ECOS MAGAZINE | 5.º EDIÇÃO | MARÇO

Page 1

Externato Ribadouro

março | 2020 edição n.º 5 ano letivo de 2019/2020


ECOS DO RIBADOURO

4 8 14

AS PERSONALIDADES DA DÉCADA

ECOS DE VIAGEM

18 24

AMP

26 30

2 || Sumário

BREAK FREE

10

DO MUNDO

NÃO SEJAS UM ECO

Sumário

MAIS+


Editorial

2020! Os números redondos remetem-nos para o fim de uma década. Fim e não início, uma vez que o ano 0 não existe no calendário da Era Cristã: do ano 1 a.C. passou-se para o ano 1 d.C., pelo que a década acaba no ano terminado em 0. É assim desde que, no ano 532, Dionísio, o Exíguo, um monge da Cítia Menor (região das margens do Mar Negro, entre os territórios das atuais Bulgária e Roménia) efetuou os cálculos para determinar o anno Domini: a contagem do tempo a partir da suposta data do nascimento de Jesus Cristo. Esta preocupação com a contagem do tempo é intrínseca a todas as culturas humanas. A conceção cíclica do tempo é tão antiga quanto as civilizações humanas: o ciclo dos astros, o ciclo das estações ou o ciclo das colheitas inspiraram no ser humano a visão circular do tempo. Como se o fim de um ciclo configurasse uma oportunidade de recomeço, apelando, assim, ao balanço das ocorrências e à esperança de um novo início. Neste número da ECOS evoca-se a segunda década do terceiro milénio, os acontecimentos, as oportunidades perdidas mas também as esperanças no futuro próximo. Prof.º Jorge Cardoso

ECOS Ficha Técnica

Colaboradores: 11.º C1 Afonso Mendes Camila Teixeira Inês Leitão Joana Leite Leonor Trigo Luana Santos Mafalda Paredes Margarida Ribeiro Vicente Trigo

10.º A10 Miguel Santos

Professores: Ricardo Cruz

Supervisão artística: Ana Rita Almeida

10.º A5 Patrícia Azevedo Diana Henriques

Supervisão: Carla Noronha António Pedro Antunes Bruno César Margarida Braga

Imagem de capa: 10.º A10 Miguel Santos

10.º C2 Maria Arezes 12.º A14 Gonçalo Roncha

Design: Afonso Mendes Miguel Santos


500 anos da Circum-navegação de Fernão de Magalhães por: Afonso Mendes 11.º C1

No dia 6 de janeiro, em comemoração dos 500 anos da circum-navegação de Fernão de Magalhães, a Biblioteca Escolar (BE), o Departamento de Português e o Departamento de História, em conjunto com o Núcleo Museológico de Vila do Conde apresentaram aos alunos de 4.°, 8.°, 9.° e 10° anos a rotina dos marinheiros portugueses durante as viagens dos Descobrimentos e a origens da célebre nau portuguesa. Maria Guedes, técnica do Museu da Alfândega Régia, de Vila do Conde, e António José Carmo, consultor científico de construção naval tradicional portuguesa, mostraram as técnicas de construção e os instrumentos de navegação adotados, bem como o quotidiano dos marinheiros portugueses. Os alunos ficaram a saber, também, pormenores da rota percorrida por Fernão de Magalhães, há 500 anos. Esta atividade foi uma autêntica viagem pela história e cultura portuguesas fora da sala de aula.

4 || Ecos do Ribadouro


Evocação dos 50 anos da morte de José Régio por: Afonso Mendes 11.º C1

Durante este ano relembram-se, em Vila do Conde e em Portalegre, os 50 anos da morte de José Régio. Devido a esta comemoração, a BE e o Departamento de Português, em conjunto com a Câmara Municipal de Vila do Conde, estão a desenvolver várias iniciativas, com o objetivo de enaltecer um dos maiores poetas da literatura portuguesa contemporânea. José Régio é o único poeta com duas casas-museu, pois nasceu e viveu em Vila do Conde, mas também em Portalegre, onde foi professor. No dia 8 de janeiro, a Dra. Maria Luísa Aguiar do Núcleo Museológico de Vila do Conde, apresentou aos alunos do 10.º ano esta importante figura literária, mencionando aspetos da sua vida e obra, sugerindo formas de os alunos se inspirarem e escreverem poemas e criarem outros objetos artísticos em sua homenagem.

