NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU
Acompanhe as edições anteriores em: www.diariodacuesta.com.br
Melhor relato histórico da REVOLUÇÃO
CONSTITUCIONALISTA DE 1932, obra de Hernâni Donato e o registro da HISTÓRIA DA VITÓRIA PAULISTA DE 1934. PÁGINA 3
Histórico da ABL - Academia Botucatuense de Letras
No ano de 1972 (no dia 09 de Julho , em homenagem à Revolução Constitucionalista de 1932) , um grupo liderado por Arnaldo Reis, Sebastião da Rocha Lima, Dr. Marão, Aleixo Delmanto, Trajano Pupo Jr, Prof. Oswaldo Minicucci, Olavo Godoi, e José Antonio Sartori entre tantos outros, muitos dos quais já haviam tido atuante participação na segunda tentativa, fundaram solenemente a ABL – Academia Botucatuense de Letras! Desde o início e até a sua plena consolidação, a ABL foi presidida pelo Dr. Antonio Gabriel Marão , juiz de direito aposentado e secretariada pela Profa. Elda Moscogliato. A instalação solene da ABL deu-se a 17 de março de 1973 , no recinto da Câmara Municipal de Botucatu. A solenidade foi apadrinhada pelo prof. João Chiarini , presidente da Academia Piracicabana de Letras e a APL – Academia Paulista de Letras fez-se representar pelo Acadêmico César Salgado e por 3 de seus Membros Efetivos : Alceu Maynard de Araújo, Francisco Marins e Hernâni Donato. As Academias de Letras de Campinas, Taquaritinga e São João da Boa Vista também se fizeram representar na sessão solene.Página 3, 4 e 5
Memórias de Botucatu 5
O DIÁRIO DA CUESTA comemora a campanha “CONHEÇA BOTUCATU” com mais um lançamento cultural: o volume nº 5, do “MEMÓRIAS DE BOTUCATU”, do escritor e memorialista ARMANDO MORAIS DELMANTO lançado hoje - Dia 9 de Julho - em homenagem à data histórica da Revolução Constitucionalista de 1932 e ao 53º Aniversário da Fundação da ABL – Academia Botucatuense de Letras (09/07/1972).
Páginas 6 e 7
EDITORIAL
A Importância da Revolução
Constitucionalista de 1932 na Memória da Juventude Atual: Uma
Lição de Cidadania
Em tempos de constante transformação política e social, lembrar da Revolução Constitucionalista de 1932 é essencial para entendermos a importância da autonomia administrativa e do poder constituinte. Este evento histórico não apenas moldou o futuro do Brasil, mas também serviu como uma verdadeira lição de cidadania que deve ser preservada e transmitida às novas gerações.
A Revolução de 1932, impulsionada pela luta pela autonomia dos estados e pela necessidade de uma Constituição que garantisse os direitos fundamentais, foi um marco na história brasileira. Os jovens de hoje, muitas vezes distantes desse passado, precisam reconhecer o valor das conquistas obtidas pelos revolucionários paulistas. Eles batalharam não apenas por seus direitos, mas pelo estabelecimento de um Estado de Direito sólido e justo, onde a independência dos Três Poderes e a autonomia dos estados federados são pilares inegociáveis.
Nas comunidades interioranas, onde a memória coletiva é uma riqueza inestimável, é ainda mais relevante resgatar e valorizar a participação efetiva de seus cidadãos nessa epopeia revolucionária É um privilégio para essas localidades poderem registrar e perpetuar a história de coragem e determinação que marcou a Revolução de 1932.
