Edição N.º 1649

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José Soeiro Quem tramou a Reforma Agrária?

Vera Guita A alentejana que não cantou o hino em Estocolmo pág. 13

DR

pág. 32

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JOSÉ FERROLHO

SEXTA-FEIRA, 29 NOVEMBRO 2013 | Diretor: Paulo Barriga Ano LXXXII, N.o 1649 (II Série) | Preço: € 0,90

Secretário de Estado da Agricultura é vago quanto à origem do financiamento

Governo volta a garantir conclusão do Alqueva em 2015 JOSÉ SERRANO

Entrevista nas págs. 4/5

Ordem dos Médicos alerta para redução de clínicos nos centros de saúde pág.8

A ideia nasceu nos finais dos anos 1990, nos EUA, e a cada dia que passa ganha mais adeptos um pouco por todo o mundo. O crowdfunding é uma forma simples de arranjar financiamento para projetos pessoais, recorrendo a “comunidades” que existem na Internet. E a moda também já pegou no Alentejo. Hoje visitamos dois “empreendimentos” em Cuba e em Alvito. págs. 6/7 PUB

Tráfico humano Autoridades regressam aos campos de Castro

Destino obrigatório! “National Geographic” descobre Alentejo

Bullying nas escolas Histórias de vítimas e de agressores

pág. 10

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pág. 8

Crowdfunding: As boas ideias que a Internet financia


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Editorial Escravos Paulo Barriga

Vice-versa “Este documento é fundamental para a vida futura. Orçamento vai determinar a saída da troika de Portugal e permitir que o País volte a ter a sua soberania financeira e a sua independência económica”, Mário

“Não distribui as dificuldades equitativamente. A maior parte cai em cima dos trabalhadores e pensionistas (…) enquanto setores como a energia ou a banca são chamados a dar um contributo pequeno”,

“É um orçamento de continuação. Prossegue uma política de empobrecimento e de definhamento da economia. Este é o caminho errado que coloca muitas pessoas, famílias e empresas à porta do desespero”. Pita Ameixa,

Simões, deputado do PSD, in Rádio Pax

João Ramos, deputado do PCP, in Rádio Pax

deputado do PS, in Rádio Pax

O

secretário de Estado da Agricultura dá hoje uma entrevista ao “Diário do Alentejo” onde fala da importância estratégica do Alqueva para o equilíbrio da balança comercial portuguesa ao nível da agricultura. Quando concluído o empreendimento em 2015, as palavras são de José Diogo Albuquerque, a área irrigada pelo grande lago trará mais-valias anuais na ordem dos 160 milhões e euros. De entre o crónico cardápio de más notícias sobre o Alentejo, eis uma que nos faz cócegas ao ânimo. Aliás, já são evidentes os grandes melhoramentos agrícolas na região. Há novas empresas que se instalam, novas culturas, novas tecnologias, novas agroindústrias, novos negócios, novas oportunidades. Alqueva está a transformar os barros do Alentejo, está a verdejar a paisagem, está a “reinventar” a relação do homem com a terra. Será? Parece que nestas coisas da posse e do amanho da terra não há assim tanto a reinventar. As questões sociais que se levantaram nos tempos áureos da campanha do trigo regressaram em força aos campos do Sul. As praças de jorna, o trabalho de sol a sol, a exploração da mão de obra, a miséria humana e a fome, temas social e ideologicamente supostamente datados e enterrados, aí estão no seu máximo fulgor. Novamente. Exuberantemente. Mas se antes a cobiça era exercida sobre os rurais locais, obrigando-os tantas vezes a abandonar as suas terras e as suas gentes, hoje essa desumana violência é praticada sobre pessoas já de si desenraizadas, fragilizadas, vindas de longe apenas com a esperança nas algibeiras. A escravização que está a acontecer em diferentes explorações agrícolas da região em relação aos trabalhadores romenos (e não só) é duplamente vergonhosa para o Alentejo e para o País. É infame porque mostra o lado canalha e ordinário de certos empregadores de uma região que é grata a quem no estrangeiro recebeu com dignidade tantos emigrantes. É desprezível porque contamina com o selo da escravatura uma denominação de origem agrícola que deveria ser, não apenas em termos de acidez, “extra virgem”. E que pelos vistos não é! Será que alguma vez foi?

Fotonotícia Pensionistas “invadem” Segurança Social de Beja Cerca de duas centenas de pessoas manifestaram-se na passada terça-feira em Beja contra os cortes das pensões previstos no Orçamento do Estado para 2014. A ação de protesto, promovida pela Farpibe/Murpi – Federação das Associações de Reformados, Pensionistas e Idosos do Distrito de Beja, teve início nas Portas de Mértola, onde os manifestantes se concentraram ao princípio da manhã. Desfilaram depois, em cordão humano, pelas ruas da cidade até ao edifício da Segurança Social, onde entraram, manifestando o seu desagrado e discordância pelas políticas governamentais, através de cartazes e palavras de ordem. “Reformados unidos jamais serão vencidos”, “Não ao corte de pensões, há outras soluções” e “Está na hora do Governo se ir embora” foram algumas das frases reivindicativas mais ouvidas durante o protesto. A manifestação, seguida de perto por agentes da PSP de Beja, decorreu de forma ordeira e pacífica não se registando qualquer tipo de incidente. JS Foto de José Ferrolho

Voz do povo Porque se manifesta? (participantes na manifestação de terça feira, 26, em Beja, contra o corte orçamental nas pensões) Inquérito de José Serrano

Maria Sobral 69 anos, reformada

Custódia Batoque 64 anos, reformada

Joaquim Relvas 72 anos, reformado

Em defesa das nossas pensões e reformas. Porque contribuímos para elas durante uma vida inteira. Trabalhei e descontei durante 40 anos para ter direito a elas. E hoje, aqui chegados, vejo a minha pensão, e a pensão de sobrevivência deixada pelo meu marido, cortadas de uma maneira abusiva. O Governo não tem legitimidade para nos retirar o que nos pertence por direito.

Estou reformada por invalidez. E recebo muito pouco. O dinheiro já não me chega para todas as necessidades. Comer e vestir. Nestes três anos de reforma nem um cêntimo me aumentaram. Aqui só os grandes é que têm direitos. O Governo devia olhar e lembrar-se dos pobres. Dar-nos mais um bocadinho. Porque aqui não há nada para ninguém. Nem no Natal.

Porque me sinto. Há já uns poucos de meses que não sei aquilo que ganho. Hoje cortamme um bocado, amanhã cortam-me outro. Hoje é cinco amanhã é 10. Vai sendo assim a nossa vida. E pelo que o Governo se prepara para fazer os cortes vão aumentar ainda mais. Eles que tomem outro rumo. Deixem de castigar os trabalhadores, os pobres, os reformados.

Graça Osório 60 anos, secretária pré-reformada

Porque não quero viver num país onde existem pessoas que estão a ser levadas a existir na miséria, na exploração. Uma vida absolutamente infernal. Por conta de uma gente que está no Governo e que não cumpre a Constituição. Que rouba os portugueses para dar diretamente o produto desse saque aos grandes capitalistas. As conquistas do 25 de Abril não se podem perder.


Rede social

Semana passada SÁBADO, DIA 23 BEJA CONTRA A AGLOMERAÇÃO DE FREGUESIAS Os eleitos das freguesias do distrito de Beja, em reunião na Casa da Cultura, aprovaram uma deliberação em que tornam pública a intenção de manifestar aos grupos parlamentares a sua “profunda discordância” para com a lei da reorganização administrativa do território, assim como “prosseguir o protesto contra a destruição das freguesias e a exigência da sua reposição”. Diz ainda o documento que, ao contrário do “reforço da coesão” que se anunciava, “os efeitos dos processos de aglomeração são, como comprovadamente se conhece, adversos à coesão”, sendo que também a proclamada “melhoria da prestação dos serviços públicos” não está, na realidade, a acontecer.

AMARELEJA REFERENDO PARA DECIDIR A LOCALIZAÇÃO DO PAVILHÃO MULTIUSOS A Assembleia de Freguesia de Amareleja aprovou uma moção que propõe a realização de um referendo para que os amarelejenses se pronunciem sobre a localização do pavilhão multiusos. Segundo a moção, a maioria da população daquela freguesia não quer que o chamado Pavilhão Solar seja edificado no local da Escola das Cancelinhas. Pelo que “deve a Assembleia Municipal de Moura deliberar no sentido de não autorizar o começo de qualquer obra no local”, até a população ser consultada. Em alternativa, sugere-se que seja considerado o sítio da ex-fábrica de moagem. Aí, conclui, a construção do pavilhão multiusos “daria forma a um complexo bem mais vasto”, incluindo piscina, museu etnográfico, sala de cinema, esplanada para espetáculos de verão e espaços verdes.

SEGUNDA-FEIRA, DIA 25 ALENTEJO DELEGAÇÃO DA AMÉRICA LATINA VISITOU ALQUEVA Cerca de 25 individualidades da América Latina, nomeadamente do Brasil, da Argentina e do Paraguai, visitaram a região para trocar informação sobre aspetos da organização administrativa e experiências de cooperação entre as regiões e estados envolvidos e estabelecer contactos com entidades ligadas ao mundo empresarial, tendo em vista oportunidades de negócio. A visita inscreveu-se no âmbito da participação da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Alentejo como membro da Associação das Regiões Fronteiriças da Europa, entidade que lidera um projeto europeu de transferibilidade de boas práticas e desenvolvimento de métodos de cooperação transfronteiriça com países terceiros. Do programa constou, no dia 26, uma deslocação a Alqueva e à sua empresa gestora, a EDIA.

TERÇA-FEIRA, DIA 26 BEJA JORNADAS DEBATERAM ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS E RECURSOS HÍDRICOS O núcleo regional do Sul da Associação Portuguesa dos Recursos Hídricos promoveu, em conjunto com o Instituto Politécnico de Beja, as IV Jornadas dos Recursos Hídricos, que giraram em torno do tema “Impacto das alterações Climáticas nos Recursos Hídricos”. Debateram-se questões que, “apesar de estarem na ordem do dia, por vezes parecem esquecidas ou escondidas para apenas em algumas situações extremas nos lembramos delas, nomeadamente quando ocorrem inundações, quando o mar conquista terra, ou quando ocorrem as famosas vagas de calor e os incêndios”, informou a organização.

QUARTA-FEIRA, DIA 27 BEJA CARITAS APRESENTOU REDE TRANSFRONTEIRIÇA DE APOIO MÚTUO NA ÁREA DO EMPREGO A Caritas Diocesana de Beja apresentou publicamente o projeto transfronteiriço Rede de Apoio Mútuo das Caritas da Raia, que, entre diversas ações, desenvolveu um estudo sobre o desenvolvimento sócio-laboral e mobilidade na zona da raia, a construção de um mapa de recursos transfronteiriço (www.caritasempregonaraia.org) e a formação dos agentes/colaboradores de cada uma das Caritas envolvidas na área do emprego e formação. A Rede de Apoio Mútuo das Caritas Diocesanas da Raia inclui quatro projetos aprovados no âmbito do Programa Operacional de Combate à Discriminação (2007-2014), do Fundo Social Europeu, e envolve Ciudad Rodrigo, Coria (Cáceres), Mérida (Badajoz), e Salamanca, em Espanha, e Beja, Évora, Portalegre e Castelo Branco.

3 perguntas a Fábio Jesuíno Ignite Portugal

Ignite Portugal passa por Beja para “dar voz aos alentejanos” O que é o projeto Ignite Portugal e a que perfil de participantes se dirige?

Contador Jorge Serafim lança novo livro O ilustrador, José Francisco, e o autor, Jorge Serafim, assinam exemplares do livro A minha boca parece um deserto, lançado há dias na biblioteca de Beja. Uma história que fala sobre a escassez de água mas, mais do que isso, sobre a infinita capacidade de sobrevivência do ser humano.

Desenhos “livres” de Susa Monteiro na Casa da Cultura Foram bastantes aqueles que se deslocaram à Casa da Cultura de Beja para ver os cerca de 180 desenhos que Susa Monteiro reuniu na exposição “Um T0 com vista para o esgoto”. Desenhos “livres”, “sem um compromisso”, safra apenas do último ano e meio.

O Ignite Portugal é um conjunto de eventos abertos à participação de todos, que giram em torno de apresentações sobre temas como inovação, criatividade, empreendedorismo ou tecnologia, em que os oradores dispõem de cinco minutos para falar, apoiados por 20 slides que rodam automaticamente a cada 15 segundos. Alunos observam dança a partir do próprio palco Qual o intuito da sua passagem por Beja, em concreto?

O Ignite chega a Beja com o intuito de dar voz aos alentejanos, como uma oportunidade de partilhar ideias e projetos para o desenvolvimento da região.

Alunos de Beja assistem, no Teatro Pax Julia, ao ensaio de “O avesso”, uma coreografia de Marina Nabais sobre a “pele como casa, identidade ou planeta”. Foi no I Festival Dansul, que também passou por Mértola e Castro Verde.

“Do Alentejo para o mundo…” é o mote do Ignite Beja, que terá lugar amanhã, sábado, a partir das 19 horas, na Galeria do Desassossego. Que tipo de contribuições se pretende impulsionar com este tema?

Temos imensas potencialidades no nosso território, e todos podemos contribuir para o bem-estar da comunidade onde estamos inseridos, todos podemos criar oportunidades e soluções para os problemas dessa mesma comunidade. Gostaria ainda de destacar a equipa fantástica por detrás deste evento, composta por sete elementos para além de mim: Nídia Amorim, Helena Coelho, Carlos Monteiro, Marta Horta, Rui Cerqueiro, Mário Lopes e Paulo Carvalhosa.

Uma década a divulgar a construção em terra A Associação Centro da Terra (CdT), que se dedica ao estudo e divulgação da construção em terra, comemorou uma década no sábado, 23, e aproveitou a ocasião para inaugurar o seu centro de documentação na biblioteca de Santiago do Cacém, como aqui se vê.

Carla Ferreira

“Reencontrar” Sines pelas mãos de Al Berto Nesta exposição, patente no Museu de Sines, é possível conhecer uma outra faceta do poeta Al Berto. A do seu trabalho no Núcleo Cultural do município, na recolha e levantamento do património local, desenvolvido há 30 anos.

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No fundo, só olhamos para uma coisa: chegar a 2020 com uma agricultura com a balança comercial neutra. Alqueva, quando totalmente concluído, trará 160 milhões de euros de valor acrescentado à nossa agricultura. É uma ferramenta essencial para melhor a agricultura em termos de balança comercial. Melhorando a agricultura, melhoramos a situação de todos os agricultores e desta região.

Entrevista

Secretário de Estado da Agricultura garante que o Governo está “comprometido” com a obra

Alqueva é mesmo para acabar em 2015 OperímetroderegadoAlquevaémesmoparaconcluir para a conclusão da obra ainda esteja a ser discutido uma mudança do inferno para o céu em termos de até 2015, “sem grandes melancolias ou melodramas”. com a União Europeia. Numa entrevista em exclu- execução de pagamentos comunitários”. Quanto aos A convicção é do secretário de Estado da Agricultura sivo ao “Diário do Alentejo”, Albuquerque falou tam- agricultores que não estão abrangidos pelo regadio, o que, na passada sexta-feira, participou na inaugura- bém da “vitória” portuguesa na aprovação da nova grosso da coluna do Alentejo, José Diogo Albuquerque ção da nova unidade de engarrafamento da Adega Política Agrícola Comum, garantindo que “Portugal, não se quis alongar, anunciando para breve uma reuCooperativa de Vidigueira, Cuba e Alvito. Para José ganhando o mesmo, vai fazer melhor”. E que são fal- nião com as organizações do sector. Mas deixa no ar o Diogo Albuquerque não há dúvidas quanto a Alqueva: sas as notícias que dão conta da devolução a Bruxelas aviso: “Dar apoios à agricultura abandonada não é o “É para fazer, é para fazer!”. Embora o financiamento de fundos não aproveitados pelos agricultores: “Há nosso objetivo”. Texto Paulo Barriga Fotos José Ferrolho No passado dia 19, o Parlamento Europeu aprovou a Política Agrícola Comum (PAC) para 2014/2020. Portugal saiu a ganhar ou a perder?

Portugal saiu a ganhar com o pacote de pagamentos diretos ao agricultor. No final de 2019 estaremos seis por cento acima do que estávamos. Os agricultores, nos pagamentos diretos, em média, recebiam à volta de 188 euros por hectare e vão passar a receber 200 euros por hectare, isto no primeiro pilar da PAC. No segundo pilar, no Programa de Desenvolvimento Rural, mantemos, em termos nominais, o pacote que já tínhamos. Portugal conseguiu atenuar metade das perdas orçamentais em relação à média europeia. No entanto, a agricultura portuguesa perde cerca de 500 milhões de euros em relação ao quadro anterior…

Em relação aos 500 milhões que fala, quando se analisa em valores reais, é metade do que os outros países perderam, porque houve um corte generalizado dos apoios no orçamento da União Europeia, no qual se engloba a Política Agrícola Comum. O presente orçamento permite-nos fazer tudo o que estávamos a fazer antes, mas permite-nos fazer melhor. Sendo que, ao contrário do passado, em que se perdiam apoios comunitários, Portugal, nos últimos dois anos, executa todos os apoios comunitários, antecipando pagamentos aos agricultores. E, portanto, Portugal, ganhando o mesmo, vai fazer melhor. Em recente entrevista ao “Diário de Notícias”, o eurodeputado Capoulas Santos afirmava que não era bem assim. Dizia ele que Portugal, já em dezembro, iria ter de devolver a Bruxelas “centenas de milhões” de euros referentes ao quadro 2007/2013, precisamente pelas taxas de execução serem muito baixas. Concorda com esta leitura?

Não é verdade. O Proder está com uma taxa de execução de 74 por cento, dois pontos percentuais acima da média comunitária. “Cavalgámos” quatro países desde o início do ano, ultrapassámos países como Espanha e a Dinamarca e vamos acabar o ano com 75,76 por cento de execução. 75 não é 100 por cento…

Teremos no próximo ano de fazer mais 15 por cento e chegar aos 90 por cento. Para em 2015, que é o fim do programa, fazermos os 10 por cento restantes e acabar a 100 por cento. Tenho a convicção que se vai fazer, estamos a desenvolver um trabalho árduo, porque nos primeiros anos do Proder, nessa governação que citou [governo de José Sócrates], andou demasiado lento e começou com três anos de atraso. Aí sim, perderam-se verbas sobre execução de programas e por haver multas por falta de regularização do parcelário e das ajudas diretas. Agora, o paradigma é outro. Estamos a aproveitar todos os apoios comunitários. A OCDE reconhece que Portugal, nos apoios diretos, há uns anos atrás, tinha taxas de execução de 92 por cento e hoje está nos 99,7 por cento de execução. Este ano, em outubro, houve antecipação dos apoios comunitários aos agricultores de 50 a 80 por cento. Pagou-se a todos os agricultores numa data certa. É uma mudança, se quiser, do inferno para o céu em termos de execução de pagamentos comunitários. Em que medida esta nova PAC e o Programa de Desenvolvimento Rural vai afetar a agricultura do Alentejo?

Vai permitir algum reequilíbrio nas ajudas e nos apoios aos rendimentos dos agricultores que, por fatores históricos, eram muito baixos. Vai haver aqui uma harmonização. Depois, no Programa de Desenvolvimento Rural não vão existir hiatos, como acontecia no passado. Um agricultor que queira


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Está garantido o financiamento. Estamos a procurar com a Comissão Europeia uma solução. Estamos a olhar para os fundos estruturais com convicção, estamos comprometidos, Alqueva está no nosso plano e, portanto, temos de executar. É para fazer, é para fazer! E faz-se sem grandes melancolias ou melodramas. Adega Cooperativa de Vidigueira, Cuba e Alvito A nova unidade industrial custou cerca de 3,5 milhões de euros e permite engarrafar seis mil garrafas por hora

investir na sua exploração, em vez de estar dois ou três anos à espera que venha o próximo programa, vai ter medidas de transição. Vai também existir um pacote de medidas agroambientais com uma adesão muito mais simples e algumas delas vão privilegiar a agricultura extensiva, que é o caso do Alentejo. Finalmente, vamos ter um sistema de seguros muito mais abrangente, com apólices mais baratas e mais flexível na escolha do risco. Portanto, os agricultores vão ter um apoio ao rendimento mais reequilibrado, vão continuar a ter apoios ao investimento e vão ter mecanismos de estabilização do rendimento. No final do mês, a EDIA vai ter novo presidente. Vão acontecer alterações na política da empresa e ao nível da própria administração?

Vai haver estabilidade no que se está a fazer bem. Há três focos fundamentais: O primeiro é fazer obra rápido, o segundo é aumentar a taxa de adesão ao regadio e o terceiro é tornar a EDIA cada vez mais aberta em termos de comunicação com os agricultores. O engenheiro João Basto fez um trabalho fundamental nesse aspeto e tenho a certeza que o engenheiro José Pedro Salema o vai fazer também. De resto, tem todo o nosso apoio em termos de orientações, em termos de tutela. No fundo, só olhamos para uma coisa: chegar a 2020 com uma agricultura com a balança comercial neutra. PUB

Alqueva, quando totalmente concluído, trará 160 milhões de euros de valor acrescentado à nossa agricultura. É uma ferramenta essencial para melhor a agricultura em termos de balança comercial. Melhorando a agricultura, melhoramos a situação de todos os agricultores e desta região. O primeiro-ministro anunciou na Ovibeja que a obra de Alqueva estaria concluída em 2015. Esta meta ainda é válida?

Queremos fazer a obra rapidamente para estar pronta em 2015. Na primeira vez que dissemos que íamos antecipar o apoio do regime de pagamento único por causa da seca, as pessoas puserem isso em dúvida, mas foi feito. Quando dissemos que íamos melhorar a taxa de execução do Proder, fizemo-lo . Este ano os 100 milhões de euros do Orçamento do Estado do Proder vão ser todos executados, apesar das pessoas que colocam dúvidas, normalmente causando algumas falsas preocupações e alarmes injustificados. E o mesmo vai acontecer com Alqueva: uma pessoa planeia e cumpre. É simples! Está garantido o financiamento para concluir a obra de Alqueva?

Está garantido o financiamento. Estamos a procurar com a Comissão Europeia uma solução. Estamos a olhar para os fundos estruturais com convicção, estamos comprometidos, Alqueva está no nosso plano e,

portanto, temos de executar. É para fazer, é para fazer! E faz-se sem grandes melancolias ou melodramas. Em seu entender deve ser o Estado ou devem ser os agricultores regantes a gerir a água do Alqueva?

Está a entrar numa área que não é a minha e que é a senhora ministra que tutela. A mim parece-me que o plano que está feito é o plano mais adequado. A EDIA tem uma capacidade muito grande para gerir toda a parte de disponibilidade de rega aos agricultores de uma forma muito eficiente, de uma forma muito responsável para o ambiente e numa altura de transição, em que ainda não está tudo construído. A confiança das autoridades europeias e da sociedade pública num projeto desta envergadura é essencial e aqui os riscos foram minimizados. Acho que estamos no caminho correto, não poderia ser outro. Quando hoje se fala em agricultura no Alentejo, fala-se quase sempre em regadio. Mas esta é essencialmente uma terra de sequeiro. Que medidas novas existem para apoiar estes agricultores que não estão abrangidos pelo Alqueva e acabam por ser o grosso da coluna da agricultura alentejana?

Já existe o apoio direto ao rendimento do agricultor e existem pagamentos que são ligados à produção de bovinos, de ovinos e de caprinos. Estamos a tomar decisões, que

não quero antecipar, uma vez que vou ter uma reunião com as organizações de agricultores na segunda semana de dezembro, para traçar as opções em termos de Política Agrícola Comum. Mas haverá certamente um reequilíbrio das ajudas de base aos agricultores e obviamente aos produtores de extensivo que terão um aumento. Poderemos fazer algumas otimizações, visando sempre o conceito de agricultor ativo, a produção, e isso para nós é importante. Dar apoios à agricultura abandonada não é o nosso objetivo. Vamos ter uma melhor agricultura no futuro. Disso tenho a certeza absoluta. Que importância têm investimentos como o da Adega Cooperativa de Vidigueira, Cuba e Alvito, que é uma agremiação de pequenos agricultores?

O verdadeiro apoio à pequena agricultura passa pela competitividade. Estão aqui 300 sócios com 1 000 hectares, no fundo dá em média de três hectares por sócio. Sozinhos, no mercado, nunca teriam o valor que têm fazendo este tipo de atividade em conjunto. Isto tem de ser a chave. Existe um individualismo na nossa agricultura que temos de combater. E no próximo quadro vamos combatê-lo cada vez mais. A Adega Cooperativa da Vidigueira, Cuba e Alvito, com este investimento que permite engarrafar 6 000 garrafas numa hora, é um ótimo exemplo.


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O processo é simples: os promotores elaboram o projeto (estabelecendo o montante mínimo de financiamento e o prazo de angariação) e submetem-no numa plataforma, a ponte entre quem tem o projeto e quem o poderá financiar. Caso seja aprovado pela plataforma, o projeto é colocado on line. Os interessados contribuem, em geral, com um pequeno montante, recebendo em troca uma “recompensa”.

Tema de capa

Crowdfunding ganha cada vez mais adeptos em território nacional

Comunidade on line financia projetos de Cuba e Vila Nova da Baronia

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ascido nos Estado Unidos da América em finais dos anos noventa, o crowdfunding, uma forma simples de angariação de financiamento para um projeto através de uma comunidade (crowd = multidão) que partilha os mesmos interesses, está a ganhar cada vez mais adeptos em Portugal. Em tempos de crise e de restrições à concessão de crédito impostas pela banca, esta parece ser uma saída para financiar projetos nas mais diversas áreas. O processo é simples: os promotores elaboram o projeto (estabelecendo o montante mínimo de financiamento e o prazo de angariação) e submetem-no numa plataforma on line, a ponte entre quem tem o projeto e quem o poderá financiar. As principiais plataformas a operar em território nacional, nascidas em meados de 2011, são a PPL (PPL.com.pt) e a Massivemov (massivemov.com). Caso seja aprovado pela plataforma, o projeto é colocado on line. Os interessados contribuem, em geral, com um pequeno montante, recebendo em troca uma “recompensa”. Esta contrapartida é o que diferencia este financiamento de um simples donativo. Existem, no entanto, outros modelos de crowdfunding, que vão para além da simples recompensa, muitas vezes simbólica, e que implicam retorno financeiro para os apoiantes, como juros ou uma participação na empresa. Cada plataforma tem as suas regras. Na PPL, por exemplo, se a meta proposta for atingida dentro do prazo estabelecido, o promotor recebe o montante angariado e a plataforma cobra cinco por cento de comissão. Se o montante mínimo não for alcançado, o promotor não receberá qualquer valor e os fundos serão devolvidos aos respetivos apoiantes. É o chamado sistema “tudo ou nada”.

