Ediçao N.º 1604

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Isaac Alfaiate

Jorge Feio

De Moura com passaporte para Hollywood

Alvito também tem Casa do Cante

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SEXTA-FEIRA, 18 JANEIRO 2013 | Diretor: Paulo Barriga Ano LXXXI, N.o 1604 (II Série) | Preço: € 0,90

Mário Simões defende uma região administrativa coincidente com a Diocese de Beja

PSD quer ganhar Beja com a candidatura de Sebastião JOSÉ SERRANO

Entrevista nas págs. 6/7

Almodôvar, Barrancos e Ourique pagam por cada bebé nascido pág. 9

Hospital de Serpa fica sem urgências a partir de fevereiro pág. 8

Ferreira convence companhia de Cabo Verde a voar para Beja

Salvada Aldeia de emigrantes repleta de imigrantes

pág. 8

Cimbal tem a maior execução de fundos comunitários em 2012 pág. 11

O destino tem destas ironias. Durante décadas, Salvada viu os seus habitantes abalarem para longe. Em massa. Nos últimos anos, em virtude da proliferação de olivais intensivos, a aldeia é hoje local de destino para centenas de estrangeiros. Mão-de-obra barata para a apanha da azeitona, clandestina, a maior parte das vezes, que recebe a solidariedade de quem também já correu mundo. págs. 4/5 PUB


Diário do Alentejo 18 janeiro 2013

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Editorial Dinis

Vice-versa O ministro da Saúde começou o ano com uma visita ao Hospital José Joaquim Fernandes, em Beja. Na ocasião, Paulo Macedo prometeu que, apesar das “dificuldades” esperadas para 2013, o Governo irá “continuar a melhorar a oferta de serviços” na área que tutela. In “Diário do Alentejo”, 4 de janeiro de 2013

Paulo Barriga

Estão confirmados os nossos piores receios [fecho das urgências] no que diz respeito ao Hospital de Serpa e à perda das suas valências. (…) Agora nem o atual Serviço de Urgência Avançado vai continuar. As populações [de Serpa, Moura, Mértola e Barrancos] têm que ir para Beja, num percurso sempre superior a 30 quilómetros, com escasso e dispendioso transporte público, para uma população maioritariamente constituída por idosos dependentes e vulneráveis económica e socialmente.

É

o nome da criança que um cão chacinou na semana passada. Em Beja. Dinis. Não há no Facebook ou em qualquer outro recanto da Internet qualquer memorial à sua breve passagem por cá. Não há notícia de mobilizações em massa, ou mesmo singulares, pela sua morte. Não consta que circule ou que tenha circulado qualquer petição em sua defesa. Em defesa das crianças vítimas de ataques brutais, tantas vezes mortais, por parte de animais violentos. O Dinis tinha 18 meses. O cão que o matou, oito anos. O Dinis era um bebé, indefeso como qualquer bebé humano. O cão que o desmembrou é um animal adulto de uma raça que a lei considera perigosa. O Dinis foi a enterrar a 10 de janeiro. O Zico, que é o nome que o cão assassino leva, está de quarentena a aguardar decisão de abate. E é aqui, neste exato momento, que a ternura e os bons sentimentos começam a invadir os corações de muita gente. É aqui, precisamente aqui, que entra em jogo essa matriz fenomenal de todos os fundamentalismos pseudocristãos, pseudofriques, pseudovegetarianos: a culpa. Aquela coisa que não pode morrer solteira. E que tem de ser expiada custe lá o que custar. Custe lá a quem custar. Neste caso concreto, em que um cão com diferentes episódios violentos no currículo mata à dentada e à sacudidela um bebé de um ano e meio, a culpa, por ordem decrescente de imputação, pertence: à família que deixou a criança ir para perto do animal, à noite e sem sequer acender as luzes; aos vizinhos que não denunciaram aquela família perigosa para os bichinhos; às autoridades que pelos seus próprios meios não vislumbraram em tempo útil que um animal andava a ser espezinhado por uma criança num bairro social; à assassina encartada que é a veterinária municipal; ao próprio Dinis que não tinha nada que dar uma pisadela no canito. É este o fundamento da culpa que transparece na petição que algumas dezenas de milhares de pessoas assinaram em defesa do Zico. Sem uma palavra sequer em memória do Dinis. O que é de uma hipocrisia inaceitável. De uma desumanidade a toda a prova. De uma parvoíce conjunta infelizmente cada vez mais comum em certos circuitos dos pretensos amigos dos animais domésticos (domesticados). Tenho duas filhas, uma delas com alguns meses a mais que o Dinis. Sempre gostei de cães e tive alguns de grande porte e durante muito tempo. Mas nunca me assistiu qualquer dúvida em relação ao que é uma criança e um cão. Um ser humano e um animal. E ao lugar que cada um ocupa em casa e na sociedade.

Comunicado da Câmara Municipal de Serpa, 9 de janeiro de 2013

Fotonotícia Cabo Verde, outra vez. A Câmara Municipal de Ferreira do Alentejo não cessa de marcar pontos em relação ao aeroporto de Beja. Depois de se antecipar à concorrência e de ter inaugurado a infraestrutura com um voo empresarial para Cabo Verde, Ferreira torna a aproximar as ilhas atlânticas e o Alentejo com a negociação, para o verão, de seis operações aéreas entre Beja e a Ilha do Sal, através da empresa de transportes aéreos de Cabo Verde (TAVC), cujo presidente considera o complexo aeroportuário de Beja “ideal para escalas técnicas e comerciais”. Sopram bons ares do sul. PB Foto de José Serrano

Voz do povo Pensa fazer compras nesta época de saldos?

Andreia 21 anos, estudante

Depende muito dos saldos que veja. Por enquanto ainda não comprei nada. Não sou de Beja, estou cá a estudar. Por isso vim ver as montras, para saber as ofertas do comércio local que aqui existem. A cidade não tem muitas lojas, mas se encontrar alguma coisa engraçada e a bom preço é natural que compre. De qualquer forma não gastarei, nunca, mais de 100 euros.

Jorge Costa 48 anos, especialista de máquinas

Já gastei o dinheiro que tinha a gastar nos saldos. Num polo que andava a namorar há já algum tempo. E como baixou 40 por cento resolvi comprá-lo. Também já estava a precisar. Nem estava sequer a contar com isso, mas como sobrou algum dinheiro da época festiva aproveitei. E deixei o dinheiro na minha cidade, ajudei no que pude o comércio da minha terra. É importante.

Inquérito de José Serrano

Teresa Mestre 37 anos, instrutora de fitness

Maria José 37 anos, desempregada

Não tenho muito para gastar. Mas apetecia-me comprar roupa, sapatos e malas. Por enquanto vim só dar uma espreitadela. Pelo que vi, acho que a cidade até tem uns saldos que valem a pena. É a única altura do ano em que venho aqui às lojas do centro pensando em comprar. Porque, por regra, encontro artigos mais baratos em Lisboa e no Algarve. E sempre se dá um passeio.

Geralmente aproveito esta época de saldos para comprar alguma coisa que precise. Aqui em Beja os descontos andam entre os 50 e os 70 por cento. Ainda que os preços iniciais sejam elevados é de aproveitar estas reduções significativas. Este ano ainda não comprei nada. Ando só a ver, e à procura de uns ténis de que goste. Mas primeiro estão as despesas indispensáveis.


Rede social DR

Semana passada QUARTA-FEIRA, DIA 9 ALJUSTREL AUTORIDADES AINDA NÃO ENCONTRARAM IDOSO DESAPARECIDO

Os dois irmãos suspeitos do homicídio de um homem de 27 anos, em Canhestros alegadamente por engano, ficaram em prisão preventiva no Estabelecimento Prisional de Beja. Os presumíveis homicidas, de 19 e 28 anos, foram detidos por inspetores da Polícia Judiciária na sexta-feira à noite, em Ferreira do Alentejo, onde residem. Segundo a Lusa, o homem terá sido assassinado por engano, uma vez que os suspeitos terão presumido que a vítima teria sido a autora de um roubo na Herdade da Capela, de que era encarregado o irmão mais velho. No entanto, a vítima não teria nada a ver com o roubo de diverso material da herdade, como motosserras, torneiras e cabos em cobre. Alegadamente para vingar o roubo, o encarregado da herdade, com o auxílio do irmão, de 19 anos, terá cometido o homicídio, após uma emboscada. O crime ocorreu na altura em que a vítima estava no próprio automóvel, com a mulher e um filho, de dois anos, de regresso a casa, em Canhestros, quando, foi baleada a partir de um outro veículo, onde estariam alegadamente os dois irmãos. Terá sido o irmão mais velho a efetuar os disparos, enquanto o outro conduzia a viatura. A vítima, natural de Aldeia de Ruins, também no concelho de Ferreira do Alentejo, foi assistida no local por uma Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) e foi transportada para o Hospital de Beja, onde já chegou cadáver. A mulher e o filho não sofreram quaisquer ferimentos.

SEXTA-FEIRA, DIA 11 BEJA POLÍCIA DETÉM SUSPEITO DE TRÁFICO DE DROGA A Polícia de Segurança Pública de Beja anunciou a detenção de um homem de 24 anos por suspeita de tráfico de estupefacientes, tendo-lhe sido apreendidas cerca de 20 gramas de haxixe. A detenção foi efetuada pela Esquadra de Investigação Criminal e, segundo a PSP, o homem tinha em sua posse 19,62 gramas de haxixe, o equivalente a 100 doses individuais. O suspeito foi constituído arguido e vai aguardar julgamento em liberdade, durante o processo de inquérito a cargo do Ministério Público de Beja.

SÁBADO, DIA 12 ALJUSTREL PROJETO DE PREVENÇÃO DO CANCRO “UM DIA PELA VIDA” A realização de um colóquio marcou o arranque, em Aljustrel, do projeto de prevenção do cancro “Um Dia Pela Vida”, que vai decorrer no concelho até maio para mobilizar a sociedade civil para a luta contra aquela doença. O colóquio contou com a presença de vários médicos especialistas e decorreu no auditório da Biblioteca Municipal de Aljustrel. A Câmara de Aljustrel associou-se ao projeto da Liga Portuguesa Contra o Cancro, que visa juntar o maior número de pessoas em equipas para realizarem ações de prevenção do cancro e de angariação de fundos para a liga. O projeto “Um Dia Pela Vida” terminará em Aljustrel no dia 18 de maio, com uma festa, uma “Caminhada Pela Vida” e muita animação.

A Lógica é uma empresa municipal, criada na sequência da instalação da Central Fotovoltaica de Amareleja, e que tem por acionistas, para além do município de Moura, o Instituto Politécnico de Beja, o Instituto Superior de Engenharia de Lisboa, o Instituto Superior Técnico, a Comoiprel e a Associação de Micro e Pequenos Empresários do Alentejo Interior. O objeto da empresa é o de instalar e promover o Parque Tecnológico de Moura, desenvolvendo um conjunto de infraestruturas científicas, tecnológicas e empresariais que sejam capazes de estimular a criação de um ambiente favorável à inovação de base tecnológica. É neste domínio que se inscreve a criação de laboratórios especializados, sendo o laboratório fotovoltaico o primeiro a ser instalado, com o objetivo de criar uma efetiva mais-valia deste parque tecnológico face a outros para a captação de investimentos na área da energia solar.

Os 17 pescadores que perderam a vida há 50 anos, na Costa de Santo André, quando foram “surpreendidos por uma onda gigante”, foram homenageados com a inauguração de um memorial, “uma peça em pedra, em bruto, que simboliza ‘a força e a brutalidade da natureza’”. DR

O que é a Lógica e qual o objeto principal desta empresa?

Memorial homenageia pescadores

André Diniz expõe na Bedeteca de Beja “O morro da favela e outras histórias”. Assim se chama a exposição de banda desenhada da autoria de André Diniz, que foi inaugurada no último sábado pela Bedeteca de Beja. Para ver no primeiro andar do edifício da Casa da Cultura até ao dia 28 deste mês. DR

CANHESTROS HOMEM DE 27 ANOS BALEADO MORTALMENTE POR ENGANO

Administrador delegado da Lógica, Sociedade Gestora do Parque Tecnológico de Moura

O que representa efetivamente esta certificação de módulos fotovoltaicos?

A acreditação do laboratório fotovoltaico da Lógica pelo IPAC, Instituto Português de Acreditação, representa, antes de mais, o corolário do trabalho desenvolvido nos últimos três anos e meio pelo conjunto de profissionais que a empresa tem ao seu serviço, uma vez que este foi um objetivo definido, em termos estratégicos, desde a criação da Lógica. Tem um significado especial porque somos o único laboratório português acreditado para este conjunto de normas internacionais e porque o fizemos aqui, em Moura, no Alentejo, longe dos grandes centros de conhecimento e das grandes universidades, mas perto do melhor recurso solar da Europa. Acima de tudo, esta acreditação vem abrir-nos a possibilidade de poder estabelecer acordos com entidades certificadoras de produtos, para poder passar a fazer, aqui em Moura, as baterias de ensaios necessárias à qualificação de módulos fotovoltaicos produzidos em qualquer parte do mundo. Tal como nos abre outras portas no domínio de vários projetos de investigação que temos em carteira e queremos promover no curto prazo. O que pode esta certificação representar em termos de receitas e de novos postos de trabalho?

Sem ser possível, ainda, quantificar o que esta acreditação representa, estamos certos que ela representará, acima de tudo, a possibilidade de canalizar receitas provenientes da atividade de certificação para a promoção de novos projetos de investigação e desenvolvimento, capazes de criar conhecimento, fixar quadros qualificados na região, estimular as relações com instituições científicas e internacionalizar a atividade da empresa. No fundo, contribuir na medida do possível para o desenvolvimento da região e do País, num domínio estratégico para o futuro, como é o caso da energia solar. Paulo Barriga

Contos para pais e filhos em Mértola A Biblioteca de Mértola encheu-se de pais e filhos para mais uma sessão de contos, desta vez dinamizada por Luzia do Rosário, contadora da Biblioteca de Beja. A sessão assinalou o novo horário da biblioteca, que passou a abrir ao público também ao sábado. DR

QUINTA-FEIRA, DIA 10

3 perguntas a Vítor Silva

Natal Rima com Local em Aljustrel Alice Conduto, Glória Caldeta e Maria Sobral foram as vencedoras do concurso Natal Rima com Local, integrado na Campanha de Dinamização do Comércio Tradicional organizada pela Câmara de Aljustrel. O concurso rendeu mais de 750 mil euros aos lojistas. DR

Apesar de estar ausente de casa desde quarta-feira, apenas na sexta, dia11, é que a Guarda Nacional Republicana recebeu o alerta para o desaparecimento de um idoso em Aljustrel. Até ao momento, terminaram sem sucesso as buscas para encontrar o homem de 75 anos. Elementos da GNR e dos bombeiros locais participaram nas buscas que, segundo fonte policial, terão sido dificultadas pelo facto de o idoso se ter ausentado de casa no seu automóvel. Segundo fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Beja, o alerta para o desaparecimento do homem foi dado na sexta-feira à tarde pela mulher. De acordo com a GNR, o dispositivo de alerta continua.

Exercício físico e vida saudável Perto de quatro centenas de alunos dos estabalecimento de ensino do concelho de Santiago do Cacém participaram no corta mato escolar concelhio. Promover o exercício físico e uma vida saudável foram os principais objetivos do evento organizado pela câmara local.

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Salvada

Crise intensificou a saída de habitantes, numa aldeia com tradição na matéria

Terra de emigrantes e de imigrantes A 12 quilómetros de Beja, Salvada é, inevitavelmente, um dormitório da

D

emora algum tempo até que se comece a deixar ver o bulício próprio de uma povoação habitada. À entrada, recebem-nos moradias bem aparelhadas; ao fundo, curvando para cima, deixamos à nossa direita uma Casa do Povo que já deve ter tido melhores dias; subindo, procuramos, em vão, clientela no mercado municipal, até chegarmos à praça 5 de Outubro, terreiro onde se ergue o edifício da junta de freguesia. Para trás, deixa-se o largo da igreja e o Cine Monumental, um edifício de arquitetura do Estado Novo que surpreende pela sua dimensão numa aldeia que hoje não chega aos 1200 residentes. No largo que assinala a implantação da República, passa-se o que a meio da manhã deve passar-se em qualquer largo de qualquer aldeia deste sul ensolarado. Os mais velhos, que zelam pelo coração da freguesia enquanto os novos – os que podem – cumprem expediente em Beja ou nos poucos empregadores locais, aproveitam o dia de céu limpo para aquecer os ossos. E matam o tempo. Petiscando bolotas ou contando anedotas de baleizoeiros, bem apimentadas. Numa pequena amostra percebemos que Salvada é terra de emigração, e não é de hoje. Germano Palma, de 73 anos, e Vicente Guerreiro, com menos 10, tiveram na Suíça e em França, respetivamente, morada fixa ao longo de um quarto de século. O primeiro trabalhou como jardineiro, o segundo como motorista de autocarro. “Voltei porque tinha cá o meu país e tinha saudades, tanto da rapaziada, como dos ares e do sol”, confessa Germano, que passou a trabalhar por “conta própria” num pedaço de terreno que entretanto adquiriu. “Vou-lhe mexendo, quando posso”, desvaloriza, e vai

cidade sede de concelho. Mas hoje já nem a urbe mais próxima lhe pode valer, esvaziada que vai ficando, também ela, de investimento e oportunidades de emprego. A emigração, uma tradição por ali, voltou a ser uma opção para muitos. Ironicamente, numa terra que recebe, anualmente, dezenas de estrangeiros para a apanha da azeitona. Mão-de-obra barata, a viver em condições precárias, que desperta a solidariedade das gentes. “Nós já nos vimos como eles”, comenta-se. Texto Carla Ferreira Fotos José Serrano

comentando as mudanças nos campos desde os tempos de moço, das novas culturas à mecanização do trabalho. “Ultimamente, o que mais se produz aqui é olival. Daqui para Beja só o que se vê são olivais; e eram terras boas de seara. Mas mesmo os grandes lavradores, que são poucos, basta-lhes ter um tratorista, que faz tudo”. Resta assim a cidade próxima, Beja, onde trabalham “principalmente as mulheres, na limpeza”, e a emigração, que ainda se mantém como escape – França, Suíça, Alemanha, e agora até Brasil e Angola, comenta-se – com consequências a vários níveis, incluindo nos números da natalidade. “Parece até que foi proibido fazer moços. Quase que não se vê uma criança por aqui”, observa Germano, com um sorriso, apressando-se a dar uma explicação: “Há muitos emigrantes e esses evitam fazer filhos, porque depois as mulheres têm que ficar cá sozinhas”. Vicente Guerreiro recua até à puberdade para explicar por que decidiu abalar para França: “No meu tempo, não havia forma de

ganhar a vida. Quando tinha os meus 12, 13 anos, ia para Beja de bicicleta a pedais todos os dias para ganhar 40 escudos por semana. Era serralheiro, fazia uns biscates”. De lá para cá, generalizou-se o uso do automóvel mas é para Beja que continua a rumar a maioria dos que têm trabalho. Daí as ruas vazias, àquela hora. “Só se vê movimento a partir das cinco e meia, seis horas. É quando as pessoas regressam de Beja. E com as compras já feitas, no Continente, que é mais barato”, descreve, justificando o pouco movimento no comércio local. A migração de Maria José Gonçalves, que cruza a praça em passo rápido, foi outra. Quando era “mais nova” fazia campanhas de trabalho com a família no Algarve, “na apanha da amêndoa e da alfarroba”, lembra. Um tempo difícil, que nunca pensou repetir-se no pós-25 de Abril. E o pior é que “antigamente tínhamos trabalho no campo para ganhar a vida e agora já não temos”, lamenta, dando graças por ter os filhos empregados em dias

tão difíceis, ambos em Beja. Ele como jardineiro na câmara municipal, ela num consultório médico. É a situação dos jovens, “uma lástima”, o que mais a angustia e fica notoriamente fora de si quando fala da famosa troika e dos que nos governam e lhe obedecem. “Mas que país é este em que estamos vivendo? Há pessoas que já andam aí nos centros a ir buscar sopa para as crianças. Não se admite”. Há, por isso, vários pontos de contacto com os trabalhadores romenos que chegaram este ano adiantados quase um mês para os trabalhos da apanha da azeitona. Uma rixa entre dois compatriotas, que resultou numa morte em novembro último, deu o alerta exterior para as condições precárias que a comunidade local já conhecia, com maior ou menor detalhe. Na casa onde aconteceu o crime, de apenas duas divisões, viviam oito trabalhadores. “Dão-lhes três tostões e meio e eles, coitados, sujeitam-se. Os patrões contactam aquelas firmas, preferem pagar menos. Vivem em condições muito precárias. E pedem roupa, sapatos, roupa de cama. Aqui ninguém os estima mal. Nós já nos vimos como eles; nós também já fomos obrigados a sair daqui para fora”. Para fora também iria, “sem pensar duas vezes”, Nélia Abreu, uma jovem de 32 anos que é “mãe a tempo inteiro por opção”. Mas o “trabalho fixo, no Estado” do marido, que é agente da GNR na própria terra, vai mantendo o casal por ali, até ver. Na Salvada, a única “vantagem” que Nélia vê é o “sossego” e em Beja, a apenas 12 quilómetros, pouco já resta do que outrora terá sido uma cidade atrativa. “Beja é praticamente também uma cidade fantasma. A nível de trabalho, está tudo muito escolhido. No comércio, vamos às Portas de Mértola, que era o centro da cidade, e as lojas estão fechadas, porta sim, porta não”, conclui.


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Sérgio Engana Presidente da Junta de Freguesia de Salvada

Como tem sido a evolução demográfica desta freguesia ao longo destes últimos 10 anos?

Houve uma diminuição de 116 pessoas. Segundo dados de 2011, temos atualmente 1129 habitantes. Até que ponto se pode considerar Salvada uma povoação autónoma?

Salvada até tem infraestruturas, relativamente à cidade sede de concelho, que servem de alternativa. No entanto, acaba por ser um dormitório da própria cidade. Temos equipamentos, nas áreas social, de saúde, segurança e educação, que permitiriam até uma maior fixação por parte das pessoas. Temos escolas, temos infantário, temos o Centro de Apoio a Idosos, com lar, da Fundação Joaquim Honório Raposo, e temos uma outra instituição de apoio social, que é o Centro Social e Cultural da Imaculada Conceição. Também temos equipamentos do ponto de vista cultural que nos dão, em colaboração com o movimento associativo, algumas dinâmicas. Até podemos afirmar que é uma freguesia com vida.

Cine Monumental só de cara lavada Duas sociedades recreativas, uma associação de jovens, dois grupos corais, um masculino e um feminino, a Casa do Povo, que recentemente criou uma secção de BTT, um clube desportivo. O movimento associativo salvadense é dinâmico e, juntamente com a junta de freguesia, garante alguns momentos de fruição cultural e desportiva ao longo do ano. Os pontos altos são a Semana Cultural, em agosto, e as tradicionais festas em honra de Nossa Senhora da Conceição, em dezembro. Mas os equipamentos existentes não estão a ser aproveitados como deveriam, nomeadamente o Cine Monumental,

“que mete inveja a alguns espaços existentes nas próprias cidades”, realça Sérgio Engana. O edifício foi adquirido pela Câmara de Beja, sobre a qual recai “80 por cento da responsabilidade”. Há, pois, que dinamizá-lo mas, antes de mais, “há necessidade de um conjunto de obras”. A intervenção já feita foi de “fachada”, consistindo unicamente na pintura da parte da frente do edifício, o que mascara a visível degradação exterior do restante imóvel e problemas no interior, que já motivaram uma notificação por parte da Inspeção Geral das Atividades Culturais. “Há uma série de questões que precisam de resolução e que, neste momento nós, sem o apoio da câmara, não conseguimos satisfazer”, lamenta o autarca.

Quais são os principais empregadores aqui?

São estas instituições sociais. Por exemplo, a Fundação Joaquim Honório Raposo emprega neste momento quase 40 pessoas, e o Centro da Imaculada Conceição dá trabalho a cerca de 20. De resto, é o setor dos serviços, em Beja, porque a própria agricultura já não emprega como empregou algum dia. E o que se verifica é um descontentamento por parte das gerações mais novas, um frustrar de expetativas, o que leva muitos a tentar emigrar. O desemprego agudizou-se bastante, nestes tempos de crise. O recrutamento de estrangeiros para os trabalhos agrícolas deve-se à falta de mão-de-obra local?

