Ediçao N.º 1592

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Ciência de ponta em Beja págs. 6/7

JOSÉ SERRANO

Em busca do código genético do sobreiro

SEXTA-FEIRA, 26 OUTUBRO 2012 | Diretor: Paulo Barriga Ano LXXXI, N.o 1592 (II Série) | Preço: € 0,90

Estado português autorizado a utilizar verbas do Fundo de Coesão

Comissão Europeia dá “luz verde” ao financiamento de Alqueva pág. 11 e crónica de João Mário Caldeira na pág. 15 JOSÉ FERROLHO

Amanhã há marcha lenta e buzinão pela construção do IP8 e IP2 pág. 12

Ministra da Justiça mantém encerramento do Tribunal de Mértola pág. 10

Saiba quanto vale para o Governo cada habitante do distrito de Beja

Os últimos dias da freguesia de Gomes Aires

pág. 12

JOSÉ FERROLHO

É uma das mais antigas localidades do distrito de Beja. Deve o seu nome ao cavaleiro moçárabe que lutou na Batalha de Ourique ao lado de D. Afonso Henriques. Mas, em apenas um ano, perdeu a escola primária e a própria junta de freguesia. Com cerca de quatro centenas de habitantes, na sua maioria idosos, Gomes Aires “sonha” agora com um centro de dia. págs. 4/5

Desde meados do ano que está em funcionamento em Beja a cantina social da Caritas Diocesana. Um equipamento criado ao abrigo do Programa de Emergência Alimentar que todos os dias fornece uma centena de refeições a 83 utentes. Pessoas que, na sua esmagadora maioria, “tinham uma vida organizada” antes da crise.

A pobreza já não olha a classes sociais

PAULO MONTEIRO

Reportagem nas págs. 8/9

Cartografia das freguesias a abater Nesta edição do “Diário do Alentejo” publicamos uma infografia com o mapa das freguesias a agrupar ou a extinguir no distrito de Beja, segundo a Associação Nacional de Freguesias. Um processo que está a levantar acesa discussão entre os autarcas da região, que amanhã, pelas 17 horas, saem à rua em manifestação de protesto. págs. 12 e 16/17


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Editorial

Vice-versa Paula Teixeira da Cruz, “que é do PSD, não quis defraudar um autarca do PSD, neste caso o de Almodôvar, e veio propor o encerramento do Tribunal de Mértola, que fica num concelho que não é PSD”.

Feiras

Jorge Rosa, citado pela Lusa

Paulo Barriga

O presidente da Câmara de Almodôvar, do PSD, manifestou “satisfação e conforto” com a proposta final do Ministério da Justiça, já que “atendeu aos argumentos e às razões do município” para evitar o fecho do tribunal local e que “foram fortes e com grande suporte”.

Q

uando se fala em feiras, no Baixo Alentejo, no tempo das feiras, fala-se na Feira de Castro e na Feira de Alvito. A maior parte das restantes localidades, começando por Beja, optaram por deixar cair as feiras tradicionais e apostaram fortemente na especialização, na tematização, na pormenorização. A Ovibeja terá sido a matriz para o ressurgimento das feiras, das novas feiras, um pouco por todo o território. Um modelo atualizado, dinâmico, quase assético, que reconciliou as pessoas com as suas feiras. E é nesse reencontro, nessa criação de novos centros de partilha, modernos e organizados, que reside o principal mérito deste tipo de eventos. Porque as feiras, velhas ou novas, tradicionais ou especializadas, são sempre momentos fundamentais para a vida coletiva de uma comunidade. Mas quando se fala em feiras, no Baixo Alentejo, no tempo das feiras, fala-se na Feira de Castro e na Feira de Alvito. A de Castro aconteceu no último fim de semana. A de Alvito está agendada para o Dia de Todos os Santos. Têm em comum uma certa marginalidade, uma certa anarquia, uma certa personalidade que nos faz parar no tempo. E nos faz olhar para as coisas da terra e para as pessoas com caráter de urgência. É nestas duas feiras que ainda escorre a seiva da comunhão, o aconchego da partilha, a ânsia do reencontro. Aqui nada é combinado, nada é suscetível de agendar ou predefinir. As feiras, estas, acontecem por si e em si. São entidades vivas e imprevisíveis como qualquer bicho selvagem. Se hoje em dia queremos encontrar o largo que Manuel da Fonseca tão engenhosamente definiu na sua obra temos que mergulhar, ao acaso, nos terreiros de Castro e de Alvito (é verdade que aqui , em Alvito, a autarquia tentou “domar” a feira, mas o seu espírito manteve-se indomesticável). A feira é a rua, a algazarra, o acaso, o improviso. O comércio é apenas um pretexto. Tanto maior, o pretexto, quanto mais recheadas forem para lá as carteiras. Este é o tempo das feiras. O tempo que medeia entre a Feira de Castro e a Feira de Alvito. O tempo em que se começa a olhar ao tempo. Em que se encerra o verão e as colheitas. Em definitivo. Onde as chuvas aparecem pela gaita do amola-tesouras. Onde as romãs mostram toda a sua exuberância. Onde os figos secos se abrem ao miolo das nozes e das amêndoas. Onde o vinho ganha força e boas cores nas talhas de barro. Onde as azeitonas gritam para ser colhidas. Onde a natureza se regenera. E as pessoas também. Ainda que num rijo abraço. Ou num simples “até para o ano”.

António Sebastião, citado pela Lusa

Fotonotícia

Uvas de Vale da Rosa a caminho da China As uvas de Vale da Rosa foram enviadas na semana passada para a China. O contentor com 15 toneladas, composto por Red Globe, Palieri e Back Pearl, foi o primeiro, mas espera-se que brevemente muitos mais possam seguir viagem. Para a sociedade agrícola Vale da Rosa, “é uma excelente oportunidade para e empresa, mas também para a fruta portuguesa”, até porque o mercado asiático encontra-se em grande crescimento. Tratou-se, assim, muito mais do que o envio de um contentor. É que o fruto continua a dar frutos. Diretamente do Alentejo para a China. BS Foto de José Ferrolho

Voz do povo O que acha do horário de inverno?

(No próximo domingo às 2 da manhã o relógio atrasa uma hora) Inquérito de José Serrano

Ilda Carrasco, 65 anos, doméstica

Patrícia Guimarães, 26 anos, arqueóloga

Elizabete Malveiro, 35 anos, assistente social

Maria João, 39 anos, desempregada

Não gosto nada que a hora mude. Anoitece muito cedo e as pessoas saem dos serviços já de noite. Não sei qual a necessidade de alterar o horário. Não lhe encontro função nenhuma. A não ser os dias ficarem mais pequeninos. Quando os dias são maiores sempre vou até ao café um bocadinho. Para estar com as minhas amigas.

Não gosto. O meu trabalho é desenvolvido sobretudo à luz do dia. Por isso esta mudança interfere diretamente na minha profissão. Quando anoitece mais cedo trabalho menos, limita-me. Acho que para a generalidade da população estas mudanças não trazem qualquer vantagem. E às seis da tarde ser de noite altera-me o estado de espírito, o humor.

Estou habituada a que a hora mude. Essa situação não me causa transtorno algum. Também me lembro de uns anos em que não houve modificações no horário. E também ninguém estranhou. Não vejo incómodos nestas alterações que consigam interferir na minha boa disposição. Nem benefícios. Mas marca a chegada do inverno. E do período escolar.

Não concordo. Às cinco da tarde já é de noite e isto baralha-nos um bocadinho. Era preferível que o horário se mantivesse como está. Mas não me altera o dia a dia em nada. Nem nas tarefas domésticas me altera a rotina. Faço tudo à mesma hora. Só que em vez de ter sol, está de noite. Não me agrada, mas também não é nada de grave.


Rede social

Semana passada QUARTA-FEIRA, DIA 17 ODEMIRA ENCONTRADO CADÁVER DE HOMEM DESAPARECIDO O cadáver de um homem, de 53 anos, que estava desaparecido foi encontrado no canal da barragem de Santa Clara, no concelho de Odemira. O cadáver do homem foi encontrado pela GNR e foi recolhido e transportado para a morgue do Hospital de Beja, onde foi autopsiado. A GNR está a tentar apurar as causas da morte do homem, que poderá ter sido provocada por um eventual acidente, como a queda no canal, ou poderá tratar-se de um caso de suicídio.

QUINTA-FEIRA, DIA 18 ALJUSTREL SAÚDE SOBRE RODAS Já circula pelas estradas de Aljustrel a nova viatura da Unidade Móvel de Saúde. Este veículo irá prestar cuidados de enfermagem e atendimento social aos munícipes residentes em localidades onde não existem centros ou extensões de saúde, nomeadamente Aldeia dos Elvas, Jungeiros, Corte Vicente Anes, Rio de Moinhos e Carregueiro. Em Ervidel, Messejana e Montes Velhos esta viatura presta apenas atendimento social. Esta é uma parceria entre a autarquia local, a Administração Regional de Saúde e a Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo.

SÁBADO, DIA 20 BERINGEL OBRA DE REQUALIFICAÇÃO URBANA TERMINADA A Câmara Municipal de Beja inaugurou a obra de requalificação urbana de Beringel. Para assinalar o final destas obras há muito esperadas, a autarquia, com o apoio da Junta de Freguesia de Beringel e da Empresa Municipal de Águas e Saneamento de Beja (EMAS), convidou toda a população da freguesia de Beringel a assistir à cerimónia de inauguração das obras. E não faltou um almoço e muita animação.

SEGUNDA-FEIRA, DIA 22 OURIQUE DESPISTE FAZ SEIS FERIDOS, DOIS DELES GRAVES Seis pessoas ficaram feridas, duas delas com gravidade, no despiste de uma carrinha de nove lugares, ocorrido no Itinerário Complementar (IC) 1, na freguesia de Santana da Serra, concelho de Ourique, revelaram os bombeiros. O Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Beja adiantou que o acidente, que não obrigou ao corte da estrada, ocorreu por volta das 8 horas, ao quilómetro 682 do IC1. Os feridos mais graves foram transportados para o Hospital de Beja, tendo os bombeiros encaminhado também outras das vítimas para o Serviço de Urgência Básica do Centro de Saúde de Castro Verde.

BEJA PREVENÇÃO SOBRE EFEITOS DAS PRIMEIRAS CHUVAS O Serviço Municipal de Proteção Civil de Beja realizou vários trabalhos para prevenir efeitos das primeiras chuvas, sobretudo inundações na via pública, como limpeza de bermas e desobstrução de canais de drenagem. Segundo a Câmara de Beja, os trabalhos “são fundamentais para garantir o bom funcionamento das infraestruturas”, num período em que “as primeiras chuvas deste outono já se fazem sentir”.

QUARTA-FEIRA, DIA 24 MÉRTOLA AUTARQUIA FAMILIARMENTE RESPONSÁVEL A Câmara de Mértola voltou a ser distinguida, pelo segundo ano consecutivo, pelo Observatório das Autarquias Familiarmente Responsáveis. A cada município assinalado foi entregue a bandeira verde da iniciativa “Autarquia + Familiarmente Responsável 2012”, numa cerimónia que teve lugar na quarta-feira, 24, no Auditório Nacional dos Municípios, em Coimbra.

3 perguntas a Carlos Monteiro

Presidente do Beja Toastmasters Club

O que são os Toastmasters?

A Toastmasters Internacional (TM) é uma organização sem fins lucrativos reconhecida em todo o mundo como a principal organização dedicada ao desenvolvimento de competências de comunicação e liderança. O primeiro clube foi fundado pelo dr. Ralph C. Smedley em 1924 no Bloomington, Illinois, procurando responder à necessidade detetada junto dos jovens no que respeita às competências de “falar em público e condução de reuniões eficazes”. O conceito encontra-se atualmente espalhado pelo mundo, contando com mais de 270 000 membros em aproximadamente 13 000 clubes Toastmasters em 116 países. A missão de um clube Toastmasters é “criar um ambiente de aprendizagem positivo e de suporte mútuo, onde cada membro tenha a oportunidade de desenvolver as suas capacidades de comunicação e de liderança, que por sua vez permitem o aumento da auto-confiança e o crescimento pessoal”.

Todos à abertura da Feira da Caça Mais uma edição da Feira da Caça, em Mértola, e foi assim o momento de inauguração. Todos a cortarem a fita, no evento que enaltece uma das potencialidades do concelho, mas também da região. E a animação, lá para os lados do Guadiana, foi muita.

A enchente da Feira de Castro E foram muitos também o que foram à Feira de Castro, ou não fosse esta uma tradição enraizada na cultura das gentes do Alentejo. E até ao largo era vê-los de banca em banca, à procura do melhor artigo, tanto para o menino, como para a menina.

Como surge o clube em Beja?

O projeto arrancou em março de 2011 e nasceu da vontade de dois bejenses (Carlos Monteiro e Rui Isidoro), com o intuito de trazer o conceito para a cidade, proporcionando à comunidade um espaço para treinar e aperfeiçoar ainda mais as suas competências de comunicação e liderança, tendo como parceiro institucional a Escola Superior de Tecnologia e Gestão do IPBeja. O arranque das atividades do Beja Tostmasters Club ocorreu no dia 12 de novembro de 2011. Após a inscrição dos primeiros 20 membros fundadores do clube, o Beja TM Club foi registado internacionalmente como clube oficial em janeiro de 2012. As sessões regulares do clube realizam-se desde setembro de 2012 no Beja Parque Hotel, parceiro do Beja TM Club. Irá decorrer, no Beja Parque Hotel, uma sessão que contará com a presença de Bruno Ferreira. Qual o objetivo deste evento?

No dia 27 de outubro a sessão regular do Beja TM Club contará com a presença especial de Bruno Ferreira, o talento bejense das mil e uma vozes. O evento tem por objetivos divulgar ainda mais o clube e as suas atividades junto da comunidade, assim como partilhar a experiência e o talento de Bruno Ferreira no domínio da comunicação, enriquecendo e dotando ainda mais os membros do clube e os convidados de ferramentas úteis neste domínio. A sessão é aberta ao público em geral e gratuita. Bruna Soares

Terminaram as obras em Beringel Aplausos e mais aplausos. Chegou o momento da inauguração da obra de requalificação urbana de Beringel. E a festa juntou autarcas e população, até porque as obras eram há muito esperadas e o momento brindou-se com pompa e circunstância.

Contos para pais e filhos As XII Palavras Andarilhas ainda mexem em Beja. E na biblioteca municipal da cidade houve lugar para mais uma estafeta de contos. Pais e filhos debruçados sobre as histórias. Uma tarde inteira de boa disposição e partilha.

Base Aérea de Beja fez 48 anos A Base Aérea de Beja comemorou o seu 48.º aniversário e a banda de música da Força Aérea Portuguesa deu um espetáculo no Pax Julia Teatro Municipal. A entrada foi livre e foram muitos os que se juntaram às celebrações.

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Gomes Aires

Chega ao fim uma das mais antigas freguesias do distrito de Beja

A derradeira batalha de Gomes Aires

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omes Aires é uma terra de conquistas. Melhor, Gomes Aires foi uma terra de conquistas. Deu-lhe o nome um cavaleiro moçárabe que combateu ao lado de D. Afonso Henriques na mais sangrenta batalha da chamada Reconquista, que terá acontecido algures num cabeço vizinho dos campos de Ourique. Pela bravura e valentia demonstradas em combate, o primeiro rei de Portugal terá doado ao seu fiel guerreiro as terras que atualmente pertencem à freguesia de Gomes Aires. Melhor, as terras que pertenciam à freguesia de Gomes Aires. É que a Assembleia Municipal de Almodôvar decidiu, no final de setembro, agregar Gomes Aires à freguesia vizinha de Santa Clara-a-Nova. “Uma perda lamentável”, reconhece o ainda presidente da junta, António Guerreiro Francisco. Ainda assim, ajuda José da Palma, “do mal o menos, ainda falaram em levar a junta para Aldeia dos Fernandes. Queriam tirar ao pai, para dar ao filho. Isso não se faz”. É que na última revisão administrativa do território, Gomes Aires foi obrigada a ceder boa parte do seu território para a criação da freguesia de Aldeia dos Fernandes. Situação que nunca foi bem digerida por aquelas bandas. Gomes Aires é uma típica aldeia alentejana, com certeza. Com os típicos problemas que às aldeias alentejanas são próprios: despovoamento galopante, desemprego galopante, envelhecimento galopante. Pela manhã, para além do recreio da escola primária, o único local onde se denota algum bulício é precisamente a junta de freguesia. Onde diariamente um médico de São Bartolomeu de Messines atende as doenças da velhice. “É a única coisa boa que ainda aqui temos”, reconhece a senhora Maria José, que viu os seus cinco filhos abalarem em busca de uma vida melhor e que, por devoção, guarda a chave da igreja de São Sebastião de Gomes Aires. Já não chegam a 400 os eleitores de Gomes Aires. Razão pela qual a freguesia entrou no leque daquelas que deixaram de reunir os critérios de organização territorial. E o mais assombroso é que o número de habitantes não difere muito do número de eleitores. O que demonstra a avançada idade da população. Até final do período escolar ainda por ali se vão ouvindo os risos das crianças que brincam no recreio da escola. Mas, a partir de dezembro próximo, também os sorrisos das crianças viajarão para a escola primária de Santa Clara-a-Nova, cujas obras de beneficiação estão quase concluídas. “Este tem sido um ano terrível para Gomes Aires”, lamenta António Mateus Sequeira, que foi o último regedor da freguesia e que ainda hoje, com 81 anos, atende os clientes na mercearia que o seu pai lhe legou, a Casa Mateus, o mais antigo estabelecimento comercial do concelho de Almodôvar. António Mateus Sequeira não se refere apenas à “desastrosa” intenção de agrupar a junta de freguesia que governou durante 18 anos. Lamenta também o súbito falecimento,

A Assembleia Municipal de Almodôvar votou favoravelmente, em setembro último, a agregação das freguesias de Gomes Aires e Santa Clara-a-Nova. Terra que levou o nome de um dos cavaleiros mais ativos na Batalha de Ourique, Gomes Aires, perde assim a junta de freguesia, num ano em que também perdeu a sua escola primária. Restam pouco mais de 300 eleitores, e quase tantos habitantes, naquela que é uma das mais antigas localidades do distrito de Beja. Texto Paulo Barriga Fotos José Ferrolho

Gente Já não chegam a 400 os eleitores de Gomes Aires

Escola A partir de dezembro, as crianças da aldeia vão rumar até à vizinha Santa Clara-a-Nova

em junho último, do presidente eleito, Manuel da Silva, o encerramento da escola primária e o hipotético fecho da extensão de saúde. “É muita desgraça num só ano”, reconhece. Mas nem sempre foi assim. Gomes Aires, na década de 1960, “tinha mais gente numa só rua do que a população que hoje vive na freguesia. Os campos aqui à volta estavam todos cultivados, fazia-se negócio… chegámos a trocar mais de 26 mil quilos de trigo por farinha. Isto num só mês”, recorda o merceeiro que foi “obrigado” a ser regedor. “O problema maior desta terra”, complementa Silvina Mestre, “é que os novos vão embora e aqueles que saem já não regressam, como acontece nas outras freguesias aqui perto”. Silvina Mestre é presidente da única coletividade da freguesia, a Associação Sonho e Verdade. Uma denominação que não esconde uma certa ironia face aos trilhos que Gomes Aires tem calcorreado nos últimos tempos. “Sonhar”, reconhece, “é das poucas coisas que ainda nos vão restando. É muito triste que uma freguesia com oitocentos e tal anos de história tenha que se juntar a outra”. Mas a história que a Associação Sonho e Verdade quer contar é outra. É a história da criação de um centro de dia para os idosos de Gomes Aires. Uma história com mais de duas dezenas de anos e que, agora, parece estar a levar algum rumo. “O projeto para o centro de dia está quase concluído e no dia 15 de dezembro iremos apresentá-lo aos sócios. Temos o terreno que a Câmara de Almodôvar nos cedeu e vamos esperar que haja uma candidatura que possa fazer avançar o equipamento”, sonha Silvina Mestre: “os novos abalam e é com os velhos que nos temos de preocupar”. Excluindo alguns postos de trabalho que foram criados com as portagens na A2, os habitantes de Gomes Aires vivem essencialmente do pouco que as terras enrugadas da serra lhes oferece. A apicultura, a criação de gado e os cereais de sequeiro são as principais atividades agrícolas que ali se praticam. Isto sem falar, claro, da indispensável aguardente de medronho. Na soleira das portas de habitação da aldeia, como aliás acontece em todo o concelho, são desenhadas cruzes brancas por altura do São Martinho. “É uma brincadeira que cá temos”, explica Manuel Mestre, um antigo pedreiro agora com 80 anos, “Fazem-se cruzes à porta daqueles que são mais bubedanas”. O sinal da cruz, repetido a cada passagem em frente ao altar da igreja de São Sebastião de Gomes Aires, é o que faz Maria. Este ano, em virtude do falecimento do autarca local, as festas do santo padroeiro não saíram à rua. “Para o ano logo se verá”, diz com algum desânimo a guardião da igreja, “estamos a ficar sem nada. Têm levado tudo daqui para fora. A única coisa que não conseguem levar é a nossa igreja e a nossa fé”. A fé incondicional num santo mártir, numa terra que ficou com o nome de um guerreiro que terá lutado abnegadamente por ela. Pela fé.


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… e o último regedor

O último presidente da junta… António Guerreiro Francisco ficará para a história como o último presidente da Junta de Freguesia de Gomes Aires. Algo que não o afeta propriamente. Este trabalhador agrícola de 57 anos ocupa o cargo desde meados do presente ano. Chegou em substituição do malogrado Manuel da Silva, que faleceu a 9 de julho, e que encabeçou as listas do Partido Socialista naquela que é a única freguesia “rosa” do concelho de Almodôvar. António Guerreiro Francisco lamenta o annus horribilis por que está a passar a sua freguesia. Primeiro foi a morte do amigo e companheiro Manuel da Silva, depois foi o anúncio do fecho da escola primária e, por fim, a anexação de Gomes Aires à freguesia vizinha de Santa Clara-a-Nova. “É a política, diga lá… a junta nunca deveria daqui abalar. Esta é uma das freguesias mais antigas de Almodôvar, uma freguesia com muita história… mas pronto, os políticos lá acharam por bem…”. Os políticos, no discurso de António Guerreiro Francisco, aparecem sempre conjugados na terceira pessoa. “Eu cá não fui feito para a política. Gosto de assumir as coisas e de cumprir com elas e a política não é assim. Eles dizem uma coisa e depois não fazem… “. Se calhar, questiona, foi o que aconteceu com a extinção da sua freguesia: “Vieram cá dizer que tinham que acabar com 25 por cento das freguesias rurais, com aquelas que tinham menos eleitores, grande parte das pessoas aceitou que a junta fosse para Santa Clara. Por cor política ou sei lá… é muito provável que haja política metida nisso. Cá para mim não concordava, mas não sou eu que mando… a população manifestou-se assim… até me calei, não disse nada”.

António Mateus Sequeira tem o nome às avessas. Herdou da mãe, Rosa Sequeira, o apelido, mas é pelo nome do pai, Manuel Mateus, que ainda hoje é conhecido. E não é para menos. António tinha apenas um ano quando o pai abriu ao público a Casa Mateus. Uma daquelas mercearias de encher o olho, repleta dos mais surpreendentes artigos, pejada das mais envolventes histórias. E ainda hoje, passadas oito décadas, a Casa Mateus continua de portas abertas de par em par para a principal rua de Gomes Aires. “É o estabelecimento comercial mais antigo do concelho de Almodôvar”, garante o gerente de 81 anos. Os tempos é que são outros. Hoje as pessoas abastecem-se nos centros comerciais, “mas não há muito tempo chegámos a trocar mais de 26 mil quilos

de trigo por farinha. Isto só num mês”. Isto era na época em que a freguesia de Gomes Aires, para além de dezenas de montes em seu redor, incorporava também a localidade de Aldeia dos Fernandes. E nessa altura António Mateus Sequeira era o regedor da freguesia. “Fui obrigado a ir para regedor em 1960. O presidente da Câmara nessa altura, Manuel Monteiro Martins, chamou-me a Almodôvar e disse-me que tinha que aceitar o cargo. Nunca quis saber daquilo, tinha uma casa aberta e não queria perder clientes. Mas tudo correu bem. Fiquei até 1978 e nunca cheguei a ser exonerado. Nunca fiz mal a ninguém”. Talvez por isso veja com tristeza o que está a acontecer à sua freguesia: “nem sequer gosto de pensar que vão acabar com a freguesia de Gomes Aires. Ainda tenho uma esperança que isso não há de acontecer”.

Um cavaleiro de bom nome A povoação de Gomes Aires existirá desde o início da Nacionalidade, embora achados arqueológicos na região, nomeadamente no monte da Abóbada, indiquem que a sua existência poderá ser anterior à dominação romana na Península Ibérica. Mas a denominação de Gomes Aires, aliás São Sebastião de Gomes Aires, estará intimamente relacionada com um guerreiro moçárabe que terá ajudado o primeiro rei de Portugal a sovar os mouros na mítica

Batalha de Ourique. Segundo escreveu António J. Gonçalves na sua Monografia da Vila de Almodôvar, Gomes Aires, o cavaleiro que se terá evidenciado na mãe das batalhas da Reconquista, “avantajou-se a todos quantos combatiam por D. Afonso Henriques”. Bravura e valentia que el-rei quis recompensar doando-lhe as terras que formam atualmente aquela freguesia. O cavaleiro, “que era respeitado e querido na região, fundou então a aldeia a que deu o seu nome, perpetuando assim a sua bravura e o bom nome deixado”.


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Nós quisemos criar aqui um Sporting de Braga a nível científico, e isso não vai ser conseguido só com o apoio local. (...) O que nós pretendemos é formalizar, com o Ministério da Educação e Ciência, um contrato programa para cinco anos, com objetivos bem precisos. João Lopes Baptista

Entrevista

Cebal, hoje com 20 investigadores, está ainda a um terço do seu objetivo inicial

“Neste momento é crucial crescermos” O Centro de Biotecnologia Agrícola e Agroalimentar do Baixo Alentejo e O Cebal foi formalmente constituído em agosto de 2006, na sequência de um projeto delineado por si. Que balanço faz destes seis anos de trabalho?

