Edição N.º 1647

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Nº 1647 (II Série) | 15 novembro 2013

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flores de corte e plantas

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nada mais havendo a acrescentar... Escrever Escrever é uma forma gramatical de explicar o confronto com a nossa existência. Quem escreve documenta sensações, derruba silêncios e acende a sua voz nos olhos dos outros. As línguas fizeram muitas palavras para que assim não nos perdêssemos. E quando parece que nos vamos perder, quando parece que já não há palavras que nos consigam significar, eis que, na imensa quantidade dos vocábulos encontramos aqueles que nos permitem dizer na plenitude. As palavras são como peças desordenadas de um puzzle inquieto que se carrega dentro do peito. São ideias confusas, coisas partidas, verbos que só por si não servem para nada, sujeitos solitários,

adjetivos inqualificáveis, predicados que não se afirmam de sujeito nenhum. E o escritor pega nesse puzzle desordenado e compõe a vida. Compõe-na como se tocasse uma música sem som. Palavra após palavra. Incansáveis formigas de tinta em linha reta, de parágrafo em parágrafo, à procura de um ponto final que as descanse. Palavras ligadas umas às outras pela fome de querer dizer, um carreiro de palavras carregando significados em cima do lombo da sua própria fragilidade. Escrever é uma rede de palavras urdida pelos escritores para apanhar a vida e não a deixar fugir por entre os buracos do tempo. Vítor Encarnação

quadro de honra

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Hoje, sexta-feira, dia 15, o sol deverá brilhar em toda a região, com a temperatura a oscilar entre os nove e os 18 graus. Amanhã, sábado, prevê-se céu limpo e no domingo também não são esperadas nuvens.

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Festival Dansul em Beja

Luís Miguel Ricardo, 40 anos, natural de Ferreira do Alentejo Luís Miguel Ricardo é natural de Ferreira do Alentejo e é licenciado em Filosofia da Cultura, pós-graduado em Ciências Criminais e mestre em Ciências da Educação. Atualmente é editor literário e cronista/ /colaborador na imprensa escrita e falada. Tem várias obras publicadas é o coordenador do projeto editorial (livro) que aqui se apresenta: Stories do Alentejo.

Stories do Alentejo reúne 13 contos

Viagem ao sabor da escrita criativa

U

m livro de viagens, em formato de conto de ficção sobre o Alentejo, que mostra as suas diversas potencialidades e que junta vários autores alentejanos. Treze contos, onde predominam saberes, tradições e locais. O desafio? “Viajarmos pelo Alentejo ao sabor da escrita criativa”. Como surgiu Stories do Alentejo?

Em 2010, parte desta equipa trabalhou afincadamente num outro projeto sobre a região designado “Heróis à moda do Alentejo” (que dominou os principais tops de vendas nacionais), e durante esse processo tomou-se conhecimento das potencialidades que a região tem em termos de produção literária. Desde essa altura que a ideia de criação de um livro de viagens, em formato de conto de ficção sobre o Alentejo, ficou a amadurecer. Em 2011 começou-se a reforçar a equipa com autores alentejanos de reconhecida qualidade literária e com profunda paixão pela região, e o projeto começou a ganhar forma. É escrito a várias mãos, por diversos contadores e com um vasto conhecimento sobre a região. Só poderia ser assim?

Para se conseguir um trabalho que se pretende de excelência sobre a região e o seu património natural e cultural teria de ser construído por uma equipa também PUB

ela de excelência, com profundos conhecedores do Alentejo e, simultaneamente, com o domínio da escrita criativa. É um guia de saberes, tradições e locais do Alentejo?