Existe mão-de-obra. As pessoas querem trabalhar mas querem também um trabalho com dignidade. E as pessoas oriundas da Roménia que vieram este ano, muitas delas estavam em condições precárias e mesmo de pobreza extrema. Os trabalhadores locais não querem, obviamente, sujeitar-se a essa exploração, porque estamos a falar de mão-de-obra barata. E houve até, da parte da junta de freguesia, um denunciar destas situações. É bom alertar as forças de segurança e todas as entidades com responsabilidades nesta matéria para esta situação, que em nada dignifica a pessoa humana. Nestes campos do Alentejo, onde outrora houve explorações terríveis, não esperávamos voltar a assistir ao mesmo. Os investimentos agrícolas aqui à volta são todos na área do olival?

Sobretudo olival. Na sua maioria, são investimentos de proprietários que residem na freguesia. E a altura de maior necessidade de mão-de-obra é esta da apanha da azeitona. No entanto, penso que deveria existir uma legislação que obrigasse a recrutar pelo menos as pessoas que estão inscritas no centro de emprego. Não sou contra a vinda dos imigrantes – nós somos um país de emigrantes. Mas defendo que as pessoas venham e que tenham condições dignas de trabalho.

Salvada e Quintos agregados O projeto de lei para a reorganização administrativa das freguesias dita que os territórios de Salvada e Quintos passem a ficar agregados, previsivelmente com sede política na primeira. Sérgio Engana, presidente da junta local, considera tratar-se de “um ataque a um dos melhores instrumentos que saíram do 25 de Abril – o poder local democrático” e não vislumbra na medida quaisquer “ganhos de eficácia e de eficiência, nem para as populações, nem para o desenvolvimento local, nem para o próprio Estado”. “Uma visão cega e redutora do papel das freguesias”, acrescenta, que, no caso concreto, nem sequer tem em conta um fator elementar como a inexistência de uma rede de transportes que una uma aldeia a outra. “Só se fala na densidade populacional e na proximidade dos territórios, não se fala nas pessoas”, quando, na prática, o processo de agregação tem implicações bem mais complexas. “Vai sair daqui uma nova pessoa coletiva. Ou seja, não desaparece Quintos, que é mais pequeno, desaparecem as duas. E quanto à heráldica, como vai ser? E a identidade, a relação eleitos/eleitores?”, questiona.


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“O Diário do Alentejo” inicia hoje um ciclo de entrevistas com os principais protagonistas da política regional a propósito das Autárquicas 2013. Uma ronda que agora começa, auscultando os líderes distritais dos partidos, e que termina apenas em outubro, depois de ouvirmos todos os presidentes de câmara e os mais proeminentes candidatos. Na edição de 8 de fevereiro daremos voz a um painel de opinião que irá acompanhar esta jornada informativa, semanalmente, até às eleições do outono.

Autárquicas2013

Território diocesano deve servir de modelo ao futuro mapa administrativo do sul do Alentejo

Candidatura de António Sebastião é para ganhar Câmara de Beja Manter a Câmara de Alm Almodôvar nas próximas eleições autárquicas já seria uma vitória. Mas Mário Simões, presid presidente da distrital de Beja do PSD, acredita que a mancha laranja pode chegar a Alvito, Ourique Our e até a Beja. Onde o PSD apresenta António Sebastião para gerir o descontentamento descontentament do eleitorado face aos anteriores modelos de gestão da CDU e do PS. Simões afirma mesmo m que o atual executivo bejense está tomado pela “descrença” e pela “desilusão”. “desilusão O líder do PSD vê com bons olhos o aparecimento de movimentos cívicos, é favorável favoráve à agregação de freguesias e até de concelhos e diz que o mapa regional não faz sentido ssem os municípios do litoral, nomeadamente o de Odemira. Texto Paulo Barriga Fotos José Ferrolho F O que será um bom resultado nas Autárquicas 2013 para o PSD do distrito de Beja?

Um bom resultado para o PSD passa por manter a Câmara de Almodôvar e reforçar o seu peso eleitoral, sobretudo em termos de número de mandatos. Há espaço para o PSD poder subir, quer elegendo mais vereadores, quer tendo mais autarcas eleitos em assembleias municipais e assembleias de freguesia. Naturalmente que também é para nós um desígnio estratégico podermos conquistar mais do que uma câmara, para além de Almodôvar. Onde é que o PSD está mais perto de o conseguir?

Hoje há fortes possibilidades de lutarmos pela vitória em Alvito. O trabalho que desenvolvi em Alvito durante dois mandatos foi sempre em crescendo e pode, neste momento, revelar-se ganhador. E o candidato que o PSD apresenta em Alvito, Manuel Maria Barroso, é, sem dúvida, uma aposta forte. Alvito continua a ser uma “espinha encravada”? Esteve muito próximo de ser eleito…

Não existe nenhuma espinha encravada. Não escondo que os projetos em que me lanço são projetos que quero naturalmente ganhar. Sei qual é o contexto social e ideológico onde me insiro. Se fosse candidato a uma câmara no distrito de Viseu

teria, talvez, mais probabilidades de vitória do que tenho no distrito de Beja. Mas isso também significa que sou um homem de convicções. Ando na política desde os 17 anos e estive sempre no mesmo partido, nunca mudei mesmo sabendo que é muito difícil o combate político. Não mudou de partido, mas alguns dos seus candidatos já o fizeram.

Enfim, cada um assume as suas convicções. Eu assumo as minhas. Almodôvar, talvez Alvito… o PSD já desistiu de reconquistar Ourique? A herança de José Raul dos Santos ainda se faz sentir naquele concelho?

Ourique é e será sempre uma aposta do PSD. Podemos não atingir os objetivo a que nos propomos, mas é sempre uma câmara prioritária para nós. Quanto a isso não tenho a menor dúvida. Basta atentar nos resultados das últimas eleições, quer legislativas, quer presidenciais, para perceber que voltou ao PSD aquela que é a sua base de implantação em Ourique. Ourique é sociologicamente mais social-democrata do que socialista. Naturalmente que houve um fenómeno de desgaste político relativamente aos anteriores protagonistas em Ourique, o que acabou por beneficiar o atual presidente e o Partido Socialista. Em todo o caso, pela informação que me vai chegando, essa influência já não


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A única Câmara que o PSD tem no distrito é a de Almodôvar, onde António Sebastião não se pode recandidatar, e onde surgem cinco nomes na linha de sucessão. Como pensa descalçar esta bota?

se faz sentir como se fez sentir durante algum tempo e hoje estão reunidas condições para o PSD se apresentar novamente às eleições com um candidato forte. Quem é esse candidato?

Iremos anunciá-lo durante o mês de fevereiro. Um candidato ou uma candidata forte que, na minha opinião, vai ter muitas hipóteses de ganhar a câmara, mas mesmo que isso não venha a acontecer, não há problema. Queremos é ter projetos sérios pensados a médio e a longo prazo. Esta será a única forma de o PSD conquistar mais autarquias no futuro e reforçar a sua implantação no distrito de Beja. Por isso Ourique é também uma aposta para o PSD, assim como a capital de distrito. Em 2009 o PSD quase que abdicou de Beja em prol do PS. O que espera este ano com a candidatura de António Sebastião?

Vou dizer algo que deixará muitas pessoas incrédulas, e admito até que o Paulo Barriga possa esboçar um sorriso, mas a candidatura do António Sebastião é para ganhar a câmara. Beja já foi do Partido Comunista e já foi do Partido Socialista. Temos aqui plasmados, no concelho de Beja, os exemplos das más práticas governativas. A Câmara de Beja chegou a ser um exemplo nacional reconhecido, aliás, por diferentes direções do PSD.

Não quero dizer que o PCP tenha feito tudo mal. Naturalmente temos de reconhecer que há aqui uma obra que tem de ser valorizada e essa obra é do Partido Comunista, até um determinado momento, quando começou a assumir algum desgaste. Já o Partido Socialista foi efetivamente uma desilusão. Este mandato de Pulido Valente é uma desilusão e nós constatamos isso no dia a dia. Por isso, tendo já os eleitores de Beja experimentado estas duas soluções que não serviram para atirar Beja para a rota do crescimento

e do desenvolvimento, penso que poderão estar reunidas as condições para conferirem essa oportunidade ao PSD. E a escolha de António Sebastião insere-se nesta estratégia. É um homem que tem um currículo invejável em termos autárquicos. A Câmara de Almodôvar é hoje das câmaras onde a sustentabilidade financeira é uma realidade, não tem dívidas, paga a 30 dias aos seus fornecedores e, mesmo assim, conseguiu ter um plano de investimentos ambicioso e audaz. Não me parece uma boa análise comparar o concelho de Almodôvar com o concelho de Beja ou até mesmo comparar a base eleitoral do PSD em Almodôvar com a que tem em Beja.

Podemos comparar o seguinte: em política existem boas e más práticas de gestão autárquica. O António Sebastião tem sido um bom gestor em Almodôvar. E é em Almodôvar como pode ser em Beja. O António Sebastião herdou uma câmara com problemas financeiros graves, com pouco investimento municipal, e conseguiu transformar o concelho de Almodôvar. E num ambiente sociológico e ideológico adverso, porque era uma câmara do Partido Socialista desde o 25 de Abril até à data em que o António Sebastião a ganhou. E isso deveu-se ao trabalho persistente dele e de um conjunto de pessoas na altura que o acompanharam e conseguiram afirmar um projeto autárquico. É esse trabalho de proximidade que tem de ser feito em Beja. O PSD, em Beja, tem de se abrir ao campo, ao espaço rural, tem de ir às freguesias, tem de falar com as pessoas, não pode ficar enfeudado na cidade. Mas é precisamente aí que o PSD não tem qualquer tipo de base eleitoral?

Pois não, e por isso é necessário um homem de combate, um homem que tem um pensamento mais à esquerda dentro do PSD, como o António Sebastião, para nos

conseguir ajudar a conquistar esse espaço eleitoral. O PSD acabou, de alguma forma, por se vincular ao PS nas últimas eleições em Beja. As suas palavras revelam agora algum desapontamento.

Não pode afirmar que o PSD que eu represento se tenha vinculado ao PS. Os eleitores do PSD sim, vincularam-se, isso foi notório. Se foi ou não alicerçada uma estratégia para esse efeito, não vou comentar. Dizem-se muitas coisas… a verdade é que a base eleitoral do PSD ajudou. E se quiser que traduza o mandato deste executivo liderado por Pulido Valente faço-o com duas palavras: desilusão e descrença. Já ninguém acredita que este executivo conseguirá, nos meses que lhe restam, trazer algo de bom para Beja. Foram lançados um conjunto de ideias, de slogans, o “Beja Capital”, tudo e mais alguma coisa… Mas Beja só é capital administrativa porque formalmente assim é. Na verdade, esta cidade não lidera nada neste distrito. O que faltou ao PS, já que conquistou um apoio eleitoral tão alargado?

Faltou trabalho político e estratégia. Beja não conseguiu efetivamente cumprir com a esperança que foi depositada há três anos neste executivo. Como observa o aparecimento de movimentos independentes em Beja?

Olho com respeito para todos os movimentos de cidadania que possam surgir na sociedade.

E se quiser que traduza o mandato deste executivo liderado por Pulido Valente faço-o com duas palavras: desilusão e descrença. Já ninguém acredita que este executivo conseguirá, nos meses que lhe restam, trazer algo de bom para Beja. um conjunto de pessoas que estão neste momento fora do quadro partidário e que querem discutir e trazer propostas e ideias para a sociedade. Isso parece-me meritório. Concorda que a conjuntura que se apresenta pode ser favorável à reconquista da Câmara de Beja pela CDU?

Não, e também não olho para a CDU como uma coligação que tem de estar arredada da esfera da gestão autárquica. O PCP tem tido, ao longo da sua história democrática, bons presidentes de câmara. Eu reconheço mérito, por exemplo, a Fernando Caeiros, a João Rocha, a António Tereno. São três autarcas distintos, que deixaram obra, que marcaram os seus concelhos.

Acha que pode baralhar as contas?

Se o movimento for mesmo independente é uma coisa. Se o movimento tiver um partido por trás que o suporta, como penso que é o caso do Bloco de Esquerda, já será um projeto algo diferente. Mas depende sempre de quem lidera, de quem são as pessoas que fazem parte do projeto, das ideias. Parece-me que há aqui algo de importante que é surgir

Escolheu o candidato do PCP à Câmara de Beja, quando nomeou João Rocha?

Não, estou apenas a reconhecer mérito nestas três personalidades. Neste momento estamos preocupados é em apresentar os melhores candidatos e em termos um projeto autárquico que seja diferenciador.

Está tudo muito pacífico. E a bota será descalçada a contento de todas as partes. Somos um partido democrático e pluralista e ainda bem que existem várias pessoas que querem dar o seu contributo e que estão disponíveis para a participação cívica e de cidadania. Participar num partido político é também isso, é participação de cidadania. Almodôvar, até ao final de janeiro, terá escolhido o seu candidato. E vai fazê-lo de forma pacífica e quando tiver o seu candidato escolhido será o candidato apoiado por todos. É o que lhe posso garantir neste momento. Concorda com a exclusão de Odemira da Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo e com este esfrangalhar territorial do distrito de Beja?

Não concordo, de todo. Penso que no futuro terá de se caminhar para que a organização administrativa do sul do Alentejo seja muito equivalente aquilo que é a diocese. Ou seja, terão de ser os 14 concelhos do distrito mais os quatro concelhos do litoral alentejano. Isso é que faz sentido. Esta região afirmar-se como esse todo. Até porque a mais-valia deste distrito é este corredor que mais nenhum tem, com exceção do Algarve, de ter fronteira com Espanha e de ter fronteira com o mar. Uma mais-valia que nunca foi potenciada. Tirámos algum partido em termos de cooperação transfronteiriça com Espanha, mas nunca tirámos partido do mar. E a economia do mar deveria ser um motor de desenvolvimento para a nossa região. É favorável ao novo mapa territorial autárquico?

Sou a favor da agregação de freguesias. Acho que temos freguesias a mais e acho que vamos ter, a curto prazo, de pensar também sobre o modelo territorial municipal. Temos de ter a coragem de fazer esse debate. Não estou, e deixo já aqui esta nota, não estou aqui a defender a extinção de municípios, estou a dizer que é um debate que deve ser feito. Mas esse debate não foi feito para as freguesias.

Foi feito esse debate parcialmente e foi inquinado à partida pela indisponibilidade do Partido Socialista de querer participar nele.


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Novas regras de faturação no comércio

Atual

A Associação do Comércio, Serviços e Turismo do Distrito de Beja está a promover, em parceria com a Direção Geral de Finanças de Beja e as autarquias do distrito, um ciclo de sessões de esclarecimento sobre as novas regras de faturação. As próximas sessões terão lugar em Odemira, no auditório da Biblioteca José Saramago, no dia 22, pelas 19 e 30 horas. E em Beja, no pequeno auditório do Pax Julia, a 24 do corrente, às 19 horas.

Câmara de Vidigueira ajuda empresários locais A Câmara Municipal de Vidigueira vai apoiar financeiramente os empresários locais na aquisição de programas e equipamentos informáticos certificados para a emissão de faturas. Entretanto, estão a decorrer, em todas as localidades do concelho, sessões de esclarecimentos sobre a entrada em vigor das novas regras de faturação. E até ao final do mês será prestado apoio técnico e serão fornecidas todas as informações necessárias à comparticipação da autarquia na aquisição de sistemas informáticos.

Grande vigília agendada para o dia 29

Graça Guerreiro sucede a Carlos Beato em Grândola Graça Guerreiro Nunes é a primeira mulher a presidir ao município de Grândola. Natural de Grândola, Graça Guerreiro Nunes é membro do executivo municipal desde 2001, tendo ocupado o cargo de vice-presidente no primeiro mandato e no último trimestre de 2012. Ao longo dos últimos 11 anos, enquanto vereadora assumiu as pastas da educação, cultura e desenvolvimento social. Carlos Beato, uma vez que não se pode recandidatar nas eleições de outubro, aceitou o convite para integrar a lista para o conselho de administração do Montepio Geral, cargo para o qual foi eleito, em dezembro último, com 73 por cento dos votos expressos.

CDU quer mais votos no Baixo Alentejo A Direção da Organização Regional de Beja (Dorbe) do PCP reuniu-se este domingo com todas as comissões concelhias do distrito, com o objetivo de preparar a sua atividade política para o ano eleitoral de 2013. Em comunicado emitido após o encontro, a Dorbe acredita que, nas eleições de outubro a CDU “está em condições de obter um reforço eleitoral e de posições” nas autarquias da região. Os comunistas prometem “dignificar o combate político” num ano em que as prioridades passam também pela “mobilização dos trabalhadores e das populações contra as “políticas de direita”. A Dorbe agendou também assinalar em todo o distrito o centenário do nascimento de Álvaro Cunhal. PUB

Serpa sem urgências

A

Câmara Municipal de Serpa (CDU) contestou no final da semana passada a decisão de o Governo fechar as urgências do hospital local durante a madrugada, a partir de fevereiro, acusando o executivo de “destruir as condições de vida das populações”. Entretanto, a Comissão de Utentes da Saúde e Outros Serviços Públicos do Concelho de Serpa deu início a um conjunto de ações de rua que têm como objetivo informar a população e convidá-la a “concentrar-se numa enorme ação de protesto que se concretiza pela realização de uma vigília, a iniciar à meia-noite do próximo dia 29”, nas instalações do serviço de urgências do Hospital de São Paulo.

O fecho do Serviço de Urgência Avançada (SUA) do Hospital de São Paulo, entre a meia-noite e as 8 horas, foi comunicado no final de 2012 à Câmara Municipal de Serpa pela Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (Ulsba), explica o município, numa tomada de posição enviada à comunicação social. “Estão confirmados, assim, os nossos piores receios no que diz respeito ao Hospital de Serpa e à perda das suas valências”, lamenta o município. Segundo a autarquia, não só “nunca chegou a ser constituído” o Serviço de Urgência Básica (SUB) previsto para o hospital, como também, agora, “nem o atual SUA vai continuar”.

Após o fecho do SUA entre as zero e as 8 horas, as situações de urgência que vierem a ocorrer na área de abrangência do hospital de Serpa naquele período “passam a ser encaminhadas para o Hospital de Beja”, refere o município. “Pouco a pouco”, foi sendo retirada “a maior parte dos serviços essenciais” do Hospital de São Paulo, que, além do concelho de Serpa, abrange os concelhos de Mértola, Moura e Barrancos, lamenta o município. As próximas ações de rua promovidas pela comissão terão lugar em Vila Nova de São Bento (hoje), A-do-Pinto e Pias (dia 19), Brinches (dia 20), Vila Verde de Ficalho (dia 21) e Serpa (dia 23).

UTI começa a operar em fevereiro

Ponte aérea entre Beja e Cabo Verde

O

delegado ibérico da companhia de transportes aéreos de Cabo Verde (TACV) revelou esta semana que estão em marcha negociações para a realização de voos entre Beja e a Ilha do Sal. Mário Almeida, no decurso do seminário “Aeroporto de Beja – oportunidades de cooperação estratégica Portugal/Cabo Verde”, anunciou que a TACV tem, “em conjunto com a Câmara de Ferreira do Alentejo, um pedido para realizar

seis operações, em julho e agosto, entre Beja e Cabo Verde”. Mário Almeida disse ainda à Lusa que a operadora cabo-verdiana “está em negociações (com os responsáveis da administração do aeroporto), já que estão envolvidos vários parceiros, como os hoteleiros e os operadores de turismo”, disse, esperando um “entendimento durante a próxima semana”. O presidente da Câmara Municipal de

Ferreira do Alentejo, Aníbal Reis Costa, disse que é preciso “tornar visíveis as potencialidades do aeroporto de Beja” e promover as sinergias com empresas de diversos setores. Entretanto, a empresa de transportes internacional UTI anunciou, durante o seminário, que irá fazer o seu primeiro transporte de cargas a partir do aeroporto de Beja em fevereiro, com uma encomenda que será levada para Frankfurt, na Alemanha.


Oportunidades de emprego em Luzianes-Gare

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Memórias de São Domingos na Net De modo a facilitar o acesso a documentos e a acrescentar conhecimento sobre a Mina de São Domingos, o centro de estudos local decidiu criar uma plataforma na Internet que permita a partilha integrada da informação existente. A página está acessível a todos e contém atualmente cerca de 250

Diário do Alentejo 18 janeiro 2013

“O emprego em territórios de baixa densidade, que oportunidades?” é o tema de uma mesa redonda que o município de Odemira irá promover no próximo dia 25, na aldeia de Luzianes-Gare, sede de freguesia do interior odemirense, inserida num ciclo de debates dedicados ao desenvolvimento local. O debate terá início pelas 14 horas, na sala da Junta de Freguesia de Luzianes. A participação é gratuita, mas sujeita a inscrição, que deverá ser efetuada até dia 23. Este evento vem no âmbito de um ciclo de mesas redondas que a autarquia de Odemira está a promover desde agosto de 2012.

documentos. E é o embrião de uma plataforma que pretende funcionar como elo de ligação entre os interessados em efetuar estudos e trabalhos, sejam académicos, jornalísticos ou de qualquer outra natureza com os interolocutores locais. O sítio na Internet do Centro de Estudos da Mina de São Domingos pode ser consultado em http://ambitare.com/msd.

Almodôvar, Barrancos e Ourique apoiam jovens pais

Nova conduta ETA do Alvito

Taxa de natalidade cai para metade em 10 anos

Teve lugar no final da semana passada, em Cuba, a assinatura do contrato da empreitada de construção da conduta adutora ETA do Alvito – Reservatório da Forca. Segundo a Câmara Municipal de Cuba, esta empreitada “tem como objetivo a construção de uma nova conduta para transporte de água tratada entre a ETA do Alvito e o Reservatório da Forca, no município de Cuba, servindo os municípios de Alvito, Cuba e Vidigueira”.

Em Portugal nascem cada vez menos crianças. E o distrito de Beja não foge à regra. Entre 1981 e 2011, em Ourique, a taxa bruta de natalidade desceu mais de 50 por cento. Texto Aníbal Fernandes

N

a década de 60 do século passado nasciam em Portugal cerca de 200 mil crianças por ano. Os dados de 2012 apontam para cerca de metade, com a particularidade de, nos últimos anos, serem menos os que nascem do que aqueles que morrem. A conjuntura económica, os cortes nas políticas de apoio à família, nomeadamente no abono de família, a falta de emprego para os jovens e a sensação de insegurança, contribuem para não se vislumbrar uma solução para este grave problema do mundo ocidental. No interior, este cenário ainda é mais preocupante, com a desertificação do território a aumentar a olhos vistos. Os municípios fazem o que podem para evitar o êxodo para o litoral e para o estrangeiro, gastando parte importante dos seus recursos em programas de apoio à família, à infância e à juventude. No distrito de Beja, Almodôvar, Barrancos e Ourique têm mesmo apoios financeiros para os casais que pretendam ter filhos, mas como diz Pedro do Carmo, presidente da autarquia ouriquense, “esse pequeno incentivo não resolve o problema, apenas alivia a pressão”. No levantamento realizado pelo “Diário do Alentejo” sobre os apoios disponibilizados pelas câmaras municipais, aparecem à cabeça a oferta de manuais escolares aos alunos do 1.º ciclo, sendo que em Vidigueira a oferta se estende aos estudantes dos 2.º e 3.º ciclos. Os transportes escolares, os apoios às escolas em materiais e serviços, nomeadamente as atividades extracurriculares, e a alimentação, estão praticamente generalizados nos municípios do distrito de Beja. Autarquias auxiliam Barrancos, que em 1981 apresentava uma taxa bruta de natalidade de 16.0, viu este número descer para 9,5 em 2011. O município barranquenho tem um programa de apoio à família que inclui, no caso dos nascimentos, a atribuição de subsídios em dinheiro: 1 000 euros para o primeiro filho (500 euros de início e 10 entregas de 50 euros), 1 500 euros para o segundo

Taxa Bruta de Natalidade

Aljustrel Almodôvar Alvito Barrancos Beja Castro Verde Cuba Ferreira do Alentejo Mértola Moura Ourique Serpa Vidigueira

1981 11,7 10,6 13,5 11,6 16,0 11,0 17,9 14,1 9,7 14,4 11,5 12,4 12,3

2011 7,3 6,2 7,2 8,2 9,5 7,3 9,2 7,8 5,0 9,8 4,8 6,6 9,0

especialmente as mais jovens”. Em Ourique, há quatro anos que a Câmara Municipal entrega 500 euros aos pais de cada bebé, com a particularidade de metade desta verba ter de ser consumida junto do comércio local. Pedro do Carmo reconhece que “este pequeno incentivo” não resolve o problema, mas “alivia a pressão” que cai sobre os pais quando nasce uma nova criança e é mais uma razão para que “não abandonem o interior”, tendo sido beneficiadas entre 15 e 20 famílias por ano. Para o autarca, este é um problema que nos ultrapassa e que na Europa já foi identificado há 10 anos. Pedro do Carmo defende, como forma de promover a natalidade, que o Estado devia garantir, “pelo menos no interior”, que cada mãe “durante três anos pudesse ficar em casa a receber o ordenado mínimo”. Para além disso, a evidente falta de população obriga-nos a “estar disponíveis para receber emigrantes”, quando para isso houver trabalho, de forma a que esses trabalhadores possam também contribuir para a Segurança Social. Duas freguesias também apoiam Para além das três câmaras municipais citadas, as juntas de freguesia de Aljustrel e Alvito também apoiam os jovens pais. A primeira oferece um kit de produtos para bebés, no valor de 65 euros, enquanto a segunda atribui um subsídio de 100 euros a cada criança registada na freguesia.

