ECOS MAGAZINE | 7.º EDIÇÃO | DEZEMBRO

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dezembro | 2020 edição n.º 7 ano letivo de 2020/2021

Externato Ribadouro

(DES)CONFINADOS “Contra todas as adversidades, libertámo-nos do nosso confinamento (ainda que pontualmente alguns regressem a ele) e estamos mais fortes, porque estamos unidos.”


Sumรกrio

4 DO MUNDO

Break Free

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TEMA DE CAPA

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Nร O SEJAS UM ECO

AMP

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2 || Sumรกrio

ECOS DE VIAGEM

MAIS+


Editorial por: Ricardo Cruz

Confinar é uma palavra feia. Apareceu no português escrita pela primeira vez em 1514. Entre outros significados, como tocar os confins ou limites, fazer fronteira, associados a uma perspetiva mais voltada para o exterior, esta palavra de sonoridade tão lúgubre tem, também, uma perspetiva virada para o interior, para o fechamento, a clausura, especialmente num espaço limitado e apertado. Faz-nos lembrar a palavra coffin, inglesa, que significa... caixão. Apareceu no inglês através do francês antigo – cofin – que significa pequeno cesto. Mas como quase tudo no mundo ocidental, a origem é latina – cophinus – que significa cesto. E querendo recuar ainda mais um pouco, ela passou para os romanos pelo grego antigo – κόφινος – (ˈko.fi.nos) que significa cesto. E chegou ao grego pelo semítico antigo – κόφος – que significa também... cesto. Foi isto que nos aconteceu, então. Estivemos fechados num espaço reduzido e apertado, cerceados na nossa liberdade de movimentos e coagidos a permanecermos fechados num mesmo ponto. Confinados... Dentro de um pequeno espaço, onde a nossa existência se reduziu. Mas o nosso confinamento não foi o mesmo do da pobre Dánae, fechada pelo pai, Acriso, para que não gerasse filhos, pois dizia o oráculo que um neto seu o mataria. Dánae, confinada numa torre para o resto da sua vida, acabou por ser seduzida por Zeus, tendo gerado Perseu. Ora, Acriso, furioso, confinou a sua filha e o neto num... caixão. Ordenou que o atirassem ao mar, mas Poseidon salvou-os. Mais tarde, Perseu haveria de cumprir a profecia... Hoje, passados os dias tumultuosos do medo e da ignorância, também nós somos como Perseu. Contra todas as adversidades, libertámo-nos do nosso confinamento (ainda que pontualmente alguns regressem a ele) e estamos mais fortes, porque estamos unidos – socius em latim –, que significa sócio, origem da palavra sociedade. É esta a nossa força: a nossa capacidade de resiliência resulta de unirmos os nossos esforços e desideratos para nos revermos mais fortes e alicerçados nos nossos valores. Não estamos desconfinados, porque essa perspetiva faz-nos lembrar o caixão a que fomos reduzidos nos meses de confinamento. Desconfinado é a negação do confinamento. O que devemos é afirmar a nossa liberdade e ânimo coletivo num esforço inaudito de superação de uma crise sanitária como aquela que vivemos hoje. Os nossos netos terão uma bela história para ouvir, passada no primeiro quartel do século XXI, e nós talvez lhes recordemos de que fomos como Perseu, livres... Equipa Técnica dezembro 2020 | edição n.º 7

Colaboradores: 12.º C1 Afonso Mendes Camila Teixeira Inês Leitão Joana Leite Júlia Köche Vicente Trigo 11.º A10 António Gonçalves Guilherme Corvaceira Miguel Santos

11.º C1 Alexandra Moura Ana Carolina Miranda Ana Filipa Reininho Kersten Ana Rita Franco Cabral Andreina Rodrigues António Gonçalves Pereira Diogo Corvaceira Gonçalo Biscaia Isabela Costa Joana Ribeiro Jorge Sousa Leonor Páscoa Marcia Ventinhas Maria Carolina Bandeira Maria Carolina Magalhães Nuno Ferreira Rafaela Silva

Rita Holland Sara Silva 11.º B2 Alexandre Silva Carolina Afonso David João Silva Pinto Francisca Duarte Francisca Moura Maria Jorge Fonseca Sara Pereira 10.º A10 Inês Esteves 10.º C1 Marta Lima

8.º A Ana Teixeira Inês Cruz Guilherme Carneiro Jorge Pereira Laura Hashimoto Revisão: Ricardo Cruz Design: Afonso Mendes, 12.º C1 Miguel Santos, 11.º A10 Inês Esteves, 10.º A10

Supervisão: Carla Noronha Alfredo Almeida António Pedro Antunes Bruno César Margarida Braga Publicada por: Externato Ribadouro Rua de Santa Catarina, 1346 4000-447 Porto direcaopedagogica@ribadouro. com


Contos do Sol e da Lua

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Ilustração: Sara Pereira 11.º B2

Break Free

por: Sara Pereira 11.º B2

Havia uma certa beleza em vaguear os campos noturnos de Valoryn. Para alguém que passara a infância com a típica vida de uma filha de lenhador, os prados que rodeavam o edifício onde estava certamente faziam Annette sentir-se em casa. Contrariamente à sua doce infância, grande parte da sua vida tinha tomado lugar na cidade. Annette já se tinha habituado ao amontoado de gente que passava todos os dias na rua, ao som das buzinas dos condutores ultrajados e do barulhento ecrã, na fachada de um arranha-céus que passava o dia a com anúncios insignificantes. Ecstaphyn era muito diferente de Valoryn, apesar de ser o seu país vizinho. Onde ela agora vivia, era um bom lugar de escape para a vida citadina, que levava lá na sua terra natal. Mesmo na cidade, ela já se via há muitos anos a tentar fugir dos lugares mais frequentados. Para ela, havia uma certa paz de alma que vinha em caminhar sozinha por entre ruas demasiado íngremes, cheias de casas a caírem aos pedaços. Lembravam-na de como as coisas costumavam ser: a notória falta de dinheiro, a escolha de atividades para ocupar os tempos livres e a tremenda falta de privacidade. Naquelas ruelas, bastava uma janela aberta para conhecer quase a casa inteira de uma pessoa, as conversas percebiam-se desde o início da rua devido à falta de paredes insonorizadas, e as crianças andavam por lá, sozinhas, a escalarem coisas que não deviam ou a brincarem com a gaivota que acabara de roubar um peixe da mercearia. Quando Annette era criança, as coisas eram parecidas. Ainda lhe são vívidas as memórias de correr pelo mato ao lado de casa que cruzava entrada com uma floresta, lá perto. Ela costumava escapulir-se até ao riacho para nadar com os filhos dos vizinhos, e trepavam às árvores para jogar às escondidas. Partiam galhos para fingirem de espadas e varinhas e usavam a caravana abandonada lá no mato como uma sede secreta. Mas as coisas mudam. Quando Annette chegou à cidade, as crianças estavam mais ocupadas com jogos online e com selfies do que a brincar, como ela costumava fazer. De facto, eram poucos os rapazinhos que via a jogarem à bola no passeio ou aqueles que corriam com aviões de papel na mão. As coisas mudam e aquilo que era na verdade uma simples diferença de espaço e de poder monetário, pareceu ali uma diferença de épocas. Annette olhou para o horizonte, agora que o Sol se preparava para erguer. Ela teria de despedir-se da Lua brevemente e isso


