Da 1635

Page 1

Este VALE

Álvaro Beijinha

Nuno Gomes de Oliveira

Paulo Gamito

João Madeira

Mateus Guerreiro

Santiago Macias

Canudo Sena

Carlos Valente

Os candidatos às câmaras de Santiago do Cacém e Moura apresentam-se págs. 6/7

€1,20

na

Veja como na página 21

Postos BP Beja

SEXTA-FEIRA, 23 AGOSTO 2013 | Diretor: Paulo Barriga Ano LXXXII, N.o 1635 (II Série) | Preço: € 0,90

Nove vítimas em dois acidentes no IC1, perto de Aldeia de Palheiros, em Ourique

24 horas fatais fazem disparar número de mortes nas estradas de Beja pág. 11

Rocha e Pulido à espera da decisão do Constitucional

Feira histórica e tradicional começa hoje em Serpa pág. 12

págs. 4/5

DR

pág. 10

Neves: uma aldeia “dormitório” às portas de Beja

“Tríptico de Beja” reaparece em Tóquio PUB

Há uma pintura de Joos Van Cleve (1485 – 1540) conhecida como “o tríptico de Beja” que está exposta no Museu Nacional de Arte Ocidental (MNAO) de Tóquio. E o curioso é que já esteve, em Beja, na posse da família Pulido Garcia. Não se sabe, contudo, como esta obra, da autoria de uma figura-chave da pintura flamenga, saiu do País, até porque está protegida desde 1943. págs. 16/17

Despertar volta à competição com equipa sénior pág. 18


Diário do Alentejo 23 agosto 2013

02

Editorial Campanhas

Vice-versa “Este executivo camarário está a discriminar a atual freguesia do Salvador no que diz respeito às animações noturnas de verão”. Fernanda Caimoto, candidata da coligação PSD/CDS-PP à União de Freguesias de Salvador e Santa Maria da Feira

Paulo Barriga

Q

uem gosta da democracia, gosta de eleições. Gosta de votar. Gosta de poder votar. Gosta que se possa votar. Mas mesmo quem gosta da democracia e de eleições e de votar terá sempre alguma dificuldade em compreender as campanhas eleitorais. Pelo menos tal como elas acontecem em Portugal. E aqui nas nossas terras. Tal dificuldade não advém apenas do geralmente fraco conteúdo da mensagem política eleitoral. Até porque, em alturas de vacas magras, o discurso costuma até adequar-se um nadinha mais à realidade. Já alguém ouviu algum candidato aos votos de setembro prometer rotundas, piscinas cobertas ou parques de merendas? Claro que não. Agora a prioridade é o emprego e a inclusão social. Coisas do imaterial. A poupança, por conseguinte. Ora, num tempo em que a maioria dos portugueses passa mal é – imoral não é a palavra certa – obsceno que se gastem cerca de 49 milhões de euros nesta campanha eleitoral. Dinheiro que sai direitinho das algibeiras do contribuinte e que é tão mal gasto pelos partidos tradicionais e pelos movimentos cívicos que até enoja. Investir esta enormidade de massa em campanhas convencionais, para além indecoroso, é ineficaz. Quantos votos consegue arrecadar um candidato por ter uma bela sede de campanha nos melhores espaços arrendáveis das cidades e das vilas? Quantas pessoas se deixam hoje iludir pelos outdoors com gente feia sorridente e palavras vãs? Quem é que troca um fim de semana absentista por uma lapiseira, um chapéu de palha ou um abre-latas com propaganda política? Ninguém, acredite-se. No entanto, todos continuamos a pagar as inúteis sedes de campanha, os desenxabidos cartazes gigantes e os parvos brindes. Em nome da coerência e dos bons hábitos, esta deveria de ser a campanha do custo zero. Está na hora de os políticos, mesmos os de proximidade, trocarem os assessores (caros) e os chefes de campanha (caros) e os comícios/concertos (caros) pelas pessoas da rua. De cambiarem a manha e a preguiça pelo contacto direto. De falarem com os eleitores e de perceberem como eles vivem, o que sentem, como passam e o que ensejam. E, dessa forma, mesmo que não recolham votos, perceberão que existem muitas outras melhores maneiras para “enterrar” 49 milhões de euros.

“Trata-se de uma invenção desprovida de conteúdo, uma vez que as atividades do município que decorrem pontualmente na cidade (cinema ao ar livre) não foram programadas por freguesia”. Executivo da Câmara Municipal de Beja

Fotonotícia Acidentes no IC1. Agosto continua a ser sinónimo de romagem ao sul. Aos areais a perder de vista, ao imenso mar azul. E com tantos de férias, a banhos, o tráfego nas estradas aumenta e são muitos os que optam pelos itinerários principais e complementares, para evitar as portagens, essas que se cobram nas autoestradas. E todos os anos se repetem, infelizmente, as más notícias, como as que chegaram, sem aviso prévio, a semana passada. Num só dia, sexta-feira, no IC1, junto a Ourique, morreram duas pessoas. E ainda esta notícia não tinha arrefecido, quando se noticiou no sábado que no mesmo troço sete pessoas perderam a vida. Um fim de semana trágico na estrada que atravessa a região, ora rumo ao norte, ora rumo ao sul. BS Foto de Rádio Pax

Voz do povo Concorda com a Lei de Limitação dos Mandatos dos presidentes de câmara e junta de freguesia?

Paula Prudêncio, 42 anos, assistente social

Francisco Duarte, 77 anos, reformado

Américo Sousa, 49 anos, serralheiro civil

Margarida Fonseca, 60 anos, médica

Concordo pelo simples facto de também ser preciso sangue novo, com se costuma dizer, e a acomodação às vezes não é benéfica, nesse aspeto. Não quer dizer que não estejam a fazer um bom trabalho, não tem ver com uma questão pessoal, mas com esta necessidade de renovação, de virem novas pessoas, com novas ideias e novos projetos.

Se um presidente for bom até pode estar a vida inteira, se for um presidente ruim não vale a pena ficar. Não tem a ver com os anos, mas sim com a qualidade do presidente. Se é bom para a terra onde está. Se assim for, devemos apoiá-lo, seja ele quem for.

Acho mal não se poderem candidatar mais do que três mandatos, porque se fizeram um bom trabalho, com certeza que deveriam poder continuar. O que conta é o trabalho que as pessoas desenvolvem em prol da localidade.

A estabilidade é importante. Acho que devem estar o mais tempo possível para fazerem um bom trabalho, claro que se forem maus devem sair. É uma questão de competência e qualidade.


Rede social DR

Semana passada SEXTA-FEIRA, DIA 16 MÉRTOLA DESPORTOS RADICAIS EM DESTAQUE

SÁBADO, DIA 17 OURIQUE ACIDENTE NO IC1 VITIMOU SETE PESSOAS Sete pessoas morreram num acidente de viação ocorrido no Itinerário Complementar (IC) 1 no concelho de Ourique, envolvendo a colisão frontal de duas viaturas, revelaram os bombeiros. O acidente provocou ainda um ferido grave. O ferido grave, “uma mulher, com fratura de uma perna”, foi transportada de ambulância para o Hospital de Beja. O alerta para a colisão foi recebido pelos bombeiros por volta das 13 e 50 horas. Para o local foram mobilizados 30 bombeiros, auxiliados por 10 viaturas, meios da GNR e, da parte do INEM, além dos dois helicópteros, a Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) de Beja e a ambulância de Suporte Imediato de Vida (SIV) de Castro Verde. Já na sexta-feira, igualmente no concelho de Ourique e no IC1, ocorreu uma colisão frontal entre dois automóveis que causou dois mortos e dois feridos.

DOMINGO, DIA 18 MÉRTOLA GNR DETETA INFRAÇÕES RELACIONADAS COM A CAÇA A GNR anunciou ter apreendido três espingardas de caça e três cartas de caçador numa operação realizada numa zona de caça turística na freguesia de Alcaria Ruiva, concelho de Mértola. Os militares, pertencentes ao Destacamento Territorial de Almodôvar da GNR, apreenderam também três pombos torcazes, devido à proibição do exercício de caça a menos de 100 metros de local artificial de alimentação, além de ter levantado sete autos de contraordenação. A ação de fiscalização a atividade de caça foi desenvolvida no âmbito da Operação Artémis I 2013.

TERÇA-FEIRA, DIA 20 BEJA SOBREVIVENTE DE ACIDENTE ESTÁ ESTÁVEL A mulher que sobreviveu ao acidente no Itinerário Complementar (IC) 1 no sábado, no concelho de Ourique, apresenta “melhoras significativas” e foi transferida dos cuidados intensivos para uma enfermaria do Hospital de Beja. Fonte do Hospital José Joaquim Fernandes, unidade de Beja que integra o Centro Hospitalar do Baixo Alentejo adiantou que a doente, de 48 anos, que ficou ferida com gravidade, foi transferida ao final da tarde. A doente apresentou melhoras significativas e a sua situação clínica é estável. Vai continuar internada, mas, como já não precisa de vigilância permanente, foi transferida.

Estas rotas surgem no âmbito de um conjunto de iniciativas dinamizadas pela Associação de Defesa do Património de Mértola, com o objetivo de promover os recursos locais do território e, simultaneamente, potenciando o seu usufruto económico. Aspetos materiais e imateriais do património, a par dos produtos locais, constituem fortes argumentos turísticos, para além de reforçarem a identidade e o capital territorial desta região.

O fim de semana foi repleto de atividades radicais em Mértola e os mais corajosos saltaram da ponte sobre o Guadiana. Mas houve mais. Parapente, batismo de voo, paintball noturno, caminhada noturna e canoagem, entre outras propostas. DR

Como surge a Rota das Tabernas e a Rota dos Rebanhos, da responsabilidade da Associação de Defesa do Património de Mértola (ADPM)? Surgem no âmbito de outras iniciativas da associação?

Fim de semana radical em Mértola

Festas de Santa Maria em Messejana Cinco dias de festas em Messejana, com direito a recriação histórica. E tudo para comemorar as tradicionais festas da vila, em honra de Santa Maria. Para o ano, garante a organização, há mais. DR

Um homem e uma mulher, com 41 e 42 anos, respetivamente, foram detidos pela GNR, no concelho de Odemira, por alegadamente terem na sua posse e dedicarem-se ao cultivo de droga, tendo os militares apreendido canábis e liamba. As detenções foram efetuadas pelo Núcleo de Investigação Criminal do Destacamento Territorial de Odemira da GNR, no âmbito de uma operação, de madrugada, em Boavista dos Pinheiros. Durante as buscas, revelou a GNR, foram apreendidos 164 pés de canábis, quase oito gramas de liamba e cerca de 46 gramas de sementes de canábis, assim como uma balança digital de precisão, uma arma elétrica, uma espingarda caçadeira e munições. Os suspeitos, ambos portugueses, já foram presentes a tribunal, que os libertou, sob Termo de Identidade e Residência.

Presidente da Associação de Defesa do Património de Mértola

Quando estarão os percursos prontos e ao dispor do público? Já há alguma data prevista para o avanço do projeto no terreno?

Estes percursos estarão disponíveis antes do final do ano, provavelmente em outubro. Romaria de Nossa Senhora das Salas em Sines Como é que este projeto pode, em sua opinião, ajudar a dinamizar a região? Quais são as expectativas, a longo prazo, da Associação de Defesa do Património de Mértola?

A procura de produtos e experiências genuínas é cada vez mais apreciada por visitantes nacionais e estrangeiros. A vivência dessas experiências faz deslocar cada vez mais pessoas, que procuram conhecer, provar e experimentar. O património e a cultura desta região são bons alicerces para atrair esse tipo de turistas, como tem vindo a ser provado nos mais variados contextos. Por outro lado, promover iniciativas que preservem os aspetos materiais e imateriais do nosso património constitui sempre uma oportunidade de dinamizar os territórios e, de uma ou outra forma, mais tarde ou mais cedo, esse património que foi preservado constituirá alicerces para o desenvolvimento local.

Sines enalteceu Nossa Senhora das Salas. Para além da procissão das velas, houve romaria pelas ruas da cidade e, claro, voltou a realizar-se a procissão no mar. Tudo em nome da tradição e da fé. DR

ODEMIRA HOMEM E MULHER DETIDOS POR CULTIVO DE DROGA

3 perguntas a Jorge Revez

Canhestros reviveu tradições Canhestros, no concelho de Ferreira do Alentejo, reviveu as suas tradições mais antigas. Uma feira, onde se cruzaram saberes atuais e antigos e onde se promoveram todas as potencialidades da terra. DR

Os desportos mais aventureiros estiveram em destaque, até domingo, na iniciativa Mértola Radical. Parapente, batismo de voo, paintball noturno, caminhada noturna ou canoagem foram algumas das atividades promovidas pela Câmara Municipal de Mértola, responsável pelo evento. As iniciativas realizaram-se na Mina de S. Domingos, e serra da Alcaria Ruiva.

Bruna Soares

As Flores de Primavera apresentaram CD O grupo coral de Ervidel As Flores de Primavera apresentou, no sábado passado, o seu mais recente trabalho: “Mulher Alentejana”. O CD foi dado a conhecer no centro cultural da terra, que acolheu diversos amigos do grupo.

Diário do Alentejo 23 agosto 2013

03


Diário do Alentejo 23 agosto 2013

04

Nossa Senhora das Neves Sede de freguesia tem 933 habitantes, segundo o Censos 2011

Uma aldeia “dormitório”

A

meio da manhã, o jardim da aldeia, localizado num dos topos da rua principal em frente à escola primária, é um dos locais mais movimentados de Nossa Senhora das Neves. Uma dezena de reformados, entre os 70 e os 80 anos, num ritual que se repete dia após dia, resguarda-se do calor ao mesmo tempo que conversa sobre política e outros temas da atualidade, recorda o que aprendeu ao longo da vida, “que já não é curta”, e comenta quem passa. O assunto do momento é a entrevista que “a jornalista Judite de Sousa fez [no jornal da noite de sexta-feira], na TVI, a um rapaz muito rico [Lorenzo Carvalho], luso-brasileiro, que vive agora em Portugal, e em que foi áspera”, o que originou “muitos comentários no seu Facebook e no do professor Marcelo Rebelo de Sousa”, revela João Soares, 80 anos, antigo ferroviário. O jardim da aldeia, “que a junta de freguesia fez, com a colaboração da Câmara de Beja, para o bem estar, especialmente, dos mais velhotes”, adianta o octogenário, apesar de não ser o único espaço na sede de freguesia onde é possível ocupar parte do tempo livre, é, seguramente, o mais agradável e em conta. “Num café temos que fazer despesa, porque com a nossa idade estamos num café para fazer sala e com as pensões e as reformas que são tão baixinhas não podemos estar todos os dias a fazer consumo. No jardim, como é um espaço público, não se gasta nada. Depois temos a Casa do Povo, mas fica mais no centro da aldeia, e se nos metermos dentro de uma sala a jogar à carta não vemos nada e nós gostamos de comentar aquilo que nos rodeia”, diz. Sendo Neves uma aldeia “dormitório” (ver entrevista), em que grande parte dos habitantes em idade ativa trabalha na cidade de Beja, a cinco quilómetros, são poucos os que se vão avistando até ao final do dia. Mas nem sempre foi assim, assegura João Soares. “Antigamente todas as pessoas trabalhavam na agricultura, e contavam-se pelos dedos das mãos as pessoas

Nossa Senhora das Neves, sede de freguesia, é considerada uma aldeia “dormitório” da cidade de Beja, que fica a escassos cinco quilómetros. A esmagadora maioria dos residentes trabalha na sede de concelho, só regressando ao final do dia. Alguns, que chegaram à aldeia atraídos pelos preços das casas, nem sequer têm raízes na localidade. “Grande parte das pessoas que aqui reside está desligada da terra, isto não lhes diz nada”, diz o presidente da junta, António Francisco Pardal. Texto Nélia Pedrosa Fotos José Ferrolho

que iam trabalhar para Beja, e quando alguém ia trabalhar para Beja, por exemplo numa loja de fazendas ou numa mercearia, era uma grande coisa. Estamos a falar dos anos 60, 70, 80”. E nas décadas imediatamente anteriores, anos 40, 50, adianta o ferroviário, no largo da rua Catarina Eufémia “juntavam-se 40 ou 50 homens [para irem trabalhar no campo]. Havia muitos seareiros, fazia-se a monda – ai já eram as mulheres –, a ceifa, apanhava-se azeitona, os homens com os animais tratavam das terras para as sementeiras seguintes. Toda a gente vivia disso”. Atualmente, realça, postos de trabalho na sede de freguesia “são já muito poucos”. O pouco comércio que ainda subsiste, entre mercearias, cafés e oficinas, emprega pouquíssimas pessoas, assim como a agricultura. “Também temos a junta de freguesia e a escola, e mais nada”, continua o antigo ferroviário. E a salvação para quem não arranja trabalho, diz, “são os cursos de formação, financiados pelo Estado”, cursos que “permitem ganhar algum dinheiro para poderem sobreviver”: “O que é pena é depois não haver saída para esses cursos”, lamenta. A escassos metros do jardim, contíguo a um terreno baldio onde deverá nascer o tão

aguardado parque da aldeia (ver caixa), situamse as hortas comunitárias, que João Soares considera importantíssimas, porque, para além de ocuparem parte do dia – no seu caso duas horas de manhã e duas à tarde –, evitam algumas despesas com alimentação. A única coisa que faz falta na aldeia, em termos de infraestruturas, queixa-se, são casas de banho públicas, que estão projetadas para o futuro parque. Alexandre Parreira, 73 anos, colega de tertúlias de João Soares e seu vizinho nas hortas comunitárias, considera, por sua vez, que a aldeia necessita também de um espaço de venda de hortícolas, igualmente previsto para o baldio. “Quem tem um carrinho como eu vai a Beja aos grandes supermercados, quem não tem vai de autocarro, mas há pessoas já velhotas que também já não têm condições para isso”, diz o antigo motorista de transportes públicos, adiantando que “um lar da terceira idade também era uma coisa importante”, para “evitar que os habitantes, que vão envelhecendo, se desloquem para Vila Nova de São Bento ou Serpa”. Natural de Ermidas-Sado, Alexandre Parreira chegou a Nossa Senhora das Neves já lá vão quatro décadas, vindo de Vila Real,

atraído pelas rendas das casas mais baratas “em relação a Beja”, onde tinha o seu “local de trabalho”. Durante anos e anos, o antigo motorista saía de casa às cinco da manhã, regressando só à noite, “quando não pernoitava fora, em serviço”. “Eu moro aqui há 40 anos e ainda há ruas na aldeia que não sei onde são”, confessa, adiantando que hoje em dia os preços das casas continuam a despertar interesse aos de fora. “Há ali uns bairrozitos com umas casinhas novas, outras foram recuperadas como a minha e como fez a minha filha, que comprou uma em segunda mão”. A filha é educadora de infância em Beja. O filho, que vive na sede de concelho, trabalha na Empresa Municipal de Água e Saneamento: “A maior parte das pessoas que aqui mora trabalha na cidade de Beja. Aqui não há empregos, se houver meia dúzia aí é muito”, acrescenta. Mas o emprego na sede de concelho também vai escasseando, realça Maria Guerreiro, 56 anos, proprietária de uma pequena mercearia de portas abertas há 23 anos. “Havia muitas pessoas que trabalhavam como empregadas domésticas em casa de outras pessoas e agora já não. As pessoas vão deixando [de ter empregadas] porque não têm grande poder para pagar”. O setor da construção civil, que “dava muito emprego” aos homens da aldeia, “também está parado”. O marido, por exemplo, depois de anos a trabalhar na construção civil, e de um período no desemprego, está agora na herdade Vale da Rosa, em Ferreira do Alentejo. O pequeno negócio de Maria Guerreiro também já viu melhores dias. “Isto está cada vez pior, está numa fase mesmo muito difícil, as pessoas cada vez compram menos e vão cada vez mais às grandes superfícies. Há muita população jovem, muita gente de fora que veio para a aldeia, ali para a zona de trás há aqueles prédios novos, só que as pessoas saem para os seus empregos, só voltam à tarde, e não trazem movimento à mercearia. Durante o dia vê-se pouca gente, só as pessoas de mais idade”.


Diário do Alentejo 23 agosto 2013

05

António Francisco Pardal Presidente da Junta de Freguesia Nossa Senhora das Neves

Existe uma grande dependência da freguesia em relação à sede de concelho, Beja?

Sim, porque grande parte dos residentes na freguesia trabalha em Beja. O tecido económico da freguesia não é assim tão significativo para que as pessoas possam, de algum modo, viver aqui de uma forma independente. A sede da freguesia funciona quase como um dormitório. Quais são os principais problemas da aldeia?

A aldeia está muito próxima da cidade, e o grande problema é o facto de grande parte das pessoas que aqui reside estar desligada da terra, isto não lhes diz nada. A junta faz um esforço muito grande no sentido de chegar às pessoas. Por mais que nós, e o movimento associativo, promovamos iniciativas, como a CultuNeves, que tem algum peso até ao nível do concelho, e as festas tradicionais, é difícil mobilizar as pessoas. As pessoas vivem aqui e nada mais, algumas delas nem frequentam os cafés. Uma grande maioria não é de cá. Neves, em termos de infraestruturas, está bem dotada, os pavimentos das ruas estão bem arranjados, temos multibanco, um jardim de infância a funcionar, temos algumas condições que atraem pessoas, mas se calhar o fator principal é o facto de as casas serem mais baratas do que em Beja. Em termos da freguesia o maior problema é a falta de manutenção das estradas municipais. A limpeza das valetas é um trabalho sazonal, que deve ser feito no final da primavera, mas nestes últimos anos isso não tem acontecido. Não tem havido uma capacidade de resposta por parte da Câmara de Beja. Em alguns sítios até já se torna perigoso circular, porque as ervas tapam a visibilidade aos condutores.

BejaAquática ao abandono é “um péssimo cartão-de-visita” O parque BejaAquática, construído em finais da década de 80 do século passado junto ao IP8, numa das entradas da aldeia de Nossa Senhora das Neves, está ao abandono há já vários anos. Em 2007, “antes desta crise financeira mundial se manifestar”, o presidente da junta de freguesia chegou a participar em algumas reuniões com o atual proprietário do parque, Francisco Contreias – empresário do ramo da construção civil a residir no Algarve –, e com o anterior executivo da Câmara de Beja. O empresário “tinha um projeto grande de urbanização para toda aquela zona, cerca de 170 fogos, com a criação de umas zonas verdes” e com uma “contrapartida importante que era a cedência daquela estrutura a favor da junta e freguesia”, que passaria assim a albergar a sede da autarquia, proporcionando “outras condições tanto aos funcionários como aos utentes”, esclarece António Francisco Pardal. “A verdade é que depois a crise rebentou e quem tinha ideia de fazer algum investimento, como era o caso do senhor Contreias, retraiu-se”. O presidente adianta que o parque aquático aparece atualmente classificado no Plano Diretor Municipal de Beja (PDM), em discussão pública até ao dia 23 de setembro, “como unidade operativa de planeamento e gestão, em que se propõe que a câmara promova o encontro com o proprietário, e eventualmente com a junta, e que entre todos se encontre uma solução para aquilo o mais rapidamente possível”. “O estado atual do edifício deixa-me triste, é um péssimo cartão-de-visita”, conclui.

Quantos habitantes tem a freguesia?

Temos 1 748 habitantes (933 na sede), sendo que é uma população envelhecida, a exemplo do que acontece em quase todo Alentejo. Os casais novos que têm vindo viver para a sede têm conseguido, de alguma forma, estancar esse envelhecimento. Mas uma questão importante é o facto de, na última década, alguns dos montes abandonados terem sido recuperados e estarem neste momento habitados, daí que entre 2001 e 2011 tenhamos perdido apenas 7,8 por cento da população, quando a maioria das freguesias perdeu 15, 20. Conseguimos, de algum modo, estancar o decréscimo da população. A maior parte dessas pessoas não são daqui, mas gostam da vida do campo e o campo já lhes permite ter todas as condições, em termos de energia, acesso à Internet. Segundo o último Censos, nos montes vivem 401 pessoas. A que setores de atividade se dedica a população em idade ativa?

A maior parte trabalha nos serviços em Beja. Há também aqui alguma atividade no setor agrícola. Temos três pequenas empresas ligadas ao setor alimentar, que, ao todo, empregam seis a oito pessoas. Os restaurantes da freguesia, que atraem muita gente, empregam, no global, quarto ou cinco pessoas. Há umas décadas Neves era uma freguesia de hortícolas, era a que fornecia a cidade de Beja. Temos esperança que com a chegada das águas de Alqueva à freguesia a agricultura possa transformar-se e evoluir.