João Lopes Baptista (JLB): O centro não começou logo a trabalhar. Começou a trabalhar só em 2008. O que se fez, entretanto, foi angariar fundos regionais para conseguir abrir concursos para alguns investigadores, que se juntaram em Beja e também no sentido de conseguir equipamentos e instalações. Como é que evoluiu o centro? Evoluiu muito bem, mas não atingimos ainda aquele objetivo que tínhamos planeado no início. Estamos a cerca de um terço desse objetivo. Evoluiu muito bem, e não sou só eu a dizê-lo. Nós tivemos aqui há dias a visita da Comissão de Acompanhamento Técnicocientífico, constituída por pessoas de alto gabarito, nacional e internacional, que também verificou que as pessoas que se nos juntaram, e que hoje são os chefes de grupo, têm tido uma qualidade muito boa. Neste momento temos dois grupos já totalmente constituídos, e outros dois em fase de constituição. Temos cerca de 20 pessoas, quando o nosso objetivo era atingir entre 60 a 80 pessoas a trabalhar aqui.

Litoral (Cebal) vai liderar, já a partir de 2013, um projeto de investigação pioneiro a nível internacional, cuja missão é desvendar o código genético do sobreiro. O estudo, que integra cerca de 30 cientistas de várias instituições portuguesas, abre portas para um avanço no conhecimento sobre a espécie florestal com maior interesse económico no País. E surge numa altura decisiva do percurso do próprio Cebal que, após quatro anos de investigação em várias frentes, centrando-se sobretudo na valorização dos recursos endógenos, sente uma necessidade premente de “crescer” e de aprofundar a sua ligação com os produtores da região. Para tal, precisa do apoio do Estado e é nesse sentido que recebe, já na segunda-feira, 29, a visita da secretária de Estado da Ciência. Texto Carla Ferreira Foto José Serrano

O que significa, concretamente, estar a um terço do objetivo inicial?

JLB: Significa que nós precisamos de aumentar o número de grupos e de contratar chefes de grupo, investigadores de grande qualidade, cerca de cinco ou seis. Um deles terá até um objetivo que estava delineado desde o início, e que a própria comissão de acompanhamento frisou que era importante: ir ao terreno ver quais são as necessidades, trazê-las para o centro, e levar ao conhecimento do campo as potencialidades que aqui existem. Continuo a pensar que o centro, com a dimensão que tem, é muito vulnerável. É uma dimensão relativamente pequena ainda. A ambição que temos é a de criar um centro de investigação, não só de nível nacional como também de nível internacional, e isso tem sido conseguido naquilo em que estamos a trabalhar, mas há várias outras áreas em que temos que atuar, para que a transversalidade que pensámos no início venha a ser possível. Nós quisemos criar aqui um Sporting de Braga a nível científico, e isso não vai ser conseguido só com o apoio local. Neste momento, estamos a pressionar fortemente para que o governo central também, de uma forma direta, apoie a possibilidade de criarmos aqui novos grupos. Temos dois investigadores principais, a tempo inteiro, e cerca de 20 pessoas a trabalhar. Cada grupo criado vai concorrer a projetos, que quando se ganham são uma espécie de um contrato para efetuar aquele projeto, ou seja, o centro não cresce por causa disso. O que nós pretendemos é formalizar, com o Ministério da

novas formas de valorização que podem ser aproveitadas pelos agricultores para desenvolver novas oportunidades de negócio, obviamente trazendo valor às espécies locais e à região. Outro grupo, o da Valorização de Agroalimentos, trabalha sobre produtos de origem animal e de origem vegetal. Dando um exemplo concreto, há um projeto a decorrer que visa a alimentação de animais com esteva, um dos tais recursos endógenos. E verificou-se que a carne desses animais é uma carne que tem maior capacidade antioxidativa, ou seja, não oxida com tanta rapidez como a carne normal. Mais uma vez, há aqui uma estratégia de valorização mas na vertente da alimentação animal. Depois, temos ainda outro grupo, o da Engenharia de Processos, que é complementar aos vários grupos porque permite desenvolver metodologias de obtenção desses extratos das plantas. Um trabalho em concreto tem a ver com tratamentos de águas residuais. Há uma unidade desenvolvida, que trabalha com tecnologia de membranas, que permite o tratamento dos resíduos das queijarias da região. As águas que resultam do fabrico do queijo têm que ser tratadas e com esta tecnologia de membranas é possível concentrar o resíduo a tratar, trazendo também mais-valias às próprias empresas locais. A quem interessa mais diretamente o conhecimento que é aqui gerado?

Cebal Claudino Matos, diretor científico; João Lopes Baptista, presidente da Comissão de Acompanhamento Técnico-científico; Sónia Gonçalves, investigadora principal e diretora executiva

Educação e Ciência, um contrato programa para cinco anos, com objetivos bem precisos. Queremos formalizar isso até ao fim do mês. Nesse sentido, virá cá visitar-nos a senhora secretária de Estado, no próximo dia 29 de outubro. Uma visita que é apenas ainda para verificar o que é que aqui se tem feito. No domínio da biotecnologia, aplicada concretamente às atividades económicas “de futuro” na região, quais têm sido as áreas em que têm concentrado os vossos esforços?

Sónia Gonçalves (SG): O Cebal tem nesta altura quatro grupos de investigação. O grupo da

Genómica Agronómica, que se dedica às questões da genética e está muito focado no estudo do sobreiro. Depois temos outro grupo, o dos Compostos Bioativos, que se concentra no estudo da valorização dos recursos endógenos, uma temática central no Cebal. Trata-se de procurar novas formas de valorizar recursos naturais, como sejam o sobreiro, a esteva, o cardo, e este grupo foca-se exatamente na pesquisa de produtos de valor acrescentado, os tais compostos com atividade biológica. Um exemplo concreto é o de um projeto que está a decorrer em torno do cardo: verificou-se que a planta do cardo tem propriedades antitumorais. São

Claudino Matos (CM): O nosso objetivo é fazer investigação, em primeiro lugar para os nossos associados, que são associações empresariais, que representam agricultores, empresários das várias atividades, e também câmaras municipais. Obviamente, a ação do Cebal não se esgota nos associados. Nós queremos chegar mais além e daí haver a necessidade de encontrarmos um grupo, uma figura que nos leve, cada vez mais, a fazer a transferência de tecnologia para a produção. Estamos a trabalhar nisso e eventualmente vamos consegui-lo, pensamos nós através deste contrato programa que pretendemos estabelecer com o Ministério da Educação e Ciência. No fundo, a ideia seria levar às empresas aquilo que nós estamos a produzir em termos científicos e trazer das empresas as necessidades que elas têm. Há a necessidade de fazer esta ponte. O regadio de Alqueva tem aberto portas a um conjunto de novas culturas em solo alentejano. Qual o papel do Cebal no desenvolvimento desta “nova agricultura”?

JLB: Há aqui um produtor de ameixa que estuda, juntamente com o COTR, o efeito da alteração da rega na produção. E nós, concretamente, estamos a estudar as alterações que isso


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mas não é decisivo, ou seja, só em casos de igualdade em termos académicos é que preferimos pessoas daqui. Quais são os vossos parceiros de peso ao nível das instituições de ensino superior e investigação portugueses?

induz nas qualidades organoléticas do fruto. A área de fruticultura no Alentejo está a aumentar. E para tudo isso é preciso otimizar, melhorar e até obter informações sobre capacidades de aproveitamento dos subprodutos. Um claro exemplo disto foi feito num projeto que temos, e que está quase a acabar, com uma indústria de Alvito – a Ucasul – que recolhe e queima o bagaço da azeitona. E verificou-se aqui que aquele bagaço que era queimado contém um produto de grande interesse para a indústria farmacêutica. SG: Há uma série de novas culturas que têm surgido, cujos produtores nos têm contactado para darmos apoio científico. Temos, por exemplo, um novo projeto, na área da romã, para dar apoio científico-tecnológico a nível da valorização de resíduos e de desenvolvimento de novos produtos. CM: Também é importante referir que a EDIA é uma entidade associada do Cebal, logo existe aqui uma interação que é importante e que tem que ser fortalecida. Ao estabelecerem-se novos agricultores e novas culturas aqui no Alentejo, certamente irão sedimentar-se e aprofundarse mais esse tipo de contatos já referidos e nós estamos aqui no centro precisamente para responder a essas solicitações. Daí a necessidade de haver um crescimento do centro, com investigadores de qualidade e um número de pessoas aceitável, de maneira a dar resposta a todas as solicitações. Em termos de retenção de massa crítica, o Cebal tem dado o contributo que pretendia?

JLB: Uma coisa importante no desenvolvimento, em qualquer região e em qualquer país, são as pessoas. E são as pessoas melhor formadas que mais capazes são de o fazer. Há vários níveis de formação. Na etapa do doutoramento, que demora três, quatro anos, a pessoa tem um problema e fica a trabalhar nele até encontrar soluções por si próprio. Desenvolve-se essa capacidade, o que permite, ou a criação de empresas, ou a criação de uma mais-valia importante dentro de uma empresa. As pessoas que temos connosco estão em formação a esse nível. Estamos a fazer vários doutoramentos; os alunos são orientados aqui, em coorientação com professores de universidades, sendo que o trabalho decorre principalmente aqui. São, de facto, alunos que nós atraímos para aqui. Não só estamos a conseguir reter os que são daqui como atraímos gente de qualidade que vem de fora. Para isso, tem que se lhes dar condições. Quando começámos, o executivo

anterior da Câmara de Beja promoveu um programa através do qual os primeiros investigadores que chegaram, os investigadores principais, tiveram direito a uma casa, durante dois anos. Para nós conseguirmos atrair os melhores, não lhes podemos dar as mesmas condições que se dão em Lisboa, Porto ou Coimbra. As pessoas não querem, eventualmente, vir para o Alentejo e é preciso que sejam atraídas. Aí houve um papel muito importante por parte da Câmara de Beja. Se nós conseguirmos este contrato programa e atrairmos pessoas, estou convencido de que o executivo atual também seguirá a nossa perspetiva. Os outros investigadores vêm com bolsas de doutoramento, de pós-doutoramento, às vezes também de mestrado, ou de projeto. Recebemos pessoas desde o Porto até ao Algarve; há aqui um equilíbrio entre o Alentejo e outras regiões. A proveniência é um fator importante

“Nós, os investigadores, trazemos os nossos contactos dos sítios de onde vimos e, ao longo do trabalho que vamos desenvolvendo, vamos fortalecendo essas ligações. É fundamental trabalhar em rede – sem isso não conseguimos ter dimensão na investigação que estamos a fazer”. Sónia Gonçalves

Sobreiro vai deixar de ter segredos

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té ao momento, em todo o mundo só foi feita a sequenciação do genoma de uma espécie de árvore, o choupo. O sobreiro, de uma outra família, as fagáceas, será a próxima a ter o seu código genético desvendado e no âmbito de um projeto liderado pelo Cebal, que terá início em 2013. O estudo envolve uma equipa de perto de 30 cientistas, provenientes de instituições como o ITQB (Instituto de Tecnologia Química e Biológica), o iBET (Instituto de Biologia Experimental e Tecnológica), a Biocant - Associação de Transferência de Tecnologia, o INRB, atual INAV (Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária), e o IGC (Instituto Gulbenkian de Ciência), parceiras do Cebal na candidatura aprovada pela comissão diretiva do Inalentejo. Ao longo de 30 meses, o que se pretende é conhecer “toda a informação genética do sobreiro, de uma ponta à outra”, o que abre caminho para “conseguir identificar genes importantes em vários processos”, como a formação da cortiça, as respostas ao stress e a resistência a doenças, por exemplo, refere Sónia Gonçalves, investigadora principal do Cebal e coordenadora do projeto denominado “GenoSuber – Sequenciação do genoma do sobreiro”. Portugal detém à volta de 30 por cento do montado de sobro mundial, uma área cuja parte de leão – mais de 70 por cento – se encontra situada em território alentejano. Portugal é, como tal, o maior exportador de cortiça do mundo, com uma produção de cerca de 150 mil toneladas por ano, o que representava, segundo dados de 2007/2008, à volta de um por cento do Produto Interno Bruto e 2, 3 por cento do valor das exportações nacionais. “Toda esta importância que o montado tem justifica plenamente um projeto desta natureza e desta envergadura”, sublinha Claudino Matos, diretor científico do Cebal, concluindo que “este trabalho pioneiro pode, a médio ou longo prazo, dar respostas muitos importantes para o setor florestal na nossa região”. Carla Ferreira

SG: Temos uma parceria com o Instituto Superior de Agronomia, um forte parceiro nas questões agrícolas. Depois temos também parcerias com o Instituto de Tecnologia Química e Biológica (ITQB), com o Ipatimup, no Porto, com a Faculdade de Ciências Veterinárias, em Lisboa, com o IBMC e as universidades de Évora, Algarve e também de Aveiro, com a qual temos uma ligação muito forte. Desde 2010 que os investigadores do Cebal estão integrados no laboratório associado Ciceco, e portanto há um grande dinamismo de trocas de alunos, programas doutorais, uso de equipamentos e desenvolvimento de trabalho em comum. Nós, os investigadores, trazemos os nossos contactos dos sítios de onde vimos e obviamente que, ao longo do trabalho que vamos desenvolvendo, vamos fortalecendo essas ligações. Porque é fundamental trabalhar em rede – sem isso não conseguimos ter dimensão na investigação que estamos a fazer. CM: Obviamente, temos também como parceiro o Instituto Politécnico de Beja, que é onde temos as nossas instalações agora, provisórias, e onde vamos reforçar a nossa capacidade de instalação com a mudança para a Escola Superior de Tecnologia e Gestão, que está em fase de finalização da construção. Isto vem, não só reforçar a aposta que o IPBeja tem neste centro como fortalecer a interação com os investigadores do IPBeja, que é aquilo que nós esperamos no futuro. Como tem evoluído o apoio das entidades regionais que, de início, foi fundamental para o arranque do centro?

JLB: Tem havido algumas dificuldades. Temos entre 15 e 20 associados. Alguns estão atrasados nos pagamentos, um ou dois desistiram. Felizmente, contámos com o grande dinamismo das pessoas que vieram para aqui, que com os projetos que conseguiram têm colmatado um pouco isso. Mas também captámos novos associados. E se passarmos a ter aquilo a que se chama “dinamizador industrial” eu estou convencido que, aí, muito mais facilmente vamos conseguir novos associados. Às vezes até há solicitações às quais não somos capazes de responder porque não temos pessoas. Neste momento, é crucial crescermos. CM: O Cebal é um centro privado, com os associados de que já falámos e que subsidiaram o centro num montante que andará à volta dos 700 mil euros. Apesar de um tecido empresarial que se apelida de “fraco”, já existe esta contrapartida. Com as potencialidades de desenvolvimento que se adivinham, com os investimentos que estão no terreno, nós pensamos que mais adesão privada virá no futuro e que poderemos ter algum desafogo se complementarmos este investimento privado com um reconhecimento por parte da tutela. Esse contrato programa seria uma contrapartida por parte do Estado para colmatar, eventualmente, estas dificuldades que temos sentido ultimamente.


Trabalhadores da Antena Miróbriga com salários em atraso

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Atual

Os cinco funcionários da Antena Miróbriga, rádio local com sede em Santiago do Cacém, estão com salários em atraso devido às dificuldades financeiras da empresa, que levaram já à mobilização da população para tentar salvar a emissora. Os trabalhadores ainda não receberam o salário de setembro, estando também em falta parte do salário de julho e o subsídio de férias.

Procura de apoio “vai aumentar” A procura de apoio junto da Caritas, diz Maria Teresa Chaves, “vai certamente aumentar”: “Para 2013 a perspetiva que temos de orçamento e o campo de manobra é relativamente curto porque o País está totalmente endividado. Portanto não vejo que haja muitas perspetivas de melhoria, antes pelo contrário, as famílias vão sentir as carências aumentarem e a necessidade de recorrerem a este tipo de instituições”. Face ao cenário atual, e às perspetivas futuras pouco animadoras, a responsável defende “que todos” devem trabalhar “de uma forma mais articulada”, devendo as empresas “que tenham uma situação razoável” incrementar “o seu sentido de responsabilidade social” apoiando assim as “instituições que prestam ajuda direta”. “Tem de haver uma conjugação de esforços, temos que estar todos mais unidos e as pessoas também devem estar atentas aos vizinhos do lado, há que reforçar os laços de proximidade e de entreajuda e possivelmente encontrar alguma criatividade à medida que as situações acontecem”, conclui.

Desemprego e corte nos rendimentos levam bejenses a pedir auxílio alimentar

Cantina da Caritas fornece 100 refeições diárias A cantina social da Caritas Diocesana de Beja, criada em meados do ano ao abrigo do Programa de Emergência Alimentar, fornece atualmente 100 refeições diárias, sete dias por semana, a 83 pessoas. São na sua maioria “pessoas que tinham uma vida organizada”, mas que devido “a uma situação de desemprego ou de diminuição de rendimentos” se viram confrontadas com carências a nível alimentar. O protocolo assinado com a Segurança Social cessa em dezembro, mas a presidente da direção da Caritas acredita que o mesmo “poderá ser prorrogado”. Da parte da instituição, diz, “há abertura” para aumentar o número de refeições protocoladas. Texto Nélia Pedrosa Ilustração Paulo Monteiro

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om as prestações do Rendimento Social de Inserção (RSI) canceladas desde maio último, em consequência da desistência de um curso de formação por incompatibilidade de horário, Laura*, 38 anos, separada, mãe de dois filhos em idade escolar, viu-se obrigada a recorrer à cantina social da Caritas de Beja, estando há perto de um mês a receber três refeições diárias, sete dias por semana. Uma ajuda que considera preciosa, porque, diz, “não podemos passar sem nos alimentarmos”. “Há pessoas que dizem que se o apoio é ir buscar comida [à cantina] então que não querem. Infelizmente ainda há muita gente que reage assim, porque querem é dinheiro. As pessoas pensam que a comida não é uma grande ajuda, mas eu acho que é a maior ajuda, porque é para onde vai a maior parte do nosso dinheiro”. A vida de Laura mudou há pouco mais de dois anos. Em todos os sentidos. Vítima de violência doméstica durante 12 anos, em junho de 2010 decidiu colocar um ponto final na relação que mantinha com o pai do seu filho mais novo e saiu de casa, abdicando da estabilidade económica em função do seu equilíbrio emocional e afetivo. “Eu tinha uma vida estável, não posso dizer que era uma pessoa rica, mas tinha uma vida normal. Tinha três carros pagos, casa montada, só que devido aos maus tratos vi-me obrigada a sair de casa. Um dia decidi que chegava”, conta. Na ocasião trabalhava como gestora comercial e motorista, emprego que entretanto teve de abandonar porque não tinha a

quem deixar o filho após o período escolar. Por não ter familiares por perto, e por não poder “recorrer sempre às amigas”, Laura já teve de recusar “alguns trabalhos”. E foi precisamente devido à inexistência desse suporte familiar que se viu obrigada a desistir de um curso de formação que estava a frequentar através do centro de emprego, tendo automaticamente deixado de beneficiar do RSI. Laura diz que quando iniciou o curso não foi informada “que teria de trabalhar também aos fins-de-semana e aos feriados” e que havia dias em que tinha que entrar “ao meio-dia e sair às 10 da noite”: “Isso partiu-me as pernas por causa do meu filho”. Laura já expôs o seu caso ao Centro Distrital de Beja da Segurança Social quer por escrito, quer presencialmente. “Como tive que desistir da formação cortaram-me o RSI, deixei de receber qualquer ajuda e dizem que só posso recorrer à mesma em maio do ano que vem. Dizem que é assim que funciona”, frisa. Desde que saiu da formação, há cerca de quatro meses, Laura e os filhos têm “sobrevivido com a pensão de alimentos [entregue pelos pais dos filhos]” e com “a ajuda da minha mãe, da minha irmã e do namorado”. Não fosse o processo de “partilha de bens” ainda estar a “decorrer em tribunal” e Laura provavelmente já teria saído da região. “Continuo inscrita no centro de emprego, mas não tenho perspetivas nenhumas, muito sinceramente, porque não tenho aqui ninguém e isso é muito complicado. Se a partilha de bens estivesse resolvida iam-me embora, mas depois tenho a questão dos filhos, porque também não sei, com a idade que eles têm, como é que vão reagir. Chegamos a uma

certa idade, com dois filhos, vemo-nos sem nada e começamos a viver só para os nossos filhos, porque a verdade é essa, é o que eu faço hoje em dia, vivo para os meus filhos”. Ao contrário de Laura, Maria*, utente da cantina social há cerca de três meses, não conseguiu manter junto de si os seus dois filhos após ter ficado desempregada. As crianças estão neste momento a viver com o pai, que tem “a guarda partilhada”. À espera de benef ic ia r do R SI, Ma r ia , de 34 anos, recebe atua lmente “apoios da Segurança Social” para pagar o aluguer do quatro onde vive, as contas da água e da luz e alguma ajuda da Caritas de Beja “para comprar produtos de higiene”. “O que mudou tudo foi eu ter ficado sem trabalho”, diz, sem esconder o desalento. “Há já uns meses que tenho andado enleada com isto, com o RSI, e até hoje ainda não recebi nada. Assinei contrato este mês, estou há espera já há muitos meses”, refere. Passar a beneficiar do RSI vai permitir-lhe continuar a pagar o quarto arrendado e algumas despesas, mas será insuficiente para sustentar os filhos. Não “é com 189 euros, pagando 150 de quarto e mais 30 ou 40 de despesas, sem falar noutras” que isso “vai ser possível”, diz. E mesmo que arranje um emprego muito dificilmente o


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A Comissão Política Concelhia de Alvito e a Distrital de Beja do PSD aprovaram o candidato que será o cabeça de lista à presidência da Câmara Municipal de Alvito nas próximas eleições autárquicas. A escolha recaiu em Manuel Maria Barroso, 55 anos, natural de Alvito, que exerce atualmente as funções de assessor da presidente da Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género.

Diário do Alentejo 26 outubro 2012

PSD escolheu candidato à Câmara de Alvito

Mais de 5 500 pessoas apoiadas entre janeiro e setembro

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ara além das 100 refeições diárias confecionadas na cantina social, a Caritas apoia 20 utentes no âmbito da valência refeitório social com quatro refeições por dia (pequeno-almoço, almoço, lanche e jantar). A valência engloba ainda “o tratamento de roupas (lavagem e passagem a ferro), distribuição de vestuário e higiene pessoal na instituição”. Esta resposta direciona-se essencialmente “a indivíduos e famílias em situações de marginalização (sem-abrigo, passantes, reclusos ou ex-reclusos, toxicodependentes e alcoólicos em recuperação, doentes do foro psiquiátrico) e imigrantes. Esta é “sempre uma resposta temporária”, diz Maria Teresa Chaves, mas em casos de “problemas psiquiátricos”, em que não se “consegue inserir as pessoas e encontrar soluções”, a ajuda acaba por prolonga-se no tempo. A Caritas é também a instituição mediadora do concelho de Beja do Programa Comunitário de Ajuda a Carenciados (Pcaac), que visa “distribuir produtos alimentares às pessoas mais necessitadas na comunidade europeia”, e que este ano vai beneficiar “2 565 pessoas” do concelho, um número superior ao verificado no ano transato. De acordo com a presidente da direção da instituição, o referido programa destina-se a pessoas “cujo rendimento per capita seja igual ou inferior a 189,52 euros”, sendo que a seleção dos beneficiários é feita pela Segurança Social que depois encaminha as listagens para a Caritas que procede à distribuição dos alimentos com a ajuda dos seus voluntários. A Caritas distribui ainda produtos alimentares provenientes do Banco Alimentar Contra a Fome, entrega vestuário e calçado, brinquedos e mobiliário e apoios económicos através do Fundo de Emergência Social da Diocese de Beja, criado em dezembro de 2010 pelo bispo de Beja. Entre janeiro e setembro a instituição apoiou através do fundo diocesano e do fundo nacional (a que recorre duas vezes por mês) 1 280 pessoas, disponibilizando 56 mil euros, um valor superior ao registado durante todo o ano de 2011 (43 900 euros). Este apoio traduz-se essencialmente no pagamento de medicamentos, contas de água, eletricidade e gás, rendas e prestações da casa. E porque o fundo depende em exclusivo de donativos, e os pedidos de ajuda continuam a aumentar, a atribuição das verbas tem de obedecer a critérios muito rigorosos. “É claro que o fundo está sempre carenciado, digamos assim, de donativos”, diz Maria Teresa Chaves, adiantando que o mesmo “não tem capacidade para apoiar situações que se vão prolongando no tempo”, daí que os casos de carência prolongada terão de ser acompanhados de outra forma, “tentando através de outros apoios ajudar a família para que ela não necessite de recorrer novamente ao fundo”, ajuda essa que pode passar “pela cantina social ou por receber géneros alimentares”, esclarece a responsável. No total, contabilizando as pessoas que foram apoiadas entre janeiro e setembro através do atendimento social da Caritas (2 990) – que encaminha os pedidos para as várias valências –, e os beneficiários do Pcaac (2 565), a instituição apoiou nos primeiros nove meses deste ano “mais de 5 500” bejenses. NP

conseguirá. “Estou inscrita no fundo de desemprego, já coloquei currículos em todo o lado e mais algum, mas está tudo muito difícil. Qualquer coisa de onde viesse dinheiro já era bom, mas mesmo assim vai ser difícil porque não se consegue uma casa por menos de 200, 300 euros, ora os ordenados rondam à volta dos 500, 500 e poucos euros, pagar água e luz, se não tiver ajudas de alguém como é que consigo sustentar dois filhos? Não se consegue”. Maria só quer que o atual contexto económico “mude um bocadinho”: “Isto está tudo tão mal em questão de trabalho, em tudo, se calhar se mudarem de Governo, digo eu, não sei, eu pouco percebo dessas coisas, mas isto cada vez está pior”. Apesar de estar desempregado há perto de dois anos e de a mulher se encontrar na mesma situação, Sérgio*, 44 anos, diz que continua “a ser otimista em tudo”. Com duas filhas menores, o casal está a ser apoiado através da cantina social há cerca dois meses. Antes disso beneficiaram de géneros alimentares do Banco Alimentar Contra a Fome, também distribuídos pela Caritas de Beja. “A minha

mulher é professora só que não conseguiu colocação; eu estava num bar, que faliu, e portanto não há outro recurso, não há melhorias de trabalho, nada mesmo”. Sérgio deverá entretanto ser integrado no Programa Vida-Emprego, do Instituto do Emprego e Formação Profissional, participando num estágio de integração socioprofissional. Mas para isso terá que voltar a ser acompanhado pelo centro de atendimento a toxicodependentes (CAT), dado que já fez “medicação com metadona”. Há oito anos que está “completamente fora”. “Isto parece irónico, mas para poder ter uma perspetiva de projeto de vida-emprego tive que reiniciar as consultas no CAT, porque faz parte do protocolo deles. Vou frequentar uma espécie de estágio de nove meses e depois quem sabe se haverá ou não continuação”. Embora tenha larga experiência na indústria hoteleira, Sérgio está aberto a qualquer proposta. Caso não consiga algo na sua área será encaminhado “para a construção civil”. Com a frequência do estágio remunerado, a situação do casal, diz, irá melhorar,

“mas também não vai ser uma coisa por aí além”. Será “sempre melhor do que estar parado”, mas o ideal, claro, seria que os dois conseguissem um emprego, adianta. “No centro de emprego já alarguei a minha área porque estava referenciado apenas no ramo da indústria hoteleira, da vigilância, e de umas formações que fiz. Pedi, já em 2009, que abrangesse tudo, nem que fosse varrer ruas, apanhar lixo, fosse aquilo que fosse”. A mulher também “tem ido ao centro de emprego com regularidade e tem entregado currículos em todas as instituições onde possa vir a desemprenhar funções”: “Ela tem feito serviço de copa, tem trabalhado na ação educativa, tudo aquilo que aparece, tem-se adaptado”. Cantina fornece 10 0 refeições diárias, sete dias por semana A cantina social

da Caritas, criada em meados do ano ao abrigo do Programa de Emergência Alimentar, promovido pelo Governo, fornece atualmente 100 refeições diárias, sete dias por semana, a 83 pessoas – algumas levam duas refeições por dia, o almoço e o jantar; outras só o almoço. “A cantina social é uma nova resposta que foi protocolada com o Centro Distrital de Segurança Social de Beja. É uma resposta temporária, de emergência para a atual situação de carências alimentares, mais direcionada para pessoas que ficaram desempregadas, pessoas que eram, digamos, de classe média e que tinham uma vida organizada mas que devido ao desemprego, devido também ao abaixamento dos rendimentos, se viram confrontadas com situação de carência alimentar”, explica Maria Teresa Chaves, presidente da direção da Caritas de Beja. Esta nova resposta permitiu ainda integrar algumas pessoas que estavam a ser apoiadas através da valência refeitório social/cantina da instituição, mas “sem qualquer protocolo com a Segurança Social”, ou seja, “tudo à custa da Caritas”: “Nós temos um protocolo para 20 utentes no refeitório social e tudo o que estava para além disso era suportado pela Caritas, o que se torna um bocado complicado porque nós não temos rendimentos, não temos qualquer atividade lucrativa, portanto é só protocolos estabelecidos com o Estado ou donativos”. O protocolo referente à cantina social cessa em dezembro, mas Maria Teresa Chaves acredita que o mesmo “poderá ser prorrogado”. Da parte da Caritas, diz, “há abertura” para aumentar o número de refeições protocoladas “caso a Segurança Social esteja disponível”. Até porque, acrescenta, “todos os dias vão surgindo novos casos de carência alimentar”. “É claro que sempre que houver uma situação de emergência social não é por já termos ultrapassado o número do protocolo que essas pessoas não poderão comer”, conclui. * Nomes fictícios

Empreendedorismo em Cuba A Câmara Municipal de Cuba criou o Gabinete de Apoio ao Desenvolvimento Económico, que, no âmbito das suas valências, desenvolveu o projeto “Cuba Empreende”, que conta com um vasto plano de atividades, que pretendem envolver a população de todo o concelho. O objetivo é promover o empreendedorismo, fomentando este espírito junto da população, em especial dos mais jovens. O projeto iniciou, no princípio do mês, com uma formação modular na área do empreendedorismo.

