Edição n.º 1665

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Dinarte Branco: O ator que não esquece Vila Nova de São Bento pág. 39 SEXTA-FEIRA, 21 MARÇO 2014 | Diretor: Paulo Barriga Ano LXXXII, N.o 1665 (II Série) | Preço: € 0,90

Investigadora Maria Adelaide Almeida alerta também para a eutrofização das águas superficiais

Águas subterrâneas do Alentejo contaminadas por excesso de nitratos JOSÉ SERRANO

Entrevista nas págs. 4/5

Produtores de porco alentejano faturaram 2,4 milhões em 2013

O “Diário do Alentejo” vai ser distribuído na Feira da Água, em Beja, e na Feira do Porco Alentejano, em Ourique

Reportagem nas págs. 20/21

Ferreira volta a processar o Estado pelas obras da A26 pág. 9

20 milhões de euros para recuperar Mina de S. Domingos pág. 14

Agricultura onde a água não chega PUB

Numa altura em que o regadio avança em grande força pelo território do Alentejo, o “DA” foi perceber como sobrevive a agricultura onde a água para rega não chega nem chegará. São os “parentes pobres” das estepes cerealíferas do sul onde, como sempre aconteceu, quem manda é o rigor do tempo. Agricultura de “alto risco” na época dourada de Alqueva. págs. 6/7


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Editorial Alentejo Paulo Barriga

Vice-versa O movimento Independentes por Almodôvar assegura que o antigo executivo deixou em tesouraria mais de dois milhões de euros, sem dívidas para pagar, e lembra que o município viu agora aprovadas duas candidaturas a financiamentos comunitários no valor de aproximadamente três milhões de euros, pelo que o presidente da autarquia deve “acabar com as suas lamúrias de que não tem dinheiro”. António Sebastião, vereador do movimento independente

H

á coisa de duas ou três semanas, um vereador da Câmara de Odemira, Hélder Guerreiro, propôs a criação de um círculo eleitoral para os cinco concelhos do litoral que faziam parte da falecida província do Baixo Alentejo. As palavras do autarca escondiam um misto de provocação, de desafio, de desilusão. Tudo ao mesmo tempo. E não é para menos. Sem grandes alaridos, sem grandes esperneios, sem uma tomada rija de posição, os restantes municípios do distrito de Beja (se é que ainda se pode assim chamar) deixaram cair o concelho de Odemira para uma nova região que apenas faz sentido nas cabeças descafeinadas de alguns amanuenses com escritório no Terreiro do Paço: Alentejo Litoral. Muito subtilmente, com uns rebuçadinhos à mistura para adoçar a boca de alguns, o Governo implementou no território nacional uma regionalização encapotada, descabida, não referendada e à margem da Constituição. Ilegal, portanto. E, na parte que nos toca, as novas comunidades intermunicipais, ao nível territorial, exterminaram a maior riqueza que a região possuía. Essa linha de força única e maravilhosa que ligava as serranias da fronteira com Espanha às falésias do Atlântico. Por muito que se façam campanhas a favor da atomização do território, por muito grande que seja a tentação pelo inédito e por aparecer nos programas televisivos domingueiros, por muito que alguns autarcas queiram puxar a sua carroça sozinhos, esta região apenas faz sentido no seu todo. Solidariamente. Aquilo que nos une e entrelaça é muito mais forte do que aquilo que nos separa. O que nos afasta e desapega é o queijo daqui, o porco dacolá, o peixe do rio do outro, o pão e as laranjas do vizinho. Isoladamente. Quando o que nos une neste Alentejo maravilhoso e irrepetível é precisamente tudo isso, toda essa rebuscada diversidade, todos esses saberes ancestrais, essa maneira única de nos relacionarmos com o meio envolvente, com a natureza, uns com os outros, cada qual de sua forma, mas afinal de forma tão igual. O que nos une não se diz, sente-se. Há quem chame a isto cultura, simplesmente. Em tempos um poeta chamou-lhe “uma certa maneira de cantar”. Em coro. E este nosso Alentejo do sul apenas se fará ouvir quando cantar em uníssono. E não partido em lascas. Como alguns propõem e o Governo impôs.

O presidente da Câmara de Almodôvar considera que é “natural” que o executivo no final do mandato deixe obras feitas e candidatadas à espera de aprovação e assegura que nunca afirmou que a câmara não estava em condições de cumprir com os compromissos. António Bota reafirma ainda que existiam verbas comprometidas na ordem dos três milhões e 400 mil euros quando tomou posse. António Bota, presidente da Câmara de Almodôvar

Fotonotícia

Já é primavera. Estão as velas içadas. Na nau das Portas de Mértola os velhos marinheiros reformados admiram a bombordo e estibordo o labor dedicado de quem comanda a operação. O marujo no cesto da gávea observa confiante lá do alto, as velas triangulares retorcidas, esticadas, limpas, luminosas e coloridas da embarcação. Durante o tempo da borrasca estiveram dobradas em casa de arrumos, não fosse um aguaceiro mais vigoroso rasgar-lhe o pano. É a segunda vez que são erguidas. A primeira vez a ordem dada por um comandante. Agora por um outro que substituiu ao leme o anterior. As velas estão içadas. Prontas para levar a barca primavera adentro. Sem insolações da tripulação. Texto José Serrano Foto José Ferrolho

Voz do povo O que lhe traz a primavera?

Inquérito de José Serrano

Jessica 17 anos, estudante

Maria Inês 43 anos, desempregada

João Molha 32 anos, arqueólogo

Sol. Calor. Roupa fresca. Gelados. Passeios no jardim. O chilrear dos passarinhos. Flores de todas cores. E tardes passadas com as amigas. Esplanadas. Dias mais agradáveis. Boa disposição.

Alegria. Boa disposição. Autoestima. Praia. Sol. Esplanadas. Caracoladas. Roupa mais leve. Cores vivas, alegres. Dietas. Tudo menos dinheiro.

Alegrias. Cores. Praia. Copos. Noitadas. Longos passeios. Dias mais longos. Menos roupa. Mais namoro.

Daniela Duarte 30 anos, técnica de saúde ambiental

Sol. Alegria. Mais autoestima. Passeios. Saio mais de casa. Usufruo da natureza. Vou às esplanadas. Como caracóis que é tão bom. Vejo mais pessoas a andar na rua. Dinamiza-se o comércio local.


Rede social DR

Semana passada QUARTA-FEIRA, DIA 12 CERCAL DO ALENTEJO HOMEM MATA PAI A TIRO Um homem matou o pai com um tiro de caçadeira e suicidou-se de seguida com a mesma arma, perto de Cercal do Alentejo, concelho de Santiago do Cacém, revelaram fontes da GNR e dos bombeiros. Fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Setúbal adiantou à Lusa que o homicídio seguido de suicídio, cujo alerta foi dado às 11 e 14 horas, ocorreu junto à Estrada Nacional 120 (EN120), perto de Cercal do Alentejo. A fonte da GNR disse que o filho, um homem na casa dos 40 anos, deslocou-se de manhã ao local onde o pai tinha uma horta, junto à EN120, e disparou um tiro de caçadeira contra o progenitor. De seguida, acrescentou a fonte, o homem, que mantinha quezílias com o pai, dirigiu-se para o automóvel que estava estacionado junto à estrada e suicidou-se com a mesma arma. Foram mobilizados para o local os bombeiros de Cercal do Alentejo, elementos do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), GNR e a Polícia Judiciária (PJ).

QUINTA-FEIRA, DIA 13 ODEMIRA DETIDO SUSPEITO DE TENTATIVA DE VIOLAÇÃO Um homem, de 51 anos, foi detido pela GNR na zona de Odemira por suspeitas de ter tentado violar uma jovem estrangeira, de 23 anos, junto à praia do Carvalhal, naquele concelho do litoral alentejano. O Comando Territorial de Beja da GNR adiantou que o caso passou para a Polícia Judiciária e que o suspeito já foi presente ao Tribunal de Odemira, o qual determinou a sua prisão preventiva. O caso surgiu com a denúncia apresentada, no posto da GNR em São Teotónio, pela jovem estrangeira, que alegou ter sido alvo de uma tentativa de violação, no sábado, junto à praia do Carvalhal, naquela freguesia de Odemira. Baseada na descrição efetuada pela mulher, a GNR realizou ações de investigação, culminando, na terça-feira, com a localização, identificação e detenção do suspeito.

SÁBADO, DIA 15 ALJUSTREL NÚCLEO PAIS-EM-REDE DE ALJUSTREL INAUGUROU SEDE Foi inaugurada a sede do Núcleo Pais-em-rede de Aljustrel. A nova sede, adianta a entidade em comunicado de imprensa, situa-se nas antigas instalações do CAIM – Centro de Animação Infantil Municipal.

DOMINGO, DIA 16 MILFONTES DETIDOS POR FURTOS NA COSTA VICENTINA Um homem e uma mulher, ambos de 29 anos, foram detidos pela GNR de Vila Nova de Milfontes, no concelho de Odemira, por suspeita de fur tos no interior de veículos estacionados em praias na costa vicentina. Os suspeitos, segundo a GNR, foram intercetados depois de um aler ta a dar conta de diversos fur tos ocorridos na tarde de domingo. De acordo com a força de segurança, os suspeitos seguiam numa viatura carregada com material fur tado. Foram liber tados, mediante Termo de Identidade e Residência (TIR).

QUARTA-FEIRA, DIA 19 VIDIGUEIRA AUTARQUIA ASSINALOU DIA DO PAI A Câmara de Vidigueira assinalou o Dia do Pai com várias atividades para crianças dos dois aos 10 anos, como contos, jogos, brincadeiras e caça ao tesouro perdido. As atividades decorreram no Centro Multifacetado de Novas Tecnologias de Vidigueira.

3 perguntas a Lucie Rousset Centro de Convergência, projeto do GAIA

Como surge a Festa da Semente, que se realiza amanhã?

Nós aproveitamos as nossas riquezas (pessoas ativas, lugar maravilhoso aos nossos olhos e recursos simples, mas fartos) para valorizar uma dádiva natural e cultural que é a semente local e tradicional. Chamamos estas sementes de “livres” em oposição às sementes patenteadas e catalogadas, para continuarmos a ter o direito de as usar em liberdade (para saber mais pesquisar “campanha das sementes livres”). No sudoeste alentejano muitas pessoas sentem a necessidade de valorizar melhor esta herança biocultural e a festa da semente é, assim, um espaço de encontro e de construção para uma rede de conservação de sementes no Alentejo sudoeste.

Mértolarte 2014 inaugurada A Câmara Municipal inaugurou a exposição do Mértolarte 2014, patente ao público na Casa das Artes Mário Elias e na Sociedade Recreativa 1.º de Dezembro. Os 140 trabalhos expostos podem ser visitados até dia 20 de abril.

Ferreira na BTL em Lisboa A Câmara Municipal de Ferreira do Alentejo participou na BTL 2014, que se realizou entre 12 e 16, na FIL, Parque das Nações, em Lisboa. A autarquia aproveitou e promoveu o turismo e o azeite do concelho.

Quais os objetivos que a festa pretende alcançar?

As palavras-chave para este dia são: cooperação, abundância, ativismo da semente e celebração. Junta r, informa r, celebrar, incentivar novas dinâmicas na nossa região. Ter um espaço para a troca dos nossos bens, saberes e ideias. Sobretudo, que seja um dia de festa para todos.

Centro Social do Lidador comemorou aniversário Muita festa. Muita animação. Destaque para a música, para a dança, mas também para muitas outras atividades. Tudo para celebrar o aniversário do Centro Social do Lidador, em Beja.

Qual a importância que este acontecimento tem para a dinamização da Aldeia das Amoreiras?

Ter eventos na aldeia faz-nos felizes. É um bom pretexto para as pessoas visitarem o lugar. Para quem aqui vive deixa o sentimento de que aqui também há vida e energia (onde há semente, há vida). Embora o comércio local seja pouco, esta organização traz mais f luxos e também traz a oportunidade de adquirir produtos que não chegam à aldeia todos os dias. No entanto, o evento quer-se promotor duma dinamização mais regional. Isso sente-se também na af luência das pessoas. Embora a feira seja pequena as pessoas venham para o convívio que vão encontrar. Música ao vivo, bancas que não vendem e fardos de palha para abancar, enquanto se prova um chá oferta. O sentimento de abundância e cooperação é o que traz dinamização à aldeia. Bruna Soares

Jangada de São Torpes em Lisboa Sines está presente na exposição “Lisboa Pré-Clássica”, na Galeria Millennium BCP, em Lisboa, com um exemplar da jangada de São Torpes, cedida pela câmara municipal e Museu de Sines. A exposição apresenta peças da vida quotidiana.

Animação do livro e da leitura em Grândola Animação do livro e da leitura para todos. É esta a iniciativa que a Biblioteca Municipal de Grândola propõe uma vez por mês. Desta feita, “Artur e Clementina” animaram a casa dos livros e dirigiram-se a todo o público.

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Entrevista O panorama da qualidade das águas do Alentejo não é propriamente ani- a descargas de águas residuais não tratadas, o que pode levar ao aparecimador. Segundo a investigadora Ana Adelaide Almeida, que coordena mento de cianobactérias, seres vivos que contêm toxinas letais para o hotrês diferentes laboratórios no Instituto Politécnico de Beja, as águas sub- mem. Na opinião da cientista, é urgente implementar “perímetros de proterrâneas apresentam contaminação por excesso de nitratos devido ao teção de aquíferos e albufeiras” e desenvolver campanhas de educação uso excessivo de fertilizantes. Já as águas para consumo humano, capta- ambiental junto dos agricultores e dos produtores agropecuários. Amanhã, das em barragens e albufeiras, apresentam excesso de nutrientes, devido sábado, é Dia Mundial da Água. Texto Paulo Barriga Foto José Ferrolho

Investigadora Maria Adelaide Almeida afirma que águas das barragens têm excesso de nutrientes

Águas subterrâneas do Alentejo contaminadas por excesso de nitratos Enquanto investigadora da água para consumo e para rega, qual a leitura que faz sobre a qualidade da água na nossa região?

De um modo geral, as águas subterrâneas do Alentejo apresentam contaminação por excesso de nitratos (NO3-) que deriva do uso excessivo ou não controlado de fertilizantes ao longo do tempo. No entanto e, por consequência, as águas destinadas ao consumo humano são provenientes de fontes superficiais, albufeiras, uma vez que o tratamento da água contaminada por nitratos exige o uso de tecnologias mais onerosas. Temos também de ter em conta que nos situamos numa zona mineira e por isso as águas subterrâneas dessas zonas apresentam outras contaminações distintas das águas subterrâneas situadas nas zonas agrícolas: o excesso de metais.

E no que diz respeito às águas superficiais?

Quanto às águas superficiais, estas apresentam eutrofização. Ou seja, excesso de nutrientes, azoto e fósforo, derivados de descargas de águas residuais e atividades agrícolas e agropecuárias; aquando do aumento da temperatura oferecem condições de aparecimento de cianobactérias. As cianobactérias são perigosas para os seres vivos, uma vez que contêm toxinas que, quando ingeridas, podem levar à morte.

imprópria para consumo humano ou para outro fim. Quanto à quantidade, o Alentejo tem o privilégio de ter a maior massa de água artificial da Europa e de ter um sistema de intercomunicação de albufeiras que permite uma autonomia em termos de volume de água muito considerável. Por outro lado, o Alentejo, nomeadamente a região de Beja, tem um enorme aquífero, os Garbos de Beja.

Temos água em quantidade e qualidade para satisfazer as necessidades humanas?

Quais são os principais desafios que atualmente se colocam à região para preservar este bem cada vez mais escasso e precioso?

Infelizmente não podemos falar de quantidade de água sem a associar à qualidade. Por outro lado, falar de qualidade de água é muito vago, já que a qualidade da água depende do fim a que se destina, ou seja, posso ter uma qualidade de água boa para rega e

Se não há qualidade, a quantidade disponível é nula. Assim, os principais desafios, na minha opinião, serão a preservação dos recursos hídricos, nomeadamente a implementação de perímetros de proteção de aquíferos e albufeiras, implementação

de campanhas de educação ambiental aos agricultores e produtores agropecuários para os envolver na preservação dos recursos hídricos que utilizam nas suas atividades. Poderá também passar pela criação de redes de partilha de informação sobre a qualidade da água e os seus impactes no solo e nas culturas com participação direta das partes interessadas. A construção de Alqueva veio, de alguma forma, resolver os cíclicos problemas de secas prolongadas e de escassez?

Seguramente que sim, pois o Alentejo possui uma rede de intercomunicação de albufeiras que permite superar as necessidades de água em qualquer uma delas. Coordena o laboratório de controlo de águas residuais do IPBeja. As nossas


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JOÃO DOMINGOS

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águas, em geral, estão a ser bem tratadas e reutilizadas?

Infelizmente, na nossa região, não existe ainda prática de reutilização de água residual. Um dos motivos pode dever-se ao facto de a maioria das ETAR não possuir tratamento terciário, ou seja, de desinfeção. Outras, porém, apesar de possuírem tratamento terciário, este não foi bem dimensionado e por isso a água não está a ser reutilizada. Acresce ainda o fato da aceitabilidade por parte da população desta prática. Para se tornar uma realidade terá que ser ainda percorrido um longo caminho de educação e conhecimento de práticas de rega com água residual tratada, bem como a construção de redes de distribuição destas águas residuais tratadas. O que se pode fazer no imediato para melhorar ou incrementar o aproveitamento destas águas residuais?

O nosso grupo de investigação de águas está a desenvolver novas metodologias de tratamento de água residual de baixo custo e fácil aplicação que, cremos, poderá revolucionar o conceito e a prática de reutilização de águas residuais domésticas e industriais. Que tipo de influências tem a agricultura de regadio na contaminação das nascentes e das águas subterrâneas?

A agricultura tem uma influência primordial na qualidade da água subterrânea, principalmente na contaminação por nitratos e pesticidas, se estes não forem doseados de acordo com as necessidades das culturas. No que consistem os laboratórios de ensino e investigação de proteção do ambiente?

Quanto às águas superficiais, estas apresentam eutrofização. Ou seja, excesso de nutrientes, azoto e fósforo, derivados de descargas de águas residuais e atividades agrícolas e agropecuárias; aquando do aumento da temperatura oferecem condições de aparecimento de cianobactérias. As cianobactérias são perigosas para os seres vivos, uma vez que contêm toxinas que, quando ingeridas, podem levar à morte.

Os laboratórios têm como principal

objetivo a formação e ensino na área da proteção do ambiente: licenciatura e mestrado em Engenharia do Ambiente, licenciatura em Saúde Ambiental e cursos de especialização tecnológica em Qualidade Ambiental. Tem também por missão garantir condições para a investigação científica no âmbito de teses (licenciatura, mestrado e doutoramento) e desenvolvimento de outros projetos. Que projetos estão atualmente em curso?

A avaliação do risco ambiental da utilização de resíduos orgânicos como corretivos do solo; a biodisponibilidade e transferência de nanopartículas metálicas na cadeia alimentar terrestre; temos um estudo de investigação e desenvolvimento sobre as potencialidades da técnica de tratamento e recuperação de água por tecnologia de membranas, financiado pela EMAS de Beja; um estudo da tratabilidade das águas residuais do matadouro de Beja por processos físico-químicos alternativos e também estamos a desenvolver estudos de novas matérias-primas para a produção de biodiesel. Este sábado celebra-se o Dia Mundial da Água. Até que ponto as alterações climáticas estão relacionadas com a escassez de água para consumo humano?

O maior problema da falta de água no mundo tem a ver com a desigual distribuição de água doce pelos vários continentes e com o aumento exponencial da população. Por exemplo, atualmente a disponibilidade de água na Europa é de oito por cento e o homem necessita de 13 por cento. As soluções futuras passarão por uma correta e eficaz gestão da água, principalmente na agricultura.

Oportunidades de negócio no setor da água

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ecorre hoje, 21, no auditório da Escola Superior de Educação de Beja, um seminário sobre “Oportunidades de negócio nos mercados internacionais para as empresas portuguesas do setor da água”. A iniciativa inscreve-se no âmbito do projeto “ÁguaGlobal” e é promovido pela Câmara de Comércio e Indústria e pela Parceria Portuguesa para a Água, em articulação

com a Escola Superior Agrária de Beja. O encontro decorre a partir das 14 e 30 horas e visa perceber as dimensões do mercado da água em países como Marrocos, Brasil, Croácia, Sérvia, Polónia, Moçambique e Angola, bem como os instrumentos financeiros as dispor deste setor, apontando oportunidades de negócio para as empresas e entidades que operam nas águas.


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Vivemos de migalhas e ao rigor das condições meteorológicas que temos e que nos últimos anos têm sido bastante adversas”. José Revés Pereira, presidente da Associação de Agricultores do Campo Branco

Tema de capa

António Francisco Colaço Herdade dos Brunhachos

António Lúcio Monte das Sorraias, também no concelho de Castro Verde

O que rendem, e como, os campos não regados por Alqueva

Agricultura para além da água São os “parentes pobres” da agricultura, os homens do sequeiro. Eles

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os campos que circundam o monte das Sorraias, no concelho de Castro Verde, o trigo já vai espigando. As searas “estão bonitas”, dizem os homens da terra, mas trata-se de uma beleza tão frágil que pode não sobreviver até maio. Basta, para isso, que não chova até ao fim deste mês, juntando-lhe um abril inteirinho sem água. Se os céus não desaguarem, os cereais podem até nem “engranar”, e os pastos, é mais que certo, ficarão “raspados” à passagem dos animais. É esta a previsão de António Lúcio, 52 anos, o único antigo habitante das Sorraias que ainda mantém o seu quinhão de chão, cerca de 580 hectares, a produzir. Chegou ali aos cinco anos, com os pais, numa altura em que o lugar era morada para mais de 10 famílias, e por ali permaneceu mais duas décadas. Desses tempos, hoje não restam mais do que umas quantas casas em ruínas, e outras tantas recuperadas mas que não veem os donos, em alguns casos, vai para anos. Emigraram, uns para a Noruega, outros para o México, outros ainda para o quase vizinho Algarve e os regressos, quando os há, são cada vez mais breves. “Só eu é que me dedico à terra aqui”, desabafa o agricultor, que dá conta das evidentes alterações da paisagem decorrentes da desumanização dos campos. Sem predadores que lhes façam frente, os javalis e os saca-rabos passaram a ser os reis das estepes cerealíferas, dizimando as espécies de caça menor, que por ali pouco param. Mas voltemos ao tempo. É ele a grande dor de cabeça dos homens que se dedicam à agricultura de sequeiro, quase sempre como

próprios o admitem, com os pés bem assentes nos solos de xisto das suas explorações a perder de vista, onde o cereal, outrora um produto valorizado, passou a ser apenas o sustento da pecuária em extensivo. Só assim, encarando as componentes vegetal e animal “como um todo”, é possível tirar rendimento desta atividade de “alto risco”. Onde tudo, ou quase tudo, é imprevisível. Do clima aos preços dos produtos, passando pelas ajudas à produção, que tendem a privilegiar o regadio. E que não compensam dignamente quem mais favorece a biodiversidade, ao garantir a sobrevivência das estepes cerealíferas. Texto Carla Ferreira Fotos José Serrano

complemento da exploração pecuária, em extensivo. António Lúcio conjuga a produção de cereais como o triticale, o trigo, a aveia e a cevada, com a criação de ovinos e bovinos. E só assim consegue equilibrar as contas e garantir um rendimento que lhe permita continuar. Numa zona que não está incluída no plano de rega do Alqueva e que é habitat privilegiado de espécies tão vulneráveis como a abetarda, o sisão e o peneireiro-das-torres. “Não vejo, sinceramente, grande futuro para o sequeiro. A tendência de seca é cada vez maior. Assistimos atualmente a mais anos sucessivos com seca. Em termos de cereais, posso dizer que o trigo, neste momento, não é nada atrativo, não tem rentabilidade. Faço um bocadinho, por causa até dos animais. Não estou a ver mais

nada que possa fazer aqui, a não ser o pastoreio, e nem sequer pode ser um encabeçamento [número de animais por hectare] muito alto, porque a pastagem é pobre”, lamenta. Além disso, é uma componente da exploração que requer uma dedicação quase religiosa à terra: “A parte dos animais compensa um bocadinho mas é muito trabalhosa, sendo que é muito difícil arranjar mão-de-obra. Eu não tenho férias nem fins de semana. Só tenho uma pessoa a trabalhar comigo e nem é possível ter mais. Estou nos limites, em termos de despesa”. Pode perguntar-se, então, o que mantém António Lúcio ligado a uma atividade de riscos vários, sacrifícios pessoais e uma rentabilidade aparentemente tão curta. O agricultor responde, entre o nostálgico e o

resignado. Primeiro, por ser uma “tradição de família” e por conhecer a exploração desde que nasceu, “dentro destes moldes”. Depois, acrescenta, “porque tenho uma idade que está a meio da ponte. Voltar atrás não posso, se calhar é melhor continuar e ver se consigo chegar ao fim”. Mas alargando o plano, do particular para o geral, qual é o momento da agricultura alentejana não regada por Alqueva? O que existe, e como, para além da água? Em nome de quase 900 associados, numa área de intervenção que abrange os concelhos de Almodôvar, Aljustrel, Ourique e Castro Verde, José Revés Pereira, presidente da Associação de Agricultores do Campo Branco (AACB), revela que a agricultura de sequeiro “continua a subsistir porque fundamentalmente é a única maneira que permite a sustentação da exploração extensiva da pecuária”. E não se pense, no deslumbramento pela novidade do regadio, que esta é a realidade da agricultura nacional. “As áreas de sequeiro abrangem, a nível do País, uma área esmagadora”, sendo que, esclarece o dirigente, “os agricultores de sequeiro apoiam incondicionalmente os novos regadios” e só lamentam, também eles, “não terem disponibilidade de água para poderem fazer filhoses”. E é justamente essa conversão “da maioria das áreas de sequeiro em explorações mistas de agricultura e pecuária em extensivo” que tem permitido a “estabilização” numérica dos que se dedicam a esta forma tradicional de cultivo. Neste momento, arrisca José Revés Pereira, “o setor poderá mesmo estar a rejuvenescer-se”. É que, “sem


