setor —empresas nacionais e internacionais, muitas delas associadas da ABiogás. Já existem fabricantes de biodigestores, sistemas de purificação, compressores, motogeradores e unidades móveis para produção de biometano. Ainda assim, há espaço para o desenvolvimento local de novas tecnologias.
No setor de transporte pesado, a ampliação da rede de postos de




abastecimento – os chamados corredores sustentáveis – é decisiva para permitir o crescimento do uso de veículos a GNV/ biometano nas estradas brasileiras. Da mesma forma, na área de mobilidade, a tecnologia necessária para veículos movidos ou adaptáveis ao biometano já é realidade no Brasil, com fabricantes como Scania, MWM, Iveco e Agrale.
A mão de obra para o setor tem base técnica qualificada e em expansão, impulsionada pelo crescimento do setor de biogás. A demanda por técnicos e engenheiros com conhecimento em digestão anaeróbia, upgrading de biometano e operação de plantas tem aumentado de forma significativa. Nesse contexto, é fundamental intensificar os investimentos na formação de profissionais especializados, com ênfase no manejo de resíduos e na operação de biodigestores — áreas estratégicas para assegurar a eficiência, a segurança e a sustentabilidade dos projetos de biogás e biometano no país.
Esse cenário dá certo conforto para a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) autorizar a operação de 12 plantas de biometano no país. Além disso, há 35 plantas com solicitação para operação, que, uma vez autorizadas, poderão adicionar mais 1.467.333 metros cúbicos por dia à oferta nacional.
Isso evidencia que o setor de biogás e biometano no Brasil está em expansão, com avanços significativos em diversas regiões e aplicações. Um exemplo emblemático é o da GNR Fortaleza, em Caucaia (CE), onde o biometano já representa cerca de 17%
do consumo de gás natural do estado do Ceará, demonstrando o potencial de substituição de combustíveis fósseis por alternativas renováveis.
No Paraná, a Sanepar opera um projeto

inovador de codigestão de lodo de esgoto com resíduos sólidos orgânicos em Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs), promovendo a valorização de resíduos urbanos. Ainda no estado, em Tamboara, a Geo Bio Gas&Carbon desenvolve um dos maiores projetos de biogás do país, com produção de 86.880 m³/dia destinados ao uso na indústria metalúrgica.
No Centro-Oeste, a Adecoagro, em Ivinhema (MS), destaca-se com a produção de 6.600 m³/dia de biometano, utilizados tanto na geração de energia quanto no transporte. Em São Paulo, a Yara opera um projeto pioneiro de amônia renovável em Cubatão, com produção de 5 mil toneladas por ano, reforçando o papel do biogás como insumo para a indústria de fertilizantes.
Além disso, o Brasil já conta com
@GNRFortaleza
projetos voltados à produção de SAF como o que vem sendo desenvolvido pelo Centro Internacional de Energias Renováveis (CIBiogás) e a Cooperação Brasil-Alemanha para o Desenvolvimento Sustentável, por meio do projeto H2Brasil, que consiste em uma planta piloto para a produção de combustível sintético a partir do biogás, que servirá como matéria-prima para a produção de SAF, o que indica o início de uma nova fronteira tecnológica para o setor.
“O setor está em desenvolvimento acelerado. O Brasil atualmente conta com 1.365 plantas de biogás, que somam mais de 11 milhões de metros cúbicos diários, sendo parte desse volume destinado à produção de biometano. Até 2032, a ABiogás estima a entrada em operação de, pelo menos, 200 plantas de biometano, considerando os projetos autorizados pela ANP e os já anunciados. Esses novos projetos devem acrescentar cerca de 7,9 milhões de m3 diários de biometano. Dessa forma, é evidente que o setor irá seguir em crescimento

para suprir a demanda do mercado nos próximos anos. Com o fortalecimento das políticas públicas e a evolução das normas regulatórias, o Brasil poderá atingir uma produção superior a 34 milhões de m3 diários de biometano até o fim desta década”, destaca Renata Isfer, Presidente Executiva da Abiogás.
E os produtores de biometano podem comercializar os atributos ambientais por meio da Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio), que permite a emissão de Créditos de Descarbonização (CBIOs) com base na intensidade de carbono do combustível, considerando a origem da biomassa e a eficiência do processo produtivo. Além disso, o biogás e o biometano podem acessar o mercado de carbono por meio da geração de créditos a partir da redução comprovada de emissões de gases de efeito estufa. Esses créditos podem ser comercializados tanto em mercados voluntários — como o GasREC, que certifica o uso de gás renovável por consumidores finais — quanto no mercado regulado, atualmente em fase de implantação no Brasil. Esses instrumentos permitem que empresas fortaleçam suas estratégias de ESG e comprovem seu compromisso com metas de descarbonização.
Renata lembra que o Certificado de Garantia de Origem do Biometano (CGOB), criado pela Lei nº 14.993, de 8 de outubro de 2024, que está em fase de regulamentação, proporcionará a rastreabilidade da molécula de biometano e segurança jurídica para a sua comercialização, inclusive em redes compartilhadas com o gás natural.


@Eixos
Solar
Segundo balanço da AbsolarAssociação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica, a fonte solar atingiu a marca de 56 gigawatts (GW) de potência instalada operacional no Brasil – e desde 2012, o setor fotovoltaico trouxe ao Brasil mais de R$ 254 bilhões em novos investimentos, gerou mais de 1,7 milhão de novos empregos verdes e contribuiu com mais de R$ 78,9 bilhões em arrecadação aos cofres públicos. O balanço considera o somatório da geração própria solar via pequenos e médios sistemas (com 38,3 GW) e das grandes usinas solares (com 17,6 GW) espalhadas pelo país. Com isso, a fonte solar já evitou a emissão de cerca de 67,7 milhões de toneladas de CO2 na geração de eletricidade, contribuindo para a transição energética no Brasil. Atualmente, a fonte representa 22,5% de toda a capacidade instalada da matriz elétrica brasileira, sendo a segunda maior da matriz.
Apesar do crescimento da última década, o setor tem enfrentado grandes desafios, entre quais os cortes de geração renovável sem o devido ressarcimento aos empreendedores prejudicados e os obstáculos de conexão de pequenos sistemas de geração própria solar.

Para Ronaldo Koloszuk, presidente do Conselho de Administração da Absolar e Rodrigo Sauaia, CEO da Associação, o avanço da energia solar é reflexo do alto potencial da fonte no Brasil e da resiliência do mercado no enfrentamento dos desafios ao longo dos últimos anos. Os executivos destacam que a associação mantém atuação intensa junto aos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, autoridades do setor elétrico, agência reguladora e distribuidoras de energia elétrica, para construir soluções efetivas aos principais desafios enfrentados pelo setor solar fotovoltaico.
“O Brasil precisa avançar em políticas


públicas, programas e incentivos, incorporando boas práticas legais e regulatórias, para aproveitar melhor o potencial da energia solar no desenvolvimento social, econômico e ambiental do País, bem como na transição energética e no combate ao aquecimento global. Adicionalmente, há imensas oportunidades em novas tecnologias, como armazenamento de energia elétrica, inteligência artificial e hidrogênio verde, nas quais o Brasil pode ser grande protagonista, se construir um bom ambiente de negócios para a atração de investimentos, empresas e empregos verdes”, concluem.
A adoção de energia solar fotovoltaica (FV) entre as famílias cresceu notavelmente na última década, devido aos avanços tecnológicos e à redução nos custos de


instalação. Apesar dos desenvolvimentos positivos, várias barreiras limitam a rápida difusão da tecnologia pela sociedade. No contexto brasileiro, a micro e minigeração (MMDG), incluindo instalações residenciais em telhados e pequenas instalações comerciais, têm se destacado como contribuintes cruciais para a expansão do fornecimento de energia elétrica. Particularmente notável é a predominância dos sistemas solares fotovoltaicos neste segmento, superando instalações em larga escala em 2020. No entanto, apesar do sucesso na adoção da energia fotovoltaica, barreiras significativas persistem, dificultando a adoção generalizada no setor residencial brasileiro. Barreiras econômicas influenciam a percepção do consumidor sobre os benefícios da tecnologia e as políticas de mercado que garantem sua continuidade. Obstáculos políticos, incluindo estruturas regulatórias como tarifas feed-in e taxas de juros, impactam a remuneração do produtor. Além disso, limitações técnicas, como qualidade e longevidade do painel, representam desafios para a confiabilidade do sistema. Fatores sociais e culturais também desempenham um papel, influenciando a opinião pública e as motivações para adoção, como a falta de políticas que apoiem o descarte adequado (ou reciclagem) dos painéis. Além das preocupações ambientais, a energia solar fotovoltaica introduz novas tecnologias na infraestrutura residencial, exigindo modificações que podem dissuadir sua adoção. E essas barreiras se entrelaçam com as barreiras econômicas, técnicas, sociais e de mercado mencionadas anteriormente.


Ronaldo Koloszuk
Rodrigo Sauaia
Hidrogênio

A Associação Brasileira do Hidrogênio (ABH2) foi fundada em 5 de abril de 2017 com o objetivo de fomentar a cadeia da produção, armazenamento, distribuição e uso do hidrogênio para fins energéticos no território brasileiro. A associação reúne ativamente os principais atores brasileiros envolvidos na área de tecnologia do hidrogênio e pilhas a combustível, incluindo empresas, pessoas jurídicas e comunidade científica interessadas em assuntos relacionados à comercialização, pesquisa, inovação e desenvolvimento profissional na indústria do hidrogênio.
O hidrogênio não é um produto novo, sendo já bastante usado na indústria. Sobretudo refino, fertilizantes e metanol, mas também em metalurgia, alimentos e outros químicos como soda-cloro). A mudança principal é a forma de produzir o hidrogênio.
Quase todo o hidrogênio é produzido a partir de combustíveis fósseis no mundo, especialmente o gás natural (cerca de 70% da produção global). Isso significa que no ciclo de vida de produção, movimentação e uso do hidrogênio há emissões de gases de efeito estufa (GEE) significativas. Um dos processos vislumbrados para a descarbonização da produção do hidrogênio é a eletrólise da água a partir de fontes de energia renováveis, que atualmente responde por menos de 1% do total produzido no mundo. A eletrólise da água também


pode ser feita por geração nuclear para descarbonizar a produção do hidrogênio. Outro é incluir uma etapa de captura e armazenamento ou uso de carbono (CCUS) nos processos com combustíveis fósseis como o gás natural e o carvão, abatendo emissões de GEE na produção. Ademais, pode-se utilizar processos de produção como as reformas do biometano ou do etanol ou ainda a gaseificação da biomassa. Também é possível usar a pirólise do gás natural ou do biometano ou rotas termoquímicas com usinas nucleares. Pode-se ainda obter o hidrogênio natural extraído do subsolo, algo impensável há alguns anos, pois não se acreditava que o hidrogênio pudesse ser encontrado de forma isolada na natureza.

“Ou seja, há muitas rotas tecnológicas possíveis para descarbonizar a produção do hidrogênio e seu ciclo de vida, as quais podem inclusive ser misturadas para ganhar escala. Então, objetivo atual é adotar processos que descarbonizem o hidrogênio em seu ciclo de vida, incluindo não só a produção, mas também a movimentação, o armazenamento e a distribuição e o uso”, Giovani Machado, PMO da ABH2.
No início do debate, eram utilizadas diferentes cores para identificar as diferentes rotas tecnológicas, apenas para facilitar o entendimento. No entanto, essa referência a cores é imprecisa e trouxe mais desafios práticos do que vantagens. É mais fácil de comunicar para o público em geral, mas traz barreiras para o desenvolvimento do mercado. Por isso, as principais referências internacionais e negociações estão preferindo adotar o conceito de hidrogênio de baixa emissões de carbono e diferenciar por intensidade de carbono no ciclo de vida ao invés de usar denominações de cores.
O Brasil vinha buscando esse tipo de conceito e se juntou à IEA (International Energy Agency), ao IPHE (the International Partnership for Hydrogen and Fuel Cells in the Economy), e a ISO (International Organization for Standardization) no esforço de defender o uso da intensidade de emissões do hidrogênio na definição de regulamentações nacionais sobre hidrogênio, o que facilitará a interoperabilidade regulatória e de mercado em diferentes países. Do ponto de vista conceitual, utiliza, por conseguinte, “hidrogênio de baixa emissão”, pois o relevante é ter seu enquadramento em termos de intensidade de emissões.
O Reino Unido, os EUA, o Canadá, a Noruega e muitos outros também seguiram esse caminho. Na verdade, mesmo países da União Europeia, que vinham segregando rotas tecnológicas, estão revisando suas estratégias para adotar desenhos de mercado mais flexíveis para permitir diversas rotas tecnológicas. Essa é a lógica que o


governo brasileiro adotou no Programa Nacional do Hidrogênio - PNH2 e que foi incorporada na Lei do Hidrogênio de Baixa Emissão de Carbono. Giovani explica que existe uma gradação de desafios para a produção de hidrogênio de baixa emissão de carbono no Brasil e no mundo. O primeiro é definir arcabouços institucionais, legais e regulatórios que permitam esse novo mercado florescer. O Brasil, à semelhança de diversos outros países, está concluindo o arcabouço institucional, legal e regulatório. A lei do hidrogênio de baixa emissão foi estabelecida e agora se está discutindo o decreto regulamentador e os aperfeiçoamentos normativos requeridos para dar os balizamentos mais detalhados e práticos para o funcionamento do mercado. Também se está evoluindo na definição dos critérios de financiamento e incentivos para que os primeiros projetos de larga escala saiam do papel. De qualquer forma, o principal desafio não só do Brasil, mas também de todo o mundo é conseguir avançar na competitividade do hidrogênio de baixa emissão de carbono, independente da rota tecnológica. Isso porque sem competitividade será muito difícil encontrar offtakers, i.e. consumidores dispostos a pagar pelo hidrogênio de baixa emissão de carbono. Políticas públicas têm papel importante, mas não dá para achar que se trata apenas de uma questão de prover incentivos. É preciso inovações tecnológicas que reduzam os custos, desenvolver cadeia de fornecedores de bens e serviços e formar recursos humanos para que haja competitividade estrutural. Do contrário, alguns projetos serão viabilizados, mas a
indústria não se desenvolverá. Mesmo com muitos incentivos algumas regiões e países não estão conseguindo alcançar a competitividade estrutural e estão assistindo projetos sendo cancelados ou postergados.
“Competitividade e offtakers esses são os principais desafios do Brasil e do mundo. De qualquer forma, não dá para se entregar nem à euforia e nem à depressão. o Brasil tem os principais players globais da indústria de hidrogênio e da cadeia de fornecedores de bens e serviços e também desenvolveu uma rede de startups nessa indústria (vide o caso da Hytron, por exemplo) com base em mais de 20 anos de programas públicos de suporte à pesquisa, desenvolvimento e inovação (P&DI)”, pondera o PMO da ABH2.
De qualquer forma, o setor tem que ampliar esses esforços nacionais para atender a escala que se estima. O governo brasileiro tem criado diversos programas e linhas de financiamento, inclusive no BNDES, visando o desenvolvimento dessa cadeia de fornecedores de bens e serviços (inclusive equipamentos, componentes e tecnologias) para que não haja barreiras à ampliação da indústria do hidrogênio e para que o Brasil tenha uma inserção adequada nas cadeias globais de valor. Ou seja, o Brasil não quer apenas ser exportador de commodities, quer também adensar suas cadeias produtivas, potencializando a geração de riqueza, renda e empregos no Brasil.
E, segundo Giovani, da mesma forma que na cadeia de fornecedores de bens e serviços, o Brasil dispõe de mão-deobra especializada, mas não o suficiente


para dar suporte às suas ambições de crescimento dessa indústria. Para poder alcançar suas ambições de desenvolvimento de mercado, adensamento das cadeias produtivas e inserção nas cadeias globais de valor será preciso ampliar a formação de recursos humanos, capacitando e recapacitando mão-de-obra.
A EPE – Empresa de Pesquisa Energética divulga em seu Painel do hidrogênio diversos projetos no território nacional. E os projetos de maior porte estão nos portos brasileiros de Pecém, Suape, Açu e outros.
Uma boa base para os principais projetos em execução no país é o resultado da Chamada de Hubs de Hidrogênio para Descarbonização da Indústria promovido pelo governo brasileiro.

O MME, com a colaboração do Brazil-UK Hydrogen HUB (HUB H2), com suporte da Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO) no papel de secretariado, no âmbito da cooperação Brasil – Reino Unido, realizou uma Manifestação de Interesse para identificar propostas de apoio ao desenvolvimento de hubs de hidrogênio de baixa emissão de carbono em escala comercial. O resultado foi a seleção de 12 projetos.
Ressalte-se que o arcabouço estabelecido no Brasil incorporou potencialidades que outros países não fizeram e que agora buscam fazer, o que revela a robustez do que foi proposto e estabelecido no país, não só pelo governo, mas também pela indústria, pela academia e pelo terceiro setor como as associações que tiveram uma participação intensa e efetiva nas discussões do arcabouço e da lei do hidrogênio de baixa emissão de carbono. Atualmente, as associações estão envolvidas no projeto UK PACT para dar suporte ao Ministério de Minas e Energia para a acelerar o papel do hidrogênio na transição energética e na descarbonização da economia do país.
“A ABH2 defendeu desde o início que houvesse neutralidade tecnológica em relação as rotas de baixa emissão de carbono, ampliando as possibilidades de negócios para o mercado e interagindo de forma qualificada com o governo brasileiro, empresas nacionais e internacionais, bem como com instituições globais nas discussões sobre o desenho de mercado”, conta Giovani.



Uma boa Referência ...





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“A Associação Brasileira da Indústria de Hidrogênio Verde – ABIHV - é uma associação orientada a negócios que visa incentivar e criar condições para que o hidrogênio verde seja produzido e comercializado de forma mais competitiva no país para termos um futuro sustentável e econômico para todos, criando uma indústria nova. Trata-se de uma indústria que não existe no Brasil. Então a ABIHV quer disseminar a informação, influenciar a formação de políticas públicas e incentivar a inserção do hidrogênio verde na matriz energética e nos processos produtivos de baixo carbono”, explica Fernanda Delgado, Doutora em Planejamento Energético, mestre em Tecnologia da Informação e em Finanças Internacionais e CEO da ABIHV.
O foco aqui é uma matriz mais limpa, assim como processos produtivos mais limpos e um compromisso com a sustentabilidade e, com a sociedade brasileira, pois o hidrogênio pode ser feito de diversas matérias-primas, mas a ABIHV é a associação brasileira da indústria do hidrogênio verde, aquele hidrogênio que tem uma origem completamente renovável, ou seja, ele é feito a partir da eletrólise da água –processo de passar uma corrente elétrica pela água para separar o hidrogênio do oxigênio. “Esse é o objetivo dessa indústria. Só que essa corrente elétrica tem que ser completamente limpa, tem que ser totalmente verde e para que ela seja totalmente verde, tem que ter origem eólica, solar ou hidráulica. Você tem outras formas de fazer hidrogêniopode fazer de gás natural, de biomassa, de etanol... só que as empresas que compõe a ABIHV farão um hidrogênio completamente verde, para trazer para baixo o conteúdo de carbono de processos produtivos. Ele que vai ajudar o Brasil a atingir seus objetivos dentro do Acordo de Paris, é ele que vai ajudar as empresas a se descarbonizarem”, frisa Fernanda que ressalta que o hidrogênio é uma matéria-prima, um insumo que já existe há muito tempo.
O Brasil consome 500.000 t por ano de hidrogênio cinza - o hidrogênio a partir de gás natural. Esse hidrogênio está na margarina, no sorvete, no processo de refino do petróleo. Mas é um hidrogênio de base fóssil que o país já produz, comercializa e transporta.




O que a ABIHV busca é que o hidrogênio seja completamente verde, completamente renovável, e em uma escala muito maior, um hidrogênio produzido e disponibilizado para novos processos produtivos - fertilizante verde, aço verde, uma indústria química verde. “A gente está falando de processos produtivos que precisam ter redução de emissões de gases de efeito estufa e não só de carbono”, destaca Fernanda.
Mas os desafios da produção de hidrogênio verde no Brasil são muitos; é uma indústria nova - não se produz hidrogênio verde em escala comercial no Brasil ainda, só existem projetos-piloto, de pouco volume. Os primeiros projetos de escala comercial preveem tomar a decisão final de investimento em 2026.
Até o ano passado, um dos maiores desafios da indústria era ter uma lei, um marco legal. O setor já tem as leis 14 948 e a 14 990, inclusive com previsão de R$18 bilhões em incentivos creditícios para produtores e comercializadores de hidrogênio verde. Fernanda Delgado pondera que agora o desafio é ter conexões de energia no Nordeste, onde
estão os principais projetos, porque é necessária uma quantidade grande de energia para abastecer essa indústria, ultra eletrointensiva. E ela chega em um momento novo, onde as indústrias novas, que estão nascendo, são eletrificadas, é uma nova forma de fazer negócios.



A H2Global acelera a criação do mercado de hidrogênio limpo por meio de um mecanismo pioneiro de leilão duplo, combinado com um intermediário — a Hintco — que firma contratos com vendedores e compradores que muitas vezes têm dificuldade para se conectar de forma independente em um estágio inicial de desenvolvimento do mercado. Esse intermediário então compra produtos — que normalmente são mais caros do que seus equivalentes com alta emissão de carbono — para vendê-los em um leilão a um preço menor aos consumidores finais, apoiando o aumento da demanda. A diferença de preço é coberta por financiamento público, embora também possa ser coberta por fundos climáticos, capital privado ou uma combinação destes. Ao fazer isso, o mecanismo da H2Global simula um mercado funcional para hidrogênio limpo, ajudando a impulsionar a criação do mercado.