9 DE JULHO E A GRANDE VITÓRIA PAULISTA!!!
A vitória da Revolução Constitucionalista de 1932 só aconteceu em 1933/34, com a nomeação de um civil e revolucionário para o Governo Paulista e a realização da CONSTITUINTE!! “Quero que compreendam a extensão e o significado deste ato, pois, com este decreto, entrego o governo de São Paulo aos revolucionários de 32”. (Getúlio Vargas) Os paulistas queriam a CONSTITUIÇÃO e a AUTONOMIA DOS ESTADOS e, na luta pela volta do país ao Estado de Direito, na luta cívica de 1932, queriam a convocação da Assembléia Nacional Constituinte. Esse foi o compromisso claro na mobilização para o Movimento de 1930, descumprido pelo Governo Provisório e que levou São Paulo a pegar em armas em 1932: a volta ao Estado de Direito e a convocação de uma Assembléia Nacional Constituinte para a elaboração de uma Constituição Democrática. Foi o maior movimento cívico vivido pelo povo brasileiro Apesar do movimento revolucionário de 1930 ter recebido amplo apoio das forças e lideranças políticas paulistas, os seus objetivos foram fraudados pelo caudilhismo, representado por Getúlio Vargas. Uma vez instalado no Poder, Vargas passou a governar fora do Estado de Direito, violando as mais elementares regras democráticas. O Congresso Nacional, as Assembléias Estaduais e as Câmaras Municipais foram fechadas, todos os Governadores dos Estados (Presidentes) foram depostos e a Constituição de 1891 (preparada por Rui Barbosa) foi revogada. O caudilho Vargas passou a governar o Brasil através de Decretos-Leis (1930/32). São Paulo assumiu a liderança de exigir o retorno do país ao pleno Estado de Direito. A insatisfação grassava por toda parte e a permanência, que não era provisória, dos governantes federais no poder era a negativa do ideário pregado para o sucesso do movimento de 30. De início, com o apoio de vários Estados da Federação, principalmente do Rio Grande do Sul e Minas Gerais, sendo certo que os gaúchos tiveram papel significativo no incentivar, mobilizar e apoiar a tomada de posição dos paulistas No entanto, o grande poder de cooptação do Poder Central conseguiu isolar São Paulo Sozinhos, os paulistas levantaram a Bandeira da Constituição. A Revolução Constitucionalista objetivava, tão somente, autonomia administrativa, eleições e Constituição ou seja, a volta do país ao pleno Estado de Direito. E, a partir daí, realizar a tarefa de modernizar o país, erradicar as injustiças e os erros que um regime político em descompasso com a evolução da humanidade não havia conseguido captar na Primeira República. Nada de separatismo como apregoavam os asseclas do Ditador... A mobilização foi unânime! As diferenças político-partidárias ficaram para traz. São Paulo soube compreender o momento cívico que estava vivendo e soube levantar, bem alto, a Bandeira da Legalidade! E o coração de São Paulo havia sangrado no final de maio/32 quando, numa manifestação da população paulistana com a presença de muitos estudantes de direito, pela autonomia de São Paulo e a favor da Constituinte, houve violenta repressão policial. Da ação vio
A autonomia administrativa e a defesa de uma Constituição que reflita os anseios do povo são bandeiras que continuam a inspirar movimentos democráticos e cidadãos comprometidos com o bem comum. Ensinar a juventude sobre essa parte crucial de nossa história é preparar cidadãos conscientes e ativos, capazes de lutar por um Brasil mais justo e democrático.
Relembrar a Revolução Constitucionalista de 1932 é, portanto, mais do que um exercício de memória histórica; é um compromisso com a cidadania e com a construção de um futuro onde os princípios democráticos sejam sempre respeitados e valorizados. É nossa responsabilidade, como sociedade, garantir que as lições dessa luta permaneçam vivas nas mentes e corações das futuras gerações.
A Direção.
passou a representar a “alma dos paulistas” na luta que se iniciou a 9 de julho de 1932 contra um Governo Provisório (e que nada tinha de provisório) que não respeitava a autonomia de São Paulo e nem o Estado Democrático de Direito A participação da intelligentzia paulista na mobilização da população foi fundamental A nossa intelectualidade tomou posição firme, quer através do trabalho da pena, quer pela força da palavra, assumindo com a clareza de suas ideias a imprensa, a tribuna parlamentar, os pronunciamentos nos comícios e nos microfones radiofônicos Resumindo: a mobilização cívica da população! Todos sabem o desfecho dessa que foi a mais importante ruptura da unidade nacional: a guerra civil de 32, levando irmãos ao mais grave enfrentamento Os gaúchos –salvo algumas lideranças democráticas que mantiveram a palavra de incentivo e apoio irrestrito – abandonaram os paulistas O mesmo ocorreu com os mineiros e com as forças militares da capital federal São Paulo ficou sozinho na batalha para poder gerir a si próprio e pelas eleições e pela Constituição Democrática.
