Edição N.º 1675

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CAPA SUSA MONTEIRO

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Diário do Alentejo 30 maio 2014

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Editorial Parabéns! Paulo Barriga

Vice-versa Para Capoulas Santos, eurodeputado socialista e ex-ministro da Agricultura, António Costa “é capaz de protagonizar a liderança de um governo estável e competente”, observando que a vitória no PS nas Europeias “ficou aquém das expetativas”. Capoulas Santos, in Lusa

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ste domingo correm precisamente 82 anos sobre a primeira edição do “Diário do Alentejo”. Foi a 1 de junho de 1932 que Carlos Marques e António Manuel Engana se lembraram de começar a publicar em Beja um diário vespertino. Uma aventura e peras, diríamos a esta distância. É que apenas três dias antes da fundação do “DA” era enviado para todos os jornais o projeto de Constituição pensado e redigido por António de Oliveira Salazar. Um texto que entraria em vigor em 1933 e que viria a ser uma espécie de carta de intenções do Estado Novo. O primeiro governo liderado por Salazar, aliás, tomaria funções logo em julho de 1932. Ano em que também é criada a União Nacional, o único partido autorizado em Portugal. Por esse tempo, os Estados Unidos da América lambiam, ainda sem assinalável cura, as feridas da Grande Depressão. A Alemanha, humilhada pelas reparações da Primeira Grande Guerra, permitia a invenção de Adolf Hitler, que chegaria a chanceler em 1933. José Estaline, na União Soviética, continuava a sua purificação das almas. O fascismo grassava em Itália. Cadetes da marinha e jovens da extrema-direita assassinavam o primeiro-ministro japonês. Não tardaria que, mesmo aqui ao lado, a tenra república espanhola eclodisse na mais fratricida das guerras civis de que há memória. E é neste perfeito barril de pólvora que surge o “Diário do Alentejo”. Ainda para mais com o intuito de levar aos seus leitores um projeto editorial pluralista, livre e isento. Por isso mesmo, dizemos que foi uma aventura e peras. E mesmo por isso, numa altura em que passam 82 anos sobre a instituição do jornal, não queremos deixar de prestar homenagem aos seus fundadores. Foi graças à sua persistência, ousadia, visão e integridade que hoje ainda existimos. Isto, claro, para não falar nas enormes vicissitudes que o título passou ao longo da sua já extensa vida. Muita coisa mudou nestes 82 anos. Quase tudo mudou, a bem dizer. Mas há coisas que então, como hoje, persistem. A dificuldade de manter íntegro um jornal de referência numa das mais empobrecidas regiões do País é uma delas. Outra é a estima e o respeito e a dedicação que ao longo de todos estes anos sempre nutrimos pelos nossos leitores, assinantes e anunciantes. Nesta data querida, os parabéns são para vocês!

Pedro do Carmo, presidente da Federação do Baixo Alentejo do PS, diz que “não faz sentido pôr em causa a liderança” de António José Seguro. Para o líder do PS no distrito de Beja, o anúncio da disponibilidade de António Costa para liderar o partido é “extemporâneo”. Pedro do Carmo, in Lusa

Fotonotícia

Finalmente, aeroporto. Entre sexta-feira e domingo últimos, devido à final da Liga dos Campeões e à “saturação” do aeroporto da Portela, o terminal aeroportuário de Beja registou mais de 50 movimentos de aeronaves. Pela primeira vez desde que foi inaugurado, a 13 de abril de 2011, esta infraestrutura parecia, de facto, um aeroporto. Isto apesar de a maior parte os movimentos se destinar apenas ao estacionamento e não à largada de passageiros. Como a imagem bem sugere, este fim de semana foram batidos todos os recordes, ficando no ar, mais uma vez, a boa sensação de que este poderá não ter sido um investimento em vão, como muitos delatores e descrentes tanto gostam de apregoar. PB Foto de Álvaro Barriga

Voz do povo Por que razão a maioria dos portugueses não votou nas Europeias?

Paulo Cortes 36 anos, guarda prisional

Primeiro porque o povo português vê estas eleições como um tanto ou quanto desnecessárias. Tem uma maior ligação com as eleições a nível nacional. Segundo porque começa a existir uma descrença do povo em relação à classe política e naquilo que promete. Acredita-se cada vez menos no que os políticos dizem. E isso descredibiliza as eleições.

Cidália Infante 51 anos, técnica de análise clínicas

Os portugueses estão cansados. De não terem resultados favoráveis em relação ao que os políticos prometem. A maior parte dos jovens encontra-se desinteressados pela política e os adultos já estão aborrecidos. Para que a situação se invertesse teria de haver o cumprimento das promessas políticas. Mas o País está cada vez mais em baixo. As pessoas desmotivam-se.

Inquérito de José Serrano

Belmira Cunha 67 anos, reformada

Isabel Guerreiro Engenheira agrónoma

Porque estão desiludidos, desanimados. Esperavam outra ação do Governo e da própria política europeia. Os sacrificados acabam por ser sempre os mesmos. A abstenção é uma maneira das pessoas mostrarem que não estão satisfeitas. As pessoas sacrificam-se mas não vêm melhorias na sua vida. Há cada vez menos esperança no futuro. A abstenção é um reflexo da situação.

Votei em branco. Queria votar em alguém mas não consegui. Só votarei quando a atuação dos políticos mudar. Quando começarem a estar mais próximos da realidade das pessoas. Quando deixarem de ser mentirosos. A atuarem e não só a achar. Estamos fartos de painéis com pessoas a achar. Resta-me a esperança que isto um dia mude. Se não mudar continuarei a votar em branco.


Rede social JOSÉ FERROLHO

Semana passada SEXTA-FEIRA, DIA 23 VIDIGUEIRA GNR RECUPEROU VEÍCULO LIGEIRO

SÁBADO, DIA 24 CUBA JOVEM DE 24 ANOS GRAVEMENTE FERIDO EM ACIDENTE Um jovem de 24 anos ficou gravemente ferido num acidente de viação. O jovem seguia sozinho num veículo ligeiro de passageiros, que embateu violentamente num muro junto à estação de comboios da localidade. Os bombeiros, bem como a GNR, foram chamados ao local. O jovem foi transportado de helicóptero para um hospital de Lisboa. A investigação do sinistro encontra-se agora a cargo da Guarda Nacional Republicana.

ODEMIRA AREAL DOS AIVADOS ALVO DE LIMPEZA A Câmara de Odemira promoveu uma ação de limpeza da costa, incidindo no areal dos Aivados, a norte de Vila Nova de Milfontes. A iniciativa pretendeu sensibilizar a população e os turistas para o problema da poluição da costa e as consequências que esta provoca nos ecossistemas. Os participantes tiveram concentração marcada para o estacionamento junto do areal dos Aivados.

SEGUNDA-FEIRA, DIA 26 SANTIAGO CÂMARA ADQUIRIU NOVA VIATURA DE RECOLHA DE RESÍDUOS A Câmara de Santiago do Cacém adquiriu uma nova viatura para recolha de resíduos urbanos, num investimento de 183 mil euros, que vai “suprir as dificuldades” resultantes do abate de veículos mais antigos. Segundo o município, a nova viatura vai permitir “melhorar a qualidade do serviço de recolha de resíduos urbanos indiferenciados” no concelho. “O crescimento que se vem verificando ao longo dos anos, com a implementação de várias atividades económicas e a fixação crescente de um grande número de agregados familiares no concelho, tem registado um forte impacto nos índices de consumos, sendo produzidas grandes quantidades de resíduos urbanos”, explicou a autarquia.

A Companhia de Teatro Baal 17 apresentou ”uma alegoria sobre a crise e a procura de novas energias num mundo esgotado”. A peça “Ruína”, a 36.ª produção do grupo, mostrou-se em Vila Mariana, na Horta do Chó, em Serpa. CM BEJA

Disse no dia da sua tomada de posse que a Associação do Comércio do Distrito de Beja “precisa de um abanão” por estar “muito apagada”. Pode concretizar melhor esta ideia?

Baal 17 apresentou “Ruína” em Serpa

Progressivamente os principais serviços solicitados pelos associados foram transferidos para gabinetes de contabilidade, não tendo havido da parte da associação resposta para se converter e adaptar aos novos tempos. Urge reverter a situação com o tal “abanão”, no sentido de dinamizar e disponibilizar serviços adaptados às atuais necessidades dos associados. Nesse sentido, o que lhe parece mais urgente fazer, enquanto novo presidente da direção? Quais são as medidas que considera prioritárias?

Restabelecer a relação de proximidade com os associados, levando-lhes informação, abrindo portas e indo ao seu encontro com a criação de dias de atendimento em todos os concelhos do distrito, para os quais esperamos a colaboração das câmaras municipais e juntas de freguesia, criando delegados concelhios e de freguesia, que procuraremos manter permanentemente informados sobre as novidades que forem ocorrendo. Estabelecer protocolos, colaborações e linhas de informação com serviços diversos, nomeadamente ASAE, ACT e outros, à semelhança do que quando do arranque do Código de Faturação fizemos com a Direção de Finanças, que na pessoa dos seus responsáveis distritais se disponibilizaram para a realização de sessões de esclarecimento em vários concelhos do distrito, sobre os novos procedimentos e que, como alguns se recordarão, foram de grande adesão e utilidade. Estarmos atentos para de imediato levar aos associados as oportunidades que o novo Quadro Comunitário de Apoio 2014/2020 irá potenciar, e estarmos capacitados para os apoiar na concretização dos seus projetos e necessidades de formação.

“Deixem o pimba em paz” no palco do Pax Julia Bruno Nogueira, Manuela Azevedo, Filipe Melo, Nuno Rafael e Nelson Carvalho subiram ao palco do Pax Julia, em Beja. “Deixem o pimba em paz” foi o espetáculo que propuseram aos muitos que assistiram. CM MÉRTOLA

Foram apreendidos no Mercado Municipal de Beja 156 quilos de peixe. A Unidade de Ação Fiscal da GNR de Évora identificou um homem de 42 anos que não possuía a documentação de origem do pescado. Foi ainda apreendida a viatura que utilizou para o transporte do peixe. A GNR continua a investigar “uma alegada rede de distribuição de peixe em situação irregular no sul do País”.

Presidente da direção da Associação do Comércio, Serviços e Turismo do Distrito de Beja

Jornadas técnicas sobre lince ibérico em Mértola Mértola foi a anfitriã das jornadas técnicas de divulgação para proprietários e entidades gestoras, na área de reintrodução, expansão e conectividade de populações de lince ibérico. Troca de experiências entre Portugal e Espanha. CM ALJUSTREL

BEJA APREENDIDOS 156 QUILOS DE PEIXE

3 perguntas a Luís Manuel Lisboa

Em plena crise, e com as grandes superfícies fortemente implantadas no território, como pode o comércio tradicional, de proximidade, sobreviver e marcar a diferença?

A par do estímulo a manutenção do atendimento personalizado e de qualidade, acompanhar os associados no aproveitamento dos apoios que possamos obter para refrescamento, modernização e comodidade dos seus espaços. Sensibilizar as câmaras municipais a promover a mobilidade e melhoramento das acessibilidades e criação de zonas de estacionamento nos centros históricos e zonas de comércio tradicional, que permitam aos utentes, à semelhança das grandes superfícies, aceder com facilidade aos estabelecimentos, contribuindo em simultâneo para a revitalização dessas zonas. Dar contributos para a revitalização dos centros históricos e zonas de comércio tradicional, identificando intenções de investimento em estabelecimentos devolutos e degradados, mediando e incentivando potencias interessados, nomeadamente jovens empreendedores e proprietários, e intercedendo junto das câmaras municipais, no sentido da desburocratização e ajuda nos processos de licenciamento e concretização. Carla Ferreira

Ateliê de Criatividade na biblioteca de Aljustrel A Biblioteca Municipal de Aljustrel encheu-se de crianças do infantário A Borboleta, tudo porque aconteceu mais uma atividade do Ateliê de Criatividade. Desta feita foi a utilização de rolhas de plástico que esteve em destaque. CM FERREIRA DO ALENTEJO

A GNR de Vidigueira recuperou um veículo ligeiro de mercadorias que tinha sido roubado ao seu proprietário horas antes, sob violência, informou a força de segurança. Após denúncia do lesado, ao fim da tarde de quinta-feira, a GNR encetou diversas diligências de investigação e patrulhamento que resultaram na localização e recuperação do veículo e na identificação do suspeito do ilícito. O indivíduo, de 31 anos, foi constituído arguido e sujeito a termo de identidade e residência.

Jogos do Ambiente em Ferreira do Alentejo Os Jogos do Ambiente, em Ferreira do Alentejo, já vão na XVII edição e foram muitas as atividades ao dispor das crianças. Este ano a agricultura familiar esteve em destaque e o objetivo foi sensibilizar os mais novos para “as problemáticas ambientais”.

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“Carmo Velho” sofre intervenção que visa alterar imagem e devolver orgulho

Um bairro “cheio” de Esperança Os habitantes do bairro da Esperança, o mais periférico dos bairros de Beja e comum-

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uma sala da antiga escola primária do bairro da Esperança, propriedade do Centro Social, Cultural e Recreativo e onde funciona também o Programa Escolhas e a valência de atividades de tempos livres, Maria Manuel Urbano e Manuela Guerreiro debruam a fita azul ferrete algumas túnicas em pano cru destinadas a serem envergadas pelos figurantes do I Festival Beja Romana, certame que arranca hoje na praça da República, numa organização da câmara municipal. Desde novembro último que as duas habitantes do bairro, já aposentadas, vêm ocupando parte dos seus dias participando como volunPUB

mente associado ao tráfico e consumo de estupefacientes, têm atualmente pela frente o desafio de o transformarem no bairro mais florido da cidade, no âmbito do projeto “Flores de Esperança”. Pretende-se ainda alterar a imagem que a população da cidade, em geral, tem do bairro, devolver o orgulho aos seus habitantes e criar novas oportunidades de negócio e emprego. Texto Nélia Pedrosa Fotos José Ferrolho tárias em ações modulares de técnicas de costura e labores ministradas por Carolina Dias a jovens mulheres em situação de desemprego. Das suas mãos habilidosas, ao longo destes meses, também já saíram aventais, rosetas em malha, mobiles,

acessórios vários, ganchos de cabelo em tecido, tudo produtos associados ao projeto “Flores de Esperança”, um projeto promovido desde abril do ano passado pelo Centro Social, Cultural e Recreativo em parceria com o núcleo distrital de Beja da

EAPN Portugal/Rede Europeia Anti Pobreza e a igreja paroquial, que visa alterar a imagem do bairro, comummente associado ao tráfico e consumo de estupefacientes, torná-lo no mais florido da cidade e devolver a autoestima e o orgulho aos seus ha-

bitantes. Paralelamente pretende-se promover o empreendedorismo social, proporcionado oportunidades de autoemprego pelo desenvolvimento de novos produtos e serviços, devolvendo, assim, “em tempos de crise”, a esperança aos que se debatem com o flagelo do desemprego. E a julgar pelas palavras das duas colegas de labores, que integram o chamado “núcleo” de voluntariado “que vem dando corpo ao projeto”, os primeiros frutos já se fazem sentir. “Para mim isto já é o bairro das flores, o bairro mais bonito da cidade de Beja”, afirma, vaidosa, do alto dos seus 66 anos, Maria Manuel Urbano, que destaca a limpeza das ruas, “algo


Cantina social cria constrangimentos financeiros

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riado em 1997, o Centro Social, Cultural e Recreativo do Bairro da Esperança integra as valências de centro de dia e apoio ao domicílio (40 utentes), creche (39 crianças entre os quatro meses e os três anos) e atividades de tempos livres (60 crianças e jovens). Para além disso, tem em funcionamento uma cantina social, uma resposta de intervenção criada no âmbito do Programa de Emergência Alimentar (PEA), que fornece diaria-

que não havia”, como um dos aspetos principais decorrentes das intervenções realizadas ao longo do último ano. “De facto mudou muita coisa, há muita gente a ajudar, e estou a gostar cada vez mais do bairro”, reforça. Mas o grande desejo de Maria Manuel, que trabalhou grande parte da vida na cidade de Beja “a criar crianças em casa das senhoras”, é que o nome do bairro “ficasse limpo”, porque, como em qualquer outro lugar, “há coisas boas e coisas ruins”. Manuela Guerreiro, 66 anos, que não se recorda “de ver o bairro tão limpo e florido como agora”, tem opinião idêntica: “Quando dizemos que somos do bairro da Esperança muitas pessoas têm medo. Se aparece uma coisa qualquer na cidade dizem que foi alguém do bairro da Esperança, e às vezes não é. As pessoas acham que é um bairro problemático, um bairro pobre. Claro que ainda há aí muita gente que não quer trabalhar. Mas o bairro agora está muito melhor, e Deus queira que daqui a um ano esteja ainda mais”. Um enorme orgulho no bairro que a viu nascer há 27 anos é o que também sente Cristiana Maia, uma das jovens formandas de Carolina Dias, desempregada há cerca de quatro anos. E para esse orgulho, diz, têm contribuído as várias intervenções que têm vindo a ser feitas no âmbito do projeto, como “os arranjos e a colocação de flores” ou a “pintura da paragem dos autocarros”, um “sítio que estava sempre degradado”, mas também “a mudança de mentalidades” que se vem operando nos jovens da sua geração. “De facto as coisas estão um pouco diferentes. As coisas que fazemos aqui para o bairro, no geral, duram mais tempo. Mas não quer dizer que não haja um ou outro que ainda ande fora do caminho certo”, conclui. O projeto “Flores da Esperança” nasceu de um desafio lançado pelo núcleo distrital de Beja da EAPN Portugal ao Centro Social, Cultural e Recreativo do Bairro da Esperança, tendo como base o conceito “Eva dream” de Tó Romano, diretor da Central Models, cujo sonho é ver Portugal inteiro florido. “O PUB

mente 75 refeições. E é precisamente na cantina social, que teve início com um protocolo para 25 pessoas, que reside “o grande problema” do centro, diz José Baguinho. “A Segurança Social paga-nos 2,5 euros por cada refeição que fornecemos, sendo que, segundo o regulamento, podemos cobrar um euro a cada utente, mas como os nossos infelizmente têm grandes dificuldades, só podemos contar com os 2,5 euros da Segurança Social, o que é pouco”, para fa-

zer frente a todas as despesas. “Não são só mais 75 refeições que estamos a fornecer todos os dias, é o facto de os nossos trabalhadores, cozinheiras e auxiliares, terem mais trabalho, é o gastarmos mais gás. Tivemos, inclusivamente, de reforçar a cozinha com mais uma pessoa. Estamos de facto a ter prejuízo”. Para ir contornando as dificuldades financeiras, o centro tem apostado na prestação de outros serviços, fornecendo refeições para eventos vários. NP

coordenador do EAPN, João Martins, que também tem uma relação de amizade com o Tó Romano, lançou-nos o desafio e as pessoas aderiram”, esclarece a diretora técnica do centro, Dulce Cachola, adiantando que este é um projeto inclusivo, “para e com os habitantes do bairro”, mas que se socorre também do apoio das entidades locais e comunidade em geral, apoio esse fundamental para a concretização das várias ações. “No fundo o objetivo é procurar

tem as casas pintadas”. À entrada do bairro, junto à sede do Centro Social, Cultural e Recreativo, foi ainda edificada uma rotunda. O passo seguinte, revela a diretora técnica, passa pelo registo da marca “Flores de Esperança”, “para que possa ser comercializada”, e pela elaboração de um plano de negócio que permita criar oportunidades de autoemprego, através do desenvolvimento de produtos e serviços associados ao projeto, nomeadamente

a responsável, frisando que “trabalho e ideias” não faltam, “agora precisamos é de recursos, de financiamento”, pelo que parte da solução poderá passar pela “candidatura do projeto a alguns programas, para, pelo menos progressivamente, irmos conquistando algumas áreas”. Volvido pouco mais de um ano sobre o arranque do projeto, José Baguinho diz que o balanço é claramente “positivo”. “A imagem do bairro mudou, claro que temos