Obras do parque da aldeia arrancam no início de setembro As obras do tão aguardado parque da aldeia, a edificar num terreno baldio junto às hortas comunitárias, deverão arrancar no dia 2 de setembro, num investimento de “cerca de 90 mil euros, inteiramente suportado pela junta de freguesia”, uma vez que a candidatura apresentada no ano passado no âmbito do InAlentejo “acabou por não ser aprovada”. O projeto, elaborado no anterior mandato de António Francisco Pardal, será dividido em duas fases e contempla a “construção de um passeio circundante a todo aquele terreno, as ligações do ramal de água que irá servir um bebedouro central, a edificação de casas de banho públicas, uma zona de sombreamento destinada a venda ambulante, um parque infantil” e, “se o dinheiro chegar”, a construção de uma vedação em madeira, “bonita e enquadrada com a ponte existente junto às hortas”. “Anteriormente a apresentação de candidaturas dentro deste eixo só era facultada aos municípios, entretanto, no ano passado, foi aberto também às freguesias e nós avançámos. Em outubro do ano

passado apresentámos a candidatura, tudo conforme as exigências. Em novembro foi publicado um outro aviso em que se volta a restringir a apresentação de candidaturas deste género aos municípios, ou seja, a meio do processo alteraram as regras e não nos deram qualquer conhecimento”, revela o autarca, adiantando que “entretanto os concorrentes apresentaram as suas propostas, a junta fez a abertura das mesmas, já no início de janeiro deste ano”, e quando se preparava “para adjudicar a obra à melhor proposta” teve conhecimento “dessa alteração a nível do regulamento”. A autarquia apresentou uma reclamação “a 7 de março e no dia seguinte o estado da nossa candidatura, na página do InAlentejo, é alterado, passando a estar em análise”, diz o autarca. Posteriormente António Francisco Pardal solicitou “uma reunião com alguém responsável da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo para tentar saber qual era a solução”, mas até hoje não obteve qualquer resposta: “Perante esta situação nós resolvemos avançar com uma primeira fase da obra com o dinheiro que temos disponível”.


Santiago do Cacém Dos concelhos do litoral alentejano, Santiago do Cacém é o único que se mantém irredutível nos domínios do PCP e das suas diferentes coligações políticas. Mas a impossibilidade de Vítor Proença se tornar a candidatar (é cabeça de lista da CDU em Alcácer do Sal, mas pende sobre ele uma impugnação aceite pelo tribunal local) abre alguma esperança nas hostes do PS, que avançam com o médico cirurgião Nuno Oliveira, contra o atual vereador comunista Álvaro Beijinha.

Diário do Alentejo 23 agosto 2013

06

1 - Quais são as grandes “linhas de força” da sua candidatura? 2 - A saída de Vítor Proença deixa algum “vazio” na CDU de Santiago do Cacém? 3 - O que será um bom resultado eleitoral para a sua candidatura?

AutárquicasSantiago do Cacém Álvaro Beijinha

Nuno Gomes de Oliveira

Paulo Gamito

João Madeira

Candidato da CDU

Candidato do PS

Candidato do PSD

Candidato do BE

Natural de Alvalade do Sado, 36 anos, advogado. É vereador da Câmara Municipal de Santiago do Cacém desde 2005.

Reside em Santiago do Cacém, 61 anos, licenciado em Medicina, especialista em Cirurgia Geral. Antigo diretor do Hospital do Conde do Bracial.

Natural de Santiago do Cacém, 39 anos, licenciado em Ciências do Desenvolvimento e Cooperação. Empresário e administrador de empresas.

Deputado na Assembleia Municipal de Sines, 57 anos, professor. Doutorado em História, investigador do Instituto de História Contemporânea.

Incentivar o consumo no comércio local

1

As nossas prioridades de ação são a implementação duma política local que permita combater a crise e promova a atividade económica e a atração de investimento privado que crie emprego, principalmente para os mais jovens. Implementaremos ações que incentivem o consumo no comércio tradicional. Ao nível do turismo, a grande prioridade é a costa de Santo André, cuja qualificação é um problema há muito por resolver pela administração central, mas acreditamos termos solução, fruto do protocolo estabelecido com a Sociedade Polis do Litoral Sudoeste. Igualmente prioritária é a área social, aprofundando e alargando a intervenção municipal junto dos mais necessitados. O nosso compromisso passa também pelo prosseguimento duma política de qualificação e regeneração das nossas cidades, vilas e aldeias, que promova o bem-estar das nossas populações. A nossa preocupação centra-se igualmente na cultura e no desporto, pelo que iremos continuar a apoiar todo o movimento associativo do município, bem como promover e organizar um conjunto de eventos que afirmem o nosso município. Iremos dar seguimento à nossa política de planeamento territorial, em particular o novo PDM, instrumento fundamental na indução de mais progresso económico e social. A nível do ambiente destacamos a execução da ETAR de Cercal do Alentejo, Alvalade e Ermidas, decisivas para a qualidade ambiental do nosso território. Queremos um município com e para os jovens, criaremos instrumentos que estimulem os jovens a participarem, ativamente na vida do nosso município.

2

Vítor Proença deixa-nos um legado de trabalho realizado, liderando uma equipa que vincou a identidade coletiva do trabalho autárquico da CDU, um trabalho de proximidade a todos. O projeto da CDU é um trabalho coletivo de continuidade do trabalho realizado e com novas propostas.

3

Um bom resultado é a maioria absoluta. É para esse objetivo que trabalhamos.

Transparência, Honestidade Atrair investimento e determinação para criar emprego

Vencer os atavismos da gestão CDU

1

1

A minha candidatura pauta-se pela transparência, honestidade e determinação. As principais ideias do meu programa têm como objetivo tirar o concelho de Santiago do Cacém da estagnação em que está mergulhado há muitos anos. Há que criar desenvolvimento, nas cidades e nas freguesias. É fundamental uma política de captação de empresas que crie emprego, e a formação de jovens para ocuparem esses empregos. A aposta na agricultura e no turismo é exemplo disso, até porque são potencialidades sustentáveis do concelho. Sem despedir pessoas, há que reorganizar os serviços. A defesa da escola pública, combatendo o insucesso escolar e a promoção da saúde, dotando as cidades de meios que melhorem a mobilidade de pessoas com deficiência motora, são duas áreas sociais chaves para aquilo que considero ser uma grande prioridade: o bem estar das pessoas, pois estas estão primeiro. O apoio aos idosos, com o seu isolamento e dificuldades quotidianas, tem que existir na prática. Pretendo criar um Gabinete de Apoio ao Idoso, com o objetivo de os apoiar na realidade. O apoio à cultura e ao desporto, estimulando e apoiando o associativismo, é outra área que reputo de fundamental.

2

Em relação ao vazio da CDU deixado pela saída do atual presidente de câmara, só a esta cabe responder. Quero apenas dizer que enquanto presidente do município fez aquilo que lhe estava ao alcance fazer, tal como todos os seus antecessores. Pela minha parte, digo que farei o que melhor souber, com empenho e dedicação, com uma equipa responsável e coesa, determinada a levar avante o projeto a que me proponho: criar desenvolvimento e melhorar o bem estar de todos os munícipes.

3

É evidente que o resultado que esperamos desta candidatura é a eleição do maior número possível de autarcas, na câmara municipal, na assembleia municipal e nas assembleias de freguesia.

1

A minha candidatura assenta a sua força na força da sociedade civil. No entanto assume dois eixos principais, desde logo, desenvolvimento e emprego. Sem desenvolvimento não há emprego e sem emprego não há desenvolvimento. Urge atrair investimento para criar emprego. Sem investimento não há desenvolvimento. O nosso concelho necessita de desenvolvimento, e ele só é possível com a atração de investimento privado, secundado, claro está, por investimento público. Aqui reside uma das grandes diferenças entre o nosso projeto e o projeto das restantes candidaturas. Primeiro temos de atrair investimento privado e, na sequência de compromissos assumidos, deveremos investir de forma cuidada e criteriosa os dinheiros públicos.

2

Desde o início que tenho pautado a minha candidatura pela positiva, sendo que pretendo manter a positividade no meu discurso, procurando, igualmente, não me intrometer nem comentar as candidaturas concorrentes. O facto que é conhecido por todos é que o atual candidato fez parte dos dois anteriores executivos como número quatro, ou seja, a quarta escolha da CDU. Este é um facto indesmentível. Deixo para outros comentarem esta escolha.

3

Assumi desde sempre que o PSD entrou nestas eleições para ganhar. No entanto, o histórico autárquico tem sido adverso para o PSD local. Estamos a trabalhar para que sejamos alternativa em Santiago. A alternativa em democracia consubstancia-se de diversas formas. Seremos uma alternativa séria e construtiva, não contanto o eleitorado, com um PSD conivente, nem submisso.

A política de direita provoca desemprego e empobrecimento, ataca reformados e jovens, atenta contra direitos sociais básicos. É um retrocesso de décadas que se traduz também em Santiago do Cacém. Hoje, o grande desafio é, como primeira linha de força, construir uma resposta de emergência social. O quadro autárquico é difícil - diminuição das receitas por efeito da crise e interferências múltiplas do governo. A gestão financeira deve vencer os atavismos de 36 anos de gestão CDU e ousar uma redistribuição das receitas no investimento, que não podem ser em grandes obras, muitas de fachada, mas incidir na revalorização dos equipamentos existentes, alguns bem degradados e mobilizando recursos disponíveis para servir a qualidade de vida das populações. Eis a nossa segunda linha de força. A aposta no desenvolvimento local como gerador de emprego constitui a terceira linha de força – regeneração urbana dos centros históricos de Santiago, Alvalade e Cercal; regeneração da Lagoa de Santo André, menina dos olhos do concelho; apoio às atividades económicas, desenvolvimento turístico baseado nas potencialidades do concelho – litoral, várzeas do Sado, serras de S. Francisco e do Cercal... E, obviamente, democracia, participação e transparência na vida local.

2

Creio que o problema não está na saída ou entrada deste ou daquele, mas sim na erosão profunda de demasiados anos de gestão municipal, geradores de vícios e enquistamentos que contribuem pouco para a enfrentar a situação atual.

3

O BE apela ao voto, disputa eleitorado, mas aceitará com humildade o resultado das eleições, que deseja o mais elevado possível, traduzindo-se na sua representação em todos os órgãos a que concorre.


07 Diário do Alentejo 23 agosto 2013

Moura Este é daqueles concelhos em que o ping-pong entre o PS e o PCP tem sido uma constante. Uns e outros já estiveram à frente dos destinos da autarquia e, quando vão a votos, a diferença nunca é verdadeiramente substancial. Nos últimos quatro mandatos coube à CDU a liderança. Mas a impossibilidade de candidatura, por limite de mandatos, do atual presidente, José Maria Pós-de-Mina, volta a avivar a vontade dos socialistas de tornar á edilidade mourense. 1 - Que avaliação faz do desempenho do atual executivo? 2 - Em que áreas é importante e urgente investir em Moura? 3 - O que será um bom resultado eleitoral para a sua candidatura?

Moura

Mateus de Assunção Guerreiro

Santiago Macias

Canudo Sena

Carlos Valente

Candidato do CDS-PP

Candidato da CDU

Candidato do PS

Candidato do PSD/CDS-PP

Natural do concelho de santiago do Cacém, 66 anos, agricultor.

Natural de Moura, 50 anos, doutor em História pela Universidade de Lyon. Membro da direção do Campo Arqueológico de Mértola.

Natural de Moura, 61 anos, engenheiro técnico agrário. Aposentado como Comandante Distrital Operacional de Beja dos Bombeiros e Proteção Civil.

Natural de Moura, 44 anos, licenciado em Engenharia Mecânica. Diretor-geral da Pioneer Electronics IBérica, S.A.

A

ação revela-se na coragem. Por coragem entendo a decência de, apesar dos riscos inerentes, fazer o que considero certo. Fazer o que é certo é não apregoar promessas irreais, mas sim fazer o que conseguir. Se tiver nas mãos os destinos do concelho terei que, com os meus colegas do CDS-PP, hoje candidatos, amanhã certezas, fazermos um levantamento das necessidades que antevejo que serão enormes.

O

candidato do CDS-PP à Câmara Municipal de Santiago do Cacém não respondeu em tempo útil às questões colocadas pelo “Diário do Alentejo”. Ocupamos o respetivo espaço com declarações prestadas por Mateus Guerreiro ao quinzenário regional “O Leme”, de Santo André, a quem imensamente agradecemos.

Continuar a ganhar com maioria absoluta

1

Faço uma avaliação muito positiva. Isso é visível pelo elevado número de importantes obras terminadas e em curso. Destaco a renovação das redes de águas e esgotos em Moura e em Sobral da Adiça, os trabalhos de regularização da ribeira da Perna Seca e os melhoramentos na ribeira de Vale de Juncos, em Amareleja. Chamaria, também, a atenção para o que foi feito na Mouraria, para a empreitada em curso na zona industrial e para a reabilitação da zona dos Quartéis. Estas intervenções foram adequadamente complementadas por outras, não menos cruciais, como as da educação, das energias renováveis e ainda com o regresso da posse da Herdade da Contenda ao município.

2

O investimento adequado resulta, na ótica do município, de uma equilibrada conjugação de fatores. Ou seja, é importante não deixar para trás nenhuma área, nem criar desequilíbrios. Serão prioridades de intervenção: a promoção do investimento e do emprego. Recordo que o maior investimento em tempos recentes na região (a central fotovoltaica de Amareleja) foi uma iniciativa desenvolvida pela câmara municipal. A promoção da ação social e do trabalho de proximidade aos munícipes. Haverá um reforço nesta área e o desenvolvimento de mais ações de proximidade. O melhoramento das nossas localidades e divulgação do seu potencial. Consideramos essencial a ligação entre a reabilitação urbana, a recuperação de edifícios e de monumentos e a divulgação turística do concelho. A valorização do meio ambiente e da agricultura. Não há desenvolvimento do concelho sem a componente agrícola e não há desenvolvimento sem a promoção de valores ambientais. O nosso caminho vai por aí.

3

Continuar a ganhar a câmara, com maioria absoluta. E a vitória na assembleia, com um reforço de posições nas freguesias.

Baixa qualidade e fraco desempenho

1

Estes mandatos são de baixa qualidade e fraco desempenho. O Partido Comunista gere os destinos do concelho de Moura desde há 16 anos, de forma ininterrupta, tendo por essa razão e ao longo do tempo, deixado uma marca bem vincada da sua forma de estar e atuar, calculista, surda ou de orelhas de mercador, politicamente vincada na defesa ideológica dos seus princípios políticos, sem olhar a meios, para que os objetivos dos interesses corporativistas fossem atingidos. Assim tendo sido, os mandatos executados foram de muito gasto e poucos resultados. A obra realizada, física ou qualquer outra, atingiu custos verdadeiramente incompreensíveis face aos valores inicialmente estimados e não trouxe, direta ou indiretamente, desenvolvimento ao concelho de Moura. Existem obras começadas e não terminadas há anos, outras iniciadas e permanentemente interrompidas, outras ainda de gosto duvidável, fazendo da cidade de Moura uma terra suja, desconfortável, que não se preocupa com o bem estar dos seus munícipes nem com a segurança das pessoas, com realce para as crianças e os idosos.

2

Moura necessita de investimento em todas as áreas, sejam quais forem, porquanto, não existe sustentabilidade de nenhuma atividade ou setor criador de riqueza. Quando se fala em desenvolvimento, existe alguma tendência para criar grandes planos e muitas prioridades, são importantes, mas mais importante é perceber que o desenvolvimento tem a ver com pessoas, e assim sendo, tudo obriga a ter as pessoas no epicentro do planeamento.

3

Estou de consciência muito tranquila quanto aquilo que a 29 de setembro irá ocorrer. Os meus conterrâneos sabem quem eu sou, com defeitos e virtudes, sabem como e porque trabalhei para o meu concelho e para a minha terra durante toda a vida. Sabem também que nas próximas Eleições Autárquicas não se vota em partidos políticos, vota-se em pessoas. Assim sendo, só posso esperar que os eleitores me possam atribuir maioritariamente o seu voto.

População ficou em segundo plano

1

Em primeiro lugar é importante esclarecer que o atual executivo tem vindo a liderar o concelho de Moura nos últimos 16 anos e como tal a minha avaliação só pode ser negativa, pois neste período a CDU tem vindo a dar extrema importância à reabilitação do património, deixando para trás o desenvolvimento sustentado da economia local. Este executivo igualmente demonstra que deixou para segundo plano a população em geral, onde se denota o seu contínuo envelhecimento e o aumento do abandono da região pelos jovens, deixando claro que este executivo não tem um projeto para as pessoas e se encontra desgastado pelo excessivo tempo em que encontra a liderar o município.

2

É importante estruturar um projeto de desenvolvimento do concelho que vise, por um lado, trabalhar no sentido de colocar o concelho de Moura no mapa do turismo nacional e internacional, pois possui recursos naturais e património único em Portugal e poderá ser um foco de atração do turismo. Por outro lado, é importante qualificar o tecido empresarial e apoiá-lo no sentido de garantir que podemos prestar bons serviços aos visitantes do concelho. Cada euro que um turista deixa no nosso concelho será mais um euro que contribuirá para o desenvolvimento da economia local e para a estabilidade social das pessoas. Por ultimo, é preciso ser solidário com os que mais precisam garantindo um mínimo de apoio social aos idosos com a criação de uma bolsa de medicamentos, bem como garantir que todas as crianças possuam condições para estudar, garantindo livros escolares para todos até ao limite do ensino obrigatório.

3

Um bom resultado eleitoral é a vitória do nosso projeto, se as pessoas entenderem que é preciso mudar, mas para isso também é preciso coragem.


Diário do Alentejo 23 agosto 2013

08

Em tempos de profunda crise, é aceitável que o Estado gaste cerca de 49 milhões de euros nesta campanha eleitoral e mais 13 milhões na sua publicitação?

Bisca Lambida

É muito dinheiro

Era evitável

É essencial a discussão

João Espinho

João Machado

Sérgio Fernandes

P

arece-me que é excessivo o que se gasta com campanhas eleitorais. Ainda em tempos de “vacas gordas”, me parecia que quer o Estado quer os partidos andavam a gastar dinheiros de forma desmesurada. Se é verdade que o Estado deve publicitar os atos eleitorais, também é verdade que, ao longo dos tempos, o tinha vindo a fazer sem olhar a meios, pouco se preocupando se os mesmos objetivos não poderiam ser atingidos com menos e melhores recursos. Devido à redução dos orçamentos, em 2013 as eleições autárquicas vão custar menos 9,3 milhões de euros do que em 2009, mas o custo previsto ronda os 49 milhões de euros. É muito dinheiro. Estes custos prendem-se, para além de outras coisas, com o financiamento de entidades como a Comissão Nacional de Eleições, que vai receber 1,36 milhões de euros, 444 mil euros acima do que recebeu no ano transato, um aumento determinado pela realização das autárquicas 2013. Numa ocasião em que há cortes em tudo o que é Estado, não se percebe este aumento no orçamento da CNE. Não é, pois, aceitável, que se gaste tanto dinheiro com os processos eleitorais. Outras despesas que deveriam ser evitáveis, e verdadeiramente controladas, não devendo ser permitidos excessos, são as que se prendem com as atividades partidárias durante a campanha. Longe vão os tempos em que autarcas ofereciam aparelhos de TV e outros eletrodomésticos, mas hoje ainda se veem por aí desmesurados outdoosto do candidato, ors onde, para além do rosto tos para pagar díaparecem os milhões gastos e obras que, navidas dos antecessores ou em m anos de eleições. turalmente, aparecem em sComo dizia o outro: “não havia necessi necessidade”.

F

ace ao contexto de enormes restrições económicas, penso que era evitável efetuar estes gastos supérfluos na publicitação das eleições e na sua organização. Se tudo se encontra a ser “racionalizado”, é no mínimo pouco sensato que estes gastos não sejam devidamente redimensionados, mantendo a essência dos atos eleitorais e de tudo aquilo que os envolve. As campanhas eleitorais não têm sido mais do que atos demagógicos para iludir as pessoas, pois constata-se que quando os partidos chegam ao poder, pouco ou quase nada, se concretiza. Estar a “investir” dinheiro para iludir as pessoas é um ato cada vez mais irreal e vejase o que aconteceu com a última campanha eleitoral do PSD para as legislativas, em que a maioria das propostas de Passos Coelho não passaram disso mesmo, de promessas vãs e sem conteúdo. Apesar de ser um ato que legitima o poder democrático, os candidatos devem ter em atenção que as políticas devem ser aplicadas para defender e aumentar o bem estar das pessoas e não para se tornarem em fatores de dificuldade nas suas vidas. Caso contrário, iremos assistir a um afastamento ainda maior das pessoas da política e de todos os seus protagonistas. Volto a insistir naquilo que tenho referido, é necessário e urgente mudar mentalidades mas, face a esta nova ordem mundial, é muito difícil que isso aconteça a breve prazo.

É

essencial que a discussão em torno do financiamento da atividade partidária, e em particular das campanhas eleitorais, se faça sem cedências à demagogia populista própria dos perigosos discursos antissistema. Neste pressuposto, importa destacar que foram conhecidos na passada segunda-feira as previsões de gastos das diferentes forças partidárias e movimentos de cidadãos para as próximas eleições autárquicas. Ainda que se reportem a previsões, os valores divulgados traduzem uma significativa redução dos montantes orçamentados, na ordem dos 80 por cento, quando comparados com os valores gastos nas autárquicas de 2009. Por outro lado, as campanhas de divulgação e informação institucional constituem um imperativo democrático, que no próximo ato eleitoral assume especial relevância por ser o primeiro que se realiza depois da reformulação do mapa autárquico que determinou a extinção ou fusão de mais de um quarto das freguesias existentes. Objetivamente, a democracia tem custos, os quais devem ser suportados, em nome do interesse geral, por um modelo que garanta o necessário equilíbrio entre as fontes de financiamento públicas e privadas. Sem esquecer que tão importante quanto a discussão em torno do modelo é a garantia de que, seja ele qual for, não pode dispensar apertadas regras de transparência e um rigoroso controlo das contabilidades partidárias, na certeza que, recordando Cesariny, «Faz-se luz

pelo processo de eliminação de sombras». O jogo aproxima-se do fim e as cartas que sobram na mão já não são de molde a fazer grandes brilharetes. Jogo o valete de paus com o ensejo de fazer os três pontos.

São necessários recursos Luís Miguel Ricardo

U

m ato eleitoral é o expoente máximo da cidadania, é a alavanca da democracia. Portugal rege-se por uma democracia representativa, o que significa que é o povo que elege, de forma secreta e livre, os seus representantes. Para as escolhas acontecerem em consciência é preciso haver eleitores informados e esclarecidos sobre as ideias e propostas das candidaturas. E para que as candidaturas possam fazer esse trabalho de esclarecimento são necessários recursos. Sendo o Estado um dos garantes da democracia num país democrático é natural que tenha responsabilidades financeiras com os atos eleitorais. Serão os 62 milhões de euros gastos com as autárquicas exorbitantes para uma nação em profunda crise económica? Tenho dificuldade em me pronunciar sobre o valor, por não dispor de um termo de comparação. Contudo, e tendo em conta as estratégias de redução de despesas apregoadas pelo executivo, quero acreditar que esses valores estão ajustados às possibilidades financeiras do Estado português. Suponhamos que o Estado não ia gastar um cêntimo com a campanha eleitoral. Aí sim, teríamos de ficar bem mais preocupados, pois estaria em perigo tudo aquilo que foi conquistado ao longo da nossa história política. Um Estado alheio ààs eleições, seria um Estado alheio às pessoas e à democracia. Os valores da ci ida dadania têm de pr cidadania prevalecer sobre os económicos, sob pena de se inverter o progresso civilizacional de um ppovo, de um país com quase 1000 aanos nos de faç façanhas para contar.


Diário do Alentejo 23 agosto 2013

09

“Pareceres da Direção-Geral das Autarquias Locais indicavam que podia candidatar-se” à nova autarquia. José Manuel Guerreiro, candidato à União de Freguesias de S. Teotónio e Zambujeira do Mar

Leia o noticiário completo sobre as próximas eleições Autárquicas em www.diariodoalentejo.pt e na nossa página no Facebook

Candidato do PS à União de Freguesias de São Teotónio e Zambujeira do Mar “inelegível”

Partidos aquecem motores Esta semana de pré-campanha eleitoral para as autárquicas de 29 de setembro decorreu em ambiente morno. Muitos dos candidatos foram de férias e preparam-se para a campanha a sério, no princípio do mês. No entanto, a CDU desenvolveu uma intensa atividade, com várias apresentações de listas, coroada com a visita do seu secretário-geral, Jerónimo de Sousa, à Mina de São Domingos. Em Odemira, um dos candidatos do PS a uma das novas juntas de freguesia, à semelhança do que aconteceu em Beja com Pulido Valente e João Rocha, não foi considerado ilegível pelo tribunal.