São Paulo não ganhou a guerra civil, desproporcional sob todos os aspectos, mas saiu vitoriosa, indiscutivelmente, saiu vitoriosa: o Ditador Getúlio Vargas teve, essa é a verdade, teve que convocar as Eleições Constituintes ! Haviam conseguido “brecar” São Paulo pelas armas, mas o povo brasileiro já havia sido “contaminado” pelo patriotismo e pelo desejo de ver o Estado de Direito reimplantado no país! Os ideais constitucionalistas da Revolução de 32 fincaram profundas raízes no sentimento patriótico do povo brasileiro O Ditador Vargas não teve outra opção se não a convocação da Assembléia Nacional Constituinte. A nível nacional e nos Estados, foram eleitos os Deputados Constituintes com a missão de elaborar a Constituição de cada unidade federativa. E na Nova Constituição, o VOTO SECRETO e o VOTO FEMININO foram consagrados! Com o objetivo de resgatar a atuação valorosa dos paulistas é que fizemos esta interpretação histórica da epopéia cívica de 1932. Esse o cenário real em que se desenvolveu a luta armada e é a mais bela página do exercício da cidadania pelo povo paulista. A Assembléia Nacional Constituinte Getúlio Vargas, por
deveria eleger o Presidente da República Pelos paulistas conseguiu-se o que parecia impossível: a união de suas forças políticas: o PD – Partido Democrático e o PRP – Partido Republicano Paulista, com o apoio da Federação de Voluntários (dos ex-combatentes de 32) e da Associação Comercial de São Paulo, fizeram a “Chapa Única por São Paulo Unido”. Foram mantidas as estruturas partidárias independentes.
As eleições para a Constituinte, foram realizadas no dia 03/05/1933. A Chapa Única elegeu 17 dos 22 representantes do Estado. Logo após as eleições, Vargas conseguiu aproximar-se da oposição paulista e fazer a tão desejada aliança No dia 21/08/1933, um “civil e paulista”, combatente de 32, toma posse como Interventor Federal em São Paulo: o Engº Armando de Salles Oliveira. “Quero que compreendam a extensão e o significado deste ato, pois, com este decreto, entrego o governo de São Paulo aos revolucionários de 32”.
Com essas palavras, Getúlio Vargas procurava garantir o seu futuro político. O esperto gaúcho mostrava que não era por acaso que estava no comando do país. Sabia fazer política e tinha visão clara do futuro e da importância de compor e dar, como vitorioso, tratamento adequado aos adversários de ontem... No Palácio Tiradentes, no dia 16 de julho de 1934 era oficialmente promulgada a nova Constituição da República. A partir daí, a Assembléia Nacional Constituinte se transforma provisoriamente em Câmara dos Deputados.
No dia seguinte, 17/07/34, é eleito Getúlio Vargas como Presidente da República do Brasil, com mandato de 4 anos E no dia 20 de julho, toma oficialmente posse do cargo. Finalmente, a 14 de outubro de 1934 são realizadas eleições para a Câmara de Deputados e para as Assembléias Constituintes dos Estados. Além de elaborarem as respectivas Constituições Estaduais, elegeriam os governadores e senadores, transformando-se provisoriamente em assembléias ordinárias. A esperteza e a capacidade do Ditador Getúlio Vargas em cooptar seus adversários políticos sempre foi reconhecida. E Vargas soube compreender a dimensão da patriótica mobilização paulista: um perigo que poderia contaminar todo o povo brasileiro. Assim, em agosto de 1933, em um gesto próprio de quem tem a inteligência e a sagacidade para ficar discricionariamente 15 anos no poder central (1930/45), estendeu aos paulistas, sem limitações, as reivindicações mais prementes que levaram à deflagração do movimento insurrecional paulista: a autonomia na gestão do governo paulista e a fixação das datas das eleições constituintes.
Armando de Salles Oliveira foi nomeado, em 1933, Interventor Federal até a sua eleição, pelos Deputados Estaduais Constituintes, eleitos em 1934, como Governador do Estado de São Paulo, em abril de 1935. Uma das condições para que Armando Salles aceitasse o convite foi a da concessão de anistia aos revoltosos de 32, que puderam retornar do exílio. Mesmo derrotados na luta armada, os constitucionalistas alcançaram os seus ob-
jetivos políticos.
O escritor Hernâni Donato, em seu livro “A Revolução de 32”, edição Círculo do Livro/Livros Abril, 1982, pág.177, destacou a importância dessa escolha:
“Particularmente aos paulistas, que seguiam amargando a rendição particular, Getúlio quisera fazer provar a 21 de agosto de 1933 o sabor aliciante, desarmante, de alcançar um objetivo obstinadamente perseguido. Nomeou Armando de Sales Oliveira – civil e paulista – para a interventoria federal em São Paulo. Assinando o decreto, enfatizava: “Quero que compreendam a extensão e o significado deste ato, pois, com este decreto, entrego o governo de São Paulo aos revolucionários de 32”.