O crowdfunding, uma forma simples de angariação de financiamento para um projeto através de uma comunidade on line, está a ganhar cada vez mais adeptos em Portugal. Graças a 21 apoiantes, André Lemos conseguiu angariar, em 45 dias, 680 dólares (cerca de 500 euros), mais 80 do que o montante que tinha estipulado e que seria o valor necessário para contratar os serviços de uma retroescavadora para fazer camalhões no terreno que adquiriu em Vila Nova da Baronia (Alvito). Mariana Santos e Tiago Marcos esperam conseguir 2 000 euros até ao dia 27 de janeiro do próximo ano para reabilitar o Lugar do Monte, um espaço com cerca de meio hectare situado nas imediações da vila de Cuba. Quem contribuir pode apadrinhar uma cabra, frequentar workshops agrícolas ou pecuários, receber cabazes de legumes e futas, usufruir de passeios de “pasteleira” pelo campo ou estadias no Lugar do Monte. Texto Nélia Pedrosa Fotos José Serrano

“Morrer pobre mas feliz” André

Lemos, nascido há 32 anos no distrito de Aveiro, já conhecia o conceito mas nunca tinha pensado em utilizá-lo. Mas no último verão, no

Vila Nova da Baronia André Lemos conseguiu angariar, em 45 dias, 680 dólares (cerca de 500 euros)

seguimento “da recuperação da vitalidade do solo” do terreno que adquiriu em Vila Nova da Baronia (Alvito) e onde pretende avançar com a plantação de ervas aromáticas e medicinais, “eram necessários alguns procedimentos numa altura em que não dispunha do capital necessário”, por isso decidiu experimentar “uma das diversas plataformas de angariação coletiva para comprovar se seria, realmente, uma alternativa ao financiamento bancário”. Só equacionaria “outras formas de financiamento caso o crowdfunding falhasse”. O jovem licenciado em engenharia e gestão industrial, e que, entre outras experiências profissionais, trabalhou numa agência de investimentos no México, optou por recorrer a uma plataforma internacional, a wethetrees.com, “uma plataforma mais focada em projetos de agricultura biológica/permacultura, sociais ou ambientais”. “Escolhi-a pela sua especialização, dado permitir chegar a um conjunto de pessoas mais habituadas e familiarizadas com o que pretendo fazer”, justifica. Graças a 21 apoiantes, André Lemos conseguiu angariar, em 45 dias, 680 dólares (cerca de 500 euros), mais 80 dólares do que o montante que tinha estipulado e que seria o valor necessário para contratar os serviços de uma retroescavadora para fazer camalhões no seu terreno. As pessoas, na sua maioria “portuguesas, com menos de 30 anos e licenciadas”, contribuíram “em média com 25 dólares”. Como “recompensas”, o jovem empreendedor decidiu “apostar em bons ‘presentes’ com baixos encargos”, desde sementes obtidas de espécies por si plantadas a noites numa autocaravana com passeios de bicicleta incluídos. As mais requisitadas foram “as dos valores mais baixos: as sementes em troca de 10 dólares (cerca de sete euros) e uma noite na autocaravana em troca de 20”. “Estava à espera de obter o financiamento necessário porque tentei focar-me nos problemas que um terreno agrícola alentejano tem


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Cuba Mariana Santos e Tiago Marcos têm 60 dias para angariar 1 500 euros

e em soluções eficazes para os resolver. Como atualmente a maior parte dos terrenos agrícolas mundiais tem um défice de água e reduzida diversidade, previ que as pessoas iriam sentir empatia com o que foi proposto pelo projeto”, adianta o jovem agricultor, que aponta como principais vantagens do crowdfunding a possibilidade de obter “financiamentos pequenos a custo zero, com a única, e óbvia, obrigatoriedade de se realizar o objeto do projeto” e o facto de ser “uma ótima ferramenta de avaliação das nossas ideias e produtos”. As duas grandes desvantagens são “a dificuldade de financiamento de projetos com elevadas necessidades financeiras em intervalos temporais reduzidos” e “o sistema de tudo ou nada, isto é, ou se atinge a meta estabelecida e recebe-se o financiamento ou, caso contrário, nada se recebe”. Experiência permitiu “validar ideia”

Mas André diz-se satisfeito com a experiência, porque “permitiu validar” a sua ideia “e, sobretudo, conhecer novas pessoas em situações semelhantes, uma até com um problema oposto (excesso de água), discutir conceitos, conhecer novas ferramentas e maneiras criativas de solucionar problemas”. O crowdfunding possibilitou, no entanto, “apenas o financiamento de ‘uma árvore no meio de uma floresta’”, realça. Por razões meteorológicas “o objeto do financiamento acabou por não ficar concluído”. André espera poder fazê-lo na próxima primavera, assim como “continuar com o processo de melhoria das características físicas, químicas e biológicas do solo e do ecossistema envolvente” que tem vindo a realizar nos últimos meses. PUB

Atualmente encontra-se ainda “a estudar culturas que se adequem ao clima e solo e possuam boas perspetivas económicas”. A agricultura aparece na vida de André Lemos “no seguimento de um desejo de mudança profissional, aliado ao desejo de uma atividade mais ligada ao ar livre e à natureza”. No último verão decidiu experimentar “o voluntariado através do programa Wwoof para consolidar este interesse em algo mais palpável”. Nessas atividades de voluntariado, que o levaram a Aljezur, Setúbal e ao norte do País, descobriu “exatamente o que procurava”. Com o apoio da família mudou-se em agosto para Vila Nova da Baronia – onde encontrou os terrenos “mais em conta” –, preparado, segundo diz, “para ‘morrer pobre mas feliz’ como tem “ouvido muitos agricultores mais velhos dizerem”. O projeto inicial passava “pela implementação de um pomar de romãzeiras”, mas, “após um aprofundado estudo e aquisição de novos conhecimentos através de várias formações realizadas”, o plano foi modificado para a instalação de ervas aromáticas e medicinais. “Não podia fazer um balanço mais positivo, trabalhar no que se gosta não cansa e ver as coisas evoluírem, mesmo a passo de caracol, é bastante motivador e espero que assim continue”, conclui. “Não há nenhuma garantia de que chegaremos ao objetivo” A alguns

quilómetros do terreno onde irá nascer o projeto de ervas aromáticas e medicinais de André Lemos, já no concelho vizinho de Cuba, Mariana Santos e Tiago Marcos, ambos de 26 anos, também lutam pelo seu sonho: reabilitar o Lugar do Monte,

um espaço com cerca de meio hectare nas imediações da vila, que integra uma pequena horta, currais e armazéns e que é pertença do avô de Tiago. O recurso ao crowdfunding, sistema que conheceram através de amigos, destina-se “basicamente”, explica Mariana, “a uma fossa, bomba de água e canalizações” para depois “construir uma casa de banho e uma cozinha”, condições mínimas que permitam receber amigos, quem queira participar em workshops agrícolas e pecuários ou ajudar nos diversos trabalhos agrícolas. Até quarta-feira, dia do fecho da presente edição, o jovem casal tinha angariado, através da plataforma PPL, 478 euros, dos 2 000 pedidos. A “recompensa” com mais saída até ao momento é o direito a batizar uma cabra (dois euros), seguida do passeio de “pasteleira” pelo campo, para duas pessoas (20 euros). A maior parte dos mais de 30 apoiantes do projeto são amigos do casal de empreendedores, mas “já houve desconhecidos que contribuíram com 15 ou 20 euros”, uma situação que deixa Mariana felicíssima. “Fico contente de todas as maneiras, mas quando são pessoas que não nos conhecem, é porque acreditam no projeto, não é só porque são nossos amigos e nos querem ajudar”, diz. Restam 60 dias até ao encerramento da campanha e Mariana não sabe o que os espera: “Houve alturas em que todos os dias recebíamos contribuições de muitas pessoas. Agora está a entrar numa fase mais paradinha. Há uns dias já nos voltaram a dizer que queriam contribuir. Duas pessoas querem apadrinhar cinco cabras cada. Sempre que postamos no Facebook que tal pessoa

contribuiu com x e que terá como recompensa y, aparece alguém a contribuir, veem algum movimento [no Facebook] e lembram-se”. Se ultrapassarem o valor estabelecido, o restante será utilizado para outras obras necessárias no espaço. Caso a campanha não seja bem-sucedida, Tiago garante que o projeto avançará, “vai é ser mais demorado”. A possibilidade de uma pessoa conseguir concretizar um projeto, “com a ajuda dos amigos, sem grande investimento” para além das “recompensas”, e de os apoiantes, “ao contribuírem, acabarem por fazer parte do projeto”, são as principais vantagens do sistema, segundo o casal. O aspeto negativo é, claramente, dizem, o sistema “tudo ou nada”. “Uma pessoa vê o projeto a crescer, cria esperanças, e depois, se calhar, chega ao final e não consegue o financiamento”, lamenta Mariana. “Não há nenhuma garantia de que chegaremos ao objetivo”, reforça Tiago, adiantando que nesta fase só lhes resta continuar a divulgar o projeto “para maximizar o número de possíveis interessados”. Energia solar, reaproveitamento das águas, telhado verde em todas as edificações e uma piscina ecológica são outros dos planos, mas a longo prazo, para o Lugar do Monte. Jovens agricultores prepararam candidatura ao Proder O jovem casal de

agricultores decidiu “mudar de vida” há pouco mais de um ano. Mariana, natural de Faro e com formação em gestão, dedicava-se a dar explicações de matemática “a alguns miúdos” na sua terra natal. Tiago, nascido em Cuba, era militar da Marinha na capital do Algarve. Numa das visitas do casal a Cuba, Tiago falou na possibilidade, ainda que “a brincar”, de

comprar umas cabras, aproveitando os terrenos do avô, outrora agricultor. A rotatividade imposta pelo serviço de Tiago acabou por ter um peso significativo na decisão, até porque o jovem nunca encarou a Marinha “como uma solução definitiva”. “A Marinha surgiu porque estava no 12.º ano em Humanidades, comecei a olhar para os cursos e a perceber que dentro da área havia meia dúzia com alguma saída de emprego e que os que eu gostava eram os que tinham menos saída, portanto não me apeteceu estar a gastar dinheiro na universidade durante cinco anos para depois, à partida, ficar sem trabalho. Então fui experimentar a Marinha. Foi uma experiência como outra qualquer, foi engraçado, mas aqui sinto-me melhor e sei que vou ficar aqui”, assegura. As 30 primeiras cabras chegaram ao Lugar do Monte no dia 21 de janeiro deste ano. Entretanto já nasceram perto de duas dezenas de crias. Para além da criação de cabras, cujo leite é vendido a uma queijaria, Mariana e Tiago dedicam-se, também em terrenos próprios, a trabalhos sazonais, como vindima e apanha de azeitona. No total são 12 hectares de terreno, grande parte destinada a pastagem. Os jovens agricultores estão também a preparar uma candidatura no âmbito do instrumento estratégico e financeiro de apoio ao desenvolvimento rural Proder, no valor de 30 mil euros, para aquisição de equipamentos de rega destinados às pastagens, alfaias agrícolas e uma máquina de ordenha, com o objetivo de expandir o negócio dos caprinos. “Vamos ter que aumentar também o número de cabras, porque só a partir das 100, 120, é que começa a ser rentável”, acrescenta Tiago. “Sinceramente gosto desta vida, é muito mais calma, uma pessoa não tem quase stresse nenhum, estamos com os animais”, diz Mariana. O único senão são as baixas temperaturas registadas no inverno e as elevadíssimas no verão, “muito diferentes das do Algarve”, conclui.


Diário do Alentejo 29 novembro 2013

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Semana Europeia do teste VIH passa pelas Portas de Mértola

Prossegue desde sexta-feira, 22, no território da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (Ulsba), a Semana Europeia do teste VIH. Amanhã, sábado, entre as 10 e as 13 horas, a unidade móvel da Associação para o Planeamento da Família (APF) vai estar estacionada nas Portas de Mértola, em Beja, para atividades de

Atual

Médicos elegem no dia 12 órgãos regionais da ordem

Distrital do PSD “reforça” presença nos órgãos nacionais A distrital de Beja do PSD viu recentemente “reforçada” a sua representação nos órgãos nacionais do partido, na sequência do último Congresso dos Autarcas social democratas, informa a estrutura. Nomeadamente elegendo para a comissão política nacional Amílcar Mourão, membro da Assembleia Municipal de Moura; para o conselho nacional Ricardo Colaço, vereador da Câmara Municipal de Almodôvar, João Roberto, membro da Assembleia Municipal de Vidigueira, Sérgio Marçal, vereador da Câmara Municipal de Ourique; e para o conselho de jurisdição nacional, Carlos Bernardino, eleito na Assembleia Municipal de Odemira. Mário Simões, presidente da distrital laranja, considera que a presença de vários elementos nos órgãos nacionais “é o reconhecimento do trabalho realizado no distrito”.

Pita Ameixa questiona Governo sobre trabalho imigrante na agricultura A propósito da mão de obra imigrante na agricultura, para cujas condições de vida e de trabalho o deputado Luís Pita Ameixa já havia chamado a atenção do Governo em maio último, o parlamentar volta a carga dirigindo uma pergunta ao ministro da Economia, pretendendo saber se tem o Governo conhecimento, em toda a sua extensão, da problemática dos grandes contingentes de mão de obra agrícola estrangeira, nomeadamente no Baixo Alentejo. PUB

divulgação de serviços e possibilidade de teste. No mesmo dia, após as 23 horas, será levada a cabo uma ação de sensibilização pelos bares da capital de distrito, seguindo-se no domingo, 1, uma caminhada em Castro Verde, e na segunda-feira, uma sessão na Escola Profissional de Moura, também com possibilidade de teste.

Menos clínicos nos centros de saúde satura urgências e sai caro A “anunciada redução de médicos nos centros de saúde” do distrito é uma das preocupações imediatas dos elementos da lista única que, no próximo dia 12, se apresentam a votos na eleição para os órgãos distritais de beja da Ordem dos Médicos.

P

edro Vasconcelos, presidente do Conselho Distrital de Beja da Ordem dos Médicos, que é de novo candidato à frente de uma lista “de continuidade”, manifestou ao “Diário do Alentejo” a sua apreensão com “o esvaziamento da oferta de saúde ao nível dos cuidados primários” e a consequente “sobrecarga dos serviços hospitalares”. Para o clínico bejense, “a anunciada redução de médicos no centro de saúde” tem como consequência a “saturação das urgências”, implicando ainda “gastos superiores”. No programa de ação da lista concorrente ao Conselho Distrital de Beja da Ordem dos Médicos pode

Pedro Vasconcelos

ler-se que “a defesa de serviços e da sua qualidade, que cimentaram no distrito uma saúde de referência (tanto a nível dos cuidados hospitalares, quanto dos cuidados de saúde primários e da saúde pública) será uma inquestionável prioridade, pela convicção de que o distrito médico de Beja não pode ser amputado

de serviços, profissionais ou meios complementares de diagnóstico e terapêutica o que inevitavelmente tem reflexo negativo na saúde das populações, na retirada de idoneidades formativas, na desmotivação crescente dos médicos atuais e na menor atratividade local para a fixação de população em geral, de outros médicos, especialmente jovens, e mesmo de projetos de desenvolvimento socioeconómico.” Questionado pelo “Diário do Alentejo” sobre a diminuição de camas em vários serviços do Hospital José Joaquim Fernandes, Pedro Vasconcelos disse que “continua sem resposta do Conselho de Administração (CA)” sobre esse assunto. O médico queixa-se de “falta de comunicação” por parte do CA da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo e de se viver numa espécie de “nublosa” e, neste caso, teme que a falta de camas possa ter “reflexo na qualidade dos serviços e na formação de novos médicos”. AF

Herdade do Laranjo e de São Pedro na mira das autoridades

ACT faz segunda visita inspetiva a exploração agrícola em Castro Verde

I

nspetores da Unidade Local do Litoral e Baixo Alentejo da Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT) realizaram na sexta-feira, 22, nova visita à exploração agrícola situada na herdade do Laranjo e São Pedro, no concelho de Castro Verde, “para verificarem se tinham sido tomadas medidas no que respeita à situação laboral de trabalhadores romenos, bem como às condições de segurança, higiene e habitabilidade das instalações sociais da empresa”. Nesta segunda visita inspetiva, efetuada em parceria com agentes da GNR, elementos da Unidade de Saúde Pública e com a delegada de saúde, verificou-se que

“no local apenas se encontravam 24 trabalhadores romenos, constatandose que não existiam os menores nem as raparigas detetados na primeira vista, sabendo-se que entretanto abandonaram a exploração agrícola e regressaram com outros trabalhadores ao seu país”, informa a ACT. Relativamente aos trabalhadores romenos que continuam na empresa, a ACT vai continuar “as averiguações no que respeita à sua regularização no âmbito do destacamento de trabalhadores para território português”, prossegue a ACT. A equipa inspetiva verificou ainda que as instalações sociais e de alojamento dos trabalhadores, situadas dentro da

zona construída da empresa agrícola, continuavam sem reunir as condições mínimas de higiene e utilização, pelo que “serão aplicados procedimentos coercivos (autos de notícia), nomeadamente, no que respeita às instalações elétricas, locais de descanso, chuveiros e instalações sanitárias”. Recorda-se que numa primeira visita a ACT detetou 32 trabalhadores romenos na apanha de azeitona que foram contratados em Espanha por uma entidade empregadora estabelecida naquele país e exerciam a sua atividade em território português para execução de um contrato de prestação de serviços.


O presidente da Câmara de Almodôvar, António Bota, veio a público lamentar “profundamente a forma e o estilo, totalmente inadequados e até desrespeitosos”, usados pelos movimento Independentes por Almodôvar “para tentar atingir os eleitos da autarquia e justificar as fragilidades e eventuais erros da gestão de António Sebastião”. Em comunicado, o autarca, que se recusa a comentar, em concreto, as acusações de “impreparação” e

João Ramos questiona Governo sobre alunos com necessidades especiais O deputado do PCP João Ramos reuniu-se na segunda-feira, 18, com a Associação de Pais e Encarregados de Educação da Escola Básica Santiago Maior, em Beja, para aprofundar a questão da falta de meios materiais e humanos no apoio aos alunos com necessidades especiais. Segundo o parlamentar,

“ignorância” de que foi alvo, sublinha que, “em nenhum momento deturpou a realidade financeira da autarquia”. Muito pelo contrário, continua, foi “sempre muito objetivo na identificação da realidade existente”, chamando, por exemplo, a atenção para o facto de não se poder falar em “sólida situação financeira quando existe uma dívida bancária de 6,4 milhões de euros e há compromissos assumidos sem garantia de financiamento”.

desde setembro último que se mantém, naquele estabelecimento de ensino, “uma situação inaceitável de negação de apoio a crianças com necessidades especiais devido à falta de meios humanos”, o que é patente, por exemplo, no fisioterapeuta que foi contratado apenas a meio tempo (18 horas semanais), “para acompanhar duas escolas básicas e uma secundária deste mega-agrupamento”.

Revelado estudo sobre Setor Empresarial Local

Resultados económicos das empresas municipais Foram revelados os dados do Setor Empresarial Local (SEL) e no País poderão encerrar 111 empresas das 272. Algumas empresas da região, contudo, aparecem no ranking, relativamente a 2012, das 35 empresas menos endividadas. É o caso da Mobitral, da Merturis, da ExpoBeja e da Serpobra. E duas destacam-se na lista das entidades com melhores resultados económicos em 2012: A Ambilital – Investimentos Ambientais no Alentejo e a EMAS – Empresa Municipal de Água e Saneamento de Beja.

Ranking das 35 empresas com melhores resultados económicos (2012) 492 391€

414 145€

A

nova lei do setor empresarial local deverá provocar o encerramento de 111 empresas do setor local, quase metade das que constituem este universo, tendo em conta o período entre 2009 e 2012, revelou, recentemente, um estudo da Ordem dos Técnicos Oficias de Contas (OTOC). Na Atualização do Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses, revelada na semana passada, foram atualizadas as contas de 272 entidades, sendo que 163 são empresas municipais, 49 são entidades empresariais locais, 30 são sociedades anónimas, 13 são sociedades unipessoais por quotas com capitais municipais e 17 são entidades intermunicipais. As empresas anunciadas correm o risco de extinção por não cumprirem pelo menos um dos quatro critérios de viabilidade estabelecidos no novo regime jurídico do Setor Empresarial Local (SEL), que foi apresentado em agosto de 2012. Embora não seja, por si só, um dos critérios PUB

Ambilital EMAS 20.º lugar 22.º Ranking das 35 empresas menos endividadas (2012) 54 216€ 58 896€ 7 607€

8 628€

Mobitral Merturis ExpoBeja Serpobra 5.º lugar 7.º 32.º 34.º

09 Diário do Alentejo 29 novembro 2013

António Bota lamenta acusações de Independentes por Almodôvar

para o encerramento, o estudo do OTOC revelou as 35 entidades do SEL com mais dívidas (maior passivo exigível) em 2012. De realçar que nesta lista não consta qualquer entidade do distrito de Beja e do litoral alentejano. O mesmo já não acontece no ranking contrário. Isto é, na lista de entidades do SEL com menor passivo elegível (dívidas) em 2011. No ranking das menos endividadas destacase, em quinto lugar, a Mobílias Tradicionais Alentejanas (Mobitral), de Ferreira do Alentejo, com 7 607 euros. Segue-se depois, na sétima posição, a Merturis – Turismo, de Mértola, com o montante de 8 628 euros. Em 32.º lugar aparece a ExpoBeja – Sociedade Gestora do Parque de Feiras e Exposições, com um total de 54 216 euros, e, em 34.º lugar, a Serpobra – Sociedade de Desenvolvimento Local e Reabilitação Urbana, de Serpa, com 58 896 euros. Já no ranking apresentado pelo estudo, no que diz respeito às 35 entidades com melhores resultados económicos em 2012, há duas entidades da região que se destacam. A Ambilital – Investimentos Ambientais no Alentejo (Alcácer do Sal, Aljustrel, Ferreira do Alentejo, Grândola, Odemira, Santiago do Cacém e Sines), com 492 391 euros, e a EMAS – Empresa Municipal de Água e Saneamento de Beja, com 414 145 euros. De referir ainda que não foi possível apurar, segundo revela o estudo, dados relativamente a 2012 a algumas entidades, por se terem extinguido, fundido ou não ter sido possível recolher informação, estando entre elas a Resialentejo – Tratamento e Valorização de Resíduos. BS

PS acusa Câmara de Beja de discriminar pequenos investidores Os vereadores socialistas na Câmara de Beja consideram que o atual executivo, da CDU, adotou “uma atitude de discriminação negativa relativamente às micro, pequenas e médias empresas”. Isto porque, explicam em nota de imprensa, foi recusada na última reunião de câmara a concessão de isenção das taxas TRIU a um pequeno investidor que pretende instalar um turismo rural na Mina da Juliana, e que foi reconhecido, no anterior mandato, “como de interesse para o desenvolvimento turístico do concelho”.

E propõe auditoria externa às contas do município Os eleitos do PS na Câmara de Beja voltaram a contestar as contas apresentadas no fim de outubro pelo novo executivo, liderado por João Rocha, considerando os resultados divulgados “repletos de falhas técnicas e erros grosseiros”. “Com a confusão gerada entre datas, metodologias e conceitos técnicos, os valores são um logro, traduzindo-se num ‘passivo’ muito empolado, acrescido em mais de cinco milhões de euros”, referem os socialistas, denunciando que “confrontada com a situação, a maioria CDU não conseguiu ou não quis reconhecer e corrigir os enganos, por mais óbvios que fossem ou sejam”. Assim, os vereadores do PS, “cientes do excelente trabalho económico e financeiro operado pelo anterior executivo”, liderado por Jorge Pulido Valente, “propuseram em reunião de câmara que o executivo CDU pedisse uma auditoria externa às contas municipais e aos valores apresentados”. Será, defendem, “a melhor forma de esclarecer os munícipes, acabar com todas as dúvidas e ver reposta a verdade dos números da autarquia”.


Diário do Alentejo 29 novembro 2013

JOSÉ SERRANO

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Protesto começou no último dia 24

National Geographic gosta do Alentejo

Trabalhadores da Somincor em greve todos os domingos até final do ano

Destino “obrigatório”

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s trabalhadores da Somincor entraram em greve no último dia 24, e preveem repetir a paralisação do trabalho “todos os domingos” até ao final do ano, segundo informou a direção do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Mineira (STIM) que emitiu o pré-aviso de greve, “por decisão dos trabalhadores, em plenário”. “Os trabalhadores, por diversas vezes e de diferentes formas, manifestaram o seu desagrado pelo regime de laboração contínua, devido, por um lado, à penosidade do trabalho no interior da mina e, por outro, às graves implicações na saúde e na vida pessoal e familiar. Mas, apesar de ter conhecimento que este regime de labo-

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ração não era e continua a não ser da conveniência dos trabalhadores, a administração, utilizando diversas formas de pressão, decidiu impô-lo na empresa”, denunciou a estrutura sindical em nota de imprensa. A laboração contínua, acrescenta o STIM, aplica-se neste momento a cerca de 300 trabalhadores e, para além de ser causa de “desgaste físico e psicológico”, acabará também por “se refletir negativamente na produção e na segurança de pessoas e equipamentos, como comprovam as experiências do passado”, pelo que se exige “a reposição dos horários anteriormente praticados, preferencialmente de segunda a sexta-feira”.

O Alentejo é um dos 21 destinos mundiais considerados de visita obrigatória em 2014 pela revista de viagens da National Geographic, na edição deste mês.

A

publicação americana integrou o Alentejo na lista de ouro da “Traveler” que, anualmente, aconselha destinos que apenas “refletem o que é autêntico, culturalmente rico, sustentável e superlativo no atual mundo das viagens”. Entre o norte da Austrália, a Apúlia, os parques do Ruanda e da Índia, e Cabo Verde, a região é destacada pelo “ritmo lento que é parte da atração” e considerada um sítio propício para “relaxar, praticar a paciência e não olhar para o relógio”. Entre as muitas atrações do Alentejo, a revista destaca a Rota Vicentina; o Ecorkhotel, em Évora; o Museu do Sabão,

em Belver; a Rota Tons de Mármore; o grande Lago Alqueva e a Reserva Dark Sky; a Tasca do Celso, em Vila Nova de Milfontes; o Mundo Montado e a Imani Country House. Em comunicado, a Turismo do Alentejo, ERT, reage ao reconhecimento afirmando que é “um orgulho revelador de que o Alentejo tem sabido estruturar os seus produtos turísticos de forma inovadora, respeitando valores diferenciadores como a autenticidade e a identidade”. A Entidade Regional de Turismo recorda também que, em outubro último, o Alentejo foi premiado, pelo quarto ano consecutivo, com o título Melhor Região de Turismo Nacional, na gala dos Publituris Portugal Travel Awards 2013. Sendo que o filme promocional “Alentejo, tempo para ser feliz”, de fevereiro, conquistou o Golfinho de Prata na categoria “Filmes de Turismo”, do Cannes Corporate Media & TV Awards.

Pedro do Carmo é membro efetivo da direção

Autarcas alentejanos na Associação dos Municípios

P

ela primeira vez, todos os presidentes de câmara eleitos pelo PS no distrito de Beja integram os órgãos dirigentes da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), com destaque para a eleição de Pedro do Carmo, presidente da Câmara Municipal de Ourique e presidente do PS/Baixo Alentejo, como membro efetivo do conselho diretivo da ANMP, agora liderado pelo novo presidente da Câmara Municipal de Coimbra, o socialista Manuel Machado, informou a federação socialista do Baixo Alentejo. As eleições decorreram no último sábado, 23, em Santarém, no âmbito do XXI Congresso Nacional da ANMP, que

juntou cerca de 845 participantes. Além de Pedro do Carmo, foram eleitos os presidentes dos municípios de Aljustrel, Almodôvar, Mértola e Odemira (conselho geral), e de Ferreira do Alentejo (comité das regiões), “num reforço significativo da posição dos socialistas do Baixo Alentejo”, sublinha a federação. Nos órgãos diretivos da ANMP estão também os comunistas Vítor Proença, presidente da Câmara de Alcácer do Sal e igualmente eleito como membro efetivo do conselho diretivo da associação, e José Maria Pós-de-Mina, ex-presidente do município de Moura, que é o novo presidente do conselho fiscal.

www.edia.pt

EDIA tem novo site

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oi lançado na segunda-feira, 25, o novo sítio institucional da EDIA, assente na nova imagem da empresa gestora do Alqueva e na sua nova assinatura: “EDIA, novos caminhos para a água”. Com a nova assinatura, explica a empresa, “pretende-se enfatizar o cariz de fins múltiplos de Alqueva, dando protagonismo ao seu elemento central na promoção do desenvolvimento da região: a água”. O novo sítio mantém-se no endereço www.edia.pt, apre-

sentando como maior novidade a “possibilidade de visionamento de todo o empreendimento através de uma visita virtual, ao longo de um percurso onde são apresentadas as infraestruturas, sua descrição e dados técnicos”. A nova funcionalidade, que dá pelo nome de “Story Map”, pretende evidenciar o “caminho da água” desde a sua origem, Alqueva, até aos seus utilizadores finais. O novo sítio da EDIA está igualmente disponível em inglês.


