Edição N.º 1669

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SEXTA-FEIRA, 18 ABRIL 2014 | Diretor: Paulo Barriga Ano LXXXII, N.o 1669 (II Série) | Preço: € 0,90

Apesar da nova portaria, Ulsba diz que não existe “qualquer orientação superior” nesse sentido

Novo mapa da saúde abre caminho ao fecho da maternidade de Beja JOSÉ FERROLHO

pág. 7

Há 16 primárias no distrito que para o ano já não abrem

Filhos da Revolução frustrados com o rumo que o País tomou Reportagem nas págs. 16/17

Baixo Alentejo fica sem representantes em Estrasburgo Mapa eleitoral na pág. 9

“Terra Fértil”: Ovibeja celebra o regadio e o agrobusiness pág. 8

Nuno Crato deu tréguas por um ano às escolas do 1.º ciclo do ensino básico com baixa densidade de alunos. Mas para o próximo ano letivo, o ministro já anunciou que os estabelecimentos de ensino com menos de 21 alunos vão mesmo fechar as portas. No distrito de Beja há 16 casos assinalados. Em Peroguarda, Santa Margarida do Sado e Odivelas o protesto já se faz ouvir. págs. 4/5 PUB

Mineiro Aljustrelense é campeão antecipado do Distrital de Beja pág. 18


Diário do Alentejo 18 abril 2014

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Editorial 21

Vice-versa “O Ministério da Educação está, neste momento, a propor o encerramento, para o próximo ano letivo, das escolas do 1.º ciclo de Odivelas, Peroguarda e Santa Margarida do Sado. Uma medida que será veemente contestada pelo município, que mais uma vez vai travar uma batalha desigual”. Aníbal Reis Costa, presidente da Câmara Municipal de Ferreira do Alentejo, página pessoal do Facebook, dia 10 de abril de 2014

Paulo Barriga

H

avia um exercício dinâmico, tipo trocadilho, que se fazia antigamente com os alunos da primária para rir e para aferir um poucochinho da sua agilidade para a matemática. Dizia-se: sete e sete e três dezassete e quatro vinte e um, quantos são? Mesmo os mais lestos no cálculo mental depressa se despistavam em multiplicações mirabolantes seguidas de somas improváveis. Embora o resultado da brincadeira estivesse mesmo ali à vista, no próprio enunciado, escarrapachado. Vinte e um. Precisamente o mesmo número de alunos que hoje são necessários para manter em funcionamento uma escola primária. Vinte e um. Nem mais: sete e sete e três dezassete e quatro vinte e um. Foi durante o governo da tanga de Durão Barroso, com David Justino a fazer de Judas da educação, que o PSD e o CDS reinventaram esta fórmula cómica para ajudar a despovoar o interior do País. Sócrates deu-lhe ainda menos giz e Coelho, com o apagador de Nuno Crato, parece agora querer deixar o quadro definitivamente limpinho. Esta semana, o ministro da Educação e Ciência tornou a relembrar a dosagem mágica para o próximo ano letivo: vinte e um todos fora nada. E cá está “mais um passo na melhoria da escola pública”. Um “passo” que vai fazer encerrar perto de uma vintena de escolas no distrito de Beja e de quase duas centenas em todo o interior de Portugal. Um “passo” em frente na suposta remodelação do ensino primário público. Mas um “passo” atrás, extraordinariamente grande e com pouca volta a dar-lhe, na desertificação das aldeias e das vilas e até de algumas pequenas cidades situadas nos chamados territórios de baixa densidade. Não há maior crueldade social do que afastar compulsivamente as diferentes gerações de uma micro comunidade. Não há corte orçamental ou melhoria pedagógica que tal justifique. Nem nada que a tal obrigue. Porque as crianças são a alma de toda e qualquer sociedade. Subtraí-las às suas terras equivale a retirar a alma a esses locais. Nem por acaso, costuma dizer-se que vinte e um é o peso da alma em gramas. O peso que um corpo perde quando o sangue deixa de ventilar os canais pulmonares. O peso que se retira à morte. É o que estas políticas insensíveis e desumanas estão a fazer ao interior do País: estão a retirar-lhe a alma. O que em gramas dá sete e sete e três dezassete e quatro vinte e um.

“O encerramento de escolas com menos de 21 alunos não é assunto novo, são escolas que estavam, na sua esmagadora maioria, com autorização de funcionamento extraordinária e já estava previsto o seu encerramento há bastante tempo (…) Trata-se de uma situação normal já prevista há muito tempo à semelhança do que está a ser feito nas autarquias”. Nuno Crato, ministro da Educação, “I”, dia 12 de abril de 2014

Fotonotícia Paciência. O Bandeirante está para Beja como o Marquês para lisboa. Um exibe um longo bacamarte. Ao que consta muito utilizado na prática do tiro a jesuítas espanhóis. O outro transporta um soberano leão. Como quem passeia ao domingo um afetado cãozinho com mantinha de lã. O primeiro não é mediático como o outro mas não perde em altivez. E paciência. Não há festividade clubística que não tenha como apogeu de programa a circulação de hordas folclóricas, à escala de cada cidade, em volta destes dois senhores. Pior. Há quem lhes suba pernas acima. Os que não descansam enquanto não se lhes sentarem ao colo, às cavalitas. Não os cobrirem com cachecóis e lençóis pintados de palavras. Num ai, retiram-lhes sem dó a solenidade prestada aos vultos históricos. Pudessem eles libertar-se daquela imobilidade e com certeza que derrubariam uns quantos à chumbada, outos tantos açudando-lhe o bicho. Quanto ao marquês não sei, mas o senhor de cá já está enfaixado. Se calhar pelos mesmos que o embrulharam o ano passado. E que depois, pesarosamente, ficaram em casa, tristes. Lamentando-se da pouca sorte, do fatídico destino que por três vezes seguidinhas lhe pregou a partida e deu a festa a outros. Mas a memória é curta e a ânsia de circular em buzinação é poderosa. Pode ser que desta vez a carroça não passe para a frente dos bois. Se assim for parabéns. Se não, paciência que é coisa que não falta nem a António Raposo Tavares nem a Sebastião José de Carvalho e Melo. José Serrano Foto José Ferrolho

Voz do povo Que significado atribui à Páscoa?

Inquérito de José Serrano

Heroína Salreu 75 anos, ex-contabilista

Cristina Ladeira 34 anos, vendedora

José Miguel Urseira 34 anos, instrutor de condução

João Pinto 32 anos, engenheiro topógrafo

A Páscoa para mim significa sobretudo paz, união. Entre as famílias, na sua reunião. O amor entre as pessoas. Que é algo de que hoje necessitamos tanto. Atribuo-lhe um caráter marcadamente religioso. Passo o domingo com a minha família. Vamos à missa da manhã e a seguir o respetivo almoço. Confraternizando, comemos o cabrito assado e o folar tradicional de Trás-os-Montes.

A Páscoa é uma altura do ano em que, tal como no Natal, reunimos a família. Domingo é dia de união, de convívio familiar. É costume juntarmo-nos todos na casa dos meus avós. Não sendo uma religiosa praticante é esse o significado principal que esta época tem para mim. A reunião da família geograficamente mais próxima e aquela com que estamos menos vezes.

É uma altura do ano em que, aproveitando o feriado, nos juntamos em família. Uns anos em Beja, outros em Lisboa ou no Cercal do Alentejo. Seguimos a tradição. Não comemos carne na sexta-feira santa e fazemos o borrego assado no domingo. Vamos à missa. Toda a minha família é religiosa. Em união familiar celebramos o estarmos juntos e o renascimento de Jesus.

É uma época em que nos podemos reunir familiarmente. Convivemos com a família que está mais distante. Tirando isso não há muito mais. Considero a Páscoa uma festa que, tal como o Natal, está cada vez mais ligada ao consumismo. Não lhe atribuo grande significado religioso mas sim de convívio familiar.


Rede social

Semana passada QUINTA-FEIRA, DIA 10 MOURA GNR IDENTIFICA SUSPEITO DE CRIME DE RECETAÇÃO A GNR identificou um homem, de 51 anos, por suspeita da prática de um crime de recetação, no concelho de Moura, e apreendeu material que tinha sido furtado, como armas e cobre, no âmbito de uma investigação a crimes de furto e recetação de metais não preciosos, explicou a força de segurança em comunicado. Entre o material apreendido, precisou a GNR, constam cinco caçadeiras, duas carabinas, três pistolas de defesa, seis armas brancas, munições, cobre, equipamento elétrico, motosserras, utensílios agrícolas, 60 documentos únicos de veículos automóveis e vários documentos contabilísticos. O homem foi constituído arguido e sujeito à medida de coação de termo de identidade e residência.

MÉRTOLA COLISÃO ENTRE TRÊS VIATURAS PROVOCA QUATRO FERIDOS Quatro pessoas ficaram feridas, uma delas com gravidade, numa colisão que envolveu três viaturas, na zona de Mértola. Segundo o Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Beja, o acidente, cujo alerta foi dado às 9 e 27 horas, ocorreu na Estrada Nacional (EN) 122, junto ao monte do Álamo, no concelho de Mértola. O ferido grave, que teve de ser desencarcerado, foi transportado de helicóptero para as urgências do hospital de Beja, para onde seguiram também, de ambulância, os feridos leves. O acidente envolveu três veículos ligeiros, dois de mercadorias e um de passageiros.

SÁBADO, DIA 12 SINES QUEDA DE PARAPENTE FAZ UM MORTO Um homem, com cerca de 40 anos, morreu após o parapente em que voava ter caído no mar, ao largo da costa norte de Sines. O homem estava a voar na zona e o alerta para a queda do parapente no mar foi dado às 16 e 45 horas, informou o comandante da Polícia Marítima e capitão do Porto de Sines, José António Velho Gouveia. Segundo o capitão, o homem já estava morto quando as autoridades o recolheram e o cadáver foi transportado para o Gabinete Médico-legal do Alentejo Litoral, situado no Hospital do Litoral Alentejano, em Santiago do Cacém. As operações de socorro envolveram elementos e meios do Comando da Polícia Marítima, da Capitania do Porto e dos Bombeiros Voluntários de Sines.

SEGUNDA-FEIRA, DIA 14 BEJA GNR APREENDE METAIS NÃO PRECIOSOS A GNR apreendeu uma “grande quantidade” de metais não preciosos, que terá sido furtada, e identificou dois homens que a transportava num automóvel ligeiro de mercadorias, perto de Beja. Em comunicado, a GNR explica que os homens seguiam no automóvel quando foram mandados parar no IP2, no acesso a Beja, no âmbito de uma ação de patrulhamento direcionada para a prevenção de ilícitos criminais. No automóvel, indica, os homens transportavam “cobre, várias peças metálicas, cinco caixas de metal de quadros elétricos, botijas de gás e diversas ferramentas metálicas de corte e aperto”. Os dois homens, de 18 e 41 anos, foram identificados, constituídos arguidos e sujeitos à medida de coação de termo de identidade e residência.

TERÇA-FEIRA, DIA 15 MOURA UM MORTO E DOIS FERIDOS GRAVES EM DESPISTE DE AUTOMÓVEL Um homem morreu e a mulher e filha ficaram feridas com gravidade no despiste de um automóvel ocorrido de madrugada entre Moura e o paredão da barragem do Alqueva. O homem, de 55 anos, era o condutor da viatura, indicou uma fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Beja. A mulher, de 54 anos, e a filha, de 30, sofreram ferimentos graves e foram transportadas para as urgências do hospital de Beja, acrescentou a mesma fonte. O acidente, cujo alerta foi dado às 2 e 55 horas, ocorreu na Estrada Regional 255, que faz a ligação entre o paredão da barragem do Alqueva e a cidade de Moura.

3 perguntas a Carlos António

Responsável pelo Núcleo de Artes Visuais de Aljustrel (NAVA) O NAVA comemora este ano 25 anos. Está hoje muito diferente do que quando era ainda um projeto a arrancar? O que mudou entretanto?

Nós ao início tínhamos outras valências: fotografia, serigrafia, pintura. Entretanto, com o passar do tempo, as pessoas responsáveis pelas várias áreas foram saindo e neste momento estamos só com pintura, para já, mas com vontade de alargar. Neste momento, podemos dizer que, de certa forma, estamos numa fase de expansão. Porque abraçámos um projeto com crianças, dos cinco até aos oito anos. Estamos a expandir-nos agora, também em termos de idades.

A Moda Mãe em concerto no Pax Julia O trio A Moda Mãe deu a conhecer no sábado, 12, em pré-lançamento, o álbum “Abalaste pra Lisboa”. Três vozes (Zé Emídio, António Caixeiro e Luís Caixeiro), acompanhadas pela viola campaniça, que Janita Salomé já elogiou como o “cante alentejano rumo ao futuro”.

Bombeiros de Mértola angariam fundos Vários grupos musicais da região, de Beja a Almodôvar, participaram no sábado, 12, na gala de solidariedade a favor dos Bombeiros Voluntários de Mértola. A sala encheu-se para ouvir os Cantigas do Baú ou o Grupo Coral Guadiana, entre outros.

Quantos artistas congrega o NAVA e qual é atualmente a sua dinâmica, a sua rotina?

Seremos talvez uns 20 neste momento, a maioria de Aljustrel. Os outros, que não são do concelho, trabalham aqui ou são de aqui perto. A nossa atividade principal é a pintura, mas estamos também a fazer alguns trabalhos de escultura com as crianças. Todas as semanas nos juntamos e trabalhamos. Temos um ateliê que está a funcionar numa antiga escola primária, e neste momento também temos a exposição comemorativa dos 25 anos, o “NAVA convida”. É a que fazemos anualmente, embora façamos outras quando somos solicitados. Fazemos no Centro Republicano, na Feira do Livro, sempre que somos convidados pelo município ou por outras entidades.

Baile da Pinha na Casa do Povo de Ferreira Não havendo homens disponíveis para um pé de dança, as amigas também servem. Assim foi no recente baile da pinha organizado pela União das Freguesias de Ferreira do Alentejo e Canhestros, no âmbito do projeto de animação da freguesia. O duo Paulo & Sónia deu a música.

Chegado ao início da “idade adulta”, quais os passos que se pretende dar a seguir?

O nosso interesse é abraçar outras atividades, como fotografia e gravura também, ter mais gente e ter um espaço maior, porque o que temos neste momento não é suficiente. Para já, é o que nós ambicionamos. O projeto com as crianças é uma forma também de garantir a nossa continuidade e o interesse das gerações mais novas. Nós, neste momento, também vamos abraçar um projeto com crianças e jovens entre os 10 e os 18 anos, ao nível das artes visuais. Nós temos uma dinâmica semanal, com aulas para as crianças, mas o NAVA funciona como um ateliê aberto. A maioria das pessoas tem a chave, e vai para lá e pinta os seus trabalhos, às horas que lhe são mais convenientes. É um espaço comunitário. Carla Ferreira

Barrancos impressiona com enchido gigante A equipa do “Portugal em Festa”, da SIC, deixou-se conquistar pelo espírito festivo dos barranquenhos, em mais uma ExpoBarrancos. Aqui, Raquel Strada junto aos obreiros de um catalão que haveria de superar os 20 metros.

Terras Sem Sombra reflete sobre o futuro do montado Na herdade das Barradas da Serra, em Grândola, o Festival Terras Sem Sombra convidou os alunos do concelho a refletir sobre a renovação do montado de sobro. “Com os olhos no futuro”, propôs a ação, e é o que parecem estar a fazer estes amigos.

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Tema de capa

MEC volta ao fecho de estabelecimentos de ensino do 1.º ciclo

Menos de 21 alunos = 16 escolas em risco no distrito O fecho de escolas do 1.º ciclo do ensino básico voltou a avançar. Depois

N

o início do próximo ano letivo há escolas que podem novamente encerrar. Escolas do 1.º ciclo do ensino básico, à semelhança do que já aconteceu anteriormente. Depois de um ano de interregno, o assunto volta pela mão do Ministério da Educação e Ciência (MEC), que garantiu, recentemente, que “o processo de encerramento de escolas do 1.º ciclo com menos de 21 alunos para o ano letivo de 2014/2015 já se iniciou”. Notícia, esta, que não tardou a chegar a Ferreira do Alentejo e que foi depois confirmada por Aníbal Reis Costa, presidente da câmara municipal, que anunciou a intenção do MEC na sua página pessoal, na rede social Facebook. “O Ministério da Educação está, neste momento, a propor o encerramento, para o próximo ano letivo, das escolas do 1.º ciclo de Odivelas, Peroguarda e Santa Margarida do Sado”. Foi assim que o autarca reagiu à notícia que pode ditar o encerramento de escolas no município que preside, mas deixando, imediatamente, um aviso: “Uma medida que será veemente contestada pelo município, que mais uma vez vai travar uma batalha desigual”. Ferreira do Alentejo é o concelho do distrito de Beja que mais escolas tem em risco de fechar. “Neste momento, a única informação que temos foi a que foi veiculada na reunião com a Direção Regional do Estabelecimentos Escolares, em Évora, onde foi aventada a hipótese de três escolas do concelho de Ferreira do Alentejo virem a encerrar. Foi-nos dito também que a direção regional iria ter uma reunião com as autarquias e que a Câmara de Ferreira do Alentejo iria, por isso, ser consultada neste processo. Estamos a aguardar”, afirmou o autarca ao “Diário do Alentejo”. No concelho, porém, para além da câmara, são muitos mais os que contestam este possível encerramento. A manhã acorda com o céu encoberto. Na estrada alcatroada seguem poucos ou quase nenhuns carros. À entrada de Peroguarda, num banco junto à sede da recém agregada freguesia, sentam-se dois homens, de boina envergada. Sem pressa, que os dias agitados já lá vão. “Estamos reformados, o vagar é outro”, atira um dos intervenientes. Todo o vagar do mundo para falar, caso compreendam do assunto. E o tema em discussão,

de um ano em que não encerraram estabelecimentos de ensino, o Ministério da Educação e Ciência já colocou em marcha o processo. A negociação segue, agora, com as autarquias. Em setembro, no próximo ano letivo, as escolas frequentadas atualmente por menos de 21 anos alunos podem já não abrir portas aos jovens estudantes. Na região, no total, podem encerrar 16 escolas, e todas em aldeias. O concelho de Ferreira do Alentejo é, no distrito de Beja, o que mais escolas tem em risco. As gentes de Peroguarda, Santa Margarida do Sado e Odivelas estão contra. Texto Bruna Soares Fotos José Ferrolho

inevitavelmente, é o possível encerramento da escola da aldeia. “Isso, até quem não percebe nada do assunto, só pode estar contra o fecho da escola”, respondem, quase que em uníssono. “Onde é que já se viu fecharem a escola? Antes todos queriam andar à escola e não podiam, a vida não era para as letras, não era para os números. Hoje temos a escola, temos as professoras, temos as crianças que podem aprender e querem fechar a escola”. Não há, para estes homens, assim, como compreender a situação. E nem o facto de o número de crianças a frequentar o estabelecimento de ensino ter diminuído serve, em sua opinião, de justificação ou atenuante. “Terem de sair daqui para aprender

“A ‘bola’ está claramente do lado do Ministério da Educação, que precisa de definir se quer que as crianças continuem a ter estas condições que têm, ou se quer que tenham situações piores”. Aníbal Reis Costa

não está bem”. Nas ruas, de casas brancas e maioritariamente baixas, quase ninguém se avista. No cimo, passando a ribeira, surge imponente o edifício, igual a tantos outros por esse país afora, que alberga a escola. A escola primária, como por aqui ainda é comumente chamada. Um cartaz anuncia: “A Câmara de Ferreira do Alentejo está contra o encerramento”. Nos pátios também não se avista ninguém. No campo de futebol nem vive-alma. Apenas duas funcionárias da Junta de Freguesia de Alfundão retiram, à força do braço, com a ajuda de uma enxada, as ervas daninhas que se enraizaram nos canteiros do estabelecimento de ensino. “Já ouvimos falar que esta escola pode fechar. Se calhar depois as crianças vão para Alfundão”. Apenas suposições, de concreto, pouco ou nada assim se sabe. “A ‘bola’ está claramente do lado do Ministério da Educação, que precisa de definir se quer que as crianças continuem a ter estas condições que têm, ou se quer que tenham situações piores. Porque estamos a falar de transportes, de maiores transtornos para alunos e famílias, mas também de instalações, que estão dimensionadas para um determinado número de alunos. As instalações de Ferreira do Alentejo, de Figueira dos Cavaleiros e de Alfundão são as que, devido à sua dimensão, teriam a responsabilidade de albergar estas crianças, mas tendo em conta todos estes casos não existem grandes condições, em nossa opinião. Agora se for esta a intenção do MEC pouco poderemos fazer”, considera Aníbal Reis Costa. A decisão sobre as escolas que poderão encerrar em cada concelho, segundo o MEC, “está a ser feita em articulação com as respetivas autarquias”. O modelo utilizado será o mesmo que serviu de base em anos anteriores. Números finais, por isso, não são ainda conhecidos. Na região, no distrito de Beja, há mais escolas em risco de encerrar. De acordo com os dados que o “Diário do Alentejo” apurou, estão em risco de fecho, no concelho de Aljustrel, as escolas de Rio de Moinhos e de Messejana. Já em Almodôvar podem encerrar as escolas de Telhada e de Santa Clara Nova. No concelho de Castro Verde as escolas de Casével e de Entradas. Em Cuba, por


sua vez, o processo pode ditar o encerramento das escolas de Vila Alva e de Vila Ruiva. Em Ourique estão em risco as escolas de Garvão e Santana da Serra. No que diz respeito a Serpa, contabilizamse as escolas de A-do-Pinto e de Vales Mortos. Também em Vidigueira, Selmes pode perder a sua escola. A estas contabilizam-se as do concelho de Ferreira do Alentejo: Peroguarda, Santa Margarida do Sado e Odivelas. No total, em todo o distrito, estão em risco 16 escolas. Voltando ao concelho de Ferreira do Alentejo, desta feita a Odivelas, na escola, já à saída da aldeia, apenas a auxiliar de educação abre a porta. “Sim, já nos chegou a informação que esta é uma das escolas que está em risco de fechar. É uma pena, os meninos estão aqui muito bem, são aqui muito bem tratados e esta escola tem todas as condições. As crianças têm música, têm ginástica. O ensino tem qualidade. As crianças são poucas, 14 ao todo, e a professora consegue dar-lhes um grande apoio”, afirma Celeste Branquinho. Um parque desportivo, mesmo ao lado da escola, acolhe as crianças que aproveitam as férias. “Como estão ali a brincar uns miúdos ainda se ouve o barulho deles, as risadas. Não consigo imaginar estes pátios sem eles. Seria uma tristeza”, conclui a auxiliar de educação. Na praça juntam-se mulheres e homens, que deambulam entre os serviços, entre os cafés e as poucas lojas de comércio. “Aqui temos todos a mesma opinião. Está tudo contra o encerramento da nossa escola. Falamos todos a uma só voz. E o fecho da escola vai também implicar a continuação da creche. É um transtorno para todos, para os alunos, para as famílias e para a população. Significa que esta terra fica sem as suas crianças e não há nada mais triste do que isso. Qual é o casal jovem que quer fixarse aqui sem condições para os seus filhos?”, resume Gertrudes Bate. Recentemente também foi divulgado um estudo, apresentado pela Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência (Dgeec), através de um modelo de previsão do número de alunos em Portugal, englobando o alargamento da PUB

JOSÉ SERRANO

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Aljustrel 2

Messejana Rio de Moinhos

Almodôvar 2

Santa Clara-a-Nova Telhada

Casével Castro Verde 2 Entradas Cuba 2

Vila Alva Vila Ruiva

Odivelas Ferreira 3 Peroguarda do Alentejo S. Margarida do Sado Ourique 2 Serpa 2

Garvão Santana da Serra

A-do-Pinto Vales Mortos

Vidigueira 1 Selmes

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escolas do 1.º ciclo que podem encerrar no distrito de Beja.