Beja integra projeto europeu para empresas A Câmara de Beja anunciou que integra o projeto Difass, constituído por 26 parceiros de várias regiões da União Europeia para implementar instrumentos para apoiar a internacionalização e facilitar o acesso a financiamento de pequenas e médias empresas. Segundo o município, as regiões que integram o Difass vão desenvolver um plano de implementação, baseado em boas práticas e em trocas de experiências com outras regiões europeias, com vista ao desenvolvimento e à melhoria de políticas próprias para facilitar o acesso das pequenas e médias empresas a financiamento, inovação, internacionalização e crescimento sustentável. O projeto Difass é apoiado pelo programa Interreg IVC, que é financiado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (Feder) e visa melhorar a eficácia das políticas e instrumentos regionais e financia a cooperação inter-regional em toda a Europa.

Formação para empresários em Odemira Odemira acolhe no dia 6 de novembro, pelas 9 e 30 horas, na Biblioteca Municipal José Saramago, uma ação de formação sobre “PME Criativas”, promovida pelo Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e à Inovação (Iapmei). A iniciativa destina-se a empresários e gestores de PME, e será orientada por Rita Vilela, da Academia de PME, que irá abordar temáticas tais como o recurso da criatividade para a resolução de problemas, procura de soluções e inovação, criação de condições favoráveis ao desenvolvimento da criatividade na PME e a utilização de técnicas concretas na geração e seleção de ideias ajustadas à realidade empresarial.


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Conferência sobre Cristóvão Colon em Cuba

A Câmara Municipal de Cuba organiza hoje, sexta-feira, pelas 21 e 30 horas, no auditório da biblioteca municipal, a conferência “Cristóvão Colon, bastardo da Casa de Avis e natural de Cuba”. A iniciativa pretende assinalar os 520 anos da chegada do navegador à ilha de Cuba.

Centro de Promoção de Património e Turismo abre em Castro Verde O Centro de Promoção de Património e Turismo de Castro Verde, criado pelo município, abriu para conciliar as funções de posto de turismo e de espaço para promoção do artesanato e dos produtos da região. O novo equipamento, que ocupa as antigas instalações do mercado municipal de Castro Verde, que foram remodeladas, alberga o posto de turismo, uma loja de venda de artesanato e produtos locais e três oficinas de artesãos. O centro inclui também uma sala polivalente, para exposições e ensaios de grupos corais e outras manifestações ligadas ao património imaterial, e uma área de mercado dedicada à venda de frutas e legumes.

SPZS organiza plenários no distrito

Combatentes homenageados em Beja

O Sindicato de Professores da Zona Sula (SPZS) está a organizar plenários em toda a região. Esta semana tiveram lugar plenários sindicais de professores e educadores em Aljustrel e Beja, que contaram com a presença de Mário Nogueira, secretário-geral da Fenprof. Debateu-se, entre outros assuntos, a greve geral, anunciada para o dia 14 de novembro.

A Liga dos Combatentes – Núcleo de Beja, à semelhança do que tem feito em anos anteriores, realiza, no próximo dia 2 de novembro, pelas 11 horas, uma romagem ao Cemitério Municipal de Beja, com o intuito de prestar homenagem aos combatentes ali sepultados.

Vereadores da CDU visitaram Beringel Os vereadores da CDU na Câmara Municipal de Beja promoveram, na quarta-feira, uma visita ao Outeiro do Circo, em Beringel. O objetivo foi “elencar algumas propostas que promovam a continuidade do projeto”. No mesmo dia os vereadores da CDU visitaram ainda a freguesia para tomar conhecimento do resultado das obras, recentemente concluídas, da rede de águas, esgotos e pavimentos, processo que teve início no mandato da CDU. PUB

Testemunhas de Jeová reúnem-se em Aljustrel Realiza-se este fim de semana, no pavilhão Armindo Peneque, em Aljustrel, a Assembleia de Circuito Anual das Testemunhas de Jeová, que este ano será subordinada ao tema “Proteja sua Mente”. O momento junta várias congregações do Baixo Alentejo e prevê-se que marquem presença mais de 800 pessoas. No sábado, da parte da manhã, terá lugar o batismo das novas Testemunhas de Jeová. O programa conta ainda com 20 discursos, todos relacionados com o tema abordado na assembleia.

Ministra da Justiça acusada de partidarismo

Tribunal fecha em Mértola O Tribunal de Mértola é o único a fechar no Baixo Alentejo, caso a proposta final de reorganização do mapa judicial, levado a cabo pelo Ministério da Justiça, vá para a frente. Jorge Rosa, presidente do município, acusa a ministra Paula Teixeira da Cruz de ter tomado uma “decisão partidária”, fechando o tribunal por estar num município PS, apesar de ter mais processos do que o de Almodôvar.

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autarca manifesta-se “imensamente desgostoso e chateado”, e lamenta que estejam a “a ser penalizados só porque não somos do partido do Governo”, o que é “injusto e ridículo que aconteça numa sociedade democrata como a nossa”. Segundo Jorge Rosa, o Tribunal de Mértola não estava incluído na primeira proposta de reorganização do mapa judiciário, que, para o distrito de Beja, previa só o fecho do tribunal do concelho vizinho de Almodôvar, que seria substituído por uma extensão judicial. A segunda proposta já previa o fecho dos tribunais de Mértola e de Almodôvar, que seriam substituídos por extensões judiciais. No entanto, a proposta final do Ministério da Justiça, retirou da lista o Tribunal de Almodôvar e manteve o fecho do Tribunal de Mértola, onde irá funcionar uma secção de proximidade. A ministra da Justiça, Paula Teixeira da Cruz, “que é do PSD, não quis defraudar um autarca do PSD, neste caso o de Almodôvar, e veio propor o encerramento do Tribunal de Mértola, que fica num concelho que não é PSD”, disse Jorge Rosa à Lusa.

O município vai “contestar” a proposta final de fecho do tribunal com base “em factos e números”, os quais, segundo o autarca, “comprovam, exatamente, que os números do Tribunal de Mértola são maiores do que outros tribunais que vão ficar a funcionar, nomeadamente o de Almodôvar”. O número de processos existente no Tribunal de Mértola, as dificuldades de mobilidade, a idade média dos munícipes, a maioria idosos, e as distâncias e dispersão geográfica do concelho são alguns argumentos invocados pela autarquia para que o tribunal permaneça aberto. Em declarações à Lusa, o presidente da Câmara de Almodôvar, António Sebastião, do PSD, manifestou “satisfação e conforto” com a proposta final do Ministério da Justiça, já que “atendeu aos argumentos e às razões do município” para evitar o fecho do tribunal local e que “foram fortes e com grande suporte”. O Ministério da Justiça quer que os municípios se pronunciem até ao próximo dia 31 sobre dois documentos com algumas centenas de páginas, um relativo à proposta de Lei de Organização do Sistema Judiciário e outro sobre a proposta de Regime de Organização e Funcionamento dos Tribunais Judiciários. Na nota enviada aos municípios é explicado que não foi “possível finalizar mais cedo os documentos” e que “o prazo está condicionado pela necessidade imperativa, decorrente do compromisso assumido com a troika, de fazer a entrega do projeto de Reforma Judiciária no parlamento, devidamente aprovado em Conselho de Ministros, até ao final do mês de novembro”.

Central duplica capacidade hidroelétrica

Mais energia em Alqueva

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nova central do Alqueva injetou pela primeira vez eletricidade na rede. Esta etapa, de acordo com um comunicado enviado pela EDP, “faz parte do conjunto de ensaios de entrada em serviço do reforço de potência da central hidroelétrica de Alqueva (Alqueva II)”. Esta primeira ligação à Rede Nacional de Transporte, concretizada na passada sexta--feira, envolveu um dos dois grupos reversíveis que equipam o novo empreendimento. Os ensaios no outro grupo, segundo a EDP, “decorrem a bom ritmo”, esperando-se que a sua primeira ligação possa ter lugar “até ao final do presente mês”. “O reforço de potência, constituído por uma segunda central com características técnicas muito similares à da central existente (Alqueva I), é equipado com dois grupos

geradores reversíveis (turbinas-bombas), que duplicarão a potência atualmente instalada na central de Alqueva I, a qual passará de 260 MW para cerca de 520 MW”, pode ler-se ainda no comunicado enviado. A produção média anual da nova central de Alqueva II será de 381 GWh, suficiente para abastecer, na zona do empreendimento, os consumos agregados dos concelhos de Beja, Moura e Vidigueira, Portel e Évora. A construção do novo empreendimento, que envolveu um investimento de cerca de 190 milhões de euros, permitiu criar entre 2009 e 2012, segundo a EDP, “um número médio de 1 500 postos de trabalho” entre diretos e indiretos. Dos “350 postos de trabalho diretos”, cerca de “27 por cento corresponderam a mão de obra residente num raio de 30 quilómetros do local da nova central”.


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JOSÉ FERROLHO

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“Os Verdes” contra milho transgénico NK 603

Governo pode usar verbas do Fundo de Coesão

Comissão Europeia dá “luz verde” ao Alqueva O secretário de Estado da Agricultura revelou que o Governo já tem “luz verde” da Comissão Europeia para poder usar verbas do Fundo de Coesão para financiar parte dos 530 milhões de euros necessários para concluir Alqueva.

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s “dúvidas” sobre se o Governo pode usar verbas do Fundo de Coesão para financiar o Alqueva “estão, cada vez mais, a desaparecer, porque temos a luz verde da Comissão Europeia” para tal e, assim, “o caminho está aberto” e “agora é uma questão de reprogramação e de gestão dos fundos”, disse José Diogo Albuquerque. Segundo o secretário de Estado, o Governo está a fazer uma “operação de limpeza” do Fundo de Coesão, ou seja, projetos que estão há mais de seis meses sem avançar são cancelados e libertam-se fundos para novos projetos, o que “irá permitir

gerar os fundos necessários para se poder começar a financiar Alqueva através do Fundo de Coesão”. José Diogo Albuquerque falava aos jornalistas em Beja, antes de uma visita à Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA), acompanhando o secretário de Estado da Agricultura da Roménia, Daniel Botanoiu, que visitou infraestruturas do empreendimento a convite do Governo português. Segundo informações da EDIA facultadas à Lusa por fonte do Ministério da Agricultura, para financiar as obras necessárias para concluir o projeto global de Alqueva são necessários 530 milhões de euros. Deste montante total, 270 milhões de euros serão para obras já lançadas ou a lançar este ano e os restantes 260 milhões de euros serão para obras a lançar em 2013. De acordo com o secretário de Estado, as obras que faltam no âmbito da rede

primária, que assegura o transporte de água das albufeiras de Alqueva e Pedrógão para toda a área a beneficiar pelas infraestruturas de rega, serão financiadas com verbas do Fundo de Coesão. As obras da rede secundária, constituída pelas infraestruturas de distribuição de água até à entrada das explorações agrícolas situadas nos perímetros de rega, serão financiadas com verbas do Programa de Desenvolvimento Regional (Proder), mas o Governo está também “a procurar uma via alternativa ou complementar” no âmbito do Fundo de Coesão. “Isto permite, por um lado, a materialização da obra e, por outro lado, folga para, cada vez mais, podermos usar fundos estruturais” para financiar as obras do Alqueva e “libertar verbas do Proder” para financiar projetos de investimento em regadio no interior das explorações, da responsabilidade dos agricultores e incluídos na rede terciária.

Em 2013 estarão disponíveis 68 mil hectares de regadio

Alqueva regou quase 34 mil hectares

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uase 34 mil hectares, mais de metade olival, foram regados na campanha de rega deste ano com 47 milhões de metros cúbicos de água da albufeira do Alqueva. Segundo dados prestados à agência Lusa pela Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA), o volume de água retirado da albufeira na campanha deste ano serviu para regar 33.600 hectares de culturas, sendo 53 por cento olival. A água serviu também para regar milho (13 por cento), vinha (oito por cento), pastagens e forragens (oito por cento), culturas arvenses (seis por cento), hortícolas (cinco por cento), fruteiras (três por cento) e girassol (três por cento), entre outras (um

por cento). De acordo com a EDIA, atualmente, a área efetivamente regada por Alqueva é de 33.600 hectares e na próxima campanha de rega, em 2013, estarão disponíveis 68 mil hectares de regadio. Atualmente, a albufeira do Alqueva, situada no rio Guadiana e o maior lago artificial da Europa, com uma área inundável de 250 quilómetros quadrados e cerca de 1.100 quilómetros de margens, armazena 3.003 hectómetros cúbicos de água e está à cota de 147 metros. Ou seja, a albufeira do Alqueva está a 72,3 por cento da sua capacidade máxima, que é de 4.150 hectómetros cúbicos de água, à cota de 152 metros.

A albufeira do Alqueva atingiu, pela primeira vez, a capacidade máxima a 12 de janeiro de 2010, quase oito anos após ter começado a encher, a 8 de fevereiro de 2002, quando se fecharam as comportas da barragem alentejana. A conclusão do projeto Alqueva, num total de 118 mil hectares de regadio, inicialmente prevista para 2025, foi revista pelo anterior Governo PS para 2015 e, depois, antecipada para 2013, o que o atual executivo PSD-CDS/PP já disse que “não é possível”. Entretanto, a 30 de abril deste ano, o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, assumiu o compromisso do Governo de concluir as obras em 2015.

“Os Verdes” entregaram na Assembleia da República um Projeto de Resolução que prevê a aplicação do princípio da precaução relativamente ao milho transgénico NK 603, impedindo a sua comercialização em Portugal. Atualmente o milho transgénico NK 603 ainda não é produzido na União Europeia, mas a sua comercialização encontra-se autorizada desde julho de 2004, sendo utilizado, no espaço europeu, para alimentação animal e também para alimentação humana. “Os Verdes” consideram urgente “respeitar o princípio da precaução, em defesa da saúde humana e animal e recomendam, nesta iniciativa legislativa, que seja acionada a cláusula de salvaguarda e se suspenda, de imediato, a comercialização do milho NK 603 em Portugal”.

Secretário de Estado da Roménia visitou Alqueva O secretário de Estado da Agricultura, José Diogo Albuquerque, acompanhou, na quarta-feira, o secretário de Estado da Agricultura da Roménia, Daniel Botanoiu, numa visita ao Alqueva, a convite do Governo português. José Diogo Albuquerque teve ainda uma reunião de trabalho com o seu homólogo romeno, com o objetivo de discutir a Reforma da PAC.

Vitifrades comemora São Martinho A Vitifrades – Associação de Desenvolvimento Local organiza, no dia 11 de novembro, um convívio para comemorar o Dia de São Martinho. A iniciativa realizar-se-á pelas 19 horas, na Adega Vitifrades, em Vila de Frades, e não faltará, segundo a associação, “a prova do vinho novo e petiscos”. As inscrições encontram-se abertas até ao dia 6.

“Hortas do Convento” avançam em Mértola Vinte e cinco pessoas já assinaram contratos para começarem a produzir produtos agrícolas em hortas do Convento de São Francisco, em Mértola, através de um projeto do município, que disponibiliza espaços para prática da horticultura. O projeto “Hortas do Convento”, promovido em parceria com a proprietária do Convento de São Francisco, a Associação Entre Dois Rios e a cooperativa Alsud, visa “fomentar” o cultivo de produtos agrícolas de qualidade, saudáveis e de forma económica, o lazer e o recreio ativo e produtivo e o convívio e a boa vizinhança. Para tal, a Câmara de Mértola entregou 25 talhões, com cerca de 80 metros quadrados cada, que vão permitir aos inscritos começar a atividade produtiva no Convento de São Francisco, onde a atividade agrícola de subsistência, através de hortas, foi uma atividade exercida desde tempos imemoriais.


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Cimbal organiza encontro de eleitos locais

A Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo (Cimbal) organiza, amanhã, sábado, pelas 10 horas, no auditório da ExpoBeja, um encontro de eleitos locais. Em debate vai estar o Regime Jurídico das Autarquias Locais e o Estatuto das Entidades Intermunicipais. Durante a iniciativa será posta à apreciação/votação a proposta de declaração do encontro.

Ferreira e Beja avançam com ação judicial contra o Estado Os municípios socialistas de Ferreira do Alentejo e Beja decidiram avançar com uma ação judicial contra o Estado para serem ressarcidos pelos danos ambientais e económicos causados pelo “abandono”

Aprovada concessão do Terminal Civil de Beja à ANA

Foi aprovado, em Conselho de Ministros, o diploma que estabelece a concessão dos aeroportos nacionais à ANA – Aeroportos de Portugal. Recorde-se que, apesar de a empresa ser a gestora dos aeroportos, até à data não existia qualquer contrato assinado com o Estado. O Terminal Civil de Beja, após a certificação pelo Instituto Nacional de Aviação Civil, integrará a rede da ANA – Aeroportos.

da construção de lanços da A26. Apenas os municípios de Ferreira do Alentejo e Beja vão avançar com a ação judicial, mas as outras entidades que participaram na reunião, que se realizou em Ferreira do Alentejo, estão “solidárias” com a decisão das duas autarquias, apesar de não se juntarem ao

processo. A reunião contou com a participação da Entidade Regional de Turismo do Alentejo, da Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo, da Associação de Municípios do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral e das autarquias de Castro Verde (CDU) e de Grândola (PS).

OE prevê transferir para as autarquias o mesmo valor de 2012

Cada habitante de Beja vale menos de 300 euros O valor previsto, na proposta de Orçamento do Estado para 2013, no que respeita às transferências para os municípios do distrito de Beja, é consideravelmente o mesmo que no exercício anterior. No entanto, José Maria Pós-de-Mina, presidente da Associação de Municípios do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral, e da Câmara Municipal de Moura, lembra que desde 2008 os municípios foram espoliados em 1,2 mil milhões de euros, devido à não aplicação da Lei de Finanças Locais. Texto Aníbal Fernandes

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s mais de 96 milhões de euros que o Governo pretende transferir para as autarquias em 2013 é um valor muito próximo do que foi inscrito no Orçamento do Estado de 2012. Mas a semelhança fica-se por aí. O aumento de 33 por cento nos descontos para a Caixa Geral de Aposentações, e o confisco dos subsídios aos funcionários, leva a que o Estado trans-

fira para as autarquias substancialmente menos dinheiro do que no ano transato. Quem o afirma é José Maria Pós-de-Mina. O autarca esclarece que “entre 2008 e 2012 o Governo reteve cerca de 1,2 mil milhões euros”, curiosamente “a verba que agora disponibilizou às autarquias através do Programa de Apoio às Economias Locais”, cobrando juros dos empréstimos.

Para o presidente da Ambaal, “este Orçamento do Estado é altamente penalizador dos interesses das populações” e contribui “para a asfixia dos municípios”. Os fatores que presidem à distribuição do dinheiro pelas autarquias são vários, e deveriam “beneficiar” os concelhos com menos receita fiscal própria, tendo ainda em consideração a demografia de cada território. De acordo com a proposta do Orçamento do Estado para 2013, e em particular com o Fundo de Equilíbrio Financeiro, cada habitante de Beja “vale” menos de 300 euros por ano; já os barranquenhos são valorizados, cada um, em 1 670 euros. Se o critério aplicado for o da dimensão territorial de cada concelho, Barrancos volta a ser o mais “bafejado”, com 18 255 euros por quilómetro

quadrado, contra Ourique que recebe apenas 663 euros. Ter um território mais vasto ou mais habitantes pode dar uma conta de encher o olho. Mas, vistos à lupa, os números não são aquilo que aparentam. Concelhos como Barrancos, com 168 quilómetros quadrados, Cuba (172), Vidigueira (316), Aljustrel (458) ou Alvito (265) batem aos pontos os gigantes do distrito: Odemira (1 721), Mértola (1 293), Beja (1 147), Serpa (1 106) ou Moura (958) (ver quadro). E per capita a situação mantém-se com Barrancos a comandar, com 1 670 euros por habitante, mas, neste caso, acompanhado por Mértola (1 384), Alvito (1 222), Ourique (1 109) e Almodôvar (1055). No fim da lista aparece a capital de distrito com 287 euros por habitante.

Pela construção do IP2 e IP8 e contra a extinção de freguesias

Dia 27: o sábado de todos os protestos Amanhã, sábado, dia 27, Beja vai assistir, pelas 16 horas, à entrada de cinco colunas automóveis, em marcha lenta, em defesa da construção do IP2 e do IP8. Uma hora mais tarde, no jardim do Tribunal, as freguesias protestam contra a sua extinção.

S

ão cinco os percursos que servirão para mostrar a indignação contra a suspensão das obras, decidida pelo Governo, das vias estruturantes do IP2 e IP8: Serpa, Vidigueira, Aljustrel, Castro Verde e Ferreira do Alentejo serão os pontos de partida, mas os outros concelhos, organizados pelas respetivas câmaras

municipais, também se juntarão ao percurso. Barrancos e as freguesias orientais de Serpa iniciarão o percurso na Cidade Branca; Moura iniciará o percurso em Vidigueira, enquanto Cuba, Alvito e a freguesia de São Matias se juntarão à caravana, mais tarde, no IP2; à coluna que parte de Aljustrel, juntar-se-ão várias freguesias de Beja; Castro Verde é o ponto de partida para os manifestantes de Almodôvar e Ourique, que, mais tarde, terão a companhia dos carros de Mértola; de Ferreira do Alentejo, a coluna partirá de Santa Margarida do Sado, e contará logo com a participação das freguesias de Beja.

A chegada ao antigo governo civil deverá acontecer por volta das quatro da tarde. E as horas de partida das diferentes caravanas são decididas caso a caso, em função das distâncias a percorrer, e que constam de um folheto divulgado pela comissão organizadora – Associação de Municípios do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral, Núcleo Empresarial de Beja e Turismo do Alentejo –, e que foi distribuído em todos os concelhos, e que apela “à participação de autarcas, empresários e população”. Freguesias também protestam Tal como

o “Diário do Alentejo” tinha anunciado na última edição, a lei de reorganização

administrativa autárquica vai ser alvo de um protesto a realizar também amanhã, dia 27, a partir das 17 horas, no jardim do Tribunal, em Beja. A concentração será uma das muitas que ocorrerão em todo o País, e é promovida pela Plataforma Nacional Contra a Extinção de Freguesias e pela estrutura regional da Associação Nacional de Freguesias (Anafre). Álvaro Nobre, coordenador regional de Beja da Anafre, apela à participação de todos, para impedir o desaparecimento de freguesias “contra a vontade das populações”, contra uma lei que vai contra “os interesses das freguesias e do próprio Estado”.


A Liga Portuguesa Contra o Cancro realiza, entre os dias 1 e 4 de novembro, o seu peditório anual e o Núcleo Regional do Sul junta-se à iniciativa. Recorde-se que “a liga depende exclusivamente de donativos para a continuidade da sua atividade” e, neste sentido, apela “ao apoios e à solidariedade da comunidade”.