Ecos do Ribadouro|| 5


Mais Humanidade, por favor — Semana das Humanidades por: Prof.ª Liliana Pinto

Entre os dias 27 e 31 de janeiro, a nossa escola celebrou a Semana das Humanidades, uma iniciativa promovida pelo Departamento de Ciências Sociais e Humanas. Esta semana, dedicada às questões da humanidade ou, muitas vezes, da falta dela, formou-se com o título “Mais Humanidade, por favor!”. Os objetivos desta semana passaram pela consciencialização da comunidade escolar relativamente a assuntos fortes e duros do nosso presente, como os contrastes de desenvolvimento no mundo, os refugiados, a situação vivida na Faixa de Gaza, entre outros. O passado foi, também, relembrado, com o Dia em Memória das Vítimas do Holocausto, para que este horror não mais se repita. Durante esta semana, assistimos a debates, conferências e sessões de cinema sobre os temas trabalhados. Destacam-se, aqui, as duas conferências dadas pelas Professoras Teresa Gomes e Cláudia Pinto Ribeiro, docentes da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, sobre os refugiados e os genocídios no mundo, respetivamente. O hall de entrada da nossa escola foi revestido com exposições sobre os temas com trabalhos desenvolvidos pelos alunos, sobretudo do 3º. ciclo, nas disciplinas de História, Geografia e Cidadania e Desenvolvimento. O papel das ciências sociais e humanas no desenvolvimento de um mundo mais “humano”, mais sustentável e mais pacífico é inequívoco, sendo missão dos professores destas áreas incutir a capacidade de tolerância nos alunos, bem como trabalhar os direitos humanos para que estes sejam assegurados e respeitados.

6 || Ecos do Ribadouro


#VAICORRERTUDOBEM


BREAK FREE


O Ciclo Vicioso da Vida por Luana Santos 11.º C1

Aqui estamos nós, uma década mais tarde. Há dez anos, milhares de pessoas diziam: “desta vez vai ser diferente”, “é desta” e outras quantas balelas que fazem parte da rotina de começar algo novo. E assim aconteceu há dez anos, há nove anos, há oito anos.... mas será que alguma coisa realmente mudou? Será que há dez anos não se ouvia falar nas notícias do aborto, da eutanásia, da discriminação e de outros assuntos que tais? Se o mundo mudou, por que é que ainda estamos a discutir os mesmos temas de há dez anos? Será assim tão difícil chegar-se a um consenso? Enquanto uns não se decidem, outros sofrem e morrem por causa destas indecisões. E sabem há quantos anos isto acontece? Há mais de 300 anos. Então será mesmo que mudámos? Eu sinto-me exatamente igual. No início da década eu era uma simples menina pequena à descoberta do mundo que me rodeava e daquele que tinha dentro da minha imaginação. Era uma menina com sonhos, com paixões, a aprender a viver e a entender a sociedade. E hoje? Hoje, continuo exatamente igual. Continuo pequena e a não entender o mundo e a sociedade que me rodeia. Continuo a ter sonhos e desejos e continuo a lutar por eles. Continuo a mesma apaixonada pelas palavras e pelos sentimentos que elas transmitem. A única diferença é que agora não me limito a lê-las. Agora uso-as para mostrar e combater as injustiças no mundo. Para mostrar que continuamos todos iguais. Continuamos a cometer os mesmos erros dos nossos antepassados e, o mais triste, é que os nossos descendentes irão cometê-los-ão também. Será que ninguém vê aquilo que eu vejo? Será que ninguém percebe que poderíamos ter um mundo cor-de-rosa? Por que somos tão cruéis? Por que rebaixamos alguém que precisa de uma mão que a faça subir? Por que damos mais valor à fama e ao dinheiro do que ao amor e à compaixão? Vivemos num mundo completamente poluído. E o mais poluído não é o ambiente, somos nós.

Break Free | O Ciclo Vicioso da Vida ||9


DO MUNDO

Programa da Rota da Seda : O plano trilionário da China para alcançar o domínio económico-militar mundial (literalmente) por Gonçalo Roncha 12.º A14

10 ||Ecos do Mundo


Se procurar por uma estrada que atravesse a montanha K2, na região de Jammu e Caxemira, perceberá que esse estonteante projeto realmente existe e é bastante recente. Se olhar melhor para a costa do Djibuti, encontrará um enorme e recente porto. Se se aproximar junto da linha ferroviária que cruza a fronteira Sino-Cazaque, encontrará um novíssimo terminal de cargas e descargas, junto à Estação de Almaty. Apesar de todas estas construções serem, de facto, estonteantes, todas elas foram construídas pela mesma entidade, o governo chinês.

Todos estes planos e infraestruturas fazem parte da Iniciativa do Cinto e da Estrada ou Programa da Rota da Seda. Mas, afinal, o que é isto e que objetivos ou lucros pretende a China (RPC) atingir com este brutal investimento? A República Popular da China (nome oficial) é o maior país do mundo em termos populacionais. Em tempos, deu lugar a um imenso e poderoso império e, no século XX, estabeleceu-se como uma ditadura comunista, exportando os seus ideais e valores maoístas para todo o mundo comunista. Apesar disto, os chineses sempre mantiveram o desejo de se tornarem uma superpotência como os EUA, cujo instrumento mais poderoso para dominar o mundo de facto, não é o seu poder militar, mas sim o seu poder económico global. A estratégia chinesa passa pela subserviência de países subdesenvolvidos limítrofes, incorporando-os no seu império económico e, desta forma, controlando-os economicamente. É, assim, no meu ponto de vista, esta a razão mais plausível para os chineses avançarem com este plano. Em 2013, Xi Jinping (presidente chinês) realizou uma visita de estado à Indonésia. Enquanto discursava, mencionou algo referido como sendo a “criação de uma rota marítima”. No mesmo ano, Xi visita o Cazaquistão, onde pede de forma entusiástica a criação de “uma Nova Rota da Seda, a remodelação de uma antiga tradição”. Em tempos, a Rota da Seda era a única maneira da China poder exportar ou importar produtos para e da Europa. Na sua essência, a Iniciativa do Cinto e da Estrada é um projeto trilionário chinês e de empresas chinesas para a construção de novas estradas e caminhos de ferro pela Ásia Central, ligando a Europa à Ásia; para a criação de novos portos marítimos ao longo do Oceano Índico, desta forma controlando-o militarmente (bases no Djibuti, Sri Lanka e Myanmar); um brutal investimento num circuito de fibra ótica inovador ao longo da Ásia Central, que permitirá que a informação seja transportada em condições 5G. Este é, sem dúvida, o projeto do século, porém também apresenta algumas implicações negativas e impasses no que toca ao seu desenvolvimento, pelo que o maior problema chinês é o Problema de Xinjiang. Ecos de viagem ||11