“Quero que compreendam a extensão e o significado deste ato, pois, com este decreto, entrego o governo de São Paulo aos revolucionários de 32”.
Jogada de mestre do caudilho gaúcho, mas que representou a possibilidade de reagrupamento da cidadania paulista e a efetiva possibilidade de se provar a capacidade administrativa dos revolucionários constitucionalistas e o indiscutível sentimento de unidade nacional que sempre os motivou. Fruto da Revolução de 32, a mobilização dos paulistas para as eleições presidenciais de 1937 foi o maior acontecimento político da época Com as eleições estaduais para a Constituinte Paulista de 1934 e o governo arrojado e inovador de Armando de Salles Oliveira, o Brasil passou a se espelhar e a esperar que o grande democrata paulista levasse para todo o Brasil, as novas e modernas técnicas de bem gerir o serviço público que implantou em São Paulo, além da verdadeira revolução educacional com a criação pioneira da USP – Universidade de São Paulo. O governador Armando Salles trouxe para a gestão pública a experiência que tivera ao criar, na iniciativa privada, moderna empresa voltada ao treinamento e formação de gestores Essa sua atuação no setor produtivo repercutiu muito em todo o país, especialmente com a criação bem sucedida do IDORT – Instituto de Desenvolvimento Organizacional do Trabalho. O IDORT preparava lideranças para a boa e eficiente gestão administrativa, além do ensinamento das modernas e eficientes técnicas organizacionais de trabalho Ao mesmo tempo e também em iniciativa pioneira e revolucionária, Armando Salles investiu maciçamente na educação e implantou as Escolas Profissionais (posteriormente, denominadas Escolas Industriais) na capital e no interior do estado. Assim, estavam elencados os objetivos imediatos: modernizar o serviço público, investir na educação prioritariamente e implantar novas e produtivas técnicas organizacionais para a otimização da máquina estatal. O Estado Novo. O Exílio. A Derrota da Democracia... Em 1937, Getúlio Vargas dá o Golpe de Estado e implanta o Estado Novo (10/11/1937). A democracia é derrotada. A Constituição de 1934 é revogada As Casas Legislativas (Congresso Nacional, Assembléias Legislativas e Câmaras de Vereadores) são fechadas. Os Governadores e Prefeitos são depostos; são
Diário da Cuesta 3
Academia Botucatuense de Letras & Os GRANDES MARCOS HISTÓRICO-CULTURAIS DE BOTUCATU
O Blog do Delmanto traz para a intelligentzia botucatuense uma matéria dedicada à ABL – Academia Botucatuense de Letras, através do destaque dos GRANDES MARCOS HISTÓRICO-CULTURAIS DE BOTUCATU. Essa matéria de grande importância para a História de Botucatu, foi divulgada por ocasião da Sessão Magna realizada em 2001, no Teatro Municipal “Camillo Fernandes Dinucci”, pelas Academias Paulista e Botucatuense de Letras (revista PEABIRU nº 20).
PRIMEIRO EVENTO HISTÓRICO CULTURAL
No registro dos eventos culturais de Botucatu que tiveram a efetiva participação da APL - Academia Paulista de Letras, o primeiro, com certeza, foi o da criação e instalação da ABL - Academia Botucatuense de Letras.
Como sabemos, tivemos duas tentativas frustradas de instalação de Academia de Letras na cidade: a1ª.tentativa aconteceu no ano de 1936, quando no dia 07 de agosto, intelectuais botucatuenses fizeram movimento nesse sentido. Houve reunião e até a diretoria havia sido escolhida, tendo como presidente o Sr Homero Vaz do Amaral. Essa primera tentativa não completou 2 anos, mas ficou a semente Já a 2ª.tentativa foi 22 anos após, em 1958. Com um apoio maior da comunidade e do atuante Centro Cultural de Botucatu (fundado em 1942), tivemos o lançamento da segunda versão da Academia Botucatuense de Letras. Como presidente, o Dr. Trajano Pupo Júnior. Também dessa vez não teve vida longa a tentativa, restando, no entanto, precioso legado: o lema «NON OMNIS MORIAR»- (NÃO MORREREI DE TODO).
