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Diário da Cuesta

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Como é celebrado o 4 de julho nos Estados Unidos

Claramente, o dia 4 de julho nos Estados Unidos é extremamente importante para os norte-americanos. É, de fato, um momento único do ano em que as pessoas deixam de lado suas diferenças políticas e celebram o estilo americano de ser. É um momento para lembrar aqueles que deram suas vidas em nome dos Estados Unidos e para celebrar as vitórias em suas inúmeras batalhas.

As ruas do país todo são tomadas pelas cores da bandeira dos EUA: vermelho, azul e branco. Há desfiles patrióticos por todas as cidades e as famílias e amigos se reúnem em churrascos e piqueniques. Nesses desfiles de 4 de julho nos Estados Unidos, caminhões de

bombeiros, carros de polícia e cavalos marcham pelas ruas de qualquer cidade de todo o país. Muitas famílias se juntam para passar o dia juntos, fazendo barbecues e hot-dogs ao ar livre, enquanto celebram a independência dos EUA e colocam a conversa em dia. É, de fato, um feriado em que as pessoas escolhem passar com a família e descansar. No final do dia, o 4 de julho é celebrado com os tradicionais fogos de artifício que colorem os céus da noite nas cidades americanas! Nesse momento, a música “The Star-Spangled Banner” - o hino nacional dos Estados Unidos, é entoada e cantada com muito orgulho pelos americanos. Página 3

“Tão curta a vida e tão comprido o tempo!...

Feliz quem o não sente. Quem respira tão fundo O ar do mundo, Que vive em cada instante eternamente.”

Maria De Lourdes Camilo Souza

Ah a memória, de repente nos remete cada lembrança..

Nos meus tempos de ginasial nos tínhamos aquelas que considerávamos nossas melhores amigas: cuja casas frequentávamos, e a quem contávamos nossos segredos.

Naquela época era muito amiga da Maria Márcia Dal Farra

Podia-se dizer que éramos as melhores amigas.

Eu já tinha essa veia de escritora e, pasmem, na época eram umas poesias sem pé nem cabeça.

Usávamos o telefone fixo para contar as novidades, e a coitada da Márcia devia ficar com caimbra nas mãos quando recebia as minhas ligações, pois eu lia para ela as minhas poesias e contava as novidades dos encontros com os “crush”.

de Literatura Portuguesa.

Achava a Maria Silvia elegantíssima, com seu porte e andar de modelo.

Maria Lúcia tinha uma voz maravilhosa e me deliciei muitas vezes ao ouvi-la cantar.

Naqueles tempos tinha-se o costume de reunir as pessoas para uma espécie de sarau.

Com a Faculdade de Medicina conhecemos muitos rapazes calouros da primeira turma e as famílias nos convidavam para esses saraus onde se tocava piano, ou violão, cantavam. Lembro-me bem de um rapaz muito alto e bonito, tinha olhos verdades, cabelos castanhos encaracolados.

Adorava ir a casa dela pois D. Jesumina era um doce de pessoa, suas irmãs também.

O pai delas, o Sr. Gastão, era um artista, exímio desenhista, muito bem humorado, sempre tinha alguma estória engraçada para contar. Era uma família inspiradora.

Sem mencionar a enorme admiração que tinha por Maria Lúcia, que quando entrei no Curso de Letras, foi minha professora

Era um pouco gago quando falava.

Mas quando tocava um violão, cantava lindo e sem gagueira.

Fato que me lembrou Nelson Gonçalves. Sem mencionar as deliciosas comidinhas e bebidas.

Era tudo muito familiar e agradável.

Dessas reuniões saíram muitos namoros que resultaram em casamento com as moças da terrinha.

Uma dessas oportunidades de ouvir a Maria Lúcia cantar e que me elevou aos céus foi no casamento da sua prima Carolina Souza, que foi lá na linda Capela do Seminário Imagine um casamento naquela linda Capela ao pôr do sol, e a noiva, muito linda entrando pela nave, ao som daquela belíssima voz.

Carol é amiga desde muito tempo.