Mercado do Povo de Ervidel Tiveram início recentemente os trabalhos de remoção da cobertura do Mercado do Povo de Ervidel. Os trabalhos incluem melhoramentos nas instalações sanitárias, rebocos interiores e exteriores, instalação de piso antiderrapante, construção de novas bancas, aplicação de azulejos em todo o interior, remoção da cobertura existente e a sua substituição por uma nova com forro em madeira, mantendo as asnas e a traça arquitetónica com mais de 40 anos, explica a Junta de Freguesia de Ervidel.

CDU visita Pisões Os vereadores da CDU na Câmara de Beja visitaram esta semana a estação arqueológica de Pisões, Beja, “para constatar o estado de quase abandono em que se encontra mais uma parte do nosso património, fechado aos olhos de nacionais e estrangeiros”. Os eleitos da CDU aproveitaram a ocasião para perguntar “que dirigentes temos nós que esquecem as suas origens, a sua história, a sua riqueza patrimonial?” e para denunciar “mais este crime contra o património concelhio”.

Fonte: PORDATA PUB

e 1 750 euros para o terceiro. António Sebastião, presidente da Câmara de Almodôvar, outro dos municípios que apoiam monetariamente os casais com filhos, considera a “situação preocupante”, não só em Portugal, mas “em toda a Europa”. As razões para “tão grave problema são de vária ordem”, mas a conjuntura económica que atravessamos “acrescenta dificuldades”. Para o autarca almodovarense, “o problema tem de ser encarado de outra forma, com novas políticas que assegurem segurança e estabilidade para os jovens casais poderem ter filhos”. Os 1 000, 1 250, e 1 750 euros que o município atribui aos nascidos em Almodôvar são apenas “um sinal, um alerta face a este problema”, diz António Sebastião, que integra “esta pequena ajuda numa estratégia da autarquia de apoio às famílias,

Av G alia ra t u ç õe it as s


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Voz da Planície promove debate em torno dos investimentos públicos

“Elefantes brancos ou motores do desenvolvimento?” é a pergunta/desafio que a rádio Voz da Planície lança aos convidados que, na próxima segunda-feira, 21, participam num debate em torno dos grandes investimentos realizados na região de Beja. João Paulo Ramôa, Manuel Castro e Brito, Vito Carioca e João Bastos são os convidados desta conversa onde participarão ainda os deputados eleitos pelo distrito, vários autarcas e representantes de outras entidades regionais. O debate está agendado para a cafetaria do Pax Julia, a partir das 18 horas.

Caravana em defesa das freguesias de Beja As freguesias do concelho de Beja vão reunir-se em “caravana” no próximo domingo, dia 20, contra a lei sobre a reorganização administrativa do território. “Pelas populações; pelo poder local democrático; pelo serviço público de proximidade; pela vontade popular; por Abril” é o lema desta ação de luta, que parte de São Brissos, pelas 10 horas, terminando em Quintos, por volta das 17 e 30 horas, com passagem por Trigaches, Mombeja, Santa Vitória, Mina da Juliana, Albernoa, Trindade e Salvada.

PS faz filme em resposta à reportagem emitida pela SIC

Mértola aprova Orçamento A Câmara e a Assembleia Municipal de Mértola aprovaram por maioria as Grandes Opções do Plano e Orçamento para 2013, com um montante de 15 milhões de euros. As prioridades para este ano são a construção de infraestruturas, desenvolvimento turístico e área social. A área com a maior percentagem do orçamento (26 por cento), adianta a câmara, é a da habitação e serviços coletivos, onde estão incluídos o saneamento básico e o abastecimento de água, num investimento de mais de dois milhões e duzentos mil euros. Os serviços culturais, recreativos e religiosos representam um investimento municipal que ascende aos dois milhões de euros (24 por cento) e inclui a musealização da igreja Matriz, intervenções no castelo, o Festival Islâmico, a conclusão do parque desportivo e de lazer municipal, melhoramentos no campo de jogos da Mina de São Domingos e a pista de canoagem e remo da praia fluvial. A terceira prioridade são os transportes e comunicações, estando programadas várias obras consideradas de grande importância para o concelho. PUB

Obras, mentiras e vídeo

A

Federação do Baixo Alentejo do Partido Socialista divulgou esta semana um vídeo onde esclarece os custos reais que o aeroporto de Beja, o Parque de Feiras e Exposições e a Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Beja tiveram para o Estado. O vídeo, disponível no site da federação, surge na sequência “da reportagem televisiva emitida pela SIC, no ‘Jornal da Noite’ de dia 6 janeiro, e de outras reportagens, opiniões e tomadas de posição públicas de eleitos e responsáveis políticos sobre os valores e as potencialidades dos investimentos pagos pelo Estado português na execução de projetos estruturantes”. Ao contrário do que foi divulgado, adianta a federação, “o custo total para o erário público destes investimentos não é de 54 milhões de euros, mas sim de 15 milhões de euros, sendo que o desenvolvimento destes projetos foi conseguido com recurso às oportunidades de cofinanciamento comunitário de 70 por cento, em média”. Logo após a divulgação da reportagem,

a Federação do Baixo Alentejo do PS, em comunicado de imprensa, afirmou que se tratava de “um novo ataque à região do Baixo Alentejo e aos baixo alentejanos alimentada pelo deputado e líder distrital do PSD, Mário Simões, que, com ligeireza e irresponsabilidade, contribui para o bloqueio ao desenvolvimento da região e dos cidadãos que deveria representar”. Em resposta ao comunicado da federação, a comissão política distrital do PSD veio dizer que o mesmo não era “mais que o sinónimo do perfeito delírio de quem anda de cabeça perdida. De quem na ausência de trabalho e de ideias tem tempo de sobra para vir para a comunicação social denegrir o trabalho dos outros”. Os sociais-democratas referiram ainda que reportagem, “na qual o PSD não se revê”, foi “no entanto clara em demonstrar que o Partido Socialista enquanto foi governo não teve uma estratégia articulada de desenvolvimento para o distrito de Beja” e que o que mais

incomoda o PS “são os elogios que o deputado do PSD vai colhendo semanalmente junto das populações que visita, do trabalho que vai realizando e dos problemas que vai resolvendo junto dessas comunidades”. Também Mário Simões reagiu às acusações do PS, referindo que “o que a Federação Socialista procura é esconder as barbaridades cometidas em relação a projetos que apenas se preocuparam com o betão”: “Nós sabemos que o objetivo era a festa, o estardalhaço em forma de betão para vender uma sigla partidária à mesa do voto”, disse. Entretanto, as comissões políticas de secção do PSD do distrito de Beja, numa tomada de posição conjunta em defesa do deputado, afirmaram que Mário Simões “é um deputado ao serviço da região, ontem, hoje e amanhã” e que “a bandeira e a ideologia que o faz mover é, somente, a da defesa das populações do Baixo Alentejo e o desenvolvimento sustentado do distrito de Beja”.


É já amanhã, sábado, pelas 21 e 30 horas, na Adega Varrasquinho, que terá lugar a primeira das Noites Decantadas, uma iniciativa promovida pela Junta de Freguesia de Ervidel com o intuito de promover e valorizar a “cultura do vinho”. O ciclo, que propõe uma programação de música, teatro e poesia tendo como palco as adegas da aldeia, vai decorrer até fevereiro, sempre aos sábados. Os fadistas Ana Tareco e Carlos Filipe são os convidados da noite inaugural. No próximo dia 26, a Adega Raposo recebe outra noite de fado, com Luís Saturnino.

Sistemas solares térmicos e caixilharia eficiente comparticipados Pode agora ser subsidiada, até 50 por cento, a instalação de sistemas solares térmicos e vãos envidraçados eficientes em edifícios de habitação. O aviso foi publicado recentemente pela Adene – Agência para a Energia e a Agência

Regional de Energia do Centro e Baixo Alentejo (Arecba) chama a atenção para as vantagens daí decorrentes, na “redução da fatura energética” e no “aumento do conforto da casa”. As candidaturas deverão ser submetidas, numa primeira fase, até ao próximo dia 4 de fevereiro.

Valor supera média nacional e índice de execução do Inalentejo

Cimbal teve taxa de execução de 65 por cento

O

ano de 2012 foi, para a Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo (Cimbal), aquele “com maior execução no âmbito do atual QREN, não só a níveis nacionais, como ao nível das operações englobadas na contratualização”, revelou ao “Diário do Alentejo” o coordenador técnico, Luís Lança Silva. O documento a que o “DA” teve acesso faz um balanço do ano que agora findou, conhecida já a “maioria dos indicadores de monitorização”, e conclui que a taxa de execução anda “na ordem dos 65 por cento”, sendo “bastante superior, quer à média nacional, quer ao índice de execução do Inalentejo”. O coordenador PUB

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Música, teatro e poesia nas adegas de Ervidel

técnico justifica o bom desempenho através de dois fatores. “Nós aqui tentamos analisar as operações, começando com aquelas de maior valor financeiro, de maior impacto”, por um lado, e, por outro, “contamos com uma maior proximidade com os promotores, neste caso os municípios, ou seja, o canal de comunicação é-nos facilitado”. Com os municípios, adianta o responsável, “somos muito mais rápidos, muito mais proactivos. Às vezes, basta um telefonema e se calhar em cinco, 10 minutos, temos a documentação necessária que nos permite concluir a análise”. A despesa pública validada, que é o mesmo que dizer “o investimento feito nas várias

obras” atingiu os 13 milhões de euros e foi canalizada para três grandes áreas, entre as que estão contratualizadas. Equipamentos para a coesão local (lares, centros polivalentes, piscinas cobertas), modernização administrativa e redes públicas de água, no caso concreto de Beringel, Beja e Moura, foram, segundo Luís Lança Silva, as “três maiores vertentes que contribuíram para este investimento”. Por outro lado, há que realçar o capítulo dos pagamentos aos promotores, no qual 2012 “foi igualmente o melhor ano deste atual quadro comunitário, com uma injeção na economia local superior a 10, 5 milhões de euros”.

Assembleia Municipal contra novo IVA da restauração A Assembleia Municipal de Beja aprovou recentemente, por unanimidade, uma moção apresentada pelo grupo da CDU em que se exige ao Governo “o retrocesso do valor do IVA no mínimo para 13 por cento”, considerando que “o IVA mais justo seria de seis por cento, para não haver discriminação entre os setores de hotelaria e restauração”. No mesmo documento, a assembleia refere que “o IVA a 23 por cento na restauração é uma das causas de falência e despedimento de trabalhadores no setor” e que “os grandes prejudicados serão sempre os trabalhadores porque devido ao acréscimo de imposto a pagar as empresas encerram e reduzem os funcionários”. Na moção é referido ainda que o IVA a 23 por cento “é um dos mais injustos dos impostos da sociedade portuguesa, já que por uma sopa se paga o famigerado 23” e que existe “uma notória discriminação, já que nos hotéis uma refeição de lagosta só paga seis por cento”.


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O distrito de Beja conta, desde finais do ano passado, com mais um espaço dedicado à salvaguarda do cante alentejano: a Casa do Cante de Alvito. Um projeto da Associação Grupo Coral de Alvito com mais de 25 anos, que só agora foi possível concretizar. De portas abertas em horário alargado, o novo espaço é o primeiro núcleo museológico do Museu de Alvito. Texto Nélia Pedrosa Fotos José Serrano

Património “Cante poderá ser uma fonte de desenvolvimento” para a região, diz Jorge Feio

Novo núcleo museológico integra Rede de Museus do Distrito de Beja

Alvito “também é capital do cante”

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ando cumprimento a um projeto com mais de 25 anos, a sede da Associação Grupo Coral de Alvito transformouse há escassos meses na Casa do Cante de Alvito, um espaço onde é possível beber um copo de vinho diretamente da talha ao mesmo tempo que se aprecia um vasto conjunto de alfaias ligadas ao mundo rural, sempre ao som do cante alentejano. O novo espaço tem ainda a vantagem de ter um horário “diferente” do dos museus ditos convencionais, encerrando durante os dias da semana às 21 e 30 horas e ao fim de semana às 23. “Digamos que é um núcleo etnográfico vivo, onde se sente a cultura alentejana, quer do ponto de vista da agricultura, quer do ponto de vista do cante”, explica Jorge Feio, arqueólogo, membro da recém eleita direção da Associação Grupo Coral de Alvito e colaborar da câmara municipal em vários projetos, nomeadamente na criação do Museu de Alvito. A Casa do Cante de Alvito é o primeiro núcleo museológico do referido museu, um projeto que tem como inspiração “o bom exemplo que é o Museu de Mértola” e que integrará ainda o núcleo de Arte Sacra, a instalar com o apoio da Diocese de Beja na igreja de Santo António, e o núcleo de Arqueologia, que ocupará a Escola do Adro, junto à igreja matriz de Alvito, e que deverá abrir portas em setembro deste ano, adianta o dirigente. Os referidos núcleos terão depois associados vários percursos, revela o arqueólogo, nomeadamente “do manuelino ou do barroco”, “das pontes romanas e medievais”, “das capelas rurais” e “dos morabitos”, entre outros, sem esquecer “os percursos naturais” que permitam apreciam “a estupenda paisagem” do concelho. A criação de um espaço museológico ligado ao mundo rural e ao cante alentejano começou a ganhar forma em meados dos anos oitenta do século passado, aquando da cedência, pela câmara municipal, do edifício n.º 6, da rua da Pereira, à Associação Grupo Coral de Alvito. Ao longo das últimas duas décadas e meia foi sendo feito algum trabalho de preparação para o núcleo museológico, nomeadamente o inventário do vasto

espólio pertença da associação e, na sua maioria, doado “por alguns grandes proprietários” da região. Em setembro do ano passado, aquando da tomada de posse, a nova direção da associação, composta por elementos que também integram o atual executivo camarário, considerou que a abertura da Casa do Cante era uma questão prioritária. “Quando tomámos posse decidimos que a Casa do Cante era o primeiro projeto a arrancar. Já tínhamos o material todo exposto, as peças já tinham sido todas inventariadas pela câmara e já estava falada a integração do núcleo na Rede de Museus do Distrito de Beja. Limitámonos a dar seguimento ao trabalho que já vinha sendo feito por todos nós [os elementos da associação] desde há uns anos. Decidimos foi que agora íamos fazer isto oficialmente”, diz Jorge Feio, adiantando que a grande alteração, com a passagem de simples sede da associação a Casa do Cante, se deu na transformação da taberna existente em bar, concessionado a um jovem natural da vila. “Enquanto sede tinha aqui uma taberna e essa taberna agora foi transformada num bar mais acessível a todos”, ou seja, acrescenta, acabaram-se “as bebedeiras” que “impediam

uma senhora” de frequentar o espaço. Com a oficialização da Casa do Cante vai ser possível também “reorganizar” todo o espólio em exposição na sede e avançar para a sua “conservação”, com o apoio de “um técnico especializado” e através de candidaturas “a fundos europeus”, esclarece o dirigente. “Sobretudo o que vamos fazer aqui é a redistribuição das peças. Para já quisemos abrir como estava. Mas agora vamos retirar [das paredes] os prémios que o grupo foi ganhando ao longo destes 36 anos de existência e vamos guardá-los. Assim já podemos reorganizar este material com outra leitura, mais fácil até para quem não conhece nada deste espólio. Vamos colocar de um lado os materiais associados aos animais de transporte, como as cangas, as leiteiras ou os alforges, e do outro lado os materiais de trabalho manual, ligado ao trabalho do campo. Fundamentalmente o que temos aqui é um museu agrícola, etnográfico”. Alvito “também é uma das capitais do cante alentejano” Os projetos da nova direção da

Associação Grupo Coral de Alvito passam ainda pela elaboração do cancioneiro do grupo – até ao momento foram reunidas em

CD 33 modas –, e pela realização, mediante marcação, de oficinas de cante no novo núcleo museológico; de ações com as escolas do concelho; e de encontros entre gerações, subordinados a várias temáticas, “das ervas aromáticas aos trabalhos do campo, passando pela toponímia”: “Tudo isso queremos que seja debatido aqui, ou seja, queremos que este espaço, para além de ser um espaço museológico, para além de ser um bar, seja também um espaço de debate. Queremos trazer aqui as pessoas com outros motivos que não seja apenas apanhar uma bebedeira no final do dia. Queremos incentivar o cante alentejano entre os mais jovens, queremos que os miúdos da escola venham aqui, que possam observar os materiais sobre os quais cantam e que percebam o que é que eram, porque toda a ente sabe cantar a canção “Almocreve”, por exemplo, mas ninguém sabe o que é que o almocreve transportava ou o que é que o almocreve fazia. É tudo isto que torna o núcleo algo diferente, ou seja, não podemos limitarmo-nos a ter aqui as peças expostas, com alguma razão museológica, mas queremos que seja um museu vivido”, diz Jorge Feio. A Casa do Cante de Alvito, adiante o arqueólogo, permitirá ainda, e numa ocasião em que tanto se fala de cante alentejano, por via da sua candidatura a Património Cultural Imaterial da Humanidade, que irá ser entregue brevemente, mostrar que “o concelho também é uma das capitais do cante alentejano”, à semelhança de Serpa ou de Cuba. “Alvito neste momento, e não transparecendo muito para fora, deve ser dos concelhos com maior número de grupos. São três grupos e mais um instrumental, e isto num concelho pequeno, com 2 600 habitantes”, refere Jorge Feio, frisando que o cante alentejano “poderá ser uma fonte de desenvolvimento” para a região. “A partir do momento em que seja classificado, todas as pessoas do mundo vão ficar a saber o que é o cante alentejano e vão querer vir aqui ouvi-lo e vão querer vir aqui aprender a cantá-lo. Mas depois de ser classificado também não podemos pensar que está tudo feito. Temos que continuar a trabalhar para preservar esta tradição”, conclui.


13 Diário do Alentejo 18 janeiro 2013

Despedi-me de 2012 com mágoa, azedume e revolta porque os portugueses nunca perderam tanta qualidade de vida e direitos democráticos como nos anos 2011 e 2012. Pelo menos até agora. E porquê? Por culpa dos políticos que temos, dos políticos que tivemos e dos políticos que não tivemos, ainda que uma maioria significativa de nós os gostasse de ter tido. Hernâni Matos, “Brados do Alentejo”, 10 de janeiro de 2013

Opinião

A deriva racista nos campos de Beja Filipe Nunes Arqueólogo

C

orre no ar, à volta dos campos de Beja, um clima de conflituosidade social que vem instigando uma perigosa deriva racista. Ilustrada pelo gravíssimo problema humano da exploração de imigrantes, fruto das exigências sem escrúpulos das grandes produções do olival intensivo, esta deriva é aproveitada marginalmente pela extrema-direita que pretende emergir do conservadorismo tacanho plantado à sombra do castelo de Beja. Torna-se cada vez mais um incómodo circular por Beja cruzando o olhar com as mensagens xenófobas e de extrema-direita do PNR que invadiram a cidade. Não pela sua afixação pública entenda-se, dado que a livre expressão cabe a todos sem restrições, mas por ver que ninguém parece reagir à mesma. Salvo uns ocasionais autocolantes “antifa” sobrepostos, parece que os proclamados ou já nascidos resistentes antifascistas da cidade alentejana ou já se foram todos embora para o aconchego do lar ou, no cenário mais tenebroso, acham de somenos importância responder aos slogans nacionalistas desses energúmenos. Seja porque o populismo da sua propaganda local ser básico e coincidente com as reivindicações da região (das acessibilidades à defesa do Museu de Beja, do Politécnico ao turismo do Alqueva, ao reerguer da produção nacional, da agricultura e do comércio de proximidade); seja, no fim de contas, pelo eterno receio de se enfrentar esse abismo que é o nacionalismo. É que sob esse manto político, ou mesmo consensual, a agenda racista do PNR é tão evidente e preto no branco, como é o seu slogan racial de que “a coisa está preta”. Assumindo o nacionalismo como ética e valor supremo, defendem “vigorosamente a preservação e valorização da nossa unidade étnico-cultural” que na mais ignóbil das ignorâncias depreendem apenas nos “laços de sangue”, “civilização” e “matriz” europeia, como se não fossemos nós resultado genético e sobretudo herdeiros culturais de um mediterrâneo de duas margens e muitos povos (africanos, europeus, orientais, etc.). Como assistimos na Grécia, o populismo da extrema-direita eleva-se nestes tempos numa reiterada estratégia que culpabiliza todos os males contra o “outro” e num ataque sem precedentes às populações imigrantes. Se aqui essa deriva racista já estava inscrita desde há muito contra “o outro” cigano, hoje esse deliberado discurso de ódio, veiculando medo e insegurança, encontra em tempos de desemprego galopante as condições ideias para crescer. Não é pois a propaganda do PNR que incomoda por si só, mas será o seu acolhimento, ou a apatia de quem a ignora, prosseguindo esse caminho da deriva racista. Não pois por obra dessas espécies nacionalistas, mas fruto do contexto social, e das condições com que o imigrante dia a dia se depara nos campos de Beja. Em última instância, por obra sim de quem os emprega e de quem deliberadamente olha para o lado, como se essa “outra gente” não fosse gente. Em Selmes, Salvada, Baleizão e em tantos outros vastos campos alentejanos, nos últimos cinco anos a produtividade agroindustrial abriu as portas para que redes mafiosas se instalassem a coberto da legalidade outorgada pelas empresas de trabalho temporário, impondo a continuada extorsão dos reduzidos salários contratualizados em troca de trabalho de sol a sol; impondo a esses novos trabalhadores rurais do sul, condições de habitação e alimentação deploráveis e de verdadeira escravatura. Os receios e os conflitos locais com grupos de esfomeados e miseráveis – sobretudo romenos, entre tailandeses, vietnamitas ou nepaleses – não será nunca de maior desespero para quem vive em tais condições. Sob o medo e sob a violência física dessas redes de tráfico de mão de obra ilegal no Alentejo. Máfias que não perdoam, como não perdoam as autoridades portuguesas ao imigrante ilegal, que assim vive em constante desespero. E porque são baratos, “imbatíveis na

capacidade de trabalho”, tornaram-se, como referia ao jornal “Público” o presidente da junta de freguesia da terra que leva consigo o símbolo das lutas camponesas, Baleizão: “Um mal necessário, senão a azeitona não era apanhada”… Não apenas mais vozes, mas mais ação, deve necessariamente haver para contrariar esta situação que pretende justificar com o vale-tudo estes novos campos do sul. Campos onde desaparecem como nunca antes visto as conquistas laborais, ao desempregado se contempla quanto muito “a sorte” de um qualquer trabalho precário e ao imigrante sobra o regresso às mais desumanas relações de exploração entre terra tenentes, senhores hoje empresários agrícolas, e trabalhadores rurais. Nessa escalada apenas a solidariedade, a denúncia e a luta pelo fim dessas condições irá permitir um inverter da situação de uns e de todos e travar essa perigosa deriva racista.