ESCOLA PRIMÁRIA

escolaridade obrigatória e os efeitos demográficos, que aponta para “um decréscimo estimado de cerca de 40 mil alunos entre 2011/12 e 2017/18, sendo esse decréscimo mais acentuado a partir de 2015/16, inclusive”. Esta realidade deverá afetar todo o País, mas os dados revelam que deverá afetar sobretudo o Norte, o Centro e o Alentejo. Alguns quilómetros depois uma placa indica a entrada em Santa Margarida do Sado. Na estrada seguem os carros em direção a Beja, em sentido contrário em direção a Lisboa. Os cafés da terra abeiram-se a ela, à espera de clientes. No relógio os ponteiros marcam 12 horas e poucos minutos. Nas ruas também pouca gente se avista. A escola está fechada e também nela não correm as crianças. Estão de férias. Uma avó de uma destas crianças espera por consulta no posto médico da terra, mesmo ao lado do estabelecimento de ensino. “A conversa de fecharem aqui a nossa escola já não é de agora, mas parece que desta vez é que pouco ou nada podemos fazer. Se o Governo assim decidir as crianças vão ter mesmo de sair daqui. E a somar a tudo isto a vida está muito complicada e os moços novos não têm vida para ter filhos, quanto mais muitos”, apressa-se a dizer Iracene da Mata. À conversa junta-se outra das habitantes da aldeia. Clarisse Parreira argumenta: “Nós compreendemos que existem menos alunos. Sabemos isso. Há menos crianças em Santa Margarida do Sado, mas é que a vida está muito difícil. Se não há empregos, se no interior não há nada e se até a escola querem fechar como podem os jovens aqui ficar?”. “Desde que estamos à frente dos destinos da Câmara Municipal de Ferreira do Alentejo que temos uma posição. Somos frontalmente contra qualquer encerramento de serviços públicos de proximidade, onde se incluem as escolas”, reforça o presidente da autarquia. E acrescenta: “No concelho de Ferreira do Alentejo não há centros educativos. Esta foi uma questão que desde o início quisemos realçar. Sempre dissemos que o concelho de Ferreira não iria fazer centros para encerrar escolas”. Fim de conversa.


06 Diário do Alentejo 18 abril 2014

O “Diário do Alentejo” está a socorrer-se das suas próprias páginas para recordar os momentos que precederam e que se seguiram ao 25 de Abril de 1974. Sem qualquer intuito científico, histórico ou sociológico, pretendemos apenas dar a conhecer aos nossos leitores a forma como um pequeno diário de província olhava para a região, para o País e para o mundo há precisamente 40 anos. E uma das grandes conclusões que podemos retirar desta revisitação é que por vezes, afinal, a história repete-se.

Diário de uma Revolução (3) Paulo Barriga

Mas isto alguma vez foi diferente?

A

esperança e o desânimo. É este o binómio que atravessa gerações de alentejanos e que persiste com assinalável veemência nos tempos que correm. A esperança, pelo menos uma pontinha dela, é o ofício mental que percorre boa parte daqueles que insistem em permanecer na região. Melhores tempos virão. Alguém, algum dia, há de olhar para isto com olhos de ver. Até ao ponto de o desânimo invadir por completo o areal da esperança, como as vagas costumam fazer na maré alta. Ontem como hoje, a esperança a ceder lugar ao desânimo. Estamos às portas do 25 de Abril do ano de 1974. A quase totalidade das aldeias da região mantém-se sem água canalizada, eletricidade, esgotos, uma simples linha telefónica. A população das freguesias rurais caiu para menos de metade em cerca de duas décadas. A falta de emprego nos campos, em virtude da monocultura cerealífera e da inevitável mecanização da agricultura, pontapeou boa parte dos jovens para os subúrbios dos grandes centros urbanos ou para o estrangeiro. As guerras ultramarinas enxotaram os restantes. Melo Garrido, diretor do “Diário do Alentejo”, na edição de 13 de abril, que foi um sábado, abre assim a sua “nota do dia”: “As freguesias rurais da nossa região continuam, na sua grande maioria, senão mesmo na sua totalidade, a sofrer o drama não só da sua pequenez como da indiferença que lhe votam as instâncias governativas, as quais continuam a demorar o estudo, e principalmente, a execução de melhoramentos que, fundamentalmente, assegurariam uma necessária e justa promoção de nível a quem vive nessas modestas localidades, minorando as suas tremendas carências de toda a ordem”. Numa página interior do jornal publicado a 17 de abril, uma breve notícia ilustra na perfeição a inquietação do diretor do “Diário do Alentejo”: “A vizinha aldeia de Baleizão, cuja

população era de 4 000 habitantes e, devido á emigração, está hoje reduzida a 1 500, continua a esperar pela realização de melhoramentos fundamentais que desde há anos lhe foram prometidos”. Entre eles a canalização de águas, os esgotos ou o “levantamento das grandes estrumeiras” que “constituem um grave perigo para a saúde pública”. Baleizão, aliás, era uma aldeia a ferro e fogo desde os sangrentos acontecimentos do monte do Olival, a 19 de maio de 1954. Já de si escasso, o trabalho agrícola era para grande parte dos seus habitantes uma miragem. E ainda que as chuvas em 1974

tivessem sido boas para a cultura dos cereais, as safras estavam nesse ano comprometidas por um mal maior: o “piolho do trigo”. A 15 de abril, o “DA” faz manchete com as consequências dessa praga, noticiando que “as perspetivas de um bom ano agrícola apresentam-se comprometidas e os prejuízos serão muito elevados se não se tomarem a tempo medidas eficazes de combate”. Mas enquanto as searas do interior alentejano sucumbiam ao “piolho do trigo”, ameaçando ainda mais a estabilidade económica e social dos trabalhadores rurais, um novo

As mais significantes primeiras páginas do “Diário do Alentejo” publicadas em Abril de 1974 vão estar em exibição na galeria de exposições temporárias do Museu Regional de Beja, na rua dos Infantes, a partir de 22 de abril.

chamariz começava a apelar à abalada: Sines. A 15 de abril, em Paris, a companhia portuguesa Petrosul atribuía à construtora francesa TechnipProconfrance a construção “chave na mão” de uma refinaria com capacidade para processar 10 milhões de toneladas de crude por ano. “A sua entrada em serviço, em meados de 1976”, noticiava o “DA”, duplicará a capacidade de refinação de Portugal”. Estava, então, a nascer a chamada “nova Sines”. No Gabinete da Área de Sines, criado por decreto governamental em junho de 1971, todos os dias eram lançados concursos públicos, empreitadas e iniciativas empresarias para transformar o pequeno porto piscatório numa das principais portas marítimas da Europa. Informa o “Diário do Alentejo” de 16 de abril que deram entrada na Direção-Geral dos Serviços Industriais três pedidos para novas fábricas e que “múltiplas empresas portuguesas e estrangeiras” lhes poderiam seguir o caminho. De resto, tudo serenamente normal. O coral “Camponeses”, de Pias, a 18 de abril, animava as noites musicais da Emissora Nacional; já então se começava a perceber que “a TV é uma forma de estupidificar”; num tempo em que a inflação portuguesa atingia os 19,3 por cento ao ano (a Grécia já andava na crista da onda com 33,4 por cento); o “Espanhol”, o “Calota”, o “Canário” e o “Tó-Zé” foram apanhados depois de assaltar uma ourivesaria em Moura; um grupo de intelectuais era preso pela DGS; Nixon continuava em sarilhos com o Watergate e José Cid trazia o Quarteto 1111 para animar o baile de finalistas do Liceu de Beja. Na semana seguinte as músicas seriam outras, mas essas são canções para os próximos episódios do “Diário de uma Revolução”.


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JOSÉ FERROLHO

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Atual

Presidente do conselho distrital de Beja da Ordem dos médicos contra “contas de mercearia”

Reorganização dos serviços de saúde permite encerramento da maternidade A portaria n.º 82/2014 vem categorizar as unidades hospitalares portuguesas em quatro grupos e “definir a respetiva carteira de valências”. O Hospital José Joaquim Fernandes, em Beja, integra o Grupo I, unidades de saúde que ficam impedidas de exercer algumas especialidades, nomeadamente obstetrícia, reservada para as instituições dos Grupos II e superiores. Pedro Vasconcelos, presidente do conselho distrital da Ordem dos Médicos (OM) afirma “existirem receios legitimados pela forma como as coisas estão a ser feitas” de que as populações do Baixo Alentejo possam sair prejudicadas. Texto Aníbal Fernandes

“H

á que deixar de fazer contas de mercearia com o lápis atrás da orelha”. É assim que Pedro Vasconcelos reage à portaria publicada em “Diário da República” a 10 de abril, que hierarquiza as unidades hospitalares nacionais. O médico bejense disse ao “Diário do Alentejo” que ainda não conseguiu ter uma “ideia exata” sobre as implicações que este documento pode vir a ter na prestação de cuidados de saúde às populações do distrito de Beja, mas que há “um receio legitimado pela forma como as coisas estão a ser feitas” de que não sejam as melhores. Pedro Vasconcelos alerta para o facto de algumas especialidades poderem vir a ser integradas noutros serviços, mas “a curto e médio prazo” vão deixar de existir. “É inaceitável”, protesta o médico que acusa o Governo de, com PUB

estas medidas, estar a contribuir ainda mais para a desertificação do interior. O presidente do conselho distrital de Beja da OM vai encetar contatos com as instituições e a sociedade civil da região de forma a “pôr travão” a este cenário de desinvestimento e “lutar para que isso não se verifique”. A portaria 82/2014 O documento agora publicado classifica hierarquicamente hospitais, centros de saúde e unidades locais de saúde. Para o Grupo I, onde ficou classificado o Hospital de Beja, mantém-se as valências médicas e cirúrgicas de medicina interna, neurologia, pediatria médica, psiquiatria, cirurgia geral, ginecologia, ortopedia, anestesiologia, radiologia, patologia clínica, imunohemoterapia e medicina física e de reabilitação.

O documento prevê ainda que especialidades como oftalmologia, otorrinolaringologia, pneumologia, cardiologia, gastrenterologia, hematologia clínica, oncologia médica, radioterapia, infeciologia, nefrologia, reumatologia e medicina nuclear possam administradas nos hospitais do Grupo I mas, apenas, “de acordo com um mínimo de população servida e em função de mapas nacionais de referenciação e distribuição de especialidades médicas”. Definitivamente de fora do âmbito destas unidades de saúde ficam as valências de genética médica, farmacologia clínica, imunoalergologia, cardiologia pediátrica, cirurgia vascular, neurocirurgia, cirurgia plástica, reconstrutiva e estática, cirurgia cardiotorácica, cirurgia maxilofacial, cirurgia pediátrica e neuroradiologia.

Curiosamente, a portaria não inclui, nas especialidades autorizadas, nem exclui, na lista das vedadas, a obstetrícia, que aparece no artigo 2.º, alínea b) ponto ii referenciada nas valências atribuídas apenas aos hospitais do Grupo II. Esta aparente falha do documento permite que Miguel Góis, ex-vereador da Câmara Municipal de Beja pelo Partido Socialista, considere no seu blogue que “de acordo com a ‘bela’ portaria, o Hospital de Beja perderia a sua maternidade e os partos passariam para Évora”. Miguel Góis, que atualmente exerce a sua atividade profissional na Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (Ulsba), diz que o Hospital de Beja faz cerca de 1 200 partos por ano, o que, na sua opinião, “será pouco para Lisboa ou Porto, mas é muito para a nossa região, para não dizer vital”.

Ulsba e ministério garantem partos em Beja

O

Plano Estratégico da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (Ulsba), aprovado pela Administração Regional de Saúde do Alentejo (ARSA), prevê a existência de uma maternidade no Hospital José Joaquim Fernandes, disse ao “Diário do Alentejo” o conselho de administração (CA) desta unidade de saúde. Apesar de a portaria agora publicada não referir a existência de serviços de obstetrícia nos hospitais do Grupo I, fonte do ministério da Saúde citada pela “Público” veio esclarecer “para dissipar dúvidas, que tanto os serviços de urgência como as maternidades ficam fora desta classificação”.

Ao “DA”, o CA da Ulsba respondeu que não existindo “qualquer orientação superior no sentido da revogação da contratualização”, a atual a carteira de serviços do Hospital de Beja,“condicionada pelas características demográficas da região e os seus padrões de doença”, continuará a incluir as especialidades de medicina geral e familiar, saúde pública, medicina interna, cardiologia, pneumologia, gastrenterologia, neurologia, pediatria médica e neonatologia, psiquiatria, anestesiologia, cirurgia geral, ginecologia/obstetrícia, ortopedia, oftalmologia, oncologia médica, otorrinolaringologia, urologia, radiologia, patologia clínica, imunohemoterapia, medicina física e de reabilitação.


Campanha “Dar+” resultou em 50 cabazes já entregues em Moura

Diário do Alentejo 18 abril 2014

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Ações sensibilizam população sobre maus-tratos A Câmara e a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) de Odemira promovem este mês ações de sensibilização nas escolas e na comunidade para “despertar” a população para a problemática dos maus-tratos

A União de Freguesias de Moura e Santo Amador, juntamente com o Grupo de Jovens da Paróquia de Moura e os empresários do concelho, conseguiram reunir, no âmbito da campanha “Dar+”, realizada no último dia 5, 50 cabazes que “foram entregues durante a passada semana” a famílias carenciadas. “Podemos dizer que os tempos estão imensamente difíceis, mas a generosidade dos mourenses continua a minimizar as dificuldades dos mais necessitados”, considera a união de freguesias, em jeito de agradecimento. A campanha “Dar+” consistiu na recolha de alimentos em cerca de uma dezena de supermercados e mercearias de Moura.

na infância e na juventude. Sob o lema “Ignorar é ser cúmplice”, as ações, que contam com o apoio da Taipa – Organização Cooperativa para o Desenvolvimento Integrado do Concelho de Odemira, assinalam o Mês da Prevenção dos Maus-Tratos na Infância e Juventude.

Dois suspeitos identificados

PSP apreende calçado em Beja

O

Comando Distrital de Beja da PSP, através da sua Esquadra de Investigação Criminal e com o apoio da Esquadra de Intervenção e Fiscalização Policial, procedeu, no passado sábado, 12, à identificação e constituição de arguido de dois homens, de 41 e 50 anos de idade, por suspeita da prática de recetação de produto furtado. A ação policial resultou de um processo de investigação assente no furto de uma carga de sapatos, proveniente do Brasil, ocorrido na região centro do País, “tendo a informação recolhida indiciado que a mercadoria em questão, ou parte dela, viria a ser colocada à venda no mercado quinzenal de Beja” nesse mesmo dia, informou a PSP. Durante a operação, foram apreendidos 578 pares de sandálias, “por corresponderem às características da mercadoria furtada”, adiantou, acrescentando que se encontravam à venda pelo valor unitário de 10 euros, face a um valor médio de mercado de 40 euros o par.

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Segundo a autarquia, no dia 24 deste mês, vão ser distribuídos laços azuis, a cor da causa, pela comunidade de Odemira e a CPCJ vai desafiar a população a vestir-se de azul naquele dia, num “gesto de sensibilização” para a problemática.

Ovibeja entre a defesa do sequeiro e as potencialidades do regadio

Beja é o centro da moderna agricultura portuguesa Aos 31 anos de idade, a Ovibeja, que este ano decorre entre 30 de abril e 4 de maio, assume como tema central a inovação agrícola. Um lema “inevitável”, segundo Manuel Castro e Brito, diretor do evento, “uma vez que Beja, nos últimos anos, se transformou no principal centro de negócios da agricultura em Portugal e é essa centralidade que a feira também vai refletir”. Isto, refere o presidente da Associação de Agricultores do Sul (ACOS), sem nunca perder de vista a génese da maior feira agrícola do País: a criação de gado e a agricultura em regime de sequeiro.

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astro e Brito, a pouco menos de 15 dias do início da feira, relembra que, apesar das obras de Alqueva, a “grande maioria do território agrícola do Alentejo continua a ser dedicado às culturas e às produções em extensivo”. É nesse sentido que, refere o presidente da ACOS, “vamos promover um colóquio sobre a reforma da Política Agrícola Comum. É muito importante que se preste um apoio substancial a este modelo de agricultura que preserva o ambiente e a paisagem, um serviço público que tem de ser pago aos agricultores”. Na última década, exemplifica Castro e

Castro e Brito Presidente da ACOS

Brito, “o efetivo de ovinos do Alentejo perdeu mais de 200 mil cabeças de gado”. Apesar de a Ovibeja continuar a ser “a maior exposição de gado do País”, Manuel Castro e Brito admite que “esta feira não pode ficar parada no tempo. Alqueva trouxe uma nova realidade ao Alentejo. A água muda tudo e mudou também a Ovibeja”. O diretor do certame sublinha que “uma feira agrícola desta dimensão e abrangência nunca poderia ficar indiferente ao facto de Beja, hoje em dia, ser o principal centro de negócios da agricultura em Portugal”. É aqui,

prossegue, “que hoje convergem os investidores do Ribatejo, da Andaluzia e da Estremadura espanholas”. Uma convergência de negócios que “é visível no território com a implantação de dezenas e dezenas de pivôs de rega, mas que também é percetível na significante af luência de novos associados à ACOS que, por norma, têm sede social em outras zonas do País”. E é precisamente para dar maior visibilidade às novas culturas de regadio que a Ovibeja “reforçou substancialmente a área dedicada às empresas de venda de equipamentos, maquinaria, prestação de serviços e consultadoria em matéria de regadio. Isto sem falar nos bancos e nas seguradoras que também se estão a aproximar deste tipo de negócios”. Em simultâneo com o aumento da zona expositiva dedicada ao regadio, em cuja área central se experimentarão novas culturas, a Ovibeja propõe aos visitantes uma mostra designada “Terra Fértil”. Um pavilhão temático dedicado à inovação agrícola, aos novos produtos do campo e ao agrobusiness. Nesta exposição multimédia, revela Castro e Brito, pretende-se “afastar o fantasma da desertificação e salientar o facto de o Alentejo agrícola estar a mudar estruturalmente”.

Primeiro presidente da comissão administrativa da câmara

Vereadores do PS em Castro Verde propõem homenagem a Francisco Alegre

O

s vereadores do PS em Castro Verde apresentaram na semana passada uma proposta para que a câmara municipal local “louve a memória do dr. Francisco Alegre”, atribuindo o seu nome ao Centro Escolar n.º 2 desta vila. “Distinto e saudoso diretor do Externato António Francisco Colaço, médico veterinário e democrata ímpar, o dr. Chico Alegre, como todo o

povo muito carinhosamente sempre o tratou e trata, foi o primeiro presidente da Comissão Administrativa da Câmara Municipal de Castro Verde em 1974, logo após a Revolução de Abril e até à realização das primeiras eleições autárquicas em 1976”, lembram os vereadores socialistas. A proposta, sublinham, mereceu a aprovação dos demais eleitos na câmara municipal e será agora reme-

tida para a Assembleia Municipal de Castro Verde, Conselho Municipal de Educação e Agrupamento de Escolas de Castro Verde. “Castro Verde há muito tempo que deve esta homenagem a um homem tão marcante para o concelho”, um ato que faz ainda mais sentido “neste momento de consagração da liberdade e das memórias mais marcantes dos 40 anos do Abril”, concluem os eleitos.


Cimbal saúda 40 anos de Abril e 1.º de Maio O conselho intermunicipal da Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo (Cimbal) aprovou, na sua reunião de segunda-feira, 14, uma saudação ao 40.º aniversário do 25 de Abril e 1.º de Maio, na qual realça que, quatro décadas passadas sobre a Revolução dos

O concelho de Mértola celebra os 40 anos da Revolução dos Cravos com o espetáculo musical “José Afonso”, pelas mãos de Emanuel Andrade, ao piano, e Pedro Gil, na voz, e com um ensemble de cordas e sopros. O concerto ocorre no dia 24 de abril, pelas 22 horas, no Cineteatro Marques Duque. As iniciativas nas freguesias incluem torneios de xito, futebol, atletismo, caminhadas, animação musical e lanches convívio.

Cravos, “não estamos a viver como nos foi prometido e como seria desejável”. No entanto, concretiza o documento, saudar Abril, sem o qual não haveria Poder Local democrático, hoje “ameaçado”, significa que “nós, enquanto cidadãos e autarcas, continuaremos a lutar pela restituição dos serviços suprimidos e em vias de serem

JOSÉ SERRANO

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Eleitores inscritos no Baixo Alentejo e Alentejo Litoral Os números apresentados têm como data de referência o dia 31 de dezembro de 2013 e englobam cidadãos nacionais, cidadãos da União Europeia e outros cidadãos estrangeiros residentes em Portugal.

Vidigueira Sines

Alcácer do Sal

Aljustrel

11 224

5 055

8 632

Almodôvar 6 833

12 048 Serpa

Alvito

25 de Maio de 2014

13 874

1 994

Eleição do Parlamento Europeu

Santiago do Cacém

Barrancos 1 421

25 268 Ourique

Beja

4 769

30 180

Odemira

Castro Verde

21 246

6 514 Moura Mértola Grândola 6 753

Ferreira do Alentejo

12 462

3 961

7155

192 658 eleitores

Fonte: Direção-Geral de Administração Interna

13 269

Cuba

Cláudio Torres, Renata Veríssimo e José Maria Pós-de-Mina concorrem em lugares não elegíveis

Distrito de Beja fica sem representantes na Europa

N

o próximo dia 25 de maio realizam-se as eleições para o Parlamento Europeu. Este ano, em Portugal, concorrem 16 listas mas dificilmente o Baixo Alentejo terá um representante sentado em Estrasburgo. Maria Graça Carvalho, eleita em 2004 e 2009 nas listas do PSD, não integra os nomes propostos este ano pela Aliança Portugal (PSD/CDS-PP), e José Maria Pós-de-Mina (CDU), Renata Veríssimo (PS) e Cláudio Torres (BE), por esta ordem nas fotos de cima, não se encontram em lugares elegíveis. Quem previsivelmente irá continuar no Parla mento Europeu é a eurodeputada do

PCP Inês Zuber, de Évora, tal como Carlos Zorrinho, do PS, ambos candidatos em lugares elegíveis. Entretanto, Capoulas Santos, eleito em 2009 na lista dos socialistas, também se despede da política europeia já que a agricultura – pasta onde teve um papel determinante na atual legislatura – não foi eleita pelo secretário-geral do PS, António José Seguro, como uma das áreas prioritárias para o próximo ciclo europeu. Na semana passada, conforme o “Diário do Alentejo” noticiou, o cabeça de lista do PS, Francisco Assis, visitou Beja no âmbito da pré-campanha eleitora l. Esta

semana será a vez de João Ferreira, o cabeça de lista da CDU, se deslocar ao Baixo Alentejo. Nas últimas eleições europeias estavam inscritos nos cadernos eleitorais 9 684 714 eleitores, mas apenas 3 561 502 se dirigiram às urnas. No distrito de Beja votaram 36,9 por cento dos 140 386 eleitores inscritos. Na infografia que publicamos pode ver qual o número de eleitores em cada um dos concelhos do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral. Este ano, Portugal perde um lugar no parlamento de Estrasburgo por causa da entrada da Croácia para a União Europeia, passando a eleger 21 deputados.

retirados às populações”, e que “continuaremos a pugnar pela sua manutenção, designadamente ao nível das acessibilidades, saúde, educação, finanças, tribunais, segurança, trabalho, lazer e outros que desrespeitem as populações do interior e dos territórios de baixa densidade, onde se insere a nossa comunidade”.

09 Diário do Alentejo 18 abril 2014

Mértola comemora Abril com espetáculo musical “José Afonso”


João Ferreira, cabeça de lista da CDU às Europeias em Beja e Cuba

Diário do Alentejo 18 abril 2014

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João Ferreira, cabeça de lista da CDU às eleições para o Parlamento Europeu, vai estar em Beja e Cuba na próxima terça-feira, dia 22. O atual deputado europeu, que visita o distrito acompanhado por José Maria Pós-de-Mina, também ele candidato comunista às Europeias, tem encontro marcado pelas 17 horas, na cafetaria da Casa da Cultura de Beja, onde assistirá à apresentação dos candidatos da coligação, mandatário distrital e mandatários concelhios, prevendo-se, pelas 17 e 45 horas, contactos com a população nas Portas de Mértola. Mais tarde, pelas 19 e 30 horas, está previsto um jantar convívio com apoiantes, no Pavilhão de Exposições, em Cuba.

Aljustrel entrega abaixo-assinado contra encerramento das Finanças O Movimento de Utentes dos Serviços Públicos do Concelho de Aljustrel fez chegar, na quarta-feira, 16, à presidente da Assembleia da República, um abaixo-assinado onde se exige a manutenção da repartição de Finanças local, considerado um “importante serviço público

de proximidade”. O documento, que seguiu em cópias também para o primeiro- ministro, ministra das Finanças e grupos parlamentares, aos quais serão também solicitadas reuniões “para melhor abordar este tema”, surgiu na sequência de uma concentração, em janeiro último. O movimento lembra que a centralização em apenas duas repartições – das 14 existentes,

propõe-se que se encerrem 12 – “naquele que é o distrito maior do País” é uma medida que “causará aos cidadãos graves problemas”, tanto mais que em Aljustrel, “para além das distâncias em relação à localização dos referidos serviços, acresce também não sermos servidos por uma rede de transportes públicos, que responda às necessidades das populações”.