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A

Câmara Municipal de Moura reabre no próximo domingo, dia 1, a partir das 14 horas, a Escola Básica com Jardim de Infância de Santo Aleixo da Restauração, após obras de reabilitação, uma iniciativa

que se insere nas comemorações naquela freguesia do Dia da Restauração. A intervenção, com um custo de 250 mil euros, teve como objetivo dotar o estabelecimento de ensino de melhores condições de funcionamento, adaptando-o às novas exigências educativas preconizadas nos anos 90 e levadas a cabo desde 2006. Designadamente, o alargamento de horário, generalização das refeições e introdução das atividades de enriquecimento de horário e de apoio à família. A requalificação encontrava-se prevista na Carta

Educativa do concelho, aprovada em 2006, sendo este o quarto estabelecimento educativo a ser alvo de semelhante intervenção, depois das escolas básicas de Santo Amador, Fojo e Porta Nova. A Escola Básica com Jardim de Infância de Santo Aleixo da Restauração conta agora com duas salas de 1.º ciclo, uma sala de pré-escolar, uma sala de professores e uma sala multiusos, acolhendo cerca de 36 alunos, além de um espaço exterior requalificado e de pontos de acesso à Internet em todas as salas.

Diário do Alentejo 29 novembro 2013

Câmara de Moura reabre escola em Santo Aleixo

Investigadora coordena projeto Arqueologia das Cidades de Beja

Arqueóloga Conceição Lopes no Comité do Património Mundial da Unesco

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ortugal foi eleito, no último dia 19, para integrar o Comité do Património Mundial da Unesco, responsável pela aplicação, gestão e utilização dos fundos do Património Mundial. Uma presença nacional que será assegurada por uma equipa de docentes universitárias de que faz parte Conceição Lopes, arqueóloga beirã que dedicou mais de metade do seu percurso ao Alentejo e que é atualmente coordenadora do projeto Arqueologia das PUB

Cidades de Beja. A investigadora, cuja tese de doutoramento incidiu sobre a Beja romana, é professora na Universidade de Coimbra e coordena o Centro de Estudos Arqueológicos das Universidades de Coimbra e Porto. Na referida equipa estão também Teresa Andreza, Anabela Calado e Clara Bertrand Cabral, bem como o embaixador José Filipe Moraes Cabral, representante permanente da missão de Portugal na Unesco, em Paris.

Recorde-se que, entre os 22 países concorrentes às 12 vagas disponíveis, Por tuga l foi o qua r to ma is votado, com um total de 111 votos. Depois do mandato entre 1999 e 2005, o país prepara-se para um novo ciclo como membro do comité internacional, desta vez até 2017. A nomeação aconteceu no dia 19, em Paris, tendo Portugal sido apenas ultrapassado pela Turquia, Filipinas e Finlândia, que receberam 121, 116 e 115 votos,

respetivamente. Com 15 bens classificados na Lista do Património Mundial, entre os quais o Mosteiro de Alcobaça, o Centro Histórico de Évora, a Paisagem Cultural de Sintra, a Arte Rupestre do Vale do Coa ou o Vale do Douro, Portugal é agora um dos 21 estados-membros a analisar todas as candidaturas que sejam apresentadas ao comité, a decidir quais os bens a inscrever na prestigiada lista, e a analisar os relatórios sobre o

estado de conservação daqueles que já se encontram inscritos. Em comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros sublinha que esta eleição reflete o “claro reconhecimento do nosso contributo construtivo em termos de cooperação internacional em matéria de património, bem como da valia do património histórico português e do empenho, experiência e competência do nosso país na preservação e gestão de bens patrimoniais, edificados ou naturais”.


Diário do Alentejo 29 novembro 2013

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Feira do Livro de Ourique termina amanhã

Termina amanhã, sábado, na biblioteca municipal local, a 17.ª Feira do Livro de Ourique, que arrancou na segunda-feira e que tem sido palco da apresentação de várias obras. Para hoje, sexta-feira, destacam-se ainda no programa duas sessões de música para bebés (um e dois anos), dinamizadas por José Micael, professor da secção de Castro Verde do Conservatório Regional do Baixo Alentejo. No sábado, é apresentada, pelas 15 e 30 horas, a produção de teatro e circo “Capas, folhas e letras”, pelo projeto Anagrama. A feira encerra pelas 19 horas.

Feira do Livro de Grândola entre hoje e dia 8 Grandes clássicos da literatura ou as mais recentes novidades vão estar em exposição e venda na 29.ª edição da Feira do Livro de Grândola, que abre hoje ao público, a partir das 21 horas, na biblioteca municipal. A decorrer até ao próximo dia 8, o certame conta este ano com a participação de 50 editoras, integrando uma programação paralela com apresentações

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Encontro de arqueologia

A minha boca parece um deserto tem ilustrações de José Francisco

Serpa reabre castelo

Serafim inspira-se na filha para o seu novo livro

ecorre entre hoje, sexta-feira, e domingo, 1, o VII Encontro de Arqueologia do Sudoeste Peninsular, evento cujo acolhimento é partilhado entre a Câmara Municipal de Serpa e o Ayuntamiento de Aroche, Espanha, por ocasião da comemoração dos 20 anos da primeira edição. Os dois primeiros dias decorrerão em Aroche, e, no dia 1, já em Serpa, o encontro vai debruçar-se sobre o projeto de requalificação e ampliação do Museu Municipal de Arqueologia e as escavações arqueológicas promovidas pela autarquia no castelo. Serão também promovidos uma visita guiada ao local das escavações arqueológicas, o lançamento das atas do VI Encontro de Arqueologia Peninsular, bem como atividades no castelo, que será reaberto ao público, na sequência da intervenção efetuada na alcáçova. Neste âmbito, às 11 e 30 horas terá lugar a inauguração da sala polivalente do Museu Municipal de Arqueologia, com a exposição itinerante da Rede de Museus do Distrito de Beja, “Marcas do Território. Testemunhos do Património do Baixo Alentejo”, patente até 31 de dezembro. A autarquia informa ainda que a obra do Museu Municipal de Arqueologia na Casa do Governador “está concluída, embora decorra ainda a implementação do projeto de museografia para a futura exposição permanente”. PUB

de livros, sessões de animação do livro e da leitura para todos, teatro para bebés e crianças, com Cristina Paiva e a Associação Andante, e o ciclo Venha Ler Cinema. No domingo, 1, pelas 17 horas, será apresentada a obra O Poder Angolano em Portugal, com a presença do autor, Celso Filipe, subdiretor do “Jornal de Negócios”, que será introduzida por Nicolau Santos, diretor adjunto do semanário “Expresso”.

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ficção nunca nasce do nada. Neste caso, foi também beber à realidade. À secura de Cabo Verde, onde Jorge Serafim costuma deslocar-se nas suas andanças de contador de histórias, e a uma tirada poética, e precoce, da sua filha, então com apenas cinco anos e meio. Foi no Mindelo, véspera do regresso a Portugal, nas instalações do Instituto Camões e num momento de muita urgência por um copo de água. A mãe confortou-a: “Aguenta um bocadinho, filha. O pai já vem”. E ela, desesperada: “Não aguento, tenho tanta sede, tanta sede, que a minha boca parece um deserto”. “Comovido e maravilhado”, Jorge Serafim encontrou aí o mote para o seu mais recente livro, lançado recentemente em Beja, e com nova apresentação agendada para este domingo, 1, pelas 17 horas, no âmbito da 17.ª Feira do Livro de Alcácer do Sal. O livro, que dá continuidade à parceria com o ilustrador José Francisco,

encetada em Sonhar ao Longe, é, segundo o autor, “uma pequena história em torno da escassez da água”. Mas, mais do que isso, uma alusão à “forma como as pessoas ultrapassam um dia de cada vez”, colocando a “criatividade ao serviço da sobrevivência”. Uma

capacidade de inventar impossíveis que é aqui ilustrada por três gerações de mulheres – avó, mãe e neta – e nem podia ser de outra forma. Ninguém melhor do que elas, as mulheres, entende o ciclo da natureza e, por isso, “estão aptas para a mudança. Sempre prontas”. Mesmo se a única solução à vista é, no caso, semear o único que ainda possuem: as lágrimas que lhe correm no meio de tanta secura. Iniciam, assim, um novo ciclo e depois, desvenda o contador, “nascem copos de água cheios até acima”. Escrito intencionalmente conforme o “velho acordo ortográfico”, A minha boca parece um deserto é também, por opção, uma edição de autor, porque “pela forma muito pessoal com que nasceu, não poderia ficar sujeito ao cunho dos estudos de viabilidade económica”, admite Serafim. Quanto às ilustrações, que “são muito bonitas”, orgulha-se, “elas não interpretam a história, continuam-na”, e é aí que reside a “criatividade” do parceiro José Francisco, sublinha. CF

Jovem autora de Aljustrel

Olinda Gil lança Contos Breves

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jovem autora Olinda Gil, de Aljustrel, acaba de lançar, na biblioteca da sua terra, o livro Contos Breves, que se encontra à venda desde o último dia 16. No opúsculo, estão reunidas, como a autora lhe chama, “pe-

quenas narrativas inconscientes” que, justamente, remontam a uma época em que “era tão jovem que nem sabia que estava a escrever um tipo específico de conto”. Contos Breves resulta de uma seleção de textos criados entre 1999 e 2007, período que corresponde, apro-

ximadamente, à colaboração de Olinda Gil no suplemento“DN Jovem”. “Muitos dos textos aqui presentes foram lá publicados”, revela a autora, adiantando que, no conjunto, estão também incluídos “alguns que estavam inacabados, tendo sido agora trabalhados”.


Federação impede que jovem alentejana cante o hino em Estocolmo

A segunda morte de Cândido de Oliveira As histórias começam sempre pelo início. E o pontapé de saída da seleção nacional de futebol foi dado, em Madrid, no dia 18 de dezembro de 1921. À frente do 11 português pontificava Cândido de Oliveira, um alentejano de Fronteira. No passado dia 19, em Estocolmo, Ronaldo e companhia entraram em campo para conquistar a presença na fase final do Mundial do Brasil. Nos bastidores, uma jovem alentejana afinava a garganta para cantar a capella o hino nacional. Assim não o quiseram os responsáveis da Federação Portuguesa de Futebol, e “A Portuguesa” ouviu-se sem a alma alentejana que Vera Guita, certamente, lhe entregaria. Texto Aníbal Fernandes

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orria o ano de 1896 quando, no dia 24 de setembro, nasceu em Fronteira Cândido Fernandes Plácido de Oliveira. Último de uma família de 10 filhos, aos nove anos ficou órfão de pai. A Casa Pia de Lisboa foi o seu destino e a sua escola. Desde cedo que o aluno número 3 466 dos “gansos” se deixou apaixonar pelo football, sem que isso, porém, o impedisse de praticar luta greco-romana – disciplina em que foi campeão nacional –, ou o “jogo da azeitona” como se chamava, então por cá, ao râguebi. Apesar do espírito eclético, ganhou o futebol e, com apenas 18 anos, ingressou na primeira categoria do Sport Lisboa e Benfica, em que foi campeão vários anos e de onde saiu em 1920 para fundar o Casa Pia Futebol Clube. Cedo deixou de jogar, mas as “qualidades humanas” reconhecidas por todos que com ele lidaram levaram-no, com 32 anos, ao comando técnico da seleção nacional que em Amesterdão, em 1928, PUB

I Portugal-Espanha Mariano Arrate e Cândido de Oliveira, os dois capitães

Os interesses de Cândido de Oliveira não se ficavam pela prática desportiva. Funcionário dos CTT e colaborador de vários jornais, possuidor de uma forte cultura humanista e militantemente antifascista, durante a guerra, foi agente dos Aliados em Portugal.

atingiu os quartos de final do Torneio Olímpico. No entanto, os interesses de Cândido de Oliveira não se ficavam pela prática desportiva. Funcionário dos CTT e colaborador de vários jornais da época, possuidor de uma forte cultura humanista e militantemente antifascista, mestre Cândido tornou-se agente anglófilo, integrando, clandestinamente, o Special Operations Executive, com a tarefa de informar os Aliados acerca das movimentações das forças nazis em Portugal e preparar a resistência, na eventualidade de uma invasão alemã ao território. A neutralidade de Salazar enviouo, primeiro para Caxias (1942), e depois, durante 16 meses, para o Tarrafal, em Cabo Verde, onde escreveu o livro O Pântano da Morte, editado já depois da sua morte, após o 25 de Abril de 1974. Depois de libertado, em 1944, e com a vida profissional “congelada” pelo Estado Novo, regressou ao futebol. Foi treinador da célebre equipa do Sporting Clube de Portugal conhecida por “Cinco Violinos”, Académica, FC Porto e, numa curta experiência no estrangeiro, no brasileiro Flamengo. Nesse mesmo a no, f unda com Ribeiro dos Reis e Vicente Melo o jornal “A Bola”, ao serviço de quem se desloca a Estocolmo, em 1958, para cobrir o mundial que trouxe Pelé para a ribalta. Foi aqui, que segundo relatos da época, mestre Cândido, embrenhado no trabalho, descurou uma pneumonia que o levaria ao hospital e à morte, na cidade onde há uma semana atrás a seleção portuguesa se qualificou para o Mundial do Brasil e os responsáveis da federação impediram que uma voz alentejana entoasse, alto e bom som, o hino nacional. Deve ter morrido outra vez.

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A “culpa” foi da Mariza

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era Guita é uma jovem professora, nascida em Montemor-o-Novo e, como tantos outros da sua idade, emigrada. Por cá cantou e, diz quem a ouviu, encantou, no Coral de São Domingos. Há dois anos rumou à Suécia onde leciona música tradicional portuguesa. A federação local de futebol convidou-a para interpretar “A Portuguesa” antes do encontro do passado dia 19, no Estádio da Amizade (Friends Arena), em Estocolmo. Vera anunciou-o, orgulhosa, no Facebook. Minutos antes do início do jogo, ainda a página on line do jornal “Record” assinalava que “o hino nacional da Suécia será interpretado por Tommy Körberg, um popular cantor de rock local, contemporâneo dos famosos ABBA. O hino de Portugal, por sua vez, será cantado pela soprano portuguesa Vera Guita”. Era assim que devia ter sido, mas os responsáveis pela seleção nacional no terreno impediram que tal acontecesse. “Desculpe lá. A sua participação não estava nos nossos planos. Obrigado por ter vindo”. Desta forma lacónica, mandaram às malvas a hipótese de uma portuguesa juntar no seu canto a voz de todos aqueles que, no estádio, em Portugal, ou espalhados por esse mundo fora, partilhavam aquele momento. E porquê? Recuemos a 2002. Mais precisamente ao dia 14 de junho. No estádio Munhak de Incheon, na Coreia do Sul, defrontavam-se Portugal e a seleção da casa. Os portugueses precisavam de não perder para passarem à fase seguinte, depois de terem batido a Polónia (0-4) e perdido com os EUA (3-2). Antes da partida, Mariza subiu ao relvado e cantou o hino nacional. Aos 27 minutos, João Pinto foi expulso depois de uma entrada dura sobre um jogador coreano. O árbitro, o argentino Angel Sanchez, foi agredido pelo jogador português que, depois disso, sofreu um pesado castigo. Aos 70 minutos, Ji Sung Park marcou para a Coreia. Portugal foi afastado dos oitavos de final do Mundial. Conclusão: cantar o hino nacional ao vivo antes dos jogos dá azar à seleção. Ah! João Pinto é hoje diretor da federação para a seleção nacional de futebol.

Diário do Alentejo 29 novembro 2013

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de maio de 2006. A seleção nacional efetuou em Évora aquele que, até à data, continua a ser o único jogo disputado no Alentejo. O adversário foi a equipa de Cabo. Perante 10 mil espetadores, o 11 de Portugal, treinado por Scolari, bateu a equipa africana por 4-1, com os golos portugueses a serem marcados por Pauleta (três) e Petit.


Diário do Alentejo 29 novembro 2013

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Quanto mais tempo passa, mais bonita me parece a Revolução dos Cravos, o modo como a democracia chegou ao meu País”, Maria de Medeiros, “Diário de Notícias”, 25 de novembro de 2013

Opinião

Crise e centralização: O caminho errado! Jorge Pulido Valente Vereador da Câmara Municipal de Beja e membro da delegação portuguesa do Congresso Europeu dos Eleitos Locais e Regionais

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pretexto e a coberto da crise temos vindo a assistir por parte dos governos, não só em Portugal como um pouco por quase toda a Europa, ao arrepio do que é defendido nas principais instâncias da UE (Conselho da Europa, Congresso dos Eleitos Locais e Regionais, Comité das Regiões…) a um processo acelerado e profundo de centralização através, nomeadamente, dum ataque feroz ao poder autárquico, num desprezo total pelo princípio da subsidiariedade, da governação multinível e da autonomia do poder local. Por outro lado, as autoridades locais sofreram um severo duplo impacto da crise, uma vez que foram confrontadas com decréscimos substanciais nos seus orçamentos devido à quebra de receitas decorrente da diminuição da atividade económica e da redução das transferências do orçamento geral do Estado. Simultaneamente, aumentou a exigência relativamente à obrigação das autarquias locais prestarem assistência social aos cidadãos em stress económico e financeiro, ou seja, aumentaram substancialmente os custos sociais a suportar pelos municípios, nomeadamente, no que respeita à habitação, emprego e apoios a situações agudas. Ainda assim, as autoridades locais, ao contrário do poder central, têm sido as principais responsáveis pela dinamização da atividade económica, pelo investimento público, pelos apoios sociais, ao mesmo tempo que baixaram drasticamente as dívidas e contribuíram muito significativamente para a diminuição do deficit. Daí que sejam particularmente preocupantes e graves as tendências para a ainda maior (re)centralização que se traduzem, designadamente nas reformas territoriais e administrativas (com a fusão forçada de freguesias e municípios) e na imposição de severas e excessivas medidas de austeridade e de abusivas regras fiscais e financeiras, num claro desrespeito pelos princípios da autonomia local a que Portugal está vinculado pela ratificação e assinatura, em 1990, da Carta Europeia de Autonomia Local. Apesar de no incipiente Guião de Reforma do Estado, recentemente apresentado, se referir explicitamente a transferência de competências para os municípios como uma das medidas a prosseguir, o certo é que, ainda antes do início declarado da crise, se lançou um processo profundo, contínuo e radical de enfraquecimento e esvaziamento do poder local, através da aprovação unilateral (com consultas prévias meramente formais) sucessiva de leis redutoras da capacidade e da autonomia das autarquias locais (lei dos compromissos e dívidas em atraso, lei das finanças locais, lei da reorganização territorial e administrativa do território, lei do setor público empresarial, lei do orçamento de estado, lei 75/2013...). Ora, deveria ser precisamente o caminho contrário aquele que deveríamos seguir, porque a descentralização é a chave para uma melhor performance económica e para o crescimento, uma vez que a capacidade de adaptação, resiliência e de recuperação é incomparavelmente maior a nível local e regional. O Governo deveria encarar as autoridades locais como parceiros e aliados indispensáveis no combate à crise, através da recuperação económica, e não como seus adversários, perdulários, a quem é preciso retirar, a todo o custo, poderes, meios de intervenção e recursos financeiros, para que o Estado central os possa utilizar a seu belo prazer. É indispensável que o Governo envolva efetivamente as

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ALQUEVA é mesmo para estar concluído em 2015. O primeiro-ministro já havia lançado esta meta, a ministra da Agricultura já a tinha reforçado e agora é o secretário de Estado da Agricultura que vem dizer que o Governo está “comprometido” com a obra para a data prevista. Embora não se tenha adiantando muito quanto à origem do financiamento, José Diogo Albuquerque sublinhou a importância de Alqueva para a balança de pagamentos portuguesa. A ver vamos. PB

Tal como o mandamento “não matarás” impõe um limite claro para defender o valor da vida humana, hoje também temos de dizer “tu não” a uma economia de exclusão e desigualdade. Esta economia mata. Papa Francisco, citado em www.publico.pt, 26 de novembro de 2013

autoridades locais nos processo de decisão e não se fique pela mera audição prévia formal, numa interpretação restritiva da lei. De salientar que o Conselho Europeu de Ministros responsáveis pelo desenvolvimento local e regional reconheceu, em diversas reuniões e documentos, a importância fundamental das autoridades locais e regionais na recuperação económica e no combate à crise. Para uma estratégia eficaz para sairmos da crise deveriam, por isso, ser seguidos os seguintes princípios (1): 1 - Reconhecimento das autoridades locais e regionais como parceiros chave; 2 - Maior descentralização de competências, com maior autonomia orçamental e correspondentes meios financeiros, cumprindo o princípio da subsidiariedade; 3 - Reavivamento do investimento para estimular o emprego, a inovação e o crescimento económico; 4 - Aumento da participação pública nos processos de decisão a nível nacional, regional e local; 5 - Construção de parcerias com setores privados e não governamentais, bem como com outras autoridades locais e regionais no processo de cooperação voluntária intermunicipal e inter-regional. (1)

Recomendação do Congresso Europeu dos Eleitos Locais e Regionais

se tenha orgulho neles, quando foram eles que nos trouxeram até aqui? Como é possível que algumas nações se considerem desenvolvidas se o termo subdesenvolvimento continua a existir? Como é possível sabermos tudo isto e muito mais e ainda assim continuarmos a achar que somos humanos? Hoje eu não passo fome, hoje eu sou livre de ir para onde quero, hoje eu não sei como é uma arma, hoje eu tenho uma casa, hoje eu não sou rico, mas também não sou pobre, hoje eu sou saudável, hoje eu tenho as minhas filhas a estudar, hoje eu tenho trabalho, hoje eu tenho a minha mãe e as minhas filhas têm avós… Como serei eu daqui a uns tempos? Como seremos todos nós dentro de alguns anos? Como será o ser humano daqui a uma ou umas décadas? Talvez, a única certeza que tenha verdadeiramente é que não é este “ser humano” que quero ser num futuro próximo.

Afinal…o que é teu volta ou nunca parte? Ana Paula Figueira Docente do ensino superior

E S

Ser Humano Luís Covas Lima Bancário

ou profundamente humanista, num sentido, provavelmente, muito próprio, de quem acredita no ser humano, sentido esse que não sei se condiz ou não, com o significado dado ao termo pelas correntes de pensamento atuais. Mas essa concordância de significados pouco ou nada me importa, confesso-vos… No entanto, ao “olhar” para o mundo dos dias de hoje, algum medo, receio, desgosto, tristeza e incredulidade tomam conta de mim e acabo quase sempre a questionar-me - Que espécie de humanidade será a nossa num futuro próximo? Conceções religiosas e políticas à parte, pergunto-me… Como é possível que milhões de crianças, homens e mulheres passem fome quando a abundância e desperdício existem num qualquer ponto do globo? Como é possível que a escravidão do ser humano ainda exista à vista de alguns e aos ouvidos de todos nós? Não consigo sequer imaginar o que é ser escravo de alguém exatamente igual a mim! Como é possível que grupos armados (por um outro grupo de seres humanos) entrem num qualquer espaço e matem o seu semelhante como se estivessem a varrer as folhas caídas num dia de outono? Como é possível que existam milhares de refugiados por esse mundo fora? O meu refúgio é a minha casa! Onde será a casa deles? Como é possível que se apregoe a defesa da pobreza e dos mais pobres quando ela nem sequer devia existir? Defender os mais pobres, nada tem de nobre… Nobre seria que o meu próximo não fosse pobre por minha, por vossa ou por causa de todos nós! Como é possível que se impeça o acesso à saúde numa base meramente economicista quando sem saúde nenhum ser humano sobrevive? Como é possível que a educação exista para uns e não para outros? O conhecimento é aquilo que nos faz evoluir enquanto ser humano. Como é possível que se destruam milhares de postos de trabalho quando o trabalho é a nossa principal fonte de sobrevivência? Como é possível que não se considerem os mais velhos e não

sta coisa de ser mãe é tramada! Um dia percebes que aquela pessoa que tu tanto desejaste, que se fez e nasceu de ti, a quem tu alimentaste, trataste, ajudaste e procuraste ensinar a beleza da vida e a ultrapassar obstáculos, a quem tu amas mais do que tudo na vida, o teu filho ou a tua filha, cresceu!… O seu quarto passa a albergar o “seu” mundo, dá cada vez mais importância ao papel dos amigos na sua vida, rejeita e discute alguns dos teus valores, revolta-se e alega os “seus” direitos… E tu, confusa, começas a perguntar-te: “Será que a culpa é minha? Onde é que eu estou a errar?”. E procuras voltar às lembranças da tua juventude na esperança de encontrares melhores respostas e remediares o “teu” eventual erro. Mas sentes o peso da distância… Já passaram muitos anos e o mundo, hoje, tem novos paradigmas e novas solicitações… Optas então por reforçar o teu esforço para compreender e reconhecer o lado positivo daquelas atitudes que, no fundo, buscam apenas o reconhecimento da sua individualidade e o respeito por si próprio: ele ou ela quer saber quem é, em que é que acredita e quais os princípios que defende. Neste processo marcado por constantes inquietações e por uma profunda ansiedade, o teu filho ou a tua filha por vezes exige ter alguns “privilégios” confundindo-os com “os seus direitos”; confrontada com esta situação, cabe-te a ti exercer o teu “direito de mãe” com sabedoria, paciência e muito amor, no sentido de manter o relacionamento saudável e construtivo: fomentar a cumplicidade e tentar fazer-lhe perceber que maturidade não é sinónimo de anos de vida mas sim do quanto conseguiu aprender durante os anos que já viveu; que ter liberdade não significa, meramente, fazer o que bem entender; que não há que ter medo de pensar de forma diferente da maioria e de o expressar, desde que acredite nas razões que baseiam as suas opiniões - nem todos têm as mesmas convicções nem os mesmos valores - e, por isso, o argumento “todos fazem assim” não justifica nenhuma das nossas atitudes ou comportamentos. E que crescer significa, antes de mais, assumir a responsabilidade das opções que fazemos! Chegada a altura de seguir sozinho o seu caminho, se na sua bagagem couber uma herança de valores como a amizade, o amor, o compromisso, a generosidade, a honestidade, a humildade, o respeito, a solidariedade, a tolerância… mesmo longe, se for o caso, acredito que nunca chegará a partir. Por decisão pessoal, a autora do texto não escreve segundo o Novo Acordo Ortográfico


Na última terça-feira, dia em que os deputados, perante o Governo, votaram na Assembleia da República o Orçamento do Estado para 2014, dezenas de MANIFESTAÇÕES irromperam um pouco por todo o País. Propostos por diferentes organizações de classe e sindicatos, os protestos voltaram a visar o excesso de austeridade imposta aos trabalhadores, aos pensionistas e às famílias. Em Beja, os reformados e pensionistas organizaram um cordão humano e “invadiram” as instalações da Segurança Social. Sinais dos tempos. PB

Passatempo Feira de Garvão

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É de todo incompreensível que, mesmo depois das primeiras operações policiais, as autoridades continuem a identificar trabalhadores estrangeiros vítimas de TRABALHO ESCRAVO e de tráfico humano nas explorações agrícolas da região, nomeadamente nos olivais. A “repressão” que a polícia de imigração está a fazer sobre os trabalhadores ilegais deveria incidir ainda com maior firmeza sobre os proprietários das terras e sobre os engajadores de mão-de-obra barata. PB

15 Diário do Alentejo 29 novembro 2013

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A desertificação do interior é uma das maiores feridas da nossa democracia. Quando tanto se fala, ainda que a maioria das vezes a despropósito, de Reforma do Estado, a questão da morte progressiva do interior deveria estar na primeira linha das preocupações. Carlos Zorrinho, “Diário do Sul”, 25 de novembro de 2013

Olinda Gil

O destino da rapariga naquele dia era Garvão, e não nenhum petisco de cabeça de borrego assada no café da estação da Funcheira, bastando para isso apenas virar no sentido contrário no cruzamento da estrada que iria seguir. Desta vez a obrigação falou mais alto, e virou para a vila, onde iria dar formação de novas tecnologias, a um grupo de pessoas com idade para ser seus pais e avós, numa sala sem rede de telemóvel ou Internet, tendo ainda a companhia de um cão cheio de pulgas e carraças que um formando insistia em levar para a sala. A viagem não tinha sido das melhores. Antes mesmo de Santa Luzia tivera de percorrer alguns quilómetros atrás de um camião carregado de troncos de árvores, vendo-se impossibilitada de o ultrapassar, devido ao trânsito fora do vulgar naquele dia, por causa da Feira de Garvão. Valeu-lhe um incidente que a poderia ter morto: soltou-se um tronco de árvore do camião em direccção ao seu carro, que por acaso, depois de bater no asfalto, foi cair longe do veículo deixando-a a salvo. O condutor do camião, tendo-se apercebido do sucedido, encostou o veículo à berma da estrada. Ela teria seguido tranquila, mas ficara com o corpo todo a tremer, inclusive as unhas dos pés que devia ter cortado pela manhã, no banho. Antes mesmo do cruzamento entre a Funcheira e Garvão, ainda muito afetada, haveria de ser testemunha de um cenário tão mirabolante que chegou mesmo a pensar que estava a abrir um daqueles mails de piadas que as pessoas enviam umas às outras quando não têm nada para fazer no trabalho (ou são mestres em procrastinação). Na caixa de uma carrinha, 4x4, que seguia à sua frente, estava um cavalo em pé, mas com difícil equilíbrio devido às suspensões lixadas. Haveria o animal de ir para venda na feira, só podia, e o seu dono, à falta de transporte e detentor do dito desenrascanço português, decidiu resolver o problema cometendo várias contraordenações ao código da estrada ao mesmo tempo. Ora, e porque ela também enviava mails desnecessários aos seus contactos e gostava de partilhar futilidades no Facebook, resolveu tirar uma fotografia ao cavalo, a partir do seu telemóvel, em pleno ato de condução. Estava ainda a focar a imagem, tarefa difícil, dada a situação, quando houve um apito longo e repara que estava a ser utrapassada por um jipe da GNR, com um guarda bracejando ferozmente direito a si, indicando assim, que tinha de encostar. A jovem teve de parar o carro sem ter conseguido tirar a fotografia. - Sabe que falar ao telemóvel enquanto conduz dá direito a multa? Ia responder o quê? Que não estava a falar ao telemóvel, quando estava a fazer outra operação, da qual não tinha prova, mas que se tivesse de nada lhe valia, porque lhe reservava multa na mesma. - Viu o cavalo na carrinha de caixa aberta? – Tentou ainda desviar a atenção do militar da GNR. - Muito gostam de ver os ciscos nos olhos dos outros. – Respondeu-lhe o guarda, enquanto começava a passar a multa. Texto vencedor da primeira semana do passatempo Stories do Alentejo – “Diário do Alentejo”. Veja como participar no Facebook do “DA” e ganhe um exemplar de Stories do Alentejo autografado pelos autores.