O

momento era o da apresentação dos candidatos da CDU, aos órgãos autárquicos de Mértola, mas Jerónimo de Sousa, secretário-geral do PCP, aproveitou a sessão realizada na sexta-feira passada, na Mina de São Domingos, para criticar a “chantagem” exercida por Passos Coelho sobre o Tribunal Constitucional. O secretário-geral do PCP respondia, assim, ao discurso do presidente do PSD na Festa do Pontal que, no seu entender, revelou a “postura de um Governo fora da lei e fora da Constituição”. Em Beja, a Coordenadora Concelhia de Beja da CDU realizou, na segunda-feira, junto à sede de campanha, a primeira iniciativa do programa cultural “CDU com vida”. O primeiro convidado da iniciativa foi Jorge Serafim, contador de estórias. O objetivo, de acordo com a CDU, “é dinamizar o espaço da sua sede de campanha durante os meses de agosto e setembro, recolher opiniões e ideias e ainda divulgar algumas das propostas culturais que fazem parte do programa eleitoral”. Ontem, dia 22, no mesmo local, foi apresentado como mandatário concelhio para a juventude, Jorge Benvinda, um dos elementos do grupo bejense Virgem Suta. No dia anterior, quarta-feira, 21, nas instalações do Nerbe/ /Aebal, a CDU organizou mais uma edição da iniciativa “Ouvir Sobre…”, com o objetivo de “discutir propostas para os setores do desenvolvimento económico e social, tendo para o efeito convidado empresários e outros agentes de desenvolvimento a participarem no encontro”. A iniciativa enquadra-se “no processo de construção do compromisso eleitoral que a CDU irá apresentar aos eleitores

do concelho” e visa “aprofundar propostas e integrar novas ideias apresentadas pelos cidadãos nestes fóruns de discussão pública”, lê-se na nota de imprensa distribuído pela coligação. Ainda em Beja, mas na Casa do Povo de Penedo Gordo, os comunistas apresentaram, na segunda-feira, os candidatos à União de Freguesias de Santiago Maior e São João Batista. A iniciativa contou com a participação de João Rocha, cabeça de lista da CDU à Câmara Municipal de Beja, restantes elementos da lista e candidatos à Assembleia Municipal de Beja. Amanhã, sábado, dia 24, em Santana da Serra, pelas 13 horas, no Snack-Bar A Taberna, a coligação liderada pelo PCP vai realizar um almoço-convívio com apoiantes da candidatura da CDU àquela freguesia. A iniciativa conta com a participação de António Colaço, cabeça de lista da CDU à Câmara Municipal de Ourique e António João Zacarias, cabeça de lista à assembleia municipal do mesmo concelho. Mais para o litoral, sexta-feira, 16, em Odemira, no Cineteatro Camacho Costa, a CDU apresentou os candidatos aos órgãos autárquicos do município. Recorde-se que Manuel Cruz é o cabeça de lista à presidência da câmara municipal. Tribunal rejeita candidato do PS

Também no concelho de Odemira, o Tribunal da comarca, rejeitou a candidatura de José Manuel Guerreiro, do PS, como cabeça de lista à nova União de Freguesias de São Teotónio e Zambujeira do Mar. O autarca, que atualmente cumpre o quarto mandato como presidente da Junta de Freguesia de São Teotónio, mostrou-se “sur-

regressão demográfica” como dois “dos principais problemas” do concelho. O candidato socialista pretende, caso seja eleito, tornar o município numa “agência promotora do desenvolvimento local”, através da criação do Centro Integrado de Apoio à Criação de Emprego com Ninho de Empresas (Ciacene). Este organismo “terá como principal objetivo fomentar o aparecimento de novas empresas, proporcionando-lhes condições técnicas e físicas para um desenvolvimento e crescimento sustentado, tendo em vista a criação de postos de trabalho”, lê-se no comunicado.

Jorge Benvinda O líder dos Virgem Suta é o mandatário da juventude da CDU

José Manuel Guerreiro O candidato do PS vai recorrer para o Constitucional

preendido” com a decisão e disse à Rádio Pax que os “pareceres da Direção-Geral das Autarquias Locais indicavam que podia candidatar-se” à nova autarquia. José Guerreiro já fez saber que recorreu para o Tribunal Constitucional, e mostra-se “convicto” de que a razão está do seu lado. Entretanto, em Aljustrel, os socialistas colocaram on line o seu website para a campanha autárquica, com o endereço www.nelsonbrito2013.com. Através deste

portal os interessados poderão consultar toda a informação relativa à candidatura - notícias, listas de candidatos, programas eleitorais, galeria de fotos, agenda de iniciativas, jornais de campanha, entre outros. Está igualmente disponível uma aplicação de newsletter, disponibilizada mediante uma simples inscrição, de forma simples e personalizada. Em Serpa, o candidato do PS à câmara municipal, Noel Farinho, em comunicado enviado às redações, aponta o “desemprego e a

Caimoto acusa Pulido A candidata da coligação PPD/PSD – CDS-PP à União de Freguesias de Salvador e Santa Maria da Feira, em Beja, acusa a câmara municipal de “discriminar a atual freguesia de Salvador no que diz respeito às animações noturnas de verão”. Fernanda Caimoto adianta, em comunicado de imprensa, que “estão a ser organizadas pelo município algumas atividades nas restantes freguesias da cidade, mas nenhuma foi prevista para a freguesia de Salvador”. A candidata da coligação Mais Beja considera “que este não é o procedimento que um executivo camarário deverá ter para com os seus munícipes, e muito menos um que se diz ‘abrangente’”. “Esta atitude, por parte do executivo municipal, apenas contribui para provocar uma discriminação social, económica e cultural para com os residentes e comerciantes da freguesia de Salvador que, tal como todos os outros, contribuem também para a dinâmica da cidade”, conclui. BE critica PSD e PS em Almodôvar

O Bloco de Esquerda (BE) critica o “PSD no governo municipal de Almodôvar” e que “agora se recandidata em duas listas”. As críticas, porém, também são dirigidas à “oposição”, nomeadamente ao PS, “por até hoje não terem apresentado qualquer ideia sobre a necessidade gritante de requalificação de dois espaços em Almodôvar: a barragem do Monte Clérigo e a zona onde se realiza a Facal”.


Quercus quer travar empreendimento em Odemira

Diário do Alentejo 23 agosto 2013

10

A Quercus já angariou metade da verba necessária para custear um processo judicial contra a construção de um empreendimento turístico em Vila Nova de Milfontes, no concelho de Odemira, revelou o presidente da associação ambientalista. “Temos cerca de 2 200 euros”, que vão constituir “uma ajuda bastante importante” na ação judicial que a Quercus pretende interpor para “travar

um empreendimento turístico que, a ser implementado, terá impactos muito significativos” na zona, disse Nuno Sequeira. A campanha de financiamento coletivo que a associação lançou está em curso até hoje, sexta-feira. O projeto de Vila Formosa prevê a construção de um hotel, dois aldeamentos turísticos e um equipamento destinado à prática desportiva e à animação de eventos temáticos.

Alcácer diminui impostos A Câmara Municipal de Alcácer do Sal aprovou nova redução dos impostos, reforçando a sua posição “como município com a mais baixa carga fiscal do distrito de Setúbal”, anunciou a autarquia. As novas reduções incidiram no IMI – Imposto Municipal sobre Imóveis e na Derrama, que recai sobre o lucro tributável das empresas. “Há vários anos que esta autarquia tem vindo de forma consistente a diminuir as taxas que cobra aos munícipes, remetendo agora nova redução, para vigorar em 2014, para a Assembleia Municipal, que se realiza no dia 31 de agosto”, explica o município.

Atual

Tribunal de Beja e de Évora com decisões contraditórias

Cada juiz sua sentença Sexta-feira passada, o Tribunal de Beja, depois de num primeiro momento ter considerado ilegíveis os candidatos do PS e CDU à câmara municipal, decidiu travar as candidaturas de Pulido Valente e João Rocha. Quer os socialistas, quer os comunistas, depois de verem recusadas as reclamações apresentadas no tribunal da comarca, já anunciaram que vão recorrer da decisão para o Constitucional.

A

pesar das juízas do Tribunal de Beja entenderem que o Bloco de Esquerda (BE) carecia de “legitimidade para impugnar a elegibilidade dos candidatos” que encabeçam as listas do PS e da CDU às eleições autárquicas de 29 de setembro próximo, consideraram que “tratando-se de matéria de conhecimento oficioso” deviam apreciar a questão levantada pelos bloquistas. Na sequência desta decisão lavraram uma sentença em que consideram que “a única interpretação” da Lei n.º 46/2005, de 29 de Agosto, referente à limitação de mandatos “é a de que os candidatos com três mandatos consecutivos cumpridos não se podem candidatar, quer para a autarquia onde cumpriram os três mandatos consecutivos, quer para qualquer outra”. Ao contrário do Tribunal de Évora, que admitiu a candidatura do ex-presidente da Câmara Municipal de Montemor-o-Novo, Carlos Pinto Sá, à frente da lista da CDU candidata em Évora, as magistradas Estela Vieira e Lénia Rodrigues, da comarca de Beja, consideraram que a “finalidade visada pelo legislador com a lei da limitação dos mandatos é a de prevenir os abusos decorrentes da eternização no poder, assegurando a isenção dos eleitos e a liberdade de escolha dos eleitores e assim se evitando a criação de dependências e promovendo-se a renovação da classe política e estimulando-se a participação dos mais novos”. PUB

restritivas devem ser interpretadas, senão restritivamente, pelo menos sem recurso à interpretação extensiva e à analogia”, escreveu Bruno Guimarães, citando o constitucionalista Jorge Miranda. PS e CDU reclamam Na terça-feira, 13, o Bloco de

Autárquicas Comunistas e socialistas anunciaram que vão recorrer da decisão

Já o juiz de turno do Tribunal de Évora, Bruno Guimarães, lembra que esta questão “tem sido amplamente discutida na comunicação social e junto de diversos tribunais”, estando-se em presença de duas teses: a primeira, aprovada pela maioria dos membros da Comissão Nacional de Eleições (CNE), “não estabelece qualquer limitação a que um cidadão eleito para três mandatos consecutivos como presidente de um órgão executivo de uma autarquia local se candidate ao exercício da mesma função (…) em outro órgão executivo de outra autarquia local”. A segunda, partilhada pelo Juiz Conselheiro e presidente da CNE, que votou vencido, defende que a lei “se aplica não só à autarquia em que o titular da presidência atingiu o limite daqueles mandatos como, também, a qualquer outra, seja onde for que ela se situe, e a que ele se candidate”. No entanto, o juiz Bruno Guimarães escreve na sentença que durante o debate no parlamento, que antecedeu a aprovação da lei com os votos do PS, PSD e BE (o PCP votou contra, e o CDS absteve-se), o então deputado comunista Abílio Fernandes defendeu em plenário que “a limitação de mandatos dos presidentes dos órgãos executivos num determinado

município em nada impede que estes venham a assumir tal responsabilidade no município vizinho”, sem ter sido “desmentido” pelos outros participantes na sessão, no caso, Pedro Silva Pereira (ministro da Presidência), Francisco Louçã (BE), Nuno Magalhães (CDS), António Montalvão Machado (PSD), Heloísa Apolónia (Verdes), Jorge Coelho (PS), Luís Marques Guedes (PSD), Nuno Teixeira de Melo (CDS) e Ricardo Rodrigues (PS). Assim sendo, e “havendo argumentos válidos num e noutro sentido”, o juiz do Tribunal de Évora considera que “no campo da dúvida interpretativa” se deve “concluir que o sentido interpretativo conforme à Constituição da República Portuguesa é o de que a referida norma não estabelece qualquer limitação a que um cidadão eleito para três mandatos consecutivos (…) se candidate ao exercício da mesma função, na eleição autárquica seguinte (…) em outro órgão executivo de outra autarquia local”. Considera o juiz que assim “prevalece o direito fundamental de acesso a cargos públicos” já que “na dúvida, os direitos devem sempre prevalecer sobre as restrições (in dúbio pro libertate, como é quase um lugar comum); e as leis

Esquerda (BE), que tinha apresentado um alerta no Tribunal de Beja alegando que os candidatos do PS e da CDU violavam a lei de limitação de mandatos, divulgou que as candidaturas àquela câmara municipal tinham sido admitidas. “Os mandatários das candidaturas foram notificados, na segunda-feira, 12, de que todas as candidaturas foram consideradas elegíveis”, disse então Alberto Matos, coordenador nacional autárquico do BE. Contudo, explicou o mesmo dirigente partidário, a juíza, na altura, “apreciou apenas as candidaturas no seu conjunto e os documentos apresentados”. “Não tinha analisado o nosso alerta, nem os candidatos. Agora é que se pronunciou e disse que eram inelegíveis, por já terem cumprido três mandatos, dando 24 horas aos partidos para os substituírem ou apresentarem reclamação”, esclareceu. O cabeça-de-lista do PS, Jorge Pulido Valente disse, na sexta-feira passada, que “ juíza, com base no requerimento do BE, que ela própria diz não ter legitimidade porque não foi subscrito por qualquer candidato” autárquico – o BE não apresentou candidatura à Câmara de Beja -, “reabriu o processo e decidiu em sentido contrário”, referiu. Segundo Pulido Valente, a sua candidatura não iria substituir o cabeça-de-lista, e entregou, ainda nasexta-feira,arespetivareclamaçãonotribunal. A mesma fez a candidatura da CDU, pois, conforme disse à Lusa Manuel Reis, da Direção da Organização Regional de Beja (Dorbe) do PCP, “a reclamação será entregue, sem substituir qualquer candidato”. AF


O Alentejo foi afetado, na terça-feira, por uma massa de ar com origem no norte de África que aumentou a quantidade de partículas e poeiras, segundo explicou a Agência Portuguesa do Ambiente. De acordo com a referida agência, “o transporte de longa distância de partículas de origem natural, em zonas áridas do norte de África, como os desertos do Saara e Sahel, pode causar elevados níveis de partículas em suspensão”.

Beja “Inteligente” destaca-se a nível nacional nas Boas Práticas de Governação Autárquica O município de Beja, à semelhança de mais 24 cidades portuguesas, integra o Índice Cidades Inteligentes, “que funciona como um espaço de teste e experimentação de soluções urbanas inteligentes em contexto real”, adianta a câmara

municipal, em comunicado. “Os últimos resultados que se reportam ao ano transato destacam Beja no 6.º lugar a nível nacional, na área das Boas Práticas de Governação Autárquica”, continua a autarquia, acrescentando que “Beja surge, assim, numa lista composta por cidades como Lisboa, Aveiro, Bragança, Guimarães e Loures”. Para tal, “contribuíram de

11 Diário do Alentejo 23 agosto 2013

Alentejo afetado por massa de ar

forma significativa os projetos desenvolvidos pela autarquia no âmbito da modernização administrativa”, uma aposta que se revelou “como uma mais-valia, traduzindo-se numa maior eficiência e eficácia dos serviços, visando uma maior celeridade e qualidade nas respostas às necessidades dos munícipes”, conclui.

Nove mortos em 24 horas no IC1, em dois acidentes junto à Aldeia de Palheiros

Número de mortes quase ao nível de 2012 No espaço de 24 horas, entre sexta e sábado passados, dois acidentes rodoviários no IC1, perto de Aldeia de Palheiros, no concelho de Ourique, causaram a morte a nove pessoas, elevando para 16 o número de vítimas registado pela Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), este ano, nas estradas do distrito de Beja.

“A

estrada tem condições para se andar respeitando as regras e à velocidade normal”. É assim que o segundo comandante dos Bombeiros Voluntários de Ourique, António Dionísio, descreve o troço do IC1 onde elementos da sua corporação acorreram, duas vezes esta semana, para socorrem as vítimas de dois acidentes rodoviários que causaram nove mortes. PUB

Do primeiro, sexta-feira, de uma colisão frontal resultou a morte de um casal e dois feridos graves. No dia seguinte, e pelo mesmo motivo, cinco jovens, na casa dos 20 anos, que circulavam de regresso a casa, no norte do País, e dois dos três passageiros de um carro que se dirigia a sul, perderam a vida. A passageira que sobreviveu foi transferida para o Hospital de Beja em estado grave, mas esta quarta-feira já se encontrava livre de perigo. As operações de socorro, coordenadas por Victor Cabrita, comandante da Proteção Civil de Beja, mobilizaram cerca de 30 operacionais, dos bombeiros de Odemira, uma VMER, uma SIV do INEM, e dois helicópteros de emergência médica. Os últimos números disponibilizados pela ANSR davam conta de 11 mortos, entre o início do ano e o dia 15 de agosto, nas estradas do

distrito de Beja. A nível nacional, na semana que decorreu entre 8 e 15 de agosto, a PSP e a GNR anotaram nove vítimas mortais e 62 feridos graves em todo o território nacional, mais um morto do que em igual período de 2011. Em Beja, até dia 15, antes, portanto, destes dois acidentes, e comparando com os dados do ano anterior, o número de mortos era exatamente o mesmo (11), sendo que em todo o ano de 2012 se tinham verificado 26 vítimas mortais, menos seis do que em 2011. O comandante do Destacamento de Trânsito da GNR de Beja, Nuno Afonso, contactado pelo “Diário do Alentejo”, disse que as investigações para apurar as causas dos acidentes ainda prosseguem, e quando houver alguma conclusão ficarão ao coberto do segredo de justiça. No entanto, no dia do acidente, em

declarações à Lusa, afirmou ter sido “um embate frontal”. Para o comandante, “como os dois veículos se encontravam numa só via de trânsito, alguém teve que sair de mão, possivelmente” devido a “uma manobra de ultrapassagem”, admitiu. Na altura, questionado sobre se o elevado número de vítimas mortais e de feridos em acidentes de viação no IC1, na zona de Ourique, nessas 24 horas, poderia dever-se a maior tráfego na via, com condutores a “fugirem” da Autoestrada do Sul (A2), Nuno Afonso rejeitou a hipótese. “Registamos um aumento do tráfego [no IC1], mas também na autoestrada”, disse, insistindo: “Não há explicações para estas fatalidades. Uma colisão frontal é um carro que se mete à frente de outro”, pelo que “nunca se pode atribuir culpas à via”.


Diário do Alentejo 23 agosto 2013

12

Arquivo Municipal de Aljustrel vai “nascer” em antigo centro de saúde

A Câmara de Aljustrel anunciou ter autorizado a reabilitação e adaptação do edifício do antigo centro de saúde da vila para instalar o Arquivo Municipal e Núcleo Museológico, num projeto candidatado a fundos comunitários. A intervenção visa permitir a remodelação e ampliação do edifício do antigo centro de saúde, desativado e devoluto, para organizar

Pax Julia Metal Fest sorteia tatuagem ou piercing e garrafas de vinho A organização do Pax Julia Metal Fest, que decorrerá no dia 9 de novembro, na Casa da Cultura de Beja, irá sortear no final do festival “uma tatuagem ou piercing no valor de 70 euros, cortesia do estúdio Antraste”, e nove garrafas de

Planície Mediterrânica regressa a Castro em setembro De 12 a 15 de setembro a Planície Mediterrânica volta a animar Castro Verde, no âmbito da XXI edição do Festival Sete Sóis Sete Luas. O evento é promovido por uma rede cultural que integra 31 cidades de 11 países: Brasil, Cabo Verde, Croácia, Espanha, França, Grécia, Israel, Itália, Marrocos, Portugal e Roménia. “A promoção da arte e da cultura com vista à aproximação entre países, cidades e pessoas é o ponto de partida para este festival, que assenta numa estratégia de coesão, descentralização territorial e fusão intercultural”, explica a câmara, adiantando que a vila acolhe antes do iniciar do festival, de 9 a 12, uma residência artística que reunirá artistas de diferentes países, num espaço de criação que culminará com a produção e apresentação do espetáculo original “Mythos do Sete Sóis”. De destacar ainda na edição deste ano, as atuações dos grupos corais do concelho e a apresentação do novo projeto de Janita Salomé, Vitorino e do Grupo de Cantadores do Redondo, designado Moda Impura. PUB

vinho (das marcas Margaça, Encostas do Enxoé, Aspias, Herdade dos Coteis, Courelas da Casqueira), oferta das lojas Sabores do Alentejo e Sabores de Serpa. Para ficar habilitado ao sorteio basta adquirir um ingresso até ao dia 31 de outubro (solicitar informações através de paxjuliametalfest@gmail.com). O evento, que vai na

um programa de arquivo municipal e um núcleo de artes gráficas, integrado no Museu Municipal de Aljustrel. Este projeto já chegou a ter contrato de financiamento assinado no âmbito do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN), mas, devido à crise e restrições orçamentais, a câmara desistiu da candidatura, deliberando agora voltar a apresentá-la.

sua terceira edição, é liderado pelos Dawnrider, coletivo de Lisboa “já com créditos firmados no panorama nacional”. Participam ainda as bandas Oker, proveniente de Madrid, Espanha; Head:Stoned, coletivo do Porto; Lvnae Lvmen, coletivo de Beja; e Cruz de Ferro, banda de Torres Novas.

Certame assinada 500 anos de entrega de foral

Feira Histórica e Tradicional arranca hoje em Serpa

A

sessão pública nos paços do concelho comemorativa dos 500 anos do foral manuelino de Serpa, com intervenções do presidente da câmara, Tomé Pires, do subdiretor da Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas – ANTT, Silvestre Lacerda, e de Maria Helena Marques, técnica de conservação e restauro, dão início hoje, pelas 16 horas, à sexta edição da Feira Histórica e Tradicional, que se prolongará até domingo, 25. Serpa recebeu foral de D. Manuel I a 28 de julho de 1513, faz agora cinco séculos. Segundo a autarquia, o documento “comprova o crescimento nessa altura das

atividades económicas no concelho – agricultura, pastorícia, artesanato e comércio –, sendo a vila de Serpa uma importante praça militar do sistema de defesa da fronteira”. Serpa “foi considerada na altura uma das mais importantes vilas do Alentejo. Serpa era, no século de D. Manuel I, um dos mais importantes portos secos do reino e detinha uma aliança muito estreita com o rei”, reforça a câmara. O vasto programa reserva para os três dias, entre outras propostas, a realização de cortejos “pelas ruas e praças do burgo”, com início no Mercado, passando pela rua Dr. Eduardo Fernandes de Oliveira, alameda Abade Corrêa da Serra,

rua do Calvário, largo 5 de Outubro, rua dos Fidalgos e praça da República (hoje e amanhã, pelas 18 horas); comeres e beberes com sabores alentejanos nas tabernas da praça; danças, folguedos e apresentação de armas; zaragatas e duelos; espetáculos de malabares de fogo; jogos tradicionais; torneio de armas a cavalo; danças renascentistas; leitura e teatralização de excertos da carta de foral; e danças e folias com saltimbancos e menestréis. A Feira Histórica e Tradicional de Serpa é organizada pela câmara municipal e pela Viv’Arte – Companhia de Teatro, em colaboração com as juntas de freguesia do concelho e o movimento associativo.


13 Diário do Alentejo 23 agosto 2013

Moura acolheu na terça-feira, dia 20, um colóquio sobre “Reabilitação e Gestão de Edifícios Históricos”. A iniciativa, da responsabilidade da Câmara Municipal de Moura e com entrada livre, teve lugar na Igreja do Espírito Santo cujas obras de reabilitação terminaram recentemente. Participaram, como oradores, Ana Paula Amendoeira, António Prates, António Vasques, Joaquim Caetano, Vítor Mestre e Santiago Macias.

FRANCISCO BORBA

Colóquio juntou especialistas em Moura

Terras Sem Sombra cumpre 10 anos

Edição de 2014 a ser preparada

O Peregrinos Templo é referência no caminho para Compostela

Fado na Igreja de Santiago do Cacém

Em defesa do monumento O Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja organiza uma noite de fados de inspiração religiosa na Igreja Matriz de Santiago do Cacém para ajudar a defender o monumento, uma vez que considera que “o património está em risco”.