Finalmente a 3ª.tentativa: A idéia já estava madura e contava, agora, com maior apoio da «intelligentzia botucatuense» e com
o apoio e prestígio de 3 membros efetivos da APL - Academia Paulista de Letras: Alceu Maynard de Araújo, Francisco Marins e Hernâni Donato! E de forma inédita, os 3 viriam a ser patronosda nova academia... Sim, exatamente 36 anos após a primeira tentativa e 14 anos após a segunda tentativa, a cidade de Botucatu ganhava a sua ACADEMIA DE LETRAS!
A Galeria de Patronos da ABL foi magistralmente feita pela arte de Hugo Pires a pedido do presidente Antonio Gabriel Marão.
Publicada na Edição Especial Comemorativa da Revista PEABIRU, de 9 de Julho de 2002
No ano de 1972, um grupo liderado por Arnaldo Reis, Sebastião da Rocha Lima, Dr. Marão, Aleixo Delmanto, Trajano Pupo Jr, Oswaldo Minicucci e José Antonio Sartori entre tantos outros, muitos dos quais já haviam tido atuante participação na segunda tentativa. Desde o início e até a sua plena consolidação, a ABL foi presidida pelo Dr. Antonio Gabriel Marão, juiz de direito aposentado e secretariada pela Profa. Elda Moscogliato. A instalação solene da ABL deuse a 17 de março de 1973, no recinto da Câmara Municipal de Botucatu. A solenidade foi apadrinhada pelo prof. João Chiarini, presidente da Academia Piracicabana de Letras e a APL - Academia Paulista de Letras fez-se representar pelo Acadêmico César Salgado e por 3 de seus Membros Efetivos: Alceu Maynard de Araújo, Francisco Marins e Hernâni Donato. As Academias de Letras de Campinas, Taquaritinga e São João da Boa Vista também se fizeram representar na sessão solene.
A nova academia surgiu moderna: antecedeu em alguns anos a ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS na iniciativa de ter como membro efetivo as mulheres As Acadêmicas Elda Moscogliato e Dinorah Silva Alvarez Além do fato inédito de contar com 3 Patronos Vivos!
São os seguintes o fundadores e membros efetivos da ABL no ano de 1973: Luiz Peres, Sebastião de Almeida Pinto, Raymundo Marcolino Cintra, Olavo Pinheiro Godoi, Aleixo Delmanto, Oswaldo Minicucci, Antonio Gabriel Marão, Arnaldo Reis, Dinorah Silva Alvarez, Antonio Pires de Campos, Elda Moscogliato, Osmar Delmanto, Bahige Fadel, Sebastião da Rocha Lima, José Antonio Sartori, Francisco Guedelha, Ignácio Loyola Vieira Novelli, Domingos Alves Meira e Trajano Pupo Júnior (A.M.D.).
SEGUNDO EVENTO HISTÓRICO-CULTURAL
SESSÃO MAGNA CONJUNTA DA APL -ACADEMIA PAULISTA DE LETRAS E DA ABL - ACADEMIA BOTUCATUENSE DE LETRAS. (29/03/2001)
A programação das festividades de comemoração dos 146 anos de Botucatu começou com a SESSÃO MAGNA CONJUNTA DA APL E DA ABL, realizada no Teatro Municipal “Camilo Fernandes Dinucci”. Sucesso total. Pela primeira vez, a tradicional Academia Paulista de Letras reunia-se fora da capital Certamente, uma vitória do escritor botucatuense , membro da APL e patrono da ABL, FRANCISCO MARINS!
Na quinta-feira, dia 29/03/2001, as duas Academias realizaram memorável Sessão Magna, quando foi entregue o troféu “A Flor Roxa de Taquara-Póca”. Com a presença de 16 acadêmicos da APL: Miguel Reali, Erwin Theodor Rosenthal - Secretário Geral representando o Presidente Israel Dias Novaes, Célio Debes, Benedito Ferri de Barros, Sólon Borges dos Reis, Anna Maria Martins, Crodowaldo Pavan, Cyro Pimentel, Fábio Lucas, Geraldo Pinto Rodrigues, Hernâni Donato, João de Scantimburgo, Lygia Fagundes Telles, Nilo Scalco, Paulo José da Costa Júnior, Francisco Marins e a bibliotecária Maria Luiza.