Maria Manuel Urbano

Manuela Guerreiro

Cristiana Maia

que as pessoas tenham orgulho no bairro, mas não só. Que as pessoas da cidade olhem para o bairro de outra forma, porque há uma ideia errada do bairro, que é visto como um filho pobre que vive aqui deste lado e é preciso mudar isso”, continua o presidente da direção do centro, José Baguinho, realçando que “grande parte dos habitantes do bairro trabalha”, pelo que o mesmo não se resume “a famílias carenciadas, com problemas e beneficiárias do rendimento mínimo garantido”. Desde que o projeto arrancou, para além dos produtos “Flores de Esperança” confecionados nas ações modulares de costura e labores, procedeu-se à higienização das ruas, à caiação de fachadas, à pintura do muro da antiga escola primária e da paragem do autocarro e à recuperação de duas casas degradadas e desabitadas, batizadas agora de “Casa flor de Esperança” que servem “de modelo” e incentivo “para quem não

olaria e hortofloricultura, pastelaria e panificação em forma de flores e com aroma a ervas aromáticas ou bordados com flores. Atualmente decorre a recolha de inscrições para ações de formação que garantam a qualificação da população do bairro nas áreas mencionadas, para que se possa também “avançar com a criação de estruturas de apoio a este empreendedorismo”, como um jardim, espaços próprios para as oficinas de olaria ou pontos de venda dos produtos “Flores de Esperança”, realça Dulce Cachola. “Nós pretendemos que a criação destas novas oportunidades de negócio seja mais uma forma de financiamento para a entidade promotora, mas que gere também emprego para a população porque se não começarmos a criar condições para as pessoas e os jovens se empregarem nunca vamos deixar de ter aqui este tipo de solução paliativa em termos sociais. O desenvolvimento da comunidade vai depender disso também”, garante

O passo seguinte, revela a diretora técnica, passa pelo registo da marca “Flores de Esperança”, “para que possa ser comercializada”, e pela elaboração de um plano de negócio que permita criar oportunidades de autoemprego. contado aqui com a colaboração da Junta de Freguesia de Salvador e Santa Maria da Feira, que começou

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a dar uma atenção maior ao bairro, mas de facto a sua imagem mudou. As casas estão mais bonitas, as ruas estão limpas. Agora há aqui um problema que não depende de nós. É evidente que este projeto tem como objetivo criar emprego, criar rendimento para as famílias, mas isso é a nossa vontade. Bom seria que muitas dessas pessoas que hoje estão a viver do rendimento mínimo garantido conseguissem arranjar trabalho, o que não é efetivamente fácil”. E para o sucesso até aqui conseguido, continua o presidente, tem contribuído “o envolvimento da população”, para “que sintam que isto é dela e que não é algo imposto por pessoas de fora”, e “o trabalho desenvolvido com as entidades parceiras”, designadamente com a junta e freguesia e com a câmara. Agora, defende José Baguinho, é “necessário manter a rotina, não deixar que o projeto caía no esquecimento”. O ideal, acrescenta Dulce Cachola, seria que todos os meses “houvesse uma atividade com algum impacto no bairro”, para que atraísse visitantes de outros pontos da cidade, como a que decorreu no último sábado, apelidada de “Um dia de Esperança – um dia florido”, e durante a qual foi lançado o conceito e os produtos “Flores de Esperança”, nomeadamente o vaso “Flor de Esperança”, o “símbolo do projeto”. E ideal seria também que as empresas da região e comunidade em geral “se associassem” ao projeto “que é de todos”, participando como voluntários nas intervenções programadas, contribuindo com materiais ou simplesmente apresentando sugestões. “É este apelo que gostaria de deixar, que viessem conhecer-nos, à instituição, à população, para também se ir esbatendo este estigma que exige”, adianta a diretora técnica, lamentando igualmente que o projeto ainda não tenha conseguido “conquistar” uma franja importante da população do bairro, “os jovens dos 17, 18 anos, que já têm alguns consumos, algumas práticas delinquentes”, que não se identificam com o conceito. “Não querem flores, de forma alguma. Acho que a única forma que temos de chegar a estes jovens é através dos grafitis ou da pintura mural”, afirma, esperançada.


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Socialistas de Beja apoiam Seguro

Pedro do Carmo, presidente da Federação do Baixo Alentejo do PS, defendeu que “não faz sentido” pôr em causa a liderança do partido, considerando “extemporâneo” o anúncio da disponibilidade de António Costa para o cargo de secretário-geral dos socialistas. Também Luís Pita Ameixa, deputado eleito por Beja e diretor da revista “Portugal Socialista”, disse ao “Diário do Alentejo” que “a atual liderança tem desempenhado bem a função”, não vendo “razão nenhuma para a alterar”.

Europeias

Análise psicoeleitoral das Europeias 2014

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Ganhou quem perdeu ou perdeu quem ganhou?

s atos eleitorais em Portugal revelam-se sempre no insondável território da psicanálise. Ou da psicologia clínica. Antes das eleições, os partidos, os seus líderes e agentes propagandísticos, agem sob sintomas denunciadores de uma certa estirpe de bipolaridade. Com alterações repentinas do humor, com momentos eufóricos intercalados com amuos, com birras misturadas com cantorias. Depois das eleições, os mesmos protagonistas entram na fase esquizofrénica. Na fase do delírio e da incapacidade de assimilar a realidade. Qualquer noite eleitoral em Portugal é uma verdadeira sessão de chaise long. É difícil perceber se há tratamento infalível para estas crises agudas. Mas uma coisa é certa, para lá dos antidepressivos e dos antipsicóticos, há um remédio associado a estas disfunções políticas que parece não estar apenas a matar a doença, como a liquidar o próprio paciente: a abstenção. Numa eleição onde os derrotados afirmam a pés juntos ter ganho e os vencedores começam a vacilar perante as suas próprias conquistas, o que sobra, verdadeiramente, é a indiferença das pessoas face aos desatinos deste doente crónico que é o sistema político-partidário português. Numa análise fria e consequente aos resultados das eleições de domingo há apenas um dado de grande relevância a ressalvar: nenhuma das listas a concurso ganhou. As votações que os partidos, os movimentos e as coligações obtiveram são perfeitamente irrelevantes face ao número de eleitores que ficou em casa. Mais

de 66 por cento da população portuguesa em idade de poder votar não o fez. E é, para o bem e para o mal, esta maioria silenciosa e indiferente que ganhou as eleições. É com estes dois terços da população que os políticos pátrios, vitoriosos à maneira de Pirro ou perdedores de gaveta, se têm de preocupar, de se ocupar, de se lembrar a cada instante. Porque é o próprio sistema representativo democrático que está em causa. O que vale o milhão de votos que o PS obteve contra os seis milhões que nenhum partido cativou? Vale muito pouco, muito pouco mesmo. Estas eleições, para lá do desinteresse que causaram junto da população, mostraram que a “coisa” política em Portugal está em ruínas e que o móbil das eleições, a “coisa” europeia, para lá caminha. A passos largos. Mas não deixa de ser igualmente curioso, para não dizer igualmente neurótico, que a grande maioria dos poucos eleitores que fizeram a cruzinha, escolheu precisamente pô-la nos dois quadradinhos que defendiam “esta” Europa da austeridade, do neoliberalismo contumaz, do garganeirismo dos mercados financeiros e do empobrecimento coletivo. O verdadeiro voto de protesto contra o “estado a que isto chegou”, afinal manifestou-se fora das urnas de voto. E, residualmente, num acréscimo de votantes e de mandatos na CDU, no aparecimento do epifenómeno populista/judicialista chamado Marinho e Pinto e no aumento do número de boletins de voto em branco ou anulados. De resto, tudo na mesma: o PS e a coligação governamental obtiveram quase 60 por cento dos votos expressos. Já no distrito de Beja há outros dados a assinalar. A CDU, tal como já acontecera nas Europeias de 2009, foi a força mais outorgada, embora tenha obtido menos votos do que há cinco

anos atrás. A este facto não será alheia, mais uma vez, a abstenção que, a nível distrital, aumentou mais de 10 pontos percentuais, cifrando-se nos 63,83 por cento. Curioso é, por igual, o facto de, apesar da proximidade temporal entre a presente eleição e as Autárquicas de setembro passado, terem acontecido mudanças na tendência de voto em alguns concelhos. Barrancos e Moura, que elegeram autarcas CDU, “passaram” agora para o PS. Em sentido inverso, Mértola e Aljustrel, cujos executivos municipais são socialistas, viram a CDU obter agora mais votos. Em linha com o descalabro nacional, o Bloco de Esquerda sofre no distrito de Beja, desde as Europeias de 2009, uma erosão de seis pontos percentuais. Passou de 9,3 por cento, em 2009, para 3,3 por cento, em 2014. As direções, nacionais e locais, do BE têm muito que refletir e muita pedra que partir para evitar o completo desmoronamento desta organização política, cuja representatividade europeia ficou limitada a uma única deputada. E cuja estrutura diretiva bicéfala aparenta agora ter mais cabeças do que o cabelo de Medusa tinha. Mas para falar em derrotas eleitorais, sem ter que recorrer a mezinhas mágicas, é de todo evidente assinalar o ciclo eleitoral calamitoso da coligação PSD/CDS-PP no distrito de Beja. Após a barafunda das últimas autárquicas, que culminou com a perda, por parte do PSD, da única câmara que detinha no distrito, Almodôvar, nestas Europeias, os sociais-democratas em coligação com os populares, perderam quatro mil eleitores, quase metade daqueles que, em conjunto, obtiveram em 2009. O que deixa as direções distritais destes partidos sem grande espaço de manobra e, também elas, ensarilhadas num verdadeiro colete de forças. Paulo Barriga

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48,98% É a percentagem de votos mais expressiva conseguida num concelho. Aconteceu em Serpa, onde a lista do PCP/ /PEV, com 2 452 votos, conseguiu mais 20 por cento do que o Partido Socialista (1 356/27,09%). A CDU venceu ainda em Aljustrel (44,41%), Castro Verde (41,83%), Alvito (32,52%), Cuba (46,05%), Beja (35,17%), Vidigueira (35,65%) e Mértola (38,81%). Os socialistas ganharam nos concelhos de Odemira (35,66%), Ourique (41,90%), Ferreira do Alentejo (43,41%), Almodôvar (47,26%), Moura (36,93%) e Barrancos (34,78%).

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Alvito assinalou feriado municipal

A Câmara de Alvito celebrou ontem, quinta-feira, o feriado municipal, com várias atividades desportivas e de lazer ligadas à natureza, que decorreram junto à Barragem de Odivelas. O programa começou com uma “Manhã Desportiva”, que incluiu um passeio de bicicleta e a “Marcha d´Ascensão”, que partiu de Alvito e de Vila Nova da Baronia, em direção à barragem, onde houve atividades de canoagem. Aconteceu ainda um almoço, com churrasco e sardinhada, aberto a toda a população, seguindo-se os tradicionais torneios de sueca e malha e o Concurso da Espiga, que é “símbolo da abundância, alegria, saúde e sorte”.

Faleceu José Guerreiro Francisco O PS de Castro Verde informou que faleceu no domingo, dia 25, “vítima de uma dolorosa e prolongada doença”, José Guerreiro Francisco, antigo presidente da Junta de Freguesia de Casével e militante do Partido Socialista.

Atual

D. António Vitalino quer “ética das relações humanas e do progresso” nas universidades

Bispo de Beja contra “mentalidade economicista” O bispo de Beja diz que a “mentalidade economicista” que domina a sociedade só será mudada através de uma aposta sólida na formação ética e moral das novas gerações.

Episcopal da Pastoral Social. Para o prelado, é necessário promover também uma reflexão séria à volta da composição dos cursos superiores, que atualmente “pouco têm a ver com a realidade social e empresarial” portuguesa e dos modelos de ensino preparados para os alunos. Em causa está o desenvolvimento de métodos que criem nos mais novos “hábitos sólidos de reflexão, de investigação, de trabalho e de construção de um mundo melhor, de relações harmoniosas entre as pessoas e a natureza”. “Fazer coisas, produzir bens para satisfazer necessidades artificiais de alguns privilegiados, sem ter em conta a verdade, a justiça, a dignidade das pessoas, o desenvolvimento sustentável, uma sã ecologia, não tem futuro”, alerta.

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a sua habitual nota semanal, divulgada pela agência Ecclesia, D. António Vitalino defende a introdução na dinâmica universitária de “disciplinas que ajudem os estudantes a interrogarem-se sobre a “ética das relações humanas e do progresso”. “O bem comum deveria ser o prisma principal de todos os cursos, cimentando a articulação dos saberes, visando o progresso integral da pessoa, da família, da sociedade e do País”, aponta o membro da Comissão

Novo mapa judiciário

Comarcas de Beja e Évora já têm juízes presidentes nomeados

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Consel ho Superior da Magistratura já nomeou os juízes presidentes das comarcas de Beja e Évora, com vista ao funcionamento do novo mapa judiciário, disse à Lusa fonte do CSM. O processo de nomeação de juízes presidentes de comarca foi polémico depois de alguns magistrados terem impugnado, junto do Supremo Tribunal de Justiça, o método e os critérios de escolha dos magistrados, o que deixou por preencher as funções de juiz presidentes nas comarcas de Évora, Beja, Coimbra, Lisboa, Faro e Setúbal. Para a comarca de Beja, o CSM rejeitou a reclamação existente e designou o juiz José Penetra Lúcio. Em relação a Évora, o CSM escolheu um nome diferente do proposto inicialmente, tendo optado agora pelo juiz desembargador

Edgar Valente. A 28 de abril último, o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) decidira suspender provisoriamente a nomeação dos juízes-presidentes das Comarcas de Évora, Faro, Setúbal, Lisboa, Beja e Coimbra após valorizar as críticas ao método de escolha feitas pelo vice-presidente do CSM, António Joaquim Piçarra, que apontava “irregularidades no procedimento de nomeação dos interessados”. Os restantes juízes presidentes que não foram alvo de impugnação foram empossados no dia 30 de abril. O novo mapa judiciário - que introduz um novo modelo de gestão e funcionamento dos tribunais - deverá entrar em funcionamento no próximo dia 1 de setembro e contempla 23 comarcas.


Uma homenagem às padeiras do concelho e a assinatura de protocolos de descentralização de competências para as juntas de freguesia marcaram a sessão solene da Assembleia Municipal de Vidigueira comemorativa do Dia do Município, ontem, quinta-feira. Segundo a Câmara de Vidigueira, concelho conhecido como “Terras de Pão, Gentes de Paz”, a sessão decorreu no salão nobre do edifício dos Paços do Concelho.

Santiago promove Prémio de Conto Manuel da Fonseca A Câmara de Santiago do Cacém volta este ano a promover o Prémio Nacional de Conto Manuel da Fonseca, que distingue, desde 1995, uma coletânea de contos originais escrita, em português, por um autor lusófono.

A iniciativa, que vai na 10.ª edição, atribui este ano um prémio pecuniário de quatro mil euros ao autor da obra que vier a ser selecionada pelo júri, pressupondo também a edição da coletânea, explicou o município. O júri da edição 2014 do prémio, cuja dada em concreto ainda não foi divulgada pela

autarquia, vai ser constituído por três elementos, convidados pelo município. José Correia Tavares, vice-presidente da Associação Portuguesa de Escritores, João Morales, jornalista e crítico literário, e a professora Paula da Graça Rodrigues vão ser os responsáveis pela escolha da obra vencedora.

BRIGADA DO MAR

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Brigada do Mar promoveu ação de limpeza

Costa de Grândola com mancha de crude A Brigada do Mar, um grupo de voluntários que está a limpar a costa de Grândola, revelou ter encontrado crude numa extensão de 10 quilómetros, entre as praias da Aberta Nova e do Pinheirinho.

“É

uma linha de crude, numa extensão ainda considerável. São cerca de 10 quilómetros”, entre as praias da Aberta Nova e do Pinheirinho, descreveu à agência Lusa um dos responsáveis da Brigada do Mar, Simão Acciaioli. Segundo o voluntário, o foco de poluição foi detetado na zona de Pinheiro da Cruz, tendo-se tornado “mais visível”. Posteriormente já se pode observar mais

uma linha, paralela, embora “mais fina”. O aparecimento de crude na costa levou o grupo a reformular a ação de limpeza que tem em curso nos 45 quilómetros de praias do concelho de Grândola desde o dia 10 deste mês e que se prolonga até domingo. Os voluntários decidiram suspender a recolha de lixo do areal, prevendo regressar em setembro para limpar os 10 quilómetros, entre a Comporta e Tróia, por onde ainda não tinham passado, e dedicar-se a tempo inteiro à remoção do crude, explicou Simão Acciaioli. Segundo o voluntário, está no terreno uma equipa de cerca de 30 pessoas e, durante o fim de semana, estão confirmados grupos com perto de 50 pessoas, tanto no sábado como

no domingo, que “irão, literalmente, varrer o crude da areia”. A Polícia Marítima confirmou à Lusa a existência de “vestígios de poluição nas praias”, deslocando-se para o local. Por seu lado, o presidente da Câmara de Grândola, António Figueira Mendes, responsável pela Proteção Civil municipal, af irmou que a situação “não é preocupante”, embora tenha “de se fazer a limpeza”, na qual a autarquia está a colaborar. Remetendo explicações para as investigações das autoridades competentes, o autarca adiantou, no entanto, que “o mais provável” é ter-se tratado da limpeza de um petroleiro ao largo da costa.

No âmbito das comemorações dos 82 anos do jornal

“Diário do Alentejo” promoveu workshop de jornalismo nas escolas da região

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o âmbito das comemorações dos 82 anos do “Diário do Alentejo”, data que se assinala no domingo, dia 1, o jornal promoveu a iniciativa “Workshop de Jornalismo”, destinada a alunos do 9.º, 10.º e 11.º anos de escolaridade. A atividade percorreu, durante o mês de maio, diversas escolas do distrito de Beja. Dar a conhecer aos alunos as noções bases do jornalismo em

diversas plataformas (imprensa escrita, audiovisual, on line, redes sociais) foi o objetivo da iniciativa, que pretendeu ainda aproximar o público mais jovem do “Diário do Alentejo” e, ao mesmo tempo, proporcionar uma ação diferente nas escolas da região. A atividade, em cada escola, aconteceu durante um dia, onde decorreram diversos ateliês de imprensa, instalando verdadeiras redações nas escolas.

Recorde-se, no entanto, que o “Diário do Alentejo” criou recentemente um canal de televisão, o “DATV”, e, neste sentido, o jornalismo televisivo esteve em destaque. Durante a iniciativa os alunos tiveram, assim, a oportunidade de interagir com os equipamentos que compõem uma régie de televisão e de os experimentar. Foram ainda simulados prog ra ma s telev isivos, t ra nsformando as salas de aula em estúdios.

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Vidigueira homenageou padeiras do concelho


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Escola EB 2,3 de Santa Maria, em Beja celebra “As Maias”

Na passada quarta-feira, 28, a Escola EB 2,3 de Santa Maria festejou a tradição das Maias. Foram 10 as alunas, com idades entre os cinco e os seis anos, que se vestiram a rigor e pediram “um tostanito para a Maia, que quer uma nova saia”. Não deixar morrer a tradição foi o principal objetivo desta iniciativa, que contou com a participação dos professores, alunos, pais e toda a comunidade em

Maria Ana Ameixa escreveu novo romance Maria Ana Ameixa apresentou, no fim de semana passado, em Abegoaria, no concelho de Ferreira do Alentejo, o seu quarto romance: Uma aventura rumo ao céu. A ação desdobrase entre um Alentejo de famílias tradicionais e uma cidade

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que tudo, reabilitar-se emocionalmente. Tradições académicas, costumes alentejanos, ação, descoberta, traição, amizade, amor, romance e muita emoção, são ingredientes presentes ao longo desta aventura rumo ao céu. A obra tem a chancela da editora Lugar da Palavra.