trazia-lhe alguma tristeza. A Lua era-lhe algo querido. Quando Olívia tinha batido furiosamente à porta do seu quarto, às quatro da madrugada, a dizer-lhe que precisavam de água para o pequenoalmoço, a reação de Annette não foi das melhores. – É a tua vez de ir buscar água ao poço – tinha insistido Olívia de olhos quase fechados e prestes a cair ao chão de tanto sono que tinha. – Poço? Mas nós estamos onde afinal?! Na Grécia Antiga? Quem é que ainda vai buscar água ao poço?! – resmungara Annette, mal-humorada por a terem acordado tão cedo. – Tu – repondeu Olívia e desapareceu num abrir e fechar de olhos. E assim, ela lá cedeu, lá se levantou e lá foi ao raio do poço. Agora que olhava para trás, já a dois terços do caminho de regresso com um balde de água em cada mão, não se sentia assim tão contrariada. Já tinha constatado naquela noite que a Lua estava no céu, mas agora podia verificá-lo novamente. “Desde que a Lua esteja no céu, eu encontrar-te-ei.” Tinha-lhe dito Lucas, quando tinham ambos oito anos de idade. Aquela frase lamechas parecia ser a única coisa que tirava Annette fora do seu quarto e fora de casa. Por causa daquelas breves palavras, Annette tinha ganhado o hábito de comprar calendários lunares todos os anos. Nas noites de lua nova, não dormia, com medo de que ele estivesse morto. Nas noites de lua cheia, escrevia-lhe cartas. Escrevia-as, mas nunca as entregava. Quando estava em Ecstaphyn, ela tinha um caderno para isso, mas agora que estava longe, era só um amontoado de papéis dobrados numa caixa que dizia cartas de amor aos mortos. Às vezes, ela pensava que ele estava mesmo morto: tinham passado quase três anos desde a última vez que o vira. O Sol começava a espreitar pelas montanhas, fazendo os galos da capoeira cantar. Annette suspirou, sabendo que acabara de passar mais uma oportunidade de ele aparecer. Ela pegou nos seus baldes e voltou o seu percurso até casa, desta vez com um sorriso na cara. Ela fez a sua parte: agora era a vez de Lucas pensar nas palavras

lamechas dela e fazer a sua. É estranho como uma relação assim pode durar tanto tempo. Se não fosse pela teimosia de ambos, provavelmente as coisas estariam bem diferentes. Lucas parou na sua viagem, desviando os olhos do mapa para ver o Sol nascer. O Sol estava a subir, e o sol dele estava à espera. Não que ele descrevesse Annette como um sol propriamente. Ele diria mais um girassol, mas, no fundo, era tudo igual. O girassol é uma flor não convencional. Ele eleva-se sobre os outros, alto e inflexível. A sua própria presença é um símbolo de força, ou pelo menos assim se diz. Porque o girassol teimoso passa os seus dias a perseguir o sol inalcançável. Certamente, é uma tentativa inútil. Mas contra todas as probabilidades, ele alcança-o. Lucas via Annette de forma semelhante. Todos os dias ele questionavase se ela ainda estaria à espera dele, se estaria pelo menos viva ou em segurança. Ele tinha desaparecido fazia três anos, mas ano e meio atrás tinha regressado a casa, apenas para descobrir que ela já lá não estava. Desde esse dia que estava à procura dela. Certo, ela disse-lhe que “desde que o Sol suba nao céu, eu estarei à tua espera.” Mas nuca tinha especificado onde. Assim sendo, ele voltou a pôr os olhos no mapa. O seu irmão já seguia caminho, à procura de um sítio onde passar a noite, mas Lucas estava a atrasar-se ao parar para pensar. Ele varreu os pensamentos da sua cabeça e voltou a andar rumo ao seu objetivo. Annette não se encontrava sozinha. Olhando agora para trás, Lucas ria-se do quão cliché a sua relação era. Parece que, afinal de contas, Annette sempre conseguira ser a protagonista num conto de fadas como sempre quis e ele certamente não se importava. Provavelmente, o mesmo pensamento já teria passado pela cabeça dela um milhão de vezes. Que se há de dizer: a relação que tinham era, de facto, cliché. Se a Lua aparecesse, ela sabia que ele estaria à sua procura; e desde que o Sol nascesse, ele sabia que ela estaria à sua espera.

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DO MUNDO Relações Internacionais

O mundo em que o dinheiro fala mais alto por: António Gonçalves Pereira e Nuno Ferreira 11.º C1


Em 2018, a Huawei confirmou o cancelamento de um acordo com a operadora norte-americana AT&T. Neste seguimento, viu os seus produtos deixarem de ser vendidos pela Best Buy. Tudo começou em janeiro de 2018, quando a Huawei confirmara o cancelamento de um acordo com a operadora norte-americana At&T. Sem este acordo, a Huawei não poderia vender nem publicitar produtos nas instalações desta operadora. A partir de aqui foi sempre a cair. Nos dias que se seguiram, Best Buy, a maior loja de eletrónica nos EUA, parou de vender os produtos Huawei!!! Mas a questão persiste: qual a razão disto? O Presidente Americano, Donald Trump, juntamente com o FBI, acusou então, a Huawei de estar a usar os seus aparelhos, vendidos ao público, para espionagem dos seus consumidores mais propriamente consumidores americanos. Ou seja, isto significaria que os EUA acusariam a China de algo muito grave! Espionagem... Donald Trump começou por contactar a Google a proibir a venda do software à Huawei, caso contrário, proibiria a Google de ter a sua sede e fábrica em território americano. Assim sendo, a marca eletrónica estava proibida de utilizar o software da Android nos seus dispositivos. Em 2017, foi aplicada uma multa à Huawei no valor de 100 milhões de euros, alegando-se que a empresa vendia informações americanas ao Irão... A Huawei decidiu pagar a multa, de forma a continuarem a poder vender os seus produtos em território americano. Atualmente, a marca chinesa não pode usar nenhum meio que pertença aos EUA, como a Google, que suportava o software utilizado até então, tal como o Gmail, a Play Store... O que fez que a marca meses depois anunciasse o seu próprio conjunto de apps substitutas, já que tinham sido descontinuadas. Este facto resultou num grande alvoroço entre os consumidores, já que certas aplicações não estavam disponíveis na nova loja da Huawei. É impressionante como é possível criar uma guerra entre duas potências mundiais apenas cancelando o fabrico e a venda de uma marca topo de gama.

Fonte: Getty Images

ECOS do Mundo | Relações Internacionais || 7


DO MUNDO História

O feminismo: da História até à atualidade por: Alexandra Moura, Andreina Rodrigues e Isabela Costa 11.º C1

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Fonte: NBC

O machismo está intrínseco na nossa sociedade desde sempre. Contudo, foi só nos séculos mais recentes que as mulheres finalmente arranjaram a força e a coragem para lutar contra esta opressão, criando o seu próprio movimento: o feminismo. Feminismo é um movimento político, filosófico e social com o intuito de alcançar a igualdade de género. Muitas vezes é confundido com o termo femismo, uma conduta que defende a superioridade das mulheres e que seria equivalente ao machismo, mas inverso. Foi no século XIX que se deu a origem do feminismo, destacando-se em alguns países como França, Reino Unido, Canadá, Países Baixos e Estados Unidos da América. Porém, antes disso, foi no século XVIII que, através do Iluminismo, se começou a notar o nascimento deste movimento. Podemos destacar a Revolução Francesa e as Revoluções Liberais como as origens de conceitos igualdade como, direitos jurídicos e liberdade, embora estes não integrassem as mulheres. O grande objetivo desta primeira onda foi conseguir obter direitos para as mulheres, destacando-se o direito ao voto feminino. Algumas personalidades que marcaram o feminismo foram: Elizabeth Cady Stanton (século XIX), conhecida como a primeira feminista deste século e Christine de Pizah (século XV), que quis “levantar a sua caneta em defesa do seu sexo”, isto é, lutou para que as mulheres pudessem votar. As mudanças notadas foram o reconhecimento do direito ao voto e uma vida política ativa. A segunda onda do feminismo começou na década de 1960, nos Estados Unidos, e durou até 1980. Esta onda espalhou-se eventualmente por todo o mundo, lidando com desigualdades culturais e legais e com o papel da mulher na sociedade. Após a Segunda Guerra Mundial, deu-se um crescimento económico e social chamado Baby Boom, que resultou na associação da imagem das mulheres à família, ao casamento ideal e às suas tarefas domésticas. Assim, o movimento viu a necessidade de reverter a domesticidade da mulher da época. Efetivamente, a segunda onda centrava-se no debate sobre a sexualidade, família, mercado de trabalho, desigualdades legais e direitos produtivos, e salientava a importância da luta contra a violência doméstica e violação conjugal. Com esta onda também se criaram abrigos para as mulheres vítimas de maus-tratos, das leis de custódia e do divórcio. Neste período, alcançaramse, ainda, grandes avanços nas profissões comuns, militares, desportivas e nos meios de comunicação. Em 1961, também foi aprovado o uso da pílula contracetiva, ECOS do Mundo | História || 9