Outro grande desafio para o hidrogênio verde são os compradores: quem vai comprar esse hidrogênio, seja ele na forma de metanol, SAF, amônia? Um bom momento é o leilão que vai acontecer na Europa pela H2Global bancado pela União Europeia e que reserva uma parte para o hidrogênio verde. “O desafio é buscar esse comprador do outro lado e porque o produto é uma commodity nova, um produto novo, ele ainda tem
um preço mais alto do que o hidrogênio cinza que é largamente comercializado e produzido no mundo. Então um dos grandes objetivos de se ter incentivos públicos no Brasil, assim como existiam nos EUA até serem cancelados pelo novo governo, ou como ainda existem tem Namíbia, no Egito, na Austrália e em uma série de países, é para diminuir o gap de preço entre hidrogênio, cinza e hidrogênio verde, atraindo o consumo

do hidrogênio verde no lugar do cinza”, reflete a CEO da ABIHV.
Apesar das diferenças, a tecnologia para o hidrogênio verde é completamente dominada - eletrólise -, mas ela precisa ganhar escala, precisa ganhar velocidade e aí entra a questão dos incentivos governamentais colocados nas leis que foram trabalhadas.
Mas a Associação ainda trabalha na regulação que vem sendo elaborada com o Ministério da Fazenda e com o Ministério de Minas e Energia para que se tenha uma indústria veloz, competitiva e saudável e que só usufrua do recurso público pelos 5 anos propostos - entre 2028 e 2032. “A ideia é que não seja um recurso longevo, que ele seja utilizado apenas durante esse período para que a indústria se alavanque sozinha. Tem-se muita confiança de que iremos atingir esse escopo, essa escala e essa velocidade nesse tempo, o que é bom para uma cadeia toda de fornecedores de equipamentos e serviços que nasce junto com a indústria. E isso é importante porque, por exemplo, a China está muito adiantada em qualidade e quantidade de eletrolizadores. E ainda existem fornecedores europeus porque o hidrogênio cinza é uma realidade no mundo inteiro, inclusive no Brasil. Então já existe uma cadeia organizada no mundo inteiro. Cabe agora desenvolvermos o espraiamento de uma nova forma de fazer hidrogênio”, explica Fernanda. Os primeiros projetos em escala industrial tomam decisão final de investimento no próximo ano, estando ainda na fase de pré-tomada de decisão e vão ser necessárias certificações, o


que representa um grande trabalho de certificação junto com a União Europeia para garantir que a energia utilizada seja completamente renovável. Nesse nicho estão se qualificando empresas certificadoras que seguirão o que existe na lei 14 948 sobre um sistema nacional de certificação de hidrogênio de baixo carbono, onde a ABIHV atua fortemente.
“Certamente o hidrogênio verde é o combustível do futuro; hoje não há nenhuma outra tecnologia que consiga ganhar velocidade e escala tão rápido para cobrir o gap existente. Claro que o hidrogênio é uma parte da solução, ele não é toda a solução. A gente vai eletrificar o que pode ser eletrificado. A gente vai usar soluções de biocombustíveis, onde couberem soluções de biocombustíveis, e o hidrogênio verde, vem para compor um portfólio de soluções, para que as empresas tenham uma miríade de soluções para trazer para baixo o conteúdo de carbono de seus processos produtivos”, afirma Fernanda Delgado.
Eólica
A Agência Internacional de Energia (IEA) é categórica: o vento tem um potencial significativo para aumentar o crescimento da capacidade renovável dos países. E acredita que no setor elétrico, a participação das energias renováveis deverá aumentar de 30% em 2023 para 46% em 2030 sendo que a energia solar e a eólica respondem por quase todo esse crescimento. Até o final desta década, a IEA espera que o vento se torne a segunda maior fonte global de geração de eletricidade renovável, atrás da energia solar fotovoltaica, superando a geração hidrelétrica. Mesmo que a inflação e


as altas taxas de juros tenham criado desafios para o setor eólico nos últimos anos. No entanto, o setor está pronto para uma recuperação no médio prazo, à medida que políticas que refletem um novo ambiente macroeconômico entrem em vigor, juntamente com medidas para acelerar a concessão de licenças e aumentar a bancabilidade dos projetos. Em comparação com o período de 2017 a 2023, espera-se que as adições de capacidade eólica onshore quase dobrem até 2030, enquanto o crescimento da capacidade eólica offshore deverá quase quadruplicar.
A Associação Brasileira de Energia Eólica e Novas Tecnologias (ABEEólica), sob a liderança de sua presidente executiva, Elbia Gannoum, tem desempenhado um papel fundamental na promoção da transição energética no Brasil. E a entidade enfrentou desafios significativos, como a desaceleração na expansão da energia eólica, mas também celebrou avanços regulatórios importantes que podem impulsionar o setor nos próximos anos.
“A energia eólica onshore está com capacidade instalada de 34 GW e representa 16% da matriz elétrica brasileira, ficando atrás das hidrelétricas. Possui mais de mil parques em 12 estados. É uma das fontes mais eficazes como ferramenta de descarbonização da economia e é estratégico para a política industrial verde e motor do desenvolvimento econômico e social. Contribui para atingir as metas climáticas estabelecidas e implementar



uma transição energética justa no país. Do ponto de vista industrial, a sinergia entre os setores de petróleo e gás e energia eólica, infraestrutura portuária e naval garantem a transferência de competências entre as diferentes indústrias para um novo rumo da transição energética e descarbonização. Mas podemos crescer mais. O Brasil precisa de uma política industrial verde para crescer e ampliar a sua linha de transmissão. É preciso crescer demanda por energia para a indústria eólica continuar a crescer. Este crescimento está diretamente ligado à políticas de atração de Data Centers, Inteligência Artificial e fertilizantes verdes. Neste sentido, para atender essa demanda, a eólica offshore será um novo marco para a indústria de renováveis assim como o hidrogênio verde. Essas duas tecnologias são protagonistas na neoindustrialização do país. Precisamos agir agora e olhar para o futuro. É necessário dar celeridade às discussões que envolvem a aprovação do marco regulatório e preparo da cadeia produtiva e fornecer condições para o Brasil sair na frente. Mas estamos trabalhando dia e noite para aprovar a regulamentação do hidrogênio e a liberação do primeiro leilão de cessão de área em offshore e, se tudo correr como esperamos, poderemos ter a oportunidade de inaugurar os primeiros parques offshore em 2030 ou 2031. Para os investidores é uma oportunidade para explorar um potencial de 700 GW (estimativa da EPE em locais com profundidade de até 50 metros. Um GW de eólicas offshore pode representar aproximadamente U$ 2,5 bi - U$ 5,4 bi investidos”, destaca Elbia.
Em 2024, o setor eólico brasileiro enfrentou uma queda de 31,25% na instalação de novas usinas, retração resultado de decisões econômicas tomadas em anos anteriores, cujos efeitos se manifestaram em 2024 e 2025.
A Abeeólica enfatiza a necessidade de políticas industriais estruturadas para evitar danos permanentes à cadeia produtiva e ressaltou a importância de valorizar a produção nacional, já que 80% das turbinas eólicas são fabricadas no Brasil. Mas 2025 começou com perspectivas favoráveis para o setor. A aprovação do marco regulatório para a energia eólica offshore foi um passo crucial, proporcionando segurança jurídica e atraindo investimentos para projetos que somam 244 GW em desenvolvimento.
A integração de onshore e offshore existe por definição. Na realidade, quando nasce um projeto de energia renovável, seja onshore, seja offhore, seja solar, associada à bateria etc, ele é integrado por definição, porque o Brasil possui um sistema interligado nacional para onde toda a produção de energia.

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Não é bola de cristal, é análise de dados
No programa de transição energética a EPE mapeou tendências, conversou com as partes e quantificou três cenários em 2023; este ano, a atualização trouxe outros dois.

O Programa de Transição Energética (PTE) foi estabelecido através de uma parceria entre EPE, BID, CEBRI e CENERGIA/COPPE/UFRJ, com o objetivo de identificar trajetórias de neutralidade de carbono para o Brasil, buscando contribuir de forma independente e aberta com a formulação de políticas públicas para a matriz energética brasileira de 2050. A metodologia é baseada no modelo de avaliação
integrada BLUES (Brazilian Land-Use and Energy Systems model) do Cenergia/ COPPE/UFRJ, o qual representa os sistemas de uso do solo e de energia de forma integrada. A visão integrada é fundamental para indicar um resultado ótimo para a economia como um todo, em vez de restrita a setores específicos, já que no caso brasileiro as metas de emissões do país são “economy-wide”. Os modelos de avaliação integrada

(ou Integrated Assessment Models, IAMs), como o BLUES, são ferramentas importantes para esse tipo de análise, em que são elaborados cenários de baixas emissões de GEE no longo prazo, pois permitem investigar as interconexões entre diferentes setores da economia e indicar as opções mais custo-efetivas para alcançar as metas e objetivos de descarbonização de países.
Este ano, com o Ministério de Minas e Energia (MME), a EPE elaborou outro relatório para transição energética justa e inclusiva que estabeleceu 7 cenários. A EPE tem entre suas principais atribuições o desenvolvimento de planos de médio e longo prazo para o setor energético nacional, como o Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE) e o Plano Nacional de Energia (PNE). Por meio de
uma governança inovadora, que envolve dois grupos de trabalho – um dedicado à elaboração dos cenários energéticos de longo prazo (GT Cenários) e outro à coordenação da representação e otimização das cadeias energéticas no modelo energético integrado (GT Modelos) –, a EPE tem liderado o processo de elaboração do novo Plano Nacional de Energia 2055, a ser publicado em 2025. Em janeiro, MME e EPE publicaram o caderno de cenários energéticos do Plano Nacional de Energia (PNE2055).
A construção de cenários futuros de forma qualitativa e colaborativa é um ponto de partida fundamental do PNE 2055, que, nos próximos passos, envolverá a quantificação desses cenários energéticos e a formulação da estratégia energética brasileira.



“São estudos com objetivos e métodos diferentes. O PTE utiliza a modelagem do Cenergia/COPPE/UFRJ para analisar trajetórias de neutralidade de carbono para o Brasil. No PTE, foram avaliados 3 cenários: Transição Brasileira, Transição Alternativa e Transição Global. Todos foram moldados com base nos compromissos assumidos pelo país em sua Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC), o que significa o alcance das metas climáticas de 2025, 2030 e do objetivo de neutralidade climática (emissões líquidas de gases de efeito estufa zero) em 2050. A modelagem, portanto, indica trajetórias ótimas custo-eficientes com base nos recursos, conhecimento e as expectativas de custos futuro. O PNE 2055, por outro lado, utiliza um modelo integrado desenvolvido pela própria EPE, em outra plataforma e com suas próprias premissas para avaliar cenários de longo prazo do sistema energético. Foram estabelecidos 5 cenários para o futuro do setor energético, dos quais 3 estão sendo modelados e avaliados quantitativamente. Destes 3 cenários modelados, 2 foram moldados com base nos compromissos assumidos pelo país em sua NDC, mas com diferenças significativas na forma como alcançar tais metas: um com e outro sem garantia de uma transição energética justa e inclusiva”, explica o diretor da EPE, Thiago Ivanoski.
O cenário Transição Brasileira foi moldado com base nos compromissos assumidos pelo país em sua Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC), buscando indicar a trajetória ótima custo-eficiente (com base nos recursos, conhecimento e as expectativas de custos futuro) para o Brasil alcançando a neutralidade líquida em carbono em 2050; o Brasil alcança a neutralidade independentemente das ambições e compromissos dos demais países.
O cenário Transição Alternativa busca testar uma trajetória tecnológica alternativa para o alcance da neutralidade no Brasil em 2050, considerando os impactos da própria mudança climática no setor energético e, principalmente, as incertezas do processo
de difusão tecnológica; trata-se de uma variação do cenário Transição Brasileira, no qual se impõe maiores restrições, de forma a limitar ou induzir a escolha de rotas tecnológicas pelas quais o processo de transição tomará forma.
O cenário Transição Global busca destacar a contribuição do Brasil em um mundo que pretende limitar o aumento médio da temperatura superficial global em até 1,5°C em 2100, referente aos níveis pré-industriais; considerando um orçamento global de carbono de 400 GtCO2, com base no mínimo custo global, o Brasil dispõe de orçamento de carbono de 13,2 GtCO2 para realizar a descarbonização, que é a parcela dentro dos 400 GtCO2 que o Brasil pode emitir até


2100 para que o aumento da temperatura média global nesse período seja limitada a 1,5°C.
A seguir um breve resumo das principais características dos 3 cenários desenvolvidos no âmbito do PTE:

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Heloísa Borges Esteves, Diretora de Estudos do Petróleo, Gás e Biocombustíveis da EPE, ressalta que “cenários não são projeções, mas sim histórias consistentes sobre o futuro e ferramentas práticas para apoio à decisão sob incerteza. Na construção dos cenários do PNE 2055, foram desenvolvidas narrativas para 5 cenários para o futuro do sistema energético brasileiro na tentativa de representar um futuro múltiplo e incerto. Dentre os condicionantes de futuro, foram mapeadas tendências e incertezas relacionadas a dimensão geopolítica e sua influência sobre o sistema energético nacional. Destaca-se o surgimento de novos atores e cadeias produtivas, bem como que a diversidade de condições e prioridades entre os países e regiões – tecnológicas, de recursos energéticos e minerais, de segurança energética e de desenvolvimento socioeconômico –configuram um cenário ao mesmo tempo de disputa e de possibilidades de cooperação internacional, cada vez mais evidentes no processo de transição energética global”.

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As implicações para o sistema energético brasileiro: o posicionamento de países desenvolvidos, China e outros países asiáticos no desenvolvimento tecnológico e em diversas cadeias relevantes da transição energética (como equipamentos para transmissão, painéis fotovoltaicos, baterias etc.) geram desafios relacionados à dependência produtiva e tecnológica do sistema energético brasileiro e à competitividade nacional; e as preocupações sobre segurança energética e oportunidades para desenvolvimento de cadeias produtivas (novas e existentes) para a transição energética no país
Nesse sentido, as novas políticas energéticas dos EUA e suas repercussões sobre o sistema energético brasileiro não estão sendo considerados explicitamente nos cenários do PNE 2055, mas podem se enquadrar em uma ou mais narrativas dos cenários propostos.

A maior frequência e intensidade de eventos climáticos extremos e a centralidade das mudanças climáticas nas políticas também são abordados no PNE como uma tendência relevante. Heloísa lembra que a transição energética é um tema transversal à toda economia brasileira e, por conta disso, vem sendo pauta de ações em diferentes
ministérios, como MME, MDIC, Fazenda, MRE, MMA, MCTI, entre outros.
O Comitê Interministerial sobre Mudança do Clima (CIM) integrado por 23 ministérios, pela Rede Clima e pelo Fórum Brasileiro de Mudança do Clima está conduzindo a elaboração do Plano Clima composto por dois pilares: Mitigação e Adaptação.
A coordenação e integração dessa e outras política são determinantes para o processo de transição energética. Nesse sentido, a Política Nacional de Transição Energética (PNTE), instituída pela Resolução CNPE nº 5/2024, visa integrar políticas públicas para promover uma transição energética justa e inclusiva.





As alterações climáticas podem impactar a disponibilidade de recursos naturais e energéticos, a demanda por energia, e a eficiência e a integridade de infraestruturas energéticas. Assim, a necessidade de resiliência e segurança
se impõe no planejamento do sistema energético nacional, e por esse motivo é preciso desenvolver outros modelos de negócio/mecanismos para prover a segurança do suprimento.

O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima aponta que, por ter uma economia fortemente baseada em recursos naturais, com grande parcela da população vivendo em áreas de risco e zonas costeiras, o Brasil figura entre os países mais vulneráveis às mudanças climáticas. O Atlas Digital de Desastres do Brasil mostra que, no período de dez anos entre 2014 e 2023, as mudanças do clima atingiram 83% dos municípios brasileiros, causaram danos de mais de R$ 421 bilhões, deixaram 1,5 milhão de moradias danificadas e afetaram 4,98 milhões de pessoas de forma direta. Já a plataforma AdaptaBrasil, do
Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), identificou pouco mais da metade dos 5.570 municípios brasileiros com índice de vulnerabilidade alto ou muito alto a desastres geohidrológicos, como enchentes, inundações e deslizamentos de terra, conforme mostra o mapa abaixo. Ainda de acordo com a plataforma, 48% dos municípios do país (2.263) têm capacidade baixa ou muito baixa diante de eventos de secas.
É nesse contexto que a transição energética precisa ser pensada e que os investimentos devem ser revistos.

Regulação do RenovaBio trava o mercado e ameaça metas de descarbonização
por: Ranieri Genari – Consultor da Evoinc e Membro da Comissão de Direito Tributário da OAB/Ribeirão Preto
O Decreto nº 11.961/2024, publicado recentemente para reforçar as penalidades no âmbito do programa RenovaBio, acendeu o alerta em distribuidoras e especialistas do setor de combustíveis. Em vez de promover segurança regulatória, a norma tem sido apontada como mais um fator de instabilidade — tanto jurídica quanto operacional — para o cumprimento das metas de descarbonização impostas às empresas.
O decreto falha ao reforçar punições sem resolver falhas estruturais do programa. “A proibição de negociar CBIOs com distribuidoras inadimplentes, por exemplo, se baseia em uma lista de descumprimentos que se refere a metas anteriores à vigência da nova lei. Aplicar sanções com base em dados defasados é juridicamente questionável”, afirma.
O cenário pode levar à judicialização por parte de empresas autuadas, tanto emissores quanto compradores de CBIOs, especialmente por conta da baixa liquidez e da falta de transparência do mercado desses créditos. “A insegurança


é agravada pelo impacto econômico das metas, que acabam sendo repassadas ao preço dos combustíveis e afetam toda a cadeia”.
Apesar das críticas, o modelo do RenovaBio está alinhado às boas práticas internacionais de tributação verde. No entanto, considero que o incentivo ainda é tímido. “Hoje, a venda de CBIOs representa apenas cerca de 2% da receita do etanol. Além disso, essa receita é tributada na fonte, à alíquota de 15%.”
Para tornar o programa mais atrativo e eficiente do ponto de vista fiscal, Genari sugere dois ajustes centrais:
• A isenção do Imposto de Renda sobre os rendimentos com CBIOs;
• A reclassificação da receita como financeira, o que reduziria a carga de PIS/ Cofins de 9,25% para 4,65% — alinhandose à jurisprudência recente favorável aos contribuintes.
Essas mudanças fortaleceriam o RenovaBio como instrumento real de estímulo à produção de biocombustíveis, sem onerar excessivamente quem cumpre as metas ambientais.
O advogado tributarista Ranieri Genari, membro da Comissão de Direito Tributário da OAB/Ribeirão Preto e consultor da Evoinc, aponta insegurança jurídica e baixa atratividade econômica dos CBIOs como entraves ao sucesso do programa ambiental.
Nova descoberta de petróleo na Bacia de Santos

O poço 3-BRSA-1396D-SPS está localizado a 248 km da cidade de Santos-SP, em profundidade d’água de 1952 metros
“É a segunda descoberta no mesmo bloco, seguindo o ótimo resultado já alcançado em outro poço exploratório no início do ano, onde encontramos petróleo de excelente qualidade. Estamos investindo fortemente na busca de novas reservas e os resultados estão vindo. Esse ano, já anunciamos descobertas também em Brava e em Búzios”, afirma a presidente da Petrobras, Magda Chambriard.
A Petrobras identificou a presença de petróleo de excelente qualidade e sem contaminantes no Pré-sal da Bacia de Santos, em poço exploratório no bloco Aram.
O poço 3-BRSA-1396D-SPS está localizado a 248 km da cidade de SantosSP, em profundidade d’água de 1952 metros. A perfuração desse poço já foi concluída, tendo o intervalo portador de petróleo sido constatado através de perfis elétricos, indícios de gás e amostragem de fluido.

O consórcio dará início às análises laboratoriais para caracterizar as condições dos reservatórios e fluidos encontrados, que permitirão avaliar o potencial da área. Além disso, serão


perfurados mais dois poços e realizado um teste de formação como parte do Plano de Avaliação de Descoberta (PAD).
O PAD tem prazo final em 2027 e atividades adicionais de aquisição de dados poderão ser realizadas, conforme planejamento e obrigações contratuais estabelecidas junto à ANP - Agência
Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis.
O bloco Aram foi adquirido em março de 2020, na 6ª rodada de licitação da ANP, sob o regime de Partilha de Produção, tendo a Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA) como gestora. A Petrobras é a operadora do bloco e detém 80% de participação, em parceria com a empresa CNPC (20%).
Petrobras e Portobello firmam parceria inédita para fornecimento de gás natural
A Petrobras firmou contrato com a Portobello, um dos maiores clientes industriais de Santa Catarina e o maior consumidor de gás do estado. A parceria consolida a participação da Petrobras no mercado livre catarinense e marca a entrada da empresa no fornecimento de gás natural para o segmento ceramista.

“Estamos em processo de expansão e consolidação de nossa carteira de clientes no mercado livre de gás natural. Os novos contratos que foram celebrados, como este, com o ingresso da Petrobras como fornecedora em um novo setor, demonstram que estamos no caminho certo. A empresa vem desenvolvendo uma nova carteira de produtos de gás, com portfólio diversificado de contratos, de modo a oferecer a melhor opção para os parceiros comerciais”, afirma Álvaro Tupiassu, gerente executivo de Gás e Energia da Petrobras.

A companhia investe mais de US$7 bilhões em novas infraestruturas de ofertas de gás natural, além de oferecer diversas opções de contratos flexíveis, adequadas às necessidades dos clientes, com diferentes modalidades de prazo e indexadores.
Para a Portobello, a parceria representa
um passo importante para ampliar a eficiência e a competitividade da companhia. O fornecimento de gás natural pela Petrobras está alinhado ao foco do Portobello Grupo em aprimorar continuamente sua matriz energética, mantendo a performance industrial em níveis elevados.
“A competitividade da indústria cerâmica está diretamente ligada à eficiência energética. A parceria com a Petrobras nos dá segurança de fornecimento e condições comerciais compatíveis com nossos desafios de produção em larga escala, fortalecendo ainda mais nossa posição de referência no setor”, destaca Luciano Abrantes, CEO da unidade Portobello, do Portobello Grupo.