II Festival com várias propostas para este fim de semana

Apresentação do projeto “Alentejo/Ribatejo 4 All” O projeto “Alentejo/Ribatejo 4 All”, que visa tornar a região mais acessível e com melhores condições de apoio e informação aos turistas seniores e com mobilidade reduzida, foi apresentado na terça-feira, em Odemira. A apresentação do projeto foi dirigida a agentes do setor turístico, empresários de restauração, alojamento e animação turística e técnicos das autarquias. Segundo a Câmara de Odemira, o envolvimento de todos é “decisivo para a construção e a afirmação de um Alentejo/Ribatejo como um destino turístico acessível” e que “acolhe todos os turistas independentemente da sua condição ou limitação física”. O projeto, financiado por fundos comunitários, é promovido pela Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo, a qual “definiu a promoção da acessibilidade como um elemento fundamental de qualificação do destino turístico”, refere a autarquia.

de Coimbra académica, espaços físicos onde interagem as duas personagens centrais da trama: um professor universitário apaixonado pela vida, mas assombrado por um terrível acontecimento do passado e uma aluna brilhante que vive a ressaca de uma tragédia e que ambiciona, mais do

geral, e que foi promovida pelo professor Florival Baiôa Monteiro e pela Associação de Defesa do Património Cultural de Beja, como revela o professor Durval Silva, coordenador do estabelecimento de ensino. Para o professor, esta, que é uma tradição antiga na cidade de Beja, “deve ser utilizada para promover a cultura, tendo um papel muito importante na educação das crianças”.

Chás e ervas do mundo em Amendoeira da Serra

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stá a decorrer, em Beja e Mértola, até domingo, o II Festival de Chás e Ervas do Mundo. “Promover a excelência das plantas aromáticas e medicinais e ervas silvestres e juntar produtores e promotores das diferentes regiões” é um dos principais objetivos da Associação de Defesa do Património de Mértola (ADPM), promotora do evento. A iniciativa, porém, procura também dar relevo “às componentes científicas, pedagógicas e sociais que as ervas e chás possibilitam”. Durante o certame, já aconteceram várias atividades dirigidas para crianças, o II Encontro Ibérico de Plantas

Aromáticas e Medicinais e hoje, sexta-feira, o festival promove “práticas agrícolas sustentáveis”, nomeadamente com a organização de workshops em permacultura e agricultura biodinâmica, em duas propriedades no concelho de Mértola. A partir de amanhã, sábado, e até domingo, o festiva l insta la-se em Amendoeira da Serra, pequena aldeia do concelho de Mértola, e na propriedade do Monte do Vento. Um mercado de mostra e venda de produtos, tendo por base as plantas aromáticas e ervas silvestres, espera atrair centenas de visitantes.

Oficinas temáticas, passeios pedestres, danças do mundo, sessões de contos, bailes, yoga, meditação, degustação de chás e tisanas, animação infantil, ações de capacitação para produtores, workshops, exposições, espaços de terapias, entre outras atividades, são algumas das propostas do evento. A animação musical também não foi esquecida e amanhã, sábado, dia 31, sobe ao palco Celina da Piedade. Recorde-se, contudo, que continuará também a decorrer a Semana Gastronómica das Ervas Aromáticas, em vários restaurantes de Beja e Mértola.


Inaugurado Lar Residencial “Vidas Coloridas II”

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Inaugurou ontem, quinta-feira, dia 29, o Lar Residencial “Vidas Coloridas II”, da responsabilidade da Cooperativa de Educação e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados de Beja – Cercibeja. Foram várias as entidades que marcaram presença na cerimónia oficial e, para além das regionais, o Governo também se fez representar, nomeadamente através do secretário de Estado da Solidariedade e da Segurança Social, Agostinho Branquinho.

Cercicoa renova instalações Ontem, dia 29, teve lugar em Almodôvar, a inauguração da ampliação e requalificação do Lar Residencial, da Cooperativa de Educação e Reabilitação de Crianças Inadaptadas e Solidariedade Social dos Concelhos de Castro Verde, Ourique e Almodôvar (Cercicoa). A cerimónia, que se realizou pelas 11 horas e 30 minutos, contou com a presença do secretário de Estado da Solidariedade e da Segurança Social, Agostinho Branquinho.

I Festival decorre este fim de semana

Recriações históricas, mercado romano, espetáculos de fogo e música marcam o Festival Beja Romana, que arranca hoje, sexta-feira, para a cidade “regressar” ao passado e recriar um período histórico de “extrema importância” para a sua afirmação. A primeira edição do festival, que vai decorrer até domingo, na praça da República, pretende “destacar” o período Romano, que foi “de extrema importância para a afirmação da cidade”, valorizando as componentes de educação patrimonial a Câmara de Beja.

CM BEJA

Beja regressa à época romana

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egundo a autarquia, o festival arranca hoje, às 10 e 30 horas, com um cortejo a cavalo, que irá recriar a chegada dos colonos a Pax Julia, a designação de Beja no período Romano. Seguem-se, durante o dia, atividades, como jogos romanos de tabuleiro, para “moços e moças das escolas” reviveram os usos e costumes da Pax Julia e, às 18 horas, abre o Mercado Romano, que irá decorrer durante os três dias do festival para comércio de produtos alimentares e artesanato utilizados na época. A entrada do patrício romano, que terá legionários a recebê-lo, falcoaria para treino de aves sobre as cabeças de escravos, venda de escravos e a revolta dos povos túrdulos e cónios e luta com os legionários são as recriações históricas que poderão ser vistas entre as 19 e 15 e as 23 e 30 horas, quando começará o espetáculo de fogo “A Forja de Vulcano”. No sábado, às 14 e 30 horas, na igreja de Santo André, será inaugurada a exposição “Romanos em Banda Desenhada”, seguindo-se, às 17 e 30 horas, na praça da República, mais um cortejo a cavalo e, às 19 horas, a abertura do Mercado Romano

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Interpretar passagem de peixes em Alqueva A empresa do Alqueva lançou na sextafeira, no seu sítio de Internet, uma plataforma para interpretação do Dispositivo de Passagem de Peixes (DPP) que existe na barragem de Pedrógão (Vidigueira). A plataforma foi apresentada junto à barragem, numa atividade que envolveu alunos da escola básica de Pedrógão do Alentejo e no âmbito das comemorações do Dia Mundial dos Peixes Migradores. Segundo a Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA), “a plataforma vai permitir a qualquer pessoa visualizar o modelo a três dimensões do DPP, conhecer os peixes migradores que o utilizam e perceber o enquadramento do processo migratório dos peixes através de um filme”. Num comunicado enviado, a EDIA refere que, em paralelo, está a monitorizar as rotas migratórias dos peixes que utilizam o DPP na albufeira de Pedrógão, para garantir a confirmação da concretização do processo migratório e a variabilidade e sustentabilidade das espécies piscícolas autóctones naquela “importante bacia hidrográfica”.

Arquivo de Vidigueira divulga passado na Internet

com música, malabarismos e um acampamento de legionários. Segue-se, às 20 horas, uma recriação histórica de mostras de agrado dos povos pacificadores com oferendas aos deuses do Império e, às 21 horas, o espetáculo de teatro de rua com comediantes “Bodas de Vénus com Baco” numa carroça alegórica. Interpretações musicais dos povos do Império, às 21 e 30 horas, o “Circus Maximus - Munera Gladiatora”, com jogos de gladiadores contra gladiadores, às 22 horas, julgamento e castigo público dos nativos revoltosos, às 22 e 30 horas, espetáculo de malabares de fogo em inovação aos deuses, às 23 horas, e um festim de bebidas com poderes curativos são as outras

atrações do festival previstas para sábado. No domingo, o Mercado Romano abre às 17 horas, seguindo-se, entre as 18 e as 21 e 30 horas, recriações históricas, como apresentação das vestais, anúncio dos lutos públicos pela morte e as exéquias do Imperador Augusto e treino de armas dos legionários no acampamento e jogos de destreza na arena. O festival termina com a recriação “Circus Maximus - Sacrifício aos deuses”, que vai decorrer a partir das às 21 e 30 horas e inclui a cerimónia fúnebre e a cremação de um gladiador e a luta de dois gladiadores pelo direito a serem sacrificados em nome do deus Marte em homenagem a Augusto.

O Arquivo Municipal de Vidigueira vai lançar hoje, sexta-feira, um sítio na Internet para disponibilizar on line cópias digitais de documentos do seu acervo documental e, desta forma, permitir “estudar, conhecer e divulgar o passado” do concelho. Através do sítio, que será lançado às 10 e 30 horas, no Centro Multifacetado de Novas Tecnologias de Vidigueira, todos os interessados poderão consultar on line cópias digitais de documentos, como livros, processos e fotografias, do acervo do arquivo, explica a autarquia. Segundo o município, a digitalização do acervo e a disponibilização das cópias digitais no sítio do Arquivo Municipal de Vidigueira vai permitir “salvaguardar a documentação do manuseamento excessivo e indevido” e “facilitar o acesso à informação” através da Internet.


Peças de teatro, ateliês vários, insufláveis, pinturas faciais e distribuição de balões são algumas das propostas dos municípios do Baixo Alentejo para comemorar o Dia Mundial da Criança, que se assinala no próximo domingo, dia 1 de junho.

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ç Dia da Crianca

Barrancos Uma aula de zumba para pais e filhos, pelas 10 e 30 horas, no jardim do Miradouro, marca o arranque, no domingo, 1, em Barrancos, das comemorações do Dia Mundial da Criança, promovidas pela câmara local. O programa reserva ainda, a partir das 11 horas, pinturas, jogos, insufláveis e solta de balões para comemorar a data. Pelas 14 horas, terá lugar a abertura oficial da época balnear nas piscinas municipais, com entrada livre. As festividades prolongam-se até ao dia 7, com várias iniciativas destinadas às crianças da creche, jardim de infância e 1.º ciclo. O encerramento da Semana da Criança terá lugar no dia 7, pelas 21 e 30 horas, na praça da Liberdade, com a apresentação da peça “Ruína”, pela Companhia Baal 17, destinada ao público em geral.

Serpa O programa do Dia da Criança em Serpa, que está a decorrer

desde o passado dia 26, reserva para hoje, sexta-feira, as jornadas de atletismo destinadas ao 1.º ciclo, em Vila Nova de São Bento, e sessões de relaxamento e movimento e pinturas faciais para os alunos das EB1 e jardins de infância de Vales Mortos e de A-do-Pinto. Amanhã, sábado, o cineteatro de Vila Nova de São Bento recebe, pelas 15 e 30 horas, uma sessão de cinema infantil, e no domingo, com início pelas 10 horas, haverá insuf láveis, pinturas faciais e distribuição de balões no Jardim Municipal de Serpa. A tarde será dedicada ao cinema infantil, com uma sessão no cineteatro municipal da Cidade Branca, agendada para as 15 e 30 horas. Na segunda-feira será a vez de Serpa receber as jornadas de atletismo destinadas ao 1.º ciclo e na terça-feira a biblioteca será palco de uma oficina/ateliê com a ilustradora Yara Kono da exposição “Uma onda Pequenina”. As atividades são organizadas pela câmara municipal, em parceria com a União de Freguesias de Serpa e outras entidades locais e regionais.

propostas da Câmara de Alcácer do Sal para comemorar no próximo domingo, dia 1, o Dia Mundial da Criança. Os equipamentos serão instalados na margem sul, na zona do parque infantil. Ao longo do dia haverá ainda lugar ateliês de expressão plástica e escrita criativa, pinturas faciais, modelagem de balões e largada de balões. O programa inclui ainda uma sessão de cinema com o filme de animação “Tarzan”, entre as 15 e as 18 horas, com entrada livre.

Castro Verde

Ferreira do Alentejo

Alcácer do Sal Insuf láveis, matraquilhos humanos e jogos diversos para a pequenada são algumas das

recordações para os pais que um dia também já foram crianças”. Pelas 10 horas, será inaugurada a exposição de trabalhos da Oficina da Criança, intitulada “Oficina em Itinerância” e patente na Galeria de Arte de Santo António. Meia hora depois terá início, na rua 5 de Outubro, uma corrida de carrinhos de rolamentos. Às 14 horas será inaugurada a mostra de fotografia “26 anos de Oficina da Criança”. O programa prevê ainda a realização de ateliês de pintura e modelagem com barro, uma gincana infantil de prevenção rodoviária (16 horas, junto ao jardim público) e a apresentação do espetáculo musical “O Capuchinho Vermelho” (18 horas, Centro Cultural Manuel da Fonseca).

Para celebrar o Dia Mundial da Criança, e numa homenagem às crianças do concelho, a equipa da Oficina da Criança de Ferreira do Alentejo reuniu uma série de atividades em parceria com o Serviço Educativo do Museu, Biblioteca e Serviço de Desporto, propondo “um dia cheio de alegria e repleto de lembranças e

O Dia Mundial da Criança será assinalado em Castro Verde no dia 2 de junho, com um conjunto de atividades, que incluem pinturas faciais, modelagem de balões, carrinho de pipocas, insufláveis, entre outras, que irão decorrer nas piscinas municipais. O espetáculo infantil “Aventura dos Piratas”, que terá lugar no cineteatro, é outra das iniciativas programadas para celebrar esta data. As atividades, da responsabilidade da União de Freguesias de Castro Verde e Casével, têm como público-alvo as crianças do ensino pré-escolar e do 1.º ciclo do concelho e ainda aos alunos da creche do Lar Jacinto Faleiro, aos quais será oferecido um lanche e ainda uma pequena lembrança.

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Sines A Câmara Municipal de Sines assinala o Dia Mundial da Criança com dois dias de iniciativas dedicadas aos mais novos. O dia de domingo, a partir das 10 horas, será dedicado às famílias, com insuf láveis, animação circense (Oli & Mary) e pipocas no Parque Infantil Municipal (junto à antiga Ludoteca). Na segunda-feira, dia 2, os alunos do pré-escolar e 1.º ciclo do ensino básico de todas as escolas do concelho vão ao castelo brincar, jogar e fazer de conta em torno de um conto tradicional “João, o Caçador de Sonhos”. A iniciativa tem a parceria do ATL “A Gaivota” e do projeto “À Priori” e a participação especial do Teatro do Mar.

Aljustrel Em Aljustrel a diversão começa a partir das 10 horas de domingo, na praça da Resistência, com


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pinturas faciais, insufláveis, atividades desportivas e modelagem de balões que serão largados no final da manhã, numa organização da Câmara de Aljustrel. De tarde, a partir das 15 horas, as Oficinas de Formação e Animação Cultural serão palco de um espetáculo musical que contará com as atuações dos músicos da Turma Infantil e da Orquestra Juvenil da Sociedade Musical de Instrução e Recreio Aljustrelense e da Orquestra Juvenil da Sociedade Euterpe de Portalegre.

Mértola “Sabores”, uma peça de teatro para toda a família é a proposta da Câmara de Mértola para a tarde de domingo, dia 1, a partir das 17 horas, no Cineteatro Marques Duque. O programa de comemorações do Dia da Criança inclui ainda atividades dirigidas às crianças das escolas do concelho: na segunda-feira, dia 2, para as crianças dos estabelecimentos de ensino de Mértola e São PUB

Miguel dos Pinheiros (no Parque Desportivo e de Lazer Municipal) e no dia 6 para as crianças das escolas de Algodôr, Corte Pinto, Mina de São Domingos, Penilhos e Santana de Cambas (na praia f luvial e jardim do Coreto, na Mina de São Domingos).

Cuba As comemorações na vila de Cuba têm início, pelas 9 e 30 horas de domingo, com um passeio de BTT para as crianças, com o apoio do Clube Cuba Aventura e partida no largo da Bica. O mesmo largo será palco, pelas 17 e 30 horas, de um vasto conjunto de iniciativas, como animação, insuf láveis, pinturas faciais, modelagem de balões e um workshop de artes manuais. Pelas 19 e 30 horas será apresentado o livro A minha boca parece um deserto, da autoria de Jorge Serafim. A organização é da responsabilidade da câmara municipal local.

Alvito As crianças do concelho de Alvito comemoram na segunda-feira, dia 2, o Dia Mundial da Criança, com atividades lúdicas e desportivas, fantoches, um almoço saudável, um espetáculo e a “hora do gelado”. Promovidas pela Câmara Municipal de Alvito, as iniciativas destinam-se a alunos do pré-escolar e do 1.º ciclo do ensino básico e vão decorrer no centro cultural da freguesia de Vila Nova da Baronia.

Grândola As comemorações do Dia Mundial da Criança em Grândola, numa organização da câmara municipal, terão lugar no domingo, a partir das 15 horas, no jardim 1.º de Maio. Um concerto pela Banda Juvenil da Smfog – Sociedade Musical Fraternidade Operária Grandolense; atividades lúdicas, entre pinturas faciais, jogos tradicionais infantis, ateliês diversos e insufláveis (entre as 15 e 30 e as 19 horas); a entrega simbólica dos títulos de pertença das árvores aos participantes do programa “Uma árvore para toda a vida” (19 horas); e o espetáculo “Magic Clown” são algumas das propostas. Na segunda-feira, dia 2, terá lugar ainda, na sala de sessões da câmara municipal, a iniciativa Espaço de Cidadania, Participação e Democracia, em que, com a presença do executivo, as perguntas serão feitas pelas crianças das escolas do concelho. Entre os dias 3 e 6, no Cine Granadeiro, estará em exibição o filme “Turbo”, com sessões para as EB1 e jardins de infância do concelho.

IPBeja lança projeto para oferecer livros a crianças

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Instituto Politécnico de Beja (IPBeja) lançou um projeto para mobilizar empresas e instituições a apadrinharem a oferta de um livro a todas as crianças matriculadas nas escolas do 1.º ciclo do ensino básico do Alentejo. Através do projeto, o IPBeja pretende oferecer este ano, entre o Dia Mundial da Criança, a 1 de junho, e o Natal, um dos seis livros da coleção “Bichos de Cá” a cada uma das 17 778 crianças matriculadas neste ano letivo nas escolas do 1.º ciclo do ensino básico dos 47 concelhos do Alentejo. Para tal, através do projeto, o IPBeja está a contactar empresas e instituições que poderão apadrinhar a edição e a oferta a cada criança de um dos livros da coleção, que é composta por seis contos da autoria de Rita Balbino, sendo cada um deles protagonizado por um animal do património natural nacional. A coleção, um projeto de literatura e ilustração infantil que visa “sensibilizar os futuros adultos para a conservação de espécies de seres vivos que fazem de Portugal um território tão rico em termos de biodiversidade”, envolveu alunos e professores do IPBeja aos níveis da produção editorial e da ilustração.