Mal de canga, pior de arado Ruy Ventura Poeta e ensaísta

Não nos deixemos enganar pelo canto das sereias, por mais belas e atraentes que sejam, pois a sua face verdadeira é monstruosa. A História já provou desse veneno várias vezes. Sejamos como a velha da história tradicional. Um dia encontrouse com o seu rei, sem que o conhecesse (estava disfarçado). Procurava o monarca ouvir a opinião verdadeira do seu povo sobre o seu governo (ainda não existiam sondagens nem assessores naquele tempo…). “Que diz a senhora do rei?”, perguntou-lhe. “Deus o guarde por muito tempo!”, retorquiu a idosa sem demora. “Como pode dizer isso?... Dizem que ele é mau…”, inquiriu o governante, desconfiado. “Olhe, eu já sou velha. Já conheci o avô deste. Era mau como tudo. Pedimos a Deus que morresse e Ele fez-nos a vontade. Veio o pai dele. Pior ainda, como o pecado… Rezámos outra vez e fomos atendidos. Veio o rei de agora. Muito, muito pior que os dois anteriores. Portanto, Deus o conserve… Quanto vier outro, não vamos ficar melhor.” A narrativa não conta que consequência teve esta resposta. Ensina-nos contudo que a impaciência nem sempre é boa conselheira. A democracia representativa tem decerto muitos defeitos. Alguns insanáveis. Mas, na sua imperfeição, é ainda a forma de governo mais equilibrada que o homem até hoje pôde inventar.

Ajuda externa – uma treta ignóbil!

E A

stávamos sentados à mesa de um restaurante, de um belo restaurante que escolhera para sala de refeições um daqueles pátios floridos que só existem na Andaluzia. Falávamos sobre a influência da cultura semita na Península Ibérica. Às tantas, Ahmad resolveu perguntar-me palavras que, do árabe, haviam ficado na nossa língua. Dei-lhe vários exemplos, entre eles “alcofa”. Riu-se. E, no seu inglês cultivado nas margens do Nilo, explicou-me: “É o nome que damos no Cairo aos seguidores da Irmandade Muçulmana: têm orelhas grandes como asas, mas não ouvem nada, só as arengas dos fanáticos que os chefiam. São muito perigosos. Sei do que falo. Apesar de ser filho de uma figura importante nos meios religiosos egípcios, já por duas vezes me ameaçaram de morte, por ter escrito algo de inconveniente no jornal onde trabalho.” E explicou mais: “Mubarak era um monstro, um assassino. Mas quem lhe sucede foi feito num molde muito pior.” Quantas asneiras não se têm feito por esse mundo fora devido à impaciência… Querendo livrar-se, o mais rapidamente possível, de facínoras e de corruptos, quantos povos não têm instalado no poder figuras sinistras ou fanáticas que mais não fazem do que acentuar o sofrimento dos seres humanos que os rodeiam. O feudalismo da monarquia russa não foi substituído por setenta e tal anos de comunismo sem escrúpulos e sem ética? A ditadura de Batista, em Cuba, não foi apagada pela tirania “revolucionária” dos irmãos Castro? À imperfeita monarquia constitucional não sucedeu em Portugal um regime republicano fanático, caótico e caceteiro? A balbúrdia antidemocrática dessa Primeira República portuguesa não foi “salva” por uma Ditadura Militar – aplaudida por tantos compatriotas nossos – que abriu as portas a quatro décadas de autocracia salazarista? O luminoso 25 de Abril de 1974 não ia trazendo uma “democracia popular”… estalinista? Um certo Pinto de Sousa, de má memória, não foi removido, sem que o soubéssemos, por um trio de criados da agiotagem internacional que vê como seu principal obstáculo a Constituição da nossa pátria? É importante, nestes nossos tempos conturbados, que não sejamos como os “alcofas” egípcios: com orelhas grandes (quiçá, com línguas demasiado compridas), mas sem capacidade de audição e de atenção. Quem esteja atento, já assistiu decerto nalguns lugares públicos, físicos e virtuais, à ressurreição de frases de António de Oliveira Salazar e de outros “santos” com o mesmo quilate, embora doutros quadrantes político-sociais, a prometerem o “ressurgimento” e outras ações purificadoras e, decerto, cegas e fanáticas. Sejamos simples como as pombas e astutos como as serpentes.

José Carlos Albino Agente de desenvolvimento local

o ouvir na TV, pela enésima vez, que virão mais uns milhões da “ajuda externa” do FMI e BCE, com a bênção da Comissão Europeia, saltou-me a tampa e arreganharam-se-me os dentes. Sei bem o que são as “ajudas” dos bancos internos, ao emprestarem capitais aos pequenos empreendedores. Esmifram-nos até ao tutano, enquanto negoceiam ou perdoam a coragem patriótica dos grandes para salvarem a economia nacional e, consequentemente, os pobres dos portugueses. Umas e outra são sobejamente conhecidas, pelo que não vos tomo tempo com exemplos. E nesta abençoada União Europeia, pelos donos dos capitais de dentro e de fora, repete-se a história dos tratamentos diferenciados duns e doutros. Aos pequenos países ao “ajudarem” com empréstimos a juros altos e com condições leoninas, tal como fizeram para nos endividarmos até à medula, esmifrarão as famílias, as empresas e o Estado, nem que isso signifique a pobreza e miséria dos povos que dizem “ajudar”. Ao invés, aos “grandes e ricos” servem-se, em bandejas de prata, todos os milhões requeridos, se necessário abaixo de zero e sem necessidade de prestarem quaisquer garantias. Mas, se possível, o que é mais execrável é a conversa mole e professoral duns propagandistas nacionais, trasvestidos de “jornalistas e/ou comentadores”, que tomando-nos por tolos, preguiçosos e desorganizados, vendem a banha da cobra que só estes pacientes e amigos estrangeiros poderão pôr país e povo na ordem, salvando-nos da bancarrota e do destino dos povos do “3.º mundo”. Sendo que as pobrezas financeiras e anímicas e a devastação das economias reais que têm assolado os portugueses são apenas castigos que temos que aguentar, para “nos futuros” sermos quase tão bons como os alemães e outros espertos. Que a raiva que nos cresce nos dentes e a revolta que nos incha as veias nos levem a construir e percorrer os caminhos que juntos, na nossa forma de ser e ambicionar, nos façam viver uma vida de trabalho digno e justamente retribuído num país autónomo e integrado numa União Europeia da solidariedade entre povos e culturas diversas, mas todas humanistas. Organizemo-nos, cada um nas suas, mas brotando alternativas reais nos territórios e comunidades que nos juntam!


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14 Diário do Alentejo 18 janeiro 2013

A CÂMARA MUNICIPAL DE FERREIRA tem sido incansável na promoção do aeroporto de Beja e na demonstração da sua mais-valia para a região e para o País. Ferreira não apenas inaugurou a nova infraestrutura com um voo para Cabo Verde, como agora conseguiu cativar a companhia aérea cabo-verdiana para a realização de novas operações no verão de 2013. Um esforço, com glória. PB

Nada de positivo se vê nesta mudança forçada e imposta a todos com a justificação da falta de dinheiro (…) por isso, não conseguimos perceber que caminho estamos a percorrer e que sociedade estamos a construir, isto é, para onde vamos? António Santos Nabo, editorial da “Folha de Montemor”, janeiro de 2013

Crónica Papagaios no Alentejo João Mário Caldeira

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avia um pastor que gostava muito de pássaros, o que não é de admirar entre a classe dos g uardadores de gado. Indiferente à bicheza alada dos campos não consta que tivesse havido algum, mas este era um caso especial. Ultrapassara em muito a fasquia primitiva do “que tudo que avoila, caçoila” e mantinha pelas aves um grande deslumbramento. Não que desdenhasse umas sopas de perdiz temperadas com um ramo de salsa quase ao arredar do lume. Uma fritada de pardais colhidos na rede quando caiem sequiosos sobre uma poça de água em hora de sol a pique. A tordoveia aberta ao meio, espertada à pedra de sal sobre um lume de brasas. Todavia o seu apreço pelos animais de pena suplantara já a febre de os trincar, embora essa se mantivesse viva como pertence a qualquer moiral que se preze. Iam-se-lhe os olhos na formação dos grous rasgando os ares em fins de outono, com seu grito sincopado de oboé. Perdia-se a contemplar a morosa abetarda que a golpe de asa vai engolindo a vastidão. Enlevava-se a ouvir o trigueirão repenicando em abril o seu assobio de polícia no alto de um chaparro, como que a chamar os que se perdem na imensidão. Achava que as aves eram os únicos seres capazes de desafiar a lonjura do Alentejo. De quebrar o silêncio que tanto lhe doía ao longo do ano naquele plaino sem fim. Ao que parece não estava muito longe da razão. Não tendo flauta como a de Pã, tinha muito em conta a orquestração que lhe ofereciam os pássaros. Não se arriscando a construir asas como as de Ícaro, invejava as dos bichos que se elevavam nos ares, cruzando o espaço desmesurado. Uma coisa não lhe podiam oferecer as aves dos céus alentejanos, manchas de cor que dessem vida à paisagem. Na primavera fugaz ainda coloriam o chão, as ervas de casa: a margaça, os pampilhos, os chupaméis. Depois até o verde desaparecia e vinha a onda castanha, como areia do deserto. Cotovias, codornizes, perdizes e sisões eram cor da terra e com ela se confundiam. As que permaneciam mais tempo nos céus, como águias, grifos e milhanos, igualmente trajavam de castanho. Quebravam a monotonia os “carraceiros” que vieram de África e acompanhavam o passo das ovelhas. Mas eram brancos e branco é tudo menos cor.

Um dia aconteceu um caso que marcou a vida do pastor. Uma família, que descia em agosto escaldante a caminho do Algarve, parou o carro à beira da estrada para dar de comer a um papagaio que levavam para férias. Esquecendo de fechar a porta da gaiola, o bicho, que ficara no tejadilho do carro, tentou a liberdade. Sem grande convicção, ao que parece. Ainda que os papagaios voem tão bem como as outras aves, as asas deste estavam perras, dada a vida sedentária. Todavia fez das tripas coração e lá começou a sobrevoar a campina alentejana, remando baixinho, a trouxe-mouxe. A páginas tantas começou a largar os palavrões que lhe ensinaram por não vislumbrar um ramo onde por o pé. Com o bico aberto e já a perder o fôlego lobrigou finalmente um dos tais chaparros de onde os trigueirões assobiam às pessoas tresmalhadas. Ali aterrou, maldizendo a hora em que largou a gaiola com a tina de água fresca. Aos olhos do nosso pastor não escapou a estranha mancha de cores que pousou em cima da árvore. Intrigado, aproximou-se. Olhando para cima viu enIam-se-lhe os tão um pássaro olhos na formação bisnau, de bico dos grous rasgando cinzento recuros ares em fins de vado, que faiscava todas as cooutono, com seu res do arco-íris grito sincopado de ao sol de agosto. oboé. Perdia-se Vagamente coma contemplar a parou o bicho a um papagaio morosa abetarda mas uma coisa que a golpe de decidiu de imeasa vai engolindo diato: reter ali no a vastidão. campo deserto de Enlevava-se a cor aquela paleta ouvir o trigueirão resplandecente com que o desrepenicando em abril o seu assobio tino o brindara. Se bem o pensou, de polícia no alto melhor o fez. Pôs de um chaparro, no chão o pelico como que a chamar que trazia penduos que se perdem rado do ombro, atirou-lhe para na imensidão. cima o chapéu e o cajado e preparou-se para subir ao alto do chaparro. Empresa fácil dada a pouca estatura da árvore. Ao jogar a mão ao pássaro o impossível aconteceu: – Então que porra é essa?! Não se pode descansar?... – disse o bicho com o desplante dos de Lisboa. – Desculpe... estava crente que era um pássaro... – respondeu delicadamente o moiral, recolhendo o braço. Quando o homem desceu do chaparro para se reequipar, vinha um tanto desiludido, mas tinha ganho uma certeza: não são os papagaios que vão dar voz e cor ao Alentejo!

Carta ao diretor Uma questão de (des) confiança Maria José do Rosário Beja

Nos últimos tempos – refiro-me aos tempos que decorrem desde 2008, em que o sistema financeiro global entrou em crise afectando, abruptamente, as sociedades e condicionando a qualidade de vida das populações, sobretudo, nos países que tiveram que ser objecto de resgate financeiro – uma das palavras mais escritas, lidas, ditas e ouvidas é a palavra CONFIANÇA. Por tudo e por nada se justificam comportamentos, acções e resultados inesperados na economia, nos mercados financeiros, organizações, nas relações políticas, nas interacções profissionais, pessoais… como efeito da quebra ou da falta de confiança, que é o mesmo que dizer, devido à desconfiança que se generaliza e que penetra os interstícios do tecido social. Digo desconfiança porque assistimos a situações que não podemos caracterizar como de total não confiança. O que se verifica parece ser mais um movimento dinâmico, em espiral, em que fluxos positivos e negativos vão e vêm num contínuo em que alternam a indiferença, falhas na confiança, com momentos em que se assiste a acréscimos de confiança, embora estes últimos sem conseguirem que o défice acumulado de desconfiança seja resolvido. Os aspectos referidos despertaram-me suficiente curiosidade para indagar sobre os sentidos do significado de confiança. Ao consultar um dicionário de língua portuguesa obtenho a informação de que a origem latina da palavra significa acreditar plenamente e com firmeza, ou fé que se deposita em alguém. São, pois, dois os sentidos que se percebem, a confiança como resultante de uma escolha racional na expectativa de um determinado resultado instrumental e a que assenta na dimensão relacional, ou seja, na crença que alguém apresenta motivos para ser digno de confiança. Inerente aos significados percebese ainda que, quer através do acreditar intencional ou do depósito de fé em alguém, estamos perante um processo em que a vulnerabilidade, o factor de risco e a interdependência aparecem como elementos intrínsecos à confiança que por isso mesmo se revela com propriedades dinâmicas que variam de acordo com o tempo, os contextos, as situações, as pessoas e as suas acções. Isto é, as gradações que a confiança apresenta variam, muitas vezes por questões meramente de disposição pessoal, ou não assente a confiança nas trocas subjacentes aos contratos que se celebram

entre pessoas, pessoas e organizações e entre as variadíssimas estruturas sociais que resultam de elaboração humana. Nesses contratos equacionam-se e ponderam-se os tipos e modalidades de trocas afectivas, sociais e económicas num balancete em que entre o deve e haver não há garantias relativas nem absolutas de equilíbrio à partida. Ao inquirir sobre a génese, sobre o objecto e o ser da confiança conclui-se que se tem acentuado a situação paradoxal, com a modernidade, da perda da unicidade com a dissociação do objecto do ser da confiança. O objecto é na actualidade, cada vez mais, um bem material, o dinheiro. O ser da confiança, ainda, é o ser humano criador da confiança (em si, nos outros, na natureza, nas religiões, na espiritualidade…) que deixou de perceber que a resposta para o equilíbrio pessoal e social reside, essencialmente, na confiança em si e nas suas qualidades intrínsecas, garantes da construção de relações de confiança estáveis e altruístas porque nada de extrínseco e material lhes é essencial. Enquanto as pessoas não entenderem o paradoxo desta dissociação, em particular os líderes políticos e organizacionais, a questão da confiança será sempre uma questão cada vez mais vulnerável, porque se baseia em equilibrar o que não é equilibrável, ficando refém da ganância típica da espécie humana. Cria confiança falar verdade, honrar compromissos, cumprir promessas, ser íntegro, ser honesto e, sobretudo, ser justo, no sentido moral, ao garantir a equidade e a igualdade nos processos e nos resultados, o respeito e a dignidade no tratamento pessoal, o disponibilizar as informações e explicações necessárias às pessoas. São estes alguns dos valores e princípios que se esperam nas interacções e relações de interdependência social, mas também das lideranças sejam elas quais forem e sejam quais forem os contextos em que se situem. A não correspondência por parte destas faz surgir a desconfiança que corrói todos os processos sociais e pessoais e a manutenção da integridade cuja consistência se torna gelatinosa, senão viscosa retirando espaço a práticas e acções justas; dando azo a que disposições colectivas de apatia possibilitem o surgimento de movimentos e processos sociais e ideológicos que de forma insidiosa germinam colocando em causa os princípios e os valores que constituem os referentes das actuais democracias, possibilitando o (re)surgir de ‘ismos’ perniciosos para a manutenção dos direitos cívicos e humanos que necessitam, mesmo em tempos de estabilidade social, para serem assegurados de um esforço de conquista permanente. Carta escrita com grafia anterior ao Acordo Ortográfico


Não é nova a notícia: a TAXA DE NATALIDADE na Europa, em Portugal e em especial na nossa região, continua a cair. Na última década os nascimentos desceram para metade em relação aos 10 anos anteriores. E não há perspetivas, pelo menos no futuro próximo, que a situação se possa inverter. Pelo que é sempre de louvar o trabalho que algumas autarquias vão fazendo neste domínio, o da fixação de casais novos no interior. PB

Há 50 anos A melhor arma contra o boato e a fantasia

N

o espaço “Beja dia-a-dia”, o “Varandim da Cidade”, da autoria do jornalista Melo Garrido, na edição de 16 de janeiro de 1963 do “Diário do Alentejo”: “Grande parte da população bejense anda visivelmente alarmada a propósito dos boatos volumosos que insistentemente correm sobre assaltos que terão ocorrido e terão tido continuidade em alguns locais da cidade, durante a noite, e de que terão sido vítimas transeuntes desprevenidos. Pressente-se, com efeito, um estado de inquietação geral que há toda a conveniência em extinguir até porque, segundo pensamos, não haverá motivos plausíveis para que ele se mantenha. A sua origem nasceu num ou noutro caso que não passou de uma banal incidência na vida de uma cidade como a nossa. Mas porque tais factos são pouco frequentes, logo a fantasia popular se pôs a trabalhar e criou e propalou notícias que certamente pecam por infundamentadas ou, pelo menos, por exageradas. Supomos que as autoridades terão agido com eficiência e capturado os autores das proezas, processando-os e remetendo-os ao tribunal, pois é isso que a lei expressamente determina a tal propósito, não admitindo outro qualquer procedimento. O que seria oportuno e conveniente é que a população da cidade fosse objectivamente esclarecida por quem de direito, ficando a saber do que realmente se passou, e se, de facto, foram descobertos e processados os responsáveis. O silêncio, neste como em tantos casos, só é prejudicial porque possibilita o perigo do boato, do leviano ‘dizse’ e do mistério. Estamos certos de que se o público for verdadeiramente informado, desaparecerão os seus receios. Beja é uma cidade onde, felizmente, são escassos quaisquer crimes. Não se permita pois que vulgares delitos sejam considerados de outro modo, só porque não houve a decisão de fornecer esclarecimentos exactos e a devido tempo. Como sempre, uma informação desassombrada é a melhor arma contra o boato e contra a fantasia. Há quem assim não pense. Mas pensa mal.” Carlos Lopes Pereira

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A troca de galhardetes entre as direções distritais do PARTIDO SOCIAL DEMOCRATA e do PARTIDO SOCIALISTA está a atingir um patamar sem precedentes. As acusações multiplicam-se e o nível baixou ao ponto de todas as estruturas locais do PSD terem vindo a público com diferentes comunicados a defender o seu líder. Um mau pronúncio para a campanha que se avizinha. PB

15 Diário do Alentejo 18 janeiro 2013

Â

Santo Amador tem razão em se queixar pelo encerramento da sua freguesia e vive com o credo na boca ao pensar que no próximo ano letivo voltará a correr o risco de ficar sem a sua escola. Safara tem razão em se insurgir pelo posto da GNR funcionar apenas com horário administrativo das 9 às 17 horas. Santo Aleixo da Restauração tem razão em protestar pela sua freguesia ser anexada à de Safara. As freguesias de Moura pela mesma razão. E blá, blá, blá. Os governantes dirão que isto são questões de somenos importância. Manuel Correia, editorial de “A Planície”, 15 de janeiro de 2013

Poemário Marujos de sarjeta

Leonel Cameirinha

António Machado Cabra Figa, Rio de Mouro

José Maria Luís Nossa Senhora das Neves, Beja

Quem por cá tem governado Quer passar por inocente Ninguém quer ser o culpado Do mal que tem feito à gente

MOTE

Tentam o Povo iludir É bom que a gente isso note A água do seu capote Querem depois sacudir Fartos de tanto os ouvir Num discurso já estafado O barco está encalhado Não vai alcançar a meta São marujos de sarjeta Quem por cá tem governado Vogando ao sabor do vento Esta fraca marinhagem Demonstra não ter coragem Não tem garbo nem talento Fraqueja a todo o momento O bote não segue em frente Dá sinais de incompetente Na arte de marear Mas se o barco naufragar Quer passar por inocente Sem ter esperança no futuro Sofre o povo imensa mágoa Ao ver meter tanta água Um navio antes seguro Sofreu um rombo tão duro! Tem o casco destroçado Se não for já reparado Vai ao fundo sem demora Depois toda a gente chora Ninguém quer ser o culpado Estamos todos enjoados Com esta navegação Com nova tripulação Iremos mais descansados Marinheiros bem formados Sem temer qualquer corrente Que tenham sempre na mente Que a viagem bem acabe Porque esta malta não sabe O mal que tem feito à gente

LEONEL CAMEIRINHA É DE BEJA NATURAL DEU O MELHOR QUE TINHA À SUA TERRA NATAL I Conquistou na sociedade Um valor extraordinário Por ser o maior empresário Criado nesta cidade Perante a sua capacidade Fez o que mais convinha Sempre na primeira linha Apresentando a sua arte Apoiado em toda a parte Leonel Cameirinha. II Cameirinha antes de mais É um homem exemplar Soube sempre cativar Os amigos sociais Foram esses os principais Da sua vida atual Não se consta em Portugal Homem seu semelhante Este amigo tão importante É de Beja natural. III Homem que não fez distinção Do mais pequeno ao maior Dando sempre o seu melhor Com grande determinação Sem fugir à tradição Era um dever que mantinha Sem padrinho nem madrinha Foi sempre uma grande figura Para a nossa agricultura Deu sempre o melhor que tinha. IV A sua biografia Mostra toda a sua história Para que fique na memória Os negócios que fazia Conquistou a simpatia Do nosso povo em geral Chegou à reta final Na sua herdade da Figueirinha Transformou numa rainha A sua terra Natal.

Quadras dedicadas Leonel António Cameirinha, empresário alentejano, após leitura do livro Cameirinha – a biografia, publicado em 2012.


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Ao longo de 2012 os repórteres fotográficos do “Diário do Alentejo” registaram os grandes acontecimentos da região e, em simultâneo, capturaram em imagens o lado menos visível, menos noticiável, da atualidade: personagens anónimas, lugares ermos e distantes, casos e ocorrências discretos, o dia-a-dia das pessoas tal como ele é. Vagaroso, simples, descomplexado. Esta fotorreportagem de José Ferrolho é apenas um breve olhar sobre o lado de lá das notícias que marcaram 2012.

imagens2012 Fotorreportagem José Ferrolho


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Equipa de ciclismo de Almodôvar regressou à estrada

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A equipa de ciclismo da Casa do Benfica de Almodôvar/Peçamodovar (masters) já regressou à atividade para preparar a temporada desportiva que se adivinha e realizou um primeiro estágio na região de Sintra, votando à estrada no dia 27, na zona de Palmela. A apresentação pública da equipa está prevista para os dias 8 e 9 de fevereiro, em Almodôvar. A equipa desta época é composta pelos ciclistas Henrique Janota, João Portela, Vítor Faria, Rui Rodrigues, Bruno Sousa, Celso Pereira e os estreantes David Garrido e Guilherme Lourenço.