Petrobras reduz preços de diesel
para distribuidoras
A Petrobras reduziu seus preços de venda de diesel A para as distribuidoras que passará a ser, em média, de R$ 3,27 por litro, uma redução de R$ 0,16 por litro.
Considerando a mistura obrigatória de 86% de diesel A e 14% de biodiesel para composição do diesel B vendido nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor passará a ser de R$ 2,81 / litro, uma redução de R$ 0,14 a cada litro de diesel B.
Com o reajuste anunciado, a Petrobras reduziu, desde dezembro de 2022, os preços de diesel para as distribuidoras em R$ 1,22 / litro, uma redução de 27,2%.
Considerando a inflação do período, esta redução é de R$ 1,75/ litro ou 34,9%.


@André Valentim/Petrobras

Acordo com a Proquigel

A Petrobras informou que a Proquigel, subsidiária da Unigel, aprovou o acordo para encerramento das controvérsias contratuais e litígios existentes entre as partes. O Conselho de Administração da Petrobras ratificou a decisão, autorizando a celebração do acordo, com prazo para assinatura até 31/05/2025.
O acordo prevê o restabelecimento da posse das plantas de fertilizantes (FAFENs), na Bahia e em Sergipe, e a retomada das operações pela Petrobras, mediante procedimento licitatório para contratação de serviços de Operação e Manutenção,
em conformidade com as práticas de governança e os procedimentos internos aplicáveis.
Para produzir seus efeitos, o acordo ainda precisará ser homologado pelo Tribunal Arbitral.
Conforme divulgado pela Petrobras em seu Plano de Negócios 2025-2029, a retomada de atividades da companhia nos segmentos de Fertilizantes busca capturar valor com a produção e a comercialização de produtos nitrogenados, conciliando com a cadeia de produção de óleo e gás natural e a transição energética.
Parceria para reflorestar a Amazônia e fortalecer o mercado de créditos de carbono

A Petrobras e o BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social assinaram Protocolo de Intenções para uma iniciativa inédita que visa a contratação de créditos de carbono gerados a partir de restauração florestal na Amazônia. Chamado de ProFloresta+, o programa vai promover a restauração de até 50 mil hectares de áreas degradadas na Amazônia (cerca de 50 mil campos de futebol), capturando cerca de 15 milhões de toneladas de carbono (equivalente ao emitido anualmente por 8,94 milhões de carros movidos a gasolina).
Além de ser um dos maiores programas
de compra de créditos de carbono de restauração do Brasil, o ProFloresta+ é o primeiro desenvolvido em parceria com um financiador, o BNDES. A fase inicial da iniciativa prevê um edital para a contratação de até 5 milhões de créditos de carbono, em uma área de cerca de 15 mil hectares, que gerarão investimentos de mais de R$ 450 milhões só na restauração, além de 4.500 empregos.
Uma consulta ao mercado foi aberta nesta segunda-feira para que os interessados possam contribuir com a minuta do primeiro edital e do primeiro contrato de compra de carbono.

@Petrobras/Anderson Coelho E+ pela Getty Images


Maurício Tolmasquim; a presidente da Petrobras, Magda Chambriard; o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante; e a diretora Socioambiental do BNDES, Tereza Campello, durante assinatura do Protocolo de Intenções para o programa ProFloresta+.
“Essa é uma iniciativa muito importante para a Petrobras e para o Brasil. Ela possibilitará atendermos os compromissos climáticos com créditos de carbono de alta qualidade e integridade e, ao mesmo tempo, fomentaremos o desenvolvimento do setor de restauração no país”, explica a presidente da Petrobras, Magda Chambriard.
O ProFloresta+ vai selecionar projetos de restauração ecológica com espécies nativas que, a partir do reflorestamento das áreas degradadas, gerarão créditos de carbono. Esses créditos terão a compra garantida pela Petrobras em contratos de longo prazo (offtake), a um preço a ser definido por licitação. O BNDES oferecerá financiamento destinado a reflorestamento, aos desenvolvedores desses projetos, por meio de linhas de
crédito especiais, como o Fundo Clima, com taxas e prazos adequados para projetos de restauração.
“O programa contribuirá substancialmente para dar escala à restauração da floresta amazônica e com as estratégias de descarbonização das empresas brasileiras. Com a iniciativa, vamos transformar a restauração e a manutenção da floresta, tornandoos rentáveis para as empresas, para as comunidades locais e, principalmente, para o meio ambiente, combinando as demandas ambientais e climáticas do país”, destaca o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.
O diretor de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras, Trata-se da primeira transação de carbono de restauração a qual se dará
@Marcelo Gonzalez
“Contamos com a expertise de nossos donatários e parceiros nesse projeto: o Agroicone e o Imaflora atuaram na construção de requisitos técnicos para integridade, cobenefícios e salvaguardas socioambientais, e o escritório de advocacia Mattos Filho, na assessoria jurídica. Esses parâmetros poderão servir de referência a outros offtakers em iniciativas semelhantes”, disse Maria Netto, diretora executiva do ICS.

transparência sobre o preço contratado e os parâmetros técnicos contemplados, com um contrato padrão e pública. Isso configura uma referência de alto nível para o mercado de restauração e créditos de carbono no país, além da Consulta Pública sobre o edital.
O projeto contou com o apoio técnico do Nature Investment Lab (NIL), que também facilitou o diálogo com especialistas no setor. O NIL é uma iniciativa criada para promover soluções baseadas na natureza, desenvolvendo modelos de negócios replicáveis e apoiando estruturas financeiras inovadoras para projetos no Brasil.
O Instituto Clima e Sociedade (ICS) também fez parte deste esforço inédito, liderado pela Petrobras e pelo BNDES, pelo potencial de replicação futura do modelo em escalas ainda maiores.
A expectativa é de que o estabelecimento de um contrato padrão de compra de créditos de carbono de projetos de restauração com elevada integridade e rigorosos critérios técnicos e socioambientais sirva de referência
para fomentar o desenvolvimento do mercado de restauração e créditos de carbono.
A diretora Socioambiental do BNDES, Tereza Campello, destaca que a iniciativa se soma a outras do Banco com intuito de promover o reflorestamento da região, incluindo a área do Arco da Restauração, e proteger o bioma amazônico, ativo único no planeta. “O BNDES tem buscado diversificar as formas de apoio à recuperação da vegetação nativa nos biomas brasileiros. A crise climática e social da região amazônica exige que se promova com urgência a reconstrução da floresta, em especial nas regiões mais degradadas, caso do Arco do Desmatamento, que agora estamos transformando no Arco da Restauração”, afirma a diretora.
As empresas que quiserem participar da consulta ao mercado sobre a minuta do edital e do contrato de compra de créditos de carbono devem enviar e-mail para profloresta@petrobras.com.br solicitando sua inscrição para receber o material completo.


Cubatão comemora conquista do selo verde
@Arquivo RPBC

No mesmo dia em que a RPBC completa 70 anos de fundação (16/04), Cubatão recebeu da ONU - Organização das Nações Unidas o selo internacional de “Cidade Verde do Mundo”. A conquista tem relação direta com a Refinaria Presidente Bernardes, que ao longo das últimas quatro décadas vem investindo em projetos que desempenham papel relevante na recuperação e conservação ambiental do município e da região.
A cidade na região metropolitana da Baixada Santista, que nos anos 80 ficou conhecida como “Vale da Morte” e foi considerada a mais poluída do
mundo, hoje é símbolo de recuperação ambiental, exemplo de renovação urbana e ecológica. Esse processo de transformação ganhou força em 1983, quando a Cetesb lançou o primeiro plano de reparação e restauração ambiental da região, chamado “Programa de Controle da Poluição Ambiental de Cubatão”, que contou com a participação ativa da RPBC. Em apenas duas décadas, a refinaria já havia investido mais de US$ 140 milhões em iniciativas de controle e tratamento de efluentes, emissões e resíduos, além de melhorias em processos e equipamentos para reduzir os impactos
no meio ambiente. A RPBC foi pioneira na adequação do parque de refino para processar o óleo com menor teor de enxofre.
Projetos relevantes
Entre os vários projetos ambientais relevantes da RPBC ao longo dos anos, destacamos as unidades de recuperação de enxofre e o precipitador eletrostático. A construção da Usina Termelétrica Euzébio Rocha (UTE Cubatão) e a ampliação da Planta de Gás Natural (UGN) permitiram a desativação das caldeiras a óleo. O vapor, necessário no processo operacional, passou a ser produzido nas caldeiras a partir de gás, considerado um combustível mais limpo e menos poluente.
Com a virada do milênio e melhoria dos parâmetros de qualidade dos

novas unidades exclusivamente para o tratamento do diesel e da gasolina, com investimentos em torno de US$ 2,5 bilhões, atendendo às novas exigências por combustíveis com menor teor de enxofre.
Dentro das iniciativas ambientais em curso na RPBC, um dos projetos de destaque é a construção da primeira unidade da Petrobras com produção de diesel com 100% de conteúdo renovável (HVO) e Combustível Sustentável de Aviação (tradução da SAF - Sustainable Aviation Fuel), a partir de matériasprimas como óleo de soja e sebo bovino. Esse projeto reforça o compromisso da companhia com a agenda mundial de redução de emissões de gases de efeito estufa, aumentando a oferta de energias renováveis, contribuindo para a transição energética justa e a segurança energética do país.
“Atuando com responsabilidade social e ambiental, a RPBC tem empenhado grandes esforços desde o início de suas atividades, e com ainda mais ênfase nas últimas quatro décadas, para contribuir com a recuperação e conservação do meio ambiente na cidade de Cubatão”, afirma o gerente geral da refinaria, Fernando Tadeu de Castilho.
O selo verde é concedido pela FAOFood and Agriculture Organization, uma agência da ONU para a Alimentação e Agricultura, e pela Arbor Day Foundation, organização americana dedicada ao plantio de árvores. Cubatão é a 34ª cidade brasileira que recebe a premiação.


Destinação sustentável de 26 unidades de produção marítimas de Sergipe
@Agência Petrobras/Divulgação

A plataforma autoelevatória PA-38, contratada pela Petrobras, chegou à Bacia de Sergipe, para atividades de descomissionamento de poços no campo Guaricema, em águas rasas, a cerca de 9km da costa. Essas operações integram o Programa de Descomissionamento de Instalações da Petrobras em Sergipe, que prevê investimentos da ordem de US$ 1,7 bilhões na região, no horizonte do Plano Estratégico e de Negócios da companhia para o período de 2025 a 2029.
Com pernas de quase 150 metros de altura e 12700 toneladas, a plataforma autoelevatória fará atividades de intervenção em poços de petróleo e gás natural para sua desativação e tamponamento. A campanha inicial terá duração de cerca de sete meses, com posterior deslocamento para outros poços.
“A Petrobras avança em seus processos de descomissionamento na Bacia de Sergipe, uma etapa natural para ativos com mais de 25 anos de produção em uma indústria madura como a de óleo e gás no Brasil. Todo o trabalho está sendo conduzido com a melhor técnica e alinhado às regulamentações vigentes” disse o gerente geral de Projetos de Descomissionamento da Petrobras, Carlos Castilho.

As atividades de descomissionamento refletem o compromisso da Petrobras em garantir o encerramento das operações dos ativos de forma segura, sustentável e atendendo aos mais rigorosos padrões ambientais da indústria.
O descomissionamento é uma exigência legal para ativos que tiveram interrupção definitiva de produção e a realização de etapas depende de aprovação e acompanhamento dos órgãos competentes – como a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Marinha do Brasil e IBAMA. Trata-se de um processo necessário dentro do ciclo produtivo da indústria de óleo e gás.
A perspectiva é que a Petrobras descomissione 26 unidades de produção em Sergipe, trazendo oportunidades para a indústria e a cadeia de fornecedores locais. A Bacia de Sergipe é a segunda com maior volume de investimentos em descomissionamento no país, logo após a Bacia de Campos, que ocupa a primeira posição. A unidade operacional da Petrobras na região, sediada em Aracaju, está dedicada às operações de descomissionamento nas Bacias de Sergipe-Alagoas, Rio Grande do Norte e Ceará.

As plataformas autoelevatórias são móveis e transportadas por rebocadores – ou por propulsão própria. Atuam em águas rasas, em lâmina d´água que variam de 5 a 130 metros. São compostas por uma balsa equipada com estruturas de apoio, ou pernas, que, quando acionadas, movimentam-se para baixo até atingirem o fundo do mar, fixando-a numa dada locação. Em seguida, inicia-se a elevação da plataforma acima do nível da água, para que a sonda opere nos poços a uma altura segura e fora da ação das ondas.


@Agência Petrobras/Divulgação

Petrobras e Braskem assinam acordo para estudos de captura e armazenamento de carbono na Bahia

O gerente geral de Concepção e Implantação de Projetos de Energias
Renováveis da Petrobras, Jair Toledo, o gerente executivo de Terras e Águas Rasas da Petrobras, Stenio Jayme, e o diretor de Energia e Descarbonização da Braskem, Gustavo Checcucci, durante a assinatura entre as duas companhias
A Petrobras e a Braskem celebraram a assinatura de um Memorando de Entendimento (MoU) com o objetivo de aprofundar os estudos de oportunidades de projetos de captura e armazenamento de carbono (CCS - Carbon Capture and Storage) na Bahia. O evento ocorreu no Edifício Torre Pituba, em Salvador, que é a sede da Petrobras na Bahia. O MoU oficializa que as empresas pretendem estudar potenciais modelos de negócio mutuamente benéficos na economia de baixo carbono, em processos que visam reduzir as emissões de dióxido de carbono (CO2) para a atmosfera.
As companhias buscarão avaliar, conjuntamente, aspectos técnicos relacionados à captura, transporte e armazenamento do CO2, bem como potenciais modelos de negócio entre as empresas. Essa iniciativa pode representar o desenvolvimento inicial de um hub na região. No hub, o CO2 é capturado em diferentes localidades e fontes de emissão (indústria petroquímica, refinaria, indústria de aço, termoelétricas, entre outros) e transportado por meio de uma malha de gasodutos conectada, que pode ser compartilhada e otimizada para o
@Agência Petrobras
armazenamento de grandes quantidades de CO2 em reservatórios geológicos adequados e monitorizados.
Para o Gerente Geral de Concepção e Implantação de Projetos de Energias Renováveis, Jair Toledo, a adoção deste conceito de hub, com a utilização de malhas conectadas, potencializa a viabilidade técnica e econômica, favorecendo a utilização do CCS como uma opção relevante de descarbonização em larga escala. “O segmento petroquímico é uma das áreas em que a Petrobras pode agregar muito valor, em possíveis parcerias de negócio de baixo carbono, como também em acordos comerciais vinculados aos projetos que a companhia desenvolve no setor. Isso pode envolver não somente CCS, mas também energia renovável, hidrogênio e seus derivados e combustíveis de baixo carbono”, explicou Jair Toledo.
O acordo é mais uma das iniciativas que a Petrobras desenvolve em conjunto com empresas líderes em seus segmentos de atuação. “O MoU demonstra o compromisso das duas companhias, Petrobras e Braskem, em construir um futuro mais sustentável, com uma transição para uma economia de baixo carbono de forma justa e inclusiva”, garantiu Jair Toledo.
Na base de Taquipe, a cerca de 80 km da capital baiana, a Petrobras já iniciou o mapeamento de reservatórios geológicos que podem se configurar como opção segura de armazenamento do carbono. A companhia também já estuda em locais na Bahia, instalações seguras para integrarem a infraestrutura do hub de CCS no Estado.
O Gerente Executivo de Terras e Águas
Rasas da Petrobras, Stenio Jayme, destaca a relevância da iniciativa para a região: “A Bahia é um local muito promissor para o CCS, bem como para outros negócios de baixo carbono. Pretendemos usar todo nosso conhecimento adquirido ao longo das últimas décadas para viabilizar projetos que apoiem o Brasil na sua trajetória de transição energética justa, envolvendo sempre o desenvolvimento econômico, social e ambiental do País, objetivo que faz parte do DNA e da história da Petrobras”, garantiu.
A Braskem, na sua jornada de descarbonização, já implementou um vasto portfólio de iniciativas de descarbonização agregando ao mesmo tempo competitividade ao negócio. Já são mais de 1 milhão de toneladas de CO2 em iniciativas implementadas com ganhos de competitividade, o que representa em torno de 10% do seu inventário de carbono de escopo 1 e 2. Mas os desafios de descarbonização setoriais e globais são exponenciais. Por isso, estudos, prospecções, e desenvolvimento de parcerias considerando rotas tecnológicas diversas são fundamentais. “Acreditamos que as sinergias entre Braskem e Petrobras tenham potencial decisivo para o estabelecimento de uma transição energética mais célere, e condizente com a realidade nacional. O CCS é sem dúvida uma rota, que merece ser melhor estudada técnica e economicamente, pelo seu poder de abatimento e pela sua penetração a nível mundial. E por isso estamos felizes em nos unirmos à Petrobras para este desenvolvimento”, afirma Gustavo Checcucci, Diretor de Energia e Descarbonização da Braskem.


Fórum Brasileiro de Líderes em Energia - Oil & Gas 2025
O Fórum discutiu os desafios, oportunidades e tendências do setor brasileiro de energia no início de abril.

Representando o ministro Alexandre Silveira, o secretário Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do MME, Pietro Mendes, apresentou no Fórum Brasileiro de Líderes em Energia - Oil & Gas 2025, no painel “Resiliência upstream em um cenário de transformação”, dados atualizados que explicam o porquê o Brasil deve seguir oferecendo petróleo para suprir a demanda mundial e, ao mesmo tempo, seguir na liderança na corrida pela Transição Energética. Ele postula que o país deve seguir oferecendo o insumo ao mundo, acompanhando a demanda mundial por petróleo. “O ministro Alexandre Silveira sempre deixa claro que é fundamental atuarmos

@Divulgação
@Ricardo Botelho/MME

pela diminuição da demanda, mas não atacarmos as iniciativas que miram na produção. A taxa de emissão de carbono por barril no Brasil opera abaixo da média global. Diminuir a produção brasileira é, portanto, aumentar as emissões globais de carbono”, explicou.
Estiveram presentes na abertura do evento o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro; o cônsul geral dos Estados Unidos no Brasil, Ryan Rowlands; além de representantes da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e demais representantes do setor.
Cumprindo sua missão de subsidiar o planejamento, o desenvolvimento e a política energética nacional, a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) participou ativamente do Fórum através de seu presidente, Thiago Prado, por seus diretores de Estudos EconômicoEnergéticos e Ambientais, Thiago Ivanoski, de Estudos do Petróleo, Gás e Biocombustíveis, Heloisa Borges, e de Gestão Corporativa, Carlos Cabral, e pelo analista Carlos Pacheco, da Superintendência de Derivados de Petróleo e Biocombustíveis (SDB).
Enquanto o primeiro dia foi dedicado ao setor de petróleo e gás natural, nos dois dias seguintes a programação
voltou-se para a energia elétrica.
O presidente da EPE enfatizou os cenários de óleo e gás do Plano Nacional de Energia (PNE) 2055 que, “nada mais é do que um recorte de cenários olhando o futuro, pensando em como apontar caminhos de um desenvolvimento que equacione o trilema da transição energética — de segurança, equidade e desenvolvimento sustentável”.
Propondo-se a responder quais são os desafios e oportunidades para a construção de um sistema energético descarbonizado, que contribua para o desenvolvimento sustentável, o presidente da EPE abordou seis grandes temas: Geopolítica de energia, Inovação, Desenvolvimento sustentável, Demanda de energia e o papel do consumidor - considerando inclusive novas perspectivas de serviços, como inteligência artificial, data centers, descarbonização e eletrificação -, Resiliência e segurança energética, Políticas, governança e financiamento para a transição, citando a atuação da EPE no Plano Clima, na Taxonomia Sustentável Brasileira, no Plano de Mitigação e Adaptação, no Programa Nacional de Hidrogênio (PNH2), no Combustível do Futuro e nos grupos de trabalho do Programa Gás para Empregar.



Presidente da EPE, Thiago Prado, no Fórum Brasileiro de Líderes em Energia de 2025
Geopolítica da incerteza
Mais tarde no mesmo dia, Heloisa Borges participou de painel sobre geopolítica e transição energética ao lado de Thiago Barral, Secretário de Transição Energética do Ministério de Minas e Energia; Luciana Costa, Diretora de Infraestrutura, Transição Energética e Mudança Climática do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES); e Claudia Brun, vice-presidente da Equinor.
Nessa conversa sobre como as dinâmicas globais e a concorrência por recursos influenciam o mercado de energia no Brasil, a diretora Heloisa Borges apontou a concentração dos minerais críticos para a transição
energética, acrescentando: “Nosso petróleo, nesse cenário geopolítico de tensões, com uma elevada incerteza, em que temos uma variabilidade grande de cenários futuros, continua sendo resiliente.”
Aproveitando a oportunidade, a diretora da EPE surpreendeu o público com um lançamento-surpresa do documento “Rodadas de Licitação no Mundo em 2025”, que analisa os leilões internacionais de blocos exploratórios de petróleo e gás ocorridos em 2024 e previstos para 2025, a conjuntura do setor upstream da indústria do óleo e gás e as perspectivas de futuro, junto de panoramas específicos de países selecionados.