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António José Seguro sabe que, ainda que não convoque um congresso extraordinário, não serão as formalidades dos estatutos a travar a candidatura de António Costa. E o pior que pode acontecer a António José Seguro é derrotar o seu rival na secretaria, ou seja, porque Costa não consegue reunir os apoios necessários dentro da comissão nacional ou junto das federações. Isso implicaria que o PS chegaria às legislativas dividido e com uma liderança contestada. Editorial do ”Público”, 28 de maio de 2014

Opinião

Minas alentejanas – riqueza ou restolho? Marcos Aguiar Licenciado em Psicologia

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ontrariando a visão, ainda muito arraigada, do Alentejo como “celeiro da nação”, o setor extrativo mineiro no Baixo Alentejo foi, nos últimos anos, o que mais contribuiu ao nível das exportações para a dinamização da economia sub-regional. Para melhor se compreender esta realidade basta analisar os dados do INE - Instituto Nacional de Estatística relativos às exportações por concelho no ano de 2013, para se perceber que a agricultura, sendo um setor importantíssimo e com enorme futuro, está longe de ser a única vocação do nosso território. O concelho de Castro Verde foi o que mais exportou em 2013, alcançando um valor extraordinário de 321 milhões de euros, resultante quase exclusivamente da atividade das minas da Somincor. Segue-se Aljustrel (o concelho português que mais aumentou as exportações nos últimos anos), que exportou 102 milhões de euros, com largo contributo da atividade extrativa da empresa Almina. Estes dados, surpreendentes para alguns, deveriam obrigar-nos a uma reflexão alargada e aprofundada visando a incorporação plena do setor mineiro na estratégia de desenvolvimento sub-regional, principalmente se tivermos em conta que os concelhos de Estes dados, Castro Verde e Aljustrel exporsurpreendentes tam o triplo de todos os restanpara alguns, tes concelhos do Baixo Alentejo deveriam obrigar- juntos. nos a uma É tempo do Baixo Alentejo reflexão alargada assumir e potenciar plenamente as suas múltiplas vocae aprofundada ções, em particular reconhevisando a incorporação plena cendo o grande contributo que o setor mineiro dá à nossa ecodo setor mineiro nomia. Por isso, impõem-se alna estratégia de gumas questões: desenvolvimento a) Para quando uma estratégia de qualificação de recursub-regional, sos humanos que responda às principalmente se necessidades singulares do setivermos em conta tor mineiro, seja ao nível da que os concelhos formação de mão de obra quade Castro Verde e lificada, seja ao nível da formaAljustrel exportam ção superior, universitária ou politécnica? o triplo de todos b) Para quando o aperfeiçoos restantes amento de canais de comunicaconcelhos do Baixo ção com este setor, potenciando Alentejo juntos. a transferência de conhecimento e de tecnologia entre as empresas mineiras e outros agentes instalados no território – instituições de ensino e formação, empresas, associações empresariais e de desenvolvimento local, municípios, entre outros? c) Para quando o reconhecimento social de um setor que emprega diretamente mais de dois milhares de trabalhadores, contribuindo, através desta valorização alargada, para o incremento de práticas de distribuição de lucros e de responsabilidade social e ambiental?

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Começa amanhã o Festival Internacional de BD de Beja. Durante os próximos 15 dias teremos entre nós alguns dos melhores autores mundiais desta arte narrativa. E teremos também alguns milhares de visitantes anónimos que, anualmente, não perdem a oportunidade de visitar a cidade por ocasião do festival. Aqui está um bom exemplo de como com um orçamento muito reduzido se podem fazer coisas muito grandes. PB

As eleições europeias traduziram-se em dois factos objetivos: a direita coligada registou uma derrota histórica e, por isso, saiu fragilizada; o PS, apesar dos três anos em que os portugueses foram alvo de bullying, não conseguiu polarizar o descontentamento e, por isso, não foi além de uma vitória “pífia”. Além disto, só um terço dos eleitores quiseram votar. A razão é simples: mais de seis milhões não se reviram na mensagem dos partidos. Nuno Saraiva, “Diário de Notícias”, 28 de maio de 2014

d) Para quando uma estratégia concertada que favoreça a instalação em Portugal de smelters (fundições) que transformem os milhares de toneladas de concentrados extraídos nas minas alentejanas, deixando em território nacional o valor acrescentado da exportação de metais (mais valiosos) e não apenas, como até aqui, dos concentrados metálicos (muito menos valiosos)? Tratando-se de um setor extremamente volúvel, que depende de recursos finitos e está sujeito às oscilações cíclicas da cotação dos metais nos mercados internacionais, a resposta célere a estas perguntas deveria transformar-se num desígnio regional (e até nacional), acabando com o absurdo de termos uma riqueza imensa debaixo dos nossos pés, mas que persistimos em não valorizar - como se de “restolho” se tratasse.

A criança

acabar… Iniciei o parágrafo anterior com “…nenhuma criança, repito, nenhuma criança, deveria…” e se assim o fiz, é porque reconheço que há no mundo uma qualquer criança ou muitas quaisquer crianças que, diária e repetidamente, passam por uma dessas situações e isso, enquanto adulto, deixa-me consternado, entristecido e horrorizado! Horrorizado por ver aquilo que, enquanto adultos, somos capazes de fazer e, ao mesmo tempo, incapazes de combater!

Sobressaltos ou espumas? José Carlos Albino Agente de desenvolvimento local

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Luís Covas Lima Bancário

elebrar e enaltecer é algo que faz parte do ser humano e os dias festivos ou comemorativos servem, entre outras coisas, também para isso mesmo, para nos recordarmos da nossa humanidade, de uma das nossas características que nos distingue dos outros seres vivos – a capacidade de sentir algo pelo nosso semelhante. Se há dias festivos que devem ser celebrados, o Dia Mundial da Criança, o dia 1 de junho, é, sem dúvida, um deles. Não porque seja um dia em que as crianças, infelizmente cada vez menos, recebem um presente para lhes recordar que este é o seu dia mas, principalmente porque esta é uma data em que nos devemos lembrar, afirmar (gritar, se for preciso) e pôr em prática aquilo a que a Unicef, a 20 de novembro de 1989, chamou de Convenção sobre os Direitos da Criança. A Carta Magna para as crianças de todo o mundo foi ratificada por Portugal a 21 de setembro de 1990. Os princípios fundamentais das Nações Unidas e os direitos humanos na defesa das crianças são lembrados e reforçados no seu preâmbulo. A dignidade, os direitos e a liberdade contribuem para uma existência que se pretende plena de felicidade, amor e compreensão. O valor do ser humano, a proteção à vulnerabilidade, a justiça e a paz complementam um quadro que se vivêssemos num mundo ideal não dispensaria o progresso social. São estes alguns dos destaques de uma Declaração, sempre atual. Quanto a mim, nenhuma criança, repito, nenhuma criança, deveria sofrer, ser infeliz, passar por momentos de tristeza (ainda que infelicidade e tristeza só se sintam quando passamos por momentos de felicidade e alegria), estar ou sentir-se sozinha, passar fome ou viver na miséria, sentir na pele qualquer discriminação pela sua raça, pela cor da sua pele ou pela sua religião e, nos tempos de hoje, pela sua situação social ou económica, sentir o olhar repressivo e de desagrado pela sua deficiência ou fragilidade (seja ela qual for), ser impossibilitada de aprender, ficar inibida de ser tratada quando doente, ser maltratada, ser abandonada, ser retirada aos pais (Era tão bom que assim fosse! Isso traduziria o sentido de responsabilidade de cada um de nós, adultos, enquanto pais), viver em palcos de guerra ou passar por conflitos armados (E isso revelaria a nossa capacidade de entendimento enquanto seres humanos)… a enumeração de tudo aquilo que não quero para uma qualquer criança, seja ela qual for, esteja ela onde estiver, poderia não

s resultados políticos destas eleições nacionais, em 2014, para o Parlamento Europeu, mas as únicas apenas com eleitos nacionais, constituem um primeiro tremor de terra no sistema político-eleitoral desde 1984 (PRD). A dúvida e questão é se estamos perante um sobressalto no sistema político-eleitoral, com consequências práticas, ou, pelo contrário, apenas abanou os espíritos, vindo as coisas ficar, no essencial, na mesma. “Tudo como dantes, no Quartel-General de Abrantes”. Achando que o “tremor de terra” é claro, apenas umas notas. Há muito que o chamado “centrão” não tinha uma votação maioritária tão baixa (55 por cento). Os chamados “pequenos partidos”, com brancos e nulos, nunca tiveram tanta representação eleitoral (mais de 15 por cento). O PCP/ /CDU recuperou bastante, voltando a resultados de há décadas. O Bloco de Esquerda confirmou a queda e voltou à expressão da UDP/PSR/PXXI. O PS, ganhando, teve o segundo pior resultado em Europeias. O PSD/CDS, a dita “direita e centro direita, teve o pior resultado de sempre de forma expressiva (28 por cento). A grave e dura situação socioeconómica da esmagadora maioria da população não contribuiu para que houvesse mais votantes. Chegará, mas apenas dizer que Marinho e Pinto ganhou claramente o “campeonato da segunda divisão”. As próximas semanas serão esclarecedoras sobre se “sobressalto ou espuma”, mas as primeiras impressões não são animadoras quanto a se assumir sobressaltos. Mas, sobre tal, voltarei em breve ao comentário. Ficam as impressões na hora. Última Hora (dois dias depois): Com o anúncio da candidatura de António Costa à liderança do PS estaremos apenas perante um primeiro sobressalto?

Retificação “DA” A exposição, que se encontra patente no quartel dos Bombeiros Voluntários de Beja, para além de contar com a colaboração e organização de António José, como foi referido na edição anterior, na reportagem “Barahona, uma família de bombeiros”, é igualmente da responsabilidade de um grupo da direção e de bombeiros de Beja.


Ainda as eleições para o Parlamento Europeu. Numa altura em que o sistema político-partidário português anda a contas com as contas e principalmente com as contas astronómicas da abstenção, não deixa de ser importante realçar e louvar todos aqueles que no domingo decidiram IR ÀS URNAS. Esses sim, e apenas esses, foram os grandes vencedores da noite eleitoral. Para eles, o nosso agrado. PB

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Representação em Portugal da Comissão Europeia

Cartas ao diretor “Estar de reunião” Manuel Dias Horta Beja

O que acontece após as eleições? ma vez apurados os resultados oficiais, as autoridades nacionais informam o Parlamento Europeu dos nomes dos deputados eleitos. Após a verificação de poderes pelo Parlamento, os 751 eurodeputados ocupam os seus lugares na sessão constitutiva, no dia 1 de julho de 2014. Antes da sessão constitutiva de julho, os recém-eleitos eurodeputados reúnem-se de acordo com as suas afinidades para formar os novos grupos políticos, que deverão ser oficialmente formados antes do final de junho. Para ser formalmente constituído, um grupo tem de incluir, no mínimo, 25 eurodeputados de, pelo menos, um quarto dos Estados-Membros (atualmente, sete países). Na semana seguinte à sessão constitutiva do Parlamento, as comissões parlamentares irão eleger os seus presidentes e vice-presidentes. Cada comissão parlamentar permanente elege a sua Mesa, constituída por um presidente e vice-presidentes. O número de vice-presidentes a eleger é determinado pelo plenário sob proposta da Conferência dos Presidentes. Ao abrigo do Tratado de Lisboa, o Parlamento Europeu elege o presidente da Comissão. O Conselho Europeu, composto pelos chefes de Estado e de governo da UE, tem de ter em conta os resultados das eleições para o Parlamento Europeu quando propuser um candidato à presidência da Comissão. Os novos grupos políticos do PE estarão formados em meados de junho, o que deverá facilitar esta tarefa. Depois de o Conselho Europeu apresentar a sua proposta para a presidência da Comissão, deverá haver um período de negociações com o Parlamento sobre o programa e as prioridades políticas do/a candidato/a ao cargo. O Parlamento Europeu votará o candidato proposto na segunda sessão plenária de julho. Para ser eleito, o candidato terá de contar com o apoio da maioria dos eurodeputados, ou seja, pelo menos metade dos 751 eurodeputados (376) eleitos em maio. A votação será secreta. Se o candidato não obtiver a maioria necessária, o Conselho Europeu, deliberando por maioria qualificada, terá um mês para propor um novo candidato. Depois de eleito o presidente da Comissão, o Conselho adota a lista de candidatos aos cargos de comissários. Os comissários indigitados pelos diversos Estados membros, comparecerão perante as comissões parlamentares competentes de acordo com os respetivos pelouros. As audições serão públicas. Terminado este processo, o presidente da Comissão apresentará o colégio de comissários e o seu programa numa sessão parlamentar.

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O jogo da vida Carlos Ramos Professor do Departamento de Matemática, ECT da Universidade de Évora

O jogo da vida, apesar do nome, não é bem um jogo no sentido tradicional da palavra. Existe um só jogador que apenas intervém na criação de uma configuração inicial. A evolução, “o que acontece depois”, é consequência directa da regra do jogo. O jogo foi inventado pelo matemático britânico John Conway e foi popularizado, em 1970, por Martin Gardner na sua célebre coluna de matemática da Scientific American. O espaço onde se desenvolve o jogo é um tabuleiro quadriculado (eventualmente infinito) no qual cada quadrícula, ou célula, pode estar viva ou morta. Se a célula está viva é representada a negro, se está morta a branco. A cada geração o estado de uma célula pode manter-se ou alterar-se. Na passagem de uma geração para a seguinte o que acontece a cada célula depende apenas do estado dela própria e do estado das oito células adjacentes em seu redor, seguindo a regra:

Nesta cidade, capital do Baixo Alentejo, como, em quase todo o País, vulgarizouse o uso e abuso da expressão “está de reunião”. Sai o bom samaritano de sua casa para resolver um assunto, não o consegue, porque quem poderá fazê-lo, não está, está de reunião. Telefona o santo paroquiano para saber do andamento do seu assunto, não está, está de reunião quem poderá elucidálo. Lamenta-se o pacato cidadão, nada feito, nesse dia há reunião. Passa o tempo correm os dias, que o tempo mostra o tempo que vai sendo, pois sem tempo não se vão as coisas vendo. E, assim está o País em constante reunião e encerra a expressão uma mentira ficando-se por saber quem disse ou quem mandou dizer e pergunta-se se a grave crise é causa ou consequência de tanta reunião.

Catarina Eufémia Hugo Silva Carulo Beja

Com esta regra tão simples, consegue-se uma variedade enorme de comportamentos. As figuras vão evoluindo, mudando a cada geração de um modo imprevisível e surpreendente.

Exemplo de uma figura inicial e as gerações 1,2,3,4,…,10,11,…,30. A última imagem mostra a média aritmética de cada célula ao longo de 200 gerações. Na geração 200 a figura está contida num tabuleiro de dimensões 73x73. Existem figuras iniciais que se mantém inalteradas, dizem-se então estacionárias. Existem figuras que oscilam e se repetem indefinidamente. Existem figuras que se deslocam de modo constante através do tabuleiro (gliders, naves espaciais). Existem figuras chamadas lançadores (guns) que periodicamente lançam gliders.

Exemplo da evolução de um glider, desde o instante inicial à esquerda até à quinta geração. Note-se que na quinta geração a figura é idêntica à figura inicial, mas deslocada. Assim de quatro em quatro gerações a figura vai sofrer uma translação constante. Existem figuras (matusalém) que são inicialmente pequenas, com poucas células vivas, mas que se desenvolvem e persistem por muitas gerações. Investigação séria e actual pode ser feita neste tema sem um conhecimento avançado em matemática. Com um simulador simples, existem dezenas disponíveis na Internet, pode-se investigar sobre estas estruturas matemáticas com métodos inspirados na biologia e nas ciências experimentais: Elaborar experiências, observar os resultados, ref lectir e criar. Existem milhares de seres identificados e cujo comportamento está estudado e catalogado. Mas o número de possibilidades é infinita. Assim, há sempre novos seres vivos ou populações que podem ser descobertos com propriedades insuspeitas.

Em tempo de eleições, tudo é possível, tudo é expectável desde que renda votos. Catarina Eufémia, ícone da resistência Alentejana ao regime salazarista, foi “prontamente adoptada” pelo PCP e por outros partidos, como imagem de marca de bravura, que do povo ressalta – ou deveria ressaltar -, em tempo de contrariedade. Contudo, a Catarina, bem como outros ícones de resistência ao autoritarismo e a desigualdade, não é “propriedade” de ninguém, mas de todos aqueles que se revêm nos ideais democráticos alicerçados na liberdade, igualdade e fraternidade. Por outro lado, tentando localizar-me temporalmente no período em que viveu – o que será praticamente impossível -, pergunto-me: Será que Catarina protestava por ideologias políticas? Ou protestava para que as suas e as necessidades básicas de outros (“trabalho” e pão) fossem salvaguardadas? Será que teria tempo e capacidade cognitiva para discernir a reivindicação da satisfação das necessidades básicas, das diversas ideologias políticas? Bem me parece que não. Naquele tempo, infelizmente, segundo consta, o analfabetismo era mais que muito, o que de por si só constituía uma barreira intransponível para o debate de ideias (políticas), e o tempo que um(a) trabalhador(a) rural teria para meditar seria nulo; pois que se trabalhava de sol a sol, a soldo de tostões. Então, como poderiam ter tempo para discernir politiquices, quando as suas necessidades essenciais não estavam acauteladas? Como poderá o PCP afirmar que ilustre senhora era “camarada”? Enquanto as necessidades primárias de um homem (sentido lato), não são satisfeitas, todas as outras não têm lugar. Quanto, a mim, viva a figura da Catarina e tudo aquilo que possa representar, mas não nos moldes daquilo que nos tentam vender. Não façam do culto da morte e da saudade, lenda que se converta em política.

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O festival é divulgado na televisão e em dezenas de sites de todo o mundo, aparece em revistas espanholas, francesas. A dimensão da divulgação da cidade é tanta e tão grande que nos escapa entre os dedos. O festival é um agente promocional incrível, rompendo em muito as fronteiras do País”.

Entrevista A cidade prepara-se para festejar a décima edição Mais de 100 autores, representando 23 países vão o mercado do livro, sessões de desenho ao vivo, do Festival de Banda Desenhada de Beja. A partir estar patentes ao público, através da apresenta- workshops, conversas com autores, sessões de aude amanhã, sábado, dia da inauguração, e até 15, ção da sua arte de diversificadas formas. Para além tógrafos e muito mais. A propósito, falámos com os amantes das histórias desenhadas vão poder das 21 exposições programadas, o festival con- Paulo Monteiro, diretor do festival. desfrutar de um vasto e multifacetado programa. tará também com muitas outras iniciativas como

Texto e Fotos José Serrano

Festival de BD divulga a cidade além-fronteiras

Beja na vanguarda da arte contemporânea Onde reside essa diferença?

O festival deste ano an conta com a presença de alautores de Banda guns dos mais importantes im Desenhada (BD) do mundo. Por que razão estão presentes em Beja ano após ano? estas pessoas pres

Tem sobretudo a vver com o estatuto que o festival tem vindo a conquistar co ao longo dos últimos anos. Muitos dos autores que nos visitam costumam fazer uma espécie de roteiro pelos principais festivais de BD da Europa, da América Latina, etc. Quando se encontram falam naturalmente das suas exp experiências, dos locais onde estiveram. E tem-se falado muito de Beja e do seu festival. O eco à volta vo dele tem sido muito positivo, porque é um ffestival diferente dos outros. PUB

Na própria cidade. Que é bonita, acolhedora. Onde as pessoas são muito gentis. O festival espalha-se pelo centro histórico que é agradável de visitar e pelo qual se pode passear de forma fácil. E é também, ao contrário de outros, um festival muito informal. É normal, na maioria dos festivais, pedir aos autores seis ou sete horas do seu tempo para dar autógrafos. Aqui pedimos uma única hora oficial. É claro que por vezes ficam mais tempo, mas simplesmente porque têm vontade de o fazer. Não porque exista essa obrigatoriedade. Ou seja, eles podem sair para ir beber uma cerveja, para dois dedos de conversa, para ir ver uma exposição. Sentem-se muito livres e divertem-se muito no festival. Tudo isto acaba por ter um reflexo muito positivo junto dos próprios autores. Tanto que hoje é relativamente fácil contactar qualquer autor,


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em qualquer parte do mundo, e saber que, à partida, ele irá aceitar o convite para participar. O seu primeiro livro O amor que te tenho e outras histórias foi eleito o melhor álbum de Banda Desenhada de 2011, do Festival Internacional Amadora BD. Dois anos depois venceu o Prix Sheriff D’Or 2013, em França, um dos mais importantes prémios da Banda Desenhada. Esta consagração foi importante para o reconhecimento e respeitabilidade do festival de BD de Beja?