Cartas ao diretor parte. As pessoas viajam menos, comLançar areia Missão pram menos livros, não vão aos restaurantes, ao cinema, em suma, não para os olhos histórica consomem porque os impostos levam José Fernando Batista Aljustrel

Ainda hoje ouvi de novo um membro do Governo a tentar justificar os cortes nos salários e dos pensionistas na função pública. Há dias já Passos Coelho nos tinha brindado com um exercício de comparação, a propósito da proeza da Irlanda, que decidiu prescindir do programa cautelar no final do ajustamento, que mais não foi que uma tentativa de nos lançar areia para os olhos. Dizendo que “a Irlanda fez um esforço superior ao de Portugal”, citou como exemplo a redução dos salários da função pública. Convém que todos saibam que o salário médio na Irlanda é de 3700 euros, enquanto em Portugal é de 1400. E o salário mínimo é em Portugal de míseros 485 euros e na Irlanda 1460, apesar do custo de vida ser praticamente igual. Portanto esta tentativa de justificar o injustificável é apenas para enganar os portugueses e para tentar provar que na Irlanda os cortes foram superiores. O que é uma grande mentira. Somos governados por gente mentirosa que não olha a meios para agradar à troika. Na mesma linha, ou não fosse da mesma laia, Marques Mendes declarou que na “Irlanda o programa de ajustamento foi mais duro do que em Portugal”, e sem pinga de vergonha lembrou que aquele país baixou o salário mínimo e Portugal não. Perante as afirmações desta gente, de mentiras e falsidades, destruindo tudo à sua volta, é de prever mais manifestações, mais greves, mais apelos à discussão a encontros, como foi o caso da manifestação das forças de segurança e de encontros como os da Aula Magna promovidos por Mário Soares, em defesa do estado social e da constituição, com larga representação, desde os setores católicos - a presença da Igreja é importante -, das Forças Armadas, pessoas da cultura e da política portuguesas. Portugal está a saque. Continuam a sua missão de destruir a classe média, o que traz um risco acrescido para o País. Com os cortes previstos no Orçamento para 2014, quem vai ser atingido, além dos aposentados, são os professores, médicos, enfermeiros, militares. Eram estas pessoas que sustentavam de certo modo a economia. Porque podiam consumir para além da sobrevivência. Neste momento isso vai ser tudo posto de

tudo. Os portugueses perderam a esperança. Estamos todos mais pobres e venderam tudo a patacos. Agora é a privatização dos CTT. As populações estão tristes e o País está deprimido. Não sei onde foram buscar a conclusão, num estudo recente, que os portugueses estão felizes. A maioria das pessoas não foram certamente ouvidas.

O comboio do Barreiro Manuel Dias Horta Beja

O comboio que vinha do Barreiro transportava todo o Alentejo, mas vinha sempre atrasado. Em tempos que já lá vão, também eu fazia semanalmente este percurso, tendo um particular prazer na travessia do rio, gostava de observar: o Tejo. Por isso me quedava à proa do navio, de pé ou sentado, e olhava o seu enorme estuário de águas serenas e calmas, embora sempre sujas, os grandes batelões que se moviam pesadamente, uma canoa de vela erguida, ao longe uma fragata, de certeza a caminho da sucata, ou ainda um velho cacilheiro repleto de turistas extasiados com a beleza daquele quadro. Ao longe a ponte, obra-prima da engenharia moderna e vem a saudade das duas vezes que passei sob o seu tabuleiro. Olho para o cais da Rocha do Conde de Óbidos e nem um barco atracado. Que seria feito dos nossos modernos e luxuosos paquetes? Foi neste local indelevelmente ligado à história deste pequeno País que eu vivi o dia mais triste e depois o mais feliz da minha vida. Concentrado sobre uma das margens do rio, a minha memória faculta-me um rol de imagens da minha vida passada. Preparado está no Barreiro o comboio que vai lançarse através do Alentejo, na procura do Sul. Para nalgumas estações e noutras não. Ao chegar à Casa Branca, onde se comem as melhores bifanas, os passageiros são repartidos, uns para Beja outros para Évora e começa aqui a divisão. Invejas, ciúmes e algumas razões fizeram levantar falsas questões. E tão vasto o Alentejo, aqui cabem os do Alto e os do Baixo e ainda muitos mais. Com o comboio na procura de Beja, na Cuba é preciso ter cuidado, não venha ele d’atravessado. Até que enfim chega a Beja cansado, mas ninguém explica porque é que vem atrasado.

José da Silva Aljustrel

É preciso referir também na democracia a missão histórica da classe operária e de todos os trabalhadores, essa missão não se realiza automaticamente. O papel insubstituível da classe operária é inerente à sua condição de classe e desempenha com firmeza uma luta que conduz a uma sociedade mais justa. A garantia disso foi demonstrada pela teoria e pela prática da atividade do Partido Comunista Português, partido de vanguarda política da classe operária e de todos os trabalhadores, que leva a ideologia e a organização científica às fileiras das massas trabalhadoras, elevando a sua atividade e iniciativas. Não é ao PCP e a outros movimentos progressistas que se pode atribuir as culpas de minimizar o papel de diversas organizações sociais na edificação da nova sociedade, mas sim aos partidos que têm estado várias vezes no governo, com maiorias na Assembleia da República. Basta ver o que está a acontecer com este governo PSD/CDS, com a conivência do Partido Socialista. Têm levado o País e a vida do seu povo para o maior desespero e falta de confiança no futuro. Hoje não há uma camada social da população que não conteste esta política desastrosa que está a levar o País ao caos. Estamos fartos de ouvir, quando se muda de poder político, onde a tendência é atribuir a culpa aos outros. Sabemos que o governo do PS do primeiro-ministro José Sócrates deixou o País numa situação económica nas ruas da amargura. Mas continuam com lamentações e a chorar “lágrimas de crocodilo”, esta atitude não contribui para resolver os problemas do País. Hoje a questão central que se coloca é a demissão do Governo e marcar novas eleições. Pela parte dos trabalhadores, da CGTP e do PCP e outros movimentos progressistas, tudo têm feito para a queda do Governo. As jornadas de luta que se tem desenvolvido nos últimos tempos, podem crer, que não foi em vão. Elas fazem mossas políticas no poder central e o nível do incómodo cresce ao ouvir permanentemente a palavra troika. Por fim, uma palavra ao sr. Presidente da República para que cumpra com o seu juramento. Sou presidente de todos os portugueses. Olhe que não!


16 Diário do Alentejo 29 novembro 2013

Isto é uma luta que nunca está ganha. O que está na base de tudo é a integração. Tem a ver com os miúdos sentirem-se bem, sentirem que têm amigos, sentirem-se acompanhados. E isto é um trabalho que é da escola e é da família”. Luís Fernandes

Reportagem

Pelo menos um em cada quatro alunos está envolvido

Bullying trocado por miúdos

Z

é. O nome que escolheria caso o pudesse ter feito. Assim, sem hesitações, como se já o tivesse pensado há muito. Na mão segura um cigarro improvisado. Só papel, mas com a linha do filtro devidamente delimitada, pintada a marcador laranja, brincando aos adultos. Dez anos completos e um arrepio que sobressai no cabelo loiro, o seu grande motivo de orgulho. Olhos grandes e sorriso fácil. Está habituado a desafiar as regras, impondo a sua irreverência ou, simplesmente, chamando só a atenção. E, daí, não ser de admirar que tenha decidido “fabricar” um cigarro, desses que não pode, ou sabe que não deve fumar. Mas a justificação, afinal, não é esta. Zé garante que só o fez porque não tem muito jeito para fazer aviões de papel. O Zé, nome fictício para proteger a sua verdadeira identidade, é considerado “agressor”, ou melhor “uma vítima-agressora”, quando se fala em bullying, e para que se fale neste termo é necessário existirem diversas características, nomeadamente acontecer entre alunos, serem comportamentos repetidos, ocorrer uma relação de desequilíbrio e existir a intenção de magoar os outros. “É um miúdo que acaba por ser vítima e agressor. É vítima do aluno mais velho, mas depois é agressor do aluno mais novo”, conta Luís Fernandes, psicólogo da Associação Sementes de Vida, enquanto afasta também o casaco que veste, que envergou pela mesma hora que acordou a manhã, com os termómetros a baterem nas temperaturas baixas. Luís Fernandes dedica-se à erradicação do bullying nas escolas do distrito de Beja, e não só, ultrapassando a fronteira regional e mais além. Todas as semanas, sempre. Luís é, como apelida Zé, “o polícia do bullying”. Há quem o assemelhe ao “Hulk do bullying”, daí não ser de estranhar que um miúdo lhe tenha oferecido uma miniatura desta personagem verde de banda desenhada, e que Luís a guarde religiosamente, juntamente com tantas outras pequenas ofertas que os seus pequenos amigos lhe dão, para garantirem que ele, o tal combatente do bullying, da violência na escola, não se esquece deles, de os acompanhar, de os ouvir. Um miúdo perguntou-lhe

Zé, Luís e Mariana. Três alunos envolvidos em situações de bullying, em estabelecimentos de ensino iguais a tantos outros, ou até na Internet. A violência na escola, na infância, na adolescência, escarrapachada nos seus rostos, sejam eles vítimas ou agressores. Um grito de apelo de integração, sinalizado e a ser acompanhado. É que pelo menos um em cada quatro alunos está envolvido. Texto Bruna Soares Ilustração Susa Monteiro

recentemente: “É o senhor que mata o bullying na escola?”. E de tão inusitado, de tão puro, tudo lhe fez ainda mais sentido. Luís é ainda coautor do livro Plano Bullying, que foi publicado há pouco mais de um ano, e na última década tem coordenado e supervisionado vários projetos nesta área em todo o País, dando ações de formação e sensibilização a pessoal docente e não docente, a alunos, entre outros. Luís acompanha Zé desde que foi sinalizado. “Teve uma série de comportamentos agressivos e a própria família tinha alguma dificuldade em lidar com a situação, pois recebia permanentemente chamadas da escola e no terceiro ano não é suposto isso acontecer. A sinalização teve a ver com comportamentos que não eram adequados em sala de aula e com comportamentos que eram agressivos em contexto de recreio”, recorda Luís. Estão há três anos a tentar controlar, em conjunto, as emoções. O aluno, de cabelo arrepiado, gosta da escola quanto baste. Como pontos negativos aponta o facto de gozarem muitas vezes com o seu verdadeiro apelido. Por vezes tenta ignorar, mas por vezes não pode deixar passar. É assim que argumenta, enquanto arregala os olhos, para que o percebam, definitivamente. Repousa as mãos sobre a mesa e descontrai. O discurso flui-lhe como a água de um rio a desaguar para o mar. Está habituado a falar em frente a Luís, o tal “polícia do bullying”, companheiro de tantas horas, numa sala aquecida, composta por mesas e cadeiras baixas, a contrastar com os corredores frios da escola que frequenta. “Sou preguiçoso, não gosto de trabalhar e às vezes sou agressivo. Tenho ataques de fúria e sou bonito”. É assim que se define Zé, com toda a sinceridade do mundo. E admite: “Quando me dizem para pensar, só se for para pensar duas vezes. Antes de fazer mal. Dizem que com os erros é que nós aprendemos. Mas sou bom, não sou mau”. Reage por impulso, mas considera-se, inclusive, apaziguador de situações. Mas tem vezes que as emoções o toldam. Joga uma e outra vez pedras ao chão, para que a fúria, essa danada, se vá. Conta até 10, aperta a mão e belisca-se. E por vezes resulta, mas tem dias que não, e são esses os piores dias, quase sempre.


O bullying em números

“C

erca de metade das vítimas não contam a ninguém as agressões que estão a sofrer,” alerta Luís Fernandes. E a prevenção e intervenção precoces são “as únicas armas 100 por cento eficazes para lidar com o bullying”. Até porque, “pelo menos um em cada quatro alunos está envolvido em situações de bullying, como vítima, agressor ou em ambos os papéis”. E Luís Fernandes alerta: “O auge do

“Sou acompanhado pelo Luís para ver se me consigo portar melhor. Bato e gozo com os meus colegas, mas às vezes não me consigo controlar, controlar a fúria, e quando bato em alguém é muito grave. Mas estou a melhorar e sinto-me feliz por isso”. Zé preferia estar no grupo dos “observadores”. “Não ser vítima, nem ser agressor”, argumenta. Pertencer, no fundo, ao grupo mais forte da escola. Acontece que o bullying existe em todas as escolas, com maior ou menos gravidade e/ou visibilidade, independentemente da sua dimensão, classe social ou localização. Geralmente inicia-se no final do pré-escolar ou no início do 1.º ciclo e acompanha as fases da pré-adolescência e a adolescência. Há várias formas de bullying ou de violência nas escolas. Desde ações mais físicas, a mais psicológicas. Ou até verbais, sexuais e virtuais. Mariana, também nome fictício, adolescente, de cabelos ondulados e casaco florido, sentiu na pele o cyberbullying. Nada mais, nada menos, que uma ação ofensiva realizada através das novas tecnologias de informação e comunicação. Na altura não queria acreditar no que lhe estava a acontecer. Interrogou-se “Porquê?”, vezes sem conta. “Porquê a mim?”, tantas outras vezes. “E feito por quem?”, muitas mais vezes ainda. E ainda hoje, passados dois anos, esta pergunta ecoa-lhe na cabeça. “Não ficámos a saber quem foi”, diz, inconformada, embora a situação esteja ultrapassada. Foi criada uma página ofensiva na rede social Facebook, que tinha como foto de perfil a foto de Mariana. Na mesma página constavam as fotos de outras raparigas, mas era a sua imagem que ali estava, numa página PUB

bullying acontece aos 13 anos”, sendo que “70 por cento das situações ocorrem nos recreios”. Calcula-se que, a cada sete segundos, ocorra uma situação de bullying numa qualquer escola do nosso planeta. E são os rapazes que se envolvem mais nestas situações. No entanto, 80 por cento destas ocorrências quando denunciadas terminam, desde que haja a intervenção adulta. Segundo alguns estudos, os alunos vítimas “têm qua-

que não tinha sido criada por si, injuriosa, depreciativa, e em destaque. Foto de perfil. Recorda-se bem da legenda que lhe atribuíram: “Entre um babuíno e uma baleia”. Hoje sorri, porque, de facto, não encontra qualquer semelhança. Foi a mãe que a informou da página que circulava na Internet, avisada por uma amiga que reconheceu a foto de Mariana. “Ficámos todos muito apreensivos com a situação e a primeira reação da minha filha foi eliminar o seu perfil do Facebook e ficou muito preocupada com o impacto que esta situação iria ter na sua vida”, recorda a mãe de Mariana. E os pais como ficaram? “Nós, pais, ficámos sem saber como resolver a situação. Por um lado foi o sentir a realidade da ‘rede’, na sua vertente mais cruel. Sentimos a vulnerabilidade a que todos estamos sujeitos, em especial com as redes sociais, e a primeira reação foi ir à polícia”. Foram encaminhados para a Investigação Criminal. “A polícia e eu descobrimos que na verdade se tratava de um miúdo que fez uma brincadeira infeliz, mas sem ter intenção de algo mais grave. Não o consegui localizar, mas através de algumas pessoas que tinham ‘gosto’ na página acabei por fazer passar a mensagem ao autor”. Nessa mesma tarde a página ficou inativa. “Falar com as outras miúdas que, como eu, também foram vítimas acabou por me ajudar”, lembra Mariana. A jovem tenta nunca pensar no assunto. “Sei que não sou nada do que aquela página referia. Por isso, ignoro”. Entre um babuíno e uma baleia? Luís Fernandes começou a manhã com uma sessão de esclarecimento sobre bullying numa escola de Beja a alunos do sexto ano. Muitos braços no ar e muitos alunos

“Na brincadeira que organizei só as raparigas participaram, e só algumas. Nesse dia tentei ‘contratar’ amigos, porque eu tinha zero amigos. Vá, um ou dois”. esclarecidos, outros mais confusos. A prevenção, como diz, continua a ser o melhor dos remédios. Toca para o recreio. A campainha debita decibéis, em alto e bom som. Luís Fernandes guarda o computador, onde trouxe a apresentação que fez, e os miúdos fogem para o intervalo, como os girassóis procuram o sol. Os corredores continuam frios, as janelas deixam passar o sol que a meio da manhã pouco aquece, e nos pátios correm suados os que parecem estar imunes ao tempo pouco quente. Luís não retira, por uma só vez, as mãos dos bolsos, enquanto caminha em direção a outra escola. Há mais um encontro pela manhã, com outra criança. Apresenta-se na sala, onde todas as semanas se encontram, também de mesas e cadeiras baixas. Luís Fernandes corre o estore. E o mais pequeno Luís, nome que escolheu, por não encontrar nenhum melhor e também em jeito de homenagem ao seu amigo grande, o psicólogo que o acompanha, entra pela porta de fato de treino vestido. Os atacadores dos ténis de laços

tro vezes mais possibilidade de tentar ou mesmo de se suicidarem”. De acordo com o psicólogo, em Portugal, de que tenha conhecimento, “existiram dois suicídios”. A ONU revelou ainda recentemente um estudo que diz que “70 por cento dos alunos homossexuais afirmam ser vítimas de bullying” e que “oito em cada 10 crianças com Necessidades Educativas Especiais são vítimas de bullying”. BS

grandes, como se não dessem para esticarem mais. E o cabelo, que lhe insiste em vir para os olhos, está molhado nas pontas. Ainda lhe correm umas gotas de suor pela pele morena. A culpa de tanto esforço físico? Finalmente cedeu a brincar com os colegas, em mais uma tentativa de se integrar. Cedeu e jogou futebol. Antes praticou vezes sem conta em casa, para a prestação não ser má e as coisas acabaram por não correr mal: marcou um golo. “É a bola, é sempre a bola o que os meus colegas gostam. A minha brincadeira preferida é outra. Gosto de fazer descobertas do passado. De descobrir cidades novas, dinossauros novos. Isso é a minha vida, dinossauros, países. Desde os dois anos e meio que leio. Suponho, portanto, que gosto muito de ler”, explica Luís, num discurso pausado, irrepreensível, direto e até maduro para uma criança que só tem oito anos. Quando for grande, adulto, como diz, sabe que quer ser paleontólogo. “Não sei bem se os meus colegas gostam das minhas brincadeiras. Bem, a vida deles é a vida deles. Sabem poucas coisas sobre dinossauros”. “Tentas ensiná-los?”. “Bem, ensiná-los? Sim. Absorvem as minhas capacidades, como eu estou a absorver as capacidades do Miguel, aprendendo como se faz o vidro”. Ou não fosse brincar aos alunos e aos professores o seu passatempo preferido. “Uma vez consegui jogar à minha brincadeira preferida. Só uma única vez e se calhar a última, nunca se sabe”. Procura, na verdade, brincadeiras próximas do conhecimento, da realidade das salas de aula. E de tão semelhantes que são, os colegas não as aceitam, por preferirem sair, precisamente, do contexto à hora

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mais livre da escola: o recreio. “Tem uma capacidade acima da média, ponderou-se passá-lo, inclusive, para um ano mais avançado, mas tem muitas coisas de miúdo”, explica o psicólogo, que tem acompanhado a evolução de Luís. Foi sinalizado para ser ajudado a gerir as suas emoções. “É um miúdo com muitos recursos, muito inteligente, mas que não estava otimizado a nível das relações interpessoais”, explica o Luís adulto. “Na brincadeira que organizei só as raparigas participaram, e só algumas. Nesse dia tentei ‘contratar’ amigos, porque eu tinha zero amigos. Vá, um ou dois”. “A vida é assim”, justifica. “Eu gostava de ter muitos mais amigos. Mas não faço a mínima ideia se um dia os vou ter. Eu sinto-me sozinho, muito sozinho”. Dispara. “Eu posso ser muito inteligente, mas mesmo com as minhas capacidades não consigo resolver isto. Se eu não jogasse à bola não faria nada, nadinha”. Repete. Qual é capital da Nova Zelândia? “Fácil, Wallington”, diz sem qualquer dúvida, sem pestanejar, sem pensar uma e outra vez. E agora o sorriso abre-se na face de pele morena. Luís acha-se, na verdade, só cinco por cento corajoso. “Faça eu alguma coisa ou não, é sempre assim a levar no recreio”. E imita o som de mãos a baterem-lhe. “Eu sou muito fraco. Sou fraquinho, fraquinho”. Quando é que o bullying vai desaparecer das escolas? Luís Fernandes é pragmático: “Nunca. Isto é uma luta que nunca está ganha. O que está na base de tudo é a integração. Tem a ver com os miúdos sentirem-se bem, sentirem que têm amigos, sentirem-se acompanhados. E isto é um trabalho que é da escola e é da família”.


Basquetebol Beja Basket recebe Reguengos

Diário do Alentejo 29 novembro 2013

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Desporto

O Beja Basket Clube e o Atlético de Reguengos jogam no próximo domingo, no Pavilhão João Serra Magalhães, em Beja (17 horas), a partida relativa 5.ª jornada do Nacional da 1.ª Divisão de Basquetebol. A equipa bejense vem de duas vitórias frente ao CAB Grândola (58/36) e aos Salesianos de Évora (46/65).

Futsal Distrital (8.ª jornada): Desp.Beja-IP Beja, 7-3; Alvito-Ourique, 5-0; VN São Bento-NS Moura, 4-6; Luzerna-Alcoforado, 1-6; Vasco Gama-Ferreirense, 3-7. Líder: ferreirense, 22 pontos. Taça Distrito Beja (29/11): VN São Bento-NS Moura; Leões-Alcoforado; Almodovarense-Ferreirense; Desp.Beja-Vasco da Gama; Luzerna-Ourique.

Rosairense, São Marcos e Serpa eliminados da Taça Distrito de Beja

Uma primeira rodada Três jogos entre equipas do escalão principal no painel de jogos da primeira ronda da Taça Distrito de Beja, sobressaindo, pela sua grandeza, a partida que opôs o Castrense ao Futebol Clube de Serpa. Texto e foto Firmino Paixão

tida entre equipas da 2ª Divisão. O Saboia jogou em casa, está mais apetrechado e venceu, mas apenas por uma bola a zero. Temos assim que as equipas que seguem para a segunda eliminatória são o Castrense, Milfontes, Saboia, Vasco da Gama, Bairro da Conceição, Piense, Cabeça

Gorda, Guadiana e Sporting de Cuba, a quem se juntam os clubes isentos desta primeira fase e que são o Odemirense, Negrilhos, Renascente, Aljustrelense, Naverredondense, Aldenovense e São Domingos. A segunda eliminatória está marcada para 19 de janeiro de 2014.

Resultadoscompletos: Castrense-Serpa, 1-0; Milfontes-Messejanense, 4-0; Saboia-Beringelense, 1-0; Vasco Gama-Amarelejense, 4-1; São Marcos-B.º Conceição, 0-1; Piense-Aldeia Fernandes, 3-1; Cabeça Gorda-Despertar,3-2(gp);Guadiana-Rosairense, 2-1; Desportivo Beja-Sporting Cuba, 1-3.

P

or aí começamos, assinalando o triunfo da equipa da casa, por magro um a zero, mas suficiente para os comandados de David Guerreiro seguirem em frente na prova. Ali ao lado, em São Marcos da Ataboeira, o Bairro da Conceição adiantou-se muito cedo no marcador e soube sofrer o resto do tempo, garantindo a qualificação, também com um golo solitário. Um pouco mais para oriente, em Mértola, o Guadiana deu um ar da sua graça e afastou o Rosairense. O Milfontes, o Vasco da Gama e o Piense jogaram em casa com adversários menos cotados e cumpriram com o que se lhe exigia. O Sporting de Cuba também veio a Beja eliminar o Desportivo, ao mesmo tempo que o Despertar tropeçava em Cabeça Gorda, na lotaria das grandes penalidades. O Saboia e o Beringelense jogaram a única par-

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Taça Distrito O Despertar foi eliminado pelo Cabeça Gorda nas grandes penalidades

Dérbi alentejano

O futebol distrital em pleno

Almodôvar recebe Moura

té quando se manterá a invencibilidade do Mineiro Aljustrelense é a questão que se pode colocar já nesta ronda, com a difícil deslocação dos tricolores ao reduto do Serpa. Será o jogo grande da jornada mas, com tempero semelhante, teremos ainda a viagem do Castrense para o recinto do Sporting de Cuba. O Vasco da Gama joga em casa, à semelhança do Milfontes e do Odemirense. Mas o melhor mesmo

Taça Armando Nascimento Juvenis – 7.ª jornada: Série A: Alvito-Serpa, 2-3; Sto Aleixo-Despertar, 0-10; Desp.Beja-Sp. Cuba, 7-2; Moura-Amarelejense, 5-1. Vencedor: Despertar, 21 pontos. Série B: Odemirense-Milfontes, 5-1; Almodôvar-B.ºConceição, 2-0; Ourique-Castrense, 1-5. Vencedor: Castrense, 18 pontos. Taça Melo Garrido Iniciados – 7.ª jornada: Série A: B.ºConceiçãoAlvito, 3-5; Despertar-Ferreirense, 5-1; Serpa-Aldenovense, 4-1. Vencedor: Moura, 18 pontos. Série B: Guadiana-Almodôvar, 2-3; Milfontes-Desp.Beja, 4-0. Vencedor: Almodôvar, 12 pontos. Distrital de Infantis 5.ª jornada: Série A: Sp.Cuba-Despertar A, 2-5; NS Beja-Guadiana, 6-3; Ferreirense-Operário, 22-0. Líder: Despertar, 15 pontos. Próxima jornada (30/11): Guadiana-Sp. Cuba; Operário-NS Beja; Ferreirense-Desp.Beja. Série B: Amarelejense-Serpa, 8-1; Despertar B-Piense, 11-0; Aldenovense-Sto.Aleixo, 12-3; Vasco Gama-Moura, 2-4. Líder: Despertar B, 15 pts. Próxima jornada (30/11): Serpa-Moura; Piense-Amarelejense; Sto. Aleixo-Despertar B; Aldenovense-Vasco Gama. Série C: Renascente-Ourique, 10-2; Castrense-Aljustrelense, 3-4; Milfontes-São Marcos, 7-0; Odemirense-Almodôvar, 4-5. Líder: Almodôvar, 15 pontos. Próxima jornada (30/11): Ourique-Almodôvar; Aljustrel-Renascente; São Marcos-Castrense; Milfontes-Odemirense. Distrital de Juvenis Série A 1.ª jornada (1/12): Despertar-Serpa; Sp.Cuba-Santo Aleixo; Amarelejense-Desp.Beja; Moura-Alvito. Série B 1.ª jornada (1/12): Milfontes-Aljustrelense; B.ºConceição-Odemirense; Castrense-Almodôvar. Distrital de Iniciados Série A 1.ª jornada (1/12): Alvito-Moura; Ferreirense -B.ºConceiç ão; Aldenovense -Despertar. Série B 1.ª jornada (1/12): Almodôvar-Castrense; Desp.Beja-Guadiana; Aljustrelense-Milfontes.