Durante o Fórum, o presidente da EPE se reuniu com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, que reafirmou a importância da EPE como peça-chave no planejamento do setor energético nacional. Durante o encontro, Silveira elogiou a atuação técnica da EPE e destacou as importantes entregas que a empresa de planejamento tem realizado.
Da esquerda para a direita, Thiago Prado, presidente da EPE, e Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia

Após a reunião, Prado integrou o painel “ESG no setor elétrico: entendendo a sinergia com a COP 30, suas oportunidades e principais discussões”, moderado por Flávia Teixeira (ENGIE Brasil), na companhia do Embaixador André Corrêa do Lago (Ministério de Relações Exteriores), Presidente da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 30); Thiago Barral (Ministério de Minas e Energia); Veronica Sánchez (Agência Nacional de Águas); Anderson Baranov ( Norsk Hydro Brazil); Luciana Costa (BNDES); e Agnes Costa (Agência Nacional de Energia Elétrica).
A diretora de Exploração e Produção da Petrobras, Sylvia Anjos, disse no Fórum que a estatal não vai parar nenhum projeto por conta da queda do
preço do petróleo - todos os projetos da companhia são resilientes ao preço de até US$ 28 o barril.
“Tudo é de longo prazo. Aprovamos os projetos resilientes, projetos que vão ser instalados daqui a 2, 3, 4, 5 anos”, comentou a diretora.
Ela destacou também que o aumento da produção de gás natural, outra demanda do governo, está sendo cumprida. Posso dizer uma coisa muito positiva, que o governo deseja, que é gás, e nós aprovamos na diretoria, o projeto Búzios 12 com exportação de gás. O maior campo do mundo em água profunda, Búzios vai estar com o projeto de ser um hub de exportação de gás. Não só para Búzios 12, mas Búzios 10, que é outra plataforma que vai escoar por lá”, avaliou a diretora.




Porto do Açu e IKM assinam
acordo para serviços de suporte a descomissionamento de unidades offshore

O Porto do Açu e a norueguesa IKM assinaram, em Houston, nos Estados Unidos, um Memorando de Entendimentos (MoU) para estudar a viabilidade da prestação de serviços de limpeza e descontaminação de plataformas e outras unidades offshore. O acordo é uma etapa importante da estrutura de apoio ao descomissionamento no complexo porto-indústria do Açu, localizado no Norte Fluminense.
O contrato faz parte da estratégia do Porto do Açu de abrigar o primeiro hub
de descomissionamento sustentável do Brasil, que inclui as atividades de acostamento temporário, prédesmantelamento e desmantelamento de plataformas. A IKM tem forte presença internacional, realiza atividades de descomissionamento desde 2001 e está no Brasil desde 2009. Em 2024, o porto recebeu duas plataformas da Petrobras, a P-26 e a P-33, nas quais já iniciou o processo de limpeza de casco e destinação de resíduos e efluentes. As unidades continuam acostadas no Açu.


Subsea7 ganha contrato ‘superimportante’
na costa
brasileira

A Subsea 7 anunciou a adjudicação de um contrato superimportante pela Petrobras, após vencer uma licitação competitiva, para o desenvolvimento do campo de Búzios 11, localizado a aproximadamente 180 km da costa do estado do Rio de Janeiro, Brasil, a 2.000 metros de profundidade de água na bacia Pré-sal de Santos. A Subsea7 define um contrato supergrande como sendo superior a US$ 1,25 bilhão.
O escopo do contrato inclui engenharia, aquisição, fabricação, instalação e Précomissionamento de 112 km de risers rígidos e sistema de linhas de fluxo.
O gerenciamento e a engenharia do projeto começarão imediatamente nos escritórios da Subsea7 no Rio de Janeiro, Suresnes e Sutton; a fabricação dos dutos ocorrerá na base de spool da Subsea7 no Brasil, e as atividades offshore estão programadas para 2027 e 2028.

“Este prêmio ressalta novamente a comprovada competência da Subsea7 na entrega de projetos complexos e de escala mundial, reforçando nossas fortes capacidades de execução e compromisso com a excelência operacional e a segurança.Com uma carteira de pedidos sólida e um portfólio diversificado, continuamos a gerar valor para nossos acionistas e, ao mesmo tempo, contribuímos para o desenvolvimento do Brasil. Agradecemos à Petrobras pela confiança e esperamos, mais uma vez, desempenhar um papel significativo no sucesso do campo de Búzios,” disse Yann Cottart, vicepresidente sênior do Brasil e do Centro-Oeste de Projetos Globais.


FUP: PL que altera lei da partilha no petróleo ataca soberania energética do país
@Tânia Rêgo/Agência Brasil

A FUP - Federação Única dos Petroleiros manifestou seu mais profundo repúdio ao projeto de lei 3.178/2019 que propõe alterar o regime de partilha do Pré-sal, eliminando o direito de preferência da Petrobras nos leilões. Numa estratégia política, a matéria foi pautada e, na sequência, retirada de pauta, na Comissão de Infraestrutura (CI) do Senado, que é presidida pelo próprio relator do projeto, o senador Marcos Rogério (PL/RO).
Para a FUP, o PL nº 3.178/2019 representa um novo golpe no regime de partilha e reduz o espaço de atuação da Petrobrás.
Tal PL propõe duas modificações estruturais à lei da partilha:
1) Tira a preferência da Petrobras como operadora das áreas do Pré-sal e áreas estratégicas, ao modificar o artigo 4o da Lei de Partilha, que concede à Petrobras a
preferência para ser operador dos blocos a serem contratados sob o regime de partilha de produção, com participação obrigatória mínima de 30%;
2) Flexibiliza a própria adoção do regime de partilha ao prever que o regime de concessão poderá ser adotado em áreas consideradas de baixo potencial geológico que não justifique a adoção da partilha.
“Ao invés de uma proposta desta, o Brasil e o Congresso Nacional deveriam estar debatendo como aumentar o controle sobre nossos recursos estratégicos e como direcionar as riquezas geradas por esses recursos para investimento em pesquisa e desenvolvimento, visando a promoção de uma transição energética justa, que dê ao Brasil lugar de destaque na nova divisão internacional do


trabalho”, afirma Bacelar.
A lei 12.351/2010, conhecida como “lei da partilha”, aprovada em 2010, é fruto de um amplo processo de mobilização social dos trabalhadores e dos estudantes do Brasil, que enxergaram nas novas descobertas de petróleo e gás em águas profundas e ultra profundas brasileiras uma oportunidade de desenvolvimento nacional e de compromisso com as futuras gerações a partir da renda petroleira. A FUP foi protagonista dessas jornadas de luta.
A lei aprovada concedeu à Petrobras um papel de destaque como operadora exclusiva do Pré-sal e de outras potenciais áreas estratégicas, reconhecendo a função social da companhia. Vale lembrar que essas descobertas só aconteceram graças a investimentos bilionários e inéditos realizados pela estatal no mar brasileiro, que colocaram a Petrobras como a empresa com maior expertise em exploração em águas ultra profundas. Tais investimentos só foram possíveis graças à visão estratégica e de longo prazo da empresa e ao seu caráter público.
De acordo com a Constituição Federal de 1988, o petróleo é um bem público de uso especial e a renda proveniente da atividade econômica exploratória deve ser direcionada ao desenvolvimento nacional. A lei da partilha leva em conta o baixo risco exploratório, diante da qualidade das pesquisas empreendidas pela Petrobras, e assegura à União a definição do ritmo exploratório em função do interesse nacional. Dessa forma, a Petrobrás tornou-se operadora exclusiva e a área do Pré-sal brasileiro passou a ser regida sob regime de partilha.

O projeto de lei 4567/2016, que alterou a Lei nº 12.351/2010, foi aprovado pela Câmara dos Deputados e sancionado pelo então presidente Michel Temer. Ele tirou da Petrobrás o direito exclusivo de operar nesses blocos, e abriu espaço para outras empresas, incluindo empresas estrangeiras, participarem da exploração da camada Pré-sal.
Agora, o PL 3.178/2019, proposto pelo senador Marcos Rogério, visa descaracterizar o regime de partilha e reduzir a presença da Petrobras, tal qual como foi feito na distribuição e no refino, sob a falsa alegação de que a entrada de agentes privados traria investimentos e vantagens ao consumidor, o que não se confirmou.
“O PL 3.178/2019 tem que sair de pauta definitivamente. Tem que ser eliminado. Ele descaracteriza o regime de partilha e tira do Estado brasileiro a possibilidade de maior incidência sobre os recursos do petróleo. Além disso, o PL esvazia o papel da Petrobrás e coloca os recursos estratégicos brasileiros a serviço apenas dos interesses de curto prazo e de mercado, em detrimento do interesse nacional. Em um momento em que se debate a necessidade da neoindustrialização brasileira, é inadmissível enfraquecer o maior instrumento de política industrial que é a Petrobrás”, ressalta o coordenadorgeral da FUP, Deyvid Bacelar.


TotalEnergies e OQEP iniciam construção de Marsa GNL


Sob o patrocínio de Sua Excelência o Eng. Salim bin Nasser Al Aufi, Ministro de Energia e Minerais do Sultanato de Omã, Patrick Pouyanné, Presidente e CEO da TotalEnergies, e Ahmed Al Azkawi, CEO da OQ Exploration and Production, celebraram o lançamento da pedra fundamental da planta de GNL de Marsa, no porto de Sohar, norte de Omã, um ano após a Decisão Final de Investimento.
A planta de liquefação com capacidade para 1 milhão de toneladas por ano (Mt/ ano) está sendo construída pela Marsa LNG LLC, uma joint venture entre a TotalEnergies (80%) e a OQEP (20%). A produção de GNL, com início previsto para o primeiro trimestre de 2028, destina-se principalmente ao mercado de combustível marítimo (abastecimento de
GNL) no Golfo.
A usina de GNL de Marsa é totalmente eletrificada e combinada com um parque solar fotovoltaico de 300 megawatts-pico (MWp) que fornecerá o equivalente à demanda anual de energia da usina. Portanto, a usina de GNL de Marsa será uma das usinas de GNL com menor intensidade de carbono do mundo, com menos de 3 kg CO2e / boe de emissões de escopo 1 e 2. Para referência, esse valor é 90% menor do que a intensidade média de carbono das usinas de GNL no mundo, que gira em torno de 35 kg CO2e / boe.
Com localização na entrada do Golfo, o local da Marsa LNG foi selecionado para estabelecer o primeiro centro de abastecimento de GNL no Oriente Médio.
A Marsa LNG LLC assinou um contrato

@TotalEnergies

de fretamento para um novo navio de abastecimento de GNL. Este navio, denominado Monte Shams em referência a Jabal Shams ou a “Montanha do Sol” no nordeste de Omã, está em construção e ficará ancorado em Sohar a partir de 2028, onde fornecerá GNL a uma ampla gama de embarcações (porta-contêineres, petroleiros e grandes navios de cruzeiro).
No setor marítimo, o GNL é um combustível de transição imediatamente
disponível, permitindo uma redução de aproximadamente 20% nas emissões de gases de efeito estufa (GEE) em comparação com o óleo combustível. Os navios que utilizam GNL em Sohar reduzirão ainda mais suas emissões de GEE graças à baixa intensidade de carbono da produção de GNL em Marsa LNG e ao abastecimento local, sem a necessidade de transportar GNL para um porto de abastecimento distante.

“Estou muito orgulhoso de ver a Marsa LNG inaugurar novos caminhos, juntamente com nosso parceiro de longa data, o OQEP, e com o forte apoio das autoridades do Sultanato. Este projeto emblemático demonstra que a produção de GNL pode ser de baixíssima emissão de carbono, contribuindo para tornar o gás um combustível de transição a longo prazo. Com um projeto técnico ambicioso, pretendemos estabelecer o padrão e abrir caminho para a próxima

geração de usinas de GNL de baixa emissão em todo o mundo. Também oferecemos uma maneira eficaz de apoiar a transição energética do setor de transporte marítimo, fornecendo combustível marítimo de baixa emissão em um local estratégico na entrada do Golfo”, disse Patrick Pouyanné, Presidente e CEO da TotalEnergies.
Comentando sobre o lançamento da Marsa LNG, Sua Excelência Salim bin Nasser Al Aufi, Ministro de Energia e

Minerais, declarou:
“O Ministério reitera seu firme compromisso em apoiar projetos de energia a jusante como um pilar vital da integração econômica nos setores industrial, comercial, portuário e logístico. O projeto Marsa LNG, uma colaboração estratégica entre a OQ Exploration & Production e a TotalEnergies, concretiza esse compromisso ao desenvolver infraestrutura avançada para o abastecimento de embarcações com GNL como combustível limpo alternativo. Este projeto marca um passo significativo no avanço de soluções energéticas de baixa emissão, reforçando a posição de Omã como um polo regional confiável para combustível marítimo limpo. Ele está alinhado
aos objetivos da Visão 2040 de Omã, particularmente em sustentabilidade e inovação industrial. Além disso, reforça nossa dedicação em fornecer soluções energéticas responsáveis para o setor de transporte marítimo global, reduzindo ativamente sua pegada de carbono. Ao mesmo tempo em que acolhemos essa parceria pioneira, afirmamos que o investimento em projetos de energia downstream é um fatorchave para o crescimento econômico, criando oportunidades de emprego sustentáveis e de qualidade, facilitando a transferência de conhecimento e desenvolvendo expertise nacional, o que fortalece a prontidão de Omã para atender à crescente demanda por fontes de energia sustentáveis”.

“Na OQEP, estamos comprometidos em impulsionar a inovação e a sustentabilidade no cenário energético de Omã. O projeto Marsa LNG representa um sólido avanço, aproveitando tecnologia de ponta e colaboração estratégica para garantir um futuro energético mais limpo e acessível. Como o primeiro polo de abastecimento de GNL no Oriente Médio, a Marsa LNG
desempenhará um papel fundamental na redução de emissões na indústria naval, ao mesmo tempo em que reforça a posição de Omã como um player-chave no setor energético global. Temos imenso orgulho em contribuir para esta jornada transformadora — que estabelece novos padrões para soluções energéticas de baixo carbono”, disse Ahmed Al Azkawi, CEO da OQEP.


Setor de
combustíveis
e lubrificantes registra queda de 0,1% em março, aponta Índice do Varejo Stone (IVS)
A 27ª edição do Índice do Varejo Stone (IVS) apontou uma queda de 0,1% no volume de vendas do setor de Combustíveis e lubrificantes em março, na comparação mensal. Já na análise anual, o segmento teve alta de 2,3%. O estudo, que acompanha mensalmente a movimentação do varejo no país, é uma iniciativa da Stone, principal parceira do empreendedor brasileiro.
Em março, outros seis segmentos reportaram queda mensal: Material de Construção (5,5%), Tecidos, Vestuário e Calçados (3,4%), Móveis e Eletrodomésticos (2,7%), Outros Artigos de Uso Pessoal e Doméstico (2%), Artigos Farmacêuticos (1,9%) e Livros, Jornais, Revistas e Papelaria (0,3%). A única alta foi do setor de Hipermercados, Supermercados, Produtos Alimentícios, Bebidas e Fumo (2,2%).
No recorte regional, sete estados apresentaram crescimento no comparativo anual: Acre (2,1%), Pará (1,7%), Goiás (1%), Roraima (0,8%), Piauí (0,6%), Sergipe (0,5%) e Amazonas (0,3%).
Já entre os estados com resultados negativos, o Rio Grande do Sul apresentou a maior queda, de 8,2%, seguido por Rondônia (5,5%), Rio Grande do Norte (5,2%), Mato Grosso do Sul (4,8%), Pernambuco (3,7%), Santa Catarina (3,4%), Distrito Federal e Paraná (2,9%), Bahia (2,7%), Ceará (2,4%), Minas Gerais (2,2%), Tocantins (2%), Espírito Santo e Alagoas (1,7%), Mato Grosso e


São Paulo (1,4%), Paraíba (0,5%) e Amapá (0,4%). estado do Maranhão foi o único que reportou estabilidade, com 0,0%.

Diretrizes para o Leilão de Reserva de Capacidade de 2025

Em janeiro de 2025, o Ministério de Minas e Energia publicou as Portarias Normativas nº 96 e nº 97, complementadas pela Portaria nº 100/25, que estabeleceram as diretrizes para contratação de energia no Leilão de Reserva de Capacidade de 2025 (“LRCAP 2025”).
O LRCAP está previsto para 27 de junho de 2025 e espera-se que contrate as seguintes fontes:
• Energia termoelétrica a partir de fontes de gás natural e biocombustíveis, sem rigidez operacional; e
• Energia hidrelétrica, compreendendo a expansão da capacidade instalada de usinas hidrelétricas existentes e despachadas centralmente – que não tenham sido prorrogadas ou licitadas nos termos da Lei nº 12.783/2013 –, exceto aquelas que tenham sido licitadas no regime de cotas e possuam parte de sua garantia física fora desse regime.
Os projetos receberão uma receita fixa pelo fornecimento da energia contratada. Por sua vez, o não fornecimento da energia requerida pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (“ONS”)
implicará em uma redução de 1% na parcela mensal da receita por hora, aplicada proporcionalmente à quantidade de energia não fornecida, limitada a 30% ao mês.
A regulamentação proibiu a participação no leilão de projetos que tenham sido arrematados em leilões regulamentados ou sob CCEARs, CERs ou CRCAPs em vigor com período sobreposto ao período de suprimento do leilão, exceto para expansões de projetos hidrelétricos incluídos nos produtos “Energia Hidrelétrica 2030”. Com a alteração introduzida pela Portaria nº 100, essa exceção foi estendida à expansão de projetos termelétricos participantes dos produtos “Energia Termelétrica 2028 B”, “Energia Termelétrica 2029 B” e “Energia Termelétrica 2030 B”.
- Portaria Normativa de Acesso nº 96/2025
- Portaria Normativa de Acesso nº 97/2025
- Portaria Normativa de Acesso nº 100/2025

@Divulgação

Comprovação de metas individuais para distribuidoras de combustíveis no âmbito do RenovaBio
Em 07 de janeiro de 2025, a ANP publicou os resultados do cumprimento das metas individuais compulsórias de redução de emissões de gases de efeito estufa estabelecidas para 2024, no âmbito do RenovaBio.
Foram aposentados (retirados de circulação) 35,7 milhões de créditos de descarbonização (CBIOs), o que corresponde a 92% da meta global estabelecida pelo CNPE e 77% do total de metas individuais calculadas pela ANP, incluindo as metas não cumpridas
do ano anterior.
As metas individuais estabelecidas para 2024 totalizaram 46,4 milhões de CBIOs, sendo que das 163 distribuidoras de combustíveis com metas estabelecidas para 2024, 97 distribuidoras cumpriram integralmente a meta; 5 retiraram CBIOs em quantidade igual ou superior a 85% da meta; e 61 serão multadas por não terem cumprido a meta.
A tabela completa pode ser consultada aqui.
Eni e UK juntas no projeto CCS da Baía de Liverpool
A Eni fechou acordo financeiro com o Departamento de Segurança Energética e Zero Líquido (DESNZ) do Governo do Reino Unido para o projeto Liverpool Bay CCS, onde a Eni é a operadora do sistema de transporte e armazenamento de CO2 (T&S) do cluster industrial HyNet.
O fechamento financeiro permite que o projeto CCS da Baía de Liverpool avance para a fase de construção, desbloqueando investimentos importantes em contratos da cadeia de suprimentos, a maior parte dos quais será gasta localmente.
O projeto apoiará a competitividade industrial do Reino Unido a longo prazo, salvaguardando os empregos industriais existentes e criando novas cadeias de produção e empregos – que, somente


@LiverpoolBayCCS


“Hoje, cumprimos nossa promessa de lançar uma indústria de energia limpa totalmente nova para o nosso país – captura e armazenamento de carbono – para gerar milhares de empregos altamente qualificados e revitalizar nossas comunidades industriais. Este investimento da nossa parceria com a Eni representa o governo trabalhando em conjunto com a indústria para impulsionar o crescimento e apoiar engenheiros, soldadores e eletricistas em nossa missão de nos tornarmos uma superpotência em energia limpa. Estamos tornando o Reino Unido uma potência energética segura para que possamos proteger famílias e empresas e gerar empregos por meio do nosso Plano para a Mudança,” afirmou o Secretário de Estado do Reino Unido para Segurança Energética e Zero Emissão, Ed Miliband.
na fase de construção, são estimados em cerca de 2.000 pessoas.
Este marco segue a alocação de £ 21,7 bilhões do Governo do Reino Unido, a serem investidos ao longo de um período de 25 anos nos dois primeiros Clusters de CCS do país. Esta decisão demonstra o compromisso do Reino Unido em

priorizar o desenvolvimento do setor de CCS como uma alavanca em sua estratégia industrial e de descarbonização, em linha com o objetivo mais amplo do Reino Unido de criar oportunidades de crescimento nos centros industriais do país e com a ambição de ser um líder global na transição energética.
O projeto CCS da Baía de Liverpool funcionará como a espinha dorsal do Cluster HyNet para transportar dióxido de carbono de usinas de captura no noroeste da Inglaterra e no norte do País de Gales, por meio de infraestrutura nova e adaptada, para armazenamento seguro e permanente nos reservatórios de gás natural esgotados da Eni, localizados sob o leito marinho da Baía de Liverpool. O projeto em si prevê o reaproveitamento eficiente de parte das plataformas offshore, bem como 149 km de gasodutos onshore e offshore, e a construção de 35 km de novos gasodutos para conectar emissores industriais à rede CCS da Baía de Liverpool.
O HyNet é um dos clusters de


CCS mais avançados do mundo, que contribuirá significativamente para a redução de emissões de uma ampla gama de indústrias no noroeste da Inglaterra e no norte do País de Gales. Isso inclui empresas envolvidas na fabricação de cimento, energia a partir de usinas de resíduos, produção de hidrogênio de baixo carbono, bem como outros participantes industriais que se conectarão à infraestrutura da Eni. Com uma capacidade de armazenamento de 4,5 milhões de toneladas de CO2 por ano na primeira fase e potencial para aumentar para 10 milhões de toneladas de CO2 por ano na década de 2030, o sistema de armazenamento e armazenamento de CO2 da Eni contribuirá significativamente para alcançar as ambições de CCS do Reino Unido. A construção do projeto está prevista para começar este ano, com início previsto para 2028, em linha com os emissores industriais do cluster HyNet.
A Eni acredita que a CCS desempenhará um papel crucial na transição energética e pode se tornar uma atividade estratégica importante para apoiar as ambições de descarbonização da empresa. A empresa possui uma série de iniciativas globais no setor de CCS, com uma capacidade bruta de armazenamento de aproximadamente 3 bilhões de toneladas.