Plano de Transportes e Infraestruturas Prioritárias

A concelhia do PS realça a fatia diminuta dos 0, 48 por cento que cabem à região no bolo nacional 6067 milhões de euros. E a Dorbe do PCP fala de uma perspetiva de investimento “catastrófica”.

JOSÉ SERRANO

PS e PCP criticam investimentos para Beja até 2020

A

concelhia bejense do Partido Socialista “lamenta profundamente” que, para o Governo PSD/ /CDS, o distrito de Beja “não valha mais do que 0, 48 por cento”, isto a propósito dos 29 milhões de euros alocados à região, no âmbito do Plano Estratégico de Transportes e Infraestruturas até 2020, divulgado no último dia 8. Situando a fatia diminuta no bolo total de 6067 milhões de euros, para 59 obras consideradas prioritárias, os socialistas bejenses questionam-se, em comunicado, “como se tenciona concluir a A26/ /IP8, no troço entre Santa Margarida do Sado e Beja, com escassos 15 milhões de euros” e como se prevê que seja esse traçado. Por outro lado, manifestam também a sua “surpresa” pelo facto de “não existir qualquer referência à conclusão do IP2, via vital para a nossa região, e à

eletrificação da ferrovia entre Beja e Casa Branca”, sobretudo quando, adiantam, “a eletrificação das vias ferroviárias foi o grande tónico destacado pelo secretário de Estado dos Transportes nas múltiplas comunicações que tem feito à imprensa”. Quanto ao aeroporto de Beja, a

concelhia do PS não duvida de que os cerca de três milhões de euros previstos para um período de sete anos, “num valor médio anual de pouco mais de 400 000 euros”, serão não mais do que “o justo para as despesas de manutenção corrente”.

Deste modo, concluem que o atual Governo “não tem políticas, nem estratégias, nem energias para valorizar o interior do território” e que “nós, baixo alentejanos, não merecíamos este abandono a que fomos votados, uma vez mais”. Também a Direção da Organização Regiona l de Beja (Dorbe) do PCP, numa reunião recente, ana lisou o Plano Estratégico de Transportes e Infraestruturas recentemente divulgado pelo Governo. E concluiu que a perspetiva de investimento para o distrito de Beja é “catastrófica”, na medida em que são esquecidas “importantes infraestruturas” e definidas prioridades “incompatíveis com as necessidades do distrito, com as responsabilidades do Estado e com promessas que foram feitas recentemente”. Os comunistas de Beja reiteram, assim, várias reclamações antigas: a construção do IP8, a conclusão da obra do IP2 e do IC27, e a eletrificação da linha ferroviária entre Beja e Casa Branca, bem como “a melhoria geral da rede rodoviária e a valorização e aposta no papel do aeroporto como uma infraestrutura ao serviço e desenvolvimento da região”.

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Largo D. Nuno Álvares Pereira, 12 7800-018 Beja Tel. (+351) 284 327 602 Fax (+351) 284 327 604 Email geral@hospedariadonamaria.pt www.hospedariadonamaria.pt wwww.facebook.com/hospedariadonamaria


A Academia das Plantas Aromáticas e Medicinais de Alqueva vai promover, no próximo dia 22 de abril, um dia aberto para demonstração prática dos métodos de propagação destas plantas. A atividade terá início com a apresentação dos participantes às 10 horas, no Monte do Pardieiro, junto a Messejana, no concelho de Aljustrel, seguindo-se uma visita ao monte. Entre as 11 e 30 e as 13

Cáritas regista 2000 litros de azeite doado A campanha “Azeite Solidário, uma gota de esperança”, lançada pela Caritas Diocesana de Beja nos finais de fevereiro, conseguiu, até ao momento, chegar aos cerca de dois mil litros de azeite doado. A ação, cujo objetivo é “angariar cerca de 3000 litros de azeite em torno de um propósito comum, o auxílio a pessoas e famílias em

Balanço de tráfego no terminal civil de Beja

Passaram 6 624 passageiros pelo aeroporto Em três anos de vida, o aeroporto de Beja, que custou 33 milhões de euros, processou 6 624 passageiros, um movimento considerado positivo pela ANA – Aeroportos de Portugal, que gere a infraestrutura, mas “aquém das expetativas” e do desejável, segundo o município local e os empresários

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esde que começou a operar, a 13 de abril de 2011, o aeroporto de Beja realizou, através de sete companhias aéreas, 245 movimentos de aeronaves, sendo a “maioria” de operações charter não regulares, que transportaram cerca de 93 por cento dos passageiros, disse à Lusa fonte oficial da ANA. Dos primeiros três anos do aeroporto de Beja, a fonte destacou 2013, ano em que o movimento de aeronaves mais do que duplicou, aumentando 110 por cento, o tráfego de passageiros subiu 16 por cento e a aviação executiva cresceu 185 por cento em relação a 2012. Segundo a ANA, em 2011, o primeiro ano, o aeroporto de Beja processou 90 movimentos de aeronaves e 2 281 passageiros, em 2012, o pior ano, processou 50 movimentos e 2 011 passageiros e em 2013, o melhor ano, processou 105 movimentos e 2 332 passageiros. Em termos globais, o balanço da

atividade do aeroporto de Beja é “positivo”, disse a fonte, frisando que a ANA está “consciente da morosidade e da complexidade” que “normalmente” reveste o lançamento de uma infraestrutura aeroportuária. Em declarações à Lusa, o vereador da Câmara de Beja, Manuel Oliveira, disse que o aeroporto “está aquém das expetativas e não funciona como seria desejável” e os primeiros três anos foram “afetados por uma conjugação de constrangimentos”, como “a falta de acessibilidades adequadas para Lisboa e Algarve”. A “falta de uma vontade necessária do Governo para que o aeroporto possa ter uma utilização diferente”, sobretudo pela TAP, que é do Estado e “poderia usar mais a infraestrutura”, foi outro dos constrangimentos apontados pelo vereador, frisando que o aeroporto também “depende muito” do interesse de operadores em voar para Beja e do f luxo de passageiros para o Alentejo. “O que está para trás não é bom, mas o futuro pode e deve ser promissor”, disse o autarca, defendendo: “Se as condições de utilização forem mais atrativas e as acessibilidades melhorarem, haverá condições para o aeroporto de Beja crescer, cumprir o objetivo para que foi criado e ser uma infraestrutura sustentável”.

“A grande preocupação que deve existir, de facto, é não deixar passar muito tempo sem que a infraestrutura se possa autossustentar para não correr o risco de sucumbir”, alertou. Sendo “um projeto de médio e longo prazo”, para o presidente da Associação Empresarial do Baixo Alentejo e Litoral (Nerbe/Aebal), Filipe Pombeiro, o balanço dos primeiros três anos, “globalmente, dentro dos constrangimentos, é positivo”. No entanto, o dirigente associativo referiu à Lusa que “gostaria” que o aeroporto “estivesse numa fase mais desenvolvida”. “Apesar de todos os constrangimentos, o aeroporto de Beja tem feito o seu caminho e tem vindo a afirmar-se”, disse, frisando que “o movimento de aeronaves mais do que duplicou de 2012 para 2013”. Trata-se de “um projeto muito importante e contamos com ele para o desenvolvimento da região e não tenho dúvidas de que se conseguirá afirmar dentro de algum tempo”, afirmou Filipe Pombeiro. Desde que começou a operar, o aeroporto de Beja, que resulta do aproveitamento civil da Base Aérea n.º 11, tem estado aberto, mas praticamente vazio e sem voos e passageiros na maioria dos dias.

Estudos arqueológicos nas obras do Alqueva

EDIA lança mais dois volumes da coleção Memórias D’Odiana

J

á estão disponíveis ao público mais dois novos volumes, números quatro e nove, da segunda série da coleção Memórias de Odiana, anunciou a EDIA. “No limite oriental do grupo megalítico de Reguengos de Monsaraz” (coordenação de Victor S. Gonçalves) e “Em tempos de Roma pela margem esquerda do Guadiana – Bloco 12 do Projeto de Salvamento Arqueológico do Alqueva” (coordenação de M. Conceição Lopes), dizem ambos respeito a projetos de minimi-

zação de impactes sobre o património arqueológico, desenvolvidos no âmbito da construção da barragem de Alqueva. As publicações, explica a empresa gestora do Alqueva, surgem após o lançamento, em setembro último, dos primeiros quatro volumes de uma série de 14, numa parceria entre a EDIA e a Direção Regional de Cultura do Alentejo e após o lançamento de mais três volumes em janeiro do corrente ano. A EDIA recorda, a propósito, que a construção

da barragem do Alqueva e de todo o empreendimento, com especial destaque para as zonas servidas pelas infraestruturas secundárias do projeto, motivou o desenvolvimento de um vasto plano de salvaguarda do património arqueológico, “num processo sem precedentes em Portugal, tendo sido intervencionados até hoje cerca de 1 500 sítios arqueológicos”, cujos resultados estão agora a ser dados a conhecer. A coleção ficará completa com mais cinco volumes.

horas, segue-se uma demonstração prática de propagação de plantas aromáticas e medicinais. A participação é gratuita e para tal basta dirigir-se ao local no dia e hora marcada. A Academia das Plantas Aromáticas e Medicinais de Alqueva foi criada pela EDIA, pelo Centro de Excelência e Valorização dos Recursos Mediterrânicos (Cevrm) e pela empresa Monte do Pardieiro.

situação de exclusão e vulnerabilidade social”, informa a Caritas, conta com a adesão de nove empresas produtoras de azeite da região. A saber: o grupo Sovena, herdade Maria da Guarda, Moragri Sociedade Agrícola, Azeite Prado, Monte Novo e Figueirinha, herdade Alfarrobeira, Cooperativa Agrícola da Vidigueira, Karsten Larsen e Cooperativa Agrícola de Beja e Brinches. PUB

11 Diário do Alentejo 18 abril 2014

Dia aberto na Academia das Plantas Aromáticas de Alqueva


Diário do Alentejo 18 abril 2014

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Núcleo de Artes Visuais de Aljustrel comemora 25 anos

Foi inaugurada sexta-feira, dia 11, nas Oficinas de Formação e Animação Cultural, mais uma exposição coletiva de pintura do Núcleo de Artes Visuais de Aljustrel (NAVA). Comemorativa do 25.º aniversário do núcleo, a mostra, que dá pelo nome de “NAVA convida”, pretende mostrar ao público os trabalhos realizados pelos seus artistas, bem como as obras produzidas pelos criativos mais jovens que, desde há pouco tempo, frequentam as aulas deste núcleo de artes de Aljustrel. Margarida de Araújo é, desta vez, a artista convidada, apresentando “Do corpo terreno”, uma exposição de cerâmica. A exposição do NAVA integra as comemorações do 25 de Abril em Aljustrel e vai estar patente ao público até 4 de maio. Como habitualmente, as visitas guiadas, dirigidas ao público escolar, podem ser realizadas às quartas-feiras, mediante marcação prévia.

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Município aposta nas artes e na cultura

Beja apresenta “Alma Criativa” Foi apresentada, na passada terça-feira, 15, em conferência de imprensa, a estratégia do município para o centro histórico da cidade sob o lema “Alma Criativa, por uma cidade das artes ao serviço das pessoas”. Texto Gonçalo Farinho Foto José Ferrolho

D

os vários projetos abordados, esteve em destaque a estratégia para a dinamização e promoção cultural da cidade de Beja, tendo como base a aposta em novas iniciativas, como é o caso da feira temática “Beja Romana”, de 30 de maio a 1 de junho, e o Encontro Nacional de Bandas Filarmónicas. No â mbito d a s comemorações do 40.º aniversário do 25 de

Abril, o município está a preparar um espetáculo inédito na praça da República, onde se vão cruzar grandes nomes do panorama artístico de Beja, num “trabalho coletivo de partilha e de troca de experiências”. Relativamente à divulgação e salvaguarda do património, é destacada uma conferência sobre o cante alentejano e a concretização de percursos turísticos dentro de duas tipologias complementares: “Por esses campos fora” (percursos na natureza) e “Caminhos da História”, subdivididos em três temas: Caminhos de Beja, Caminhos de Arte Sacra e Caminhos da Memória. Ainda como novidade é esperado o regresso das “Festas de Beja” e da “Rural Beja”. A estratégia inclui ainda a continuidade de iniciativas já com várias edições, tais como

as “Noites ao Fresco”, que animarão espaços públicos do concelho nas noites de verão entre julho e setembro, o “prestigiado” Festival Internacional de Banda Desenhada, de 31 de maio a 15 de junho, “Beja – Cidade dos Contos” – XIII Edição das Palavras Andarilhas e a “Feira da Água”. Recorde-se que o “Diário do Alentejo” avançou em primeira mão, na edição da semana passada, as estratégias relativas à requalificação do centro histórico da cidade, bem como do Programa de Regime de Apoio aos Municípios para a Acessibilidade (Rampa). A generalidade do programa “Beja, Alma Criativa” incide em temáticas como a cultura, o património, a coesão territorial, o desenvolvimento, o planeamento e ordenamento e a cidadania.

Classificação publicada a 10 de abril no “Diário da República”

Casa onde Fialho de Almeida viveu em Cuba é “monumento de interesse público”

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casa onde o escritor Fialho de Almeida viveu 18 anos na vila de Cuba foi classificada como monumento de interesse público, devido ao seu valor patrimonial associado à “relevante figura da literatura portuguesa”. Segundo a portaria da classificação, assinada pelo secretário de Estado da Cultura, Jorge Barreto

Xavier, e publicada na quinta-feira, dia 10, em “Diário da República”, Fialho de Almeida viveu na casa entre 1893, após ter casado com uma proprietária rural da região, e 1911, quando faleceu. O valor patrimonial da casa, um imóvel térreo, que conserva “intactas” as características arquitetónicas

originais, “estende-se à sua associação” a Fialho de Almeida, uma “relevante figura da literatura portuguesa”, refere a portaria. Por isso, a casa configura “um testemunho importante do ponto de vista da identidade e da memória coletiva nacional e um indubitável ponto de referência histórica e simbólica da sua comunidade”.


“Passadeira de Abril”, uma obra artística manufaturada por centenas de pessoas, vai ser apresentada publicamente no próximo dia 24, às 21 horas, na praça Sacadura Cabral, em Moura. A exposição, que está incluída no programa de comemorações dos 40 anos do 25 de Abril, resulta de um trabalho realizado ao longo das últimas semanas, na Ludoteca Municipal de Moura, sob orientação das suas educadoras, por alunos do pré-escolar e 1.º

“Olhar a Liberdade” no Mercado de Aljustrel Inaugurada no passado sábado, 12, no Mercado Municipal de Aljustrel, a exposição de fotografia “Olhar a Liberdade” vai estar patente até ao próximo dia 10 de maio, seguindo depois para uma itinerância pelas várias freguesias do concelho. A mostra resulta da 8.ª edição do concurso homónimo,

ciclo do ensino básico das escolas de Moura, da EB2+3, do ensino estruturado e especializado, da Escola Profissional de Moura, da Universidade Sénior e da Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão com Deficiência Mental (Appacdm) de Moura. Participaram na elaboração da obra mais de 700 adultos e crianças, tendo sido utilizadas 19 mil folhas de jornal e confecionados 12 mil cravos de papel para ornamentar a “Passadeira de Abril”.

promovido pela Câmara de Aljustrel, de que saíram vencedores João Coutinho (Rio de Mouro), com o primeiro prémio, Luís Sarmento (Carcavelos), com o segundo, e António Marciano (Lisboa), que ficou em terceiro lugar. Sofia Fernandes (Aljustrel) venceu na categoria Prémio Juventude e Rui Luís Gomes (Aljustrel) no Prémio Concelho de Aljustrel. O concurso

A quinzena original estende-se este ano para um mês de música, teatro, dança, leituras e exposições nesta 24.ª edição da Primavera no Campo Branco, inaugurada ontem, quinta-feira, com o espetáculo “Viva quem canta… a liberdade!”, e a decorrer até 18 de maio.

contou com a participação de 29 candidatos, oriundos de norte a sul do País, e inclusive do Brasil, informa o município, adiantando que, depois de 10 de maio, a exposição também poderá ser vista nos três distritos alentejanos “no âmbito da colaboração estabelecida entre o município e o Instituto Português do Desporto e Juventude - Direção-Regional do Alentejo”.

Paulo Nascimento, vereador da Cultura em Castro Verde, realça a vitalidade criativa e associativa do concelho como resultado de uma aposta que só Abril tornou possível – ao abrir “as portas do acesso à cultura e à educação”. Texto Carla Ferreira

Primavera no Campo Branco junta município e agentes culturais locais

“Uma porta aberta à cultura” em Castro Verde as dinâmicas locais, uma porta aberta à cultura.

Nesta edição da Primavera no Campo Branco, programação que já leva 24 anos, inicia-se um novo figurino de programação. O que é que muda em concreto e porquê?

Ensaiamos um novo calendário temporal, ou seja, a programação deixa de estar condicionada a uma quinzena, representando uma diminuição de iniciativas e a sua distribuição ao longo de um maior período de tempo, procurando ir ao encontro de uma maior disponibilidade dos públicos e dos produtores culturais. Por sua vez, este novo figurino tem subjacente a criação de novos espaços de programação e o reforço de outros, potenciando uma maior descentralização da animação ao longo do ano. Por exemplo, vamos criar uma animação de verão para as pequenas localidades, equacionando públicos e recursos disponíveis, como a dinâmica dos projetos e equipamentos culturais (museus, pólos da biblioteca) que existem fora da sede de concelho. É uma edição, tal como as anteriores, associada às comemorações do 25 de Abril, mas este ano especialmente dada a celebração dos 40 anos da Revolução. O que foi programado neste âmbito?

Programámos um leque variado de iniciativas que abordam temáticas relacionadas com a Revolução. De forma mais intensa, todo o conjunto de iniciativas que habitualmente acontece nesta data e o surgir de muitas outras, como o espetáculo “Viva quem canta… a liberdade”, uma produção e organização de várias entidades locais. Apresentamos as exposições “Cartazes do 25 de Abril” e a estreia nacional de “Os Olhos da Memória”, do fotógrafo Armindo Cardoso, decorrem os Jogos Florais… Desde a primeira

Por exemplo, qual o peso dos produtores culturais e do movimento associativo locais nesta programação?

Paulo Nascimento Vereador da Cultura da Câmara Municipal de Castro Verde

hora que o 25 de Abril é uma bandeira da Primavera no Campo Branco. Este ano, uma parte das iniciativas resultou da programação elaborada no seio da comissão concelhia criada para o efeito. Em suma, serão muitas as iniciativas a lembrar que Abril mudou as nossas vidas e que abriu as portas do acesso à cultura e à educação. São 24 anos assentes no mesmo lema: “a cultura como veículo fundamental na formação pessoal e na valorização das comunidades”. São já palpáveis, na dinâmica cidadã local, os resultados dessa aposta?

Eu costumo dizer que esta iniciativa não é um oásis de programação cultural: ela está contextualizada por uma dinâmica que acontece todos os dias e é nesta perspetiva que ela deve ser encarada – como um contributo para a formação pessoal e para a valorização da nossa comunidade.

Todos os dias trabalhamos para formar públicos, e isso é visível em muitas áreas; procuramos desenvolver nas pessoas ferramentas fundamentais como a sensibilidade e a criatividade. Atualmente, Castro Verde é uma terra com dinâmicas muito interessantes, onde todas as semanas centenas de pessoas se juntam para cantar, dançar, tocar música… há disponibilidade, gente que cria e aproveita oportunidades, uma atitude que é visível no movimento associativo, na comunidade escolar interventiva culturalmente, numa nova geração que está a reinventar o artesanato. É uma terra com uma livraria, uma rede de bibliotecas, etc. E, neste campo, a Primavera tem sido um espaço de comunhão e partilha em prol desta causa, recebendo do exterior iniciativas artísticas multidisciplinares e proporcionando, simultaneamente, um espaço de visibilidade e estímulo para

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12 mil cravos ornamentam “Passadeira de Abril” em Moura

É uma iniciativa que organizamos com o contributo de vários parceiros, onde os agentes locais desempenham um papel importante. Encontramos programados espetáculos de produtores locais a par da construção coletiva de iniciativas que envolvem várias entidades, como é caso do concerto de abertura, onde se juntam à autarquia a secção local do Conservatório, a Associação Sénior Castrense e Os Ganhões. Os artesãos e afins vão dinamizar mais uma edição do projeto Terra Mexe, vamos apresentar uma exposição de rua da autoria do artista e designer gráfico Joaquim Rosa, etc. São momentos em que os agentes locais são os protagonistas, sejam eles de tipologia mais erudita ou mais popular, porque esta Primavera também celebra a cultura enquanto festa. Que momento ou momentos destacaria nesta edição e porquê?

Para além das comemorações de Abril, outro dos momentos importantes é o aniversário da Biblioteca Municipal Manuel da Fonseca e a celebração do livro e da leitura. Por outro lado, a Primavera continua a ser uma oportunidade para assistirmos a alguns espetáculos que não devem acontecer só nos grandes centros urbanos. Mas mais do que destacar momentos, prefiro deixar a proposta para que as pessoas consultem o programa, disponível em www.cm-castroverde.pt, e tracem as suas rotas para viver esta Primavera.

Alvito inicia comemorações de Abril na segunda-feira Espetáculos de música, atividades desportivas, conversas, sessões de pintura e histórias, almoços e um workshop de graffiti marcam as comemorações em Alvito dos 40 anos do 25 de Abril, que começaram na segunda-feira, 14, e se prolongam até dia 26. O destaque vai para a noite do dia 24, véspera do 25 de Abril, com o concerto da banda Venham Mais Cinco, a partir das 21 e 30 horas, na praça da República, seguindo-se, à meia-noite, o lançamento de foguetes. Arruadas, almoços convívio, distribuição de cravos à população, atuações de grupos corais e atividades desportivas são as ofertas para o dia 25 de Abril nas duas freguesias do concelho, Alvito e Vila Nova de Baronia. As atividades “Pintar Abril” e “Histórias de Abril”, torneios de dominó, damas, sueca e snooker, o workshop “Grafitar a Liberdade”, a sessão pública “Relembrar, Repensar e Refazer Abril”, a conversa “Fala-me de Abril”, com o músico Francisco Fanhais, e a apresentação do livro Reforma Agrária - A Revolução no Alentejo, de José Soeiro, completam ainda o programa.

Semana Gastronómica do Borrego envolve 130 restaurantes A Turismo do Alentejo e Ribatejo promove desde segunda-feira, 14, e até ao próximo dia 21, a Semana Gastronómica do Borrego, uma iniciativa que tem por objetivo “divulgar os restaurantes, a qualidade gastronómica, e a excelência dos produtos alentejanos e ribatejanos”. A semana, divulga a Entidade Regional de Turismo, conta com adesão de cerca de 130 restaurantes que, espalhados pelos 58 concelhos que integram os destinos Alentejo e Ribatejo, “acrescentaram às ementas pratos que têm como produto principal o borrego, confecionados com a mestria dos saberes e sabores tradicionais”. A Semana Gastronómica do Borrego é a segunda – a primeira foi dedicada ao porco – de várias iniciativas semelhantes que irão decorrer, ao longo do ano, nos dois territórios, lembra a Entidade Regional de Turismo.