Educação internacional para adultos em Vidigueira O Centro de Estudos Aquiles Estaço, entidade proprietária da Escola Profissional Fialho de Almeida, em Vidigueira, dinamiza nos próximos dois anos um projeto europeu no âmbito do Programa Grudtvig_Parcerias. Um programa que envolve a mobilidade de formandos e formadores e cujo objetivo passa por reforçar

a cooperação europeia na área da educação para adultos, de modo não formal. Desta parceria europeia, para além da EPFA, fazem parte instituições da Alemanha, Roménia, Turquia e Itália. A ideia central passa por fomentar as boas práticas na área da educação para a saúde e criar atividades para a ocupação dos tempos livres da população adulta.

Casal alemão instalou-se em São Luís, Odemira

JOSÉ SERRANO

Artesanato de oliveira do Alentejo conquista Europa Um casal alemão criou uma marca de artigos de moda e decoração em madeira de oliveira, que exporta de um monte na freguesia de São Luís, em Odemira, para vários países europeus. A “Alentejo Azul” começou a “desenhar-se” no final da década de 1980, mas foi há cerca de cinco anos, após os produtos serem colocados numa plataforma de vendas na Internet, que o negócio mais cresceu.

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Feira do Chocolate regressa a Grândola A Feira do Chocolate regressa ao Parque de Feiras e Exposições de Grândola entre os dias 8 e 11 de novembro. Esta é a sexta edição do certame e, de acordo com a Câmara Municipal de Grândola, “a gastronomia aliada ao chocolate e às castanhas” é uma das grandes apostas deste ano. A exposição e produção ao vivo de peças artísticas em chocolate, licores, espetadas de frutas com chocolate, bombons, bolos, crepes, chocolates artesanais, e muitas outras tentações doces são outras das atrações que podem ser descobertas ao percorrer-se a feira. Destaque ainda para a música, nomeadamente para a atuação de Pedro Miguéis (dia 9, 21 e 30 horas), Danger Line (dia 9, 23 horas) e Micaela (dia 10, 21 e 30 horas).

“Sonoridades & Sabores” pelo interior de Odemira

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tephan Thielsch, de 55 anos, e Anette Wörner, de 47, ambos oriundos do norte da Alemanha, conheceram-se e apaixonaram-se em Vila Nova de Milfontes, no concelho de Odemira. Apaixonados também por Portugal e pelo “carinho das pessoas”, decidiram ficar e radicaram-se num monte na localidade de Cortinhas, freguesia de São Luís (Odemira), onde estão instaladas a marcenaria e a loja. As primeiras peças de artesanato nasceram de um lote de madeira de oliveira comprado em 1988, “bastante caro” e com recurso ao crédito, disseram à agência Lusa. Esses artigos, espelhos de parede e pequenas mesas com tampos em xisto, “não tiveram muita saída”, o que os fez optar por peças menores, como botões e brincos. Segundo o casal, o projeto foi-se desenvolvendo “pouco a pouco” e, atualmente, dá trabalho a oito pessoas, embora nem todas a tempo inteiro. Para Hélder Campos, de 35 anos, de São Luís, arranjar emprego na oficina dos alemães, há cerca de oito anos, foi “ouro sobre azul”. O funcionário mais antigo da empresa trabalhava na construção civil, mas o desemprego levou-o a procurar alternativas e agora assegura que é um ofício gratificante, lamentando apenas ter de se vender as peças mais bonitas. Da “Alentejo Azul” sai uma variada gama de produtos, como fruteiras, taças, pratos, saboneteiras, cadeiras, bancos, mesas, brincos, pulseiras, ganchos para cabelo ou alianças de casamento. A maioria dos artigos é feita a partir de

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Peditório da Liga Contra o Cancro em novembro

madeira de oliveira, mas também são utilizados a cortiça, o xisto e o vidro. Em 2010, algumas peças feitas com garrafões e garrafas de vinho reutilizados participaram na exposição de design português promovida pelo Museu de Arte Moderna (MoMA) de Nova Iorque (EUA). Apesar de terem as peças à venda na sua e noutras lojas e de participarem nalgumas feiras de artesanato, a aposta no sítio na Internet DaWanda, onde têm disponíveis 372 produtos, foi o impulso para o crescimento do projeto. Essa plataforma permite-lhes vender em todo o mundo, embora a maioria dos pedidos cheguem de Alemanha, Áustria, França, Suíça e Inglaterra. Na maior parte do ano, expedem uma média de 500 encomendas por mês, mas estas podem ultrapassar as 3.000 por altura do Natal. Anette Wörner garantiu que a distância e os portes de correio não atrapalham o negócio, até mesmo quando se trata das peças

maiores e mais pesadas. “Quem compra uma mesa por mil euros não vai desistir por causa do custo do transporte de 120 euros”, exemplificou. A realizar um volume de vendas que ronda os 100 mil euros por ano, o casal disse acreditar que o projeto vai crescer, embora reconheça algumas limitações. “Aqui é Parque Natural [do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina], não podemos construir mais nada e a oficina está nos limites”, confessou a empresária. Nestes dias, a oficina tem trabalhado “em força” em manípulos de madeira de oliveira encomendados por uma fábrica italiana, que pretende comercializar uma “edição especial” de máquinas de café. Os artesãos preparam-se também para começar a satisfazer as encomendas feitas para o Natal, que, de acordo com Stephan Thielsch, “representam cerca de 40 por cento do total de vendas”. Agência Lusa

Começa em novembro, no concelho de Odemira, o roteiro de música tradicional e petiscos “Sonoridades & Sabores”. Os serões de convívio acontecem em Santa Clara-a-Velha, Colos, São Teotónio e Relíquias. Esta iniciativa acontece desde 2006, com organização da Associação para o Desenvolvimento de Amoreiras-Gare, em parceria com o município de Odemira, e este ano conta com o apoio das juntas de freguesia de Santa Clara-a-Velha, Colos, São Teotónio e Relíquias. O evento tem como objetivo “reavivar tradições antigas e divulgar a gastronomia e cantares populares do interior do concelho de Odemira”.

Aluno do IPBeja campeão europeu de Web Design Tiago Conceição, aluno do curso de Engenharia Informática do IPBeja, sagrou-se campeão europeu na modalidade de Web Design. A competição, EuroSkills -Campeonato Europeu de Web Design, teve lugar em Bruxelas no início do mês. O aluno do IPBeja trouxe ainda a medalha de bronze, através do 3.º lugar em Cross Media Publishing – Equipa. Tiago Conceição já tinha ganho outros prémios em Portugal e em 2013 irá participar no WorlSkills, em Leipzig (Alemanha), onde disputará os melhores do mundo em Web Design.


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Centro de Biotecnologia Agrícola e Agroalimentar do Baixo Alentejo e Litoral. Uma denominação quase tão extensa quanto o extraordinário trabalho que lá se desenvolve. No CEBAL, para os amigos, cerca de duas dezenas de cientistas investigam diariamente a forma de melhorar o desempenho das empresas agrícolas da região. E para o ano vão empenhar-se a fundo na sequenciação do genoma do sobreiro. Um trabalho que trará, por certo, resultados inestimáveis para o melhor aproveitamento da árvore que é símbolo nacional. PB

Tal como o Governo, o povo também já não tem margem… Já não tem margem para acreditar que vale a pena, para esperar por promessas “eleitorais” (lá para o fim do mandato), para se levantar em cada manhã e dizer: “Hoje vou tentar dar o melhor pelo meu país”. Nuno Santos, “Público”, 23 de outubro de 2012

Opinião

Igual mas diferente Ana Paula Figueira Docente do ensino superior

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cegueira e a obstinação dos homens lembra-me às vezes a cegueira e a obstinação das varejeiras enfrenizadas contra as vidraças. Bastava um momento de serenidade, dez réis de bom senso, e em qualquer fresta estava a liberdade. Mas o demónio da mosca, quanto mais a impossibilidade se lhe põe diante, mais teima. O resultado é cair morta no peitoril. Assim escrevia Miguel Torga no seu Diário I em 1943… Trouxe-me à lembrança uma recente conversa a propósito dos dois subsistemas de ensino superior em Portugal – universitário e politécnico – e da falta de uma imagem que identifique este último, com prejuízo do seu valor próprio. Comecemos pelo princípio: Quando e por que é que surge o ensino superior politécnico em Portugal? Depois da Revolução de Abril de 74, aumentou exponencialmente a procura pelo ensino superior. As universidades, sedeadas nas grandes cidades, não estavam preparadas, tanto ao nível de infraestruturas como de recursos humanos, para dar resposta a essa procura. Por outro lado, as escolas de nível intermédio – de enfermagem, magistério primário, etc. – começaram a exigir a sua classificação como ensino superior. Foi nesse contexto que se organizou o ensino superior politécnico, sob uma base, diria, política e federativa. A distinção plasmada na Lei de Bases do Sistema Educativo não foi, a meu ver, muito clara, assemelhando-se muito mais um É urgente manejo de palavras, facilitando a diferença por truncamento: as que o ensino universidades conferiam o grau politécnico de licenciado (quatro, cinco ou crie uma forte seis anos de curso) e os politécidentidade, nicos, o de bacharel (três anos em torno do seu de curso). As alterações legisvalor social, lativas posteriores permitiram que o ensino politécnico pase intensifique sasse a conferir licenciaturas e, a formação mais tarde, mestrados. Porém, articulada as universidades mantêm o pricom o meio vilégio dos estudos de doutoraenvolvente mento, tal como a atribuição do e em ambiente título académico de agregado. Agora que ambos os subsisteprofissional. Sou, mas leccionam cursos de licenorgulhosamente, ciatura com a duração de três docente do anos, a incerteza ainda é maior. ensino superior Afinal, qual a diferença enpolitécnico. tre uma licenciatura do ensino Igual mas politécnico e uma do universitário? Se atentarmos à Lei n.º desejavelmente 62/2007, de 10 de Setembro, padiferente rece-me razoável afirmar que a do “clássico” formação dada pelas universiensino dades é de natureza científica e universitário. tecnológica e a dos politécnicos, de natureza profissional ou técnica. Mas isto não chega para tornar clara a missão do ensino politécnico! Apesar de existir um conjunto de competências

A “corrupção”, para a qual a justiça não dá suficiente resposta, reside no facto de os atualmente insuportáveis impostos que pagam não chegarem para custear os serviços públicos, que a Constituição prevê, enquanto financiam negócios obscuros, cuja utilidade, proveito e controlo escapam a todos. António Cluny, “I”, 23 de outubro de 2012

transversais que deve ser comum aos dois subsistemas de ensino (por exemplo, a capacidade crítica e analítica, a criatividade, a inovação, a proactividade, o empreendedorismo e a constante vontade de aprender), considero importante que os institutos politécnicos procurem ter em atenção o seguinte: 1) a criação de uma cultura institucional que não seja uma reprodução daquela que é a das universidades (tipos de cursos e métodos de ensino, composição e formação do pessoal docente, modelo organizativo e governação, essência e condição da sua investigação científica); 2) o “saber fazer” deve ser a base da formação ministrada, só conseguida se grande parte decorrer em ambiente de trabalho. Quanto aos docentes dos institutos politécnicos, a sua carreira deve ser pautada por intervenções profissionais no meio económico e social; a investigação produzida, deve ser aplicada e, de preferência, em parceria com as empresas ou entidades empregadoras. É até risível e contra-sensual que a avaliação de um docente do ensino superior politécnico possa contemplar, por exemplo, o número de doutorados que tenha orientado, na medida em que, e como já referi, o ensino politécnico não pode leccionar cursos de doutoramento. No dia 14 de Setembro último, assisti à edição especial que a RTP1 dedicou ao ensino superior. Foi entrevistado o senhor presidente do Conselho Nacional de Reitores das Universidades Públicas. Apenas. E o senhor presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos? Será que foi convidado? A verdade é que os institutos politécnicos não estiveram representados e, como tal, a sua opinião não foi ouvida. Este é mais um exemplo que contribui para dificultar a afirmação do ensino politécnico e a conquista de reconhecimento pela opinião pública. É urgente que o ensino politécnico crie uma forte identidade, em torno do seu valor social, e intensifique a formação articulada com o meio envolvente e em ambiente profissional. Sou, orgulhosamente, docente do ensino superior politécnico. Igual mas desejavelmente diferente do “clássico” ensino universitário. Por decisão pessoal, a autora do texto não escreve segundo o Novo Acordo Ortográfico

Tabaco avulso – ai que saudades Francisco Pratas Jornalista

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a passada segunda-feira, ao abrir logo de manhã a imprensa generalista do dia, num dos jornais, a notícia saltou-me à vista: “está a aumentar a venda ilícita de tabaco avulso”, consequência óbvia do preço elevado por que está a passar este produto. Naturalmente, a prática deste sistema é ilegal, aliás sempre assim foi, independentemente das voltas que a Lei tem dado, só que, mais forte que os governos que as fazem legislar, são as muitas carências económicas por que este martirizado povo sempre tem passado. Assim nasceu o “mercado negro”, assim quase se oficializou o “contrabando”. Eu, e tantos como eu, iniciei-me como fumador, como “moço da rua”, depois como estudante. A compra do tabaco avulso era a única forma possível dos já viciados moços e os mais pobres da população satisfazerem o seu viciozinho. Porque neste país não é só a bandeira que está de cabeça

para baixo, mas porque tudo está de pantanas, é bem possível que a cambalhota seja tal, que o que já há muito estava esquecido, volte à memória até daqueles que só agora (parece), começaram a pensar. Assim a ASAE que não se esfalfe. Só muito dificilmente poderá suster o vício do tabaco, pois que nem a falta do dinheiro no bolso dos mais pobres o faz exterminar. E é tão complicado como a força do seu domínio. Há momentos que por um cigarrinho ou por uma “ponta” esquecida no bolso, quando isso nos falta, o poder sugestivo desta velha droga, que um dia veio substituir o “rapé”, bem mais barata que as outras, e inclusive menos perigosa em relação à saúde dos utentes. Pior do que esta é a fome quando falta o pão em casa e isso… é que é uma droga, e extremamente perigosa convenhamos! Alerte-se então quem de direito para a combater.

A mentira João Machado Gestor Empresas

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cada vez mais evidente a falta de sensibilidade social deste governo, assim como a estratégia que se encontra definida de empobrecimento da população. Como se pode acreditar num governo que anda constantemente aos ziguezagues, que estuda mal os dossiês e que apresenta medidas imorais como a redução da TSU para as empresas à custa da subida da taxa para os trabalhadores? Como é possível tolerar os comportamentos de ministros como Miguel Relvas ou Vítor Gaspar que mentem a sorrir e que contam todos os dias “o conto do vigário”? A população já acordou e está a ter atitudes dignas, ausentes de violência barata, que muitos destes ministros queriam que acontecesse. Como pode um ministro das Finanças mentir a todos os funcionários públicos e pensionistas referindo que lhes vai devolver um dos subsídios espoliados, se depois o vai retirar com a subida do IRS? A imoralidade e a falta de verdade é apanágio deste governo de teorias experimentalistas que, como frisei anteriormente, tem como alvo o roubo descarado das pessoas, ou, como alguns comentadores referiram, um “saque à população” ou mesmo um “napalm fiscal”. Para a maior parte das pessoas, os políticos e a classe política deixam de fazer sentido pois tudo aquilo que prometem nas campanhas eleitorais, não se cumpre. Para o efeito basta ver o programa eleitoral do PSD e reparar no que Passos Coelho prometeu: Não cortar os subsídios de férias e de Natal; não aumentar os impostos; cortar as gorduras do Estado, incluindo a extinção de fundações e institutos; renegociar as Parcerias Público Privadas. E eu pergunto: o que fez este governo? Mentiu aos portugueses e do meu ponto de vista deixou de ter legitimidade política para governar na medida em que não cumpriu o que apresentou ao eleitorado e no programa de governo e está a defraudar e a “matar” a população. Tenho esperança que o povo continue a lutar e não adormeça pois quando acordar pode não existir nada à sua volta. Num país com um Presidente da República ausente, só podemos contar connosco para pressionar no sentido de se verificar uma mudança de política e de governança.


Disco voador ou meteorito visto em Beja?

N

o “Varandim da Cidade”, de Melo Garrido, na edição de 22 de outubro de 1962: “Nem sempre, deste posto de observação, se descortinam os mais falados ou palpitantes assuntos locais com a rapidez que seria de desejar... Por isso há a confessar hoje uma falta, pedindo para ela a benevolência dos leitores... De facto, falhou, na nossa edição de anteontem, o registo de um caso que despertou a curiosidade, ou mesmo a emoção, de um numeroso sector da população bejense: nada menos que um ‘corpo estranho’ e brilhante que, na manhã de sábado, cerca das 7 horas, foi visto a deslizar vertiginosamente sobre a cidade, no sentido do centro para a igreja do Salvador, e que por cima daquele templo se desfez em três partes, as quais, poucos segundos depois, deixaram de se tornar visíveis, assim como o rasto de luz que por instantes os acompanhavam. É esta a versão de várias testemunhas oculares, uma delas merecendo a nossa confiança e que hoje cedo veio à nossa redacção a dar-nos conta do insólito fenómeno. Evidentemente que várias hipóteses se imaginam para a sua explicação. Desde os já famosos discos voadores até ao banalíssimo aerólito. Mesmo as numerosas pessoas que não o observaram, por estarem ainda entregues às delícias do sono, têm a sua opinião formada... De qualquer maneira, o caso merece a referência que hoje lhe fazemos, embora algo atrasada. E a nós, que também não o presenciámos, agrada-nos mais ‘admitir’ que se trate de um disco-voador, pois Beja, até agora, estava totalmente esquecida por estes enigmáticos ocupantes do espaço aéreo. E era uma ‘desconsideração’ que a cidade não merecia...”. Dois dias depois, o jornalista Melo Garrido voltava ao assunto: “A propósito do fenómeno meteorológico de sábado passado, a que nesta secção fizemos anteontem referência, recebemos a seguinte informação: ‘Precisamente à hora em que nesta cidade foi observada a explosão de qualquer objecto a grande altitude, no sítio de N.ª Sr.ª da Cola, 12 quilómetros a sul de Ourique, alguns trabalhadores que ali chegavam para começarem a tarefa diária nas escavações arqueológicas, avisaram o dirigente destas de terem acabado de ouvir um grande estampido, que por algum tempo reboou, que se não parecia com trovão nem com barreno de pedreira, antes fazia lembrar um fortíssimo tiro de canhão. E o estrondo parecia vir da costa do Algarve, na direcção da serra de Monchique. (...) Conjugadas as observações de Beja e Sr.ª da Cola, parece não haver lugar para dúvidas: tratou-se efectivamente de um meteorito.’ Sendo assim, temos que lamentar o facto de não ter sido ainda desta vez que Beja recebeu a honra da visita de um ‘disco voador’...”. Carlos Lopes Pereira

15

Apesar da obstinação do Governo e dos pesados sacrifícios exigidos, as metas para a redução do défice, este ano, não foram alcançadas e está generalizada a convicção de que a insistência na mesma política e nos mesmos erros irá agravar ainda mais a nossa já precária subsistência coletiva e enredar-nos fatalmente numa espiral de endividamento sem fim. Pedro Bacelar de Vasconcelos, “Jornal de Notícias”, 19 de outubro de 2012

Crónica Alqueva, o sonho à tona de água João Mário Caldeira

T

irando o litoral, o Alentejo sempre foi terra de sequeiro. Ainda que assombrosamente asseados, os alentejanos aprenderam a viver com pouca água. A consumi-la com reservas, dizendo “que quem não poupa a água e a lenha, não poupa o mais que tenha”. Mas, tal como a fome, não há sede que não dê em fartura. Depois de muito reivindicarem, um dia ofereceram-lhes de bandeja o maior lago da Europa, aprisionando, em Alqueva, o Guadiana. Os que viviam nas proximidades do modesto caudal do rio, viram-se de um momento para o outro com o mar à porta. Caminhos reais por onde saíam com as parelhas, desaguavam agora no lago. Uma grande fatia do céu alentejano viu-se de repente espelhada na água. Os bicos dos serros, assomando à superfície, acabaram metamorfoseados em ilhas. Foi o espanto. Muito dificilmente acreditariam que para servir as aldeias das margens haviam de ser montados oito cais flutuantes! Entre os naturais, tornaram-se inevitáveis os delírios aquáticos. Tudo imaginado em profundidade, relembrando a terra antiga que mais de uma vez tinham pisado. No sítio onde uma lebre dissimulara a cama, aí chegaria um dia o primeiro peixe, incrédulo, aproveitando a mesma cova para se esconder. Numa velha quartelha de porcas nasceria um cardume de barbos substituindo a ninhada de leitões. Sobre as águas, outros alentejanos arriscavam piadas superficiais. Que agora os pastores trocariam o pelico pelo colete salva-vidas. Que as ovelhas seriam obrigadas a usar boia, transitando em jangada, à procura de prado verde. Que o regolfo de Alqueva albergaria um arquipélago de muitas ilhas, entre elas Monsaraz, a Estrela, a Luz, Mourão e outras mais. Alguns arriscavam mesmo que o queijo deixasse ser de Serpa para chamar-se de S. Jorge dadas as semelhanças com os Açores. Em poucas alturas a graça flutuou tão à tona. Em terra tradicionalmente de chão firme parecia já não mandar o Deus romano, mas Neptuno! Mas para que a barragem passasse de sonho a realidade alguns pagaram preço alto, como os da Luz. Perderam

JOSÉ SERRANO

Há 50 anos

Está agendada para amanhã uma manifestação de desagrado em relação ao abandono das obras no IP8 e IP2. O protesto, que consta de uma marcha lenta com buzinão pelas duas picadas que são as principais ligações rodoviárias a Beja, está agendado para as 15 horas, no parque de estacionamento da ExpoBeja. Vamos a ver se é desta que nos fazemos ouvir fortemente, lá em Lisboa. PB

Diário do Alentejo 26 outubro 2012

O Governo recuou quanto ao fecho do tribunal de ALMODÔVAR. Mas manteve a intenção de fechar em definitivo as portas do de MÉRTOLA. Que é, aliás, a única baixa a registar no Baixo Alentejo quanto à recente reformulação do mapa judiciário. Numa altura em que os cortes orçamentais e o fecho de instituições de proximidade é uma prática recorrente, especialmente no interior, é importante manter a solidariedade com Mértola. PB

as casas e as terras herdadas da família ao serem obrigados a mudar de sítio, transferindo consigo até os mortos enterrados e as pedras das igrejas. Os mais velhos sentiram que lhes estavam esfrangalhando a alma, apagando-lhes a memória dos sítios, roubando-lhes a referência que assentava nessas marcas. Todos somos feitos de ruas, de largos, de cantos, de caminhos. Aí nascemos, brincámos, namorámos, nasceram filhos, morreram pais. Nesses lugares concretos sobrevivem sentimentos. Os expatriados da Luz perderam parte importante de si. Muitas raízes da sua história ficaram submersas. Todavia alinharam com o Alentejo na pressão para que se fizesse a barragem. As atenções que lhes foram justamente prodigalizadas no sítio de acolhimento, todas são poucas para o desassossego em que os puseram. Entretanto que temos hoje para além da água imensa? Enfim o regadio, ainda de rede incompleta mas proporcionando já um manto verde de olivais em grandes áreas onde penosamente sobrevivia o trigo. Também o milho, esse quase estranho para as gentes do Sul, desponta agora pela primeira vez em muitos sítios com um vigor surpreendente. Insipiente ainda é a impensável cultura do amendoim (com promessas megalómanas de investimento que agora vieram a público) e também a da papoila ou a da cebola em extensivo. Os velhos campos de seara pintaramse de cores inesperadas. O verde sobrepondo-se ao castanho de antigamente. É a água, palavra quase tabu para os naturais! Para além disso, a produção elétrica

parece já dar frutos, os empreendimentos turísticos despontam, aqui e ali, embora nada que espante, mesmo nas “aldeias de água” onde, a princípio, as promessas eram mais do que muitas. Os desportos náuticos e a pesca desportiva dão um ar da sua graça. Entretanto, não foi ainda com Alqueva que o Alentejo fugiu ao sufoco em que vive desde há muito. As povoações, mesmo as ribeirinhas, são depósitos de idosos onde, numa crueldade sem limites, fecham as escolas, o atendimento médico, as farmácias, os correios, os postos da GNR e outros serviços essenciais. Todos dias os mais novos são obrigados a partir, não desarvorando à vela, como os antigos, pela vastidão das águas que lhes colocaram à porta, mas em autocarros que os despejam sazonalmente nos pomares da Suíça, da França ou da Alemanha, colhendo a fruta que depois chega embalada aos nossos supermercados. Indiferente ao desespero das populações, resta, comprido e largo, o grande espelho de água. Uma reserva para o que der e vier. Como que uma flor no peito dos alentejanos, fartos de tanta seca. Há quem diga que tempos virão em que a água será tão valiosa como hoje é o petróleo. Seremos então muito ricos, se os poderosos não vierem cá roubá-la como fazem com aquele nos lugares onde existe deixando as populações à míngua. Mas, para lá de tudo, Alqueva ainda é uma esperança, uma promessa líquida no meio da desesperança nacional em que os governos nos puseram. Oxalá não fiquemos só a ver navios!