O CEO da Eni, Claudio Descalzi, afirmou: “ O acordo estratégico com o Governo do Reino Unido abre caminho para o desenvolvimento em escala industrial da CCS, um setor no qual o Reino Unido reafirma sua liderança graças à promoção de um marco regulatório que visa fortalecer o desenvolvimento da CCS e torná-la totalmente competitiva no mercado. A Eni se consolidou como uma operadora líder no Reino Unido graças ao seu papel fundamental nas atividades de transporte e armazenamento de CO2 como líder do Consórcio HyNet, que se tornará um dos primeiros clusters de baixo carbono do mundo. A CCS desempenhará um papel crucial no enfrentamento do desafio da descarbonização, eliminando com segurança as emissões de CO2 de indústrias que atualmente não dispõem de soluções igualmente eficientes e eficazes.
A Eni confirma sua posição de vanguarda na criação deste novo negócio altamente sustentável, vinculado à transição energética.”


ANP concede autorização excepcional para fornecimento de biometano a caminhões

A Diretoria da ANP aprovou uma autorização excepcional para o desenvolvimento de operação de comercialização de biometano. Tratase de uma instalação da empresa Gás Verde, localizada na cidade de Jarinu (SP), para fornecimento de biometano diretamente aos caminhões da L’Oréal Brasil.
O objetivo é substituir a frota atual de caminhões a óleo diesel de origem fóssil por caminhões movidos a biometano, que é um biocombustível.
É a primeira vez que a ANP aprova uma instalação para abastecimento de veículos exclusivamente com biometano, que não é prevista, atualmente, na regulação da Agência. Mesmo sem a previsão em resolução, a ANP concedeu a autorização excepcional, por entender
que se trata de um projeto importante na direção da diversificação da matriz energética veicular nacional.
Além da autorização para a instalação, concedida hoje, a Gás Verde já possuía autorização da ANP para o exercício da atividade de produção de biometano. Esse tipo de projeto envolve ainda outras autorizações – neste caso, todas já concedidas –, envolvendo várias áreas da Agência, por tratar de questões como especificação, produção, comercialização e transporte do biometano.
O Decreto nº 10.712/2021 estabelece que, para todos os fins, o biometano e outros gases intercambiáveis com o gás natural terão tratamento regulatório equivalente ao gás natural, desde que atendidas as especificações estabelecidas pela ANP.

@Divulgação

ANP aprova aprimoramento de normas sobre dados digitais de poços
A Diretoria da ANP aprovou alterações da Seção III do Capítulo III da Resolução nº 880/2022, que regulamenta a entrega, à Agência, pelas empresas operadoras, de dados digitais de poços. O foco da revisão é a simplificação e eficiência dos processos.
Também foi revisado o Padrão ANP8, que trata da entrega dos dados de Teste de Formação e está publicado no site da ANP, mas atualmente não integra nenhuma resolução. Com a decisão, ele passa a integrar a Resolução ANP nº 880/2022.
A revisão traz maior clareza sobre os tipos de dados de poços e formatos esperados pela ANP, além da flexibilização das exigências quanto às curvas do perfil digital processado, dos perfis de acompanhamento geológico e do perfil composto.
Outro ponto importante é o fim da obrigatoriedade do envio à ANP de perfis de correlação, utilizados apenas para o posicionamento de ferramentas no poço, trazendo maior eficiência no processo de envio e controle de qualidade dos dados. As propostas visam tornar o processo regulatório mais ágil e alinhado com as melhores práticas do setor. Os dados de poços digitais são informações essenciais coletadas durante a perfuração. Esses dados incluem registros detalhados sobre as formações geológicas, as características dos reservatórios e dos fluidos presentes no subsolo. No segmento de exploração e produção (E&P), esses dados são fundamentais para várias atividades,

como a avaliação do potencial de novas descobertas, o planejamento de operações de explotação (retirada de petróleo ou gás dos reservatórios) e a tomada de decisões estratégicas sobre o desenvolvimento de campos de petróleo e gás.
Assim, é importante que esses dados sejam enviados com uma formatação padronizada para melhor gerenciamento do processo de recebimento, controle de qualidade, armazenamento e disponibilização dos dados digitais de poços públicos à sociedade.
A ANP recebe esses dados, realiza o controle de sua qualidade e os armazena no Banco de Dados de Exploração e Produção (BDEP). Quando se tornam públicos, os dados podem ser disponibilizados para os agentes interessados do setor e instituições de ensino para pesquisas.
A minuta da resolução passou anteriormente por consulta e audiência públicas e as alterações valem após publicação da resolução revisora no Diário Oficial da União.


Comitê RenovaBio realiza primeira reunião de 2025
O Comitê da Política Nacional de Biocombustíveis realizou sua primeira reunião ordinária de 2025. O encontro teve como foco o planejamento para a definição das metas para o período entre os anos de 2026 até 2035 – equivalente ao 8º ciclo da iniciativa que pretende reduzir a intensidade de carbono da matriz de combustíveis do Brasil.
Pelo desenho do RenovaBio, as distribuidoras de combustíveis precisam compensar parte das emissões geradas pelos produtos que vende comprando títulos chamados Créditos de Descarbonização (CBios) emitidos pelos fabricantes de biocombustíveis.
Durante o encontro foi avaliado o desempenho do programa, a proposição de agenda anual e o cronograma para a definição do novo ciclo de metas.
Segundo o diretor do Departamento de Biocombustíveis do MME, Marlon Arraes, a retomada das atividades do comitê é essencial para garantir a continuidade da política pública.
“A atuação do comitê garante o alinhamento institucional necessário para a definição das metas com base em critérios técnicos”, destacou.
@MME/Tauan Alencar

Durante a apresentação técnica, foram apresentados dados sobre o desempenho do programa em 2024. No último ano foram emitidos mais de 42 milhões de CBios — número superior à meta estipulada para aquele ano. Também foi abordada a meta para 2025 que foi definida pelo CNPE em 40,4 milhões de CBios – posteriormente elevada para 49,2 milhões quando a ANP acrescentou saldos não cumpridos em anos anteriores.
O comitê também discutiu os próximos passos na regulamentação do Decreto nº 12.437/2025 que endureceu a fiscalização das metas. Distribuidoras que descumprirem suas metas podem ter seu direito de comprar combustíveis suspenso e, em casos mais graves, ter sua direção responsabilizada por crime ambiental.

A reunião contou com a participação de representantes dos ministérios que integram o comitê, além da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis e da Empresa de Pesquisa Energética.


Deputada Silvia Waiãpi destaca
importância do custo amazônico em reunião com o TCU

A deputada Silvia Waiãpi participou de uma reunião da Bancada do Norte com o Ministro Presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Vital do Rego, para discutir assuntos cruciais para a região amazônica. Entre os temas abordados, destacam-se a execução de obras pelo governo federal e a fiscalização da Caixa Econômica Federal (CEF), que têm impedido o fluxo necessário para a conclusão dessas obras.
Durante a reunião, a deputada enfatizou a necessidade de resolver o problema do custo amazônico, que afeta significativamente a gestão pública e a população da região, especialmente nas áreas de saúde, educação, assistência social e infraestrutura. “Ressaltar que o fator amazônico faz com que tudo, para o Norte, tenha uma maior dificuldade. Nós queremos acabar com esse problema e contamos com a participação do TCU

nesse processo”, afirmou a deputada.
O Ministro Presidente do TCU, Vital do Rego, se mostrou disposto a apoiar a causa do custo amazônico, reconhecendo as peculiaridades da região e a necessidade de considerar esses fatores em orçamento. A proposta básica é incluir o custo adicional de transporte, decorrente das características geográficas da região, nos orçamentos para que os projetos nas áreas de saúde, educação e assistência social sejam aprovados de forma equitativa em relação a outros estados do
A deputada Silvia Waiãpi destacou a importância da parceria com o TCU para encontrar soluções que beneficiem a região amazônica. “Nós estamos trabalhando juntos para encontrar soluções que atendam às necessidades específicas da nossa região e garantir que os recursos sejam utilizados de forma eficiente”, afirmou.
@ Andre Violatti

Gasolina Grid eleva eficiência do motor e reduz o consumo de combustível em até 5%
A Vibra, distribuidora de combustíveis e energia, apresenta uma evolução tecnológica da Gasolina Petrobras Grid, agora com economia de até 5% no consumo de combustível. Sua fórmula garante mais quilômetros rodados por litro e reduz os gastos com abastecimento. A eficiência foi comprovada em testes comparativos com a gasolina comum. Todos esses benefícios resultam em menor necessidade de manutenção, maior durabilidade do veículo e economia real de combustível de até 5% para o consumidor. Com a gasolina Petrobras Grid, a Vibra reforça seu compromisso em entregar produtos que combinam inovação, qualidade e rendimento. Desenvolvida especialmente para as condições do mercado brasileiro, a Tecnologia de Aditivação eleva o padrão de eficiência dos combustíveis aditivados. Toda a linha Grid incorpora uma seleção de aditivos que conferem propriedades ausentes nos combustíveis comuns, como maior poder de limpeza, proteção aprimorada do motor e redução nos custos de manutenção, trazendo mais economia para os motoristas. Atendendo aos requisitos da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis e às recomendações das principais montadoras, a tecnologia de aditivação foi desenvolvida para oferecer máxima proteção, alto desempenho e segurança para os motores. Resultado de avanços tecnológicos de última geração,

essa inovação foi submetida a rigorosos testes em laboratórios nacionais e internacionais, assegurando qualidade superior e performance otimizada. A marca Petrobras é licenciada à Vibra.
“Na Vibra, temos o compromisso constante de entregar o que há de mais avançado em tecnologia para o mercado de combustíveis. Grid é resultado de intensos investimentos em inovação e pesquisa, que nos permitem oferecer um produto que vai além: entrega economia real, mais eficiência e cuidado com o motor”, explica Mariana Santarém, vicepresidente de Produtos e Experiência do Cliente da Vibra.



GEOMIT e CMAA assinam MOU para desenvolver
projetos de biogás e biometano a partir de resíduos
de cana-de-açúcar

A GEOMIT e a Companhia Mineira de Açúcar e Álcool (CMAA) assinaram um Memorando de Entendimento (MOU) para desenvolver conjuntamente projetos de biogás e biometano em escala comercial a partir de resíduos da cana-de-açúcar, iniciando pelo Projeto Vale do Tijuco, localizado na região do Triângulo Mineiro, em Minas Gerais. A iniciativa tem como objetivo fornecer gás natural competitivo e de baixo carbono para indústrias locais e para o setor de transportes, contribuindo para a transição energética do Brasil.
A CMAA é uma empresa brasileira de agronegócio de destaque, especializada na produção de açúcar, etanol e bioeletricidade. Com operações concentradas na região do Triângulo Mineiro, a CMAA tem capacidade de processar mais de 10 milhões de toneladas de cana-de-açúcar por ano, sendo uma referência na bioeconomia do país.
A GEOMIT é uma joint venture criada em abril de 2024 entre a Mitsui Gás e Energia do Brasil (Mitsui Gás) e a Geo biogas & carbon (Geo). A GEOMIT combina a ampla

presença da Mitsui Gás na infraestrutura de gás do Brasil — como acionista direta e indireta de 13 distribuidoras locais de gás canalizado — com as tecnologias proprietárias e inovadoras de biogás da Geo, desenvolvidas para converter de forma eficiente resíduos sólidos e líquidos do agronegócio em biometano de alta qualidade.
Essa colaboração será focada na valorização de resíduos orgânicos como vinhaça, torta de filtro e bagaço, transformando-os em energia limpa por meio de um processo de digestão anaeróbia avançado e sustentável. O biometano resultante ajudará a diversificar a matriz energética de Minas Gerais, reduzir as emissões de gases de efeito estufa e apoiar o crescimento sustentável do setor agroindustrial brasileiro.
O MOU representa um compromisso conjunto com a promoção da economia circular, a geração de empregos locais e a ampliação das soluções de gás renovável nas principais regiões produtoras de cana-de-açúcar do Brasil.
@Divulgação

Concluído o desenvolvimento do primeiro craqueador flutuante de amônia para hidrogênio do mundo

A Wärtsilä Gas Solutions, parte do grupo de tecnologia Wärtsilä, e a Höegh Evi, empresa global de infraestrutura de energia marinha, concluíram com sucesso o desenvolvimento do primeiro craqueador flutuante de amônia para hidrogênio do mundo. Essa tecnologia inovadora permite que terminais flutuantes de importação produzam hidrogênio em volumes industriais a partir da amônia transportada, marcando um passo importante na transição energética. O projeto foi anunciado em abril de 2023 e faz parte do programa de plataforma verde da Noruega.
O craqueador de amônia em escala industrial tem um design modular que permite a integração em Unidades Flutuantes de Armazenamento e Regaseificação (FSRUs) híbridas e
Terminais Flutuantes de Hidrogênio dedicados.
A tecnologia é altamente escalável, com capacidade de envio de até 210.000 toneladas de hidrogênio por ano. O armazenamento de amônia pode variar de 10.000 m³ a 120.000 m³.
“O craqueador flutuante de amônia para hidrogênio desenvolvido pela Höegh Evi, Wärtsilä Gas Solutions e parceiros é um divisor de águas para a economia do hidrogênio e a transição energética na Europa. Nossos terminais flutuantes e tecnologia de craqueamento podem liberar todo o potencial das cadeias de valor globais para hidrogênio verde, fornecendo à indústria europeia um fornecimento confiável de energia limpa nesta década”, disse Erik Nyheim, CEO da Höegh Evi.

Kjell Ove Ulstein e Erik Nyheim

“Este desenvolvimento pioneiro do craqueador flutuante de amônia para hidrogênio representa um avanço significativo em nossa busca por soluções energéticas sustentáveis. Juntamente com a Höegh Evi e nossos parceiros, não estamos apenas enfrentando os desafios de armazenamento e transporte de hidrogênio, mas também abrindo caminho para uma infraestrutura energética mais resiliente e flexível”, afirma Kjell Ove Ulstein, Diretor de Vendas e Marketing da Wärtsilä Gas Solutions.
O projeto recebeu aproximadamente €5,9 milhões em financiamento do programa de plataforma verde do governo norueguês, representando aproximadamente 50% do orçamento total. O craqueador de amônia foi construído no Centro Norueguês de Catapultas da Sustainable Energy em Stord, Noruega. Outros parceiros do projeto incluem o Instituto de Tecnologia Energética (IFE), a Universidade do Sudeste da Noruega, a Sustainable Energy e a BASF SE.
“O futuro da energia deve ser verde, e é nosso trabalho fazer parte do desenvolvimento tecnológico necessário para atingir esse objetivo. Estamos muito felizes com este projeto”, afirma Håkon Haugli, CEO da Innovation Norway.
A Innovation Norway é a organização norueguesa de promoção comercial e é parcialmente responsável pela alocação de fundos dentro do programa Green Platform.
De acordo com a estratégia REPower da UE, a Europa planeja importar 10 milhões de toneladas de hidrogênio renovável por ano até 2030. À medida que o desenvolvimento da rede de hidrogênio avança, a infraestrutura flutuante com tecnologia de craqueamento de amônia pode desbloquear importações em larga escala, fornecendo às indústrias difíceis de reduzir uma fonte de energia de base estável e equilíbrio dentro do sistema energético.
O hidrogênio está emergindo como um combustível sustentável viável em meio à transição para combustíveis fósseis e pode ser produzido a um custo relativamente baixo em países com amplo acesso a energia renovável. No entanto, é difícil armazenar e transportar hidrogênio devido à sua baixa densidade volumétrica de energia e às perdas por vaporização potencialmente elevadas.
A amônia é significativamente mais adequada do que o hidrogênio para esse propósito. Ela pode ser armazenada na forma líquida a pressões e temperaturas moderadas e transportada por longas distâncias por navio. Ao chegar ao destino, o craqueador de amônia a converterá novamente em hidrogênio para distribuição na rede elétrica central.



México busca regularizar mais de 7.700 instalações do setor
@DivulgaçãoASEA

Com quase 13.900 postos de gasolina no país, mais de 4.000 apresentam algum grau de não conformidade enquanto 3.700 postos de gasolina, de um total de 4.800, apresentam as mesmas irregularidades, compartilhou Armando Ocampo Zambrano, diretor executivo da Agência de Segurança, Energia e Meio Ambiente (ASEA).
Durante o Fórum Virtual Renagas, ele explicou que, a partir desta identificação aproximada do setor, a agência, como órgão regulador, assumiu competências regulatórias com o objetivo de gerar informações não só para a proteção e salvaguarda do meio ambiente, mas também para salvaguardar questões associadas à segurança industrial operacional das instalações, bem como preservar a integridade dos cidadãos.
“Isso nos permitirá tomar decisões informadas e melhorar a supervisão
ambiental, sempre com a missão de proteger o meio ambiente e a segurança do povo mexicano”, acrescentou.
Além disso, o chefe da Agência observou que essas ações resultaram na necessidade de fortalecer a administração e a regulamentação adequada dentro do setor de hidrocarbonetos, bem como implementar uma estratégia para regularizar a conformidade regulatória no setor.
“Nossa estratégia é regular o setor, garantir a conformidade regulatória, mas também coibir outros problemas associados. A falta de regularidade cria um caos administrativo e regulatório, que é o que queremos resolver”, enfatizou.
Desde a nova administração, liderada pela presidente Claudia Sheinbaum Pardo, o Ministério do Meio Ambiente e Recursos Naturais (Semarnat), o Ministério da Energia (SENER) e a ASEA


têm trabalhado para garantir instalações seguras e confiáveis, mitigar e reduzir os impactos ambientais do setor de hidrocarbonetos e reduzir e combater o comércio ilícito desses compostos.
No dia 7 de março, o Diário Oficial da Federação publicou o convênio que cria o Registro Nacional de Gás (RENAGAS) para aqueles que possuem postos de serviços de venda e distribuição de gás liquefeito de petróleo, bem como postos de serviços de venda de gasolina e diesel ao público. A partir daquele mês, foram registradas instalações na Cidade do México e na Área Metropolitana, que inclui os estados do México, Morelos, Hidalgo, Puebla e Tlaxcala.
Ocampo destacou que, nesse período, quase 80% das unidades nesses estados apresentaram registros satisfatórios. A expectativa é que a mesma participação seja esperada das concessionárias nos próximos meses.
Nuevo León está atualmente em processo de inscrição, e os participantes da indústria terão a oportunidade de concluir o processo até 30 de abril; Jalisco realizará essa operação durante o mês

de maio e, a partir de junho, o restante do país deverá iniciar o processo de preenchimento das informações.
Por sua vez, durante seu discurso, José Alejandro Hernández Patiño, chefe da Unidade de Planejamento, Ligação Estratégica e Processos da ASEA, enfatizou que reunir informações atualizadas sobre cada instalação é essencial para que a Agência possa realizar uma avaliação precisa do estado operacional e de segurança da infraestrutura do setor.
Este diagnóstico permitirá também uma melhor fiscalização e o desenho de ações específicas de regularização.
“É importante entender a situação atual de cada unidade para que possamos então assumir outras responsabilidades da Agência, como desenvolver ações e programas específicos de regularização”, explicou.
Por fim, o chefe da Unidade de Planejamento, Ligação Estratégica e Processos destacou que, a partir deste processo, o objetivo é concluir a integração da RENAGAS nos próximos dois meses e assim ter informações autogeridas pelos próprios permissionários; Por isso, ele pediu aos titulares de licenças que preparem seus documentos-chave com antecedência e garantiu que, por meio da plataforma intuitiva, o processo de registro não deverá apresentar grandes complicações se a documentação adequada for fornecida.
“Buscamos um setor de hidrocarbonetos forte, sustentável e autossustentável, mas que também esteja em conformidade com a lei. A RENAGAS é apenas mais uma ferramenta, além dos poderes de supervisão e fiscalização da agência”, concluiu o chefe da ASEA.


Techint deve retomar
operações no Pontal do PR

O grupo Techint anunciou oficialmente sua intenção de retomar as operações offshore em Pontal do Paraná, mirando a nova fase de investimentos da Petrobras em plataformas do tipo FPSO. A expectativa é de que os próximos contratos da estatal gerem demanda de até 60 mil toneladas em novos módulos, abrindo caminho para um novo ciclo de expansão da indústria naval brasileira.
O objetivo é transformar a região em um novo centro da indústria offshore brasileira e modernizar a unidade para atender às novas demandas de FPSOs com conteúdo local.
O investimento inicial de R$ 4,5 milhões será direcionado à revitalização das áreas administrativas e à modernização do cais. A empresa também planeja realizar novos aportes ao longo do ano para a criação de infraestruturas adicionais,
como galpões industriais permanentes, ampliando a capacidade de produção.
A Techint também iniciou conversas com outros players do mercado para possíveis subcontratações nas operações e construções de módulos no Brasil. A empresa já realizou mais de 300 projetos para a Petrobras e tem participação na construção de 60% dos grandes gasodutos e oleodutos do país.
A Techint foi responsável pela construção da FPSO P-76, projeto que atingiu 70% de conteúdo local e envolveu mais de dois mil fornecedores nacionais, a maioria da região sul. A ANP reconheceu a P-76 como a plataforma mais eficiente do Brasil em 2023, o que mostra a capacidade da Techint em liderar projetos de grande escala dentro dos prazos e padrões exigidos pelo setor. @Divulgação/Techint


PRIO compra participação da Equinor e assume Peregrino
@Divulgação

A Equinor Brasil acordou com a PRIO a venda de sua participação de 60% e da operação no campo de Peregrino, na Bacia de Campos. Com a aquisição, a PRIO passa a ser operadora e dona de 100% do campo. No ano passado, comprou 40% da participação da Sinochem.
O pagamento ocorrerá em duas parcelas, uma na assinatura, de 40%, e outra mais próxima do fechamento, de 20%.
A operação referente aos 40% receberá um pagamento de US$ 2,233 milhões, com um pagamento adicional de US$ 166 milhões condicionado à conclusão da segunda parte de 20%. A operação dos 20% terá um valor de US$ 951 milhões. O componente final é um valor máximo de juros de US$ 150 milhões, totalizando US$ 3,5 bilhões.