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Os governos civis foram extintos com a propaganda de que eram uma coisa ultrapassada. (…) Foi um grande disparate. Acabou-se com o interlocutor entre o estado central e as populações. Se havia que reformular algumas coisas, com certeza que havia, que se reformulassem. Agora extinguir o cargo, para mim, foi um grande disparate. Manuel Monge, último governador civil de Beja ao jornal “A Planície”, 15 de abril de 2014

Opinião

PPP para o museu? José Filipe Murteira Professor

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ão, não estamos a falar naquelas PPP de tão má memória, de Scuts e quejandas, em que os lucros vão para o privados e os prejuízos (que nós e as gerações futuras teremos de pagar) caem sobre o público. Até porque, infelizmente, no setor cultural não é muito habitual o investimento ou o apoio mecenático das em-

presas privadas. Quando falo de uma PPP para o Museu Regional de Beja, refiro-me a uma “parceria público-pública” que, enquanto proposta, visa apenas a resolução dos problemas que têm assolado este equipamento cultural ao longo dos anos. E que, na minha opinião, corrigirá uma situação de injustiça que se tem mantido e que poucas vezes tem sido aflorada. Antes de mais, importa esclarecer que esta proposta assenta em duas premissas: a primeira é que, ao contrário do que por vezes alguns responsáveis políticos regionais afirmavam (embora esta tese hoje esteja praticamente posta de lado), o Museu Regional, não deverá ser transformado em museu nacional; a segunda é que, ainda que a regionalização esteja (por agora) na gaveta, penso que este museu, bem como outros equipamentos culturais deverão integrar uma futura entidade política regional, a exemplo do que acontece bem aqui ao lado, na Extremadura ou na Andaluzia. Até porque, tal como está previsto na Constituição, o fim dos distritos (e das assembleias distritais), que está a decorrer, deveria acontecer na sequência da criação das Regiões Administrativas. Ora, além desta criação estar nas calendas gregas, não são as NUT nem as CIM que vão substituir esta importante reforma na organização política do nosso país. Voltando atrás, a situação de injustiça a que me referia tem a ver com o facto de, contrariamente aos museus nacionais (onde se incluem os da maioria das capitais de distrito), financiados pelo orçamento do estado, o Museu de Beja, tem sido suportado exclusivamente pelos orçamentos dos municípios do distrito (nomeadamente por Beja, o que é compreensível, mas que o anterior executivo municipal parece não ter compreendido, agravando os problemas existentes, quer ao nível do pagamento de salários, quer na manutenção do próprio edifício, o que está bem à vista de todos). Esse financiamento nacional, para além do normal funcionamento, também se verifica nas grandes obras de recuperação (financiadas por fundos comunitários com alguns milhões de euros) que foram levadas a cabo, nomeadamente no Grão Vasco, em Viseu, no Machado de Castro, em Coimbra, ou no de Évora, todos eles intervencionados com projetos de grandes arquitetos nacionais (Souto de Moura, Gonçalo Byrne e Raul Hestnes Ferreira, respetivamente). Para não falarmos, é claro, na faraónica e dispensável construção do novo edifício para o Museu dos Coches, em Lisboa (cerca de 31 milhões de euros). Ora, todos sabemos que a contrapartida nacional de um projeto desse tipo no Museu de Beja teria, mais uma vez de ser suportada pelos parcos cofres municipais, o que, à partida, inviabiliza qualquer grande investimento que aí se pense realizar (e que bem necessário seria). É por tudo isto que, na minha opinião, de modo a reparar a injustiça atrás referida, se justifica uma parceria entre entidades públicas que, com base num contrato-programa, viabilize o futuro do Museu Regional de Beja. Um contrato a médio-longo prazo (10/20 anos), que contemple o financiamento tripartido deste equipamento, pelo Estado, pelo Município de Beja e pelos restantes municípios que constituem a Assembleia Distrital, estes, obviamente, em valores percentualmente mais reduzidos que os dos outros dois parceiros. Esta solução implicaria a gestão pela autarquia bejense, através de um contrato de comodato estabelecido com os restantes municípios e, naturalmente, a passagem para os seus quadros do pessoal do museu, por meio de um mecanismo legal que ultrapasse os condicionalismos legais atualmente em vigor e que vão em sentido contrário, ou seja, a redução de pessoal.

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Está à porta a 31ª. edição da OVIBEJA, este ano sob o lema “Terra Fértil”. Uma alusão à reformulação da estrutura rural do Alentejo com a chegada da água de Alqueva, aos novos negócios, às novas tecnologias do regadio, às novas culturas. Mas, ao mesmo tempo, a Ovibeja não abandona o seu passado genético, a agricultura em extensivo, e vai promover um debate em torno da nova PAC. Toda a agricultura deste mundo, portanto. PB

O Alentejo, nos dias de hoje, é um contribuinte líquido de Portugal. Não há qualquer problema nisso. O problema é que poderíamos contribuir muito mais se o atual governo investisse nesta região. Cada euro investido no Alentejo representa dois ou três euros que retornam a Portugal, emprego que é gerado e riqueza que aqui é produzida. É esta a receita para a crise. Bravo Nico, “Diário do Sul”, 9 de abril de 2014

Esta PPP deverá contemplar, igualmente, outros dois pontos: por um lado, a inclusão no contrato-programa da realização regular de obras de manutenção e de melhoria das condições expositivas das coleções do museu (em eventuais candidaturas a fundos comunitários, também) e, por outro, a garantia de que, no momento de uma eventual regionalização, este equipamento e respetivo pessoal passam para a gestão da futura entidade política a criar. Este é apenas um contributo de um cidadão interessado em ver solucionado os problemas que têm afetado sistematicamente um importante monumento do nosso património regional e nacional, as suas magníficas coleções de pintura, o espólio dos trabalhos de Abel Viana ou de Fernando Nunes Ribeiro, o raro núcleo visigótico, bem como a estabilidade profissional dos seus funcionários. Em nome, também, da memória viva de Mariana Alcoforado, a freira de Beja, que tantas páginas tem inspirado, divulgando a cidade e a região. Têm a palavra, então, a Assembleia Distrital, a Câmara Municipal de Beja, a Direção Regional da Cultura do Alentejo, a Direção Geral do Património Cultural, a Secretaria de Estado da cultura. Que se sentem à mesa e discutam esta ou outras propostas, em nome da cultura, em nome da justiça, da não discriminação de cidades ou regiões, e da solidariedade nacional. Duas notas finais. A primeira é a de que se elabore uma parceria idêntica para “salvar” Pisões, incluindo, por motivos óbvios, a EDIA no lugar da Assembleia Distrital. Para que, também nas estações arqueológicas, essa importante villa romana não continue a ser o parente pobre, ao lado de São Cucufate ou de Miróbriga, já para não falar de Conímbriga, todas elas sob a tutela do poder central. A segunda nota é a de que, sem quaisquer fundamentalismos provincianos anti Évora (que não tenho, antes pelo contrário), registo a recente notícia de se estar a preparar um novo projeto cultural para o Convento de São Bento de Cástris, onde esteve prevista a instalação do Museu da Música, projeto esse que resultará da parceria entre a CM Évora, a DR Cultura, a SEC e a CCDR Alentejo. Positivo, sem dúvida, e que reforça ainda mais o sentido da proposta desta parceria para “salvar” o Museu de Beja. Vamos a isto?

Abril – e depois? Marcos Aguiar Licenciado em Psicologia

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flige assistir ao establishment no poder em Portugal a desbaratar (às vezes a ridicularizar) o trajeto que fizemos enquanto país nas última quatro décadas de democracia. Para eles, tudo está mal e nada se alcançou nos últimos 40 anos. Para eles, os sucessivos Governos (até os de orientação social-democrata) foram um fracasso total, que os próprios se sacrificam por mitigar. Para eles, o 25 de Abril foi apenas uma quimera “esquerdalha” que despoletou a desgraça que vivemos hoje, situação que, eles mesmos, homens e mulheres do futuro, se encarregarão de resolver – custe o que custar. E falam de crescimento económico. E aclamam a primazia dos mercados. E papagueiam a necessidade de pagar a dívida e calar. E falam muito, muito mesmo, de produtividade – da urgência do seu incremento - enquanto fator único à metamorfose deste País de malandros e preguiçosos numa nação de gente séria e trabalhadora. O segredo: aumentar o PIB (Produto Interno Bruto) e distribuir os resultados pelas pessoas. Assim, sem mais, seremos todos felizes, como no sonho americano. Supostamente esta leitura tem aderência à realidade. Vivemos num país pouco desenvolvido, porque produzimos pouco, logo merecemos também pouco. Esta certeza, tão má, só pode resultar da nossa incapacidade individual e coletiva para enriquecermos. Fizemos tudo mal e, por isso, não podemos continuar a percorrer o caminho que nos trouxe até aqui. Supostamente…. Mas, supostamente não chega! As correntes da ciência económica dominantes, em que a maioria do Governos baseia as suas políticas, sustentam as avaliações

macroeconómicas em modelos simplistas e ultrapassados, que não interpretam a realidade à luz do que realmente importa às pessoas. Por exemplo: será que se vive melhor na NZ – Nova Zelândia ou nos EUA Estados Unidos da América? Olhando o PIB per capita de cada um dos dois países é fácil concluir que haverá mais qualidade de vida nos EUA (com um PIB per capita de 45 336 dólares), do que na NZ (em que o PIB é de apenas 25 857 dólares). Mas a realidade diz-nos que tal não é linear. Não chega calcular o resultado monetário da atividade económica de um país e dividi-lo pelo número de habitantes para perceber o nível do seu desenvolvimento. Mas, afinal, vive-se melhor na NZ ou nos EUA? Na verdade, os neozelandeses vivem muito melhor que os norte-americanos, apesar de, em média, os primeiros ganharem muito menos dinheiro do que os segundos. Simplificando, os neozelandeses, apesar de ganharem menos, usufruem daquilo que os americanos não têm – de um Estado que assume plenamente as suas funções sociais em benefício das pessoas. Simplificando ainda mais - os primeiros vivem, os segundos consomem. À luz do relatório Indicadores de Progresso Social 2014, Social Progress Index Results 2014, da responsabilidade do reputadíssimo professor de Harvard, Michael Porter (ainda alguém no atual Governo se lembra do Relatório Porter, encomendado por Cavaco Silva em 1994?), publicado há dias pela organização Social Progress Imperative, o desenvolvimento de um país não pode ser aferido apenas a partir de variáveis económicas clássicas, como o PIB ou o PIB per capita. O progresso deve ser, sim, indexado a indicadores abrangentes e verdadeiramente relevantes para as pessoas, como saúde, habitação, segurança, acesso à informação, sustentabilidade e acesso à educação. Como afirma o professor Porter: “Até hoje, sempre se supôs que existe uma relação direta entre crescimento económico e bem-estar. No entanto, nem todo o crescimento económico é igual. Embora um alto PIB per capita influencie o progresso social, essa relação está longe de ser automática.” Dos dez primeiros colocados do ranking, oito são países europeus. A Nova Zelândia ficou na primeira posição (com 88,24 pontos). Em seguida surgem a Suíça, Islândia, Holanda, Noruega, Suécia, Canadá, Finlândia, Dinamarca e Austrália. Curiosamente, os EUA (a meca do liberalismo económico) aparecem apenas na 16.ª posição deste ranking. No final da lista surgem Burundi (130.ª), República Centro Africana (131.ª) e Chade (132.ª). Portugal está na 22.ª posição (com 80,49 pontos), à frente de países como a Coreia do Sul (28.ª posição), Itália (29.ª posição), Emirados Árabes Unidos (37.ª posição), entre outros, e imediatamente abaixo de Espanha (21.ª posição) e França (20.ª posição). Os resultados deste estudo permitem-nos tirar várias conclusões: 1ª. Ganhar mais dinheiro não garante automaticamente mais qualidade de vida – porque consumir não é sinónimo de viver; 2.ª. O segredo não está apenas em quanto se ganha, mas também em como se gasta – esta regra aplica-se aos países e aos cidadãos em geral; 3.ª. O trajeto de Portugal, nos últimos 40 anos, ao contrário do que o establishment nos quer impingir, colocou-nos no topo da lista dos países mais desenvolvidos do planeta – globalmente, não há razões para nos envergonharmos do nosso passado; 4ª. Os Governos do Mundo devem urgentemente rever os critérios utilizados para avaliar os índices de desenvolvimento, agregando ao critério económico fatores de sustentabilidade social e ambiental – políticas para as pessoas e não apenas para os mercados económicos. Passados 40 anos de democracia, importa alimentar a liberdade de sonhar que o 25 de Abril consagrou, mas importa ainda mais que escoremos o nosso pensamento na objetividade e no pragmatismo a que o presente obriga. E depois? E o futuro? Agora que sabemos que “dinheiro no bolso” não é tudo, importa que os Governos da União Europeia, como o português, assumam o legado impar de compromisso social, de paz, de solidariedade, de justiça e de igualdade que esteve na origem projeto europeu, adotando novas ferramentas de suporte às opções políticas, identificando novos desafios e aproveitando as oportunidades num mundo globalizado. Nos últimos 40 anos fizemos tudo mal? Claro que não! E a esperança reside, não só na construção de um futuro que coloque as pessoas no centro das opções políticas, mas também na disponibilidade para assumirmos plenamente um passado que, para o bem e para o mal, é o nosso!


Abril é tempo de primavera cultural em CASTRO VERDE. Há muitos anos a esta parte que a cultura sai às ruas daquela vila do Campo Branco com a intensidade própria das plantas que despontam nesta altura. Mas este ano a celebração cultural da primavera tem um encanto ainda maior com a passagem dos 40 anos da Revolução de Abril. O programa das festas é assinalável, tal como a data o exige e merece. PB

Há 50 anos Moura e a valorização turística

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m abril de 1964, o “Diário do Alentejo” manifestava preocupação com a falta de promoção turística do Baixo Alentejo e publicava diversos artigos sobre o assunto. Numa das edições desse mês, a Nota do Dia abordava, precisamente, o tema “Moura e a sua valorização turística”, em texto não assinado. Escrevia o vespertino bejense nesse espaço editorial: “Moura é uma vila que de há muito presta carinhoso e eficiente interesse á sua valorização turística, não só por meio de iniciativas felizes e de grande projecção (cite-se, á laia de exemplo, o seu tão divulgado como aliciante ‘Concurso de Ruas e Janelas Floridas’) como por uma propaganda persistente do seu valioso património histórico e das suas ridentes belezas naturais. Não constitui mesmo exagero a afirmação de que é, até agora, a única terra do distrito de Beja que tem sabido pugnar pelo seu desenvolvimento turístico, aproveitando bem as condições de que dispõe para essa campanha. Às autarquias pertence, naturalmente, a parte principal de tal obra. Mas a iniciativa particular secunda-a de forma assaz apreciável. A última prova deu-a recentemente a empresa concessionária das ‘Águas de Moura’ transformando o hotel local num dos melhores estabelecimentos do género no Sul do País. As suas actuais instalações são magníficas, não lhes faltando um cunho de acentuado modernismo, que lhe dão uma faceta altamente convidativa. Sabendo-se que o progresso turístico de uma localidade depende basicamente da resolução do seu problema hoteleiro, é fácil avaliar o que este melhoramento representa para o futuro de Moura. A simpática e formosa vila da ‘Margem Esquerda’ deu assim um passo decisivo na sua valorização turística. Um passo e um exemplo. Que este seja seguido pelas principais vilas do distrito e, especialmente, pela cidade-capital.” Essa edição de 6 de abril não publicava na primeira página qualquer notícia destacada. Anunciava, com fotografia (muito raras, no “DA” da época), a morte, aos 84 anos, do general norteamericano Douglas Macarthur, dava pequenas notícias do País e do estrangeiro, informava que Alves Redol ia a Évora (“Desloca-se a esta cidade no próximo dia 11 o escritor Alves Redol, um dos autores portugueses mais representativos da actualidade, que proferirá, á noite, na Sociedade Operária de Instrução e Recreio ‘Joaquim de Aguiar’ uma conferência subordinada ao tema ‘A minha experiência de escritor’, a qual será seguida de colóquio”) e fazia a crónica da partida Desportivo de Beja-Montijo, a contar para o campeonato nacional de futebol da 2.ª divisão (Zona Sul), que os bejenses ganharam por 2-1. À 24.ª jornada, entre 14 equipas, o Desportivo estava em antepenúltimo lugar da classificação, acima do Lusitano de Évora e do Sacavenense, e longe dos primeiros, o Torreense e o Peniche. Carlos Lopes Pereira

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A 10 de abril, o Ministério da Saúde publicou uma portaria onde classifica os hospitais do País em diferentes patamares. A Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo, e por arrastamento o HOSPITAL José Joaquim Fernandes, passa a pertencer ao grupo 1. O que, entre outras incidências, pode significar, a prazo, a perda da maternidade e de muitas outras valências e especialidades em Beja. Muito preocupante! PB

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Não há na sociedade pessoas mais úteis e reprodutoras do que os imbecis (tolos, parvos, estúpidos). Se tivessem existido homens e mulheres de génio, é bem possível que ainda fossemos bárbaros, todavia sem os estultos, sem os imbecis, o género humano talvez tivesse muitas dificuldades em chegar aos nossos dias. Joaquim Palminha da Silva, “A Defesa”, 9 de abril de 2014

Poemário Bejacapital

É custoso e atormenta Não pensamos no que aí vem O rastilho dos setenta

Jorge Pulido Valente

Beja és capital do Baixo Alentejo Cidade linda que tanto desejo O teu castelo e torre de menagem Destacam-se na planície e na paisagem És cidade romana com xx séculos de história Dos que aqui nasceram ou viveram pr’ sempre ficas na memória És capital do Alqueva agrícola És também grande centro vinícola e olivícola Terras outrora abandonadas estão hoje semeadas Tens um aeroporto internacional E um importante património cultural Tens o rio Guadiana E o cante que te dá fama Beja és capital E não há outra igual És rainha da planície dourada E sempre serás por mim lembrada.

A ambição da idade Hélder Sousa Viegas

Fazer anos prós mais novos Atingir a maior idade Sempre foram ambições Para gozar a liberdade. Tudo é um mar de rosas Já com essas primaveras Mas aí começam a vir Responsabilidades severas São estudos a complicar Aumenta a responsabilidade Começam os anos a fugir Falta tempo à mocidade Já com cursos terminados A pensar mais no futuro Os entraves aparecem É um tempo muito obscuro A galopada não para Os vinte estão no fim Sem a gente se aperceber A vida é mesmo assim Trinta, quarenta, cinquenta É cavalgada sem norte Começam a aparecer As pontadas pouca sorte Mas o mal vai piorar

Entramos já na velhice Olhar para trás dá azar Felizmente pois que chegam São poucas a lá chegar Hoje em dia há ambição De ir sempre mais além Só se sentem satisfeitos Quando atingem os cem.

Com a nossa força moral

Quem não pôde escolher Foi para a construção civil Viemos para cá muitos mil Com muita alegria e prazer.

2014/04/25 Nogueira Pardal

Ergui ao céu os braços e gritei: Sou livre, posso falar, chorar, cantar… Abracei o primeiro que encontrei A liberdade acabara de chegar. O sonho durou pouco infelizmente E mais curtos os dias de euforia, Alguém quer domar a nossa gente E matar de vez nossa alegria.

Manel Martins Nobre

Com a nossa força moral E muita vontade de vencer Nós viemos para o Seixal Com muita alegria e prazer Embarcamos na carreira Que vinha para Lisboa Eramos todos gente boa Com alegria de primeira Do norte do sul ou beira Numa aventura especial Para muitos era normal Fazerem esta mudança Vinha linda esperança Com a nossa força moral Viemos para esta região Almada Seixal e Barreiro Viemos de Portugal inteiro Pessoas de bom coração Para ganhar o nosso pão Todos queríamos aprender A força que se veio trazer Tão bem veio o talento Vinha no pensamento Muita vontade de vencer

Mas um povo, se é povo, não consente Que lhe dobrem a cerviz uma só vez, Estamos prontos p’ra lutar arduamente Por um futuro nosso, português. Somos herdeiros de Gamas e Cabrais, Florbelas e Sophias e tantos mil Que nunca honraremos por demais, Como mais perto os capitães de Abril. De D. Afonso Henriques até hoje Sempre fomos gente vertical Por isso aqui dizemos, não nos foge O futuro do país que é Portugal. Tem que ser mais de luta que de festa Este dia de tantas emoções Ergamos pois aquilo que nos resta Celebrando a vida com cravos e canções.

Primavera mais azul Luís Ferreira

Era povo sem maldade Cada um da sua aldeia Tínhamos sangue na veia Tão bem a nossa vaidade De virmos para a cidade Era um desejo normal Desta gente boa e social Com vontade destemida De melhorar a nossa vida Nós viemos para o Seixal Temos sido respeitados Livres com compromissos Deixamos de ser omissos Aqui e em vários lados Não estivemos cá parados Havia sempre que fazer

Como pode a água Suportar por igual à flor da pele, A folha do nenúfar E o barco gigante? Como pode ao mesmo tempo Unir e separar as margens Que nos separam de outras distâncias, E ser macia e forte e transparente, E ao mesmo tempo poderosa, Azul e clara, Vencer o fogo, E deixar-se moldar Como pele de tudo o que existe, E penetrar sem resistência Nas entranhas da terra, E transformar as sementes para a vida!


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Reportagem

João Dias

Maria Manuel Lúcio

Nascidos com a Revolução dizem-se desiludidos “com o rumo que o País tomou”

Os “filhos” de Abril João Dias, Maria Manuel Lúcio, Fernando Montes e Carlos Banha nasce-

J

oão Dias nasceu na maternidade do Hospital José Joaquim Fernandes, em Beja, a 26 de abril de 1974, faltavam 10 minutos para as duas da tarde. Um dia após o golpe de estado transformado em revolução pelo povo e que deitou por terra a ditadura do “Estado Novo”. Mas é como se tivesse sido no próprio dia. Aliás, a mãe entrou em trabalho de parto na manhã do dia 25, “de tão assustada que ficou” depois de ter sabido pela rádio que tinha havido uma revolução. “Eu nasci em plena Revolução, o que sempre encheu de orgulho os meus pais e falar do dia do meu nascimento é o mesmo que falar na Revolução de Abril. Foi um dia vivido com uma extraordinária emoção e uma alegria indiscritível. É algo especial, sem dúvida”, afirma o docente do Instituto Politécnico de Beja, doutorado em Engenharia Alimentar. A saída da maternidade também se deu num dia memorável: 1 de Maio. Ao chegarem a casa, acabariam por cruzar-se com uma manifestação que passava nesse preciso momento pela rua, o que deixou a mãe de João emocionadíssima. “Para os meus pais foi um dia único. Toda a gente estava feliz, toda a gente se abraçava, sorria, toda a gente tinha esperança, esperança numa vida melhor. Foi um acordar demasiado rápido depois de um longo sono, o que levou a que se tivessem cometido algumas injustiças. Foi o tempo da Reforma Agrária que poderia ter sido ótima para a nossa região em termos de desenvolvimento, mas, infelizmente, por vezes, foi mal conduzida”. “Algumas injustiças” cometidas durante esse processo são precisamente um dos pontos negativos que o docente aponta à Revolução dos Cravos. A que acrescenta a “forma excessivamente rápida como se processaram certas mudanças, como

ram em abril de 1974, mês do golpe de estado transformado em revolução pelo povo e que deitou por terra a ditadura do “Estado Novo”, uma ditadura de quase meio século. Que trouxe a democracia. Volvidas quatro décadas sobre a Revolução dos Cravos, registamos o que têm a dizer sobre as conquistas de Abril, sobre o Portugal de hoje. Texto Nélia Pedrosa Fotos José Serrano

foi o abandono das ex-colónias”. De positivo, “a liberdade de expressão, o fim da guerra colonial, a melhoria no serviço de saúde, na educação e no direito à reforma”. As memórias mais antigas que tem dos festejos de Abril recuam aos finais dos anos setenta, quando participava nas iniciativas promovidas pela Câmara de Beja no jardim do Bacalhau e no jardim Público. Ou quando acompanhava os pais e a “tia Bia” em algumas atividades de carácter “mais político”. As comemorações do 25 de Abril, e também do 1.º de Maio, eram nos primeiros tempos, recorda, bastante participadas e vividas com “alguma euforia”, “com a certeza de que tudo iria ser diferente”. Atualmente, “já não se respira esse otimismo”, sendo que a democracia é vivida “de uma forma mais contida, em parte porque já se verificou que as mudanças tardam a chegar a todos”, diz. Quarenta anos depois, ainda que “os valores de Abril sejam intemporais porque se baseiam na democracia, igualdade, liberdade de expressão e justiça social”, João Dias considera que a sociedade está gradualmente a regressar a situações que pareciam completamente ultrapassadas. “Estamos a viver tempos complicados em que certos valores estão a ser colocados à prova,

mas com certeza que a Revolução teve um papel preponderante no desenvolvimento de Portugal nas últimas décadas. Existe mais justiça social do que há 40 anos, mas, infelizmente, nem todas as desigualdades foram colmatadas com a Revolução e verificamos hoje situações que não são muito diferentes das do tempo da ditadura. Ainda não é este o Portugal que gostaríamos de ver, mas, tal como em 1974, é preciso que exista esperança”. Até porque Portugal já “passou por várias crises na sua história e, felizmente, logrou ultrapassar sempre as dificuldades”, relembra. Por isso, mantém a esperança: “Não creio que a solução seja baixar os braços e lamentar o que não temos. A solução não virá de um dia para o outro, mas será mais rápida se todos acreditarmos e remarmos para o mesmo lado e, mesmo em tempo de crise, o nosso país tem mostrado muitas capacidades em diferentes áreas, como nas novas tecnologias, agroindústrias, biotecnologia, entre outras”. “É urgente voltar a abrir ‘as portas que Abril abriu’” Opinião semelhante tem Maria Manuel