Os 13 contos que compõem a obra têm em comum o facto de irem para além de simples contos ficcionais de aventura, humor, amor, paixões, traições, etc. Em todos eles predomina essa característica de guia de saberes, tradições e locais do Alentejo. Por exemplo, enquanto duas personagens se apaixonam e vivem as agruras de um amor proibido pelas famílias, assente nas rivalidades entre as capitais do Alto e Baixo Alentejo, ao leitor é disponibilizado um roteiro turístico e cultural pelas cidades de Évora e Beja, com as personagens a fazerem de cicerones, levando-o a conhecer o “Mercado de Boca”, o “Placard”, a torre de menagem mais alta da Península Ibérica, etc.. Noutras histórias dá-se a conhecer a feira do Pau Roxo, em Castro Verde; o maior cais palafítico da Europa, na aldeia da Carrasqueira; O “Buraco da Adiça”, na serra da Adiça; as mezinhas à base de plantas autóctones; e por aí adiante, num desfile quase infinito de ponto de interesse. Este projeto editorial insere-se na valência de “Literatura de Viagens”. É ainda

um meio de promoção desta região?

Os principais objetivos do projeto são preservar e promover o Alentejo em várias valências: belezas naturais e arquitetónicas, tradições, gastronomia, canto e falares. O conto de ficção surge como um veículo privilegiado de fazer passar a mensagem, de a levar a uma multiplicidade de públicos. O desafio é viajarmos pelo Alentejo ao sabor da escrita criativa, das tramas engendradas por autores experimentados, ora rindo, ora pensando, ora descobrindo as riquezas que habitam a sul. Foi fácil contar/relatar o Alentejo? Cabe tudo num livro ou seguir-se-á outro?

Foi fácil contar o Alentejo, porque foi contado por alentejanos profundamente enraizados à região. Contudo, não cabe num livro. O Alentejo é enorme e os pontos de interesse são em quantidades quase infinitas. Vamos atrás de um aspeto e encontramos três ou quatro. E se procurarmos um desses três ou quatro vamos encontrar outros tantos. Mas esse é o fascínio deste tipo de trabalho. Percebermos e partilharmos essa riqueza cultural gigante que povoa as terras além do Tejo, mas percebermos também que o trabalho fica sempre incompleto, que fica disponível para uma continuidade. Bruna Soares

O Pax Julia Teatro Municipal, em Beja, vai ser palco, entre os dias 21 e 28 deste mês, de três espetáculos do 1.º Festival Dansul, a decorrer em três concelhos do Alentejo, para integrar a dança contemporânea na programação cultural da região. A programação do festival em Beja arranca no dia 21 com o espetáculo “O Avesso”, de Marina Nabais, a partir das 21 e 30 horas. Seguem-se três sessões do espetáculo “A Cabra Bailarina”, de Sofia Silva, uma no dia 26, às 14 e 30 horas, e duas no dia seguinte, às 10 e 30 e às 14 e 30 horas, e uma sessão do espetáculo “Não Dançarás como Antes”, da Companhia Dansul, às 21 e 30 horas. Além dos espetáculos, a programação em Beja inclui ações complementares, como oficinas, ensaios abertos, introduções nas escolas, conversas com os artistas e várias celebrações. O festival, organizado pela Companhia Dansul, está a decorrer este mês e inclui a apresentação de sessões de três espetáculos de dança em Mértola, Castro Verde e Beja.

Vin&Cultura regressa a Ervidel e já tem programa A Vin&Cultura volta a Ervidel, concelho de Aljustrel, nos dias 23 e 24. As adegas da aldeia abrem as suas portas para dar a provar o vinho novo e o largo da Liberdade, também conhecido como largo da feira, é o palco do evento. Vários produtores, artesãos e vendedores de produtos locais vão marcar presença no evento e a doçaria, a gastronomia, o artesanato, entre muitos outros produtos de qualidade, vão estar em destaque. Os visitantes da Vin&Cultura podem ainda efetuar diversas visitas guiadas, nomeadamente a um lagar, e participar na rota das adegas. A adega central, no salão de festas, também oferece diversos petiscos e muitos momentos de animação. A feira, centrada na temática da vinha e do vinho, é promovida pela Câmara de Aljustrel com o apoio da Junta de Freguesia de Ervidel, produtores e movimento associativo. Este ano, pela segunda vez consecutiva, o programa da TVI “Somos Portugal” volta a marcar presença na Vin&cultura, em Ervidel, transmitindo o evento em direto para todo o mundo.


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