“Estamos muito orgulhosos do trabalho que nossa equipe realizou nos últimos 20 anos no campo de Peregrino. Este ativo tem sido a pedra angular da história da Equinor no Brasil. Estamos nos preparando para as operações em Bacalhau, bem como para o início das operações do projeto híbrido renovável Serra da Babilônia por nossa subsidiária Rio Energy, e estamos avançando com o gás do projeto Raia”, diz Veronica Coelho.
A PRIO informou que o negócio agregará 202 milhões de barris de reservas.

IBP defende formação profissional para 400 mil novos postos de trabalho até 2030
O presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), Roberto Ardenghy, defendeu o investimento concentrado na formação profissional especializada no setor para responder à crescente demanda, com previsão de mais de 400 mil novos postos de trabalho até 2030. “Temos hoje a possibilidade de um apagão de mão-de-obra no setor e precisamos nos preparar agora para capacitar mais de 400 mil pessoas nos próximos anos. O setor vai precisar de profissionais habilitados, com formação acadêmica e conhecimento em inteligência artificial e línguas estrangeiras, entre outras habilidades relacionadas à agenda da transição energética”, destacou Ardenghy, na cerimônia de abertura do Seminário A Força do Petróleo do Rio de Janeiro – Um Gigante Energético, na manhã desta quinta-feira (10), no Rio de Janeiro. O executivo completou destacando que o IBP oferece, por meio da sua Universidade Corporativa (UnIBP), mais de 400 cursos de formação profissional especializada.
Maior produtor de petróleo e gás do país, o Estado do Rio de Janeiro respondeu, em janeiro e fevereiro de 2025, por 89% da produção nacional de petróleo e 76% da produção nacional de gás, segundo dados da ANP. No cenário estadual, 53% da economia do Rio de Janeiro é sustentada pelo setor de petróleo e gás – com cerca de 550 mil empregos diretos. O Rio de Janeiro é também o maior exportador desses recursos no âmbito nacional. “Vejam

a dimensão que o setor tem para a economia nacional e do estado. O Rio de Janeiro tem hoje mais petróleo que Noruega, México e Angola. Somos hoje o principal exportador para o mercado chinês”, comparou o presidente do IBP. “O setor de petróleo e gás tem importância fundamental para a nossa economia e, também, para a economia do país”, afirmou o governador Cláudio Castro. “Enquanto se discute o licenciamento para exploração da Margem Equatorial, já foram anunciados investimentos de mais de R$ 180 bilhões até 2030 no Rio de Janeiro, sendo R$ 120 bilhões somente da Petrobras até 2029”, concluiu Cássio Coelho, secretário de Estado da Energia e Economia do Mar. Neste contexto, foram destinados ao Estado do Rio de Janeiro cerca de R$ 25 bilhões de royalties em 2024 provenientes da exploração e produção de óleo e gás.


Abastecimento inédito de HVO no Porto do Açu

A efen e a Wilson Sons realizaram no final de março o primeiro abastecimento de HVO (Hydrotreated Vegetable Oil) do setor marítimo brasileiro. Inédita, a operação de movimentação do combustível foi realizada no Terminal de Líquidos do Açu (TLA), da Vast Infraestrutura.
Este é o primeiro teste de HVO em embarcações no país, que recebeu em fevereiro deste ano a anuência da ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis). Também conhecido como diesel renovável ou diesel verde, o combustível foi importado pela efen para testes nos rebocadores da Wilson Sons, que operam no Porto do Açu, em São João da Barra (RJ), em substituição ao óleo diesel marítimo.



@Divulgação

“Este é um grande marco para a efen e todas as empresas envolvidas, sendo um passo relevante para a descarbonização no setor marítimo e portuário em âmbito nacional. Abastecemos os primeiros metros cúbicos de HVO e a expectativa é, em breve, de ampliar o fornecimento a outras embarcações de diferentes portes no Porto do Açu”, explica Rafael Pinheiro, CEO da efen.
O estudo com o diesel verde no Açu prevê análises de eficiência, de efeitos nos processos de manutenção e redução de emissões de Gases de Efeito Estufa – GEE. O uso do combustível pode diminuir mais de 80% as emissões de dióxido de carbono equivalente (CO2eq), considerando-se o ciclo de vida completo do insumo, mas a redução no futuro pode ser ainda maior, considerando-se a produção aqui no Brasil.
“Acreditamos que o uso do HVO, um combustível 100% compatível com os motores da nossa frota, representa um passo significativo em nossa jornada de redução de emissões”, afirma Marcio Castro, diretor executivo da Wilson Sons. “Somente com parceiros alinhados em busca de uma operação mais sustentável, teremos nossos objetivos de descarbonização alcançados. E com Porto do Açu, Vast e Efen, temos certeza que estamos no caminho certo”, completa.

Parceira da efen, a Wilson Sons tem a expectativa de que a iniciativa possa contribuir com as metas de redução de carbono da companhia na frota que conta com mais de 80 embarcações.
Para a Vast, a operação reforça o protagonismo do Terminal de Líquidos (TLA) da companhia, que fornece a infraestrutura necessária para a movimentação de biocombustíveis, como o HVO.
“A expectativa é ampliar o TLA, com futura construção de tanques para realizar a armazenagem e adição de biocomponentes aos combustíveis marítimos e capturar volumes de líquidos que hoje ainda não estão previstos no Terminal. Nosso plano é de que nos próximos anos a Vast tenha um hub operando uma gama diversificada de líquidos, como combustíveis claros, lubrificantes, etanol e químicos”, projeta Eduardo Goulart, diretor Comercial da Vast Infraestrutura.




Plataforma para projetos que visam a industrialização de baixo carbono, o
“Estamos atentos às metas de descarbonização em portos e ter a disponibilidade de HVO no Açu é fundamental para que nossos parceiros e clientes tenham a opção de já realizar as movimentações com redução de emissão de CO2eq. Trabalhamos também com empresas globais que já possuem acordos assinados com este porto-indústria para a instalação de plantas para a produção de combustíveis que não sejam fósseis, além do HVO, a partir de hidrogênio verde e amônia”, diz Eugenio Figueredo, CEO do Porto do Açu.
Porto do Açu reforça a importância do pioneirismo do combustível.

A ascensão da geopolítica energética: Transição verde e geoestratégia
Felipe Vasconcelos, fundador do Observatório Atena de geopolítica, divulgou sua visão sobre um dos principais fatores que vai moldar o futuro da política mundial e da Geopolítica, a questão energética. Debates sobre questões ambientais e econômicas tratando sobre a sustentabilidade e como aplicá-la ocupam cada vez mais os espaços de diálogo entre as nações e se tornam pauta cada vez mais presente nas organizações internacionais.
“Neste contexto, a pergunta que surge é: como será desenhada a geopolítica energética do futuro e o que muda neste cenário?
A importância das fontes energéticas



e seu protagonismo na geopolítica mundial não são fenômenos recentes. Ainda no Século XIX, disputas de potências imperialistas envolvendo o petróleo eram recorrentes, assim como na Segunda Guerra Mundial e durante a Guerra Fria. No entanto, com o advento do ambientalismo sobretudo a partir das décadas de 60 e 70 e a consciência cada vez maior da necessidade de um cuidado com o meio-ambiente e uma transição em direção à sustentabilidade, a geopolítica energética sofreu alterações significativas.
Um antigo provérbio aborígene diz que “se você cuidar da terra, a terra irá cuidar de você; se a destruir, ela te destruirá”. Naturalmente, nossa sociedade industrial crescente desde o final do século XVIII tende a fazê-la mais mal do que bem e, dessa forma, também nos prejudicamos. Felizmente, a sociedade parece ter acordado e, assim, caminhamos para uma nova era de substituir o preto do petróleo e da queima de carvão pelo verde da sustentabilidade ambiental. Nos últimos anos, nações têm investido cada vez mais em projetos de transição energética, para além de outros programas de sustentabilidade. Na Europa, o Pacto Ecológico Europeu de 2019 surgiu em harmonia com as políticas dos estados-membro em suas matrizes energéticas nacionais, com o exemplo da Alemanha, que desde os anos 90 incentiva a transição energética e tem essa como uma prioridade nacional e Portugal, que promoveu políticas que o tornaram um dos países mais descarbonizados do mundo. Nos EUA, inúmeras instituições trabalham na tentativa de promover uma sustentabilidade ainda maior, apesar
de, por vezes, bater de frente com o governo atual. Até mesmo na China, país mais poluidor do mundo, medidas vêm sendo adotadas em nome da transição energética. No caso do Brasil, nossa matriz já possui fontes renováveis como a maior parte de nossa energia, com a energia hidroelétrica mantendo sua posição como principal fonte e a energia solar se tornando um mercado cada vez mais promissor.
No entanto, a consciência é uma via de mão dupla e, portanto, é tão necessário compreender que políticas ambientais devem seguir um processo gradual e pragmático quanto é necessário entender a própria necessidade destas políticas, uma vez que uma transição insegura e apressada pode resultar em desafios para a economia e segurança nacional. A Alemanha, por exemplo, fechou inúmeras usinas de carvão buscando maior sustentabilidade, o que resultou em insegurança energética gigantesca por conta da dependência do gás natural russo, o que gerou grandes problemas com a chegada da Guerra Russo-Ucraniana em 2022.
Há de se entender, portanto, que a caminhada para a transição energética é dependente da estabilidade mundial, como certa vez apontou o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, e, portanto, deve ser tratada com pragmatismo pelas lideranças mundiais. Questões como guerras e crises econômicas, por exemplo, que implicam em problemas mais urgentes aos Estados, podem e, geralmente, vão atrapalhar o caminho mundial em direção à sustentabilidade, ao passo em que recursos, energia e foco destes



Estados devem ser redirecionados para solucionar essas demandas urgentes. Portanto, identifica-se o primeiro passo para a transição energética como sendo a estabilidade internacional.
Apesar disso, é fato que, para além de demanda ambiental, a transição para a sustentabilidade representa, também, oportunidade geoestratégica e geopolítica significativa para diversos países. Isso porque, em um cenário no qual a demanda por um discursoe exemplo - ambientalista é cada vez maior, apesar dos contrapontos, as nações referência em sustentabilidade e meio-ambiente têm o potencial de se tornarem lideranças mundiais, levando o mundo para um caminho mais verde. O papel de liderança, antes decidido apenas pela força das armas ou o número de indústrias, agora é também decidido pela sustentabilidade de uma nação.
Neste cenário, o Brasil emerge como uma das nações com maior potencial de liderança neste tema (e, de fato, vem assumindo essa posição). Com uma

matriz energética majoritariamente renovável, uma biodiversidade gigantesca e a Floresta Amazônica, não existe líder natural maior do que o Brasil para coordenar o mundo no caminho pela sustentabilidade e, assim, assumir o tão desejado e cobiçado papel de liderança na Comunidade Internacional, apesar de todas as dificuldades.
Percebe-se, portanto, que a Geopolítica energética vem se alterando e aumentando de dimensões por conta do advento das necessidades ambientais e que tal fenômeno deve ser observado com atenção e pragmatismo. Portanto, ao passo em que o mundo concilia seu objetivo de transicionar para uma sociedade mais sustentável e sua realidade de instabilidade, conflitos e crises, cabem a algumas nações o papel de liderar o esforço ambiental global, abrindo, para estas, novas portas em direção aos papéis de liderança do mundo, assim transformando a transição e a sustentabilidade em poderosas ferramentas geoestratégicas”.
Projeto da Cimento Apodi fortalece
fornecedores locais com capacitação especializada
@Divulgação

A Cimento Apodi deu mais um passo importante na execução do Projeto Qualificar, iniciativa voltada ao fortalecimento da cadeia produtiva no entorno da Fábrica de Quixeré, no Vale do Jaguaribe, no Ceará. Após a conclusão das etapas iniciais, o projeto entrou em sua fase de capacitação das empresas participantes, com foco nas melhorias operacionais e gerenciais de micro e pequenas empresas da região.
A primeira oficina, realizada em janeiro de 2025, abordou Controles Financeiros e marcou o início do cronograma de treinamentos. Desde então, as empresas estão sendo acompanhadas individualmente pela equipe de

“Transformar o futuro é o nosso propósito — e isso começa quando investimos em capacitação real, criando oportunidades para que nossos fornecedores se tornem mais competitivos e preparados para atender às diversas demandas do Vale do Jaguaribe. Iniciativas como essa têm o poder de mudar vidas, impulsionando famílias que veem no empreendedorismo uma verdadeira chance de crescer. Afinal, sustentabilidade também é sobre empoderar e promover autonomia”, enfatiza Dálila Valério - Gerente de Suprimentos da Cimento Apodi.


consultoria do Sebrae, que realiza visitas técnicas para garantir a aplicação prática dos conteúdos nas empresas. Essas visitas ocorreram ao longo dos meses de fevereiro e março, promovendo um acompanhamento personalizado e alinhado aos desafios de cada negócio.
O Qualificar é um projeto de encadeamento produtivo que visa preparar empresas locais não apenas para atender às demandas da Cimento Apodi, mas também para ampliar sua atuação no mercado regional. A iniciativa contempla diferentes fases, que começaram ainda em junho de 2023, com o mapeamento de segmentos prioritários de produtos e serviços. Em agosto de 2024, o projeto foi oficialmente lançado em um evento na própria fábrica, reunindo 46 empresas da região — das quais 26 aderiram ao programa.
Na sequência, o Sebrae realizou um diagnóstico completo em cada empresa,
avaliando aspectos como gestão financeira, processos, segurança e gestão de pessoas. A partir desses dados, foi possível desenhar uma trilha de capacitação sob medida para os participantes. Após a apresentação dos diagnósticos, a própria equipe da Cimento Apodi realizou visitas técnicas para validar os dados e fortalecer o relacionamento com os fornecedores.
Além da oficina já realizada, o cronograma do Qualificar inclui novas capacitações ao longo de 2025, com temas como Gestão de Compras e Estoque, Fluxo de Caixa e Capital de Giro, Consultoria de Processos, Documentação e Requisitos da Apodi, além de uma palestra com uma instituição financeira parceira.
Durante todo o projeto, a Cimento Apodi mantém um canal direto com os fornecedores, reforçando seu papel como empresa âncora e contribuindo para o desenvolvimento sustentável da economia local.
Cade aprova venda da Wilson Sons para a SAS
A Cade - Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica aprovou sem restrições, o acordo de venda do controle da Wilson Sons para a Shipping Agencies Services (SAS), subsidiária do grupo europeu de transporte marítimo MSC.
A Wilson Sons, companhia brasileira de serviços portuários, informou sobre a aprovação, notando que a decisão do órgão se torna definitiva após 15 dias contados a partir da publicação da decisão no Diário Oficial da União.
A empresa também reforçou que, mesmo com o aval da Cade, a conclusão da venda do controle da companhia ainda depende de outras condições precedentes, incluindo a aprovação da Antaq - Agência Nacional de Transportes Aquaviários.
Controladora da Wilson Sons, a OW Overseas firmou no ano passado acordo para vender sua participação de 56% na companhia brasileira para o grupo europeu MSC, em um negócio avaliado em R$4,35 bilhões. Na ocasião, a Wilson

Sons disse que esperava concluir a operação no segundo semestre deste ano. Em dezembro, em antecipação a
essa aquisição, a subsidiária da MSC, SAS, comprou uma fatia de 12% na Wilson Sons.
Basf apresenta novas soluções para cana-de-açúcar na Agrishow
A Basf esteve presente em mais uma edição da Agrishow com lançamentos voltados para o controle de doenças e manejo do solo na cana-de-açúcar, cultura que tem enfrentado extremos climáticos cada vez mais desafiadores nos últimos anos.
Depois de uma temporada marcada por altas temperaturas, secas prolongadas e queimadas na região Centro-Sul do país, a União das Indústrias de Canade-Açúcar e Bioenergia (Unica) estima que a moagem de cana-de-açúcar na safra 2024/2025 foi de 621,88 milhões de toneladas, uma queda de 4,9% ante o ciclo anterior. O rendimento de toneladas de cana por hectare também registrou um recuo de 10,7%.
O cenário reforça a necessidade de adoção de tecnologias que contribuam para preservar o potencial produtivo dos canaviais, sobretudo em períodos

de estresse climático, quando as plantas ficam ainda mais suscetíveis a pragas e doenças. É neste contexto que a BASF, presente no mercado há mais de 160 anos, está lançando um fungicida e um bionematicida voltado para o controle de doenças foliares e manejo de solo na

empresas e negócios
cana-de-açúcar.
Os produtos chegam para complementar a oferta de soluções para agricultura da empresa, que investe anualmente mais de 915 milhões de euros globalmente para pesquisa e desenvolvimento de novas soluções.
O Melyra® é o novo fungicida da Basf e Votivo® Prime a nova aposta no combate aos nematoides, pragas invisíveis.
“Temos um olhar atento aos desafios que o produtor enfrenta diariamente no campo, ainda mais diante de cenários climáticos cada vez mais imprevisíveis, que exigem tomadas de decisões rápidas e assertivas. Por isso, nosso compromisso é apoiá-lo com tecnologia e eficiência, reforçando nosso papel de parceiro estratégico do setor sucroenergético” afirma Katty Corrente, líder de marketing de hortifruti, cana e café da BASF Soluções para Agricultura.

Com R$ 690 mi, BNDES financia construção de parques eólicos no RN
O BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social aprovou financiamento no valor total de R$ 690 milhões para a TGR Subholding 1 S.A., subsidiária da Casa dos Ventos, empresa de geração de energia renovável e protagonista da transição energética no Brasil, para implantar dois parques eólicos, que integram o Complexo Eólico Serra do Tigre, nos municípios de Campo Redondo, Currais Novos, Lajes Pintadas e São Tomé, todos no Rio Grande do Norte.
Do total financiado, R$ 500 milhões são recursos do Fundo Clima (operação contratada com as novas condições para apoio a projetos eólicos, aprovadas pelo Conselho Monetário Nacional em


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dezembro de 2024) e R$ 190 milhões são do BNDES Finem (Linha Incentivada B/Energia). Ao todo, o projeto prevê investimento de R$ 889,4 milhões.
Serra do Tigre é um complexo eólico formado por 12 parques, com capacidade total de 756 MW. A implantação teve início no quarto trimestre de 2023 e a operação comercial plena está prevista para início de 2026. Para a construção de todo o complexo a previsão é de geração de cerca de 3,5 mil empregos diretos e indiretos.
O financiamento do BNDES contempla dois parques do complexo: Ventos de São Rafael 03 e 06, com capacidade instalada total de 121,5 MW, e o sistema de transmissão associado composto por duas linhas de transmissão com 114 km e 25 km de extensão cada uma e duas subestações coletoras. A conexão do complexo ao Sistema Interligado Nacional (SIN) se dará por meio da

Subestação (SE) Santa Luzia II, de propriedade do Grupo Neoenergia. Os aerogeradores do Complexo Eólico Serra do Tigre serão fornecidos pela Vestas, com fabricação em Aquiraz, Ceará.

“O BNDES é o maior financiador de energia limpa do mundo, com mais de US$ 36 bilhões destinados a projetos para o setor no Brasil desde 2004, segundo pesquisa da Bloomberg. O projeto aprovado para o Complexo Serra do Tigre está em linha com a missão do Banco de contribuir com a diversificação da matriz energética brasileira, utilizando uma fonte de energia renovável e evitando a emissão de gases de efeito estufa equivalentes a 188,4 mil toneladas de CO2 por ano”, afirma o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.
A TGR Subholding 1 S.A. controla duas sociedades de propósito específico (Ventos de Santa Bertilla e Ventos de Santa Isabel), responsáveis pela implantação e pela operação dos parques eólicos e do sistema de transmissão associado, que integram o Complexo Eólico Serra do Tigre.