A

Igreja Matriz de Santiago do Cacém, segundo o Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja, precisa de “grande atenção” e “é preciso defender um monumento que o Estado votou ao abandono”. E, neste sentido, vai ser organizado, no sábado, dia 24, pelas 21 e 30 horas, um espetáculo inédito, que tem como intenção a angariação de fundos para o restauro das portas mais do que duplamente centenárias. “Oração tão pequenina”, uma noite de fados de inspiração religiosa, contará, assim, com a participação de um conjunto de fadistas amigos do monumento, nomeadamente Maria da Graça de Noronha, Maria do Amparo Cid, Teresa Brum Pinheiro, Eduardo Falcão, Carlos Guedes de Amorim, Nuno Siqueira e José Lebre. Juntamse-lhes os guitarristas Edmundo Albergaria e José Burnay, bem como os violas Rui Silveira e Joaquim Coutinho e o viola-baixo Manuel de Mello Gomes. O objetivo é “mobilizar a sociedade civil para defender o monumento” e, segundo José António Falcão, diretor do Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja, “vai ser preciso, aqui como em outros casos similares, redesenhar uma estratégia de sustentabilidade entre o uso cultual e cultural”. Recorde-se que a Diocese de Beja vem realizando uma aproximação da música ao património e à conservação da biodiversidade, cujo momento alto é o Festival Terras Sem Sombra, que tem precisamente na igreja matriz de Santiago

um dos seus espaços privilegiados. “Este edifício possui belíssimas condições acústicas, sobretudo para a voz e os instrumentos de cordas, e já serviu para gravações históricas”, lembra José António Falcão. A Diocese de Beja recorda que “não obstante a valia patrimonial do templo, a história tem sido madrasta para com ele”. E recorda o terramoto de 1755, a perda do retábulo do altar-mor, os atentados na I República, o não ter culto permanente a partir dos meados do século XX e ainda o facto de, apesar de ser propriedade do Estado, ter chegado em ruína à década de 1980. Nos anos 90 uma série de assaltos provocou danos significativos e o bispo de Beja na altura, D. Manuel Falcão, confiou o destino do edifício ao Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja. Em 1993 promoveram-se trabalhos de requalificação, que se prolongaram durante uma década. A igreja está classificada como monumento nacional. “Renascido das suas cinzas, o velho monumento volta a precisar, hoje, de grande atenção. Há problemas de segurança na zona envolvente – foi recentemente vandalizada, pela terceira vez em poucos anos, o que obriga a Comissão de Salvaguarda da Igreja Matriz a ter de reunir fundos e mobilizar boas-vontades para preservar o edifício”, explica o departamento. “A situação não se afigura fácil. O Ministério das Finanças, dono do imóvel, é um proprietário absentista. A paróquia, a braços com a manutenção de vários locais de culto, tem dificuldade em dispersar os seus parcos recursos. A câmara colabora regularmente na abertura da igreja, mas este ano não apoiou quaisquer trabalhos de conservação. Por outro lado, visto celebrar-se esporadicamente no edifício, não se cobram bilhetes de entrada, apesar de estarmos no monumento mais visitado do concelho”, considera José António Falcão, diretor do Departamento do Património da Diocese de Beja.

s “grandes elementos da música”, desde a polifonia renascentista até à vanguarda da segunda metade do século XX, vão ser o foco da edição do próximo ano do Festival Terras Sem Sombra, por ocasião do 10.º aniversário. O festival, centrado na música sacra, realiza-se, anualmente, em vários concelhos do Baixo Alentejo, numa organização do Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja. Considerado o maior festival de música sacra em Portugal, com concertos em igrejas da região, além da realização de outras atividades, o evento decorreu, este ano, entre março e julho. Em comunicado divulgado, o departamento disse que o programa da edição de 2014 já está a ser preparado, tendo decorrido uma reunião do Conselho de Curadores do festival, onde foi também feito o balanço dos 10 anos do projeto.

PUB

A propósito do próximo ano, altura em que o certame cumpre uma década de existência, o departamento da diocese explicou que o diretor artístico, Paolo Pinamonti, definiu como tema central “os grandes elementos da música”. “Pinamonti desenhou um programa que se estende desde a polifonia renascentista a Morton Feldmann, no coração da vanguarda da segunda metade do século XX”, revelou a entidade promotora. Segundo José António Falcão, responsável pelo departamento, esta seleção atinge “o âmago de um dos problemas mais dilacerantes da consciência contemporânea, a ausência do transcendente numa sociedade que proclamou a morte de Deus, mas não consegue sossegar sem Ele”. Na sua 10.ª edição, o que coincide com a celebração dos 30 anos de trabalho do departamento, o Terras Sem Sombra promete ainda “experiências estéticas diversificadas”.


Diário do Alentejo 23 agosto 2013

14

Elemento central da democracia, a oposição é também o mais difícil. É bem sabido que o desportivismo exigente em todas as posições surge mais amargo e penoso para quem perde. Por isso se pode dizer que na pureza dos conceitos é mais difícil ser-se uma boa oposição do que um bom governo. Ela constitui a zona mais frágil de todo o sistema. João César das Neves, “Diário de Notícias”, 19 de agosto de 2013

Ä

As eleições são já em setembro, e agosto está quase aí a chegar ao fim. E não são só os resultados dos votos que são incertos. Os protagonistas, os cabeças de lista, também o são. Em Beja espera-se pelo CONSTITUCIONAL, como um pouco por todo o País, ou não, porque há quem tenha, nas mesmas condições, sido aprovado. É agosto e espera-se pela clarificação de uma lei, de 2005, lá para setembro. BS

Opinião

Postal de correio João Mário Caldeira Professor aposentado

A

lgarve. O afável cheiro de uma trepadeira nas noites quentes de verão escondida num lugar que ninguém vê. Misteriosa. Quem sabe se trazida em tempos idos por um qualquer vizir de Mértola vogando Guadiana abaixo, de olhos marejados de sonhos. Da foz do grande rio até Tavira, corre a Ria Formosa desenhando uma enfiada de dunas salpicadas de junça, de piorno, de camomila, erguidas frente ao mar que, durante o verão, espera em sossego. As suas grandes fúrias costumam acometê-lo no inverno. Então, as dunas que se cuidem! Na Ria Formosa as praias são de areia tão fina que mal se sente na planta dos pés descalços. Recolhidas numa mão fechada, esvaem-se a um ritmo superior ao tempo. Areia delével, quase dourada. O sol pegando-lhe fogo com o andar da manhã enquanto vai esquentando a água do mar. A estas praias descem os alentejanos fartos de secura, de restolhos, de calores. Encalmados. Comprando carapaus para fritar com que acompanham o gaspacho, transferido para férias. Vêm do Alto e do Baixo, pois que o Alentejo se estende por um terço do país. Portalegre, Évora e Beja enviam para aqui a sua gente deslocando-a pelas estradas que correm à ilharga da fronteira com a Espanha, se não mesmo pelas “carreteras” do país vizinho. Mas à Ria Formosa também chega o pessoal lá de cima, com outro ritmo de vida, mais ágil e descontraído, denunciando-se pela pronúncia do norte. O sotavento algarvio está ainda disponível para todos, embora desprezado pelo jet set nacional que morre por marinas, campos de golfe e festas badaladas nas revistas de sensação, muito escassas neste lado. O que afasta a gente da alta é a falta desses meios de promoção social. Talvez por isso as praias da Ria Formosa se mantenham em estado natural e acessível ao homem comum que aqui pode movimentar-se à vontade dando largas ao seu frugal modo de viver longe da agressão provocada por luxos impensáveis de alguns, quantas vezes mantidos com o dinheiro que é de todos. O sotavento é assim local de acolheita dos remediados que contam ao tostão aquilo que em cada mês o Governo ainda lhes deixa nas algibeiras. Durante o dia, pelas ruas, só os mais velhos circulam, em compras, a caminho das praias, nas esplanadas dos cafés. Os jovens aparecem pela tarde procurando a areia da beira-mar onde se estendem ao sol recobrando das noitadas em bares e discotecas. As praias são ainda acessíveis e sossegadas estendendo-se por areais imensos submersos de conquilhas. Nos ares paira o cheiro a sardinha assada logo que os nacionais regressam esbraseados da auréola do mar dando volta a pimentos verdes sobre brasas de carvão, fatiando para travessas rodelas de tomate a que juntam os pimentos assados numa pressa mal contida. Com uma colher de azeite e outra de vinagre, uma pitada de sal e umas folhas de orégãos preparam num ai a salada ideal para acompanhar a portuguesíssima sardinha logo que a tiram da grelha pingando gordura. Da praia da Manta Rota, onde passo as férias de verão há quase três décadas, em grande parte na mesma casa alugada, remeto este postal bafejado pela maresia. Aqui me acomodo, remoendo a vida durante um mês. Inevitável, e por vezes doloroso, é o rol de emoções que

me assaltam, a memória de outros verões, os amigos que partiram para sempre, as conversas hoje impossíveis que com eles travava, o corpo a ceder ao lavrar dos anos, os dias maiores do que antes. No, entanto, mantenho a família de sempre, felizmente intacta, a que se juntam os que casaram com os filhos dando origem a netos que são hoje a minha maior fortuna. Na companhia de todos combato melhor os vazios trazidos pela idade, enquanto espreito com bonomia os figos maduros pendentes das figueiras nas azinhagas bordejadas de flores que cruzam ao acaso a parte antiga da povoação onde temporariamente resido. ... E em que aguardo que a brisa oceânica venha mansamente pela tarde segredar-me coisas que eu já sei mas que é bom ouvir de novo... P.S. – Em casa ao lado da minha veio novamente passar férias com a família o senhor primeiro-ministro Pedro Passos Coelho, vizinho simpático, a quem desejo que a praia lhe faça bem melhorando-lhe a capacidade de repensar as políticas que trazem de rastos grande parte dos portugueses.

Pescadores

Quem os sabe receber, são os pescadores de outras e de novas gerações, o Zé Augusto (“Calema” é o seu barco), o Luís Maravilha, o Fernando Viegas e o Pedro Pulga (“Proa Nova”, perdão, “Cabeço do Diabo”), não esqueço o António e o Baíto, e todos aqueles que viveram outrora no mar ou que nos tempos agrestes de hoje continuam no mar. A madrugada é companheira para alguns que trabalham num horário comprometido e sem fim, quando todos os outros, os veraneantes como eu, a vivem dormindo ou beliscando ainda o prazer da noite. Apesar de uma vida que por vezes é madrasta para esta boa gente, ao mesmo tempo atribuem-lhe uma importância enorme, resistem, vivem, convivem e chamam por quem os considere. Seria interessante que o Governo deste País honrasse e auxiliasse uma classe de homens bons, trabalhadores e honestos, que clama por ajudas e oportunidades. Bem hajam, meu querido grupo de amigos pescadores, desta era ou de outra, isso não importa.

Um adjectivo pouco inocente Ruy Ventura Poeta e ensaísta

Luís Covas Lima Bancário

O N

mar, a areia, o sol, a brisa e outros afetos encantam-me. Estou de férias. Tenho o privilégio de poder disfrutar de um breve período para retemperar forças, esquecer o quotidiano e relacionar-me com pessoas que não conhecia até aqui, mas que rapidamente aprendi a considerar. Seja na vila, na praia ou nos arredores, tenho um prazer imenso na partilha de experiências de vida que só esta ocasião a permite. Não só por ser fascinante a descoberta de tudo aquilo que ainda não tive a oportunidade de conhecer, mas acima de tudo por ser gratificante o contacto com outros sentimentos, costumes e valores. A dádiva é recíproca, é feita de forma desinteressada por quem quer e sabe receber, e por quem deseja ser bem recebido e também retribuir. Frequentando a zona dos pescadores na praia de Monte Gordo, é com humildade que eu e outros, recolhemos ensinamentos dos homens que ainda andam no mar. Apesar de cada ida para o mar representar 30 euros para a gasolina do barco e 20 euros para o gasóleo comunitário do trator, apresentam-se orgulhosos do que fazem não obstante as dificuldades do seu dia-a-dia. Vivem e não são obstinados com uma vida futura. Vivem um dia de cada vez. As estórias são contadas na primeira pessoa, o que passam e o que vivem em busca de um ideal nem sempre adquirido, mas por vezes tenuemente conseguido. A recordação dos amigos é especial, particularmente, quando se trata da evocação aos alentejanos que por aqui passam ou passaram. Sejam de gema ou adotados. Nesta praia, entre outros, nomes como o de João Carlos Rocha Nunes (homem bom e médico já falecido), da Carlota, do Zé Coelho e do Júlio Marques são evocados por uma única razão. Porque sempre todos respeitaram e fizeram-se respeitar. Com consideração, amizade e sem nenhum pedestal. De parte a parte, são coniventes, e por isso são e serão amigos para sempre.

a época de confusão em que vivemos, é bom clarificar os termos. Devemos ainda rejeitar o revisionismo histórico que vem sendo promovido, consciente ou inconscientemente, por alguns historiógrafos conhecidos que, num dado momento da sua existência, resolveram colocar debaixo do adjectivo islâmico todos os vestígios da civilização complexa que existiu na Península Ibérica entre os séculos VIII e XII. Se as autoridades políticas professavam, de facto, por devoção ou interesse, a religião instituída por Maomé, está provado que a população seguiu três vias complementares na sua religiosidade, ora adoptando exteriormente as práticas do islão embora mantendo os seus ritos ancestrais, ora persistindo no cristianismo ibérico das comunidades moçárabes, ora continuando a professar o judaísmo que sempre existiu em Sephard desde a Antiguidade. Nas últimas décadas tem-se chega-se ao ponto de adjectivar comoislâmico todo e qualquer utensílio doméstico ou agrícola datável dessa época que se encontre nas escavações arqueológicas, como se os objectos tivessem religião… ou como se todos os habitantes do espaço dominado política e militarmente pelos maometanos rezassem nas mesquitas. Também é corrente pensar que todas as palavras com origem semita são árabes, quando já existiam por cá muito antes de Maomé ter sequer nascido, omitindo as opiniões dos historiadores que já provaram o quão pouco se falou essa língua no Al-Andaluz, a não ser entre as classes cultas (lembro Zozaya). É preciso estar atento, pois essa manipulação da história é muito perigosa e é promovida por interesses que em nada respeitam a diversidade cultural. Neste âmbito, os dinamizadores da mais recente sala do museu municipal de Aljezur foram especialmente inteligentes e equilibrados ao dedicá-la, tão só, ao “legado andaluzino”.


Ã

Morreram nove pessoas no IC1, tudo numa só semana. A SINISTRALIDADE continua nas estradas. O tráfego aumentou, dizem, tanto no traçado, como na autoestrada. Há mais gente na estrada e continua, muitas vezes, a falta de prudência, que, infelizmente, pode ter sido a causadora de nesta semana se terem ceifado vidas, ali às portas de Ourique. BS

Há 50 anos Bastonadas de marfim no ministro das Finanças

E

m meados de agosto de 1963, Melo Garrido retomou no “Diário do Alentejo” a escrita da sua coluna “Instantâneos”. O objectivo era o de fazer “comentário breve, conciso, umas vezes sério ou amargo, sobre os factos nacionais ou internacionais que mais impressionem a nossa atenção ou a nossa sensibilidade”. Antes de mais nada, “um ângulo de observação puramente pessoal”. Sobre o “Futuro”, escrevia há 50 anos o jornalista bejense: “Peritos autorizados calculam que, no ano não já muito afastado de 2 000, a população mundial será superior a seis biliões, o que representa o dobro da actual. Conduz a essa suposição a marcha de crescimento das populações que está a verificar-se. Esse aumento vultuoso de seres humanos cria, evidentemente, um problema transcendente: o da alimentação. A FAO (organização das Nações Unidas) chegou à conclusão [de] que no fim do século a produção de alimentos terá que ser pelo menos triplicada, para que as necessidades nutritivas dos futuros seis biliões possam ser atendidas. Como conseguir uma tão acentuada elevação de produtos alimentares? Produzindo mais, por meio de progressos técnicos, é a opinião unânime dos entendidos na magna questão. Atrevemo-nos também, deste modestíssimo recanto, a emitir um parecer: repartindo melhor.” Na mesma altura, também José Moedas assinava nas páginas do vespertino bejense uma coluna de opinião, as suas “Imagens ao acaso”. Na edição de 21 de agosto, escrevia sob o título “A seguir-se o exemplo...”: “Uma agência noticiosa austríaca informou os jornais de que o rei Ibn Saud, da Arábia Saudita, deu uma sova no ministro das Finanças, Achmed, e no secretário deste, Albuktine. A sova foi dada com um bastão de marfim, que se partiu em pedaços, quando o rei, ao examinar o orçamento, descobriu a falta de certa quantia. A seguir-se o exemplo do rei Saud, bem podem chover bastões de marfim por esse Mundo fora...” Ora aí está um excelente exemplo para os nossos dias. Atualizando e transpondo a estória dos reis árabes e bastões de marfins para o Portugal de hoje, fica a sugestão de que o povo trabalhador corra à paulada os maus governantes – não só o das Finanças e os corruptos mas todos eles, responsáveis pelo descalabro do País. Carlos Lopes Pereira

Há cada vez mais atividades culturais nos templos da nossa região. O Terras Sem Sombra é um bom exemplo disso, e já está a ser preparado, para voltar no próximo ano. Uma aproximação da música ao PATRIMÓNIO. Uma aproximação das gentes à sua identidade, à sua história e à sua herança. BS

Quando a nossa silly season chegar oficialmente ao fim, acabados os banhos de verão, teremos seguramente profundas e exaustivas análises e previsões económicas e financeiras. Não faltarão esmiuçadas análises políticas sobre o Governo, a coligação e as oposições. Multiplicar-se-ão, desavergonhadamente, ainda mais as pressões sobre o Tribunal Constitucional, no tocante às suas futuras decisões sobre os despedimentos na função pública ou sobre a redução retroactiva das reformas dos aposentados da Caixa Geral de Aposentações ou da interpretação da abstrusa lei da limitação dos mandatos autárquicos. Carlos Moreno, “I”, 21 de agosto de 2013

Poemário Homenagem a Raul Maria de Carvalho (04/09/1920-03/09/1984)

Teêm valor de primeira, Vale d’agua e a Estação, Corgo Gato e Machieira Agachadiço e Adelfeira, Serro, Marossos e Solão. Fomos a água de peixe, Ao João Frio e Encalho Pela rua de Odeceixe Ao Cravinho e Vale-feixe, Até a Vargem do Carvalho.

Ramiro Morais

Encontra-se o poeta ao calabouço Fresquinho, janelinhas, encerrado, Servem-lhe algo de beber e o almoço Não vem tão frio como era esperado.

Vimos mulheres vaidosas Vimos outras assim assim Eram todas bonitas rosas Flores lindas e mimosas. Flores daquele jardim.

Sorriem os carcereiros, sinceramente, Não querem sua morte, só o sofrer, Sentença promulgada competente Qu’ele jamais poderá compreender. E sente o peso das horas, toneladas, Pousadas, bem calcadas no seu dorso, São as dores das pessoas clausuradas. E morre aos poucos, quase sem esforço, Nas paredes de angústia alicerçadas Em eloquentes ausências de remorso. E já viaja a alma p’ró azul do céu Olhando carreiros humanos como se num corso, ascende com a graça do cair de um véu. Mas o corpo, esse, jaz no calabouço. “Vem, serenidade!”

Vila de São Teotónio

Pão Manuel Duarte

Vejo pessoas carpindo No meio da multidão Vejo pessoas fingindo Ser aquilo que não são Vejo os senhores da troika Com o mando na mão Vejo fábricas fechadas Sem aparente razão Vejo pais envergonhados Que para os filhos pedem pão Vejo na minha frente Políticos que o não são Que devia obviamente Ao povo pedir perdão Vejo um campo d’ervas daninhas Um jardim de cravos não Vejo com fome criancinhas Vejo quem lhes nega o pão!

Manel Martins Nobre

É freguesia de encantar A vila de São Teotónio Quando lá for passear Vá para ver e observar. O seu rico património. Pode ir ao Cavaleiro Azenha do Mar ou Baiona Apreciar a cor e o cheiro Que vem de mar e arneiro Desta alegre boa zona. Ladeada por serra e mar Habitada por gente boa Tem suas águas a brilhar Tem braços para abraçar A alma de tanta pessoa. Vá até à Choça da Grude Engano e Relva Grande. Ver povo com virtude Dá amizade e boa saúde Ao amigo que lá ande.

A saudade Feliciano

Partiste e eu fiquei Junto à minha solidão Mas podes crer que te amei Do fundo do coração. Só agora dou valor A tudo quanto perdi Eu perdi um grande amor É triste viver sem ti. Só Deus sabe o que sofreste Eu sofria junto a ti Agora descansa em paz Que eu rezo por ti aqui. Sem ti não tenho alegria A vida não tem sentido Resta-me a esperança que um dia Possa ir a ter contigo.

Que documentos precisa de levar antes de partir para outro país?

E

nquanto cidadão da União Europeia só precisa de bilhete de identidade ou de passaporte válido para atravessar a fronteira. Não é obrigado a possuir um bilhete de identidade com zona de leitura óptica, nem um passaporte com uma validade de, pelo menos, três meses: se o documento de viagem estiver válido, não há problema. Os Estados membros para onde se deslocar não podem obrigá-lo a apresentar exclusivamente um passaporte ou um bilhete de identidade. Tem o direito a escolher o documento de viagem que entender e este direito não pode estar sujeito a qualquer tipo de restrição. Não é necessário visto de entrada. Os membros da sua família que sejam cidadãos da União Europeia estão abrangidos pelas mesmas regras. Os membros da sua família que não tenham a nacionalidade de um Estado-membro da UE (os chamados membros da família nacionais de países terceiros) podem entrar no Estado-membro de acolhimento munidos de um passaporte válido. Se forem oriundos de países sujeitos à obrigação de visto, pode ser-lhes exigido um visto de entrada. Estes países estão indicados numa lista constante do Regulamento (CE) nº 539/2001 e, no caso do Reino Unido e Irlanda, na respectiva legislação nacional. Os Estados membros estão obrigados a conceder todas as facilidades para a obtenção dos vistos necessários. Estes devem ser emitidos gratuitamente e o mais rapidamente possível. Não podem ser exigidos aos membros da sua família vistos de família ou residência, mas apenas vistos de entrada. Representação em Portugal da Comissão Europeia

15 Diário do Alentejo 23 agosto 2013

Ä


Diário do Alentejo 23 agosto 2013

16

Tema de capa

Tríptico de Van Cleve esteve na posse da família Pulido Garcia

De Beja para Tóquio

DR

H

á uma pintura de Joos Van Cleve (1485-1540) conhecida como “o tríptico de Beja” que está exposta no Museu Nacional de Arte Ocidental (MNAO) de Tóquio. E o curioso é que já esteve em Beja, na posse da família Pulido Garcia. Não se sabe, contudo, como esta obra, da autoria de uma figura-chave da pintura flamenga do Renascimento, saiu do País, até porque o “tríptico de Beja” está protegido desde 1943, tendo sido a decisão publicada em “Diário da República”, sendo claro que a obra “não podia ser alienada ou enviada para fora do País sem prévia autorização”. Há registos da obra pertencer a José Gomes Pulido Garcia, influente latifundiário alentejano, e depois só há a sua venda em 1976, na Christie’s de Londres. E é aqui que tudo começa. É certo que a obra saiu de Portugal e que saiu das mãos desta família, que habitava no antigo palacete, que ainda hoje existe, junto ao conhecido jardim do Bacalhau, onde tudo indica que esta obra esteve exposta. Mas

Um Van Cleve esteve em Beja na posse da família Pulido Garcia e ainda hoje o tríptico é conhecido pelo nome da cidade. Está exposto, contudo, no Japão, depois de ter saído de Portugal, embora se encontre protegido desde 1943. Um bem de interesse nacional, classificado, em terras estrangeiras. Os caminhos da história dos Pulido Garcia, do “tríptico de Beja”, que foi parar a Tóquio. Texto Bruna Soares

quem era a família Pulido Garcia? “Foi uma família de terratenentes, com projeção na sociedade local, que apreciava a arte”, começa por explicar ao “Diário do Alentejo” José António Falcão, conservador-chefe de museus e diretor do Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja. O certo é que esta importante pintura de Van

Cleve, cuja obra se revela fundamental para a compreensão do ambiente artístico da época, chegou à cidade de Beja e, segundo José António Falcão, “podem existir várias hipóteses para o efeito, mas não passam, ao que tudo indica, de conjeturas”. “Uma delas aponta para uma proveniência nobiliárquica, no interior da própria linhagem, quase um lugar-comum nestes casos”, avança. “Outra faz pensar

numa solução mas verosímil, indo ao encontro de uma etapa, durante a segunda metade do século XIX, em que dispersaram os recheios de muitos conventos e casas senhoriais. Houve certamente um colecionador esclarecido que reconheceu o valor documental e estético da obra e a adquiriu, para ser fruída no seio de uma família culta. Beja possui pergaminhos neste domínio, não se trataria de um caso isolado”, conclui. Na verdade, segundo o diretor do Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja, “o Alentejo possui uma rica tradição de colecionismo artístico, ainda pouca estudada. Em Beja existiram importantes acervos patrimoniais na alçada de particulares. Com o PREC (Processo Revolucionário em Curso, após a Revolução de 1974), boa parte desses espólios extraviou-se, mas na discreta intimidade das mansões da cidade e do concelho permanecem ainda muitas peças que fazem o deleite dos historiadores. A mentalidade evoluiu,