Diário do Alentejo 26 outubro 2012

16

Infografia

10

Freguesias

Beja Albernoa Baleizão Beringel Cabeça Gorda Mombeja Neves Quintos Salvada Salvador(Beja) S. Clara do Louredo S. Maria da Feira(Beja) Santa Vitória Santiago Maior S. Brissos S. João Baptista(Beja) S. Matias Trindade Trigaches

Odemira Colos Relíquias Sabóia S. Clara - a - Velha S.Maria (Odemira) S. Luís S. Mar. das Amoreiras S.Salvador (Odemira) São Teotónio Vale de Santiago Vila Nova de Milfontes Pereiras - Gare Bicos Zambujeira do Mar Luzianes - Gare Longueira/Almograve Boavista dos Pinheiros

Almodôvar

Castro Verde

F. do Alentejo

Moura

Almodôvar Gomes Aires Rosário S. Clara - a - Nova Santa Cruz São Barnabé Graça de Padrões Aldeia dos Fernandes

Casével Castro Verde Entradas S. Bárbara de Padrões S. Marcos da Ataboeira

Alfundão Ferreira do Alentejo Figueira dos Cavaleiros Odivelas Peroguarda Canhestros

Amareleja Póvoa de S. Miguel Safara S. Agostinho (Moura) S. Aleixo da Restauração S. Amador S. João. Baptista (Moura) Sobral da Adiça

Cuba Cuba Faro do Alentejo Vila Alva Vila Ruiva

2

em risco d

40%

39%

7 Quintos (265) Salvador* (6582)

33% 18%

25%

25%

3

S. Maria da Feira*(4597) S.Maria* (1300) Santiago Maior* (7508) S. Brissos (108)

S.Salvador* (1814)

S. João Baptista* (6337)

2

2

2

2 S. Agostinho* (4364)

Luzianes - Gare (426) Trindade (274) Trigaches (448)

25%

B. dos Pinheiros* (1673)

Gomes Aires (355)

Casével (447)

Peroguarda (364)

S. Amador (411)

Graça de Padrões (398)

S.M. da Ataboeira (333)

Canhestros (412)

S. João Baptista* (4069)

1 Vila Ruiva (468)


17 Diário do Alentejo 26 outubro 2012

Em todo o distrito de Beja, apenas as Assembleias Municipais de Almodôvar e de Odemira se pronunciaram em tempo útil, 15 de outubro, sobre a nova reorganização administrativa territorial autárquica, prevista na Lei 22 de 2012. No caso de Almodôvar, o único concelho da região liderado pelo PSD, a assembleia municipal deu luz verde à agregação das freguesias de Senhora da Graça dos Padrões (PSD) e de Gomes Aires (PS), respetivamente a Almodôvar e a Santa Clara-a-Nova. Uma deliberação em sintonia com a proposta da Unidade Técnica para a Reorganização Administrativa do Território (Utrat), criada para o efeito pela Assembleia da República. Entidade, aliás, que terá sempre a última palavra a dizer sobre a extinção ou agregação de freguesias. Já em Odemira, onde o PS é maioritário, a assembleia municipal deliberou extinguir as freguesias de Bicos, Pereiras-Gare e Zambujeira do Mar e pela fusão das freguesias urbanas de São Salvador e Santa Maria. Cabe agora a Utrat validar esta proposta onde aparecem freguesias que não constam da listagem das “freguesias que não reúnem os critérios de organização territorial”. Como, aliás, se constata na infografia que o “DA” faz publicar com base nos dados disponibilizados pela Associação Nacional de Freguesias, segundo os quais serão afetadas 23 freguesias do distrito de Beja.

00

s existentes

Mértola Alcaria Ruiva Corte do Pinto Espírito Santo Mértola Santana de Cambas S. João dos Caldeireiros S. Miguel do Pinheiro S. Pedro de Solis S. Sebastião dos Carros

De salientar que, no que respeita a esta matéria, o número de freguesias abrangidas por este processo é bastante variável e que o novo mapa ainda não está definitivamente estabelecido. Pelo que muitas alterações ainda serão, por certo, apresentadas ao longo dos próximos meses. Dado importante é que a grande maioria das assembleias municipais da região deliberou contra a extinção ou agregação de freguesias, passando esse ónus para a Utrat. Segundo os dados que agora revelamos, que contrariam outros já vindos a lume, apenas não haverá mexidas nas freguesias pertencentes aos concelhos de Aljustrel, Alvito e Barrancos. Está agendada para amanhã, em Beja, uma manifestação contra a extinção de freguesias prevista na reorganização administrativa territorial autárquica. Texto Paulo Barriga Infografia José Serrano

Ourique Conceição Garvão Ourique Panoias Santa Luzia Santana da Serra

Serpa Vila Nova De São Bento Brinches Pias Salvador (Serpa) Santa Maria (Serpa) Vale de Vargo Vila Verde de Ficalho

Vidigueira Pedrógão Selmes Vidigueira Vila de Frades

Aljustrel Aljustrel Ervidel Messejana S. João de Negrilhos Rio de Moinhos

Alvito Alvito Vila Nova da Baronia

Barrancos Barrancos

3

e extinção

25% 11%

17%

14%

1 S. S. Dos Carros (222)

1 Conceição (86)

1

1

Salvador* (4359)

Vidigueira* (2951)

Santa Maria* (1870)

Vila de Frades* (942)

*

Das freguesias assinaladas apenas uma não será excluída (distância da sede do municipio menor que 3 Km).

%

Percentagem de juntas de freguesia em risco de extinção por concelho.

Número de juntas de freguesia em risco de extinção por concelho.

()

Número de habitantes por freguesia.

Fonte: Associação Nacional de Freguesias (ANAFRE).

0%


III Meeting Jovem em Castro Verde

Diário do Alentejo 26 outubro 2012

18

Desporto

A pista simplificada de atletismo do Estádio Municipal 25 de Abril, em Castro Verde, recebe no próximo dia 3 de novembro o III Meeting Jovem, uma prova destinada a atletas populares ou federados, nas categorias de benjamins, infantis, iniciados e juvenis. A prova é organizada pela Câmara Municipal de Castro Verde, com o apoio da Associação de Atletismo de Beja.

Futsal Campeonato Nacional da 3.ª Divisão (2.ª jornada): Louletano-Oficinas S.José, 3-1; U.Montemor-Quinta Conde, 3-2; Os Indefetíveis-Os Independentes, 5-3; Sonâmbulos-Miratejo, 8-3; Fonsecas e Calçada-Piendense, 7-4; Sporting Viana-Alte, 2-1; Pedra Mourinha-Sassoeiros, 3-3. Líder: Fonseca e Calçada, 6 pontos. Próxima jornada (27/10): Louletano-U.Montemor; Os Independentes-Pedra Mourinha; Piedense-Sporting Viana.

O Almodôvar venceu no Rosário e colou-se ao Odemirense

Dupla isolada no comando O derby da Margem Esquerda entre Aldenovense e Serpa é a partida que elegemos para “Jogo da Jornada”, numa ronda em que os líderes têm adversários, aparentemente, superáveis. Texto Firmino Paixão

É

um Serpa ainda invicto, aquele que no domingo visitará o vizinho Aldenovense, para uma partida de desfecho imprevisível, como sempre se revelam os derbies. Depois, e na linha de crescente incerteza de resultado, olhemos para a deslocação do Rosairense para Beja, sobretudo, depois do inesperado empate com que os bejenses regressaram de Milfontes. O Praia de Milfontes viaja para o Campo

das Cancelinhas, em Amareleja, onde os locais ainda não pontuaram, pelo que se espera que o candidato ao título ali retifique o mau resultado da última jornada. O Sporting de Cuba joga em casa, com o Bairro da Conceição, e não terá um jogo fácil. Depois, e em linha com previsões mais teóricas, não são esperadas dificuldades para os triunfos do Odemirense (sobre o Cabeça Gorda), Piense (Guadiana) e Almodôvar (São Marcos). Da ronda anterior, e para além da referência já feita ao Beja, destacamos o empate do Odemirense, em Vila Nova de São Bento, e o triunfo do Almodôvar, no campo do Rosairense, que permitiu aos almodovarenses igualarem o anterior líder. Uma dupla perseguida pelo Serpa (a dois pontos) e por um respeitável quarteto (com menos três).

3.ª Divisão – Série F 5.ª jornada Esp. Lagos-Aljustrelense .................................................. 1-0 At. Reguengos-Vasco da Gama........................................2-1 Juventude Évora-Sesimbra.............................................. 2-0 Lagoa-Lusitano VRSA.........................................................2-2 Monte Trigo-Moura ........................................................... 0-2 U. Montemor-Castrense ................................................... 0-0 Moura Esp. Lagos U. Montemor At. Reguengos Juventude Évora Aljustrelense Sesimbra Vasco da Gama Lagoa Lusitano VRSA Monte Trigo Castrense

J

V

E

D

G

5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5

4 3 3 3 2 2 2 2 1 1 1 0

0 2 2 1 1 1 1 0 2 1 0 1

1 0 0 1 2 2 2 3 2 3 4 4

14-4 6-1 6-3 6-3 5-6 5-3 5-7 9-9 6-10 7-13 9-10 4-13

P

12 11 11 10 7 7 7 6 5 4 3 1

Próxima jornada (28/10/2012): Aljustrelense-U. Montemor, Vasco da Gama- Esp. Lagos, Sesimbra-At. Reguengos, Lusitano VRSA-Juventude Évora, Moura-Lagoa, Castrense-Monte Trigo.

1.ª Divisão – AF Beja 4.ª jornada Aldenovense-Odemirense ...............................................1-1 Serpa-Amarelejense .......................................................... 3-0 Praia Milfontes-Desp. Beja ............................................... 0-0 Rosairense-Almodôvar ......................................................1-3 São Marcos-Sp. Cuba ..........................................................4-2 Bairro da Conceição-Piense..............................................1-1 Guadiana-Cabeça Gorda ...................................................2-1 Odemirense Almodôvar Serpa Rosairense Piense Aldenovense São Marcos Cabeça Gorda Praia Milfontes Bairro da Conceição Guadiana Desp. Beja Sp. Cuba Amarelejense

J

V

E

D

G

4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4

3 3 2 2 2 2 2 1 1 1 1 0 0 0

1 1 2 1 1 1 1 1 1 1 0 2 2 1

0 0 0 1 1 1 1 2 2 2 3 2 2 3

7-1 8-4 7-2 8-5 8-5 5-4 7-6 4-7 5-5 4-5 4-9 1-4 2-7 1-7

P

10 10 8 7 7 7 7 4 4 4 3 2 2 1

Próxima jornada (28/10/2012): Aldenovense-Serpa, Amarele-

Distrital O central João Correia (Odemirense) deu pouco espaço a Luís Carrega (Aldenovense)

jense-Praia Milfontes, Desp. Beja-Rosairense, Almodôvar-São Marcos, Sp. Cuba-Bairro da Conceição, Piense-Guadiana, Odemirense-Cabeça Gorda.

As quatro equipas sul alentejanas atuam na condição de visitadas

O regresso de todos a casa Vem aí uma jornada em que se espera que todas as equipas sul alentejanas sejam bem sucedidas. O Moura deverá manter a liderança da prova e o Castrense pode chegar à primeira vitória. Texto e foto Firmino Paixão

O

Nacional da 3.ª Divisão regressa no próximo domingo, numa ronda que tem a particularidade de todas as equipas do distrito de Beja jogarem em casa. O Moura, atual líder isolado da Série F, recebe o Lagoa, equipa que nos dois jogos

já realizados na condição de visitante empatou, em Sesimbra, e perdeu, em Aljustrel. Natural favoritismo para os alentejanos que se deverão manter na frente da classificação. Em Castro Verde a turma local joga com o Monte Trigo, uma partida a preceito dos locais averbarem a sua primeira vitória, sobretudo depois do moralizador empate em Montemor-o-Novo de onde, por pouco, não saíram com os três pontos. O União de Montemor, ferido com essa perda de pontos no seu terreno, está de visita a Aljustrel, onde jogou um amigável em pré época. O Mineiro terá que se apresentar ao seu me-

lhor nível para vencer esta partida. Depois de um início de campeonato muito prometedor, o Vasco da Gama da Vidigueira não ganha há duas jornadas e o adversário da próxima ronda, o Lagos, é uma equipa difícil, mas acreditemos no seu potencial para superar os algarvios e galgar a barreira do sexto lugar na tabela. O Lagos e o Montemor são os dois perseguidores mais diretos do líder, Moura, pelo que os bons resultado do Mineiro e do Vasco da Gama se revelarão um bom empurrão, se é que precisa, para o Moura se destacar mais no comando desta série.

Futebol juvenil Campeonato Distrital de Benjamins (2.ª jornada): Série A: Ferreirense A-Alvito, 15-1; Figueirense-Bairro Conceição, 3-2; Sporting Cuba-Vasco Gama, 2-3; AljustrelenseDespertar A, 0-5. Folgou o Desportivo Beja. Líderes: Ferreirense e Figueirense, 6 pontos. Próxima jornada (27/10): Bairro Conceição-Ferreirense A; Alvito-Desportivo Beja; Vasco Gama-Figueirense; Despertar A-Sporting Cuba. Folga o Bairro Conceição. Série B: Despertar B-CB Beja, 0-5; NS Beja-Sobral da Adiça (adiado); Serpa-Santo Aleixo, 3-4; Piense-Ferreirense B, 6-0. Folgou o Moura. Líder: Santo Aleixo, 6 pontos. Próxima jornada (27/10): CB Beja-Sobral da Adiça; Santo Aleixo-Moura; Ferreirense B-Serpa; NS Beja-Piense. Folga o Despertar B. Série C: Odemirense-São Marcos, 9-0; Renascente-Almodôvar, 2-3; Boavista -Mil fontes A, 4-3; Milfontes B-Ourique, 4-4; Rosairense-Castrense, 1-21. Líderes: Castrense e Odemirense, 6 pontos. Próxima jornada (27/10): Milfontes A-Odemirense; São Marcos-Almodôvar; Ourique-Boavista; Castrense-Milfontes B; Renascente-Rosairense. Campeonato Distrital de Infantis (2.ª jornada): Série A: Vasco Gama-Sporting Cuba, 1-3; Alvito-Despertar A, 1-3; Bairro Conceição-Alvorada, 7-0; Desportivo Beja-Ferreirense, 1-9. Folgou o NS Beja. Líder: Despertar A, 6 pontos. Próxima jornada (27/10): Despertar A-Vasco Gama; Sporting Cuba-NS Beja; Alvorada-Alvito; Ferreirense-Bairro Conceição. Folga o Desportivo Beja. Série B: Amarelejense-Aldenovense, 6-1; Guadiana-Piense, 13-4; Despertar B-Serpa, 3-1; CB Beja-Moura, 0-11. Folgou o Operário. Líderes: Guadiana, Amarelejense e Despertar B, 6 pontos. Próxima jornada (27/10): Piense-Ama relejense; Aldenovense-Operário; Serpa-Guadiana; Moura-Despertar B. Folga a CB Beja. Série C: Aljustrelense-Milfontes A, 12-1; Milfontes B-Castrense A, 6-6; Castrense B-Boavista, 3-1; Almodôvar-Odemirense, 3-4. Folgou o Renascente. Líder: Aljustrelense, 6 pontos. Próxima jornada (27/10); Castrense A-Aljustrelense; Milfontes A-Renascente; Boavista-Milfontes B; Odemirense-Castrense B. Folga o Almodôvar. Campeonato Distrital de Iniciados (1.ª jornada): Odemirense-Amarelejense, 4-0; B.º Conceição-Ourique, 0-1; Despertar-Vasco Gama, 1-3; Rio Moinhos-Serpa, 3-0; Sporting Cuba-Milfontes, 1-1; Guadiana-Moura, 2-2. Líderes: Odemirense, Rio Moinhos, Vasco Gama e Ourique, 3 pontos. Próxima jornada (28/10): Ourique-Odemirense; Vasco Gama-B.º Conceição; Serpa-Despertar; Milfontes-Rio Moinhos; Moura-Sporting Cuba; Aljustrelense-Guadiana. Campeonato Nacional de Iniciados (7.ª jornada): Louletano-Lagos, 2-1; São Luís-V. Setúbal, 0-5; Desportivo Beja-Despertar, 1-3; Olhanense-Imortal, 0-0; Odiáxere-Lusitano VRSA, 2-3. Líder: V.Setúbal, 18 pontos. 7.º Despertar, 7. 9.º Desp.Beja, 3. Próxima jornada (28/10): Despertar-São Luís; Imortal-Desportivo Beja. Campeonato Nacional de Juvenis (6.ª jornada): Odemirense-Despertar, 0-2; Lusitano-Imortal, 0-1; Oeiras-BM Almada, 3-0; Cova Piedade-V.Setúbal, 3-3; Estoril-Lou letano, 0-1. Líderes: Oeiras e Louletano, 15 pontos. 9.º Despertar, 4. 10.º Odemirense, 1. Próxima jornada (28/10): Odemirense-Lusitano. Despertar-Louletano. Campeonato Nacional de Juniores (6.ª jornada): Barreirense-Atlético, 1-2; BM Almada-Farense, 2-2; Lusitano VRSA-Oeiras, 0-3; Moura-Louletano, 3-2; Lusitano -Olímpico, 0-2. Líder: Oeiras, 18 pontos. 8.º Moura, 4. Próxima jornada (27/10): Oeiras-Moura. Campeonato Distrital de Futsal (2.ª jornada): Politécnico Beja-NS Moura, 3-7; Desportivo Beja-Vila Ruiva, 8-1; Ferreirense-AD VNSBento, 10-3; Luzerna-Alcoforado, 1-5; Safara-Baronia, 2-9; Barrancos Futsal-Almodovarense, 1-5. Folgou o Vasco Gama. Líderes: Almodovarense, Baronia, Desportivo Beja, N.S.Moura, 6 pontos. Próxima jornada (26/10): Vasco Gama-Politécnico Beja; NS Moura-Desportivo Beja; Vila Ruiva-Ferreirense; ADVNS Bento-Luzerna; Alcoforado-Safara; Baronia-Barrancos Futsal. Folga o Almodovarense. Campeonato Distrital de Seniores Femininos (1.ª jornada): Ourique-Serpa, 0-3; Vasco Gama-CB Castro Verde, 4-9; Odemirense-Almansor, 1-3. Folgou a CB Almodôvar. Líderes: C.B.Castro Verde, Serpa e Almansor, 3 pontos. Próxima jornada (27/10): Serpa-Vasco Gama; CB Castro Verde-Almansor; Odemirense-Almodôvar. Folga o Ourique.


Campeonato Nacional de Seniores Masculinos 3.ª Divisão (3.ª Jornada): Olhanenses-Lagoa, 9-24; Zona Azul-Naútico, 26-20; Redondo-Lacobrigense, 61-23; Costa d’Oiro-Sines, 29-21. Folgou o CCP Serpa. Líderes: Redondo, Zona Azul e Costa d’Oiro, 6 pontos. Próxima Jornada (27/10): CCP Serpa-Costa d’Oiro; Sines-Redondo; Lacobrigense-Zona Azul; Náutico-Olhanenses. Outros Resultados: Nacional de Iniciados Masculinos (1.ª Jornada): Zona Azul-Évora, 16-20; Portalegre-CCP Serpa, 7-34; Torneio Abertura Infantis Masculinos (5.ª Jornada): CCP Serpa-Zona Azul, 19-14.

Patinagem Artística - Taça da Europa: Inês Aragão (cadete) e Emanuel Salvadinho (júnior), patinadores do Sport Clube Serpa Patinagem Artística, estão a competir na Taça da Europa de Patinagem Artística que ao longo da semana tem estado a decorrer no Pavilhão Rota dos Móveis, em Lordelo

(Paredes). A prova, que amanhã se conclui, reuniu mais de 200 patinadores de todas as categorias, em representação de 10 países. A seleção nacional integrou 34 patinadores, sendo os serpenses Aragão e Salvadinho os únicos representantes de clubes alentejanos.

Piense Sporting Clube pode ser a boa surpresa deste campeonato

Candidatos? A jogar futebol bonito! O Piense Sporting Clube, emblema que na última época regressou, por mérito, ao escalão principal do futebol bejense está a dar boa conta das suas novas responsabilidades. Texto e foto Firmino Paixão

É

um histórico do futebol sul alentejano, com alto e baixos no seu currículo desportivo, por vezes obrigado a algumas travessias do deserto, de onde sai com invulgar dignidade e uma enorme ambição para se afirmar em definitivo no quadro de honra do futebol distrital. A época começou bem, para um conjunto que revela um espírito lutador e um perfil de ganhador, à imagem do seu treinador, José Manuel Rações, que aqui assina um discurso realista, não fosse ele um profundo conhecedor da realidade desportiva local. O Piense entrou no campeonato com o pé direito. Prenúncio de uma boa época?

Estamos no início do campeonato, não é uma prova fácil, nós não somos candidatos a nada, simplesmente preparamos a equipa para lutar sempre pelos três pontos. Queremos fazer um bom campeonato para dignificarmos o nome do clube, nada mais do que isso. Quem se bate dentro do campo como o Piense tem vindo a fazer, senão não é candidato, esconde alguma coisa?

Não, não escondemos nada. Temos um bom grupo de trabalho e ter um pouco de sorte também faz parte do futebol. O Piense reforçou-se com jogadores que vieram ajudar muito os que cá estavam, e temos um plantel para discutir os pontos em qualquer jogo. A equipa vai bater-se bem em todos os campos?

A minha vontade é essa e o que digo aos jogadores é que, seja onde for, e seja quem for o adversário, temos que entrar sempre em campo com o pensamento na vitória. A minha mentalidade é de ganhador e é esse sentimento que procuro transmitir aos jogadores. Sei que nem sempre será fácil, vamos ter jogos bastante difíceis e nem sempre seremos bem sucedidos. Mas a equipa que nos ganhar, ou que nos tirar pontos, tem que provar no campo que trabalhou e se esforçou mais do que nós. O Piense reforçou-se bem, relativamente à época anterior?

Os jogadores que fomos buscar não são

atletas de grande nome, mas são jogadores novos, vieram apenas dois com um pouco mais de idade, que eu já conhecia, até joguei à bola com eles, mas os novos que vieram têm muita qualidade, estavam na época passada no Despertar e são jogadores m mostrar-se mostrar se no futebol distri que querem distrital. Esperoo que eles façam uma boa ue possam ganhar nome. época e que Moura não o foi um bom mercado para o Piense, nse, com tantos jogadores que ali ficaram disponíveis?

Olhe, eu tinha inha dois jogadores de ase certos no planMoura quase tel, mas o Aldenovense ofereceu- -lhe mais dinheiro e o Piense está com um orçamento muito ba i xo. O d itá cada nheiro está vez maiss difínseguir cil de conseguir utebol e para o futebol é cada vezz pior. No Piensee lios mitamo-nos odeao que podeotomos. O protoxiste colo que existe eção entre a direção adoe os jogadoterres é mantermmos o compromisso m da até ao fim época. O clube passou porr uns tempos difíceis e agoraa está na fase de eso, por isso, fazemos tabilização, as coisas com norma, nós pauco, mas pagamos gamos pouco, sempre. O que espera pera o Piense deste campeonato? ato?

Sinceramente, ente, e neste meu primeiro anoo como treinador na primeira divisão, esperamos ificação honrosa para uma classificação o Piense. Teria prazer em ter a ogar um futebol bonito, equipa a jogar quadramento competipara o enquadramento tivo onde estamos inseridos, que ra divisão distrital, e que é a primeira as pessoass gostem de ver a equipa jogar, seja em casa ou fora. Um campeonato eonato atípico, em que metade

das equipas estava há um ano na segunda divisão …

É triste que estas coisas estejam a acontecer, mas temos que nos moldar às necessidades e às situações que surgem a cada momento. As pessoas que estão no comando do futebol distrital pensaram assim, vamos ver se para o ano aquelas equipas vão descer todas. Temos que esperar pela evolução da prova, mas se não existirem descidas de divisão o campeonato começa a não ter piada nenhuma. Tem que existir um campeão e tem que existir luta pela não despromoção, senão a prova não é competitiva. E isso tem que ser afirmado pela associação, para que as pessoas conheçam, antecipadamente, as regras do jogo. Mas as equipa s que vieram da 2.ª Divisão também têm a lguma qualidade e, a jogar em casa, serão difíceis de bater. Quem são os seus candidatos?

Sinceramente acho que existe um grupo forte constituído pelo Milfontes, Aldenovense, Almodôvar, Odemirense e o Serpa, cuja probabilidade é maior. Estas equipas destacam-se mais no meu favoritismo. São estes os sérios candidatos a vencer o campeonato e subir de divisão. E logo a seguir vem o Piense...

Era bom que sim, que o Piense viesse a seguir, em todos os campeonatos costuma aparecer uma equipa surpresa a destacar-se pela positiva. Essa equipa este ano poderia ser o Piense, esperemos que sim, porque desejamos muito fazer um bom campeonato.

Hoje palpito eu...

19

Nuno José Neves Rosado da Luz

Diário do Alentejo 26 outubro 2012

Campeonato Nacional de Seniores de andebol

T

erminou prematuramente a carreira de jogador, aos 23 anos, por lesão, quando representava o Castrense, na 3.ª Divisão Nacional, mas o percurso formativo fê-lo em dois clubes do seu concelho, Odemirense e Boavista dos Pinheiros. Aos 16 anos disputou o Nacional de Juniores com a camisola do Odemirense, clube que ainda defendeu na 1.ª Distrital e na 3.ª Divisão Nacional. O seu inquestionável valor projetou este “ponta de lança” alentejano para o Nacional da Madeira (Liga de Honra) e para o Vasco da Gama de Sines (3.ª Divisão), de onde saiu para Castro Verde. Durante este trajeto sagrou-se Campeão Distrital de Juniores e Seniores, pelo Odemirense, e, na época 94/95, foi galardoado como Melhor Marcador do Distrital de Beja. Iniciou a carreira de treinador nos escalões de formação do Odemirense, com títulos distritais nas categorias de escolas, infantis e juvenis, e, na época anterior, ficou ligado à histórica manutenção do Odemirense no Nacional de Juvenis. Hoje, com 36 anos, Nuno Luz é o técnico principal da equipa de seniores do Sport Clube Odemirense, tida como uma das principais favoritas ao título.

(1) ALDENOVENSE / SERPA Deverá ser um jogo com muita entrega das equipas, porque trata-se de um derby, mas o Aldenovense, que joga em casa, é favorito. (2) AMARELEJENSE/MILFONTES O recinto do Amarelejense é um campo complicado para qualquer equipa. O Milfontes tem argumentos para vencer, apesar de jogar fora de casa. (X) DESPORTIVO DE BEJA /ROSAIRENSE Depois de um resultado positivo em Milfontes, o Desportivo está motivado, porém, encontrará uma equipa que entrou muito bem neste campeonato. (X) ALMODÔVAR/SÃO MARCOS O Almodôvar é claramente favorito, tendo em conta os resultados das primeiras jornadas, que têm demonstrado tratar-se de uma equipa forte. (X) SPORTING CUBA /BAIRRO DA CONCEIÇÃO Prevê-se uma partida muito equilibrada, pelo que o meu prognóstico é o empate. (1) PIENSE/GUADIANA O favoritismo é do Piense, não obstante as dificuldades que o Guadiana lhe irá criar. (1) ODEMIRENSE/CABEÇA GORDA O favoritismo é do Odemirense. Joga em casa e tem um histórico de bons resultados nas jornadas anteriores. Mas o Cabeça Gorda não facilitará.


Nacional da 3.ª Divisão em hóquei em patins

Diário do Alentejo 26 outubro 2012

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Nacional da 3.ª Divisão (2.ª Jornada): Vialonga-Castrense, 4-1; Azeitonense-Marítimo, 3-2; H.Santiago-Boliqueime, 4-3. Folgou o Estremoz. Líder: Marítimo, 3 pontos. Próxima Jornada (27/10): Castrense-Estremoz. Folga o H.Santiago. Nacional da 2.ª Divisão (3.ª Jornada): Sporting Tomar-H.Grândola, 5-2; Santa Cita-Vasco da Gama, 7-3. Líderes: Alenquer, Tomar e Biblioteca, 9 pontos. Próxima jornada (27/10): H.Grândola-Sesimbra; Vasco da Gama-Mealhada.

