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Ajuda primordial

Primordial Ajuda

Seja por meio de visitas ou de arrecadoções, o trabalho dos voluntários do Hospital Evangélico torna o internamento dos pacientes mais fácil

Andressa Elesbão, Giovanna Kasezmark, Glaucia Perico e Raphaela Viscardi

Oserviço de voluntario teve inicio no Hospital Universitário Evangélico de Curitiba antes mesmo de sua fundação, em 1959. A Sociedade Evangélica do Voluntáriado de Curitiba iniciou os trabalhos nessa área quando começou a angariar fundos para a construção do prédio que abriga o hospital. Hoje, existem basicamente dois tipos de vonluntáriado dentro do Evangélico: o social e o espiritual.

Social

O voluntáriado social pode ser interno ou externo. No primeiro, esse tipo de trabalho abrange as áreas de apoio e auxilio aos pacientes que precisam da presença de acompanhantes, mas que muitas vezes estão sozinhos durante o tempo em que ficam internados. Dessa forma, o voluntário trabalha ajudando na alimentação, locomoção e em serviços que não exigem a presença de um profissional da área da saúde. Há ainda aqueles que contam histórias e levam algum tipo de entretenimento para os pacientes. Já o serviço externo corresponde a trabalhos realizados por grupos de fora do hospital, mas que têm como objetivo ajudar a instituição. Encaixam-se nessa área os voluntários que fazem chás beneficentes, trabalhos manuais, costuras, bazar e várias outras atividades.

Khatlen Moraes deu entrada no hospital para dar à luz a sua primeira filha e comenta sobre como foi receber a visita de uma das voluntárias. “Achei incrível. Ela passou em cada um dos quartos da ala da maternidade e deu de presente uma manta feita de tricô para cada um dos bebês. A principio fiquei sem entender, depois me contaram que ela era uma voluntária”.

Espiritual

O segundo braço do voluntariado no Evangélico é o espiritual. Por ser uma instituição cristã, o hospital procura levar a mensagem do evangelho de Jesus Cristo para todas as pessoas que por ali passam. De acordo com o superintendente de capelania, o pastor Henrique Rogalsky, a ideia não é fazer propaganda

de nenhuma igreja ou denominação. “Não fazemos propaganda dessa ou daquela religião, nós fazemos propaganda de Jesus e apenas para aqueles que querem. Quando alguém não quer, não se força nada.”, afirma.

Maria de Lourdes Ferreira Rodrigues é voluntária espiritual há pouco mais de seis meses e visita os pacientes do quinto andar da instituição todas as sextas-feiras, ao lado de seu marido. Ela conta que decidiu doar seu tempo aos pacientes do hospital depois de ler na Bíblia uma passagem em que Jesus fala como não foi amparado quando precisou. Para ela, servir no Hospital Evangélico é necessário, pois no mundo há muita falta de amor. “Esse é um serviço de amor. É um trabalho de misericórdia você chegar a um paciente para conversar, ouvir, abraçar e orar.”

Um dos pacientes visitados por Maria foi Althair Alexandrini, um senhor simpático de 84 anos, que deu entrada no hospital após sentir-se mal e perceber um inchaço em uma de suas pernas. O idoso, que mora em Santa Catarina, já esteve no Evangélico outras oito vezes e se emocionou ao comentar sobre a visita dos voluntários. “Hoje eu devo receber inscrever para um dos cursos preparatórios. Quem deseja trabalhar na área social precisa passar por uma orientação que dura uma tarde para entender como funciona o hospital. Por sua vez, quem quiser atuar no voluntariado espiritual precisa se matricular em um curso que tem duração de três meses. Segundo o pastor Rogalsky, a formação mais longa para o visitador espiritual se deve ao fato de que muitas

“Esse é um serviço de amor. É um trabalho de misericórdia”

Maria de Lurdes, voluntária

alta e levarei todos eles [voluntários] dentro do meu coração. Uma visita como a deles, que nos traz uma palavra abençoada, é o melhor remédio para o corpo.”

Preparação

Para ser voluntário no Evangélico basta entrar em contato com a capelania do hospital e se pessoas têm boas intenções, mas acabam não sabendo lidar com os questionamentos dos pacientes. “Eles precisam estar mais preparados, pois o paciente faz perguntas e o visitador precisa estar ciente de que ele precisa trabalhar com a religiosidade do paciente e não com a dele”, afirma.

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