Os custos ambientais do regadio

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É saída para outras atividades, muitos jovens acabam por ficar e isso vai ser muito positivo. Oxalá não lhes faltem os incentivos necessários”, acrescenta. É por isso que se batem as organizações de agricultores e, no que respeita à AACB, a opinião é a de que existe um claro “desfasamento de ajudas” entre as áreas de regadio e de sequeiro. Um desequilíbrio que nem se pode imputar às autoridades comunitárias, mas sim aos “sucessivos governos de Portugal que não apresentam à União Europeia planos de ajuda ao sequeiro”. José Revés Pereira concede uma exceção ao ex-ministro da Agricultura, o alentejano Armando Sevinate Pinto, “que criou duas medidas agroambientais que foram muito benéficas para o sequeiro e extensivo”, mas que, diz, “logo foram extintas pelo seu sucessor, o iluminado dr. Jaime Silva”. O quadro pintado pelo presidente da ACCB não parece nada risonho. “Vivemos de migalhas e ao rigor das condições meteorológicas que temos e que nos últimos anos têm sido bastante adversas”. E se havia esperanças relativamente à nova Política Agrícola Comum (PAC), elas também caem por terra. “Nada de bom traz para o setor”, conclui. Não menos apreensivo está António Francisco Colaço, 42 anos. É talvez um dos mais jovens agricultores da zona, acredita o colega António Lúcio, com mais 10 anos de vida. Explora à volta de 450 hectares de terreno, na herdade dos Brunhachos, e divide-se entre os cereais de sequeiro, as 500 ovelhas de raça campaniça e as 150 vacas das raças alentejana e charolesa, além de um efetivo de cruzamento industrial. A equipa é apenas composta por ele e a mulher, ambos engenheiros agrícolas, e um único funcionário permanente. António Colaço, também ele, dá continuidade a uma atividade “de várias gerações”, e considera que isso é um ponto de partida bastante vantajoso. “Uma pessoa que vem de fora deste meio não tem a perceção do risco e isto é uma atividade de alto risco”, diz. O agricultor conduz-nos pelos solos pedregosos, de xisto, perseguido a par e passo por um borreguinho que se perdeu do rebanho, e vai apontando para os “terrenos mais frágeis, com menor fertilidade, com menor espessura de camada arável e, portanto, com menos produtividade”. Aquilo que faz, esclarece, “continua a ser rentável”, mas tem que ser feito “como um todo”. “É aí que eu vejo que pode ter algum futuro este sistema PUB

inegável que o regadio do Alqueva abriu portas a uma nova agricultura. Mas no deslumbramento das novas culturas e oportunidades de rendimento, há quem ponha os pés na terra e chame a atenção para as desvantagens do uso da água, que “são mais” do que as vantagens, considera Rita Alcazar, coordenadora do Centro de Educação Ambiental do Vale Gonçalinho, quartel-general da Liga para a Proteção da Natureza (LPN) em Castro Verde. Erosão do solo mais acentuada; alterações na morfologia e drenagens artificiais, que alteram a paisagem e os habitats; consumo elevado de água, cujo preço pago pelo agricultor não corresponde ao custo real; extinção local de algumas espécies e desenvolvimento de espécies oportunistas; e processos de salinização dos solos, conducentes à desertificação das áreas agrícolas, são alguns exemplos, enumera a bióloga. Em suma, resume, o regadio “tem uma série de desvantagens associadas à rápida depleção dos recursos naturais (água, solo e biodiversidade), com reduzida sustentabilidade a longo prazo, pois não acautela devidamente o uso sustentável desses recursos e há uma sobre-exploração”. Pelo contrário, os cultivos agrícolas de sequeiro extensivo, por serem praticados, de uma forma geral, “em função das condições climáticas e ecológicas locais, são muito favoráveis à biodiversidade e à preservação dos diversos habitats que lhes estão associados”. Sendo que o mais preponderante são as chamadas estepes cerealíferas, ou pseudo-estepes, a que se associa uma comunidade de aves “com a maior proporção de espécies com grau elevado de ameaça de extinção”, os casos da abetarda, do sisão, ou do peneireiro-das-torres, entre outras. Neste sentido, defende Rita Alcazar, as áreas de regadio e de agricultura intensiva deveriam “restringir-se a bolsas em que os recursos naturais possibilitem este tipo de práticas”. A bióloga identifica ainda seis áreas, no contexto do Baixo Alentejo, onde a questão da conservação das aves estepárias mais se coloca: Castro Verde, que alberga as maiores populações, mas também Vale do Guadiana, Cuba, Piçarras, Moura/Barrancos e São Pedro de Sólis. E quanto à falta de rentabilidade, um dos fatores que podem conduzir ao desaparecimento desta forma tradicional de cultivo, a responsável avisa tratar-se, na origem, de uma questão de política agrícola e ambiental. Porque “não se valorizam corretamente os serviços ambientais que a agricultura de sequeiro proporciona e, por outro lado, porque a agricultura intensiva não incorpora na sua rentabilidade os custos decorrentes dos impactes ambientais que gera”. E inclusivamente, conclui, “os apoios à produção são mais favoráveis para a agricultura de regadio”. CF

de agricultura: a parte vegetal ajudando a parte animal. Os cereais passaram de um produto valorizado para um produto de autoconsumo da exploração”, concretiza. Se há coisa que António Colaço sabe, porque se lembra de o ouvir às antigas gerações de homens da terra, é que “sempre houve anos bons e anos maus e que são precisos muitos anos bons para recuperar de um ano mau”. Fala-se do fator clima, claro está, do qual a agricultura de sequeiro “está completamente dependente”, e que a coloca em clara desvantagem face ao regadio. “O regadio pode ter outras carências, mas tem esse fator de produção, a água, que, em conjunto com outros fatores, faz a diferença”, distingue. Mas se o tempo, indomável, é algo com o qual os homens do campo já se habituaram a lidar, já o mesmo não se pode dizer em relação às oscilações do mercado: “Nunca sabemos qual será o preço a que vamos vender o produto. Quando traçamos um determinado objetivo, vamos dar um determinado valor e nunca sabemos se é esse valor. Pode ser acima, mas muitas vezes é abaixo. E a única coisa que conseguimos comandar é a redução de custos na nossa empresa”. E, como se não bastasse a imprevisibilidade inerente à sua atividade, ainda se lhe juntam as “mudanças” que, ciclicamente, são introduzidas por cada pacote financeiro no âmbito da PAC. Este novo, que vigorará até 2020, faz antever “um reforço do desligamento da produção”. Por outras palavras, adianta António Colaço, as ajudas não serão diretamente atribuídas à produção, por hectare ou por cabeça de gado; são antes “ajudas globais”, o que coloca o agricultor numa situação de ainda maior dependência face às ajudas comunitárias. Como empresários que são, os agricultores “vão ter que pensar na exploração de outra maneira e não só com aquele objetivo da produção a 100 por cento”. Porque se a produção é importante, é bom não esquecer que as ajudas comunitárias representam “cerca de 60 ou 70 por cento do rendimento da exploração agrícola”. Talvez se tenha que reduzir os encabeçamentos, ou de diminuir as áreas semeadas. Cada um, consoante o seu modelo de exploração, terá que fazer as respetivas contas e opções. Pensando sempre a “médio e longo prazo”, a forma como se conta o tempo na agricultura. E que está nos antípodas da rapidez com que têm que ser encaixadas as mudanças trazidas por cada quadro comunitário de apoio. “Estou um pouco receoso”, confessa António Colaço.


08 Diรกrio do Alentejo 21 marรงo 2014 PUB

Atual


Representantes de importadores que operam em Sines queixam-se de “entraves” colocados pela alfândega às importações da China, que levaram ao desvio de mercadorias para países mais “permissivos”, e afirmam que os prejuízos resultantes da situação vão prolongar-se no tempo. Em comunicado enviado às redações, os responsáveis explicaram que os novos procedimentos aduaneiros relativos ao desalfandegamento de mercadorias provenientes da China foram introduzidos, “inesperadamente”, na alfândega de Sines no dia 19 de fevereiro, sem que tivesse havido um “pré-aviso”.

Secretário de Estado da Agricultura visitou projetos Leader José Diogo Albuquerque, secretário de Estado da Agricultura, visitou, na quarta-feira, dia 19, projetos de abordagem Leader no Alentejo Sudoeste. A iniciativa foi organizada pela Minha Terra – Federação Portuguesa de Associações de Desenvolvimento Local e pela Esdime Agência para o Desenvolvimento Local no Alentejo Sudoeste. As visitas,

Atual

09 Diário do Alentejo 21 março 2014

Entraves às importações da China na alfândega de Sines

que tiveram lugar em São João de Negrilhos (Aljustrel), Castro Verde e Ourique, englobaram projetos de diversificação de atividades na exploração agrícola (agroturismo), criação e desenvolvimento de microempresas (transformação agroalimentar), conservação e valorização do património (recuperação de fachadas urbanas e centro de interpretação) e serviços básicos para a população (centro multisserviços).

“Abandono selvagem da A26”

A Câmara de Ferreira do Alentejo vai voltar a processar o Estado devido ao “abandono selvagem” das obras da A26, desta vez para “obrigar” a repor a situação existente antes da suspensão do lanço que atravessaria o concelho. No início do ano também a Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo (Cimbal), em conjunto com o Núcleo empresarial da Região de Beja (Nerbe) e a Entidade Regional de Turismo (ERT), manifestou a sua preocupação com o estado de degradação que apresentavam os traçados do IP8 e IP2.

A

níbal Costa, presidente da Câmara de Ferreira do Alentejo, anunciou que a autarquia vai interpor, dia 28, no Tribunal Administrativo e Fiscal de Beja, uma nova ação para obrigar o Estado “a repor a situação ambiental e espacial” que existia no concelho antes do início das obras da A26, que deveria ligar Sines a Beja e que se integra na subconcessão Baixo Alentejo, cuja subconcessionária é a SPER - Sociedade Portuguesa de Exploração Rodoviária. O autarca considera que as obras realizadas no lanço entre Santa Margarida do Sado e Beja - suspensas há mais de um ano - e que exigiram “revolvimentos brutais de terras, com implicações ambientais” sendo “abandonadas sem qualquer tipo de preocupações de consolidação”, constituem uma “devassa”

JOSÉ FERROLHO

Ferreira volta a processar o Estado Ambiente recorreram da decisão do Tribunal Administrativo e Fiscal de Beja para o Tribunal Central Administrativo do Sul e aguardam decisão. A EP, segundo disse à Lusa fonte oficial da empresa, já realizou intervenções para repor condições de segurança e minimizar impactos em estradas afetadas por obras suspensas da A26, cumprindo a sentença do tribunal, e os custos serão cobrados à SPER. Cimbal preocupada Já no início de fevereiro a

Aníbal Reis Costa Presidente da Câmara Municipal de Ferreira do Alentejo

para o concelho de Ferreira do Alentejo. Em declarações à Lusa, Aníbal Costa reclama a reposição “da situação que existia antes do início das obras para haver segurança para pessoas e bens”, e aponta o dedo ao Estado que responsabiliza “pelo abandono selvagem das obras da A26”. A ação administrativa comum surge depois de a autarquia ter interposto, em abril de 2013, uma providência cautelar para obrigar o Estado e a SPER a adotarem medidas para minimizar danos ambientais e eliminar riscos para a integridade física das populações

do concelho causados pelo “abandono” de obras da A26. Em julho do mesmo ano, o tribunal julgou procedente a providência cautelar e condenou o Estado, através da Estradas de Portugal (EP), e a SPER a adotarem as medidas. O tribunal condenou ainda os ministros da Economia e do Ambiente e os presidentes da EP e da SPER a pagarem uma multa diária, no valor de nove por cento do salário mínimo nacional, até ao dia em que for feita prova de que as medidas foram adotadas. Os ministérios da Economia e do

Cimbal, o Nerbe e a ERT manifestaram a sua preocupação com a suspensão das obras no IP8 e IP2. Para estas três entidades do Baixo Alentejo a situação resulta de uma “pela falta de estratégia demonstrada nas políticas nacionais no que diz respeito às infraestruturas regionais fundamentais”. No documento divulgado na altura considera-se que estas duas vias “são de grande importância para a promoção do desenvolvimento económico-social da região, reforçando a eficácia dos três projetos estruturais que são o Porto de Sines, o Aeroporto de Beja e Alqueva”. “A potenciação destes projetos requer a dinamização de uma rede de serviços e estruturas de ligação entre as atividades económicas e as infraestruturas de mobilidade territorial”, lê-se no comunicado que alerta para os “graves condicionalismos ao desenvolvimento” que resultam da não conclusão das obras.

Carta entregue à Refer

PS de Beja quer melhores condições na Linha do Alentejo

O

s militantes do PS de Beja defendem melhores condições para a Linha do Alentejo e entregaram, presencialmente, cartas à Refer e à CP. O PS considera que “desde o momento que foi concluída a eletrificação da Linha de Évora, os passageiros que se deslocam a partir de Beja, e demais estações e apeadeiros até Alcáçovas, ficaram sujeitos a transporte em automotora com a diminuição das comodidades face a um comboio, como

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anteriormente sucedia”. Os socialistas solicitam, assim, à CP que “melhore substancialmente a qualidade do material circulante entre Beja e Casa Branca, que adeque o horário das bilheteiras nas estações servidas pela automotora, entre outras medidas”. Já na carta entregue à Refer, os socialistas alertam que “o transbordo em Casa Branca quando é no sentido Lisboa-Beja, por regra, não constitui problema de maior, porque

a automotora da CP que faz a ligação já se encontra na linha, podendo os passageiros com destino a Alcáçovas, Vila Nova da Baronia, Alvito, Cuba e Beja, entrar de imediato na composição e ocupar os lugares que lhes pertencem. Já no sentido oposto os passageiros são forçados a esperar alguns minutos na plataforma à espera que o intercidades com destino a Lisboa dê entrada na linha”. O tempo de espera raramente supera os

10 minutos, mas os militantes realçam que “a espera se faz em condições difíceis. Muitas vezes ao frio, à chuva ou debaixo de calor e sol sufocantes”. Solicitam, deste modo, que se “avance para a colocação de abrigos”, mas também que se dotem as “estações com melhor iluminação e sinalização”. O PS Beja considera ainda que “a Refer deve insistir na eletrificação do troço de 64 quilómetros de via entre Casa Branca e Beja”.


Diário do Alentejo 21 março 2014

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Moura repudia eventual fecho de Finanças

A Câmara Municipal de Moura aprovou por unanimidade, com votos dos eleitos da CDU e do PS, uma moção de repúdio e oposição ao eventual fecho da repartição de Finanças de Moura. Entendem os eleitos que, a concretizar-se, “esta decisão irá atingir fortemente os interesses dos habitantes do concelho, em especial dos mais idosos, prejudicando a economia local e criando mais desemprego”. “Irá ainda contribuir para uma maior desertificação do território”, pode ler-se também na moção aprovada.

Beja na segunda fase do Romed O município de Beja foi convidado, depois de ter aderido à primeira fase de experimentação do programa Romed, para integrar agora a segunda fase, que tem como objetivos, segundo a autarquia, “aprofundar a nível local a ação dos mediadores já formados, promovendo

a mudança através da melhor acessibilidade dos ciganos à participação democrática”. Nesta fase apenas 10 países foram convidados a dar continuidade ao trabalho anterior. Beja foi um dos municípios escolhidos em Portugal, na sequência da análise efetuada por vários parceiros nacionais e europeus, com

base na experiência dos últimos dois anos. “Dentro da sua filosofia de cidade inclusiva e com políticas de qualidade para todos, Beja aceitou este desafio e iniciará agora um conjunto de ações para dar corpo a estes importantes objetivos”, informa a câmara municipal.

JOSÉ FERROLHO

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Politécnico de Beja e autarquias assinam protocolo

Desenvolvimento da região une instituições Foi assinado, na passada terça-feira, dia 18, o protocolo de criação da Plataforma de Entendimento de Colaboração Mútua entre o Instituto Politécnico de Beja (IPBeja) e as autarquias do Baixo Alentejo. João Rocha, presidente da Câmara Municipal de Beja, defende que “esta parceria pode despertar consciências no sentido dos municípios estarem mais unidos para defenderem o que deve ser feito no distrito”. Texto Gonçalo Farinho

O

principa l objetivo deste protocolo tem como base a construção de uma plata-

forma interconcelhia de trabalho e de entendimento entre os diferentes membros da rede, de forma a valorizar e potenciar o trabalho de promoção da dinâmica cultural, social e económica da região do Baixo Alentejo. Em declarações aos jornalistas, Vito Carioca referiu que “é necessário que o Alentejo passe à prática”. “Nós (alentejanos) somos uma nação muito poderosa, muito forte, espalhados por todo o mundo e é altura de nos juntarmos, é altura das autarquias, do politécnico e de outras instituições se juntarem e criarem ações práticas para viabilizar o desenvolvimento do Alentejo”, conclui o presidente do IPBeja.

Para breve está a ser preparada uma reunião pela equipa de planeamento estratégico do instituto politécnico com as autarquias de forma a constituir uma comissão de acompanhamento do protocolo na qual será apresentada uma proposta prática de trabalho. João Rocha afirmou: “Esta parceria é fundamental numa altura em que o distrito de Beja está a passar ao lado do Portugal 2020, para o qual estão a ser discutidas muitas políticas para esta zona mas, na minha opinião, querem tirar o distrito de Beja do mapa”. O protocolo foi assinado com todos os municípios do distrito de Beja, com exceção de Odemira.

Novos apoios públicos para o setor

Alentejo fica só com seis por cento dos incentivos ao comércio

F

oram aprovados, em todo o País, através da medida Comércio Investe, que consiste em novos apoios públicos ao setor do comércio, entre projetos individuais e conjuntos, 836 projetos. Relativamente à distribuição regional dos apoios, o Alentejo tem nesta fase 50 projetos aprovados, representado apenas seis por cento do total dos projetos apoiados. A aprovação destes projetos envolve um investimento de 3, 1 milhões de euros, com um incentivo atribuído de 1, 2 milhões de euros.

Só o Algarve fica atrás do Alentejo, com cinco por cento. A região Norte reúne 45 por cento do total dos projetos apoiados, seguindo-se o Centro com 27 por cento e Lisboa e Vale do Tejo com 17 por cento. O Iapmei, em comunicado de imprensa, explica que “para ajudar as empresas na execução dos seus investimentos, as empresas que viram aprovados os seus projetos através da medida Comércio Investe podem ainda contar com uma nova Linha de Crédito associada a esta medida e suportada pelo sistema de garantia mútua, no

valor de 25 milhões de euros”. Estes apoios ao comércio vêm juntar-se, de acordo com o Iapmei, “à Linha de Crédito PME Crescimento 2014, recentemente lançada pelo Ministério da Economia, no valor de dois mil milhões de euros, outro dos instrumentos disponíveis para apoiar o financiamento da atividade de pequenas e médias empresas”. Recorde-se que a medida Comércio Investe foi criada em 2013 e substitui o anterior sistema de incentivos a projetos de modernização do comércio.


11 Diรกrio do Alentejo 21 marรงo 2014 PUB


Diário do Alentejo 21 março 2014

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Físicos de partículas por um dia

Amanhã, sábado, no Instituto Politécnico de Beja (IPBeja), cerca de 100 estudantes de escolas secundárias vão “À caça de partículas no LHC/CERN”. As masterclasses internacionais em Física de Partículas educam, na verdade, jovens investigadores. Físicos de partículas por um dia, onde analisarão dados reais recolhidos pelas experiências instaladas no Large Hadron Collider (LHC), o novo e poderoso acelerador de partículas do CERN.

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A Feira do Porco Alentejo regressa este fim de semana a Ourique e a abertura, essa, acontece já hoje, sexta-feira. Gastronomia, artesanato e muita animação são alguns dos ingredientes que prometem atrair milhares ao certame. O número de expositores aumentou e as expetativas da Câmara Municipal de Ourique são, assim, as melhores. Texto Bruna Soares Foto José Ferrolho

Novo centro interpretativo e loja gourmet

Porco alentejano afirma-se em Ourique Quais são os grandes objetivos da Feira do Porco Alentejano?

O grande objetivo é consolidar a marca “Ourique Capital do Porco Alentejano”. Somos, hoje, conhecidos nacional e internacionalmente como uma referência nesta matéria, seja na criação, na certificação, na transformação e na degustação. Grande parte da atividade económica de Ourique, do seu mundo rural, vive em volta do porco alentejano. Esta feira consolida e enriquece esta estratégia, uma vez que é uma feira que vai na sua oitava edição e tem vindo a crescer significativamente. Temos um grande evento que é já uma referência nas feiras do sul do País e que é visitado anualmente por milhares de visitantes para adquirirem produtos transformados do porco alentejano, mas também tantos outros produtos disponíveis no concelho. Considera, então, que este é um evento já consolidado? Ou ainda há muito por fazer?

Sim, está consolidado. Mas, como em tudo na vida, não podemos baixar os braços. Sabemos que temos, anualmente, de o enriquecer, que temos de lhe dar novo elã. Sabemos, também, que temos de envolver os mais novos e toda a população. Temos de criar estratégias de divertimento e de lazer. Temos de ter sempre cada vez mais novidades. E este ano há novidades?

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Em parceria com a Associação de Criadores do Porco Alentejano (ACPA), criámos o Centro Interpretativo do Porco Alentejano e a Loja Gourmet, que irá funcionar durante todo o ano. Acreditamos que disponibilizamos, assim, mais um ponto de interesse para todos aqueles que visitam o nosso concelho. A partir de sábado vai estar também disponível uma aplicação única no País, nomeadamente para smartphones e tablets, que dará indicações dos locais a visitar no concelho, fornecendo também as características dos produtos que podem ser adquiridos em Ourique.

Pedro do Carmo Presidente da Câmara de Ourique

Sem dúvida. Considero que esta é a melhor estratégia que Ourique e todos os municípios do interior devem ter. Nós, em termos competitivos, em termos do número população, em termos de outros rácios económicos, não temos oportunidade de competir. Aquilo que temos atualmente que nos diferencia de outras regiões do País é o que produzimos há séculos e que fazemos bem, e que só é possível ser feito aqui. É nesta diferenciação que temos de apostar, nesta diferenciação que só existe nestes concelhos do interior do País. Queremos, portanto, potenciar o que se faz de bem na nossa região e que não se faz em mais parte nenhuma do mundo. Penso que a estratégia de Ourique, apostando na capital do porco alentejano, foi uma boa opção. É, claro, que temos de continuar a estabelecer parcerias e a enriquecê-las, encontrando novos caminhos, modernizando e inovando. Há novos desafios a traçar?

Ourique afirma-se cada vez mais através dos seus recursos? É esta a estratégia a seguir?

Nesta Europa e nesta economia competitiva o desafio é continuar a rentabilizar os fundos que nos são disponibilizados.

Temos de aproveitar ao máximo esta mais-valia que é o porco alentejano. Temos de justificar e fazer ver o quanto é necessário enriquecer e melhorar a qualidade de vida no mundo rural, no interior. Quem visitar a Feira do Porco Alentejano o que pode esperar?

Pode esperar um espaço muito agradável. Este ano existem mais stands de expositores, a feira foi mais procurada. Temos mais de 100 expositores, o que é bastante significativo para uma localidade como Ourique. Quem visitar Ourique terá ao dispor muito artesanato, produtos regionais e tradicionais. Quem visitar Ourique pode contar ainda com uma gastronomia de excelência à base de porco alentejano. Haverá muitas tasquinhas, muita animação. E os visitantes podem ainda esperar que a sorte lhes bata à porta, pois fazemos sorteios de presuntos hora-a-hora, para quem compra na feira e na economia local. E pode ter a certeza de que as entradas são gratuitas. Todo o mundo rural, na sua plenitude, estará em Ourique.


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Começa já na segunda-feira, dia 24, a Semana Cultural da Universidade Sénior de Beja. São muitas as atividades ao dispor, destacando-se visitas, palestras, ateliês, entre outras ações. Realce ainda para o “Dia Aberto à Cidade”, para um peddy-paper, para uma sessão de meditação, para a apresentação de um livro, para uma caminhada e para uma sessão de esclarecimentos. Até sexta-feira, dia 28, o programa é vasto.

Diário do Alentejo 21 março 2014

Semana Cultural da Universidade Sénior de Beja

A primeira edição da Feira da Água acontece já este fim de semana no Parque de Feiras e Exposições de Beja. A organização encontra-se a cargo da Câmara Municipal de Beja e da ACOS – Agricultores do Sul, e as entidades adiantam que “esta feira supera já as expetativas de participação de empresas relacionadas, direta ou indiretamente, com a temática do certame”. 100 expositores, mais de 50 por cento da região, marcarão presença. Texto Bruna Soares Foto José Ferrolho

Certame conta com 100 expositores

Feira da Água estreia-se em Beja Como é que a Feira da Água vai evidenciar este recurso como elemento estratégico e estruturante para o desenvolvimento do concelho e da região?