Futebol juvenil Campeonato Distrital de Benjamins (12.ª jornada) – Série A: Ferreirense A-Bairro da Conceição, 21-0; Desportivo Beja-Alvito, 2-1; Figueirense-Vasco Gama, 3-11; Sporting Cuba-Despertar A, 0-9. Folgou o Aljustrelense. Líder: Ferreirense, 29 pontos. Próxima jornada (19/1): Aljustrelense-Sporting Cuba; Vasco da Gama-Ferreirense; Bairro da Conceição-Desportivo Beja; Despertar A-Figueirense. Folga o Alvito. Série B: Sobral da Adiça-CB Beja, 0-10; Moura-Santo Aleixo, 3-4; Serpa-Ferreirense B, 6-1; Piense-NS Beja, 0-9. Folgou o Despertar B. Líder: NS Beja, 30 pontos. Próxima jornada (19/1): Santo Aleixo-Despertar B; NS Beja-CB Beja; Ferreirense-Moura; Piense-Serpa. Folga o Sobral da Adiça. Série C: Odemirense-Milfontes A, 12-0; Almodôvar-São Marcos, 0-3; Boavista-Ourique, 0-17; Milfontes B-Castrense, 4-3; Rosairense-Renascente, 2-11. Líder: Odemirense, 34 pontos. Próxima jornada (19/1): Ourique-Odemirense; Milfontes A-Almodôvar; Renascente-São Marcos; Rosairense-Milfontes B; Castrense-Boavista.

Desporto

Moura desloca-se a Castro Verde para defender o segundo lugar

Campeonato Distrital de Infantis (12.ª jornada) – Série A: Vasco Gama-Despertar A, 2-7; NS Beja-Sporting Cuba, 6-1; Alvito-Alvorada, 17-0; Bairro Conceição-Ferreirense, 2-4. Folgou o Desportivo Beja. Líder: Despertar A, 30 pontos. Próxima jornada (19/1): Alvorada-Vasco Gama; Desportivo Beja-Bairro da Conceição; Ferreirense-Alvito; Despertar-NS Beja. Folga o Sporting Cuba. Série B: Amarelejense-Piense, 4-2; Operário-Aldenovense, 0-6; Guadiana-Serpa, 5-2; Despertar B-Moura, 6-1. Folgou a CB Beja. Líder: Amarelejense, 30 pontos. Próxima jornada (19/1): Moura-Guadiana; Ser pa-Amarelejense; Piense-Operário; CB Beja -Despertar B. Série C: Aljustrelense-Castrense A, 2-6; Renascente-Milfontes A, 8-0; Milfontes B-Boavista, 3-4; Castrense B-Odemirense, 2.8. Folgou o Almodôvar. Líder: Odemirense, 30 pontos. Próxima jornada (19/1): Castrense A-Renascente; Boavista-Aljustrelense; Odemirense-Milfontes B; Almodôvar-Castrense B. Folga o Milfontes A.

Castrense vingará a goleada? Um jogo importante no Estádio Municipal 25 de Abril, em Castro Verde, onde a equipa local receberá a formação do Moura. Vasco da Gama e Aljustrelense têm jogos difíceis fora de casa. Texto e foto Firmino Paixão

O

Castrense conquistou apenas um ponto nos últimos três jogos e tombou para o penúltimo lugar. Tem um dos ataques menos produtivos (13 golos) e a segunda defesa mais batida (25 golos). É este Castrense que, no próximo domingo, quererá emendar a goleada sofrida, na primeira volta, no terreno do Moura (7-1), aquando da estreia do atual técnico Mário Tomé. Mas o adversário não perde há 11 jogos e vem de uma vitória expressiva sobre o líder da prova, que o projetou de novo para o segundo lugar da série, posição que terá que manter para conseguir atingir os objetivos propostos. Espera-se, por tudo isso, uma boa partida de futebol, onde o favoritismo pertence aos visitantes. O Aljustrelense viaja para Reguengos de Monsaraz e não deve esperar facilidades, nem “entregar o ouro ao bandido”, como fez no último domingo perante o Juventude, sofrendo uma pesada derrota. O Vasco da Gama de Vidigueira ruma a Évora para visitar o Juventude, uma

Campeonato Distrital de Iniciados (12.ª jornada): Guadiana-Serpa, 6-0; Sporting Cuba -Vasco Gama, 3-2; Rio de Moinhos-Ourique, 3-0; Despertar-Amarelejense, 3-1; Bairro da Conceição-Odemirense, 0-3. Folgaram Moura e Milfontes. Líder: Moura, 32 pontos. Próxima jornada (20/1): Ourique-Despertar; Serpa-Sporting Cuba; Milfontes-Guadiana; Vasco da Gama-Rio Moinhos; Amarelejense-Bº Conceição. Folgam Odemirense e Moura.

3.ª divisão Aljustrelense sofreu dois golos quando jogava a favor do vento

equipa complicada e que está a subir de rendimento. Qualquer ponto conquistado por estas equipas será bem-vindo, porque a margem de favoritismo é extremamente reduzida. Na ronda anterior, a equipa de Vidigueira cumpriu com o que se lhe exigia, que era ganhar ao Lagoa; o Mineiro sofreu dois golos madrugadores quando jogava com vento forte pelas costas e não conseguiu dar a volta; e o Moura mostrou os galões à União de Montemor, que ainda lidera mas só com dois pontos de vantagem.

3.ª Divisão – Série F – 14.ª jornada

Esp. Lagos-At. Reguengos ...............................................2-3 Aljustrelense-Juventude Évora ...................................... 1-3 Vasco da Gama-Lagoa ......................................................2-0 Sesimbra-Monte Trigo ......................................................1-0 Lusitano VRSA-Castrense.................................................2-0 Moura- U. Montemor ........................................................3-1 U. Montemor Moura Esp. Lagos At. Reguengos Juventude Évora Sesimbra Aljustrelense Vasco da Gama Lusitano VRSA Monte Trigo Castrense Lagoa

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14 14 14 14 14 14 14 14 14 14 14 14

9 8 7 7 5 5 5 4 2 3 3 1

4 5 6 4 5 5 4 4 5 2 2 4

1 1 1 3 4 4 5 6 7 9 9 9

30-10 30-10 28-13 20-13 16-15 19-24 15-12 20-24 14-24 15-24 13-25 13-39

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31 29 27 25 20 20 19 16 11 11 11 7

Próxima jornada (20/1/2013): U. Montemor-Esp. Lagos, At. Reguengos-Aljustrelense, Juventude Évora-Vasco da Gama, Lagoa-Sesimbra, Monte Trigo-Lusitano VRSA, Castrense-Moura.

Almodôvar deixou dois pontos em Vila Nova de São Bento

Aromas de medronho e queijo 1.ª Divisão – AF Beja 14.ª jornada Amarelejense-Desp. Beja ................................................. 1-1 Aldenovense-Almodôvar................................................. 2-2 Serpa-Sp. Cuba....................................................................1-0 Praia Milfontes-Piense ......................................................1-0 Rosairense-Cabeça Gorda ............................................... 1-1 São Marcos-Guadiana .......................................................1-0 Bairro da Conceição-Odemirense..................................1-4 Almodôvar Serpa Praia Milfontes Odemirense Aldenovense Piense Rosairense Sp. Cuba Cabeça Gorda São Marcos Bairro da Conceição Desp. Beja Amarelejense Guadiana

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14 14 14 14 14 14 14 14 14 14 14 14 14 14

11 8 9 8 6 6 5 5 3 4 3 2 3 3

3 5 2 3 5 4 4 3 5 1 2 5 2 0

0 1 3 3 3 4 5 6 6 9 9 7 9 11

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33-13 26-10 29-16 22-12 23-17 26-17 21-19 16-16 23-24 12-29 11-27 13-22 15-26 15-37

P

36 29 29 27 23 22 19 18 14 13 11 11 11 9

Próxima jornada (20/1/2013): Odemirense-Amarelejense, Desp. Beja-Aldenovense, Almodôvar-Serpa, Sp. Cuba-Praia Milfontes, Piense-Rosairense, Cabeça Gorda-São Marcos, Guadiana-Bairro da Conceição.

Almodôvar e Serpa, primeiro e segundo classificados, jogam no terreno do líder. O Milfontes, que é terceiro, visita um campo difícil. Uma jornada a doer para as três equipas do pódio. Texto Firmino Paixão

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Municipal de Almodôvar recebe o jogo mais importante da ronda, com a formação local, líder isolado e invicto do campeonato a receber a formação do Serpa, adversário mais próximo na tabela de pontos. Há muita coisa em jogo, ainda que a liderança dos almodovarenses não esteja em risco. O Serpa pretende diminuir a distância e para isso terá que vencer, caso contrário poderá perder o segundo lugar para

o Milfontes, caso a turma do litoral seja bem-sucedida na visita ao Sporting de Cuba. O Odemirense tem jogo fácil em casa com o Amarelejense; o Piense, a descer na tabela, recebe a equipa do Rosário. O Cabeça Gorda joga em casa com o São Marcos e é favorito; o Bairro da Conceição visita o Guadiana que pretende deixar o fundo da tabela. O Desportivo de Beja recebe a formação do Aldenovense, que subiu um furo na tabela, mas já não pode perder mais pontos. Da ronda anterior veio esse empate do líder no terreno do Aldenovense, o regresso do São Marcos às vitórias e o empate do Cabeça Gorda no Rosário, que soube a pouco.

Campeonato Distrital de Juvenis (3.ª jornada): Castrense-Despertar, 3-0; Serpa-Aljustrelense, 4-6; Almodôvar-Moura, 0-6. Folgou o Desportivo Beja. Líder: Moura, nove pontos. Próxima jornada (20/1): Despertar-Serpa; Desportivo Beja-Castrense; Aljustrelense-Moura. Folga o Almodôvar. Campeonato Distrital de Juniores (9.ª jornada): Cabeça Gorda-Despertar, 0-3; Vasco Gama-Odemirense, 1-3; Sobral da Adiça-Aldenovense, 1-5; Desportivo Beja-Castrense, 0-2. Líder: Castrense, 22 pontos. Próxima jornada (19/1): Desper tar-Sobral da Adiça; Vasco Gama-Cabeça Gorda; Aldenovense-Desportivo Beja; Castrense -Odemirense. Campeonato Distrital de Seniores Femininos (10.ª jornada): Serpa-Almansôr, 6-0; Ourique -Vasco da Gama, 2-3; CB Castro Verde-CB Almodôvar, 37-0. Folgou o Odemirense. Líder: CB Castro Verde, 25 pontos. Próxima jornada (19/1): Odemirense-CB Castro Verde; Almansôr-Ourique; CB Almodôvar-Serpa. Campeonato Nacional de Iniciados (18.ª jornada): Despertar-Louletano, 3-2; Lusitano VRSA-Desportivo Beja, 1-1. Classificação final: 1.º V. Setúbal, 46 pontos. 2.º Imortal, 45. 3.º Olhanense, 39. 4.º Louletano, 31. 5.º Esperança Lagos, 26. 6.º Despertar, 26. 7.º Lusitano VRSA, 19. 8.º Odiáxere, nove. 9.º Desportivo Beja, sete. 10.º São Luís, seis. Campeonato Nacional de Juvenis (18.ª jornada): C.Piedade-Odemirense, 7-0; Despertar-V. Setúbal, 2-5. Classificação final: 1.º V. Setúbal, 43 pontos. 2.º Imortal, 39. 3.º Oeiras, 35. 4.º Louletano, 35. 5.º Lusitano, 26. 6.º Estoril Praia, 23. 7.º Cova Piedade, 19. 8.º BM Almada, 16. 9.º Despertar, nove. 10.º Odemirense, oito. Campeonato Nacional de Juniores (17.ª jornada): Farense-Moura, 2-0. Líder: Oeiras, 51 pontos. 10.º Despertar, quatro. Próxima jornada (19/1): Moura-Barreirense.


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Taça Fundação Inatel – 9.ª jornada Série B: São Matias-Berin gelense, 2-2; Penedo Gordo-AC Cuba, 3-0; Neves-Lou redense, 1-2. Folgou o Faro do Alentejo. Líder: Penedo Gordo, 21 pontos. Próxima jornada (19/1): AC Cuba-Faro do Alentejo; Beringelense-Neves; Louredense-Penedo Gordo. Folga o São Matias.

Série C: Messejanense -Santa Vitória, 0-1; Jungei ros-Figueirense, 1-0; Alvorada-Vale da Oca, 2-4. Líder: Vale da Oca, 22 pontos. Próxima jornada (19/1): Figueirense-Mombeja; Santa Vitória-Alvorada; Vale da Oca-Jungeiros.

Série D: Sete-Sanjoanense, 1-1; Albernoense-Trindade, 0-0; Fernandes-Alcariense, 3-1. Líder: Fernandes, 16 pontos. Próxima jornada (19/1): Sanjoanense-Albernoense; Alcariense-Sete; Trindade-Aldeia de Fernandes.

Série E: Relíquias-Amoreiras, 1-2; Colense-Luzianes, 1-2; Cercalense-Santa Luzia, 1-0. Folgou o Soneguense. Líder: Relíquias, 19 pontos. Próxima jornada (19/1): Luzianes-Soneguense; Amoreiras-Cercalense; Santa Luzia-Colense.

Série F: Bemposta-Boavista, 1-2; Cavaleiro-Campo Redondo, 3-1; Saboia-Malavado, 1-0. Folgou o Milfontes. Líder: Saboia, 20 pon tos. Próxima jornada (20/1): Campo Redondo -Milfontes; Boavista-Saboia; Malavado-Cavaleiro. Folga o Bemposta.

Série G: Santa Clara-a -Nova-Pereirense, 2-3 (em atraso da 1.ª jornada). Líder: Santaclarense, 16 pontos. Próxima jornada (19/1): Pereirense-Santaclarense; Almodovarense-Serrano; Navere dondense-Santa Clara-a -Nova.

Diário do Alentejo 18 janeiro 2013

Série A: Ficalho-Luso Serpense, 1-0; Quintos-Sobral da Adiça, 5-0 (FC); Brinches-Salvadense, 0-2. Folgou o Pedrógão. Líder: Ficalho, 16 pontos. Próxima jornada (19/1): Sobral da Adiça-Pedrógão; Luso Serpense-Brinches; Salvadense-Quintos. Folga o Ficalho.

Ana Capeta na seleção sub/17 feminina A atleta Ana Capeta, da Casa do Benfica de Castro Verde, integra a convocatória para a seleção nacional feminina sub/17, que vai realizar, entre os dias 21 e 24, no Complexo Desportivo do Jamor, o primeiro estágio de sempre neste escalão. A equipa disputará o Torneio UEFA, entre 14 e 17 de fevereiro, em Vila Real de Santo António. A jovem aljustrelense é também praticante de atletismo no Núcleo de Recreio e Atletismo de Messejana. Cláudia Tecedeiro, do Almansôr (Montemor-o-Novo), também integra esta primeira convocatória.

Presidente do Amarelejense elogia jogadores com amor à camisola

Um exemplo “de puro amadorismo” Com mais de 70 anos de história, o Grupo Desportivo Amarelejense tem um percurso com altos e baixos, comum a muitos outros clubes, mas esteve em evidência quando recusou competir numa 2.ª divisão com seis clubes, inviabilizando a disputa de um campeonato a quatro voltas. Texto e foto Firmino Paixão

A

ntónio Tereno, 49 anos, ex-militar, é presidente do clube há três anos e assumiu a 1.ª divisão como opção consciente. O melhor para o seu clube, numa terra populosa (2 564 habitantes), mas onde a falta de apoio ao associativismo impede um efetivo trabalho de formação junto dos jovens. Conheçamos, pois, um pouco mais deste emblema, cujo líder deixa o desafio aos seus conterrâneos para que “se envolvam e acarinhem o clube e que estejam disponíveis para no próximo ato eleitoral de julho darem continuidade ao que foi feito nos últimos três anos”. Como avalia a participação do Amarelejense neste campeonato?

Posso dizer-lhe que os resultados têm superado as expectativas. Aqui reina o puro amadorismo, esta gente trabalha com gosto pela camisola, defendem-na de forma brilhante dentro do campo e sem outras contrapartidas que não sejam um petisco aqui ou acolá. Quando aceitámos o convite para disputar a 1.ª divisão tivemos consciência que as dificuldades seriam imensas. Valeu a pena terem tomado essa decisão?

Com o número de equipas que estava previsto para a 2.ª divisão distrital, a qualidade do futebol nesse escalão, que nós, no fundo, também alimentávamos participando nela, os custos inerentes e o facto de as equipas se encontrarem demasiadas vezes, não faria qualquer sentido esse campeonato. Não era uma forma de defender o futebol deste distrito. Defendemos outro escalonamento, que seria a participação conjunta de todos os que quisessem competir, mas houve quem entendesse que essa não era a melhor solução. Posteriormente fomos convidados a assumir a 1.ª divisão, aceitámos e tomámos a melhor decisão. O plantel tem mostrado alguma qualidade competitiva…

Quisemos melhorar a qualidade do plantel, mas não tivemos forma de cativar jogadores. O Barrancos fechou a porta e vimos ali uma solução para melhorarmos o nosso plantel, fomos lá e voltámos com uma mão cheia de nada. As pessoas continuam a

Amarelejense Equipa joga no mais “puro amadorismo”

desconfiar que esta forma de encarar o futebol já não existe. Somos, certamente, a exceção na 1.ª divisão distrital, na forma como os atletas atuam, a troco de nada. Que objetivos perseguem?

As nossas metas eram, tão simplesmente, dignificarmos ao máximo, e em cada jogo, o nome do clube. Com as perdas que temos e a qualidade que possuímos praticando o melhor futebol possível, com a consciência de que, independentemente do número de equipas que vier a descer no final da época, o papel dos atletas ficará sempre preservado e a nossa prestação como dirigentes também, pois não enganámos ninguém no início da época. A comunidade local revê-se neste trabalho e apoia a equipa?

Os amarelejenses têm a experiência de um passado, mais ou menos recente, em que o Amarelejense andou nos patamares cimeiros, bem colocado na primeira divisão e com muito bom futebol. A comunidade ainda

recorda que no final de uma época brilhante o Amarelejense fechou a porta. Tenho a certeza de que os sócios e simpatizantes que acompanham o clube querem que ele continue em atividade na época 2013/2014, por isso preferem que o clube dê os passos à medida da perna e não viva acima das possibilidades, como fazem outros clubes. A situação geográfica acentua as dificuldades financeiras?

Chegámos à conclusão de que seria mais cara a participação num campeonato na 2.ª divisão a quatro voltas, do que disputar a 1.ª divisão distrital, com o maior prestígio que isso implica para o clube, atletas e associados. Mas não vimos agravadas as nossas despesas com a disputa deste campeonato. O grande suporte de apoio ao Amarelejense, a verdade terá que ser dita e na minha boca ela andará sempre na linha da frente, é o município de Moura. Que trabalho faz o Amarelejense nos escalões de formação?

Durante estes três anos na presidência do clube essa questão preocupou-me sempre e a prova é que, no segundo ano, eu próprio estive à frente da equipa de benjamins. A Amareleja, em termos de natalidade, contraria um pouco, e pela positiva, aquilo que é a média nacional. Não nos faltam jovens, mas temos dificuldade no seu enquadramento pelos adultos, com mais ou menos formação, mas que sejam responsáveis e queiram dar um pequeno contributo ao clube. Temos apenas equipas de infantis e de iniciados, não conseguimos arranjar quem queira dar uma mão ao clube de forma graciosa. O clube tem excelentes instalações…

Por vezes dou comigo quase a querer certificar-me de que isto é nosso. Parece que foi por engano que este espaço foi criado em Amareleja. E digo isto, porque, em quase 40 anos após a revolução, muito mais poderia ter sido feito nesta terra. As nossas instalações fazem inveja a muitos outros clubes, por isso nós tentamos preservá-las da melhor forma.


Beja Basket Clube é campeão em sub/14

Diário do Alentejo 18 janeiro 2013

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O Beja Basket Clube (BBC) sagrou-se, pela primeira vez no seu ainda curto historial, campeão regional de sub/14 masculinos. A equipa, treinada por Pedro Madeira, venceu a Final 4 realizada em Reguengos de Monsaraz, entre as formações do Atlético de Reguengos, Ponte de Sor, Salesianos de Évora e BBC. A equipa bejense é formada pelos atletas Paulo Rocha, André Grilo, André Guerreiro, João Ruivo, Rafael Cabral, Pedro Lança, João Fernandes e Alexandre Castilho e qualificou-se para a taça nacional, competição na qual não estará presente por ter um plantel excessivamente curto para essa campanha.

Columbofilia bejense brilha na exposição nacional Foram vários os columbófilos do distrito de Beja que se destacaram na 40.ª Exposição Nacional e Pré-Ibérica de Columbofilia, que decorreu no fim de semana no Pavilhão da Expoeste, nas Caldas da Rainha, sendo relevante o facto de 10 das 14 aves que representaram a Associação Columbófila do Distrito de Beja se terem classificado entre os melhores 10 das diferentes categorias. Os pombos de Bruno Helena (1.º em fundo) e João Coelho (3.º na categoria de velhos)

qualificaram-se para representar Portugal na 33.ª Olimpíada Columbófila, a realizar na Eslováquia entre os próximos dias 23 e 27. Classificações: velocidade – José Ameixa (14.º) e jurassic park (15.º); meio fundo – José Ameixa (3.º); fundo – Bruno Helena (1.º) e Carlos Rodrigues (8.º); absolutos – António Coelho (6.º) e Ludgero Inácio (18.º); yearlings – Jaime Silva (7.º) e Carlos Rodrigues (8.º); velhos – João Coelho (3.º) e Joaquim Manzaca (5.º); maratona – Luís Guerreiro (4.º) e Carlos Rodrigues (5.º); ibéricos machos – Pedro Nobre (14.º).

Seleção de futsal da AF Beja: uma vitória e três derrotas

Mais talentos em Lisboa e Leiria As seleções distritais de Lisboa e Leiria apuraram-se para a final nacional do Torneio Interassociações de Futsal Sub/20, onde encontrarão as equipas de Braga e Porto. Texto e foto Firmino Paixão

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eja e Vidigueira foram os palcos da fase zonal sul do Torneio Nacional Interassociações de Futsal Sub/20, organizado pela Federação Portuguesa de Futebol, em parceira com a Associação de Futebol de Beja e com o apoio dos municípios de Beja e Vidigueira. A zona norte competiu na cidade da Guarda, onde se qualificaram as seleções de Braga e Porto. No próximo mês de fevereiro vai realizar-se a final nacional, para conhecer a sucessora de Lisboa (vencedora em 2011/ 2012) e do Porto (vencedor em 2008/2009). O selecionador nacional da modalidade, Jorge Brás, privilegiou o acompanhamento da zona sul durante os três dias em que se disputou a competição e, no final, disse ao “Diário do Alentejo” que “a Federação Portuguesa de Futebol tem tido a preocupação de escolher locais onde o futsal está menos desenvolvido, quer através da presença da seleção A, quer com estágios ou torneios interassociações” e que já contemplaram “quase todos os distritos com eventos da modalidade, o que é extremamente importante”. O técnico assumiu ainda: “Foi muito agradável estarmos em Beja e sei que na Guarda também foi positivo. Fomos muito bem acolhidos e a organização foi de excelência, com tudo a correr muito bem”. E lembrou: “Agora esperamos que isto possa dar mais incentivo ao desenvolvimento do futsal e que se mantenha esta dinâmica, esta visibilidade e nós cá estaremos para ajudarmos no que for necessário”. Jorge Brás afirmou também que “o principal objetivo do torneio interassociações é a observar, ver quem aparece com qualidade e referenciar esses valores”. E assegurou: “Temos observado gente com

Torneio Interassociações de futsal Selecção da AF Beja ganhou um jogo e perdeu três, não conseguindo o apuramento

muito valor, agora, é preciso também que eles percebam que têm que trabalhar no dia a dia nos clubes, que é onde passam a maioria do tempo, e devem manter a qualidade de treino, aperfeiçoarem os princípios, as posturas e os comportamentos, para poderem ser cada vez melhores”. O técnico nacional confessou: “Levo daqui impressões extremamente positivas, além da qualidade da maioria dos jogadores, também a qualidade organizativa da maioria das equipas, ou seja, seleções que, embora tenham um volume reduzido de trabalho, conseguem incutir já nos jogadores os princípios do que é estar numa seleção, do que é fazer um trabalho curto, mas com qualidade para chegarem até aqui e funcionarem como equipa”. E revelou: “Isso verificou-se na maioria das seleções e nota-se até alguma evolução de ano para ano, sobretudo também ao nível da qualidade individual de muitos jogadores que por aqui passaram nestes três dias”. Miguel Carvalho: “Ganhar experiência competitiva” O selecio-

nar distrital da AF Beja, Miguel Carvalho, considerou positiva a participação da sua equipa,

acentuando: “O intuito era tentar que o futsal desse mais um passo em frente no nosso distrito. Trazer estes jovens à seleção regional foi um incentivo para que continuem na modalidade e que sejam exemplo para que possam vir outros”. E

Resultados PAVILHÃO JOÃO SERRA MAGALHÃES, EM BEJA

Setúbal-Évora, 3-4 Leiria-Algarve, 6-4 Santarém-Setúbal, 1-7 P. Delgada-Angra do Heroísmo, 1-7 Beja-Setúbal, 7-5 Lisboa-Angra do Heroísmo, 4-2 Ponta Delgada-Beja, 4-3 Leiria-Santarém, 1-1 (5-4 gp) Lisboa-Évora, 8-2 PAVILHÃO DE DESPORTOS DE VIDIGUEIRA

Santarém-Beja, 3-0 Ponta Delgada-Lisboa, 0-11 Évora-Beja, 3-1 Leiria-Portalegre, 1-0 Évora- Santarém, 2-1 Algarve-Portalegre, 8-2 Setúbal-Portalegre, 7-0 Angra do Heroísmo-Algarve, 4-2

assumiu: “Queremos que este torneio seja o alavancar de um projeto que permita termos competições de futsal do nosso distrito nos escalões de formação”. Quanto aos objetivos desportivos da equipa, o técnico disse: “Naturalmente que estabelecemos metas, queríamos ganhar jogos e ficar nos dois primeiros lugar do grupo. Não foi possível, ganhámos apenas um jogo, mas o objetivo principal, que era ganhar experiência competitiva e gosto pela modalidade, foi conseguido. Fomos competitivos durante todo o torneio, embora perdendo, não fomos inferiores a equipa nenhuma, ganhámos a Setúbal, que é uma excelente seleção, por isso acho que os jogadores estão de parabéns”. O técnico referiu também que “no ano passado foi o primeiro ano que existiu esta seleção e o recrutamento foi muito diminuto”: “Tínhamos só 11 atletas e podíamos selecionar 12, este ano já foi diferente, tínhamos 26 jogadores sub/20 no distrital e esperamos que nos próximos anos surjam mais jovens a praticar futsal, para que possamos mostrar mais qualidade neste tipo de competições”, concluiu.