José António Falcão Conservador-chefe de museus fala da obra de Van Cleve JOSÉ FERROLHO

felizmente, e hoje tende-se a uma gestão mais equilibrada destes valores, incluindo a partilha ao público”. Mas voltemos aos Pulido Garcia e ao facto de a obra ter saído do País. “Entre 1974 e 1976 viveram-se tempos de forte agitação na nossa região e o poder ficou, em certos momentos, à mercê das turbas. A família Pulido Garcia, como outras famílias tradicionais do Alentejo, foi espoliada de parte do seu património e passou momentos amargos. Quem ousará criticar que, para sobreviver, tivesse recorrido à alienação de alguns bens? Porém, ignora-se se foi exatamente isso o que sucedeu. No meio dos atropelos então cometidos, houve abusos de confiança, alienações indevidas, furtos…”, considera José António Falcão. Acontece que sem registos não é possível saber com certeza quando o “tríptico de Beja” saiu do País. Os Pulido Garcia foram expropriados. Perderam propriedades, hectares de terra e também o palacete junto à praça Diogo Fernandes, que está agora à venda. Desta história recorda-se bem Valverde Martins, que liderou a ocupação do palacete. E se em 1943, segundo o despacho do “Diário da República”, era em Beja que a obra de Van Cleve estava, em 1975, aquando da ocupação do palacete dos Pulido Garcia, já não estava, porque se estivesse “tinha sido guardada, como tantos outros bens da família o foram”, garante Valverde Martins. Conta com 79 anos. Na altura tinha 39. Tudo aconteceu após o conturbado período de 11 de março. “Um conjunto de organizações decidiu avançar para a ocupação do palacete que se encontrava desocupado. A família Pulido Garcia já lá não residia. Estava, na altura, em Lisboa. Achámos que era uma boa casa para reunir todos os sindicatos, tínhamos necessidade de estar em conjunto para nos organizarmos melhor e ocupou-se o palacete, como se ocuparam tantas outras casas devolutas na cidade”, começa por explicar Valverde Martins. “Entrámos pelo portão e ocupámos a parte de baixo do palacete, isto aconteceu já à noite. Não consigo precisar, contudo, a data exata. Foi após o 11 de março. Era coordenador do Sindicato dos Bancários e quando saí do banco desloquei-me para o local. Entregaram-me a chave para podermos ocupar a casa. Entretanto, o pessoal em Lisboa, a família Pulido Garcia, tomou conhecimento e deslocou-se para Beja. Veio a filha mais velha, a mais nova, o genro e a matriarca da família, a viúva de Pulido Garcia, que na altura já tinha falecido. Acontece que à entrada de Beja tiveram um acidente, era um cruzamento complicado”, recorda Valverde Martins. As organizações decidiram, porém, não ocupar de imediato a parte superior do palacete. “Acontece que todas as tardes apareciam centenas de pessoas a pressionar que a casa fosse ocupada por completo, para ser ocupada pelos sindicatos”, conta o líder da ocupação. E acrescenta: “Decidimos ir ao hospital falar com a família, que dizia que

Diário do Alentejo 23 agosto 2013

JOSÉ SERRANO

17

Valverde Martins Liderou a ocupação da casa da família Pulido Garcia

a lei estava do seu lado, mas na altura não havia lei, e temíamos que pudessem existir complicações, que não conseguíssemos controlar as pessoas. Depois do despiste o condutor partiu uma perna e ficou internado. As mulheres ocuparam o piso superior da casa. A população, no entanto, queria a casa para causas sociais. A família acabou por ceder e os sindicatos instalaram-se, e, depois, a Cooperativa de Produção e Consumo Proletário Alentejano”. “Ocupámos, digamos, uma joia arquitetónica da cidade. A família não tinha uma grande ligação com o povo, até porque passava grande parte do seu tempo na herdade do Facho, no concelho de Serpa. Esta casa estava praticamente desocupada”, afirma o ocupante. Mas recorda bem que “era uma família muito rica, conhecida por não tratar muito bem os mais desfavorecidos”. “Tratavam as pessoas muito mal, alguns empregados nem tinham acesso à zona nobre da casa. As pessoas trabalhavam de sol a sol, pagavam-lhes miseravelmente e faziam-nas trabalhar o mais possível. Eram tratados, praticamente, como escravos. Não são memórias muito boas, daí as pessoas terem vontade de ocupar a casa e colocá-la ao serviço dos trabalhos sociais”. Quanto ao recheio da casa, Valverde Martins é claro: “Tínhamos o cuidado de deixar tudo como estava. A família levou os seus pertences e o que deixaram foi transferido para uma cave, nomeadamente o mobiliário dos quartos das criadas”. “Quem diz que voaram coisas da janela é pura mentira. Só ocupámos, primeiramente, a parte de baixo, e como se pode provar, as janelas tinham gradeamento”, conclui. Recorda-se apenas de um homem ter levado “uma espingarda”. “Zangámo-nos, porque não queríamos deteriorar coisas que pudessem ser valiosas, tínhamos

“É uma batalha a longo prazo, que requer uma sólida argumentação e uma autoridade moral. Caso se chegue a acordo com o Museu Nacional de Arte Ocidental, um dos principais museus japoneses, faz todo o sentido que a obra regresse a Beja”.

preocupação em proteger o património e as peças que podiam ter valor artístico”, conclui Valverde Martins. Posteriormente, os sindicatos foram obrigados, em tribunal, “a pagar uma renda”. “7 500 contos, muito dinheiro na altura, mas como não tínhamos pago renda até então, acabou por compensar”, admite. Durante a Reforma Agrária e o PREC os tempos foram conturbados, mas José António Falcão diz: “O património cultural pertencente ao Estado, aos concelhos e à Igreja foi, em geral, respeitado, uma lição de apego à identidade que sempre me emocionou”. Mesmo assim considera: “Devemos

registar algumas destruições, como a da igreja de São Sesinando, em Beja, ou da ermida de São Sebastião, em Alvalade, para citarmos dois casos de vandalismo municipal. Quanto ao património privado, especialmente das famílias ligadas à posse da terra, sofreu um empobrecimento significativo devido às ocupações. É justo reconhecer que, em muitos casos, as forças ligadas ao movimento sindical, sobretudo na órbita do PCP, onde havia quadros sensíveis à importância do património, procuraram evitar o caos, separando os meios produtivos dos bens particulares, mas nem sempre o lograram fazer de modo eficaz”. E prossegue: “Nos meios urbanos ocorreram também atentados. Recordo-me do saque ocorrido após a ocupação do palacete Avillez, em Santiago do Cacém: hoje temos que lamentar o desaparecimento de um presépio tardo-barroco e de muitas outras obras de arte, subtraídas no meio do furacão. Só a custo o museu municipal conseguiu o depósito do remanescente, muito pouco em comparação com o que se extraviou. Outro problema foi, como referi, o das famílias desapossadas das suas propriedades; forçadas pelas circunstâncias, tiveram que alienar, quase sempre dolorosamente, obras de arte, bibliotecas, arquivos… Feridas que, em certos casos, ainda não cicatrizaram”. Voltando ao tríptico que ainda hoje ostenta o nome da cidade. Para o conservador-chefe de museus, “na verdade, trata-se de uma denominação convencional, cunhada numa fase avançada do século XX. É, à primeira vista, uma expressão enganadora, pois sugere uma ligação mais profunda à história da nossa cidade – uma terra rica em património, cujas coleções guardam ainda notáveis testemunhos da arte flamenga. No entanto, estes epítetos acabam por ganhar uma espécie de vida própria e internacionalizam, nem sempre pelas melhores razões, o nome de Beja”. E agora Portugal devia reclamar a obra? “Por uma questão de princípio, tendo em conta o ordenamento jurídico, a resposta só pode ser positiva. No entanto, se ponderarmos o tempo decorrido e a natureza das relações de Portugal com o Japão, o desfecho do assunto afigura-se imprevisível. Como profissional da museologia, tive oportunidade de estagiar em alguns dos maiores museus da Europa e da América. Quem conhece os meandros deste universo tão peculiar pode pressentir as dificuldades que tal operação implica, mas há que ter coragem e lutar, com a colaboração de juristas e outros peritos qualificados”. José António Falcão não tem dúvidas: “É uma batalha a longo prazo, que requer uma sólida argumentação e uma autoridade moral. Caso se chegue a acordo com o Museu Nacional de Arte Ocidental, um dos principais museus japoneses, faz todo o sentido que a obra regresse a Beja. Mas onde está o museu capaz de a albergar? Também aqui temos muito a concretizar”.


Diário do Alentejo 23 agosto 2013

18

Maratona de Futebol de 5 em Santa Clara a Velha

Mineiro Aljustrelense apresenta-se amanhã

O Sporting Clube Santaclarense, de Santa Clara a Velha, promove no dia 31 a sua 1.ª Maratona de Futebol de 5, competição que será limitada à participação de oito equipas. As inscrições terminam no próximo dia 28 de agosto. O torneio premeia as três melhores equipas, atribui taça disciplina e distingue o melhor jogador, o melhor guarda-redes e o melhor marcador.

Desporto

O Sport Clube Mineiro Aljustrelense joga amanhã, sábado, pelas 17 horas, no Estádio Municipal de Aljustrel, com a equipa do União de Santiago do Cacém. O jogo serve para apresentação do plantel 2013/2014 aos adeptos e associados. O primeiro jogo oficial da equipa será no dia 1 de setembro com o Casa Pia (Taça de Portugal).

AF Beja quer formar massagistas A Associação de Futebol de Beja vai promover duas ações de formação para massagistas de nível 1, com etapas formativas de 12 horas previstas para 13 e 14 de setembro, na cidade de Beja, e 20 e 21 de setembro, em Odemira. As inscrições decorrem até ao dia 9 de setembro.

O Despertar regressa aos seniores com equipa competitiva e a custo zero

“Não temos espaços para crescer” Depois de uma passagem pouco feliz pela 3.ª Divisão Nacional e de uma época de ausência no escalão sénior, o Despertar Sporting Clube, de Beja, regressa esta temporada ao Campeonato Distrital da 2.ª Divisão. Texto e foto Firmino Paixão

O

jovem presidente do Clube, Luís Mestre, de 36 anos, explica os motivos da decisão, reafirma a vocação do clube para a formação e enumera as grandes dificuldades deste emblema, afinal comuns a todo o associativismo desportivo – apoios financeiros e espaços para trabalhar. O regresso ao futebol sénior marca a agenda na próxima temporada?

É a grande novidade em relação à época passada, não foi por nossa vontade que o suspendemos, mas porque não foi possível reunirmos uma equipa. Este ano houve alguma vontade, inclusive de alguns jogadores que tinham deixado o clube. Eu deixei o desafio – ajudem-me e avançamos. Mas é legítimo perguntar o que impediu no ano passado a formação de uma equipa que este ano não aconteceu?

A vontade dos jogadores. O ano passado para formar uma equipa andámos a “pescar” nos suplentes do Inatel, este ano conseguimos alguns jogadores que estavam nesse campeonato, mas que são dos melhores. Foi só isso, tínhamos dificuldades financeiras que não eram dramáticas e a prova é que as superámos, mas não foi por aí que não fizemos equipa, foi uma pena grande. O treinador é Carlos Jorge, um homem da casa...

Foi uma opção natural, gostei muito de todos os outros treinadores que passaram pelos seniores, o João Caçoila, o Hugo Guerreiro, o Filipe Felizardo. Desafiei o Carlos Jorge que aceitou de imediato e começámos logo a trabalhar em finais de junho, já um pouco tarde, com muitos jogadores comprometidos com outras equipas e andámos naquela fase de saber quem quer e quem tem vontade de jogar no Despertar. Orçamento moderado e jogadores a baixo custo?

Com jogadores não estabelecemos qualquer compensação financeira, nem fixa, nem variável, teremos o tal petisco no final de cada jogo. São jogadores que já nos representaram nas camadas de formação e têm jogado noutros clubes. Gostaram do convite que lhes fizemos e ficaram agradados com

Presidente Luís Mestre enumera as dificuldades do clube

Queremos manter as nossas equipas jovens nos nacionais. Mas não temos espaços para crescer, falta-nos dinheiro, faltam-nos campos. Falta-nos tudo!

só 10 pontos, foi curto. A aposta na formação vai manter a mesma dinâmica?

A nossa prioridade é sempre essa. Queremos manter o clube no Nacional de Iniciados, estamos lá desde que existe campeonato. Queremos manter a equipa de juniores, que é muito boa e deve andar sempre nos lugares cimeiros. Esta é a melhor fornada do clube nos últimos sete anos e, sendo o Despertar considerado o melhor clube de formação no distrito, então terá que o provar, se não o conseguirmos será por não sermos tão bons como se diz. No futebol de sete manterão a hegemonia?

o facto de contribuírem para o regresso do clube ao futebol sénior. Ficaram feridas por sarar da passagem pela 3.ª Divisão?

Nós tomamos uma medida que pode não ser muito aplaudida, que foi pagar os 10 meses de competição. Mesmo ganhando pouco, os jogadores tinham direito e receberam até ao último mês. Causou alguma estranheza, muita gente diz que nenhum clube faria isso, mas nós cumprimos com a nossa obrigação, embora tardiamente. Não temos feridas financeiras, as desportivas ficam sempre, ganhámos apenas dois jogos e fizemos

Há duas épocas que fazemos o pleno, creio que nas últimas seis épocas, em 12 campeonatos, ganhámos 10, perdemos um para o Boavista de Pinheiros e outro para o Moura, é assim que o hábito de ganhar se interioriza nos jovens. Os espaços continuam a ser problemáticos?

O espaço é pouco e mau, é um problema. Os apoios da câmara diminuíram em dois terços, não há dinheiro, mas pode haver outras coisas. Passado um ano a iluminação do sintético n.º 2 continua rigorosamente na mesma, os balneários necessitam de manutenção, ao sábado temos oito equipas a

cruzar-se ao mesmo tempo e em dois balneários. Nasci e fui criado em Beja, capital do distrito, e não gosto de ver os miúdos de fora a equiparem-se dentro do autocarro e a perguntar se isto é que é uma cidade. Os dois clubes mais antigos do distrito reencontram-se no rodapé do futebol distrital. Que realidade é esta?

É verdade que é triste. Temos orgulho em ver os jogadores que formamos a brilharem noutras equipas, mas é triste não os podermos ter cá. O dinheiro não chega para tudo e a formação fica cara, nós não temos capacidade para segurar os jogadores. O que gostaria de deixar no Despertar que marcasse a sua passagem pelo clube?

A sede está bem aproveitada e está a dar uma vida assinalável àquele local. No entanto, não se percebe como é que um edifício construído há oito anos ainda está rodeado de um baldio. Não há um arranjo exterior, os empresários que concessionam os espaços é que aparam o pasto ali à volta. Queríamos deixar a sede funcional e, eventualmente, ampliá-la para permitir o estacionamento das carrinhas. Depois queremos manter as nossas equipas jovens nos nacionais. Mas não temos espaços para crescer, falta-nos dinheiro, faltam-nos campos. Falta-nos tudo!


O dérbi entre o Clube de Patinagem de Beja e o Futebol Clube Castrense marca a jornada inaugural do Campeonato Nacional da 3.ª Divisão de Hóquei em Patins, competição que se inicia no dia 10 de novembro e em que participam também as equipas do Hóquei de Santiago do Cacém e o Hóquei Vasco da Gama, de Sines. O Vasco da Gama jogará em Odivelas e o Santiago desloca-se a Boliqueime.

Sorteios da AF Beja na próxima terça-feira

A Associação de Futebol de Beja marcou para a próxima terça-feira, 27 de agosto, a realização dos sorteios dos Campeonatos Distritais da 1.ª e 2.ª Divisões, Taça Distrito de Beja e Taça de Honra da 2.ª Divisão. Sabe-se também que a desistência do Odemirense do Distrital de Juniores inviabiliza a disputa da prova face ao número reduzido de equipas (cinco) que subsistiram.

19 Diário do Alentejo 23 agosto 2013

Nacional da 3.ª Divisão em Hóquei em Patins

Pavilhão Multiusos de Sines O novo Pavilhão Multiusos de Sines, uma infraestrutura financiada pela Galp Energia, em que foram investidos cerca de 4,5 milhões de euros, entra em pleno funcionamento no mês de setembro e será inaugurado em data a fixar oportunamente pela autarquia. O equipamento tem uma área de bruta de construção de 7 860 m2, três pisos, uma nave central e três ginásios.

“O Ferreiras é uma equipa bem orientada, está junta há algum tempo e tem muita qualidade … Nós temos que mostrar, a nós próprios, que também temos qualidade. Contem connosco para jogar futebol de ataque”. David Guerreiro (treinador do Almodôvar)

ALMODÔVAR vs FERREIRAS Complexo Desportivo de Almodôvar (sintético) 17 horas

BARREIRENSE vs MOURA Campo Verderena (sintético) – Barreiro 17 horas

“O Barreirense é um dos históricos do futebol português, mas nós temos a consciência de que também estamos fortes e, por isso, no próximo domingo só teremos que nos apresentar ao nosso melhor nível”. Joaquim Mendes (treinador do Moura)

A manutenção é a meta que se pode exigir às equipas alentejanas em prova

Agora vamos a eles... Chegou a hora. O Campeonato Nacional de Seniores começa já no domingo, o que equivale a dizer que o Clube Desportivo de Almodôvar e o Moura Atlético Clube darão o pontapé de saída na época desportiva. Texto e fotos Firmino Paixão

A

gora será a doer, não há espaço para mais ensaios, mas como, em futebol, a aprendizagem é um processo per-

manente, sobretudo ao nível da coesão do coletivo, perceção de automatismos e aperfeiçoamento de competências, acreditamos na evolução dos conjuntos à medida que o avanço da época vá deixando cair as primeiras jornadas. A primeira ronda, o cartaz de abertura, oferece ao Almodôvar um jogo em casa com o Ferreiras, adversário que já defrontou na pré - -época e venceu por 2-1. Trata-se de uma partida entre os campeões regionais do Baixo

Alentejo e do Algarve, na época transata. Os almodovarenses são favoritos, jogam em casa, embora a sua base de apoio nem sempre se aproxime da equipa. O Moura viaja para o Barreiro. Será assim ao longo de toda a época desportiva, quando uma equipa joga em casa a outra sairá. O Barreirense é um histórico do futebol português que as sucessivas vicissitudes fizeram tombar, mas que tenta reerguer-se. Não será uma partida fácil para os alentejanos, que

talvez possam contar com o apoio da diáspora alentejana que labuta na margem sul do Tejo, atenuando as naturais dificuldades impostas pelos barreirenses, equipa que terminou a época passada no 3.º lugar da série E da 3.ª Divisão. Mas nem só o Moura e o Almodôvar falam alentejano neste campeonato. O União de Montemor está na mesma série H e começa o campeonato a jogar em casa frente à formação do Louletano, enquanto na série G O Elvas estreia-se na prova

no seu reduto recebendo a equipa do 1.º de Dezembro (Sintra). Os jogos disputam-se a partir das 17 horas e o preço dos bilhetes varia entre os sete e os 10 euros. A pré-época das equipas: Moura-Fut.Benfica, 0-0; Moura-Loures, 2-2; Moura-Oriental, 1-2; Moura-O Elvas, 4-1; Oriental-Moura, 1-1; O Elvas-Moura, 0-3. Olhanense-Almodôvar, 5-0; Almodôvar-Lagos, 3-2; Almodôvar-Ferreiras, 2-1; Lagos-Almodôvar, 3-0; Almodôvar-Grandolense, 1-1.

Temperaturas elevadas ajudaram no sucesso da 10.ª Maratona de Natação

Ordem para nadar... Cerca de uma centena de pessoas participou na 10.ª Maratona de Natação que decorreu nas Piscina Municipal de Aljustrel, com organização da câmara local. Texto e foto Firmino Paixão

O

objetivo da iniciativa, refere a autarquia, passa, essencialmente, por incentivar os munícipes à prática de uma vida saudável, nomeadamente através da atividade desportiva, aliando o desporto ao lazer em simultâneo com a dinamização de um equipamento tão importante como são as piscinas municipais, inauguradas há cerca de 18 anos. Frederico Palma, técnico de

Aljustrel Piscina Municipal recebeu a 10.ª Maratona de Natação

desporto na Câmara Municipal de Aljustrel, acompanhou a iniciativa e revelou: “Ao longo do dia passaram por aqui cerca de uma centena de pessoas, de todas as idades, permitindo o sucesso desta maratona”. O técnico lembrou que a dinâmica do equipamento tem permitido, ao longo dos anos, que os mais jovens façam a sua aprendizagem de natação através das ações regulares que o município promove e que a atividade tem depois continuidade através do Crira – Centro Republicano de Instrução e Recreio de Aljustrel. O acesso à piscina foi gratuito para todos aqueles que quiseram participar na maratona e as elevadas temperaturas ajudaram, e de que maneira, a que a mesma fosse bem-sucedida.


20 Diário do Alentejo 23 agosto 2013

BTT Pelos Trilhos de Mombeja em setembro

O IX Passeio BTT Pelos Trilhos de Mombeja realiza-se no próximo dia 1 de setembro, pelas 9 horas, com organização do Grupo Desportivo e Cultural de Mombeja. O evento inclui um percurso guiado infantil/familiar com 20 quilómetros e dois de andamento livre com 45 e 70 quilómetros. As inscrições encerram no dia 29.

Sinais do tempo José Saúde

Rali Flor do Alentejo 2013 Realiza-se nos próximos dias 7 e 8 de setembro a edição 2013 do Rali Flor do Alentejo/Cidade de Serpa, competição organizada pela Sociedade Artística Reguenguense e pontuável para o Campeonato Regional de Ralis Sul VHS. A prova terá uma super especial noturna, em Serpa, e dois troços cronometrados, um entre a herdade do Topo e Santa Iria, outro entre Vale dos Mortos e A-do-Pinto.

O evento Mértola Radical animou as atividades de verão na Vila Museu

Um caudal de adrenalina... São aventuras com emoções fortes, a adrenalina de uma queda livre vertiginosa, o batismo de voo e a descoberta de recantos do Guadiana em noites quentes de agosto, tudo cabe no Mértola Radical. Texto e fotos Firmino Paixão

U

m salto da ponte sobre o rio Guadiana, um voo em parapente, canoagem e caminhada noturna, paintball e uma catapulta humana foram as atividades eleitas para a edição 2013 do evento Mértola Radical, organizado pela Câmara Municipal de Mértola e que decorreu na Vila Museu no último fim de semana, com ações em Mértola, Mina de São Domingos e na serra de Alcaria Ruiva. Aventuras para gostos variados, tendo em comum a adrenalina, as emoções e a descoberta de um concelho com condições de exceção para este tipo de experiências radicais. Na ponte sobre o rio Guadiana algumas dezenas de jovens aventuraram-se no bungee jump, um salto em queda

livre suportado com elástico sobre o caudal do “grande rio do sul”. Tânia Machado, 24 anos, nasceu no Cacém mas vive em Serpa e desceu a Margem Esquerda para experimentar o salto: “Foi muito giro, sente-se um vazio enorme, naqueles momentos em que estamos a voar é tudo nosso, gosto de aventuras, foi divertido, mas sinto-me cansada”. Cláudio Lopes, da empresa Extremos Portugal, especializada neste tipo de eventos, explicou: “O bungee jump consiste, basicamente, em saltar de uma ponte, amarrado a um elástico, um desporto que, sendo muito seguro, tem um pico de adrenalina muito alto, mas que oferece um grande benefício a quem o pratica, que é a tranquilidade emocional que se segue a cada salto, sobretudo para pessoas mais nervosas ou com ansiedade muito elevada”. Um tipo de aventura que tem requisitos condicionantes: “É desaconselhável a quem teve cirurgias recentes, doentes de coluna e cardíacos, todos assinam uma declaração de responsabilidade após um briefing preparatório”, revelou Cláudio Lopes, que ainda sublinhou a excelência

paisagística do local para uma boa escapadela à descoberta de uma aventura que alivie os níveis de stress diário. Dez quilómetros mais a norte, no sopé do cerro de Alcaria Ruiva, esperava-se que os ventos soprassem favoráveis à dimensão da lista de inscritos para os batismos de voo em parapente. O polo de Alcaria Ruiva da Associação de Comandos de Setúbal promove ali, anualmente, há 16 anos consecutivos, o seu Encontro Internacional de Parapente, que agora enquadra no Mértola Radical. Joaquim Arroteia, presidente da associação assume: “É preciso muito amor à camisola para manter esta atividade há tantos anos, é uma paixão”. Lembrou também que antes de a associação se ter deslocalizado para Alcaria organizou dois cursos de parapente, e que durante o verão estão ali quase todos os fins de semana. Organizam encontros em maio, julho e agosto. O parapente “é uma atividade interessante, que dá muito gozo”, confessa Arroteia, revelando ainda que depois de Linhares e Castelo

de Vide, Alcaria Ruiva está entre os melhores locais em Portugal para a prática do parapente”. Acentuou também: “O município tem colaborado muito connosco para a manutenção deste Polo em Alcaria, mas já tivemos uma extensão destes desportos na Mina de São Domingos, em que fizemos parede de escalada, slide, e outras disciplinas radicais”. Um parapente, explicou o dirigente, “pode custar cerca de 3 000 euros, o curso varia entre os 700 e os 1 000 e depois há as licenças, mas a modalidade tem muitos praticantes em Portugal e há vários níveis de progressão na atividade”. E adiantou: “Temos uma seleção nacional que tem participado em campeonatos da Europa e que já fez dois estágios aqui em Alcaria Ruiva”. A direção dos ventos condiciona muito a modalidade, ainda que seja possível prevê-la antecipadamente. Não voando num dia, voarão no outro, mas fica a garantia de que no próximo ano o parapente voltará a assinar o ponto deste evento, porque Joaquim Arroteia diz: “Temos muito amor à Mértola Radical e não deixaremos de dar a nossa colaboração”.

