romeu&julieta
No alto, a bela terrine de frutas. Acima, o risoto com linguiça, radicchio e fonduta de brie. Abaixo, o tortelli de abóbora com manteiga, sálvia e castanha de caju
Para comemorar o aniversário da Menu, Julieta e eu, Romeu, resolvemos revisitar o primeiro restaurante que avaliamos para a revista, em março de 2008. O problema é que as três primeiras casas (Shaya, Tête à Tête e St. Tropez de Todos os Santos) já fecharam suas portas. Por isso, o Rosmarino, avaliado em junho do mesmo ano, foi o nosso destino para a edição comemorativa. “Esse é um reflexo do grande movimento de abre e fecha do mercado paulistano”, comentou minha companheira. Desse tempo para cá, não aconteceram grandes mudanças no local, instalado na mesma casa desde 2000, em Pinheiros. Dividida em dois ambientes, há um salão na entrada e outro mais ao fundo, bem arborizado, com plantas, flores e até uma jabuticabeira. Ainda há um bar e uma sala reservada para eventos. As mesas e cadeiras de ferro também continuam lá – um pouco desconfortáveis para quem deseja desfrutar uma refeição mais longa. Como está a poucos quarteirões da avenida Brigadeiro Faria Lima, local de grande concentração de escritórios, o bufê de almoço do restaurante tornou-se um dos pontos fortes da casa, ao convidativo preço de R$ 50. Mas para compararmos com nossa primeira visita, decidimos optar pelo cardápio fixo, com ênfase nos clássicos do País da Bota: massas frescas e secas, risotos, peixes e carnes. Fomos prontamente atendidos pelo gerente da casa, que se mostrou solícito em todos os momentos da refeição – por sua dedicação, até pensávamos que era um dos proprietários da casa. Mas o Rosmarino continua sob os cuidados de Angela Amado e Stela Krempel, dupla que se divide entre os cuidados do salão e a criação do cardápio, antes executado pelo chef Franco Bonandini, que desde maio está no Domenico. De entrada, Julieta e eu dividimos a salada verde (alface e rúcula) com molho de mostarda, mel, brie quente, lâminas de amêndoas, pedaços de tomate seco e cenoura baby (R$ 32). O prato não é nenhuma novidade, mas era bem servido, com o brie na temperatura certa, sem excesso para não queimar as folhas, e o tempero, apesar de doce, não era enjoativo. “Foi uma escolha bem mais simples do que a polenta com brie e bottarga pedida na primeira visita”, relembrou Julieta. Já os pratos principais se assemelharam aos escolhidos em 2008: um risoto e uma massa. Na primeira vez, Julieta não gostou do risoto com aspargos e camarões, novembro/2013
81