Inatel

2.ª Divisão e “Distritalão”

O Campeonato Distrital da 1.ª Divisão regressa em força e com uma deslocação difícil do líder ao recinto do Serpa. No segundo escalão, e depois do ensaio da Taça de Honra, inicia-se o campeonato.

Futebol juvenil

é estampar aqui o quadro de jogos da 8.ª jornada: Odemirense-Rosairense; Serpa-Aljustrelense; Milfontes-Aldenovense; São Marcos-Guadiana; Sporting Cuba-Castrense; Piense-Bairro Conceição; Vasco Gama-Cabeça Gorda. No segundo escalão, e depois de o Saboia e o Despertar terem mostrado alguma vantagem competitiva na Taça de Honra, assegurando ambos a presença na final, é tempo de nos fixarmos no campeonato: Série A: Moura B-Despertar; Amarelejense-SãoDomingos;Beringelense-Negrilhos; Desportivo Beja-Vasco Gama B. Série B: Messejanense-Saboia; Sanluizense-Castrense B; Naverredondense-Aldeia Fernandes. FP

Separados entre si por 18 pontos e oito degraus na tabela, Almodôvar e Moura reeditam, em condições muito desiguais, este dérbi alentejano do Campeonato Nacional de Seniores.

N

a primeira volta, em Moura, a equipa local venceu por 3-0. Jogava-se então a 2.ª jornada da prova e o Almodôvar sofria a sua segunda derrota, primeira fora de casa. Agora os dados são, substancialmente, diferentes, o Moura ocupa o 2.º lugar da série, um dos que qualificam para a fase seguinte, vem de cinco triunfos consecutivos e sobre o Almodôvar pesa a pressão do último posto da tabela

e um percurso de cinco derrotas consecutivas, com uma mudança de treinador pelo meio. Mas a estatística vale o que vale, os jogos ganham-se em campo e o que a este jogo acrescentará emoção será a necessidade que os locais têm de ganhar e a obrigatoriedade que os visitados têm de não perder. Na ronda anterior o Moura recebeu o Barreirense e venceu por 2-1. O Almodôvar esteve no palco do líder e saiu derrotado por 4-1. Lidera o Ferreiras, com 24 pontos; o segundo é o Moura, com 20; e segue-se agora o Pinhalnovense com 18. O União de Montemor perdeu em Loulé (3-2), é o sexto (11 pontos) e no domingo vai receber o líder da prova. FP

Inatel – 6.ª jornada Grupo A: Salvadense-Louredense, 0-0; Trindade-Penedo Gordo, 0-3; Brinches-Quintos, 0-0; Barrancos-Serpense, 1-1. Líder: Penedo Gordo 18 pontos. Próxima jornada (7/12): Pen.Gordo-Salvadense; Louredense-Brinches; Serpense-Trindade; Quintos-Barrancos. Grupo B: AC Cuba-Alvorada, 4-1; Vale d’ Oca-Mombeja, 4-0; Vale Figueira-Albernoense, 1-1; Faro Alentejo-Figueirense, 1-3; Líder: Vale da Oca, 16 pontos. Próxima jornada (30/11): Santa VitóriaVale d’Oca; Albernoense-ACCuba; Mombeja-Faro Alentejo; Figueirense-Vale Figueira. Grupo C: S.Clara Nova-Sete, 2-1; Alcariense-Serrano, 0-4; Sanjoanense-Bemposta, 1-0; Santaclarense-Almodôvar, 9-0. Líder: Santaclarense, 18 pontos. Próxima jornada (7/12): Serrano-Sta.Clara-a-Nova; Sete-Sanjoanense; Almodovarense-Alcariense; Bemposta-Santaclarense. Grupo D: Soneguense-Amoreiras, 3-2; Pereirense-Longueira, 1-1; Cercalense-Cavaleiro, 2-1; Santa Luzia-Luzianes, 0-0. Líder: Cercalense, 13 pontos. Próxima jornada (30/11): Cavaleiro-Soneguense; Relíquias-Pereirense; Longueira-Santa Luzia; Luzianes-Cercalense

Liga de Formação Liga de Formação – Benjamins (5.ª jornada): Série A: Desp.Beja A-Despertar A, 1-1; B.º Conceição-Cabeça Gorda, 1-2; Ferreirense A-Sp. Cuba, 3-1. Líder: Ferreirense, 15 pontos. Próxima jornada (30/11: Despertar-Alvito; Cabeça Gorda-Desp.Beja A; Sp.Cuba-B.º Conceição. Série B: Alvorada-Ferreirense B, 3-4; NS Beja-Vasco Gama, 5-2; Despertar B-Desp.Beja B, 0-6. Classificação: 1.º Desp.Beja B, 15 pontos. Ferreirense B, 10. 3.º NS Beja, sete. 4.º Vasco Gama, sete. 5.º Alvorada, quatro. 6.º Despertar B, zero. Série C: Piense-Aldenovense, 1-0; Moura A-Amarelejense, 7-0; Serpa-Moura B, 1-2. Classificação: 1.º Serpa, 12 pontos. 2.º Moura A, 12. 3.º Moura B, sete. 4.º Piense, sete. 5.º Aldenovense, seis. 6.º Amarelejense, zero. Série D: Almodôvar-Ourique, 4-2. Classificação: 1.º Almodôvar, nove pontos. 2.º Castrense, quatro. 3.º Aljustrelense, três. 4.º Ourique, um. Série E: Sanluizense-Odemirense, 0-9; Boavista-Renascente, 5-1. Classificação: Odemirense, 12 pontos. 2.º Milfontes, nove. 3.º Boavista, seis. 4.º Renascente, três. 5.º Sanluizense, zero.


José Saúde

O Clube Fluvial de Coimbra venceu o IX Torneio Internacional Kayak Polo que decorreu na Piscina Municipal de Beja com organização da Associação Juvenil Pagaia Sul, que obteve o segundo lugar. Texto e foto Firmino Paixão

Kayak polo Piscina de Beja foi o palco do IX Torneio Internacional organizado pela Pagaia Sul

IX Torneio Internacional de Kayak Polo da Associação Pagaia Sul

Sol de inverno aquece kayaks

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torneio conquistou já um lugar de eleição entre as principais formações nacionais da modalidade. A organização fez um balanço positivo da prova, que contou com a presença de 11 equipas, entre elas as espanholas CDP Fuengirola, Canoe Las Rozas (Madrid) e Arcos de La Frontera (Cádiz), e sublinhou a ocupação da piscina bejense, um espaço que está desativado nove meses por ano. Outra das equipas presentes no Torneio Internacional de Kayak Polo foi o Clube de Canoagem de Setúbal, campeões

nacionais da modalidade há mais de duas décadas. Bruno Alves, dirigente do clube sadino, disse ao “Diário do Alentejo”: “Esta prova faz sempre parte do nosso calendário, é uma boa oportunidade para testarmos as equipas mais novas que estão a entrar em competição e aproveitamos para rodarmos jogadores e para termos alguma atividade, porque este é um período em que não temos competições oficiais”. O técnico setubalense sublinhou o mérito do torneio dizendo: “É um reencontro de amigos, em que convivemos e nos divertimos

de uma forma muito descontraída, sem termos pressões para ganhar e somos muito bem acolhidos, por isso gostamos de voltar aqui todos os anos”. Mas existem outros ganhos, recordou: “A vantagem de competirmos com as equipas espanholas que cá vêm é sempre uma mais-valia competitiva, porque são equipas com quem não jogamos oficialmente”. Sobre os sucessivos títulos nacionais conseguidos pelo seu clube, adiantou: “Comecei mais tarde, mas tenho colegas que são campeões nacionais há 21 anos, 20 dos quais consecutivos”. Como

se consegue isso? “Fazendo um trabalho sustentado, mantendo a mesma metodologia, jogando na base do improviso e da inteligência, para surpreendermos o adversário, é assim que temos evoluído e o processo tem dado os frutos que estão à vista”. Classificações: 1.º CF Coimbra; 2.º Pagaia Sul. 3.º CC Setúbal. 4.º CC Amora. 5.º CD Paço Arcos B. 6.º CDP Fuengirola. 7.º CD Paço Arcos A. 8.º CDE Canoe Las Rozas. 9.º CN Arcos de Valdevez. 10.º CM Costa Sol (Oeiras). 11.º CDP Arcos de la Frontera.

1.º Prémio de Montanha de Cabeça Gorda reuniu 13 clubes e 134 atletas

Outra vez o Celso e a Ana Dias Após o sucesso conseguido na Escalada de São Gens, Celso raciano (BAC) e Ana Catarina Dias (Odemira) voltaram a brilhar no 1.º Prémio de Montanha organizado pela Associação de Atletismo de Beja. Texto e foto Firmino Paixão

A

prova decorreu no Perímetro Florestal de Cabeça Gorda e foi organizada pela associação regional da modalidade, com o patrocínio da Junta de Freguesia de Cabeça Gorda e do Agrupamento de Freguesias de Salvada e Quintos. Compareceram 134 atletas (105 jovens e 29 a partir de juniores) de 13 clubes, maioritariamente filiados na associação bejense, mas também um atleta de São Francisco da Serra e cinco do Algarve (Areias de São João e Projeto Novas Descobertas). Ao nível de juniores e seniores, a armada do Beja Atlético Clube mantém o domínio, com Mussa, Celso e João Cruz a ocuparem os melhores lugares, enquanto no setor feminino a odemirense Ana Dias não dá tréguas. Nos

Montanha Perímetro Florestal de Cabeça Gorda recebeu prova promovida pela Associação de Atletismo de Beja

escalões de formação a partir dos benjamins, acentua-se a hegemonia do Bairro da Conceição, com participações muito brilhantes dos seus jovens atletas, só recortadas pela valorosa messejanense Maria do Rosário Silva. Os principais resultados foram os seguintes: benjamins A – femininos: 1.ª Erica Santos (Odemira); masculinos: 1.º Hugo Filhó (BAC).

Benjamins B – femininos: 1.ª Nadine Ferro (BNSC); masculinos: 1.º José Moreno (BAC). Infantis – femininos: 1.ª Catarina Turcu (BNSC); masculinos: Flávio Ganhão (PND). Iniciados – femininos: 1.ª Ana Braga (BNSC); masculinos: 1.º Fábio Moisão (ind). Juvenis – femininos: 1.º Maria Rosário Silva (NARM); masculinos: 1.º Hilário Serra (BNSC). Absolutos femininos: Ana Catarina Dias (Odemira).

Juniores masculinos: 1.º Mussa Djau (BAC). Seniores masculinos: 1.º Celso Graciano (BAC). Veteranos A: 1.º Raul Lourenço (Odemira). Veteranos B: 1.º António Urbano (Castrense). Veteranos C: Amílcar Romão (SF Serra). Equipas: 1.º Bairro da Conceição (BNSC), 135 pontos. 2.º Beja Atlético Clube (BAC), 119. 3.º NCD Odemira, 94. 4.º Castrense, 72. 5.º NAR Messejana (NARM), 48.

Numa visita pela essência do mundo desportivo, deparamo-nos com um multicolorido de adereços que transformaram por completo as reminiscências das modalidades. Detenho-me com a evolução da bola de jogo e a sua exata adaptação aos novos contornos amiúde deparados. Desato o fio de uma meada que, na minha perspetiva, permanece imutável no tempo. Aliás, a obliquidade que me levou a travar o desafio proposto carece de plausíveis alegações. A bola, esfera saltitante e de agitações estrondosas, tem tido uma evolução constante relativamente aos materiais utilizados na sua feitura. Lembro que as primeiras bolas de que temos memória foram de trapos, mais tarde de borracha e depois em coiro, isto é, de cautchou. Estas últimas, em feitio de gomos, eram acabadas com uma rodela numa das extremidades para salvaguardar o pipo que resguardava o balão interior e enchido com uma bomba de ar. Na era presente tudo isto são puras veleidades do passado. A beleza da bola rejubila os artistas e o público rende-se às suas maquiavélicas ações. Os remates fortes dos craques deixam o público em delírio. Recordo, com saudade, aquelas jogatanas em tardes de invernia que levavam os atletas à exaustão face ao peso das bolas de cautchou que se apresentavam encharcadas. Agora, já se pensa em chips. A bola, alvo de eloquentes paixões, ser-lhe-á um dia atribuída quiméricas funções que visam repor a verdade desportiva, relativamente à sua transposição, ou não, do risco de golo. No próximo Campeonato do Mundo de Futebol a realizar no Brasil, 2014, a FIFA, depois de uma eleição, declarou a “brazuca”, marca Adidas, como a bola oficial do jogo. A “brazuca” competiu com a “bossa nova” e a “carnavalesca”, sendo que a escolhida teve 77,8 por cento, contra os 14,6 e os 7,6, respetivamente, das restantes levadas a concurso. Como tudo mudou no planeta de a bola. Realidades dos novos tempos.

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A bola

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Voleibol Moura em Albufeira

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O Moura Volei Clube desloca-se amanhã ao Pavilhão da Guia para defrontar o Atlético Clube de Albufeira, em jogo da 4.ª jornada do Nacional da 3.ª Divisão de Voleibol. Na ronda anterior a equipa mourense recebeu o Martingança e venceu por 3/1 (parciais de 25/27, 25/23, 25/16 e 25/21).

Joana Lampreia e Gonçalo Soares sagram-se campeões regionais, Ana Costa com mínimos para os Nacionais A nadadora do Clube de Natação de Beja Joana Lampreia esteve em evidência nos Campeonatos Regionais Absolutos, da Associação de Natação do Algarve, realizados no fim-de-semana em

Hóquei em Patins Beja visita Santiago

Nacional da 3.ª Divisão (3.ª jornada): Parede-H. Santiago, 4-3; CP Beja-H.Vasco Gama, 2-6; Benfica B-Castrense, 15-9. Próxima jornada (1/12): H.Santiago-CP Beja; H.Vasco Gama-Cascais e Amadora Castrense. Nacional 2.ª Divisão (8.ª jornada): Tigres-H.Grândola, 5-2. Próxima jornada (30/11): H.Grândola-Sesimbra.

Albufeira, subindo ao pódio por seis vezes e ao sagrar-se campeã regional aos 100 e 200 metros livres, com os tempos de 1’01’’49 e 2’11’’80, respetivamente. São de realçar, ainda, as prestações da nadadora júnior Ana Costa, que garantiu a presença nas três distâncias da técnica de costas nos próximos Campeonatos Nacionais de Juniores e

Seniores, que terão lugar em Felgueiras, entre os dias 20 e 22 de dezembro, com os tempos de 2’27’’59 nos 200m, 1’09’’59 nos 100m e 32’’12 nos 50m. Finalmente, destaque para o desempenho do atleta juvenil Gonçalo Soares, que se sagrou campeão regional aos 100 metros bruços com a nova marca pessoal de 1’19’’00.

Seminário Internacional de Canoagem Decorre este fim de semana em Mina de São Domingos o 1.º Simpósio Internacional de Treinadores de Canoagem. A ação é organizada pelo Clube Náutico de Mértola e tem como mote “Do Clube aos Olímpicos…”. Entre os principais oradores figuram credenciados técnicos internacionais da modalidade.

Grande Prémio Santa Bárbara O 4.º Grande Prémio de Santa Bárbara em atletismo, que ligará os bairros mineiros de Vale d’ Oca e São João do Deserto, realiza-se no próximo dia 7 de dezembro, com organização do Núcleo de Atletismo e Recreio de Messejana e com o apoio do município de Aljustrel. A prova disputa-se em todos os escalões mas o percurso principal terá a extensão de nove quilómetros e uma atrativa montra de prémios. Sistema de defesa pessoal 1.ª etapa da Volta a Portugal, realizada em Beja, contou com a presença de 70 praticantes de krav maga

A cidade de Beja recebeu a 1.ª etapa da Volta a Portugal em Krav Maga

Potenciar a defesa pessoal... A “integridade, humildade e o respeito pelo próximo”, valores fundamentais do krav maga, foram treinados em Beja por 70 praticantes, com a presença do diretor técnico nacional da modalidade. Texto e fotos Firmino Paixão

O

mestre Paulo Pereira, presidente da Federação Portuguesa de Krav Maga, diretor técnico nacional da modalidade, IV darga de krav maga e monitor do III nível, dirigiu na cidade de Beja (Pavilhão da Escola de Santiago Maior) a 1.ª etapa da Volta a Portugal em Krav Maga, sistema criado em Israel pelo eslovaco Imi Lichtenfeld, disciplina que já está presente em mais de uma dezena de países e que, atualmente, tem um polo a funcionar na Casa da Cultura de Beja, sob orientação do instrutor João Cuco. Mas, afinal, o que é o krav maga, que em hebraico significa “combate próximo”. O mestre Paulo Pereira explicou que “é um sistema

de defesa pessoal e combate corpo a corpo, um sistema que estuda todas as situações a que o ser humano pode ser sujeito, quer ameaças, quer ataques, e o estudo desse sistema é exatamente para potenciar ao próprio praticante a capacidade de se defender perante qualquer situação”. Praticado a partir dos 14 anos, e sem limite de idade, “é uma disciplina virada para as situações concretas a que qualquer cidadão comum pode estar sujeito”. “Trabalhamos defesa e contra ataque, mas também situações de armas, ameaças e ataques. É um trabalho muito abrangente”, disse o técnico nacional, assegurando: “Ensaiamos as situações de ansiedade com que se depara o próprio praticante face ao tipo de ataque, e, naturalmente, ele vai estar mais seguro e confiante, mas também muito mais alerta, e uma coisa muito importante no krav maga são as medidas preventivas que o próprio cidadão tem que ter”. Nascido em Israel, uma nação em permanente conflitos, o krav maga pode ter origem numa relação causa

consequência. “Quem desenvolveu o krav maga era um profissional responsável pelo combate corpo a corpo do exército israelita e quando se reformou desenvolveu o programa cá fora, como preocupação de capacitar os civis para, num ambiente tão hostil, poderem defender”, explicou Paulo Pereira. Imi Lichtenfeld, o fundador do krav maga, nascido na Eslováquia, era conhecido como o homem que liderou os grupos de resistência contra os nazis e foi puxado para desenvolver esse trabalho em Israel, notou o dirigente nacional Paulo Pereira, que é um dos mais brilhantes alunos do líder da Federação Europeia, Richard Douieb, que, há 14 anos, lhe confiou a implantação do krav maga em Portugal. Paulo Pereira assumiu que “o krav maga foi beber em várias artes marciais, o que o Imi fez foi eleger o que era mais importante para aplicar neste estilo e construiu um modelo cuja metodologia de ensino desenvolve a capacidade de auto-controlo e também proporciona um maior equilíbrio emocional ao cidadão”.

O krav maga, criado na década de 40, “foi um projeto que no ano 2000 me foi proposto desenvolver em Portugal, pelo presidente da Federação Europeia, e que tem corrido muito bem, com a ajuda de todos estes instrutores e praticantes, que têm dinamizado a modalidade. Estamos a crescer, um pouco pelas situações do nosso dia-a-dia e também graças ao excelente trabalho técnico feito por todas as escolas a nível do continente e das ilhas”, e cuja Volta a Portugal fica ainda com quatro etapas por cumprir (Portimão, Portalegre, Porto e Torres Novas), mas que pode voltar a Beja, diz o responsável. “Certamente é uma escola que está a crescer muito bem, com excelentes instrutores, o João Cuco e o delegado regional de Évora, Pedro Silva, que têm feito um excelente trabalho”, referiu ainda o técnico nacional, concluindo que o krav maga é uma disciplina muito abrangente, com praticantes na média dos 35 anos e já eleita por quem precisa de melhorar a sua condição física e se preocupa com a auto-defesa.

Equipa de ciclismo de Almodôvar prepara nova temporada A equipa de ciclismo da Casa do Benfica de Almodôvar/ /Peçamodovar participou no domingo, em Lisboa, no primeiro estágio destinado a preparar a nova temporada. No encontro marcaram presença os diretores Domingos Ramos e Henrique Revés, a equipa técnica, o treinador Francisco Camacho, o adjunto Tiago Camacho, os atletas que transitaram da época passada (Bruno Sousa, Rui Rodrigues, Davide Garrido, João Portela e o campeão nacional de contrarrelógio Humberto Silva) e as novas caras para a próxima época (João Letras, ex-esc.cic.do, Cartaxo; Hélder Pereira, atual campeão nacional de pista coberta, ex-profissional e na época transata individual; e o experiente master Gualdin Carvalho, ex-Ribeira São João, Rio Maior). “É com uma enorme esperança e, acima de tudo, com muita confiança que vamos para a 7.ª época com a equipa de ciclismo Peçamodovar/Casa do Benfica em Almodôvar”, referem os responsáveis.


institucional diversos Diário do Alentejo n.º 1649 de 29/11/2013 Única Publicação

Diário do Alentejo n.º 1649 de 29/11/2013 Única Publicação

CARTÓRIO PRIVADO DE ODEMIRA

CARTÓRIO NOTARIAL DE SERPA

21 Diário do Alentejo 29 novembro 2013 Diário do Alentejo n.º 1649 de 29/11/2013 Única Publicação

A cargo da Notária Ana Paula Lopes António Vasques CERTIFICO, para fins de publicação que foi lavrada neste Cartório Notarial, no dia de hoje, de folhas setenta e duas a folhas setenta e três verso do Livro de Notas para Escrituras Diversas número “Cento e Noventa - E”, escritura de Justificação, na qual: António Figueira Loução e mulher Ausenda Maria da Silva, casados sob o regime de comunhão geral de bens, residentes na Rua 8 de Março, número 32, São Luís, Odemira, contribuintes fiscais números 124 764 355 e 124 764 363; declararam que são donos e legítimos possuidores do seguinte imóvel: Prédio urbano, situado na Rua 8 de Março, número catorze, lugar e freguesia de São Luís, concelho de Odemira, composto de casa de rés-do-chão, destinada a habitação e quintal, com a superfície coberta de cento e dezassete metros quadrados e descoberta com duzentos e três metros quadrados, inscrito na respectiva matriz, em nome do justificante sob o artigo 1191, com o valor patrimonial de 47.190€; a confrontar a Norte com Rua 8 de Março; a Sul com Herdeiros de Óscar Pereira: a Nascente com César Baião e Herdeiros de Óscar Pereira e a Poente com Joaquim Damásio, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Odemira, ao qual atribuem valor igual ao patrimonial; Que este imóvel veio à sua posse por compra meramente verbal, feita a Emília Joaquina de Matos, solteira, maior, residente em Bairro do Ferrenho, São Luís, Odemira, em dia e mês que não podem precisar do ano de mil novecentos e setenta e sete não tendo nunca sido celebrada a competente escritura de compra e venda; Que, assim, possuem o identificado prédio há cerca de trinta e seis anos, em nome próprio, de boa fé, na convicção de serem os únicos donos e plenamente convencidos de que não lesavam quaisquer direitos de outrem, à vista de toda a gente e sem a menor oposição de quem quer que fosse desde o início dessa posse, a qual sempre exerceram sem interrupção, habitando-o, fazendo obras de conservação e restauro, retirando dele todas as suas utilidades, pagando as respectivas contribuições e demais encargos, tudo como fazem os verdadeiros donos. Trata-se, por conseguinte, de uma posse exercida em nome próprio, de uma forma pública, contínua e pacífica. Que, dado o modo de aquisição invocado se encontram impossibilitados de comprovar o seu direito de propriedade plena pelos meios extrajudiciais normais. Está conforme, nada havendo na parte omitida além ou em contrário do que se certifica. Odemira, 15 de Novembro de 2013. A Notária Ana Paula Lopes António Vasques

Diário do Alentejo n.º 1649 de 29/11/2013 Única Publicação

Conservatória dos Registos Civil, Predial e Cartório Notarial de Viana do Alentejo

EXTRACTO Certifico para efeitos de publicação, que por escritura de Justificação de vinte de novembro de dois mil e treze e iniciada a folhas quarenta e quatro, do livro de notas para escrituras diversas n.° 44-C, deste Cartório, António Rodrigues Mendonça, na qualidade de Provedor da “SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE VIDIGUEIRA “, NIPC 501 194 304, com sede na Praça Vasco da Gama, n.° 4, rés-do-chão, na freguesia e concelho de Vidigueira, Pessoa Coletiva Religiosa de Utilidade Pública, como Instituição Particular de Solidariedade Social, canonicamente ereta, com personalidade jurídica nos termos da Concordata entre a Santa Sé e a República Portuguesa, que naquela qualidade e com poderes para o ato, declarou que a Santa Casa da Misericórdia de Vidigueira é dona e legítima possuidora com exclusão de outrem, do imóvel a seguir identificado: Prédio rústico sito ou denominado “Ribeira do Freixo Talha Gabões”, na freguesia e concelho de Vidigueira, que confronta a Norte, com Câmara Municipal de Vidigueira, a Sul e Nascente com João Carlos Ferreira (Herdeiros) e a Poente com Banco BPI, S.A. e Mariana Perpétua Neves da Rosa Guerreiro (Herdeiros), não descrito na Conservatória do Registo Predial de Vidigueira, e inscrito na matriz predial rústica sob o artigo 535 Seção D, com o valor patrimonial tributável e atribuído de 2.765,34€. Que este prédio foi adquirido pela referida Santa Casa da Misericórdia de Vidigueira, no ano de mil novecentos e setenta por doação verbal feita a esta instituição, por um utente do Hospital da Santa Casa da Misericórdia de Vidigueira, do qual se desconhece a identidade. Que esta doação nunca foi reduzida a escrito, não dispondo, assim, de qualquer título formal para registar o prédio em nome da sua representada na respetiva Conservatória. Mas, não obstante isso, a Santa Casa da Misericórdia de Vidigueira entrou na posse e fruição do referido prédio, zelando pela sua conservação, limpeza e pagando os respetivos impostos com o ânimo de quem exercita direito próprio; Que esta posse, que tem sido exercida sem interrupção, de forma ostensiva, à vista e com conhecimento de toda a gente e sem oposição ou discussão de quem quer que seja, procedendo, assim, como sua dona e possuidora, pelo que exerceu uma posse pacífica, contínua, e isto, por prazo superior a quarenta anos, conduziu à aquisição por USUCAPIÃO, que se invoca para justificar o direito de propriedade para fins de registo. Está conforme o original. Conservatória dos Registos Civil, Predial e Cartório Notarial de Viana do Alentejo, 20 de novembro de 2013. O adjunto de Conservador em substituição Hugo Manuel Pedro Saruga

ALUGA-SE Apartamento 3 quartos, 1 sala, 2 wc. Marquise e arrecadação. Rua 25 de Abril, 2.º andar. Contactar pelo tm. 919511874