Lúcio, nascida cinco dias antes da Revolução, a 20, também no hospital de Beja. Dia em que nasceram “mais 26 crianças” e que ficou “marcado

por uma enorme trovoada que se fez sentir em todo o Baixo Alentejo”, por “uma chuva tão forte” que acabaria por provocar vários prejuízos. “Tenho esperança que tudo irá melhorar. Temos que ter sempre esperança num país melhor, senão nada faz sentido”, diz a professora do 1.º ciclo do ensino básico atualmente sem colocação. Mas o País, vai logo adiantando, “ainda levará anos a melhorar”, pelo que “não vale a pena acreditar em falsas utopias”: “Somos um povo lutador, que não baixa os braços. Estamos todos um pouco cansados com a situação do País, com as injustiças de que temos sido alvo, mas acredito que tudo irá melhorar. Temos mesmo que acreditar, para dar esperança às novas gerações”. Maria Manuel e a mãe saíram da maternidade na tarde do dia 24, a poucas horas da transmissão da canção “E Depois do Adeus”, interpretada por Paulo de Carvalho, aos microfones dos Emissores Associados de Lisboa, o primeiro dos sinais combinados pelos jovens oficiais do Movimento das Forças Armadas para o desencadear do golpe militar. Pelo que os pais lhe contam, por esses dias, “na pequena aldeia do interior do Baixo Alentejo” onde viviam, Albernoa, não havia quaisquer indícios de que o golpe estaria em marcha. “Nada se sabia sobre o assunto, nem se fazia a mínima ideia do que estava para vir”. Os dias que se seguiram foram vividos “com muito medo”: “As pessoas não sabiam o que lhes tinha acontecido. Estavam um pouco atordoadas. Derrubaram o governo, e agora, o que nos irá acontecer? Questionavam-se. Até tinham medo de falar no assunto nas ruas. Foram dias de espera para ver o que aconteceria”. E o que aconteceu “foi muito mais do que a liberdade”, diz. Foi “um acordar de novo para a vida com a


Os entrevistados no primeiro ano de vida (pela mesma ordem)

Fernando Montes

democracia”. “Sendo mulher, morando no Baixo Alentejo e não sendo rica, a minha vida, se não fosse o 25 de Abril, seria, com certeza, muito diferente. Se calhar nunca tinha chegado à universidade. E tirar a carta se calhar seria impensável. Foram enormes as transformações políticas e sociais no nosso país. Havia um grande atraso económico e cultural em relação a outros países. Era esta a mudança que Portugal precisava na altura”. Uma mudança que permitiu, por exemplo, que a esperança média de vida aumentasse “12 anos”, o que “quer dizer que as coisas têm vindo a melhorar bastante”, destaca. Apesar disso, Maria Manuel não deixa de se sentir “um pouco defraudada” com a evolução e o rumo que o País tomou nos últimos anos. “Com esta situação de resgate em que ainda nos encontramos e as condições duríssimas que nos estão a ser impostas, estamos a perder alguns dos direitos alcançados com a Revolução. Não é justo para quem tanto lutou para os obter”. Na sua opinião, Portugal “precisa de arranjar maneira de recuperar todos os ideais e conquistas de Abril que já se perderam. As pessoas precisam é de viver com a certeza de que vão envelhecer com a dignidade que merecem. Nestes últimos tempos o povo português tem sido alvo de grandes injustiças, não aguenta muito mais… O desemprego é um dos maiores flagelos do nosso país. Há 40 anos não faltava trabalho. Aqueles que tanto lutaram para acabar com as injustiças no País não podem sentir que foi em vão. É necessário, e urgente, voltar a abrir ‘as portas que Abril abriu’”. Como dizia Ary dos Santos. Defraudado também se sente Fernando Montes, nascido a 3 de abril, na mesma maternidade de João e Maria Manuel. Defraudado porque “os partidos políticos ao longo destes 40 anos não deram continuidade aos ideais de Abril em prol de interesses económicos e políticos”. Garantidamente, este “não é o País que esperava”. Mas Fernando, que atualmente explora um pequeno café em Beja, tem “esperança que as coisas melhorem”. “Portugal precisa de um ‘26 de Abril’ já que os governantes estão esquecidos do 25”, reforça.

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Carlos Banha

Um 25 que trouxe “a liberdade de expressão, o acesso gratuito ao ensino e à saúde – que sem a revolução seria muito mais dificultado e mais elitista –, uma melhor qualidade de vida para todos os cidadãos e a abertura de novas portas a nível profissional”. Um 25 que faz questão de mencionar à filha de quatro anos, que o acompanha nos festejos de Abril desde o primeiro ano de vida. “Tentamos incutir-lhe os valores da vida, da liberdade, o respeito pelo próximo. Tentamos explicar-lhe o que foi a Revolução e para que serviu. Espero que o ensino escolar também faça a sua parte e lhe ensine o quanto foi importante esta revolução para o nosso país”, conclui. “A esperança é a última a morrer” Filho de pai natural de Amareleja e de mãe nascida em Sobral de Adiça, ambos emigrados em Moçambique, país onde se conheceram e casaram, Carlos Banha nasceu no Hospital Miguel Bombarda em Lourenço Marques, atual Maputo, a 12 de abril. O pai tinha 11 anos quando saiu de Portugal, a mãe seis. Pertenciam a famílias numerosas, a braços com “vidas muito difíceis”. Em abril de 74 os pais viviam “numa das aldeias criadas para os colonos”. O pai semeava arroz, algodão e milho. A mãe estava em casa a cuidar do irmão mais velho de Carlos. “O meu pai estava a trabalhar na machamba (agricultura) quando soube da Revolução pela rádio e foi com outros amigos e um enfermeiro, que na altura era o chefe da aldeia, saber o que se passava. Quando chegaram à vila mais próxima, que distava 10 quilómetros da aldeia, começaram a ver baixar a bandeira portuguesa e a içar a bandeira da Frelimo (Frente de Libertação de Moçambique). A vida, até à Revolução de Abril, em Moçambique, era calma, segura e nós vivíamos bem. Depois começou a existir alguma insegurança, já tínhamos receio de sair de casa, mas o meu pai não queria abandonar o que tinha construído”, conta. A 20 de dezembro desse mesmo ano, Carlos, o irmão e a mãe, então grávida do terceiro filho, “gerado na despedida”, embarcaram no aeroporto de Lourenço Marques rumo a Portugal,

Quarenta anos depois, ainda que “os valores de Abril sejam intemporais porque se baseiam na democracia, igualdade, liberdade de expressão e justiça social”, João Dias considera que a sociedade está gradualmente a regressar a situações que pareciam completamente ultrapassadas.

mais concretamente a Amareleja, onde tinham familiares. O pai continuou em Moçambique, “a tratar da agricultura, pois tinha 30 hectares de arroz para recolher”, o que lhe permitiria arrecadar dinheiro para começarem “uma vida melhor em Portugal”, mas também “na esperança de que as coisas estabilizassem”, o que “não viria a acontecer”. Acabou por regressar à sua terra natal, para junto dos seus. “Das duas malas de roupa, dos três pares de sapatos e do dinheiro da venda de arroz que inicialmente levava consigo – o resto tinha ficado para trás –, depois de ter sido revistado no aeroporto, apenas ficou com uma mala, um par de sapatos e 500 escudos no bolso, o suficiente para chegar perto da família. Pelo que os meus pais contam houve precipitação na gestão da relação com as ex-colónias. Penso que deveria ter existido cooperação e não existiu”, diz Carlos, que vive em Beja há duas décadas, desde os tempos do serviço militar. Atualmente é motorista de passageiros na Rodoviária do Alentejo

e dedica-se de corpo e alma ao projeto musical “Tony das Carreiras e suas bailarinas”, com as três filhas, de 11, 10 e seis anos. Uma espécie de tributo a Tony Carreira, e a outros cantores românticos, com que vão encantando “o povo pelas freguesias do nosso Alentejo”. Se o golpe de estado que derrubou o regime de Marcello Caetano não tivesse sido bem-sucedido, Carlos Banha não viveria, muito provavelmente, em Portugal. Ainda assim não tem dúvidas de que a Revolução “foi positiva”, uma vez que “viver numa ditadura, sem liberdade de expressão, é um sofrimento, e pelas histórias que ouço contar a muitos, houve, de facto, muito sofrimento. Não havia direitos para os trabalhadores nem horário de trabalho, era de sol a sol, e mal ganhavam para comer. Hoje trabalho muito na minha profissão, começo o meu dia de trabalho antes do sol nascer e termino muito tarde, mas tenho outros direitos que na altura não existiam. Embora neste momento já tenha perdido muitos direitos, que me fazem sofrer, imagino o que seria o sofrimento desses trabalhadores antes do 25 de Abril”. Carlos nunca esperou é que se chegasse “a esta conjuntura política, que só favorece alguns”. Com três filhas para criar, confessa que nunca sentiu “tanto medo como agora”. Medo “de não conseguir vê-las sorrir verdadeiramente felizes, porque até as crianças inocentes se apercebem das dificuldades” que o País atravessa. “Neste momento sinto-me principalmente desmotivado, trabalho cada vez mais e ganho cada vez menos. Mas a esperança é a última a morrer. Penso que um dia podemos viver melhor, pois já percorri muitos países e muitos lugares. Mas adoro o meu país, o meu Alentejo e quando ao longe avisto o castelo de Beja… só peço: por favor não me mandem emigrar. Sinto, no entanto, que os direitos que perdemos nestes últimos tempos, e foram muitos, dificilmente os voltaremos a recuperar”. A solução poderia passar por uma outra revolução, admite. “Infelizmente já não há Homens como antigamente… Precisamos da liberdade de Abril, não podemos continuar a trabalhar, trabalhar, trabalhar e calar… Mesmo assim, felizes são os que ainda têm trabalho”.


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Futebol Juvenil Distrital de juvenis 2.ª Fase – 4.ª Jornada Odemira-Despertar, 2-3; C.D.Beja-Castrense, 0-7. Líder: Despertar, 12 pontos. Próxima jornada (27/4) Castrense-Odemirense; Despertar-CD Beja.

Desporto

Distrital de iniciados 2.ª Fase – 4.ª Jornada Serpa-Moura, 1-6; Almodôvar-Aljustrel, 4-1. Líder: Moura, 12 pts. Próxima jornada (27/4) Aljustrelense-Serpa; Moura-Almodôvar.

Distrital de infantis 2.ª Fase – 8.ª Jornada Sp.Cuba-Aljustrelense, 7-0; Aldenovense-Despertar, 2-3; Despertar A-Almodôvar, 8-2. Líder: Despertar A, 22 pts. Próxima jornada (3/5) Despertar A-Sp. Cuba; Aljustrel-Aldenovense; Almodôvar-Despertar B. Liga de benjamins 3.º MOM – 8.ª Jornada Boavista-CD Beja A, 2-2; Alvorada-Despertar, 12-0; São Luís-BNSC, 1-7; Vas.

Gama-Castrense, 2-6; Alvito-Ferreira B, 1-1; Moura A-Aldenovense, 2-3; Aljustrelense-NS Beja, 2-1; Moura-Ourique, 8-4; Cab.Gorda-Piense, 0-3; Milfontes-CD Beja A, 0-1; Ferreira-Almodôvar, 10-0; Despertar A-Sp.Cuba, 1-5. Próxima jornada (26/4) B.º Conceição-Alvorada; Boavista-Sanluizense; Renascente-CD Beja B; Ferreira B- Vasco Gama; Aldenovense-Alvito; Serpa-Moura A; NS Beja-Cabeça Gorda; Moura B-Aljustrelense; Piense-Ourique; Almodôvar-Milfontes; Sp.Cuba-Ferreira A; Odemira-Despertar A.

Castrense ganhou ao Vasco da Gama e arrumou a questão do título

Com os campeões no sofá... Está tudo decidido. O Aljustrelense conquistou o título distrital e na próxima época disputará o Nacional de Seniores. O Bairro da Conceição já caiu para a 2.ª Divisão Distrital. O Aldenovense ainda não está matematicamente despromovido. Texto e foto Firmino Paixão

S

urpreendeu a decisão do Aljustrelense de antecipar em uma hora o início do seu jogo com o São Marcos, numa tarde em que os seis golos de Adão na goleada (9/1) à equipa de Manuel Simão mereciam ter sido coroados com a celebração do título dentro das quatro linhas. Assim não entenderam e já estavam no sofá a viver as emoções (que não os festejos do título encarnado) do Arouca-Benfica quando o Castrense apontou o golo que antecipou o título a favor dos tricolores, que ainda desfilaram pelas ruas da vila mineira a celebrar o regresso ao escalão nacional. Além da goleada assinada pelo campeão, destaca-se o triunfo do Odemirense no dérbi do litoral e as vitórias do Serpa (no Rosário) e do Piense (em Mértola) fora de casa. O Bairro da Conceição está despromovido e o Aldenovense quase. A antepenúltima jornada disputa-se apenas no próximo dia 27. Resultados (23.ª jornada): Rosairense-Serpa, 1-2; Odemirense-Milfontes, 2-1; AljustrelenseSão Marcos, 9-1; Aldenovense-Sporting Cuba, 1-2; Guadiana-Piense, 1-2; Castrense-Vasco Gama, 1-0; Bairro Conceição-Cabeça Gorda,

U

Distrital O Odemirense ganhou ao Milfontes e segurou o 3.º lugar

1-3. Classificação: 1.º Aljustrelense, 63 pontos. 2.º Vasco Gama, 51. 3.º Odemirense, 50. 4.º Castrense, 48. 5.º Milfontes, 44. 6.º Serpa, 35. 7.º Piense, 33. 8.º Cabeça Gorda, 31. 9.º Sporting

Cuba, 28. 10.º Rosairense, 28. 11.º Guadiana, 22. 12.º São Marcos, 16. 13.º Bairro Conceição, sete. 14.º Aldenovense, sete. Próxima jornada (27/4): Milfontes-Serpa; São Marcos-

-Odemirense; Sporting Cuba-Aljustrelense; Piense-Aldenovense; Vasco Gama-Guadiana; Cabeça Gorda-Castrense; Bairro Conceição-Rosairense.

Despertar foi ganhar a São Teotónio e baralhou as contas do título

Almodôvar está matematicamente despromovido às provas regionais

Três galos para dois poleiros

O fim de um ciclo...

ma estreia pouco auspiciosa do Renascente no novo piso sintético do Campo das Figueiras. A formação de São Teotónio perdeu em casa com o Despertar, caiu para o 3.º lugar e viu o Saboia isolar-se no comando. O Despertar não acusou a goleada que o Saboia lhe impôs, recuperou o fôlego e surpreendeu o Renascente no seu próprio terreno, recuperando o segundo lugar desta fase decisiva do Distrital da 2.ª Divisão. Não muito longe, o Saboia jogou em casa com o Amarelejense, venceu (3-2) e isolou-se no comando da prova. Tem mais um ponto que o Despertar e mais três que o Renascente, vantagem que terá que gerir na sua difícil deslocação a São

Teotónio marcada para o próximo dia 26. Nessa mesma ronda o Despertar recebe o Amarelejense e, ganhando, pode ainda tirar benefício do desfecho do dérbi a sul. O campeonato ficou emotivo, com três equipas em condições de lutar pelas duas vagas na primeira divisão, porquanto o Amarelejense, que não pontuou nesta primeira volta, pode estar afastado da discussão. Resultados 2.ª Divisão/2.ª Fase (3.ª jornada): Renascente-Despertar, 1-2; Saboia-Amarelejense, 3-2. Classificação: 1.º Saboia, sete pontos. 2.º Despertar, seis. 3.º Renascente, quatro. 4.º Amarelejense, zero. Próxima jornada (26/4): Despertar-Amarelejense; Renascente-Saboia. FP

O

Desportivo de Almodôvar perdeu no Barreiro, naquela que foi a sua nona derrota nos noves jogos da segunda fase do campeonato, e ficou oficialmente confirmada a sua despromoção ao futebol distrital. Mas caíram com dignidade. Amanhã a equipa almodovarense joga em casa com o Cova da Piedade, apenas para cumprir o calendário de cinco jornadas que ainda estão por jogar. O ciclo desta inédita experiência dos almodovarenses terminará depois, espera-se que sem danos colaterais para o futuro. Na tarde de amanhã, também, mas em Moura, a equipa local receberá o Barreirense, emblema que luta desesperadamente pelos pontos para fugir

à condição de antepenúltimo menos pontuado, lugar que o arrastará também para o distrital. Essa será a maior dificuldade para a equipa de Bruno Ribeiro que continua sem perder desde que chegou ao clube. Resultados (9.ª jornada): Louletano-U. Montemor, 1-2; Cova Piedade-Esperança Lagos, 3-1; Barreirense-Almodôvar, 3-0; Quarteirense-Moura, 1-1. Classificação: 1.º U. Montemor, 31 pontos. 2.º Moura, 29. 3.º Cova Piedade, 27. 4.º Quarteirense, 27. 5.º Louletano, 26. 6.º Barreirense, 23. 7.º Esperança Lagos, 14. 8.º Almodôvar, sete. Próxima jornada (19/4): Esperança L a g o s - U. M o n t e m o r ; A l m o d ô v a r -Cova Piedade; Moura-Barreirense; Quarteirense-Louletano.FP


A Associação de Patinagem do Alentejo (APA), em conjunto com a sua congénere de Setúbal, abriu inscrições para a realização de cursos de Treinadores de Grau 1 nas disciplinas de hóquei em patins, patinagem artística e patinagem de velocidade. A formação decorrerá em data ainda a anunciar, na área da associação que reunir maior número de inscrições.

Treinador do Odemirense faz um balanço positivo do campeonato e avisa

“Queremos conquistar a taça” O Sport Clube Odemirense tem ainda três jogos para consolidar, ou melhorar, o atual terceiro lugar que ocupa na tabela. Mas o balanço da época é positivo e as atenções já estão dirigidas para a conquista da taça. Texto e foto Firmino Paixão

A

ntigo atleta do clube, o engenheiro civil Nuno Luz, 38 anos, alerta para a conjuntura difícil que o futebol atravessa e garante que o clube, a que está intimamente ligado, não cometerá loucuras em nome de qualquer obsessão para levar o emblema a patamares superiores. Confessa ter um grupo com espírito ganhador e motivado para outras conquistas, por exemplo, a Taça Distrito de Beja, uma das metas do clube neste rodapé de temporada. O Odemirense pode terminar o campeonato no pódio, isso é bom ou é menos mau? u?

É bom, é claro que é bom, fizemos um bom campeonato, julgo que temos feito porr merecer esta uns pontos em posição. Até ao final ainda há alguns lassificação a disputa que poderão arrumar a classificação aremos o mápartir do segundo lugar, e nós daremos ermos garanximo em todos os jogos para podermos osso objetivo e tir a melhor posição. Esse era o nosso é isso que nós queremos, foi por issoo que lutámos ao longo da época. A intenção inicial não passou pelo o objetivo da equipa andar mais acima, a discutirr o título?

Evidentemente que nós jogamos sempre mpre para gaadores interionhar, é isso que este grupo de jogadores tura, pensarrizou e tem sido essa a nossa postura, mos jogo a jogo e jogarmos com a intenção de os ganhar todos. Foi sempre essa a nossa ambimos ganho toção desde o início e se os tivéssemos r. Mas chegou dos estaríamos no primeiro lugar. uma altura em que o Aljustrelensee ganhou uma guimos chegar grande vantagem e nós não conseguimos mos estar um lá perto, mas acho que até merecíamos pouco mais próximo deles. O Odemirense teve dois momentos entos menos bons, a derrota em Cuba e o empate pate em casa com o Piense…

Já fizemos essa análise com o nosso so grupo e foaram com um ram esses resultados que nos deixaram amos ter gaatraso difícil de recuperar. Podíamos ão fosse uma nho confortavelmente em Cuba, não grande exibição do guarda-redes e nós termos pecado na finalização. Perdemos o jogo no úlmos a ganhar timo minuto. Com o Piense estávamos por 2-0 ao intervalo e na segunda parte tudo se apa que estaalterou. Foi uma má fase desta etapa mos a cumprir no campeonato, se tivéssemos esmos estar a lutado melhor nesse período podíamos tar por outros objetivos. Mas ainda disputarão a final da Taça aça Distrito de Beja?

A taça é agora o nosso principal objetivo, sem dúvida. Queremos conquistá-la para darmos essa alegria aos nossos adeptos e para que estes jogadores possam ganhar “um caneco” porque eles têm sido fantásticos e merecem-no por tudo o que têm feito pelo clube. Se a ganharmos será mais uma prova do valor que nós temos, e só reforçar a ideia de muita gente que diz, e eu concordo, que somos uma das grandes equipas do distrito.

estrutura perfeita e uma equipa muito boa, com experiência acumulada para jogar num patamar superior. Fizeram o campeonato que se viu e chegaram antecipadamente ao título. Quero felicitar o meu amigo Vítor Rodrigues. O futebol do litoral está em boa maré. O Odemirense e o Milfontes no topo da 1.ª Divisão, Saboia e Renascente na fase final da segunda...

Vamos encarar esse jogo com a maior seriedade, o meu pensamento deve ser idêntico ao do treinador do Piense, mas estou convencido de que será um jogo difícil porque estarão em campo os dois finalistas da taça, que se disputará no sábado seguinte.

Sem dúvida que é um bom sinal. O Odemirense e o Milfontes são duas boas equipas deste campeonato, o Saboia e o Renascente estão a fazer uma boa caminhada e isso só acrescenta mais valor ao trabalho que fazemos aqui no litoral, essencialmente na formação. É importante para o concelho e valoriza o distrito, porque é um concelho muito grande, que parece estar um bocado à parte e afastado de Beja. Isso fará com que as pessoas olhem mais para este lado.

O Aljustrelense mereceu o título de campeão?

Vai continuar em Odemira para levar a equipa ao nacional?

O último jogo do campeonato será no terreno do outro finalista …

É uma equipa experiente, veio estruturada da 3.ª Divisão, mantiveram a base do plantel e ainda o reforçaram, com o objetivo claro se assumirem a subida de divisão. Têm uma

Logo se verá o que irá acontecer. Agora falamos apenas do presente, mas sou odemirense, fiz aqui o meu percurso como jogador, saí e voltei como treinador e como dirigente que também sou. Por isso, o meu futuro passa, com certeza, pelo Odemirense. A subida não é uma obsesssão, ão, conhecemos as dificuldades que existtem em e a existência de outros clubes com mais recursos. Noventa e cinco por cento da equipa é deste concelho e isso deixa-me feliz. O Odemirense não pode pensar em grandes voos.

Abril José Saúde

O universo desportivo ganhou novas alavancas que progrediram no tempo como consequências lógicas da Revolução dos Cravos. O 25 de Abril de 1974 trouxe a Liberdade a um povo acorrentado pelo poder do Estado Novo. Expressa o sentimento vivido em almas que conheceram as agruras de um país onde a ditadura ditava leis, que a permissão oferecida pelos Capitães de Abril franqueou, também, janelas ao mundo do desporto. Recordo, ainda, que o povo livre assumiu, literalmente, o fenómeno desportivo isento de máculas passadas. O Alentejo não fugiu à regra. É certo, e não ignoro, que as modalidades outrora praticadas sempre deram excelentes atletas que defenderam, depois, ilustres emblemas nacionais. Somos de um tempo onde as condições para a prática desportiva impunham restrições. Os espaços, obsoletos, ditavam oportunos percalços. Os campos de futebol, usualmente pelados, bem como todos os lugares onde a rapaziada debitava imaculados prazeres desportivos, acarretavam canseiras que eram olvidadas pela compleição física de jovens em plena fase de afirmação. A Liberdade de Abril trouxe, porém, uma justeza no cosmos desportivo. As autarquias não abdicaram da sua afirmação e eis o poder local ao serviço do povo. Olho para o distrito Beja e revejo espaços desportivos que servem populações que dantes não desfrutavam desses evidentes prazeres. Cidades, vilas e aldeias são localidades com excelentes infraestruturas que facultam agora uma prática desportiva salutar. Campos relvados, pistas de atletismo, algumas com piso sintético, pavilhões bem apetrechados, entre outras condições sobejamente conhecidas, são, resumidamente, conquistas que a Liberdade de Abril proporcionou. Em nota de rodapé, e evocando Abril, sublinho: em Aljustrel, o povo, no seu novo campo de futebol substancialmente suportado pelo poder autárquico, festejou, no pretérito domingo, o título do seu Mineiro como campeão da I Divisão da AF Beja, época 2013/14.

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APA promove formação


Diário do Alentejo 18 abril 2014

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Troféu Capitães de equipa mostram a Taça Dr. Covas Lima

Infantis Miúdos do Ferreirense celebram a conquista do troféu

Infantis do Sporting Ferreirense conquistaram a Taça Dr. Covas Lima

O verde nas asas da taça O Moura Atlético Clube, vencedor da edição anterior do troféu, deixou escapar a Taça Dr. Covas Lima para o Sporting Clube Ferreirense, clube que vem reestruturando a sua formação, para acautelar o futuro.