Eu acho que não. Este festival já possui uma dimensão tão grande que esses prémios acabam por ser só e apenas uma curiosidade. Este festival tem uma oferta importante e conta com a presença de autores que são verdadeiros gigantes da Banda Desenhada mundial. Isso é que interessa. Claro que estou muito feliz com as distinções que o meu livro tem merecido. Mas no meio duma coisa destas isso é irrelevante, não tem mesmo importância. Quais os nomes mais consagrados da BD nacional e internacional que estarão representados nesta X edição do festival?

O nosso festival abarca todas as tendências e estilos. O universo da BD, tal como acontece com o cinema, com a literatura, tem uma serie de nichos. E dentro de cada um deles nós temos cá autores realmente muito importantes. Para conversas, autógrafos, lançamento de livros, etc. Para alguns visitantes o mais importante será o finlandês Tommi Musturi, para outros o mexicano Tony Sandoval, que tem uma verdadeira legião de fãs, para outros ainda, o italiano Fabio Pochet que trabalha para a Walt Disney. A importância depende dos interesses de cada um. Mediaticamente os mais conhecidos serão talvez o Laerte Coutinho, um brasileiro que durante muitos anos publicou em jornais portugueses e é um autor famoso no mundo inteiro, e David Lloyd o autor da célebre máscara “V de Vendetta” que se tornou um símbolo de inúmeros movimentos contestatários. Com epicentro na Casa da Cultura o festival estende-se por toda a cidade transformando-a numa enorme prancha de BD. Com diversos núcleos espalhados pela zona histórica que itinerário aconselharia a quem vem visitar o festival e Beja pela primeira vez?

O ideal será escolher a Casa da Cultura como ponto de encontro. Depois fazer o percurso em direção ao castelo. Ir até ao Museu Regional, dali à Casa das Artes, mudar de rua e visitar o núcleo expositivo da rua dos Infantes, seguir em frente até à praça da República, entrar PUB

no Conservatório Regional do Baixo Alentejo. Rumar ao castelo e visitar a Igreja de Santo Amaro, que fica mesmo ao lado. Todos estes locais têm exposições. Fora do centro histórico, no edifício do politécnico de Beja, existe também uma exposição coletiva de autores de todo o mundo e que fala sobre emigração. Que metas se propõe o festival atingir este ano?

Nas últimas edições do festival tivemos cerca de oito mil visitantes por ano. Se conseguirmos manter estes números já é muito positivo, mas a nossa expetativa e ambição é sempre a do crescimento, que venha cada vez mais gente. É possível isso acontecer. Considera que o festival ainda tem margem para crescer?

Sim, e muita. No trabalho a fazer com as populações, com as escolas da região. E em termos de promoção no País e no estrangeiro ainda há muito caminho a percorrer. É preciso que se promova de maneira mais profissional, mais cuidadosa, mais demorada. Nos grandes festivais da Europa, mal acaba uma edição, o site começa logo a apresentar o festival do ano seguinte. Isso é muito importante. Por isso eu acredito que, daqui a meia dúzia de anos, possamos vir a ter 20 000 visitantes no festival. Este ano esteve presente, como convidado, na 41.ª edição do festival internacional de Angoulême, considerado, com os seus cerca de 300 000 visitantes, o maior festival de Banda Desenhada do mundo. A realidade que por lá encontrou é significativamente diferente daquela que existe nos festivais nacionais?

Muito diferente. Em frança a BD está culturalmente muito enraizada. Faz parte do quotidiano das pessoas. Do hábito de leitura de todas as famílias. Em Portugal não é assim. Há muita gente que nunca leu um livro de BD. Em Angoulême os visitantes vão desde as criancinhas até aos velhinhos. Há público para todas as ofertas e ofertas para todos os gostos. Por isso é que festivais como o de Beja são tão importantes. Porque o mundo da BD é tão incrível, tão rico, que é importante dar a conhecê-lo. O que falta ao festival de Beja para se transformar numa Angoulême?

Um jornalista escreveu um dia que Beja não é Angoulême porque Portugal não é França. Beja nunca será Angoulême. Angoulême só pode existir num país como a França em que o mercado tem milhões de leitores, dezenas e dezenas de editoras,

álbuns e revistas bem como dos vários ateliês e exposições, tem dado os seus frutos?

Hoje é relativamente fácil contactar qualquer autor, em qualquer parte do mundo, e saber que à partida ele irá aceitar o convite para participar. e onde os autores têm o estatuto de estrelas de cinema. É uma realidade muito afastada da nossa. O que representa de facto este festival para a cidade e para a região?

Este festival coloca Beja na vanguarda da arte contemporânea que é a Banda Desenhada. Põe as pessoas a par do que se está a fazer na BD neste momento, no mundo inteiro. Julgo que para nós, bejenses, é importante sentirmos que estamos na vanguarda de alguma coisa. E no caso específico da BD isso acontece. A nível financeiro tem um retorno que nos próprios não conseguimos calcular. No fim de semana as pessoas enchem os hotéis, as pensões, almoçam e jantam cá. O festival é divulgado na televisão e em dezenas de sites de todo o mundo, aparece em revistas espanholas, francesas. A dimensão da divulgação da cidade é tanta e tão grande que nos escapa entre os dedos. O festival é um agente promocional incrível, rompendo em muito as fronteiras do País. Está satisfeito com os apoios que a autarquia tem disponibilizado ao festival nestes últimos anos?

Sim. O festival não tem um orçamento muito elevado. Mas tem uma mais-valia: as equipas da câmara de Beja. Os motoristas, carpinteiros, eletricistas, etc. Em muitos festivais a arquitetura das exposições, a construção de suportes em madeira, a parte elétrica, a impressão de materiais de divulgação, é encomendada ao exterior. Nós, na câmara de Beja, temos todos estes serviços e alguns de muita qualidade. Sem estes serviços que a câmara coloca ao dispor do festival não se conseguia, com o orçamento que temos, organizar um evento desta dimensão. O trabalho que a Bedeteca de Beja tem desenvolvido na divulgação e promoção da banda desenhada, quer através do seu acervo de

Tem. Notamos muito isso, quer pelas visitas de alunos à Bedeteca, quer sobretudo pelas inúmeras vezes que somos solicitados pelas escolas para lá fazer exposições itinerantes. E para lhes falar de Banda Desenhada, de autores. A Bedeteca conseguiu criar uma dinâmica que permitiu que se fale de BD durante o ano inteiro. Neste momento temos uma série de exposições agendadas. E não nos ficamos só pelo Alentejo. Vamos um bocadinho ao país todo. Só existem três Bedetecas em Portugal. Lisboa, Amadora e Beja. A nossa é a mais ativa. Como descreve o movimento da BD em Beja?

Há muita gente interessada. A visitar o festival e a comprar livros. E muitos autores a trabalhar. A seguir a Lisboa e ao Porto, Beja é a cidade do País que mais autores de BD tem. Há muita gente a desenhar. A Susa Monteiro, vencedora do Prémio Stuart de Desenho de Imprensa em 2011, o Carlos Páscoa, que está a desenhar para uma revista em Inglaterra, o João Lam, que está a trabalhar para vários jornais nacionais, o Silvestre Francisco, que colabora com revistas espanholas. São mais de vinte autores a trabalhar em BD e muitos deles envolvidos em projetos internacionais. O próprio ateliê de Banda Desenhada da Bedeteca se encarrega de fazer crescer e lançar novas fornadas de autores dentro da cidade. O que é muito interessante. O nome de Beja, no contexto da BD, é muito falado. Considera que Portugal ainda olha para a Banda Desenhada com preconceito? Como uma arte menor da narrativa, destinada a adultos que não querem crescer, a um público que não gosta de ler livros a sério, a uma elite erudita?

É sempre complicado generalizar. Porque se corre o risco de sermos injustos ou incorretos. Mas acredito que ainda há muita gente a pensar assim. Mas há muitíssima outra a pensar de forma diferente, que não tem já essa ideia. O País mudou muito nestes últimos trinta e tal anos. Houve uma evolução muito positiva. A facilidade de acesso que hoje temos à cultura, à informação, a uma série de manifestações artísticas diferentes, vieram ajudar a Banda Desenhada a aceder ao estatuto de arte. Acredita que o Lucky Luke é realmente mais rápido que a sua própria sombra?

Acredito. E acho que faz falta acreditar. A vida tem muitas coisas boas para oferecer. E a banda desenhada é mais uma delas.


Futebol do Inatel

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O Grupo Desportivo e Recreativo de Luzianes Gare bateu o Penedo Gordo por 2/0 e venceu o Troféu de Honra da Agência de Beja do Inatel. As duas equipas seguem para a fase nacional do campeonato marcada para o próximo fim de semana com os seguintes jogos: Luzianes Gare-Graça do Divor (Évora) e Penedo Gordo-Vilarinho (Braga).

Desporto

Disputa Jogo equilibrado com desfecho demasiado penalizador para o Piense

Troféu Autarca de Aljustrel e presidente do clube mineiro entregaram a Supertaça

Taça Capitão Carlos Estebaínha levanta mais um troféu na sua longa e prestigiada carreira

Equipa A festa dos campeões distritais após a conquista da Supertaça

O Mineiro Aljustrelense fechou a época com a conquista da Supertaça

O campeão levantou a Supertaça Uma grande penalidade não convertida pelo capitão do Piense, ou defendida pelo guardião mineiro, quando a equipa do Aljustrelense ganhava por 1-0 foi o momento crucial da Supertaça Distrito de Beja. Texto e fotos Firmino Paixão

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uas semanas depois de ter encerrado o campeonato distrital da 1.ª divisão da AF Beja, que os mineiros venceram com assinalável mérito, a equipa tricolor apresentou-se no Municipal de Castro Verde para ali receber o Piense, vencedor da Taça Distrito de Beja, e ambos discutirem a posse da Supertaça. O Piense condicionado pelas incidências da final da taça e o Mineiro determinado a vencer algo para além do importante título já conquistado, equivaleram-se no desempenho, equilibraram-se no rendimento e oportunidades, pelo que os robustos três a zero com que terminou a partida são demasiado enganadores. O treinador Vítor Rodrigues assumiu mesmo: “A

nossa vitória é inquestionável, mas acho o resultado demasiado volumoso. O Piense, pelo que lutou, pelos condicionalismos que enfrentou ao longo do jogo, não merecia sair daqui tão penalizado”. No lado oposto, João Daniel, foi perentório: “Tivemos um comportamento brilhante, em determinados momentos fomos mesmo superiores ao adversário, a minha opinião é que fomos mesmos os melhores em campo, olhando para o poder das duas equipas e às limitações que nós tínhamos, fomos uma equipa guerreira, que acreditou sempre, pelo menos até aos 2-0, acreditámos sempre que poderíamos fazer algo mais”. O técnico do Mineiro lembrou contudo: “O nosso grande objetivo era o campeonato, tínhamos valor e competência para ganhar também a Taça Distrito, mas a Supertaça não a podíamos deixar fugir, porque estes meus campeões merecem este troféu e eu também estou muito feliz, há pessoas que sofrem com este meu capricho, a minha família, principalmente, a minha mulher, o meu pai, a minha mãe, por isso, este troféu é-lhes dedicado”. Olhando já para o futuro, Vítor Rodrigues anunciou: “Está

tudo acertado com o Aljustrelense para a minha continuidade no clube, já estamos a trabalhar a próxima época”. Já quanto ao reforço do plantel, o técnico assegurou: “Temos que nos apetrechar um pouquinho mais em certas posições, temos alguns contactos, as coisas estão bem encaminhadas, mas ainda é prematuro, a seu tempo a direção fará essa revelação”. Também com a manutenção assegurada à frente do Piense, João Daniel recordou “este jogo ficou condicionado desde a final da Taça, vêm daí as nossas dificuldades, por isso trouxemos só 15 jogadores.” Lembrando as incidências desta final assumiu: “Viemos com os jogadores que tínhamos, assim que o jogo começou lesionou-se o Fábio Xavier, mais tarde também o Telmo Soares, enfim, mais uma série de contrariedades que nos dificultaram uma tarefa que já era muito árdua e ainda mais se tornou”. E a fechar disse: “Tenho que felicitar a minha equipa, porque eles foram fantásticos, e destaco um jogador, o Paulo Pardal, tem 38 ou 39 anos, e tivessem todos os jovens jogadores a entrega e a crença deste atleta e teríamos jogadores fantásticos neste distrito”.

Aljustrelense, 3-Piense,0 Estádio Municipal 25 de Abril, em Castro Verde Árbitro: Pedro Crujo, auxiliado por Filipe Gomes, Pedro Jonas e José Silva (4.ºárbitro). Aljustrelense Miguel Cruz; Rui Pirralho (Nelson Raposo, 75’), Marcos, Nuno Alves e Paulo Serrão; Nuno Martins, Carlos Estebaínha (cap), Tiago Lopes (Rui Pepe, 56’) e Bruno Conduto; Adão (João Franco, 90’+1) e Diamantino. Treinador: Vítor Rodrigues Piense Telmo Soares (David Pica, 45’), Filipe Rogado, Paulo Pardal, Bruno Amaro e Fábio Xavier (Bruno Alcântara, 13’); Malagueta (cap); Flávio Rocha (Covas, 74’), Gonçalo, Domingos, Alex e Rudi. Treinador: João Daniel Rico Disciplina: Amarelos a Rudi (64’), Nelson Raposo (82’), Domingos, 83’), Rui Pepe (87’), Paulo Pardal (88’). Marcadores: Bruno Conduto (19’), Adão (86’) e Rui Pepe (90+2’).


Termina amanhã, em Saboia, a edição 2014 do Saboia Futsal Cup competição que tem sido disputada no polidesportivo da EB 2/3 local, com organização do Saboia Atlético Clube e dirigida aos escalões de Seniores e Sub/15.

“Troféu Serrão Martins” em Mértola

Organizado pelo Clube de Futebol Guadiana, está a decorrer no Pavilhão Municipal de Mértola o XXXII Troféu Serrão Martins em Futsal masculino e feminino.

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O Spor ting Clube Ferreirense conquistou a Taça Distrito de Beja em Futsal, batendo o Ourique Desportos Clube, por 8-3, na final realizada no Pavilhão Desportivo Municipal de Mértola. Texto e foto Firmino Paixão

Equipa O autarca Aníbal Costa associou-se à festa do Futsal do Sporting Ferreirense

Ferreirense e Almodovarense disputam amanhã a Supertaça, em Aljustrel

Ferreirense mereceu a Taça

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ma final com uma primeira parte pautada por algum equilíbrio, que terminou com o Ferreirense em vantagem tangencial no marcador (3-2). No regresso das cabines sobressaiu a eficácia do Ferreirense e o resultado avolumou-se, terminado o jogo com o resultado expressivo de 8-3. Jesus Neca, treinador do Ferreirense assumiu: “Somos uns justos vencedores. Houve aqui bons lances de futebol, fizemos quatro ou cinco golos de lances estudados, três deles de bola parada muito bem executados. É um prémio para os jogadores”. Um prémio para uma equipa

a quem o 4.º lugar no campeonato soube a pouco, concordou: “Temos o sentimento de que podíamos ter feito algo mais no campeonato, fomos a equipa mais realizadora (155 golos) só outras duas equipas ultrapassaram a centena de golos, fomos a única equipa sem derrotas em casa, perdemos três jogos com equipas candidatas, em Moura, nos segundos finais, em Almodôvar onde também estivemos a ganhar e contra o Alcoforado perdemos a 40 segundos do fim. Esses nove pontos dariam para termos sido campeões”, assumiu o técnico. Amanhã o Ferreirense jogará com o Almodovarense, campeão distrital,

para disputa da Supertaça e Jesus Neca diz: “Queremos ganhar esse troféu, porque relativamente ao campeonato ficou aquele sabor amargo de podermos ter sido campeões e confesso que não vi nenhuma equipa melhor a praticar futsal que o Ferreirense”. Quanto ao futuro do Futsal em Ferreira do Alentejo o técnico assegurou: “Já falaram comigo para nos comprometermos com a próxima época, este projeto manter-se-á, como o clube não tem Futebol de 11 sénior, tem apenas formação e temos o pavilhão à nossa disposição, temos todas as condições para dar continuidade ao projeto e criarmos uma boa equipa de futsal”.

Movimento “Ferreira Ativa” tem 10 anos de atividade

Caminhar com passos seguros

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Ferreira Ativa-Movimento Associativo de Ferreira do Alentejo surgiu nos primeiros de dezembro de 2003, criado entre jovens amigos que tinham em comum o gosto pela prática de desportos de aventura. “Têm sido 10 anos gratificantes, mas também muito extenuantes”, confessou José Diogo Branco, presidente da direção do “Ferreira Ativa”, e justificou: “Muito trabalho, muito convívio, muito companheirismo, todos gostamos do que fazemos que é estarmos uns com os outros e proporcionarmos a outras pessoas as mesmas experiências que nós também apreciamos”. Por isso, o dirigente assegurou: “Estamos num bom momento, comemorámos dez anos de existência, celebrámos esta década de atividades com alguns eventos, um Raide de BTT entre Grândola e Ferreira do Alentejo, organizámos a Taça de Portugal em kayak polo, promovemos um batismo de mergulho de mar, e depois vamos ter a Ativa BMX Jam 2014, um evento nacional em BMX no dia 5 de julho”. “O Ferreira Ativa” tem cerca de 100 associados e 70 atletas nas diversas modalidades e o dirigente lembrou: “Privilegiamos o desporto ao ar livre, fazemos tudo o que seja

Kayak Polo Equipa do Movimento Associativo “Ferreira Activa”

relacionado com a natureza, porque gostamos de proporcionar essas experiências a outras pessoas e a nós próprios, temos modalidades tão diversas como o ténis, o BTT, kayak polo, temos também o airsoft que é uma modalidade nova e temos o treino funcional, que é de ginásio mas também pode praticar-se ao ar livre”. Potenciando as maisvalias ambientais do concelho, o movimento organizou também um safari fotográfico que teve bastante sucesso, apreciado pelos fotógrafos e amantes da natureza “é sempre uma caminhada interessante e a fotografias saem sempre excelentes”, contou José Diogo Branco. Na hora de contabilizar os apoios, o

dirigente sublinha a aceitação da comunidade local e diz que “o Município de Ferreira do Alentejo é quem mais contribui para o desenvolvimento da nossa atividade, porque as receitas próprias tem vindo a baixar nos últimos anos e, ultimamente, temos sentido algumas dificuldades mas vamos tentando equilibrar as coisas”. Quanto a projetos ambiciosos, lembrou: “Os nossos sucessos dependem muito da existência de parcerias, não sonhamos muito alto porque as expetativas podem ser goradas, queremos fazer o melhor possível, crescendo de uma forma segura e progressiva”.FP

19 Diário do Alentejo 30 maio 2014

Torneio de Futsal em Saboia


“Ouriços” Futsal Cup

Diário do Alentejo 30 maio 2014

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A I Maratona “Ouriços Futsal Cup” é uma organização do Grupo Desportivo do Alcoforado (Beja), que decorrerá nos dias 7 e 8 de junho, no Pavilhão Municipal João Serra Magalhães, na cidade de Beja, com a participação de 16 equipas. As inscrições terminarão no dia 5 de junho (965424792 José Nobre).

Inter Associações em Vidigueira

O V Torneio de Futebol Inter Associações no escalão de Sub/14 (Iniciados) realiza-se amanhã, no Estádio Municipal de Vidigueira, com a participação das seleções do Algarve, Beja, Évora e Portalegre. As eliminatórias estão marcadas para as 10 horas, a fase final terá início às 16 horas.