EXTRACTO Certifico para efeitos de publicação que, no dia 25 de Novembro de 2013, iniciada a folhas 143 do livro de notas número 37-A, deste Cartório, foi lavrada uma escritura de justificação, pela qual BENTO TERESA SARGENTO, NIF 123.359.040, e mulher MARIA ANTÓNIA NOGUEIRA VALENTE SARGENTO, NIF 123.359.058, casados no regime da comunhão de adquiridos, naturais da freguesia de Vila Verde de Ficalho, concelho de Serpa, onde residem na Vivenda Boavista, número 5, alegam que são donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, dos seguintes bens imóveis sitos na freguesia de Vila Verde de Ficalho, concelho de Serpa: 1° – Prédio rústico, denominado “Pedreira”, com a área de um hectare e cento e vinte e cinco centiares, que confronta: do norte, sul, nascente e do poente com os justificantes, inscrito na matriz sob o artigo 63 - C, com o valor patrimonial de € 2.800.70, a que atribuem igual valor; 2° – Prédio rústico, denominado “Daroais”, com a área de três mil oitocentos e setenta e cinco centiares, que confronta: do norte e do nascente com Bento Teresa Sargento, do sul com Catarina Francisca Dias Valente Soares, e do poente com Estevão Inácio dos Reis Caeiro, inscrito na matriz sob o artigo 193 - C, com o valor patrimonial de € 1.076,07, a que atribuem igual valor, ambos não descritos na Conservatória do Registo Predial de Serpa; 3° – metade indivisa do prédio rústico, denominado Forno do Alinho”, descrito na Conservatória do Registo Predial de Serpa sob o número 1219, daquela freguesia, direito este sem qualquer inscrição de transmissão, direito ou posse, inscrito na matriz sob o artigo 187 - C, com o valor patrimonial correspondente à fração de € 2.507,37, a que atribuem igual valor; 4° – Prédio rústico, denominado “Outeirão”, descrito na citada Conservatória sob o número 350, daquela freguesia, onde se mostra registada a aquisição a favor dos titulares inscritos Maria Antónia Galamba Gomes, casada com António Silvestre Parego, Rua da Vargem, Sobral da Adiça, Moura, Joaquim António Galamba Gomes, casado com Maria Janeiro Marques Almeida, Rua do Pocinho, 15, Sobral da Adiça, comunhão geral, Vítor Galamba dos Reis Gomes, casado com Capitolina da Encarnação Frausto, Cantos da Praça, Sobral da Adiça, Ana Galamba Gomes Caeiro, casada com Joaquim Reis Caeiro, Vila Verde de Ficalho, Serpa, na comunhão de adquiridos, e de Vítor Manuel Galamba Dionísio, solteiro, maior, Vila Verde de Ficalho, sem determinação de parte ou direito, pela apresentação 6, de 25/10/1988, inscrito na matriz sob o artigo 186 - C, com o valor patrimonial de € 1.093,76; 5° – Prédio rústico, denominado “Outeirão”, descrito na referida Conservatória sob o número 40, daquela freguesia, onde se mostra registado a favor dos titulares inscritos Maria da Graça de Jesus, viúva, Bento Estevens Machado, casado com Mariana d’Ascensão Carrilho, José Estevens Machado, casado com Maria Rosa Dimas na comunhão geral, António Machado Valério, casado com Maria Teresa Valente Caeiro, Catarina Francisca Pereira Valente das Pazes, casada com Augusto das Pazes Seleiro, na comunhão de adquiridos, todos residentes em Vila Verde de Ficalho, Serpa, e de Francisca Rafaela Lopes Caeiro, casada com Manuel Doudinho Almeida, na comunhão geral, Rua da Constituição, 24, Riacho, Torres Novas, sem determinação de parte ou direito, pela apresentação 8, de 5/06/1985, inscrito na matriz sob o artigo 188 - C, com o valor patrimonial de € 701,17; 6° – Prédio rústico, denominado “Outeirão”, descrito na mencionada Conservatória sob o número 49, daquela freguesia, onde se mostra registado a favor do titular inscrito Joaquim Reis Caeiro, casado com Ana Galamba Gomes Caeiro, na comunhão de adquiridos, Vila Verde de Ficalho, Serpa, pela apresentação 7, de 20/06/1985, inscrito na matriz sob o artigo 189 - C, com o valor patrimonial de € 1.107,02; e 7° - Prédio rústico, denominado “Daroais”, descrito na aludida Conservatória sob o número 2561, daquela freguesia, onde se mostra registado a favor dos titulares inscritos António Caetano da Ascensão Silva, solteiro, maior, e de Josefa Gomes da Ascensão Silva Fidélis, casada com João Manuel da Trindade Fidélis, na comunhão de adquiridos, ambos residentes em Vila Verde de Ficalho, Serpa, pela apresentação 6, de 14/05/1985, inscrito na matriz sob o artigo 194, secção C, com o valor patrimonial do € 6.028,92. Que estes imóveis e direito predial somam o valor total e atribuído de € 15.315,01. Que os titulares inscritos foram previamente notificados editalmente e pessoalmente, bem como os respectivos herdeiros incertos, através das notificações avulsas, nos termos do artigo noventa e nove, do Código do Notariado, já arquivadas neste Cartório. Que estes imóveis e o direito predial são pertença dos justificantes por os haverem adquirido por compras verbais, em dia e mês que ignoram do ano de mil novecentos e noventa, portanto, há mais de vinte anos, o citado em UM a Manuel Manços, o referido em DOIS a Ana José Galamba, o indicado em TRÊS a Francisca de Jesus, todos viúvos, já falecidos, residentes que foram na dita freguesia de Vila Verde de Ficalho, os mencionados em QUATRO, CINCO, SEIS e SETE, aos aludidos titulares inscritos, não tendo sido celebradas as competentes escrituras públicas, motivo pelo qual não são detentores de qualquer documento formal que legitime o seu domínio sobre os mesmos. Porém, desde aquele ano de mil novecentos e noventa e sem interrupção, os justificantes, entraram na posse dos identificados imóveis e direito predial, sendo o identificado em TRÊS conjuntamente com o comproprietário António Manuel Monge Soares, cultivando-os e usufruindo todas as suas utilidades e suportando os competentes impostos e encargos, tendo adquirido e mantido a sua posse sem a menor oposição de quem quer que fosse e com conhecimento de toda a gente, agindo sempre por forma correspondente ao exercício do direito de propriedade, tendo por isso uma posse pública, pacífica, contínua e de boa-fé, que dura há mais de vinte anos, pelo que os adquiriram por usucapião, não tendo, todavia, dado o modo de aquisição, documento algum que lhes permita fazer a prova do seu direito de propriedade. Que, desta forma, justificam a aquisição, dos aludidos imóveis e direito predial por usucapião. Está conforme o original. Cartório Notarial de Serpa, a cargo da Notária Joana Raquel Prior Neto, vinte e cinco de Novembro de dois mil e treze. A Notária, Joana Raquel Prior Neto

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE BEJA E MÉRTOLA, C.R.L.

CONVOCATÓRIA DE ASSEMBLEIA-GERAL Nos termos do n°2 do artigo 22° e do artigo 24° dos Estatutos da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Beja e Mértola, C.R.L., pessoa colectiva n° 501064800, com sede em Largo Eng.° Duarte Pacheco, no 12, em Beja, matriculada na conservatória do Registo Comercial de Beja sob o mesmo número, com o capital social realizado de € 11.068.000,00 (variável), convoco os associados, no pleno gozo dos seus direitos, a reunirem-se em Assembleia Geral, em sessão ordinária, no dia 18 de Dezembro de 2013, na Agência de Beringel, da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Beja e Mértola, CRL, sito na Praça Dr. Carlos Moreira, n° 14, em Beringel, pelas 16:00 horas, para discutir e votar as matérias da seguinte: Ordem de Trabalhos 1. Discussão e votação do Plano de Actividades e Orçamento para o Exercício de 2014; 2. Deliberação sobre a Proposta da Política de Remuneração dos Órgãos Sociais e Revisor Oficial de Contas para o Exercício de 2014; 3. Outros Assuntos de interesse para a Assembleia. O Plano de Actividades e o Orçamento para o Exercício de 2014, estarão à disposição dos Senhores Associados na sede da Caixa Agrícola às horas normais de expediente, durante os oito dias que antecedem a Assembleia-Geral. Se à hora marcada não estiverem presentes mais de metade dos Associados, a Assembleia reunirá uma hora depois, com qualquer número de sócios presentes. A Assembleia reunirá fora da sede social da Caixa devido à inexistência de sala com condições para a realização desta Assembleia. Beja, 21 de Novembro de 2013. O Presidente da Mesa da Assembleia-Geral Dr. Rui Manuel Veríssimo C. Conduto

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SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE VILA DE FRADES

CONVOCATÓRIA Nos termos da alínea a) do nº 2 do artigo 24º do Compromisso da Irmandade da Misericórdia de Vila de Frades convoco a Assembleia Geral da Santa Casa da Misericórdia de Vila de Frades, para uma sessão ordinária, a realizar no dia 14 de dezembro de 2013 pelas dezasseis horas, nas Instalações do Lar da Santa Casa da Misericórdia de Vila de Frades, em Vidigueira, com a seguinte ordem de trabalhos: 1. Eleição dos Corpos Sociais para o triénio 2014/2016. NOTA: A Assembleia Geral reunirá à hora marcada, se estiver presente mais de metade dos associados com direito a voto ou uma hora depois, com qualquer número de presentes (nº 1 do artº 26º). Para o cumprimento do nº 1 da ordem de trabalhos são fixadas as seguintes normas: – São órgãos sociais da Irmandade a Assembleia Geral, a Mesa Administrativa e o Conselho Fiscal, também chamado Definitório (artº 11º); – A Mesa da Assembleia Geral é constituída por três membros: um Presidente, um 1º Secretário e um 2º Secretário (nº 2 do artº 21º) – A Mesa Administrativa é constituída por cinco membros: um Provedor, um Vice-Provedor, um Secretário, Um Tesoureiro, um Vogal (n.º 1 do art.º 29.º) e dois suplentes que se tornarão efectivos à medida que surgirem vagas (n.º 2 do art.º 29.º); – O Conselho Fiscal ou Definitório é composto por três membros: um Presidente, dois Vogais (n.º 1 do art.º 38.º) e dois suplentes que se tornarão efectivos à medida que surgirem vagas (nº 2 do art.º 38.º); – Para o acto da eleição dos órgãos acima indicados, é necessária lista ou listas de candidatos subscritas pelos candidatos e por um número de irmãos nunca inferior a cinco (n.º 3 do art.º 26.º); – As listas têm de ser entregues na secretaria da Santa Casa a funcionar nas instalações do Lar pelo menos cinco dias antes da data das eleições cinco (n.º 3 do art.º 26.º); Vila de Frades, 16 de Novembro de 2013. A Presidente da Mesa da Assembleia Geral Domingas Iria Serrano Anacleto

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saúde

22 Diário do Alentejo 29 novembro 2013

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RUI MIGUEL CONDUTO Cardiologista - Assistente de Cardiologia do Hospital SAMS CONSULTAS 5ªs feiras CARDIOLUXOR Clínica Cardiológica Av. República, 101, 2ºA-C-D Edifício Luxor, 1050-190 Lisboa Tel. 217993338 www.cardioluxor.com Sábados R. Heróis de Dadrá, nº 5 Telef. 284/327175 – BEJA MARCAÇÕES das 17 às 19.30 horas pelo tel. 284322973 ou tm. 914874486

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JOSÉ BELARMINO, LDA. Rua Bernardo Santareno, nº 10 Telef. 284326965 BEJA

DR. JOSÉ BELARMINO Clínica Geral e Medicina Familiar (Fac. C.M. Lisboa) Implantologia Oral e Prótese sobre Implantes (Universidade de San Pablo-Céu, Madrid) CONSULTAS EM BEJA 2ª, 4ª e 5ª feira das 14 às 20 horas EM BERINGEL Telef 284998261 6ª e sábado das 14 às 20 horas

Acordos com A.D.S.E., CGD, Medis, Advance Care, Multicare, Allianze, Seguros/Acidentes de trabalho, A.D.M., S.A.M.S.

DR. JAIME LENCASTRE Estomatologista (OM) Ortodontia

JOÃO HROTKO

DOENÇAS DO SISTEMA NERVOSO

Especialista pela Ordem dos Médicos Chefe de Serviço de Oftalmologia do Hospital de Beja

Médico oftalmologista

Consultas de 2ª a 6ª Acordos com: ACS, CTT, EDP, CGD, SAMS. Marcações pelo telef. 284325059 Rua do Canal, nº 4 7800 BEJA

Medicina dentária

Marcações de 2.ª a 6.ª feira a partir das 14 horas Tel. 284324690 Rua Capitão João Francisco de Sousa, n.º 20 7800-451 BEJA ▼

CLÍNICA MÉDICA ISABEL REINA, LDA. Obstetrícia, Ginecologia, Ecografia CONSULTAS 2ªs, 3ªs e 5ªs feiras Rua Zeca Afonso, nº 16 F Tel. 284325833

Oftalmologista pelo Instituto Dr. Gama Pinto – Lisboa Assistente graduada do serviço de oftalmologia do Hospital José Joaquim Fernandes – Beja

Dr. José Loff Urgências Prótese fixa e removível Estética dentária Cirurgia oral /Implantologia Aparelhos fixos e removíveis Consultas :de segunda a sexta-feira, das 9 e 30 às 19 horas Rua de Mértola, nº 43 – 1º esq. Tel. 284 321 304 Tm. 925651190

Cirurgia Maxilo-facial

DR. MAURO FREITAS VALE

Consultas em Beja CLINIBEJA – 2.ª a 6.ª feira Rua António Sardinha, 25, r/c esq.

Prótese/Ortodontia

MÉDICO DENTISTA

Marcações pelo telefone 284321693 ou no local Rua António Sardinha, 3 1º G 7800 BEJA

e.mail: clinidermatecorreia@ gmail.com Rua Manuel António de Brito nº 4 1ºFte 7800- 544 - BEJA (Edifício do Instituto do Coração, frente ao Continente)

Clínica Geral

GASPAR CANO

AURÉLIO SILVA Hospital de Beja Doenças de Rins e Vias Urinárias

MÉDICO ESPECIALISTA EM CLÍNICA GERAL/ MEDICINA FAMILIAR

Consultas às 6ªs feiras na Policlínica de S. Paulo Rua Cidade S. Paulo, 29 Marcações pelo telef. 284328023

Marcações a partir das 14 horas Tel. 284322503

BEJA

Clinipax Rua Zeca Afonso, nº 6-1º B – BEJA ▼

HELENA MANSO

Largo D. Nuno Álvares Pereira, 13 BEJA

TERESA ESTANISLAU CORREIA

Angiologia/Cirurgia Vascular

Centro Médico de Beja

Marcações de 2.ª a 6.ª feira a partir das 14 horas Rua Capitão João Francisco de Sousa, n.º 20 7800-451 BEJA Tel. 284324690

Consultas às sextas-feiras, a partir das 15 horas

MÉDICO UROLOGISTA RINS E VIAS URINÁRIAS

Dermatologia

7800-475 BEJA

Médico Dentista Consultas em Beja Clínica do Jardim

FRANCISCO FINO CORREIA

CONSULTAS DE OBESIDADE

Rua Capitão João Francisco de Sousa, 56-A – Sala 8 Marcações pelo tm. 919788155

UROLOGISTA

Luís Payne Pereira

Médico Especialista pela Ordem dos Médicos e Ministério da Saúde Generalista

Consultas às 4ª feiras tarde e sábado MARCAÇÃO DE CONSULTAS: Diariamente, dias úteis: Tel: 218481447 Lisboa 4ª feiras: 14h30 – 19h Tel: 284329134 Beja

Urologia

DR. CIRO OLIVEIRA

Urologia

DR. A. FIGUEIREDO LUZ

Praça Diogo Fernandes, nº11 – 2º Tel. 284329975

MÉDICA DERMATOLOGISTA

Marcações de consultas de 2ª a 6ª feira, entre as 15 e as 18 horas Rua Dr. Aresta Branco, nº 47 7800-310 BEJA Tel. 284326728 Tm. 969320100

Psiquiatria

DR. ÁLVARO SABINO Otorrinolaringologista Ouvidos,Nariz, Garganta

CÉLIA CAVACO

Clínica dentária

Obesidade

VÁRIOS ACORDOS

Marcações pelo 284322446; Fax 284326341 R. 25 de Abril, 11 cave esq. – 7800 BEJA

Terapeuta da Fala VERA LÚCIA BAIÃO

Tm. 962557043

Fisioterapia

Vários Acordos

Estomatologia

Oftalmologia

HELIODORO SANGUESSUGA

Oftalmologia

Técnica de Prótese Dentária

Ginecologia/Obstetrícia

FAUSTO BARATA

CONSULTAS às 3ªs e 4ªs feiras, a partir das 15 horas MARCAÇÕES pelos telfs.284322387/919911232 Rua Tenente Valadim, 44 7800-073 BEJA

Otorrinolaringologia

DR. J. S. GALHOZ

Neurologia

Marcações pelo tel. 284312230

ANGIOLOGIA/CIRURGIA VASCULAR TRATAMENTO DE VARIZES BEJA: Clinibeja Rua António Sardinha, 23-25 7800-477 Beja Tel. 284 321 517

MOURA: MRP Centro de Medicina Física e Recuperação de Moura Avenida dos Bombeiros Voluntários, n.º 15 7860-107 Moura Tel. 285 252 944

SANTIAGO DO CACÉM: Centro Clínico de Santiago do Cacém Avenida Manuel da Fonseca, 37 7540-105 Santiago do Cacém Tel. 269 086 900 Tm. 917 637 440

ÉVORA: CDI Praça Dr. Rosado da Fonseca, 8, Urb. Horta dos Telhais 7000-749 Évora Tel. 266 749 740

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saúde

Dr. Sidónio de Souza – Pneumologia/Alergologia/ Desabituação tabágica – H. Pulido Valente Dr. Fernando Pimentel – Reumatologia – Medicina Desportiva – Instituto Português de Reumatologia de Lisboa Dr.ª Verónica Túbal – Nutricionismo – H. de Beja Dr.ª Sandra Martins – Terapia da Fala – H. de Beja Dr. Francisco Barrocas – Psicologia Clínica/Terapia Familiar – Centro Hospitalar do Baixo Alentejo. Dr. Rogério Guerreiro – Medicina preventiva –Tratamento inovador para deixar de fumar Dr. Gaspar Cano – Clínica Geral/ Medicina Familiar Dr.ª Nídia Amorim – Psicomotricidade/Educação Especial e Reabilitação Dr. Sérgio Barroso – Especialista em Oncologia – H. de Beja Drª Margarida Loureiro – Endocrinologia/Diabetes/ Obesidade – Instituto Português de Oncologia de Lisboa Dr. Francisco Fino Correia – Urologia – Rins e Vias Urinárias – H. Beja Dr. Daniel Barrocas – Psiquiatria – Hospital de Évora Dr.ª Lucília Bravo – Psiquiatria H.Beja , Centro Hospi-talar de Lisboa (H.Júlio de Matos). Dr. Carlos Monteverde – Medicina Interna, doenças de estômago, fígado, rins, endoscopia digestiva. Dr.ª Ana Cristina Duarte – Pneumologia/Alergologia Respiratória/Apneia do Sono Dr.ª Isabel Santos – Psiquiatria de Infância e Adolescência/ Terapeuta familiar – Centro Hospitalar do Baixo Alentejo Dr.ª Paula Rodrigues – Psicologia Clínica – Hospital de Beja Dr.ª Luísa Guerreiro – Ginecologia/Obstetrícia Dr. Luís Mestre – Senologia (doenças da mama) – Hospital da Cuf – Infante Santo Dr. Jorge Araújo – Ecografias Obstétricas Dr.ª Ana Montalvão – Hematologia Clínica /Doenças do Sangue – Hospital de Beja Dr.ª Ana Cristina Charraz – Psicologia Clínica – Hospital de Beja Dr. Diogo Matos – Dermatologia – Hospital Garcia da Orta. Dr.ª Madalena Espinho – Psicologia da Educação/ Orientação Vocacional Dr.ª Ana Margarida Soares – Terapia da Fala Dr.º Ricardo Lopes – Consulta de Gastrenterologia e Proctologia - Endoscopia e Colonoscopia Dr.ª Joana Leal – MedicinaTradicional Chinesa/Acupunctura e Tuina. Enfermeira Maria José Espanhol – Enfermeira especialista em saúde materna/Cuidados de enfermagem na clínica e ao domicílio/Preparação pré e pós parto/amamentação e cuidados ao recém-nascido/Imagem corporal da mãe – H. de Beja Marcações diárias pelos tels. 284 322 503 Tm. 91 7716528 | Tm. 916203481 Rua Zeca Afonso, nº 6, 1º B, 7800-522 Beja Clinipaxmail@gmail.com www.clinipax.pt

beja@davinci.com.pt

CENTRO DE IMAGIOLOGIA DO BAIXO ALENTEJO TOMOGRAFIA COMPUTORIZADA (TAC) ECOGRAFIA MAMOGRAFIA ECO DOPPLER RADIOLOGIA DENTÁRIA

Clínica Médico-Dentária de S. FRANCISCO, LDA. Gerência de Fernanda Faustino Acordos:

Médicos Radiologistas António Lopes / Aurora Alves Helena Martelo / Montes Palma Médica Neuroradiologista Alda Jacinto Médica Angiologista Helena Manso

SAMS, ADMG, PSP, A.D.M.E., Portugal Telecom e Advancecare Rua General Morais Sarmento, nº 18, r/chão; TEL. 284327260 7800-064 BEJA

Terapia da Fala

Convenções: Terapeuta da Fala

CATARINA CHARRUA Consultas em: BEJA, SERPA, MOURA E DOMICÍLIOS Contacto: 967959568

ULSBA (SNS) ADSE, ACS-PT, SAD-GNR, CGD, MEDIS, SSMJ, SAD-PSP, SAMS, SAMS QUADROS, ADMS, MULTICARE, ADVANCE CARE Marcações: Tel. 284318490 Tms. 960284030 ou 915529387 Horário: de 2ª a 6ª feira, das 8 às 19 horas e aos sábados, das 8 às 13 horas Av. Fialho de Almeida, nº 2 7800 BEJA

23 Diário do Alentejo 29 novembro 2013


necrologia

24 Diário do Alentejo 29 novembro 2013

Nossa Senhora das Neves MISSA

Manuel Romão Rodrigues Costa 3.º Ano de Eterna Saudade

Vives eternamente junto de nós. Descansa em paz. Esposa, filhos, noras, genro e netos participam a todas as pessoas de suas relações e amizade que será celebrada missa pelo eterno descanso do seu ente querido no dia 01/12/2013, domingo, às 11 e 30 horas, na igreja de Nossa Senhora das Neves, agradecendo desde já a todos os que comparecerem ao ato religioso.

Vila Nova da Baronia AGRADECIMENTO

Serpa PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO

MISSA

Serpa

✝ As filhas, filho, nora, genros, netos e netas cumprem o doloroso dever de participar o falecimento do seu ente querido sr. João Maria Malveiro, de 84 anos, cujo funeral se realizou no passado dia 23 de novembro da Casa Mortuária de Serpa para o cemitério local. A família enlutada agradece a todos os que o acompanharam à sua última morada ou que de alguma forma expressaram o seu pesar. Bem Hajam.

Aljustrel PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO Vidigueira AGRADECIMENTO

Fernando Joaquim da Costa Picado

António Jacinto Rasquinho dos Santos

6.º Ano de Eterna Saudade

Faleceu em 23/11/2013

João Maria Favinha

Esposa, filha e restante família, na impossibilidade de o fazerem individualmente, agradecem por este meio a todas as pessoas que estiveram presentes no seu funeral ou que de outra forma lhes manifestaram o seu pesar. Expressam também o seu especial reconhecimento a todos os médicos, enfermeiros e auxiliares da Clínica de Hemodiálise de Beja, à equipa de Cuidados Integrados que muito o apoiaram e, especialmente, ao dr. Monteverde, dr. Gaspar Cano, à sua querida enfermeira Dulce Caetano e auxiliar Sóninha pelo carinho, dedicação, apoio, disponibilidade e ajuda prestados durante a sua doença.

Nasceu a 01/01/1924 Faleceu a 20/11/2013

Filha, netas, irmão, sobrinhos, genro e restante família cumprem o doloroso dever de participar o falecimento do seu ente querido e, na impossibilidade de o fazerem individualmente, vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que o acompanharam à sua última morada ou que de outra forma manifestaram o seu pesar. AGÊNCIA FUNERÁRIA SERPENSE, LDA Gerência: António Coelho Tm. 963 085 442 – Tel. 284 549 315 Rua das Cruzes, 14-A – 7830-344 SERPA

Filha, netos e genro participam a todas as pessoas de suas relações e amizade que será celebrada missa pelo eterno descanso do seu ente querido no dia 29/11/2013, sexta-feira, pelas 18 e 30 horas, na igreja da Sé, em Beja, agradecendo desde já a todos os que nela comparecerem.

Augusta Pereira Nasceu a 06/05/1918 Faleceu a 19/11/2013

Filho, nora, netos e restante família cumprem o doloroso dever de participar o falecimento da sua ente querida e, na impossibilidade de o fazerem individualmente, vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que a acompanharam à sua última morada ou que de outra forma manifestaram o seu pesar.

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João Augusto Leitão das Dores 1.º Ano de Eterna Saudade

Lembrar-te é fácil, esquecer-te nunca. Há um ano que já não estás entre nós mas permanecerás sempre nos nossos corações. Esposa, filhos e restante família participam a todas as pessoas de sua amizade que será celebrada missa pelo eterno descanso do seu ente querido no dia 2 de dezembro, pelas 18 e 30 horas, na igreja da Sé, em Beja.

Joaquim António Carrujo Carapeto Nasceu 11.06.1962 Faleceu 25.11.2013

Sua família na impossibilidade de o fazer pessoalmente agradece por este meio a todas as pessoas que o acompanharam à sua última morada ou de outro modo manifestaram o seu pesar. AGÊNCIA FUNERÁRIA ESPÍRITO SANTO, LDA. Tm.963044570 – Tel. 284441108 | Rua Das Graciosas, 7 | 7960-444 Vila de Frades/Vidigueira


necrologia institucional diversos Diário do Alentejo n.º 1649 de 29/11/2013 Única Publicação

25 Diário do Alentejo 29 novembro 2013

Diário do Alentejo n.º 1649 de 29/11/2013 Única Publicação

TRIBUNAL JUDICIAL DE BEJA 1° Juízo

ANÚNCIO Processo: 1154/13.1TBBJA Interdição/Inabilitação Requerente: Maria Esmeraldina dos Santos Coelho Magalhães Interdito: Maria Inácia dos Santos N/Referência: 2765227 Data: 18-11-2013 Faz-se saber que foi distribuída neste tribunal, a ação de Interdição/ Inabilitação em que é requerida Maria Inácia dos Santos, com residência no Lar da Cruz Vermelha - Rua dos Infantes, 21 e 23, Beja, para efeito de ser decretada a sua interdição por se mostrar incapaz de governar a sua pessoa e bens. A Juiz de Direito, Dr(a). Maria das Mercês Nascimento O Oficial de Justiça, Rosa Maria Ribeiro Feixeira

Diário do Alentejo n.º 1649 de 29/11/2013 Única Publicação

TRIBUNAL JUDICIAL DE BEJA 1° Juízo

ANÚNCIO

Diário do Alentejo n.º 1649 de 29/11/2013 Única Publicação

COOPERATIVA AGRÍCOLA DO GUADIANA CRL

CONVOCATÓRIA Cumprindo o estipulado no nº do art.º XXI dos estatutos da Cooperativa Agrícola do Guadiana CRL convoco a Assembleia Geral desta Cooperativa para o dia 19 de Dezembro pelas 14:00 horas, a ter lugar na sala de reuniões da Cooperativa com a seguinte ordem de trabalhos: Ponto 1 - Apresentação do orçamento para 2014; Ponto 2 - Outros assuntos de interesse para a classe. Nota: Se à hora marcada na convocatória não se encontrarem o número de sócios exigidos para a realização da Assembleia, será uma hora mais tarde com qualquer número de sócios. Mértola, 22 de Novembro de 2013.