O tempo, sem tempo, conduz-nos a triviais encontros temporários onde o mundo da bola sobressai à ribalta e nos transporta para um período desportivo no qual a ânsia da novidade leva o povo a tecer mensuráveis considerações sobre o labor do seu clube. Adianto, porém, que já nada é como dantes. Tudo, ou quase tudo, sofreu profundas alterações. Mandam as regras que o mês de agosto permaneça como um frenesim no que concerne à preparação das agremiações que partem para uma nova temporada com objetivos previamente desenhados. Recuo no tempo e revejo-me noutras eras repletas de profundas inovações. A chegada de novos craques e a partida de outros que muito contribuíram para elevar o emblema ao rubro. Lembro as cargas físicas, sempre a doer, constatadas nos inícios das épocas. Recordo os incalculáveis quilómetros percorridos numa correria louca para puxar pelos músculos que entretanto haviam entrado numa pausa de descanso. A curiosidade de atirar para o cerne da discussão os ganhos monetários do novel craque. Os “torneios relâmpagos” que visavam tirar conceções para o treinador. As adaptações no grupo de trabalho que obrigavam a remodelações estratégicas. E se antes a opção fidedigna dos atletas passava pelo amor à camisola e pelo manjar de um delicioso petisco, eis que a aspiração posterior passou pelo arrecadar de mais uns escudos que engordavam então a jorna caseira. Hoje, deparo-me com certezas antagónicas. O futebol ganhou outros contornos. Concentro as minhas atenções em realidades outrora conhecidas nas competições da AF Beja e revejo nuances observadas. O tempo em que os craques eram pagos a peso de ouro. O período dos inexcedíveis apoios financeiros. Havia dinheiro quanto baste, diziam. Atualmente essas benesses foram chão que já deu uvas. As limitações factuais conhecidas encaminham os clubes para a divulgação de magros orçamentos. Sinais do tempo.


institucional diversos

21 Diário do Alentejo 23 agosto 2013

Diário do Alentejo n.º 1635 de 23/08/2013 Única Publicação

CÂMARA MUNICIPAL DE ALMODÔVAR

EDITAL N.º 130/2013 ANTÓNIO JOSÉ MESSIAS DO ROSÁRIO SEBASTIÃO, Presidente do Município de Almodôvar. FAZ SABER que, no decurso do 1.º semestre do ano de 2013, o Município concedeu as seguintes transferências correntes e de capital: Deliberação/ Despacho 24/01/13 06/02/13 06/03/13 06/02/13 06/02/13 03/04/13 03/04/13 06/02/13 06/02/13 15/04/13 15/05/13 15/05/13 06/02/13 03/04/13 06/02/13 06/02/13 03/04/13 06/02/13 06/02/13 06/02/13 06/02/13 06/02/13 06/02/13 17/04/13 12/12/12 02/05/13 02/05/13 02/05/13 24/01/13 03/04/13 06/02/13 06/02/13 03/04/13 06/02/13 06/03/13 06/03/13 03/04/13 08/01/13 06/02/13 06/03/13 01/09/08 03/04/13 14/01/13 17/04/13 06/02/13 20/03/12 05/06/12 06/03/13 06/02/13 06/03/13 19/09/08 06/02/13 03/04/13 06/03/13 03/04/13 05/06/13 20/03/12 03/05/13 15/05/13

0102040301 0102040301 0102040301 0102040701 0102040701 0102040701 0102040701 0102040701 0102040701 0102040701 0102040701 0102040701 0102040701 0102040701 0102040701 0102040701 0102040701 0102040701 0102040701 0102040701 0102040701 0102040701 0102040701 0102040701 0102040701 0102040701 0102040701 0102040701 0102040701 0102040701 0102040701 0102040701 0102040701 0102040701 0102040701 0102040701 0102040701 0102040701 0102040701 0102040701 0102040701 0102040701 0102040701 0102040701 0102040701 0102040701 0102040701 0102040701 0102040701 0102040701 0102040701 0101040701 0102040701 0102040701 0102040701 0102040701 0102040701 0102040701 0102040701

05/06/13

0102040701

06/03/13 06/04/11 16/09/02 06/03/13 16/01/13 24/01/13 04/01/12 24/01/13 03/04/13 02/05/13 16/09/02

0102040802 0102040802 0102040802 0102040802 0102040802 0102040802

Classificação

0102080701 0102080701 0102080701 0102080802

Beneficiário

Valor

Agrupamento Vertical de Escolas de Almodôvar – comparticipação financeira Agrupamento Vertical de Escolas de Almodôvar – subsídio viagem de finalistas escola EB 2,3/S Carnaval- participação e prémios de escolas Clube Columbófilo Asas Fernandenses – subsídio atribuído Clube Columbófilo Asas de Almodôvar – subsídio atribuído Associação Cultural e Desportiva Malta Dura – subsídio atribuído Associação Cultural e Recreativa de Corte Zorrinho – subsídio atribuído Clube Desportivo de Almodôvar – subsídio atribuído Clube Desportivo de Almodôvar – comparticipação nos bilhetes do futebol Clube Desportivo de Almodôvar – comparticipação para a realização do Torneio de Judo Clube Desportivo de Almodôvar – subsídio para realização do Torneio Sub. 16 Clube Desportivo de Almodôvar – subsídio para realização do 7.º Torneio das escolinhas Moto Clube de Almodôvar – subsídio atribuído Moto Clube de Almodôvar – subsídio atribuído - secção de radiomodelismo Associação da Juventude Desportiva Rosairense – subsídio atribuído Associação da Juventude Desportiva Rosairense – comparticipação nos bilhetes do futebol Associação Cultural e Desportiva de Santa Clara-a-Nova – subsídio atribuído Associação Sonho e Verdade – subsídio atribuído Patinagem Clube de Almodôvar – subsídio atribuído Associação Trequelareque-Oficina de comunicação e criatividade – subsídio atribuído Associação de Solidariedade Social de Aldeia dos Fernandes – subsídio atribuído Associação “Os Malteses” – subsídio atribuído Sociedade Artística Almodovarense – subsídio atribuído Sociedade Artística Almodovarense – IV Torneio Triangular de Veteranos de Futebol Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Almodôvar – subsídio atribuído Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Almodôvar – Gratificação das equipas DECIF 2013 Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Almodôvar – VI Acampamento Distrital da Juvebombeiro Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Almodôvar – Comemorações dos 35 anos da corporação Cercicoa-comparticipação financeira para sessões de hipoterapia e snoezelen a 8 alunos do concelho de Almodôvar Associação Amigos de S. Pedro – subsídio atribuído Grupo Ciclodesportistas de Almodôvar Toka Rolar – subsídio atribuído Casa da Cultura da Aldeia dos Fernandes – subsídio atribuído Casa da Cultura de Santa Clara-a-Nova – subsídio atribuído Casa do Benfica de Almodôvar – subsídio atribuído Casa do Benfica de Almodôvar – VI volta de ciclismo ao Concelho de Almodôvar na categoria de Master Casa do Benfica de Almodôvar – subsídio atribuído para elaboração da revista da IV volta de ciclismo ao Concelho Centro Social e Recreativo Flor do Campo – subsídio atribuído Conservatório Regional do Baixo Alentejo – pagamento em 50% das mensalidades dos alunos do concelho Núcleo Sportinguista – Os Leões de Almodôvar – subsidio atribuido Associação dos Cavaleiros da Vila Negra – subsídio atribuído Associação Humanitária dos Dadores de Sangue de Castro Verde – comparticipação financeira Associação Ajuda a Sorrir – subsídio atribuído conforme deliberação de câmara ADRAL-Protocolo no âmbito do FAME Transferência para o Dep. do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja - Festival Terras sem Sombra ADPM – comparticipação em 20% do valor da viagem para promoção de produtos e produtores locais - PROVERE Associação de Defesa do Património de Mértola – comparticipação no âmbito da candidatura BUTES” Associação de Defesa do Património de Mértola – comparticipação no âmbito do Protocolo de Estágios Profissionais Associação de Ciclismo do Algarve – VI volta de ciclismo ao concelho de Almodôvar na categoria Master Grupo Coral Feminino “As andorinhas do Rosário” – subsídio atribuído Carnaval- participação e prémios de instituições sem fins lucrativos CEBAL - Centro de Biotecnologia do Baixo Alentejo e Litoral – comparticipação anual - protocolo Corpo Nacional de Escutas-Agrupamento 754 de Almodôvar – subsídio para apoio às atividades do agrupamento Grupo Coral e Etnográfico Vozes de Almodôvar – subsídio atribuído Guarda Nacional Republicana-Comando Territorial de Beja – VI volta de ciclismo ao Concelho de Almodôvar Associação Crazy Motorbikes – subsidio atribuido Associação Crazy Motorbikes – subsidio atribuído para apoio na realização do 2.º Arraial Associação de Defesa do Património de Mértola – comparticipação no âmbito da candidatura BUTES” Centro Cultural e Recreativo do Monte das Figueiras – subsidio atribuído Centro Cultural e Social do Monte dos Mestres – subsidio atribuído para a realização das festas de verão Fábrica da Igreja Paroquial de Santa Clara-a-Nova – Protocolo de colaboração no sitio arqueológico das Mesas do Castelinho – prossecução dos trabalhos de requalificação para tornar o espaço visitável Carnaval- participação e prémios a particulares Fundo de Emergência Social – transferências correntes Transferências efectuadas no âmbito do Cartão Almodôvar Solidário – comparticipação nos medicamentos Bolsas de Estudo atribuídas pelo Município Medidas de Apoio à Família - Incentivo à Natalidade Subsídio a alunos (escalões A e B) Transferência para a Associação Sonho e Verdade referente ao projeto das especialidades, plano de segurança e saúde para a construção do Centro de Dia e Apoio Domiciliário em Gomes Aires Transferência para o Centro Cultural e Social do Monte dos Mestres para o arranjo da sede. Transferência para a Associação dos Bombeiros Voluntários de Almodôvar – comparticipação na aquisição de viatura Pick UP

Comparticipação financeira para a realização de obras em hab. de indivíduos e agregados familiares desfavorecidos

€15.000,00 €700,00 €1.400,00 €1.600,00 €1.600,00 €1.250,00 €1.250,00 €24.276,08 €465,75 €600,00 €800,00 €1.300,00 €1.600,00 €500,00 €10.670,40 €405,00 €3.600,00 €1.250,00 €4.000,00 €1.250,00 €1.250,00 €1.600,00 €7.200,00 €500,00 €36.000,00 €3.000,00 €100,00 €2.000,00 €4.673,94 €900,00 €700,00 €4.474,98 €1.250,00 €3.600,00 €900,00 €100,00 €500,00 €2.598,00 €700,00 €1.600,00 €1.000,00 €500,00 €102,50 €8.000,00 €916,46 €9.746,52 €8.174,52 €1.500,00 €900,00 €8.100,00 €5.000,00 €700,00 €900,00 €645,74 €500,00 €200,00 €9.746,52 €700,00 €300,00 €16.877,80 €7.220,00 €15.671,24 €28.537,95 €24.215,34 €13.000,00 €4.654,00

Vale €1,20 em abastecimentos superiores a 20 litros

descontos atÉ

6 cÊnt.

1. Válido nos Postos BP Beja Luzias, BP Beja Variante e BP Beja Castilho; 2. Este vale só poderá ser descontado no ato de pagamento de abastecimentos iguais ou superiores a 20 lts., até um máximo de 3 vales por abastecimento (60 lts); 3. Este vale não é acumulável com outras campanhas desconto a decorrer no Posto de Abas-

por litro

tecimento; 4. Este vale só é válido para abastecimentos

desconto em combustÍvel

com cartões: Routex, Azul e de Sócio ACP; 5. Nenhuma

atÉ 31 de agosto

em combustíveis cujos pagamentos não sejam efetuados responsabilidade será aceite nos seguintes casos: perda, roubo ou danificação do vale quer tenha sido utilizado ou não; 6. Este vale não pode ser trocado por dinheiro; 7. Válido até 31 de agosto de 2013.

€9.796,95 €5.535,00 €13.000,00 €19.511,87

€362.816,56

TOTAL

A presente informação destina-se a dar cumprimento ao disposto na Lei n.º 26/94, de 19 de Agosto. Para constar, publica-se, este e outros de igual teor, os quais vão ser publicados nos locais públicos do costume. Eu, Chefe da Divisão de Administração e Finanças o subscrevo. Paços do Município de Almodôvar, aos 31 de julho de 2013.

Vende-se olival,

Renovada recentemente, cozinha equipada com fogão, frigorífico, esquentador, exaustor. 2 quartos, sala, cozinha espaçosa, wc, marquise e quintal. Zona central.

vedado com água

Contactar tm. 918462305

tm. 968130158

O Presidente do Município António José Messias do Rosário Sebastião

OFICINA

COMPRO

SERPA

ALUGA-SE CASA T2 Vidigueira

Todo o tipo de sucata, ferro, alumínio, latão, RECTIFICAÇÕES DE CABEÇAS E DE BLOCOS (Novos preços) TESTAGENS z SERVIÇO DE TORNO z SOLDADURAS EM ALUMÍNIO

3,4 hectares. Contactar

OPORTUNIDADE

z

inox, materiais eléctricos, baterias, etc.. Desloco-me. Contactar tm. 912965482

z

Encamisar blocos orçamentos com ou sem material

GRANDE VIDENTE MEDIUM CURANDEIRO

PROFESSOR KARA Tem sucesso onde os outros falham.

PREÇOS SEM CONCORRÊNCIA

CASADINHO Sítio Horta de St. António Caixa postal 2601 BEJA Tm. 967318516

Rapidez e eficácia em 2 dias. ESPIRITUALISTA SE O COMPANHEIRO TE DEIXOU OU TE QUISER DEIXAR VENHA TER COMIGO. ELE/ELA VOLTA NA MESMA SEMANA.

A 913 114 758

Não há problemas sem solução. Ajuda a resolver problemas familiares, Amor, negócio e sexuais, emagrecimento, atração de cliente, mesmo os casos mais difíceis e desesperados. Se está cansado de sofrer não sofra mais. Ligue já o número que pode mudar a sua vida.

de trabalho em Beja Empresa de Comércio e Serviços Abre 5 vagas m/f para reforço de escritório Marque já a sua entrevista informativa para o número

284 076 200 ou Envie o seu curriculum para:

ALUGA-SE

,

934 712 089

Apartamento T1 em Vila Real de Santo António. Todo equipado/mobilado. Agosto/ Setembro.

PAGAMENTO DEPOIS DO RESULTADO

Semanas/Quinzenas.

Consultório em Sines – junto ao Mercado Municipal de Sines Atende das 9h às 21h de segunda a sábado

Contactar tms. 967155844/963438626

aprovadatituderecrutamento@sapo.pt

VENDE-SE Camião em bom estado, marca Mercedes Benz, 153 000km, equipado com tesoura tribasculante, travão eléctrico e conjunto de taipais duplos. Contactar tm. 919379873


saúde

22 Diário do Alentejo 23 agosto 2013

Análises Clínicas

Medicina dentária

Psicologia

Dr.ª Heloisa Alves Proença Médica Dentista Directora Clínica da novaclinica

Laboratório de Análises Clínicas de Beja, Lda. Dr. Fernando H. Fernandes Dr. Armindo Miguel R. Gonçalves Horários das 8 às 18 horas; Acordo com beneficiários da Previdência/ARS; ADSE; SAMS; CGD; MIN. JUSTIÇA; GNR; ADM; PSP; Multicare; Advance Care; Médis FAZEM-SE DOMICÍLIOS Rua de Mértola, 86, 1º Rua Sousa Porto, 35-B Telefs. 284324157/ 284325175 Fax 284326470 7800 BEJA

Cardiologia

RUI MIGUEL CONDUTO Cardiologista - Assistente de Cardiologia do Hospital SAMS CONSULTAS 5ªs feiras CARDIOLUXOR Clínica Cardiológica Av. República, 101, 2ºA-C-D Edifício Luxor, 1050-190 Lisboa Tel. 217993338 www.cardioluxor.com Sábados R. Heróis de Dadrá, nº 5 Telef. 284/327175 – BEJA MARCAÇÕES das 17 às 19.30 horas pelo tel. 284322973 ou tm. 914874486

MARIA JOSÉ BENTO SOUSA e LUÍS MOURA DUARTE

Exclusividade em Ortodontia (Aparelhos) Master em Dental Science (Áustria) Investigadora Cientifica - Kanagawa Dental School – Japão Investigadora no Centro de Medicina Forense (Portugal)

Especialistas pela Ordem dos Médicos e pelo Hospital de Santa Marta Assistentes de Cardiologia no Hospital de Beja Consultas em Beja Policlínica de S. Paulo Rua Cidade de S. Paulo, 29 Marcações: telef. 284328023 - BEJA

FERNANDA FAUSTINO

Vários Acordos

Fisioterapia

(Diplomada pela Escola Superior de Medicina Dentária de Lisboa)

FAUSTO BARATA

ALI IBRAHIM Ginecologia Obstetrícia Assistente Hospitalar

Rua General Morais Sarmento. nº 18, r/chão Telef. 284326841 7800-064 BEJA

JOSÉ BELARMINO, LDA. Rua Bernardo Santareno, nº 10 Telef. 284326965 BEJA

DR. JOSÉ BELARMINO Clínica Geral e Medicina Familiar (Fac. C.M. Lisboa) Implantologia Oral e Prótese sobre Implantes (Universidade de San Pablo-Céu, Madrid)

Acordos com A.D.S.E., CGD, Medis, Advance Care, Multicare, Allianze, Seguros/Acidentes de trabalho, A.D.M., S.A.M.S. Marcações pelo 284322446; Fax 284326341 R. 25 de Abril, 11 cave esq. – 7800 BEJA

Psiquiatria

Psiquiatra no Hospital

Estomatologista (OM) Ortodontia

de Beja

CLÍNICA MÉDICA ISABEL REINA, LDA.

CONSULTAS 2ªs, 3ªs e 5ªs feiras

Estomatologia

Consultas às 6ªs feiras a partir das 8:30 horas na Policlínica de S. Paulo Rua Cidade S. Paulo, 29 Marcações pelo tel. 284328023 BEJA Urologia

Marcações de 2.ª a 6.ª feira a partir das 14 horas Rua Capitão João Francisco de Sousa, n.º 20 7800-451 BEJA Tel. 284324690

DR. MAURO FREITAS VALE

Consultas em Beja CLINIBEJA – 2.ª a 6.ª feira Rua António Sardinha, 25, r/c esq.

Prótese/Ortodontia

MÉDICO DENTISTA

Marcações pelo telefone 284321693 ou no local Rua António Sardinha, 3 1º G 7800 BEJA

Médico Especialista pela Ordem dos Médicos e Ministério da Saúde Generalista CONSULTAS DE OBESIDADE

Rua Capitão João Francisco de Sousa, 56-A – Sala 8 Marcações pelo tm. 919788155

Dermatologia

MÉDICA DERMATOLOGISTA Consultas às 4ª feiras tarde e sábado MARCAÇÃO DE CONSULTAS: Diariamente, dias úteis: Tel: 218481447 Lisboa 4ª feiras: 14h30 – 19h Tel: 284329134 Beja

e.mail:

CÉLIA CAVACO Oftalmologista pelo Instituto Dr. Gama Pinto – Lisboa Assistente graduada do serviço de oftalmologia do Hospital José Joaquim Fernandes – Beja Marcações de consultas de 2ª a 6ª feira, entre as 15 e as 18 horas Rua Dr. Aresta Branco, nº 47 7800-310 BEJA Tel. 284326728 Tm. 969320100

Urgências Prótese fixa e removível Estética dentária Cirurgia oral /Implantologia Aparelhos fixos e removíveis Consultas :de segunda a sexta-feira, das 9 e 30 às 19 horas Rua de Mértola, nº 43 – 1º esq. Tel. 284 321 304 Tm. 925651190

7800-475 BEJA

MÉDICO UROLOGISTA RINS E VIAS URINÁRIAS

Terapeuta da Fala VERA LÚCIA BAIÃO

Tm. 962557043

DR. A. FIGUEIREDO

TERESA ESTANISLAU CORREIA

Clinipax Rua Zeca Afonso, nº 6-1º B – BEJA

VÁRIOS ACORDOS

FRANCISCO FINO CORREIA

Cirurgia Maxilo-facial

Marcações a partir das 14 horas Tel. 284322503

Dr. José Loff

DR. JAIME LENCASTRE

GASPAR CANO

Oftalmologia

Obesidade

LUZ

Consultas de 2ª a 6ª Acordos com: ACS, CTT, EDP, CGD, SAMS. Marcações pelo telef. 284325059 Rua do Canal, nº 4 7800 BEJA

PARADELA OLIVEIRA

Rua Zeca Afonso, nº 16 F Tel. 284325833

25r/c dtº Beja

Especialista pela Ordem dos Médicos Chefe de Serviço de Oftalmologia do Hospital de Beja

Clínica dentária

284323028 Rua António Sardinha,

Terapia da Fala

Fisiatria Dr. Carlos Machado Drª Ana Teresa Gaspar Psicologia Educacional Drª Elsa Silvestre Psicologia Clínica Drª M. Carmo Gonçalves Tratamentos de Fisioterapia Classes de Mobilidade Classes para Incontinência Urinária Reeducação do Pavimento Pélvico Reabilitação Pós Mastectomia Hidroterapia/Classes no meio aquático

CLÍNICA MÉDICA DENTÁRIA

Consultas segundas, Marcações pelo tel.