O principal objetivo da Feira da Água, e daí o diversificado programa que foi definido, é precisamente isso, chamar a atenção para a água enquanto recurso estratégico para a região. Porque o Alentejo está muito dependente da água, foram anos e anos a aguardar por Alqueva. Está na hora de agir e de promover todas as dinâmicas criadas pela existência de água. O futuro do Alentejo passa pela água. Ou seja, no âmbito da atividade económica, nomeadamente com a reconversão da componente agrícola, potenciada pelo regadio e a participação de empresas associadas, novas tecnologias, novas culturas. Temos uma crescente movimentação que é necessário impulsionar e apoiar. De igual forma temos os outros setores de atividade como o abastecimento de água, a energia e o turismo, que têm a água como elemento base. Que novos caminhos podem ser traçados por Alqueva em Beja? PUB

São muitos os caminhos que Alqueva pode traçar, tem é existido um desperdício de tempo e de energias para esta região. Podemos falar do regadio e das novas oportunidades agrícolas, do turismo – cultural, desportivo, enoturismo, gastronómico, de lazer, turismo sénior, entre outros –, do abastecimento de água às populações, de criação de emprego, ou acessibilidades. Mas uma coisa é certa, tudo fica comprometido se não for tida em conta a coesão territorial e resolvidos os problemas, nomeadamente das vias de comunicação como o IP8 e o IP2 e a eletrificação da Linha do Alentejo (Casa Branca/Beja). E, neste momento, com o Relatório sobre Infraestruturas de Elevado Valor Acrescentado em cima da mesa, a nossa grande preocupação é não estar previsto investimento nos projetos que a comunidade intermunicipal considera estratégicos. Qual a dinâmica empresarial que se espera alcançar com a realização deste certame?

Esperamos mostrar que existe capacidade empreendedora aqui,

queremos captar investimento. Para além da divulgação e da promoção da água enquanto base para o desenvolvimento sustentado e sustentável, os muitos expositores e empresas que participam e demonstraram interesse em participar, ou contribuir de alguma forma para a concretização do certame, já é um sinal muito positivo de que há muito a explorar. De que há uma grande vontade em criar as chamadas sinergias para o desenvolvimento económico e empresarial. E aqui há também que destacar o importante papel da ACOS, cujo saber-fazer, conhecimentos e ligações privilegiadas com o meio empresarial da região são indispensáveis.

João Rocha Presidente da Câmara de Beja

bem claro desde o início. Porque só em conjunto conseguimos desenvolver Beja, a cidade, o concelho e a região. Temos que estar todos a olhar para o mesmo lado e não de costas viradas. Isso não. Para a atração de novas atividades económicas e consolidação das existentes, como meio de promoção do desenvolvimento e combate ao desemprego, para fixar as pessoas e ancorar oportunidades ao território, temos que trabalhar e promover o associativismo e as parcerias, com os empresários e os empreendedores, com o Nerbe e a ACOS, com o politécnico e o Cebal, com a Entidade Regional de Turismo, com a ACDB, com todos os agentes em geral, no mesmo caminho de defesa da atividade empresarial e económica.

Sendo uma feira organizada em conjunto, entre a Câmara de Beja e a ACOS – Agricultores do Sul, estão reunidos todos os ingredientes para se estabelecerem novas parcerias?

Quais os objetivos que a autarquia espera ver alcançados com a Feira da Água?

Claro que sim. Aliás, é intenção da Câmara Municipal de Beja trabalhar em conjunto com todas as entidades e instituições locais, essa é uma das nossas prioridades e ficou

Acima de tudo, estamos a trabalhar para o desenvolvimento económico e social, potenciando os recursos endógenos, atraindo investimentos, concretizando a mudança económica e

social. Para isso é importante projetar a cidade no exterior e fomentar as condições de atratividade do investimento e esta afirmação da capacidade empreendedora de Beja passa, também, pela realização das três grandes feiras anuais, a Feira da Água, a Ovibeja e a RuralBeja. E esperamos trazer muita gente a Beja, impulsionando desta forma também todo o comércio local. Há novos projetos previstos, diretamente relacionados com os recursos hídricos, para o concelho de Beja? Pode avançar alguns, caso existam?

Não vou agora adiantar muito, mas é um facto que a existência de um excelente conjunto de recursos, como os bons solos e a disponibilidade de água, possibilitam alguns projetos de grande interesse e aos quais estamos muito atentos, nomeadamente na produção de frutos vermelhos, na área do milho e hortícolas. Continuam também a aparecer projetos no âmbito do olival e, à medida que as obras do regadio no concelho vão avançando, certamente vão surgir muito mais.


José Trigueiros venceu concurso literário de Odemira

Diário do Alentejo 21 março 2014

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José Trigueiros, com o trabalho literário “Êxodo”, venceu o concurso “Odemira Literária”, dedicado à “Igualdade de Género”, e vai receber um prémio no valor de 400 euros, divulgou a organização. Segundo a Câmara de Odemira, o concurso é organizado no âmbito do Plano Municipal para a Igualdade de Género para “promover a reflexão sobre a situação e a participação das mulheres e dos homens na sociedade atual”.

Tributo a José Afonso em Grândola para celebrar Abril Um espetáculo de tributo a José Afonso por jovens músicos, no final deste mês, marca o início das comemorações dos 40 anos da revolução de 25 de Abril de 1974 em Grândola, revelou o município. O espetáculo, agendado para o dia

29 de março, junta jovens músicos de Grândola, que irão interpretar “alguns dos principais temas” de José Afonso com novas sonoridades, como hip hop, rock e metal. A “união de sonoridades” permite demonstrar “a grandeza e intemporalidade da obra do maior cantor/autor português”, referiu a autarquia.

Segundo o município de Grândola, este espetáculo “constitui o primeiro elo de um vasto e diversificado programa das comemorações da Revolução dos Cravos”, que irá decorrer até maio e está a ser preparado pelos órgãos autárquicos e por associações do concelho.

Câmara de Mértola e Empresa de Desenvolvimento Mineiro chegam a acordo

Recuperação ambiental e patrimonial da mina de São Domingos vai avançar A Câmara de Mértola e a Empresa de Desenvolvimento Mineiro (EDM) chegaram a acordo para resolverem problemas ambientais e recuperarem património da antiga mina de S. Domingos, num investimento de 20 milhões de euros.

A

pós vários anos de negociações, a autarquia conseguiu que a EDM, através da nova direção, “apresentasse vontade de finalmente incluir no seu orçamento e no âmbito do novo quadro comunitário de apoio investimentos necessários para resolver problemas ambientais do parque da mina de S. Domingos”, disse à Lusa o presidente da Câmara de Mértola, Jorge Rosa.

Além da recuperação ambiental, os investimentos da EDM na área abrangida pela exploração da antiga mina de S. Domingos, desativada há 48 anos, preveem também “recuperação de algum património e manutenção de outro para que não se deteriore mais”, explicou. Por outro lado, indicou o autarca, os investimentos “vão tornar possível a estratégia de aproveitamento turístico” que a Câmara de Mértola, a Merturis - Empresa Municipal de Turismo e a Fundação Serrão Martins têm para a área de exploração mineira e para a localidade de Mina de S. Domingos. Neste sentido, técnicos da EDM, da autarquia, da Merturis e da fundação vão criar “um projeto que possa englobar, de forma integrada,

as três vertentes”, ou seja, resolução de problemas ambientais, recuperação e manutenção de património e aproveitamento turístico do parque da mina de S. Domingos. O projeto, que “poderá rondar 20 milhões de euros”, irá ser executado, de forma faseada, durante o período de vigência do Quadro Comunitário de Apoio 2014-2020, disse Jorge Rosa. O objetivo é “aproveitar melhor a grande mais-valia” da localidade de Mina de S. Domingos, no concelho alentejano de Mértola, no distrito de Beja, “não só pelo seu passado histórico de exploração mineira, mas também por tudo o que se conseguiu criar na zona nos últimos 10 anos e que tem vindo a contribuir para que muita gente a visite e frequente”, frisou.

Segundo o autarca, os investimentos “vão fazer com que a estratégia de aproveitamento turístico da zona se torne mais eficaz e possa multiplicar o número de visitantes e simpatizantes que a localidade de Mina de S. Domingos tem atualmente”. O projeto será financiado na sua maioria por fundos comunitários, sendo a comparticipação nacional assegurada pela EDM, empresa pública responsável por elaborar e conduzir projetos de recuperação ambiental de zonas degradadas por antigas explorações mineiras abandonadas, disse o autarca, referindo que a Câmara de Mértola irá participar no financiamento de intervenções de recuperação de património e de aproveitamento turístico da área.

Câmara inaugura obra na segunda-feira

Musealização interior do Castelo de Mértola está concluída

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obra de “Musealização do interior do Castelo de Mértola” vai ser inaugurada na segunda-feira, dia 24, pelas 17 e 30 horas. A iniciativa insere-se no programa “Lembrar Serrão Martins”. A musealização do castelo faz parte do projeto “Rede Urbana para o Património”, candidatado ao Feder, sendo o valor do investimento realizado de 382, 184, 69 euros.

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A ação “Musealização do interior do Castelo de Mértola” incluiu, de acordo com a autarquia, “a valorização do monumento (acessibilidades, proteção e consolidação), a criação de uma sala de exposições temporárias, bem como a instalação nas duas salas da Torre de Menagem de uma exposição sobre a sua história ao longo dos tempos e sobre a Ordem de Santiago, que teve em Mértola a sua primeira sede nacional”.

Para a câmara municipal, “a inauguração deste espaço constituirá um importante impulso para o circuito patrimonial de Mértola já que, certamente, aumentará o afluxo de visitantes e será o polo de excelência do Museu de Mértola, não só em termos expositivos e de conteúdos, mas também em termos de acolhimento ao visitante e de incentivo à visita dos restantes núcleos museográficos disseminados

pelo centro histórico”. A autarquia relembra ainda: “O castelo é um monumento que faz parte do imaginário dos mertolenses e uma referência em termos do circuito patrimonial de Mértola, facto demonstrado pela afluência anual de visitantes que ronda os 25 mil”. E completa: “É também um local privilegiado de investigação histórica e arqueológica”.


O salão da Junta de Freguesia de Mértola recebe hoje, sexta-feira, pelas 9 e 30 horas, mais um fórum social dedicado à comunidade, com o objetivo de conhecer de forma aprofundada os projetos e ações em desenvolvimento no território. A organização é da Câmara Municipal de Mértola e do Núcleo Executivo da Rede Social do Concelho de Mértola, com a colaboração da Junta de Freguesia de Mértola e das entidades CLAS.

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ESCOLA SECUNDÁRIA DE SERPA

Fórum social em Mértola

Almodôvar celebra protocolos com movimento associativo A Câmara Municipal de Almodôvar anunciou que celebrou, na passada quarta-feira, protocolos com o movimento associativo do concelho para o ano de 2014. A formalização dos novos acordos, num montante superior a 150 mil euros, decorreu durante uma sessão que aconteceu no Salão Nobre do município. “Com estes acordos a câmara cumpre um esforço permanente para apoiar e reforçar cada vez mais a excelente dinâmica que as associações e clubes do concelho de Almodôvar estão a demonstrar”, explica a autarquia em comunicado. No total foram celebrados protocolos com cerca de 30 coletividades.

Trabalho de investigação distinguido Alunos de Serpa na AR

Deputados U por dois dias Os alunos da Escola Secundária de Serpa/ Agrupamento de Escolas n.º 2 de Serpa, que participaram, enquanto deputados, nas sessões distritais do Parlamento dos Jovens do Ensino Básico e do Ensino Secundário, realizadas no Instituto Português da Juventude em Beja, nos dias 10 e 11 de março, sagraram-se os grandes vencedores distritais.

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s alunas Catarina Faquinéu e Vera Gomes, eleitas na categoria do Ensino Básico, e os alunos Filipa Engrola e Miguel Mósca, na categoria do Ensino Secundário, irão representar o círculo de Beja, nas sessões nacionais, que decorrerão na Assembleia da República, em Lisboa, nos dias 5 e 6 de maio, para o Ensino Básico, cuja temática será “Drogas – evitar e enfrentar as dependências”, e nos dias 26 e 27 de maio, para o Ensino Secundário, onde será debatida a “Crise demográfica (emigração, natalidade, envelhecimento) ”. O programa Parlamento dos Jovens é organizado pela Assembleia da República, em colaboração com outras entidades, com o objetivo de promover a educação para a cidadania e o interesse dos jovens pelo debate de temas de atualidade. Culmina com a realização de duas sessões nacionais na Assembleia da República, preparadas ao longo do ano letivo, com participação de deputados, designadamente da Comissão de Educação, Ciência e Cultura, órgão parlamentar responsável pela orientação do programa. Gonçalo Farinho

Abre na quarta-feira

Feira do Livro de Moura

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Feira do Livro de Moura assinala este ano a sua 34.ª edição e regressa aos pavilhões do Parque de Feiras e Exposições entre quarta-feira, 6, e o dia 6 de abril. Segundo a Câmara Municipal de Moura, organizadora do certame, “esta é uma iniciativa que se tem vindo a afirmar de ano para ano, sendo já uma das mais consagradas do País”. Além da venda de livros a custos reduzidos, a Feira do Livro conta, de acordo com a autarquia, “com a apresentação de obras literárias, conversas com escritores, workshops, espetáculos teatrais e musicais”. A hora do conto também estará em destaque e os alunos do pré-escolar e do 1.º ciclo do ensino público e particular, mas também os utentes da Appacdm, vão ter a oportunidade de assistir. A Câmara Municipal de Moura destaca ainda um espetáculo com Nilton e uma conversa com Ana Maria Magalhães.

Biblioteca Andarilha de Beja vence Prémio Raul Proença

m estudo sobre a Biblioteca Andarilha de Beja, que leva os serviços da biblioteca municipal a 18 paragens de leitura das freguesias rurais do concelho, venceu o Prémio Raul Proença 2012, foi hoje anunciado. Trata-se do trabalho de investigação “As bibliotecas itinerantes como veículo de aproximação às comunidades de meio

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rural. O caso da Biblioteca Andarilha de Beja – extensão móvel da Biblioteca Municipal de Beja”, de Maria Silvério Morais. A Biblioteca Municipal de Beja refere que a atribuição do prémio ao estudo “é um bom exemplo de reconhecimento” do trabalho que a Biblioteca Andarilha desenvolve nas freguesias rurais do concelho desde 2009. O Prémio

Raul Proença, de 2 500 euros, foi criado em 1998 pela Associação Portuguesa de Bibliotecários, Arquivistas e Documentalistas, em parceria com a Direção Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas, para estimular a investigação e distinguir trabalhos realizados no âmbito da biblioteconomia, da arquivística e da ciência da informação.


Diário do Alentejo 21 março 2014

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36 bandas no SMSF Realiza-se, entre 6 e 8 de junho, mais uma edição do Santa Maria Summer Fest (SMSF) e a organização, que se encontra a cargo da Associação Culturmais, garante que “apostou num cartaz verdadeiramente de peso, quer em termos sonoros, quer em termos qualitativos e de quantidade”. 36 bandas, 10 delas internacionais, vão passar pelo festival. Destaque, entre outras, para Extreme Noise Terror, Rompeprop, Nigrantium Infernalium, Quartet Of Woah, 31 e Switchtense. O SMSF, porém, não esquece a sua essência e prepara-se para promover novos projetos musicais, com primazia para os locais e, neste sentido, este ano, haverá um palco secundário, com entrada livre. A organização adianta ainda que “o SMSF apresentará sonoridades que não se remetem exclusivamente à música extrema, principalmente no palco secundário”. O festival vai também manter o seu cariz social, apoiando a Cruz Vermelha Portuguesa. As entradas, essas, terão um PUB

preço “anti-crise”. O passe de três dias custa 12 euros, com campismo e piscina (caso esteja aberta) gratuitos. Recorde-se que o SMSF integra o Festival Internacional de Banda Desenhada.

Sara Fonseca dirige 10.ª edição do festival

Terras sem Sombra arranca em Almodôvar

Mercado Livre regressa ao largo do museu A Associação Juvenil Arruaça organiza amanhã, sábado, 22, a VIII edição do Mercado Livre. A iniciativa terá lugar no largo do Museu Regional de Beja, entre as 9 e as 17 e 30 horas, e pretende, segundo a organização, “proporcionar aos seus participantes e compradores o acesso a bens manufaturados ou em segunda mão a um preço justo”. A Arruação informa ainda que “este evento tem tido uma evolução muito positiva”, contando já com “largas dezenas de vendedores”, assim como compradores. O Mercado Livre acontece trimestralmente e a inscrição é gratuita, bastando comparecer no local à hora prevista.

A 10.ª edição do Festival Terras sem Sombra começa no dia 29 deste mês, em Almodôvar, e apresenta um programa dedicado à polifonia dos séculos XI a XX. O programa do Festival intitula-se “Metáforas do Infinito – A Espiritualidade nas Polifonias dos Séculos XI-XX” e é dedicado a Frei Manuel do Cenáculo, o primeiro bispo de Beja, que morreu há 200 anos. Esta 10.ª edição celebra também o 30.º aniversário do Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja.

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festival, sob a direção artística de Paolo Pinamonti, prolonga-se até 5 de julho, e é constituído por sete concertos com entrada gratuita, que acontecem em Almodôvar, Grândola, Santiago do Cacém, Beja, Castro Verde, Sines e Moura, realizando-se, paralelamente, palestras, visitas guiadas e iniciativas em defesa da conservação da biodiversidade. A coordenação do festival é assumida por Sara Fonseca, cargo até aqui ocupado por José António Falcão, atual presidente do Conselho de Administração do Organismo de Produção Artística (Opart). No comunicado enviado à Lusa, assinala-se o regresso de Beja “ao circuito do festival”, com dois eventos, assim como da vila de Moura, “terra de pergaminhos musicais”, referindo-se que o “alargamento a outros concelhos está sobre a mesa, já que existem insistentes pedidos nesse sentido”. O regresso de Moura concretiza, aliás, “um velho intuito local”. A programação, a cargo de Paolo Pinamonti, inclui o agrupamento vocal inglês The Hilliard Ensemble, “que escolheu o Terras sem Sombra para se despedir de 40 anos de carreira nos palcos de todo o mundo”, a companhia teatral espanhola Nao d’amores e o ensemble italiano I Turchini, assim como os grupos nacionais Capella Duriensis, Sond’Ar-te Electric Ensemble, a Orquestra Gulbenkian e o Coro do Teatro Nacional de São Carlos. A igreja de Santo Ildefonso, em Almodôvar, abre o festival, com “Ein Deutsches Requiem” (“Um Requiem Alemão”), composto por Johannes Brahms, e que será interpretado pelo Coro do

Teatro Nacional de S. Carlos, sendo solistas a soprano Raquel Alão e o barítono Luís Rodrigues, com acompanhamento pelos pianistas João Paulo Santos e Kodo Yamagoshi, sob a direção do maestro Giovanni Andreoli. No dia seguinte, é proposto um percurso ao longo da ribeira do Vascão, afluente do rio Guadiana que “oferece um verdadeiro laboratório vivo”, uma caminhada que celebra a recente classificação deste curso de água como Zona Húmida de Importância Internacional (Convenção de Ramsar), na qual se observarão libélulas e libelinhas, “grupo que contribuiu para a integração da ribeira na Rede Natura 2000”. A “Liturgia da Esperança: Misterio de lo Cristo de los gascones” que é apresentado no dia 12 de abril na igreja de Nossa Senhora da assunção, em Grândola, pela Nao d’amores, com dramaturgia e encenação de Ana Zamora, é apontado pela organização como “um dos pontos altos do festival”. O agrupamento The Hilliard Ensemble atua no dia 26 de abril, na igreja de Santiago Maior, e, no dia 10 de maio, em Beja, na igreja de Nossa Senhora da Feira, a Capella Duriensis, sob a direção de Jonathan Ayerst, apresenta “O Sagrado e o Profano: Aliterações húngaro-portuguesas”. O festival volta a Beja no dia 31 de maio à tarde, quando o violetista, compositor e musicólogo Alexandre Delgado apresenta, na igreja de Nossa Senhora dos Prazeres, a conferência “A violeta: Perenidade de um instrumento injustiçado”. I Turchini atuam no dia 17 de maio, na basílica real de Nossa Senhora da Conceição, em Castro Verde, onde apresentam “Theatrum Sacrum: Obras-primas do barroco napolitano”. Sines, onde acontecerá este ano a entrega do Prémio Internacional do Festival, no dia 5 de julho, realiza-se, cerca de um mês antes, no dia 7 de junho, na igreja do Santíssimo Salvador, um concerto com o Sond’Ar-te Electric Ensemble e o Coro Terras sem Sombra, sob a direção de Jonathan Brown. Finalmente, no dia 28 de junho, na igreja de S. João Batista, a Orquestra Gulbenkian interpreta obras de Mozart e de Morton Feldman.


A Associação de Solidariedade Social de Professores (ASSP) e a Escola Aliance Française realiza um encontro francófono amanhã, sábado, 22, pelas 15 horas, na delegação da ASSP, em Beja. Animação cultural, uma palestra e um momento musical fazem parte do programa.

17 Diário do Alentejo 21 março 2014

Encontro francófono em Beja

Os Aurora também têm lugar marcado no palco da feira Último fim de semana

Semana A da Cilarca em Vidigueira

Tango Paris atuam na Ovibeja

organização da Ovibeja confirmou mais um espetáculo para a noite destinada aos talentos locais, dia 1 de maio. Os Tango Paris abrem a noite que prossegue, mais tarde, com Os Aurora. “Das longas planícies alentejanas, queimadas pelo sol, até aos clubes PUB

Pratos confecionados com cilarcas vão abrir o apetite e enriquecer ementas de restaurantes de Vidigueira até domingo, numa semana gastronómica dedicada àquela espécie de cogumelo silvestre comestível. A Semana Gastronómica da Cilarca visa valorizar os recursos micológicos do concelho e destacar a sua tradição na gastronomia local, explica a promotora, a Câmara de Vidigueira.

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ilarcas assadas, salteadas, com ovos, carne, espargos, feijão e cardos ou a acompanhar ensopado de borrego ou caldo de peixe do rio são manjares que os apreciadores poderão degustar nos restaurantes aderentes, dois situados na vila de Vidigueira, dois em Vila de Frades e um na localidade de Pedrogão. A semana gastronómica inclui também a saída de campo “Na rota das cilarcas”, que vai decorrer amanhã, sábado, a partir das 9 e 30 horas, e será guiada por Ricardo Castilho, investigador do Cibio-InBIO – Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos da Universidade do Porto. A saída inclui recolha e triagem de cilarcas, uma sessão sobre boas práticas de colheita e consumo e outra dedicada às características dos principais grupos de cogumelos silvestres, um almoço convívio e um petisco para prova de pratos confecionados com cogumelos.

Melhor turismo rural

Herdade da Malhadinha Nova premiada

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herdade da Malhadinha Nova, no concelho de Beja, foi distinguida no Publituris Portugal Trade Awards 2014. A herdade da Malhadinha Nova recebeu o galardão de “Melhor turismo em espaço rural”. Há quatro anos que este prémio distingue os melhores do turismo em Portugal. Os responsáveis pela Malhadinha Nova, na ocasião, afirmaram: “A área do turismo rural não é a que mais contribui para os números do turismo em Portugal, mas é a que contribui para que o sorriso chegue aos hóspedes, sem dúvida. Agradecemos à equipa fantástica que nos tem apoiado neste projeto que iniciou em 2012, e que promove os nossos vinhos, paisagens, gastronomia. Portugal. Agradecemos também à nossa família e aos nossos cinco filhos”.

de tango da capital francesa nasceram, em janeiro de 2012, os Tango Paris, banda de Beja com sonoridades que vão desde o western rock ao blues, passando pelo tango e fado, enquanto meios de conjugação cinematográfica de bandas sonoras que alimentam o imaginário de um país antigo,

repleto de histórias e de bons costumes”. É assim que os irmãos Catarino, Alexandre (guitarra) e Tiago (bateria), descrevem a sua banda. A 31.ª edição da Ovibeja está agendada para a semana de 30 de abril a 4 de maio, numa organização da ACOS – Agricultores do Sul.