Histórias de saudade José Saúde

Escalada de S. Gens IV escalada Terra Forte foi muito participada

Escalada de S. Gens Ana C. Dias (NDC Odemira) a vencer a prova feminina

Escalada de S. Gens João Mega Figueiredo (CN Alvito) venceu destacado

João “Mega” e Ana Dias vencem IV Escalada de São Gens

Uma engenharia para bem subir Os atletas João Figueiredo, do Clube Natureza de Alvito, e Ana Catarina Dias, do Núcleo Despor tivo e Cultural de Odemira, foram vencedores absolutos da IV Escalada de São Gens, em Serpa. Texto e fotos Firmino Paixão

J

oão “Mega” Figueiredo, 20 anos, engenheiro mecânico, conquistou o título de Campeão Distrital de Escalada ao vencer a prova de Absolutos Masculinos da IV Escalada de São Gens “Terra Forte” (Campeonato Distrital de Montanha), prova organizada pela Associação de Atletismo de Beja com o patrocínio do Município de Serpa. A prova assinalou o início da temporada e teve a participação global de 131 atletas (32 femininos e 99 masculinos), representando 12 clubes filiados nas associações regionais de Beja (8), Algarve (3) e Évora (1). Uma corrida de acentuada dificuldade, com duas subidas ao cerro de São Gens, antecedida pelas provas urbanas para os escalões de formação e que marcou, também, a estreia do fundista e antigo campeão nacional, Carlos Calado, com a camisola do Beja

Atlético Clube, a contratação mais sonante da temporada. João “Mega, atleta de elite na modalidade de Orientação, disse no final: “O objetivo era avaliar como me sentiria. Treino há duas semanas, certamente que todos os atletas que aqui vieram estarão como eu, ainda um pouco longe da melhor forma, mas foi um bom início, com a particularidade de ser uma prova onde me sinto confortável, porque, normalmente, treino em terrenos de muito desnível”. O novo Campeão Distrital de Montanha sucedeu ao seu colega de equipa, Carlos Papacinza, vencedor em 2011, e referiu: “Começar a época com um título é bom, ainda que um título mais fechado, de âmbito distrital, mas é obvio que nos leva logo a sonhar com outros objetivos, a treinar duro e a saber que se está a fazer um bom trabalho, não apenas eu, mas todo o meu clube, isto é o resultado do bom trabalho que o meu clube tem vindo a fazer nesta região”. Sem definir muitos objetivos para a temporada, segunda como sénior, o atleta sublinhou que a sua primeira modalidade é a orientação e referiu: “Quero evoluir, para quando estiver nos meus

Classificações: Benjamins Masculinos 600 m 1.º Diogo Conceição (CNAlvito), 2,7’ Benjamins Femininos 600 m 1.ª Patrícia Pardal (BejaAC), 2,2’. Infantis Masculinos 1200 m 1.ª Henrique Bule (Serpa), 4,3’. Infantis Femininos 1200 m Ana Morais (B.ºConceição), 4,2. Iniciados Masculinos 1800 m 1.º Lucas do Carmo (BºConceição), 6,1’. Iniciados Femininos 1800m 1.ª Cristina Reis (CNAlvito), 7,2’. Juvenis Masculinos 3800 m 1.º Mussa Djau (BejaAC), 13,3’. Juvenis Femininos 3800 m 1.ª Sara Inácio (JDNeves), 16,2’. Juniores Masculinos 7600 m 1.º João Caeiro (CNAlvito), 32.2’. Juniores Femininos 7600 m 1.ª Ana Catarina Dias (NDCOdemira), 15,6’ Seniores Femininos 7600 m 1.ª Paula Alves (Ourique), 24,2. Veteranos Femininos 7600 m 1.ª Emília Silveira (BejaAC), 19,2’. Veteranos Masculinos 7600 m 1.º Carlos Calado (BejaAC), 47’. Seniores Masculinos 7600 m 1.º João Figueiredo (CNAlvito), 26,5’.

25 anos poder ser uma referência a nível nacional em orientação e atletismo”. Ao nível académico, o futuro engenheiro mecânico explicou que está “no mestrado integrado, acabando a licenciatura”, que este ano talvez possa ficar concluída”. “Agora é que estamos na verdadeira engenharia, mas dá para conciliar as duas coisas, o desporto e a vida académica”, disse, concluindo: “Adoro a vida que levo e acho que não consigo viver sem isto”. No setor feminino o triunfo absoluto pertenceu, com naturalidade, à odemirense Ana Catarina Dias, 18 anos, a atual melhor fundista do distrito, que sublinhou: “Foi uma prova difícil, a subida para São Gens é bastante dura, mas com sacrifício tudo se faz. Sabe muito bem começar a época com uma vitória e um título distrital, espero conseguir mais ao longo da temporada”. Para a época que agora se inicia Ana Dias tem objetivos que passam por “melhorar as marcas nacionais e, se tudo correr bem, estar presente nos europeus, é um objetivo ambicioso mas atingível, pelo menos o meu treinador espera isso de mim, ele diz que eu serei capaz, terei apenas que trabalhar bem para o conseguir”, assegurou.

Divago no tempo e deparo-me com imagens que marcaram os verdes anos da minha juventude. Com um saco na mão - qual emigrante com uma mala de cartão pronto para desbravar fronteiras marcadas por vigilâncias imutáveis - eis-me, com 16 anos, a caminho de Lisboa. A tarde de agosto ia a meio. Perto das 17 horas caminhei à estação de caminhos de ferro, em Beja, onde apanhei o comboio que me transportou à capital. A “guia de marcha” indicava-me a apresentação no Sport Lisboa e Benfica. Para trás ficava o Despertar. Assim, depois de uma viagem carregada de sonhos e da travessia do Tejo – Barreiro/Lisboa de barco-, aportei no Terreiro do Paço, onde me aguardava o antigo jogador encarnado Ângelo, que me conduziu ao Lar do Benfica, na Calçada do Tojal. O Ângelo era, em 1967, o treinador da equipa de juvenis. Instalado no lar deparei-me com a inflexibilidade da disciplina interna. Ao sentar e ao levantar da mesa, almoço e jantar, havia uma regra de ouro: pedir licença ao jogador mais antigo. O Kiki, o Matine, o Malta da Silva, o Calado, entre outros, assumiam o comando das “operações”. E nós, putos, aceitávamos literalmente a norma. Depois vieram os treinos. Com o senhor Coluna, Eusébio, Simões, Cruz, Zé Torres, José Augusto, Jaime Graça, para além de uma panóplia de estrelas, comecei a aprender o abc do mundo da bola. Treinávamos em Pina Manique. O relvado da Luz estava em manutenção. Bebi, então, dicas nos bastidores que me levaram, depois, a caminho do Sporting. Hoje resvalo no desígnio das virtualidades que nos levam a conjeturar que o futebol é um desporto onde colhemos infindáveis ensinamentos que nos remetem para hilariantes histórias de saudade. Ficou a aprendizagem e a certeza que hoje já nada é como dantes, começando pelo estatuto dos craques.


institucional diversos Diário do Alentejo n.º 1592 de 26/10/2012 Única Publicação

MUNICÍPIO DE ALMODÔVAR

EDITAL N.° 163/2012 EXUMAÇÃO DE SEPULTURAS JOÃO ANTÓNIO VALE SOARES RODRIGUES PALMA, Vice-Presidente da Câmara Municipal de Almodôvar. TORNA PUBLICO: Que os serviços irão proceder à exumação das sepulturas temporárias abaixo indicadas: NOME

COVAL RESIDÊNCIA

ÓBITO

Sebastião Jacinto das Dores 425

Fontes Ferrenhas

10.09.2005

Joaquim da Costa

Panóias

23.11.2005

1234

Nestes termos, deverão os interessados até ao dia 31 de Dezembro de 2012, dirigir-se à Secretaria da Câmara Municipal, a fim de ser acordado quanto à data da Exumação e sobre o destino que pretendem dar às ossadas. Decorrido o prazo fixado no presente Edital, sem que tenha sido promovida qualquer diligência, será feita a exumação, considerando-se abandonadas as ossadas existentes. Para que não se alegue desconhecimento, mandei publicar este e outros de igual teor que vão ser afixados nos lugares públicos do costume. Município de Almodôvar, 09 de Outubro de 2012 O Vice-Presidente da Câmara, Dr. João António Vale Soares Rodrigues Palma

Diário do Alentejo n.º 1592 de 26/10/2012 Única Publicação

Diário do Alentejo n.º 1592 de 26/10/2012 Única Publicação

Diário do Alentejo n.º 1592 de 26/10/2012 Única Publicação

CÂMARA MUNICIPAL DE SERPA

CÂMARA MUNICIPAL DE SERPA

AVISO TOMÉ ALEXANDRE MARTINS PIRES, VEREADOR DO PELOURO DE URBANISMO E ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO; FAZ SABER, nos termos do artigo 78º do DecretoLei nº 555/99, de 16 de Dezembro, alterado pelo Decreto-Lei nº 26/2010 de 30 de Março, que a Câmara Municipal de Serpa, em sua reunião realizada em 03 de Outubro do corrente ano, emitiu o alvará de loteamento urbano nº 2/2012, de que é loteador Alice da Conceição Carrasco, contribuinte fiscal nº 121485803 para o prédio rústico descrito na Conservatória do Registo Predial de Serpa sob o número 293/19890906, e inscrito na matriz predial rústica sob o artigo 181 Secção C, o prédio rústico tem a área 3,8125 hectares, localizado na freguesia de Vale de Vargo, designado “Lagares”, o qual confronta a Norte com a Rua Álvaro Cunhal, a Sul com Bento Soares Neves, a Nascente com Bento Soares Neves e a Poente com herdeiros de António Guerreiro. Cuja área a lotear é de 1.912,95 m2, a área total de implantação é de 710,87 m2, e é constituído por 5 lotes, numerados de um a cinco, com as seguintes características: Lote nº 1 – com a área de implantação de 64,80 m2, e de construção de 64,80 m2 Lote nº 2 – com a área de implantação de 66,95 m2, e de construção de 66,95 m2; Lote nº 3 – com a área de implantação de 66, 53 m2, e de construção de 66,53 m2; Lote nº 4 – com a área de implantação de 103,66 m2, e de construção de 103,66 m2; Lote nº 5 – com a área de implantação de 408,93 m2, e de construção de 408,93m2; Paços do Município de Serpa, ao décimo quinto dia do mês de Outubro de 2012 O Vereador do Pelouro de Urbanismo e Ordenamento do Território Tomé Alexandre Martins Pires

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CENTRO INFANTIL CORONEL SOUSA TAVARES

CONVOCATÓRIA Nos termos do Artigo Trigésimo dos Estatutos do Centro Infantil Coronel Sousa Tavares, convocam-se todos os Sócios para uma Assembleia - Geral a realizar no próximo dia 22 de novembro de 2012, pelas 20 horas, na sede da Instituição com a seguinte ordem de trabalhos: 1 – Apreciação e Votação da Conta de Exploração Previsional e Orçamento de Investimentos e Desinvestimentos para o Ano de 2013; 2 – Apreciação e votação do Plano de Atividades para 2013; 3 – Outros Assuntos. Se à hora marcada não estiver presente mais de metade dos associados com direito a voto a Assembleia reunirá uma hora depois com qualquer número de presentes. Beja, 17 de outubro de 2012. O Presidente da Assembleia Geral João da Silva Martins

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Associação de Mulheres Do Concelho de Moura

ASSOCIAÇÃO DE MULHERES DO CONCELHO DE MOURA

CONVOCATÓRIA Assembleia Geral Ao abrigo do art. 28º dos Estatutos desta Associação, convocam-se todas as associadas, para reunirem em Assembleia Geral, que se realizará na Sede da Associação, dia 14 de Novembro de 2012 (quarta-feira), pelas 20.30h. Ordem de trabalhos: Apreciação e votação do orçamento e programa de acção para o ano de 2013; Outros assuntos de Interesse da Associação. Moura, 15 de Outubro de 2012. A Presidente da Mesa da Assembleia Geral Maria Celeste Barata

21 Diário do Alentejo 26 outubro 2012

CARTÓRIO NOTARIAL NOTÁRIA Fátima Duarte

EXTRACTO Cristina Isabel Guerreiro Castilho Mestre, colaboradora, registada na Ordem dos Notários em trinta e um de Janeiro de dois mil e onze sob o número cento e trinta e sete/um, por delegação de competências – nos termos do artigo 8° número 1 do Decreto-Lei 26/2004, de 4 de Fevereiro, de Maria de Fátima Catarino Duarte, Notária do Cartório Notarial de Montijo, sito no Edifício João XXIII, na Rua Joaquim Serra, número 249, em Montijo, CERTIFICO, para efeitos de publicação que por escritura de dezassete de Outubro de dois mil e doze, lavrada a folhas oitenta e nove, do livro de escrituras diversas número cento e setenta e três-A, deste Cartório, JOAQUIM BAIÃO DIAS SALGADO, natural da freguesia de Figueira dos Cavaleiros, concelho de Ferreira do Alentejo, e mulher MARIA DEOLINDA DE JESUS, natural da freguesia de Vimeiro, concelho da Lourinhã, casados sob o regime da comunhão geral de bens, residentes na Rua das Várzeas, número 15, Casal da Barreirinha, A-dos-Cunhados, Torres Vedras, contribuintes números 165 736 399 e 165 736 380, declararam que, são donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem do prédio rústico com a área de seis mil e quinhentos metros quadrados, composto cultura arvense, curso de água e oliveiras, que confronta do norte com Ribeira de Figueira dos Cavaleiros, do sul com Caminho Público, do Nascente com António Rita dos Remédios Penedo e do poente com Mariete Guerreiro Dantas, sito em Vinhas do Careca, freguesia de Figueira dos Cavaleiros, concelho de Ferreira de Alentejo, inscrito na matriz predial rústica em nome de Herdeiros de José Joaquim Baião sob o artigo 72 da secção F, com o valor patrimonial tributário de 49,40 euros a que atribuem o valor de dois mil euros. Que os identificados prédios encontram-se omissos na Conservatória do Registo Predial de Ferreira do Alentejo. Está conforme. Montijo aos dezassete de Outubro de dois mil e doze. A Colaboradora Cristina Isabel Guerreiro Castilho Mestre

VENDE-SE Exploração agrícola Rio de Moinhos/Aljustrel 144,5 ha (divididos em 5 parcelas juntas), vedada,

2 charcas + furos, será abrangida pelo plano de rega do Alqueva na última fase de construção. Contactar pelo tm. 917824571

AVISO TOMÉ ALEXANDRE MARTINS PIRES, VICE-PRESIDENTE DA CÂMARA: FAZ SABER, nos termos do artigo 78º do DecretoLei nº 555/99, de 16 de Dezembro, alterado pelo Decreto-Lei nº 26/2010 de 30 de Março, que a Câmara Municipal de Serpa, em sua reunião realizada em 19 de Setembro do corrente ano, emitiu o alvará de loteamento urbano nº 3/2012, de que é titular a Casa do Povo de Serpa, contribuinte fiscal nº 501119035 para o prédio rústico descrito na Conservatória do Registo Predial de Serpa sob o número 3058/20090521, e inscrito na matriz predial urbana sob o artigo 3891-P, localizado na freguesia de Salvador, o qual confronta a sul com Rua Luís de Camões, a poente com Espaço Público, a norte com Espaço Público, e a nascente com a Rua Manuel de Moura Manuel. Cuja área a lotear é de 979,16 m2, a área total de implantação é de 810,45 m2, e é constituído por 16 lotes, numerado de um a dezasseis, tendo estes, dois piso e destinados a moradia unifamiliar, com as seguintes características: Lote 1 – com a área de implantação de 49,70 m2, área de construção de 83,10 m2 Lote 2 – com a área de implantação de 47,10 m2, área de construção de 66,91 m2 Lote 3 – com a área de implantação de 57,89 m2, área de construção de 96,31 m2 Lote 4 – com a área de implantação de 57,45 m2, área de construção de 91,30 m2 Lote 5 – com a área de implantação de 52,85 m2, área de construção de 86,42 m2 Lote 6 – com a área de implantação de 54,65 m2, área de construção de 87,74 m2 Lote 7 – com a área de implantação de 51,92 m2, área de construção de 83,54 m2 Lote 8 – com a área de implantação de 49,34 m2, área de construção de 80,94 m2 Lote 9– com a área de implantação de 41,17 m2, área de construção de 71,46 m2 Lote 10 – com a área de implantação de 61,24 m2, área de construção de 93,39 m2 Lote 11 – com a área de implantação de 48,92 m2, área de construção de 78,85 m2 Lote 12– com a área de implantação de 61,63 m2, área de construção de 93,67 m2 Lote 13 – com a área de implantação de 53,61 m2, área de construção de 77,89 m2 Lote 14– com a área de implantação de 35,13 m2, área de construção de 59,86 m2 Lote 15 – com a área de implantação de 44,38 m2, área de construção de 68,57 m2 Lote 16 – com a área de implantação de 43,47 m2, área de construção de 71,41 m2 Paços do Município de Serpa, ao décimo quinto dia do mês de Outubro de 2012. O Vice-Presidente da Câmara, Tomé Alexandre Martins Pires

Diário do Alentejo n.º 1592 de 26/10/2012 Única Publicação

ASSOCIAÇÃO DE BENEFICIÊNCIA DE PEDRÓGÃO DO ALENTEJO

CONVOCATÓRIA Ao abrigo e no cumprimento do disposto nos artigos 12º n.º1, 13º nºs 1 e 2, convoca-se a Assembleia Geral desta Associação, e todos os seus associados no pleno gozo dos seus direitos, para comparecerem no Centro de Convívio da Junta de Freguesia de Pedrógão do Alentejo, no dia 10 de Novembro de 2012, (Sábado) pelas 09 horas com a seguinte ordem de trabalhos: Período antes da ordem do dia – Assuntos relacionados com o funcionamento da ABPA -Diversos Ordem do Dia PONTO UM: – Apreciação e aprovação do Plano de Ação para o ano de 2013; PONTO DOIS: – Apreciação e aprovação do Orçamento para o ano de 2013; Nota: Se há hora marcada não estiverem presentes a maioria dos sócios a assembleia-geral iniciar-se-á às 10 horas. Pedrógão do Alentejo, 23 de Outubro de 2012. O Presidente da Mesa da Assembleia Geral josé mâncio rosa soeiro


saúde

22 Diário do Alentejo 26 outubro 2012

Análises Clínicas

Medicina dentária

Psicologia

Dr.ª Heloisa Alves Proença Médica Dentista

Dr. Fernando H. Fernandes Dr. Armindo Miguel R. Gonçalves Horários das 8 às 18 horas; Acordo com beneficiários da Previdência/ARS; ADSE; SAMS; CGD; MIN. JUSTIÇA; GNR; ADM; PSP; Multicare; Advance Care; Médis FAZEM-SE DOMICÍLIOS Rua de Mértola, 86, 1º Rua Sousa Porto, 35-B Telefs. 284324157/ 284325175 Fax 284326470 7800 BEJA

Cardiologia

RUI MIGUEL CONDUTO Cardiologista - Assistente de Cardiologia do Hospital SAMS CONSULTAS 5ªs feiras CARDIOLUXOR Clínica Cardiológica Av. República, 101, 2ºA-C-D Edifício Luxor, 1050-190 Lisboa Tel. 217993338 www.cardioluxor.com Sábados R. Heróis de Dadrá, nº 5 Telef. 284/327175 – BEJA MARCAÇÕES das 17 às 19.30 horas pelo tel. 284322973 ou tm. 914874486

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Obstetrícia, Ginecologia, Ecografia CONSULTAS 2ªs, 3ªs e 5ªs feiras Rua Zeca Afonso, nº 16 F Tel. 284325833

FERNANDO AREAL

Centro de Fisioterapia S. João Batista Fisiatria Dr. Carlos Machado Drª Ana Teresa Gaspar Psicologia Educacional Drª Elsa Silvestre Psicologia Clínica Drª M. Carmo Gonçalves Tratamentos de Fisioterapia Classes de Mobilidade Classes para Incontinência Urinária Reeducação do Pavimento Pélvico Reabilitação Pós Mastectomia Hidroterapia/Classes no meio aquático Acordos com A.D.S.E., CGD, Medis, Advance Care, Multicare, Allianze, Seguros/Acidentes de trabalho, A.D.M., S.A.M.S.

Oftalmologista pelo Instituto Dr. Gama Pinto – Lisboa Assistente graduada do serviço de oftalmologia do Hospital José Joaquim Fernandes – Beja Marcações de consultas de 2ª a 6ª feira, entre as 15 e as 18 horas Rua Dr. Aresta Branco, nº 47 7800-310 BEJA Tel. 284326728 Tm. 969320100 Psiquiatria

Medicina dentária

Praça Diogo Fernandes, nº11 – 2º Tel. 284329975

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Consultas às 6ªs feiras na Policlínica de S. Paulo Rua Cidade S. Paulo, 29 Marcações pelo tel. 284328023 BEJA

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Hospital de Beja Doenças de Rins e Vias Urinárias Consultas às 6ªs feiras na Policlínica de S. Paulo Rua Cidade S. Paulo, 29 Marcações pelo telef. 284328023

Cirurgia Maxilo-facial

BEJA

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Prótese/Ortodontia Marcações pelo telefone 284321693 ou no local

Consultas em Beja CLINIBEJA – 2.ª a 6.ª feira Rua António Sardinha, 25, r/c esq.

Rua António Sardinha, 3 1º G 7800 BEJA

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MÉDICO UROLOGISTA RINS E VIAS URINÁRIAS Marcações de 2.ª a 6.ª feira a partir das 14 horas Rua Capitão João Francisco de Sousa, n.º 20 7800-451 BEJA Tel. 284324690

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HORÁRIO: Das 11 às 12.30 horas e das 14 às 18 horas pelo tel. 218481447 (Lisboa) ou Em Beja no dia das consultas às quartas-feiras Pelo tel. 284329134, depois das 14.30 horas na Rua Manuel António de Brito, nº 4 – 1º frente 7800-544 Beja (Edifício do Instituto do Coração, Frente ao Continente) ▼

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Urologia

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Clínica Dentária

Luís Payne Pereira

PARADELA OLIVEIRA

Médico Especialista pela Ordem dos Médicos e Ministério da Saúde Generalista

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CÉLIA CAVACO

MÉDICO

Consultório Rua Capitão João Francisco Sousa 56-A 1º esqº 7800-451 BEJA Tel. 284320749

DR. MAURO FREITAS VALE

Consultas e ecografia

Psiquiatria

Oftalmologia

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CONSULTAS DE OBESIDADE

Acordos com: ACS, CTT, EDP, CGD, SAMS. Marcações pelo telef. 284325059 Rua do Canal, nº 4 7800 BEJA

Fisioterapia

Rua Capitão João Francisco de Sousa, 56-A – Sala 8 Marcações pelo tm. 919788155

Clinipax Rua Zeca Afonso, nº 6-1º B – BEJA

Estomatologia

ULSB/Hospital José Joaquim Fernandes

Rua António Sardinha, 25r/c dtº Beja

Fisioterapia

Marcações pelo 284322446; Fax 284326341 R. 25 de Abril, 11 cave esq. – 7800 BEJA

Assistente graduado de ginecologia e obstetrícia

Obesidade

LUZ

Médico oftalmologista

Marcações a partir das 14 horas Tel. 284322503

Terreiro dos Valentes, 4 – 1-A – 7800-523 BEJA Consultório: Tel. 284325861 Tm. 964522313

CLÍNICA MÉDICA DENTÁRIA

JOÃO HROTKO

Consultas de 2ª a 6ª

MÉDICO ESPECIALISTA EM CLÍNICA GERAL/ MEDICINA FAMILIAR

Doenças alérgicas

Chefe de Serviço de Oftalmologia do Hospital de Beja

GASPAR CANO

Oftalmologia

Especialista pela Ordem dos Médicos

CONSULTAS às 3ªs e 4ªs feiras, a partir das 15 horas MARCAÇÕES pelos telfs.284322387/919911232 Rua Tenente Valadim, 44 7800-073 BEJA

FERNANDA FAUSTINO

Ginecologia/Obstetrícia

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DOENÇAS DO SISTEMA NERVOSO

Rua Manuel Antó António de Brito n.º n.º 6 – 1.º 1.º frente. 78007800-522 Beja tel. 284 328 100 / fax. 284 328 106

(Diplomada pela Escola Superior de Medicina Dentária de Lisboa)

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23 Diário do Alentejo 26 outubro 2012

PSICOLOGIA ANA CARACÓIS SANTOS – Educação emocional; – Psicoterapia de apoio; – Problemas comportamentais; – Dificuldades de integração escolar; – Orientação vocacional; – Métodos e hábitos de estudo GIP – Gabinete de Intervenção Psicológica Rua Almirante Cândido Reis, 13, 7800-445 BEJA Tel. 284321592

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CENTRO DE IMAGIOLOGIA DO BAIXO ALENTEJO ECOGRAFIA – Geral, Endocavitária, Osteoarticular, Ecodoppler TAC – Corpo, Neuroradiologia, Osteoarticular, Dentalscan Mamografia e Ecografia Mamária Ortopantomografia