Policiamento José Saúde

O futebol é uma modalidade que se adapta, por enquanto, às vicissitudes emergentes de uma sociedade verdadeiramente empobrecida. O povo anda de tanga. Todavia, nada o dissuade de uma visita domingueira ao campo de jogos onde a equipa espalha o perfume do seu futebol. A plebe, à nora com o orçamento familiar, agradece. A população vibra com os feitos do seu emblema e as multidões, mesmo pequenas, marcam presença em volta do retângulo de jogo. Claro que o intenso fervor do passado foi-se diluindo, dando agora lugar a uma constante ausência de público e os responsáveis dos clubes tentam, obviamente, alterar o rumo dos acontecimentos. Sei que o policiamento tem sido uma temática reivindicada pelos clubes, tendo em linha de conta os custos que daí advêm. Os dirigentes queixaramse que os orçamentos são cada vez mais reais ao tempo. Conhecemos essa inquestionável realidade. Deparamo-nos com público pagante a assistir aos jogos que se contam pelos dedos das mãos. Havia pois que inverter o apuro das receitas de bilheteira. Neste contexto, chega-nos ao conhecimento que 50 por cento dos clubes da AF Beja que praticam futebol sénior assumem, agora, a segurança dos próprios jogos, remetendo o policiamento para um conjunto de pessoas, referidas no relatório do árbitro, que arcam com a responsabilidade da respetiva seguridade. Reconheço que nem tudo é fiável. Desacatos sempre os houve no mundo desportivo. Refiro, por exemplo, que no pretérito sábado, num jogo a contar para o distrital de juniores que opôs o Cabeça Gorda e o Despertar, um jogador da casa terá pressupostamente agredido o árbitro, António Bernardino, mesmo com as forças policiais previamente requisitadas. A emotividade do rapaz cantou mais alto. Atitude simplesmente deplorável. Aplaudo, isso sim, a dedicação dos dirigentes no seu ato de assumir responsabilidades no que concerne ao contexto da segurança. Minimizar custos é matéria que se impõe.


institucional diversos Diário do Alentejo n.º 1604 de 18/01/2013 Única Publicação

Diário do Alentejo n.º 1604 de 18/01/2013 Única Publicação

Ministério da Solidariedade e da Segurança Social Instituto da Segurança Social, IP CÂMARA MUNICIPAL DE CASTRO VERDE

EDITAL Nº 3/2013 FRANCISCO JOSÉ CALDEIRA DUARTE, PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DO CONCELHO DE CASTRO VERDE. Torna Público, que não sendo possível apurar a identificação e o paradeiro da totalidade dos herdeiros do prédio urbano, sito na Rua do Altinho, nº 2 na localidade dos Geraldos, Freguesia e Concelho de Castro Verde, inscrito na matriz predial urbano sob o artigo nº 656 da freguesia de Castro Verde, em nome de Francisco Luís Alves, procede-se de acordo com o disposto no artigo 70º, nº 1 alínea d), do Código do Procedimento Administrativo; Dadas as circunstâncias, ficam pelo presente Edital notificados os herdeiros do prédio urbano, sito na Rua do Altinho nº 2 (anteriormente designada pela Rua nº 4) em Gerados, de que foi marcada uma vistoria ao abrigo dos artigos 89º e 90º do Decreto-Lei nº 555/99 de 16 de Dezembro, na redacção conferida pelo Decreto-Lei nº 26/2010 de 30 de Março, para verificação das respectivas condições de segurança, salubridade e arranjo estético; Mais, faz-se saber que, nos termos do disposto no nº 3 do artigo 90º do mesmo diploma legal, “ até à véspera da vistoria, os proprietários podem indicar um perito para intervir na vistoria a formular os quesitos a que deverão responder os técnicos nomeados”; A vistoria será efectuada no próximo dia 30 de Janeiro do corrente ano, às 11 h, pela Comissão de Vistoria da Câmara Municipal de Castro Verde, devendo os respectivos herdeiros, ou alguém por eles designado, comparecerem no local para permitir o acesso ao interior do imovel; Para constar se publica o presente edital e outros de igual teor, que vão ser afixados na porta do imóvel em causa, na sede do Município, na respectiva Junta de Freguesia e nos lugares públicos do costume e no Jornal Diário do Alentejo. Paços do Município de Castro Verde, aos dez dias do mês de Janeiro de dois mil e treze. O Presidente da Câmara, Francisco José Caldeira Duarte

Diário do Alentejo n.º 1604 de 18/01/2013 Única Publicação

CONVOCATÓRIA Nos termos do artigo 23.°, parágrafo 3.° dos Estatutos, convoco a Assembleia Geral desta Cooperativa, para reunir em sessão extraordinária, na sede desta Cooperativa, sita no Bairro Industrial para o dia 15 de Fevereiro de 2013, pelas 17,30 horas, com a seguinte ordem de trabalhos: 1 . Eleições (Corpos Sociais para o trienio 2013/2015) 2. Outros assuntos de interesse para a Cooperativa. Vidigueira, 14 de Janeiro de 2013. O Presidente da Mesa da Assembleia Geral José António Batuca Pereira

Caducidade da licença de funcionamento do estabelecimento de apoio social licenciado, denominado “Letras Divertidas” propriedade de Letras Divertidas Unipessoal, Lda., sito em Beja na Rua Infante Dom Henrique n. 6 A - 1°. Dando cumprimento ao disposto no artigo 40.º do DecretoLei n.º 64/2007, de 14 de março, alterado pelo Decreto-Lei n° 99/2011, de 28 de setembro torna-se público que, por despacho de 07/12/2012 da Senhora Diretora do Centro Distrital de Beja do Instituto da Segurança Social, IP, proferido ao abrigo do preceituado no artigo 21° do mesmo diploma, foi determinada a caducidade da licença de funcionamento do estabelecimento de apoio social com fins lucrativos, que exercia actividades de apoio social na resposta social de Centro de Atividades de Tempos Livres, denominado “Letras Divertidas”, propriedade de Letras Divertidas Unipessoal, Lda., sito em Beja na Rua Infante Dom Henrique n. 6 A - 1°, por se ter verificado que ocorreu uma interrupção da actividade prestada por um período superior a cinco anos. A reabertura do estabelecimento contrariando este despacho, faz incorrer o proprietário em crime de desobediência previsto e punido na alínea b) do artigo 348° do Código Penal. Data 17/12/2012. A Diretora Helena Barreto

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Diário do Alentejo n.º 1604 de 18/01/2013 Única Publicação

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Processo: 1 106/12.9TBBJA Interdição / Inabilitação Requerente: Ministério Público Requerido: Maria Joaquina Revez N/Referência: 2442924 Data: 06-12-2012 Faz-se saber que foi distribuída neste tribunal, a ação de Interdição/ lnabiitação em que é requerido Maria Joaquina Revez, com residência em domicílio: Centro Social e Paroquial do Salvador, Beja, 7800-000 Beja, para efeito de ser decretada a sua interdição por anomalia psíquica. A Juiz de Direito, Drª Celine Alves O Oficial de Justiça, Maria Paula Reis

DECLARAÇÃO Manuel Diogo Martins vem por este meio formalizar um pedido de desculpas ao Sr. Dr. Sol. Pedro Alexandre Bastos Brandão, pelas expressões proferidas e atitude assumida pela ora declarante, aquando da sua deslocação profissional à residência do signatário, no dia 21/01/2010. Pelos factos acontecidos, lamenta profundamente a sua atitude, a todos os títulos condenável.

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Empresa Portuguesa inserida em grupo Multinacional pretende recrutar colaboradores para integrar a Direção Administrativa e Financeira na área de Contabilidade e Controlo de Gestão

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Diário do Alentejo n.º 1604 de 18/01/2013 Única Publicação

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Manuel Matias – Isabel Lima – Miguel Oliveira e Castro – Jaime Cruz Maurício Ecografia | Eco-Doppler Cor | Radiologia Digital Mamografia Digital | TAC | Uro-TC | Dental Scan Densitometria Óssea Nova valência: Colonoscopia Virtual Acordos: ADSE; PT-ACS; CGD; Medis, Multicare; SAMS; SAMS-quadros; Allianz; WDA; Humana; Mondial Assistance. Graça Santos Janeiro: Ecografia Obstétrica Marcações: Telefone: 284 313 330; Fax: 284 313 339; Web: www.crb.pt Rua Afonso de Albuquerque, 7 r/c – 7800-442 Beja e-mail: cradiologiabeja@mail.telepac.pt

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António Lopes – Aurora Alves – Helena Martelo – Montes Palma – Maria João Hrotko – Médicos Radiologistas – Convenções: ADSE, ACS-PT, SAD-GNR, CGD, MEDIS, SSMJ, SAD-PSP, SAMS, SAMS QUADROS, ADMS, MULTICARE, ADVANCE CARE Horário: de 2ª a 6ª feira, das 8 às 19 horas e aos sábados, das 8 às 13 horas Av. Fialho de Almeida, nº 2 7800 BEJA

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Dr. Sidónio de Souza – Pneumologia/Alergologia/ Desabituação tabágica – H. Pulido Valente Dr. Fernando Pimentel – Reumatologia – Medicina Desportiva – Instituto Português de Reumatologia de Lisboa Dr.ª Verónica Túbal – Nutricionismo – H. de Beja Dr.ª Sandra Martins – Terapia da Fala – H. de Beja Dr. Francisco Barrocas – Psicologia Clínica/Terapia Familiar – Centro Hospitalar do Baixo Alentejo. Dr. Rogério Guerreiro – Medicina preventiva – Tratamento inovador para deixar de fumar Dr. Gaspar Cano – Clínica Geral/ Medicina Familiar Dr.ª Nídia Amorim – Psicomotricidade/Educação Especial e Reabilitação Dr. Sérgio Barroso – Especialista em Oncologia – H. de Beja Drª Margarida Loureiro – Endocrinologia/Diabetes/ Obesidade – Instituto Português de Oncologia de Lisboa Dr. Francisco Fino Correia – Urologia – Rins e Vias Urinárias – H. Beja Dr. Daniel Barrocas – Psiquiatria – Hospital de Évora Dr.ª Lucília Bravo – Psiquiatria H.Beja , Centro Hospitalar de Lisboa (H.Júlio de Matos). Dr. Carlos Monteverde – Medicina Interna, doenças de estômago, fígado, rins, endoscopia digestiva. Dr.ª Ana Cristina Duarte – Pneumologia/ Alergologia Respiratória/Apneia do Sono Dr.ª Isabel Santos – Psiquiatria de Infância e Adolescência/Terapeuta familiar – Centro Hospitalar do Baixo Alentejo Dr.ª Paula Rodrigues – Psicologia Clínica – Hospital de Beja Dr.ª Luísa Guerreiro – Ginecologia/Obstetrícia Dr. Luís Mestre – Senologia (doenças da mama) – Hospital da Cuf – Infante Santo Dr. Jorge Araújo – Ecografias Obstétricas Dr.ª Ana Montalvão – Hematologia Clínica /Doenças do Sangue – Hospital de Beja Dr.ª Ana Cristina Charraz – Psicologia Clínica – Hospital de Beja Dr. Diogo Matos – Dermatologia – Hospital Garcia da Orta. Dr.ª Madalena Espinho – Psicologia da Educação/ Orientação Vocacional Dr.ª Ana Margarida Soares – Terapia da Fala Dr.ª Maria João Dores – Psicomotricidade/Educação Especial e Reabilitação Enfermeira Maria José Espanhol – Enfermeira especialista em saúde materna/Cuidados de enfermagem na clínica e ao domicílio/Preparação pré e pós parto/amamentação e cuidados ao recémnascido/Imagem corporal da mãe – H. de Beja Marcações diárias pelos tels. 284 322 503 Tm. 91 7716528 | Tm. 916203481 Rua Zeca Afonso, nº 6, 1º B, 7800-522 Beja Clinipaxmail@gmail.com www.clinipax.pt

Clínica Médico-Dentária de S. FRANCISCO, LDA. Gerência de Fernanda Faustino Acordos: SAMS, ADMG, PSP, A.D.M.E., Portugal Telecom e Advancecare

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23 Diário do Alentejo 18 janeiro 2013


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24 Diário do Alentejo 18 janeiro 2013

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Vidigueira PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO

Funerais – Cremações – Trasladações - Exumações – Artigos Religiosos BEJA

BERINGEL

BEJA

Vidigueira PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO

SÃO MATIAS

†. Faleceu a Exma. Senhora D. MARCELINA MARTINS CAETANO, de 66 anos, natural de Beringel - Beja, viúva. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 10, da Casa Mortuária de Beringel, para o cemitério local.

†. Faleceu o Exmo. Senhor

†. Faleceu a Exma. Senhora

†. Faleceu a Exma. Senhora

INÁCIO AUGUSTO PAIXÃO, de 89 anos, natural de São João Baptista - Beja, viúvo. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 11, das Casas Mortuárias Beja, para o cemitério desta cidade.

D. IVONE CORREIA PERPETUA, de 84 anos, natural de Salvador - Beja, solteira. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 11, da Igreja Paroquial do Carmo, para o cemitério de Beja.

D. MARIA JÚLIA MONTINHO ABRIL, de 88 anos, natural de São Matias - Beja, viúva. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 12, da Igreja Paroquial de São Matias, para o cemitério local.

SÃO MATIAS

BEJA / SALVADA

BEJA

SANTA VITÓRIA

Maria Matilde de Brito Baía Gomes Barão 2.º Ano de Eterna Saudade A sua família participa a todas as pessoas de suas relações e amizade que será celebrada missa pela sua ente querida no dia 22/01/2013, terça-feira, pelas 9 horas, na Capela do Convento das Carmelitas, em Beja, e agradecem desde já a todos que nela participarem.

MISSA †. Faleceu o Exmo. Senhor

†. Faleceu o Exmo. Senhor

†. Faleceu o Exmo. Senhor

†. Faleceu o Exmo. Senhor

JOÃO CÉSAR BORGES ENTEIRIÇO, de 79 anos, natural de Cuba - Cuba, viúvo. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 12, da Igreja Paroquial de São Matias, para o cemitério local.

MANUEL RODRIGUES, de 88 anos, casado com a Exma. Sra. D. Maria Vicente Rosa Pacheco Rodrigues. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 12, da Igreja Paroquial do Carmo em Beja, para o cemitério da Salvada.

HORÁCIO ANTÓNIO CÂNDIDO PEREIRA, de 75 anos, natural de Beringel Beja, viúvo. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 13, das Casas Mortuárias Beja, para o cemitério desta cidade.

MANUEL DOMINGOS CAMÕES, de 85 anos, natural de Garvão - Ourique, casado com a Exma. Sra. D. Augusta da Conceição Afonso. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 13, da Casa Mortuária de Santa Vitória, para o cemitério local.

BEJA

BEJA

TRIGACHES

Maria Josefa Estrela Coxinho Miguinhas Seu esposo, filhas, genros, netos e restante família cumprem o doloroso dever de participar o falecimento da seu ente querida ocorrido no dia 09/01/2013, e, na impossibilidade de o fazerem pessoalmente, vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que a acompanharam à sua última morada ou que de outra forma manifestaram o seu pesar.

Maria Petronila Quítalo Teles Sobrinhos e restante família cumprem o doloroso dever de participar o falecimento da seu ente querida ocorrido no dia 09/01/2013, e, na impossibilidade de o fazer em pessoalmente, vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que a acompanharam à sua última morada ou que de outra forma manifestaram o seu pesar.

AGRADECIMENTO E MISSA DO 30.º DIA

MISSA DO 30.º DIA

Florinda Afonso Baltazar

†. Faleceu a Exma. Senhora D. NARCISA BÁRBARA BEXIGA GONÇALVES CASIMIRO, de 84 anos, natural de Cabeça Gorda Beja, casada com o Exmo. Sr. José Martins Casimiro. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 13, das Casas Mortuárias Beja, para o cemitério desta cidade.

†. Faleceu o Exmo. Senhor

†. Faleceu o Exmo. Senhor

SR. DIOGO EDUARDO SOUSA MIGUEL, de 76 anos, natural de Amareleja Moura, casado com a Exma. Sra. D. Vitória das Neves Brázio Cruz. O funeral a cargo desta Agência realizouse no passado dia 15, da Igreja Paroquial do Carmo, para o cemitério de Beja.

SR. JOAQUIM ANTÓNIO RIBEIRO, de 72 anos, natural de Beringel - Beja, casado com a Exma. Sra. D. Vitória Maria Milhano Costa. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 16, da Casa Mortuária de Trigaches, para o cemitério local.

6.º Ano de Eterna Saudade Faz seis anos de eterna saudade no dia 19/01/2013 que partiste. Seu marido, filhos, netos e familiares vão assistir a um ato religioso que é uma missa pela sua alma, no dia 19/01/2013, sábado, às 18 e 30 horas, na Igreja da Sé, em Beja.

Às famílias enlutadas apresentamos as nossas mais sinceras condolências.

Serpa PARTICIPAÇÃO

Consulte esta secção em www.funerariapax-julia.pt ou siga-nos em www.facebook.com/funepaxjulia Diário do Alentejo n.º 1604 de 18/01/2013 Única Publicação

MISSA

MINISTÉRIO DA ECONOMIA E DO EMPREGO DIREÇÃO GERAL DE ENERGIA E GEOLOGIA

AVISO Faz-se público, nos termos e para efeitos do n° 1 do artigo 6° do DecretoLei no 88/90, de 16 de março e do n° 1 do art° 1º do Decreto-Lei n° 181/70, de 28 de abril, que MAEPA – Empreendimentos Mineiros e Participações, Lda., requereu a ampliação da área denominada CAVEIRA publicitada em 16 de maio de 2011 (Diário da República, n.º 94, 2.ª série) para direitos de prospeção e pesquisa de cobre, chumbo, zinco, ouro e prata, e que foi atribuída por contrato celebrado em 17 de setembro de 2009, para uma área localizada nos concelhos de Grândola, Alcácer do Sal, Ferreira do Alentejo e Santiago do Cacém, delimitada pela poligonal cujos vértices se indicam seguidamente, em coordenadas Hayford-Gauss,DATUM 73, (Melriça): Área total do pedido de ampliação de área: 360,335 km2 VÉRTICE MERIDIANA (m) PERPENDICULAR (m) 1 -34000 -161800 2 -17527 -172763 3 -12835 -180419 4 -20000 -179400 5 -20000 -174589 6 -28794 -171767 7 -33895 -169164 8 -40000 -168921 9 -52216 -168432 10 -52216 -155081 11 -35650 -155100 12 -34700 -157600 Convidam-se todos os interessados a apresentar reclamações, ou a manifestarem preferência, nos termos do n° 4 do art° 13° do Decreto-Lei 90/90, de 16 de março, por escrito com o devido fundamento, no prazo de 30 dias a contar da data da publicação do presente Aviso no Diário da República. O pedido está patente para consulta, dentro das horas de expediente, na Direção de Serviços de Minas e Pedreiras da Direção-Geral de Energia e Geologia, sita na Avª 5 de Outubro, 87-5° Andar, 1069-039 LISBOA, entidade para quem devem ser remetidas as reclamações. O presente aviso e demais elementos estão também disponíveis na página eletrónica desta Direção-Geral. Direção Geral de Energia e Geologia, em 9 de janeiro de 2013. O subdiretor geral Carlos A.A.Caxaria

Maria dos Prazeres Garrido Marido, filha, genro e netas mandam celebrar missa pela sua ente querida após o 6.º ano do seu falecimento, no dia 22 de janeiro de 2013, terça-feira, às 18 e 30 horas, na Igreja do Carmo, em Beja. Antecipadamente agradecem a familiares e amigos que se associem a este piedoso ato.

É com pesar que participamos o falecimento da SRA. D. MARIA LUÍSA ROSÁRIO SIMÃO ocorr ido no dia 15/01/2013, de 65 anos, natural de Ferreira do Alentejo, casada com o Sr. Manuel Carlos da Luz Gomes. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no dia 16/01/2013 pelas 16.30 horas, da Casa Mortuária de Serpa para o cemitério local. Apresentamos à família as cordiais condolências.

Caetano Alberto Torpes Esposa e filhas vêm por este meio agradecer reconhecidamente a todos os profissionais de saúde do Hospital de Dia, Serviço de Urgência e 6.º piso (SEC) do Hospital José Joaquim Fernandes, em Beja, pela forma carinhosa e dedicada com que trataram o seu familiar. A todos, obrigada! Participam ainda que será celebrada missa no dia 19/01/2013, sábado, na Igreja do Carmo, pelas 18 e 30 horas.

Maria Helena da Cruz Neves Suas filhas e restante família participam a todas as pessoas de suas relações e amizade que será celebrada missa pelo eterno descanso da sua ente querida no dia 25 de janeiro de 2013, sexta-feira, pelas 18 horas, na Igreja de Santa Maria, em Beja. Agradecem desde já a todos os que se dignarem comparecer.

AGÊNCIA FUNERÁRIA SERPENSE, LDA Gerência: António Coelho Tm. 963 085 442 – Tel. 284 549 315 | Rua das Cruzes, 14-A – 7830-344 SERPA

Francisco Adelino Neves de Mira 40 anos de Eterna Saudade

No nosso pensamento vives eternamente como antes desse cruel dia em que o destino te roubou ao convívio, tão querido dos nossos corações. Teus familiares e amigos.

CEDE-SE Salão de jogos “Chave-D’Ouro” Informa o proprietário no local, a partir das 22 horas (Rua Conde da Boavista, n.º 6, r/chão, em Beja)


25 Diário do Alentejo 18 janeiro 2013

Todas as semanas os leitores do “Diário do Alentejo” vão ter descontos. Os anúncios desta secção pretendem, por um lado, dar um impulso à economia local e, por outro, ajudar os consumidores neste tempo de crise. Aproveite as oportunidades.

76%

É a percentagem de leitores de jornais que no distrito de Beja todas as semanas leem o “Diário do Alentejo” na sua versão papel. No Facebook, todos os dias, mais de 4 000 leitores seguem a atualidade regional na página do “DA”.