Situada no Extremo Oriente da RPC, Xinjiang é uma província chinesa maioritariamente habitada por uighurs, um povo islâmico que habita as exrepúblicas soviéticas da Ásia Central. Devido a isto e à natureza do PCC e da própria ideologia comunista, a religião não pode coexistir com o Estado, já que o único Deus a glorificar é o secretário-geral do partido, neste caso Xi Jinping (veja-se o caso do massacre do Lamas tibetanos nos anos 50, por estes praticarem a segunda maior religião na China…). Como resultado, o governo chinês impõs uma política de laicismo e ateísmo extremos, levando as tensões a atingirem o rubro em Xinjiang. Em 2010, eclodiram revoltas populares contra o PCC por toda Xinjiang, com especial destaque para Urumchi, a capital da província. Apesar da tradicional repressão policial e militar chinesas, os uighurs são ainda vistos como insubmissos aos olhos de Pequim, já que estes continuam a abraçar o nacionalismo e separatismo uighurs. Isto pode ser explicado pelo facto deste povo sentir muita maior proximidade, tanto geográfica como cultural, às capitais Tashkent e Duschambe (Uzbequistão e Tajiquistão, respetivamente) do que à capital chinesa Pequim e, portanto, à China em si. Na década de 1940, a região de Xinjiang declarou a sua independência da China, proclamando a República do Turquestão Leste, maioritariamente habitada por uighurs. Seguidamente, em 1949, a China transformou-se num estado comunista, proclamando a República Popular da China (RPC), aliada à URSS. Tal aliança só estimulou a queda da República do Turquestão Leste, incorporando-a na RPC. Com esta incorporação, seguiram-se anos de colonização chinesa da etnia Han, o que levou ao quase nivelamento de uighurs e de chineses da etnia Han na província islâmica. Como tal, estando a população nivelada e a área colonizada, a RPC conseguiu introduzir o sistema totalitário e policial vigente no resto do país, mas agora este era mais sofisticado e vinha com um acréscimo: um alvo a abater. Uma das concepções e pilares fundamentais do totalitarismo é necessitar de ter um alvo a quem a maioria dos apoiantes do sistema possa segregar e violentar. No caso descrito, o alvo seriam e são os uighurs. A China pôs, então, em prática, a sua política laicizante e ateísta, não permitindo quaisquer formas de religião, nem que estas sejam seculares (um dos pilares das sociedades asiáticas amarelas é o respeito pelos mais velhos, pelo que neste caso, o ato chinês pode ser considerado um desrespeito deste código moral, já que o Islão vigora há cerca de catorze séculos e a ideologia comunista tem menos de dois séculos…): mesquitas foram destruídas e milhares de uighurs foram perseguidos, numa tentativa infrutífera de colonizar

12 ||Ecos do Mundo


e controlar a região por completo, sendo esta tão importante para a iniciativa em causa. Xinjiang é o berço do maior parque eólico chinês, contribuindo com cerca de 40 % para a produção de carvão, além de ser a passagem principal e fulcral da Iniciativa do Cinto e da Estrada. Como tal, a China tem de manter Xinjiang calma e não radicalizada, já que estes cenários poderiam comprometer este programa, bem como a totalidade da economia chinesa. Apesar de tudo isto, existe uma desvantagem de aderir ao Programa da Rota da Seda: ser incorporado na esfera económica chinesa. A RPC é uma ditadura, pelo que usa (maioritariamente) trabalho forçado e escravatura, de forma a obter tamanhas receitas com a venda de milhões de produtos, tanto para o Ocidente, como para os países pertencentes à sua esfera económica. O que acontece é que a China, apesar de construir algo nestes países que os poderá beneficiar e às suas populações, apenas estará a piorar as condições económicas destes países: a China não construir, simplesmente, de forma gratuita, obrigando ,assim, estes países a pagar as suas dívidas lentamente e disfarçadamente, tornando-os dependentes de produtos chineses, estando assim dependentes da economia chinesa, tornando a China o país mais poderoso a nível económico no mundo, porque o melhor negócio é aquele em que se recebe mais do que se dá, apesar de visto como sendo o contrário. Em jeito de conclusão, este projeto chinês levará, sem dúvida, ao crescimento sem precedentes da sua economia e ao alargamento da sua esfera de influência sobre a Ásia Central, África e Sudeste Asiático, fazendo da RPC o país mais poderoso do mundo.