“O Complexo Eólico Serra do Tigre será um dos maiores do Brasil e um incremento importante na matriz elétrica renovável brasileira, acelerando a transição energética do país. Estamos à frente desse movimento com um portfólio robusto e buscando sempre as melhores opções de financiamento para nossos empreendimentos”, explica Ivan Hong, diretor financeiro da Casa dos Ventos.
Exploração de novos blocos pode triplicar reservas e dobrar produção
A expansão da produção de petróleo e gás nos próximos anos deverá proporcionar maior arrecadação de royalties, oferta de empregos e dinamismo à economia do Espírito Santo, representando uma grande oportunidade de atração de investimentos. A análise foi feita por José Mauro Coelho e Guilherme Mercês, sócios fundadores da Aurum Tank, consultoria especializada em estratégia e regulação para o setor de energia.
Segundo a consultoria, o leilão este ano de 10 blocos na Bacia do Espírito Santo indica investimentos superiores a R$ 230 bilhões, divididos por todo o horizonte de operação dos projetos, de cerca de 25 anos. Somados aos campos hoje em desenvolvimento, podem triplicar as reservas e dobrar a produção atual. Os novos blocos exploratórios, de acordo com a Aurum Tank, representarão royalties de R$ 10,9 bilhões para o Estado e de R$ 4,7 bilhões para os municípios capixabas até 2054.
“A manutenção de patamares elevados

de produção de petróleo e gás natural é relevante para as finanças públicas do Estado e dos municípios do Espírito Santo”, destaca José Mauro Coelho, expresidente da Petrobras e ex-secretário nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia. “Municípios com maior arrecadação de royalties apresentam maior desenvolvimento econômico, aumentando o poder de compra das famílias”, acrescentou.
José Mauro(esq) e Guilherme Mercês
Stemac e Weichai fortalecem parceria e impulsionam inovação no setor de energia
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A Stemac inicia o segundo trimestre deste ano com um passo estratégico para o mercado de geração de energia no Brasil. Considerada a maior especialista nacional na fabricação e comercialização de grupos geradores, a companhia fortalece sua parceria com a Weichai, gigante chinesa da indústria de motores, máquinas e equipamentos pesados, e consolida um movimento de inovação e expansão.
“Selamos nossa relação comercial com uma visão de longo prazo. Transformaremos o mercado de soluções em energia no país, proporcionando aos nossos clientes a vanguarda tecnológica no segmento”,
afirma Valdo Marques, Vice-Presidente Executivo da Stemac.
O reforço dessa parceria ganha ainda mais relevância com o início das operações da Weichai no Brasil, em Itumbiara (GO), onde a empresa chinesa estabeleceu sua unidade operacional em dezembro de 2024. Com um investimento inicial de R$ 100 milhões, a nova fábrica, localizada junto ao parque industrial da Stemac, unirá a excelência nacional na fabricação de grupos geradores à tecnologia de ponta da Weichai, criando um ecossistema de inovação e alto desempenho.
Parte do Shandong Heavy Industries Group, que faturou US$ 77 bilhões em




2024, a Weichai é referência global em diferentes segmentos, controlando marcas como a italiana Ferretti (iates de luxo), a Sinotruck (líder mundial em caminhões para serviço pesado), a Lovol e a Shantui (máquinas agrícolas e de construção), a alemã Linde (equipamentos para movimentação interna) e a francesa Baudouin (motores de alta performance).
Com essa aliança, Stemac e Weichai ampliam sua atuação em pesquisa e desenvolvimento para criar motores e grupos geradores mais eficientes e sustentáveis, atendendo a um mercado cada vez mais orientado para soluções ecologicamente corretas. A expertise local da Stemac, combinada à força global da Weichai, possibilita a personalização de produtos para atender às demandas específicas do mercado brasileiro com ainda mais precisão.
“Com a atuação conjunta das empresas, estamos combinando o melhor da experiência local da Stemac com a força global da Weichai, criando produtos que refletem excelência tecnológica e atendem às necessidades do mercado”, reforça Valdo Marques.
Além do desenvolvimento de novas
tecnologias, a colaboração também prevê investimentos em treinamento e capacitação para técnicos e operadores, garantindo que as equipes estejam sempre alinhadas com as mais recentes inovações do setor.
A união das empresas ainda abre portas para a exploração de novas oportunidades de mercado nos segmentos de agricultura, construção, transportes, indústria, serviços e residencial, consolidando uma presença forte e integrada.
A sustentabilidade também é um pilar essencial nessa estratégia. Stemac e Weichai estão comprometidas com o desenvolvimento de soluções que, além de oferecerem alto desempenho energético, reduzam os impactos ambientais, promovendo um equilíbrio entre inovação tecnológica e responsabilidade ecológica.
A nova planta em Itumbiara não apenas fortalece a posição da Stemac no setor energético, mas também representa um avanço estratégico na consolidação do Brasil como um polo industrial relevante para o Grupo Shandong, abrindo caminho para um futuro de inovação e crescimento sustentável.
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Aqualung Carbon Capture encerra com sucesso primeira rodada de financiamento de 2025

A Aqualung Carbon Capture, pioneira em tecnologia de captura e separação de dióxido de carbono (CO2) por membrana, anunciou o desfecho bemsucedido da sua primeira rodada de financiamento. Essa rodada contou com o apoio do parceiro da Aqualung no Joint Development Agreement (JDA), um dos maiores fabricantes mundiais de membranas, além de outros investidores estratégicos, incluindo a Liquid Gas Equipment Ltd (LGE), de propriedade integral do Babcock International Group, a Tupras Ventures e a Delek Innovation, a CVC da Delek (US) Holdings.
Esse aumento de capital representa um feito muito importante na missão da Aqualung de se estabelecer como uma empresa líder em captura de carbono. Nos últimos quatro anos, as unidades
piloto da Aqualung demonstraram com sucesso que sua solução inovadora de membrana de transporte facilitado não pressurizado é econômica e aplicável em vários setores, incluindo processamento de gás natural, fornos de cal e aplicações de transformação de resíduos em energia. Essas unidades continuarão sustentando a implementação comercial da solução da Aqualung em larga escala. Por meio dessa transação, a Aqualung garantiu seu parceiro de desenvolvimento e fabricação em escala comercial, permitindo que a empresa se concentre em sua principal propriedade intelectual (PI) de revestimento de película fina e no desenvolvimento de projetos, cumprindo o substancial pipeline comercial da Aqualung. A capacidade comprovada do parceiro @DivulgaçãoAqualung

do JDA de aumentar significativamente a capacidade de fabricação, mantendo a alta qualidade a um baixo custo, será fundamental para a trajetória de crescimento da Aqualung.
A Aqualung tem o compromisso de fazer parcerias com lideranças industriais para desenvolver uma solução abrangente de captura e sequestro de carbono que seja economicamente viável em uma série de setores. Com esse financiamento, a Aqualung está pronta para fazer avanços significativos no setor de captura de carbono. Espera-se que a fase 2 da rodada de financiamento seja concluída em meados de 2025.
O BNP Paribas e a MaxEn Capital Advisors atuaram como consultores conjuntos da Aqualung nessa transação.
“Estamos muito empolgados com o desfecho da fase 1 de nossa rodada de capital com quatro investidores e parceiros industriais. Nossa tecnologia exclusiva sempre exigiu um fabricante de membranas em larga escala e é uma honra contar com uma parceria de classe mundial. Nossa missão de nos tornarmos a solução de baixo custo para o setor deu um passo importante e mal podemos esperar para concretizar nossas novas parcerias,” expressou Andrew Robbins, CEO da Aqualung.

Declaração da Presidência do BRICS reforça compromisso do grupo com o clima; transição energética e reforma das instituições de governança global
O embaixador brasileiro coordenou os trabalhos do encontro no Palácio do Itamaraty (RJ). Com quorum completo, entre países membros e parceiros, avançou-se em pautas que subsidiarão os líderes de Estado e governo do BRICS na Cúpula de julho.
A primeira Reunião de Chanceleres do BRICS após a expansão do grupo terminou com a divulgação da Declaração da Presidência Brasileira. O texto de 62 parágrafos reflete a maturação dos temas prioritários em discussão no grupo, resultado de duas reuniões de Sherpas, em fevereiro e na semana passada. O documento servirá de subsídio para a Declaração de Líderes, a ser debatida na Cúpula, que acontece dos dias 6 e 7


Foto: Isabela
Castilho/BRICS Brasil
de julho, que também terá por palco a capital fluminense.
A Declaração da Presidência é fruto do esforço entre as autoridades máximas da diplomacia dos países do grupo. Etiópia e Egito fizeram objeção a partes do parágrafo 8.
“Debatemos o papel do Sul
Global na promoção de um multilateralismo. Essa visão reflete a convicção de que os desafios globais da fome, da transição energética, da exclusão digital e da emergência climática não serão superados sem uma nova arquitetura de cooperação internacional centrada na solidariedade, no desenvolvimento e na paz”, afirmou o ministro das Relações

Exteriores do Brasil, o embaixador
Mauro Vieira, que coordenou os trabalhos.

Durante os dois dias da reunião ministerial, foram discutidos temas relacionados às crises globais e regionais; reforma das instituições internacionais para uma governança mais inclusiva e sustentável; e o papel do Sul Global no reforço do multilateralismo. A integralidade de participação dos países membros (Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia e Irã), bem como de todos os países parceiros (Belarus, Bolívia, Cazaquistão, Cuba, Malásia, Tailândia, Uganda, Uzbequistão e Nigéria), reforça o interesse ativo na atuação coordenada pelas pautas do Sul Global
Desenvolvimento sustentável e COP30
Destacando que neste ano o Brasil, além de presidir o BRICS, recebe também, em novembro, a COP30 (Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima), o texto indica que o agrupamento está disposto a contribuir com seus melhores esforços para enfrentar os desafios climáticos. Todos os países membros reiteraram o compromisso com o Acordo de Paris, bem como com o fortalecimento da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (UNFCCC, na sigla em inglês) como fórum internacional apropriado e legítimo para discutir a questão da mudança do clima em todas as suas dimensões.
A demanda para que países desenvolvidos cumpram suas obrigações nos termos da Convenção e avancem na implementação da decisão sobre a nova meta coletiva quantificada sobre financiamento climático também consta ao documento.

A Declaração saúda o 10ª aniversário do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), reiterando sua essencialidade na promoção da infraestrutura e do desenvolvimento sustentável dos seus países membros. O documento apresenta a concordância em tornar o NDB um novo tipo de banco multilateral de desenvolvimento do século 21 e formaliza a acolhida da brasileira Dilma Rousseff como presidenta do Banco para um mandato adicional de cinco anos. Foi durante o mandato de Dilma como presidenta do Brasil, em 2015, quando o país sediou a 6ª Cúpula dos BRICS, em Fortaleza (CE), que a instituição foi fundada.
Em relação à participação social, considerada no pilar People-toPeople (P2P), os ministros reafirmaram a importância dos intercâmbios interpessoais do BRICS para aprimorar a compreensão mútua, amizade e cooperação. A Declaração reconhece que as relações interpessoais são fundamentais para o enriquecimento das sociedades e o desenvolvimento das economias. Nesse contexto, foi solicitado maior empenho na promoção do respeito à diversidade cultural, na valorização da ancestralidade, da inovação e da criatividade, além da defesa de intercâmbios e cooperação internacional robustos entre os povos.

Pela primeira vez na história, representantes da sociedade civil tiveram espaço formal junto aos sherpas, para apresentar propostas diretamente aos principais negociadores dos países

membros durante a 2ª Reunião de Sherpas do grupo. A sessão representa uma mudança significativa na forma como o grupo incorpora as demandas populares em seu processo decisório.
Sinopec publica relatório Previsão
Energética Global: Perspectivas Energéticas Globais para 2060
A China Petroleum & Chemical
Corporation -Sinopec divulgou oficialmente o primeiro relatório Perspectivas Energéticas Globais para 2060 em 21 de abril, no evento de lançamento no exterior dos relatórios do setor químico e energético da China, realizado em Riade, na Arábia Saudita. No evento, também foram publicados mais dois relatórios, o Perspectivas energéticas da China para 2060 (Edição de 2025) e o Perspectivas do setor químico e energético da China de 2025.
Este é o terceiro evento de lançamento no exterior da Sinopec na Arábia Saudita, intensificando o trabalho conjunto na transição energética e promovendo intercâmbios acadêmicos e comerciais.
Pela primeira vez, uma empresa chinesa publicou uma perspectiva energética global de médio a longo prazo no exterior, utilizando pesquisas inovadoras para melhorar as previsões. O relatório prevê que o consumo global de energia primária atingirá o pico de 26,71 bilhões de toneladas de carvão convencional até 2045, com as energias renováveis representando 51,8% até 2060. O consumo de energia diminuirá para 25,25 bilhões de toneladas até 2060, com o petróleo e o gás representando 35,7%.
O consumo de petróleo atingirá o pico de 4,66 bilhões de toneladas em 2030, mudando o foco do setor de transporte para o de matérias-primas industriais,

embora ainda represente 40% da energia do transporte até 2060.
A energia de origem não fóssil terá um grande crescimento: o uso de hidrogênio aumentará de 2% em 2023 para quase 50% em 2060, ultrapassando 340 milhões de toneladas por ano. A capacidade da CCUS aumentará para 110 milhões de toneladas até 2030 e 4,7 bilhões de toneladas até 2060, fomentando a transição energética.
O relatório Perspectivas energéticas da China para 2060 (Edição de 2025) prevê que o uso de energia primária da China se estabilizará após 2030, atingindo um pico de 6,8 a 7,1 bilhões de toneladas de carvão convencional. A demanda por petróleo atingirá o pico antes de 2027, enquanto a energia de origem não fóssil ultrapassará os combustíveis fósseis na geração de energia até 2035. A previsão é de que as emissões de CO provenientes da energia atinjam um pico

de 10,8 a 11,2 bilhões de toneladas antes de 2030, garantindo um pico de carbono antecipado.
O Perspectivas do setor químico e energético da China de 2025 observa que a capacidade total de refino da China
atingirá o pico de 960 a 970 milhões de toneladas por ano até 2025, enquanto o setor químico enfrenta excesso de capacidade em olefinas, aromáticos e altos níveis sustentados de capacidade em produtos químicos a granel.
Padrão de Combustíveis Renováveis
(RFS) e os Preços dos Combustíveis para Transporte - Revisitado
De acordo com a legislação americana (RFS – Padrão de Combustíveis Renováveis), refinarias e importadores devem cumprir mandatos para incluir volumes específicos de biocombustíveis na produção de combustíveis para transporte. Os RINs (Números de Identificação de Combustíveis Renováveis) são adquiridos e submetidos para conformidade.
O RFS possui políticas discricionárias e componentes de isenção que podem variar de flexíveis a agressivos. Essas políticas são ajustadas por qualquer governo no poder e afetam o preço dos RINs, cujo custo é adicionado ao preço dos combustíveis para transporte e repassado aos consumidores.
Durante os últimos quatro anos do governo Obama, os custos dos RINs apresentaram uma tendência ascendente de 5 centavos de dólar por galão em 2013 para 15 centavos de dólar por galão no início de 2017.

O primeiro governo Trump reduziu os requisitos do RFS por meio do uso agressivo de isenções para pequenas refinarias. Isso levou a uma queda no custo de repasse para 5 centavos de dólar por galão.
Durante o governo Biden, as isenções para pequenas refinarias foram restringidas, fazendo com que a carga do RIN aumentasse para uma faixa de 25 a 30 centavos de dólar por galão. No entanto, no final do governo, várias refinarias de biodiesel foram construídas em antecipação aos altos mandatos para a mistura de diesel renovável. Os mandatos foram definidos abaixo do esperado, levando a um excesso de RINs. Esse excesso posteriormente reduziu os preços do RIN e a um custo de repasse de 8 centavos de dólar por galão.
Alguns aumentos nos mandatos para biocombustíveis ocorreram desde então, levando a um aumento nos preços do RIN e, portanto, nos custos de repasse.

Parceria na combinação de tecnologias para a produção de combustíveis renováveis a partir do CO2
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O Porto do Açu e a Repsol Sinopec Brasil firmaram um acordo para o desenvolvimento de estudos técnicos de combinação da tecnologia de captura de dióxido de carbono (CO2) diretamente do ar com a tecnologia de conversão deste CO2 capturado em combustível de menor pegada de carbono para embarcações e aviação, duas tecnologias que estão em desenvolvimento pela RSB.
O projeto tem o objetivo de estabelecer um ciclo que não apenas mitiga as emissões de CO2, mas também transforma esse gás em combustível renovável, um recurso essencial para operações portuárias. O Porto do Açu recebeu mais de 7.000 embarcações apenas em 2024, o que o torna o local ideal para o desenvolvimento dessa tecnologia.
A parceria tem foco pioneiro em soluções de descarbonização para os setores marítimo-portuário e aviação, que enfrentam desafios cada vez maiores para
atingir suas metas de sustentabilidade. A expectativa é que a planta piloto tenha capacidade para capturar 5.000 toneladas de CO2 por ano, produzindo cerca de 300 litros de combustível sustentável por dia, que pode ser diretamente testado e validado nas embarcações de apoio.
O projeto foi uma das 43 propostas selecionadas em uma chamada pública FINEP-BNDES para desenvolvimento e implantação de unidades de produção de combustível de aviação sustentável (SAF) e combustíveis para navegação, de um total de 76 inscrições.
A iniciativa integra o portfólio de inovação do Porto do Açu, liderado pelo Cais Açu Lab, que visa se consolidar como um hub estratégico de soluções energéticas e sustentáveis e conta com a experiência dos projetos DAC.SI e CO2CHEM, capitaneados pela Repsol Sinopec. O DAC.SI é desenvolvido em parceria com a PUCRS e comissionou em 2024 uma unidade DAC (Direct Air


Capture) com potencial de captura de 300 toneladas de CO2 direto do ar por ano. Já o projeto CO2CHEM, tem a Hytron, a USP e o SENAI Cetiqt como parceiros, para o desenvolvimento de uma planta piloto de produção de combustíveis
“Este é um marco para a indústria brasileira e global, pois representa um avanço significativo na captura de CO2 e na utilização dessa tecnologia para a produção de combustíveis. Nosso objetivo é acelerar a transição energética e contribuir para o alcance das metas climáticas, destacando o protagonismo da Repsol Sinopec e do Porto do Açu, através da utilização da inovação como ferramenta para impulsionar o desenvolvimento de tecnologias que realmente façam a diferença”, disse Eugenio Figueredo, CEO do Porto do Açu.
renováveis a partir do CO2. O acordo firmado entre as duas empresas inclui um MoU, garantindo o alinhamento das expectativas entre as partes para desenvolvimento desta nova solução tecnológica.
Alejandro Ponce, CEO da Repsol Sinopec Brasil, reforçou a importância da parceria.
“Acreditamos que a colaboração é essencial para a inovação. E essa parceria representa um avanço significativo para as tecnologias que estamos desenvolvendo na Repsol Sinopec Brasil com objetivo de contribuir para a descarbonização da economia, alinhados à ambição global do Grupo Repsol de atingir emissões líquidas zero até 2050. Investir em parcerias, como essa com o Porto do Açu, é a chave para impulsionarmos uma transição energética justa”.


Práticas recomendadas para tecnologias de detecção e quantificação de emissões de metano – upstream

Em resposta ao contínuo avanço da tecnologia, a atualização do guia de recomendações práticas para detecção de metano e tecnologias de quantificação expandiu o número de tecnologias incluídas na orientação conjunta IpiecaIOGP-OGCI-Instituto de Energia e na ferramenta de filtragem de tecnologia online.
A orientação fornece às operadoras de petróleo e gás uma estrutura e diretrizes para auxiliar na seleção e implantação de tecnologias de detecção e quantificação de emissões de metano adaptadas às suas instalações e objetivos na indústria de petróleo e gás upstream. E é acompanhada por uma ferramenta de filtragem de tecnologia online, que agora abrange 53 tecnologias. Isso
permite que as operadoras encontrem a tecnologia certa para suas necessidades específicas, orientando-as em questões como objetivos da tecnologia, características da instalação, localização e outros critérios.
Quatro organizações (Ipieca, a IOGP, a OGCI e o Energy Institute) colaboraram no projeto, visto que a eliminação das emissões de metano da indústria de petróleo e gás upstream representa uma das melhores oportunidades de curto prazo para contribuir para a mitigação das mudanças climáticas e para o avanço das metas do Acordo de Paris.
O relatório fornece critérios que os operadores podem considerar ao selecionar tecnologia, orientação sobre

ACESSE AQUI

implantação de tecnologia e exemplos de experiências dos operadores com diferentes combinações de tecnologias.
Juntamente com o relatório, foi desenvolvida uma ferramenta de filtragem tecnológica online, com fichas técnicas detalhadas abrangendo mais de 50 tecnologias e árvores de decisão para orientar a implantação tecnológica. Isso
permite que as operadoras encontrem a tecnologia certa para suas necessidades específicas.
O relatório reconhece que não existe uma abordagem única para a tecnologia, portanto, fornece aos operadores uma estrutura e diretrizes para selecionar e implantar tecnologias adaptadas às suas instalações e objetivos.
Conheça as “constituencies”, grupos de observadores que lutam por justiça climática na COP
Ao todo, nove agrupamentos fazem parte oficialmente da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC); compõem essas formações 96 organizações não-governamentais brasileiras.
Foto: Divulgação/COP29

Durante a COP 29, em Baku, no Azerbaijão, pontos focais das “constituencies” foram chamados pelo presidente da Conferência para conhecer as prioridades de cada grupo temático
Há três categorias de participantes em reuniões e conferências no processo da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC): representantes das Partes da Convenção
e dos Estados Observadores, membros da imprensa e da mídia e representantes de organizações observadoras. Entre as organizações observadoras, existem as organizações não governamentais
que são organizadas em nove “constituencies” — grupos temáticos oficializados pela Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC). São nove categorias que foram reconhecidas formalmente no documento final aprovado na Rio+20, “O Futuro que Queremos” como atores chave na implementação das ações de desenvolvimento sustentável.
Algumas das “constituencies” são popularmente conhecidas nas COPs por suas siglas em inglês. São elas: ENGO (Organizações Não Governamentais ambientais), BINGO (Negócios e Indústria), RINGO (Organizações Não

Governamentais Independentes e de Pesquisa), TUNGO (Organizações Sindicais), YUNGO (Organizações de Juventude), IPO (Organizações de Povos Indígenas), LGMA (Autoridades municipalistas e de governo local), Agricultores e Mulheres e Gênero. Dois desses grupos nasceram junto com a COP, o de Organizações NãoGovernamentais Ambientais e o de Negócios e Indústria (BINGO). Jacobo Ocharan, integrante da Rede de Ação Climática (CAN) e integrante da ENGO, explicou que o grupo se modificou nas últimas três décadas:
“Continuamos com o título de ONGs ambientais, mas expandimos nosso trabalho para todas as organizações com interesse ambiental e abordagem baseada em direitos”, afirmou o ambientalista durante o evento “Diálogo para o Clima de Petersberg”, reunião preparatória para a COP 30 que ocorreu em março, em Berlim, na Alemanha.
A partir da COP 1, realizada em Berlim, na Alemanha, em 1995, outros grupos começaram a ser incorporados. Nessa edição, a UNFCCC incluiu como

observador dos debates climáticos a “constituency” de Governo Local e Autoridades Municipais (LGMA).
“O grupo é a voz das cidades, vilas e regiões no processo climático da ONU. E, neste sentido, esse é a constituency que pede por uma ação, em diversos níveis, de urbanização como um instrumento parte da ação climática. Fomos reconhecidos no Acordo de Paris, no Pacto de Glasgow e no Consenso dos Emirados Árabes. Estamos abertos à participação de governos locais e regionais, de todos os tamanhos, em todo o mundo, para que possamos nos unir por um mundo melhor, tanto por nossas cidades, quanto por nossas nações e pelo mundo”, explicou Yunus Arikan, que é ponto focal do LGMA, também em Petersberg.

Cada “constituency” é representada e organizada por um “ponto focal de constituency” (CFPs), que é basicamente uma pessoa responsável por representar o grupo e facilitar a relação com o secretariado da UNFCCC.
O grupo de ONGs de Povos Indígenas (IPO) foi oficializado como“constituency” na COP 7, no Marrocos, em 2001. O grupo atua no desenvolvimento de posições comuns na declaração dos povos indígenas, além de incidir junto aos negociadores durante as reuniões da UNFCCC.
Na sequência, na COP 9, na Itália, em 2003, somaram-se à categoria os Institutos de Pesquisa Independente (RINGO) e, na COP 14, na Polônia, em 2008, as ONGs de Sindicatos (TUNGO).