Notícias de Beja

A Planície

Correio Alentejo

Diário do Alentejo

Fonte: Marktest. Relatório de resultados da imprensa regional no período compreendido entre abril de 2010 e março de 2011

www.diariodoalentejo.pt

facebook.com/diariodoalentejo


Beja acolhe rastreios auditivos gratuitos

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O Centro MiniSom, em Beja promove hoje, sexta-feira, entre as 9 e 30 e as 18 e 30 horas, um rastreio auditivo gratuito, aberto a toda a população. Para além da avaliação do estado da sua saúde auditiva, os participantes no rastreio serão presenteados com uma oferta especial. Esta iniciativa, inserida na campanha “Dar ouvidos a Portugal”, lançada pela MiniSom, pretende informar e sensibilizar a população para os fatores de risco associados à perda auditiva. Desta forma, a líder especialista em serviços e aparelhos auditivos alerta para a importância da deteção e diagnóstico precoces como fator decisivo para uma reabilitação eficaz.

Empresas

Vinha das Servas tinto já disponível num restaurante ou garrafeira perto de si A Herdade das Servas e a família Serrano Mira têm já no mercado a sua primeira proposta para 2013. O “Vinha das Servas tinto 2011” está disponível num restaurante, garrafeira ou loja selecionada perto de si, de norte a sul do País. Este assume-se como um tinto descomplicado e para consumir no dia a dia, que combina duas das mais clássicas castas alentejanas – Aragonez (40 por cento) e Trincadeira (30 por cento) – e mais duas castas estrangeiras que chegaram para ficar e vencer no Alentejo – Syrah (15 por cento) e Alicante Bouschet (15 por cento).

Halo Halo ote tera rapi piaa ou pi o tter erap apia ia d de sal é cons co nsid ider erad ad da um u a terapia alteern rnat a ivva p ed pr edom o in om nan ante t nos te o paí aísees daa Europa oriental, cuj uja uttilliz izaç a ão o da terap apêu utica c aumento tou u dura du u an ntte a Idade Média, a no en e ta tantto,, ssó ó agora se está a diss ssem emin inar arr pel elo lo ocidente. Ba Baseia-se nu um ga gabi bine bi n te especial con on nst stru r íd ru ído o co com sa sal on nde d o aerossol ol de sal é diissssem min nad do consta taant n em ementee no aarr parra qu emen que os p pac aaccie ient ient ntes tes o res espiire rem. m. Oss tratam tr attamen am mento en nto tos co cont ntin inua uad do os dee haallo h otteera rapia po pode dem de m co ond duz uzir uzi ir, r, een ntre tre 70 0 e 80 po por ce cent nto do nto doss caso caso ca os, s, à reegr gres essãão da das do doen doen ença ença ças. s.

Haloterapia combate várias doenças

Primeiro centro com terapia de sal abre em Beja no dia 21 Chama-se Halovida e é o primeiro centro de haloterapia a abrir em Beja, já no próximo dia 21. A haloterapia consiste na utilização do sal para tratar problemas do aparelho respiratório, entre outros. É reconhecida desde há muitos séculos como uma abordagem exclusiva e natural no alívio dos sintomas de várias doenças respiratórias e dermatológicas. Considerada uma das mais recentes inovações tecnológicas, a terapia do halo, alternativa e não evasiva, permite ao paciente a inalação de micropartículas de sal tratado. Publireportagem Sandra Sanches

P

ropriedade de Maria e Evaristo Amaro, abre portas já no próximo dia 21 o primeiro centro de haloterapia de Beja, cuja missão é melhorar a qualidade de vida de todas as pessoas que sofrem de sintomas de doenças respiratórias e dermatológicas. A ideia do casal surgiu da necessidade de se adaptarem à realidade comercial tendo, após uma pesquisa acerca das oportunidades de negócio para instalar em Beja, enveredado por um caminho medicinal para que a população olhe cada vez mais pela sua saúde e comprove que a terapia é, sem dúvida, de uma eficácia significativa.

O espaço Halovida é composto por um gabinete para consultas de especialidade, gabinetes de estética e massagens, sala para modalidades de ginástica em grupo e por uma câmara de sal que tem associado um ambiente original de uma caverna de sal, em que o aerossol seco natural do cloreto de sódio (sal) quando inalado é considerado como o principal fator curativo deste microclima. A câmara ou sala de sal é uma reprodução das grutas de sal subterrâneas usadas para fins terapêuticos e reproduz um ambiente natural. Os utentes sentam-se em cadeiras confortáveis e as paredes, o teto e o soalho da sala são cobertos com quatro camadas de sal. Carateriza-se por ser um espaço seco, estéril e hermético, onde é normalmente adicionada a difusão de música calma para ajudar o paciente a relaxar. A câmara de sal da Halovida dispõe de todo o conforto para este fim terapêutico e tem capacidade para oito adultos e quatro crianças em simultâneo. Para se usufruir desta terapia não se olha a idades e não se tem necessariamente que sofrer de alguma patologia, no entanto, a mesma recomenda-se essencialmente em três áreas de doenças e alergias: nos tratamentos para doenças do foro respiratório (asma brônquica, bronquite crónica, tosse de fumador, fibrose cística,

enfisema, amigdalite, otite média e faringite, tosse, febre do feno, rinite, sinusite e repetidas infeções virais); na área da pele (dermatose, eczema e psoríase), em que o sal terá o poder de destruir as bactérias; e na área da saúde mental, aliviando a terapêutica o stress e a ansiedade devido à saturação do ambiente com iões negativos. E porque o centro do Halovida está sensibilizado para as dificuldades que a população atravessa, disponibiliza uma tabela de preços individuais e em pacotes muito acessíveis. Maria Amaro, questionada quanto às perspetivas para o futuro do Halovida face à conjuntura económica e fiscal do País, pouco favorável para investimentos, refere que “ainda existem áreas onde se pode conjugar a vertente comercial com a satisfação pessoal, sempre com a esperança de que os portugueses possam retomar a sua alegria e legitimidade na perspetiva de um futuro mais risonho”. Esta é a postura do Halovida, a aposta num ramo em que a vertente de colaborar para uma melhoria da saúde dos seus clientes implica uma plena satisfação pessoal. Desta forma, o Halovida propõe a toda a população que sofra de doenças do aparelho respiratório e doenças do foro dermatológico que “não hesite em visitar a câmara de sal” e os “gabinetes de estética”, onde a beleza e a saúde “não custam tanto”.

BPI celebra protocolo de cooperação com EDIA O BPI assinou um protocolo de cooperação com a EDIA – Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva, que visa beneficiar empresários e agricultores que pretendam instalar-se no perímetro de atividade do Empreendimento de Fins Múltiplos do Alqueva (EFMA). Este acordo tem como objetivo criar um instrumento de colaboração bilateral que irá permitir, através do apoio do BPI, investir em infraestruturas de apoio à utilização da água, bem como quaisquer outros investimentos de melhoria da rentabilidade e competitividade das explorações agrícolas do EMFA. O BPI disponibilizará soluções de financiamento a curto, médio e longo prazo, oferecendo condições especiais de crédito aos agricultores que pretendam desenvolver a sua atividade no EMFA. Ao assinar este protocolo com a EDIA, o BPI reforça o apoio aos empresários do setor agrícola e contribui para o desenvolvimento económico e social da região alentejana.

Aldeia alentejana produz enchidos com origem catalã Enchidos tradicionais produzidos numa aldeia do Alentejo, Azaruja, cujas receitas foram “importadas” há quase 200 anos da região espanhola da Catalunha, vão ser certificados e comercializados por produtores locais para preservar a tradição e gerar novos negócios. Botifarra, batateira e linguiça são enchidos de origem catalã, feitos à base de carne de porco, e que alguns habitantes da aldeia Azaruja, no concelho de Évora, sobretudo os mais velhos, confecionam para “consumo interno”. Na salsicharia da empresa carnes Assuda, que tem lojas em Azaruja e Évora, começaram já a ser produzidas recentemente as primeiras botifarras devidamente certificadas para venda ao público nos seus talhos.

“Dê rumo aos seus sapatos” arrancou esta semana A Botaminuto, rede nacional de concertos de calçado, lançou esta semana a sexta edição da campanha anual de recolha de sapatos usados para doação a cerca de 70 instituições de solidariedade social, que depois os farão chegar criteriosamente a milhares de pessoas carenciadas em todo o País. “Dê rumo aos seus sapatos – ajude quem mais precisa” é o lema da campanha deste ano, que desafia os portugueses a darem uma segunda oportunidade aos seus sapatos usados e a ajudarem quem mais necessita. Depois de doados, todos os sapatos são triados pela Botaminuto e entregues às dezenas de instituições beneficiárias que, de norte a sul de Portugal, os farão chegar a quem mais precisa. Os interessados poderão doar os seus sapatos em qualquer uma das mais de 30 lojas Botaminuto até ao dia 15 de fevereiro.


A Biblioteca Municipal de José Saramago, de Odemira, em parceria com a Associação Sopa dos Artistas, promove um concurso de banda desenhada junto de um público juvenil e adulto. Se tens 16 anos chegou a oportunidade de mostrar o teu talento nesta área. Esta iniciativa decorrerá até dia 30 de março, mas, atenção, só tens até ao dia 20 de fevereiro para apresentar o teu trabalho a concurso. Vê programa próprio em www.cm-odemira.pt

27 Diário do Alentejo 18 janeiro 2013

7.ª Mostra de Banda Desenhada de Odemira

Acontece O programa “Rotas de Leitura” 2013 já arrancou na Biblioteca José Saramago, em Beja, e visa promover a leitura. São “rotas de leitura” que permitem aos pais, educadores e professores iniciarem as crianças neste mundo da leitura desde bem pequeninos, como é o caso de “Cantos de Colo e Embalo” e “Histórias Para Fazer Tem Tem”, ambos com programa próprio, um até aos seis meses e outro até aos 12 meses. Passo a passo este crescimento mantém-se e chegam as “Leituras de Cueiros”, “Patati Patatá”, “Histórias de Déu em Déu”. E num ar temos as nossas crianças a dar sozinhas os primeiros passos entre letras no “Clube dos Papa Livros”, mas, atenção pais, eles ainda podem cair, por isso é preciso continuar esta viagem a segurá-los pela mão. A par destas atividades há também oficinas que enchem a barriga de outras maneiras de ler. Para programação específica pode enviar um mail para bibliotecamunicipaldebeja@cm-beja.pt

A páginas tantas... Achimpa, de Catarina Sobral, editado pela Orfeu Negro, conta-nos a história de um investigador que um dia descobriu uma nova palavra, “achimpa”, claro. Claro que também ninguém sabia o seu significado nem a que classe de palavras pertencia. O resultado é que todas as pessoas começaram a usar “achimpa” quando bem entendiam: “Que coisa achimpíssima” ou “Essa questão vai ser resolvida achimpadamente”. E todos achimparam, deixaram de achimpar e achimpariam indefinidamente, não fosse ter havido nova descoberta nesta história… Um livro divertido para leitores achimpíssimos! Se quiseres conhecer mais sobre o trabalho desta ilustradora vai até http://catarinasobral.com

À solta Não tarda nada e está aí o Carnaval, por isso, e ao longo dos próximos números, vamos deixar-te algumas sugestões para que tu possas facilmente, e com poucos custos, fazer o teu disfarce.

Dica da semana O trabalho que te trazemos é da artista inglesa Kirsty Elson. Estudou ilustração, mas seu trabalho mais marcante anda muito mais próximo da escultura. Vê mais em http://www.kirstyelsondesigns.co.uk/ ou no blog http://www.sixtyonea.blogspot.pt/


28 Diário do Alentejo 18 janeiro 2013

A Luana é uma cadelinha de oito meses muito dócil. Andava assustada e perdida nas ruas de Beja. Foi recolhida provisoriamente por uma senhora mas esta não tem hipótese de ficar com ela e terá de ir para o canil. Lá correrá muitos riscos e poderá não sobreviver. Procuramos família de acolhimentos ou uns donos que queiram adotar esta patuda muito simpática. Já está desparasitada e em breve poderá ser vacinada. Venham conhecê-la ao Cantinho dos Animais de Beja. Contactos: 962432844. sofiagoncalves.769@hotmail.com

Letras

Boa vida Comer Cação frito com arroz de pimentos Ingredientes para o cação (quatro pessoas): 800 gr. de cação fresco; q.b. de sal grosso; q.b. de pimenta branca moída; 8 dentes de alho; q.b. de farinha de trigo; q.b. de azeite. Ingredientes para o arroz: 320 gr. de arroz carolino; 1 cebola; 2 dentes de alho; q.b. de água; 1 dl. de azeite; q.b. de sal. Confeção do cação: Depois de lavado corte o cação em postas finas. Tempere com sal, pimenta e os alhos laminados. Passe por farinha de trigo e frite no azeite bem quente. Coloque-o sobre um papel absorvente para absorver o azeite. Confeção do arroz de pimentos: Faça um refogado com azeite, cebola e alho picado. Quando a cebola estiver murcha, junte o pimento aos cubos e o arroz. Deixe o arroz fritar um pouco, mais ou menos dois minutos (para ele absorver o sabor do pimento). Adicione água quente e deixe cozer lentamente. Bom apetite… NOTA: nas grandes superfícies encontra facilmente cação congelado de boa qualidade, embora com fresco seja mais saboroso. O arroz pode ficar seco ou malandrinho, depende do gosto de cada pessoa. António Nobre Chefe executivo de cozinha – Hotéis M’AR De AR, Évora

Jazz Lazro / Pauvros / Turner – “Curare”

É

através da editora lituana NoBusiness Records – selo com relevância crescente no panorama internacional do jazz mais aventuroso e da música improvisada – que nos chega “Curare”, registo que documenta o trabalho de um trio de reputados improvisadores, dois franceses (o saxofonista Daunik Lazro e o guitarrista Jean-François Pauvros) e um britânico (o baterista/percussionista Roger Turner). As quatro peças improvisadas incluídas em “Curare” (“Morsure”, “White Dirt”, “En Nage” e “The Eye”) foram registadas ao vivo nos festivais Instants Chavirés (Montreuil), as duas primeiras, e Jazz en Franche-Comté (Besançon), as restantes duas, com cerca de ano e meio de desfasamento entre as datas. Todas elas revelam uma vívida interação entre os três vértices deste triângulo musical, sem que algum deles ganhe protagonismo global. Papel decisivo é, contudo, o desempenhado por Turner, que se desdoLazro / Pauvros / Turner – “Curare” bra entre abordagens texDaunik Lazro (saxofones turais de grande delicabarítono e alto), Jeandeza e uma fúria rítmica -François Pauvros capaz de causar abalos de (guitarras elétricas) e significativa intensidade. Roger Turner (bateria e percussão). Escutam-se intrincadas Editora: NoBusiness construções, cujas atmosRecords feras se metamorfoseiam Ano: 2012 constantemente, em espirais de som e emoção. “Morsure” abre o disco em modo tranquilo, com delicadas percussões, que lentamente se aliam à guitarra na génese de um turbilhão sónico. Tudo volta entretanto a acalmar, com apontamentos do saxofonista e o trabalho de Turner mais uma vez a destacar-se. Segue-se a mais espaçosa “White Dirt”, com o saxofone barítono de Lazro a pairar sobre o que soa a paisagem industrial decadente. “En Nage” inicia-se com um estranho tricot entre guitarra e percussões, a que -se juntase a crueza do saxofone de cunho vincadamente “ayleriano”. Depois de um momento de maior serenidade, tudo termina energicamente. A derradeira peça, “The Eye”, assenta nas percussões de filigrana e nas texturas criadas por Pauvros, que servem de base a uma intervenção controlada do saxofonista, num crescendo de intensidade, que rapidamente dá lugar a uma espiral caótica. Depois da tempestade vem a bonança, com o saxofone a terminar tranquilo. Não sendo um disco de digestão fácil, justifica plenamente audição cuidada. António Branco

Um império de papel – imagens do colonialismo português na imprensa periódica ilustrada (1875-1940)

A

criação da Sociedade Portuguesa de Geografia, em 1875, e a realização da Exposição do Mundo Português, em 1940, serviram à antropóloga Leonor Pires Martins para balizar o seu estudo – fundamental – sobre como Portugal imaginou o seu império. Através da análise de gravuras e fotografias publicadas na imprensa mas também de selos, postais ilustrados, etc., a autora evoca os grandes acontecimentos da atualidade colonial desse período – do final da monarquia, passando pela 1.ª República e terminando com a fase de celebração apoteótica do Estado Novo, em plena II Guerra Mundial. Martins analisa criticamente como é que o império foi conformado através da representação através das imagens enquanto vai fazendo o enquadramento histórico dos acontecimentos que foram notícia e emocionaram a opinião pública portuguesa, sobretudo a partir da Conferência de Berlim. Com a necessidade física de colonizar os territórios ocupados desde o período das “descobertas” sucedem-se viagens como as de Serpa Pinto, Hermenegildo Capelo, Roberto Ivens e Henrique Dias de Carvalho e mesmo a visita de D. Luís Filipe às colónias. É com o Estado Novo, porém, que se organiza estatalmente a representação colonial através da propaganda e a participação em grandes exposições internacionais e organização, no país, de exposições colonais pretende uniformizar o modo como o império é imaginado. Um império de papel é um álbum belíssimo enriquecido por numerosas ilustrações, selecionadas a partir de um enorme acervo publicado em Portugal, que são contextualizadas historicamente com rigor e uma escrita viva e fluente por Leonor Pires Martins. Maria do Carmo Piçarra

Leonor Pires Martins Edições 70 | 214 págs. | 24,90 euros

Toiros Balanço na tauromaquia bejense

O

ano que agora findou foi muito positivo para a tauromaquia bejense, com o destaque para a declaração da tauromaquia como Património Cultural e Imaterial da cidade de Beja, de acordo com os critérios da Unesco, o que aconteceu na reunião de câmara de 18 de julho com todos os vereadores a votarem favoravelmente. Outro acontecimento positivo foi que a centenária praça de toiros José Varela Crujo voltou a abrir a suas portas na sua data histórica, o 10 de agosto, data que está carregada de simbolismo para as nossas gentes, pelos momentos inolvidáveis que aí se registaram ao longo de uma centena de anos, e que recentemente vinha a ser trocada por datas próximas, pois os empresários que gerem a praça entendem que se o 10 de agosto coincidir com o meio da semana pode afastar o público, então convêm aproximar a corrida mais do fim de semana, e vai-se perdendo a tradição do 10 de agosto em Beja. Mas como em 2012 até foi uma sexta-feira, a tradição cumpriu-se e a praça voltou a encher. E em 2013, para nossa satisfação, o 10 de agosto será a um sábado e certamente que a Varela Crujo voltará a abrir as portas no seu dia. No início do mês de outubro realizou-se o 6.º Festival Taurino da Cercibeja, ocasião para os aficionados bejenses mostrarem o seu lado solidário, ao contribuírem com a sua presença para este ano ajudar, para além da Cercibeja, também o forcado Nuno Carvalho, do Aposento da Moita, e o atleta paraolímpico Luís Belchior, do Centro de Paralisia Cerebral de Beja. Mesmo a terminar o ano, a 23 de dezembro, o Circulo Taurino Bejense, em conjunto com meia centena de aficionados, prestaram homenagem ao cavaleiro José Varela Crujo, através de uma visita ao seu mausoléu, no cemitério de Beja, mostrando assim a todos que Beja não esquece os seus filhos! Infelizmente também se registaram acontecimentos negativos, onde destaco o cancelamento da corrida da Ovibeja no início de maio por razões climatéricas, e o conf lito entre o Grupo de Forcados de Beja e a Gestoiro, empresa que gere a praça no biénio 2012/13, em que o grupo decidiu não pegar corridas organizadas por essa empresa. Felizmente esse conflito está sanado e em 2013 os amadores de Beja poderão voltar a pisar a sua arena. Vítor Morais Besugo


Ana Maria Batista – Beja Taróloga – Método Maya Contacto para marcação de consultas: 968117086 Características do signo

Touro

Os nativos de Touro gostam de estabilidade e de comodidade. São carinhosos e pacientes, mas tendem a ser teimosos e possessivos. Argumentativos e egocêntricos não se dão bem com pressões. Têm força de vontade e sentido de justiça, mas reagem mal às mudanças. Gostam de paz e tranquilidade.

Previsões – Semana de 19 a 25 de janeiro

Filatelia Já está disponível o novo catálogo da Afinsa

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á se encontra disponível a nova edição, a 29.ª, do catálogo de Selos Postais e Marcas Pré-Adesivas de Portugal Açores e Madeira, obra geralmente conhecida como catálogo da Afinsa. Este catálogo, o único que atualmente se edita em Portugal, em 2010 desdobrou-se em dois volumes: o primeiro apresenta todos os selos emitidos até 1999 e o segundo todos os selos desde 2000. Aquando do desdobramento, previa-se que o primeiro volume seria editado de três em três anos e o segundo anualmente; porém, razões de mercado impuseram-se e, no final do ano passado, editaram-se os dois volumes. Uma vez mais, na pessoa do seu presidente, o engenheiro Miranda da Mota, o Instituto de Expertização de Filatelia Portuguesa – Inexfip, responsável pela sua revisão e atualização, surpreende-nos pela excelente qualidade do trabalho que desenvolveu; são muitas as alterações que apresenta comparativamente com a edição anterior. Só um trabalho aturado, de muita investigação e cuidada observação permite fazer um trabalho desta natureza que nos deu um catálogo atual, moderno, que responde às exigências, cada vez maiores, dos filatelistas. O capítulo VIII, Marcas Pré-Adesivas – Portugal, Açores e Madeira” apresenta relevantes alterações. A sua numeração, que até aqui seguia a nomenclatura, ordem e numeração do catálogo Marcas Postais Pré-Adesivas de Portugal, de A. Guedes de Magalhães e M. Andrade e Sousa, passou a seguir a da novel obra do investigador Luís Brito Frazão, Pré-Filatelia Portuguesa, catálogo que não só aumenta o número de marcas conhecidas, mas também corrige algumas datas em que elas foram usadas e as cores em que foram aplicadas. Foram corrigidas algumas gralhas e inexatidões, nomeadamente de denteados e que ao longo dos anos têm passado despercebidas. Veja-se, por exemplo, o denteado da emissão da “Legião Portuguesa” (1940) que, desde sempre e, em todos os catálogos, era referido como tendo o denteado 11,5, tanto horizontal como vertical, o que não corresponde à verdade. Também nos selos “Ceres”, de 1917/1920, houve correção de inexatidões, nomeadamente das datas da sua entrada em circulação. Corrigiu-se a entrada em circulação do selo de 20 c nos denteados 15 x 14 e 12 x 11,5. Nas edições anteriores entraram ambos em circulação em agosto de 1919, na edição de agora mantém-se esta data para o selo com o denteado 15 x 14 e fevereiro de 1920 para o de denteado 12 x 11,5. Foram classificadas muitas novas

variedades, principalmente de emissões a partir de meados do século passado. Embora de data anterior, veja-se o que o texto elucidativo que se inseriu sobre a variedade do selo do Infante D. Henrique, de 1935. Como se sabe, a palavra “Portuguesa” aparece com e sem acento circunflexo na letra e. O texto elucida-nos que: “Apenas em selos da 1.ª tiragem de cada uma das taxas, existem exemplares sem acento no ‘E’ de ‘PORTUGUÊSA’, estando omisso o acento em todos os exemplares das folhas do selo de 10 c (11.241.400) e em somente 34 dos selos dos selos da folha de 15 c (de que se fizeram 10 000 000 de exemplares nessa 1.ª tiragem)”. Veja-se também, entre outras, a série “Alfabetização”, de 1976. Sabe-se, desde há muito, que do bloco foram feitas duas tiragens; a presente edição diz-nos que na primeira tiragem, em 1976, foram produzidos 50 500 exemplares e que na segunda, em 1980, foram feitos 29 500 exemplares. Introduziu-se também uma listagem das folhas miniatura e dos blocos, listagem que não havia nas edições anteriores. Continuou-se, sempre que tal a emissão o permita, a indicar o tema de cada selo, substituindo a designação genérica, selo multicolor. No que respeita às cotações a regra geral é que não houve aumentos; houve apenas alguns ajuste e arredondamentos. Porém, esta regra é quebrada algumas vezes, pois houve exemplares cuja cotação aumentou muito. Os exemplos mais notórios são visíveis na cotação das cartas pré-filatélicas, nas três emissões “Independência de Portugal”, mas apenas em exemplares comprovadamente circulados; fez-se cotação diferente para o pontinhado horizontal ou vertical da emissão “Lusíadas”; nas variedades de fósforo da emissão base “Arquitetura Popular Portuguesa” e também no selo de 1$50, em estado novo, da série “Escultores Portugueses” e na folha miniatura dedicada ao “Setor Corticeiro”. A cotação do selo dos “Escultores Portugueses”, em estado novo, é referida pela primeira vez. Por fim, refira-se que nalgumas páginas houve uma redistribuição do texto e imagens, tendo algumas sido substituídas por outras de melhor qualidade, de forma a conseguir um melhor aproveitamento do espaço e melhor apresentação. O seu preço é de 35 euros. Os interessados na sua aquisição podem pedi-lo diretamente à Afinsa, para: lisboa@afinsa.com.pt ou porto@ afinsa.com.pt ou ainda pelos telefones 218 820 030 (Lisboa) e 223 392 280 (Porto). Geada de Sousa

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Carneiro – (21/3 - 20/4) O nativo de Carneiro é encantador, empenhado e tem capacidade de liderança, qualidades que lhe permitem criar momentos muito agradáveis em seu redor, tanto a nível profissional como social. A situação familiar estará em consonância, facilitando o diálogo e o entendimento, desviando-se das quezílias domésticas. No amor viverá uma emoção permanente.