DOENÇAS DO SISTEMA NERVOSO

Médico oftalmologista

MÉDICO ESPECIALISTA EM CLÍNICA GERAL/ MEDICINA FAMILIAR

Centro de Fisioterapia S. João Batista

Obstetrícia, Ginecologia, Ecografia

quartas, quintas e sextas

JOÃO HROTKO

Fisioterapia

EM BERINGEL Telef 284998261 6ª e sábado das 14 às 20 horas

Assistente graduado de Ginecologia e Obstetrícia

Oftalmologia

HELIODORO SANGUESSUGA

Clínica Geral

Técnica de Prótese Dentária

Ginecologia/Obstetrícia

CONSULTAS às 3ªs e 4ªs feiras, a partir das 15 horas MARCAÇÕES pelos telfs.284322387/919911232 Rua Tenente Valadim, 44 7800-073 BEJA

Rua Manuel Antó António de Brito n.º n.º 6 – 1.º 1.º frente. 78007800-522 Beja tel. 284 328 100 / fax. 284 328 106

CONSULTAS EM BEJA 2ª, 4ª e 5ª feira das 14 às 20 horas

Cardiologistas

Neurologia

clinidermatecorreia@ gmail.com Rua Manuel António de Brito nº 4 1ºFte

Cirurgia Vascular

HELENA MANSO CIRURGIA VASCULAR TRATAMENTO DE VARIZES Convenções com PT-ACS CONSULTÓRIOS: Beja Praça António Raposo Tavares, 12, 7800-426 BEJA Tel. 284 313 270 Évora CDI – Praça Dr. Rosado da Fonseca, 8, Urb. Horta dos Telhais, 7000 Évora Tel. 266749740

7800- 544 - BEJA

(Edifício do Instituto do Coração, frente ao Continente)

Urologia

AURÉLIO SILVA UROLOGISTA

Hospital de Beja Doenças de Rins e Vias Urinárias Consultas às 6ªs feiras na Policlínica de S. Paulo Rua Cidade S. Paulo, 29 Marcações pelo telef. 284328023

BEJA Otorrinolaringologia ▼ Medicina dentária

DR. J. S. GALHOZ Ouvidos,Nariz, Garganta Exames da audição Consultas a partir das 14 horas Praça Diogo Fernandes, 23 - 1º F (Jardim do Bacalhau) Telef. 284322527 BEJA

Luís Payne Pereira Médico Dentista Consultas em Beja Clínica do Jardim Praça Diogo Fernandes, nº11 – 2º Tel. 284329975


saúde

Dra. Heloísa Alves Proença - Ortodontia/Aparelhos Médica Dentista / Directora Clínica Mestrado pela Universidade Krems - Áustria Investigadora Cientifica na Kanagawa Dental School,Japão

Dr. Ricardo Gomes - Ortodontia - Médico Dentista Dra. Vanda Marcelino - Endodontia/Medicina Dentária Geral - Médica Dentista

Dra. Carla Iwata - Endodontia/Medicina Dentária Geral Médica Dentista

Dra. Rita Macedo - Odontopediatria/Crianças Médica Dentista

Dr. João Rua - Oclusão/ATM/Dores de Cabeça/ Reabilitação Oral Médico Dentista - Prof. de Reabilitação Oral no I.S.C.S.E.M

Dr. Pedro Franco - Estética Dentária/Prótese Fixa Médico Dentista

Dr. João Veiga - Implantes/Cirurgia Oral Médico Dentista / Prof. de Cirurgia Oral no I.S.C.S.S

Dr.ª Catarina Silva - Medicina Dentária Geral - Médica Dentista Dr.ª Ana Tadeu – Medicina Dentária Geral -

Médica Dentista

Delmira Regra - Higiene Dentária/Prevenção - Higienista Oral Pedro Silva e Fernando Pereira - Prótese Dentária Removível Técnicos de Prótese Dentária

www.novaclinica.pt

Rua Manuel António Brito n.º n.º6-1.ºFRT. º6-1.ºFRT. 7800-522 780 Beja

Telefone: 284 328 100

CENTRO DE IMAGIOLOGIA DO BAIXO ALENTEJO ECOGRAFIA – Geral, Endocavitária, Osteoarticular, Ecodoppler TAC – Corpo, Neuroradiologia, Osteoarticular, Dentalscan Mamografia e Ecografia Mamária Ortopantomografia António Lopes – Aurora Alves – Helena Martelo – Montes Palma – Maria João Hrotko – Médicos Radiologistas –

Dr. Sidónio de Souza – Pneumologia/Alergologia/ Desabituação tabágica – H. Pulido Valente Dr. Fernando Pimentel – Reumatologia – Medicina Desportiva – Instituto Português de Reumatologia de Lisboa Dr.ª Verónica Túbal – Nutricionismo – H. de Beja Dr.ª Sandra Martins – Terapia da Fala – H. de Beja Dr. Francisco Barrocas – Psicologia Clínica/Terapia Familiar – Centro Hospitalar do Baixo Alentejo. Dr. Rogério Guerreiro – Medicina preventiva – Tratamento inovador para deixar de fumar Dr. Gaspar Cano – Clínica Geral/ Medicina Familiar Dr.ª Nídia Amorim – Psicomotricidade/Educação Especial e Reabilitação Dr. Sérgio Barroso – Especialista em Oncologia – H. de Beja Drª Margarida Loureiro – Endocrinologia/Diabetes/ Obesidade – Instituto Português de Oncologia de Lisboa Dr. Francisco Fino Correia – Urologia – Rins e Vias Urinárias – H. Beja Dr. Daniel Barrocas – Psiquiatria – Hospital de Évora Dr.ª Lucília Bravo – Psiquiatria H.Beja , Centro Hospitalar de Lisboa (H.Júlio de Matos). Dr. Carlos Monteverde – Medicina Interna, doenças de estômago, fígado, rins, endoscopia digestiva. Dr.ª Ana Cristina Duarte – Pneumologia/ Alergologia Respiratória/Apneia do Sono Dr.ª Isabel Santos – Psiquiatria de Infância e Adolescência/Terapeuta familiar – Centro Hospitalar do Baixo Alentejo Dr.ª Paula Rodrigues – Psicologia Clínica – Hospital de Beja Dr.ª Luísa Guerreiro – Ginecologia/Obstetrícia Dr. Luís Mestre – Senologia (doenças da mama) – Hospital da Cuf – Infante Santo Dr. Jorge Araújo – Ecografias Obstétricas Dr.ª Ana Montalvão – Hematologia Clínica /Doenças do Sangue – Hospital de Beja Dr.ª Ana Cristina Charraz – Psicologia Clínica – Hospital de Beja Dr. Diogo Matos – Dermatologia – Hospital Garcia da Orta. Dr.ª Madalena Espinho – Psicologia da Educação/ Orientação Vocacional Dr.ª Ana Margarida Soares – Terapia da Fala Dr.ª Maria João Dores – Psicomotricidade/Educação Especial e Reabilitação Dr.ª Joana Leal – Medicina Tradicional Chinesa/ Acupunctura e Tuina. Enfermeira Maria José Espanhol – Enfermeira especialista em saúde materna/Cuidados de enfermagem na clínica e ao domicílio/Preparação pré e pós parto/amamentação e cuidados ao recémnascido/Imagem corporal da mãe – H. de Beja Marcações diárias pelos tels. 284 322 503 Tm. 91 7716528 | Tm. 916203481 Rua Zeca Afonso, nº 6, 1º B, 7800-522 Beja Clinipaxmail@gmail.com www.clinipax.pt

Convenções:

ULSBA (SNS) ADSE, ACS-PT, SAD-GNR, CGD, MEDIS, SSMJ, SAD-PSP, SAMS, SAMS QUADROS, ADMS, MULTICARE, ADVANCE CARE Horário: de 2ª a 6ª feira, das 8 às 19 horas e aos sábados, das 8 às 13 horas Av. Fialho de Almeida, nº 2 7800 BEJA

Telef. 284318490 Tms. 960284030 ou 915529387

Clínica Médico-Dentária de S. FRANCISCO, LDA. Gerência de Fernanda Faustino Acordos: SAMS, ADMG, PSP, A.D.M.E., Portugal Telecom e Advancecare

Rua General Morais Sarmento, nº 18, r/chão; TEL. 284327260 7800-064 BEJA

23 Diário do Alentejo 23 agosto 2013


necrologia

24 Diário do Alentejo 23 agosto 2013

Serpa AGRADECIMENTO

PEDRÓGÃO

BEJA

BEJA

✝ Os pais, irmão, irmãs, cunhados, sobrinhos e sobrinhas cumprem o doloroso dever de participar o falecimento do seu ente querido sr. André Manuel Fortunato Medeiro, de 28 anos, cujo funeral se realizou no passado dia 10 †. Faleceu o Exmo. Senhor ANTÓNIO FRANCISCO PALMA PÓLVORA, de 81 anos, natural de Pedrógão - Vidigueira, viúvo. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 15, da Casa Mortuária de Pedrógão, para o cemitério local. PENEDO GORDO-BEJA

†. Faleceu a Exma. Senhora D. HELENA DA CONCEIÇÃO FERNANDES PALMA, de 86 anos, natural de Vilar Seco de Lomba - Vinhais, viúva. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 16, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade. BEJA

†. Faleceu a Exma. Senhora D. MARIA AMÁLIA DAS DORES ALMEIDA GONÇALVES MADEIRA, de 71 anos, natural de Salvador - Beja, casada com o Exmo. Sr. José Gonçalves Madeira. O funeral a cargo desta Agência, realizouse no passado dia 16, da Igreja Paroquial do Carmo, para o cemitério de Beja. TRINDADE

de agosto da Casa Mortuária de Corte do Pinto para o cemitério local. A família enlutada agradece a todos os que o acompanharam à sua última morada ou que de alguma forma expressaram o seu pesar. Bem Hajam.

Salvada MISSA

†. Faleceu a Exma. Senhora D. ANTÓNIA GUERREIRO, de 88 anos, natural de Ourique. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 17, da Casa Mortuária de Penedo Gordo, para o cemitério de Beja.

†. Faleceu a Exma. Senhora D. MARIA CUSTÓDIA DO CARMO, de 89 anos, natural de Albernoa – Beja, solteira. O funeral a cargo desta Agência, realizouse no passado dia 18, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.

†. Faleceu a Exma. Senhora D. ALBINA MOISÃO GÓIS VAZ FIGUEIRA de 72 anos, natural de Santa Maria da Feira Beja, viúva. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 18, da Casa Mortuária da Trindade, para o cemitério local.

Custódia Menezes Palma Lima Ganhão

BEJA

†. Faleceu o Exmo. Senhor ELISEU ABRANTES CARDOSO, de 79 anos, natural de Linhares da Beira – Celorico da Beira, casado com a Exma. Sra. D. Adelina Santos Almeida. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 22 da Igreja Paroquial do Carmo, para o cemitério de Beja.

MISSA DO 1.º MÊS

Ângelo Cabral Flecha Rodrigues A sua mulher, filhas, genro e netos vêm por este meio agradecer a todos os que pessoalmente, ou por outros meios, manifestaram a sua solidariedade e pesar. Aproveitam para participar que no próximo dia 26, segunda-feira, será celebrada missa do 1.º mês, pelas 18 e 30 horas, na Igreja do Carmo, em Beja, pelo seu eterno descanso.

Vidigueira PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO

1.º Ano de Eterna Saudade

António Manuel Cigarro da Silva

Sua filha, esposo, genro e netas participam a todas as pessoas de suas relações e amizade que será celebrada missa pelo eterno descanso da sua ente querida e de seu filho José Ganhão, no dia 29/08/2013, quinta-feira, pelas 18 e 30 horas, na igreja do Carmo, em Beja, agradecendo desde já a todos os que nela participarem.

Esposa, filhas, genro, neto e restante família cumprem o doloroso dever de participar o falecimento do seu ente querido ocorrido no dia 18/08/2013, e, na impossibilidade de o fazerem pessoalmente, vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que o acompanharam à sua última morada ou que de outra forma manifestaram o seu pesar.

Faleceu em 18/08/2013


institucional diversos

25 Diário do Alentejo 23 agosto 2013

ASSINATURA Praceta Rainha D. Leonor, Nº 1 – Apartado 70 - 7801-953 BEJA • Tel 284 310 164 • E-mail publicidade@diariodoalentejo.pt Redacção: Tel 284 310 165 • E-mail jornal@diariodoalentejo.pt Desejo assinar o Diário do Alentejo, com início em _______________, na modalidade que abaixo assinalo: Assinatura Anual (52 edições):

País: 28,62 €

Estrangeiro: 30,32 €

Assinatura Semestral (26 edições):

País: 19,08 €

Estrangeiro: 20,21 €

Envio Cheque/Vale Nº___________________ do Banco _____________________________________ Efectuei Transferência Bancária para o NIB 0010 00001832 8230002 78 no dia ___________________ Nome _______________________________________________________________________________ Morada ______________________________________________________________________________ Localidade ___________________________________________________________________________ Código Postal ________________________________________________________________________ Nº Contribuinte ________________________Telefone / Telemóvel ______________________________ Data de Nascimento __________________________________ Profissão _________________________

*A assinatura será renovada automaticamente, salvo vontade expressa em contrário* Cheques ou Vales Postais deverão ser emitidos a:

AMBAAL – Associação de Municípios do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral

VENDE-SE CITROEN 2CV

CAVALHEIRO

ARRENDA-SE

Homem humilde,

BEJA

Veículo só com um

simpático, apresen-

Casa térrea com 5

dono. Ano 1988 com

tável, situação finan-

75 000 kms. Tem

ceira estável, deseja

inspecção e segu-

conhecer mulher

ro. Durante muitos

livre, dos 33 aos 43

anos esteve na ga-

anos, para amizade

ragem.

ou algo mais.

Contactar

Envie SMS

tm. 967237139

965159706

assoalhadas, cozinha, casa de banho e quintal. Sem mobília. Contactar tel. 284325301 ou tm. 969468252

BEJA Vende-se T2 bem

SERPA Vende-se loja, 40 m2, em centro comercial, loja n.º 2. Contactar tms. 939458038 ou 938356566

localizado. Área 90 m2. 85 000,00€. Contactar tm. 968462460


Baixo Alentejo está a reciclar cada vez mais

Diário do Alentejo 23 agosto 2013

26

A Resialentejo encaminhou para reciclagem no primeiro semestre do ano 1 598 toneladas de resíduos. De acordo com os dados revelados pela empresa, verificou-se um aumento de 15,6 toneladas face a igual período do ano passado. As embalagens de papel/cartão foram os resíduos com mais expressão, totalizando as 742,6 toneladas. Os resíduos de equipamentos elétricos e eletrónicos seguiram a mesma tendência, sendo que no

primeiro semestre foram recebidas pela Resialentejo menos 2,2 toneladas do que nos primeiros seis meses do ano passado, o que representa uma descida de 11,7 por cento. A reciclagem de pneus usados aumentou no mesmo período 26,2 por cento. Entre janeiro e junho, comparativamente com o mesmo período do ano anterior, os municípios depositaram menos 1 215 toneladas de resíduos em aterro.

Empresas Vinhos da região no Brasil Vinhos de 16 produtores do Alentejo vão estar em prova, nos dias 3 e 5 de setembro, no Brasil, nomeadamente nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro. A iniciativa, que surge no plano de promoção externa que a Comissão Vitivinícola Regional Alentejana tem vindo a promover nos últimos anos, adianta que “esta região possui 22 mil hectares de vinha e exporta, neste momento, para vários pontos do mundo”.

Segundo dados do o relatório de um m gr grup upo de de trab tr trab abaallh abal ho o da Assse sem emb mble l iaa da R da Rep e ú ep úb blliiccaa, o neegóci bli gó óc o dee ccom d om o mprra e ve venda d dee ou o urro o con onti tinu nua a cre creessc cr sce ce r em P em Por o tuga tu uggaal e, e, no prim pr imeeiiro ro ttrri rim meest strree des estee ano, an o, aab brirram, br brir am m, em m méd édia dia iaa,, duas du as nov as ovass loj ovas ojas as por or diaa.

15 novos espaços em Moura O edifício dos Quartéis em Moura, cujas obras de requalificação estão a chegar ao fim, vai receber 15 espaços comerciais, 12 para coletividades e dois para cafés e esplanadas. Esta medida, deliberada por unanimidade em reunião de câmara, pretende apoiar o comércio, o turismo e o movimento associativo. Dinamizar toda a zona dos Quartéis e os seus espaços envolventes para usufruto da população e dos visitantes é outro objetivo desta medida.

Novo espaço permite comprar ouro e prata em segunda mão

Ourivesaria Criações Preciosas abre em Beja É já no próximo dia 2 de setembro que Beja contará com um novo espaço comercial. Ourivesaria Criações Preciosas parece assentar num conceito diferente das demais ourivesarias existentes na cidade, oferecendo ao cliente a possibilidade de comprar ouro e prata em segunda mão ou até mesmo de proceder à troca de pertences desta natureza. Publireportagem Sandra Sanches

C

om a crise a deixar muitas pessoas e famílias em dificuldades, tornou-se mais forte a atividade ligada ao ouro, seja compra e venda ou até mesmo penhores. Um metal que tem vindo a ser visto como um valor de refúgio seguro para muitos, parece não esgotar-se tão facilmente. Leonor Palma, proprietária há cinco anos do espaço Pax Penhor em Beja, uma loja de compra e penhores na cidade de Beja, gere atualmente mais de uma dezena de lojas espalhadas por todo o Alentejo, na sua grande maioria Alto Alentejo. Agora chegou a vez de Beja contar com Criações Preciosas, uma ourivesaria onde o cliente pode encontrar artigos de ouro e prata em segunda mão. As mesmas são provenientes de leilões, peças próprias ou de segunda mão, que, segundo a proprietária,

“são diferentes e com uma linha de design moderna”. A praticar preços que considera “acessíveis para todas as bolsas”, fará semanalmente uma “espécie de leilões”, de forma a que o cliente encontre ainda a peça a um valor mais acessível. A ideia desta ourivesaria em segunda mão, que surge no seio desta crise, vem combater precisamente a crise nos bolsos de muitas pessoas e Leonor Palma adianta: “Beja já merecia algo assim”. Porque todos os dias, garante, “vende ouro na sua anterior loja”, está certa de que na ourivesaria as coisas irão correr bem. Garante que “vende mais barato que na maioria das ourivesarias, pois a sua estratégia não assenta num negócio para enriquecer”, mas sim para “combater uma crise que parece estar para ficar”. Adianta que são “negócios de risco”, pois, pela experiência que tem no setor, sabe que em apenas um dia pode perder “10 mil euros”, devido às oscilações da cotação do ouro na bolsa. Questionada quanto ao facto de conseguir vender mais barato, diz que prefere baixar a margem de lucro e deixar o cliente satisfeito, ao invés do mesmo pagar o luxo do artigo. Há cinco anos neste setor de trabalho, a empresária conta que pretende, com este novo espaço, ser uma espécie de “ajudante” ao cliente que por ali passa. Vários artigos de ouro e prata

poderão ser comprados, vendidos ou trocados, como anéis, pulseiras, brincos, fios, loiças, molduras, barras de ouro, moedas e libras, entre muitos outros. O cliente é ainda convidado a visualizar peças de acessórios totalmente reaproveitadas. A prata, muita das vezes partida ou sem utilidade, é totalmente reaproveitada e dá origem a lindíssimas peças que vão ao encontro de todos os gostos e a preços outrora inimagináveis. O facto de existirem muitas outras ourivesarias na cidade parece não ser fator ameaçador para esta empresária que, entre risos, diz “ser melhor para a concorrência”. Gera emprego a 16 pessoas, prevendo, a médio prazo, a abertura de mais três ourivesarias. A crise parece não ter batido à porta desta empresária que refere: “Não tenho muito que me queixar, pois todos os dias tenho clientes novos”. Um espaço que não ultrapassa mais que os 40 metros quadrados, ronda um investimento na ordem dos 30 mil euros, e oferece a possibilidade ao cliente de pagar faseadamente os seus artigos, seja por semana, seja por mês. Para Leonor Palma, “o ouro é um bem precioso que sempre se comprou”, mas o mesmo também se “esquece”, e por isso decidiu abrir portas a um espaço que oferece um serviço diferente, adaptado à conjuntura em que vivemos.

Universidade de Évora premeia A Escola de Ciências Sociais da Universidade de Évora vai distinguir a empresa e instituição do terceiro setor que tenham revelado nas suas atividades no Alentejo uma atitude socialmente responsável. A distinção foi criada no âmbito do Curso Internacional de Verão 2013 (CIV 2013) e as empresas e instituições interessadas podem candidatar-se até 2 de setembro, desde que tenham sede ou desenvolvam atividade na região. O objetivo, segundo a universidade, passa por “reconhecer empresas e instituições do terceiro setor que nos seus relacionamentos com todas as partes interessadas tenham revelado, de uma forma consistente e duradoura, uma conduta/atitude socialmente responsável”.

Lidl celebra maioridade O Lidl assinala o 18.º aniversário em Portugal com uma mega-campanha de agradecimento pela confiança dos portugueses, e, como é tradição numa festa de aniversário, o Lidl vai oferecer presentes aos clientes, como forma de agradecer a confiança dos mesmos durante estes 18 anos. Amanhã, dia 24, as lojas Lidl vão oferecer um gelado a todos os clientes que fizerem compras neste dia, bastando para tal apresentarem o talão de compras. De 29 de agosto a 8 de setembro decorre o passatempo denominado “megatalão”, que vai oferecer mais de 900 prémios. Para se habilitarem a ganhar um dos magníficos prémios, os clientes deverão guardar o talão das compras feitas entre a respetiva data, sendo que quantos mais talões tiverem, mais hipóteses terão de ganhar. O sorteio final ditará a sorte dos premiados a quem serão entregues fantásticos prémios, entre os quais um BMW e um Mini Cooper One.


27

Com o intuito de fomentar o interesse pelo livro e pela leitura e, simultaneamente, desenvolver a criatividade e ocupar de forma lúdica e interativa os tempos livres das crianças de Santa Bárbara de Padrões, a Biblioteca Municipal Manuel da Fonseca promove até ao dia 12 de setembro, no ponto de empréstimo da aldeia, um programa de atividades na área da expressão plástica. Há ainda atividades de culinária, jogos tradicionais, horas de conto e cinema.

Diário do Alentejo 23 agosto 2013

Atividades à solta em Santa Bárbara de Padrões

Pela tua mão Decidimos esta semana substituir o “Páginas tantas” pelo texto de um dos nossos leitores. Esperamos que gostes e sigas o exemplo.

Pais Os Mínimos são as criatu-

ras mais simpáticas dos últimos filmes e a criançada adora-os, por isso deixamos aqui uma ideia para uns queques bem divertidos.

À solta

Sempre que os pais vão às compras há uma infinidade de embalagens de cartão que acabam quase sempre no caixote do lixo, mas nós desafiamos-te a transformá-las em arte e já agora envia uma foto com o teu nome e idade para podermos publicar.

Dica da semana Noga Ravin é uma jovem designer que viveu quase sempre em Telavive, Israel, mas mudou recentemente para a Polónia e confessa-se entusiasmada por ir absorver uma nova cultura, que trará, de certeza, novas inspirações para o seu trabalho. Noga estudou joalharia e design de moda, mas 10 meses depois de ter concluído o seu curso percebeu que a paixão pelos bonecos e brinquedos era maior. Hoje são o seu principal trabalho. Cheios de criatividade e humor, o que só é possível pelo amor que sente por estes. http://nogaravin.com

Era uma vez um alfaiate que estava a coser umas vestes quando sete moscas apareceram. Ele pegou num bocado de tecido e matou todas de uma vez. Tão feliz pelo sucedido decidiu bordar uma faixa a dizer “Matei sete de uma vez”, mas nesse preciso momento passou um gigante por ele, e olhando para o homem pensou “que homem corajoso, que matou sete guerreiros de uma só vez”, pensando que era de homens em vez de moscas. O gigante desfiou-o a passar três testes, e o pequeno alfaiate conseguiu passá-los. Os gigantes tinham tanto medo dele que decidiram fugir enquanto ele dormia, só que nesse momento ele acordou e foi vê-los a “fugir a sete pés”. Um dia um rei viu a faixa que o alfaiate tinha bordado e pensando tratar-se de um homem muito corajoso prometeu-lhe metade do seu reino e a mão da princesa, caso ele conseguisse matar dois gigantes, capturar um licórnio e um javali. O alfaiate conseguiu essas três proezas, mas todas as noites mostrava ser apenas um simples alfaiate. A princesa percebeu isso e mandou matá-lo. Quando estavam a postos, o alfaiate gritou bem alto: “Eu sou o que matou dois gigantes, capturei um licórnio e um javali e não tenho medo de quem está atrás da minha porta.” O resultado é que eles também fugiram. Esta é uma das histórias que faz parte do livro Contos de Grimm. MRF, 9 anos


PUB

Diário do Alentejo 23 agosto 2013

28

Boa vida Comer Salada de alfaces com manga e requeijão Ingredientes para 4 pessoas: 1 alface normal, 1 embalagem de alfaces variadas, 2 mangas, 1 maçã, 8 colheres de sopa com azeite, 2 colheres de sopa com vinagre, q.b. de sal fino, q.b. de pimenta moída, 1 molho pequeno de coentros ou outra erva aromática a seu gosto, 400 gr. de requeijão, Confecção: Lave as folhas de alface e corte as folhas em pedaços para um recipiente, e misture a embalagem de alfaces variadas. Descasque as mangas e corte em fatias (reserve). Descasque a maça e corte em cubos (reserve). Corte o requeijão em tiras (reserve). Para fazer o vinagrete, numa tigela coloque vinagre, sal fino e misture com as varas de arame até o sal estar dissolvido. De seguida junte o azeite, pimenta e os coentros picados e mexa tudo novamente com as varas. Numa travessa coloque as alfaces no fundo, as fatias de manga por cima, depois a maça e as tiras de requeijão de forma harmoniosa. Regue tudo com o vinagrete. Bom apetite…

Letras O mundo na escuridão

A

ação deste thriller inicia-se em Paris, ainda antes da ocupação. Jean Casson é produtor de cinema, vive confortável e desprendidamente – tem uma ex-mulher cuja casa (a sua antiga casa) continua a frequentar e muitas amantes a quem não se liga emocionalmente. Quando a França é invadida pelos alemães, Casson perde o negócio, o carro de luxo, mas retoma a consciência. Pequenas escolhas, atos de resistência, vão fazer com que se envolva, inesperadamente, numa trama de espionagem e contraespionagem sob um fundo, o do colaboracionismo e da resistência franceses, em que muitos perdem tudo enquanto outros enriquecem. Nada de novo, portanto. É o modo, simples e com uma certa elegância, com que Furst vai tecendo a intriga que impôs esta obra, publicada originalmente em 1996. De resto, as referências culturais – cinematográficas, culturais, etc. – são usadas quase no limitar do óbvio, a convocar as dos leitores e a gerar um entendimento básico. Não se espere uma intriga urdida em função de uma ação trepidante, de enorme suspense. Furst optou antes por manter-nos a par da evolução psicológica de Casson que é um burguês simpático, sem qualidades de um herói de Guerra e que, não sendo um monsieur tout le monde, não é também um homem com qualidades que o destaquem. O retrato que é feito dele como sedutor latino raia o caricatural bem como a sua descoberta, súbita, de que também tem um coração que palpita de amor por uma antiga amante. Um bom thriller para a época, estival, não obstante e que compõe uma reconstituição bem feita de Paris – a Paris burguesa – ocupada. Maria do Carmo Piçarra