10 || ECOS do Mundo | História

Betty Friedan, 1960

Fonte: Fred Palumbo, Wkipédia

o que tornou possível às mulheres terem carreiras sem se preocuparem com uma gravidez inesperada. A mãe do movimento foi Betty Friedan, devido à publicação do seu best-seller, The Feminine Mystique, onde abordou o papel das mulheres na indústria e a situação de desespero e depressão a que eram submetidas. Também foi co-fundadora da Organização Nacional das Mulheres, que tinha como principal objetivo lutar pelos direitos femininos e promover a igualdade de género. Também auxiliou na criação do VARAL, organização de fomento aos direitos reprodutivos, inclusive o direito ao aborto. A terceira onda do feminismo começa no início da década de 1990, e centra-se na diversificação da imagem da mulher com muitas cores, etnias, nacionalidades, religiões e origens culturais e na contradição dos padrões impostos às mulheres. Neste período, destacam-se importantes líderes feministas como Gloria Anzaldua, Bell Hooks, Cherrie Moraga, Audre Lorde, Maxine Hong Kingston, entre outras figuras feministas negras, que lutaram para expandir o movimento a um grupo muito mais diversificado de mulheres. Há que destacar Rebeca Walker, criadora do termo “terceira onda do feminismo”, que se tornou num símbolo da luta feminista de mulheres queer e de diferentes etnias. Assim, as feministas da terceira onda focaram-se em abolir estereótipos de género e apresentavam uma visão pósestruturalista do género e da sexualidade, defendendo que os géneros binários são apenas “construções artificiais criadas para manter o poder dos grupos dominantes”. Deste modo, o feminismo desta época lida com a opressão da mulher e de outras identidades marginalizadas. Além disso, combate o fanatismo radical que consiste na crença de que a igualdade de género já foi alcançada e que mais tentativas de defesa dos direitos das mulheres são “irrelevantes e desnecessárias”. A quarta onda do feminismo ter-se-á iniciado por volta de 2012, associada ao uso das redes sociais. A organização Cochrane

define o assédio sexual, a discriminação no ambiente do trabalho, a gordofobia e as representações machistas nos media como os principais temas da quarta onda. Assim, a pesquisadora Prudence Chamberlain descreve-a pela “incredulidade quanto ao facto de certas atitudes continuarem a existir”. Concluindo, estes foram alguns dos grandes feitos conseguidos através do feminismo. É necessário reconhecer o valor deste movimento e todos os direitos que foram alcançados graças a ele. No entanto, também não podemos cair na ilusão de que a igualdade de género já foi atingida: em países como o Brasil, Rússia, Índia, Arábia Saudita, Indonésia, entre outros, as mulheres ainda não possuem os direitos humanos básicos e, mesmo em países mais desenvolvidos, onde essa realidade já começou a ser alcançada, as mulheres continuam a sofrer assédio sexual e discriminação no local de trabalho, que infelizmente, já fazem parte do seu quotidiano. Assim, apesar do longo caminho que o feminismo já percorreu, continua a haver uma luta constante em todo o mundo pela igualdade de género, que está longe de ser alcançada.


Fonte: Roya Ann Millerem Unsplash

Fonte: Giacomo Ferroni em Unsplash

Fonte: Markus Spiske em Unsplash

Fonte: WkipĂŠdia

Duas ativistas a favor do voto feminino

ECOS do Mundo | HistĂłria || 11


Nova Zelândia

por: Joana Leite 12.º C1

Bem vindo à Nova Zelândia, um país que, apesar de ser maior do que o Reino Unido em termos de área, tem apenas 4,8 milhões de cidadãos. Contudo, a Nova Zelândia é conhecida, não pelo seu tamanho, mas pela beleza das florestas, das montanhas, dos lagos e das praias, tornando este país num dos destinos mais naturais e bonitos do mundo. Prepare-se, então, para numerosos parques nacionais, a prática de diversos desportos e uma sociedade rica em cultura, nomeadamente a cultura Māori.

Contexto Histórico A história da Nova Zelândia começou no ano 950 d.C., com o aparecimento das pessoas Māori nas ilhas. Contudo, a paz dos habitantes, em 1642, foi testada com a chegada dos primeiros europeus, especialmente os holandeses e, mais tarde, em 1769, com a chegada dos ingleses. A exploração britânica, liderada por James Cook, levou à criação de postos comerciais ao longo da costa. Mesmo com várias tentativas de expulsar os ingleses do território, as pessoas Māori acabaram por assinar um tratado com eles, o Tratado de Waitangi. Com o domínio inglês, que se tornou cada vez mais notável, a cultura Māori sofreu um grande período de marginalização e a cultura inglesa começou a ser adotada.

Apesar de existir uma predominância da cultura britânica no país, a cultura Māori, nos últimos anos, tem conquistado mais importância. Mesmo representando apenas 15 por cento da população de Nova Zelândia, a taxa populacional tem vindo a aumentar em comparação com os restantes cidadãos. É, também, através de filmes e obras que esta cultura tem vindo a ganhar popularidade e a ser ainda mais valorizada. Local de culto da cultura Māori

12 || ECOS de Viagem || Nova Zelândia

Fonte: Matthijs van den Berg, Wikipédia

Contexto Cultural

Fonte: Casey Horner, Unsplash

ECOS de Viagem:


Região de Auckland É possível dizer que Auckland é principalmente conhecida pelo centro da cidade, mas, os locais, recomendem a sua área envolvente também. Para além da cidade moderna, esta região tem florestas tropicais, fontes termais, parques vulcânicos, reservas marinhas e muitas ilhas para explorar. Locais de destaque •Hauraki: Existem mais de 50 ilhas em Hauraki. Estas ilhas foram divididas em dois grupos principais: as ilhas destinadas a visitas e as de conservação. Muitas das ilhas estão abertas ao público e permitem o refúgio da vida moderna. Contudo, de forma a preservar a beleza da natureza, as ilhas de conservação foram fechadas ao público para conservar espécies, especialmente de aves e plantas raras.

Queenstown

Fonte: Lawrence Murray, Wkikipédia

•Reserva Marinha da Ilha Goat: Em 1975, a reserva marinha da ilha Goat, a primeira reserva da Nova Zelândia, abriu ao público. Com o aumento da proteção costeira e da natureza, as espécies marinhas começaram a regressar às águas e aumentaram a diversidade lá presente. Existem vários pontos de mergulho onde se pode observar animais aquáticos como algas marinhas e lagostas.