O 3.º Congresso do Desporto do IP Beja decorrerá entre os dias 3 e 6

Congresso Ibérico decorre em Beja O 3.º Congresso Ibérico de Atividade Física e Desporto que a Escola Superior de Educação de Beja promove, na próxima semana, reunirá meia centena de especialistas e investigadores na área da formação desportiva. Texto Firmino Paixão

O

ferecer aos alunos do Instituto Politécnico de Beja (IPBeja) e à comunidade em geral uma oportunidade de formação avançada e cientificamente atualizada, divulgar o trabalho realizado e as ofertas formativas do politécnico, são os grandes objetivos deste congresso que, possibilitando o contacto com especialistas de referência internacional da área desportiva, promove o desenvolvimento de competências profissionais, refere a organização. A docente Vânia Loureiro, responsável pela promoção do certame, lembrou que “as duas primeiras edições tiveram uma aceitação extraordinária por parte dos alunos e dos profissionais das Ciências do Desporto, justificável pela grande necessidade de atualização/formação que a área exige”. E historiou “a 1.ª edição ocorreu em 2011 e teve a presença de docentes das Universidades Adnan Menderes (Turquia), Universidade de Huelva e de profissionais com curriculum internacional na área do fitness e a 2.ª edição, PUB

em 2012, teve uma participação ibérica mais alargada, com investigadores das Universidades de Sevilha e de Córdoba”. Segundo a responsável, “o congresso foi estruturado para os alunos da licenciatura em Desporto do IPBeja, ex-alunos, estudantes de outras instituições e técnicos de entidades parceiras, mas também se destina a todos os agentes desportivos interessados pela temática, uma vez que uma das nossas obrigações institucionais também passa por disponibilizar o acesso ao conhecimento atualizado, relevante e que siga as tendências de mercado”. A organização revela ainda que serão organizados “pores do sol” desportivos, momentos que consistem em aulas de grupo, destinados à comunidade (gratuitos), ocorrem após as 18 horas, na Escola Superior de Educação de Beja e são dinamizados por ex-alunos do curso de Desporto e por ginásios parceiros da cidade de Beja. Relativamente à composição dos painéis, Vânia Loureiro sublinhou que “o IPBeja tem ótimas relações institucionais e prof issionais com diversas universidades espanholas” e referiu: “As expetativas são positivas, acreditamos que a abrangência do programa se ajusta às necessidades do público a que se dirige, por isso, contamos com a presença da comunidade para uma excelente semana de formação”, concluiu.

Programa Painel 1 (3/06 – 15 horas) – Iniciação Desportiva “Nuevas perspetivas en la enseñanza del deporte durante la etapa de iniciación”. “Andebol 4 Kids”. “La igualdad entre el Alumnado de Secundaria Durante las Clases de Educación Física”. “Plantilla de Formación da Fundación Real Madrid” . “La Promoción de Valores através de la Práctica de Baloncesto” Painel 2 – (4/06 – 14 e 30 horas) – Desporto para Pessoas com Deficiência “Intervención en el médio acuático para personas com Transtorno del espectro Autista”. “El piragüismo como medio de integración de personas com discapacidad” Painel 3 (5/06 – 10 e 30 horas) – Promoção de Estilo de Vida Ativo “Promoción de un estilo de vida saludable en programas extraescolares: programa Escuelas Desportivas en Andaluzia”. “Caracterização da aptidão física e análise da sua associação com indicadores de risco para a saúde em adultos”. “Personalidad, nível de actividad física habitual y actitudes hacia la obesidad y la actividad física en estudiantes de la Universidad de Huelva”. Literacia em saúde no Baixo Alentejo: as potencialidades da saúde escolar”. “Os comportamentos sedentários e a qualidade de vida relacionada com a saúde de crianças e adolescentes participantes no programa PESSOA”. Painel 4 (5/06 – 11 e 45 horas) – Atividade Física: Novos Desafios e Oportunidades “O lado negro da motivação e seus antecedentes: Quando a pressão sobre os profissionais cria pressão sobre os seus clientes”. “Asociación entre actividad física y otros hábitos de vida en adolescentes”. “ Satisfação ou frustração dos profissionais de fitness: a pressão no trabalho”. “La calidad de las empresas de turismo ativo en Andaluzia. Estúdio piloto en la província de Huelva” Painel 5 (5/06 – 14 horas) – Desporto e Saúde “Observatório da Mídia Esportiva”. “O acesso ao desporto e à atividade física pelas pessoas com deficiência”. “O processo de seleção no futebol feminino: a perspetiva de uma líder”. “Promoção da Saúde através do Desporto no concelho de V.R.S.António”. Painel 6 (6/06 – 10 horas) – Treino Desportivo “O efeito diferenciado do status do jogo nas sequências de passe das Equipas de Futebol de alto nível”. “Estúdio de la estructura formal de la defensa en voleibol: creación de una herramienta ad hoc para el análisis del juego”. “Organização e Gestão do processo de Treino e Competição. A teoria que suporta a prática” “Utilização das tecnologias no controlo do treino: Club Santos Laguna, México”.


(12.ª Jornada): Almada-Zona Azul, 34-28; Loures-Lagoa, 34-19; B.ºJaneiro-Olhanense, 24-19; Sassoeiros-Oriental, 20-30. Classificação: 1.ºs Almada e Loures, 33 pontos. 3.º Zona Azul, 30. Próxima jornada (31/5): Loures-Almada; Olhanenses-Zona Azul; Lagoa-Sassoeiros; Oriental-B.º janeiro.

XXVIII Escalada do Mendro

A vigésima oitava edição da Escalada do Mendro, corrida pedestre em montanha com 11 km, realiza-se no próximo dia 8, com organização do Município de Vidigueira em parceria com a Associação de Atletismo de Beja, Clube Natureza de Alvito, Federação Portuguesa de Montanhismo e Terras de Aventura.

BTT

Troféu Jorge Nunes em Grândola Disputa-se na tarde de amanhã, na vila de Grândola, a partir das 14 horas, a terceira edição do Prémio Jorge Nunes em Ciclismo, uma prova em linha aberta a populares e federados nos escalões de Sub/23, Elites, e Master’s, com organização da Associação de Ciclismo de Setúbal. A prova disputa-se no sistema de circuito na Avenida Jorge Nunes, com meta junto ao Tribunal local.

José Saúde

A universalidade desportiva, interligada a uma evidente realidade que demonstra o querer do homem na sua estrutura física, é uma indubitável matéria que tem transformado o fenómeno desportivo em aspetos outrora inimagináveis. Olho para imagens, em papel, que muito admiro e viajo virtualmente no tempo, e no espaço, revendo as célebres pedaleiras que em 1904, em Cuba, elevaram a vila alentejana aos píncaros de uma modalidade que dava os primeiros passos no mundo desportivo: o ciclismo. Homens, detentores de máquinas consideradas então geniais, brotavam um inesgotável gosto pela arte de pedalar, fazendo de Cuba um dos ícones do ciclismo regional. Era o tempo em que a inauguração de uma pista, em terra batida, agitava as hostes. Com o evoluir da temática desportiva, a modalidade ganhou uma outra dimensão, sendo que os conteúdos propostos aos atletas dispararam para patamares dantes impensáveis. Obtenho como ponto de referência a bicicleta e, logicamente, as suas múltiplas funções. Neste contexto, centralizo a minha obsessão na vertente BTT. Sei da evolução desta disciplina. Recordo os tempos em que os participantes se juntavam em pequenos grupos e desafiam os imprevistos do percurso. O tempo, porém, encarregar-se-ia de nos encaminhar para veracidades atuais literalmente antagónicas. Presentemente o BTT conquistou uma grandeza que não só resvalou para a componente material, com a bicicleta sempre em evolução, bem como para a quantidade de atletas que cresce desalmadamente com o evoluir das épocas. Os passeios não são, agora, simples momentos de convívio, mas também ordenam uma amostragem de pormenores técnicos que o homem e a máquina orgulhosamente apresentam. Desafiar o perigo imposto pelo estreito atalho, ou ultrapassar cursos de água, entre outras adversidades que por norma o caminho impõe pó, vento, chuva e frio, por exemplo, - leva o atleta ao êxtase e o BTT a uma escala de valores deveras gigantesca.

Os Regionais de benjamins, infantis e iniciados disputaram-se em Beja

Uma escola de talentos A Associação de Patinagem do Alentejo organizou no Pavilhão João Magalhães, na cidade de Beja, o Torneio Regional de Benjamins e os Campeonatos Regionais de Patinagem Artística em Infantis e Iniciados. Texto e foto Firmino Paixão

O

Torneio Regional de Benjamins em Figuras Obrigatórias e Patinagem Livre e os Campeonatos Regionais de Infantis e Iniciados, nas vertentes de Patinagem Livres e Pares Artísticos, mobilizaram cerca de meia centena de patinadores em representação de nove clubes filiados na Associação de Patinagem do Alentejo, oriundos do Alentejo e Algarve, região que o organismo alentejano já tutela por falta de enquadramento local. Estiveram assim em competição,

Legenda Futuros talentos da Patinagem Artística competiram no Pavilhão de Beja

ao longo de dois dias, patinadores do Clube Desportivo de Almodôvar, Grupo Desportivo Diana de Évora, Futebol Clube

Castrense, Patinagem Clube de Tavira, Clube de Patinagem artística de Cuba, Sport Clube Serpa Patinagem Artística, Roller Lagos-Clube de Patinagem, Grupo Desportivo e Recreativo dos Canaviais/ / Évora e Clube de Patinagem de Beja. Um certame que surge pouco tempo depois da jovem, mas consagrada, patinadora Inês Aragão, do Sport Clube de Serpa, se ter sagrado Campeã Nacional de Juvenis Femininos, na variante de Figuras Obrigatórias, durante os Campeonatos Nacionais de Patinagem Artística realizados em Telheiro (Leiria). Será, de resto, na cidade de Serpa que no próximo domingo se realizará o Campeonato Regional de Solo Dance para infantis, iniciados, cadetes, juvenis e seniores, com 21 patinadores do Sport Clube Mineiro Aljustrelense (2), Clube de Patinagem de Beja (9), Sport Clube Serpa Patinagem Artística (4) e Clube de Patinagem da Vidigueira (6).

A seleção nacional de Tiro às Hélices sagrou-se vice campeã da Europa

Prata e bronze para Luís Monteiro

Europeu Luís Monteiro com responsáveis da Federação Portuguesa de Tiro

P

ortugal conquistou a medalha de prata no Campeonato da Europa de Tiro às Hélices, disputado em Madrid, e o atirador bejense Luís Monteiro (CTC Elvas) ganhou, individualmente, a medalha de bronze. Quinze dias depois da medalha de ouro conquistada no Campeonato de África de Tiro às Hélices, disputado no Cairo (Egito), o atirador bejense Luís Monteiro, voltou a integrar a seleção nacional que se sagrou vice campeã da Europa desta modalidade,

atrás da Espanha que venceu o campeonato. No plano individual o atirador Filipe Fernandes (Pevidém) conquistou a medalha de ouro e o título Europeu e Luís Monteiro, campeão mundial em 2000 e vencedor da Taça do Mundo em 2006 e 2009, subiu ao pódio para receber a medalha de bronze. Os responsáveis da Federação Portuguesa de Tiro com Armas de Caça juntaram-se ao atirador na cidade de Beja, na véspera da viagem para Madrid, oportunidade para ouvirmos do

vice presidente Ricardo André Vale a afirmação de que “o Luís Monteiro é dos melhores atiradores de sempre nesta modalidade no nosso País, não tem lugar cativo, tem-no pelo mérito e continuará a tê-lo por muitos anos, porque julgamos que ele estará sempre no topo dos nossos campeonatos, logo terá sempre lugar na seleção nacional. Contamos sempre com a experiência do Luís, um campeão do mundo, um atirador que participou em várias seleções campeãs da Europa e do Mundo, contamos com a sua experiência também para ajudar os colegas mais recentes a integrarem-se e, no fundo, sendo também o atirador que maior garantia nos dá em competição, apoiando os outros colegas na obtenção de bons resultados”. Já regressado do país vizinho, Monteiro fez um balanço positivo da sua presença no Europeu onde ficou a uma hélice da possível discussão do título “uma hélice que eu parti em pedaços, mas como não saltou o testemunho (coroa central) não foi considerada, faltou-me essa pontinha de sorte”, comentou o atirador que este fim de semana vai já tentar vencer a Taça de Portugal (em Pevidém) nesta variante, um dos títulos que lhe falta no currículo a par do cetro europeu individual.FP

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21 Diário do Alentejo 30 maio 2014

Andebol 3.ª Divisão


saúde

22 Diário do Alentejo 30 maio 2014

Análises Clínicas

Medicina dentária

Psicologia

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Centro de Fisioterapia S. João Batista Laboratório de Análises Clínicas de Beja, Lda.

Fisiatria Dr. Carlos Machado Drª Ana Teresa Gaspar Psicologia Educacional Drª Elsa Silvestre Psicologia Clínica Drª M. Carmo Gonçalves

Dr. Fernando H. Fernandes Dr. Armindo Miguel R. Gonçalves Horários das 8 às 18 horas; Acordo com beneficiários da Previdência/ARS; ADSE; SAMS; CGD; MIN. JUSTIÇA; GNR; ADM; PSP; Multicare; Advance Care; Médis FAZEM-SE DOMICÍLIOS Rua de Mértola, 86, 1º Rua Sousa Porto, 35-B Telefs. 284324157/ 284325175 Fax 284326470 7800 BEJA

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(Diplomada pela Escola Superior de Medicina Dentária de Lisboa)

RUI MIGUEL CONDUTO Cardiologista - Assistente de Cardiologia do Hospital SAMS CONSULTAS 5ªs feiras CARDIOLUXOR Clínica Cardiológica Av. República, 101, 2ºA-C-D Edifício Luxor, 1050-190 Lisboa Tel. 217993338 www.cardioluxor.com Sábados R. Heróis de Dadrá, nº 5 Telef. 284/327175 – BEJA MARCAÇÕES das 17 às 19.30 horas pelo tel. 284322973 ou tm. 914874486

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Ginecologia Obstetrícia CLINIPAX Avenida Zeca Afonso, 6 1B BEJA Tel. 284322503 Tms. 917716528/916203481 Estomatologia

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Médico oftalmologista

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Especialista pela Ordem dos Médicos

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Chefe de Serviço de Oftalmologia do Hospital de Beja

dos Médicos

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Rua Capitão João Francisco de Sousa, n.º 20 7800-451 BEJA Tel. 284324690

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Otorrinolaringologista Ouvidos,Nariz, Garganta

Exames da audição

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ULSBA (SNS) ADSE, ACS-PT, SAD-GNR, CGD, MEDIS, SSMJ, SAD-PSP, SAMS, SAMS QUADROS, ADMS, MULTICARE, ADVANCE CARE Marcações: Tel. 284318490 Tms. 960284030 ou 915529387 Horário: de 2ª a 6ª feira, das 8 às 19 horas e aos sábados, das 8 às 13 horas Av. Fialho de Almeida, nº 2 7800 BEJA

Dr. Sidónio de Souza – Pneumologia/Alergologia/ Desabituação tabágica – H. Pulido Valente Dr. Fernando Pimentel – Reumatologia – Medicina Desportiva – Instituto Português de Reumatologia de Lisboa Dr.ª Verónica Túbal – Nutricionismo – H. de Beja Dr.ª Sandra Martins – Terapia da Fala – H. de Beja Dr. Francisco Barrocas – Psicologia Clínica/Terapia Familiar – Centro Hospitalar do Baixo Alentejo. Dr. Rogério Guerreiro – Medicina preventiva – Tratamento inovador para deixar de fumar Dr. Gaspar Cano – Clínica Geral/ Medicina Familiar Dr.ª Nídia Amorim – Psicomotricidade/Educação Especial e Reabilitação Dr. Sérgio Barroso – Especialista em Oncologia – H. de Beja Drª Margarida Loureiro – Endocrinologia/Diabetes/ Obesidade – Instituto Português de Oncologia de Lisboa Dr. Francisco Fino Correia – Urologia – Rins e Vias Urinárias – H. Beja Dr. Daniel Barrocas – Psiquiatria – Hospital de Évora Dr.ª Lucília Bravo – Psiquiatria H.Beja , Centro Hospi-talar de Lisboa (H.Júlio de Matos). Dr. Carlos Monteverde – Medicina Interna, doenças de estômago, fígado, rins, endoscopia digestiva. Dr.ª Ana Cristina Duarte – Pneumologia/Alergologia Respiratória/Apneia do Sono Dr.ª Isabel Santos – Psiquiatria de Infância e Adolescência/ Terapeuta familiar – Centro Hospitalar do Baixo Alentejo Dr.ª Paula Rodrigues – Psicologia Clínica – Hospital de Beja Dr.ª Luísa Guerreiro – Ginecologia/Obstetrícia Dr. Luís Mestre – Senologia (doenças da mama) – Hospital da Cuf – Infante Santo Dr. Jorge Araújo – Ecografias Obstétricas Dr.ª Ana Montalvão – Hematologia Clínica /Doenças do Sangue – Hospital de Beja Dr.ª Ana Cristina Charraz – Psicologia Clínica – Hospital de Beja Dr. Diogo Matos – Dermatologia – Hospital Garcia da Orta. Dr.ª Madalena Espinho – Psicologia da Educação/ Orientação Vocacional Dr.ª Ana Margarida Soares – Terapia da Fala Dr.º Ricardo Lopes – Consulta de Gastrenterologia e Proctologia - Endoscopia e Colonoscopia Dr.ª Joana Leal – MedicinaTradicional Chinesa/Acupunctura e Tuina. Enfermeira Maria José Espanhol – Enfermeira especialista em saúde materna/Cuidados de enfermagem na clínica e ao domicílio/Preparação pré e pós parto/amamentação e cuidados ao recém-nascido/Imagem corporal da mãe – H. de Beja Marcações diárias pelos tels. 284 322 503 Tm. 91 7716528 | Tm. 916203481 Rua Zeca Afonso, nº 6, 1º B, 7800-522 Beja Clinipaxmail@gmail.com www.clinipax.pt

23 Diário do Alentejo 30 maio 2014

Clínica Médico-Dentária de S. FRANCISCO, LDA. Gerência de Fernanda Faustino Acordos: SAMS, ADMG, PSP, A.D.M.E., Portugal Telecom e Advancecare Rua General Morais Sarmento, nº 18, r/chão; TEL. 284327260 7800-064 BEJA


necrologia

24 Diário do Alentejo 30 maio 2014

ASSINATURA Praceta Rainha D. Leonor, Nº 1 – Apartado 70 - 7801-953 BEJA • Tel 284 310 164 • E-mail publicidade@diariodoalentejo.pt Redacção: Tel 284 310 165 • E-mail jornal@diariodoalentejo.pt Desejo assinar o Diário do Alentejo, com início em _______________, na modalidade que abaixo assinalo: Assinatura Anual (52 edições):

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Assinatura Semestral (26 edições):

País: 19,08 €

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Envio Cheque/Vale Nº___________________ do Banco _____________________________________ Efectuei Transferência Bancária para o NIB 0010 00001832 8230002 78 no dia ___________________ Nome _______________________________________________________________________________ Morada ______________________________________________________________________________ Localidade ___________________________________________________________________________ Código Postal ________________________________________________________________________ Nº Contribuinte ________________________Telefone / Telemóvel ______________________________ Data de Nascimento __________________________________ Profissão _________________________

*A assinatura será renovada automaticamente, salvo vontade expressa em contrário* Cheques ou Vales Postais deverão ser emitidos a:

AMBAAL – Associação de Municípios do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral

Vidigueira AGRADECIMENTO

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António Henrique Venancica Fialho

Joaquina Luísa Caramelo Gonçalves

Nasceu a 30.07.1941 Faleceu a 24.05.2014 Sua família, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, agradece por este meio a todas as pessoas que a acompanharam à sua última morada ou que de outro modo manifestaram o seu pesar.