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A manchete da última edição do “Correio Alentejo” revela que a CDU, nas AUTÁRQUICAS DE 2009, produziu propaganda política nas instalações e com funcionários da Câmara de Beja. O caso está em segredo de justiça mas, segundo este jornal, o Ministério Público de Beja deduziu acusação contra três funcionários por autoria material de um crime de peculato de uso. Sendo que o poder político da época saí sem qualquer beliscadura.PB

Diário do Alentejo 21 março 2014

Quarenta anos após a Revolução de Abril está colocada na ordem do dia a luta pelos direitos das mulheres, conquistas recentes na história de Portugal que urge defender para que as atuais e futuras gerações de mulheres vejam efetivado o direito à igualdade na lei e na vida. José Gonçalo Valente, “A Planície”, 15 de março de 2014

PEDRO EMANUEL SANTOS

Opinião

O que se passa em algumas praxes é o reflexo do estado um pouco amoral a que chegámos e, como tal, cabe-nos inverter essas situações não tolerando a degradação de valores tão importantes ao bem-estar de uma sociedade como a dignidade de cada um, os valores cívicos, morais, a tolerância e a boa educação. Ana Cláudia Silvestre Mota, “Folha de Montemor”, março de 2014

Ouro negro na costa Filipe Nunes Arqueólogo

“A pequenez da semente e a grandeza do que produz” Ana Paula Figueira Docente do ensino superior

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stas palavras foram proferidas pelo Papa Bento XVI durante a oração tradicional do Ângelus, no domingo de 17 de junho de 2012. Com o objetivo de partilhar com os fiéis uma mensagem de esperança e de fé no crescimento do Reino de Deus, optou por fazer uma analogia com duas parábolas de Jesus: a da semente que cresce por conta própria e a da semente do grão de mostarda. “Disse mais: O reino de Deus é como se um homem lançasse a semente na terra e, dormindo ou acordado de noite e de dia, a semente germinasse e crescesse, sem ele saber como. A terra por si mesma produz fruto: primeiro a erva, depois a espiga, e por último o grão grado na espiga. Depois de o fruto amadurecer, logo lhe mete a foice, porque é chegada a ceifa.” (Marcos 4:26-29) “Ainda disse: A que assemelharemos o reino de Deus, ou com que parábola o representaremos? É como um grão de mostarda, que, quando semeado na terra, embora seja menor que todas as sementes que há na terra, contudo depois de semeado, cresce e torna-se uma das maiores plantas, e deita grandes ramos, de tal modo que as aves do céu podem pousar à sua sombra.” (Marcos 4:30-32) Sábias palavras! Permito-me alargar a analogia ao comportamento do homem per si. Quantas vezes envidamos esforços e desenvolvemos tarefas com vista a atingir um dado objetivo que, no imediato e por razões exteriores, não conseguimos atingir. A primeira reação pode ser de defraudação à qual poderá suceder o desalento ou o desânimo: afinal o nosso trabalho parece ter sido infrutífero! Pois não é! Voltemos à primeira parábola: deitada a semente à terra, só por si, produz fruto. E cresce. E segue o seu próprio tempo. Ou seja, nada é feito em vão! Tudo é útil e proveitoso! Para além disso, a segunda parábola complementa esta ideia ensinando-nos que não se devem retirar conclusões precipitadas: embora tão pequena, a semente da mostrada é cheia de vida vindo a tornar-se “a maior de todas as plantas do jardim”. A sua aparente fraqueza ou impotência é, afinal, a sua força! Assim acontece connosco! Um primeiro e único olhar pode levar, na maioria das vezes, a interpretações erróneas e inquinadas… Por isso, é importante continuar, insistir, teimar, persistir, perseverar! Lançar a semente! Honrar as nossas convicções e perseguir os nossos propósitos. Qualquer guerra envolve muitas batalhas e perder ou ganhar uma batalha não significa perder ou ganhar uma guerra. E depois…como escreveu Miguel Torga “Em qualquer aventura/O que importa é partir, não é chegar”.

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destino de um território joga-se não apenas pela presença e acesso aos recursos energéticos (petróleo e gás), mas sobretudo por quem os cobra e pela forma como é feita a sua exploração. 2014 anuncia ser uma data chave para a entrada em jogo das regiões Sul de Portugal na corrida ao afamado “Ouro Negro”... e ao não menos publicitado “Gás de Xisto”. Na Bacia do Algarve, a 8.5 km de Ilha de Faro, o consórcio Repsol/Partex (Gulbenkian), pretendem alargar a exploração offshore dos campos de gás da vizinha costa espanhola. Na Bacia do Alentejo a concessão é detida pelo consórcio Petrobras/Galp, pelo que serão cerca de uma dúzia as licenças à exploração de hidrocarbonetos nas nossas costas. Entre Vila Real de Santo António a Sagres, e daí para cima, frente a praias únicas como a Carrapateira (diz-se que protegidas ambientalmente…), corremos o risco de nos banharmos numa zona petrolífera. E em terra, a concessão onshore “Barreiro”, avança pelo distrito de Setúbal, pela Oracle Energy Corporation, em busca do gás de xisto: um recurso não convencional que se encontra no subsolo a grande profundidade. Prospeções em parceria com a Mohave Oil & Gas, que no seguimento das concessões na Estremadura, detêm já uma área de cerca de 1,3 milhões de hectares contíguos em Portugal. Qualquer prós e contras centra estas notícias na discussão entre economia e ambiente. Enquanto impulso económico falamos unicamente do lucro das grandes corporações, pois como refere a Associação Asmaa (www.asmaa-algarve.org), que lançou a Campanha “Diga não ao Petróleo e Gás no Algarve”, 91 por cento dos lucros obtidos caberão à Partex/Repsol. Uma acusação de roubo do gás nacional, a que não é alheio a proposta de lei das bases do ordenamento e da gestão do espaço marítimo nacional que prevê a privatização do mar e seus recursos por 50 anos através de concessões, isentas de avaliações ambientais ou das regras de ordenamento uma vez classificados como PIN’s: “projetos de interesse nacional”. Enquanto Assunção Cristas e Nuno Crato andam a anunciar os novos mapas escolares de Portugal e seus Mares às criancinhas nas escolas, seus comparsas vendem-no, no encalço aliás dos famosos Golden Visas de outro Porteiro governamental, sempre em nome de um suposto impulso económico que delapida territórios e mares. Uma acusação a que dificilmente foge esta indústria, pelos infames riscos que estão em causa face a um desastre petrolífero ou de gás, ou pelos efeitos tóxicos das explorações. E na volta da economia serem um risco às pescas e ao turismo é evidente. Já o grupo Movimento Anti-Extração de Gás de Xisto do Barreiro (movimentoantigasdexistobarreiro.wordpress.com), recentemente formado,

denúncia a grande controvérsia do gás de xisto e da chamada fratura hidráulica (fracking). Isto é, a injeção de milhões de litros de água, areia e uma mistura de centenas de detergentes químicos (boa parte cancerígenos), que fraturam a rocha para extração do gás. Com dois grandes problemas: a infiltração e contaminação química nos aquíferos e subsolo e o potenciar de terramotos. Apenas o hábito de assobiar para o lado, assim que se fala de “economia”, e o secretismo como hábito de monge da política e da administração, explicam porque este tema é ainda tão incipiente por cá, enquanto por todo o mundo são já as próprias administrações locais e regionais a protestarem na senda das mobilizações populares. Vive-se o ambiente propício da crise, tão salutar para Nenhuma a linguagem economicista menosprezar as plataforma questões ambientais petrolífera ou e a verdadeira sustenuma perfuração tabilidade dos terride gás de xisto tórios. Porém, a crise será solução energética que tanto se para a demanda fala obriga-nos a outro nível de discussão insaciável das atuais sociedades e ação. Nenhuma plataforma petrolífera ou industriais e do uma perfuração de gás nosso consumo de xisto será solução cego. Apenas para a demanda insaaumentará o lucro ciável das atuais socierestrito de uns dades industriais e do nosso consumo cego. poucos (A Galp aumentou este ano Apenas aumentará o lucro restrito de uns a remuneração poucos (A Galp auacionista às mentou este ano a refamílias Amorim muneração acionista e Soares da Costa). às famílias Amorim e Soares da Costa). Contrariar este nosso modo de vida, dependente constantemente do fornecimento de petróleo/gás barato, passa por consciencializar o colapso da ideia de bem-estar generalizado das sociedades industrializadas. Por isso, mais do que querer manter essa bitola de consumo com mais e mais energias renováveis, haverá que entender e fazer um uso destas mesmas noutra escala. Uns chamam-lhe “decrescimento”, “iniciativas de transição” ou “antidesenvolvimento” e “crítica civilizacional”, mas independentemente da forma que se revistam o certo é que por elas não passará o afã economicista do Ouro Negro. Mas passará sem dúvida a capacidade de resistência e de sobrevivência dos territórios. Como este nosso a Sul.


Este fim de semana, tal como acontecerá pela primavera adentro, o que não falta são festas, FEIRAS e romarias. As diferentes localidades tentam encontrar a sua identidade própria e promovem-na com eventos temáticos. Uma atitude legítima e salutar. O Alentejo tem tanta coisa e tão boa para mostrar que todos os atos de promoção são de louvar. Desde que não aconteça como agora: sobrepostos uns nos outros. PB

Há 50 anos Breve estória do bravo piloto que se tornou num farrapo

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a primeira página do “Diário do Alentejo” de 19 de março de 1964, entre “Duas conferências sobre a Rega do Alentejo”, pelos engenheiros Amaro da Costa e Santos Varela, e o habitual espaço de “Notícias de ontem e de hoje”, o vespertino bejense publicava um texto de opinião intitulado “Ainda e sempre, Hiroshima…”. Assinado por R. de S., o artigo contava a história de um “bravo piloto-aviador” norte-americano que no final da 2.ª Guerra Mundial recebeu ordens para lançar uma bomba atómica sobre uma cidade japonesa, causando a morte de milhares de pessoas. Assim: “(…) Claude B. Eatherly sentiu uma vertigem, soluçou como uma criança, esqueceu, até, que se não fosse ele a lançar o maléfico engenho seria outro – outro bravo militar como ele. O grande conflito de 1939-1945, mesmo antes de Hiroshima e Nagasaqui, estava a avizinhar-se do final, porque a vitória dos aliados já não oferecia dúvidas. Claude pensou nervosamente em tudo: Hiroshima, as mulheres, os homens, as crianças, cem mil. Foi ao primeiro bar e encharcou-se em ‘whisky’. E nunca mais voltou a ser o mesmo homem. Não morrera mas fora também uma das grandes vítimas da guerra. Em poucas linhas aqui está a história do indivíduo que, segundo acabam de relatar as agências noticiosas, foi recentemente preso em Galveston (Texas), por crime de roubo á mão armada. As autoridades declaram que ‘Eatherly, servindo-se de uma arma de brinquedo que imitava perfeitamente um revólver autêntico, assaltou uma loja de Galveston, para automobilistas, e fugiu com a receita, ao todo uns cinco contos’. Não é esta a primeira vez que a Polícia se ocupa deste homem que se tornou um verdadeiro ‘farrapo’. Depois de desmobilizado em 1947, com o posto de major, cometeu diversas infracções e foi admitido várias vezes em clínicas psiquiátricas. Os psiquiatras declararam que ele sofre de um ‘complexo de culpa’, depois da missão do seu ‘B-29’ sobre Hiroshima, que causou a morte de 100.000 pessoas. Para ter chegado a este estado, Claude Eatherly deveria ter sido um bom rapaz, um rapaz a quem confiaram a mais trágica e horrenda missão de todo o conflito. Agora é doente mental. Todavia, os que lhe ordenaram o voo sobre Hiroshima, embora já afastados da política, permanecem impávidos, serenos e dormem como justos. Nunca sofreram do tal ‘complexo de culpa’… O senhor Harry Truman que o diga…”. Carlos Lopes Pereira

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Este sábado é Dia Mundial da ÁGUA. E, nunca como hoje, 19 a água esteve tão no centro das preocupações humanas. Bem finito e fundamental para o homem e para o equilíbrio natural, a água, em função do seu mau uso e das alterações climáticas, é cada vez mais o petróleo do século XXI. Há quem vaticine mesmo que as próximas guerras serão em torno desta riqueza natural. Pelo que preservá-la é um dever de todos. PB

Diário do Alentejo 21 março 2014

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Recentemente, um grupo de pessoas também se uniu em torno de um bem comum (na minha modesta opinião, em torno “dos seus” interesses comuns) a que se deu o nome pomposo de Manifesto “Renegociar a Dívida”. Também aqui as pessoas que se envolveram neste tão “carinhoso” ato foram empurradas por impulsos, reagiram a algo, mas, comparativamente com as pessoas que se unem em torno da luta pela cura de uma doença, no caso os senhores do Manifesto, lutam para que a doença possa continuar. Victor Madeira, Rádio Pax, 18 de março de 2014

Cartas ao diretor São Tiago José André Ramos Caparica, Almada

A Galiza, região e antigo reino do noroeste de Espanha, cobrindo quase 30 mil quilómetros quadrados e três milhões de habitantes, bem podia ser de Portugal! Na verdade ficando bem próximo do Minho, dizem os historiadores, que se o primeiro rei de Portugal fosse mais político e menos militar, nosso país seria maior! Seus habitantes até têm muitas afinidades connosco, portugueses. Uma das suas principais cidades é Santiago de Compostela, nome que tem origem no apóstolo São Tiago. A história diz que na Idade Média esta cidade, era depois de Jerusalém, o local da cristandade que atraía maior número de peregrinos. A sua catedral que foi construída entre os séculos XI e XIII, contém (escrevem) os restos mortais do apóstolo, descobertos no ano 813. Mas, se a história cristã diz que ele foi um dirigente importante na igreja de Jerusalém e foi morto nesta cidade por ordem do rei Herodes Agripa no ano 44, não haverá dúvidas como seu restos foram para Espanha? Enfim, devem ser arranjos do catolicismo, em boa harmonia com governos espanhóis para desenvolvimento de turismo e, durante séculos, peregrinações e romarias! E haja dinheiro mesmo com o povo em crise! A propósito de dinheiro, riquezas; hoje dia 6 de março, veio num jornal que dois industriais (os tais magnatas ou capitalistas que gerem seus bens no sentido de obterem mais lucros) enriqueceram só em 2013, cerca de dois mil milhões de euros cada um! Podemos perguntar como podem estes argentários tornarem-se ainda mais ricos (e outros também com certeza) num país tão pobre? Será que o Governo de Lisboa não saberá responder? Ora, que escreveu o apóstolo São Tiago, que ensinamentos deu a homens de boa vontade, a sinceros, honestos, não avarentos e não ambiciosos? Ele não só se dedicava a doutrinar sobre questões religiosas, mas ensinava as pessoas a serem praticantes do bem, e não somente ouvintes! “Tornai-vos praticantes de bons ensinos e não vos enganeis a vós mesmos”. Outra frase do grande ensinador: “Todo o homem seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar”. Escreveu que não se deve se refrear a língua, origem de muitas contendas”, e a falibilidade dos projetos humanos”. Mas quando São Tiago anunciou que Deus condena as riquezas mal adquiridas, ele emprega palavras bem fortes para os materialistas ricos: “As vossas riquezas estão podres e as vossas vestes comidas pela traça. O vosso ouro e a vossa prata foram gastos de ferrugem e a sua ferrugem servirá de testemunho contra vós e devorará a vossa carne como fogo porque entesouraste. Olhai que o salário que não pagaste aos trabalhadores… está a clamar! Tendes vivido na terra entregues ao luxo e aos prazeres enchendo os vossos apetites… e Deus não vai opor-se?” Carta de Tiago-5:1-6. Mas o Senhor é misericordioso para quem é caridoso e se arrepende.

Há 82 anos e não se dão por vencidos José Francisco Raminhos Cabaça Cuba

No dia 5 de março um familiar meu, de nome José Joaquim Cabaça, com apenas 29 anos, fundou o Sporting Clube de Cuba, filial n.º 50, do Sporting Clube de Portugal. O meu filho José Cabaça ofereceu à coletividade uma quadro com a fotografia do seu fundador, há sete anos, e nunca mais foi visto. Será que ainda existe? Exijo que o referido quadro com a fotografia seja colocado num local bem visível, consentâneo com o prestígio e dedicação ao clube do fundador do Sporting Clube de Cuba. Eu sou o sócio n.º 58 e familiar do seu fundador. Caso o quadro com a fotografia de José Joaquim Cabaça não seja colocado na sede que ele fundou, num local bem visível, tomarei todas as medidas necessárias à correção de tão lastimável lapso. Qual o motivo por que está exposto na sede o clube o quadro com a fotografia do sócio n.º 2 e o sócio n.º 1 e seu fundador não está? Este meu familiar fez parte da comissão concelhia para eleger as câmaras municipais e juntas de freguesias e, todos os anos por altura da feira anual, escrevia o “Álbum de Cuba”. Foi chefe dos escritórios da zona sul na CP. Era um homem ilustre, mas não era rico.

Portal Europeu da Imigração em português

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que precisa de fazer um cidadão de um país fora da União Europeia (UE) para trabalhar na UE? Como pode atravessar legalmente as fronteiras da UE? Como é que se pode reunir com familiares que já residem num dos estados membros da União? Estas e outras questões podem agora ser respondidas em português no Portal Europeu de Imigração lançado pela Comissão Europeia em novembro de 2011. Trata-se de um sítio da Internet que reúne informações práticas para ajudar não só os estrangeiros que vêm de países fora da União Europeia e que se querem estabelecer num dos 28 Estados membros, como os que querem mudar de países de residência dentro da UE. Os conteúdos são variados e incluem mais de 600 páginas de texto com informações adaptadas às questões dos cidadãos. Os recursos disponíveis abrangem questões sobre legislação, políticas de imigração da UE e os diferentes procedimentos de cada Estado Membro. Este portal reúne também vários contactos, em cada Estado membro, especializados em questões sobre imigração. A informação pode também ser útil às organizações de apoio aos imigrantes, serviços de emprego e para efeitos de investigação. Para mais informações consulte o site www.ec.europa.eu/immigration onde pode encontrar contactos das autoridades responsáveis pela imigração em Portugal como o Centro Nacional de Apoio ao Imigrante (CNAI) sediado em Lisboa e no Porto, o Serviço de Estrageiros e Fronteiras e instituições que prestam apoio como a Solidariedade Imigrante, com sede em Lisboa. Representação em Portugal da Comissão Europeia


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Reportagem

Setor tem margem para crescer

Porco alentejano é mais-valia “para as regiões extensivas de sequeiro”

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s temperaturas continuam primaveris nestes últimos dias de inverno. Na herdade do Monte Branco, no concelho de Almodôvar, mais de meia centena de suínos de raça alentejana – porcas reprodutoras e bácoros – percorrem livremente o extenso montado de sobro e azinho, por entre malmequeres, azedas e saramagos. A época da montanheira iniciada em meados de outubro “com as primeiras chuvas”, e que corresponde ao período final de “engorda” em que os suínos de raça alentejana se alimentam exclusivamente de bolota, lande e erva, terminou há pouco mais de três semanas. Os porcos que concluíram a montanheira com o peso mínimo de abate, cerca de 150 quilos, seguiram já para a vizinha Espanha, com destino à empresa Sanchéz Romero Carvajal (Jabugo), para a produção, essencialmente, de presuntos. No início da semana partiu a última leva, composta por cerca de três por cento do efetivo para abate. Por não terem atingido o peso mínimo exigido no final da montanheira, foram alimentados com recurso a “um suplemento em ração”, por um período máximo de 21 dias e que foi devidamente autorizado pela referida empresa espanhola que adquire os suínos de raça alentejana através da Associação de Criadores do Porco Alentejano (ACPA). “Esta fase de suplemento tem de ser autorizada e obedecer a certos parâmetros”, esclarece o proprietário da herdade do Monte Branco, José Manuel Sousa, que se concentra agora na fase tradicionalmente designada por “alfires”, que corresponde à preparação da vara de porcos alentejanos novos, cerca de 450, “para a próxima montanheira”, que decorrerá de “meados de outubro deste ano até finais de fevereiro de 2015”. Um porco de raça alentejana de montanheira, demora, em média, dois anos a criar. Para além dos porcos de raça alentejana – considerado um produto de excelência e cuja parição tem lugar entre finais de março e junho –, o suinicultor dedica-se também à produção de animais cruzados alentejano/duroc, que são vendidos ainda

O porco alentejano de montanheira, criado em sistema extensivo e comercializado quase na totalidade para Espanha, representa atualmente “mais de 50 por cento das vendas” das explorações situadas na zona de influência da Associação de Criadores do Porco Alentejano (ACPA) – concelhos do Alentejo Litoral, Baixo Alentejo, Barlavento Algarvio e Sotavento. Na campanha 2013/2014 que agora terminou, a venda de porcos de montanheira, por via da associação, representou um volume de negócios aproximado de “2,4 milhões de euros para os produtores do Baixo Alentejo”. O presidente da ACPA, Nuno Faustino, afirma que este é um setor com uma grande margem para crescimento, uma vez que “há muitos montados que ainda não são aproveitados” para esta raça autóctone, de excelência, que também foi “negativamente afetada pela crise”. Texto Nélia Pedrosa Fotos José Serrano

2007 para cá duplicaram os preços das rações e os preços de venda no final da montanheira baixaram ligeiramente, isto fez com que ficássemos reduzidos a metade dos sócios que éramos na ACPA”, diz, realçando que é fundamental “ser muito rigoroso na gestão de toda a herdade, rigorosíssimo na gestão dos porcos, fazer um acompanhamento diário”. E, claro, ter sempre presente os ensinamentos de José Cândido Nobre, grande dinamizador da Associação de Criadores do Porco Alentejano falecido em outubro de 2012, “um homem de uma vontade férrea, que batalhou pelo setor de uma forma inabalável, que nos educou, formou e a quem nós, produtores, teremos que estar eternamente gratos”. Dos atuais 250 associados da Associação de Criadores do Porco Alentejano, 130 são produtores de porco alentejano. Explorações associadas são cerca de 100. Reprodutoras em dezembro de 2013 eram 3 074, já abaixo das cinco mil, passando assim para a classificação de raça muito ameaçada. Número de criadores e reprodutores sofre quebra “Efetivamente existiu

José Manuel Sousa “O setor levou um grande rombo nestes últimos três, quatro anos”

em leitões, com cerca de dois meses, tanto para “o mercado nacional de assar”, como para Espanha, “para engorda”. Esta é uma forma de aproveitar a segunda parição do ano, que ocorre no outono, realça o produtor, adiantando que os dois tipos de suínos “são facilmente identificáveis, até pelo mais comum dos mortais”. José Manuel Sousa produz atualmente uma média de 450 porcos de raça alentejana e outro tanto

de cruzados, um número que tem vindo a aumentar “gradualmente” à medida que vai adquirindo “mais área de montado” ou “firmando contratos com pessoas que se despedem das suas propriedades porque desistem da agricultura, ou por outros motivos”, esclarece. Embora tenha aumentado o efetivo, o criador salienta que o seu negócio também “foi atingido pela crise”, sendo que, nos últimos quatro anos, sofreu

perdas de rendimento na ordem dos 70 por cento. Mas nunca viveu situações em que “as receitas não cobrissem as despesas”, garante. “O setor levou um grande rombo nestes últimos três, quatro anos, devido aos preços pagos pela indústria e ao aumento dos custos de produção. Principalmente as rações [feitas a partir de cereais] que, se calhar, têm um peso de 70 por cento no custo de produção total do alentejano. Desde

uma redução do número de criadores e de reprodutores, assim como de porcos de montanheira. Isso é verdade a nível da ACPA, assim como em termos nacionais. Podemos dizer que a crise afetou negativamente o porco alentejano”, diz Nuno Faustino, presidente da referida associação, adiantando que o mercado tem sido “o principal regulador de explorações”. Quando “a oferta excede a procura inevitavelmente o preço baixa e vice-versa”, sendo que é Espanha “quem dita os preços”: “As bolsas espanholas é que regulam os preços, pois o porco ibérico é muito similar ao porco alentejano. O alto preço das matérias-primas (cereais) para as rações é um fator que contribui negativamente pois toda a fase de recria está dependente destas rações. Apenas o acabamento é na montanheira e existe uma dificuldade enorme em refletir o aumento do custo de produção no preço de venda dos animais”, esclarece.