Processo: 1223/13.8TBBJA Interdição/Inabilitação Requerente: - Ministério Público Requerido: Maria Viana Guerreiro N/Referência: 2765119 Data: 18-11-2013 Faz-se saber que foi distribuída neste tribunal, a ação de Interdição/ Inabilitação em que é requerido Maria Viana Guerreiro, com residência em domicílio: Lar da Santa Casa da Misericórdia de Aljustrel, 7600-000 Aljustrel, para efeito de ser decretada a sua interdição por anomalia psíquica. O Juiz de Direito, Dr(a). Maria das Mercês Nascimento O Oficial de Justiça, Maria Helena Simenta

O Presidente da Assembleia Assinatura ilegível

COMPRO ASSOCIAÇÃO HUMANITÁRIA E BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DE BEJA

Todo o tipo de sucata, ferro, alumínio, latão, inox, materiais eléctricos, baterias, etc..

ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA

EDITAL Para cumprimento do estabelecido na alínea b) do n°. 2, do art°. 41° dos Estatutos, convoco a reunião da Assembleia Ordinária, para o dia 9 de Dezembro de 2013, Segunda-Feira, pelas vinte horas e trinta minutos, na sede da nossa Associação, na Av. Fialho de Almeida, n.º 30, nesta cidade com a seguinte ORDEM DE TRABALHOS: 1. Discussão e votação do Plano de Actividades e Orçamento da Associação para o ano 2014. Não comparecendo número legal de sócios à hora marcada, a Assembleia funcionará com qualquer número de sócios, MEIA HORA DEPOIS como determina o n°. 1 do art°. 43°. dos mesmos estatutos. Beja, 13 de Novembro de 2013. O Presidente da Mesa da Assembleia Geral José António Jacinto Parrinha

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CENTRO INFANTIL CORONEL SOUSA TAVARES

Nos termos do Artigo Trigésimo dos Estatutos do Centro Infantil Coronel Sousa Tavares, convocam-se todos os Sócios para uma Assembleia-Geral a realizar no próximo dia 19 de dezembro de 2013, pelas 20 horas, na sede da Instituição com a seguinte ordem de trabalhos: 1. Eleição dos Corpos Gerentes para o Triénio 2014/ 2016 2. Outros assuntos. Se à hora marcada não estiver presente mais de metade dos associados com direito a voto a Assembleia reunirá uma hora depois com qualquer número de presentes. Beja, 21 de Novembro de 2013. O Presidente da Assembleia Geral João da Silva Martins

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Diário do Alentejo n.º 1649 de 29/11/2013 Única Publicação

CONVOCATÓRIA

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institucional diversos

26 Diário do Alentejo 29 novembro 2013 Diário do Alentejo n.º 1649 de 29/11/2013 Única Publicação

Diário do Alentejo n.º 1649 de 29/11/2013 Única Publicação

Diário do Alentejo n.º 1649 de 29/11/2013 Única Publicação

AABA – Associação dos Agricultores do Baixo Alentejo

MUNICÍPIO DE ALMODÔVAR

CONSERVATÓRIO REGIONAL DO BAIXO ALENTEJO

AVISO CONTRATAÇÃO DE PROFESSORES Faz-se público que se encontra aberto um procedimento de selecção para a contratação de professores para o Ensino Vocacional Artístico da Música e da Dança, em regime de contrato normal de trabalho, para as disciplinas e horários abaixo indicados: . Formação Musical – 16 horas (Beja - 14 horas e Castro Verde - 2 horas) . Técnica de Dança Clássica – 8 horas (Beja - 4 horas e Castro Verde - 4 horas) . Guitarra – 5 horas – Beja A remuneração a auferir será estabelecida de acordo com os critérios existentes nas tabelas aprovadas para os estabelecimentos de ensino particular e cooperativo, dependendo esta das habilitações e dos anos de bom e efectivo serviço. Podem candidatar-se: Professores que possuam, para as disciplinas pretendidas, habilitação profissional ou própria para a docência nas Escolas de Ensino Vocacional Artístico da Música e da Dança. Formalização da candidatura • Requerimento dirigido ao Presidente do Conselho Executivo onde conste a identificação completa, morada, bilhete de identidade, número de contribuinte, telefone e referência ao presente Aviso • Certificado de Habilitações • Curriculum vitae Prazo de entrega As candidaturas devem ser entregues no Conservatório Regional do Baixo Alentejo, Praça da República nº45-46, 7800-427 Beja, até ao dia 6 de Dezembro de 2013, ou remetidas pelo correio com data de correio até dia 6 de Dezembro de 2013. Selecção de candidatos A selecção dos candidatos será efectuada através de entrevista, da análise dos documentos apresentados e da prestação de provas públicas. Ponderações utilizadas para a análise dos processos • Habilitação profissional – 20 pontos / • Habilitação própria – 10 pontos • mais de 10 anos de serviço – 20 pontos / • menos de 10 anos de serviço – 10 pontos • Entrevista – até 20 pontos • Prova pública – até 40 pontos

CONVOCATÓRIA Pela presente se convoca, nos termos dos artigos 22, 23 e 24 dos Estatutos em vigor, uma Assembleia Geral Ordinária de Associados para o dia 09 de Dezembro de 2013 (segunda-feira), pelas 16,30 horas, a realizar na AABA – Associação dos Agricultores do Baixo Alentejo, Rua Antiga Estrada da Vidigueira – Vivenda da Meteorologia, nesta Cidade de Beja. ORDEM DE TRABALHOS: PONTO I: Discussão e Aprovação do Relatório e Contas da Direcção referente ao Ano de 2012; PONTO II: Outros assuntos de interesse PONTO III: Eleição de Novos Corpos Directivos para o triénio 2014/2017; Não se verificando a maioria das presenças estabelecidas pelos Estatutos, a Assembleia-geral funcionará validamente nos termos do n.° 2 do Artigo 25°, com qualquer número de associados e votos presentes, meia hora depois da hora fixada nesta «Convocatória». Beja, 26 de Novembro de 2013. O Presidente da Assembleia-Geral José Eduardo Mira Cruz

Beja, 29 de Novembro de 2013 3 O Presidente do Conselho Executivo José Filipe Silva Guerreiro

EDITAL N.º 41/2013 1.ªAlteração à Tabela de Taxas anexa ao Regulamento de Liquidação e Cobrança de Taxas e Outras Receitas Municipais Entrada em Vigor Dr. António Manuel Ascenção Mestre Bota, Presidente da Câmara Municipal de Almodôvar:Torna público: Nos termos e para os efeitos do disposto no Artigo 56.º da Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro, na sua atual redação, que a Assembleia Municipal de Almodôvar, em sessão ordinária de 18 de novembro de 2013, sob proposta oportunamente aprovada pela Câmara Municipal na sua reunião ordinária de 06 de novembro de 2013, e após audiência e apreciação pública, nos termos do Artigo 118.º do Código de Procedimento Administrativo, no âmbito da competência constante do Artigo 53.º n.º 2 alínea a) da Lei n.º 169/99, de 18 de setembro, na redação à data em vigor, deliberou aprovar a 1.ªAlteração à Tabela de Taxas anexa ao Regulamento de Liquidação e Cobrança de Taxas e Outras Receitas Municipais, a qual entrará em vigor quinze dias após a sua publicação no Diário de República. Para que não se alegue desconhecimento, é publicado o presente aviso e afixados editais de igual teor nos lugares públicos do costume, bem como na página eletrónica do Município de Almodôvar – www.cm-almodovar.pt. Município de Almodôvar, aos 20 de novembro de 2013 O Presidente da Câmara Municipal António Manuel Ascenção Mestre Bota

Diário do Alentejo n.º 1649 de 29/11/2013 Única Publicação

MISERICÓRDIA DE NOSSA SENHORA DE ASSUNÇÃO DE MESSEJANA

ASSEMBLEIA GERAL Ao abrigo do Artigo 24 dos Estatutos da Irmandade da Misericórdia de Nossa Senhora de Assunção de Messejana, eu Dr. José Duarte Brando Albino, Presidente da Assembleiageral, convoco uma reunião para o dia 18/12/2013, pelas 19 horas, nas instalações da Misericórdia, com a seguinte ordem de trabalhos: Ponto 1 – Leitura e aprovação da acta da última assembleia-geral. Ponto 2 – Apresentação, discussão e votação do plano de actividades e orçamento para 2014, assim como o respectivo parecer do Conselho Fiscal. Ponto 3 – Outros assuntos de interesse da Instituição. Se à hora marcada não houver o número de irmãos suficientes, a Assembleia funcionará uma hora depois, com o número de irmãos presentes, de acordo com o artigo 26 – 1º do referido Estatuto. Messejana, 12 de Novembro 2013. O Presidente da Assembleia-geral José Duarte Brando Albino

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Diário do Alentejo n.º 1649 de 29/11/2013 Única Publicação

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE FERREIRA DO ALENTEJO, C.R.L

Convocatória da Assembleia Geral Ordinária Nos termos do n.° 2 do artigo 22° e do artigo 24° dos estatutos da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, C.R.L. pessoa colectiva n° 501057188 matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Ferreira do Alentejo, sob o mesmo número, com sede na Avenida General Humberto Delgado, N°.40, em Ferreira do Alentejo, com o capital social realizado de EUR 7.240.465,00 (variável), convoco todos os Associados desta CCAM, que se encontrem no pleno gozo dos seus direitos, a reunirem-se em Assembleia Geral Ordinária a realizar no dia 18 de Dezembro de 2013, quarta-feira, pelas 16.00 Horas, na sua sede social, para discutir e votar as matérias da seguinte Ordem de Trabalhos: 1. Discussão e votação da proposta de Plano de Actividades e Orçamento da Caixa Agrícola para o exercício de 2014; 2. Deliberação sobre a declaração de política de remunerações dos Órgãos de Administração e Fiscalização da Caixa Agrícola para o ano de 2014; 3. Outros assuntos de interesse para a CCAM. Se, à hora marcada para a reunião não estiverem presentes mais de metade dos associados, a Assembleia reunirá, com qualquer número, uma hora mais tarde. Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, aos 22 de Novembro de 2013. O Presidente da Assembleia Geral Joaquim Pedro Gonçalves Grosso de Oliveira

VENDE-SE MONTE A 3 kms de Beja, 2 ha com 80 m2 de casa, todo vedado, água, luz, telefone, recolha de lixo, carteiro e alcatrão a 200 metros. 170 000 euros. Contactar tm. 966756018


A Herdade Vale da Rosa participou na feira internacional DopDubai, no Dubai. O produtor de uvas de mesa, sediado em Ferreira do Alentejo, pretende conquistar o potencial do mercado árabe já na próxima campanha. A empresa acredita que “o sabor que carateriza os produtos do Alentejo irá surpreender o mercado que hoje se afirma como um dos principais centros do mundo”. Silvestre Ferreira, proprietário da herdade, refere que a empresa tem vindo a participar em vários certames internacionais e, neste sentido, destacou cinco elementos da empresa a marcar presença na feira internacional DopDubai, na tentativa de alargar as suas exportações.

Empresas

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Vale da Rosa à conquista do mercado árabe

Vidigueira em feira internacional de turismo Vidigueira participou recentemente na Intur – Feira Internacional de Turismo do Interior de Valladoid, em Espanha, realizada na passada semana. O município, que esteve representado no certame com um espaço de divulgação dos produtores de vinho do concelho, “tem vindo a participar em diversos certames para promoção da marca Vidigueira”. O presidente, Manuel Narra, considera esta feira “importante”, para dar a conhecer a região e o potencial dos produtores de vinho.

Lidl reconhecido pela primeira vez como marca Superbrand No ano em que comemora 18 anos em Portugal, o Lidl foi reconhecido como marca Superbrand numa cerimónia que decorreu no passado dia 25, em Lisboa. Os prémios Superbrands reconhecem produtos ou serviços de excelência que oferecem um benefício claro e diferenciador, que cumprem as suas promessas, geram notoriedade, assumem uma personalidade e uma escala de valores definidos, permanecendo fiéis aos seus princípios. O Lidl vê este reconhecimento como um “sinal de que o caminho escolhido, de oferecermos qualidade ao melhor preço, é valorizado e reconhecido pelos nossos clientes”.

Seiscentos milhões de euros investidos na recolha e triagem de resíduos

Prod oduz uzz vin inho nh ho o há m maais de d do oiiss mill ano os e é cco ons nsid id der erad er ada uma daas ma maio iore res pr re prod od duto utor ut oras exi xist sten st e te en tes es em m tod odo oo m nd mu do.. D Dee te terr rrren eno fé fért rtilil e ccom rt om m 14 ad adeg deg gass, Vi Vid diiggu ueeiirraa é es este tee ano o ““Ci Cida Ci daade do Vi Vinho” Vinh o”,, ceele lebr braand do o um maa dass suas maaiior o ess riq ique ueza zass econ za económ óm mic icas as e cul ultu uraais. is. is

Seis produtores alentejanos criam Vidigueira Wine Lands

Vinhos de Vidigueira unem-se para criar marca distintiva Vidigueira Wine Lands é uma associação e uma marca que nasceu da vontade de seis produtores vínicos alentejanos promoverem os seus vinhos, nacional e internacionalmente, criando também um selo de qualidade e excelência para os seus produtos e para o concelho. Publirreportagem Sandra Sanches

E

nvolvidos na iniciativa estão a Quinta do Quetzal, Herdade Grande, Casa Agrícola HMR – Herdade Monte da Ribeira, Ribafreixo Wines, Adega Cooperativa de Vidigueira Cuba e Alvito, Vitifrades – ADL e Herdade de Lisboa – Paço de Infantes. Paralelamente, a Câmara Municipal de Vidigueira também aqui aparece como sócia honorária que se propõe a contribuir para o desenvolvimento socioeconómico do concelho. Reto Jörg, presidente eleito da Vidigueira Wine Lands (VWL) e também diretor geral da Quinta do Quetzal, refere que o papel da câmara é fundamental nesta iniciativa, unindo os produtores de vinho, neste que “é um dos setores mais importantes do concelho, sendo do interesse de todos a sua

promoção”. Cientes de que juntos são mais fortes, estes produtores avançam conjuntamente nesta iniciativa, não só para aumentar a notoriedade de todos, a nível nacional e internacional, mas também porque acreditam na potencialidade da região para outros fins. Criar um destino enoturístico de referência e potenciar a singularidade do terroir da região são alguns dos propósitos desta associação. Uma região com história e com caráter, “que tem produtores comprometidos com a excelência e o saber fazer”, foram razões mais que suficientes para levar adiante a criação da VWL. Sem dúvida que se existe algum trunfo precioso em Vidigueira é o seu terroir, que marca pela diferença com os néctares ali produzidos, em solos xistosos e graníticos com condições únicas para a produção de vinhos de qualidade superior. Numa altura em que o mercado consumidor procura diferenciação e personalidade, Reto Jörg é da opinião de que “a marca Alentejo, apesar de sobejamente conhecida quer a nível nacional quer internacional, não expressa toda a singularidade das sub-regiões que a integram, como é o caso de Vidigueira”, adiantando que, para isso,

a VWL quer promover e valorizar uma das marcas distintivas da sub-região, dando, por exemplo, “paternidade a uma casta típica e nobre, a Antão Vaz”. Salienta-se que esta casta é a segunda mais importante nos encepamentos das zonas vitícolas de Vidigueira, tendo a particularidade de apresentar alguma resistência à seca e encontrar-se bem adaptada às condições edafoclimáticas do Alentejo. Das futuras iniciativas que a VWL prevê destaca-se o projeto de criação de um modelo de enoturismo que evidencie o território de Vidigueira “como um destino vínico e gastronómico de eleição” que, segundo adianta o diretor geral, “poderá funcionar muito bem, assim como a criação de uma rota dos vinhos só em Vidigueira”. Segundo a VWL, o objetivo da associação é a “promoção da nossa marca”, sendo a comercialização feita por cada um dos produtores. No entanto, e independentemente do estilo próprio e do posicionamento de cada um dos produtores fundadores da VWL, há um objetivo que é comum a todos: “o compromisso com princípios de excelência que esta associação pretende reforçar, designadamente no aproveitamento de sinergias entre os seus membros”.

Nos últimos 17 anos mais de 600 milhões de euros financiaram a recolha e triagem de resíduos de embalagem. Este investimento esteve a cargo das empresas aderentes/clientes da Sociedade Ponto Verde, que têm a obrigação legal de gerir os resíduos em que se transformam as suas embalagens após o consumo. No mesmo período, foram encaminhados para reciclagem, através do sistema integrado de gestão de resíduos de embalagem - SIGRE, gerido pela sociedade Ponto Verde, perto de seis milhões de toneladas de resíduos de embalagens (fluxo urbano e não urbano), o equivalente ao peso de três pontes Vasco da Gama.

IEFP e IST aliam-se para investigação e formação na aeronáutica Os institutos do Emprego e Formação Profissional (IEFP) e Superior Técnico (IST) vão colaborar na formação e na investigação nas áreas aeroespacial e mecânica, numa parceria ligada à Embraer e ao cluster aeronáutico de Évora. A parceria já formalizada é centrada nos polos de formação de Évora e Setúbal do IEFP, que têm formado mão de obra especializada para as duas fábricas da construtora aeronáutica brasileira Embraer na cidade alentejana, assim como para outras empresas fornecedoras de componentes. Segundo o IEFP, o projeto insere-se “no quadro das preocupações comuns de incremento à empregabilidade dos diplomados” de ambas as instituições, mediante “ações conjuntas que melhorem a qualidade e a eficácia das respetivas intervenções”.


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Letras

Álvaro Cunhal – Política, História e Estética

Á

Boa vida Comer Feijão branco com bacalhau e carrasquinhas Ingredientes para 4 pessoas: 400 gr. de feijão branco; 1 dl. de azeite; q.b. de sal grosso; 4 dentes de alho; 1 folha de louro; 1 cebola grande; 1 molho pequeno de coentros; 3 a 4 molhos de carrasquinhas; 800 gr. de bacalhau (já demolhado e cortado em postas).

Confeção: Ponha os feijões de molho de um dia para o outro. Coza os feijões na panela de pressão e reserve. Depois das carrasquinhas arranjadas, lavam-se muito bem em água corrente e cortam-se com mais ou menos oito centímetros de comprimento. Num tacho coloca-se azeite, cebola picada, alhos picados, louro, um pouco de água, sal e as carrasquinhas. Deixa-se cozer em lume brando. Quando estiverem quase cozidas as carrasquinhas, junta-se o feijão cozido, a água da cozedura e o bacalhau. Por fim coloque os coentros picados e retifique o tempero a seu gosto. Sirva bem quente sobre fatias de pão do dia anterior. Bom apetite… Nota: Carrasquinhas ou tengarrinhas são cardos em que os talos são comestíveis, depois de se retirar as folhas com picos. Em algumas zonas do Alentejo as pessoas refogam as carrasquinhas. António Nobre Chefe executivo de cozinha – Hotéis M’AR De AR, Évora

Jazz Rob Mazurek Octet “Skull Sessions”

V

isionário conceptualista e estratego sonoro, Rob Mazurek tem vindo a revelar ao mundo, ao longo das últimas duas décadas, a sua propensão para explorar diferentes mundos sonoros através de várias configurações instrumentais: Chicago Underground (duo, trio, quarteto, orquestra), Exploding Star Orchestra, Starlicker, Pulsar Quartet, São Paulo Underground, entre outras colaborações. E também gosta de baralhar e voltar a dar, alargando, reduzindo e fundindo essas formações, de composição variável. É assim, por exemplo, no projeto Pharoah & The Underground (amalgamando os trios São Paulo e Chicago Underground no suporte a Pharoah Sanders, veterano ícone do jazz livre, que ouvimos na mais recente edição do Jazz em Agosto) e no Rob Mazurek Octet, que resulta da fusão entre a Exploding Star Orchestra e o trio paulista. As cinco peças que integram “Skull Sessions”, a estreia discográfica do octeto, foram criadas como resposta a um desafio lançado a Mazurek pelo Serviço Social do Comércio (SESC) de São Paulo para o músico apresentar um trabalho integrado na exposição “We Want Miles”. Apesar da forte influência do ideário jazz eletroespacial “milesiano” em Mazurek, e sabendo-se este avesso a recriar obra alheia, a solução passou por sugerir à organização a criação de novas peças e arranjos para peRob Mazurek Octet – “Skull Sessions” ças mais antigas, adaptadas à inusitada constituição instrumental deste octeto Rob Mazurek (corneta, – com corneta, vibrafone, rabeca/cavaring modulator), Nicole quinho, flauta, guitarra, baixo e eletróniMitchell (piccolo, cas várias. Mazurek tem à sua disposição flauta, voz), John Herndon (bateria), uma notável assembleia de improvisadoJason Adasiewicz res capazes de providenciar a base ideal (vibrafone), Maurício para tais manobras de exploração sónica. Takara (cavaquinho, A música que aqui se ouve – ainda que enpercussão), Guilherme velopada pelo idioma do jazz – vai muito Granado (teclados, eletrónicas), Thomas mais além das premissas do género, atraRohrer (rabeca, saxofone vés da criação de atmosferas em conse melody) e Carlos Issa tante metamorfose, que se expandem e (guitarra, eletrónicas). contraem, em várias direções, num conEditora: Cuneiform junto sonoro deliciosamente indefinível e Records Ano: 2013 que dinamita as habituais fronteiras composição vs. improvisação, analógico vs digital, tradicional vs moderno, passado vs futuro. “Galactic Ice Skeleton” – originalmente composta para a Exploding Star Orchestra – inicia-se com uma esparsa nuvem de eletrónicas e percussões que se vai densificando através de um lento processo de acreção, criando um núcleo melódico em mutação, de onde se destacam as contribuições da corneta do líder e da flauta superlativa de Nicole Mitchell. “Voodoo and the Petrified Forest”, peça concebida para o Chicago Underground Duo e que foi também trabalhada pelos Starlicker, é um turbilhão sonoro multicolor, marcada pelas percussões tribais e pelo vibrafone encantatório de Jason Adasiewicz. Quando, para o final, o principal motivo é retomado, emerge a corneta imperial de Mazurek. “Passing Light Screams”, dedicado ao cineasta franco-chileno Alejandro Jodorowsky, exibe Mazurek de novo a pairar sobre os ziguezagues da guitarra, percussões e vibrafone, até que dá início a um diálogo mágico com o vibrafone. Caos e ordem no seu eterno tango. “Skull Caves of Alderon” abre com o vibrafone numa bela melopeia e prossegue em clima de intensa celebração com a rabeca (instrumento típico do nordeste brasileiro, muito associado ao forró) e a flauta em festa, num mergulho às raízes. Improvisação para flauta (Mitchell excelente, de novo), rabeca e eletrónicas, “Keeping the Light Up”, a peça mais curta do programa, encerra o ciclo, ligando as duas pontas da vida, como diria o grande Machado de Assis. António Branco

lvaro Barreirinhas Cunhal nasceu em Coimbra em novembro de 1913. Um século depois – e oito anos após a sua morte, em 2005 – como é que a sua obra e ação política é abordável criticamente, para além do engrandecimento da sua figura – colocado que foi, com Salazar, na galeria dos “Grandes Portugueses”, promovido por um concurso televisivo; objeto de biografias mais ou menos preocupadas com a sua vida íntima e familiar? Álvaro Cunhal – Política, História e Estética, com coordenação do historiador José Neves, reúne 16 ensaios por via dos quais Neves assume a vontade de contrariar o silêncio que sobre este centenário se abateu, por parte de várias instituições portuguesas, e assume também a crença que é possível acrescentar novas perspetivas esclarecedoras sobre o que relativamente a Cunhal tem sido dito e escrito quando o silêncio é interrompido. Releituras de obras assinadas por Cunhal, reflexões sobre o pensamento estético de Cunhal mas também sobre o estético e o político no neorrealismo, a análise sobre o modo como os historiadores se têm relacionado com Cunhal, os caminhos deste no contexto da história do PCP, mas também um estudo sobre “Os Camaradas Sem-Nome. Resistência e militância quotidiana”, são assinados por investigadores das áreas da história, estudos literários, sociologia e filosofia, entre os quais se contam Fernando Rosas, André Barata, Raquel Pereira Henriques e Maria Alice Samara, José Luís Garcia e Rui Bebiano, entre outros. O livro está disponível para venda exclusivamente no site da editora Tinta da China: http://www.tintadachina.pt/ book.php?code=369a5ffd9c7f3 d15a59f15680222ab5e. Maria do Carmo Piçarra

José Neves (coord.) Tinta da China Edições 232 págs. 9,9 euros

Toiros Temporada 2013 em números

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om a temporada 2013 terminada, apresentamos hoje os seus números. Assim: espetáculos tauromáquicos realizados na temporada de 2013: corridas de toiros à portuguesa – 176; corridas de toiros pé/mistas – 12; novilhadas – 0; novilhadas populares – 5; festivais – 23; variedades taurinas – 27; garraiadas – 3. Cavaleiros: Luís Rouxinol – 49; Marcos Bastinhas – 41; Rui Salvador – 41; Sónia Matias – 41; Joaquim Bastinhas – 40; João Caetano – 33; Filipe Gonçalves – 29; Ana Batista – 27; António Brito Paes – 26; João Moura – 24; Tito Semedo – 23. Cavaleiros praticantes: David Gomes – 15; Miguel Moura – 15; João Salgueiro da Costa – 10; David Oliveira – 7; Manuel Vacas de Carvalho – 7. Matadores de toiros: Vítor Mendes – 4; António João Ferreira – 3; Sérgio dos Santos “Parrita” – 2. Novilheiros: Manuel Dias Gomes – 10; João Augusto Moura – 2. Bandarilheiros: João Belmonte – 64; David Antunes – 60; Josué Salvado – 60; Ricardo Raimundo – 60; Manuel dos Santos – 55. Empresas: Sociedade Campo Pequeno, S.A. – 23; Toiro das Sesmarias, Lda. – 20; Aplaudir – Sociedade Unipessoal Lda. – 19. Forcados: Alcochete – 24; Ribatejo – 24; Montemor – 23; Cascais – 22; Santarém – 21; Évora – 20; Vila Franca de Xira – 19; Póvoa de São Miguel – 18; Beja - 13; Real Grupo de Forcados Amadores de Moura – 13; São Manços – 13; Amareleja – 6; Safara – 6; Cuba – 1. Vítor Morais Besugo


Ana Maria Baptista – Beja Taróloga – Método Maya Contacto para marcação de consultas: Telemóvel: 968117086 E-mail: missbeja@yahoo.com

SAGITÁRIO

Características dos nativos , nascidos entre 23 de novembro a 21 de dezembro: Intelectuais, versáteis e otimistas, os sagitarianos têm sentido de humor e são aventureiros. Sacrificam-se pelos seus objetivos e apreciam a compreensão. Podem ser impacientes, superficiais e interesseiros. Detestam sentir-se aprisionados e não admitem ser traídos.