Hoje veio uma saudade doida, dessa época em que se respirava cultura e romance nestas terras botucudas.

EXPEDIENTE

DIRETOR: Armando Moraes Delmanto

EDITORAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Gráfica Diagrama/ Edil Gomes

O Diário da Cuesta não se responsabiliza por ideias e conceitos emitidos em artigos ou matérias assinadas, que expressem apenas o pensamento dos autores, não representando necessariamente a opinião da direção do jornal. A publicação se reserva o direito, por motivos de espaço e clareza, de resumir cartas, artigos e ensaios.

Estados Unidos: conheça o significado da data

O 4 de julho Estados Unidos (4th of July) é o feriado mais importante para a cultura dos americanos. Nesse dia é comemorado o Dia da Independência dos Estados Unidos, quando as Treze Colônias declararam a separação oficial do Império da Grã-Bretanha.

Por ser tão importante na cultura estadunidense, o Independence Day é retratado em diversos filmes e séries. Mas você sabe a verdadeira história desta data? Isso - e mais um pouco - é o que vamos contar no post de hoje!

História do 4 de julho nos Estados Unidos

A colonização britânica no território que hoje formam os Estados Unidos começou no século XVII. Naquela época, a

Inglaterra tinha sob seu domínio as chamadas 13 Colônias: o conjunto de estados americanos que se estendem pela costa leste do país.

Diferente de outros locais de domínio da Inglaterra, as 13 Colônias tinham muita autonomia no sentido político. Isso serviu para forjar um sentimento de identidade própria e dar origem aos primeiros movimentos de independência.

Em meados do século XVII a Guerra dos Sete Anos colocou a Grã-Bretanha e a França frente a frente, lutando em lados opostos. Essas duas grandes potências da época batalhavam pelo controle de diversas regiões do mundo - inclusive as 13 Colônias, que eram reivindicadas pela França.

O Tratado de Paris, de 1763, colocou fim à Guerra e os franceses se renderam na disputa pelas colônias. Entretanto, com a economia enfraquecida, o Reino Unido resolveu impor sobre essas colônias inúmeros impostos na tentativa de recuperar as finanças públicas.

Esses impostos, é claro, tornaram-se bastante impopulares e resultaram em diversas rebeliões. O principal motivo alegado é que esses impostos eram ilegais, uma vez que as 13 Colônias não tinham representação no Parlamento de Londres Os conflitos gerados a partir desse momento fizeram com que Londres reduzisse a autonomia já estabelecida das colônias e enviasse soldados para o outro lado do oceano.

Em resposta a esse movimento, as Treze Colônias finalmente se reuniram e formaram o Primeiro Congresso Continental, uma convenção onde representantes de doze das colônias se reuniram para discutir o fim dos impostos colocados por Londres. Nessa reunião estiveram presentes grandes nomes da história estaduniden-

se, como John Adams, Thomas Jefferson, Benjamin Franklin e Samuel Adams

Esse grandes nomes contribuíram para que fosse elaborada a Declaração de Direitos de Virgínia, um documento com inspirações iluministas e que proclamavam os direitos naturais do ser humano. Dentre eles, estava o direito de se rebelar contra um governo inadequado.

No ano seguinte, o Segundo Congresso Continental foi o estopim para a Independência dos Estados Unidos. Foi nele que, em 2 de julho de 1776, finalmente foi redigida a Declaração de Independência dos Estados Unidos. Entretanto, a publicação da Declaração só veio em outra data: em 4 de julho de 1776. Esse dia é considerado a data oficial da Independência dos Estados Unidos

Por meio dela, além de se declararem livres do domínio britânico, formou-se o exército colonial, que foi comandado por George Washington para enfrentar os ingleses nas guerras que sucederam. As guerras só terminaram alguns anos depois, com a derrota da Inglaterra na Batalha de Yorktown. O reconhecimento britânico da independência dos Estados Unidos só veio posteriormente, após a assinatura do Tratado de Paris de 1783. (Optima Intercâmbio)

A R T I G O AVENTURA NOS ANOS 80 NOS ESTADOS UNIDOS

Esses fatos ocorreram há mais ou menos 35 anos atrás. Foi a primeira viagem que fiz, juntamente com meu irmão Armando, aos Estados Unidos.