ACPA inaugura Centro Interpretativo do Porco Alentejano

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Associação de Criadores do Porco Alentejano inaugura amanhã, sábado, pelas 15 horas, o Centro Interpretativo do Porco Assoc As Alen nt Alentejano – Loja Gourmet, que pretende “ser um espaço de promoção, divulgação da raça e dos nobres produtos do porco alente alentejano”, reforçando assim a imagem de Ourique enquanto Capital do Porco Alentejano, explica o presidente da associação, Nuno Faustin Faustino. “Pretendemos que quem visite o espaço tome conhecimento da raça porco alentejano, das suas características específivária fases produtivas (cria, recria e acabamento) de acordo com o fim a que se destinam, do montado enquanto elemento escas, das várias sencial do pro processo porco de montanheira e dos produtos que o porco alentejano é matéria-prima como sejam os presuntos (Presunto ou Paleta de B Barrancos DOP, Presunto ou Paleta de Santana da Serra IGP, Presunto ou Paleta do Alentejo DOP), entre outros”, adianta. d novo espaço, no decorrer da Feira do Porco Alentejano, conta com o apoio da Câmara Municipal de Ourique. A abertura do

O mercado do porco “tem altos e baixos, e no caso do porco alentejano para o mercado de presunto estamos muito dependentes de Espanha, que é o mercado principal deste porco alentejano”, continua o dirigente. As indústrias portuguesas abatem “no máximo 25 por cento destas produções”, uma vez que “não têm capacidade para absorver a produção pois, contrariamente ao que se verifica em Espanha, Portugal não tem tradição de consumo de presunto de porco alentejano”. Daí “resulta que as vendas são baixas e as indústrias tenham que procurar mercados no exterior”, adianta Nuno Faustino. “O presunto de porco alentejano não é barato visto que um longo caminho é percorrido até chegar a presunto curado. Em termos médios, desde o nascimento do porco até ao presunto (Presunto ou Paleta de Barrancos DOP, Presunto ou Paleta de Santana da Serra IGP, Presunto ou Paleta do Alentejo DOP) pronto a consumir são necessários 48 meses”. Existem, no entanto, segundo o presidente da ACAP, outros potenciais mercados, “que têm pouca expressão, como sejam o mercado da carne verde (Carne de Porco Alentejano DOP)”. Nuno Faustino considera também que a aprovação de uma portaria, em discussão em Bruxelas, que regule o “porco preto”, designação pela qual é vulgarmente conhecido o porco de raça alentejana, “poderá ser uma mais-valia para as explorações com reprodutoras de porco alentejano”, uma vez que “presentemente o nome porco preto é utilizado indiscriminadamente por restaurantes, grandes superfícies, indústrias transformadoras, entre outros, sem qualquer garantia de que a carne e/ou produtos que designam de porco preto sejam verdadeiramente porco alentejano”. O aparecimento no mercado de carne “na sua maioria oriunda de Espanha de porcos cruzados, ou não, de ibérico e produzida em pavilhões (regime intensivo) a preços mais baixos” com o nome “porco preto” acabou por levar a que “o porco alentejano destinado ao mercado da carne verde PUB

Antónia Nobra “O custo das rações é o principal problema do setor”

praticamente desaparecesse”, diz o dirigente. O porco alentejano distingue-se das outras raças, “sobretudo pela genética”, “que se traduz na capacidade de infiltrar gordura intramuscular que faz com que a sua carne tenha uma qualidade e sabor únicos, a sua gordura monoinsaturada rica em ácido oleico, ou seja, uma gordura saudável amiga do coração humano, assim como o sistema extensivo (no campo e sem pressas) em que é produzido”. Nuno Faustino defende ainda que tem de existir “a capacidade por parte de todos, indústria e produção”, de conquistarem o mercado nacional e “fazerem com que aumente o consumo destes nobres produtos de porco alentejano”, e salienta que “existem muitos montados ainda não aproveitados pelo porco alentejano pelo que existe muito campo para crescer a nível do porco de montanheira e também o mercado da carne verde e do porco preto”. Setor do porco alentejano contribui para a preservação da paisagem Nas

palavras do dirigente, o porco alentejano “é uma mais-valia sobretudo para as regiões extensivas de sequeiro” onde predomina o montado

de sobro e azinho. “Estas regiões de terras pobres com poucas ou nenhumas alternativas à pecuária extensiva e cerealicultura, de apoio a essa mesma pecuária, têm no porco alentejano de montanheira uma crescente importância no rendimento destas explorações”, reforça. O porco de montanheira representa “em muitas destas explorações mais de 50 por cento das vendas”, o que para a economia das mesmas, adianta Nuno Faustino, “é de extrema importância e torna possível toda uma panóplia de atividades de apoio à produção do porco alentejano como sejam os equipamentos, rações, etc, ou seja, é dinheiro ganho nas explorações de porco alentejano que vai circular no comércio das aldeias e vilas alentejanas, além da extrema importância em manter atividade nos campos contribuindo para a preservação da paisagem e meio ambiente, mantendo os campos limpos e vigiados, o que é importantíssimo para evitar incêndios que têm sempre custos ambientais e económicos elevadíssimos”. Na campanha 2013/2014 que agora terminou, a venda de porcos alentejanos de montanheira, por via da ACPA, representou um volume

“Na campanha que agora terminou, a venda de porcos de montanheira, por via da ACPA, representou um volume de negócios aproximado de 2,4 milhões de euros para os produtores do Baixo Alentejo”. de negócios aproximado de 2,4 milhões de euros para os produtores do Baixo Alentejo. Antónia Nobre, cabeça-de-casal da Casa Agrícola José Cândido de Matos Félix Nobre Herdeiros e administradora da Sociedade Agrícola Félix Nobre, com áreas de montado espalhadas por várias freguesias do concelho de Ourique, encaminha mais de 80 por cento dos 500 suínos de montanheira que produz atualmente para a Sanchéz Romero

Carvajal, sendo os restantes vendidos para a Montaraz de Garvão – Transformação Artesanal de Porco Alentejano. O escoamento quase na totalidade para a empresa do país vizinho, adianta a viúva de José Cândido Nobre, “dá-nos uma tranquilidade bastante grande porque já sabemos que de ano para ano há a colocação do produto sem problemas nenhuns”, apesar de se estar perante um setor “um bocadinho ingrato, dependente das condições meteorológicas, das pessoas que estão à frente das explorações, dos custos de produção, enumera. “O custo das rações é capaz de ser o principal problema do setor, embora já este ano tenha havido um abaixamento do preço. Nos outros anos era impensável fazer-se criação de tanto número de animais. Depois o tempo também condicionada tudo”. Perante este cenário, adianta, o segredo parece estar em “gostar daquilo que se faz”, fazer uma gestão rigorosa e ser bastante persistente. Caso contrário “não há hipótese de fazer nada”. A criadora, que também tem vindo a aumentar o efetivo de porcos de raça alentejana, conta atualmente com 250 fêmeas reprodutoras e cerca de 400 bácoros que se destinam à próxima montanheira. Concentrados na herdade da Aguentinha, mesmo à saída de Ourique, tem ainda 70 porcos de raça alentejana de montanheira, prontos para seguirem caminho para Espanha. A segunda parição do ano, a tal que ocorre no outono, é destinada a repor o efetivo. “Tive a honra de ser esposa de José Cândido durante 30 anos e agora tenho esta incumbência de lutar para que tudo corra bem e para que o setor do porco alentejano continue com muita dinâmica e que seja cada vez mais produtivo. É preciso é que os agricultores também sejam unidos e que haja, como o meu marido dizia, uma fileira muito grande do porco alentejano, em que a produção, transformação, indústria e comércio estejam juntos, porque só assim tem razão de existir”, conclui.


Taça Distrito de Beja

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A 2.ª eliminatória da Taça Distrito de Beja em seniores, realiza-se no próximo domingo com os jogos Odemirense-Saboia e Piense-Vasco da Gama, ambos marcados para as 15 horas. Destaca-se a presença da equipa do Saboia (treinada por Carlos Piteira), única formação do escalão secundário ainda em prova.

Calendário da 2.ª Divisão

A 2.ª Fase do Campeonato Distrital da 2.ª Divisão da AFBeja, competição que apura o campeão deste escalão e duas equipas a promover ao escalão principal, inicia-se no próximo dia 29, com os jogos Amarelejense-Despertar e Saboia-Renascente.

Seleção Sub/23 da AFBeja O Gabinete Técnico da Associação de Futebol de Beja convocou 38 jogadores, na categoria de infantis, para um treino de observação a realizar no próximo domingo, entre as 10 e 30 e as 12 e 30 horas, no Complexo Desportivo Fernando Mamede (Sintético 2), em Beja, tendo em vista a composição da Seleção Distrital Sub/13.

Desporto

Aljustrelense perdeu, pela segunda vez na época, no terreno do Odemirense

Outro naufrágio no Rio Mira O Odemirense, em casa, não dá tréguas ao líder. Depois de o ter afastado da taça distrito voltou a vencê-lo para o campeonato, naquela que foi a segunda derrota do Mineiro nesta prova e terceira na época desportiva. Texto e foto Firmino Paixão

a vencer fora de Casa, num derby em São Marcos, no renhido derby da “margem esquerda” a vantagem foi para o Serpa e uma última nota para a expressão do resultado com que o Piense derrotou o Cabeça Gorda. Resultados: Odemirense-Aljustrelense, 2-1; Serpa-Aldenovense, 4-3; Milfontes-Guadiana, 2-0; São

Marcos-Castrense, 0-3; Sporting Cuba-Bairro Conceição, 1-0; Piense-Cabeça Gorda, 4-0; Vasco Gama-Rosairense, 2-1. Classificação: 1.º Aljustrelense, 54 pontos. 2.º Vasco Gama, 45. 3.º Castrense, 42. 4.º Milfontes, 41. 5.º Odemirense, 41. 6.º Serpa, 32. 7.º Rosairense, 28. 8.º Cabeça Gorda, 25. 9.º Piense, 24. 10.º

Sporting Cuba, 24. 11.º Guadiana, 18. 12.º São Marcos, 13. 13.º Bairro Conceição, 7. 14.º Aldenovense, 7. Próxima Jornada (30/3): Rosairense–Odemirense; Aljustrelense-Serpa Aldenovense-Milfontes; Guadiana-São Marcos; Castrense-Sporting Cuba; Bairro Conceição-Piense; Cabeça Gorda-Vasco Gama.

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vantagem dos tricolores encurtou para nove pontos, ainda assim suficiente para encararem com otimismo, e algumas cautelas, duas deslocações difíceis que o calendário ainda lhes reserva. O jogo no recinto do Milfontes e a saída para a Vidigueira, onde já se apresentarão empossados como campeões. O Vasco da Gama venceu o líder no seu próprio terreno, agora junta-se-lhe o Odemirense como únicas equipas que conseguiram derrotar a poderosa equipa mineira. O campeonato vai regressar, apenas, a 30 de março, cedendo lugar às meias-finais da Taça Distrito de Beja, pelo que importa sublinhar o que de mais relevante aconteceu na jornada do último fim de semana, da qual não resultaram alterações na tabela. O Castrense foi a única equipa

Partida Passada larga contrasta com a curto desfecho de 1-0 a favor do Cuba

Um quarteto luta pelo título

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Distrital de Infantis 2ª. Fase – 4.ª jornada Sp. Cuba-Despertar A, 3-5; Aldenovense-Aljustrel, 2-2; Despertar-Almodôvar, 3-2. Líder: Despertar A, 12 pontos. Próxima jornada (22/3): Almodôvar-Sp. Cu b a; D e sp e r t a r A-A l d e n ove n s e; Aljustrelense-Despertar B. Taça Dr. Covas Lima Série A – 4ª jornada Serpa-Piense, 2-3; Sto. Aleixo-NS Beja, 0 - 6; Moura-Amareleja, 4- 0. Líder: Moura, 10 pontos. Próxima jornada (22/3): Amarelejense-Serpa; Piense-Santo Aleixo; NS Beja-Desp.Beja. Série B – 4.ª jornada Milfontes-S.Marcos, 8-0; Castrense-Odemira, 3-0; Ourique-Ferreira, 0-19. Líder: Milfontes, 9 pontos. Próxima jornada (22/3): São Marcos-Ferreirense; Odemirense-Milfontes; Castrense-Ourique.

Chegou ao fim a primeira fase do Joaquim Mendes deixou o comando Campeonato Distrital da 2.ª Divisão técnico do Moura Atlético Clube

s equipas do Amarelejense, Despertar, Saboia e Renascente vão lutar entre si pelo título distrital neste escalão e pelas duas vagas que darão acesso à divisão principal da AFBeja. As restantes terminaram a época. Será prematuro encenar qualquer tipo de avaliação a este campeonato, na medida em que para concluir a época falta ainda disputar a fase final e encontrar vencedor da Taça de Honra. Mas a época terminou para onze das equipas que viabilizaram o campeonato e a sua inatividade até ao próximo outono, merecerá, por certo, uma imediata reflexão sobre os efeitos que isso terá no seu eventual regresso à prova

Futebol juvenil

no futuro. Os resultados da ronda de encerramento da primeira fase foram os seguintes: Série A: Despertar-Vasco Gama B, 4-1; Moura B-São Domingos, 2-1; Amarelejense-Negrilhos, 15-0; Beringelense-Desportivo Beja, 4-0. Classificação final: 1.º Despertar, 32 pontos. 2.º Amarelejense, 31. 3.º Moura B, 25. 4.º Desportivo Beja, 23. 5.º Vasco Gama B, 19. 6.º São Domingos, 13. 7.º Beringelense, 10. 8.º Negrilhos, 4. Série B: Renascente-Naverredondense, 4-1; Messejanense-Castrense B, 1-0; Sanluizense-Aldeia Fernandes, 1-2. Classificação final: 1.º Saboia, 31. 2.º Renascente, 31. 3.º Messejanense, 24. 4.º Aldeia Fernandes, 13. 5.º Naverredondense, 12. 6.º Castrense B, 11. 7.º Sanluizense, 1.FP

Água mole em pedra dura...

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Moura Atlético Clube empatou em Montemor naquele que foi o último jogo de Joaquim Mendes como treinador do clube. A margem de confiança que o técnico tinha junto da massa associativa era muito curta. Foi um desfecho absolutamente natural e há algum tempo aguardado. Joaquim Mendes terminou o seu vínculo com o Moura, a nove jornadas do final da época, e sem que a equipa tenha ainda garantida a sua manutenção no Campeonato Nacional de Seniores. “Rei morto, rei posto”, diz a sabedoria popular e o novo técnico será Bruno Ribeiro, antigo jogador do V. Setúbal que na última época orientou o Farense. No domingo os mourenses, que vieram de Montemor com um ponto,

recebem o Esperança de Lagos, adversário apetecível para o regresso às vitórias em casa e para a reconciliação com os seus adeptos. O Almodôvar veio de Lagos com um ponto, escasso para o que quer que seja e regressa ao Algarve para joga com o Louletano. Resultados (5.ª jornada): Cova Piedade-Quarteirense, 2-1; Louletano-Barreirense, 0-0; Esp.Lagos-Almodôvar, 0-0; U. Montemor-Moura, 0-0. Classificação: 1.º U. Montemor, 23. 2.º Cova Piedade, 23. 3.º Moura, 21. 4.º Quarteirense, 20. 5.º Louletano, 19. 6.º Barreirense, 15. 7.º Esp.Lagos, 11. 8.º Almodôvar, 8. Próxima jornada (23/3): Moura-Esp.Lagos; Louletano-Almodôvar; Quarteirense-U. Montemor; Barreirense-Cova Piedade.FP

Liga de Benjamins 3.º MOM – jornada Alvorada-Renascente, 2-3; Despertar-Boavista, 2-4; S. Luís-Desp.Beja B, 0-14; Vasco Gama-Serpa, 0-7; C.Verde-Aldenovense, 3-2; Alvito-Moura A, 6-3; NS Beja-Piense 1-2, Moura B-Cab. Gorda, 4-2; Aljustrelense-Ourique, 3-4; Milfontes-Odemirense, 1-4; Desp. Beja-Sp. Cuba, 4-3; Ferreira A-Despertar, 5-1. Próxima jornada (23/3): Desp.Beja-Alvor ada; Renas cente - D e sp er t ar; Boavista-B.º Conceição; Moura-Vasco Gama; Serpa-Castrense; Aldenovense-Ferreirense; Ourique-NS Beja; Piense-Moura B; Cab.Gorda-Aljustrelense; Despertar A-Milfontes; Odemirense-Desp.Beja A; Sp.Cuba-Almodôvar.

Inatel Grupo B – 17.ª jornada Albernoa-Alvorada, 2-1; S.Vitória-F. Alentejo, 1-1; Figueirense-ACCuba 2-0; Mombeja-V.Figueira, 0-3. Líder: Vale d’Oca 36 pontos. Grupo D – 17.ª jornada Cavaleiro-Amoreiras, 0-1; Relíquias-Sta Luzia, 3-2; Luzianes-Soneguense, 2-2; Longueira-Cercal, 1-7. Líder: Cercalense, 34 pontos. Troféu de Honra Beja 2.ª Eliminatória 22.23/3 Salvadense-Cercalense; Mombeja-Vale d’Oca; F.Alentejo-Luzianes; Figueirense-Serpense; Vale Figueira-Sete; Trindade-Santaclarense; Longueira-Pen.Gordo; Serrano-Louredense.


A equipa de juvenis conquistou a Taça Armando Nascimento, ao bater o Futebol Clube Castrense na final, por 3-1, em jogo disputado no Estádio Municipal de Mértola.

Campeonatos Distrital de Juvenis As quatro equipas apuradas para a fase final do Campeonato Distrital de Juvenis regressam no próximo domingo à competição com o seguinte calendário de jogos, com início às 11 horas: Despertar-Odemirense; Castrense-Desportivo de Beja.

Campeonato Distrital de Iniciados

Começa no próximo domingo 2.ª fase do Campeonato Distrital de Iniciados, cuja primeira jornada terá os seguintes jogos: Moura-Serpa; Aljustrelense-Almodôvar. Os jogos estão marcados para as 11 horas.

Moura venceu a Taça Melo Garrido O Moura Atlético Clube conquistou a Taça Melo Garrido, na categoria de iniciados, batendo o Clube Desportivo de Almodôvar por 2-1, na final realizada no Complexo Desportivo Fernando Mamede, na cidade de Beja.

Atletas João Roque, Pedro Mestre e Luís Parreira, atletas da Pagaia Sul integram equipa nacional de Kayak Polo

Três bejenses nas seleções de Kayak Polo que estagiaram em Beja

Os olhos postos no mundial O primeiro de sete estágios programados para as seleções nacionais (Seniores e Sub/21) de Kayak Polo, realizou-se na Piscina Municipal de Beja. Três atletas da Associação Pagaia Sul estão no lote em observação. Texto e foto Firmino Paixão

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oão Roque, Pedro Mestre e Luís Parreira, são os três atletas da Associação Juvenil Pagaia Sul, de Beja, que integraram a primeira convocatória para o estágio das seleções nacionais de Kayak Polo que vão preparar a sua participação no Campeonato do Mundo que decorrerá em França, no próximo mês de setembro. João Ribeiro, selecionador nacional, justificou a escolha da capital do Baixo Alentejo como “um prémio para os atletas de Beja, pelo esforço que têm feito, pelo trabalho que o seu clube tem desenvolvido ao nível da na formação e porque existe uma piscina com excelentes condições, um bom campo e para poder aproveitar o clima que, nesta altura, também é importante para o número de horas que se faz de água”. O técnico nacional reafirmou a vontade de voltar com as seleções ao Alentejo dizendo: “Voltaremos com certeza, não sabemos PUB

se a Beja ou a Ferreira do Alentejo, será uma questão que a federação terá que avaliar, e dependerá também, naturalmente, da cedência das instalações por parte das respetivas autarquias”. Qualificando o lote de atletas que observou, em conjunto com o técnico Paulo Planche, considerou: “Este é um grupo que veio do ano passado, está formado, mas como lhes foi dito, esta é uma primeira etapa. Observaremos outros atletas nas competições, o grupo poderá ter outras entradas e algumas pessoas que estão aqui poderão não ficar até ao fim, mas este é um grupo de trabalho que já tem três anos, já começa a ficar consolidado e conta com excelentes valores”. João Ribeiro descreveu estas etapas de preparação salientando: “É um desporto de equipa, o que nós aqui treinamos é sempre a componente tática, ou seja a simulação de conteúdos do jogo de equipa do jogo coletivo, porque o trabalho físico e técnico eles têm que fazer nos clubes, para chegarem a estes estágios em ótimas condições. A partir daí tentamos otimizar o tempo que temos, que não é muito, é só aos fins de semana, para consolidar as equipas a nível de sistemas ofensivos e defensivos”. Que contributos darão estas etapas de formação para potenciar o desenvolvimento da modalidade é uma questão a que técnico nacio-

nal responde assim: “Potenciar o desenvolvimento do Kayak Polo, como outras modalidades menos conhecidas e enraizadas, num País que vive com tanta intensidade outro tipo de desportos, é sempre difícil”. Contudo, explicou: “No Alentejo, pelos planos de água que tem e pela extensão da região, por este ser um desporto diferente, poderá crescer, no entanto, é um trabalho que está a ser feito pelos clubes que estão a conseguir manter a sua atividade e vamos ver se conseguem formar mais jogadores, esperando que estas vindas da seleção à região também ajudem a estimular o interesse, quer na população, quer nas autarquias e nos próprios clubes, para o desenvolvimento da modalidade”. O técnico fez questão de revelar que a federação agradece reconhecidamente a disponibilidade total do Município de Beja na cedência das instalações e revelou os objetivos para o mundial: “Somos ambiciosos, conseguimos garantir no Europeu a qualificação direta para o mundial e queremos chegar lá e fazer algo melhor. O campeonato tem apenas vinte e quatro equipas que são apuradas, todos terão os seus objetivos ambiciosos e nós o que queremos é ficar na metade superior da tabela, é um objetivo ambicioso mas é aquele em que acreditamos”.

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Columbofilia José Saúde

O universo da columbofilia é, indiscutivelmente, estrondoso. A história do pombo-correio é milenar. Noutros tempos, onde a guerra se definhava aos campos de batalha, esta ave arcava-se como condão portador de mensagens que relatavam a evolução, ou conteúdo final, da peleja. O pombo-correio domesticado é uma variedade do pombo-das-rochas, sendo no entanto um pássaro que ao longo dos tempos o homem soube, habilmente, aperfeiçoar as suas notáveis valências. Dir-se-á que se trata de um genuíno atleta, quer a sua performance seja no fundo, meio-fundo ou velocidade, extraindo-se do alado excelentes resultados que o columbófilo estuda e retira implícitas regalias. A universalidade deste desporto arroga-se como imensurável. O fenómeno é transmitido de gerações para gerações. Revejo tempos de outrora onde a columbofilia exercia exequíveis funções familiares que se transmitia para a geração vindoura. Hoje, a modalidade diversificou-se e conquistou novas raias. Desse rol de famílias que se dedicavam com amor e paixão ao maravilhoso mundo columbófilo, restam alguns clãs que tendem, felizmente, em manter viva essa velha tradição. Espreitando o teor columbófilo no contexto regional bejense, deparo-me, entre muitas, com a família Ameixa, designadamente. O Zé Ameixa, columbófilo de eleição, herdou o dom de uma modalidade de onde se extraem irredutíveis rótulos conquistados. O seu pombal, situado numa zona da cidade de Beja denominada por João Barbeiro, é uma residência habitual aonde nascem e se erigem verdadeiros campeões. Aliás, numa sondagem alargada ao cosmos columbófilo alentejano, detemo-nos perante a veracidade de uma modalidade que se afirmou categoricamente no tempo. Sendo verdade que o momento deparado resfriou a intensidade de alguns velhos columbófilos, esta permissão não deixará porém em assumir-se como fator capital para a continuidade da columbofilia na sua honrada tarefa.

Diário do Alentejo 21 março 2014

Despertar ganhou a Taça Armando Nascimento


Taça Distrito de Beja Futsal

Diário do Alentejo 21 março 2014

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As equipas do Ourique e do Sporting Ferreirense apuraram-se para a final da Taça Distrito de Beja em Futsal, em consequência dos resultados da 3.ª Eliminatória (Meias-Finais), que foram os seguintes: Núcleo Sportinguista Moura-Ourique, 6-7; Alcoforado-Ferreirense, 1-3.

Taça de Honra da 2.ª Divisão As equipas do Despertar e do Saboia disputam amanhã, pelas 15 horas, no Estádio Municipal D. Afonso Henriques, em Ourique, a final da Taça de Honra da 2.ª Divisão Distrital da AFBeja, competição que reúne os vencedores das Série A e Série B da fase regular que antecedeu a disputa do respetivo campeonato.

Manuel Caetanita a lenda do ciclismo almodovarense sai com o Dorsal 1

Uma Volta com novidades

Volta Equipa de Ciclismo da Casa do Benfica de Almodôvar/Peçamodovar

A 7.ª Volta ao Concelho de Almodôvar em Bicicleta, que sai amanhã para a estrada, terá um pelotão com 130 ciclistas em representação de 27 equipas portuguesas e espanholas para cumprirem um total de 141,7 km. Texto e fotos Firmino Paixão

U

ma etapa em linha com a extensão de 91,8 km entre Almodôvar e Santa Clara-a-Nova (Santinha) abre as hostilidades no pelotão da Volta ao Concelho de Almodôvar que sai amanhã, pelas 15 horas, para a estrada, com chegada prevista para as 17 horas. Um pelotão internacional nume-

roso e a novidade de concorrentes femininas. A prova tem organização do Município de Almodôvar e da Casa do Benfica local e completa-se no domingo com um contra relógio individual de 4,9 km em Almodôvar e, à tarde, 10 voltas a um circuito de 4,5 km na Variante do Poço de Ourique, em Almodôvar. Henrique Revez, diretor desportivo da equipa benfiquista, revelou que “ano após ano a prova ganha novos motivos de interesse, é já a mais importante do calendário de Masters e a única com a duração de dois dias”. O dirigente sublinhou o grande entusiasmo da população de Almodôvar, gente que adora uma modalidade tão enraizada naquela terra o que, refere Henrique Revez “obriga a que a organização

seja cada vez mais profissional, porque é uma prova que os ciclistas já aguardam com grande expectativa, além disso, começa também a ser a prova de abertura do ciclismo Master. Relativamente aos objetivos da equipa da Casa do Benfica de Almodôvar/Peçamodovar, o diretor desportivo confessa esperar que “os atletas estejam ao seu melhor nível”: “Como vamos ter um pelotão bastante grande e as equipas espanholas gostam muito de atacar na frente da corrida, vamos, certamente, ter um grande espetáculo”. Henrique Revez vaticina ainda: “Que um dos nossos ciclistas consiga conquistar a camisola amarela, é só já o que nos falta conquistar em Almodôvar para podermos dedicar à população, pela forma maravilhosa como nos tem apoiado”. Até ao encerramento desta edição do nosso jornal estavam inscritas as seguintes equipas: Equipas Portuguesas: Peçamodovar/ Casa Benfica Almodôvar; Canaviais/ Imoviçosa; Skoda Irmãos Leite/Creative/ Acrtx; Sapor Cycling Team; SC Reguengos; Chão das Donas/Portimão; União Ciclismo Leiria/Platidom. Equipas Espanholas: AD Francisco Pizarro; Biocycle/Lider; CCAl Las 3, CCPuebla de la Calzada; CD Jabugo; CD Playas de Punta Umbria; Ciclo Speed; Ciclo Mateos; Club Ciclista Espartinas; CDE Oposur Bomberos; Iedes/Centauro Negro; Monferve la Palma; Quintana es Natural.