Balança – (24/9 – 23/10) Período favorável ao desenvolvimento de relações sociais ou estreitamento de laços de amizade. No entanto, o essencial será a importância da intimidade com os seus entes mais próximos. Tanto estes como os seus amigos marcarão presença determinante na sua vida e dar-lhe-ão apoio condicional. Após uma profunda reflexão em relação ao seu passado percebe que a sua agressividade atual vem de fatos passados libertando-se assim de fantasmas e permitindo uma maior intimidade com a sua família. Deite os cigarros fora.

h Touro – (21/4 – 21/5) Irá atravessar um momento em que planear e organizar a sua vida afetiva e profissional será a palavra de ordem. Deverá aproveitar a sua capacidade especial para gerir questões profissionais porque nesta fase o cenário poderá complicar-se, tornando-se pouco claro quando tiver de tomar decisões. Protegido pela conjuntura que o rodeia, assuma os seus sentimentos, sem dar importância ao que os outros poderão dizer, ou pensar, de si.

i Gémeos – (21/5 – 21/6) Fase de mudanças positivas, porém de relações difíceis e confusas, já que sentirá uma insatisfação interior devido à influência do ciúme. A sua atitude em relação às suas finanças também poderá ser melhorada. Atenção a problemas que possam envolver questões legais. Não oculte nada que possa afetar a sua credibilidade. Esforce-se e invista na sua vida pessoal e nos seus espaços íntimos, conferindo-lhes conforto e segurança.

j Caranguejo – (22/6 – 22/7) Oportunidade para reestruturar e consolidar relacionamentos. Esta é uma fase amorosa, em que conseguirá tomar decisões de foro afetivo, sem constrangimentos. Esta atitude ajudará a tornar clara uma situação que há muito desejava resolver, colocando o seu parceiro a par das suas intenções. Favoráveis as relações sociais. O ambiente familiar será mais equilibrado e compensador. Atenção aos conflitos no ambiente profissional.

k Leão – (23/7 – 23/8) As oportunidades profissionais estarão em alta e exigirão empenho e dedicação, atividades que desempenharão com todo o profissionalismo devido à sua vontade de se dedicar 100 por cento ao trabalho. Com satisfação, adotará novas metodologias de trabalho, conseguindo não só um ótimo relacionamento com os colegas mas também importantes perspetivas profissionais. É natural que não se sinta em forma, neste momento, tanto a nível físico como psíquico. Faça nesta altura uma dieta que vai melhorar tanto a sua saúde como o seu aspeto físico. Poderá, inclusivamente, iniciar uma atividade física, como natação, marcha ou ginástica.

l Virgem – (24/8 – 23/9) Otimista e alegre estará voltado para o exterior, mais expansivo e, com desembaraço, responderá às solicitações amorosas. Aproveite este momento de atitude em que, através da sua simpatia, captará amizades e relações sociais que, no futuro, poderão evoluir para outro tipo de relações. Este momento traz-lhe dias cheios de momentos agradáveis, criatividade e amor. Dê-se ao luxo de viver plenamente o lado mais simples da vida. Trata de si e divirta-se.

b Escorpião – (24/10 – 22/11) Mantenha-se organizado para enfrentar tanto trabalho. Saberá pôr de pé novos projetos e caminhar rumo a um futuro promissor. Os passos serão lentos, mas seguros. Tem trabalhado muito e os seus nervos andam mais esticados que as cordas de um violino. Andar numa roda viva e sempre a exigir de si própria, desgasta. Necessita de sonos reparadores. Boa altura para realizar uma viagem onde esteja em contacto com a natureza. Usufrua de alguma tranquilidade e harmonia. Favorecida a tendência para realizar mudanças na aparência física.

c Sagitário – (23/11 – 21/12) Não espere que as oportunidades venham ter consigo. Conseguirá alcançá-las comunicando com pessoas, pesquisando possibilidades, especialmente no setor dos negócios. Dará bastante importância à estabilidade financeira mas embora o momento seja propício a investimentos há que ter atenção com os gastos. Embora a sua capacidade de comunicação esteja favorecida corre o risco de insistir na sua argumentação sem ter em conta as opiniões alheias. Não crie situações de desconforto, aceite diálogos. Pratique desporto ao ar livre.

d Capricórnio – (22/12 – 20/01) Utilize a sua perspicácia, sentido prático e eficiência para equacionar as situações, nesta altura, em que está tão influenciado pelos bens materiais. A sua natureza, o seu ego desenvolvem grande satisfação ao apreciar o que possui. No entanto, cuidado com os gastos supérfluos. Irá aprender muito através das experiências com os outros, em viagens ou simples contactos. A pessoa que vive consigo ficará encantada se a convidar para um jantar à luz das velas. Saúde a precisar de movimento, corra para o ginásio mais próximo.

e Aquário – (21/1 – 19/2) A sua generosidade natural e boa vontade para com os outros são características em evidência nesta fase e marcarão as pessoas a quem prestar ajuda. Tem sido um grande apoio para um membro da família, que necessitará de maior carinho e compreensão. Nesta fase ocupe-se também consigo, se escutar o seu corpo poderá aprender muito sobre a sua mente porque eles estão intimamente ligados, medite e solucione o bloqueio emocional em que se encontre. Bom momento para planear uma viagem com objetivos de conhecimento e aprendizagem.

f Peixes – (20/2 – 20/3) A sua sensibilidade e intuição serão a luz no seu caminho. O equilíbrio nas escolhas que fizer são o segredo do sucesso. No aspeto profissional imprima um ritmo mais moderado, para poder testar as novas medidas e conseguir o acordo de todos. Controle com rigor todas as despesas. Os amigos terão um desempenho preponderante, não o deixarão sentir-se só, respondendo com propostas de diversão que deve aceitar. Saúde em forma.

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Mértola é a primeira paragem dos conimbricenses Anaquim no ano que agora começa. O concerto, no Cineteatro Marques Duque, está agendado para amanhã, sábado, pelas 21 e 30 horas, e será uma oportunidade para conhecer ao vivo o novo disco da banda, “Desnecessariamente Complicado”. Um álbum, diz-se, “em que a brilhante verve poética de José Rebola está agora ainda mais afiada (incluindo canções claramente de intervenção!) e em que a música está mais próxima do rock, embora sem nunca pôr de parte a paleta sonora que antes os caracterizava: o swing, a country, o jazz manouche, o cabaret ou a música portuguesa segundo os mandamentos de Sérgio Godinho ou José Afonso”.

Anaquim começam o ano em Mértola

Fim de semana

Exposição mostra produção milenar de azeite em Ferreira Continua patente, no Museu Municipal de Ferreira do Alentejo, a exposição “Ferreira, 2000 anos a produzir azeite”. A mostra, uma retrospetiva da produção oleícola no concelho desde o período romano até aos nossos dias, pode ser visitada de terça a sexta-feira, das 10 às 13 e das 15 às 19 horas, e aos sábados e domingos, entre as 10 e as 13 horas.

O Corsário dos Sete Mares em Beja Autora de numerosos romances históricos, Deana Barroqueiro visita hoje, pelas 18 e 30 horas, a Biblioteca Municipal de Beja, para apresentar a sua mais recente obra, em torno de Fernão Mendes Pinto. Chama-se O Corsário dos Sete Mares e toma como personagem central este aventureiro e explorador do século XVI, que nos deixou Peregrinação, o primeiro testemunho direto de um europeu sobre o Japão. Através dele e dos testemunhos das personagens com quem se cruza nesta viagem pelo Oriente, a autora, nascida nos Estados Unidos, filha emigrantes, “faz ainda a narrativa dos principais episódios dos Descobrimentos Portugueses”.

Anthony John atua em Castro Verde O guitarrista e DJ profissional Anthony John é o próximo convidado do ciclo Pequenos Concertos de Inverno, que decorre em Castro Verde no cineteatro municipal. Apresenta-se hoje à noite, pelas 21 e 30 horas, numa “atuação única que inclui jazz, blues, música ambiente e psicadélica”. Anthony John reside em Portugal desde 2003 e é fundador e dirigente da banda Mister Lizard.

Santo mártir celebrado em Moura, Safara, Vale de Vargo e Castro Verde

Culto de São Sebastião ainda bem vivo

Vitorino em concerto nas Cextas de Cultura O auditório da Escola Padre António Macedo, em Vila Nova de Santo André, acolhe hoje, pelas 22 horas, um concerto pelo músico alentejano Vitorino, que integra a programação das Cextas de Cultura. Vitorino esteve presente em alguns momentos chave da música popular portuguesa, nomeadamente enquanto companheiro de palco e de canções de José Afonso, Adriano Correia de Oliveira, Fausto, Sérgio Godinho, entre outros. Mesmo que viajante, de palavras e de terras, o músico continua ligado à sua matriz musical – o Alentejo. “Moda Impura”, o último disco, é disso exemplo.

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ão Sebastião, que a iconografia nos mostra amarrado a uma estaca e trespassado de flechas, continua a ser fortemente celebrado nas vilas e aldeias da região, chegados ao terceiro fim de semana de janeiro. Em Moura, entre hoje e domingo, 20, honra-se o santo mártir com uma festa organizada pelo Agrupamento 314 de Moura do Corpo Nacional de Escutas, em colaboração com a paróquia local, que inclui procissão pelas artérias do bairro das Sete Casas, o leilão dos ramos de laranjas, espetáculos e bailes tradicionais. No mesmo concelho, em Safara, além das tradicionais procissões, o fim de semana é marcado também pelo leilão que garantirá os fundos para o ano seguinte. Festeiros e população em geral oferecem galinhas, patos, borregos, garrafas de bebida e outros bens, que serão depois licitados junto à igreja de São Sebastião. As celebrações terminam no domingo, com a “entrega das festas” aos próximos responsáveis, que tradicionalmente são apenas três e somente do sexo masculino. Uma exigência que se julga estar associada à própria vida

do santo, que ter-se-á alistado no exército romano, por volta de 283 dC, com a única intenção de confortar os cristãos torturados. Descoberta a sua crença, foi ordenada a sua execução por meio de flechas, as três que se conhecem da imagética e o número de festeiros a que se passa o testemunho. Também no concelho vizinho, Serpa, Vale de Vargo preparou três dias de animação entre hoje e domingo. O programa inclui alvoradas com salvas de morteiros, uma noite jovem, fogo de artifício, baile, arruadas com fanfarra, eucaristia e procissão em honra do padroeiro, e ainda o leilão de ramos e um espetáculo de variedades, para encerrar. Saindo da margem esquerda do Guadiana para o Campo Branco, em Castro Verde revive-se, no domingo, a feira de tradição medieval associada ao culto do santo mártir que, mais correntemente, leva a designação de Feira do Pau Roxo (na foto), em alusão à cenoura da mesma cor, muito procurada nesta época do ano. No Rossio do Santo, a partir das 8 horas.


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Humberto Nixon será candidato do PSD à Câmara de Moura. O número dois será Francisco Ford e o número três Adalberto Kissinger. Nixon avança depois da desistência de António Kennedy. Prima alentejana de Pepa Xavier também quer uma mala Chanel em 2013, mas feita com o escalpe do jornalista Pedro Mourinho.

facebook.com/naoconfirmonemdesminto

Caixas de bananas com cocaína em Beja: autoridades desconfiaram quando viram macacos colombianos numa lancha rápida a atracar na praia de Quintos

Inquérito Já leu o relatório do FMI? O que lhe pareceu?

Uma superfície comercial de Beja recebeu, na passada semana, caixas de bananas provenientes da Colômbia com cocaína. A droga terá sido descoberta por funcionários da superfície comercial antes das bananas serem colocadas à venda, contudo, a Não confirmo, nem desminto pode adiantar, em primeira mão, que as autoridades já suspeitavam de algo: “Quando acordei nesse dia soube logo que alguma coisa não estava bem… As torradas queimaram, o café sabia a ranço e o puto não parava de chorar… Mas isso não foi nada comparado com o que aconteceu depois no trabalho… Em plena praia de Quintos, fomos obrigados a perseguir, a alta velocidade, uma lancha suspeita que estava cheia de macacos colombianos, com os narizinhos repletos de pó branco, a beber martinis e a usar camisas havainas. Ainda pensei que estava a alucinar, e até cheguei a dizer para mim mesmo ‘é desta que deixas de comer bananas no intevalo da manhã…’, mas foi mesmo verdade! Nessa altura sim, soubemos que se passava algo…”, revelou-nos um agente da PJ com a cara pixelizada. A operação conjunta da Polícia Marítima/Polícia Judiciária/Polícia Montada do Canadá, que foi batizada de “Quintos Vice”, já foi considerada a maior e mais importante deste ano, pois revelou as novas tendências dos narcotraficantes: “Afinal, parece que transportar droga no estômago em bolotas é muito 2012 e o que está na moda é transportá-la com bananas, molhos de hortelã ou tomate cereja. Além disso, ficámos a saber que a cocaína já não é suficientemente atrativa para os traficantes, que agora só tentam vender produtos bem mais caros e exclusivos, como a gasolina, o leite ou a manteiga de vaca”.

CARLOS MOEDAS, 42 ANOS Senhor que abriu um franchising da troika no Terreiro do Paço Gostei muito! Já não lia uma coisa tão boa desde o manual de instruções do forno elétrico da marca Afrontamentos. Estava extremamente bem feito: o tipo de letra era o ideal, com o duplo espaçamento aconselhável pela alta finança, e a alternância entre o negrito e o itálico deixou-me sem fôlego! Estou ansioso pela versão em powerpoint – segundo sei terá gráficos em 3D intercalados com fotos do senhor Selassie de férias na praia da Tapada Grande e a banda sonora será o tema “Que Viva España” tocado em flauta de pan – uma singela homenagem ao próximo país intervencionado. Fiquei mesmo desvaído do sentido com isto!

ALÍPIO BENARD TOBIS, 31 ANOS Virgem, crítico literário e de cinema

Cuba: GNR apreende 12 mil litros de vinho e procura apreensão de presunto de Barrancos para organizar lanche A GNR apreendeu, na vila de Cuba, cerca de 12 mil litros de vinho e 60 litros de aguardente. Depois da apreensão de seis toneladas de pastelinhos de Safara vindos da China, esta foi a maior captura de um género alímentício ilegal, o que levou a própria GNR a congratular-se com o feito: “Foi uma coisa impressionante… Quando vimos aquela quantidade de vinho nem queríamos acreditar! Eu até experimentei um bocado para ver se era vinho... E era! É verdade que experimentei 126 vezes, mas tinha de ter mesmo a certeza. E ao menos não me alambazei como o cabo Sardão, que experimentou 510 vezes e saiu de lá a cantar o ‘Livin’ la vida loca’, do Ricky Martin, em cima do Nissan Patrol, completamente nu. Depois ainda deu ordem de prisão à estátua de Cristóvão Colombo, acusando-a de atentado ao pudor por usar collants na via pública”, declarou fonte da força de segurança. Ao que conseguimos apurar, esta confiscação terá dado um novo alento à GNR, a qual já estará a preparar novas apreensões de grande dimensão, com o objetivo de fazer cumprir a lei e organizar um grande lanche. Nesse sentido, estão a ser monitorizadas a rede internacional de tráfico de presuntos de Barrancos e a liga do Bangladesh de contrafação de pão de S. Matias.

Abandono da Estação Arqueológica de Pisões abre a porta para o conceito de “Turismo de Assalto Cultural” Costuma dizer-se que é nas alturas de maior dificuldade que surgem as oportunidades mais aliciantes. A indefinição da Estação Arqueológica de Pisões e, em particular, o assalto de que foi alvo recentemente, estão a servir de base para o lançamento de um novo conceito: o de “Turismo de Assalto Cultural”. Basicamente, o que este turismo oferece é a possibilidade de visitar locais de interesse cultural e poder gamar um artefacto para recordação. Em seguida apresentamos-lhe, em exclusivo, o esboço do primeiro folheto publicitário deste novo género turístico que está a ser desenvolvido pela Secretaria de Estado do Turismo.

Fiquei muito desiludido: falta-lhe densidade narrativa, tem poucas descrições, poucas gajas, poucas figuras de estilo, muitos gráficos, e, acima de tudo, poucas gajas… Acho sinceramente que a adaptação ao cinema não tem pernas para andar. A única hipótese era colocar a Soraia Chaves a fazer todos os papéis… Em topless. Também pode ser que funcione como filme de terror de Série B, com portugueses desempregados como figurantes a serem perseguidos por zombies do FMI e 50 mil funcionários públicos presos numa carrinha de caixa aberta em chamas…

ASDRÚBAL CONHECIMENTO EMPÍRICO, 42 ANO Pessoa que percebe de tudo em geral e de nada em particular Apesar de não saber nada de inglês, meti o relatório no tradutor do Google e percebi tudo logo à primeira. Aproveito, pá, para citar a minha parte favorita: “Os douradinhos de hiena lilás devem pagar a Segurança Social beneficiando o bingo do FC Serpa e as lesmas douradas da Salvada. Contudo, os transportes telepáticos em jaguar lambem os mercedes e os pneus em chamas de lava. O Medina Carreira transforma-se na Pamela Anderson e no fim comem queijo fresco de Marte”. Pá, só não vê quem não quer!


Nº 1604 (II Série) | 18 janeiro 2013

9 771646 923008

01604

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quadro de honra Entrou no mundo da moda aos 14 anos, através do concurso Modalfa Fashion Dream, cuja final venceu. Um ano depois participou num casting para a série juvenil da TVI “Morangos com açúcar” e foi escolhido para interpretar um dos protagonistas. Atualmente está a gravar “Destinos cruzados”, a nova telenovela do vidigueirense António Barreira, em que desempenha o papel de “Rufino”, um mecânico com “muito bom caráter”, “amigo do seu amigo”, um personagem “de grande composição”. Contando já com seis telenovelas e quatro filmes no currículo, para além de vários trabalhos como modelo, o jovem natural de Moura prepara-se para, em breve, tentar a sua “sorte como ator” em Hollywood.

Isaac Alfaiate integra elenco da nova telenovela da TVI

DR

“Sempre esteve nos meus planos ir para Hollywood tentar a minha sorte como ator”

Como e quando se deu a sua entrada no mundo da moda e, posteriormente, na televisão?

poder fazer aquilo que gosto, que é representar.

Entrei para o mundo da moda com 14 anos e foi através de um concurso a nível nacional em que participei, fui passando todas as etapas do concurso e ganhei. Passado um ano tive a oportunidade de fazer um casting para a série “Morangos com açúcar” da TVI e entrei.

Tem feito essencialmente televisão. É o registo em que se sente mais à vontade ou não têm surgido muitos convites para fazer cinema e teatro?

Qual é o papel que lhe está reservado na nova telenovela do vidigueirense António Barreira, que deverá estrear brevemente na TVI?

A minha personagem para este novo projeto da TVI chama-se “Rufino”. É mecânico, tem muito bom caráter, é amigo do amigo… está inserido num núcleo muito bairrista. É um personagem de grande composição e estou muito contente com este papel. Qual foi o personagem que mais o marcou até ao momento e porquê? E qual é o seu papel de sonho?

A personagem que ma is me marcou até hoje foi o “Manuel Carrapico” da novela “Deixa que te leve”. Papéis de sonho para min são todos…tenho muita sorte em PUB

Isaac Alfaiate 24 anos, natural de Moura Isaac Alfaiate conta com seis telenovelas no seu currículo (“Morangos com açúcar”, “A outra”, “Deixa que te leve”, “Anjo meu”, “Doce tentação” e “Destinos cruzados”, esta última em gravação), todas da TVI, e com quatro filmes: “Morangos com açúcar – o filme”, “I wanna look like Brad”, “Né” e “Analépsis”.

Como sabe, as coisas no nosso país não estão fáceis e tanto para o cinema como para o teatro os apoios são muito poucos, dificultando assim novos projetos nessas áreas. Disse em tempos que queria tentar a sua sorte em Hollywood. Já tem data de partida agendada?

Sempre esteve nos meus planos ir para Hollywood tentar a minha sorte como ator. Ainda não tenho datas marcadas mas será para breve… Que ligação mantém com a cidade de Moura, de onde é natural e de onde saiu ainda criança para ir viver para Faro?

Sempre tive uma grande ligação com Moura, quase toda a minha família mora lá e continuo a lá ir muitas vezes. É uma cidade lindíssima e que aconselho a toda a gente a visitar... Nélia Pedrosa

Para hoje, sexta-feira, prevê-se chuva moderada e temperaturas entre os 12 e os 15 graus. Para amanhã, sábado, e domingo, as previsões de chuva moderada mantêm-se, registando-se, no entanto, uma descida dos valores das temperatura mínimas.

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Festival Entrudanças festeja 10.º aniversário em Entradas Entradas, no concelho de Castro Verde, recebe entre os dias 9 e 10 de fevereiro a décima edição do Entrudanças realizado “na planície do Baixo Alentejo” (as duas primeiras edições tiveram lugar em Évora). O festival, que é promovido pela Associação PédeXumbo, Câmara Municipal de Castro Verde e Junta de Freguesia de Entradas, é conhecido por ter lugar na época do Carnaval, no entanto “tem-se destacado pelo trabalho desenvolvido com a comunidade local”, refere a organização, adiantando que já teve início o habitual projeto desenvolvido nas escolas do concelho e que este ano se denominado “O Passo dos Bandos”. Ligado ao universo ambiental de Castro Verde, “na sua raridade de espécies como a abetarda e o peneireiro-das-torres, entre outros”, o referido projeto, que foi desenhado e dinamizado em colaboração com a PIA – Projetos de Intervenção Artística, “baseia-se na realização de oficinas de criação de máscaras em cartão e outros suportes, dando especial atenção à reutilização de materiais”. O projeto, que envolve cinco turmas do concelho, “será seguido pela preparação de um baile/ /desfile com todas estas personagens, recorrendo às danças tradicionais”, que será apresentado durante o festival.

Teresa Lopes Vieira apresenta Gato Persa Social Club A Biblioteca de Beja promove amanhã, sábado, pelas 15 horas, um workshop de escrita criativa, “uma pequena viagem ao mundo da escrita, que nos ensina o que é criar e como fazê-lo através das palavras. Com exercícios para desenferrujar as ideias e a criatividade”, refere a câmara municipal. Segue-se, pelas 17 e 30 horas, a apresentação do livro Gato Persa Social Club, de Teresa Lopes Vieira, e uma conversa com a escritora “à volta dos seus livros e das viagens que os inspiram”, sendo “Equador, Colômbia e Egito alguns dos cenários das suas histórias”. Teresa Lopes Vieira publicou, em 2010, o romance Os Diários da Mulher Peter Pan, pela Bertrand Editora, passado em três países da América do Sul (Equador, Colômbia e Venezuela). O seu segundo livro, Gato Persa Social Club, saiu em fevereiro de 2012, pela mesma editora. A escritora colaborou com algumas publicações e é, desde 2010, formadora na área da escrita.


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