Queenstown é uma das cidades mais conhecidas do mundo, principalmente para os turistas mais aventureiros. A cidade ganhou a sua popularidade com a criação de bungy jumping. Por isso, sim, é verdade que é uma cidade divertida e que convida os sus visitantes a testarem os seus limites. Contudo, é importante destacar o outro lado de Queenstown. Esta cidade tem uma oferta gigantesca de restaurantes, entretenimento e, até, tem o seu lado artístico. É o lugar ideal para se rodear de pessoas e se divertir ao máximo.

ECOS de Viagem | Nova Zelândia || 13

Fonte: Partha Narasimhan, Unsplash

Cidades e locais de destaque


Kaikoura

Fonte: Joris Visser, Unsplash

Fonte: Fermin Rodriguez Penelas, Unsplash

Baía das Ilhas

Ilha do Norte

lha do Sul

Esta ilha, para além de ter características versáteis, geologicamente, é das ilhas mais jovens do mundo. É uma oportunidade de visitar cidades modernas, mas, também, de experienciar a cultura e ver a origem vulcânica do país. Apesar de a Ilha do Sul ser mais conhecida, a Ilha do Norte tem praias selvagens dedicadas à prática do surf e passeios aos vulcões adormecidos.

A região sul de Nova Zelândia é ideal tanto para o lazer, como para a aventura. É possível encontrar paisagens deslumbrantes e, até, montanhas cobertas de neve. Para os amantes da natureza, o ideal são os passeios e os trilhos que levam às florestas e aos lagos mais bonitos do planeta. Contudo, para os que apreciam e valorizam mais o desporto, o sul da ilha oferece diversas atividades como paraquedismo, canoagem e muitas mais.

Locais de destaque •Cavernas de Waitomo (9h30 – 16h30): Em Waitomo, encontram-se numerosas cavernas subterrâneas e rios que percorrem quase todo o território. Aqui destaca-se as atividades de rafting e de rapel. •Termas de Rotorua (9h00 – 16h00): Nas termas é possível encontrar piscinas naturais de lama e de água a ferver, todas ricas em minerais. Muitas das paisagens e dos passeios são gratuitos e abertos ao público. •Baía das Ilhas: A Baía das Ilhas tem numerosas atividades a fazer, nomeadamente viagens de barco que possibilitam ver golfinhos e orcas. No total, esta baía é rodeada de 150 ilhas pequeninas. Parque Nacional de Abel Tasman

14 || ECOS de Viagem || Nova Zelândia

Locais de destaque •Parque Nacional de Abel Tasman: Este parque nacional, baseado essencialmente no lazer, tem diversas atividades como passeios nas praias e andar de caiaque. •Kaikoura: Kaikoura é uma cidade lindíssima, que se encontra ao lado da cordilheira Seaward Kaikoura. É dos poucos sítios que tem uma vida selvagem tão variada e onde se podem avistar golfinhos, baleias, focas, pinguins e muitas outras espécies características desta área.


Lago Tekapo

Fonte: Tobias Keller, Unsplash

Fonte: Shan Li Fang, Unsplash

“Hobbiton Movie Set”

Waikato e a Península de Coromandel

Christchurch

Este território da Ilha do Norte é conhecido, em primeiro lugar, pelo rio Waikato. Este rio, ao longo da história, foi alvo de muitas tentativas de conquista devido ao elevado grau de fertilidade do solo. Contudo, não é o único sítio que se destaca. A Península de Coromandel é, igualmente, muito procurada, uma vez que tem das melhores praias da Nova Zelândia.

São poucas as cidades de Nova Zelândia que têm visto um desenvolvimento tão acelerado como o de Christchurch, especialmente após o terramoto. Mesmo sendo uma cidade bastante desenvolvida, Christchurch tem pequenos locais secretos, como praias escondidas, que não podem faltar numa viagem à Nova Zelândia.

Locais de destaque •Praia de Hahei: Esta praia é uma das referência do norte e, por isso, a sua visita torna-se essencial. Para além de ser uma ótima oportunidade de relaxamento, com apenas uma caminhada de 15 minutos, chegamos a uma pequena aldeia fortificada que oferece uma vista incrível da praia. •“Hobbiton Movie Set” (10h00 - 16h30): É verdade que os filmes O Senhor dos Anéis foram filmados na Nova Zelândia, mas não foram os únicos que ficaram na memória do país. As filmagens do Hobbit foram realizadas em Matamata, uma localização do norte, e, após várias negociações, os buracos do Hobbit ficaram lá como um pequeno souvenir. Agora, é possível visitar os locais da filmagem dos filmes e viver essa magia.

Fonte: National Geographic

Locais de destaque •Os jardins botânicos (7h00 - 21h00): De todos os locais mais reconhecidos de Christchurch, os jardins botânicos são dos mais populares. Apesar de serem bonitos o ano inteiro, a visita a estes jardins é recomendada na primavera, quando toda a natureza está mais viva e colorida. Para além de ter uma série de cafés e pequenas lojinhas, os jardins encontram-se organizados por temáticas. •Lago Tekapo: A pequena cidade de Tepako localiza-se à frente de um lago turquesa rodeado de montanhas cobertas de neve. Contudo, a beleza de Tepako aumento ao anoitecer. Com a ausência de poluição luminosa, o céu estrelado destacase e capta a atenção de turistas. •“Hanmer Springs” – piscinas termais (10h00 - 21h00): Há uma lenda na cultura Māori ligada às piscinas termais que diz que foram formadas quando brasas caíram do céu. O estabelecimento principal tem uma grande variedade de piscinas termais que atraem turistas o ano inteiro.

ECOS de Viagem | Nova Zelândia || 15


(DES)CONFINADOS “ É esta a nossa força: a nossa capacidade de resiliência resulta de unirmos os nossos esforços e desideratos para nos revermos mais fortes e alicerçados nos nossos valores.” mu

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A PANDEMIA DOS AFETOS Por: João Geraldes, psicólogo ex-aluno do Externato Ribadouro (finalista em 2007/2008) Artigo publicado no Observador

Fonte: Manuel Tirado em Unsplash

Só este ano nos vimos obrigados ao distanciamento social que a COVID-19 impôs. Fomos forçados a ter de ficar em casa, a deixar de estar fisicamente com aqueles que nos eram próximos e a ficarmos retirados do contexto social a que estamos habituados. Mas será que foi só a COVID-19 que impôs este distanciamento social? Ou já não andaríamos todos distanciados, socialmente, uns dos outros? Todos nós sabemos que os tempos mudaram. E não me refiro à pandemia associada à COVID-19. Se pensarmos no nosso quotidiano, quantos de nós já não teremos visto situações em que observamos grupos de amigos, familiares, conhecidos que estão fisicamente próximos mas socialmente distantes? Refiro-me, por exemplo, à utilização individual do telemóvel, situação que vemos, frequentemente, em contexto de grupo em que cada um dos elementos está focado no ecrã do seu dispositivo, não existindo interação presencial entre os diferentes elementos do grupo. Esta nova abordagem trouxe transformações sociais que, provavelmente, todos vivenciamos diariamente. Talvez já terão sentido que, em certo momento, estavam a falar com alguém ou com intenção de comunicar alguma coisa a essa pessoa mas esta estava focada no seu telemóvel. Tornámonos socialmente mais distantes a cada dia que passa e não foi preciso que fosse a COVID-19 a fazê-lo. Já o estávamos a fazer através das nossas atitudes mesmo que, por vezes, inconscientemente. Sei que posso parecer algo ingénuo por apresentar este discurso que parece corresponder ao moralmente desejável mas que, na prática, todos nós o contrariamos.