Dr. Sidónio de Souza – Pneumologia/Alergologia/ Desabituação tabágica – H. Pulido Valente Dr. Fernando Pimentel – Reumatologia – Medicina Desportiva – Instituto Português de Reumatologia de Lisboa Dr.ª Verónica Túbal – Nutricionismo – H. de Beja Dr.ª Sandra Martins – Terapia da Fala – H. de Beja Dr. Francisco Barrocas – Psicologia Clínica/Terapia Familiar – Centro Hospitalar do Baixo Alentejo. Dr. Rogério Guerreiro – Medicina preventiva – Tratamento inovador para deixar de fumar Dr. Gaspar Cano – Clínica Geral/ Medicina Familiar Dr.ª Nídia Amorim – Psicomotricidade/Educação Especial e Reabilitação Dr. Sérgio Barroso – Especialista em Oncologia – H. de Beja Drª Margarida Loureiro – Endocrinologia/Diabetes/ Obesidade – Instituto Português de Oncologia de Lisboa Dr. Francisco Fino Correia – Urologia – Rins e Vias Urinárias – H. Beja Dr. Daniel Barrocas – Psiquiatria – Hospital de Évora Dr.ª Lucília Bravo – Psiquiatria H.Beja , Centro Hospitalar de Lisboa (H.Júlio de Matos). Dr. Carlos Monteverde – Medicina Interna, doenças de estômago, fígado, rins, endoscopia digestiva. Dr.ª Ana Cristina Duarte – Pneumologia/ Alergologia Respiratória/Apneia do Sono Dr.ª Isabel Santos – Psiquiatria de Infância e Adolescência/Terapeuta familiar – Centro Hospitalar do Baixo Alentejo Dr.ª Paula Rodrigues – Psicologia Clínica – Hospital de Beja Dr.ª Luísa Guerreiro – Ginecologia/Obstetrícia Dr. Luís Mestre – Senologia (doenças da mama) – Hospital da Cuf – Infante Santo Dr. Jorge Araújo – Ecografias Obstétricas Dr.ª Ana Montalvão – Hematologia Clínica /Doenças do Sangue – Hospital de Beja Dr.ª Ana Cristina Charraz – Psicologia Clínica – Hospital de Beja Dr. Diogo Matos – Dermatologia – Hospital Garcia da Orta. Dr.ª Madalena Espinho – Psicologia da Educação/ Orientação Vocacional Dr.ª Ana Margarida Soares – Terapia da Fala Dr.ª Maria João Dores – Psicomotricidade/Educação Especial e Reabilitação Enfermeira Maria José Espanhol – Enfermeira especialista em saúde materna/Cuidados de enfermagem na clínica e ao domicílio/Preparação pré e pós parto/amamentação e cuidados ao recémnascido/Imagem corporal da mãe – H. de Beja Marcações diárias pelos tels. 284 322 503 Tm. 91 7716528 | Tm. 916203481 Rua Zeca Afonso, nº 6, 1º B, 7800-522 Beja Clinipaxmail@gmail.com www.clinipax.pt

Clínica Médico-Dentária de S. FRANCISCO, LDA. Gerência de Fernanda Faustino

António Lopes – Aurora Alves – Helena Martelo – Montes Palma – Maria João Hrotko – Médicos Radiologistas – Convenções: ADSE, ACS-PT, SAD-GNR, CGD, MEDIS, SSMJ, SAD-PSP, SAMS, SAMS QUADROS, ADMS, MULTICARE, ADVANCE CARE Horário: de 2ª a 6ª feira, das 8 às 19 horas e aos sábados, das 8 às 13 horas Av. Fialho de Almeida, nº 2 7800 BEJA

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24 Diário do Alentejo 26 outubro 2012

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Diário do Alentejo n.º 1592 de 26/10/2012 Única Publicação

Maria Vitória Amaro NOTÁRIA DE OURIQUE

CERTIFICADO

Certifico, para fins de publicação, que no dia oito de Outubro do ano dois mil e doze, no Cartório Notarial em Ourique, a folhas trinta e cinco e seguintes, do Livro de Notas para Escrituras Diversas número Cinquenta-D, se encontra exarada uma escritura de Justificação, na qual António Guerreiro Silva, divorciado, natural da freguesia de Gomes Aires, concelho de Almodôvar, onde reside no Monte das Figueiras, N.I.F. 123 074 681 e Alzira Afonso Palma, divorciada, natural da freguesia de Gomes Aires, concelho de Almodôvar, onde reside no Monte das Figueiras, N.I.F. 123 074 657, se declaram donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, dos seguintes prédios, situados no Monte das Figueiras, freguesia de Gomes Aires, concelho de Almodôvar; 1)-Urbano, constituído por um armazém composto por duas divisões, com a área de trinta e seis virgula quarenta metros quadrados, confrontando do nascente com José Guerreiro e José Bárbara e dos restantes lados com via pública, inscrito na matriz, em nome do justificante António Guerreiro Silva, sob o artigo 1335, com o valor patrimonial de €870,00, igual ao atribuído. b)-Urbano, constituído por um talhão de terreno para construção, com a área de cento e setenta e dois metros quadrados, confrontando do norte e nascente com Maria José Clara, sul com via pública e do poente com António Guerreiro Silva, inscrito na matriz, em nome do justificante António Guerreiro Silva, sob o artigo 1336, com o valor patrimonial de €2.730,00, igual ao atribuído. c)-Urbano, constituído por um talhão de terreno para construção, com a área de trinta e cinco metros quadrados, confrontando do norte com Maria José Clara, sul com via pública e António Guerreiro Silva, nascente com António Guerreiro Silva e do poente com via pública, inscrito na matriz, em nome do justificante António Guerreiro Silva, sob o artigo 1337, com o valor patrimonial de €1.110,00, igual ao atribuído, todos omissos na Conservatória do Registo Predial de Almodôvar. Que os justificantes não possuem qualquer título para efectuar o registo a seu favor, deste prédio, na Conservatória, embora sempre tenham estado, há mais de vinte e seis anos, na detenção e fruição dos citados prédios, tendo os mesmos vindo à sua posse por os terem adquirido, no estado de casados segundo o regime da comunhão de adquiridos, por acto não titulado, por compra, meramente verbal, feita a José Silvério, viúvo, residente que foi no Monte das Figueiras, freguesia de Gomes Aires, concelho de Almodôvar, no dia dezasseis de Julho de mil novecentos e oitenta e seis, não tendo outorgado a respectiva escritura, mas tendo desde logo entrado na posse e fruição dos prédios, em nome próprio, posse que assim detêm há mais de vinte e seis anos, sem interrupção ou ocultação de quem quer que seja, de modo a poder ser conhecida por todo aquele que pudesse ter interesse em contrariá-la. Esta posse assim mantida e exercida, foi-o sempre em seu próprio nome e interesse, e traduziu-se nos factos materiais conducentes ao integral aproveitamento de todas as utilidades dos prédios designadamente, utilizando-os, fazendo as necessárias obras de conservação, e pagando os respectivos impostos. É assim tal posse pacífica, pública e contínua e durando há mais de vinte anos, facultando-lhes a aquisição do direito de propriedade dos citados prédios por USUCAPIÃO, direito que pela sua própria natureza, não pode ser comprovado por qualquer título formal extrajudicial. Nestes termos, e não tendo qualquer outra possibilidade de levar o seu direito ao registo, vêm justificá-los nos termos legais. Está conforme o original Cartório Notarial em Ourique, da Notária, Maria Vitória Amaro, aos oito de Outubro de 2012. A Notária, Maria Vitoria Amaro

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25 Diário do Alentejo 26 outubro 2012

Vila de Frades AGRADECIMENTO

Vidigueira AGRADECIMENTO

Joaquim Manuel Pinheiro Lameira

José António Bacalhau Coxinho

Nasceu 25.05.1931 Faleceu 18.10.2012

Nasceu a 04.06.1935 Faleceu a 18.10.2012

Sua família, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, agradece por este meio a todas as pessoas que o acompanharam à sua última morada ou que de outro modo manifestaram o seu pesar.

Sua família, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, agradece por este meio a todas as pessoas que o acompanharam à sua última morada ou que de outro modo manifestaram o seu pesar.

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Tm.963044570 – Tel. 284441108 Rua Das Graciosas, 7 7960-444 Vila de Frades/Vidigueira

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Funerais – Cremações – Trasladações - Exumações – Artigos Religiosos CABEÇA GORDA

ERVIDEL

NOSSA SENHORA DAS NEVES

BEJA

†. Faleceu o Exmo. Senhor

†. Faleceu o Exmo. Senhor

†. Faleceu a Exma. Senhora

†. Faleceu o Exmo. Senhor

SR. ANTÓNIO ARSÉNIO, de 75 anos, natural de Cabeça Gorda - Beja, casado com a Exma. Sra. D. Custódia Maria Pereira. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 19, da Casa Mortuária de Cabeça Gorda, para o cemitério local.

SR. JOÃO BAPTISTA CORREIA, de 54 anos, natural de Ervidel - Aljustrel, solteiro. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 19, da Casa Mortuária de Ervidel, para o cemitério local.

D. MARIA LIBÂNIA DA SILVA, de 99 anos, natural de Entradas - Castro Verde, viúva. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 19, da Casa Mortuária de Nossa Senhora das Neves, para o cemitério local.

BERNARDINO VULTOS, de 74 anos, natural de Alcórrego - Avis, casado. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 21, da Capela do Bairro da Esperança, para o cemitério de Beja.

ERVIDEL

FERREIRA DO ALENTEJO

BEJA / ALCARIA RUIVA

CABEÇA GORDA

†. Faleceu a Exma. Senhora D. ANA ALBINO LOPES, de 74 anos, natural de Ervidel Aljustrel, viúva. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 21, da Casa Mortuária de Ervidel, para o cemitério local.

†. Faleceu o Exmo. Senhor JOSÉ MANUEL FELÍCIO RAMIRES, de 63 anos, natural de Ervidel - Aljustrel, casado com Exma. Sra. D. Maria Helena Vargas Caetano Felício Ramires. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 21, da Casa Mortuária de Ferreira do Alentejo, para o cemitério local.

†. Faleceu o Exmo. Senhor SR. JOAQUIM DOS SANTOS QUINTINO, de 82 anos, natural de Algôdor Alcaria Ruiva, casado com a Exma. Sra. D. Maria Virgínia do Nascimento Quintino. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 22, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério de Alcaria Ruiva.

CUBA

BEJA

BEJA / VILA DE FRADES

†. Faleceu o Exmo. Senhor FRANCISCO JORGE BANCALEIRO MOREIRA, de 59 anos, natural de Sobral da Adiça - Moura, Casado com a Exma. Sra. D. Dulce Maria Carreteiro Martins Moreira. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 23, da Casa Mortuária de Cuba, para o cemitério local.

†. Faleceu o Exmo. Senhor DAMIÃO TEIXEIRA GUEDELHA, de 71 Anos, natural de São Sebastião dos Carros - Mértola, casado com Exma. Sra. D. Turíbia Perpétua de Matos Teixeira Guedelha. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 24, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério de Beja.

†. Faleceu o Exmo. Senhor SR. JOÃO ANTÓNIO ROQUE GONÇALVES, de 62 anos, natural de Vila de Frades - Vidigueira. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 25, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério de Vila de Frades.

†. Faleceu o Exmo. Senhor SR. FRANCISCO RAMOS DIAS, de 82 anos, natural de Cabeça Gorda - Beja, casado com a Exma. Sra. D. Custódia Pardal Guerreiro Rosa. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 23, da Casa Mortuária de Cabeça Gorda, para o cemitério local.

Às famílias enlutadas apresentamos as nossas mais sinceras condolências.

Consulte esta secção em www.funerariapax-julia.pt

Nossa Senhora das Neves PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO

PARTICIPAÇÃO, AGRADECIMENTO E MISSA DE 7.º DIA

Ferreira do Alentejo AGRADECIMENTO

José Fernando Ravasco da Palma Guerreiro 3.º Ano de Eterna Saudade

A sua família participa a todos as pessoas de suas relações e amizade que será celebrada missa pelo eterno descanso do seu ente querido no dia 03/11/2012, sábado, pelas 18 e 30 horas, na Igreja do Carmo, em Beja, e agradece desde já a todos os que nela participarem.

Nossa Senhora das Neves

g

Joaquim Manuel Espada Burrica 2.º Ano de Eterna Saudade

Recordamos-te sempre com muita saudade e com o vazio que nada preenche. De tua esposa e filhos

Maria Julieta Tavares Dórea de Perianes Palma (Majú) A família Perianes Palma participa o falecimento da sua querida Majú e convida os amigos a participarem da missa dia 30, na próxima terça-feira, no cemitério de Beja, jazigo de família.

Foi celebrada missa pelo seu eterno descanso no dia 22 de outubro, segunda-feira, pelas 18 e 30 horas, na Igreja da Sé, em Beja.

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Maria Libânia da Silva Filhas, filhos, noras, genros e restante família cumprem o doloroso dever de participar o falecimento da sua ente querida, ocorrido no dia 18/10/2012, e na impossibilidade de o fazerem pessoalmente agradecem por este meio a todas as pessoas que a acompanharam à sua última morada ou que de outro modo manifestaram o seu pesar. Mais agradecem a todo o pessoal da Casa de Repouso Henry Dunant, em Beja, pelo apoio e ajuda prestados, e pelo carinho sempre demonstrado durante a sua estadia na instituição.

Joaquim dos Santos Quintino

N. 25/02/1937 – F. 18/10/2012

Esposa, irmãos e restante família cumprem o doloroso dever de participar o falecimento do seu ente querido ocorrido no dia 21/10/2012 e, na impossibilidade de o fazerem pessoalmente, agradecem por este meio a todas as pessoas que o acompanharam à sua última morada ou que de outra forma manifestaram o seu pesar. Será celebrada missa pelo seu eterno descanso no dia 27/10/2012, sábado, às 18 e 30 horas, na Igreja da Sé, em Beja. Os familiares agradecem desde já a todos os que se dignarem a comparecer.

Seu irmão, sobrinha e cunhada, na impossibilidade de o fazerem pessoalmente, vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que acompanharam o seu ente querido à sua última morada ou que de outro modo manifestaram o seu pesar, agradecendo de forma especial a toda a equipa do sexto piso do hospital de Beja, bem como à sr.ª enfermeira Catarina, dos cuidados paliativos, e ao dr. Pedro Costa, pela forma humana e carinhosa com que sempre trataram o seu ente querido.

ASSINATURA

Luís Correia Júnior

Praceta Rainha D. Leonor, Nº 1 – Apartado 70 - 7801-953 BEJA • Tel 284 310 164 • E-mail publicidade@diariodoalentejo.pt Redacção: Tel 284 310 165 • E-mail jornal@diariodoalentejo.pt Desejo assinar o Diário do Alentejo, com início em _______________, na modalidade que abaixo assinalo: Assinatura Anual (52 edições):

País: 28,62 €

Estrangeiro: 30,32 €

Assinatura Semestral (26 edições):

País: 19,08 €

Estrangeiro: 20,21 €

Envio Cheque/Vale Nº___________________ do Banco _____________________________________ Efectuei Transferência Bancária para o NIB 0010 00001832 8230002 78 no dia ___________________ Nome _______________________________________________________________________________ Morada ______________________________________________________________________________ Localidade ___________________________________________________________________________ Código Postal ________________________________________________________________________ Nº Contribuinte ________________________Telefone / Telemóvel ______________________________ Data de Nascimento __________________________________ Profissão _________________________

*A assinatura será renovada automaticamente, salvo vontade expressa em contrário* Cheques ou Vales Postais deverão ser emitidos a:

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27 Diário do Alentejo 26 outubro 2012

Facilitas Healthcare investe em Beja

Empresas Vinho de Vidigueira premiado em concurso internacional

A Ra Ramo m sC mo Caata tari rin no, co no om ma maiss de 3 de 30 0 ano an no oss de at ativid ivvid dad dee,, é uma ma daas maaiss din d nâm â ic i ass eemp mp m pre resas sas sa dee eng d ngen ng gen nhari hari ha riaa e cons co on nssttrruç ução o de Por ortu ttu uggaal. É eesp sp pec ecia iaalist liist sta n naa cons co nstr truç tr uçção u ão doss mai a s va v ri riad iad dos os tipo pos de de ob brras a , de d sd sde eed dif ifíci ícciio os rreesi s denc nciiaais is e un niida dad des de hoteeleeir ho iras aass, s, se sedees de de em mp preesa sas até agên at ênciass ban ancá cárriias, cár aass, een nttrre ou o utr tross. A Ra Ramo mos Caata tariino no est stá in nteegr graad da n no o ggrru rup po o Cat ataarrin no, o, comp co comp pos osto to por o 1 17 7 eem mpres presas pr esass es a in nte terrv rvir ir em d diivveersos paaís p í ess e em 10 10 setores diistin d stin ntto os, os, s, no om m meadamente e c nsstr co truççãão o, imobiliário, im im , hotteela ho lari r a e aallim mentaçãão biiol b ológ ógiicca, a, en nttree ou uttro trro os. s.

Publicados os resultados do Concurso “International Wine Challenge 2012”, foi a Adega Cooperativa de Vidigueira, Cuba e Alvito que conquistou o respetivo prémio com o vinho branco “Vila dos Gamas” Antão Vaz, da colheita de 2011. O principal objetivo do concurso é reconhecer tecnicamente as equipas que produzem os vinhos, sensibilizar o mercado para os vinhos de excelência produzidos em todo o mundo e promover a imagem dos produtores premiados.

Conferência sobre agricultura nacional em Beja

A antiga arte de fazer azeite

Ramos Catarino conclui lagar de azeite em Serpa Investindo num dos produtos nacionais mais reconhecidos mundialmente, a Herdade Maria da Guarda, propriedade da Casa Agrícola Cortez de Lobão, inaugurou, no passado dia 1, com a presença de Assunção Cristas, ministra da Agricultura, um novo lagar de azeite em Serpa, avaliado em 14 milhões de euros, o maior investimento de sempre no setor, segundo refere o proprietário da empresa agrícola, João Cortez de Lobão.

Publireportagem Sandra Sanches

D

esde 2006 que a casa Cortez tem apostado no mercado do azeite, sendo que a construção do lagar fazia parte do plano estratégico da empresa, cujo projeto representa o “maior investimento privado 100 por cento português no setor agrícola”, adianta o proprietário, Cortez de Lobão. A Ramos Catarino, empresa de engenharia e construção de Portugal, concluiu

assim a construção do lagar de azeite para a Herdade Maria da Guarda, produtora do prestigiado azeite “Lagaretta”. A intervenção da Ramos Catarino nesta obra, cujo projeto é de responsabilidade do arquiteto Carlos Morgado, foi total, desde a movimentação de terras até à construção da estrutura e acabamentos, numa área que abrange uma zona industrial com 1100 metros quadrados, com mais um acrescento de 300 metros quadrados de área de escritórios. Com uma área de 575 hectares e um milhão de oliveiras, o novo lagar tem capacidade de moagem para 450 toneladas de azeitonas por dia, com perspetivas para aumentar, nomeadamente com a plantação de novas árvores. O peso das exportações na Casa Agrícola Cortez de Lobão é notório. Só no ano passado as exportações representaram 75 por cento do volume de negócios da empresa, calculando-se que no presente ano possa chegar aos 80/90 por cento. Maioritariamente, a empresa exporta azeite a granel para o Brasil, que, até à data, é o principal comprador,

seguindo-se os Estados Unidos e China. Relativamente ao mercado do azeite embalado, ainda não é visível um grande peso nas exportações da empresa nacional, sendo Itália o maior exportador e o primeiro comprador de azeite a granel. A produção do azeite na Herdade Maria da Guarda, “Lagaretta”, segundo o proprietário, “é um azeite extra virgem com uma acidez inferior a 0,3 por cento. Distingue-se pelo seu paladar frutado, macio, sabor suave, único com tons de tomate fresco e um final levemente picante, capaz de melhorar qualquer prato ou apenas para molhar o pão ”. Desde a sua fundação, a casa agrícola tem tentado preservar a componente tradicional na produção de azeite da Herdade Maria da Guarda, respeitando as evoluções tecnológicas. Ainda assim responde aos requisitos de várias gerações “com o melhor dos néctares”. Segundo o lema da herdade, “o azeite virgem extra ‘Lagaretta’ combina o melhor da modernidade para a tradicional qualidade, a antiga arte de fazer azeite”.

Beja acolheu, na quarta-feira, no Teatro Pax Julia, a conferência “A Cadeia de Valor da Indústria Agrícola: do Produto ao Prato e do Prato ao Produto”. A iniciativa foi promovida pelo Continente e pelo jornal “Correio da Manhã” e contou com o patrocínio do Ministério da Agricultura. Realizou-se no âmbito do “Prémio Agricultura 2012 – Escolha Portugal”, com o objetivo de promover, incentivar e premiar os casos de sucesso da agricultura nacional. Vários empresários da região marcaram presença e a sessão da abertura contou com a presença de Jorge Pulido Valente, presidente da Câmara Municipal de Beja, Margarida Pereira, diretora da Escola Superior Agrária de Beja, Filipe Pombeiro, presidente da Associação Empresarial do Baixo Alentejo e Litoral, e Eduardo Mendoça, diretor de Unidade de Negócio Talho, direção Comercial de Perecíveis, Sonae MC.

Grupo Delta Cafés reforça aposta no mercado internacional O grupo Delta Cafés, líder do setor do café em Portugal, renovou a sua imagem, tornando-a mais moderna, atual e inovadora, com o objetivo de reforçar a globalização da marca na conquista de novos mercados internacionais. A mudança de imagem do grupo Delta Cafés será feita gradualmente, a nível nacional e internacional, uniformizando, pela primeira vez, a sua comunicação em todo o mundo. Esta inovação irá incluir mudanças ao nível de packaging, bem como outros materiais de comunicação. O grupo reforça assim a sua aposta no eixo da internacionalização e exportação, apoiados através da inovação, com o objetivo de crescer sustentadamente, mas mantendo todas as características inerentes à marca.


Diário do Alentejo 26 outubro 2012

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Poesia colorida em Vila Nova de Santo André

Boa vida Dica da semana Hoje decidimos explicar-te um pouco mais sobre o Halloween que só há meia dúzia de anos chegou ao nosso País como tu o conheces, com abóboras enfeitadas e “doçura ou travessura”. Em Portugal a tradição é celebrar o Dia de Todos os Santos (1 de novembro), e uma fatia substancial da população desloca-se ao cemitério numa homenagem aos entes queridos (Dia dos Finados), enquanto as crianças pedem o “Pão por Deus”. Um costume que remonta ao grande terramoto de 1755 que devastou Lisboa, onde eram ofertadas coisas como romãs, castanhas, maçãs e por vezes algumas moedas. Por outro lado, no México temos uma celebração deste dia um pouco diferente, muito pelo modo como encaram a morte. Uma tradição que remonta ao tempo dos Astecas e onde se constroem altares dedicados à pessoa que morreu com tudo aquilo de que ela mais gostava, acreditando que Deus deixa que eles venham visitar os familiares nesse dia. Como não podia deixar de ser damos-te uma pista de uma artista mexicana que contribuiu muito com a sua arte e que está intimamente ligada a esta tradição. Falamos de Frida Kahlo. Na próxima semana vamos mostrar-te um pouco mais do seu trabalho.

A partir do livro Oh, as cores a Biblioteca de Vila Nova de Santo André propõe uma série de ateliês onde desafia os mais pequenos a criar poemas coloridos. O autor, Jorge Luján, percorre toda a gama cromática com pequenos poemas, associando cada cor a elementos da natureza, emoções ou sensações e a par das delicadas palavras, mas com um forte poder sugestivo, estão as aguarelas de Piet Grobler. Uma actividade a não perder.

Páginas tantas... Apesar de as últimas semanas terem sido dedicadas ao Halloween e a tudo o que tem sido impresso, filmado ou criado em volta deste tema, a página do “Vitória, Vitória” tem de prestar uma última homenagem a um grande escritor e poeta que faleceu esta semana, Manuel António Pina, deixando a literatura portuguesa francamente mais pobre. Nomeadamente a literatura infantil onde também se sente a sua enorme criatividade e um grande sentido crítico, num permanente jogo de imaginação em que o brincar com as palavras tornava-se uma espécie de labirinto, dando ao leitor o trabalho de desconstruir o texto de modo a encontrar uma saída. Sem te falarmos num livro em particular, convidamos-te a descobri-lo, ou na biblioteca escolar ou na municipal, livros como O País das Pessoas de Pernas para o Ar (1973), reeditado recentemente, Gigões e Anantes (1978), O Têpluquê (1976), também com uma edição recente, Pássaro da Cabeça (1983), Os Dois Ladrões (1986), Os Piratas (1986), O Inventão (1987), O Tesouro (1993), O Meu Rio é de Ouro (1995), Uma Viagem Fantástica (1996), Morket (1999), Histórias que me contaste tu (1999), Pequeno Livro de Desmatemática e muitos outros.

Pais

À solta De JeJeMae, uma artista nova-iorquina, uma mão cheia de bonecos que são uma boa ideia caso queiras decorar a tua noite de 31 de outubro. Podes ver mais do seu trabalho em http://www. flickr.com/photos/jejemae/

Claro que quando se fala em Halloween, fala-se de múmias e esta é a combinação perfeita. Massa folhada recheada com salsichas, bem ao gosto dos mais pequenos.


Boa vida Comer Túberas de “fricassé” Ingredientes: 1,5 kg de túberas; 2 cebolas; 4 dentes de alho; 1 dl de azeite; 1 folha de louro; 1 ramo de salsa; Sumo de 1 limão; 6 gemas de ovos; Sal. Preparação: Escovar muito bem as túberas com uma escova. Lava r e descasca r, partindo-as às rodelas grossas. Num tacho deitar azeite, cebola picada, alho picado e louro. Deixar fritar um pouco. Juntar as túberas e colocar um pouco de sal e deixar cozer (as túberas largam um pouco de água). Quando estiverem apuradas retirar do lume. Num recipiente colocar as gemas com sumo de limão e salsa picada. Mexer com as varas de arame e juntar às túberas d e v a g a r, m e x e n d o sempre. Levar ao lume novamente para engrossar sem que os ovos talhem.