Ecos de viagem ||13


JAPÃO por: Joana Leite 11.º C1

O Japão, localizado no continente asiático, é um país de diversas culturas e costumes, propondo uma variedade de atividades para os seus visitantes. Este país caracteriza-se por ter uma mistura de tradições antigas e modernas, o que o torna movimentado e com muita vida. Apesar de ser, maioritariamente, conhecido pela sua metrópole, Tóquio, cidades e atrações turísticas não faltam.

Informações adicionais Antes de embarcar na viagem, é importante ter em conta o clima, o dinheiro, os transportes públicos e alguns costumes. As épocas mais indicadas para visitar o Japão são a primavera e no outono, principalmente devido ao clima e aos feriados de verão. Contudo, é importante lembrar que o pagamento em restaurantes e lojas é, normalmente, feito em dinheiro e que a compra dos passes para os transportes públicos deve ser feita, uma vez que se poupa mais dinheiro e a rede de transportes é bastante extensa. O Japão, como muitos outros países, tem uma série de costumes que os turistas devem seguir como, por exemplo, falar baixo em sítios públicos e tirar os sapatos antes de entrar em sítios específicos.

14 || Japão | Ecos de Viagem


Tóquio Tóquio, a cidade mais populosa do Japão, atrai e fascina turistas de todo o mundo devido ao seu encanto e à sua beleza. A metrópole japonesa é um conjunto de várias realidades. Enquanto um canto da cidade é moderno, com prédios e estruturas luxuosas, outro caracteriza-se por ser mais tradicional, onde o espaço é, geralmente, ocupado por pequenas casas de madeira e iluminado por lanternas. Do mesmo modo, a arte e a cultura na cidade encontram-se, também, misturadas. Apesar de ser uma cidade moderna e muito movimentada, a cultura e a natureza estão sempre presentes. A cidade tem muitos espaços verdes, museus e, o que não falta, bons restaurantes. Tóquio é das cidades com a melhor comida, onde, estatisticamente, em cada 100 metros encontra-se um restaurante bom.

Senso-ji, o templo mais visitado em Tóquio, é conhecido pela imagem da deusa budista da misericórdia, Kannon, que, segundo a lenda tradicional, foi encontrada por dois pescadores em 628 a.C. Desde esse dia, a imagem foi guardada e preservada nesse mesmo local. Devido às centenas de turistas que passam por lá todos os dias, é mais indicado visitar o templo no fim do dia.

O Museu Nacional de Tóquio, construído em 1872, é onde se encontra a maior coleção artística japonesa do mundo. Inclui gravuras coloridas, espadas de samurai e, até, esculturas antigas. É possível ver, também, uma exposição arqueológica que demonstra a vida quotidiana no Japão ao longo do seu período histórico. (9h30 – 17h00 // 5 € por pessoa).

Ecos de viagem | Japão ||15


A Tokyo Skytree, inaugurada em 2012, é uma torre de 634 metros de altura. Apresenta duas áreas de observação, onde é possível ver a cidade inteira. À noite, a Tokyo Skytree recebe uma maior quantidade de visitantes, uma vez que se consegue ver a cidade toda iluminada. (8h00 – 22h00 // entre os 17-25 €)

A cultura japonesa não é famosa apenas pela comida e as tradições, mas também pelos desenhos animados. O Museu Ghibli, criado pelo Hayao Miyazaki, é para todas as idades, mas principalmente para os que conhecem os filmes do Estúdio Ghibli, como Spirited Away ou My Neighbour Totoro. O museu é composto por vários quartos e andares, cada um designado a diferentes filmes ou conceitos. (10h00 – 18h00 // entre os 5 -10 €)

Kyoto Kyoto é a alma e o coração do Japão, uma vez que era a antiga capital do país. Esta cidade tem uma grande concentração de templos e de construções religiosas. Apesar do Japão ser um país muito moderno e tecnologicamente avançado, a sua base tradicional prevalece em Kyoto. A sua área central e importância histórica centram-se em duas atrações principais, o Castelo de Nijo (8h45 – 16h00 // 5 €), construído em 1603 para mostrar o poder do imperador no país, e Kyoto Gosho (9h00 – 17h00 // 2 €), um palácio imperial. Como Kyoto foi o local de residência de muitos imperadores japoneses, a necessidade de criar um palácio imperial surgiu.

16 || Japão | Ecos de Viagem


Osaka Ao contrário de Tóquio e Kyoto, Osaka, em termos históricos, era uma região de comércio. A cidade em si é dividida a meio por um rio extenso e tudo funciona à volta dele. Porém, Osaka tem uma atmosfera mais relaxada e divertida. É uma cidade que, naturalmente, tem muito comércio, mas também sítios ricos em história. Os locais mais recomendados a visitar são, entre outros, a Baía e o Aquário de Osaka, o Castelo de Osaka e Shinsaibashi-suji.

O Castelo de Osaka foi construído no século XVI e é conhecido pelas muralhas gigantescas e os jardins envolventes. Os jardins do castelo são especialmente populares na primavera, uma vez que é a estação do ano que em que as flores de cerejeira são mais visíveis, uma flor tradicional no Japão. (9h00 – 17h00 // 5 €)

A Baía de Osaka e a área envolvente, tem muitas atrações turísticas. É nesta área que se percebe o verdadeiro caráter histórico da cidade. É perto desta baía que se encontra os Universal Studios (8h30 / 09h00 – 19h00 / 21h00) e um dos maiores aquários do mundo, o Aquário de Osaka (10h00 – 20h00 // 16 €).