Fonte: Paul Hanaoka em Unsplash

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18 || Tema de Capa

Fonte: Ben Collins em Unsplash

A pandemia da COVID-19 apenas fez salientar uma outra pandemia que já estava instalada: a pandemia dos afetos. O confinamento e o distanciamento social serviram o propósito de nos fazer sentir e aperceber o quão solitários estamos nas nossas vidas e fez-nos valorizar algo que antes tínhamos oportunidade de fazer diariamente, que é estar próximo daqueles que nos são próximos. Fomos obrigados a repensar formas de estarmos com aqueles de quem gostamos e sobretudo estratégias para evitar sentirmo-nos tão sós, fruto do isolamento e distanciamento social. As tecnologias que acima critiquei pelo seu uso generalizado, que antes desta pandemia, haviam minado as nossas relações sociais foram, no caso da COVID-19, a nossa tábua de salvação para conseguirmos comunicar com a nossa rede de suporte social. As videochamadas passaram a fazer parte das nossas rotinas e possibilitaram-nos manter a socialização com pessoas diferentes daquelas que habitam connosco. Esta diversificação da rede social e das pessoas com as quais comunicamos, apesar de parecer um preciosismo, é muito importante como fonte de desenvolvimento das nossas competências sociais e para o nosso bemestar mental. Até porque o nosso ambiente doméstico enfrentou fortes desafios pela socialização 24h com as mesmas pessoas sob um ambiente que foi marcado pela ansiedade, nervosismo e tensão social. Vimo-nos a ter que falar, muito mais, com aqueles que habitam connosco e a resolver algumas situações e conflitos que antes não aconteciam, pois não passávamos tanto tempo juntos com as mesmas pessoas. Dito isto, não foi só a COVID-19 que nos fez perceber que talvez não tenhamos valorizado devidamente a importância dos afetos, das emoções e dos sentimentos na nossa vida. Os abraços, os beijos e os cumprimentos foram também reinventados a até proibidos em certos contextos. Mas, já antes disto, quantos de nós já não se abraçavam, beijavam ou cumprimentavam devidamente? Mais do que isso, quantos de nós já não diziam, com

alguma regularidade, aquilo que sentiam pelas pessoas de quem gostava? Esta pandemia dos afetos que foi acentuada pela pandemia da COVID-19 tem de nos obrigar a repensar sobre isto: quanto tempo mais ou que novas pandemias precisam surgir para percebermos que devemos valorizar as pessoas que nos fazem bem, dizer-lhes que gostamos delas e valorizar a troca de afetos? Expressões como gosto de ti, tenho saudades tuas, fazes-me falta, és importante para mim, obrigado por estares aqui já deixaram de fazer parte do nosso discurso muito antes da COVID-19. Não quer dizer que isto seja válido para todas as pessoas. Mas, de facto, são mais recorrentes os discursos dos pacientes que procuram o meu acompanhamento psicológico e que salientam o distanciamento e o isolamento social, uma menor autoestima e maiores pensamentos associados à solidão, até de pessoas jovens, ao contrário da ideia pré-concebida de que só as pessoas mais velhas é que se sentem mais sós. Os jovens também se têm sentido sós. podemo-nos sentir sós, apesar de estarmos rodeados de pessoas nas vossas vidas. Sentirmonos sós não é uma fragilidade. É fruto da sociedade em que vivemos, das evoluções e transformações sociais e nem sempre depende de nós. Não obstante, podemos adotar comportamentos e estratégias


para saber melhor lidar com a solidão, algumas das quais já mencionei anteriormente, nomeadamente, valorizar e comunicar mais aquilo que sentimos, passar mais tempo em interação social com as pessoas que nos fazem sentir bem, dizer-lhes mais vezes o que sentimos por elas. Por último, importa salientar que procurar apoio psicológico, nesta fase, pode ser benéfico para saber lidar melhor com estes novos desafios com que todos fomos confrontados. Pedir ajuda nunca é um sinal de fraqueza mas significa, antes, que somos fortes o suficiente para admitirmos que não estamos a conseguir reunir todas as estratégias para lidar com determinado assunto e que, para isso, recorremos, de forma pró-ativa, a uma solução que nos permita ultrapassar os nossos obstáculos.

Ei! Já conheces a ECOS? Somos a TUA revista escolar. Gostas de escrever? És criativ@? Junta-te à nossa equipa!! Consulta o nosso trabalho em: www.issuu.com/ecosribadouro Fala connosco: @: ecos@ribadouro.com @: @ecosdoribadouro Tema de Capa || 19


Presos e em desespero Uma reflexão sobre a quarentena por: Marta Lima, 10.º C1

Em março deste ano fomos mandados para casa devido ao aparecimento de um novo vírus que veio controlar e atrapalhar as nossas vidas: o COVID-19. Certamente, este nome é-te tudo menos estranho: ouvimos na televisão, na rádio, no jantar com a família e provavelmente não te esqueces dele por um segundo. Um vírus que apareceu na China e se espalhou por todo o mundo, que nos obriga a andar de máscara, a desinfetar as mãos e a manter distância das pessoas que mais gostamos para as proteger a elas mesmas. Um vírus que parou as nossas vidas por completo e todos desejamos que se vá embora brevemente. Um vírus que nos fez ficar presos em casa e nos fez desesperar. Mas terá sido tudo mau? Aulas online e o dia todo de pijama foi a nossa realidade no início desta pandemia. Estávamos com os horários todos trocados, preguiça no auge e era bastante fácil desconcentrarmonos durante as aulas. Horas no telemóvel, computador, televisão e já só pensávamos em quando é que iríamos poder sair de casa e voltar às nossas vidas. Acordávamos a saber que o dia seguinte ia ser igual ao anterior e já nem tínhamos a certeza em que dia estávamos ao certo. Uma confusão em casa, e uma ainda maior na nossa cabeça. Estes dias pareceram intermináveis, mas, olhando para trás, até podem ter tido algumas vantagens. Durante a quarentena, se há coisa que não nos faltou foi tempo livre. Apesar da enorme mudança que se deu na nossa rotina, esta pausa pôde ser utilizada para tirar um tempo 20 || Tema de Capa

de toda a agitação que em que vivíamos: podíamos dormir mais umas horas, ver uma nova série, não tínhamos de pensar no que íamos vestir no dia seguinte, podíamos começar a fazer exercício, arrumar a casa ou até aprender e começar um novo hobbie. Tivemos tempo para nós próprios, para pensar no nosso futuro, para estabelecer as nossas prioridades e criar novas metas para quando isto tudo passasse, e sem dúvida que isso que nos fez crescer muito a nível pessoal e perceber o que é realmente indispensável à nossa vida. Mas esta pandemia não afetou apenas o estilo de vida das pessoas: com menos automóveis, menos população nas ruas, restrições para viajar e menos fábricas a funcionar, verificou-se uma redução da poluição atmosférica e da emissão de poluentes e uma melhoria da qualidade das águas de alguns rios. Foi o caso de Veneza que, pela primeira vez em anos, apresentou a água dos seus canais limpa, cristalina e com vida marinha. Ansiosos para sair de casa, um diachegou o momento. Mesmo estando de máscara, com medo e a ter de manter a distância, ver os nossos amigos e familiares nunca foi tão bom: passados meses sem ver as pessoas que víamos todos os dias, poder finalmente estar com elas de novo foi como se tudo estivesse prestes a regressar à normalidade e todos os momentos sozinhos em casa estivessem prestes a terminar.