Volta ao Alentejo em Bicicleta rolará pela planície

À procura de um novo vencedor

Apresentação Joaquim Gomes (Podium), Delmino Pereira (FPCiclismo), Carlos Pinto Sá (CME), Hortênsia Menino (CIMAC), Pedro Lancha (ERTA) e Daniel Silva (CM CVide)

A

32.ª Volta ao Alentejo em Bicicleta/ Liberty Seguros estará na estrada entre 26 e 30 de março, cumprido cinco etapas em linha, com um percurso de cerca de 900 km, entre Castelo de Vide e a cidade de Évora. À procura do 32.º vencedor, peculiaridade em que a Alentejana é única no mundo, terá seis contagens de Prémio da Montanha e 15 Metas Volantes para um pelotão com 18 equipas e 130 ciclistas. Serão atribuídas

bonificações horárias aos primeiros três classificados nas Metas Volantes e no final das etapas. A prova está na classe 2.2 do regulamento da União Ciclista Internacional, tem organização da empresa Podium Events SA e da Cimac-Comunidade Intermunicipal Alentejo Central, com apoio da autarquias do Alentejo, e cobertura diária na RTP2. Ausente das cidades de Portalegre e Beja, terá a apótese final na praça do Giraldo. Etapas: 1.ª (26/3) Castelo Vide/Marvão

167km – passagem por Alpalhão, Crato, Cabeço de Vide, Monforte, Arronches e Marvão. 2.ª (27/3) Sousel/ Montemor-oNovo 192.7 km – passagem por Estremoz, Vila Viçosa, Reguengos, Portel, Alcáçovas e Montemor-o-Novo. 3.ª (28/3) Redondo/ Mértola 205 km – passagem por Reguengos Monsaraz, Amieira, Pedrógão, Serpa, Mina S.Domingos e Mértola. 4.ª (29/3) Odemira/ Santiago Cacém 159.2 km – passagem por Almograve, Longueira, Odemira, S. Luís, Cercal, Sto. André e Santiago. 5.ª (30/3) Alcácer Sal/Évora 172.9 km – Vendas Novas, Ciborro, Pavia, Arraiolos e Évora (Praça do Giraldo). Equipas: OFM/Qta.Lixa; LA Antarte; Louletano/D.Douradas; Anicolor; Maia/ Bicicletas Andrade; R.Popular/Boavista; Efapel/Glassdrive; Banco Bic/Carmim; Liberty Seguros/SM Feira; CC Cartaxo; Etixx (Checa); USA Cycling; Euskadi (ESP); BDC Marpol (Polónia); Team Fixit (Noruega); Team Oster Hus (Noruega); Team Optum (USA). FP

Homenagem Vemo-nos por lá, João … Firmino Paixão

Como podem dizer que morreu um homem que tinha sentimentos tão largos, fortalecidos pela esperança e pela nobreza com que passou pela vida, durante estes 85 longos anos. Um homem que teve uma vida tão intensa, dedicando-se de corpo e alma à família, aos amigos, às causas que abraçou com tanto carinho e dedicação. O João António Mimoso, o nosso querido “João da Cuba”, deixou-nos. Partiu, pronto…, perdemos a sua presença física, que nos últimos tempos, por doença, até andava um tanto distante, mas a sua presença espiritual perpetuar-se-á em todos os que com ele privaram, nos bons e nos maus momentos, mas, sobretudo, naqueles momentos de excelência, em que tudo se trocava pela celebração da amizade e do companheirismo, quando partilhávamos histórias incontáveis. O João amou o Desportivo de Beja como ninguém. Sofria, gritava, sorria e chorava, tudo ao mesmo tempo. O emblema do clube ficou junto dele para a vida eterna. Teria os seus ídolos, mas a todos admirava de igual modo, mandando-os jogar “para o coração da área”. Também era benfiquista, mas a maior paixão era, foi sempre, pelo clube da sua terra. E nisso foi um exemplo inigualável. O João amou o cante alentejano. Sabemos com que amor abraçou essa causa e o orgulho que interiorizava quando vestia aquela farda azul, com que, através do cante, se juntava ao grupo dos bombeiros, apagando outros fogos da cultura e da saudade, por terras distantes na diáspora. Cerrava fileiras, de braço dado com os outros camaradas, e saia soletrando a moda “os trabalhadores passam a cantar …”. Trabalhou no duro toda a sua vida, sabemos que na juventude foi desviado dos bancos de escola para a dureza dos campos. Em Cuba, sua terá natal, refrescava de saudade as suas raízes, brindava à amizade, levantando o copo num abraço fraterno aos seus conterrâneos. Foram muitos anos a madrugar, muitos e largos dias despertando a cidade com o seu sorriso, a sua graçola, o seu abraço amigo, distribuindo as “empadas da Dona Lina”, dadas a saborear por tantos lugares. A humildade e o respeito com que o “João da Cuba” olhava o próximo eram imensuráveis, e isso levou-o a granjear a admiração de toda a gente, em todo o lugar, independentemente da condição académica ou social de quem escutava as suas palavras amigas, humildes e generosas. Gostava de tertúlias, nasceu predestinado para a farra. Viveu a vida à sua maneira, e viveu-a bem, sempre no seio de amigos, porque não se lhe conheciam inimigos. Ele cultivava a amizade e tinha uma seara de amigos que lhe dava sempre muitas sementes. Dizem que morreu o “João da Cuba”. Temos que acreditar que sim, mesmo pensando que homens como ele permanecem sempre no nosso coração. Descansa em paz amigo. Vemo-nos por lá …


Realiza-se no próximo domingo, a partir das 9 horas, na vila de Aljustrel, a 2.ª Maratona de BTT “Por Trilhos Mineiros”, organização do Centro Republicano de Instrução e Recreio de Aljustrel. O menu da competição inclui um passeio guiado de 20 km, uma Meia Maratona com 45 e a Maratona com 75 km.

Hóquei em patins 3.ª Divisão Disputa-se no próximo domingo a 15.ª jornada do Campeonato Nacional da 3ª Divisão de Hóquei em Patins, com o seguinte quadro de jogos: Castrense-Santiago (18 horas); Cascais-Boliqueime; CP Beja-Odivelas (17 horas); Parede-Benfica B; Amadora Vasco Gama Sines. O Benfica B lidera com 42 pontos.

Super Especial Bombeiros de Beja

O Estádio Municipal Dr. Flávio dos Santos, em Beja, recebe durante o dia de amanhã, entre as 18 e as 19 horas, uma prova Super Especial motorizada, que tem por objetivo angariar fundos para os Bombeiros Voluntários de Beja. O evento inclui uma exposição e passeio de modelos clássicos a partir do Nerbe/Aebal.

25 Diário do Alentejo 21 março 2014

BTT Por Trilhos Mineiros

Andebol 3.ª Divisão (3.ª Jornada 2.ª fase): Zona Azul-Sassoeiros, 31-25; Olhanenses-Loures, 21-24; Oriental-Lagoa; 26-19; B.º Janeiro-Almada, 16-25. Líder: Almada, 9 pontos. 2.ºs Oriental e Zona Azul, 7. Próxima jornada (22/3):Bairro de Janeiro-Zona Azul. Fase de Manutenção (3.ª Jornª.22/3: CCP Serpa-Costa d’Oiro (17 horas); Sines-Guadiana (18h).

Atletas Os quatro primeiros de cada regata vão ao controlo de pesagem dos barcos.

Campeão Rafael Jesus (CN Mértola) venceu a regata de K1 Infantis A

Etapa Inês Rodrigues (CF Odemirense) durante a regata de K1 Cadetes Femininos

Campeonato Sofia Aires (CN Milfontes) concluindo a regata de K1 Cadetes Femininos

Meio milhar de atletas pagaiaram na Tapada da Mina de São Domingos

Uma medalha ficou em Mértola Rafael Torres (Clube Náutico de Mértola) foi o melhor atleta dos clubes alentejanos, durante a 1.ª etapa do Campeonato Nacional de Esperanças em Canoagem disputado na Tapada Grande da Mina de São Domingos. Texto e fotos Firmino Paixão

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uase meio milhar de atletas, de 33 clubes, viram as cores dos seus clubes refletidas nas águas da Tapa da Mina de São Domingos, numa boa parceria organizativa da Federação Portuguesa de Canoagem, Clube Náutico de Mértola e Associação de Canoagem do Algarve. Carlos Viegas, presidente do Clube Náutico de Mértola, lembrou que “foi mais um grande evento desportivo nacional para Mértola e para o Alentejo, a primeira etapa de três provas do Campeonato Nacional de Esperanças, que reuniu cerca de 500 atletas”, sublinhando a importância do evento para a economia local e o facto de reafirmar que “a Tapada da Mina de São Domingos, têm condições de excelência para a prática da modalidade e para grandes

eventos desportivos”. Neste caso, acentuou: “Conseguimos provar que a Tapada Grande consegue receber eventos desta natureza, consegue receber maratonas e, com a futura balizagem da pista de velocidade, conseguirá também receber esse tipo de competições” O histórico dirigente sempre afirmou, no passado, que a conquista de medalhas em competições internacionais e olímpicas daria um impulso relevante à modalidade e agora recorda: “Sempre foi nossa convicção que as medalhas internacionais de relevo, em campeonatos do mundo e da europa e uma medalha de prata nos Jogos Olímpicos, teriam esse efeito”. Viegas sustenta: “A canoagem portuguesa tem-se afirmado e está, neste momento, entre as modalidades mais importantes. Não só pela qualidade dos resultados, nem sei bem qual é o número de medalhas que a canoagem trás anualmente para Portugal, mas sei que ultrapassa as 70 medalhas nas diversas especialidades”. E disse: “Sempre acreditámos que isso iria trazer uma grande visibilidade, até em termos populares, para as pessoas perceberem que existe aqui um grande potencial, não só na perspetiva desportiva pura e dura, mas também nas questões de importância

económica”. E justificou: “Portugal, atualmente, recebe grande parte da nata da canoagem mundial em estágios de inverno e isso acaba por determinar um nicho de mercado em termos de turismo desportivo que é absolutamente fundamental para o nosso País”. Justificando a diminuta representação dos três núcleos alentejanos nesta competição nacional (Mértola seis atletas, Milfontes, nove e Odemira, quatro), Carlos Viegas negou que isso possa revelar um contraciclo com o atual desenvolvimento da modalidade e recordou: “Tivemos seis atletas na água que lutaram pelos primeiros lugares e conseguimos uma medalha, portanto, está aqui uma reafirmação em termos de qualidade e quantidade do Clube Náutico de Mértola, é preciso não esquecer que estamos a falar de atletas até à categoria de cadetes e o nosso melhor atleta é um sénior, o Bruno Afonso, que já integra a seleção nacional”. E concluiu dizendo: “Todos os dias temos cerca de 30 miúdos na água para treinar, é muito bom face à nossa realidade demográfica e às dificuldades relativamente à sensibilidade dos professores em perceberem que Mértola pode dar aos jovens uma oportunidade que não existirá em muitos sítios com esta qualidade”.

Resultados K 1 Menor: 8.º Duarte Machado (CN Milfontes). K2 Infantis: 5.º Pedro Rosa /Mateus Luís (CN Milfontes). 17.º Alexandre Inácio/Manuel Santos Inácio (CN Mértola). K1 Infantil A: 1.º Rafael Santos (CN Mértola). 8.º Rodrigo Machado (CN Milfontes). K1 Infantil B: 18.º Afonso Dórdio (CN Milfontes). K1 Infantil Feminino B: 8.ª Ana Alcario (CN Mértola). K1 Cadete Feminino: 18.ª Sofia Aires (CN Milfontes). 22.ª Inês Rodrigues (CF Odemirense). K2 Cadete Masculino: 14.º Dino Júnior/ Diogo Patrício (CN Milfontes). 26.º João Alho/ Tiago Marques (CN Mértola). 30.º Tiago Pacheco/João Oliveira (CF Odemirense). K1 Cadete Masculino: 6.º Gonçalo Gamito (CN Milfontes). 40.º Tiago Rodrigues (CF Odemirense). Equipas: 18.º CN Milfontes. 24.º CN Mértola. 33.º CF Odemirense.


saúde

26 Diário do Alentejo 21 março 2014

Análises Clínicas

Medicina dentária

Psicologia

Laboratório de Análises Clínicas de Beja, Lda. Dr. Fernando H. Fernandes Dr. Armindo Miguel R. Gonçalves Horários das 8 às 18 horas; Acordo com beneficiários da Previdência/ARS; ADSE; SAMS; CGD; MIN. JUSTIÇA; GNR; ADM; PSP; Multicare; Advance Care; Médis FAZEM-SE DOMICÍLIOS Rua de Mértola, 86, 1º Rua Sousa Porto, 35-B Telefs. 284324157/ 284325175 Fax 284326470 7800 BEJA

Cardiologia

RUI MIGUEL CONDUTO Cardiologista - Assistente de Cardiologia do Hospital SAMS CONSULTAS 5ªs feiras CARDIOLUXOR Clínica Cardiológica Av. República, 101, 2ºA-C-D Edifício Luxor, 1050-190 Lisboa Tel. 217993338 www.cardioluxor.com Sábados R. Heróis de Dadrá, nº 5 Telef. 284/327175 – BEJA MARCAÇÕES das 17 às 19.30 horas pelo tel. 284322973 ou tm. 914874486

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saúde

Dr. Sidónio de Souza – Pneumologia/Alergologia/ Desabituação tabágica – H. Pulido Valente Dr. Fernando Pimentel – Reumatologia – Medicina Desportiva – Instituto Português de Reumatologia de Lisboa Dr.ª Verónica Túbal – Nutricionismo – H. de Beja Dr.ª Sandra Martins – Terapia da Fala – H. de Beja Dr. Francisco Barrocas – Psicologia Clínica/Terapia Familiar – Centro Hospitalar do Baixo Alentejo. Dr. Rogério Guerreiro – Medicina preventiva –Tratamento inovador para deixar de fumar Dr. Gaspar Cano – Clínica Geral/ Medicina Familiar Dr.ª Nídia Amorim – Psicomotricidade/Educação Especial e Reabilitação Dr. Sérgio Barroso – Especialista em Oncologia – H. de Beja Drª Margarida Loureiro – Endocrinologia/Diabetes/ Obesidade – Instituto Português de Oncologia de Lisboa Dr. Francisco Fino Correia – Urologia – Rins e Vias Urinárias – H. Beja Dr. Daniel Barrocas – Psiquiatria – Hospital de Évora Dr.ª Lucília Bravo – Psiquiatria H.Beja , Centro Hospi-talar de Lisboa (H.Júlio de Matos). Dr. Carlos Monteverde – Medicina Interna, doenças de estômago, fígado, rins, endoscopia digestiva. Dr.ª Ana Cristina Duarte – Pneumologia/Alergologia Respiratória/Apneia do Sono Dr.ª Isabel Santos – Psiquiatria de Infância e Adolescência/ Terapeuta familiar – Centro Hospitalar do Baixo Alentejo Dr.ª Paula Rodrigues – Psicologia Clínica – Hospital de Beja Dr.ª Luísa Guerreiro – Ginecologia/Obstetrícia Dr. Luís Mestre – Senologia (doenças da mama) – Hospital da Cuf – Infante Santo Dr. Jorge Araújo – Ecografias Obstétricas Dr.ª Ana Montalvão – Hematologia Clínica /Doenças do Sangue – Hospital de Beja Dr.ª Ana Cristina Charraz – Psicologia Clínica – Hospital de Beja Dr. Diogo Matos – Dermatologia – Hospital Garcia da Orta. Dr.ª Madalena Espinho – Psicologia da Educação/ Orientação Vocacional Dr.ª Ana Margarida Soares – Terapia da Fala Dr.º Ricardo Lopes – Consulta de Gastrenterologia e Proctologia - Endoscopia e Colonoscopia Dr.ª Joana Leal – MedicinaTradicional Chinesa/Acupunctura e Tuina. Enfermeira Maria José Espanhol – Enfermeira especialista em saúde materna/Cuidados de enfermagem na clínica e ao domicílio/Preparação pré e pós parto/amamentação e cuidados ao recém-nascido/Imagem corporal da mãe – H. de Beja Marcações diárias pelos tels. 284 322 503 Tm. 91 7716528 | Tm. 916203481 Rua Zeca Afonso, nº 6, 1º B, 7800-522 Beja Clinipaxmail@gmail.com www.clinipax.pt

CENTRO DE IMAGIOLOGIA DO BAIXO ALENTEJO TOMOGRAFIA COMPUTORIZADA (TAC) ECOGRAFIA MAMOGRAFIA ECO DOPPLER RADIOLOGIA DENTÁRIA Médicos Radiologistas António Lopes / Aurora Alves Helena Martelo / Montes Palma Médica Neuroradiologista Alda Jacinto Médica Angiologista Helena Manso Convenções: Psiquiatria

DR. CIRO OLIVEIRA Consultas às sextas-feiras, a partir das 15 horas Centro Médico de Beja Largo D. Nuno Álvares Pereira, 13 BEJA Marcações pelo tel. 284312230

ULSBA (SNS) ADSE, ACS-PT, SAD-GNR, CGD, MEDIS, SSMJ, SAD-PSP, SAMS, SAMS QUADROS, ADMS, MULTICARE, ADVANCE CARE Marcações: Tel. 284318490 Tms. 960284030 ou 915529387 Horário: de 2ª a 6ª feira, das 8 às 19 horas e aos sábados, das 8 às 13 horas Av. Fialho de Almeida, nº 2 7800 BEJA

27 Diário do Alentejo 21 março 2014

Clínica Médico-Dentária de S. FRANCISCO, LDA. Gerência de Fernanda Faustino Acordos: SAMS, ADMG, PSP, A.D.M.E., Portugal Telecom e Advancecare Rua General Morais Sarmento, nº 18, r/chão; TEL. 284327260 7800-064 BEJA


necrologia diversos

28 Diário do Alentejo 21 março 2014

PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO

Vidigueira AGRADECIMENTO

Vidigueira AGRADECIMENTO

Claudino António Caetano

Albino João Fialho

António Joaquim Tasquinha Mirrado

Sua esposa, filhos, noras, genros e netos vêm por este meio cumprir o piedoso dever de participar o falecimento do seu ente querido ocorrido no passado dia 14 e, na impossibilidade de o fazerem pessoalmente, agradecer muito reconhecidamente a todos quantos o acompanharam à sua última morada, estiveram presentes neste momento tão difícil ou que de outro modo lhes manifestaram o seu pesar. Agradecem também com profundo reconhecimento todo o esforço, empenho e dedicação, que muitas vezes ultrapassou o seu grande profissionalismo, quer dos médicos, quer de todo o pessoal de enfermagem e auxiliares do Serviço de Oncologia do Hospital José Joaquim Fernandes-Beja.

Nasceu a 18.04.1921 Faleceu a 13.03.2014 Sua família, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, agradece por este meio a todas as pessoas que o acompanharam à sua última morada ou que de outro modo manifestaram o seu pesar.

Nasceu a 20.03.1925 Faleceu a 16.03.2014 Sua família, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, agradece por este meio a todas as pessoas que o acompanharam à sua última morada ou que de outro modo manifestaram o seu pesar.

AGÊNCIA FUNERÁRIA ESPÍRITO SANTO, LDA.

AGÊNCIA FUNERÁRIA ESPÍRITO SANTO, LDA.

Tm.963044570 – Tel. 284441108 | Rua Das Graciosas, 7 | 7960-444 Vila de Frades/Vidigueira

Tm.963044570 – Tel. 284441108 | Rua Das Graciosas, 7 | 7960-444 Vila de Frades/Vidigueira

Serpa PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO

Maria das Dores da Palma Nasceu a 02/04/1927 Faleceu a 18/03/2014 Filhos, netos, irmãs, sobrinhos e restante família cumprem o doloroso dever de participar o falecimento da sua ente querida, e na impossibilidade de o fazer individualmente vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que a acompanharam à sua última morada ou que de outra forma manifestaram o seu pesar.

AGÊNCIA FUNERÁRIA SERPENSE, LDA Gerência: António Coelho Tm. 963 085 442 – Tel. 284 549 315 Rua das Cruzes, 14-A – 7830-344 SERPA

Vila Nova de São Bento PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO

António da Conceição Castelo Monge Nasceu a 04/04/1942 Faleceu a 12/03/2014 A família cumpre o doloroso dever de participar o falecimento do seu ente querido e, reconhecida, agradece a todos quantos expressaram as suas condolências, participaram nas cerimónias fúnebres ou que de outro modo manifestaram o seu pesar.


institucional diversos Diário do Alentejo n.º 1665 de 21/03/2014 2.ª Publicação

Diário do Alentejo n.º 1665 de 21/03/2014 2.ª Publicação

EDITAL

CÂMARA MUNICIPAL DE BEJA

O Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas faz público que, nos termos do art.º 6.º do Regulamento da Lei n.º 2097, de 6 de Junho de 1959, aprovado pelo Decreto n.º 44623, de 10 de Outubro de 1962, O CLUBE DE CAÇADORES DO VALE FANADO, com o NIF 505264838 requereu, pelo prazo de 10 anos, uma concessão de pesca na albufeira da barragem do Monte, ocupando uma área de 0,33 ha, sita na freguesia de S. Marcos da Ataboeira, concelho de Castro Verde. Todas as pessoas singulares ou colectivas que se julguem prejudicadas nos seus direitos devem apresentar a sua reclamação por escrito devidamente justificada, no Departamento de Conservação da Natureza e Florestas do Alentejo – Delegação de Beja – Antiga Estrada de Évora – Rua de S. Sebastião – Apartado 6121, 7801-908 Beja no prazo de 30 dias a contar da data de divulgação deste Edital. Para consulta dos interessados encontra-se nos referidos serviços o projecto de Regulamento, proposto pela entidade requerente para vigorar na área a concessionar.

EDITAL

Diário do Alentejo n.º 1665 de 21/03/2014 Única Publicação

CENTRO SOCIAL, CULTURAL E RECREATIVO DO BAIRRO DA ESPERANÇA

CONVOCATÓRIA

Beja, 02 de Julho de 2013. Director do Departamento de Conservação da Natureza e Florestas do Alentejo Pedro Azenha Rocha

Diário do Alentejo n.º 1665 de 21/03/2014 2.ª Publicação

Em conformidade com o Art.º 29 alínea b) dos Estatutos que regem o Centro Social Cultural e Recreativo do Bairro da Esperança, convoco a Assembleia Geral, para uma reunião a realizar no dia 26 de Março de 2014 (Quarta-feira), nas instalações do Centro Comunitário, pelas 17:00 horas, com a seguinte: Ordem de Trabalhos Ponto um: Aprovação de contas do ano de 2013. Ponto dois: Eleição dos corpos sociais para o triénio 2014/2016. Nota: Em face do Art.º 31. N,º 1, não estando na hora marcada o número legal de sócio, a Assembleia funcionará uma hora após com qualquer número de sócios presentes. Beja, 12 de Março de 2014. O Presidente da Mesa da Assembleia Geral António João Rodeia Machado

EDITAL

O Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas faz público que, nos termos do art.º 6º do Regulamento da Lei n.º 2097, de 6 de Junho de 1959, aprovado pelo Decreto nº 44623, de 10 de Outubro de 1962, O CLUBE DE CAÇADORES DO VALE FANADO, com o NIF 505264838 requereu, pelo prazo de 10 anos, uma concessão de pesca na albufeira da barragem do Laranjo, numa área de 8,43 ha, sita na freguesia de Entradas, concelho de Castro Verde. Todas as pessoas singulares ou colectivas que se julguem prejudicadas nos seus direitos devem apresentar a sua reclamação por escrito devidamente justificada, no Departamento de Conservação da Natureza e Florestas do Alentejo – Delegação de Beja – Antiga Estrada de Évora – Rua de S. Sebastião – Apartado 6121, 7801-908 Beja no prazo de 30 dias a contar da data de divulgação deste Edital. Para consulta dos interessados encontra-se nos referidos serviços o projecto de Regulamento, proposto pela entidade requerente para vigorar na área a concessionar.

