Revista Menu 157

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natevê

O roteiro, no entanto, mantém o estilo peculiar de Bourdain: um tanto de palavrões, ironias e uma seleção que mescla de botecos a restaurantes de luxo. “Não estou interessado nos lugares mais icônicos, como as pirâmides do Egito ou a Torre Eiffel. Fujo disso. Estou tentando ser útil, mas do meu jeito, que é meio disfuncional”, avisa. Para o programa sobre Nova York, por exemplo, alguns dos lugares visitados foram a lanchonete Burger Joint, do hotel Le Parker Meridien, e o relativamente novo restaurante Takashi, do chef Inoue Takashi, especializado em yakiniku, churrasco japonês feito com partes menos nobres dos bovinos, como estômago de vaca, coração de boi e tendões. E, apesar de não ter tido a melhor das impressões sobre São Paulo – sua frase na entrevista foi: “Alguém já disse que a cidade é como se Los Angeles vomitasse em Nova York?” – diz que deve voltar para cá para a segunda temporada de The layover. O novo programa não significa o fim do Sem reservas. Bourdain sabe muito bem que o programa é sua galinha dos ovos de ouro. “É que estou tirando o máximo de leite possível dessa coisa de chef-celebridade”, brincou ele, em entrevista recente no programa do apresentador David Letterman. Até porque o Sem reservas vai muito

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dezembro/2011

O chef provando tacos, para o The layover


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