De fato, foi uma excursão onde o foco eram os parques temáticos da região de Orlando e Miami.

Era mês de junho, portanto, férias escolares de mais ou menos um mês. Foi quando meu pai fez uma surpresa para mim e meu irmão, iríamos para a Disney, nos Estados Unidos.

Para nós foi o máximo, afinal, nessa época, era o supra sumo fazer uma excursão como essa. Eu meu irmão contávamos, a época, com mais ou menos, 12 e 10 anos de idade, respectivamente.

Haviam algumas agências que tinham uma programação específica para esse tipo de viagem, ou seja, englobava passeios e ingressos nos parques, hospedagem em hotéis, deslocamento, acompanhamentos de guia. Tudo era muito organizado o que dava uma sensação de segurança para os pais e os adolescentes que iriam viajar sozinhos pela primeira vez.

Lembro-me bem que antes da viagem, tivemos uma reunião no jardim da frente de uma baita casa, foi um tipo de palestra onde foram mais esmiuçado os destalhes dessa viagem e também uma oportunidade para as pessoas da excursão se conhecerem um pouco.

No dia da viagem conhecemos, no aeroporto, o rapaz com quem dividiríamos o quarto.

O voo de ida já foi empolgante, pois era uma novidade ímpar, afinal era a primeira viagem sozinhos e, ainda por cima, para o exterior.

Chegamos em uma noite quente, pois era verão e aquela é uma região onde nessa estação faz muito calor.

No hotel, nós ficamos empolgados pois era muito bom, confortável e sofisticado, lembro bem que era o Hilton, muito bem conceituado por lá.

Logo no dia seguinte levantamos cedo, afinal para entrar e aproveitar bem os parques é preciso ir bem cedo dado o grande número de visitantes diários.

Era um ano especial para esses parques, pois estavam comemorando 15 anos de existência, hoje em dia já contam com meio século.

Nossa viagem de acordo com o programa eram de 13 ou 14 dias, mais ou menos. Nos primeiros dias fizemos várias visitas ao Walt Disney World, onde experimentamos várias atrações, mesmo porque é humanamente impossível, em apenas algumas visitas, conhecer o parque todo.

Um dos primeiros foi o parque Sea World que tem como atrações shows com golfinhos e Baleias Orca, na ocasião estavam festejando o nascimento, poucos dias antes, do primeiro filhote de Baleia Orca em cativeiro, a chamavam de “Baby Shamu”.

Um fato engraçado e curioso ocorreu nessa visita, quando a excursão chegou na primeira loja do lugar quase comprou todo o estoque de bonés, porque, como eu já disse no começo deste artigo, fazia muito calor e o sol era muito forte.

Os dias seguintes foram de surpresas em cada uma das atrações dos parques tanto do Walt Disney World, como do Epcot Center, sendo Epcot uma abreviação de Experimental Prototype Community Of Tomorrow (algo como protótipo experimental da comunidade do amanhã, já que dentro da Grande Bola há uma atração maravilhosa que representa a evolução humana e se aventura a imaginar o futuro da raça humana.

Outro destino que adoramos foi o par-

que aquático “Atlantis”, lá existem inúmeras atrações, como um bote circular que passa por corredeiras de rios artificiais e as pessoas ficam em sopa de tanta água que é jogada dentro de bote. Outra atração do local são os inúmeros tobogãs alguns você desce somente com o corpo e os outros utiliza uma boia bem grande, para completar ainda tem a famosa piscina de ondas, um ponto forte em vários parques aquáticos ao redor do mundo e lá é tão bom que não tínhamos vontade sair.

Fizemos também um passeio panorâmico por Miami, passando por Miami Beach e por várias mansões de frente para a praia, que na garagem, além dos belos carrões, está também o iate do dono da casa.