F

oi em tons de verde e branco, as cores do Sporting Clube Ferreirense, que se bordou o destino desta edição 2014 da Taça Dr. António Fernando Covas Lima, ilustre médico radiologista bejense falecido em 1970, depois de se ter destacado também pela sua intervenção no meio associativismo local, nomeadamente como presidente da Associação de Futebol de Beja. Um jogo que os miúdos de ambas as equipas materializaram com muita dignidade, com um futebol agradável e leal, cuja vitória pendeu para a equipa mais eficaz nas ações ofensivas. No momento de registar as opiniões dos responsáveis pela formação dos jovens atletas, Pedro Silva, treinador mourense, desvalorizou a ideia de o clube poder repetir o êxito da época anterior,

dizendo: “Sermos os detentores do troféu, ou não, isso para nós não era importante, o que nos interessa é formar jogadores e conseguirmos chegar aqui mantendo princípios de formação”, mas assumiu: “Estamos um bocadinho tristes, principalmente os jogadores, porque perdemos, mas é assim, uns ganham outros perdem”. Pedro Silva concordou que o percurso formativo também se faz com vitórias e comentou: “Jogámos sempre para ganhar e para podermos estar numa situação privilegiada que era disputar um troféu e valorizarmos esse troféu, mas disse aos meus jogadores que não eram estes 60 minutos que mudariam tudo o que já tínhamos conseguido antes”. O técnico lembrou depois: “O trabalho de formação tem que ser feito sempre numa perspetiva de melhoria. Não podemos olhar para o nosso passado, temos que perceber o que é que nós podemos fazer melhor. Este ano correu bem? Correu. Queremos melhor? Claro que sim. Queremos ter mais equipas na formação, um campeonato mais competitivo e mais disputado”. Na cabine do Sporting Ferreirense, João

Moura-Ferreirense, 1-5 Estádio Municipal da Vidigueira Árbitro: Sérgio Teixeira. Moura: Gonçalo Machado; Guilherme Monteiro (cap), Gonçalo Guerreiro e Rodrigo Seita; Pedro Horta, Mário Pinto e João Pereira. Jogaram ainda: Filipe Reis, João Paulino, Márcio Camarinha, Diogo Bragadesto e João Formigo. Treinador: Pedro Silva. Ferreirense: Hugo Cruz; Pedro Sales, Carlos Gaitas e Luís Faias; João Ameixa (cap), João Lopes e Duarte Ganhão. Jogaram ainda: Diogo Mateus, João Costa, Vasco Pais, Henrique Montinho e Guilherme Mendes. Treinador: João Caracinha. Disciplina: Cartões azuis a Tiago Godinho (27’), Pedro Pereira (42’), Filipe Costa (58’) e João Sardo (59’). Ao intervalo: 2-4.

Caracinha não esqueceu: “Formar ganhando é sempre melhor do que formar perdendo, mas o principal é que eles saiam daqui bem preparados, que tenham bom aproveitamento escolar e bom comportamento na sociedade, e depois que joguem futebol, se ganharem tanto melhor, mas se perderem também não vem mal nenhum ao mundo”. Sobre o atual momento do clube, o treinador referiu: “O Ferreirense está a viver uma nova era, estamos a tentar que as coisas se modifiquem, voltámos a apostar muito na formação, temos 96 miúdos inscritos entre os petizes e os iniciados e, para o ano, estamos a pensar fazer uma equipa de juvenis”. João Caracinha sustentou que o clube tem que viver com gente da terra e que é essa base que estão a criar, porque, acentuou: “Queremos que o futebol do Ferreirense tenha outro ânimo, porque é com estes miúdos que se constrói o futuro do Sporting Clube Ferreirense”. As equipas de benjamins e infantis do clube estão nesta altura a competir na Copa Guadiana, que decorre do Algarve.

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BTT em Santa Clara-a-Velha O Sporting Clube Santaclarense organiza amanhã o 8.º Circuito BTT Por Terras do Mira evento que terá uma componente de passeio com a extensão de 25 quilómetros, a meia-maratona (45 quilómetros) e a maratona (60 quilómetros), ambas inseridas na Taça do Concelho de Odemira.

Supertaça de seniores femininos O Futebol Clube Castrense, campeão distrital e vencedor da Taça Distrito de Beja, e o Futebol Clube de Serpa, segundo classificado do campeonato, vão disputar a Supertaça de Seniores Femininos em jogo marcado para o dia 26, pelas 15 e 30 horas, no Campo de Jogos Dr. Augusto Amado Aguilar, em Cuba.

Jogos Desportivos em Ferreira do Alentejo Os Jogos Desportivos 2014 do concelho de Ferreira do Alentejo vão decorrer entre amanhã, 19, e dia 11 de julho, com a promoção de 15 diferentes modalidades: aeróbia, atletismo, basquetebol, dominó, futebol, futsal, hidroginástica, malha, snooker, ténis de mesa e de campo, xadrez, tiro ao alvo e pesca desportiva. As inscrições já estão abertas.

Futsal distrital (23.ª jornada) IP Beja-Alvito, 3-3; CB Castro Verde-Leões, 4-3; Almodovarense-VNSão Bento, 9-3; Ourique-Luzerna, 4-1; NS MouraVasco Gama, 6-2; Alcoforado-Ferreirense, 4-3. Líder: NS Moura, 56 pontos. Próxima jornada (2/5): Leões-CDBeja; Alvito CB-Castro Verde; VNSBento-IPBeja; Luzerna-Almodovarense; Vasco Gama-Ourique; Ferreirense-NSMoura.

Futebol do Inatel Vale da Oca-Salvadense, 1-1; Figueirense-Penedo Gordo,1-1; Luzianes-Serrano, 4-2; Santaclarense-Cercalense, 3-1. Apurados para as meias-finais: Vale da Oca, Penedo Gordo, Luzianes e Santaclarense. Jogos das meias-finais (18/4 16 horas): Vale da Oca-Luzianes; Penedo Gordo-Santaclarense.

Moura Volei Clube venceu Taça Federação O Moura Volei Clube venceu a equipa da Lousã (3-2) na final da Taça Federação Portuguesa de Voleibol (seniores) e conquistou o troféu, inscrevendo no seu historial o primeiro título nacional nesta modalidade. O jogo disputou-se nas Caldas da Rainha. A Taça Federação é disputada por equipas da 3.ª Divisão que não se apuram para a 2.ª fase do campeonato.


Diário do Alentejo 18 abril 2014

21

Rosita Leandro A jovem atleta do Messejanense venceu a corrida de benjamins

Vida ativa Corrida da Saúde reuniu mais de 500 participantes

Hóquei em Patins 3.ª Divisão (18.ª jornada) Santiago-Benfica B, 1-7; Boliqueime-Vasco Gama, 5-4; Odivelas-Amadora, 7-4; Parede-Castrense, 4-4; CP BejaCascais, 4-3. Classificação: 1.º Benfica B 51 pontos. 2.º Vasco Gama, 44. 3.º Boliqueime, 30. 4.º Santiago, 30. 5.º Cascais, 21. 6.º CP Beja, 20. 7.º Parede, 17. 8.º Amadora, 16. 9.º Castrense, 15. 10.º Odivelas, 13.

Passeio BTT em Olhas

Guilherme Pinto e Hugo Correia Atletas do Sporting dominaram circuito

Paula Lameiro Atleta do Núcleo de Odemira venceu em veteranos femininos

O 34.º Circuito de Atletismo “Vila de Odemira” antecipou 25 de Abril

A correr e caminhar por Abril Os atletas Guilherme Pinto (Sporting) e Patrícia Serafim (individual) venceram as provas principais do 34.º Circuito de Atletismo Vila de Odemira, que reuniu cerca de 215 atletas de 18 diferentes clubes. Texto e fotos Firmino Paixão

O

Circuito de Atletismo Vi la de Odemira foi uma organização (bem conseguida, sublinhe-se) do Núcleo Desportivo e Cultural de Odemira, apoiada pelo município local e inserida nas comemorações do 40.º Aniversário do 25 de Abril. O evento integrou, também, a 8.ª Corrida da Saúde, uma Caminhada que pretende estimular hábitos de uma vida ativa e juntou mais de meio milhar de participantes de várias freguesias daquele concelho do litoral. Nos escalões de formação subiram ao pódio os nomes habituais, “surpreendidos” apenas, no escalão de iniciados, pelos atletas da Amadora. A prova de seniores foi dominada pelos sportinguistas Guilherme Pinto

e Hugo Correia, cujo andamento for te provocou o aba ndono prematuro do colega Ricardo Mateus (venceu recentemente em Cuba) e sobre a meta, onde chegaram a par, a vitória coube ao lisboeta Guilherme Pinto (22.04,8’ para 7,5 quilómetros). No setor feminino assistiuse a uma grande prova da individual Patrícia Serafim, vinda do Algarve para vencer no litoral alentejano (com o registo de 26.22,1 para 7,5 quilómetros). Mussa Djau (BAC), João Silva e Maria do Rosário Silva (ambos do Messejana) estiveram em muito bom plano, bem como os odemirenses Raul Lourenço e Paula Laneiro, cujos triunfos ajudaram a consolidar a vitória coletiva. O presidente do Núcleo De sp or t ivo e Cu lt u r a l de Odemira, Raul Lourenço, ficou satisfeito com o evento, revelando: “Cumprimos a missão com uma elevada participação de atletas e, este ano, com a presença de três atletas do Sporting”. Mas realçou: “O mais gratificante foi termos conseguido pessoas de todo o con-

celho para participarem na Corrida da Saúde. Tivemos cerca de 550 participantes das diversas freguesias do concelho de Odemira e depois tivemos atletas de todo o País, para participarem na vertente competitiva que, neste caso, é o Circuito de Odemira propriamente dito.” O dirigente do Núcleo acentuou as virtudes da caminhada dizendo: “A Corrida da Saúde é um bom estímulo para as pessoas terem uma vida ativa, esse foi, aliás, o objetivo principal que nos levou a criar esta vertente, porque é preciso estimular as pessoas a terem hábitos de vida saudáveis e levarem uma vida ativa”. Enquadrado num cenário de algumas centenas de jovens e idosos com t-shirts com as cores do concelho (amarelo e verde), Raul Lourenço reforçou a tónica de que “é muito saudável caminhar todos os dias e julgamos ter conseguido passar essa mensagem às pessoas do nosso concelho, porque este evento é, essencialmente, orientado para motivar as pessoas a praticarem atividade física”, concluiu.

Resultados Benjamins A – femininos: 1.ª Rosita Leandro (Messejana); masculinos: 1.º Rodrigo Marques (Odemira). Benjamins B – femininos: 1.ª Érica Santos (O demira); masc ulinos: 1.º Gerson Romão (Amadora). Infantis – femininos: 1.ª Ana Luísa Silva (Odemira); masculinos: 1.º João Pais (NS Moura). Iniciados – f e m i n i n o s: 1.ª Br unilda Teixeira (Amadora); masculinos: 1.º António Moura (Amadora). Juvenis – femininos: 1.ª Camila Santos (Amadora); masc ulinos: 1º João Silva (Messejana). Juniores – femininos: 1.ª Maria Rosário Silva (Messejana); masculinos: 1.º Mussa Djau (BejaAC). Veteranos femininos A: 1.ª Paula Laneiro (Odemira); Veteranos femininos B: 1.ª Sandra Martins (Independentes). Veteranos masculinos – Esc.A: 1.º Igor Timbalari (Nave). Esc.B: 1.º Raul Lourenço (Odemira). Esc.C: 1.º Carlos Alves (Boavista Pico). Esc.D: 1.º Alexandre Soares (Boavista Pico). Esc.E: 1.º Jorge Reis (Porto Salvo). Esc.F: 1.º Peter Steinhausen (ind). Seniores femininos: 1.ª Patrícia Serafim (Ind). 2.ª Verónic a S c ut ar u (Porto Salvo). 3.ª Ana Catarina Dias (Odemira). masculinos: 1.º Guilherme Pinto (Sporting). 2.º Hugo Correia (Sporting). 3.º João Cruz (Beja AC). Equipas: 1.ª N.D.C.Odemira.

O Centro Recreativo e de Convívio de Olhas (Ferreira do Alentejo) organiza no próximo dia 26, pelas 9 horas, o 2.º Passeio de BTT de Olhas, iniciativa que terá percursos livres de 25,45 e 60 quilómetros. As inscrições encerram a 21.

Andebol 3.º Divisão promoção (7.ª jornada): Olhanenses-Almada, 26-36; Loures-Sassoeiros, 27-19; OrientalZona Azul, 31-32; Lagoa-B.º Janeiro, 29-18. Classificação:1.º Almada, 20 pontos. 2.º Loures, 20. 3.º Zona Azul, 17. Próxima jornada (26/4): Almada-Sassoeiros; OrientalOlhanenses; Loures-B.º Janeiro; Lagoa-Zona Azul.

Andebol 3.ª Divisão manutenção (6.ª jornada): Náutico-AC Sines, 40-19; Costa d’Oiro-Serpa, 28-23. Classificação final: 1.º Centro Cultura Popular de Serpa, 14 pontos. 2.º Costa d’Oiro (Lagos), 12. 3.º Andebol Clube de Sines, 12. 4.º Náutico do Guadiana (VRSAntónio), 10.

Atletismo em Beja O Grande Prémio de Atletismo do Beja Atlético Clube vai decorrer no próximo dia 26 na pista do Complexo Desportivo Fernando Mamede, em Beja, com provas multidisciplinares especialmente dirigidas aos escalões de formação. A competição, integrada nas comemorações do 25 de Abril, inicia-se às 15 horas.


saúde

22 Diário do Alentejo 18 abril 2014

Análises Clínicas

Medicina dentária

Psicologia

Laboratório de Análises Clínicas de Beja, Lda. Dr. Fernando H. Fernandes Dr. Armindo Miguel R. Gonçalves Horários das 8 às 18 horas; Acordo com beneficiários da Previdência/ARS; ADSE; SAMS; CGD; MIN. JUSTIÇA; GNR; ADM; PSP; Multicare; Advance Care; Médis FAZEM-SE DOMICÍLIOS Rua de Mértola, 86, 1º Rua Sousa Porto, 35-B Telefs. 284324157/ 284325175 Fax 284326470 7800 BEJA

Cardiologia

RUI MIGUEL CONDUTO Cardiologista - Assistente de Cardiologia do Hospital SAMS CONSULTAS 5ªs feiras CARDIOLUXOR Clínica Cardiológica Av. República, 101, 2ºA-C-D Edifício Luxor, 1050-190 Lisboa Tel. 217993338 www.cardioluxor.com Sábados R. Heróis de Dadrá, nº 5 Telef. 284/327175 – BEJA MARCAÇÕES das 17 às 19.30 horas pelo tel. 284322973 ou tm. 914874486

MARIA JOSÉ BENTO SOUSA e LUÍS MOURA DUARTE

Cardiologistas

Especialistas pela Ordem dos Médicos e pelo Hospital de Santa Marta Assistentes de Cardiologia no Hospital de Beja Consultas em Beja Policlínica de S. Paulo Rua Cidade de S. Paulo, 29 Marcações: telef. 284328023 - BEJA

Neurologia

JOÃO HROTKO

DOENÇAS DO SISTEMA NERVOSO

Especialista pela Ordem dos Médicos Chefe de Serviço de Oftalmologia do Hospital de Beja

Oftalmologia

Médico oftalmologista

Consultas de 2ª a 6ª Acordos com: ACS, CTT, EDP, CGD, SAMS. Marcações pelo telef. 284325059 Rua do Canal, nº 4 7800 BEJA

Fisioterapia

Técnica de Prótese Dentária

HELIODORO SANGUESSUGA

MARCAÇÕES E CONSULTAS às 3ªs feiras, a partir das 15 horas pelos Telfs.284322387/919911232 Rua Tenente Valadim, 44 7800-073 BEJA

FERNANDA FAUSTINO

Oftalmologia

CÉLIA CAVACO

Vários Acordos

(Diplomada pela Escola Superior de Medicina Dentária de Lisboa) Rua General Morais Sarmento. nº 18, r/chão Telef. 284326841 7800-064 BEJA

Fisioterapia

Centro de Fisioterapia S. João Batista

CLÍNICA MÉDICA DENTÁRIA

JOSÉ BELARMINO, LDA. Rua Bernardo Santareno, nº 10 Telef. 284326965 BEJA

DR. JOSÉ BELARMINO Clínica Geral e Medicina Familiar (Fac. C.M. Lisboa) Implantologia Oral e Prótese sobre Implantes (Universidade de San Pablo-Céu, Madrid) CONSULTAS EM BEJA 2ª, 4ª e 5ª feira das 14 às 20 horas EM BERINGEL Telef 284998261 6ª e sábado das 14 às 20 horas DR. JAIME LENCASTRE Estomatologista (OM) Ortodontia

Fisiatria Dr. Carlos Machado Drª Ana Teresa Gaspar Psicologia Educacional Drª Elsa Silvestre Psicologia Clínica Drª M. Carmo Gonçalves Tratamentos de Fisioterapia Classes de Mobilidade Classes para Incontinência Urinária Reeducação do Pavimento Pélvico Reabilitação Pós Mastectomia Hidroterapia/Classes no meio aquático

Oftalmologista pelo Instituto Dr. Gama Pinto – Lisboa Assistente graduada do serviço de oftalmologia do Hospital José Joaquim Fernandes – Beja

Urgências Prótese fixa e removível Estética dentária Cirurgia oral /Implantologia Aparelhos fixos e removíveis

Acordos com A.D.S.E., CGD, Medis, Advance Care, Multicare, Allianze, Seguros/Acidentes de trabalho, A.D.M., S.A.M.S. Marcações pelo 284322446; Fax 284326341 R. 25 de Abril, 11 cave esq. – 7800 BEJA

VÁRIOS ACORDOS

DR. A. FIGUEIREDO LUZ Médico Especialista pela Ordem dos Médicos e Ministério da Saúde Generalista CONSULTAS DE OBESIDADE

Rua Capitão João Francisco de Sousa, 56-A – Sala 8 Marcações pelo tm. 919788155

Dermatologia

TERESA ESTANISLAU CORREIA Consultas às 4ª feiras tarde e sábado MARCAÇÃO DE CONSULTAS: Diariamente, dias úteis: Tel: 218481447 Lisboa 4ª feiras: 14h30 – 19h Tel: 284329134 Beja e.mail: clinidermatecorreia@ gmail.com Rua Manuel António de Brito nº 4 1ºFte 7800- 544 - BEJA (Edifício do Instituto do Coração, frente ao Continente)

Clínica Geral

Dr. José Loff

MÉDICA DERMATOLOGISTA

Marcações de consultas de 2ª a 6ª feira, entre as 15 e as 18 horas Rua Dr. Aresta Branco, nº 47 7800-310 BEJA Tel. 284326728 Tm. 969320100

Clínica dentária

Obesidade

Urologia

AURÉLIO SILVA UROLOGISTA

Hospital de Beja Doenças de Rins e Vias Urinárias

Consultas :de segunda a sexta-feira, das 9 e 30 às 19 horas Rua de Mértola, nº 43 – 1º esq. Tel. 284 321 304 Tm. 925651190

Consultas às 6ªs feiras na Policlínica de S. Paulo Rua Cidade S. Paulo, 29 Marcações pelo telef. 284328023

7800-475 BEJA

BEJA

GASPAR CANO

MÉDICO ESPECIALISTA EM CLÍNICA GERAL/ MEDICINA FAMILIAR Marcações a partir das 14 horas Tel. 284322503

Clinipax Rua Zeca Afonso, nº 6-1º B – BEJA

Angiologia Cirurgia Vascular

HELENA MANSO ▼

ANGIOLOGIA/CIRURGIA VASCULAR TRATAMENTO DE VARIZES

DR. ÁLVARO SABINO Otorrinolaringologista Ouvidos,Nariz, Garganta

Dra. Sónia Fernandes

Rua António Sardinha, 23-25 7800-477 Beja Tel. 284 321 517

Marcações de 2.ª a 6.ª feira a partir das 14 horas Tel. 284324690 Rua Capitão João Francisco de Sousa, n.º 20 7800-451 BEJA

Largo D. Nuno Álvares Pereira n.º 13 BEJA Marcações pelo telefone 284312230

Otorrinolaringologia

DR. J. S. GALHOZ Ouvidos,Nariz, Garganta Exames da audição Consultas a partir das 14 horas Praça Diogo Fernandes, 23 - 1º F (Jardim do Bacalhau) Telef. 284322527 BEJA

Psiquiatria

Estomatologia Cirurgia Maxilo-facial

Pediatra Consultas no Centro Médico de Beja

Urologia

DR. CIRO OLIVEIRA Consultas às sextas-feiras, a partir das 15 horas

MÉDICO DENTISTA

Prótese/Ortodontia

Centro Médico de Beja

Marcações pelo telefone 284321693 ou no local

Largo D. Nuno Álvares Pereira, 13 BEJA

Rua António Sardinha, 3 1º G 7800 BEJA ▼

Terapeuta da Fala VERA LÚCIA BAIÃO Consultas em Beja CLINIBEJA – 2.ª a 6.ª feira Rua António Sardinha, 25, r/c esq. Tm. 962557043 veraluciarochabaiao@gmail.com

Marcações pelo tel. 284312230

LUÍSA GUERREIRO Ginecologia Obstetrícia CLINIPAX Avenida Zeca Afonso, 6 1B BEJA Tel. 284322503 Tms. 917716528/916203481

MOURA: MRP Centro de Medicina Física e Recuperação de Moura Avenida dos Bombeiros Voluntários, n.º 15 7860-107 Moura Tel. 285 252 944

Avenida Manuel da Fonseca, 37 7540-105 Santiago do Cacém Tel. 269 086 900 Tm. 917 637 440

ÉVORA: CDI Praça Dr. Rosado da Fonseca, 8, Urb. Horta dos Telhais 7000749 Évora Tel. 266 749 740

www.hms.com.pt

FRANCISCO FINO CORREIA MÉDICO UROLOGISTA RINS E VIAS URINÁRIAS Marcações de 2.ª a 6.ª feira a partir das 14 horas Rua Capitão João Francisco de Sousa, n.º 20 7800-451 BEJA Tel. 284324690

Ginecologia/Obstetrícia

BEJA: Clinibeja

SANTIAGO DO CACÉM: Centro Clínico de Santiago do Cacém

DR. MAURO FREITAS VALE

Terapia da Fala

Pediatria

CLÍNICA MÉDICA

ISABEL REINA, LDA. Obstetrícia, Ginecologia, Ecografia CONSULTAS 2ªs, 3ªs e 5ªs feiras Rua Zeca Afonso, nº 16 F Tel. 284325833


saúde

CENTRO DE IMAGIOLOGIA DO BAIXO ALENTEJO TOMOGRAFIA COMPUTORIZADA (TAC) ECOGRAFIA MAMOGRAFIA ECO DOPPLER RADIOLOGIA DENTÁRIA Médicos Radiologistas António Lopes / Aurora Alves Helena Martelo / Montes Palma Médica Neuroradiologista Alda Jacinto Médica Angiologista Helena Manso Convenções:

ULSBA (SNS) ADSE, ACS-PT, SAD-GNR, CGD, MEDIS, SSMJ, SAD-PSP, SAMS, SAMS QUADROS, ADMS, MULTICARE, ADVANCE CARE Marcações: Tel. 284318490 Tms. 960284030 ou 915529387 Horário: de 2ª a 6ª feira, das 8 às 19 horas e aos sábados, das 8 às 13 horas Av. Fialho de Almeida, nº 2 7800 BEJA

Dr. Sidónio de Souza – Pneumologia/Alergologia/ Desabituação tabágica – H. Pulido Valente Dr. Fernando Pimentel – Reumatologia – Medicina Desportiva – Instituto Português de Reumatologia de Lisboa Dr.ª Verónica Túbal – Nutricionismo – H. de Beja Dr.ª Sandra Martins – Terapia da Fala – H. de Beja Dr. Francisco Barrocas – Psicologia Clínica/Terapia Familiar – Centro Hospitalar do Baixo Alentejo. Dr. Rogério Guerreiro – Medicina preventiva – Tratamento inovador para deixar de fumar Dr. Gaspar Cano – Clínica Geral/ Medicina Familiar Dr.ª Nídia Amorim – Psicomotricidade/Educação Especial e Reabilitação Dr. Sérgio Barroso – Especialista em Oncologia – H. de Beja Drª Margarida Loureiro – Endocrinologia/Diabetes/ Obesidade – Instituto Português de Oncologia de Lisboa Dr. Francisco Fino Correia – Urologia – Rins e Vias Urinárias – H. Beja Dr. Daniel Barrocas – Psiquiatria – Hospital de Évora Dr.ª Lucília Bravo – Psiquiatria H.Beja , Centro Hospi-talar de Lisboa (H.Júlio de Matos). Dr. Carlos Monteverde – Medicina Interna, doenças de estômago, fígado, rins, endoscopia digestiva. Dr.ª Ana Cristina Duarte – Pneumologia/Alergologia Respiratória/Apneia do Sono Dr.ª Isabel Santos – Psiquiatria de Infância e Adolescência/ Terapeuta familiar – Centro Hospitalar do Baixo Alentejo Dr.ª Paula Rodrigues – Psicologia Clínica – Hospital de Beja Dr.ª Luísa Guerreiro – Ginecologia/Obstetrícia Dr. Luís Mestre – Senologia (doenças da mama) – Hospital da Cuf – Infante Santo Dr. Jorge Araújo – Ecografias Obstétricas Dr.ª Ana Montalvão – Hematologia Clínica /Doenças do Sangue – Hospital de Beja Dr.ª Ana Cristina Charraz – Psicologia Clínica – Hospital de Beja Dr. Diogo Matos – Dermatologia – Hospital Garcia da Orta. Dr.ª Madalena Espinho – Psicologia da Educação/ Orientação Vocacional Dr.ª Ana Margarida Soares – Terapia da Fala Dr.º Ricardo Lopes – Consulta de Gastrenterologia e Proctologia - Endoscopia e Colonoscopia Dr.ª Joana Leal – MedicinaTradicional Chinesa/Acupunctura e Tuina. Enfermeira Maria José Espanhol – Enfermeira especialista em saúde materna/Cuidados de enfermagem na clínica e ao domicílio/Preparação pré e pós parto/amamentação e cuidados ao recém-nascido/Imagem corporal da mãe – H. de Beja Marcações diárias pelos tels. 284 322 503 Tm. 91 7716528 | Tm. 916203481 Rua Zeca Afonso, nº 6, 1º B, 7800-522 Beja Clinipaxmail@gmail.com www.clinipax.pt

23 Diário do Alentejo 18 abril 2014

Clínica Médico-Dentária de S. FRANCISCO, LDA. Gerência de Fernanda Faustino Acordos: SAMS, ADMG, PSP, A.D.M.E., Portugal Telecom e Advancecare Rua General Morais Sarmento, nº 18, r/chão; TEL. 284327260 7800-064 BEJA


necrologia diversos

24 Diário do Alentejo 18 abril 2014

Serpa PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO

Serpa PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO

Serpa PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO

Bento Esperança Sargento

José Manuel Moreno Sota

António Vera Vilhena

Nasceu a 28/08/2014 Faleceu a 13/04/2014 Esposa, filhos, netos, irmãos, sobrinhos e restante família cumprem o doloroso dever de participar o falecimento do seu ente querido e, na impossibilidade de o fazerem individualmente, vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que o acompanharam à sua última morada ou que de outra forma manifestaram o seu pesar.