Beja, 02 de Julho de 2013. Director do Departamento de Conservação da Natureza e Florestas do Alentejo Pedro Azenha Rocha

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CENTRO SOCIAL S.JORGE E SRº.DAS PAZES

CONVOCATÓRIA Miguel da Conceição Bento, Presidente da Mesa da Assembleia-Geral do Centro Social S. Jorge e Srª. das Pazes, convoca , nos termos do nº. 2 do artº. 30º. dos Estatutos, todos os associados desta entidade no pleno gozo dos seus direitos, para uma Assembleia Geral, que terá lugar no próximo 4 de Abril 2014, a partir das 16.00 h, nas instalações do Centro Social, com a seguinte Ordem de Trabalhos: Ponto um - Informações prestadas pela Direcção acerca da actividade geral da Instituição Ponto dois– Apresentação e votação do Relatório e Conta de Gerência do ano de 2014, bem como do Parecer do Conselho Fiscal Informam-se todos os associados no pleno gozo dos seus direitos, que conforme preceituado no ponto 1 do artº. 31º. dos Estatutos, a Assembleia Geral reunirá à hora marcada na convocatória, se estiver presente mais de metade dos associados com direitos a voto, ou uma hora depois com qualquer número de presentes em igual situação. Vila Verde de Ficalho, 17 de Março de 2014. O Presidente da Mesa da Assembleia Geral Miguel da Conceição Bento

Diário do Alentejo n.º 1665 de 21/03/2014 Única Publicação

Diário do Alentejo n.º 1665 de 21/03/2014 Única Publicação

ORGANIZAÇÃO DE PRODUTORES PECUÁRIOS PARA A DEFESA SANITÁRIA DOS RUMINANTES DE SERPA

CONVOCATÓRIA Convoco a Assembleia Geral Ordinária ao abrigo do nº 2 do artigo 9 dos Estatutos da OPP, nas instalações da OPP de Serpa, para as 16:30 horas do dia 26 de Março de 2014, com a seguinte ordem de trabalhos: 1- Apresentação, discussão e votação do Relatório e Contas do exercício de 2013, com o Parecer do Conselho Fiscal. 2- Outros assuntos de interesse. Se à hora marcada para a reunião não estiver presente mais de metade dos associados, esta realizar-se-á uma hora depois com qualquer número de associados. Serpa,2014-03-11. O Presidente da Mesa da Assembleia Geral Jaime Pascoal Braga

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ASSOCIAÇÃO DOS REFORMADOS PENSIONISTAS E IDOSOS DO CONCELHO DE BEJA

CONVOCATÓRIA Nos termos estatutários convocam-se todos os associados para a Assembleia-Geral a realizar no próximo dia 09 de Abril de 2014, pelas 14.30 horas, no auditório do Centro Social do Lidador, em Beja com a seguinte Ordem de trabalhos: 1. Apresentação, discussão e votação do Programa de Acção e Orçamento para o ano de 2014; 2. Apresentação, discussão e votação do Relatório de Actividades e Contas do ano de 2013; 3. Evocação do 38°. Aniversário da Constituição da República Portuguesa; 4. Diversos. NOTA: Não estando presentes à hora marcada o número estatutário de sócios a Assembleia realizar-se-á meia hora depois com qualquer número de sócios presentes. Beja, 21de Março de 2014. O Presidente da Assembleia-Geral José Joaquim Caneca Baguinho

MANUEL FERNANDO NEVES OLIVEIRA, VEREADOR DO PELOURO DO URBANISMO, com competência delegada por despacho do Sr. Presidente da Câmara Municipal de 06 de Novembro de 2013: TORNA PÚBLICO, para efeitos do disposto no artigo 17º, nºs. 1 e 2 da Lei nº 168/99, de 18 de Setembro, na redação conferida pela Lei nº 56/2008, de 4 de Setembro, que aprovou o Código das Expropriações que, por deliberação da Assembleia Municipal de 18 de Novembro de 2013, a pedido da Câmara Municipal, foi declarada a utilidade pública da expropriação do prédio sito na Rua Alferes Malheiro nº 22, freguesia de Santiago Maior (extinta), descrito na Conservatória do Registo Predial de Beja sob o nº 1110, inscrito na matriz predial urbana da referida freguesia sob o artigo 759, constando como proprietárias do mesmo (já falecidas, desconhecendo-se os seus herdeiros). Ana do Carmo Agatão Simenta Tavares, com última residência conhecida na Avenida D. Afonso Henriques, nº 43, r/ch dto, no Barreiro; Maria Bárbara Agatão Simenta Piairo, com última residência conhecida na Rua Antero de Quental, 2º Esq., Arrifana; A declaração de utilidade pública já foi publicada na 2ª Série do Diário da República, nº 235, de 4 de Dezembro de 2013, sob o Aviso nº 14900/2013. Ainda, a expropriação tem por fim a construção de uma passagem entre a Rua Alferes Malheiro e a muralha do Castelo de Beja, em concretização do Plano de Pormenor da Rua D. Manuel I – Alferes Malheiro, publicado, por sua vez, na 1ª Série-B do Diário da República nº 60, de 12 de Março de 2013 (Resolução de Conselho de Ministros nº 37/2003). Os interessados podem obter informações sobre a referida expropriação a realizar, para a aquisição amigável do referido prédio, nos termos do artigo 35º, nº 1 do Código das Expropriações, constando todos os elementos de facto e de direito, designadamente o relatório do perito com o valor da justa indemnização, do Proc. Nº 6/09- ESPREC, encontrando-se o mesmo disponível para consulta na Divisão de Ordenamento e Obras por Empreitada (DOOE), sita no Edifício dos Serviços Técnicos da Câmara Municipal de Beja, na Rua de Angola nº 5, em Beja. Também, podem ser solicitadas informações através do telefone nº 284311800 ou através do e-mail: geral@cm-beja.pt. Para constar e devidos efeitos se lavrou o presente edital que vai ser afixado nos locais de estilo do município e em dois números seguidos de dois jornais mais lidos na região, sendo um deles de âmbito nacional, nos termos conjugados do artigo 17º, nº 1 e 2 e artigo 11º, nº 4, todos do Código das Expropriações. O presente edital vai ainda ser afixado no prédio e solicitada a sua afixação, também, na sede das juntas de freguesia do Barreiro e da Arrifana. Beja, aos catorze dias do mês de janeiro de 2014. O Vereador do Pelouro do Urbanismo, Manuel Fernando Neves Oliveira

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ASSOCIAÇÃO HUMANITÁRIA DE BOMBEIROS VOLUNTÁRIOSDE ALMODÔVAR

CONVOCATÓRIA Nos termos da alínea a) do Artº. 37º. dos Estatutos desta Associação e para efeitos do disposto na alínea g) do nº. 2 do Artº. 36º. e da alínea c), nº. 2 do Artº. 40º. dos mesmos Estatutos, convocam-se de harmonia com o nº. 1 do Artº. 41º dos já mencionados Estatutos, todos os associados efectivos no pleno gozo dos seus direitos, para a ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA a realizar no próximo dia 31 de Março de 2014, pelas 20 e 30 horas, na sede desta Associação, com a seguinte ORDEM DE TRABALHOS: Ponto único: APRECIAR E VOTAR O RELATÓRIO E CONTA DE GERÊNCIA DO ANO DE 2014 E PARECER DO CONSELHO FISCAL Não estando presentes a maioria dos associados, no dia e hora designados, a Assembleia funcionará trinta minutos depois, com qualquer número de presenças, conforme determina o nº. 1 do Artº. 42º. dos mesmos Estatutos. Para constar se passou a presente convocatória e outras de igual teor que vão ser afixadas na sede da Associação e outros locais julgados de interesse para o efeito e publicitada conforme determina o já mencionado nº. 1 do Artº. 41º. dos Estatutos da Associação. Almodôvar, 14 de Março de 2014. O Presidente da Mesa da Assembleia Geral, João de Deus Lopes Pereira

VENDE-SE Figueira de Cavaleiros Vivenda r/chão e 1.º andar e 3 armazéns na Estrada Nacional 259, junto aos semáforo. Dá para fazer qualquer negócio. Contactar pelos tms. 969887730 ou 968933888


institucional diversos

30 Diário do Alentejo 21 março 2014

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CASA DO POVO DE SANTANA DA SERRA

CONVOCATÓRIA

ACOS – ASSOCIAÇÃO DE AGRICULTORES SUL

ASSEMBLEIA-GERAL ORDINÁRIA Nos termos estatutários, convoco a Assembleia-Geral da ACOS - Associação de Agricultores Sul para uma reunião ordinária a ter lugar pelas 16.00 horas do dia 1 de Abril do corrente ano, no auditório da Expobeja, com a seguinte ordem de trabalhos: – Apreciação e votação do Relatório de Contas da Direcção e Parecer do Conselho Fiscal, relativos ao Exercício de 2013;

Maria Inês dos Santos Afonso Guerreiro, Presidente da Mesa da Assembleia-Geral da Casa do Povo de Santana da Serra, ao abrigo do disposto no nº 1 do artigo 26º e alínea a) do artigo 30º dos Estatutos, convoca para o dia 04 de Abril (Sexta-Feira), pelas 18 Horas a realizar na sede da Casa do Povo, sita à Rua do Poço Novo, em Santana da Serra, uma reunião da Assembleia — Geral ordinária com a seguinte ORDEM DE TRABALHOS: Primeiro Ponto Período de antes da ordem do dia. Segundo Ponto Apreciação e votação do Relatório e Contas 2013 bem como do parecer do Conselho Fiscal. Se no dia e à hora designados nesta convocatória não estiver presente a maioria dos sócios, terá a mesma lugar uma hora depois, em segunda convocação, com qualquer número de sócios presentes, nos termos do nº 1 do artigo 29º dos Estatutos. Nota: Os documentos a apreciar respeitantes ao segundo ponto da ordem de trabalhos poderão ser consultados na sede da Instituição a partir de 02-04-2014. Santana da Serra, 13 de Março de 2014. A Presidente da Mesa da Assembleia -Geral Maria Inês dos Santos Afonso Guerreiro

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Beja, 17 de Março de 2014.

LIGA DOS AMIGOS DO HOSPITAL DE BEJA

NOTA: Se à hora marcada para a primeira convocatória se não verificar o “quorum” suficiente para o funcionamento da Assembleia, fica desde já convocada a Assembleia para funcionar em segunda convocatória pelas 16.30 horas, qualquer que seja o número de associados presentes. O Presidente da Mesa da Assembleia-Geral Dr. Rui Manuel Veríssimo da Conceição Conduto Diário do Alentejo n.º 1665 de 21/03/2014 Única Publicação

CONVOCATÓRIA Nos termos do ponto 2. do art.° 28°.dos Estatutos da Liga dos Amigos do Hospital de Beja, convocam-se todos os sócios para uma reunião da Assembleia Geral a realizar no dia 28 de março de 2014, em primeira convocatória para as 15.30h, na sala de formação da ULSBA, na rua António Sardinha n°15, em Beja, com a seguinte ordem de trabalhos: 1. Apreciação e Aprovação do Relatório e Contas de 2013; 2. Outros Assuntos e Informações de Caráter Geral. Se não estiverem presentes, à hora indicada, mais de metade dos sócios com direito a voto, a Assembleia-Geral realizar-se-á uma hora mais tarde, com os sócios presentes. Beja, 12 de março de 2014. O Presidente da Mesa da Assembleia-Geral, Joaquim Apolino Salveano de Almeida

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Diário do Alentejo n.º 1665 de 21/03/2014 Única Publicação

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE OURIQUE

ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA

CONVOCATÓRIA Nos termos do disposto nos n°s. 1 e 2 do art° 40° e n° 3 do art°. 39° do Compromisso da Santa Casa da Misericórdia de Ourique, para os efeitos da alínea b) do n° 2 do art°. 39° referido, convoco a Assembleia Geral Ordinária da Irmandade da Santa Casa para uma reunião a realizar no próximo dia 7 de Abril de 2014 (segunda-feira), pelas 19:00H, no salão do Centro Comunitário para a 3ª Idade, com a seguinte: Ordem de Trabalhos 1. Leitura e aprovação da ata da reunião ordinária realizada em 28/11/2013. 2. Apresentação, discussão e votação do Relatório e Conta de Gerência do exercício de 2013, assim como do Parecer do Conselho fiscal. 3. Outros assuntos de interesse para a Instituição. Se no dia e à hora designados nesta convocatória não estiver presente mais de metade dos Irmãos com direito a voto, terá a mesma lugar uma hora depois, em segunda convocação, com qualquer número de presentes, nos termos do n°1 do art° 41 ° do Compromisso. Irmandade da Santa Casa da Misericórdia de Ourique, 17 de Março de 2014. A Secretária da Mesa da Assembleia Geral Maria lnês dos Santos Afonso Guerreiro

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ASSOCIAÇÃO HUMANITÁRIA DOS BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DA VIDIGUEIRA

ASSEMBLEIA-GERAL ORDINÁRIA

CONVOCATÓRIA Nos termos do artigo 41.º, n° 2, alínea c) dos Estatutos da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Vidigueira, convoco a Assembleia Geral Ordinária, a reunir no dia 28 de Março de 2014, Sexta-Feira, pelas 20H30m no Quartel sede da Associação, com a seguinte: ORDEM DE TRABALHOS Ponto 1 - Leitura, discussão e aprovação da Ata da reunião anterior. Ponto 2 - Apresentação e votação do relatório e Contas de Gerência respeitantes ao ano 2013, e do parecer do Conselho Fiscal. Ponto 3 - Outros assuntos de interesse da Associação. Observação: A Assembleia funcionará estando presente o n.° legal de sócios à hora indicada, ou trinta minutos depois, com qualquer n.° de sócios (art.° 43.°, n.° 1 dos Estatutos). Vidigueira, 14 de Março de 2014. O Presidente da Mesa da Assembleia Geral Nuno Alfredo Cordeiro Pelucia

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ASSOCIAÇÃO HUMANITÁRIA DOS BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DE MÉRTOLA

CONVOCATÓRIA Em conformidade com o disposto no n.°1 do art° 41 dos Estatutos da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Mértola, CONVOCO, todos os Associados no pleno gozo dos seus direitos a reunirem-se em Assembleia Geral Ordinária no próximo dia 28 de Março de 2014, pelas 20h30m, na Sede da Associação com a seguinte: ORDEM DE TRABALHOS 1. Informação; 2. Apreciação, discussão e votação do Relatório e Contas da Gerência do ano de 2013 e do parecer do Conselho Fiscal; 3. Outros assuntos de interesse coletivo. Se, à hora marcada não se verificar o número de presenças previstas nos Estatutos, a Assembleia Geral poderá deliberar 30 minutos depois da hora inicial, com qualquer número de presenças, desde que não inferior a três associados efetivos. Mértola, 12 de Março de 2014. O Presidente da Assembleia Geral Manuel Romba Ruas

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A Ervideira acaba de inaugurar uma nova loja no centro de Évora, vocacionada para o afluxo de turistas na cidade alentejana. Muito para além da venda, o novo espaço permite a prova de todos os vinhos da propriedade, bem como marcação de visitas à adega, situada entre Évora e Reguengos de Monsaraz. Duarte Leal da Costa prevê que este espaço “venha triplicar a faturação da primeira loja da Ervideira nesta cidade”. Além da compra, os visitantes podem provar todos os vinhos produzidos pela Ervideira, conhecer as castas existentes na propriedade e as que fazem parte de cada um dos vinhos, processos de vinificação, aprofundar o conhecimento nesta área e ainda marcar uma visita à adega. A nova loja, localizada na rua 5 de outubro, será um espaço muito nobre e estará aberta todos os dias do ano exceto Natal, Páscoa e dia de Ano Novo, com um horário contínuo entre as 11 e as 19 horas.

Empresas

Evolution Cabeleireiros promete revolucionar o mundo dos cabelos Irene Leite, formada na área de cabeleireira mista em Paris desde 1988, instalou-se na cidade de Beja recentemente e oferece à população vastos serviços, que vão desde o estudo morfológico do cabelo até aos tratamentos capilares, contando ainda o espaço com uma zona de esteticismo para ambos os sexos. Qualidade e profissionalismo passam pelas mãos desta responsável, que conhece todas as técnicas e tendências da área, algo que adquiriu a trabalhar durante 16 anos com Frank Provost. Os preços oscilam entre os oito e os 18 euros. Os estudantes e jovens, com menos de 20 anos de idade, podem ainda contar com um desconto de 20 por cento.

Vinhos da CAAR recebem medalhas de Ouro na Alemanha Os vinhos da CAAR - Casa Agrícola Alexandre Relvas, Ciconia Reserva, Herdade São Miguel (Touriga Nacional) e Pimenta Preta (colheitas de 2012) foram premiados na Alemanha, com três medalhas de Ouro, durante a edição de 2014 do prestigiado concurso internacional de vinhos MundusVini. Dos seis mil vinhos a concurso, oriundos de regiões vinícolas de todo o mundo, apenas 21 alcançaram a medalha de Ouro, entre os quais se destacam os três vinhos produzidos pela CAAR no Alentejo. Para a CAAR, o reconhecimento do mercado internacional tem sido visível através das várias distinções que os seus vinhos têm alcançado em países como EUA, Alemanha, China, Londres, entre outros. A aposta da CAAR passa por consolidar a presença nos mercados onde já está presente, alargando a distribuição aos Estados Unidos da América, Inglaterra e chegar a novos mercados africanos e asiáticos.

O edifício, qu ue outrora alberrg rgou uma ma pensão, é atu uallm ua men nte um alojame m nt nto reecu cupe upe pera rado rado do e amp mpliliaad do. o. A su ua lo loca calililiza ca zaçã za ção çã o prriv ivililileg e ia eg iada d p da per ermi er mite mi te ussu uffru ruir ir de vá vári rios o os serv rviç iços oss d daa ciida dade dade dee..

SOS Casa & Jardim comemora o 1.º aniversário

Recente investimento na cidade marca pela diferença

Hospedaria Dona Maria abriu em Beja Situada em pleno centro histórico da cidade de Beja, em frente à Pousada de São Francisco, a hospedaria Dona Maria foi totalmente remodelada, mas manteve a traça original da casa que outrora albergou uma pensão. Publirreportagem Sandra Sanches

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hospedaria Dona Maria, um projeto “diferente”, abriu no passado dia 1 pelas mãos de Joaquim e Vera Guerreiro, pai e filha, sócios-gerentes do espaço. É composta por 17 quartos, todos eles equipados com tv por cabo, ar condicionado, Internet e wc privativo. Alguns possuem varanda. Este é um espaço que os proprietários dizem “ser diferente e acolhedor”. O objetivo é, sem dúvida, a satisfação do cliente e o seu “regresso” ao espaço. Em qualquer compartimento do espaço, o cliente encontra “conforto e um ambiente familiar”. O edifício, que outrora albergou uma pensão, é atualmente um alojamento recuperado e ampliado. A sua localização privilegiada permite usufruir de vários serviços da cidade.

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Ervideira abre nova loja em Évora

A decoração do espaço, que assenta numa arquitetura gótica contemporânea, sempre que possível privilegia o Alentejo através dos quadros espalhados pelo interior do espaço. Uma decoração simples e tradicional que deixa transparecer o conforto e a tranquilidade existente na cidade. Entre amigos, colegas e até mesmo familiares, nunca ficou tão fácil o convívio num espaço que “se encontra de portas abertas a toda a cidade”. Beber algo, juntamente com um petisco ou uma refeição a um preço convidativo, é uma mais valia para a população e para o espaço. Nas tapas, a oferta passa pelos pipis, cachola frita e saladas frias (ovas, choco, entre outras). Nos pratos salienta-se a feijoada de chocos. A complementar a refeição serve-se vinho da herdade da Mingorra. Joaquim Guerreiro não pensou duas vezes quando surgiu a oportunidade de abraçar o projeto: “Gostei do edifício, da sua fachada e da sua localização”, diz. Ao todo foram criados oito postos de trabalho e até à data, diz o sócio-gerente, a recetividade ao espaço “é bastante positiva”. Os clientes chegam de vários pontos do País, mas, em duas semanas de funcionamento, a taxa de

ocupação foi garantida maioritariamente por estrangeiros e visitado por viajantes em negócios e lazer. São várias as pensões, residenciais e hotéis espalhados pela cidade, mas para estes responsáveis a concorrência não é motivo para receios, até porque encaram a mesma como sendo “fundamental para qualquer negócio, desde que saudável”. Certos da qualidade e conforto que oferecem ao cliente, acreditam que a oferta existente na cidade é “boa” para que a população possa circular entre os vários alojamentos. Os preços praticados na hospedaria também são convidativos. Fixados com base na atual conjuntura económica, “refletem a qualidade do serviço prestado”. A pensar nas épocas mais baixas, próprias do setor da restauração, os responsáveis adiantam que já se encontram a traçar estratégias para colmatar essas mesmas épocas. O caminho e grande prioridade neste momento é a preocupação com a satisfação do cliente. E a pensar nos mesmos também já se estão a preparar algumas atividades, nomeadamente pacotes de caçadas turísticas.

A SOS Casa & Jardim comemorou recentemente o seu primeiro aniversário. Foi a primeira empresa a instalar-se em Atelier/Oficina do Ninho de Empresas de Ferreira do Alentejo. De Raúl Alcobia, a empresa presta serviços na área das pequenas obras de manutenção em edifícios e jardins, pequenos arranjos domésticos como pinturas, canalização, eletricidade, automatismo em portões, entre outros. De salientar que o ninho de empresas a funcionar desde 20 de novembro de 2012 no parque de Empresas em Ferreira do Alentejo já conta com 11 empresas instaladas.

Energia 100% Lusa renova imagem A OZ Energia, única empresa do setor energético 100 por cento portuguesa a operar em Portugal, aposta no lançamento de novas garrafas de gás, nos segmentos de butano e propano que exprimem a sua portugalidade através de uma linguagem iconográfica mais próxima e reconhecida por todos os portugueses. A estratégia da marca passa assim por decorar as suas garrafas com imagens originais: Corações de Viana, Galos de Barcelos, Manjericos e Bacalhaus, atribuindo um design inovador e mais jovem às mesmas. A nova assinatura da marca – A Energia que Aproxima Portugal – passará a ser usada em todos os suportes, incluindo as novas garrafas. Mais leves, as mesmas apresentam duas novas cores: azul para o segmento butano e verde para o segmento propano em três formatos diferentes. As novas garrafas OZ Energia continuarão a manter o enfoque na segurança, sendo a única marca a operar no mercado português que incorpora uma válvula de segurança em todas as suas garrafas. De salientar que desde o inicio do ano já foram colocadas no mercado cerca de 30 mil novas garrafas.


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Letras Tenho o direito de me destruir

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Boa vida Comer Caril de pescada Ingredientes para 4 pessoas: 1,2 kg. de pescada fresca; 4 dentes de alho; 2 cebolas; 120 gr. de manteiga sem sal; 1 colher de sopa com caril; 2 tomates maduros e limpos de peles e grainhas; sumo de um limão; q.b. de água; q.b. de sal; q.b. de pimenta branca moída; q.b. de arroz cozido.

Confeção: Depois de arranjada e limpa a pescada, retire os lombos e corte em cubos. Tempere com um pouco de sal. Leve um tacho ao lume com as cebolas picadas, os alhos picados e a manteiga. Deixe cozinhar um pouco até a cebola ficar mole. Junte o tomate, sal e pimenta. Deixe cozinhar mais um pouco e junte o peixe um pouco de água, sumo do limão e polvilhe com caril. Deixe cozinhar em lume brando com o tacho tapado. Retifique o tempero e sirva com arroz branco solto. Bom apetite… NOTA: Se gosta do sabor mais forte a caril, junte um pouco mais. Em vez de sumo de limão pode adicionar vinagre de vinho branco. Em vez de pescada pode fazer esta receita com outro peixe.

António Nobre Chefe executivo de cozinha – Hotéis M’AR De AR, Évora

Toiros Onze corridas de toiros e uma novilhada no Campo Pequeno em 2014

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abono da temporada de 2014, no Campo Pequeno, terá 11 corridas de toiros e uma novilhada e será “um dos mais fortes dos últimos anos”, anunciou esta semana o gestor taurino da Monumental de Lisboa, Rui Bento. “Em 2014 regressam ao Campo Pequeno a Ganadaria Murteira Grave, uma das ganadarias portuguesas mais prestigiadas de sempre, tanto a nível nacional como internacional, e o rojoneador luso-espanhol Diego Ventura, que voltará a atuar em Lisboa, após duas temporadas de ausência”, afirmou. O Campo Pequeno estará uma vez mais na rota das grandes figuras mundiais do toureio a cavalo, como são o espanhol Pablo Hermoso de Mendoza e Diego Ventura, bem como os portugueses João Moura, António Ribeiro Telles, Joaquim Bastinhas ou João Salgueiro, Luís Rouxinol, Rui Fernandes e João Moura Júnior. Mas também os jovens valores virão ao Campo Pequeno, referiu Rui Bento. “Além de jovens com valor demonstrado em Portugal, casos de Vítor Ribeiro, Marcos Bastinhas e João Maria Branco”. E anunciou as alternativas do colombiano Jacobo Botero e Miguel Moura. As datas das corridas serão: 15 de maio, 5 e 19 de junho (novilhada), 3, 10, 17 e 24 de julho, 7, 21 e 28 de agosto, 4 de setembro e 2 de outubro. O abono inicia-se na corrida inaugural, a 15 de maio, comemora-se o oitavo aniversário da reabertura do Campo Pequeno. Será a corrida “Vidas/Correio da Manhã”, na qual o cavaleiro Rui Salvador comemorará 30 anos de alternativa. No cartel figuram os cavaleiros Rui Salvador, Pablo Hermoso de Mendoza e João Moura Júnior, bem como os grupos de forcados amadores de Évora e do Aposento da Moita. Serão lidados seis toiros da ganadaria Santa Maria. No dia 5 de junho tomará a alternativa o colombiano Jacobo Botero, que terá por padrinho Rui Fernandes e por testemunha Diego Ventura. Lidam-se seis toiros de António Charrua. Pegam os grupos de forcados amadores do Aposento da Chamusca e de Alcochete. No dia 19 haverá um espetáculo de promoção para novos valores: com seis novilhos da ganadaria Murteira Grave, apresentamse os cavaleiros-praticantes Manuel Vacas de Carvalho e Luís Rouxinol Júnior, que faz aprova para cavaleiro-praticante. Nesta ocasião estreia-se em Lisboa a principal figura dos novilheiros espanhóis da atualidade, José

Garrido, que alternará com Diogo Peseiro, o aluno mais adiantado da Academia de Toureio do Campo Pequeno. As pegas estão a cargo do Grupo de Forcados Amadores de Arruda dos Vinhos. A 3 de julho realiza-se uma corrida surpresa para a qual ainda só está contratado o matador de toiros espanhol António Ferrera, vencedor por mais de uma vez do “Galardão Campo Pequeno”, para o melhor matador de toiros. Lida-se um curro da ganadaria de Falé Flipe. A corrida de 10 de julho será a da comemoração do cinquentenário das Corridas TV, com a particularidade de figurar no cartel a mesma ganadaria e os mesmos grupos de forcados de há 50 anos. Para lidar um curro da ganadaria Murteira Grave, que será pegado pelos grupos de forcados amadores de Montemor e de Lisboa, estarão em praça os cavaleiros António Ribeiro Telles, Vítor Ribeiro e João Maria Branco. Para 17 de julho está agendada a corrida do jornal “Correio da Manhã”, na qual tomará a alternativa Miguel Moura, filho mais novo do mestre João Moura. Será um cartel de dinastias, formado por Joao Moura, Joaquim Bastinhas, Marcos Bastinhas e Miguel Moura. Pegam os forcados amadores de Portalegre, Monforte e Académicos de Elvas e os toiros pertencem à ganadaria de Maria Guiomar Cortes Moura. A 24 de julho, num cartel de alta competição, repete Diego Ventura, alternando com os cavaleiros portugueses Luís Rouxinol e João Salgueiro, lidando toiros de Cunhal Patrício. Pegam os grupos de forcados amadores de Santarém e de Vila Franca. “A segunda parte da temporada contará com a presença de artistas que se tenham destacado no decorrer da temporada, quer no Campo Pequeno, quer noutras praças administradas pela empresa, bem como outros que não puderam entrar na primeira fase”, disse Rui Bento, que considerou esta temporada “uma das mais fortes depois da reabertura do Campo Pequeno, se não mesmo a mais forte dos últimos anos.” Vítor Morais Besugo