António Nobre Chefe executivo de cozinha – Hotéis M’AR De AR, Évora

Alan Furst D. Quixote 320 págs. 17,90 euros


29 Diário do Alentejo 23 agosto 2013

PUB

Filatelia A invasão de Goa, Damão e Diu (IV) As tentativas de fuga

N

as obras que temos referido em pé de página, vemos referência a três tentativas de fuga. A primeira (31/12) aconteceu no campo de detenção “C” Charlie Paw Compª, em Alparqueiros. Três sargentos apropriaram-se de uma viatura e tentaram a sua fuga(1). Descobertos, ainda dentro do campo, as forças indianas fizeram fogo para os pneus, e a viatura virou-se. Mal começou, terminou esta aventura. A segunda (16 de janeiro) foi bem mais espetacular que a anterior. Aconteceu também em Alparqueiros. Foram protagonistas onze militares um dos quais era o alferes miliciano, Luciano Aresta Branco, jovem advogado natural de Beja. Tentaram a fuga no navio mineraleiro “Stella del Mar”, que carregava no porto de Mormugão e tinha como destino Trieste, no mar Adriático. Denunciados pelo comandante, a polícia indiana prendeu-os ainda dentro do navio. A fuga tinha durado dezasseis horas(2). Após uns dias de interrogatório, foi aberto o campo de detenção de Aguada, para onde foram transferidos. A terceira tentativa (19 de março) teve lugar no Alfa Detenu’s Camp e teve como protagonistas três soldados, que fugiram na camioneta de recolha do lixo. Denunciados, um dos fugitivos conseguiu misturar-se com os companheiros do campo que acorreram ao local, e sair incólume do castigo. Tal como na primeira tentativa de fuga, também esta, terminou logo no seu início(3). Pelas consequências trágicas que esta falhada fuga podia ter trazido a todos os prisioneiros, o dia 19 de março ainda hoje é recordado pelos ex-prisioneiros, pois é a data que escolheram para o seu encontro/convívio anual. O Correio – Cruz Vermelha Internacional (CVI)

A Convenção (III) de Genebra Relativa ao Tratamento dos Prisioneiros de Guerra de 12 de Agosto de 1949, entrou em vigor na ordem internacional em 21 de outubro de 1950. Ela foi publicada no Decreto-Lei n.º 42 991, de 26 de maio de 1960 e entrou em vigor na ordem jurídica portuguesa em 14 de setembro de 1961, três meses antes da invasão. O documento foi assinado, por parte de

Portugal, por G. Caldeira Coelho e da parte da União Indiana, por D. B. Desai. Nos seus artigos n.ºs 69 a 77 regulamenta-se a correspondência dos militares aprisionados e internados em campos de detenção quer sejam provisórios, quer definitivos. O artigo 70.º diz-nos que cada prisioneiro de guerra deverá estar em condições, imediatamente depois da sua captura ou o mais tardar uma semana depois da sua chegada ao campo, mesmo que este seja de trânsito, (…) de dirigir diretamente a sua família, (…) um bilhete (…) informando-os do seu cativeiro, da sua direção e do seu estado de saúde. Reza ainda que os referidos bilhetes serão transmitidos com toda a rapidez possível e não poderão ser demorados por qualquer razão. Entre outros aspetos, o artigo 71.º determina que se as autoridades do campo considerarem necessário limitar a correspondência, deverá autorizar a cada prisioneiro, pelo menos, o envio de duas cartas e quatro bilhetes por mês. As limitações apenas poderão existir se houver dificuldades no recrutamento de um número suficiente de tradutores idóneos para efetuar a censura necessária. Os representantes dos diversos países presentes na convenção, aprovaram o modelo de um postal e uma carta de correspondência, a serem usados pelos prisioneiros nos campos de internamento, logo após a sua detenção. Constam do anexo do Decreto-Lei acima referido. Criaram, ainda, um outro modelo para o pessoal civil. O postal tinha as dimensões de 15 x 10 cm e as da carta de correspondência, quando desdobrada, era de 29 x 15 cm e podia conter cerca de 250 palavras. Para melhor facilidade de escrita, o verso destes dois suportes de correspondência eram pautados A ilustração: postal e carta de correspondência reproduzidos no anexo do Decreto-Lei n.º 42 991, de 26 de maio de 1960 1) O Fim dos Séculos, Goa, Damão, Diu, pág. 355 2) Ibidem, pág. 389 3) A Queda da Índia Portuguesa, pág. 310

Geada de Sousa


30 Diário do Alentejo 23 agosto 2013

Semana Cultural da Salvada arranca amanhã

Salvada, no concelho de Beja, recebe a partir de amanhã, sábado, numa organização da junta de freguesia local, mais uma edição da Semana Cultural. Prolongando-se até ao dia 31, o evento reserva para este fim de semana um encontro de grupos corais na praça 5 de Outubro, com desfile pelas 18 horas e atuação pelas 19 e 30 horas, e música popular a cargo do grupo Cantadores do Sul, às 22 e 30 horas.

Fim de semana Em Grândola até ao dia 26

Richie Campbell, Gabriel o Pensador e Xutos & Pontapés animam feira anual

DR

R

ichie Campbell, Gabriel o Pensador e os Xutos & Pontapés são as “estrelas” do cartaz musical deste ano da Feira de Agosto, Turismo e Ambiente, em Grândola, que abriu portas na quarta-feira, 21, e que se prolongará até segunda-feira, 26. Hoje, sexta-feira, subirá ao palco principal Richie Campbell, considerado “o maior nome internacional do reggae e soul made in Portugal”, com a 911 BAND, prometendo um concerto “cheio de energia positiva”. No palco bar haverá rock and roll and twist com The Jukeboxers. Amanhã, sábado, também no palco principal, será a vez do rapper brasileiro Gabriel o Pensador, que levará à Vila Morena “Sem Crise”, o seu novo CD, e muitos êxitos como “Solitário Surfista/Surfista Solitário”, “2345 meia 78” ou “Loira Burra”. O palco bar, por sua vez, apresenta a banda Indie & The Jones, com covers pop rock. No domingo, 25, um festival de folclore é a proposta para o palco principal, com as atuações do Grupo Folclórico e Etnográfico da Associação Cultural Amigos de Montenegro, Rancho Folclórico de Benfica do Ribatejo, Associação do Rancho Folclórico Dançar é Viver e Rancho Folclórico 5 Estrelas de Abril. O palco bar está reservado para os Danger Line, uma banda de Grândola, que tem preparada uma setlist de clássicos rock dos anos 80 e 90, êxitos do rock contemporâneo e hard rock. Um concerto dos Xutos & Pontapés, “com os grandes êxitos que atravessam 30 anos de carreira”, encerra a edição 2013 da Feira de Agosto, Turismo e Ambiente, na noite de segunda-feira, 26. O certame, que decorre no Parque de Feiras e Exposições numa organização da Câmara Municipal de Grândola, para além de música inclui uma feira franca, zonas de expositores, de artesanato e de divertimentos, tasquinhas e produtos regionais. Os concertos do palco principal têm início pelas 22 e 15 horas e os do palco bar pela meia-noite.

No domingo, 25, a praça 5 de Outubro recebe o grupo de música tradicional portuguesa Kapatazes. De salientar, no restante programa, entre outras propostas, o concerto de Luís Represas, a 30, que será seguido da Salvada White Night, com Djane Alexa e Deejay André Cruz. Paralelemente estarão patentes exposições de escultura de Leandro Sidoncha e de artesanato da Arabe e artesãos locais.

História no espaço Arranca hoje, sexta-feira, no espaço e Artes Plásticas/Pintura produziram “As casasdo dajazz câmara de Oficinas Oficinas, em Aljustrel, o curso livre de iniciação à história doletivo jazz “Jazz de A aAs Z”. A ação, durante o ano 2012/2013. Grândola” que decorreráem até exposição 4 de maio estruturada em oito sessões, sempre sextas-feiras, é mireferidas aulas foramàsministradas “Asnistrada casas da câmara de Grândola” o nome por António Branco, édinamizador dopelos Clubeprofessores de Jazz doElsa Conservatório Regional Morgadinho, da exposição que a Câmara Municipal de pelas 21 Marco Custódio e Carlos António. do Baixo Alentejo. A primeira sessão, e 30 horas, abordará o tema “Dos campos Grândola inaugura amanhã, sábado, pelas de algodão a Nova Orleães”. 11 horas, nos antigos paços do concelho, na praça D. Jorge. “As casas da câmara de Museu de Barrancos Grândola” dá a conhecer, “através de uma assinala aniversário mostra documental e de um conjunto de peças A Câmara Municipal de Barrancos representativas da autonomia municipal inaugura amanhã, sábado, pelas do povo grandolense”, os edifícios onde, 14 horas, a exposição “Profissões desde 1544, estiveram instalados os paços do antigas – fragmentos do passado”, concelho e as cadeias. O edifício dos antigos evento que visa assinalar o sexto paços do concelho, “não sendo um edifício aniversário do Museu Municipal monumental”, salienta a autarquia, “constitui de Arqueologia e Etnografia de um dos mais antigos e emblemáticos Barrancos. As entradas são gratuitas. exemplares do património construído do concelho de Grândola, pelo seu valor histórico e patrimonial”. Este facto “justificou a Piscina de Aljustrel recebe decisão do município de procurar, pela via do diálogo e através de consenso, a devolução Noite Branca – Pool Party do edifício à população do concelho”. Após A Piscina de Aljustrel recebe hoje, sexta“um longo processo, o edifício foi finalmente -feira, a partir das 22 e 30 horas, mais devolvido ao município” no final de 2012. uma edição da Noite Branca – Pool Party. O evento, promovido pela câmara local, conta com a participação dos Dj Alunos seniores residente Rui Miguel e Dj Monchique expõem artes plásticas & Sandro Sax live act. A Noite Branca – Pool Party integra-se no programa O espaço Oficinas, em Aljustrel, recebe a Aljustrel Jovem, que funciona durante partir de hoje, sexta-feira, uma exposição todo o ano e “que permite aos jovens de pintura e azulejo da autoria dos alunos ocupar os seus tempos livres em áreas da Universidade Sénior. A abertura está agendada para as 18 horas. A mostra diversificadas, bem como beneficiar do apresenta cerca de meia centena de trabalhos Cartão Jovem Munícipe”, esclarece a em corda seca, tela e azulejo que os alunos autarquia. A edição do ano passado contou inscritos nas disciplinas de Artes Decorativas com a participação de “1 300 pessoas”.


31 Diário do Alentejo 23 agosto 2013

Mega-agrupamentos: Conselho de Educação adiado por falta de quórum, falta de material e uso indevido de telemóvel. Encerramento de camas no Hospital de Beja: Governo já veio desmentir esta medida, afirmando que as camas só foram colocadas em mobilidade especial. facebook.com/naoconfirmonemdesminto

Inquérito

Meteorologistas dizem que massa de ar africana que atingiu o Alentejo esta semana poderá ser a primavera árabe a querer passar férias em Portugal Na passada terça-feira, o Alentejo e o Algarve foram atingidos por uma massa de ar africana com origem nos desertos do Saara, Sahel e Amareleja, provocando uma subida dos termómetros e o aumento exponencial do consumo daquela cerveja com um toque de limão (sim, estamos a engraxar marcas para obter um patrocínio…). Segundo os meteorologistas, este fenómeno poderá significar que a primavera árabe está a querer sair do continente vizinho para passar férias no nosso país e, quem sabe, pedir asilo político, já que as coisas para aqueles lados estão mais agitadas do que um dérbi entre o Cabeça Gorda e o Salvada. O Governo já se veio congratular com a chegada desta massa de ar ao nosso país, defendendo que se trata de um fenómeno climatérico do terceiro mundo e, por isso mesmo, mais adequado às nossas necessidades.

Inquérito: O que achou da entrevista de Judite de Sousa a Lorenzo Carvalho?

JUDITE DE SOUSA, 52 ANOS Modelo de biquínis durante o dia e entrevistadora à noite Se decisão do Constitucional for desfavorável, Rocha e Pulido Valente admitem reformar-se e passar as férias juntos

Tribunal de Beja pede aconselhamento a crítico literário para entender lei de limitação de mandatos A confusão está instalada. Depois de, numa primeira análise, ter aceitado as candidaturas de Pulido Valente (PS) e João Rocha (CDU), o Tribunal de Beja acabou por considerar as mesmas inelegíveis. Ao que parece, esta reviravolta terá tido origem na compreensão da própria lei, a qual provou ser ambígua e levou os magistrados a pedirem a ajuda a Justino Bloom, um crítico literário conceituado: “Esta lei é um caso claro de miscigenação literária, em que o neorrealismo e a Danielle Steel se encontram. Trata-se de uma narrativa repleta de ação, suspense, fantástico e imbróglios ju-

Tubarões evitam costa alentejana pois têm medo de morder a Cristina Espírito Santo na costa No ano passado, tubarões foram avistados smo na alentejana, originando grande medo e nervosi ar que a região. Contudo, em 2013, podemos assegur que os tuacalmia tem sido a nota dominante, uma vez nos conbarões têm preferido outras paragens, como eiro de fidenciou Lucrécio, tubarão frade e marcen

rídicos sem fim à vista. Um escritor de renome poderia pegar nesta lei e transformá-la num grande êxito internacional, ou mesmo em algo melhor, como uma novela da TVI – era perfeitamente possível meter o Pedro Granger a morrer no segundo episódio e a Rita Pereira, que tem um olho virado para a Salvada e outro para a Cabeça Gorda, a fazer olhinhos para o vilão e o seu amado ao mesmo tempo”. Todavia, esta decisão ainda poderá vir a ser anulada pelos juízes do Tribunal Constitucional, que ficaram de a analisar logo que acabem mais um jogo de minesweeper e outro de copas.

aqueprofissão: “Nem pensem que me apanham para et porles lados! Sujeito a morder alguma figura do jet-s que me tuguês e a apanhar hepatite, ou outra doença s me esfaça ficar desligado da realidade... Nunca mai s mordeu queço do meu primo Alfredo, que há dois ano a decoo Cláudio Ramos no Carvalhal e decidiu começar re chocos rar interiores e a escrever colunas sociais sob em descom tinta e raias… Como deve imaginar, caiu fornece graça e agora tem um pequeno negócio em que que depetingas ao Zoomarine de Albufeira. Logo ele, tou. testa o Algarve nesta altura do ano!”, acrescen

Eu achei que posso ter ultdapassado alguns limites, mas têm que compdeended que ando muito nedvosa. Isto do divodcio está-me a deixad muito ansiosa e pdeocupada. Espedo sincedamente que o entdevistado me peddoe alguns excessos e que volte à TVI. Agoda, se não se impodtam, tenho de acabad estes 125 pastelinhos de Tentúgal e os 12 leitões da Baiddada que o pdofessod Madcelo me tdouxe…

LORENZO CARVALHO, 22 ANOS Piloto milionário que coleciona tatuagens Não entendji! Confesso que fiquei chateado e ainda pensei em comprar a Judjiti ou mesmo a TVI, mas djipois pensei que já não tenho mais sítchio na mansão ondji guardá fauta dji gosto. Por que é que ela tava tão brava comigo? Foi porrqui não convidei ela para o meu aniversário? Juditchi, é só pintar o cabelo de loiro e meter maminhas novas que para o ano qui vem eu pago a sua viagem dji avião e o seu quarrto no Hoteu Ibis, ‘tá bom?

NOÉMIA REVOLTOSA, 24 ANOS Pessoa que se enerva Eu fiquei indignadíssima! Como é possível fazer aquilo àquele pobrezinho, meu Deus! Fiquei tão chateada que decidi expressar toda a minha revolta com 15 posts no Facebook, 35 no Twitter e montagens da Judite de bikini no Instagram envolta em chamas, animais selvagens e ao pé do Fernando Seara, para ela ver o que é bom! Aproveito para mandar um beijinho ao Lorenzo e desejar-lhe tudo de bom! Oxalá ultrapasses este trauma, rapaz! Nós também temos dificuldades em chegar ao final do mês, como tu!


Nº 1635 (II Série) | 23 agosto 2013

9 771646 923008

01635

PUB

FUNDADO A 1/6/1932 POR CARLOS DAS DORES MARQUES E MANUEL ANTÓNIO ENGANA PROPRIEDADE DA AMBAAL – ASSOCIAÇÃO DE MUNICÍPIOS DO BAIXO ALENTEJO E ALENTEJO LITORAL | Presidente do Conselho Directivo José Maria Pós-de-Mina | Praceta Rainha D. Leonor, 1 – 7800-431 BEJA | Publicidade e assinaturas TEL 284 310 164 FAX 284 240 881 E-mail comercial@diariodoalentejo.pt | Direcção e redacção TEL 284 310 165 FAX 284 240 881 E-mail jornal@diariodoalentejo.pt Assinaturas País € 28,62 (anual) € 19,08 (semestral) Estrangeiro € 30,32 (anual) € 20,21 (semestral) | Director Paulo Barriga (CP2092) | Redacção Bruna Soares (CP 8083), Carla Ferreira (CP4010), Nélia Pedrosa (CP3586) Aníbal Fernandes (CP9429) | Fotografia José Ferrolho (CP4480), José Serrano (CP4400) | DA TV José Gonçalo Farinho | Cartoons e Ilustração Paulo Monteiro, Susa Monteiro Desporto Firmino Paixão | Colunistas Ana Maria Batista, António Branco, António Nobre, Carlos Lopes Pereira, Francisco Pratas, Geada de Sousa, José Saúde, Maria do Carmo Piçarra, Ricardo Cataluna, Rute Reimão, Vítor Encarnação, Vítor Moraes Besugo Bisca Lambida Luís Miguel Ricardo, João Espinho, João Machado, Sérgio Fernandes Opinião Ana Paula Figueira, Beja Santos, Bruno Ferreira, Domitília Soares, Filipe Nunes, Francisco Marques, Jaime da Silva Lopes, João Mário Caldeira, Luís Covas Lima, Manuel António do Rosário, Marcos Aguiar, Maria Graça Carvalho, Martinho Marques, Ruy Ventura, Viriato Teles | Publicidade e assinaturas Ana Neves e Dina Rato | Departamento Comercial Sandra Sanches e Edgar Gaspar | Paginação Antónia Bernardo, Aurora Correia, Cláudia Serafim | DTP/Informática Miguel Medalha | Projecto Gráfico Alémtudo, Design e Comunicação (alemtudo@sapo.pt) Depósito Legal Nº 29 738/89 | Nº de Registo do título 100 585 | ISSN 1646-9232 | Nº de Pessoa Colectiva 501 144 587 | Tiragem semanal 6000 Exemplares Impressão Empresa Gráfica Funchalense, SA | Distribuição VASP

www.diariodoalentejo.pt

nada mais havendo a acrescentar... O princípio do homem é a carne Ninguém lhe disse que uma noite o escuro do quarto começaria a arder lentamente e depois, num incontrolável incêndio de flanela e posters, iria ficar inteiro nas suas mãos. E foi ele, sozinho, com o coração a subir e a desceras escadas do peito, de olhos boquiabertos, não contendo um braço, esticando as pernas como cordas de violino, foi ele, tonto, que descobriu que das mãos inquietas daquele fogo jorra uma água densa aos gritos. Aquelas mãos que até ali existiam para dar à mãe e ao pai, para rodar piões, agarrar balões, folhear livros, atar sapatos, pentear, empurrar, puxar, aqueles dedos que seguraram a chupeta, levantaram colheres de papa, acenderam

candeeiros em noites de medo, desenrolaram rebuçados, fura bolos, mata piolhos, aquelas mãos brandas, aqueles dedos moços, são agora anjos vindos de um céu feito de carne. A respiração áspera rasga o silêncio que costuma fazer a horas mortas, o corpo toca como uma harpa, o sangue é uma cobra vermelha, os dentes são gomos de limões brancos azedos e doces, a boca sabe a filmes para adultos, os olhos penduram-se na cal das paredes, o cabelo viu lobos bons, os braços acabaram de remar o mar todo. E do teto branco da noite desce uma culpa que se cola às mãos. O princípio do homem é a carne. É ela que descasca a pele da inocência. Vítor Encarnação

quadro de honra

Sines em Jazz no fim do mês

Gonçalo Lampreia, natural de Safara (Moura), 12 anos Natural de Safara, nascido a 13 de outubro de 2000, mas a residir na cidade de Moura, Gonçalo Lampreia frequentou a Escola Primária EB1 dos Bombeiros e a Escola EB 2,3 no sistema do ensino articulado. Aluno dedicado, transitou este ano para o 8.º ano de escolaridade. Revela muito interesse pelo desporto, principalmente pela natação, modalidade em que também já foi premiado. Mas a guitarra é a sua grande paixão.

Jovem de Safara vence Concurso Nacional de Guitarra

“É claro que fico contente por ver o meu trabalho reconhecido”

G

onça lo José Isqueiro Lampreia, um jovem de 12 anos natural de Safara, venceu em junho último, na sua categoria, o 9.º Concurso Nacional 2013 de Guitarra Clássica, que decorreu em Ourém, no distrito de Santarém. O convite para participar no certame surgiu através da secção de Moura do Conservatório Regional do Baixo Alentejo, estabelecimento que frequenta há cerca de três anos e que já representou num concurso realizado na Escola Superior de Música de Almada, em que arrecadou um prémio honroso. A sua mais recente vitória, que dedica à sua família e a todos os professores e auxiliares que teve ao longo da sua “curta aprendizagem”, é fruto do resultado da sua dedicação e gosto pela guitarra, diz. PUB

Venceste recentemente o 9.º Concurso Nacional de Guitarra Clássica, que decorreu em Ourém. O que representa para ti esta distinção?

anos e aí tive que optar por um instrumento. E a guitarra foi a minha escolha. Era um gosto aprender a tocar guitarra.

O prémio que alcancei é o resultado da minha dedicação e gosto pela guitarra. É claro que fico contente por ver o meu trabalho reconhecido. Queria agradecer e dedicar este prémio à minha família e a todos os professores e auxiliares que tive ao longo da minha curta aprendizagem, nunca esquecendo o meu professor de guitarra José Bárbara.

E como surgiu o convite para participares no concurso?

Como e quando é que surgiu o interesse pela guitarra clássica?

É claro que gostava muito de continuar a aprender a tocar guitarra, mas é muito cedo ainda para decidir o que fazer no futuro em termos profissionais.

O interesse pela guitarra clássica surgiu com a minha entrada no ensino articulado. Frequento a secção de Moura do Conservatório Regional do Baixo Alentejo há três

As previsões para hoje, sexta-feira, apontam para céu limpo, com uma temperatura máxima de 31 graus. Durante o fim de semana o céu deverá manter-se limpo e as temperaturas máximas subirão ligeiramente.

¶ · ¶¶

Surgiu através da sessão de Moura do Conser vatório, porque há dois anos já tinha representado o Conservatório na Escola Superior de Música de Almada e ganhei um prémio honroso. O teu futuro em termos profissionais poderá vir a passar pela área da música? De que forma?

Nélia Pedrosa

O Centro de Artes de Sines recebe, nos dias 29, 30 e 31, mais uma edição do festival Sines em Jazz, com 10 concertos que voltam a atrair os amantes da música a esta cidade da costa alentejana, depois das aventuras do Festival Músicas do Mundo em julho. Segundo a Câmara Municipal de Sines, “com a presença de vários nomes fundamentais do jazz português das últimas décadas, além de jovens talentos do jazz nacional e convidados estrangeiros, é uma das programações mais fortes de sempre do festival”. Maria João, Carlos Martins, Kiko e Carlos Barretto, alguns dos principais nomes do jazz português, atuam na sétima edição do Sines em Jazz. De Sines chega o guitarrista Rui Vinagre e da Noruega o trio 1982, entre outros. Dez concertos de entrada gratuita. Todas as três noites de música têm início às 21 e 30 horas. Os bilhetes são gratuitos, devendo ser reservados no balcão do Centro de Artes de Sines. O Sines em Jazz é uma organização da Associação Pro Artes de Sines, em parceria com a Câmara Municipal de Sines.

Skunk Anansie no Festival do Crato O Festival do Crato, depois “do sucesso da edição de 2012”, que acolheu, segundo números da organização, “mais de 46 000 visitantes”, está de regresso ao Alto Alentejo, arrancando na próxima quarta-feira, dia 28, e prolongando-se até dia ao 31. O cartaz, que “aposta em alguns dos melhores projetos da música nacional e internacional”, integra nomes como Carlos do Carmo & Orquestra Sinfonietta de Lisboa, que celebrará os seus 50 anos de carreira com um espetáculo especial, e Os Azeitonas, considerada uma das mais populares bandas portuguesas da atualidade (dia 28); o “klezmer frenético” dos Melech Mechaya e Richie Campbell (29); os míticos GNR, acompanhados por Camané, Márcia e Mitó Mendes (A Naifa), e Aurea (30). Os Skunk Anansie, “um dos maiores nomes da pop britânica”, são os cabeças de cartaz, a que se junta os Diabo na Cruz (31). O programa reserva ainda as atuações de “relevantes projetos locais” como Spinning Parks, Ricardo Gordo, Plano B, Pedro Madeira e Filarmónica e Coro da Misericórdia do Crato. As madrugadas serão ainda animadas pelos Dj Sets de Batida, de Stereossauro (co-campeão mundial de scratch), Dj Eddie Ferrer e Sandman Dj. Durante os quatro dias de festival haverá ainda diversos momentos de animação de rua.


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.