Nasceu a 22/02/1964 Faleceu a 13/04/2014 Mãe, irmãos, sobrinhas, tios, primos e restante família cumprem o doloroso dever de participar o falecimento do seu ente querido e, na impossibilidade de o fazerem, individualmente vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que o acompanharam à sua última morada ou que de outra forma manifestaram o seu pesar.

Nasceu a 26/01/1930 Faleceu a 15/04/2014 Filhos, netos, sobrinhos e restante família cumprem o doloroso dever de participar o falecimento do seu ente querido e, na impossibilidade de o fazerem individualmente, vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que o acompanharam à sua última morada ou que de outra forma manifestaram o seu pesar.

AGÊNCIA FUNERÁRIA SERPENSE, LDA Gerência: António Coelho Tm. 963 085 442 – Tel. 284 549 315 Rua das Cruzes, 14-A – 7830-344 SERPA

Vidigueira AGRADECIMENTO

Joaquina Fragoso Fialho

MISSA

Vila de Frades AGRADECIMENTO

António Domingos Beijinho Lopes 12 Anos de dor e saudade Esposa, filhos, noras e netos recordam com muito amor e profunda saudade o seu ente querido e participam que será celebrada missa pelo seu eterno descanso no dia 28/04/2014, segunda-feira, pelas 18 e 30 horas, na igreja da Sé, em Beja. Agradecemos a todos os que nela participem.

Maria Nascimento Guerra Nasceu a 26.11.1924 Faleceu a 14.04.2014 Sua família, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, agradece por este meio a todas as pessoas que a acompanharam à sua última morada ou que de outro modo manifestaram o seu pesar.

Nasceu a 08.02.1923 Faleceu a 13.04.2014 Sua família, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, agradece por este meio a todas as pessoas que a acompanharam à sua última morada ou que de outro modo manifestaram o seu pesar. Agradecendo publicamente por este meio ao Lar da Fundação Domingos Simão Pulido de Vidigueira pelo Empenho e Humanismo demonstrados durante o período que nesta instituição permaneceu.

AGÊNCIA FUNERÁRIA ESPÍRITO SANTO, LDA. Tm.963044570 – Tel. 284441108 | Rua Das Graciosas, 7 | 7960-444 Vila de Frades/Vidigueira

São Matias PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO

AGÊNCIA FUNERÁRIA ESPÍRITO SANTO, LDA. Tm.963044570 – Tel. 284441108 | Rua Das Graciosas, 7 | 7960-444 Vila de Frades/Vidigueira

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19.º Ano de Eterna Saudade Esposa, filhos, netos e restante família recordam com muito amor e profunda saudade o seu ente querido, falecido em 19 de abril de 1995.

Filha, genro, sobrinhos e restante família cumprem o doloroso dever de participar o falecimento da sua ente querida e, na impossibilidade de o fazerem individualmente, vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que a acompanharam à sua última morada ou que de outra forma lhes manifestaram o seu pesar.


necrologia institucional diversos Diário do Alentejo n.º 1669 de 18/04/2014 Única Publicação

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Diário do Alentejo n.º 1669 de 18/04/2014 Única Publicação

ASSOCIAÇÃO DE BENEFICIÁRIOS DO ARDILA E ENXOÉ

CONVOCATÓRIA DA ASSEMBLEIA GERAL Conforme o disposto no art.° 9° dos Estatutos desta Associação, convoco os associados, no pleno gozo dos seus direitos, a reunirem-se em Assembleia Geral em sessão ordinária, no dia 6 de Maio de 2014, nas instalações da Caixa Agrícola do Guadiana Interior, agência de Serpa, pelas 16.30 horas, com a seguinte ordem de trabalhos: 1. Apreciação e aprovação do relatório e contas de gerência do ano de 2013. 2. Eleições dos corpos sociais para o triénio 2014-2016. 3. Outros Assuntos de interesse para a assembleia. Se à hora marcada não estiverem presentes mais de metade dos Associados, a Assembleia reunirá meia hora depois, com qualquer número de sócios presentes. Serpa, 14 de Abril de 2014. O Presidente da Mesa da Assembleia-Geral Pedro Manuel Rocha Líbano Monteiro

Diário do Alentejo n.º 1669 de 18/04/2014 Única Publicação

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE ALJUSTREL Diário do Alentejo n.º 1669 de 18/04/2014 Única Publicação

FUTURO DE GARVÃO ASSOCIAÇÃO DE SOLIDARIEDADE SOCIAL

ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA

CONVOCATÓRIA Ao abrigo da alínea b) do nº2 do Artigo 29º do Capítulo III, Secção II dos Estatutos da Futuro de Garvão – Associação de Solidariedade Social, convoco a Assembleia Geral Ordinária, para reunir no próximo dia 2 de Maio de 2014, na Sala de Reuniões, da Rua do Álamo, nº 10, em Garvão, pelas 20:00 horas, com a seguinte ordem de trabalhos: Ponto 1- Informações. Ponto 2 – Apreciação e votação das Contas de Gerência do ano de 2013. Ponto 3 – Outros assuntos. Consideram-se em pleno gozo dos seus direitos, todos os sócios efectivos, de acordo com o nº 1 do Artigo 12º do capítulo II, dos Estatutos acima referidos. Se à hora designada não estiver presente o número suficiente de Sócios, a Assembleia realizar-se-á meia hora depois com qualquer número. Garvão, 14 de Abril de 2014. A Presidente da Mesa da Assembleia Geral Maria Leonor Madeira da Silva

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CONVOCATÓRIA De harmonia com o ponto 5 do Artigo 30º dos Estatutos e ponto 1 do Artigo 60° do Decreto Lei 119/83 de 25 de Fevereiro, convoco a Assembleia Geral Ordinária, desta Santa Casa da Misericórdia de Aljustrel, a reunir no dia 28 de Abril de 2014, pelas dezanove horas e trinta minutos, na sede da mesma Lar da 3.ª Idade na Avenida 1.° de Maio n.° 4, 7600-010 Aljustrel com a seguinte ordem de trabalhos: 1.° Apreciação e votação das Peças Finais de Apresentação de Contas do exercício de 2013. 2.° Outros Assuntos de interesse para a SCMA. Não reunindo o número legal de sócios, para a Assembleia Geral poder funcionar, fica a mesma desde já convocada para as vinte horas do mesmo dia, conforme o ponto 2 do Artigo 28° dos Estatutos. Obs: Os documentos relativos às contas de 2013 poderão ser consultados na Secretaria desta Instituição a partir das 9 horas do dia 28 de Abril de 2014. Aljustrel, 14 de Abril de 2014. O Presidente da Assembleia Geral Luís Maria Bartolomeu Afonso da Palma

SINDICATO DOS PROFESSORES DA ZONA SUL

CONVOCATÓRIA A Mesa da Assembleia Geral do Sindicato dos Professores da Zona Sul, no uso das suas competências previstas no art.º 64º alínea a) dos estatutos do SPZS, convoca para os efeitos do art.º 49º alínea b) - aprovação de novo texto do art.º 10º dos mesmos estatutos, a Assembleia Geral para dia 16 de Maio de 2014, das 9.00 horas às 18.00 horas. Ponto único. Deliberação sobre alteração do texto do art.º 10º dos estatutos do sindicato, publicados no BTE n.º 6 de 15 de Fevereiro de 2013, por imperativo do Ministério do Trabalho para os efeitos do número 2 do art.º 449º do Código do Trabalho. Poderão votar todos os sócios do SPZS que estejam no pleno gozo dos seus direitos de associados (art.º 75°). Nos termos do art.º 75º n.°2 alínea a) e b) consideram-se no pleno gozo dos seus direitos de associados, todos os sócios do SPZS que tenham pago as suas quotas, nos casos em que sejam devidas, até ao mês anterior àquele em que for convocada a Assembleia Geral Eleitoral e que não estejam suspensos de direitos por efeitos de pena aplicada nos termos do art.º 18° dos estatutos. Nos termos do regulamento de funcionamento da Assembleia Geral, esta funcionará descentralizadamente na sede e nas delegações do sindicato: Évora - Avenida Condes de Vilalva n.° 257 - Évora (dia 16 de Maio de 2014 das 9.00h às 18.00h) - sócios inscritos no distrito de Évora; Portalegre - Avenida Lacerda Machado n.º 50, 3° Dtº - Portalegre (dia 16 de Maio de 2014 das 9.00h às 18.00h) - sócios inscritos no distrito de Portalegre; Beja - Rua D. Manuel I - 1° - Beja (dia 16 de Maio de 2014 das 9.00h às 18.00h) - sócios inscritos no distrito de Beja; Faro - Rua Miguel Bombarda - Edifício Varandas de Faro, Bloco E - Dtº - Faro (dia 16 de Maio de 2014 das 9.00h às 18.00h) - sócios inscritos no distrito de Faro. O Presidente da Mesa da Assembleia Geral do SPZS Luís Jorge Graça Xavier

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Esporão apresenta Duas Castas e Verdelho 2013

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Empresas

A Herdade do Esporão acaba de lançar as novas colheitas de Duas Castas e Verdelho 2013, vinhos que resultam da aposta do produtor em castas perfeitamente adaptadas aos solos e às condições climatéricas da Herdade do Esporão e que melhor expressam as suas características. Este ano as castas eleitas para o Duas Castas 2013 foram Gouveio, com 70 por cento do lote, e Antão Vaz , com 30 por cento. A conjugação destas castas resulta num vinho apelativo e distinto, com o equilíbrio e estrutura conferidos pelo Gouveio e a intensidade aromática proveniente do Antão Vaz. Dois brancos aromáticos e intensos propícios para estes dias de primavera.

Adega Mayor lança edição com rótulo comemorativo Rota das Estrelas A Adega Mayor volta a participar no Festival Gastronómico “Rota das Estrelas 2014”, um evento que junta chefes de topo, na sua maioria detentores de estrelas Michelin. Para celebrar a quinta edição da Rota das Estrelas, a Adega Mayor, em parceria com o grupo Porto Bay, lança uma edição especial do vinho Reserva do Comendador, com rótulo comemorativo exclusivo para este vinho alentejano do ano de 2009. Este vinho estará disponível em todos os hotéis do grupo Porto Bay, assim como em restaurantes e lojas especializadas. Também poderá encontrá-lo na loja on line da Adega Mayor em http://loja.adegamayor.pt.

Espaço recém-aberto em Beja aposta na cozinha criativa

Gulla: o restaurante que marca pela diferença “Um restaurante para todos os gostos”, refere o responsável, José Canário, que confirma a variedade de comida e menus. Os preços são ao gosto de todas as bolsas, sobretudo as menos recheadas, uma vez que no Gulla se consegue fazer uma refeição diferente sem gastar muito dinheiro. Publirreportagem Sandra Sanches

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briu no passado dia 10 e promete ser um restaurante que marca pela diferença. A funcionar no espaço das Piscinas Municipais de Beja, é um lugar onde as pessoas tanto podem petiscar ou comer um prego, como podem escolher um dos pratos da carta ou ficar nas mãos dos chefes de cozinha, se optarem por um dos menus. À vista de todos quando se entra, o moderno preto e branco aliado a cores vivas, dá lugar a uma decoração moderna. Os materiais, entre as cadeiras, as mesas e o teto, deixam transparecer o estilo industrial de quem reproduziu e criou os móveis e objetos ali presentes. Um espaço que o responsável, José Canário, diz ter tentado “ser o mais descomprometido possível”, resultou num ambiente informal para os que lá vão, primando pela qualidade. Neste momento, apesar de uma zona acentuada dividir a zona de bar da zona de refeições, os espaços misturar-se-ão no futuro de forma a dar lugar a um open space. Com uma oferta de carne, peixe, comida tradicional, grelhados, petiscos, pizzas, massas e sushi, entre outros, o menu de degustação irá alternar conforme os dias da semana. Os valores são para todas as bolsas, oscilando entre os 8, 50 e os 10, 50 euros. “Variedade, quantidade, excessos, comer e beber bem”, são palavras que José Canário não deixa de proferir ao falar do seu mais recente espaço, o Gulla. Gerente de outros espaços em Castro Verde, a que se soma mais este em Beja, José Canário já perdeu a conta às viagens entre estas terras. Mas não deixa de transparecer a PUB

Cozi Co zinh n a pa para r tod odos os os gos go ossttos os é sem e dúv ú id idaa o fort r e da da cas asa, asa a, m mas as o as oss menu me nu us dee deg egus usta taççãão parraa os qu pa que p prref e erem em m entrreg gar-s ar se à ar crriaati t viid daad dee do cch hef efe jjáá con onqu quiisssto to ou m mu uittos os cco orraaçõ ç ess na ci cid daade de.

sua plena satisfação em ter conseguido implementar o seu projeto em Beja, algo que há muito desejava. Um projeto que mal se iniciou e que, segundo nos adianta o responsável, parece estar longe de estar terminado. Num futuro próximo, o espaço contará com uma adega onde mariscos, pregos e hambúrgueres, “com um toque saudável”, não faltarão. O piso térreo com acesso às piscinas dará lugar a uma gelataria que será vasta na sua oferta. Falando de comida, algo que não só enche a vista como conforta o estômago, o responsável que assume os destinos da cozinha é Nuno Piçarra. Criativo na área do sushi, elabora cada peça ao gosto personalizado dos clientes. Já as pizzas, bem como os tradicionais petiscos, passam pelas mãos de José Silva. As bebidas também merecem especial enfoque no espaço. O responsável, que teve o especial cuidado de trabalhar com os produtores da zona, reservou-lhes no espaço uma garrafeira para cada um deles.

Cursos de Auxiliar de Educação A MA – Mente Avançada, escola de formação especializada na área de Saúde e Educação, vai promover em Beja o curso de Auxiliar de Educação. Com início previsto para dia 10 de maio e uma durabilidade de seis meses mais estágio, as aulas realizar-se-ão quinzenalmente aos sábados das 9 às 18 horas. Para quem pretende iniciar uma carreira nesta área ou para quem já trabalha na mesma e pretenda regularizar a sua situação, poderá ter na MA a oportunidade que deseja. Para mais informações deverá contatar: 210 195 260, 918 249 897, 918 529 149 ou 962 261 651.

DepilConcept abre em Beja

No Gulla não é necessário fazer marcação. No entanto, para quem não quer correr o risco de ficar à porta, o melhor mesmo é reservar a noite através do número 284 361 144. De salientar que o espaço conta ainda com prolongamento de serviço de bar e é ainda recetivo a eventos, desde jantares de grupo entre outros. Visitar um espaço “emblemático”, “giro”, com “boa comida” e com a vertente de sushi, que cada vez mais marca a cozinha ocidental, parece valer mesmo a pena. Usufruir de um serviço de gelataria no verão, com acesso às piscinas, é também uma mais-valia num espaço que se foi perdendo ao longo dos tempos. Para José Canário, o caminho passa agora essencialmente por criar iniciativas que aproximem as pessoas ao espaço. Para o efeito, o responsável espera poder contar com ajudas por parte de entidades, bem como da Câmara Municipal de Beja, de forma a oferecer à população um espaço com diversidade que outrora parece ter ficado “meio esquecido”.

Abriu no início do ano corrente em Beja e já conquistou muitos corações. Um franchising presente em nove distritos e numa ilha, e também no Brasil, Polónia, Eslováquia e República Checa. Em Beja, o espaço surge pelas mãos de Ângela Santos. Uma marca especializada em serviços de depilação que aposta numa oferta inovadora e completa de serviços a cera e fototerapia flash a preços imbatíveis, a DepilConcept utiliza equipamentos que adotam a mais avançada tecnologia de fototerapia. Serviços totalmente inovadores também ganham lugar no espaço, como é o caso da depilação com linha. A ideia de abrir o espaço surge porque Ângela Santos considera que Beja “já tinha necessidade de um espaço com fotodepilação permanente e com um horário alargado”, adiantando que até à data a “recetividade superou as expetativas”. Atendimento personalizado e muito profissionalismo já lhes valeu de muito em tão pouco tempo, pois recentemente a Depil Concept posiciona-se no topo das clínicas a nível nacional.


É nestes locais que às vezes encontramos objetos que há muito procuramos. E há-os para vários gostos e idades. Desde bugigangas, faianças, medalhas antigas, ou brinquedos e jogos, mais ou menos recentes. Vale a pena dar lá uma saltada e aproveitar para ouvir a Charanga do Rosário e o Projeto de Viola Campaniça Moço D’uma Cana. Dia 19, na praça da República, em Castro Verde, a partir das 9 e 30 horas.

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Feira de velharias em Castro Verde

Pais Na semana que antecede a Páscoa a página da “Vitória” dá as últimas cartas na matéria e ficam sugestões para os pais e para as crianças celebrarem da melhor maneira esta quadra.

Páginas tantas

À solta Estamos mesmo na reta final e já há pouco tempo para decorares os teus ovos, mesmo assim ficam duas sugestões que mais uma vez fogem ao tradicional ovo pintado. Propomos-te duas personagens que evocam o imaginário do circo e um cesto para poderes brincar à caça aos ovos. Mais uma vez os materiais escolhidos podem ser embalagens de produtos que consumas em tua casa.

Originalmente publicado em 1970, Na Cozinha da Noite volta a estar nas livrarias pelas mãos da Kalandraka. A história baseia-se num acontecimento verídico quando o autor, Sendak, tinha 11 anos, na Feira de Nova Iorque, ficou maravilhado frente à montra da pastelaria Sunshine Bakers, cujo lema era “nós forneamos para ti enquanto dormes” e este livro seria uma resposta a essa recordação de infância, numa altura em que, em plena vida adulta, já teria idade para ficar acordado durante a noite e saber o que se passa “na cozinha da noite”. Uma viagem à memória emocional da infância. Neste livro de banda desenhada, Sendak faz a devida homenagem a Little Nemo de Winsor McCay, numa narrativa repleta de referências à cultura popular, como a presença de Oliver Hardy (famoso pela personagem Bucha do duo Bucha e Estica), transformado não num mas em três padeiros da noite. Na Cozinha da Noite explora não só a temática de Little Nemo como também o grafismo do mesmo, não só na ilustração mas também nas técnicas utilizadas por McCay.


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Letras Uma outra voz

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Boa vida Comer Pezinhos de borrego guisados com tomilho Ingredientes para 4 pessoas: 1,5 kg. de pezinhos de borrego; 2 cebolas; 2 cravinhos da índia; q.b. de sal grosso; 1 folha de louro; 4 dentes de alho; 1 dl. de azeite; 2 dl. de vinho branco alentejano; 1 colher de sopa com massa de pimentão; q.b. de água; q.b. de pimenta branca moída no momento; 1 linguiça de porco alentejano; 1 ramo de salsa; 1 molho de tomilho. Confeção: Lavar e limpar muito bem os pezinhos de borrego. Numa panela com água e sal cozer os pezinhos. Reservar um pouco de água. Num tacho colocar azeite, cebola picada, alho picado, cravinho, louro e deixe refogar um pouco. Junte a massa de pimentão, a pimenta, linguiça às rodelas e o ramo de salsa. Adicione o vinho e deixe ferver um pouco para evaporar o álcool. Junte os pezinhos de borrego e adicione água da cozedura, até cobrir a carne. Deixe ferver e rectifique o tempero. No final junte uns ramos de tomilho. Sirva com arroz branco e legumes cozidos. E bom apetite… António Nobre Chefe executivo de cozinha – Hotéis M’AR De AR, Évora

Jazz Erika Dagnino Quartet “Signs”