Claro que não desconfinámos logo de uma vez, até porque hoje ainda não estamos a viver a normalidade, mas aos poucos cada pequena coisa que pudemos voltar a fazer soube-nos melhor do que qualquer outra vez em que a havíamos feito. Aprendemos igualmente a valorizar as pessoas, os momentos, e todas aquelas coisas que dávamos como garantidas. Sempre fui avisada que só se dá valor àquilo que temos quando o perdemos, e nunca me tinha apercebido o quão verdade isto era até esta pandemia chegar: ir para a escola, estar com a família, sair sem preocupações ou poder abraçar os nossos amigos… tudo isto deixou de ser algo incontestável e passou a ser aquilo pelo que mais ansiosamente esperámos e que nunca pensámos sequer que nos pudessem tirar. E agora, quando esta pandemia passar por completo, tenho a certeza de que os nossos comportamentos irão mudar. Pelo menos eu não vou dar nada por garantido, cada vez que vir os meus amigos e familiares vou abraçá-los como se os quisesse sufocar, vou desfrutar cada dia na escola e dar graças por estar lá presencialmente, e vou, acima de tudo, aproveitar cada segundo como se amanhã fosse confinar outra vez. Fonte: ArchDaily

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Yes, we can win

During the end of 2019 but mostly in 2020 the whole world was faced with one big cursed virus where death and pain were rewards. It’s said by the general and high public that it came from the province of Wuhan in China, where the known seafood market of Huanan was infected with the virus. People say that it came from the bats, others say it was from Barcelona’s water. Currently there’s still no specific and explanatory answer. Leading on from the capital of China’s Hubei province, the virus quickly arrived to 188 countries in five continents: Asia, Africa, Europe, America and Oceania. Currently close to 47 million, people have been infected and the worldwide number of deaths surpassed 1 million. The lives of all people in the world have changed, alongside our habits and to some of us our future dreams have shattered. The next generations’ lives won’t be the same, like most of ours, leading to this point. Many people’s mentalities have changed, some to the better, some far beyond than worse. The world’s suicide, depression, domestic violence and divorce rates have increased. People from all kinds of ages were and still are being torment by fear for themselves and their loved ones. The streets aren’t safe, school isn’t safe, travelling isn’t safe, speaking to other people without the social distance isn’t safe, going to parties isn’t safe, shoppings and shops aren’t safe, the list goes on and on like an infinite rope. The free world packed with liberty has collapsed in front of our eyes. And yet some people still think it´s an illusion. People are dying, others suffering, others hungry, others drunk in fear and some safe, hoping they won’t contract this disease.

por: Jorge Sousa, 11.º C1

Fonte: Bruno Emmanuelle em Unsplash

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Society up to this point had been blinded into a forest of shiny and rich objects, such as titles, house hold names, fame, money, and far more. Now some people appreciate being alive, healthy for another day and are pleased not to be caught up into this virus’s eyes, where society standards, bank account numbers and conduct throughout life don’t matter. This death wave has unblinded a few of us and in some way made us a better human. At the end of a life, it doesn’t matter how much we have, what does matter is how much we appreciate what


we have. Us that haven’t been infected thank our lucky stars for this gift, others couldn´t care less. Now I believe in that the old superstition is, in fact, very true, people can be very ungrateful and unaware of their privileges. All humans eventually die, we never know when you time is up. We must learn to appreciate the gift that has been given to us to not only to care for physiological activities but to have a rational mind concerned with other matters. We unlike other species know what joy, happiness, fulfillment, love, sadness, anger, frustration are. So, we shall try to use this major opportunity to do something actually valuable and not through it away like an uninteresting path or adventure we don´t want to follow. Throwing your life away into purpose ignorance, uninterest and addictions is simply a waste of brain that could, in fact, become extraordinary. A lot of people don’t appreciate their luck and their capabilities, which in this case would show awareness and mindfulness. Appreciate what you have and who you have. Take a moment to reflect where you´re at, not where you could be. The world was starting to be invaded by a fast life pace which wasn’t healthy for most of us, excluding the top society who use us as tools for their own benefit. This virus has come to show that although humans may be bit advanced in certain fields, most nations and countries aren´t ready for these challenges neither economically, nor medically. The systems have let down their people so much that some believe that corona virus was been made up, others believe that the numbers of deaths and infected people are being hidden, and far more. For that we must vote for leaders who interested and take note on their populations needs. This lack of trust in our society has been originated by the highest distancing themselves for the most, creating stigmas and wrong assumptions, whether the covered topic is races, standards, appearances and many more. Our world was in disunion, with this event that has only increased. We fear being next to strangers and even friends, we socialize less, we care, now more than ever, for us only. People´s sins may be increasing but the fear still stands.

The economy is at its worse place. Countries that were starting to thrive now locate themselves in a total crisis. Majority of countries find its economy in complete recession. The global economy will contract about 3% this year, shrinking, in some countries, at its fastest pace in decades. The biggest economy in the world is being expected to reduce by 5,9%, representing the biggest annual reduction since 1946. Some of the major economies in the world are trembling and expanding their future problems. Tourism and many other alike industries have toppled. Airlines and the flight industries in its whole are facing enormous financial problems. Shops are closing for the simple fact that sales aren´t happening. World renown brands have largely decreased their sales and some even hit negative records. Our economy is being so skeptically hit by this virus that we can´t even bare a possible 2nd wave. The economical world might be in chance of collapsing. One of the few industries prospering in this gargantuan mess are the pharmacies. But still no vaccine is in our sight, in fact experts predict that it will take about 3 to 6 months for the vaccine to be widely available. Until the middle of 2021 a large part of the world´s population won´t be immune to Sars-COV-2. The unemployment is increasing massively in most countries, leaving thousands of people workless. By the industries low sales, it´s logic that some prices will rise, decreasing the chances for financial stability for some individuals, but currently that isn´t a big problem to the experts. It´s becoming unbearable, for many, to buy any sort of product, whether that is for their families mental or physical wellbeing,

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especially in the lower classes. With this financial incapability some people, besides not being able to sustain their families´ to the minimum standards, now find themselves into severe mental problems potentially arriving to a state of complete disorder, which sometimes might lead to certain actions that are skyrocketing, as referred previously. Many professions are being unvalued and given no benefit at a fast pace, which rises the chances for its financial abandonment by the state. Specially the art related jobs. These uncertain times make people paranoid and mentally unstable because of unquestioned and delayed answers from the government and heads institutions. Children mentalities are being disrupted. They don´t get to socialize, make friendships, discover themselves, be in adventures, but above all they don´t get to be kids. They wake up and spend their whole time in front of a screen learning advanced topics, while some of the basics haven´t even been experienced. Suddenly their life is similar to an adult, constantly working their nine to five. Some schools must understand that in this time kids need to be aware of what is happening, knowing what they can or can´t do. They don´t need to be constantly developing their writing, reading and mathematics skills. They must be kids with an adapted life to this situation, not suddenly adults. Until a solution isn´t found we must be cautious, mindful of our activities and above all don´t let the fear invade our minds. All we can do is hope that the cure comes as quickly as possible and its distribution is equal throughout countries and its societies.

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Fonte: Flickr

Although not every government might be willing to help for the good of others, we must keep our minds focused and opened to embrace any possible solution. First, we think how can we survive and only after we start living a free and less afflicted live. With this occurrence people value the feeling of liberty, now that it was taken from us. I truly miss feeling of the wind on my face, the greenness of the lands, the sound of the birds, the blueness of the skies, the dance steps I used to execute while I was on the German stages, the applauses, the nervous and anxious sensations before performing, the vibration of the delicate orchestra, the spotlights covering my entire body, the feeling of proudness and accomplishment after winning a medal or scholarship, being in school near my friends, taking notes of my corrections from the ballet class, and millions more. Unfortunately, most of those I won’t be able to feel again. Corona virus has destroyed me but also enlightened me in a certain way. I believe it was a bad event that came with silver lining. I and many others, still looking towards their future, must reinvent ourselves and try to adapt to this new world that has just been born. We will have to find new interests, new dreams, new sensations, new views of the world, and so many more. We will have to find a new us. Who am I? You may ask. I’m a 16-year-old boy who had a big dream but with everything happening I realized it´s true colors and my chances. I dreamed of becoming a professional ballet dancer since I was 5 years old. I went to a variety of competitions and won several awards. But the appearance of this crisis threw most of my future plans away. Not only for economic reasons but for emotional maters. This virus was so dreadful that the