Shinsaibashi-suji, conhecida como a rua do comércio, atrai mais de 60 000 pessoas, nos fins de semana. Esta rua está associada ao comércio desde o século XVIII.

Ecos de viagem | Japão ||17


AS PERSONALIDADES DA DÉCADA

As sociedades humanas governam-se por líderes ou deixam-se influenciar por figuras cujo carisma é por todos reconhecido. Sejam eleitos, impostos, reconhecidos pelo seu carisma ou odiados, são eles quem toma o rumo dos acontecimentos e determinam uma conjuntura. Por vezes, marcam toda uma época e podem mesmo ser determinantes. A ECOS dedica este número às personalidades de 2010-2020.


António Guterres António Manuel de Oliveira Guterres, com 70 anos, é um engenheiro, político e diplomata português, que se destacou internacionalmente na última década. Em 2005 entrou para o sistema das Nações Unidas, como Alto-Comissário das Nações Unidas para os Refugiados, cargo que ocupou durante 10 anos (de 15 de junho de 2005 a 31 de dezembro de 2015). Teve um papel muito importante nesse cargo, pois lidou com uma das mais graves crises de refugiados das últimas décadas. A 1 de janeiro de 2017 começou a exercer a função de secretário-geral da Organização das Nações Unidas, sendo assim o porta-voz dos mais vulneráveis. Interage em conjunto com várias personalidades importantes do mundo para promover o bem-estar de todos.

Vladimir Putin

Líder russo desde 1999, Vladimir Vladimirovitch Putin moldou a Rússia dos dias de hoje num regime autoritário e, de certa forma, semitotalitário. Estabelecendo-se como homem forte da nação e, para muitos, visto como a reencarnação do Czar Nicolau II, Putin desenvolveu um culto de personalidade exuberante, enquanto governa uma Rússia cada vez mais centralizada numa pessoa: ele. Bom homem, amável com as crianças, sentimental e desportista, Putin, é retratado pelos media russos como um homem de família, em que o altruísmo é a palavra de ordem que o define. Além da aparente fama a nível nacional, Putin conseguiu desenvolver um exército suficientemente poderoso para derrotar os EUA, além de estabelecer relações políticomilitares com países como Israel, Turquia ou Irão, passando a Rússia a comandar o teatro de operações no conturbado Médio Oriente. Capaz de influenciar campanhas eleitorais e de expandir a esfera de influência russa muito para além das ex-repúblicas soviéticas, Putin transformou a Rússia a nível interno e externo, tornando-a numa das maiores potências do mundo, para além de conseguir acumular nos seus cofres pessoais quantias que rondam os 40 a 70 milhares de milhões de dólares, tornando-o no chefe de Estado mais rico do mundo.


Tarana Burke

Tarana Burke, uma ativista de Nova Iorque, sempre quis ver a mudança num mundo que ela via como egoísta e desigual. Passo a passo, a ativista americana começou a espalhar as suas ideias relacionadas com a igualdade de géneros nas redes sociais, uma vez que acreditava que o mundo precisava de saber que, mesmo nos tempos de hoje, estamos rodeados de violência e discriminação. Já desde de pequena que Burke participa em atividades que visam a melhoria de vida das raparigas menos favorecidas à volta do mundo. De certo modo, foram os primeiros passos que levaram à criação do movimento Me Too. É, principalmente, contra o assédio sexual e tem como objetivo criar um ambiente seguro para as vítimas deste crime. Tendo este objetivo em conta, concentra-se, também, em dar poder às mulheres, especialmente as que se encontram em situações vulneráveis. A frase me too, ou em português eu também, não só simboliza a união entre as vítimas e os apoiantes do movimento, como também serve para incentivar as vítimas a verbalizarem o crime de que são alvo e lutarem pela justiça a que têm direito. Foi em 2017, aproximadamente dez anos após a sua criação, que o movimento Me Too. ganhou mais apoiantes devido ao escândalo que

se fez sentir em Hollywood com as acusações contra Harvey Weinstein. Nomes como Gwyneth Paltrow, Ashley Judd, Jennifer Lawrence e Alyssa Milano, entre outros, começaram a publicar a frase nas redes sociais . O movimento cresceu de tal forma que a expansão passou a ser internacional, manifestando-se em oitenta e cinco países como o Canadá, a França, a Rússia, a Coreia do Sul e muitos mais.

Rihanna Robyn Rihanna Fenty, mais conhecida por Rihanna, é uma cantora, atriz e empresária que influenciou significativamente o mundo da música, nestes últimos dez anos. Apesar de ter começado a sua carreira em 2005, esta mantevese relevante até hoje, tornando-se mundialmente famosa e servindo de inspiração para os seus inúmeros fãs em todo o mundo. Rihanna, sendo considerada um dos maiores ícones da música Pop e R&B, oito álbuns e 150 singles depois, está recentemente mais focada na sua linha de maquilhagem — Fenty Beauty — , que se tornou num sucesso mundial pois cada vez que é apresentada uma nova coleção, esgota rapidamente. É seguro dizer que a cantora teve uma enorme relevância nesta década, e que continuará a ter durante muitos mais anos, nas suas várias áreas de intervenção.