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palavra – não necessariamente cantada – está presente na história do jazz desde os seus alvores. Ou, porventura mesmo, até antes de se poder falar em jazz, quando os contadores de histórias afro-americanos combinavam a palavra dita com ritmos diversos e variações de entoação vocal imitando sons de animais e ruídos de comboios e outras máquinas. Sustenta LeRoi Jones/ Amiri Baraka que os blues, antes de serem um género musical, são uma forma de poesia. Também a utilização do scat, abordagem vocal tão típica do jazz, não é mais do que uma manipulação das palavras, transformando-as em onomatopeias com intenso travo rítmico. Aliás, o próprio conceito de “palavra” é multidimensional: nele coexistem significado, som, ritmo e timbre. A palavra tem sido, pois, ingrediente fundamental no jazz, predominantemente cantada, mas também declamada. Neste contexto particular, ganham relevância artística os desenvolvimentos que essa relação tem conhecido na cena nova-iorquina, com o já mencionado Amiri Baraka (falecido em janeiro último) e um conjunto de importantes diseurs, avultando o nome de Steve Dalachinsky. O panorama europeu parece, conErika Dagnino tudo, alheio a este tipo de simbiose Quartet – “Signs” Erika Dagnino (poesia música-palavra. Uma das exceções e voz), Ras Moshe é a escritora, poeta e artista inter(flauta, saxofones tenor média italiana Erika Dagnino, que e soprano), Ken Filiano no entanto é mais conhecida nos (contrabaixo, efeitos) e Estados Unidos, – em especial na ferJohn Pietaro (vibrafone, glockenspiel, caixa, tom- vilhante cena da Big Apple – do que tom, sinos, címbalos do lado de cá do Atlântico, onde ensuspensos, triângulo, controu relativamente pouco escarrilhão, shaker). paço. O seu currículo está recheado Editora: SLAM Records de contribuições para publicações Ano: 2013 literárias e musicais, sendo de destacar a nova-iorquina “First Literary Review-East”, a francesa “Levure Littéraire” e as italianas “Quaderni d’Altri Tempi” e “SuonoSonda”. No plano musical são de destacar as colaborações com o quarteto italiano de Anthony Braxton, para quem escreveu as notas de capa de “Standards” (2006), o violinista italiano Stefano Pastor, o saxofonista britânico George Haslam, o pianista e compositor norte-americano Chris Brown e o percussionista japonês Satoshi Takeishi (que integra o seu trio, juntamente com o contrabaixista Ken Filiano), entre outros. Em Nova Iorque integra ainda a Dissident Arts Orchestra e a Radical Arts Front. Dagnino desenvolve uma abordagem muito própria, utilizando a voz e as palavras como um instrumento que interage em igualdade de circunstâncias com os outros. Acompanham-na o saxofonista Ras Moshe, o já mencionado Filiano (bem conhecido dos melómanos portugueses, sobretudo por via das suas várias gravações para a Clean Feed) e o percussionista John Pietaro. Apesar dos seus versos estarem escritos (em italiano e em inglês) incorporam-se particularmente bem num contexto de improvisação, com os discursos musicais a contribuírem para acentuar a intensidade das palavras, tantas vezes de uma solidão crua e torturada. Moshe adota um discurso de matriz pós-“colteaneana” (nos saxofones e na flauta), Filiano é um contrabaixista com uma voz sempre interventiva (quer em pizzicato quer, sobretudo, no seu notável trabalho com arco), mas é Pietaro a maior surpresa, assumindo um papel central na construção de ambientes e texturas, seja no vibrafone ou nas percussões, sublinhando e contrapondo com critério e bom gosto. Uma gravação pouco habitual e desafiante, que tresanda a Nova Iorque. António Branco

ma e outra e ainda outra voz. Cinco vozes. É um romance polifónico, este de Gabriela Ruivo Trindade, passado em vários espaços (Lisboa e Angola) embora Estremoz esteja no centro da sua geografia. João José Mariano Serrão, tio-avô da autora, filantropo, republicano, homem de coração, empreendedor (o Café Alentejano e o Águia d’Ouro foram criados por si entre outros negócios – e a eletricidade - que trouxeram progresso à cidade), é a figura em torno da qual as “estórias” urdidas convergem e esta convergência dá-se naturalmente no espaço em que a ação dele mais se fez sentir. As vozes vão desfiando, ao longo de gerações, uma história mais ou menos inventada da família da autora. O fio narrativo organiza-se em direção ao álbum de fotos que, no final do livro, documenta a meia dúzia de anos que Serrão passou em Angola, depois de ter perdido a fortuna herdada. Um século é o tempo da memória inventada de uma família mas também o tempo de revisitar a história de um país, desde a instauração da República à reposição da democracia, após o 25 de Abril de 1974. Uma outra voz equilibra a “estória” íntima e secreta de vários narradores com a história de uma cidade e de um viver marcado pela história política do país. Nele há uma outra voz que se eleva - uma voz alentejana – e que ajuda a compor a história de uma região que também se vai compondo de modo polifónico, através da escrita, da música, e outras formas de expressão que exprimem um modo de ser e a cultura alentejana. Prémio Leya 2013, Uma outra voz, é o primeiro romance publicado de Gabriela Ruivo Trindade nascida em Lisboa, com origem alentejana, e atualmente a viver em Londres. Maria do Carmo Piçarra

Gabriela Ruivo Trindade Leya 15,50 euros 336 páginas

Toiros Alvalade do Sado recebeu festival taurino

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arde de sol e bilhetes a preços acessíveis foram motivos fortes para que no passado domingo, 13 de abril, o público preenchesse cerca de ¾ fortes das bancadas da praça de toiros instalada em Alvalade do Sado. Público, que ali se deslocou para se divertir e participar na festa. Joaquim Bastinhas, que se encontra lesionado, mas ainda assim marcou presença em Alvalade do Sado, para assistir a este festival, foi substituído no cartel por Tito Semedo, que teve pela frente o melhor novilho da tarde, um Lampreia nobre e voluntarioso, que proporcionou ao cavaleiro de Santana da Serra uma lide a gosto, ritmada e com a preocupação de preparar e rematar as sortes. Terminou a atuação com um violino junto à porta dos sustos. Sónia Matias teve pela frente um exemplar de David Ribeiro Telles, escasso de forças e sem apresentação, o que em nada abona em favor da nossa tauromaquia. Sónia tentou tirar algum partido do novilho, mas este, devido ao pouco peso e ao muito calor que se fazia sentir, poucos passos dava sem cair… ainda assim Sónia Matias chegou às bancadas com a sorte de violino com que terminou a atuação. “Mia” Brito Paes lidou um exemplar de “Prudêncio”, também com pouca apresentação, mas mais voluntarioso, embora a meio da lide começasse a procurar tábuas, “Mia” entregou-se, labutou e conseguiu uma lide positiva concluída com um palmito do agrado do conclave. Marcos Bastinhas recebeu o exemplar de Branco Núncio com pata e a perseguir a montada com persistência e emoção, depois deste ímpeto inicial, Marcos cravou os compridos em sortes frontais e bem marcadas. Nos curtos resolveu com eficácia e a demostrar traquejo. Marcelo Mendes tinha sido, quanto a nós, o triunfador no ano anterior, não conseguiu este ano repetir o êxito de 2013. Mostrou recursos através de uma lide variada, onde houve lugar aos palmitos e violinos, frente ao exemplar de Silva Herculano. Fechou a tarde, frente a um exemplar da ganadaria “Passanha”, a jovem Mara Pimenta, a mostrar que continua a evoluir, que possui boas montadas e que pretende afirmar-se neste mundo. Esteve desembaraçada e voltou a deixar ambiente em Alvalade do Sado. Nas pegas estiveram em praça os amadores do Ribatejo, Cascais e Beja, que no geral não tiveram problemas em consumar as pegas. Assim, pelos Amadores do Ribatejo consumaram André Martins, à primeira tentativa, e António Saramago, à terceira, mais por culpa do forcado do que do novilho…Por Cascais foram solistas Rui Trindade e Bruno Loures, ambos à primeira. Também à primeira pegaram Mauro Lança e José Miguel Falcão pelo grupo de Beja. O festival foi dirigido com critério pelo delegado técnico tauromáquico João Cantinho, assessorado pelo médico veterinário, dr. João Infante. Vitor Morais Besugo


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Continua patente, na igreja do Espírito Santo, em Moura, até dia 4 de junho, a exposição “Brinquedos de Ontem”, promovida pelo município local com a colaboração de particulares, nomeadamente Elisa Garraz, Francisco Janeiro e Maria Antónia Sequeira. A mostra, pensada para o público infantil mas também para os adultos, que poderão “recordar memórias da infância e reviver as brincadeiras dessa época”, reúne um conjunto de brinquedos que ilustram o que se fazia em Portugal e no estrangeiro entre os anos 40 e 80 do século XX.

Diário do Alentejo 18 abril 2014

“Brinquedos de ontem” para ver em Moura

Fim de semana Concerto amanhã, sábado, no Pax Julia, em Beja

Sérgio Godinho: 40 anos depois de “Liberdade”

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o primeiro tema de “À queima-roupa”, álbum editado já em Portugal, no rescaldo de Abril. “Só há liberdade a sério quando houver a paz, o pão, habitação, saúde, educação”, diz o refrão que fez furor nas manifestações populares de então, de norte a sul do País. Quatro décadas passadas, Sérgio Godinho, um dos cantores de intervenção mais pertinentes ainda hoje, pede-lhe o título de empréstimo – “Liberdade” – para um concerto comemorativo e retrospetivo dos “40 anos do Portugal democrático”. Um espetáculo que estará amanhã, sábado, a partir das 21 e 30 horas, em cima do palco do Teatro Municipal Pax Julia, e que promete casa cheia. Tem sido assim nas últimas vindas de Godinho a Beja. A cidade gosta dele e conhece-lhe as letras de cor. “Liberdade” faz uso do repertório de “um dos mais importantes criadores de imaginário destas últimas quatro décadas”, para rever 40 anos de história recente. Portugal a ver-se ao espelho, “desde a música empenhada, bandeira de causas e consciência social, ao diário íntimo e plural”. Neste espetáculo, que dispõe do serviço de kidsitting, Sérgio Godinho faz-se acompanhar por alguns dos cúmplices de sempre: Nuno Rafael (guitarras, percussões e coros), Miguel Fevereiro (guitarras, coros), Nuno Espírito Santo (baixo), João Cardoso (teclado e coros) e Sérgio Nascimento (bateria e percussões).

Primavera no Campo Branco prossegue amanhã com stand up comedy Inaugurada com o espetáculo “Viva quem canta… a Liberdade!”, que subiu ontem ao palco do Cineteatro Municipal de Castro Verde, evocando, através da música, cante e poesia, “a importância da cultura na conquista da liberdade”, a 24.ª edição do programa cultural Primavera no Campo Branco prossegue amanhã, sábado, com o humor de Aldo Lima e Francisco Menezes. O espetáculo de stand up comedy, que decorre também no cineteatro municipal, está agendado para as 21 e 30 horas, prometendo transportar os presentes para a “parte divertida da vida”. “Se os tempos não estão para brincadeiras, felizmente estes dois estão!”, convida a câmara municipal local, que sugere também para amanhã uma ida à Feira do Livro, a decorrer no jardim do Parque Infantil, para assistir à apresentação da obra Ó fala que foste fala, de Maria da Conceição Ruivo, a partir das 17 e 30 horas. A 24.ª Primavera no Campo Branco assenta arraiais

em Castro até 18 de maio e propõe várias atividades para desfrutar dos dias maiores e soalheiros: teatro, leituras, dança, música e exposições, bem como a celebração dos 40 anos de Abril.

Feira do Livro de Barrancos Barrancos inaugurou ontem, quinta-feira, no seu posto de turismo, a 16.ª Feira do Livro do concelho, que se prolonga até ao próximo dia 27. A iniciativa, dinamizada pela biblioteca municipal, está aberta ao público entre as 9 e as 12 horas, e entre as 14 e as 18 horas.

O 25 de Abril segundo Susa Monteiro em Serpa Durante um mês, entre o último dia 15 e o próximo, a ilustradora bejense Susa Monteiro vai expor em Serpa um conjunto de trabalhos seus sobre a Revolução dos Cravos. “25 de Abril, 25 Desenhos” encontra-se patente na biblioteca municipal, mostrando o olhar da autora, nascida em 1979, sobre um acontecimento que cumpre este ano quatro décadas. Susa Monteiro, que integra o ateliê de BD Toupeira, da Casa da Cultura de Beja, e está na génese da Bedeteca de Beja e do Festival Internacional de BD de Beja, tem publicado pequenas histórias de banda desenhada pelas páginas de alguns fanzines e álbuns e, enquanto ilustradora, publica com regularidade em livros, revistas e jornais, como são os casos da “Visão” do “Diário do Alentejo”.

Jodé Cid e Quim Barreiros nas Festas de Serpa Um rally paper, a abertura da Feira dos Produtos Regionais, a partir das 10 horas, no Espelho de Água, animação de rua, pelos Devaneios Filarmónicos, pelas 17 horas, e um serão que se inicia, pelas 22 horas, com a procissão do Enterro do Senhor, encerrando com Rafa e Beltran (programa “Factor X”), no espaço da comissão de festas. Eis, resumidamente, a programação de hoje, sexta-feira, em Serpa, em mais uma Festa em Honra de Nossa Senhora de Guadalupe. Uma edição que tem como cabeças de cartaz José Cid, no domingo de Páscoa, e Quim Barreiros, na segunda-feira, dia 21 (22 horas, praça da República). O programa, que decorre até terça-feira, 22, dia de romaria ao Altinho, é organizado por uma comissão de festas local, integrando as tradicionais cerimónias religiosas, o incontornável Cortejo Histórico e Etnográfico, pelas 16 horas de domingo, e o “grandioso espetáculo de fogo de artifício”, nessa mesma noite.


31 Diário do Alentejo 18 abril 2014

Proteção Civil decreta estado de calamidade em Barrancos depois de programa de domingo à tarde da SIC ter passado por aquela localidade raiana. Assunção Esteves concorda que um militar discurse no 25 de Abril na AR desde que seja o Capitão Iglo. facebook.com/naoconfirmonemdesminto

Governo quer que o cálculo das pensões seja indexado ao número de passageiros do aeroporto de Beja É intenção do Governo indexar o cálculo das pensões aos valores da economia nacional, o que causou a revolta de milhares de pensionistas portugueses, especialmente daqueles com dinheiro para comprar comida e que ainda têm força para sair para a rua protestar. Esta medida é vista com tanta desconfiança pelos portugueses que o Executivo está a preparar alternativas à mesma. Uma investigação conjunta “Não confirmo, nem desmin to”/Jos é Gomes Ferreira /João Galamba apurou que o Executivo está a preparar outras formas de cálculo ainda mais vantajo sas para o… Estado. Segundo apurámos, está em cima da mesa a possibil idade de os cálculos das pensões serem efetuados com base no número de passage iros do aeropor to de Beja. Consta que os assessores de Passos Coelho que tiveram esta ideia, explicaram, em primeiro lugar, ao primeiro-ministro onde é que ficava Beja e que nesse concelho, mais concret amente em Porto Peles (Port Skins em inglês) havia bons restaurantes para levar os elemen tos da Troika a jantar. Em segundo lugar, explicaram como é que esta medida pode ser importa nte: “É uma ideia brilhante!”, afirmou um assesso r de Passos com a cauda bifurcada. “Pelas nossas contas, o número de passageiros é tão baixo que cada pensionista passa a receber 20 euros por mês mais meia dúzia de suspiros sem açúcar! Adeusinho, défice!”, referia com júbilo enquanto afogava uma ninhada de gatinhos. Contudo, o Governo já veio desmentir esta situação, afirmando que o cálculo das pensõe s não deverá sofrer alterações nos anos em que chova, o Benfica seja campeão, Marte, Júpiter e Maria de Lurdes Modest o estejam alinhados e haja um eclipse total do sol. Todos estes acontecimento s deverão ocorrer em simultâneo.

Bruno de Carvalho lança comunicado a dizer que o Sporting é que devia ser campeão da 1.ª divisão distrital de Beja e não o Mineiro Aljustrelense Foi no passado fim de semana que o Mineiro Aljustrelense (a quem enviamos os nossos parabéns) se sagrou campeão distrital da 1.ª divisão de futebol. Segundo o nosso correspondente em Jungeiros, tal feito foi assinalado em todo o concelho com rebentamentos adicionais na mina, enquanto que os simpatizantes mais idosos celebraram na Área de Serviço de Aljustrel onde chegaram pela A2, em contra mão, nos seus carros para os quais não é necessário ter carta de condução e que chegam a atingir a velocidade estonteante de 63 quilómetros por hora. Todavia, os festejos ficariam ensombrados por mais um comunicado lançado pelo Sporting (o 8 745.º do ano) em que o clube de Alvalade critica as arbitragens no distrital de Beja, afirmando que o campeão deveria ser… o Sporting. “É daquelas coisas que só não vê quem não quer. O nosso grande Sporting foi mais uma vez prejudicado. Parece-me óbvio que temos muito melhor equipa do que o Mineiro e que este campeonato foi uma vergonha. Essa coisa do Sporting não ser uma equipa do distrito de Beja é mais uma tramóia cujo objetivo é prejudicar-nos, como foi aquela de nos impedir de participar no Liga Norte-Americana ou no campeonato da sueca de Figueira dos Cavaleiros. Mas nós não nos vamos calar, vamos lutar pela justiça desportiva, em especial aquela que nos beneficia. Pelos nossos cálculos, já devíamos estar à frente do Benfica com dois milhões de pontos de avanço, a Liga dos Campeões já devia estar no papo e a Liga Futre é o nosso grande objetivo para a próxima época. Spooooooooorrtiing!”, declarou Bruno de Carvalho.

PARA O ANO, VAMOS DISPUTAR O DISTRITAL DE BEJA COM UMA EQUIPA PREPARADA À BASE DE MIGAS

Inquérito Conhece o rap alentejano?

MC AL KA GOITA, 22 ANOS Pessoa que sofre muito na época das alergias

Não só conheço como pratico /nele busco o sucesso/ no Alentejo labiríntico/falo sobre tudo/da vida à atualidade/é rap cá do fundo/é coração, é verdade/as estradas da região são uma vergonha/e os responsáveis não fazem nada era partir-lhes a fronha/a rotunda da Trindade, é a mais esburacada do concelho/é mais perigosa do que passear à noite no Carmo Velho/agora vou-me embora, não digam que não foram avisados/se querem viver cá, devem estar mas é passados…

GENERAL ZÉ PETER, 17 ANOS Pessoa que pensa que um livro de autoajuda é um romance sobre um stand automóvel

O rap alentejano/é mais do que uma moda/é um beat bacano/que não vacila, mas incomoda/quem me ensinou a rappar foi o meu primo Basílio/trabalha em Lisboa num brasileiro rodízio/ele tem mais jeito do que eu a rimar/mas eu ao contrário dele até cem sei contar/espero ter mais sorte, uma vida sadia/não quero acabar na droga, na miséria ou na EDIA/e agora um conselho, se querem fruta baril/esperem por sábado e vão ao mercado 25 de Abril…

E TORRESMOS . . .

LITTLE PÓ NEY MATO GROSSO, 20 ANOS Pessoa que sabe onde é que está o avião da Malásia mas não diz a ninguém

O rap é uma arte, uma forma de vida/sempre é mais estimulante do que ler a “Ana Mais” atrevida/o rap é um caminho de justiça, com homens francos/e sempre está em melhor estado do que a estrada para Barrancos/o rap também é uma maneira de atingir o amor/sempre com respeito, carinho e popias de Algodor/mas se apanho uma doida que só sabe queimar pontes/digam-lhe que basei para Vila Nova de Milfontes…


Nº 1669 (II Série) | 18 abril 2014

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nada mais havendo a acrescentar... Adiar para sempre Todos os dias adia a única vida que tem. A viver debaixo da campa rasa das memórias e do fardo do destino, vai ficando sozinha, isola-se, envelhece. E é no rosto que melhor se nota a dor da solidão. Vá-se lá saber porquê, mas é na cara que o raio do desgosto mais gosta de fazer riscos fundos de desânimo, de desenhar pregas grandes na pele e de esculpir olheiras como noites escuras. Impede a luz de entrar em casa, impede a luz de outros olhos de entrarem dentro dela, há tanto tempo que nenhuma espécie de luz entra dentro dela. Nem sequer o sol dos sorrisos. Muito menos mãos, beijos e braços. A casa é um convento frio onde não há fé.

Vive para a família, multiplica-se em serventias, desfaz-se em mil cuidados. Não se preocupem porque ela vive as mágoas, as horas más, os medos, as dívidas se for preciso. Encarna a vida dos irmãos, dos sobrinhos, dos pais, dos primos. Quer que eles sejam felizes, porque se eles forem felizes ela também é. Não precisa de mais nada. A tristeza não ocupa lugar. Uma vez que o que perdeu já não volta, não vale a pena ter vida própria. Esta vida já não tem remédio, é apenas uma cruz que se vai carregando. Depois desta via-sacra há de, em vão, morrer pelos outros e enterrar definitivamente a única vida que não teve. Vítor Encarnação

quadro de honra Mariana Maia de Oliveira, 22 anos, natural de Beja Frequentou em Beja, na Escola D. Manuel I, o ensino secundário e é atualmente aluna de Português na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Paralelamente, é diretora de informação da Rádio Universidade de Coimbra e mantém aí um programa semanal de entrevistas, denominado “A Pretexto”.

Jovem de Beja vence Prémio 25 de Abril da RTP

Atualizar o “símbolo” de Abril

V

enceu, na categoria do Ensino Superior, o Prémio 25 de Abril, promovido pela RTP, cujo desafio era desenvolver um ensaio sobre o tema “O futuro da democracia em Portugal e na Europa”. Sobre o futuro, o que lhe ocorre dizer é que é tarefa de todos “tomar nas mãos a forma que queremos dar-lhe”. Sobre a Revolução dos Cravos, ocorrida quase 20 anos antes do seu nascimento, realça a importância de percebermos, “coletivamente”, o que é que dela podemos preservar e transportar para o presente. Para que não se caia no esquecimento, há que “atualizar o símbolo”, defende. Como reage a este reconhecimento por parte de um júri onde figuram Ramalho Eanes, Jorge Sampaio e Guilherme de Oliveira Martins?

A reação das pessoas a este tipo de coisas não costuma ser particularmente imprevisível – fiquei, naturalmente, contente com a notícia. O facto de o júri ser composto pelas pessoas que nomeia é uma espécie de validação adicional que nos dá uma garantia simpática de termos feito uma coisa com algum cabimento. Como em tudo, o valor dos símbolos é importante – embora não seja o mais importante, porque o trabalho seria o mesmo quer fossem estas ou outras PUB

pessoas. Não mudam a substância do que se fez mas fazem-na parecer mais bem composta.

etária, sobre a temática do 25 de Abril e sobre a construção da democracia, que “se faz todos os dias”, como diz Jorge Sampaio?

Em resumo, qual é, em seu entender, “o futuro da democracia em Portugal e na Europa”?

Não creio que haja, de todo, nenhuma uniformidade na forma de pensar das pessoas que estão na minha “faixa etária”. As pessoas mais velhas divergem e têm opiniões diferentes sobre os assuntos – não há razão nenhuma para não acontecer a mesma coisa nas gerações mais jovens. Aquilo que procurei dizer foi que, naturalmente, a tendência será para que aqueles que nasceram várias décadas depois de 74 não guardem do dia 25 de Abril a mesma memória que têm as pessoas que viveram a ditadura e fizeram a Revolução. Parece-me importante que percebamos, coletivamente, o que há de imprescindível a preservar do dia 25 de Abril – o que é que dele podemos transportar para o presente. Sem esse exercício de atualização do símbolo, ficaremos certamente à mercê dos caprichos do esquecimento e do apagamento da memória. Começo e termino o ensaio com o poema de Sophia: “Esta é a madrugada que eu esperava/O dia inicial inteiro e limpo (...)”. Pareceu-me um bom exemplo de alguma coisa que se elevou acima do seu contexto para significar outra coisa muito além dele. Carla Ferreira

Não sei qual é – aliás, devia desconfiar muitíssimo se lhe dissesse o contrário – mas sei apenas que será algum. Ou seja: o futuro é a única garantia que nos é dada porque, em princípio, o tempo não vai parar nem voltar para trás. Cabe-nos tomar nas mãos a forma que queremos dar-lhe, e executar os gestos precisos que nos desenhem aquilo que desejamos coletivamente. O seu trabalho, tal como os dos restantes vencedores, será apresentado publicamente, através da participação em programas de rádio. Como se sente neste papel de representante de uma geração?

Não subscrevo a designação de “representante de uma geração”. Trata-se de uma proposta, que procurei que fosse o mais honesta possível, mas que não pretende falar por pessoas que não me incumbiram de o fazer. Haverá, sim, participações em alguns programas de rádio e televisão. O que se sabe e sente, na sua faixa

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Céu pouco nublado e uma temperatura máxima de 24 graus é o que se prevê para hoje, sexta-feira. Amanhã, sábado, a temperatura vai descer para os 19 graus e, no domingo, a região pode contar com aguaceiros.

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Travessia aérea Milfontes-Macau recordada Tendo como cenário o rio Mira, Vila Nova de Milfontes recebe amanhã, sábado, pelas 16 horas, o espetáculo de teatro de rua “Raid Aéreo”, para assinalar os 90 anos da travessia aérea Vila Nova de Milfontes-Macau. Trata-se de uma iniciativa do município de Odemira, no âmbito das comemorações de Abril, estando a produção, com direção artística de Rui Pisco, a cargo dos grupos de teatro amador Galderices, Gatos Pingados e Teatro Rústico, de Vila Nova de Milfontes, contando também com os elementos do projeto “Bonecos de Trapo”, do grupo Os Piscos. O espetáculo levará o público numa viagem “aérea” entre a zona da igreja e o farol, com um percurso marcado por ações teatrais em vários pontos. Recorde-se que a primeira travessia aérea Portugal - Macau partiu de Vila Nova de Milfontes, no dia 7 de abril de 1924.

Passeio Gastronómico do Borrego em Cuba Cuba promove no seu feriado municipal, dia 21, o Passeio Gastronómico do Borrego “Do campo ao prato”, com o intuito de “promover os produtos locais e recriar a oferta turística do território, qualificando novos pontos de interesse e serviços”. O roteiro pretende ser um “convívio no campo”, com oferta de degustação de produtos locais, mostra de artesanato, caraterização da exploração de ovinos, mostra de showcooking, workshop infantil e ainda um almoço com base no borrego, adianta o município. A iniciativa enquadra-se na Semana Gastronómica do Borrego, organizada pela Turismo do Alentejo, à qual aderiram sete restaurantes deste concelho.

“Fotografias Faladas” na Biblioteca de Ourique A Biblioteca Municipal de Ourique recebe na próxima quarta-feira, dia 23, pelas 21 e 30 horas, o espetáculo “Fotografias Faladas | Duas Formas - Um Conteúdo” Trata-se, segundo a autarquia, de um “exercício de construção da realidade, a partir do olhar e das palavras de dois homens”: Valter Bento (fotografias) e Vítor Encarnação (textos).


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