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institucional diversos Diário do Alentejo n.º 1675 de 30/05/2014 Única Publicação

VENDO MONTE A 3 kms de Beja, 2 hectares, 80 m2 de

TRIBUNAL JUDICIAL DE OURIQUE Secção Única

Faz-se saber que foi distribuída neste tribunal, a ação de Interdição/ Inabilitação em que é requerida Ercília Mada Soares Vitoriano Martins, com residência em Rua de Almodôvar, n.º 68, Castro Verde, 7780-171 CASTRO VERDE, para efeito de ser decretada a sua interdição porque se mostra totalmente incapaz de governar a sua pessoa e seus bens. Passei o presente e outro de igual teor para serem afixados. N/Referência: 804740 Data: 20-05-2014 A Juiz de Direito, Dr(a) Rita Justo A Oficial de Justiça, Manuela Azevedo

Diário do Alentejo n.º 1675 de 30/05/2014 Única Publicação

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Diário do Alentejo n.º 1675 de 30/05/2014 Única Publicação

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Exmo. (a). Colega, Nos termos dos artigos 27º e 28º do Estatuto da Ordem dos Médicos (O.M.), convoco a Assembleia Distrital do Distrito Médico de Beja da O.M., para reunião extraordinária no dia 11 de Junho de 2014 (quarta-feira) pelas 20.30, na sede do Distrito Médico de Beja, sita em Beja - Rua Manuel António Brito, nº 2-1ºesq, com um único ponto na Ordem de Trabalhos: Avaliação das implicações e tomada de posição sobre a Portaria 82/2014 publicada no Diário da República, 1ª série em 10 de Abril de 2014 Não havendo á hora marcada o número legal de membros presentes, fica feita desde já a segunda convocatória para as 21.30 do mesmo dia (artigo 29º do Estatuto da O. M.) Agradecendo desde já a V. presença, aproveito a oportunidade para lhes enviar os melhores cumprimentos. Beja, 22 de Maio de 2014 A Presidente da Mesa da Assembleia Distrital do Distrito Médico de Beja

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Diário do Alentejo 30 maio 2014

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O melhor azeite do Mundo é de Ferreira do Alentejo

A marca Oliveira da Serra viu reconhecida a sua qualidade e experiência com a atribuição da mais alta distinção, a medalha de ouro, ao azeite Lagar do Marmelo, no concurso Mário Solinas, um importante concurso internacional e o mais reconhecido em termos de qualidade dos azeites virgem extra, organizado pelo Conselho Oleícola Internacional no qual participaram 138 azeites de diferentes origens, como Portugal,

Empresas

Espanha, Grécia, Itália, entre outros. O azeite Oliveira da Serra foi assim considerado o melhor azeite do mundo na categoria frutado verde ligeiro com um sabor que conjuga diferentes variedades. De salientar que este azeite nasceu no olival da Sociedade Agrícola Vale D´Ouro e que tem uma elevada intensidade de aromas verdes e uma complexidade de sensações na boca inigualável.

Grupo Delta Cafés e Refriango estabelecem parceria estratégica O grupo Delta Cafés, líder do setor do Café em Portugal, e a Refriango, empresa de produção, comercialização e distribuição de bebidas, uma das maiores referências do continente africano, acabam de estabelecer uma parceria estratégica que torna a empresa portuguesa no distribuidor oficial de produtos da Refriango em Portugal. A distribuição da marca Blue iniciará em junho, cuja fase inicial contará com quatro sabores distintos: laranja, ananás, maracujá e guaraná. O que para a Delta Cafés representa dar continuidade ao trabalho que tem vindo a desenvolver no âmbito de parcerias.

Moura recebe roadshow “Avon it´s all about you” Utililiz Ut izaad do eem m crru u, co om mo o teem mp peero ro, em m co ozzin i h haad do os, s, cco omo mo ingr in ngr gred edie die ien nttte, e, e, queen qu ntee em nte frit fr i tu urras ou ou a frio, o azzeiite te maarrccaa p essen pr ença ça em ça em tto od daa a ccoz oziin oz nha, nha haa, não cco não nã onh heceen nd do o limiite tess nos nos d do oce s ou u saallg lgado dos. s.

Hotel Villa Aljustrel abriu restaurante Fio d´Azeite no passado dia 23

Uma homenagem à cultura gastronómica Localizado nas instalações do Hotel Villa Aljustrel, na Vila Mineira, o restaurante Fio d´Azeite é, sem dúvida, uma homenagem à cultura gastronómica alentejana. Abriu as suas portas recentemente em soft opening e já conquistou vários corações na vila. Publirreportagem Sandra Sanches

U

ma das prioridades é proporcionar aos clientes uma verdadeira experiência alentejana. Embora a inauguração oficial só esteja prevista para junho, o restaurante já se encontra a funcionar, não só para os clientes que pernoitem no hotel, mas também para o público em geral. Com uma decoração fortemente basada no azeite, este novo espaço homenageia, sem dúvida, o azeite português. No restaurante o azeite encontra-se na maior parte dos pratos que a ementa sugere. Num ambiente acolhedor e funcional, o restaurante dispõe ainda de uma PUB

esplanada de apoio, onde os clientes poderão desfrutar de um jantar servido num ambiente calmo e fresco. Uma decoração “minimalista”, segundo refere Diana Fialho, diretora-geral do hotel. O estilo é moderno e apresenta “tons claros e apontamentos da cor do azeite”. A complementar com luz natural e conforto, a sala é ampla e possui capacidade máxima para 70 pessoas. À semelhança do hotel, cuja decoração remete para as minas de Aljustrel, o restaurante também é temático e Diana Fialho refere que a decoração foi “inspirada não só na ligação que o Alentejo tem com os olivais e com o azeite, mas também pelo facto de o azeite ser um produto de referência muito utilizado na confeção dos pratos regionais”. Já a carta fica nas mãos dos chefes Louis Anjos e David Marques, que prometem uma viagem degustativa pelos típicos sabores alentejanos, desde a entrada até à sobremesa, onde o elemento azeite está muito presente, não

deixando, porém, esquecida a simplicidade que carateriza os típicos pratos alentejanos, acompanhados pela qualidade dos produtos regionais. Criações com sabores diferentes parecem estar cada vez mais na moda e no Fio d´Azeite não é exceção. O azeite não marca apenas presença na decoração ou nos pratos salgados, mas também nas entradas e até nas sobremesas. Invenções à base deste ingrediente, que fazem crescer água na boca, são a base para o sucesso e sabor dos pratos ali confecionados. De salientar que também os restantes produtos para a confeção dos pratos são, na sua grande maioria, regionais. Apenas a carta dos vinhos sugere, para além dos vinhos da região, vinhos do Douro. E desengane-se quem pensa que os preços praticados podem ser mais elevados. Diana Fialho não deixa de referir que houve um especial cuidado em criar uma ementa com “valores acessíveis” e que acompanham os preços praticados pelos restaurantes locais.

A Avon Portugal, empresa líder mundial em beleza de venda direta, realiza até dia 21 o roadshow “Avon it´s all about you” por Portugal e ilhas, marcando presença em 34 espaços comerciais, com o objetivo de recrutar novos revendedores. Hoje e amanhã, o roadshow AVON estará no Pingo Doce de Moura, com a finalidade de oferecer a oportunidade de um negócio próprio e dinheiro extra para o dia a dia aos interessados em se tornarem revendedores AVON. Paralelamente haverá um passatempo de fotografia a decorrer no Facebook da marca, em que o participante da foto mais divertida tirada no roadshow ganha um kit de maquilhagem.

Challenge International du Vin distingue qualidade da Ervideira O Conde D´Ervideira 2011, uma das marcas de vinho da Ervideira, produtora vitivinícola do Alentejo, conquistou mais uma medalha de ouro no Challenge International du VIN, um dos concursos de vinho mais prestigiados a nível internacional. Uma prova que recebeu durante dois dias mais de 5 000 vinhos de 38 países provados por 800 profissionais e consumidores amadores. É também a maior competição do sector organizado em França, estando certificada pala ISO 9001.

Esporão chega à Ribeira Abriu no passado dia 18, no mercado da Ribeira, em Lisboa, a primeira loja Esporão. Num contexto mítico e sensorial da cidade, agora revitalizado, são revelados vinhos que inspiram os enólogos e contam um pouco de história do produtor. Despertar a curiosidade, promover a conversa e a partilha de momentos enquanto provam vinhos que remetem para a essência de Portugal, é o desafio lançado pelo Esporão a quem entra no mercado. O novo espaço vai procurar surpreender os visitantes, dando a provar vinhos especiais que não se encontram habitualmente acessíveis aos consumidores. O registo será de pura hospitalidade e promoção de experiências únicas também através do on line, nomeadamente com recurso à nova plataforma do Esporão no Instagram.

Vinhos do Alentejo reconhecidos internacionalmente Os vinhos do Alentejo arrecadaram um total de 64 medalhas no Concurso Mundial de Bruxelas realizado no início deste mês. Na sua 20.ª edição, o concurso mundial de vinhos de Bruxelas recebeu mais oito mil vinhos que foram avaliados por um painel de 300 jurados de todo o mundo, incluindo jornalistas, compradores e enólogos. De um total de 16 medalhas de ouro atribuídas a vinhos portugueses, o Alentejo recebeu sete, sendo que nenhuma outra região recebeu mais do que duas medalhas nesta categoria. Os vinhos do Alentejo foram ainda premiados com 22 medalhas de ouro e 35 medalhas de prata.


Atividades desportivas, jogos aquáticos, praia, passeios pedestres e ateliês artísticos são as propostas da Câmara de Sines para as “Férias Ativas de verão”, nas quais se podem inscrever crianças e jovens do concelho entre os seis e os 14 anos. O programa vai decorrer entre 23 de junho e 4 de julho, podendo os interessados inscrever-se até dia 30 deste mês, informou o município. Os jovens mais velhos, até aos 19 anos, também podem participar nesta iniciativa, mas como voluntários para acompanharem os grupos que vierem a ser formados.

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“Férias Ativas de verão” em Sines

Passo a passo Brincar sem grandes custos e poder exercitar a imaginação são dois factores que gostamos de ter em conta. Temos sentido por parte de muitos pais uma preocupação sobre com o quê é que os filhos brincam, o tempo do interesse que a criança dedica a esse novo brinquedo e soluções práticas para fugir de rotinas e sobretudo dos jogos de computador. Divirtam-se...

Pais Já ouvimos muitas vezes o pregão é fruta ou chocolate? Neste caso são mesmo os dois e não é preciso ser um gelado para desfrutar de duas coisas tão boas.

A páginas tantas... O dia em que os lápis desistiram e disseram: “Basta!” Os lápis de cor também se zangam. O lápis preto está cansado de ser usado apenas para desenhar contornos, o azul já não aguenta pintar mais oceanos, e o amarelo e o laranja já nem sequer falam um com o outro, pois cada um reclama ser a verdadeira cor do sol. E agora? O que vai fazer o Duarte que só queria pintar o seu desenho? É mais um livro de Oliver Jeffers que nos chega pelas mãos da editora Orfeu Negro. A semana passada prometemos mostrar três grandes títulos desta editora, dois já estão revelados...

Desafio Coloca-te na pele do personagem desta história e usa e abusa de uma só cor. Faz um desenho e envia-nos por carta para

“Diário do Alentejo” – Praceta Rainha D. Leonor n.º 1 – 7800-431 Beja ou para o email jornal@diariodoalentejo.pt com o assunto Página Vitória.


Diário do Alentejo 30 maio 2014

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Boa vida Comer Salada de frango com manga e papaia Ingredientes para 4 pessoas: 400 gr. de peito de frango cozido (no dia anterior); 200 gr. de manga; 200 gr. de papaia; 40 gr. de cebola; 20 gr. de miolo de amêndoa picada; q.b. de gengibre ralado; q.b. de sal fino; q.b. de coentros; 4 dl. de azeite; 1 dl. de vinagre. Confeção: Numa tijela coloque azeite, vinagre, sal fino e gengibre ralado. Mexa com uma colher e reserve a mistura. Numa outra tigela, coloque o frango cozido cortado aos cubos, manga aos cubos, papaia aos cubos, cebola picada e coentros picados. Envolva tudo e regue com a mistura anteriormente preparada. No momento de servir, coloque a amêndoa picada e sirva bem fresca. Bom apetite… NOTA: Se desejar mais molho adicione mais azeite e vinagre. Em vez de frango cozido pode fazer com frango assado ou peru.

Jazz Zevious “Passing Through The Wall”

P

or muito que isso tire o sono aos puristas mais empedernidos, o facto é que desde meados do sexto decénio do século passado – ou até antes, se pensarmos, por exemplo, na “third stream” – está em curso um processo de esbatimento de fronteiras entre o jazz e outros géneros musicais, o qual, naturalmente, tem conhecido, ao longo dos anos, altos e baixos em termos da real valia artística e da coerência das propostas apresentadas. No vasto campo da hibridação estética, se podemos listar com facilidade um sem fim de projetos ousados de diluição criativa entre abordagens de pensar e fazer música, também não será árduo fazer o mesmo com outros que, por razões diversas, jamais frutificaram. Esta tendência tem-se vindo a acentuar com particular incidência nos anos mais recentes, com o surgimento de inúmeros projetos que desafiam catalogações e subvertem limites, tantas vezes estéreis. Uma das formações mais ativamente promotoras da dinamitação (quase no sentido literal, como se lerá adiante) de muros estéticos entre o jazz, o avant-rock e o metal é o “power trio” Zevious. Baseado em Brooklyn, Nova Iorque, o grupo é formado pelo guitarrista Mike Eber, o contrabaixista Johnny DeBlase e o baterista Jeff Eber. Contrariando de certo modo a norma neste tipo de formações, são Mike e Johnny que assumem, separadamente, as funções de composição. Tendo iniciado atividade em 2006 como um trio de

jazz – o disco inicial, autoproduzido, espelha ainda esta orientação – o grupo foi-se afastando progressivamente desta raiz e caminhando no sentido da radicalização sonora, adicionando guitarras em distorção, trocando o contrabaixo pelo baixo elétrico, densificando texturas e poder rítmico, mas mantendo o lado cerebral e complexo das composições. O segundo disco “After the Air Raid” (Cuneiform, 2009) já mostra o grupo a culminar uma nova fase, durante a qual explorou estratégias composicionais que resultaram em temas estruturados e ritmicamente intensos. O grupo adverte e cumpre: com o novo “Passing Through the Wall” o ouvinte atravessa uma parede de som, sendo induzindo nele um estado hipnótico através da repetição de motivos polirrítmicos, melodias não convencionais e constantes mudanças na estrutura das composições. A música dos Zevious amalgama ordem e caos, sobrepondo camadas sónicas, criando texturas claustrofóbicas que alteram os próprios mecanismos de apreensão da informação sugerida. O disco abre com “Attend to Your Configuration”, que dá o mote para o que se irá escutar daí para a frente: guitarra em turbilhão e um baixo pulsante assentes num ritmo inclemente. À matriz noise pós-punk de “Was Solis” segue-se o groove ultradenso de “Pantocyclus” e as linhas serpenteantes de “White Minus Red”. “A Crime of Separate Action” lembra algum rock progressivo do início de setentas (King Crimson, até mesmo Yes) com a sua divisão em secções de diferente atmosfera. “Entanglement” é fortemente consumidora de oxigénio, tornando o ar irrespirável. “Plying the Cold Trade” fecha o disco em tons sombrios. “Passing Through the Wall” irá certamente agradar aos adeptos da improvisação contaminada pelos sons extremos. Emoções fortes que só a música urgente pode proporcionar. António Branco

António Nobre Chefe executivo de cozinha – Hotéis M’AR De AR, Évora

Zevious – “Passing Through the Wall” Mike Eber (guitarra), Johnny DeBlase (baixo elétrico) e Jeff Eber (bateria). Editora: Cuneiform Records Ano: 2013 PUB

Toiros A nova vaga da crítica taurina Nelson Lampreia

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elson Lampreia nasceu em Beja a 2 de dezembro de 1971, aqui iniciou a sua caminhada de aficionado por influência familiar e de amigos próximos ligados à festa. Tal facto levou a que viesse a integrar o Grupo de Forcados Amadores de Alcochete, tendo sido seus cabos António Manuel Cardoso “Néné” e João Pedro Bolota, isto entre 1993 e 2001. Alguns anos depois começa a colaborar com o site www.toureionosapo.pt, hoje www.toureio.pt, com crónicas de corridas e alguns artigos de opinião. Com Vitor Besugo, para além da amizade e gosto pela fotografia, partilhou ainda durante dois anos um programa semanal de rádio, “Planície Taurina”, que era emitido nas rádios Voz da Planície, Antena Sul, Castrense e Planície de Moura. O que era uma forma de dar apenas largas à afición e uma curiosidade, começou a ficar mais sério e, desde 2007 até ao presente, estendeu a crónica escrita à reportagem fotográfica, em puro autodidatismo e apenas com os conselhos de “companheiros” mais experientes (e profissionais especializados), que partilham essa mesma experiencia, e que se tornaram amigos. Em 2012 dá início ao blog Forcado Amador, com Vítor Besugo, Florindo Piteira, António Santos, Pedro Batalha e Jorge Sampaio, espaço que surge da particular paixão de um grupo de amigos pelo último símbolo vivo da identidade de um Povo o “Forcado Amador”. Tem trabalhos publicados nas revistas “Toiro”, “Ruedo, Ibérico” e “Novo Burladero” e claro, sempre, em Toureio.pt, e participou ainda com fotografias em diversas exposições da temática taurina. Vitor Morais Besugo


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Filatelia Sairam mais dois números da Cábula Filatélica

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Secção Filatélica da Associação Académica de Coimbra (Sfaac) apresentou no dia 24, os últimos dois números (27 e 28) da sua revista Cábula Filatélica, que correspondem aos meses de abril e maio. O número de abril tem dois interessantes artigos sobre marcas postais de Coimbra: uma de Correio Ferroviário, da Condução Coimbra-Serpins e Serpins Coimbra e uma rara e antiga marca “Segura”, que corresponde aos atuais Registos. Além desses artigos, fala-se também de filatelia temática em dois interessantes temas Ilustres edis de Portugal e sobre os Descobrimentos e ainda artigos de opinião. Realce também para um artigo sobre a filatelia na Catalunha e um outro sobre o Estádio Cidade de Coimbra visto através da filatelia, maximafilia e cartofilia. Segundo o comunicado da Sfaac, o número de maio, pretende ser uma homenagem às faculdades da Universidade de Coimbra, como fontes de saber, numa série de números especiais que se iniciou em 2012 (dedicados às secções culturais e secções desportivas da AAC). Neste número mostra-se a história das faculdades ilustradas com selos e outras peças filatélicas relacionadas com as suas áreas de atuação, sendo de realçar os vários selos que ilustram aspetos da Universidade de Coimbra (Torre da Universidade, 700 anos da Universidade, Reforma Pombalina, etc.). Destaque ainda para o selo da emissão comemorativa do centenário do Ministério das Obras Públicas de 1952 ilustrando o edifício da Faculdade de Letras. Este número da revista mostra também o selo da emissão Datas da História. 700 Anos da Universidade em Portugal (1990), o selo UEFA Euro 2004 - Cidades Anfitriãs, 2004 (Coimbra) e o das 7 Maravilhas de Portugal, 2007 (Paço PUB

da Universidade de Coimbra). Para além destes, há outros aspetos que foram também homenageados filatelicamente, como a sua edificação (Faculdade de Letras) ou o seu património (Bíblia de Abravanel), mas também os seus professores, estudantes ou homenageados (Honoris Causa), mas que não tiveram cabimento nesse artigo, mas sim nos relacionados com as várias faculdades. A tarde do dia 24 foi reservada para o convívio e troca de peças filatélicas e também para esclarecimento sobre algumas dúvidas sobre franquias ou percursos de algumas peças, pois neste tipo de encontros há sempre doutores dispostos a ajudar os caloiros candidatos às diversas licenciaturas filatélicas A inscrição como sócio da Sfaac está aberta a todos os interessados, quer sejam estudantes ou não. O contacto poder ser feito através do correio para o Apartado 1094 - EC Santa Cruz 3000 501 Coimbra Portugal; pelo telefone (351) 239 410 404; pelo correio eletrónico: filatelica@academica.pt ou web: http://filatelica.aac.uc.pt/. O seu blogue é o seguinte: http://sfaac-filatelia.blogspot.pt/ As ilustrações mostram-nos a Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (1.º Centenário do Ministério das Obras Públicas - 1952), obliterado com marca de dia

de Coimbra de 28 de maio de 1953 e a Bíblia de Abravanel representada no selo de 1,00€ da emissão Herança Judaica em Portugal (2004). Trata-se do “Manuscrito em pergaminho atribuível à escola de calígrafos de Lisboa, da segunda metade do século XV, raríssimo (conhecem-se pouco mais de 20 exemplares) porque a maioria destas bíblias, na Península, foram confiscadas e queimadas pela Inquisição. Não tem colophon (isto é, o local onde se inscrevem os dados do local, autor e data) que nos informe da sua data e do nome do seu autor. Este exemplar tem as páginas iniciais inteiramente preenchidas com uma escrita micrográfica, de gosto mudéjar, a tinta castanha e ouro, semelhante a exemplares assinados pelo calígrafo Samuel Isaac de Medina, datados entre 1469 e 1490, e que se conservam na Palatina de Parma, em Cincinnati e em Oxford. Faltando-lhe embora algumas características decorativas típicas da escola lisboeta (tarjas e iluminuras cor malva), tem anotações e pertences que a relacionam com a família Abravanel, de Lisboa e Sevilha. É, por isso, conhecida como a Bíblia de Abravanel”. Fonte: http://filatelica.aac.uc.pt/universidade.php Nota: Os elementos da filatelia da semana passada foram colhidos nas respetivas pagelas. Geada de Sousa


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Concerto “Grândola a tua Vontade” junta artistas

A Vila Morena recebe amanhã, sábado, dia 31, pelas 21 e 30 horas, o concerto “Grândola a tua vontade”, que contará com a participação da Orquestra da Smfog, Coro dos Alunos da EB D. Jorge de Lencastre, Francisco Fanhais, Rui Pato, Ensemble Voct, Luís Pastor, Loures Guerra, Hezbeo MC. A entrada é livre.