Lady Gaga Stefani Joanne Angelina Germanotta, que mais tarde adotou o nome artístico de Lady Gaga, é muito conhecida no mundo da música, uma vez que já faz parte desta indústria desde 2008. No entanto, foi nesta última década que se afirmou como uma das melhores vocalistas desta geração, ao lançar singles que marcaram estes últimos dez anos, como Born This Way e Telephone, com a colaboração de Beyoncé, por exemplo. A artista já demonstrou ser diferente das outras cantoras da sua época e provou que ser excêntrica e invulgar nos pode levar longe – usando um vestido feito de carne para uma entrega de prémios da MTV, por exemplo. Para além de ter uma exemplar carreira musical, Gaga é, também, uma atriz premiada, que colaborou em projetos que marcaram o seu percurso profissional. É de grande importância mencionar o Óscar que recebeu recentemente pela sua prestação no filme Assim Nasce uma Estrela, um musical que protagonizou ao lado de Bradley Cooper. Lady Gaga é, de facto, uma personalidade que teve uma enorme relevância nesta década e que não podíamos deixar de referir.

Barack Obama Barack Hussein Obama II, mais conhecido nesta década como o 44.º Presidente dos Estados Unidos da América, tem 58 anos e manteve este cargo por dois mandatos: 2009-2012 e 2013-2017. Foi o primeiro presidente afro-americano dos Estados Unidos, tornando-o num poderoso símbolo internacional. Antes de ser presidente, era representante do senado por Illinois, onde foi ganhando reconhecimento. No seu primeiro mandato, tomou medidas importantes para o crescimento económico do seu país, face à crise financeira da época. No seu nono mês de presidência, foi galardoado com o prémio Nobel da Paz pela sua iniciativa de cooperação entre povos. Sancionou uma nova lei que permitiu o controlo dos preços dos planos saúde, o que fez com que mais pessoas pudessem beneficiar destes, projeto que veio a ser conhecido como Obamacare. No seu segundo mandato, conseguiu um acordo nuclear com Irão, iniciou conversações que levaram à criação do Acordo de Paris sobre as alterações climáticas, em 2015, e deu início a um processo de restabelecimento das relações com Cuba. Foi, sem dúvida, uma das pessoas mais influentes da última década!


Frank Ocean

RuPaul RuPaul Andre Charles é a drag queen de 59 anos que nos anos noventa começou a ganhar notoriedade nos bares de Nova Iorque. A sua fama começou quando este lançou o seu primeiro álbum Supermodel of The World, que lhe garantiu vários papéis em filmes, a publicação de uma autobiografia e o contrato com a M.A.C, tornando-se assim a primeira drag queen a ser porta-voz de uma grande empresa de cosmética. Em 2009, RuPaul lança o seu programa de televisão RuPaul´s Drag Race, que se tornou instantaneamente um sucesso, contando agora com doze temporadas e três Emmys. Para além disso, este lançou ainda duas séries do mesmo género – RuPaul´s Drag Race All Stars e RuPaul´s Drag Race Untucked!, um especial de Natal e uma nova série de comédia, que estreou em 2019 na Netflix – AJ and the Queen. Assim, RuPaul torna-se uma das drag queen mais famosas do mundo e um importante ícone na comunidade LGBT+, marcando esta década.

Christopher Edwin Breaux, ou Frank Ocean, nascido a 28 de outubro de 1987, é um cantor e compositor norte-americano. Iniciou a sua carreira como escritor-fantasma para vários artistas como Justin Bieber, Beyoncé e John Legend, tendo depois participado num grupo de underground hip hop com Tyler The Creator e Earl Sweatshirt, grupo que acabaria por abandonar, mantendo uma boa relação com os artistas. O seu álbum ORANGE, (que o mesmo disponibilizou gratuitamente no seu website e no iTunes) ganhou o prémio de melhor álbum rnb contemporâneo, destacado entre outros de conceituados artistas, como é exemplo Chris Brown. O seu mais recente álbum,–Blond–, vendeu cerca de 276 mil cópias nos primeiros dias, tendo estreado como o mais vendido da semana nos Estados Unidos e alcançado o terceiro lugar dos mais vendidos de 2016. Blond foi considerado o melhor álbum da década pela Pitchfork, sobrepondo-se a outros artistas como Kanye West e Kendrick Lamar. A Rolling Stones escreveu que Ocean era um “talento pioneiro de R&B.”. Este jovem sem dúvida revolucionou a indústria musical no que conta a letras mais emotivas e a combinações de sons únicas dentro do seu género.