Filatelia Novo selo e carimbo para a história do Estado Novo

P

or iniciativa da secção de filatelia da Arpca – Associação de Reformados, Pensionistas e Idosos do Concelho de Almada acaba de ser posto em circulação um selo personalizado que muito enriquece a história do Estado Novo, nomeadamente da repressão sobre o livre pensamento. Para obliteração do selo no dia da sua entrada em circulação, passado dia 20, os correios criaram um carimbo comemorativo de desenho idêntico ao selo; ambos reproduzem o monumento “Os Perseguidos” existente na cidade. O pretexto para a emissão destas duas peças filatélicas foi a inauguração da 6.ª Mostra de Filatelia e Colecionismo realizada pela Arpca e cuja inauguração aconteceu no passado sábado, pelas 15 e 30 horas. Em 80 quadros (faces) estiveram expostas 26 coleções de Filatelia Tradicional (seis coleções); Inteiros Postais (uma); Filatelia Temática (três); Maximafilia (quatro); Um Quadro (três); Marcofilia (uma); Classe Aberta (filatélico-numismática, uma); Juventude (sete). Em exposição esteve ainda um interessante conjunto de outros materiais de colecionismo, nomeadamente material filomenístico (fósforos), vinhetas, postais ilustrados de azulejos e de chafarizes, notas ibero-americanas, diversos produtos de motivos olímpicos, porcos miniatura, ampulhetas e bonecas “barbies”. A exposição encerra dia 28 e é uma ocasião a não perder. Sobre o motivo do selo e do carimbo “Os Perseguidos” trata-se de um monumento concebido em homenagem a todas as mulheres e homens vítimas de perseguição por terem ideias políticas contrárias ao regime deposto em 25 de Abril de 1974. Este monumento foi concebido em bronze e representa um casal à escala real, sendo o primeiro a ser colocado no espaço público após o 25 de Abril de 1974. Foi erigido por subscrição pública e inaugurado no dia 24 de junho de 1979, dia da cidade de Almada e está localizado na Praça do M.F.A., a cerca de 50 metros do local onde está a decorrer a exposição. Esta edição contou, no dia da inauguração, com a presença do músico da banda rock UHF, António Manuel Ribeiro, para uma sessão de autógrafos e lançamento de um selo personalizado, que nos mostra o músico em plena atuação, e que foi com base num retrato do fotógrafo Sérgio Costa (Silves) feito em 30 de junho. Literatura e Personagens Literárias em selos de Macau A última emissão de selos de

António Nobre Chefe executivo de cozinha – Hotéis M’AR De AR, Évora

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O espaço Infantes, em Beja, acolhe hoje, sexta-feira, às 22 horas, o ciclo “1 ator/ 1 músico”. A performance aborda o universo do amor platónico e junta Ana Ademar (atriz) e Jorge Moniz (músico) em palco. É uma produção da Lendias d’Encantar e a direção encontra-se a cargo de António Revez.

Macau “Literatura e Personagens Literárias – O Pavilhão das Peónias”´(I grupo) vai entrar em circulação no dia 30 de novembro. Trata-se de uma emissão de seis selos e um bloco com a franquias de 1,5, 2 e 3,5 patacas. Serão emitidos dois selos diferentes de cada uma destas franquias. O bloco tem apenas um selo com a franquia de 12 patacas. O plano de emissões para o próximo ano também já foi divulgado. Embora ainda não se conheçam as datas das emissões nem as suas franquias, já se conhecem os seus nomes. São 13 e versarão os seguintes assuntos: Ano Lunar da Cobra; Centenário da Associação Comercial de Macau; Vistas Cénicas do Continente (V grupo); Ano Lunar da Cobra (Etiquetas Postais); 20.° aniversário da Promulgação da Lei Básica de Macau; 130.° aniversário do Estabelecimento do Corpo de Bombeiros; Museus e Peças Museológicas III; Crenças e Costumes – Na Tcha; Literatura e Personagens Literárias – O Romance dos Três Reinos (II grupo); Ruas de Macau (II grupo); Natal; Caligrafia e Pintura Chinesa - Artistas Ilustres de Macau e 60.° Grande Prémio de Macau. A filatelia de Macau pode ser visitada em www.macaupost.gov.mo

Diário do Alentejo 26 outubro 2012

Ciclo “1 ator/1 músico” hoje nos Infantes

Letras Todas as palavras, poesia reunida

O

Prémio Camões em 2011, Manuel António Pina, morreu precocentemente, aos 68 anos. Jornalista, cronista, poeta, autor de livros infantis e amante de gatos – em quase todos os seus últimos retratos lá estão, os gatos, ao lado do seu sorriso, doce e triste (alguém disse que o sorriso era uma janela aberta para o seu coração) – Pina descreveu perfeitamente a procura que levou a cabo. Sobre essa busca escrevia já nos anos 60: “Falta-me uma palavra essencial, / um som perverso para morrer: um sonho.” Com alguns dos seus livros indisponíveis nas livrarias, tornava-se fundamental a compilação de toda a sua poesia – todas as palavras – nesta obra, essencial, editada em junho pela Assírio & Alvim. Escritor político (no sentido clássico), implicado na realidade – assombrado pela realidade do país que comentou com coragem e frontalidade nas suas crónicas no “Jornal de Notícias” (onde, ao longo de trinta anos, foi jornalista, editor e chefe de redação) Pina já não esperava, nos últimos anos, que a redenção chegasse pela palavra. “Não abras a porta, / se for o sublime diz que não estou, /já temos palavras de mais, sentimentos demais”, escreveu. O sonho, movia-o, sempre mas depois da acumulação de palavras, de emoções, seria pela ação que (des)esperava? D. Januário Torgal Ferreira chamou-lhe “escultor de palavras” – juntou a palavra e a ação, portanto – na homília de despedida, no Porto. Lançou a pergunta: “Porquê poetas em tempo de penúria?”. Pelo sonho (dos poetas) é que se avança, é sabido. Maria do Carmo Piçarra

Dia Mundial da Poupança No CCD do Hospital decorre desde hoje e até ao dia 6 de no-

vembro, uma mostra de literatura filatélica exclusivamente do tema poupança. As muitas dezenas de peças em exposição são do filatelista bejense António Oliveira. Excetuando os dois domingos e o dia feriado, a exposição pode ser visitada todos os dias a partir das 20 horas. Geada de Sousa

Manuel António Pina Assírio & Alvim 400 págs. 20 euros

Tim Berne – “Snakeoil” Tim Berne (saxofone alto), Oscar Noriega (clarinete e clarinete baixo), Matt Mitchell (piano) e Ches Smith (bateria, percussão). Editora: ECM Ano: 2012

Jazz Tim Berne “Snakeoil”

O

trabalho do saxofonista alto e compositor Tim Berne tem sido caracterizado pela dispersão por inúmeros projetos e formações, não raras vezes reconfigurações operadas a partir de um núcleo relativamente restrito de colaboradores próximos. Não seria, pois, de estranhar que nesta sua estreia como líder para a ECM se rodeasse de alguns desses habituais comparsas (como Craig Taborn ou Michael Formanek, por exemplo). Mas o prazo de validade criativa de grupos como Science Friction e Hard Cell parece estar a expirar e Berne chama três músicos emergentes – porém de predicados mais do que reconhecidos – com os quais se tem apresentado ao longo do último par de anos sob a designação Los Totopos: o clarinetista Oscar Noriega, o pianista Matt Mitchell e o baterista Ches Smith. Depois de nos últimos anos o saxofonista se ter dedicado particularmente à livre improvisação e a contextos mais abrasivos, a estreia na casa de Manfred Eicher alimentou fundadas expetativas sobre a forma como se encaixaria numa editora de estética tão marcada. E parece não restarem dúvidas de que há em “Snakeoil” dedo do fugidio alemão. Mantendo-se presentes as premissas que objetivam a sua abordagem, resulta claro que vai mais longe em termos de construções mais espaçosas e delicadas. Berne apresenta um conjunto de peças em que avulta um notável equilíbrio entre o apurado rigor e complexidade composicionais e a liberdade e fluidez das improvisações, numa combinação de câmara que surpreende pela riqueza dos motivos, pelas longas e insinuantes melodias e pelas mudanças súbitas de atmosfera, alternando passagens dissonantes e austeras, com outras de refinado lirismo. O sopro mais visceral e serpenteante de Berne contrasta com a abordagem mais melódica de Noriega – é evidente a química existente entre ambos em peças como “Spare Parts” e “Not Sure” – suportados pelo pianismo requintado de Mitchell (que atinge momentos de verdadeiro brilhantismo, como nos instantes iniciais de “Simple City” e em “Scanners”) e pela excelente prestação de Ches Smith, responsável por um trabalho textural de grande contenção. Apontado diretamente ao topo da lista dos melhores de 2012. António Branco


JOSÉ FERROLHO

Orquestra de Sopros do Algarve mostra-se em Sines

JOSÉ A. P. COSTA

Diário do Alentejo 26 outubro 2012

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O Centro de Artes de Sines acolhe, amanhã, sábado, pelas 21 e 30 horas, a Orquestra de Sopros do Algarve. Com mais de 40 concertos realizados e 60 instrumentistas, a Orquestra de Sopros do Algarve é composta por alunos e professores de música. Visa a projeção e valorização dos melhores alunos a frequentar o ensino especializado da música e pretende contribuir para uma oferta musical diferente e pela sua composição única no Algarve. A orquestra será dirigida pelo professor João Rocha.

Fim de semana

Históriana Cultura doCasa jazzdo noAlentejo espaço Oficinas em Lisboa Arranca Alexandra hoje,Rosada sexta-feira, apresenta no espaço o seu Oficinas, recente livro em Aljustrel, Depois do omar curso amanhã, livre desábado, iniciação pelas à história 16 e 30dohoras, jazz “Jazz na casa de Ado a Z”. Alentejo, A ação, em queLisboa. decorrerá Umaté acontecimento 4 de maio estruturada que será em acompanhado oito sessões,pelas sempre vozes às sextas-feiras, do grupo coralé mi“Os Sadinos”. nistrada por No António mesmo dia, Branco, masdinamizador às 20 e 30 horas, do Clube é a vez de da Jazzfadista do Conservatório Susana d’Ayres Regional apredo sentar Baixo o seu Alentejo. disco “Devo A primeira a Deus”. sessão, Umapelas iniciativa 21 e 30inserida horas, abordará no movimento o temade“Dos angariação campos de algodão fundos para a Nova a recuperação Orleães”. da Casa do Alentejo.

Certame tradicional no Parque de Exposições e Feiras

XI Feira do Livro abre portas hoje em Aljustrel Feira da Ladra anima Ferreira do Alentejo

Encontro de Bandas Civis em Grândola

A Feira da Ladra, que já vai na segunda edição, está de regresso a Ferreira do Alentejo. A iniciativa acontece amanhã, sábado, entre as 9 e as 17 horas, na rua Conselheiro Júlio de Vilhena (junto ao museu e biblioteca). De acordo com a autarquia, “esta é uma oportunidade para vender, comprar ou apenas observar as roupas, acessórios, livros e todo o tipo de objetos em segunda mão”.

Grândola comemora a atribuição da Carta de Foral, atribuída em 1544, e agendou diversas iniciativas para o mês de outubro, integrando nas comemorações o 16.º Encontro de Bandas Civis, que acontecerá amanhã, sábado, pelas 16 horas, no Cine Granadeiro Auditório Municipal.

Histórias por aqui e por ali em Serpa A Biblioteca Municipal de Serpa vai tirar os livros das prateleiras, pegar nos seus animadores de leitura e contadores voluntários e sair à procura de quem quiser ouvir as histórias que carrega. A iniciativa “Andar por aí…”, que se insere no âmbito do Dia Mundial da Terceira Idade, sai para rua às 10 e 30 horas e deverá passar pela Academia Sénior, pelo hospital de Serpa e pelo lar da vila.

Leonor Colaço apresenta Sombra Luminosa em Odemira Leonor Isabel Colaço apresenta hoje, sexta-feira, pelas 18 e 30 horas, no auditório da Biblioteca Municipal de Odemira, a sua obra de ficção juvenil Sombra Luminosa. Trata-se do primeiro livro de uma trilogia juvenil que apresenta Annayad de Laryesol, uma jovem nobre revoltada com a guerra para a qual o seu pai, cavaleiro real, é enviado. Leonor Isabel Colaço divide a sua vida entre Odemira, sua vila natal, e Lisboa. É formada em Psicologia e mestre em Psicologia Clínica. A escrita tem estado presente na sua vida desde muito cedo. Sombra Luminosa é a sua primeira grande obra, publicada pela editora Transversal Editores.

A

XI Feira do Livro de Aljustrel, uma iniciativa da câmara municipal, abre portas hoje, sexta-feira, dia 26, pelas 20 horas, no pavilhão do Parque de Exposições e Feiras, com a inauguração da exposição de pintura “Os Resistentes”, da autoria de Eurico Reis. Segue-se a apresentação do livro Este ano não há Natal, de Helena Machado. Uma história de amor, que tem as margens do Guadiana como pano de fundo. A noite termina com um serão cultural, onde não faltarão as modas campaniças e outras músicas. O programa é vasto e, este ano, dezenas de editoras vão marcar presença no certame. De acordo com a autarquia, “vão estar disponíveis milhares de títulos, com uma grande variedade de temas e géneros literários”. O objetivo é, mais uma vez, fomentar a leitura e permitir uma maior e melhor aproximação do livro ao leitor. Será ainda apresentado, na segunda-feira, 29, pelas 10 horas, o “Grande Circo da Pulguinha” pelo Gteatro, destinado a crianças do pré-escolar e 1.º Ciclo do Ensino Básico. No mesmo dia, às 21 horas, será dado a conhecer ao público o portal da Rede Concelhia de Bibliotecas. Segue-se ainda a apresentação do livro Sonhar ao Longe, de Jorge Serafim e do ilustrador José Francisco. A noite encerra com a atuação do grupo de contadores de histórias da biblioteca municipal “PIM PAM PUM”, que irá declamar poemas subordinados ao tema “O Meu País”. A Feira do Livro prolongar-se-á até terça-feira, dia 30. Paralelamente, também no Parque de Exposições e Feiras, realiza-se, entre amanhã, sábado, e domingo, a tradicional feira de outubro, onde os frutos secos estão em destaque.


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o d a c i n u com

Foi publicado recentemente um estudo sobre o riso que afirma que este é terapêutico e que quem ri frequentemente tem, em média, mais quatro anos de vida. Baseado neste estudo, o autor desta página decidiu coletar-se como médico e começou a cobrar taxa moderadora sobre a leitura da mesma. A partir de agora, todos os leitores que ainda não sejam amigos da “Não confirmo, nem desminto” no Facebook deverão tornar-se seguidores desta página na rede social sob risco de este lhes deixar de fornecer os seus serviços. Os não amigos da página não têm direito a visitas ao domicílio, massagens com edições vintage da mesma, nem a um suminho de laranja natural para prevenir gripalhadas, mas podem levantar receitas para comprar óleo de fígado de bacalhau na redação do “DA”. http://www.facebook.com/naoconfirmonemdesminto

facebook.com/naoconfirmonemdesminto

Mau cheiro da fábrica de Alvito não é tóxico mas pode provocar efeitos secundários como o aparecimento de guelras É raro o dia em que, na zona de Alvito e nos concelhos limítrofes, não se sente um cheiro nauseabundo vindo da fábrica da Ucasul, local que faz com que o Barreiro tenha a qualidade de ar do Quénia. Apesar das inúmeras queixas que chegam diariamente à Quercus e à Direção Geral do Ambiente, estudos confirmam que o cheiro (nome técnico de bedum asfixiantae) não é tóxico. Porém, segundo um relatório da L.A.B.I.A. (Liga Ambientalista de Beja, Índico e Amareleja) o mau cheiro, apesar de aparentemente inofensivo, pode provocar alguns efeitos secundários que reproduzimos em seguida: aparecimento de guelras; explosão das papilas gustativas; com temperaturas superiores a 15 graus, as pessoas podem tornar-se albinas; desejo repentino de ouvir dois discos dos Pólo Norte – doença Bipólonortar; caspa radioativa; borbulhas nos lóbulos das orelhas; espasmos no fémur; tendinite de descacar favas e/ou ervilhas; estrabismo; e hermafroditismo. Caso manifeste algum destes sintomas, consulte o seu médico de família ou o professor Fofana, pois também pode ser algum mau-olhado lançado pela sua cunhada.

Mudança da hora: Governo decide acertar o fuso horário com o de Berlim No próximo domingo, dia 28 de outubro, terá início a “Hora de inverno”: os relógios deverão atrasar-se 60 minutos às 2 horas da madrugada de domingo, em Portugal continental e em S. João dos Caldeireiros, e à 1 hora do mesmo dia, nos Açores e em Vila Azedo. Todavia, esta pode ser a última vez que teremos de acertar os relógios deste modo, já que o Governo se prepara para alterar o fuso horário português (o mesmo de Londres) para o de Berlim, de modo a agradar à senhora Merkel e mostrar aos mercados que queremos estar na linha da frente – o próximo passo será obrigar-nos a pintar o cabelo com Golden Claudia Schiffer 36 e a colocar lentes de contacto azuis. Oganismos internacionais já afirmaram que Portugal está no bom caminho, mas para se aproximar do fuso horário de Casablanca: “Se fosse português, não me preocuparia muito com a mudança de hora nos próximos tempos, até porque, com o rumo que as coisas estão a seguir, o mais provável é que o pessoal venha a penhorar tudo o que é supérfluo, incluido os relógios…”, indicou-nos fonte do Centro Internacional de Fusos Horários de Amoreiras-Gare.

Inquérito NASA defende que vida no planeta pode ter começado numa vila alentejana. Qual é a sua opinião?

DEODATO TUBO DE ENSAIO, 96 ANOS Pessoa com hálito a enxofre

Freguesias ameaçadas pela extinção ponderam declarar independência de Portugal: Quintos pode tornar-se o Mónaco do Alentejo! O processo de reorganização administrativa do território nacional ainda decorre. As assembleias municipais tiveram até ao dia 15 deste mês para se pronunciar sobre a extinção de freguesias. Ao que apurámos, a revolta começa a tomar conta dos habitantes das freguesias que estão na calha para desaparecer, e já começaram a surgir os primeiros grupos independentistas como a F.R.A.Q.U.E. (Frente Revolucionária Anarquista de Quintos Unido e Estalinista) que reinvidicam o direito à autodeterminação: “Queremos um referendo para a independência de Quintos, como os catalães e os escoceses! Temos todas as condições para sermos o Mónaco do Alentejo! Só nos falta um Grande Prémio de Fórmula 1, um casino, bons acessos, hospitais, escolas, uma equipa de futebol de renome, uma bolsa de valores, terrenos imobiliários caríssimos, paparazzi e um regente careca, ligeiramente obeso, e que ainda não saiu do armário. De resto, é só vantagens: temos uma praia moderna. Nessa medida, podemos anunciar que o primeiro artigo da nossa constituição será «Na praia de Quintos o topless não só é permitido, como passa a ser obrigatório.» Ainda vamos decidir qual será o nosso hino nacional: estamos indecisos entre o “Wind of Change”, dos Scorpions, e o “Passear Contigo”, dos Broa de Mel. O povo de Quintos é, e será sempre, soberano!”. – declarou Edgar Luta Armada, dirigente da F.R.A.Q.U.E., com a voz distorcida.

Oh, isso não é novidade nenhuma! Só não vê quem não quer... Dizem que encontraram em Cabeço de Vide uma bactéria que só há em Marte. Essa informação já estava no foral atribuído à vila pelo rei D. Manuel I, mas teve de ser um cientista a dizer para os senhores acreditarem. É uma bactéria do mais desenrascado que há: dá a patinha, gosta muito de ossos de vaca e de jogar à bola com os miúdos. Ainda ontem lhe fiz festinhas na barriga. É rija a magana da bactéria, aguenta com tudo: desde as invasões napoleónicas ao Orçamento de Estado para 2013, passando pelos Trio Odemira.

JOSÉ RODRIGUES DOS SANTOS, 48 ANOS Se o Dan Brown e a Danielle Steel tivessem um filho genial, seria ele Esse é apenas mais um dos factos surpreendentes que pode ler no meu novo livro – A Mão do Diabo – que já se encontra nas melhores livrarias e só por acaso foi editado perto do Natal. Esta obra foi a que mais trabalho me deu. Foram quase 3 dias de trabalho entre a investigação e a escrita. Nele vai-se descobrir toda a verdade… Literalmente. Nesta minha 29.ª obra-prima explico como é que a humanidade nasceu, a origem das crises financeiras, revelo quem matou Trotsky, Kennedy e Sá Carneiro e ensino a tirar nódoas de polpa de tomate de camisas de seda.

JAIME RUPESTRE, JÁ NÃO SE LEMBRA DA IDADE pessoa que não está bronzeada mas sim encardida É verdade, sim senhor. Basta consultar o Censos para confirmar que fui a primeira forma de vida do planeta, nascida e criada em Cabeço de Vide. Porquê aí? Por causa das termas e porque fica mais perto do calista, que mora em Fronteira. Como é que era no princípio? Pouca gente, muito isolado… Na realidade não é muito diferente daquilo que é hoje… Só conheci as primeiras pessoas quando já era adulto… Um casal estranho: ele era Adão, ela Eva, e passavam o tempo às turras por causa de uma maçã. Já se sabe como é que é! Cheiravam a aguardente…


Nº 1592 (II Série) | 26 outubro 2012

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quadro de honra Luís Fernandes, em parceria com Sónia Seixas, amigos e psicólogos, resolveram escrever a obra Plano Bullying – Como apagar o bullying da escola?. O objetivo? Apresentar uma nova abordagem a este fenómeno. Um plano B que alie à componente teórica uma forte vertente prática. A intenção é contribuir para o melhoramento da intervenção de toda a comunidade educativa no que respeita à prevenção e combante ao bullying, até porque o fenómeno existe em todas as escolas, em todo o mundo, e desde sempre.

Luís Fernandes apresenta livro com componente prática

Um plano B para combater o bullying do Instituto Superior de Psicologia Aplicada (ISPA) de Beja, que foi determinante na concretização do Plano Bullying e na nossa intenção de contribuir para melhorarmos a intervenção de toda a comunidade educativa no que respeita à prevenção e combate ao bullying.

Como surge Plano Bullying - Como apagar o bullying da escola?

O bullying existe em todas as escolas, em todo o mundo e desde sempre, apenas não se utilizava o termo bullying. Diferencia-se de outras formas de violência porque se trata de um conjunto de comportamentos (físicos, verbais, psicológicos, sexuais e virtuais, estes últimos designados por cyberbullying) realizados entre alunos, de modo repetido e intencional e onde existe um desequilíbrio de poder entre agressor e vítima. Em média, afeta cerca de 25 a 30 por cento dos alunos, ou seja, pelo menos um em cada quatro alunos encontra-se envolvido em situações de bullying, seja como vítima ou como agressor. No que respeita a livros que abordem a questão da violência e bullying em meio escolar, deparamo-nos com publicações essencialmente teóricas. O nosso principal objetivo com a publicação do Plano Bullying é apresentar uma nova abordagem a este fenómeno, um plano B que alie à componente teórica, que é fundamental, uma forte vertente prática. Este é um livro que resulta de um estudo em parceria?

Plano Bullying resulta de uma parceria entre dois amigos e psicólogos (Luís Fernandes e Sónia Seixas) que trabalham há já vários anos na área da violência e bullying nas escolas e conta com o prefácio da profª. dra. Margarida Gaspar de Matos, uma das principais investigadoras nacionais na área do bullying e coordenadora do programa “Aventura Social” da Universidade Técnica de Lisboa – Faculdade de Motricidade Humana. É igualmente importante realçar o papel essencial do prof. dr. José Morgado, que durante muitos anos foi diretor PUB

A que necessidade responde?

Luís Fernandes 38 anos, natural de Amora É licenciado em Psicologia Educacional e mestre em Observação e Análise da Relação Educativa. Foi docente do Ensino Superior, no ISPA, de 2002 a 2009, onde lecionou várias disciplinas no âmbito da psicologia educacional. Desde 2008 que desenvolve a sua atividade profissional na Associação “Sementes de Vida”, em Beja. Na última década tem coordenado e supervisionado vários projetos na área do bullying e violência na escola em todo o País, através dos quais ministra ações de formação e sensibilização dirigidas a pessoal docente e não docente, alunos, pais/encarregados de educação e outros técnicos que trabalhem em contexto escolar.

Pensamos que este livro é uma mais-valia, inovando muito em termos de intervenção já que aborda a temática numa perspetiva diferente do que tem sido feito até agora no País. Este livro contém um CD com cerca de 100 materiais extremamente lúdicos e práticos, divididos em três tipos: Recursos, Instrumentos e Atividades, em formato editável. Ou seja, podem ser (re) adaptados por todos aqueles que os pretendam utilizar, permitindo a sua adaptação a uma determinada turma ou escola, ajudando todos os professores, técnicos e outros intervenientes que trabalhem em contexto educativo, a intervir de modo mais objetivo e eficaz nesta problemática. O que gostaria de alcançar?

Um aluno de 12 anos de uma escola de Beja disse-me: “Luís tens de continuar a falar no bullying. Estou farto de gritar para dentro”. Deste modo, paralelamente à publicação do Plano Bullying, irá ser criado um e-mail e uma página no Facebook para que possamos ir dialogando e partilhando experiências, assim como receber depoimentos e experiências de todas as pessoas que se interessem por esta temática. Vamos ainda tentar estar on line e, deste modo, refletir em tempo real com todas as pessoas que se interessem pelo tema. Bruna Soares

Hoje, sexta-feira, podem cair alguns aguaceiros na região. A temperatura oscilará entre os 14 e os 18 graus centígrados. Amanhã, sábado, esperam-se algumas nuvens e no domingo o céu deverá estar pouco nublado.

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Alvito na tradição dos frutos secos A Feira dos Santos e Frutos Secos realiza-se este ano entre quarta-feira, 31 e 3 de novembro, em Alvito. Aquela que é uma das mais tradicionais feiras do Baixo Alentejo conta com a atuação de Ana Malhoa, Morango Tango, Campos do Alentejo, Abel Fava, espetáculos de sevilhanas e sessões de cante alentejano com os corais do concelho. A não perder também a oficina do cante que decorrerá nas instalações do grupo “Papa Borregos” e a mostra de produtos e serviços locais e regionais, que nesta edição da Feira dos Santos reúne cerca de 40 expositores.

Promoção dos vinhos da Costa Acontece, hoje, sexta-feira, na Herdade Barradas da Serra, em Grândola, o I Encontro de Produtores de Vinho da Costa Alentejana. O certame, que é promovido pela Entidade Regional de Turismo do Alentejo Litoral e pela Associação de Desenvolvimento do Litoral Alentejano, vai contar com a participação de um vasto leque de produtores vitivinícolas da região. “Dar a conhecer a qualidade dos vinhos produzidos na região junto dos principais decisores e influenciadores do setor, críticos, restauração, retalho e público em geral” é o grande objetivo do encontro.

Dia Europeu do Enoturismo em Beja A Câmara Municipal de Beja celebra o Dia Europeu do Enoturismo e, entre os dias 9 e 11 de novembro, as unidades de enoturismo do concelho abrem as suas portas para provas de vinhos. Para assinalar a data, no dia 10, a autarquia organiza o passeio “Por entre vinhas e adegas”, com partida agendada para as 9 e 15 horas, junto à piscina coberta. As inscrições encontram-se abertas no Posto de Turismo e são limitadas a 35 pessoas.

Vidigueira Zen este fim de semana Vidigueira acolhe este fim de semana a iniciativa “Espaço Zen”, que terá lugar no museu municipal. Yoga, oficinas de reiki, de acupuntura e de reflexologia são algumas das atividades previstas. Acontecerá ainda uma exposição e venda de produtos naturais e artesanais.


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