Teatro Bolshoi, Moscovo


The arts need touch and smells in between individuals. They cannot be executed in a “work from home way”. The studios and the stages play a fundamental role when it comes to the magic of these professions. But the magic is only possible when the individuals are able to help and be there for each other. Which for me wasn’t the case. Waiving this part of my life wasn’t easy, in fact, it took me a few months. In that period of time a wrote long and emotional pages speaking about my family´s support and my destiny. Although a part of my future plans wasn’t accomplished, my journey was still able to carry through. Thanks to Ribadouro, where I first felt a warmth from complete strangers for being a dancer, some of my dreams where and still are able to become true. During this mysterious time in the world, I´m trying to find the reasons for my life´s path and comprehending this corona virus situation alongside some society’s flaws. But just like Winston Churchill said, “For myself I am an optimist — it does not seem to be much use being anything else.”. One day in the future we will thrive again, never lose sight of cautions, who you should thank and above all your happiness. Um bem haja a todos os profissionais de saúde que estão na linha da frente e a todos os cientistas que não param de investigar, nas suas universidades e laboratórios, para nos salvarem. Obrigado, tio.

Por: Ana Luísa 8.º A

Mariinsky and Bolshoi Theaters closed for the first time since the Second World War. I must admit that a part of me has disappeared and I feel quite incomplete. Ballet was not just a part of my life; it was my life.

Os cinco na pandemia Por: Ana Teixeira, Inês Cruz, Guilherme Carneiro, Jorge Pereira, Laura Hashimoto 8.º A

Há não muito tempo, um grupo de jovens foi obrigado a ficar trancado em suas casas. Esse grupo era constituído pelo número mais clássico da histórias de ficção (cinco elementos) sendo que se baseia na realidade em que vivíamos... Três raparigas e dois rapazes, cada um com as suas qualidades e defeitos... Inês, a líder do grupo, Laura, a artista, Ana, a engraçada, Jorge, o calmo, e por último, mas não menos importante, Guilherme, o psicólogo pessoal. No início da quarenta, o grupo viu-se desesperado por uma aventura cheia de diversão, pois o que estava a acontecer na sociedade era uma situação que parecia de outro universo. O tempo foi passando e cada vez mais existia uma enorme vontade de se reunirem novamente. Mas nem tudo estava perdido. O tempo ajudou a reconectarem-se com eles próprios. Aprenderam muito sobre eles e também passaram muito tempo com a família. Com a pandemia também se iniciaram as aulas online. Nem sempre tudo correu como esperado, contudo... Lamentamos a morte de muitas pessoas, familiares que nem se puderam despedir dos seus entes queridos... A quarenta acabou e os cinco reuniram-se, festejaram e agradeceram por estarem juntos outra vez. A liberdade estava à solta e todos estavam felizes, pois estar ao lado de quem mais gostamos é muito importante. Agora, de volta à escola, eles estão a tentar-se adaptar às regras sociais, para que esta pandemia desapareça de vez...

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AMP Sweater Weather por Vicente Trigo 12.º C1

Sem dúvida que o inverno é uma altura para camisolas quentes e romance, mas na música Sweater Weather da banda americana The Neighbourhood, o termo é usado com um significado mais profundo do que o esperado – romântico com uma ligação sentimental a alguém especial. “All I am is a man / I want the world in my hands / I hate the beach / But I stand / In California with my toes in the sand / Use the sleeves of my sweater / Let’s have an adventure / Head in the clouds but my gravity’s centered / Touch my neck and I’ll touch yours / You in those little high-waisted shorts.” A letra faz uma referência à aventura romântica que o cantor quer ter com a pessoa a quem se refere, para além de mencionar o desejo físico. “Cause it’s too cold / For you here and now / So let me hold / Both your hands in the holes of my sweater.” “And if I may just take your breath away / I don’t mind if there’s not much to say / Sometimes the silence guides our minds / So move to a place so far away / The goose bumps start to raise / The minute that my left hand meets your waist / And then I watch your face / Put my finger on your tongue / ‘Cause you love to taste, yeah.” Trata-se de um tema para noites frias, nas quais só queremos estar com um cobertor a olhar pela janela, a imaginar o que poderá acontecer, ou como será a vida no futuro, para além de ser uma música excelente a nível de harmonia e composição.

Ouve no Spotify

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Cher por Inês Leitão 12.º C1

Fonte: Slufoot em tumlbr

Cherilyn Sarkisian, mais conhecida por Cher, é a cantora e atriz americana de 74 anos que se tornou um ícone do pop, contando com uma carreira com mais de seis décadas. A sua fama começou em 1965 através da dupla de folk rock com o seu marido, Sonny and Cher, o que lhe permitiu também começar a sua carreira a solo, com músicas como Dark Lady, Half-Breed , onde abordava temas como o racismo e a gravidez na adolescência. Na década de 80, Cher tem a sua estreia na Broadway, onde participou em filmes de sucesso, chegando a ganhar um Óscar de melhor atriz secundária com o filme Silkwood. Anos mais tarde, Cher lança Believe, uma música que popularizou o uso de auto-tune no pop e participou também no musical Mamma Mia! Lá vamos nós de novo. Assim, Cher foi a única artista a conseguir alcançar o primeiro lugar na Bilboard desde 1960 até 2010, tendo-se tornado um dos maiores ícones na história da cultura pop até hoje. Recomendo duas das suas músicas mais conhecidas: If I could turn back time e Love Hurts .

Fonte: Soundconsequence

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NÃO SEJAS UM ECO

A MODA NA PANDEMIA

Fonte: ELLE

Por: Júlia Köche 12.º C1 Carolina Afonso 11.º B2 Francisca Moura 11.º B2 Francisca Duarte 11.º B2 Joana Ribeiro 11.º C1 Rita Holland 11.º C1 Sara Silva 11.º C1

28 || Não sejas um ECO

Devido à atual situação pandémica que estamos a vivenciar, a moda tem vindo a ajustar-se, fazendo alterações necessárias para não haver rotura neste setor tão importante. Assim, a semana de moda de Milão, que acabou de acontecer, adotou outros modelos de apresentação das novas tendências. Designers descobriram novas maneiras de mostrar as suas coleções e expressar suas ideias durante as semanas de moda digital encenadas para substituir grandes passarelas e apresentações de produção nesta temporada. Foram realizados 23 desfiles (com todas as medidas de segurança adoptadas) e 37 desfiles em sistema híbrido. Várias das marcas mais luxuosas do mundo como a Fendi, a Dolce & Gabbana e a Bluemarine foram quem


LIVE

Fonte: ELLE

abriram os desfiles ao público. Foram tomadas diversas medidas, como por exemplo: rígidas regras de distanciamento no showroom, os modelos usarem máscara nas line-up, entre outras restrições. Os live shows foram uma forma crucial para a publicidade e vendas. No entanto, foi previsto que o lucro diminua 29 %, ou seja, aproximadamente 50 mil milhões de euros. O presidente da Italian National Fashion, Carlo Capasa afirmou numa entrevista “This has been the worst year ever” (este tem sido o pior ano), e ainda comentou “ It is not a local dimension, it is the whole world. Markets closed, people at home, stores locked up”. Em relação às roupas, a quarentena influenciou de certa forma os estilos e a forma de ver dos designers. Para os homens, optaram por alguns looks com camadas mais soltas e com gorros, enquanto que os looks femininos eram mais sofisticados como um vestido de casaco justo com decote aberto ou um vestido de ténis de malha aberta nas costas. Os casacos tendem para um estilo com cores neutras, preto e branco. Levavam uma bolsa rosa brilhante, para contrariar o estilo neutro do resto das roupas. Perante a atual situação que continua a influenciar muito a comunidade podemos ver que durante o desfile estão presentes modelos de diferentes etnias , monstrando a presença da diversidade cultural e também a aceitação de todos os corpos, assunto também bastante debatido na atualidade.