Previsões para a semana de 29 de novembro a 5 de dezembro

VII Dia do Selo Bilhete-postal “Postilhão” com marca de dia (rara com esta data) usada em Beja em 1 de dezembro de 1960

Filatelia Domingo é Dia do Selo

R

ealizam-se em Vila Nova de Gaia as comemorações do Dia do Selo; a sua realização coube ao clube de colecionadores local e decorrem no espaço Corpus Christi. A Federação Portuguesa de Filatelia– –APD (FPF) aproveita a oportunidade para realizar o seu congresso ordinário, que decorrerá igualmente no local das celebrações da festa maior dos filatelistas portugueses. O programa teve o seu início no passado dia 22, com a inauguração de uma mostra filatélica, seguida da atuação do Coro Corpus Christi. A exposição decorre na sacristia e na sala anexa à sacristia e encerrará no dia 8. No dia 1 de dezembro, o Dia do Selo, haverá um debate sobre a filatelia em tempos de mudança, pelo dr. Raul Moreira, diretor de filatelia dos CTT-Correios de Portugal, e por Pedro Vaz Pereira, presidente da Federação Portuguesa de Filatelia. Às 13 horas terá lugar o habitual almoço festivo, no restaurante Vino Tinto (junto à beira rio) e a entrega dos prémios anuais de Mérito Filatélico – Literatura, atribuídos pela Federação Portuguesa de Filatelia, seguindo-se o início dos trabalhos do congresso, na Capela Octogonal, e uma visita guiada ao espaço Corpus Christi e à mostra filatélica evocativa do Dia do Selo. Os prémios de Mérito Filatélico foram assim atribuídos: Prémio O Philatelista – Melhor periódico, revista “Vale do Neiva Filatélico” da Associação de Filatelia e Colecionismo do Vale do Neiva. Prémio A. Guedes de Magalhães – Melhor autor, prémio atribuído ex aequo a Américo Rebelo e Eduardo José Oliveira e Sousa, ambos pelos seus artigos publicados em diversas revistas filatélicas. Prémio Aníbal Queiroga – Melhor website e blogue de filatelia. Melhor website – (http://filatelica.aac.uc.pt/), da secção filatélica da Associação Académica de Coimbra. Melhor blogue – (http://osamigosdafilatelia.blogspot.pt/), de Sérgio Miguel Gaspar Pedro Prémio Juvenil de Literatura Filatélica, a Gonçalo Silva Barros Lima, pelo seu artigo publicado no n.º 8 da revista “Vale do Neiva Filatélico”. Ainda durante o almoço, também será entregue ao filatelista Jorge Fernandes a Ordem de Mérito Filatélico, que lhe foi

outorgada pelo congresso da FPF realizado em dezembro de 2012, na cidade de Aveiro. Da ordem de trabalhos para o congresso há que realçar alguns itens do plano de atividades previsto para 2014. São eles a publicação de dois números da revista “Filatelia Lusitana”, continuar a promover, subsidiar e incentivar o trabalho juvenil nas escolas, organização da exposição nacional em Viana do Castelo, que desta vez contará com a participação da Associação Italiana de História Postal, e o apoio monetário às publicações e edição filatélicas. Também está previsto a participação nos trabalhos do congresso da FEPA – Federação Europeia de Filatelia, que, em 2014, terá lugar em Lugano. Este ano é o último em que o Dia do Selo se comemora a 1 de dezembro. Este dia foi escolhido por várias razões, nas quais pontifica o facto de ter sido sempre um dia feriado, pois os dias de semana não são propícios à realização de eventos deste tipo, que exigem a participação ativa dos interessados. Assim sendo, em reunião anterior, o congresso da FPF já deliberou que esta data festiva passa a assinalar-se no dia 8 de dezembro, pois como (por enquanto) é feriado e ainda estamos a quase duas semanas das férias de Natal, ainda se podem desenvolver atividades filatélicas que interessem às escolas. I V Jornadas Nacionais de His tória e F ila t elia Encerra ra m ontem as I V

Jornadas Naciona is de História e Filatelia, que decorreram em Coimbra e foram organizadas pelo Grupo de Investigação Europeísmo, Atlânticidade e Mundialização e Grupo de Investigação História e Sociologia da Ciência e da Tecnologia, ambos do Centro de Estudos Interdisciplinares do séc. XX da Universidade de Coimbra. Iniciaram-se os trabalhos com a apresentação da coleção “História e Filatelia” (Isabel Maria Freitas Valente) e trataram-se os temas: “Estado, Laicidade e Simbologia na Primeira República” (Vítor Neto); “Guerra Colonial/luta de libertação nacional nos espaços da colonização portuguesa. O caso da Guiné” (Julião Soares); “Psicopatia na Grande Guerra” (José Morgado Pereira); e “Ciência, Tecnologia e Grande Guerra” (João Rui Pita e Ana Leonor Pereira). Geada de Sousa

g

a

Carneiro – (21/3 – 20/4) Neste momento terá uma autoconfiança especial. Muito seguro, saberá tirar partido do melhor que tem para viver na nova fase da sua vida amorosa. Saber entregarse profundamente ao amor é o desafio que o universo lhe propõe para este momento. Consolide contactos profissionais. Os astros aconselham um cuidado especial com alimentação.

Balança – (24/9 – 23/10) Em reflexão, tenderá a abrandar o ritmo que tem levado em todos os setores da sua vida. Optará por se organizar, planear atempadamente as suas atividades para se sentir mais centrado e equilibrado. Qualquer imponderável deverá ser encarado com a devida distância, nesta fase. Viagens curtas, favorecidas. No amor, aceite as críticas e procure o diálogo.

h Touro – (21/4 – 21/5) Com criatividade e romantismo levará o seu amor às melhores consequências. Um novo aspeto da sua paixão tenderá a desenvolver-se positivamente e consolidará a relação. As questões profissionais serão esclarecidas, contará com importantes apoios e incentivos. Contribua para a harmonia familiar. Faça exames médicos com rigor e um programa especial de exercício físico.

i Gémeos – (22/5 – 21/6) Neste momento terá a possibilidade de planear uma nova área de formação e aquisição de conhecimentos. Tire partido da sua facilidade em dominar várias áreas em simultâneo e especialize-se numa mais importante para a sua atividade profissional. Paralelamente, invista especialmente, com sinceridade e abertura, no seu amor.

j Caranguejo – (22/6 – 22/7) Estará com caráter inovador e uma energia especial que deverá utilizar para tirar partido do que de novo chegar para si. A vontade de mudança poderá potenciar esta tendência, principalmente no que concerne aos prazeres que lhe são mais caros, como os amigos, os locais, os objetos e ainda os interesses de lazer. Tome este impulso natural para se libertar de tensões emocionais.

k Leão – (23/7 – 23/8) Não se exceda em expectativas e saiba gerir o final de uma relação que já parecia ter pouco futuro, pelas razões que constata com regularidade. Conseguirá resolver interiormente as questões de insegurança que o absorviam há algum tempo. Liberte-se de tudo o que o impede de receber um novo amor de braços abertos. Em família, o ambiente será de harmonia.

l Virgem – (24/8 – 23/9) Com os compromissos profissionais e deslocações geográficas constantes terá dificuldade em concretizar uma nova relação que não deverá descurar. Procure tranquilizar-se e, sobretudo, estar em harmonia interior. Fase de arranque para um percurso inovador. Consolidação de propostas profissionais. Trate da saúde, faça um exame médico completo.

b Escorpião – (24/10 – 22/11) Terá oportunidade de fazer valer as suas credenciais no que respeita a educação, experiência profissional e capacidade de liderança ao discutir a possibilidade de assumir um novo cargo de elevada responsabilidade e autoridade. Como nativo de Escorpião sempre soube colocar alto as suas exigências para o sucesso profissional e este será o seu desafio agora, porque terá de provar a sua excelência.

c Sagitário – (23/11 – 21/12) Preocupação e ansiedade marcarão esta altura, no entanto, a tensão dissipar-se-á com a possibilidade de soluções positivas para as questões afetivas que o afetam. Indisposições do foro gástrico acompanharão esta fase. Em termos profissionais, Traz-lhe a possibilidade de concretização de planos importantes.

d Capricórnio – (22/12 – 20/01) Desafios duros e severos trouxeram-lhe maturidade sobre o seu percurso de vida e relacionamentos. Como para si, no amor, ou é tudo ou nada, os astros trazem-lhe a oportunidade esperada para definir regras e exigir o que entender, numa fase de extremo potencial para compromisso futuro. Terá agora possibilidade de valorizar o reconhecimento e mérito que lhe serão atribuídos profissionalmente.

e Aquário – (21/1 – 19/2) Por agora, estão favorecidas as inovações em termos de métodos de trabalho, e terá facilidade em expor os seus planos. Reorganize o seu plano de investimentos, para avançar numa fase futura, mais propícia. Faça as pazes com o mundo. Uma nova fase amorosa vai trazer-lhe desafios positivos, deverá estar preparado. Desenvolva atividades ou conhecimentos em diversas áreas das artes.

f Peixes – (20/2 – 20/3) Com a sua capacidade intuitiva ainda mais favorecida, esta estará especialmente facilitada a par tir desta altura, na resolução de questões profissionais do passado. Novos compromissos nesta área trazem ganhos materiais consideráveis e com Possibilidade de se prolongarem no tempo. O aspeto amoroso estará menos favorecido, com tendência para algumas dificuldades no diálogo e alguma tensão .

Diário do Alentejo 29 novembro 2013

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Festival Dansul encerra em Castro Verde

O Festival Dansul chega hoje ao fim, com um derradeiro espetáculo no Cineteatro Municipal de Castro Verde, pelas 21 e 30 horas. Trata-se de “Não dançarás como antes”, uma criação da companhia Dansul que resulta de uma pesquisa “sobre o que pode ser uma dança oriental-ocidental e sobre a experiência feminina de temas como a magia, o trabalho, a fertilidade, a luta e a paixão”. A direção artística é de Paula Varanda e as intérpretes e cocriadoras são Ana Fabião, Cláudia Laia, Joana Cavaco e Sara Vale. A primeira edição do Festival Dansul, que arrancou no último dia 2, passou por Mértola, Castro Verde e Beja, tendo apresentado três artistas convidados do circuito profissional nacional, uma estreia pela companhia Dansul, e o trabalho de uma jovem coreógrafa de Faro.

Fim de semana

História do jazz no espaço Oficinas Arranca hoje, sexta-feira, no espaço Oficinas, em Aljustrel, o curso livre de iniciação à história do jazz “Jazz de A a Z”. A ação, que decorrerá até 4 de maio estruturada em oito sessões, sempre às sextas-feiras, é ministrada por António Branco, dinamizador do Clube de Jazz do Conservatório Regional do Baixo Alentejo. A primeira sessão, pelas 21 e 30 horas, abordará o tema “Dos campos de algodão a Nova Orleães”.

Fadista apresenta “Desfado” em Beja

Pax Julia esgotado para ver Ana Moura amanhã

A

fadista Ana Moura tem, ao que parece, uma fiel comunidade de fãs na cidade de Beja. E amanhã, sábado, terá oportunidade de atestá-lo no concerto que dará no Teatro Municipal Pax Julia, pelas 21 e 30 horas, cujos bilhetes, colocados à venda a 15 de outubro, esgotaram em apenas dois dias. O município aconselha, portanto, que todos os interessados fiquem “atentos à possibilidade de desistência das reservas a partir das 10 horas do dia 29 de novembro”. Ana Moura visita Beja com “Desfado” na bagagem, o seu quinto álbum de originais, assumido como um momento de viragem na sua carreira. Para a criação dos temas deste novo trabalho, a fadista chamou a contribuição de alguns nomes da nova geração de compositores nacionais – Manel Cruz (Ornatos Violeta), Márcia, Pedro da Silva Martins (Deolinda), Miguel Araújo (Azeitonas), Luísa Sobral e António Zambujo – e do panorama musical atual, como Aldina Duarte, Tozé Brito, Manuela de Freitas e Pedro Abrunhosa. Para a produção, Ana Moura conta com a ajuda de Larry Klein, produtor norte-americano várias vezes premiado e que, ao longo do seu percurso, se cruzou, por exemplo, com Joni Mitchell e Herbie Hancock, músico que tem também uma participação especial neste “Desfado”. Ana Moura vai estar em palco acompanhada de Ângelo Freire (guitarra portuguesa), Pedro Soares (viola de fado), André Moreira (baixo e contrabaixo), João Gomes (teclados) e Mário Costa (bateria e percussões).

Teatro Tribus estreia-se com “Nos Tempos de Gungunhana” O recém-criado projeto Teatro Tribus vai apresentar hoje, sexta-feira, a sua produção de estreia, “Nos Tempos de Gungunhana”, no palco da Casa da Cultura de Beja, a partir das 21 e 30 horas, e amanhã e 1 de dezembro, pelas 18 horas. Dirigida por Filipa Figueiredo, com criação e interpretação de Clemente Tsamba, a primeira produção do mais recente projeto teatral bejense baseia-se na tradição oral dos contadores de histórias africanos e no livro Ualalapi, do escritor moçambicano Ungulani Ba ka Kkosa. “Nos Tempos de Gungunhana”, que fala do poderoso chefe tribal que foi capturado por

Mouzinho de Albuquerque no final do século XIX e exibido na Europa como exemplo do poder colonialista português, é “um rosário de pequenas histórias desse tempo histórico”, revela a sinopse. Ator e artista moçambicano multifacetado, que também se dedica à música e às artes plásticas, Clemente Tsamba é “o intérprete único e o criador deste rio de narrativas”. Nasceu no bairro da Malhangalene, em Maputo, onde integrou vários projetos de teatro comunitário, antes de se formar pelo PAND - Artistas Unidos da Finlândia e pelo Teatro AGORA. E chegou a Portugal, e a Beja, pela mão da companhia Arte Pública, depois de ter sido selecionado para integrar o projeto “Xtórias”, peça de teatro que cruza contos das tribos macondes do norte de Moçambique com contos alentejanos.

José António Barreiros apresenta Infinito Majestoso em Beja O ciclo Leituras de Fim de Semana, promovido pela Biblioteca Municipal de Beja, convida José António Barreiros para uma conversa que terá lugar amanhã, sábado, pelas 16 e 30 horas, em torno do seu novo livro, Infinito Majestoso. O autor, advogado e natural de

Angola, tem no seu currículo as obras de ficção Contos do Desaforo e Não se brinca com facas. Esta última, assume José António Barreiros “não é um romance, antes uma narrativa”, um texto breve que “acabou por ser a verbalização do quadro que lhe serve de capa e ilustração”. Participam no lançamento Rui Pereira, coordenador gráfico, e Afonso Barreiros, que fará a leitura de excertos da obra.

Passeios na Natureza percorre vinhas e montado “Entre vinhas e montado” é a proposta do programa Passeios na Natureza para amanhã, sábado. A partida é às 8 e 30 horas, na piscina coberta de Beja, seguindo-se um percurso “que nos leva pelo montado, pelas vinhas e pelas margens da ribeira que atravessa a freguesia de Albernoa, onde poderemos observar uma grande variedade de espécies de fauna e flora, muitas delas protegidas”, informa o município de Beja, que aconselha aos participantes calçado adequado, de preferência botas, roupa confortável, mochila com água, peça de fruta e binóculos, além de chapéu ou boné e proteção solar. O percurso tem um grau de dificuldade médio.


31 Diário do Alentejo 29 novembro 2013

Livro sobre a Reforma Agrária apresentado amanhã abre a porta à nacionalização de hortas do FarmVille. Mulher detida em Alvito por tentativa de assalto a idoso foi contratada pelo Governo para explicar como se faz. facebook.com/naoconfirmonemdesminto

“National Geographic” afirma que o Alentejo é destino obrigatório em 2014, pois é o último sítio onde se pode ver uma espécie em vias de extinção: o funcionário público ra que A “National Geographic” conside s turístio Alentejo é um dos 21 destino 14. Encos de visita obrigatória para 20 esta estre os motivos apontados para entina, colha encontram-se a Rota Vic otel (o a Rota do Mármore e o Ecorkh alizado hotel revestido a cortiça loc atratiem Évora). Para além destes resenvos, a “National Geographic” ap visitar tou, ainda, outros motivos para ito proa nossa região: “Em 2014 é mu últimos vável que se consigam ver os cie que exemplares vivos de uma espé ncionáestá em vias de extinção: o fu últimas rio público. Muito popular nas público duas décadas, o funcionário ar disseportuguês (FPP) costumava est s o auminado por todo o território, ma aquecimento dos impostos, aliado ao espécimento global, fez com que este mesmo men mudasse de vida, de país e FPP alide hábitos. Animal bípede, o umes e, menta-se de carne, peixe, leg chinês. de vez em quando, até vai a um sta raça Antes, muitos exemplares de um seperdiam a cabeça e tomavam de magundo pequeno-almoço a meio cêntinhã; agora, andam a contar os do sofá mos caídos entre as almofadas Cana de para pagar a viagem a Punta revista há dois anos”. A conceituada de ver avança igualmente: “Ainda po ejo em funcionários públicos no Alent umas 2014, mas deverá tomar as alg comida precauções: não lhes ofereça tos sem depois da meia-noite, tire fo lugares flash, e nada de lhes prometer no quadro – eles ficam loucos!”

Provas de acesso à carreira docente na região exigem que professores componham moda alentejana com o novo acordo ortográfico ao mesmo tempo que preparam uma açorda e fazem uma estátua em bronze! Mais uma vez, a educação em Portugal está a ferro e fogo. A prova de acesso à carreira docente implementada pelo ministério de Nuno Crato, prevista para o dia 18 de dezembro, pretende, entre outras coisas, que os professores escrevam um texto com o novo acordo ortográfico e com o próprio sangue! Pronto, talvez esta última parte não seja bem verdade, mas a nossa página apurou que para o Alentejo a prova terá um grau de exigência mais elevado e específico. Uma investigação conjunta “Não confirmo, nem desminto”/Ana Avoila/Prof. Neca apurou que os professores alentejanos terão de ultrapassar um conjunto de provas que incluem a composição de modas alentejanas utilizando o novo acordo ortográfico, ao mesmo tempo que preparam uma açorda e erigem uma estátua em bronze. O que irá ser avaliado nesta prova já foi revisto e representa um avanço em relação à prova anterior, que previa a composição de modas alentejanas em versos endecassilábicos, ao mesmo tempo que se faziam malabarismos com sericaias e se estancava a hemorragia do auxiliar de ação educativa resultante da explosão que teve origem no engenho fabricado por Tó Mané, aluno de 16 anos, da turma 5.º G da EB 2/3 de Peroguarda.

Alentejo: Há efetivos da GNR e PSP tão envelhecidos que só conseguiram subir os primeiros 10 degraus da escadaria da AR quando participaram no protesto da semana passada Foi notícia, na última edição do “Diário do Alentejo”, o facto de os efetivos da GNR e PSP da região estarem envelhecidos. Nessa mesma semana, as forças de segurança do nosso país (PSP, GNR, SEF, PJ, GI Joes, Guarda Pretoriana, Exército de Terracota e muitas outras) mostraram o seu descontentamento em Lisboa, numa manifestação que ficou marcada pelo momento em que as mesmas subiram a escadaria da Assembleia da República. Os efetivos alentejanos também estiveram lá e partilharam connosco a sua experiência: “Foi uma jornada muito bonita, mas já não temos idade para isto… Quando fizemos a tropa com o Marechal Carmona não nos ensinaram nada disto! Fomos-nos fazendo polícias com o tempo… Veja lá, a primeira arma que aprendi a disparar em serviço foi uma fisga… E na escola de polícias treinávamos as perseguições em quadrigas… Aliás, as negociações de reféns eram feitas em aramaico… Isto, agora, é muita agitação! Ficámos tão cansados que só subimos os primeiros 10 degraus, e isso é para o Governo ver que connosco não faz farinha. Não éramos tão desrespeitados nos nossos direitos desde a implantação da República… Agora, se não se importa, tenho de ir tratar de uma emergência. Estão a chamar-me da central através de sinais de fumo”, – explicou-nos o seu porta-voz.

Inquérito Como vê o futuro do hospital de Beja?

RODOLFO MIOPIA, 63 ANOS Pessoa que diz “Viena do Alentejo” em vez de Viana do Alentejo

Infelizmente não vejo muito bem. Marcaram-me uma consulta de oftalmologia para daqui a oito meses e entretanto fiquei quase cego… Só reconheço a minha mulher e a Manuela Moura Guedes no “Quem Quer Ser Milionário”, desde que a televisão esteja toda verde. Apesar dos problemas, não nos retirem o hospital! Se não fosse ele, o meu irmão Arlindo não tinha levado o pacemaker. Aquilo é uma maravilha, se se sentir mal disposto com arritmia é só carregar no botão que aquilo passa... O único inconveniente é também abrir a porta da garagem.

GEORGINA CARRETOS, 48 ANOS Pessoa de anca larga

Não me diz nada. Por mim bem pode ir para Évora. Eu cá nunca precisei dele para nada. Quando tive as minhas filhas, vinha de Odemira: uma nasceu em Castro Verde, outra em Entradas e a outra no cruzamento de Albernoa. Nunca cheguei a tempo. A Ford Transit dos bombeiros da minha terra tem sido mais hospital do que o próprio hospital de Beja. Transformem aquilo num hotel com as camas que restam, por exemplo. Vão precisar. Imaginem que o João Gobern vem visitar-nos, são logo duas camas!

DR. TELMO ESTERNOCLEIDOMASTÓIDEO, 72 ANOS Irmão do dr. Jivago

Os médicos de hoje em dia são uns mimadões! No meu tempo as coisas eram muito mais práticas: um bisturi era para 12, uma arrastadeira para 21, uma maca para 45 – até dava para jogar “Jenga” com pacientes… Bons tempos! Agora é só máquinas de raio-x, estetoscópios e refeições quentes! Para quê? Antibióticos para tratar pneumonia quando esta pode ser perfeitamente tratada com óleo de fígado de bacalhau!? Qualquer dia vão dizer que temos de tocar nos clientes, não?


Nº 1649 (II Série) | 29 novembro 2013

9 771646 923008

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nada mais havendo a acrescentar... Feira do Livro Uma feira do livro é um tráfico legal de influências. É um local estratégico onde, mediante a apresentação pública de um conjunto de folhas de papel encadernadas, os escritores, estrategicamente coordenados por uma editora, se aproveitam da sua posição intelectual privilegiada para descaradamente beneficiar terceiros em troca de um pagamento em dinheiro. Porém, uma feira do livro distingue-se das doutrinas do mercantilismo ou liberalismo económico porque não quantifica a riqueza de conhecimento através do número de livros que se vendem e se compram. Não basta trazê-los debaixo do braço como se fossem fios

de ouro pendurados ao pescoço para mostrar à sociedade. Têm de ser lidos, interpretados, vividos. Aqui, neste comércio de valores, os metais preciosos são outros, são palavras cunhadas em papel que uma vez absorvidas têm um valor incalculável e eterno. Vista de outra maneira, uma feira do livro é o fim de um processo que começou numa necessidade humana de semear frases nunca ditas. A feira do livro é uma banca onde se vendem palavras maduras provenientes das raízes dos pensamentos desassossegados. Os livros chegam aqui como frutos para serem comidos às talhadas página a página. Vítor Encarnação

quadro de honra Foi trabalhador agrícola e fundou, em maio de 1974, o Sindicato dos Trabalhadores Agrícolas do Distrito de Beja, tendo sido seu dirigente até 1978. Destacou-se como impulsionador do processo da Reforma Agrária e da luta em sua defesa e, como militante do PCP, já passou pelo Comité Central, Comissão Política e Secretariado. Foi também eleito, por diversas vezes (1983, 1995, 2005 e 2009), deputado pelo círculo eleitoral de Beja.

O País “anda à deriva” em termos agrícolas

“A Reforma Agrária foi traída”

R

O que pretende ser este Reforma Agrária – A Revolução no Alentejo: um livro de memórias, e até de revelações, ou um registo histórico, objetivo?

É um depoimento de quem viveu e participou na Revolução de Abril. Um depoimento que, sustentado em documentos, é um contributo para esclarecer o que na realidade conduziu às ocupações e à formação das unidades coletivas de produção (UCP). É uma resposta às falsidades escritas sobre a Reforma Agrária. É uma homenagem aos trabalhadores agrícolas e aos que defenderam a Reforma Agrária. Quando fala nas UCP usa a expressão “a Revolução no Alentejo”. Até que ponto foi revolucionário este novo paradigma de produção agrícola? PUB

As UCP foram uma especificidade da Revolução de Abril. Um modelo distinto das reformas agrárias conhecidas. Representaram uma rutura total com o modelo de distribuição da riqueza, com repercussões muito positivas em toda a comunidade. Introduziram novas culturas e novas formas de organização, eliminando o desemprego. Foram uma afirmação da cidadania conquistada e a assunção do poder pelos trabalhadores. Nas UCP a terra era de toda a comunidade, pilar essencial para o desenvolvimento económico, social e cultural. O uso da terra era indissociável do social e foi instrumento de libertação e realização. Um modelo consentâneo com o socialismo que os principais partidos diziam então defender. O que falhou neste processo; que condições não estiveram reunidas?

O processo não falhou. A Reforma Agrária, como demonstro, foi traída e assassinada após o golpe de 25 de novembro de 1974. Constava nos programas do PS, do PSD e do PCP e ficou na Constituição, com os votos destes partidos. Só o PCP foi coerente com o que defendia. Mas, como no presente, não dispunha de poder no aparelho do Estado para fazer cumprir a Constituição. É uma importante lição a ter presente.

Céu com períodos de muito nublado é o que se prevê para o dia de hoje, em que as temperaturas andarão entre os quatro e os 13 graus. Amanhã, a temperatura máxima sobe para os 15 graus e, no domingo, prevê-se um dia um pouco mais frio, embora o céu se apresente limpo.

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Alunos de Beja ajudam Banco Alimentar

José Soeiro, 65 anos, natural de Salvada

eforma Agrária – A Revolução no Alentejo vai ser apresentado amanhã, sábado, pelas 16 horas, na Sociedade Capricho Bejense. É a primeira vez que José Soeiro, militante do PCP e principal rosto do processo, reúne em livro aquilo que considera ser um “depoimento de quem viveu e participou na Revolução de Abril”. E também, a um tempo, uma forma de repor a verdade e uma “homenagem” aos trabalhadores agrícolas.

www.diariodoalentejo.pt

Termina o livro com um apelo: “Portugal precisa de uma Reforma Agrária”. Que caraterísticas teria que ter, tendo em conta o modelo agrícola atual?

A pergunta é demasiado importante para uma resposta sucinta. Neste livro está parte da resposta. A outra parte está na Constituição e no programa do PCP “Uma democracia avançada – Os valores de Abril no futuro de Portugal“. Portugal anda à deriva em matéria de agricultura, subordinado às estratégias da União Europeia que muito pouco têm a ver com a nossa realidade. Temos um défice agroalimentar superior a 30 por cento. Pagamos milhões de euros para deixar terras sem produzir. Os agricultores não são livres de produzir o que Portugal precisa. Não há estratégia para aproveitar grandes projetos como Alqueva, onde investimos milhões de euros do Estado mas onde imperam apenas interesses privados. Não se investe o suficiente em investigação e experimentação. Não se disponibilizam meios para quem quer produzir. Energia, água, adubos, etc., são mais caros. Não há preocupação em procurar soluções que respondam a graves problemas sociais como o desemprego e o envelhecimento… Sim, Portugal precisa de uma Reforma Agrária! Carla Ferreira

A Esdmi Solidária, equipa de alunos da Escola Secundária D. Manuel I, de Beja, está a promover uma campanha de recolha de alimentos para o Banco Alimentar Contra a Fome. A ação, que decorrerá nas escolas dos agrupamentos n.º 1 e n.º2, e na delegação de Beja do Instituto Português da Juventude, arrancou na segunda-feira, 25, prolonga-se até hoje, sexta-feira, e prosseguirá entre 2 e 5 de dezembro, encerrando com o espetáculo “Canto de Amor”, que se apresenta no auditório do IPBeja (dia 5, pelas 21 horas), juntando o Coro do Carmo, a Tuna Feminina Universitária, Os Alentejanos e Mafalda Vasques, com apresentação de Jorge Serafim.

Democratas reunidos para defender a Constituição O Teatro Garcia de Resende, em Évora, recebe amanhã, sábado, pelas 14 horas, a sessão pública “Defender a Constituição, Promover a Educação e a Cultura – Encontro de Democratas do Alentejo”, promovida pela comissão dinamizadora da Convenção Democrática Nacional no Alentejo. A iniciativa decorre no âmbito do Apelo em Defesa de um Portugal Soberano e Desenvolvido, lançado em 2011 e “que foi já subscrito por mais de mil cidadãos”. Compõem a comissão as associações Cultural de Santiago do Cacém e Povo Alentejano, o Centro Dramático de Évora – Cendrev, a Cooperativa Cultural Alentejana, o Teatro Fórum de Moura e a associação Trilho.

Festival de Bandas de Beja regressa à Casa da Cultura Está já confirmada, para os próximos dias 6 e 7, a 8.ª edição do Festival de Bandas de Beja, organizado pela associação Arruaça. Ao todo são 14 as bandas a desfilar na Casa da Cultura de Beja, a partir das 22 horas. Na sexta-feira, 6, atuam os T.204, Horses for Courses, A Progressive Epiphany, Shredded to Pieces, Mendigo Blues, Quarteto só não toca quem não quer e Step to Infinity. Seguem-se, a 7, A-nimal, Dead Southern Tree, Re-active Lust, Por um par de meias-solas, Human Roots, Atambam Sound System e Marvel Lima.


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