Ainda em Miami passamos pelo bairro onde, na época, se passavam os episódios da série televisiva Miami Vice Além desses passeios durante ao dia ocorriam também algumas saídas à noite onde tinham apresentações de vários artistas em uma determinada praça da cidade de Orlando, é o Rosie O’Grady’s onde tem uma maravilhosa casa noturna que anos antes existia uma igreja, o Church Street Station, que dada a fama e badalação do local cedeu lugar a essa casa noturna. Ela é dividida em dois ambientes; uma é uma balada normal o outro só tocam músicas country e a esmagadora maioria dos frequentadores está vestida a caráter Outro parque temático incrível que conhecemos foi o Busch Gardens que é um parque que fica em Tampa, a 90 km de Orlando. Ele ganhou sua fama pelas excelentes montanhas russas, sem dúvida imperdíveis para todo mundo que gosta de aventura. Apesar disso, o parque traz outras atrações igualmente interessantes com destaque para a chance de encontrar diversos animais exóticos, típicos da fauna africana. Ou seja: agrada os adultos pelas montanhas russas e as crianças pelos animais.

Por fim conhecemos a famosa NASA, isto é, “National Aeronautics and Space Administration”, em inglês, que em tradução livre seria Administração Nacional da Aeronáutica e do Espaço. Conhecemos foguetes, turbinas, ônibus espacial e muitas tecnologias e experimentos desenvolvidos por eles no espaço e outras muitas curiosidades que existem lá dentro, para nós foi simplesmente demais.

É inegável o fascínio e a atração que os parques temáticos e o mundo de sonhos exercem sobre as pessoas, de fato é uma experiência incrível para jovens e adultos em todas as épocas.

Viagens # Fé

Em Salamanca, a cidade das duas catedrais

idade patrimônio, Salamanca, no noroeste espanhol, é uma das poucas na Europa que pode orgulhar-se de possuir duas igrejas catedrais. Ao contrário do que sucedeu em muitos outros lugares, ali a catedral velha não foi derrubada para a construção de uma nova, e as duas convivem harmoniosamente lado a lado, numa interação de épocas e estilos na comunidade autônoma de Castela e Leão.

Dona de uma história que remonta à era celta, Salamanca é conhecida pela elaborada arquitetura em arenito e também pela sua histórica universidade, a mais antiga da Península Ibérica, criada no ano 1134.

Focando especialmente nos dois templos que estão unidos, por um lado, fica a Sé Velha, erguida no século XII e, por outro, a Sé Nova do século XVI.

A velha catedral salamanquina tem estilo românico e nela se destaca a Torre do Galo. No seu interior há belos túmulos de bispos e nobres. Ela permaneceu aberta para o culto durante a construção da nova e depois decidiu-se que não valia a pena destruí-la. Assim, o muro direito da catedral nova se apoia sobre o esquerdo da antiga.

Na Sé nova, de estilo gótico, acha-se a imagem da padroeira do bispado de Salamanca, a Virgem da Assunção, esculpida em 1624 pelo escultor Esteban de Rueda (1585-1626). Em seu interior, a igreja impressiona por sua grande amplitude e luminosidade. Os pilares absorvem o peso das cúpulas, cujas combinações embelezam a estrutura, por sua variedade e complexidade.

mente pai e filho, os quais trabalharam em maravilhosas obras que ainda hoje podem ser admiradas pelo país.

Uma das principais capelas de todo o recinto interior é a chamada Dourada ou de Todos os Santos, que guarda mais de cem estátuas douradas, representando personagens do Novo e Velho Testamento. Já o órgão barroco foi construído por Pedro Echevarría, um dos principais construtores deste instrumento em toda a história espanhola.

O mesmo se pode dizer de dois dos principais arquitetos da catedral, Juan e Rodrigo Gil de Hontañón, respectiva-

Um astronauta esculpido na Catedral de Salamanca em meio a uma série de esculturas ornamentadas do século XIII gerou dúvidas de sua autenticidade, mas isto ocorreu em 1992, quando a igreja passou por obras de restauração e o artista Jerônimo Garcia decidiu dar uma modernizada na estrutura com a escolha dessa figura recente.

Cronista e pesquisador, membro da Academia Botucatuense de Letras, é autor de 54 livros sobre a história regional.

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