(Diário da Serra, sábado/domingo, 31 de março/1º de abril de 2001 – A Gazeta de Botucatu, 06/04/2001))
A entrega do troféu “A Flor Roxa de Taquara-Póca” homenagem do “Convivium - Espaço Cultural Francisco Marins” aos botucatuenses merecedores desse reconhecimento: prof. Pedreti Neto (in memorian) e acadêmico Hernâni Donato
A Sessão Magna durou cerca de 3 horas, sendo dirigida pelo presidente da ABL, prof. José Celso Soares Vieira. Como destaque, tivemos a leitura, pelo acadêmico Hernâni Donato, de uma poesia do príncipe dos poetas brasileiros e membro da APL, Paulo Bomfim, intitulada “EU VOU PRA BOTUCATU”.
A entrega do troféu “A Flor Roxa de Taquara-Póca” homenagem do “Convivium – Espaço Cultural Francisco Marins” aos botucatuenses merecedores desse reconhecimento: prof . Pedreti Neto (in memorian) e acadêmico Hernâni Donato. A entrega do troféu e a saudação aos homenageados coube, respectivamente, aos Drs. Adolpho Dinucci Venditto e Armando Moraes Delmanto. (Blog do Delmanto)
Memórias de Botucatu 5
Apresentação
“Para mim , uma cidade sem passado, sem lembrança concreta dos seus antepassados, sem as impressões digitais de sua história, me confrange...”
Paulo Francis
A frase de Paulo Francis resume, com sensibilidade e precisão, o espírito que move esta obra. “Memórias de Botucatu 5” nasceu do compromisso com a preservação da memória coletiva, reunindo reportagens que registram o histórico institucional da cidade e outros episódios marcantes que moldaram sua identidade ao longo do tempo.
Botucatu é mais que um nome no mapa; é um organismo vivo, moldado pela coragem de seus pioneiros, pelo trabalho de suas instituições e pela memória coletiva que se acumula em arquivos, fotografias e, sobretudo, nas palavras. Guardar essas palavras — registradas em reportagens que captam o espírito de seu tempo — é mais do que um gesto de preservação: é um ato de cidadania.
O livro “Memórias de Botucatu 5” nasce desse compromisso com a história local. Reunindo reportagens que resgatam o percurso institucional da cidade, bem como fatos e personagens marcantes de sua trajetória, esta obra oferece um mergulho afetivo e informativo no passado botucatuense. São textos que ajudam a entender não apenas o que aconteceu, mas por que aconteceu — e o que isso ainda significa para nós hoje.
Em tempos em que a memória corre o risco de se perder na velocidade das redes e dos algoritmos, torna-se ainda mais urgente fixar os marcos da nossa identidade coletiva. As reportagens aqui reunidas não apenas documentam os feitos de Botucatu, mas também nos lembram de onde viemos e como chegamos até aqui.
Que esta leitura inspire novas descobertas, reavive lembranças adormecidas e reforce, em cada leitor, o orgulho de pertencer a uma cidade com alma, história e futuro.
Com a chegada da era digital, o jornalismo precisou se reinventar. O Diário da Cuesta, idealizador deste projeto, surgiu já dentro desse novo paradigma: um jornal ágil, compacto e inteiramente digital, sem abrir mão da apuração criteriosa e do compromisso com a verdade. A partir dessa atuação inovadora, nasceu também o desejo de reunir, em livro, parte desse acervo que não deve se perder no turbilhão das redes sociais.
Esta edição é, portanto, um gesto de resistência e de esperança. Resistência contra o esquecimento; esperança de que, ao conhecer sua própria história, Botucatu siga avançando com os olhos no futuro e os pés fincados em sua rica trajetória
Que estas páginas ajudem a manter vivas as impressões digitais da nossa história.
Leitura Dinâmica
CONHEÇA BOTUCATU!
Com a publicação dos livros “Memórias de Botucatu 4” e “Memórias de Botucatu 5”, completamos a campanha “CONHEÇA BOTUCATU, apresentando o Histórico Institucional da nossa cidade e importantes reportagens jornalísticas sobre Botucatu, sua história e sua gente. Com a divulgação dos 2 livros, aumentou a procura. Como as edições foram de tiragem limitada, optamos por facilitar a leitura para os interessados, de forma gratuita, da seguinte forma:
1 - Livro “Memórias de Botucatu 4”, acesse o link e faça o donwload: https://drive.google.com/ file/d/1sizqefWV07e5xXJ9JEHUppEkythKOo9W/ view?usp=share_link
2 - Livro “Memórias de Botucatu 5”, acesse o link e faça o donwload: https://drive.google.com/ file/d/1gLR12CkoDmOiDykzsSdXfeLXZ6WM_fNO/ view?usp=share_link