“Eu represento os trabalhadores que são gravemente afetados pela crise climática. Somos a voz desses trabalhadores nas negociações do clima e estamos muito seguros das nossas demandas. Exigimos uma transição justa para os trabalhadores, suas famílias e comunidades. Todo mundo sabe que a justiça climática é a chave para o sucesso de políticas para o clima e pode ser implementada com os trabalhadores, através do diálogo social e engajamento”, defendeu Bert De Wel, ponto focal da Constituency de Sindicatos, que também participou do evento em Petersberg.
Em 2011, na COP 17, realizada na África do Sul, foram criadas as “constituencies” de Juventude (YOUNGO) e de Mulheres e Gênero (WGC).
“Nós lutamos pela justiça para as mulheres e também pela equidade de gênero em todas as ações pelo clima. E, neste ano, vamos focar no Plano de Ação de Gênero e garantir que toda ação climática realmente leve em consideração as mulheres, pessoas de gênero diverso, LGBTQIA+ e também homens. E que todos se beneficiem igualmente de qualquer ação de justiça climática que seja feita”, contou Pat Bohland, da constituency de Mulheres, no fórum Diálogos do Clima.

De acordo com a ativista, para a COP 30 a Constituency terá liderança Grupo Feminista Latino-Americano, já que a conferência ocorrerá no continente, em novembro.
Ao todo, as nove “constituencies” incluem 3.956 organizações nãogovernamentais, segundo dados da última COP, no ano passado.
Desde 2016, o Secretariado da UNFCCC passou a reconhecer três grupos informais que contribuem para os debates da COP: As Organizações de Fé, (FBO), as organizações de Educação, Comunicação e Engajamento (ECO) e Parlamentares. Eles não possuem todas as prerrogativas que as “constituencies”

possuem, mas também participam das reuniões e recebem um número mais limitado de credenciais.
No Brasil, 96 ONGs fazem parte dos nove “constituencies” e outras 101 instituições compõem a modalidade informal. De acordo com informações da UNFCCC, os brasileiros estão representados, majoritariamente (58%), nas ONGs ambientais e ocupam uma significativa fatia (18%) de Pesquisa Independente e de Negócios e Indústria (11%).
Organizações de todo o mundo
podem solicitar o registro enquanto organização observadora, seguindo os trâmites determinados pela UNFCCC. É necessário preencher um formulário, que será analisado pelo Secretariado da UNFCCC.
Dados do Secretariado da ONU mostram que a COP 28, nos Emirados Árabes, foi a que mais admitiu ONGs, totalizando 595 instituições. Em segundo lugar está a COP 26, do Reino Unido, com 513 admissões, e, em terceiro, a COP 15, na Dinamarca, com 344 novas ONGs observadoras.
Projetos de carbono na Argentina

Existem benefícios ambientais, sociais, econômicos e governamentais nos projetos de carbono e a Mesa Redonda de Carbono Argentino divulgou um tour pelas características, especificidades e múltiplos benefícios oferecidos pelos projetos de carbono na Argentina.
Segundo a Mesa, existem mais de 12.000 projetos de captura e redução de carbono em todo o mundo certificados e registrados de acordo com padrões internacionais. Embora apenas 6% desses projetos sejam Soluções Baseadas na
Natureza (NBS), em 2021 e 2022, esse setor foi responsável por 46% de todo o volume de transações do mercado voluntário. Os projetos de carbono BNS promovem a conservação, o uso sustentável e a restauração de florestas nativas, o desenvolvimento de plantações florestais e a melhoria da gestão das florestas e da produção agrícola existentes, gerando impactos positivos não apenas nos ecossistemas e no meio ambiente, mas também nas comunidades locais e proprietários de terras por meio de renda

econômica adicional.
Na Argentina, havia mais de 60 projetos de mercado de carbono registrados até 2024, o que representa apenas 0,5% do total global.
O crescimento internacional dos mercados de carbono oferece à Argentina oportunidades únicas com base em

sua rica biodiversidade, sua extensão territorial e o potencial de inovação de sua indústria, que pode gerar ganhos econômicos de diferentes tipos de projetos em setores como silvicultura, agricultura, pecuária, resíduos, energia, transporte, processos industriais e uso de produtos, entre outros.
De fato, “ projetos de carbono florestal estão em andamento na Argentina há mais de 15 anos. Isso ocorre em aproximadamente 20.000 hectares, distribuídos em diferentes regiões do país”, explica Juan Pedro Cano, coordenador da Mesa Redonda de Carbono Argentina.



ACESSE AQUI

Os mais de 50 membros que atualmente compõem a Mesa trabalham na conservação, na melhoria da gestão e na restauração de florestas nativas e na produção florestal, agrícola e pecuária.
A Mesa Redonda é composta por empresas e indivíduos que atualmente desenvolvem projetos de captura de carbono de Soluções Baseadas na Natureza nos setores agrícola e florestal.
A Mesa ressalta que os projetos de carbono normalmente têm um impacto duplo. Por um lado, contribuem positivamente para o meio ambiente ao reduzir, remover e capturar GEE e, por outro, também contribuem para a conservação e utilização sustentável de ecossistemas que fornecem produtos e serviços à sociedade e à biodiversidade em geral.
Os mercados de carbono são um mecanismo para reduzir emissões por meio de gestão principalmente privada, usando mecanismos de mercado. Não exige investimento ou financiamento público, mas exige que o Estado garanta as condições para o desenvolvimento do setor. “ Os projetos de carbono não restringem a produção, mas a complementam e geram financiamento
adicional para essas atividades produtivas. Eles também podem ajudar a atender às exigências do comércio internacional “, argumenta Cano que ainda pontua que a Argentina tem grande potencial não apenas para cumprir seus compromissos internacionais por meio de mecanismos, mas também para proporcionar reduções de emissões ao mundo. “Se projetos de captura e redução de carbono fossem desenvolvidos e certificados na Argentina em apenas 10% das terras agrícolas e florestais do país, seria possível estimar preliminarmente que a comercialização de certificados de carbono gerados por esses projetos poderia representar uma receita total de quase US$ 7 bilhões (US$ 340 milhões anuais). Se esse cálculo for aplicado a 30% das terras agrícolas e florestais, representaria mais de US$ 1 bilhão anualmente, o que pode ser comparado à renda gerada pela indústria pesqueira”.
A Mesa estima que os mercados de carbono crescerão entre 7 e 12 vezes até 2030 e entre 45 e 83 vezes até 2050 devido ao aumento da demanda internacional.


Solução completa de acionamento hidráulico
O sistema de acionamento Hägglunds Fusion da Bosch Rexroth dá um novo significado para compacto. Isso é possível porque o sistema de acionamento hidráulico todo é instalado no braço de torque: motor, gabinete, bombas etc. Sem caixa de engrenagens, base, engate de eixos ou alinhamentos complexos.
O braço robusto do equipamento faz com que o sistema de acionamento Hägglunds Fusion seja verdadeiramente autônomo. Mas, assim como os outros sistemas Hägglunds, ele oferece desempenho confiável que mantém a autossuficiência. O torque imbatível e a alta durabilidade garantem que esta solução completa ofereça sempre o mais alto nível de serviço.
Um sistema de acionamento Hägglunds Fusion não economiza apenas espaço. O baixo custo de propriedade oferece uma alternativa econômica aos acionamentos eletromecânicos em faixas de potência mais baixas.
Com um sistema de acionamento Hägglunds Fusion, equipamentos como alimentadores de placas, alimentadores de correia, transportadores de correia e transportadores de alimentação recebem torque máximo a partir da velocidade zero, além de limitação de torque integrado. Isso possibilita que eles iniciem, parem e revertam com a frequência necessária, mantendo os negócios em movimento sem risco de danos.
fácil de instalar, e a manutenção é igualmente fácil. As estrias internas ou um engate de disco de contração facilitam a instalação no eixo de acionamento e a função de todo o sistema é testada antes da entrega.
O projeto modular representa flexibilidade futura.


Câmeras à prova de explosões
Ideal para aplicações de saúde, segurança e meio ambiente (HSE) em áreas potencialmente inflamáveis, esta robusta câmera PTZ inclui análises de detecção precoce de fumaça e incêndio. Ela possui certificações internacionais para uso em Classe I/II/III Divisão 1 e Zona 1,21.
Com análise de alerta de fumaça, a AXIS XPQ1785 atua como uma camada adicional de segurança, monitorando sinais de fumaça ou fogo. Se detectados, os operadores são alertados para que possam avaliar a situação e determinar as respostas apropriadas. Além disso, ela permite proteger à distância os processos de produção. Isso ajuda a garantir que você só envie o pessoal para ambientes restritos e potencialmente inflamáveis quando necessário.
Câmera de posicionamento com certificação de Zona 1/ Divisão 1; Certificações internacionais para áreas perigosas; Análise de alerta de fumaça; Zipstream e Lightfinder; HDTV 1080p com zoom óptico de 32x; -60 °C a 60 °C (-76 °F a 140 °F); Garantia de 5 anos.

Sistema
de armazenamento de energia
de íons de lítio (ESS) de 2 MWh
O Sistema de Armazenamento de Energia Submarina (ESS) de 2 MWh foi um trabalho feito ao longo dos últimos dois anos e foi comissionado e testado in situ e, portanto, já atingiu o Nível de Prontidão Tecnológica 6 (TRL 6), de acordo com a API17Q.
O ESS é o primeiro do gênero no mundo a alcançar a qualificação API17F completa, bem como a certificação UN T38.3 para

transporte aéreo, marítimo e rodoviário, bem como a certificação DNV 2.7-3 para unidades offshore portáteis.
Cada Skid de Armazenamento de Baterias (BSS) tem uma potência total de 1 MWh –o ESS atual tem um total de 2 MWh. Isso é alcançado simplesmente conectando dois deles em paralelo. Atualmente, 6 unidades podem ser conectadas de forma a fornecer um máximo de 6 MWh no total.
O ESS opera com um conceito avançado de redundância e é equipado com recursos inovadores, como carregamento CA, um conversor de saída CA e configuração automática por meio de nosso SmartBMS™ e BCM (Módulo de Controle de Bateria, baseado em nossa comprovada tecnologia de controle NetDI®). O conceito de redundância do ESS garante um fornecimento de energia ininterrupto. Este projeto permite que se minimize o tempo de inatividade do sistema submarino.
Destaca-se a autoconfiguração via SmartBMS™. Este sistema inteligente de gerenciamento de baterias (BMS) otimiza automaticamente a operação dos sistemas de energia, desde o nível da célula até o nível do módulo, adaptando-se às respectivas necessidades. Isso não apenas maximiza a eficiência, mas também prolonga a vida útil das baterias e, consequentemente, a disponibilidade e a confiabilidade das instalações submarinas.
O chamado Power Skid atua como módulo conversor e interface entre o sistema submarino do usuário e o ESS. Um Modem de Telemetria Acústica (ATM) pode ser usado como backup para comunicação sem fio subaquática em longas distâncias, por exemplo, até 6.000 m.


Transdutor de pressão para aplicações de hidrogênio de alta pressão
A SUCO ESI North America lançou o transdutor de pressão HP1000H, projetado para atender à crescente demanda por aplicações de hidrogênio de alta pressão em diversos setores. À medida que a transição global para energia limpa se acelera, o hidrogênio emerge como um componente fundamental, impulsionando a demanda em setores como células de combustível para veículos, processos industriais e sistemas de armazenamento de energia.
Devido à sua baixa densidade, o hidrogênio precisa ser armazenado e transportado em altas pressões, com aplicações que vão desde postos de abastecimento de hidrogênio para veículos elétricos a célula de combustível (FCEVs) até sistemas de armazenamento de energia em larga escala no setor de energia renovável. O transdutor de pressão HP1000H oferece precisão e durabilidade incomparáveis, medindo pressões de até 5.000 bar (72.500 psi), tornando-o uma solução ideal para sistemas de células de combustível de hidrogênio, armazenamento de energia e sistemas de combustível marítimo.
O HP1000H possui certificações ATEX/IECEx opcionais, garantindo o uso seguro em ambientes perigosos com presença de hidrogênio. Essas certificações são vitais para prevenir a ignição em atmosferas explosivas, como as encontradas em postos de abastecimento de hidrogênio, sistemas de armazenamento industrial e aplicações marítimas. Além disso, o HP1000H oferece aprovação DNV GL opcional, atendendo aos rigorosos padrões de segurança marítima da indústria naval.
Com sua capacidade de suportar pressões extremas, durabilidade de longo prazo em ambientes ricos em hidrogênio e certificações de segurança líderes do setor, o HP1000H está pronto para apoiar o uso seguro e eficiente do hidrogênio em aplicações críticas. Seja nos setores de energia, transporte ou industrial, o HP1000H garante segurança, precisão e confiabilidade para sistemas de hidrogênio de alta pressão.


Transmissor de Pressão, Nível, Densidade e Vazão com Selo Eletrônico
O VDL10 da Vivace é um transmissor de pressão com selo eletrônico desenvolvido para medições de pressão diferencial, nível, vazão e densidade. Possui dois sensores capacitivos inteligentes e microprocessados, conectados por um selo eletrônico que possibilita operação segura e excelente desempenho em campo, com compensações de pressão e temperatura integradas, proporcionando alto desempenho e estabilidade das medições.
O transmissor está disponível nos protocolos de comunicação HART® 7 e Profibus PA para configuração, calibração, monitoração e diagnósticos, que podem ser realizados pelo usuário com a utilização de um configurador apropriado ou ferramentas baseadas em EDDL® ou FDT/DTM®. Além disso, os principais parâmetros podem ser configurados via ajuste local, utilizando a chave magnética.
Suas principais especificações: Exatidão: ± 0,075%; Sensor Capacitivo Microprocessado de Alta Performance, leitura digital; Medições de Pressão Diferencial, Nível, Densidade ou Vazão como PV; Tempo de Resposta: 100 ms; Compensação de Temperatura e Pressão Built-in; 5 Faixas de Pressão – Fx.1: -765 a 765 mmH2O até Fx. 5: -1 a 21 Kgf/cm2; HART® 7 / 4-20mA e PROFIBUS-PA; Totalização com Persistência; Extração de Raiz Quadrada e Tabela de Usuário; LCD de 5 Dígitos, Rotativo, Multifuncional e Fácil Uso; Suporta DD, EDDL e FDT/DTM; Sem Polaridade na Alimentação; Protetor de Transiente Embutido; Ajuste Local com Chave Magnética. As bibliotecas DTM para os equipamentos HART e Profibus-PA podem ser encontradas nas descrições dos produtos VCI10-UH e VCI10-UP, respectivamente, no diretório Interfaces no site da Vivace.


NovaDCN
A NovaDCN Smar foi desenvolvido em parceria com a Intel®, empresa que também faz parte do OPAF. Desta forma, trazemos para o mundo da automação industrial os poderosos processadores da família Intel®, projetado para soluções completas de controle distribuído em total conformidade com o O-PAS.
Suas principais características são Hardware desenvolvido em parceria com a Intel®; Certificado de compatibilidade O-PAS; Portabilidade; Interconectividade; Instalação industrial; Processador Intel Atom® x6200FE; 4 portas Ethernet 1000 Mbps RJ45; Comunicação OPC-UA; Alimentação 24V com consumo de 2A; Porta USB 3.1; Sistema Operacional Debian Linux.
As NovaDCNs também atuam como um gateway para outras redes ou sistemas, como sistemas legados, gateways sem fio, redes de campo digital, E/S e controladores de sistemas DCS ou PLC. A NovaDCN possui também em sua linha Gateways que permitem a integração do System302 com o O-PAS. Assim, ele integra o Legado com o Novo; fornece acesso a sistemas legados através do O-PAS Signal; permite a utilização das tecnologias HART, Profibus, Fieldbus Foundation, Modbus e sinais de I/O convencionais com os sistemas O-PAS; e possui arquivo de descrição AML.


Componentes de automação escaláveis e modulares
O sistema de E/S da Beckhoff suporta cerca de 1.000 terminais, sendo provavelmente o sistema mais completo do mercado. Os componentes permitem que os usuários operem configurações de sinais mistos sem restrições em cada estação. Isso significa que um único nó de entrada/saída não central pode mapear todos os sinais necessários. Diversos terminais do nosso amplo portfólio de terminais de ônibus possuem certificação DNV GL e, portanto, são adequados para instalação em navios.
O sistema modular de E/S da Beckhoff consiste em blocos de terminais eletrônicos para a fiação direta de sensores/atuadores e um Acoplador de Barramento, Controlador de Terminal de Barramento ou PC Embarcado para conexão com sistemas de barramento comumente encontrados na construção naval –incluindo EtherCAT, CANope, DeviceNet, EtherNet/IP, Modbus TCP/RTU, PROFIBUS, PROFINET, OPC UA e RS232/RS422/RS485. Com mais de 100 tipos de sinal, todos os sensores e atuadores comuns podem ser perfeitamente integrados ao controlador. Todas as áreas de aplicação, do controle de acionamentos a equipamentos de medição, também são cobertas. O design finamente granular com 1 a 16 canais por terminal permite que os usuários adaptem o sistema exatamente às suas necessidades de aplicação. O uso de componentes padrão garante soluções econômicas e completas, bem como integração perfeita com sistemas existentes.
O controle baseado em PC integra ampla tecnologia de medição e controle em uma plataforma universal, permitindo a aquisição e o armazenamento descentralizados de todos os dados do processo. Esses dados, como níveis de enchimento, temperaturas, pressão, vazão volumétrica, tensão, desempenho, posição, velocidade, aceleração, rotação, torque e sentido de rotação, são registrados pelos Terminais de Barramento e processados no PC embarcado ou no sistema de controle de processo de nível superior. A solução de controle integrada da Beckhoff não só apresenta a vantagem de um design compacto, como também impressiona pelos menores custos do sistema, engenharia simplificada e flexibilidade. Estações de E/S descentralizadas podem ser conectadas via Ethernet, barramento de campo ou rádio para permitir acesso remoto.


Estação Digital de Calibração e Teste para Válvulas de Segurança, Alívio e Válvulas
Piloto PSV
A Presys disponibiliza uma família de estações transportáveis, compactas, digitais e de fácil operação, possibilitando testar e calibrar diversos tipos de válvulas de segurança e alívio, com conexões de ½” a 10” e pressões de até 14500 psig (1000 bar).
As estações dispõem de um sistema de aquisição único que permite a detecção automática das pressões de abertura (POP) e de fechamento da válvula (RESET) e também se comunicam com o software de calibração Isoplan-5® para emissão de certificados de calibração e relatórios de teste.
Com versões para testes de válvulas que trabalham com gases ou líquidos.
E ainda uma versão Híbrida com circuitos de operação pneumático e hidráulico independentes.
As estações possuem indicador digital que possibilita a configuração da unidade de engenharia de acordo com o datasheet da válvula em teste. Características: Unidades disponíveis: psi, atm, inH2O, kgf/cm², mH2O, inHg, mmHg, cmHg, bar, mbar, kPa, mmH2O, gf/cm², Pa, Mpa; Fácil instalação e prontas para uso; Podem operar com N2 ou ar comprimido, água ou óleo.
Estação Digital de Calibração, composta por:
1000 psig (70 bar);
3000 psig (210 bar);
5000 psig (350 bar);
14500 psig (1000 bar) – e outras pressões sob consulta; Certificados de calibração de todos os indicadores de pressão; Data book dos vasos de pressão internos de acordo com a norma NR-13;
Proteção para o operador em policarbonato de alta resistência; Podem ser utilizadas válvulas roscadas de até 2” e flangeadas até 10”;
Sistema de medição digital de pressão com alta exatidão; Aquisição automática do valor do “POP” e cálculo do valor do “BLOW DOWN”;
Sistema contador de bolhas manual com flanges adaptadores, de acordo com API-527;


Painel de controle de fácil operação, com ajuste fino das pressões e reguladoras de precisão;
As estações possuem sistema de fixação manual com até 4 presilhas; redundância das indicações das pressões com manômetros; bloco manifold para medição da pressão por padrão externo com conexão rápida sem uso de ferramentas - pode ser utilizado para calibração do indicador principal da estação; baixa perda de carga; montagem de válvulas flangeadas: DN 1 a 10; conjunto de adaptadores para válvulas roscadas: ½”, ¾”, 1”, 1 ¼”, 1 ½” e 2”; dimensões compactas: 1220 (A) x 1000 (L) x 1300 (P) mm, 450 kg, altura total com protetor: 1900 mm; olhal de suspensão para facilitar o transporte.
As estações possuem ainda como opcionais: Software de Calibração Isoplan PSV-5; Treinamento operacional da estação; Circuito com medição de baixa pressão para testes de válvulas piloto operadas; Bomba hidráulica interna acionada por ar; Montagem Split com mesa de comando e mesa de testes separadas; Montagem em skid.
As pressões de abertura (POP) e fechamento (RESET) são registradas automaticamente e mostradas no sistema digital de registro de pressão, sendo enviadas em tempo real para o software de calibração.
Com o ISOPLAN-5®, é possível registrar todas as informações técnicas sobre suas válvulas de segurança e armazenálas em um banco de dados, atendendo as suas normas e procedimentos de segurança.
O software elabora certificados e relatórios de calibração completos, incluindo gráficos de calibração, cálculo de blowdown, possibilidade de anexar fotos das válvulas antes, durante e depois da manutenção, além de outras informações técnicas.
A PSV Station da Presys pode ser fornecida opcionalmente montada em contêiner, com instalação e treinamento no local sob pedido.
Os produtos PRESYS são desenvolvidos dentro de um contexto tecnológico, combinando alta qualidade e confiabilidade, em um processo de aprimoramento contínuo. Presente na maior parte das regiões do mundo, a PRESYS oferece a solução certa para as suas necessidades de aplicação ou calibração, sempre beneficiando o cliente com nosso suporte técnico completo.

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