Fonte: ELLE

Não sejas um ECO || 29


Fonte: IMDB

MAIS+

+Filme

por: Gonçalo Biscaia 11.º C1

Da mente de Christopher Nolan (Inception, Interstellar, The Dark Knight) chega um action thriller, que desafia as leis do tempo e espionagem. Filmado em 35mm, 70mm e câmaras IMAX, para envolvimento total, o filme tem como protagonista John David Washington e outros nomes como Robert Pattinson e Elizabeth Debicki. Com um orçamento de 200 milhões de dólares, é o único blockbuster a atingir os cinemas durante a pandemia da COVID-19. Num mundo dividido pela espionagem internacional, um agente da CIA, conhecido como O Protagonista, é recrutado por uma organização, chamada Tenet, para participar numa missão, global que assegurará a sobrevivência da espécie humana. Com uma realização habilidosa de Christopher Nolan, e escolhas audazes, como, por exemplo, a preferência de efeitos práticos em vez de efeitos visuais e a inteligente utilização da equipa de duplos e coreógrafos, somando com a cinematografia de Hoyte Van Hoytema e a banda sonora de Ludwig Göransson, tornam este filme num dos mais intensos e desafiantes das últimas décadas.

30 || MAIS+


Fonte: IMDB

Fonte: IMDB

+Filme

+Filme

por: Filipa Reininho Kersten 11.º C1

por: Rafaela Silva e Carolina Pinto, 11.º C1

O Lado Selvagem, de Sean Penn, é um filme extraordinário que relata uma história verídica de um jovem destemido que abandona a sociedade caótica, como ele a caracteriza, para viver uma vida simples, desapegada dos bens materiais, para encontrar a paz interior e a felicidade que acreditava apenas ser possível se estivesse rodeado pela natureza. A banda sonora e as próprias paisagens naturais são de uma profundeza tal que ajudam qualquer um a perceber os contrastes entre uma vida rural e citadina. Estas diferenças significativas são aquilo que atraem Chris e que o fazem desejar não voltar à sua vida passada, esquecendo temporariamente a sua essência e a sua família. O seu único sonho é um dia chegar ao Alasca pois, quanto mais longe da sociedade e mais perto da natureza, mais feliz e realizado se sentirá. No entanto, com o tempo, foi-se apercebendo que isolar-se e levar uma vida completamente solitária o foi destruindo aos poucos. No fim, chegou à conclusão de que hapiness is only real when is shared.

O filme Togo retrata uma história verídica passada no Alasca, estando agora disponível no Disney+. Um filme de drama e aventura produzido pela Walt Disney Pictures em 2019. Este filme leva-nos ao ano de 1925. O protagonista, Leonhard Seppala (um musher) tem a árdua tarefa de recolher o soro e transportá-lo para a sua própria cidade chamada “Nome”, que atravessa um surto de uma epidemia de difteria. É uma obra cinematográfica bastante sentimental, devido à forte conexão entre o cão líder, Togo, e o seu dono. Durante o percurso, são criados muitos momentos de tensão pelos obstáculos que tiveram de ultrapassar no trenó, liderado por Togo. Esta longa-metragem é notável, visto que apresenta uma história real de esperança e principalmente superação e, como tal, devendo ser vista num ambiente familiar.

MAIS+ || 31


+Livro

por: Joana Moreira Ribeiro 11.º C1

Fonte: Editora Marcador

A Rapariga de Auschwitz é uma história verídica, que nos permite conhecer a irmã de Anne Frank, Eva Schloss. Esta jovem, apesar de ter sido levada para Auschwitz com apenas 15 anos conseguiu sobreviver ao longo da Segunda Guerra Mundial, num dos campos de concentração mais temidos da historia da humanidade, onde estavam presentes os horrores da guerra, no seu quotidiano sem nunca desistir. Este livro é um retrato das memórias vivas da autora deste período tão dramático da história mundial e é um retrato realista, absorvente, emocional da vida em Auschwitz, onde se realça o amor e a ligação entre uma mãe e uma filha, a resiliência e a força que esta jovem teve para superar este período tão dramático que vivenciou. No inicio do livro, Eva começa por relatar como era a sua infância e o período antes da guerra. Ao longo da narrativa, conta como conseguiu sobreviver a Auschwitz, onde teve de lidar com dor, sofrimento e com a morte presente no dia a dia, enquanto esteve neste campo de concentração. Após o término da Segunda Guerra Mundial, Eva conta como conseguiu construir uma vida depois dos momentos negros que enfrentou e as marcas que este período lhe deixou.

+Desporto por: Alexandre Silva e David João 11.º B2

O andebol é uma modalidade criada pelo alemão Karl Schelenz em 1919, que começou a ser praticado num campo de relva e era disputado por duas equipas de onze jogadores. Hoje em dia, é pratico em pavilhões e disputado entre equipas de sete jogadores. Como era e como é o andebol em Portugal: Nos anos 80 e 90 praticávamos um jogo: · Pouco dinâmico, pouca intensidade e um pouco lento; · Defesas pouco agressivas e um ataque lento. Hoje em dia observamos um jogo: · Ritmos bastantes elevados, dinâmicos e disputados a grande velocidade, quase sem tempo para respirar; · Ataques com mais qualidade. Estes fatores proporcionam uma maior qualidade de jogo, tornando, assim, o desporto mais apelativo e cativando mais pessoas. Em Portugal, temos notado cada vez mais a evolução da modalidade, pois tenta-se apostar na formação de treinadores e equipas técnicas. Ao contrário do futebol, este desporto tem apostado na formação e nas camadas jovens dos clubes. No entanto, alguns como o FC Porto têm apostado no experiente treinador Margnus Andersson, que já foi selecionador da Áustria e tem trazido as suas qualidades e melhorado assim o jogo da sua equipa, levando mesmo a que esta atinja resultados históricos e surpreendentes nas competições. Esta melhoria do andebol em Portugal, tem feito com que mais jogadores estrangeiros queiram atuar no campeonato português, fazendo com que mais gente se interesse pela modalidade e que mais jovens a queiram praticar.

32 || MAIS+


+Série por: Camila Teixeira 12.º C1

File

Fonte: Netflix

Search

The Umbrella Academy, adaptada para os ecrãs por Steve Blackman e estreada na Netflix em 2019, é uma série de ficção científica a não perder. Ficamos a conhecer a história de sete crianças com habilidades muito especiais que, quando adotadas pelo milionário Reginald Hargreeves, são treinadas para combaterem o crime e para se tornarem, assim, numa família de super-heróis. O enredo ocorre na atualidade, revelando a vida adulta dos sete irmãos, agora muito diferente da infância que partilharam. Quando se reúnem pela primeira vez em vários anos para o funeral do pai, Número Cinco (um dos sete irmãos) regressa do futuro após ter estado desaparecido durante 17 anos, com uma terrível notícia: o mundo tal como o conhecem acabará em oito dias. Caberá agora aos irmãos unirem forças para tentarem travar o apocalipse que se aproxima, enquanto, simultaneamente, tentam ignorar as diferenças que os separam e lidar com os segredos obscuros de família que vão sendo revelados ao longo da história. The Umbrella Academy é uma série repleta de ação e drama, sendo mundialmente conhecida pela sua banda sonora emocionante e pelas suas personagens cativantes. Com a terceira temporada já confirmada, a espera será, sem dúvida, bem recompensada.

12:50 14/12/2020

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