Leonardo DiCaprio

Leonardo DiCaprio é certamente um dos favoritos das audiências no que toca a filmes. Na última década, o ator norte-americano não desapontou os seus fãs, sendo protagonista ou coprotagonista de diversos filmes que arrecadaram milhões em receitas de bilheteira, como por exemplo, Django, O Lobo de Wall Street, no qual foi indicado para o Óscar de melhor ator; The Revenant - O Renascido, que lhe valeu o Óscar de melhor ator e Era Uma Vez em Hollywood, no qual foi mais uma vez indicado ao Óscar de melhor ator. Apesar da sua muito bem-sucedida carreira no mundo da grande tela, DiCaprio é também uma das muitas celebridades que desempenha um papel na causa da defesa do meio ambiente. É uma das celebridades que mais luta pelos direitos ambientais, sendo designado Mensageiro de Paz das Nações Unidas em 2014, ano em que fez um discurso na abertura da Cimeira do Clima. O famoso ator criou a Fundação Leonardo DiCaprio (LCF). É seguro dizer que graças a esta fundação criada em 1998, mais de 200 projetos ambientais foram financiados, tendo contribuído com cem milhões de dólares para 132 organizações em 50 países. Além da sua fundação, DiCaprio filmou também

um documentário — Antes da Inundação — em 2016, no qual viajou a diferentes locais do globo, explorando os impactes do aquecimento global e tentando descobrir o que se poderá fazer para os diminuir ou cessar. De forma a apelar à população mundial, Leonardo DiCaprio entrevistou algumas das pessoas mais proeminentes na causa, como Barack Obama, o Papa Francisco e Bill Clinton.

Nahko Bear Nahko Bear, nascido em Georgia, EUA, com 27 anos integra o grupo Nahko Bear and Medicine for the people, com Justin Chittams, Joe Hall, Patricio Zuñiga Labarca, Max Ribner Tim Snider e TJ Schaper, que produzem música desde 2009. Têm como mote ser a medicina que avisa e cura os problemas do planeta Terra, como a proteção dos nativos e tribos indígenas, a educação e voluntariado, a proteção de espécies em vias de extinção e a proteção da Amazónia. Têm músicas como, DRAGONFLY, DARK AS NIGHT, HOKA e muito mais.


AMP Pretty Girl — Clairo por: Vicente Trigo 11.º C1

“Pretty Girl”, uma música da cantora norte-americana Claire Cottrill, mais conhecida por Clairo, foi lançada em 2017. Pessoalmente é uma música de que gosto muito devido à sua calma melodia e o uso de uma voz suave e em geral num tom baixo. A música aborda uma relação que a cantora de 21 anos teve, na qual constantemente sentia que tinha de ser a rapariga perfeita para outra pessoa, vendo-se obrigada a usar maquilhagem, mesmo que tal a fizesse sentir desconfortável ou a usar roupas diferentes só para despertar o interesse na outra pessoa. Tudo isto pode ser comprovado pelas frases “I’ll wear a skirt for you”, ou, “Shut up when you want me to”, por exemplo. “Pretty Girl” comprova um tom submisso por parte da cantora, que se viu forçada a perder a própria identidade e individualidade só para provar o seu amor por alguém, situação infelizmente frequente hoje em dia, mas sobre a qual poucas pessoas falam abertamente.

24 || AMP


Anderson Paak por: Leonor Trigo 11.º C1

O artista escolhido para esta edição é o cantor, compositor e produtor musical Anderson Paak. O músico nasceu na cidade de Oxnard, na Califórnia, em 1986, e o seu talento não fica apenas pela sua voz, visto que toca vários instrumentos, tais como bateria e teclado. A sua música enquadra-se nos géneros hip hop, R&B, funk e soul e o cantor conta já com quatro álbuns e catorze singles. A sua música é muita rica a nível de produção e a nível musical, sendo de relevo “Come Down”. De referir ainda que Anderson Paak atuará dia 10 de julho em Portugal, no festival NOS alive.

AMP ||25


NÃO SEJAS UM ECO

8 MELHORES LOOKS DOS ÓSCARES DA DÉCADA por: Margarida Ribeiro 11.º C1 Maria Arezes 10.º C2

1 Como melhor look da década, do ano de 2016, elegemos a apresentadora, Kelly Ripa, que usou um vestido preto com brilhantes da mesma cor. O vestido e os acessórios realçam a elegância e a beleza da atriz.

26 || Não sejas um ECO

2 Para o segundo melhor look, em 2018, a atriz, Margot Robbie que optou por algo simples e de uma só cor, branco. O que se faz com que o look se destaque mais são as alças do vestido, a clutch transparente e ainda o corte de cabelo da atriz.


8 MELHORES LOOKS DOS ÓSCARES DA DÉCADA

Em terceiro lugar, um look de 2014, usado pela atriz e encenadora, Cate Blanchett. Um vestido de fundo cor de pele e com umas pregas e missangas brancas ao longo do mesmo. O look é complementado pelos brincos longos de cor perola e pela pulseira, porem esta é mais discreta. É um look diferente e, ao mesmo tempo, jovem.

3 O quarto look é Camila Alves, em 2011, com um vestido preto com uma parte de cima com um grande decote e alças finas, já para baixo, uma saia grande. Como pormenores fazem um look diferente temos os brincos, o facto de o vestido ter bolsos e o cabelo preso.

4 Não sejas um ECO || 27


Em quinto, no ano de 2018, a atriz Zoey Deutch, com um vestido prateado com pregas e diversos pormenores. O penteado, a maquilhagem e os detalhes do vestido fazem um look vintage e senhoril.