Fim de semana Castelo de Mértola apresentado no Museu Nacional de Arqueologia Amanhã, sábado, pelas 16 e 30 horas, será apresentado no Museu Nacional de Arqueologia (Jerónimos), em Lisboa, a publicação O castelo de Mértola – história, espaços e formas, sécs. XII a XXI, editada pela autarquia mertolense, e da autoria de Joaquim Boiça e Fátima de Barros. A edição de O Castelo de Mértola – História, Espaço e Formas séculos XIII – XXI, segundo a autarquia, “vem colmatar um ‘vazio’ existente no estudo e investigação da história de Mértola e o seu objetivo é identificar, contextualizar e aprofundar o conhecimento sobre alguns momentos chave do Castelo de Mértola ao longo do seu percurso histórico”. Esta publicação é parte integrante de um projeto mais alargado de valorização do castelo, onde estão também inseridas a musealização das duas salas da torre de menagem, a edição de um DVD e a criação de um novo espaço para exposições temporárias e serviços educativos.

Encontro de Corais de Castro Verde Realiza-se amanhã, sábado, dia 31, o IV Encontro de Corais de Castro Verde e a organização encontra-se a cargo da Associação Sénior Castrense. O evento acontecerá, pelas 17 e 30 horas, na Basílica Real, e contará com a presença do Coro Polifónico de Castro Verde, do Grupo Coral As Camponesas e Sine Nomine.

Feira do Telego e do Avental A Feira do Talego e Avental, da responsabilidade da União de Freguesias de Ferreira do Alentejo e Canhestros, tem lugar hoje, sexta-feira, dia 30. A iniciativa decorre na praça Comendador Infante Passanha, a partir das 19 horas. De acordo com a organização, “pretende destacar estas duas peças culturais tão ligadas aos costumes e tradições”. Para além da venda destes dois artigos regionais, está previsto ainda um desfile que contará com a participação dos utentes dos polos de animação de idosos da freguesia. Haverá ainda teatro, yoga do riso e animação musical, a cargo de Ventos Alentejanos e Ruben Baião. O evento contará ainda com uma mostra gastronómica, com destaque para uma mega açorda.

“Arte no Ferro” para apreciar em Vidigueira A exposição “Arte no Ferro”, constituída por trabalhos de serralharia artística de Francisco Alentado, vai poder ser apreciada na antiga biblioteca de Vidigueira. Segundo a Câmara de Vidigueira, a exposição ficará patente ao público até ao dia 20.

Cultuneves começa no sábado Começa amanhã, sábado, 31, a XVI Cultuneves – Semana Cultural e Desportiva da Freguesia de Nossa Senhoras das Neves, no concelho de Beja. Pelas 17 horas, haverá uma arruada com o grupo Pias a Bombar e, pelas 18 horas, realiza-se o X Encontro de Grupo Corais da Casa do Povo de Nossa Senhora das Neves. Amanhã, domingo, pelas 8 horas, terá lugar a caminhada da Cultuneves e são várias as atividades agendadas no âmbito das comemorações do Dia Mundial da Criança. Pelas 19 horas, destaque para o sorteio de Torneio de Futebol de 4. As atividades culturais e desportivas vão continuar a decorrer ao longo de toda a semana, com uma programação variada.

Nuno Barroso, Olavo Bilac e Ortigões Legacy

Festival do Caracol anima Cuba

O

primeiro Festival do Caracol vai decorrer entre sexta-feira e domingo na vila de Cuba para dinamizar a restauração e promover a gastronomia alentejana, através da degustação de um petisco típico desta época no Alentejo. Segundo a Câmara de Cuba, a promotora, o festival, que vai decorrer no Largo da Bica, aposta, além do petisco de caracóis, numa “forte componente musical” para animar as noites, com vários concertos, como os de Nuno Barroso, na sexta-feira, Olavo Bilac, no sábado, e dos Ortigões Legacy, no domingo, e sessões de dj’s. Hoje, sexta-feira, pelas 17 e 30 horas, acontece a conferência do Programa Radiografias

“Turismo, Património e Desenvolvimento”, seguindo-se a apresentação pública do novo logótipo do Município de Cuba, onde serão entregues os prémios aos vencedores do concurso criativo. No sábado há ainda espaço para um concerto com os alunos da fábrica da música, pelas 20 e 30 horas, e para mais dois momentos musicais a cargo de Nelson Laranjo (22 horas) e Fagulha (23 horas). No domingo a manhã começa com um passeio BTT, para crianças e pais, e, ao longo do dia, destaque para as atividades inseridas na programação do Dia Mundial da Criança. A noite terá mais música e, pelas 21 e 30 horas, é a vez de Human Roots subir ao palco.


31 Diário do Alentejo 30 maio 2014

O “Diário do Alentejo” está a socorrer-se das suas próprias páginas para recordar os momentos que precederam e que se seguiram ao 25 de Abril de 1974. Sem qualquer intuito científico, histórico ou sociológico, pretendemos apenas dar a conhecer aos nossos leitores a forma como um pequeno diário de província olhava para a região, para o País e para o mundo há precisamente 40 anos. E uma das grandes conclusões que podemos retirar desta revisitação é que por vezes, afinal, a história repete-se.

Diário de uma Revolução (9) Paulo Barriga

Dia de aniversário em tempos de cólera

1

de junho de 1974. A grande notícia do dia falava da constituição de uma comissão para legislar sobre o direito à greve. Um “surto” que, segundo o Partido Comunista Português, estava a paralisar o País e que os comunistas acreditavam estar a ser alimentado por “agitadores” fascistas. Mas se esta era a grande notícia a nível nacional, localmente, o dia era de festa para o “Diário do Alentejo”. Cumpria-se nesta data o 42.º aniversário do jornal. Num clima de grande euforia e agitação social, de muita “confiança” nos novos rumos que Portugal estava a trilhar, mas, ao mesmo tempo, de grande apreensão quanto ao futuro da própria publicação. A história do “Diário do Alentejo”, que no próximo domingo celebra 82 anos, é repetidamente uma história de sobrevivência. A matriz editorial fundadora do jornal, independente e regionalista, aparenta sempre ter sido um “entrave” ao seu desenvolvimento e crescimento. Em todos os instantes da sua existência. As palavras do diretor do “Diário do Alentejo” em 1974 ecoam como se hoje mesmo tivessem sido redigidas. As dificuldades financeiras, e não apenas elas, escrevia Melo Garrido, não poderiam interferir de modo algum do DNA desta publicação: “como sempre o fizemos, tentando ser objetivos, ser justos, com desprezo por processos facciosos que conduzem a julgamentos errados e situações nada construtivas”. Uma postura valente, esta, mas pouco abonatória num clima com grande potencial para o extremismo político e social. Para além das já mencionadas greves, que começavam a despontar como cogumelos, outra das situações que andava a tirar do sério o movimento democrático bejense era a perpetuação do executivo municipal. Ao contrário do que já havia acontecido em quase todos os municípios do Alentejo, a Comissão Administrativa para a Câmara de Beja apenas foi votada em plesbicito a 29 de maio de 1974. Um “ato eleitoral” que apenas foi anunciado na véspera e que, por isso mesmo, suscitou bastantes críticas. Diz a notícia do “DA” que “face às circunstâncias que rodearam a escolha dos elementos, o número de votantes ainda assim atingiu significativa expressão, denotando o interesse com que foi encarada pela população a necessidade urgente de substituir a edilidade nomeada pelo anterior regime”. O tenente-coronel António Candeias, em representação do delegado da Junta de Salvação Nacional, presidiu à única assembleia de voto que funcionou no edifício dos paços do concelho. A contagem dos votos demorou até

às primeiras horas da madrugada, isto apesar de apenas terem dado entrada 1 151 listas válidas. Para a Comissão Administrativa, e por ordem quantitativa dos votos, foram eleitos José

Carlos Colaço (presidente), Jorge Pelica Moita, Joaquim dos Santos Godinho, Francisco Campaniço, João António Camacho Barriga, João da Silva Martins e Quirino Catita, estes

últimos como vogais. Apesar de anunciada de um dia para o outro e sem possibilidade de levar o voto para as freguesias rurais, o que levantou legitimas queixas e contestações populares, a primeira tentativa de eleições em Beja parece ter tido maior adesão do que as Europeias do passado fim de semana. Em 1974, por falar nisso, a Europa era uma miragem ainda tão pouco nítida e longínqua que nem os governantes para ela se atreviam a olhar. É elucidativa, esta pequena notícia publicada na edição de 27 de maio do “DA”: “Vieira de Almeida, ministro português da Coordenação Económica, declarou à televisão espanhola que Portugal não pedirá imediatamente a sua adesão ao Mercado Comum, devido ao seu atraso económico, mas que se esforçará por se aproximar dele cada vez mais e alcançar as condições mínimas necessárias à sua integração”. Diz-nos a história que foram necessários muitos outros ministros, outros tantos governos e duas pinceladas do FMI para nos aproximarmos da CEE. De fato, e por exemplo, apenas a 27 de maio de 1974 é que foi fixado, pela primeira vez em Portugal, o salário mínimo nacional: 3 300 escudos (pouco mais de 15 euros). Diz o “Diário do Alentejo” que se tratou de um diploma aprovado pelo Conselho de Ministros que “estabelece medidas de carácter socioeconómico do mais vasto alcance, tendo especialmente em conta a situação caótica em que o País se encontrava antes do 25 de Abril”. Não estavam abrangidos pela nova lei os trabalhadores rurais e as empregadas domésticas. No próprio dia em que o Conselho de Ministros anunciou os três contos e trezentos de salário mínimo, 27 de maio, decorreu no Grémio da Lavoura de Beja uma reunião de empresários agrícolas onde se debateu a “viabilidade de negociações de um contrato coletivo de trabalho e nomeação de uma comissão distrital para tratar de problemas urgentes, tais como preços e salários”. Da reunião não saíram, no imediato, grandes conclusões, para além de que o trabalho do campo, inclusivamente por decreto governamental, continuava a ser menos cotado do que qualquer outro tipo de “mão-de-obra”. Com exceção, claro, das empregadas domésticas. A degradação da situação social e laboral destes trabalhadores, mesmo depois do 25 de Abril, continuava a ser uma evidência. Condições de vida precárias, muitas vezes no limite, que justificam a notícia de primeira página do “Diário do Alentejo” de 30 de maio de 1974: “Caso de Cólera perto de Beja”. Mas isso são surtos para futuros episódios do “Diário de uma Revolução”.


Nº 1675 (II Série) | 30 maio 2014

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nada mais havendo a acrescentar... SouagoramenosumNãoconseguisteacomodarotamanhodavida dentro de ti. Não conseguiste suportar o tempo a travar-te o corpo e o ânimo. E quanto mais tempo passava, mais saudades tinhas do que foste. Dizias-nos que não compreendias como de repente tudo é outra coisa, como num ápice a existência toda fica sentada num sofá à espera de nada. Dissemos-te que a vida é assim, que temos de ter paciência, que o raio do tempo não se esquece de ninguém. Que tomara nós estarmos assim como tu quando chegarmos à tua idade. Se lá chegarmos. Que olhasses para o que conseguiste fazer da tua vida. Tanta coisa boa. Tanto bem. Demos-te todas as palavras de conforto que

conhecíamos. Outras vezes ficávamos em silêncio quando víamos que as nossas palavras te punham água nos olhos. E quando nos ralávamos com as tuas mágoas e os teus medos, pedia-nos desculpa. Que não nos preocupássemos. Que eram coisas da idade. Que a tua maior felicidade éramos nós. Não quiseste mais tempo. Imagino que já não soubesses o que havias de fazer com ele. Imagino que a incompreensão do tempo fosse a tua maior dor. Vieram pôr-me o teu relógio nas minhas mãos. Olhei para os ponteiros e vi o teu coração ainda a bater. Depois do grito só me lembro do silencioso azul do céu. Partiste. Sou agora menos um. Sou agora muito menos. Vítor Encarnação

quadro de honra Licenciou-se em Comunicação Social. É jornalista. Passou pela CNN, TV Globo, TVE, RTP e atualmente está na TVI. Depois de uma reportagem sobre crianças traficadas no Gana, no lago Volta, “Infância Traficada”, que recebeu o Prémio Amade e que foi nomeada para o Grande Prémio de Jornalismo Ibero-Americano, abraçou um projeto maior, “Filhos do Coração”, avançando com uma campanha internacional contra a escravatura infantil.

“Filhos do Coração” contra escravatura infantil

Uma história de jornalismo que se transformou num projeto de vida

A

Foi em 2007 que deu a conhecer, numa grande reportagem que fez para a TVI, intitulada “Infância PUB

Traficada”, as crianças do lago Volta. Como é que uma reportagem se transforma num projeto de vida, no projeto “Filhos do Coração”?

Naturalmente. Comecei, de facto, por fazer uma reportagem. Só que quando cheguei ao lago Volta vi milhares de crianças pequenas a trabalhar e não conseguia ouvir o ruído da infância, porque todas elas estavam domesticadas e não reagiam como crianças normais. Percebi que aquele “filme”, em que a imagem não correspondia ao som, se tinha tornado num silêncio ensurdecedor e iria fazer parte da minha vida para sempre. Como chegou à história destas crianças do lago Volta?

Cheguei através do jornal “The New York Times”. Foi neste jornal que li a história da escravatura infantil pela primeira vez. Considera agora que é preciso mais do que resgatar estas crianças do lago Volta, porque quando lá se volta já existem mais? Em sua opinião, o

Hoje, sexta-feira, o céu deverá estar limpo. A temperatura oscilará entre os 13 e os 25 graus centígrados. Amanhã, sábado, o sol brilhará e no domingo também não são esperadas nuvens.

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Encontro Mineiro na Mina de São Domingos

Alexandra Borges, natural de Beja

lexandra Borges fez uma reportagem, mas a história que encontrou no Gana acabou por lhe mudar a vida. Depois de conhecer as crianças escravizadas no lago Volta, que atualmente trata como “Filhos do Coração”, o nome do seu projeto maior, abraçou uma campanha internacional contra a escravatura infantil. “Quando cheguei ao lago Volta vi milhares de crianças pequenas a trabalhar e não conseguia ouvir o ruído da infância, porque todas elas estavam domesticadas e não reagiam como crianças normais. Percebi que aquele ‘filme’, em que a imagem não correspondia ao som, se tinha tornado num silêncio ensurdecedor e iria fazer parte da minha vida para sempre”, conta. Hoje, garante, o que se está a fazer no projeto “Filhos do Coração” “vai muito além dos resgates”. O empenho está na “denúncia internacional”.

www.diariodoalentejo.pt

que pode e deve ser feito?

O que estamos a fazer vai muito para além dos resgates. Aliás, neste momento, estamos muito mais empenhados na denúncia internacional. Já estivemos nas Nações Unidas, na Humans Rights Watch, na Unicef. O que estamos a tentar é que haja penalizações sérias para quem trafica e escraviza estas crianças. Que haja mais vigilância no lago e estamos a estudar também como podemos ajudar estas famílias para que não vendam os seus filhos. Esteve recentemente com uma ação do projeto “Filhos do Coração” em Almodôvar. Continua a manter uma relação estreita com a região?

Sempre. Já tinha feito uma outra ação no Liceu de Beja. Em Almodôvar comi o melhor cozido de grão da minha vida e fui muito bem recebida. Ainda gostava de ir fazer uma ação destas na Ovibeja e pode ser que um dia receba um convite. O Alentejo e os alentejanos estão sempre no meu coração. Bruna Soares

A Fundação Serrão Martins, em colaboração com a Câmara Municipal de Mértola e diversos parceiros nacionais e internacionais, volta a organizar o Encontro Mineiro de São Domingos, com o objetivo de valorizar e divulgar os valores patrimoniais da Mina de São Domingos e do seu complexo mineiro. Este encontro, que decorrerá entre os dias 6 e 7 de junho, pretende, através de uma programação cultural diversificada, “dar a conhecer a toda a comunidade os diversos processos e projetos que decorrerem e que dizem respeito à Mina de São Domingos”. O objetivo é ainda promover o envolvimento da população, tendo em vista a sua participação.

Encontro de Culturas com cartaz fechado O Encontro de Culturas, que já vai na 11.ª edição, regressa a Serpa, entre os próximos dias 6 e 10 de junho. Em palco estarão os Clã e Mafalda Arnauth. Mas há mais. Tim, Vitorino, Jorge Palma, João Gil, Celina da Piedade, Paulo Ribeiro e Jorge Serafim também vão subir ao palco principal, instalado na praça da República, com o projeto “Tais Quais” e para apresentar o espetáculo “Venda do Isaías”. Destaque ainda para o espetáculo EnRede. No palco do Castelo realce para o galego Kepa Junkera, para os Galandum Galundaina, para Maíra Baldaia e Claúdia Estrela e para os cubanos Cubason En Clave. O cante alentejano, como não poderia deixar de ser, também vai estar em evidência. No ano de candidatura do cante a Património Cultural Imaterial da Humanidade acresce na programação a projeção do premiado documentário “Alentejo, Alentejo”, da autoria de Sérgio Tréfaut. Animações, tertúlias e exposições também fazem parte da programação.

Festas de Vale de Vargo decorrem até domingo Estão a decorrer, até domingo, dia 1 de junho, as tradicionais festas da Ascensão do Senhor, em Vale de Vargo, concelho de Serpa. A organização encontra-se a cargo da Comissão de Festas.


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