ó há duas maneiras de ser um deus: através da criação ou do assassínio”. A frase é do narrador anónimo de Tenho o direito de me destruir, a primeira obra do sul-coreano Kim Young-ha, publicada em 1996 e que, quase vinte anos depois, é traduzida (a partir do inglês e pela excelente Maria do Carmo Figueira) para português. Autodestruição e um aborrecimento de tudo e com tudo são a matéria de um romance cujo protagonista ajuda pessoas a morrer. Não estão doentes. Estão simplesmente fartas de estar vivas. A ele, para viver, bem, com as mortes que assiste, bastam-lhe dois ou três clientes por ano. O difícil é encontrá-los. Viajar é um bom modo de reconhecê-los. Ser culto ajuda-o a conversar com eles. Assim conheceu Se-yeon, por quem se apaixonaram dois irmãos, C., um vídeo-artista e outro, K., taxista, viciado em velocidade, aos quais a mulher se entrega indiferentemente. Assim conheceu também Mimi, uma artista – cliente em potência? – que tem medo da sua própria imagem e por isso não deixa que a filmem. O que resgata esta obra? A imaginação e o estilo do autor, seguramente. Kim Young-ha é hábil a trabalhar na imprecisão – a forma deliberadamente imprecisa como caracteriza as personagens sem, porém, falhar em dar-lhes singularidade. O modo como evoca uma série de imagens que fixaram a morte mas também como afirma Se-yon como avatar da personagem bíblica Judite – uma Judite imaginada por Gustav Klint. Obra negra, sem dúvida, é sustentada pela escrita absorvente que impôs definitivamente o seu autor. Maria do Carmo Piçarra

Kim Young-ha Teorema 136 págs. 12,90 euros


Jazz Curtis Hasselbring “Number Stations”

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Curtis Hasselbring – “Number Stations” Curtis Hasselbring (trombone, guitarra), Chris Speed (saxofone tenor, clarinete), Mary Halvorson (guitarra), Matt Moran (vibrafone, marimba), Trevor Dunn (contrabaixo, baixo elétrico), Ches Smith (bateria, marimba) e Satoshi Takeishi (bateria, percussão) Editora: Cuneiform Records Ano: 2013

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m 2001, as autoridades dos Estados Unidos julgaram o grupo que ficou conhecido por “Cuban Five” acusando-o de espionagem a favor de Cuba. Os agentes cubanos infiltrados na Flórida receberam e descodificaram mensagens emitidas em onda curta a partir de estações numéricas cubanas. Nesse mesmo ano, Ana Belen Montes, analista dos serviços de defesa norte-americanos, foi igualmente presa e acusada por atos de espionagem. As autoridades alegaram que Montes comunicava com os serviços secretos de Fidel Castro através de mensagens encriptadas contendo instruções recebidas através de transmissões de onda curta provenientes da ilha das Caraíbas. As estações numéricas, crê-se, surgiram pouco depois do final da II Guerra Mundial e são um tipo de emissoras de onda curta – cuja existência jamais foi admitida pelos diferentes governos – caracterizadas por estranhas emissões, utilizando muitas vezes vozes humanas (geralmente de mulheres, mas também de homens e crianças) ou vozes artificiais recitando em várias línguas séries aleatórias de números, palavras, melodias ou mesmo código Morse. Foi este universo de guerra fria o ponto de partida para o trombonista, guitarrista e compositor ligado à cena “downtown” nova-iorquina Curtis Hasselbring desenvolver o projeto “Number Stations”, nascido de uma suite composta em 2010 e comissionada pela Chamber Music America Doris Duke. Nomes seminais do jazz mais desafiante e da música improvisada (Braxton, Zorn, Morris, Parker) desenvolveram sistemas próprios de direção das suas formações, através da utilização de códigos de cores, cartões com diferentes formas e dimensões ou sinalética gestual. Os títulos das peças incluídas em “Number Stations”, registo que marca a estreia de Hasselbring na Cuneiform, são hipoteticamente descodificados a partir da informação numérica contida nas

composições, funcionando como instruções subliminares para os músicos. Mas o certo é que a música que aqui escutamos acaba por não se revelar, em termos gerais, particularmente encriptada, sendo claro que a mesma condensa um vasto conjunto de referências de vários campos artísticos. A formação que Hasselbring reuniu para esta aventura resulta da fusão de dois dos seus grupos mais emblemáticos: o longevo The New Mellow Edwards – com o saxofonista e clarinetista Chris Speed, o baixista Trevor Dunn e o baterista Ches Smith (no lugar de John Hollenbeck) – e o mais recente quarteto Decoupage – com a guitarrista Mary Halvorson, o vibrafonista Matt Moran e o percussionista Satoshi Takeishi. A percussão críptica de Takeishi lança “First Bus to Bismarck”, que vai ganhado corpo sobretudo via guitarra e vibrafone, em torno de um motivo melódico de que emana uma vibrante intervenção do líder, em trombone. Inspirada pela banda sonora composta por Mestre Hermmann para o filme “The Wrong Man”/ “O Falso Culpado” (1956) – no qual Henry Fonda interpreta o papel do contrabaixista de jazz ´Manny´ Balestrero – “Make Anchor Babies” é uma peça marcada pelo arranjo com sabor a Brasil que evolui para um padrão repetitivo, rampa de lançamento para Halvorson fazer o seu tricot elétrico. Parecendo ser o centro de gravidade conceptual do disco, “It´s Not a Bunny” mostra os New Mellow Edwards a expor a soalheira melodia base, de certa forma questionada pelos Decoupage, com o vibrafone de Moran a fazer essa ponte entre as duas fações instrumentais. O contraste temático acontece logo a seguir, com a atmosfera mais sombria e abstrata de “Stereo Jack´s Bluegrass J´s”. O disco encerra em tom festivo com uma peça estranhamente intitulada “37° 56´ 39´´ by 111° 32´”, que, de acordo com o Google Earth, corresponde à localização de uma estrada de terra batida conhecida como Hell´s Backbone, no Bryce Canyon National Park (o fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado chamou-lhe a “catedral gótica da Natureza”), situado no sudoeste do estado do Utah. O local ideal para um encontro secreto... António Branco

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Dia Internacional do Livro Infantil em Odemira

A 2 de abril comemora-se o Dia Internacional do Livro Infantil e, para assinalar a data, a Biblioteca Municipal de Odemira inaugura uma exposição com trabalhos de Rute Reimão. Trata-se de ilustrações do último livro da autora e que, na mostra que se prolongará por todo o mês de abril, se apresenta com o título “Na barriga da mãe há pássaros que cantam”.

Pais

A páginas tantas...

Mais uma ideia para os pais surpreenderem os mais novos. Podem encontrar mais sugestões em http://cutestfood.com/

Dica Todas as crianças gostam de brincar com carimbos. Bem, À solta Definitivamente gostamos de ver brinquedos feitos com restos de caixas de cartão e esta descoberta deixou-nos absolutamente encantados. Esperamos que pais e filhos possam construir as suas casas e decorá-las como se se tratasse das suas próprias casas.

Nesta Páscoa vamos fugir às tradicionais decorações com coelhinhos e vamos dar largas à imaginação. Deixamos-te aqui algumas sugestões que podes seguir ou simplesmente usar a tua criatividade e surpreender os mais crescidos.

para sermos sinceros se os carimbos forem giros até nós, adultos, gostamos de brincar. Propomos-te criar carimbos muito simples. Se não conseguires pedacinhos de madeira podes usar outro material como, por exemplo, uma caixa de fósforos onde possas fixar o teu desenho. Já trouxemos para a tua página alguns materiais que podes usar para fazer os teus desenhos, mas na sua falta podes sempre recorrer à velha batata. Vai até ao site que inspirou esta dica: http://mermagblog.com/ diy-silly-face-stamps-and-a-get-messy-contest/

O Comboio de Silvia Santirosi, é um livro com uma narrativa poética que retrata a falta de uma mãe e como uma criança luta diariamente com essa perda. As magníficas ilustrações de Chiara Carrer, a ilustradora convidada para a Ilustrarte deste ano, dão a doçura e a leveza do peso da história. Uma menina sonha todas as noites apanhar um comboio, ela corre, corre, e até tem o bilhete, mas parece haver um muro invisível que a impede de seguir viagem. A narrativa continua com o pai a contar-lhe a história de um homem cego que quis saber como era o branco. “O vizinho disse-lhe que o branco era a cor do leite. Para o cego o branco passou a ser quente e fumegante como o leite que tomas antes de adormecer. Mas não... O vizinho voltou a dizer que o branco é a farinha de trigo e o cego percebeu que o branco era leve e macio, como o tato da farinha entre os dedos. Mas não... Não percebeste, o branco é a cor da neve. E novamente o cego disse que o branco era frio e húmido e fazia ruídos ao pisar. O vizinho não se sentia capaz de lhe explicar como era o branco, o branco era aquilo tudo, mas não era o Branco. Porém o cego pela primeira vez soube que “no seu sonho vira o branco”. Nessa noite finalmente a menina conseguiu apanhar o comboio. Assim percebeu que a estrela que vê todas as noites, a sua estrela, “não retira escuridão à tua noite, mas estará sempre aí. “


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Chegou a primavera e a Associação de Defesa do Património de Mértola (ADPM) organiza a iniciativa “O Medronheiro. Uma árvore, diferentes contextos e muitas aplicações”. A tertúlia terá lugar, hoje, no Centro de Acolhimento da Amendoeira da Serra, e, pelas 9 e 30 horas, é dada a conhecer a floresta autóctone de medronheiro. Pelas 10 e 30 horas, debate-se “O medronheiro pode ser um pomar?”. Há ainda espaço reservado para dar a conhecer o aproveitamento tradicional do medronho e para exemplos criativos do aproveitamento do medronho. À tarde realiza-se a “Oficina do Gosto”, com um ateliê de confeção de produtos a partir do medronho.

Fim de semana Eduardo Madeira no Mês da Juventude em Grândola

Hoje, sexta-feira, dia 21, pelas 21 horas, Eduardo Madeira apresenta, no Cine Granadeiro, em Grândola, o espetáculo “Comédia Gourmet”. A Iniciativa insere-se no programa do Mês da Juventude que está a decorrer na Vila Morena e que conta com a organização da Câmara Municipal de Grândola.

Odemira celebra teatro Odemira está a assinalar o Dia Mundial do Teatro, que se comemora no dia 27, com vários espetáculos. Quatro grupos de teatro amador do concelho aceitaram subir ao palco para dez espetáculos, com entradas livres, em várias freguesias, e amanhã, sábado, dia 22, e domingo, o Grupo de Teatro Alemão na Serra apresentará a sua nova produção. Assim a primeira sessão acontecerá pelas 20 horas (sábado) e a segunda pelas 16 horas (domingo), sempre no Café Flôr da Serra, na localidade de Ribeiro Ruivo, na freguesia de São Teotónio. Criado em 2004, o Teatro Alemão na Serra é composto por cerca de 20 cidadãos estrangeiros, residentes no Alentejo e Algarve e que têm em comum o domínio e uso da língua alemã.

A poesia nas asas de um pombo Para celebrar o Dia Mundial da Poesia acontece hoje, sexta-feira, dia 21, em Castro Verde, uma largada de pombos. “A poesia ganha asas e voa até Beja através do projeto Columbina”, explica a autarquia. A largada de pombos terá como objetivo a troca de poemas produzidos pelas crianças nas oficinas de escrita criativa “Máquina da Poesia”, dinamizadas por Miguel Horta. A organização encontra-se assim a cargo da Biblioteca Municipal de Castro Verde, da Biblioteca Municipal de Beja, da Sociedade Columbófila “Asas Verdes”, da Sociedade Columbófila “Asas de Beja” e do Agrupamento de Escolas de Castro Verde.

Festival Internacional de Teatro do Alentejo (FITA)

Beja respira teatro e música este fim de semana

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stá a decorrer em Beja e Évora o 1.º Festival Internacional de Teatro do Alentejo (FITA). A iniciativa vai prolongar-se até ao dia 29. O festival reúne 13 companhias de Portugal, Brasil, Chile, Colômbia, Cuba e Espanha. Além dos espetáculos de teatro, o FITA, organizado pela companhia de teatro Lendias d’Encantar, vai contar com uma programação paralela com sessões de café-concerto, poesia, jantares temáticos e workshops. Hoje, sexta-feira, dia 21, pelas 21 e 30 horas, no auditório do Pax Julia Teatro Municipal, acontece o espetáculo “Monstros S.A”, pela mão da FC Produções Teatrais, de Lisboa. Às 23 horas, no espaço Os Infantes, atua Márcia. Amanhã, sábado, pelas 16 horas, há novamente teatro. A companhia Teatro Bando, de Palmela, apresenta “Senhor Imaginária”, e, pelas 21 e 30 horas, é a vez de El Mura, uma companhia do Uruguai, subir ao palco do Pax Julia, para dar a conhecer ao público português “El Vuelo”. A noite termina novamente no espaço Os Infantes, com o concerto de Nuno do Ó. O FITA surgiu como parte integrante do projeto Imaginários ao Sul, que resulta de uma parceria entre a companhia Lendias d’Encantar, a Sociedade de Instrução e Recreio Joaquim António de Aguiar e o Cine Clube da Universidade de Évora. O projeto, financiado por fundos comunitários, inclui a realização de outros dois festivais, o FIKE - Festival Internacional de Curtas Metragens e o Raízes do Som Festival Internacional de Música Tradicional, os quais também irão decorrer em Beja e Évora.

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Tertúlia em torno do medronheiro


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Loja Maçónica que abriu em Beja há poucos dias já se queixa da concorrência desleal da Loja Maçónica dos chineses. Eleições polémicas na Santa Casa da Misericórdia de Beja: próximo ato eleitoral vai ser supervisionado pela ONU. facebook.com/naoconfirmonemdesminto

Atual Inquérito Quem é que espera poder ver atuar na próxima edição da Ovibeja?

FELISMINA SEQUIM DE OURO, 68 ANOS Embaixatriz da Crimeia em Alfundão

Selfie de autarcas alentejanos é a menos partilhada de sempre nas redes sociais! A cerimónia dos Óscares ficou marcada pela selfie (fotografia tirada a nós próprios), que contou com a presença de várias estrelas de Hollywood, e que foi a mais partilhada de sempre nas redes sociais. Surgiram, tanto no Facebook, como no Twitter, algumas réplicas da mesma e o Alentejo não foi exceção: apareceu uma selfie com autarcas alentejanos que ganhou o prémio da menos partilhada de sempre, recorde reconhecido pelo Guiness e pelo “Borda-d’água”! Esta é mais uma tentativa de afirmação de autarcas alentejanos nas redes sociais depois de um vídeo de “Harlem shake” e de uma demonstração sensual com autarcas a praticar zumba.

Na versão alentejana do filme “Her”, um médico do hospital de Beja casa-se com o sistema operativo do seu computador, mas no fundo ainda está apaixonado pelo sistema antigo que o deixava passar receitas Mais uma vez o Alentejo está na rota da sétima arte: uma investigação conjunta “Não confirmo, nem desminto”/Mário Augusto/Críticos-de-Cinema-do-Público-que-não-gostam-de-nenhum-filme-recente descobriu que está a ser preparada uma versão regional do filme norte-americano “Her” – a história de um homem que se apaixona pelo sistema operativo de um computador. O realizador Fausto Carrapiço, responsável por filmes alentejanos como “Meia-noite em Ferreira do Alentejo”, “Paris, São Brissos” e “Para a Póvoa de São Miguel com Amor”, já escreveu o guião da versão alentejana de “Her” e levantou-nos a ponta do véu: “Este filme vai dizer muito às pessoas pois é baseado em factos reais – os problemas informáticos que afetam os profissionais de

saúde do hospital de Beja. É a história de um médico alentejano que se casa com o sistema operativo do seu computador do trabalho, mas que no fundo continua apaixonado pelo sistema operativo antigo, aquele que o deixava passar receitas, exames à próstata e jogar Minesweeper, ao contrário do atual que não o deixa fazer nada e só lhe dá vontade de partir estetoscópios. Trata-se de uma história de amor e traição, que inclui suspense, cenas de perseguição com macas e lutas corpo a corpo com algálias!”, explicou. Segundo o IMDB, o papel de médico alentejano será interpretado por Nicolau Breyner, o papel de sistema operativo antigo estará a cargo de Eunice Muñoz, enquanto que o papel de sistema operativo atual recairá sobre Paulo Macedo.

Fiquei muito contente com o anúncio da vinda de Gabriel o Pensador à Ovibeja. Acho que fazem bem em apostar em artistas internacionais, mas se queriam apostar em alguém do Brasil, havia outras hipóteses como o Padre Marcelo Rossi, o Lucas e Mateus, o Roberto Carlos, aquele que também era lateral-esquerdo da seleção canarinha. Outros artistas internacionais que eu gostava de ver eram o Demis Roussos e a irmã do Ronaldo… É verdade, pode ser portuguesa, mas quando canta parece a Jennifer Lopez com aftas, menos na parte do cantar…

FULGÊNCIO CLAVE DE SOL, 36 ANOS Vice-campeão nacional do campeonato dos carrinhos de rolamentos

Eu sei quem é que não gostava de ver: os Xutos e o Tony Carreira. Pá, há mais artistas no mundo! Eles estão para a Ovibeja como a Ivete Sangalo está para o Rock in Rio ou como a ressaca está para a bebedeira – é garantido! Aliás, há poucas certezas na vida, mas se há coisas que temos como garantidas são: a morte, os impostos e que alguém vai chorar na Ovibeja a ouvir o “Circo de Feras” e/ /ou o “Sonho de menino”.

TARCÍSIO FÁ SUSTENIDO, 33 ANOS Pessoa que tem todas as manifestações da polícia gravadas em VHS

Se eu mandasse, gostava de ver o Justin Bieber. Nunca o ouvi, mas a minha mais nova adora-o ao ponto de ter o quarto todo forrado com posters dele. Eu cá não me importo, sempre é uma maneira de proteger do amianto. Mas tenho curiosidade em ver se ele é assim tão bom. Dizem até que ele tem tudo para ser um novo pequenito Saúl. Ele que venha e que dê o seu melhor! Prove ao mundo ser uma senhora da canção!


Nº 1665 (II Série) | 21 março 2014

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Joaquim Baião Gerente | Tm. 919450862 Parque Industrial II | Rua das Agro-Alimentares, 3 | Apartado 357 | 7801-904 BEJA Tel. 284 322 699 | Fax 284 322 876 | Email: joaquimbaiao@iol.pt

nada mais havendo a acrescentar... Porco Alentejano A reprodução suína faz-se tal qual o princípio de qualquer vida de carne: fêmea e macho, vulva e testículos, numa interação de sémen, sua boa motilidade e acrossoma. Nesta cobrição não haverá um desejo planeado, um recato íntimo e individual. Apenas e só uma monta livre, numa proporção de dois testículos para oito a dez vulvas incendiadas por produtos químicos de sincronização da brama animal. Dessa ligação metafórica de ervas e de vulvas, paridos numa primavera de espasmos, nascem os erviços. Uma vez corporificada a estrutura da carcaça, na plenitude do seus arcaboiços, na sua absoluta rusticidade, numa confraria de grunhidos,

irrompendo estrato herbáceo adentro, engolindo toda a natureza comestível, a do chão, gramíneas e leguminosas antioxidantes e a que nasce dos ramos do céu arbóreo, o porco alentejano acumula a gordura e inscreve-a na genética das massas da sua musculatura. A dieta mediterrânea foi resgatada dos confins do intestino da modernidade e os nutricionistas refizeram os cânones, derreteram o mito da gordura, reabilitaram a banha e o toucinho e num novo olhar cardiovascular derrubaram o estigma do colesterol como sendo o pecado original do porco alentejano. A carne da carne, o sangue do sangue, os ossos dos ossos. Vítor Encarnação

quadro de honra

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Hoje, sexta-feira, esperam-se algumas nuvens em toda a região. A temperatura vai oscilar entre os nove e os 19 graus centígrados. No sábado, o céu deverá estar nublado e no domingo o sol brilhará.

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Mês da Juventude em Sines

Dinarte Branco, 42 anos, natural de Vila Nova de São Bento Em adolescente rumou com a sua família para a região da Grande Lisboa. Lá, pela mão de um conterrâneo seu, conheceu e apaixonou-se irremediavelmente pelo teatro. Hoje é um ator conhecido do público português, sobretudo pelos seus trabalhos televisivos. Contudo, mantém o seu amor pela arte do palco. Até 23 de março podemos encontrá-lo no Teatro da Cornucópia, como Rei, na peça “O Escurial” de Michel de Ghelderode.

Ator encena grupo de teatro de Vila Nova de São Bento

“Regressar às origens é importante para mim”

É

neste momento um dos atores mais assíduos da televisão portuguesa. O público habituou-se a vê-lo interpretar personagens com perfis psicológicos muito distintos. Modelares, bizarros, grotescos ou sublimes. Atualmente podemos assistir todas as noites ao seu trabalho no ecrã e em horário nobre. Na série “Bem-vindos a Beirais”, da RTPm e na telenovela o “Beijo do escorpião”, da TVI. Está ligado ao grupo de teatro de Vila Nova de São Bento. Nomeadamente como encenador. É importante para si este retorno às origens?

Muito importante. Aos 14 anos fui para o Laranjeiro, na margem sul, com os meus pais e irmãos. Aí o teatro apanhou-me. Curiosamente através do grupo de teatro Passagem de Nível, do qual é fundador o meu conterrâneo, dramaturgo e poeta, Domingos Galamba. Trabalhar com o grupo de teatro Vilartes nasce de um cruzamento de vontades. O Domingos queria escrever uma peça original sobre a nossa terra. Eu queria encenar. O PUB

grupo mostrou interesse e a coisa deu-se. Foi muito gratificante ver a resposta dos atores e a reação do público. Gente com quem cresci. Qual a primeira vez que pensou seriamente em ser ator?

Não pensei. Cruzei-me com o Passagem de Nível e com o Joaquim Benite que estava lá a ministrar um workshop. Convidou-me para substituir um figurante numa peça encenada pelo Jorge Listopad na Companhia de Teatro de Almada. Claramente não sabia onde me estava a meter. Mas havia um deslumbramento e um fascínio. Em quem se inspira para construir os seus personagens? Se estivermos atentos é fácil encontrá-los à mesa do café?

Já encontrei um personagem dois dias antes de uma estreia. Num restaurante. A energia, o modo como falava, a prepotência das suas ideias esclareceram-me num momento em que estava perdido. Quase nunca é assim.

Por regra são processos longos de estudo, observação. Depois de terminar um trabalho, despacha sem problema o personagem que interpretou ou este teima em aparecer-lhe inconvenientemente num tique, numa ideia, numa camisa que compra?

Depois de terminar um trabalho fico perdido. Esta profissão não é normal. Fazer de outro, ou trabalhar em nós aquilo que achamos que é o personagem, é muito desiquilibrador. Depois há um tempo para regressar a mim próprio. Mas nunca se regressa completamente.

A Câmara Municipal de Sines está a organizar, até ao dia 27 de abril, mais um Mês da Juventude, com atividades culturais e formativas para a população jovem do concelho. Espetáculos de música e teatro, exposições, apresentações de livros e workshops de fotografia e dança são as propostas para esta edição da iniciativa. No dia 27 de março, pelas 21 e 30 horas, no Centro de Artes, o Teatro do Mar apresenta o espetáculo “Âmbulo”, em torno da temática da emigração. A entrada é gratuita mediante reserva no Centro de Artes. No dia 28, às 22 horas, também no Centro de Artes, realiza-se um concerto pelos Macacos do Chinês. Nos dias 29 e 30 de março, na Casa da Juventude, Jorge Custódio ministra uma oficina de fotografia para os interessados em aprofundar os seus conhecimentos nesta arte. Também no dia 29, pelas 18 horas, no Centro de Artes de Sines, o fotógrafo José Leal inaugura a sua exposição “Caminhos da Índia”.

Mais de 100 azeites na Ovibeja Mais de 100 azeites de produtores de vários países participam no 4.º Concurso Internacional de Azeite Virgem Extra - Prémio Ovibeja, cujo júri vai reunir-se no fim de semana, em Beja, para escolher os vencedores. Segundo a associação ACOS - Agricultores do Sul, a organizadora do concurso e da Ovibeja, além de azeites dos países habituais concorrentes, como Portugal, Espanha, Itália, Grécia, Chile e Argentina, este ano foram entregues para concurso amostras de outros países, como Uruguai, Eslovénia e Israel. Os prémios do concurso serão entregues a 3 de maio, o dia dedicado ao setor do azeite da edição deste ano da Ovibeja.

Um ator e uma atriz, portugueses ou não, vivos ou mortos. Quem escolheria para contracenar?

Antónia Rosa comemorou 100 anos

Já contracenei com atrizes e atores maravilhosos. O nosso país é possuidor de um tesouro gigantesco de talento. O poder político não quer saber. Por mim ficava a contracenar para sempre com o Luís Miguel Cintra. José Serrano

Antónia Messias Rosa, natural de Lombador, freguesia de Santa Bárbara de Padrões, concelho de Castro Verde, completou ontem, quinta-feira, 20, a bonita idade de 100 anos, no lar da Cruz Vermelha Portuguesa, em Beja. Antónia Messias Rosa tem quatro filhos, cinco netos, quatro bisnetos e um trineto. O “Diário do Alentejo” endereça, assim, os parabéns pelos 100 anos de vida.


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