Edição Nº 1670

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39 Diário do Alentejo 25 abril 2014

Terroristas portugueses da Al-Qaeda festejam título do Benfica nas ruas de Islamabad. Audi sorteado pelo fisco vem para Ferreira do Alentejo – viatura será equipada com suspensão reforçada para poder circular nas estradas na região.

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Reescalonamento de voos entre Beja e a capital francesa é mais um indício de que a maternidade do hospital de Beja pode fechar, pois os bebés passam a vir de Paris O povo costum a dizer que, quando se fecha uma porta, abre-se uma janela. A notícia de que os voos charter entre o aeroporto de Beja e o aeroporto Linda de Suza em Paris afinal vão mesmo avançar, é mais um raio de esperança para o futuro da infraestrutura aeroportuária e para o ex-primeiro-ministro José Sócrates que passa a poder vir a Portugal com mais frequência dar nas orelhas de José Rodrigues dos Santos. Mas a verdade é que esta novidade também foi encarado com alguma desconfiança pelos responsáveis region ais, ainda mais quando se fala da possibilidade do encerramento da maternidade do hospital de Beja. Segundo apurámos, o Ministério da Saúde está a equacionar um sistema em que os bebés alentejanos serão trazidos por cegonhas de Paris que virão comodamente sentadas na primeira classe dos voos charter, bebendo champanhe Moët & Chandon e comendo amendoins com mel de Corte Gafo. Para além da maternidade, o Governo quer encerrar as unidades de cardiologia, oftalmologia, psiquiatria, a morgue, as urgências, a pediatria, a unidade de AVC, as máquinas que vendem sandes e bolos de 2013 e os médicos espanhóis que falam como o Vasco Lourinho.

Na versão alentejana do filme “Noé”, a embarcação encalha no Pulo do Lobo e a GNR, ao tomar conta da ocorrência, descobre que Noé é que andava a roubar pombos em Beja Mais uma vez Hollywood está atenta à atualidade regional e prepara-se para produzir uma adaptação do filme “Noé” especialmente destinada ao público alentejano. Nesta nova obra, dirigida por Sá Leão, com argumento de Quentin Tarantino, Noé aproveita-se de uma embarcação e da conhecida alegoria bíblica para levar uma vida dupla: por um lado, salva as espécies animais de um dilúvio provocado pela explosão da barragem de Odivelas; por outro, usa a embarcação para traficar vinho novo para Marrocos e transportar os pombos furtados recentemente em Beja. A ação desenrola-se no Vale do Guadiana, quando a Arca de Noé encalha no Pulo do Lobo, e lanchas da GNR chegam ao local para tomar conta da ocorrência. A guarda descobre que Noé tinha um grau de álcool no sangue superior ao permitido pela lei e que os pneus do eixo traseiro da arca estavam completamente carecas. Um dos guardas apercebe-se de um pombo que esvoaça, abre uma escotilha, e encontra dezenas de pombos presos com fita adesiva e com o bico tapado com algodão. O resto do filme é uma trepidante cena de ação entre Noé e as autoridades portugueses, que decorre entre Mértola e Alcoutim. Críticos de cinema afirmam que o filme é uma mistura entre o “Miami vice” e “Os dez mandamentos”. O papel de Noé será interpretado por Eunice Muñoz e o dos pombos por Nicolau Breyner.

Benfica vence campeonato: águia Vitória sofre esgotamento nervoso com festejos e é substituída por milhafre do bejense Paixão O passado fim de semana ficou marcado pela conquista do campeonato nacional pelo Benfica. Jorge Jesus não esteve presente no jogo da consagração, mas aproveitou o castigo para ir retocar as madeixas californianas. Depois de, na época passada, ter perdido o campeonato a uma jornada do fim, os benfiquistas saíram à rua e festejaram mais do que os americanos quando ganharam a Segunda Guerra Mundial ou quando o João Gobern sabe que é dia de cozido de grão na Taberna do Cesário, em Porto Peles. A cidade de Beja não foi exceção e mais de seis pessoas festejaram na rotunda junto à gare. Todavia, o elevado preço dos combustíveis fez com que algumas viaturas só conseguissem fazer metade da rotunda a festejar e na outra metade tiveram de chamar o reboque por falta de gasolina. Por outro lado, a chuvada que caiu em Beja fez com que adeptos festejassem de barco de remos ou mesmo de cacilheiro. Houve ainda benfiquistas mais desatentos que foram levados pela enxurrada de água e acabaram a celebrar na Salvada. Mas a noite do passado domingo ficou marcada por um evento especial que muito alegrou os adeptos do clube da região: o milhafre do benfiquista e bejense Paixão foi contratado pelo clube encarnado, assinando um vínculo de quatro anos com mais um de opção, para substituir a águia espanhola Vitória que, ao que parece, sofreu uma lesão na face posterior da coxa direita e um esgotamento nervoso. Foi a própria Vitória que nos explicou o porquê desta desistência: “Pues mira, la verdade es que ¡estoy agotada! Eu nem a comer turrón de Alicante e sangria Don Simón me consigo aguentar nas canetas com tanta fiesta, pá! O pior foi quando o Manuel Vilarinho bebeu um copo a mais e pensava que eu era um frango à Guia e não me largou toda la noche!”, afirmou. Por outro lado, o milhafre bejense disse, em comunicado, “ser um orgulho regressar ao Benfica” e que ia fazer tudo para ajudar o clube, desde sobrevoar o estádio a ensinar o Jorge g Jesus a falar pportuguês. g

Inquérito O que foi para si o 25 de Abril?

VASCO LOURENÇO, 72 ANOS Capitão de Abril

Para mim o 25 de Abril foi a melhor coisa que aconteceu em Portugal. Do que depender de mim, fazia-se outro 25 de Abril, mas desta vez tenho de ir deitado na chaimite que os bicos de papagaio dão cabo de mim. Podia ser que com um novo 25 de Abril me deixassem falar na AR, ou melhor ainda, no Fórum TSF…

OTELO SARAIVA DE CARVALHO, 77 ANOS Capitão de Abril e amigo da Julie Sargent

O 25 de Abril foi muito importante, mas se soubesse o que sei hoje tinha feito as coisas de maneira diferente: hoje teria implementando uma república muçulmana em Portugal, só para instaurar a poligamia. Eu sou bígamo e não me chega. Duas mulheres mal me conseguem dar conta de passar as camisas a ferro e puxar lustro à chaimite.

TATIANA LERDA, 17 ANOS Jovem que afirma ter inventado a expressão “fabulástico”

Isso do 25 de Abril foi o quê? Ah, aquela cena em que os militares saíram de Santarém rumo a Lisboa, passaram pelo Campera e foram ao McDonald’s? E depois derrubaram o Governo e não sei quê? Isso é bué seca e assim… O nosso professor de História tentou explicar-nos essa matéria e tivemos de o jogar pela janela. Ainda se o Marcelo Caetano fosse um lobisomem e o general Spínola fosse um vampiro sexy, a coisa era mais fixe e assim…


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