5 O sexto melhor look foi, em 2015, da atriz, Reese Witherpoon. Um vestido branco com duas fitas pretas, um vestido justo e longo que realça a sua elegância. A atriz apostou também em acessórios discretos: brincos, anéis e pulseira. . 28 || Não sejas um ECO

6


Por último, um clássico, um vestido vermelho. Usado pela atriz, Dakota Jonhson, este tem um pormenor prateado e tem uma pequena abertura da coxa para baixo. A melhorar o look, uma pulseira de pérolas, uma clutch, lábios vermelhos e unhas pretas.

8 7

Já a chegar ao fim, em sétimo lugar, a atriz e cantora, Amy Adams, com um look muito diferente e, por isso, chamativo. O vestido é cinza, que já não é uma cor muito comum e tem ainda uma saia enorme, não sendo necessários acessórios, vemos ainda a presença de uns brincos. Não sejas um ECO || 29


MAIS+ A Maldição de Hill House, produzida por Mike Flanagan, é uma arrepiante série que ora nos deixa colados ao ecrã, ora nos faz desviar o olhar. A ação desenrola-se à volta de uma família com um passado perturbador e uma extraordinária mansão com uma história trágica e sinistra. Quando os Crains decidem mudar-se para Hill House com o objetivo de restaurar e vender uma enorme mansão, rapidamente se apercebem de que talvez houvesse um bom motivo para a casa estar encerrada há tantos anos. Aquilo que seria uma boa oportunidade para lucrar com um excelente negócio transformase uma luta pela sobrevivência, quando esta família se torna o alvo das assombrações e das visitas macabras dos espíritos que habitam Hill House. Num constante contraste entre o passado e o presente, à medida que a história se desenrola, podemos observar o impacte que esta casa teve nos Crains e as consequências que trouxe para o futuro de cada um deles. Com uma segunda temporada prevista sair este ano, A Maldição de Hill House, com uma história intrigante que aparenta despertar a atenção dos amantes de terror, é uma série que se vê rapidamente e de forma acessível. Isto é, se conseguirem aguentar os jump scares...

+LIVRO

por: Diana Henriques 10.º A15

+SÉRIE por: Camila Teixeira 11.º C1

Coleção Portugal Século XX – Crónicas em imagens – 1980-1989 Com pequenos textos e grandes imagens, este livro mostranos Portugal em pleno anos 80 do século XX, com todas as peripécias que enfrentou, para agora se tornar o país em que vivemos e julgamos conhecer. Este livro retrata, em imagens e pequenos textos informativos, maus mas também bons momentos que retratam Portugal na década do tudo era possível. Momentos inesquecíveis como a grandiosa cobertura televisiva do incêndio no Chiado o primeiro transplante de coração em Portugal ou a adesão de Portugal à CEE encontram-se aqui representados. As medalhas de ouro ganhas por Carlos Lopes e Rosa Mota, na prova de Atletismo Masculino nos Jogos Olímpicos de Verão de 1984 e na prova de Atletismo Feminino nos Jogos Olímpicos de Verão de 1988, respetivamente, foram acontecimentos importantes e que deram um grande prestígio internacional a Portugal, a nível desportivo. A música e a moda eram bastantes diferentes daquelas a que estamos habituados agora. Portugal encheu-se lentamente de um fôlego novo vindo da Europa. Concluindo, este livro faz uma retrospetiva de uma década apaixonante, pois as imagens apresentadas são, definitivamente, impressionantes e elucidativas, revelando na totalidade acontecimentos de grande relevo.


+DESPORTO por: Luana Santos 11.º C1

No passado dia 16 de fevereiro, o Sporting Club de Braga sagrou-se pela segunda vez consecutiva campeão mundial de futebol de praia. O clube venceu o Spartak Moscovo por 8-3 na final do Mundialito de clubes de futebol de praia, que decorreu em Moscovo, na Rússia. Com este triunfo, o também campeão europeu revalidou o título mundial conquistado na época passada frente aos italianos da Catânia. Este feito representa um importante marco na história do desporto português.

A Rede Social um filme que descreve a maior revolução social do novo século, nas interações humanas Estamos em outubro de 2003, na Universidade de Harvard, EUA. Mark Zuckerberg, um aluno de 19 anos, regressa ao dormitório embriagado e após uma desilusão amorosa. Ressentido, recorre à base de dados da universidade, roubando as fotos de alunas do campus, para criar um site na Internet, Facemash, onde é possível votar a atratividade das alunas. Mark sofrerá duas consequências imediatas: a universidade suspende-o por seis meses e será contactado por uma dupla de gémeos, que lhe propõem trabalhar em parceria no desenvolvimento de uma rede social exclusiva para alunos de Harvard, com a finalidade de combinar encontros amorosos. O filme teve um impacte muito grande em diversas áreas, começando pela sua inspiração para futuras start-ups e desenvolvimento dos media sociais. Mas as grandes discussões à volta da obra foram sobre o caráter de construção e simultânea destruição de relações sociais: ao criar um instrumento que liga as pessoas, Mark Zuckerberg traiu os seus próprios e pessoais compromissos de negócio, parceria e amizade íntima. No final, perguntamo-nos: onde estão, neste novo universo social do século XXI de amigos virtuais e pessoais, os verdadeiros amigos?

+FILME

por: Patrícia Azevedo 10.º A15


VISUALIZAÇÕES ONLINE

Externato Ribadouro


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.